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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS EM974 Métodos computacionais em engenharia térmica e ambiental Grupo 1 Tubo de Choque Prof: Eugênio Rosa Bruno Noronha (RA: 059380) Luiz Fernando Seixlack de Morais (RA: 062568)

Grupo 1 Tubo de Choque - fem.unicamp.brphoenics/EM974/PROJETOS/PROJETOS 2 SEM-11/TURMA... · Na sua configuração mais simples, um tubo de choque consiste em um tubo de grande comprimento

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

EM974 – Métodos computacionais em engenharia térmica e ambiental

Grupo 1 – Tubo de Choque

Prof: Eugênio Rosa

Bruno Noronha (RA: 059380) Luiz Fernando Seixlack de Morais (RA: 062568)

Equipe Nota Geral

1.

(20%)

Apresentação e Organização: o texto é claro e objetivo, a formatação do

trabalho apresenta o trabalho de forma organizada e de fácil leitura, as tabelas

e gráficos complementam as informações, os gráficos são claros e objetivos,

as variáveis utilizadas foram definidas propriamente, as variáveis possuem

definição das dimensões.

Bom Médio Fraco

2.

(10%)

Introdução: apresentar a motivação que levou a desenvolver o trabalho, em

que área ele se aplica e o objetivo do trabalho, isto é, o que o grupo pretende

alcançar.

Bom Médio Fraco

3.

(10%)

Revisão da Literatura: tomar conhecimento se há trabalhos similares na

literatura, se há dados experimentais disponíveis.

Bom Médio Fraco

4.

(20%)

Implementação no Phoenics: anexar o arquivo Q1 e destacar em texto, os

grupos do Q1 que contêm as maiores contribuições do desenvolvimento do

projeto. Deixar claro o domínio computacional, as condições de contorno

empregadas e as propriedades dos materiais.

Bom Médio Fraco

4.

(20%)

Resultados numéricos: apresentar teste de malha e os resíduos numéricos.

Apresentar os resultados numéricos em termos de gráficos do problema

juntamente com um texto explicando o significado dos gráficos.

Bom Médio Fraco

5.

(20%)

Análise: nesta seção o grupo vai interpretar os resultados obtidos para:

fundamentar como se comporta o fenômeno estudado e tirar conclusões de

projeto. Por último é apresentado uma conclusão geral do trabalho.

Bom Médio Fraco

Índice 1) Introdução e objetivos 2) Choques normais e ondas de expansão 3) Modelo e resultados teóricos 4) Resultados e conclusões 5) Referências bibliográficas 6) Anexos

1) Introdução e objetivos

Um tubo de choque é um dispositivo utilizado para criar escoamentos de gases ou condições que são difíceis de conseguir em outros dispositivos de teste, como por exemplo, efeitos iniciais de uma explosão. Também são utilizados para estudar fluxos aerodinâmicos em diversas condições de temperatura e pressão que são difíceis de serem obtidos em outros dispositivos de teste, efeitos de compressibilidade e condições de combustão de gases. Além disso, em um cenário mais recente, estão sendo utilizados para estudos biomédicos, onde se vê a influência de ondas de choque em estruturas biológicas. Por sua natureza, um tubo de choque produz essas condições em um intervalo de tempo muito curto.

Na sua configuração mais simples, um tubo de choque consiste em um tubo de grande comprimento com área se secção constante onde um diafragma separa duas regiões em pressões diferentes (figura 1). A região a esquerda do diafragma, normalmente de menor comprimento, está numa pressão mais alta e é chamada de driver. Por outro lado, a região a direita do diafragma, normalmente de maior comprimento, está numa pressão mais baixa e é chamada de driven. Os gases nestas regiões não necessitam ser iguais, podendo estar também em condições diferentes de temperatura.

Quando o diafragma é removido rapidamente (ou rompido ou ainda ‘explodido’), um escoamento de baixa duração é estabelecido no interior do tubo. Assim, uma onda de choque normal viaja para a região de menor pressão enquanto que uma onda de expansão viaja no sentido contrário, para a região de alta pressão. A propagação destas ondas gera mudanças na pressão do gás, temperatura e densidade. Dessa forma, a força destas ondas vai depender fortemente da razão inicial de pressão entre as duas regiões e também das propriedades físicas dos gases no interior do tubo.

A região do escoamento entre estas duas ondas é separada por uma interface, ou superfície de contato, através do qual se tem pressão e velocidades iguais e uma pequena variação na densidade e temperatura. Além disso, esta superfície pode ser uma interface de separação de diferentes gases, quando o tubo de choque está operando com dois gases em seu interior.

Após a remoção do diafragma, quatro principais regiões se formam dentro do tubo: - Região 1: a jusante do onda de choque normal. Nesta região, a pressão, densidade e

temperatura são as mesmas da condição inicial da região de baixa pressão, ou seja, essa região ainda não foi afetada pela onda de choque.

- Região 2: a montante da onda de choque normal. A pressão, densidade e temperatura foram afetadas pela onda de choque.

- Região 3: a montante da onda de expansão. A pressão, densidade e temperatura foram afetadas pela onde de expansão.

- Região 4: a jusante da onda de expansão. Nesta região, a pressão, densidade e temperatura são as mesmas da condição inicial da região de alta pressão, ou seja, essa região ainda não foi afetada pela onda de expansão.

Figura 1 - Esquema de um tubo de choque

Dessa forma, o objetivo deste projeto é analisar o escoamento monofásico compressível

através de um tubo de choque com dimensões iniciais especificadas utilizando o software computacional Phoenics. Assim, para comprovação da simulação, resultados analíticos obtidos na literatura serão comparados com a solução numérica obtida no software citado.

2) Choques normais e ondas de expansão

Choques normais são descontinuidades irreversíveis que podem ocorrer em qualquer campo do escoamento supersônico, tanto no escoamento interno quanto no escoamento externo. No caso de um tubo de choque, tem-se escoamento interno. Antes de se iniciar a modelagem, algumas considerações vão ser feitas para se ajustar melhor a análise. Assim, as hipóteses adotadas foram as seguintes:

1) Os gases nas regiões de alta e baixa pressão serão os mesmos (escoamento monofásico); 2) Gás perfeito obedecendo as equações de estado, com e constantes;

3) As ondas de choque normal e de expansão serão unidimensionais; 4) Exceto pelo choque normal, o restante do escoamento é isentrópico; 5) O escoamento será considerado unidimensional. Com as hipóteses definidas, o estudo será iniciado com o desenvolvimento do modelo de onda

de choque normal. Dessa forma, se consideramos um volume de controle englobando a onda de choque normal (Figura 2), temos que a conservação da quantidade de massa, momento e energia através do choque é dado pelas seguintes equações, respectivamente:

Figura 2 – Volume de controle em choque normal

(1)

(2)

(3)

A partir destas relações básicas, podemos chegar as seguintes equações (Rankine-Hugoniot) para um escoamento através de uma onde de choque normal:

(4)

(5)

Diferentemente das ondas de choque normal, a onda de expansão é isentrópica. Partindo das

hipóteses adotadas acima e assumindo um volume de controle similar àquele da figura 2, podemos chegar às seguintes equações através de uma onde de expansão de Prandlt-Meyer:

(6)

(7)

Nas equações de (1) a (7), os sub-índices 1 e 2 representam condições antes e depois das

ondas. A partir deste momento, os sub-índices serão definidos de acordo com a região do escoamento a qual pertencem, como explicado anteriormente.

Com as equações das ondas de choque desenvolvidas, pode-se partir para uma análise mais criteriosa com relação ao escoamento no tubo de choque. Assim, irá se determinar o parâmetro básico de um tubo de choque, que é a relação entre as pressões da região 4 e 1 ( ), conforme explicado anteriormente.

Dessa forma, a partir das hipóteses acima e das equações 4 e 6, podemos chegar ao seguinte resultado:

(8)

(9)

Assim, com a equação 9, podemos relacionar o número de Mach a montante da onda de choque com a razão de pressões inicial no tubo de choque. 3) Modelo e resultados teóricos Nesta seção serão apresentados alguns resultados já obtidos na simulação com tubos de choque, que servirão como base de comparação com os resultados que serão obtidos através da análise de CFD no programa Phoenics. Além disso, alguns resultados teóricos foram comparados com simulações em CFD, conforme figura 5, e serão parâmetros importantes para a assertividade do projeto. Com base em Stadke (2006), os parâmetros iniciais do tubo de choque serão adotados conforme mostrado na Figura 3.

Figura 3 – Parâmetros iniciais

Figura 4 – Solução analitica de um tubo de choque

Com estes dados iniciais, Stadke (2006) obteve os resultados mostrados nas duas figuras seguintes, sendo que a Figura 5 ilustra a variação da densidade ao longo do tubo e ao longo do tempo e a figura 6 compara resultados analíticos com uma simulação feita em CFD e também plota as condições iniciais de cada parâmetro. Nestes gráficos, a linha pontilhada representa os dados iniciais, a linha tracejada os resultados analíticos e a linha cheia os resultados do CFD. Pode-se notar que neste caso, a solução analítica foi praticamente idêntica àquela em CFD.

Figura 5 – Variação da densidade em diversos intervalos de tempo

Figura 6 – Comparativo entre simulação, modelo teórico e condições iniciais

4) Resultados e conclusões 4.1) Implementação no Phoenics A simulação desenvolvida no Phoenics para o modelo de tubo de choque não foi complexa. Primeiramente, foi definida a geometria do problema. Utilizou-se coordenadas cartesianas e conseqüentemente um tubo de seção retangular. Como a análise deste projeto estava focada no escoamento unidimensional, as dimensões da seção Y-Z não tiveram muita relevância, mas de qualquer forma, para constar, utilizou-se uma seção de 10x10 cm. E como o escoamento era unidimensional, a malha para estas duas direções foi definida com um valor unitário. Já na direção X, utilizou-se uma dimensão de 4 metros, correspondendo com a figura 3. A definição do comprimento foi feita dessa forma para uma posterior comparação entre resultados analíticos e a simulação no Phoenics. Nesta direção, a malha utilizada foi uma com 400 divisões, sem aplicação de ‘power law’. Variou-se a malha nesta direção para se obter a melhor relação entre resultados computacionais e tempo de simulação. Com uma malha de 300 divisões, os resultados já convergiam bem para a solução encontrada no final, mas para se obter um resultado mais acurado,

utilizou-se uma malha de 400, conforme dito. Notou-se também que o tempo de simulação não variava de forma considerável entre essas malhas. Com relação aos modelos utilizados na simulação, a figura 7 ilustra de forma resumida os parâmetros adotados. Pode-se ver que se adotou um modelo monofásico, laminar, com solução para velocidade e pressão e modelo de energia baseado na temperatura (STATIC).

Figura 7 – Configuração do modelo no Phoenics

Para o domínio, o material 2 (Air Using Ideal Gas Law, STP) foi utilizado e suas propriedades de acordo com as tabelas internas já presentes no Phoenics. A temperatura do domínio foi definida também de acordo com a figura 3, assim utilizou-se 27 °C e pressão ambiente. O objeto de estudo desse projeto retrato um caso onde existe um escoamento em que as propriedades variam ao longo do tempo, assim um regime transiente foi adotado. Como dito na introdução, escoamentos em tubo de choque acontecem em frações de segundo. Dessa forma, a duração do escoamento é de 0,8 ms, sendo que o tempo foi dividido em 100 intervalos. Partindo para a parte mais numérica, utilizou-se 300 iterações para este estudo, sendo que ao final destas, as variáveis convergiam para a solução com baixa quantidade de resíduos. Além disso, foi utilizado um ‘field dumping’ com freqüência de 10. Para a construção do modelo, foi criado um objeto ‘blocage’, com dimensão na direção X de 2 metros. Esse objeto representa a região de alta pressão, ou seja, 5 bar e também alta temperatura (127 °C) como condições iniciais. O material utilizado foi o mesmo do domínio, ou seja, ar como gás ideal (adiabático). Para a região de baixa pressão (também com comprimento de 2 metros), não foi necessário criar um objeto, pois as condições nesta parte do tubo representavam as condições iniciais do domínio. A figura 8 representa o domínio com suas condições iniciais.

Figura 8 – Condições inicias do tubo de choque

Como última informação para a questão da implementação no Phoenics, é necessário se fazer um comentário sobre uma ferramenta utilizada. Como os resultados numéricos apresentam certos desvios com relação aos resultados analíticos, utilizou-se uma ferramenta numérica para aproximar mais estes dois resultados, deixando-os mais planos (‘flat’). A diferença foi notada na geração dos gráficos que serão apresentados na próxima seção, que se aproximaram mais aos resultados analíticos. Esta ferramenta foi ativada dentro do menu ‘Numerics’, conforme mostra a figura 9.

Figura 9 – Detalhe de operação de visualização de gráficos no Phoenics

Após a modelagem numérica no Phoenics, o Solver foi rodado e nenhum erro foi encontrado durante o cálculo dos resultados. O arquivo q1 desta simulação se encontra na seção 6 (Anexos). Dentro do arquivo q1, os grupos que mais afetam os resultados numéricos são os seguintes: grupo 2, grupo 3,4,5, grupo 9 e grupo 15. O grupo 2 é importante pois afeta o tempo de simulação. Como dito anteriormente, o tempo de simulação para um tubo de choque é bem reduzido, devido às condições do escoamento. Um tempo muito grande pode gerar reflexões de onda de choque e de expansão e alterar de forma significativa os resultados numéricos. O grupo 3,4, 5 define a malha e a tolerância. Sendo assim, afeta também os resultados, pois uma malha muito grosseira não representa de forma adequada o escoamento. O grupo 9 define as propriedades do domínio. Se um material diferente é utilizado, resultados diferentes são obtidos. Por último, o grupo 15 define o número de iterações que serão feitas na análise do caso. Com poucas iterações, as variáveis podem não convergir para o resultado esperado ou podem apresentar erros consideráveis no final da análise.

4.2) Resultados Após a finalização da modelagem no Phoenics, rodou-se o Solver e a coleta de resultados foi feita, comparando-se sempre com os resultados analíticos discutidos anteriormente. As quatro grandes variáveis de analisee foram as seguintes: pressão (Pa), temperatura (°C), velocidade (m/s) e densidade (kg/m3). Conforme discutido na seção 2, após a ruptura do diafragma, uma onde de expansão é gerada e se propaga para a região de alta pressão, assim como uma onde de choque é gerada e se propaga para a região de baixa pressão. Essa informação é de importante relevância para a interpretação dos resultados. As figuras 10 e 11 mostram os resultados obtidos para a variável de pressão. A figura 10 ilustra o instante inicial (t = 0) e também o instante final (t = 0,8 ms), onde pode-se ver como varia esta variável ao longo do tempo. Inicialmente, com o diafragma ainda presente há somente duas regiões no escoamento, a região de alta pressão (5 bar) e a região de baixa pressão (1 bar). Essa condição muda assim que o diafragma é rompido, como se pode ver no final da análise na figura 10, gerando cerca de quatro regiões distintas.

Figura 10 – Condição inicial e final para a variavel de pressão

A figura 11 representa de forma gráfica o final do escoamento para a variável de pressão. Como se vê, a pressão cai de 5 bar (região 4: ainda não afetada pela onda de expansão) para cerca de 1,25 bar, para depois cair a pressão ambiente (região 1: ainda não afetada pela onde de choque). Esse resultado era esperado, pois ao longo de uma onde de expansão a pressão cai, acontecendo o oposto com uma onde de choque.

Nos gráficos que serão apresentados nessa seção, não se considerou todo o domínio do tubo, pois a partir de cerca de 0,5 metros do ponto de ruptura, as condições das variáveis são idênticas àquelas iniciais. Assim, para uma melhor visualização destas, o domínio foi restringido para 0,5 metros antes e depois do ponto de ruptura. Dessa forma, o ponto zero no eixo das abscissas representa uma posição de 1,5 metros no tubo e o ponto com a distância 1 m representa a posição de 2,5 metros no tubo.

Figura 11 – Variação da pressão

A segunda variável aqui analisada foi a temperatura, ilustrada nos gráficos 12 e 13. De forma semelhante ao caso da pressão, as condições iniciais e finais da analise foram representadas, assim como o gráfico que mostra a variação desta propriedade ao longo do tubo para o instante final.

Figura 12 – Condição inicial e final para a variavel de temperatura

Analisando a figura 13, nota-se que a temperatura decai na região de alta pressão (região 3), se estabiliza (região 2-3), depois torna a aumentar na região de baixa pressão (região 2) e finalmente retorna a temperatura ambiente (região 1). As variações das propriedades estão sempre associadas ao escoamento das ondas que as “atravessam”. Assim, uma onda de expansão gera uma queda de temperatura e uma onde de choque causa o efeito inverso, como é visto na figura 13.

0

1

2

3

4

5

6

0,0 0,1 0,2 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1,0

Pre

ssu

re (

bar

)

Distance (m) t = 0 s t = 0,8 ms

Figura 13 – Variação da temperatura

A terceira variável analisada foi a velocidade do escoamento na direção X. AS outras direções não foram analisadas pois conforme as hipóteses iniciais, o escoamento foi considerado unidimensional. As figuras 14 e 15 mostram os resultados para esta variável. Inicialmente, antes da ruptura do diafragma, as condições são estáticas, ou seja, o fluido é considerado em repouso. Após a ruptura e com a propagação das ondas, ocorre uma rápida variação da velocidade, como pode ser visto nas figuras abaixo.

Figura 14 – Condição inicial e final para a variavel de velocidade

As regiões de velocidade zero no gráfico são aquelas que ainda não foram afetadas pelas ondas, ou seja, regiões 1 e 4. Nas regiões 2 e 3, nota-se um incremento da velocidade para valores acima de

290

310

330

350

370

390

410

0,0 0,1 0,2 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1,0

Tem

pe

ratu

re (

K)

Distance (m) t = 0 s t = 0,8 ms

200 m/s. Depois há uma região onde o valor desta variável de torna constante, tornando a cair a zero na região 1. Neste caso, tanto para a onda de expansão quanto para a onde de choque ocorre aumento da velocidade ao longo de sua propagação.

Figura 15 – Variação da velocidade

A última variável analisada neste projeto foi a densidade do fluido. Como pode ser visto na figura 16, ocorre um decaimento desta propriedade da região de alta para baixa pressão. Isso se deve ao fato que a densidade tende a cair na propagação de uma onde de expansão e a aumentar na propagação de uma onde de choque, conforme resultado abaixo.

Figura 16 – Variação da densidade

Com os resultados obtidos, a tarefa agora passa a ser comparar os resultados da simulação numérica com àqueles da solução analítica.

4.3) Conclusões Analisando os gráficos apresentados na seção precedente, podemos dizer que o projeto atingiu os resultados inicialmente esperados. Comparando os gráficos da solução numérica com àqueles mostrados na figura 6, pode-se notar uma grande semelhança, tanto em termos de aspecto da curva quanto em valores de variáveis. A diferença, como explicada anteriormente, se encontra no fato de que

0

25

50

75

100

125

150

175

200

225

0,0 0,1 0,2 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1,0

Ve

loci

ty (

m/s

)

Distance (m) t = 0,8 ms

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

0,0 0,1 0,2 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1,0

De

nsi

ty (

kg/m

3)

Distance (m) t = 0 s t = 0,8 ms

as curvas geradas não possuem uma semelhança completa com a solução analítica, ou seja, variáveis que gerem gráficos planos (‘flat’).

Mesmo assim, se conseguiu representar numericamente os mesmos resultados analíticos, mostrando a boa qualidade do projeto e do programa Phoenics. Dessa forma, pode-se utilizar softwares de CFD para este tipo de problema, obtendo-se boas simulações e bons resultados numéricos. Uma precisão maior pode ser obtida com maior com a modificação de certos parâmetros, de acordo com a necessidade.

Isso pode trazer grandes vantagens para estudiosos na área, pois se ‘evita’ a construção de protótipos e à realização de ensaios que podem possuir altos custos. Além disso, este tema é de grande relevância para diversas áreas, como o desenvolvimento de armas militares e até o efeito de ondas de choque em estruturas biológicas.

5) Referências bibliograficas FOX, Robert W. Introduction to fluid mechanics. 6. Ed. USA: John Wiley & Sons, 2004.

GUGGENHEIM, Daniel. Transient Measurements in a shock tube. Georgia Institute of technology. 2011.

KLEINCHMIT, Nicholas. A Shock Tube Technique for Blast Wave Simulation and Studies of Flow

Structure Interactions in Shock Tube Blast Experiments. University of Nebraska-Lincoln. 2011

Shock Tube Background. Disponivel em: < https ://engineering.purdue.edu/AAE/Academics/Courses/

aae334l/Shock%2520Tube/>. Acesso em: 07 set. 2011

STADTKE, Herbert. Gasdynamic Aspects of Two-Phase Flow. Germany: Wiley-VCH, 2006

6) Anexos (arquivo q1)

<html><head><title>Q1</title> <link rel="stylesheet" type="text/css" href="/phoenics/d_polis/polstyle.css"> </head><body><pre><strong> TALK=T;RUN( 1, 1) ******************************************* Q1 created by VDI menu, Version 2010, Date 18/08/10 CPVNAM=VDI;SPPNAM=Core ******************************************* IRUNN = 1 ;LIBREF = 0 ******************************************* Group 1. Run Title TEXT(No title has been set for this run. ) ******************************************* Group 2. Transience STEADY=F * Set overall time and no. of steps RSET(U,0.,8.0E-04,150) * Modify regions ******************************************* Groups 3, 4, 5 Grid Information * Overall number of cells, RSET(M,NX,NY,NZ,tolerance) RSET(M,1998,1,1,1.0E-05) ******************************************* Group 6. Body-Fitted coordinates ******************************************* Group 7. Variables: STOREd,SOLVEd,NAMEd * Non-default variable names NAME(145)=SPH1 ;NAME(146)=TEM1 NAME(147)=PRPS ;NAME(148)=DEN1 NAME(150) =SURN * Solved variables list SOLVE(P1,U1,TEM1,SURN) * Stored variables list STORE(DEN1,PRPS,SPH1) * Additional solver options SOLUTN(P1,Y,Y,Y,N,N,Y) SOLUTN(TEM1,Y,Y,Y,N,N,Y) ******************************************* Group 8. Terms & Devices TERMS (TEM1,Y,Y,Y,Y,Y,Y) TERMS (SURN,N,N,N,N,Y,N) DIFCUT =0. NEWRH1 = T NEWENL = T SCHEME(QUICK ,ALL) ******************************************* Group 9. Properties * Domain material index is 2 signifying: * Air using Ideal Gas Law, STP SETPRPS(1, 2) ENUT =0. DRH1DP = GRND5 DVO1DT =3.33E-03 PRNDTL(TEM1)=-0.0263 ******************************************* Group 10.Inter-Phase Transfer Processes ******************************************* Group 11.Initialise Var/Porosity Fields

FIINIT(P1)=1.0E+05 ;FIINIT(TEM1)=300. FIINIT(PRPS)=-1. No PATCHes used for this Group INIADD = F ******************************************* Group 12. Convection and diffusion adjustments No PATCHes used for this Group ******************************************* Group 13. Boundary & Special Sources No PATCHes used for this Group EGWF = T ******************************************* Group 14. Downstream Pressure For PARAB ******************************************* Group 15. Terminate Sweeps LSWEEP = 300 RESFAC =1.0E-03 ******************************************* Group 16. Terminate Iterations LITER(P1)=200 ;LITER(SURN)=1 ******************************************* Group 17. Relaxation RELAX(P1 ,LINRLX,1. ) ******************************************* Group 18. Limits VARMAX(TEM1)=3000. ;VARMIN(TEM1)=-204.75 VARMAX(SURN)=1. ;VARMIN(SURN)=0. ******************************************* Group 19. EARTH Calls To GROUND Station CONWIZ = T IPRPSA = 67 ISG50 = 1 ******************************************* Group 20. Preliminary Printout ******************************************* Group 21. Print-out of Variables OUTPUT(SPH1,N,N,Y,Y,N,N) OUTPUT(SURN,Y,Y,Y,N,Y,Y) ******************************************* Group 22. Monitor Print-Out IXMON = 84 ;IYMON = 1 ;IZMON = 1 NPRMON = 100000 NPRMNT = 1 TSTSWP = -1 ******************************************* Group 23.Field Print-Out & Plot Control NPRINT = 100000 NTPRIN = 100000 ;ISTPRF = 1 ;ISTPRL = 100000 ISWPRF = 1 ;ISWPRL = 100000 No PATCHes used for this Group ******************************************* Group 24. Dumps For Restarts IDISPA = 10 ;IDISPB = 0 ;IDISPC = 0 CSG1 ='T' GVIEW(P,-0.144506,0.166766,0.975351) GVIEW(UP,0.112169,0.982103,-0.151302) > DOM, SIZE, 4.000000E+00, 1.000000E-01, 1.000000E-01 > DOM, MONIT, 1.671672E-01, 5.000000E-02, 5.000000E-02

> DOM, SCALE, 1.000000E+00, 1.000000E+00, 1.000000E+00 > DOM, INCREMENT, 1.000000E-02, 1.000000E-02, 1.000000E-02 > GRID, AUTO, F F T > GRID, MAXCELL, 5.0E-04 ,0.05 ,0.05 > GRID, RSET_X_1, 999, 1.000000E+00,G > GRID, RSET_X_2, 999, 1.000000E+00,G > GRID, RSET_Y_1, 1, 1.000000E+00 > GRID, RSET_Z_1, 1, 1.000000E+00 > DOM, T_AMBIENT, 3.000000E+02 > DOM, P_AMBIENT, 1.000000E+05 > DOM, INI_BUOY, YES > OBJ, NAME, HIGH-P > OBJ, POSITION, 0.000000E+00, 0.000000E+00, 0.000000E+00 > OBJ, SIZE, 2.000000E+00, TO_END, TO_END > OBJ, DOMCLIP, NO > OBJ, GEOMETRY, cubet > OBJ, VISIBLE, NO > OBJ, TYPE, BLOCKAGE > OBJ, COLOR-MODE, USER > OBJ, COLOR-VAL, 15 > OBJ, MATERIAL, DOMAIN > OBJ, TIME_LIMITS, ALWAYS_ACTIVE > OBJ, INI_TEMP, 400. > OBJ, INI_PRESS, 5.0E+05 STOP </strong></pre></body></html>