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Grupo Arbore - www.arboreflorestas.com.br 1
Engenheiro Florestal André Leandro Richter• Especialista em: PCH - Pequenas Centrais Hidrelétricas, Administração Rural e Gestão
Florestal, Especializando em Arqueologia, Acadêmico de Direito e Acadêmico de Teologia.• Diretor do Grupo ARBORE.• Está Presidente da ACEF – Associação Catarinense de Engenheiros Florestais• Está Presidente da AEFsul – Assoc. de Engenheiros Florestais do Vale do Braço do Norte e Sul de SC
• Foi Conselheiro do CREA-SC e Secretário de Governo e Cidadania (Planejamento) deBraço do Norte/SC.
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Palestra: 13/09/2013
Código Florestal Reformado
Lei 12.651, de 25 de maio de 2012
Alterado pela Lei 12.727 de 17 de outubro de 2012
Principais Alterações
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Código Florestal Reformado
Lei 12.651, de 25 de maio de 2012
Alterado pela Lei 12.727 de 17 de outubro de 2012
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Índice
1. APP
2. Reserva Legal
3. Exploração Florestal
4. CAR (Cadastro)
5. PSS (Suprimento)
6. Origem dos Produtos
7. Transporte de produtos
8. Uso do fogo
9. Apoio e Incentivo
10. CRA
11. Disposições Transitórias
12. Áreas consolidadas de APP
13. Recomposição da APP
14. Áreas consolidadas da R L
15. Recomposição da R. L
16. Disposições Finais
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1 APPsa. Uso consolidado
b. Conceitos mais claros
c. Redução margem de rios
d. Atividades de baixo
impacto
e. Soma na Reserva Legal
f. Áreas Consolidadas (até:
22/07/2008) por causa do
Decreto n° 6.514 de 22 de
julho de 2008.
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• Construção de vias de acesso (pontes)
• Captação em cursos de água e lagoas
• Trilhas para desenvolvimento de ecoturismo
• Construção de ancoradouros (barcos pequenos)
• Manutenção e conservação de cercas das propriedades
• Coleta de produtos não madeireiros para subsistência
• Pesquisa científica dos recursos ambientais
• Plantio de nativas produtoras de frutos e sementes
Atividades Permitidas em APP (sem necessidade
de Licença Ambiental) - baixo impacto1.1
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APP´s
1. Margem de rios e lagoas
2. Entorno de Nascentes
3. Encosta >45º
4. Nas Restingas, como: fixadoras
de dunas e estabilizadoras de
mangues
5. Manguezais
6. Bordas de tabuleiros
7. Veredas
8. Topos de Morros (c/min. 100m)
9. Altitudes acima de 1.800 m
APP em lagoas
Lagoas Artificiais Faixas APP
< 1 ha Não
Até 20 ha 15 metros
Sem barramento Não
1.2
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1.3 APP´s
Artigo 11
Em áreas de inclinação entre 25º e 45º, serão permitidos o
manejo florestal sustentável e o exercício de atividades
agrosilvopastoris, bem como manutenção da estrutura física associada ao
desenvolvimento das atividades, observadas as boas práticas agronômicas, sendo
vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e
interesse social.
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1.4 APP´s
Restingas, mas somente como fixadoras de dunas
e estabilizadoras de mangues.
Definição de Restinga (é uma área geográfica):
Depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada,
produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes
comunidades que recebem a influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico.
Essa vegetação também é encontrada em: praias, cordões arenosos, dunas e
depressões, apresentando, de acordo com o estado sucessional, estrato herbáceo,
arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado.
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1.5 APP´s
Geração de Energia
Entorno do reservatório de água “artificial”
Art. 5° Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de
energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação
ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de
Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecido no
licenciamento ambiental, observando-se:
•Área Rural - faixa mínima de: 30,0 m e máxima de: 100,0 m;
•Área urbana - faixa mínima de: 15,0 m e máxima de: 30,0 m.
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2 Reserva Legal – Principais Alterações
a. Art. 18: Registro no CAR desobriga averbação no Cartório
b. Inclui APP’s na soma das áreas
c. Localização deve ser aprovada pelo Órgão Ambiental
d. Protocolada a documentação exigida, não poderá ser
imputada sansão administrativa e restrição de direitos.
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2.1 Definição da Reserva Legal
Áreas localizada no interior da propriedade ou posse rural,
delimitada nos termos do artigo 12 , com a função de assegurar:
•Uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais;
•Auxiliar na conservação e a reabilitação dos processos ecológicos;
•Promover a conservação da diversidade;
•Abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora nativa;
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2.2 Áreas da Reserva Legal
a. Região Norte - 80%
b. Região do Cerrado - 35%
c. Região Sul - 20% (+ as APP´s)
d. Estado com ZEE aprovado (pode haver
redução de 50% da RL)
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2.3 Localização da Reserva Legal
a. Plano da bacia hidrográfica (se houver);
b. Zoneamento Ecológico – Econômico (ZEE);
c. Formação de corredores ecológicos, com outra reserva legal ou
APP´s, com unidade de conservação ou outra área protegida;
d. Áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade;
e. Áreas de fragilidade ambiental;
f. Órgão Ambiental aprovará a localização, após inclusão no CAR.
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2.4 Reserva Legal de Empreendimentos de
Exploração de Energia Hidráulica
• Art. 12°, § 7° - Não será exigido Reserva Legal relativa
às áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor de
concessão, permissão ou autorização para exploração
de potencial de energia hidráulica, nas quais
funcionem empreendimentos de geração de energia
elétrica, subestações ou sejam instaladas linhas de
transmissão e de distribuição de energia elétrica.
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DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL
Art. 31: A exploração de florestas nativas previstas nos artigos 21, 22 e
23, dependerá de licenciamento do Órgão Florestal competente
mediante autorização prévia de PMFS – Plano de Manejo florestal
sustentável, que contemple as técnicas de condução, exploração,
reposição florestal e manejo compatível com os variados ecossistemas
que a cobertura arbórea forme.
Art. 21: Coleta de produtos florestais não madeireiros.
Art. 22: Manejo da Reserva Legal.
Art. 23: Exploração eventual sem propósito comercial (até 20 m³).
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CAR –Cadastro Ambiental Rural
Art. 29: Registro público eletrônico nacional, obrigatório para todos os
imóveis rurais – Prazo 1 ano a contar da implantação do CAR
A inscrição no CAR deve ser feita no Órgão Estadual ou Municipal
• Identificação do proprietário
• Comprovação da propriedade ou posse
• Planta e memorial descritivo
Coordenadas Geográficas;
Localização das reservas de vegetação nativa e APP´s;
Localização da Reserva Legal e de Áreas de Uso Restrito.
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PSS –Plano de Suprimento Sustentável
Art. 34: As empresas industriais que utilizem grande quantidade de
matéria prima florestal são obrigadas a elaborar e implementar o PSS a
ser submetido a aprovação do Órgão competente.
O Plano de Suprimento Sustentável incluirá:
• Programação de suprimento de matéria-prima florestal
• Indicação das áreas de origem da matéria-prima geo-referenciadas
• Aquisição de florestas exóticas de terceiros licenciadas;
• O Poder Público definirá parâmetros de enquadramento...
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Controle da Origem dos Produtos Florestais
Art. 35: O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos
ou subprodutos incluirá sistema nacional que integre os dados dos
diferentes entes federativos, coordenado, fiscalizado e regulamentado
pelo Órgão Federal competente do SISNAMA. (para nativas somente!)
§ 1º O plantio e o reflorestamento com espécies florestais nativas independem de
autorização prévia, desde que observadas as limitações desta lei, devendo ser
informadas, no prazo de até 1 ano, para fins de controle de origem;
§ 2º É livre a extração de lenha e demais produtos
de florestas plantadas nas áreas não consideradas
de Preservação Permanente e Reserva Legal.
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Transporte dos Produtos Florestais
Art. 36: O transporte por qualquer meio, e o armazenamento de madeira,
lenha, carvão e outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de
florestas NATIVAS, para fins comerciais ou industriais, requerem licença
do órgão competente do Sisnama, observado no disposto no artigo 35.
§ 1º A Licença prevista no caput será formalizada por meio do DOF,
que deverá acompanhar o material até o beneficiamento final.
DOF – Documento de Origem Florestal – Floresta Nativa.
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Uso do Fogo
Art. 38: É proibido o uso do fogo,exceto nas seguintes situações:
I – Em locais ou regiões cujas particularidades justifiquem o emprego, mediante
aprovação prévia do Órgão Estadual;
II – Emprego de queima controlada em unidades de conservação, de conformidade
com o respectivo plano de manejo e mediante prévia autorização do órgão gestor da
unidade;
III – Atividades de pesquisa científica
§ 1º O disposto no inciso I dependerá de estudos para licenciar a atividade
§ 2º Caberá a autoridade competente fiscalizará e autuará o uso irregular do fogo
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Programa de Apoio e incentivo a Preservação - Art. 41
c – Dedução das áreas de Preservação Permanente de Reserva Legal e de uso
restrito da base de cálculo do ITR...
d) Destinação de parte dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da
água, na forma da lei 9.433 de 8 de janeiro de 1997, para manutenção,
recuperação, ou recomposição das áreas de preservação permanente, reserva legal
e de uso restrito na bacia de geração da receita;
f) Isenção de impostos dos principais insumos e equipamentos (arame, postes,
moirões, bombas d'água, etc.) utilizados na manutenção e recuperação das áreas de
preservação;
II – Dedução na base de cálculo do IR das despesas de recuperação de áreas de
preservação;
§ 6º Os proprietários localizados nas zonas de amortecimento das Unidades de Conservação
são elegíveis para receber apoio técnico e científico.III
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CRA –Cota de Reserva Ambiental
Art. 44: É instituída a Cota de Reserva Ambiental - CRA, título
nominativo representativo de área com vegetação nativa, existente
ou em processo de recuperação;
II – Correspondente a RL instituída voluntariamente sobre a vegetação que
exceder os percentuais exigidos pelo art. 12
III – Protegida na forma da RPPM – Reserva Particular do Patrimônio Natural
Art. 47 É obrigatório o registro da CRA pelo órgão emitente, no prazo
de 30 dias , contado de sua emissão, em bolsas de mercadorias de
âmbito nacional ou em sistemas de registro e de liquidação
financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil;
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CRA –Cota de Reserva Ambiental
Art. 48: O CRA pode ser transferido onerosa
ou gratuitamente a pessoa física ou jurídica;
O CRA pode ser utilizado para compensar
Reserva legal de imóvel situado no mesmo
bioma da área a qual o título está vinculado
10.1
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Disposições Transitórias
Art. 59: A União, os Estados e os Municípios deverão no prazo de 1 ano, contado a
partir da publicação desta lei, prorrogável por uma única vez, por igual período, por
ato do Chefe do Executivo, implantar Programas de Recuperação Ambiental –
PRAs de posses e propriedades rurais, com o objetivo de adequá-las aos termos
deste capítulo.
§ 2º A inscrição do imóvel no CAR é condição obrigatória para a adesão ao
PRA, a ser requerida pelo interessado no prazo de 1 ano...
§ 4º No período entre a publicação desta lei e a implantação do PRA em cada
Estado e no Distrito Federal, bem como após a adesão do interessado ao PRA
e enquanto estiver sendo cumprido o termo de compromisso, o proprietário ou
possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de
22/08/2008, relativas a supressão de áreas de preservação.
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Das Áreas Consolidadas de APPsArt. 61: Nas áreas de preservação permanente é autorizada, exclusivamente, a
continuidade das atividades agrosilvopastoris, de ecoturismo, e de turismo rural
em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.
Diferenciação conforme tamanho da Propriedade:
• 01 módulo Fiscal
• 01 até 02 módulos
• 02 a 04 módulos
• < 4 módulos
Fica obrigado a recuperar as faixas ao longo de cursos d'água e lagoas na
forma estabelecida , conforme o tamanho das propriedades
Até 1 modulo fiscal.................... 5 metros
De 1 a 2 módulos ....................... 8 metros
De 2 a 4 módulos ...................... 15 metros
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Recomposição das Áreas Consolidadas de APPs
PARA ÁREAS ACIMA DE 4 MÓDULOS – Art.: 61 (sempre será
admitida a manutenção de atividades “agrossilvipastoris”, de
ecoturismo ou de turismo rural)I – (VETADO);
II - nos demais casos, conforme determinação do PRA, observado o
mínimo de 20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) metros, contados da
borda da calha do leito regular.
§ 5o Nas nascentes e olhos d’água perenes, sendo obrigatória a
recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros.
§ 6o Entorno de lagos e lagoas naturais, sendo obrigatória a
recomposição de faixa marginal com largura mínima de:
I - 5 (cinco) metros - com área de até 1 (um) módulo fiscal;
II - 8 (oito) metros - com área superior a 1 (um) MF e de até 2 (dois) MF;
III - 15 (quinze) metros - com área superior a 2 (dois) MF e de até 4
(quatro) MF; e IV - 30 (trinta) metros, com área superior a 4 (quatro) MF.
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Das Áreas Consolidadas em Áreas de Reserva legal
Art. 66: O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de
julho de 2008, área de Reserva legal inferior ao estabelecido no art. 12,
poderá regularizar sua situação, independente de adesão ao PRA, adotando
as seguintes alternativas
I – Recompor a Reserva Legal;
II – Permitir a regeneração natural da vegetação da Reserva Legal;
III – Compensar a Reserva Legal:
§ 2º Recomposição no prazo de 20 anos (a cada dois anos 1/10); (5% aa)
§ 3º A recomposição mediante o plantio intercalado de nativas e
exóticas (!?!?)
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Recomposição da Reserva Legal
§ 5º A compensação que trata o inciso III do Caput deverá ser precedida pela
inscrição da propriedade no CRA e poderá ser feita mediante:
I – Aquisição de Cota de Reserva ambiental - CRA;
II – Arrendamento de área sob o regime de Servidão Ambiental ou Reserva legal;
III – Doação ao Poder Público de área localizada no interior de Unidade de Conservação de
domínio público pendente de regularização
IV – Cadastramento de outra área equivale e excedente à Reserva Legal, em imóvel de
mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com vegetação nativa
estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde que localizada no mesmo bioma
Se fora do estado, estar localizadas em áreas identificadas como prioritárias...
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Disposições Completares e Finais
Art. 69: Registro obrigatório de Motosserras, renovável a cada 2 anos
Art. 72: Para efeitos desta lei, a atividade de silvicultura, quando realizada em área
apta ao uso alternativo do solo, é equiparada a atividade agrícola, nos termos da lei
8.171 de 17 de janeiro de 1991, que “Dispõe sobre a política agrícola”.
Art. 78: Após 5 anos da publicação desta lei as instituições financeiras só
concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários
de imóveis rurais que estejam inscritos no Cadastro Ambiental Rural – CRA e que
comprovem sua regularidade nos termos desta lei.
Data limite: 28.5.2017
16
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Obrigado!
Eng. Florestal André Leandro Richter
Grupo Arbore
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(48) 3658.3644 / 9987.0227