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GRUPOS
•Conjunto de interações que ocorre entre duas ou mais pessoas, as quais se diferenciam pela força de uso de poder, crenças, valores e tipo de tomada de decisão, com diversos graus de complexidade;•O grupo possui uma mentalidade coletiva, onde atuam a cultura e as emoções dos indivíduos e do grupo como um todo;•As crenças estão relacionadas ao modo como são resolvidas as dificuldades do grupo; as emoções, ao grau de envolvimento pessoal na situação de grupo.
Dinâmica dos Grupos (Bion)• Dependência: convicção de que alguém, externo ao grupo, irá prover a satisfação das necessidades e desejos do grupo;• Ataque e fuga: ocorre quando o funcionamento do grupo está baseado na crença de que existe um mal que deve ser destruído ou evitado;• Acasalamento: crença de que os problemas e necessidades atuais são apenas um fato futuro, mantendo-se uma esperança de algum dia superá-los;• Grupo especializado de trabalho: envolve uma convivência baseada na cooperação e esforço, permitindo evolução de ideias e amadurecimento do grupo como um todo.
Diferença entre Grupos e Equipes (Robbins 1998)
•Grupo: interação de dois ou mais indivíduos interdependentes, que se juntam para atingir objetivos especiais;
• Equipe é um grupo de trabalho que interage, principalmente, para partilhar informação e tomar decisões que ajudem cada membro a ter um desempenho dentro de sua área de responsabilidade. Em uma equipe, a interação entre os membros vai além da que ocorre em grupos, gerando sinergia positiva por meio de esforço coordenado.
Os três tipos mais comuns de equipes em organizações:
•Equipe solucionadora de problemas;
•Equipes autogerenciadas;
•Equipes de funcionalidade cruzada.
Grupos psicológicos Schein(1982)
Conjunto de pessoas que:•Interagem umas com as outras;•São psicologicamente consciente uma das outras;•Percebem-se como grupo.
Classificação dos grupos Robbins(1998):
•Grupos formais: aqueles definidos pela estrutura da organização, com missões de trabalhos designadas, estabelecendo tarefas.•Grupos informais: alianças que não são formalmente estruturadas nem determinadas organizacionalmente.
Subclassificação dos grupos:• Grupo de comando: é determinado pelo organograma da
organização, sendo composto por subordinados que se reportam diretamente a um dado gerente.• Grupos de tarefas: são determinados organizacionalmente e
representam aqueles que trabalham juntos para completar determinada tarefa.• Grupos de interesse: são constituídos por pessoas que podem ou
não estar alinhadas em grupos comuns de comando ou tarefa e que se juntam para conseguir um objetivo específico no qual todos têm interesse.• Grupos de amizade: são grupos que frequentemente se
desenvolvem porque os membros têm características em comum.
Funções desempenhadas pelo Grupo
• Organizacionais formais: trabalhar em uma tarefa complexa e independente, produzir novas ideias e soluções, desempenhar funções de ligação e coordenação, facilitar a implementação de decisões e como veículo de socialização ou treinamento. Atende às necessidades da organização.
• Psicológicas individuais(informais): necessidade de associação, confirmar sentimento de identidade e manter a autoestima; estabelecer e testar a realidade social, reduzir insegurança, ansiedade e sentimento de impotência e tornar-se um mecanismo de resolução de problemas. Atende às necessidades dos membros.
• Múltiplas ou mistas: a maioria dos grupos desempenha funções formais e informais, atendendo às necessidades da organização e de cada um de seus membros. Assim, os grupos se mostram fundamentais para o aumento da eficiência organizacional em longo prazo e para atender às expectativas e necessidades individuais.
Desempenho dos grupos: Conflitos e Desafios
•Os grupos constituem-se em um fenômeno humano universal;•Não são ideais para todo tipo de situação;•Definir nitidamente como e quando usá-los – principalmente no sentido formal.
Os principais problemas de grupos nas organizações
•Como torná-los eficazes para atender às necessidades da empresa e de seus membros; •Como estabelecer condições que melhorem o relacionamento entre grupos, aumentando sua produtividade sem destruir as relações intergrupais – evitando a competição predatória entre grupos.
Recursos táticos para evitar a competição intergrupal
• Achar um inimigo comum: grupos se unem contra outro “grupo de grupos” ou competição contra outra organização;• Estimular interação entre líderes ou subgrupos de grupos
competidores: tentar criar um conceito de “objetivos comuns”, de “grande grupo” para todos os grupos; é a base das “reuniões de cúpula”;• Encontrar um objetivo superior;• Ter um treinamento experimental entre grupos que se
caracteriza pelo treinamento entre os grupos competidores, lidando com suas percepções de si mesmo e do outro grupo.
Prevenção de conflitos entre grupos
•Dar ênfase à eficiência da organização.•Manter uma comunicação intergrupal elevada e frequente.•Estimular a rotação de membros.•Evitar situações de vence-perde.
Vantagens e desvantagens dos gruposVantagens DesvantagensMais fontes de informação
A equipe pode pressionar demais o indivíduo
Maior criatividade Alguém pode dominar a situação
Trabalho em equipe incrementa a aprendizagem e o autoconhecimento
Alguém pode sobrecarregar-se de tarefas
Maior satisfação individual(por decidir)
Menor tempo para cumprir a tarefa
Relações interpessoais em pequenos grupos
A convivência entre as pessoas é um fato marcante, em termos de destino da vida de cada um. O sucesso ou fracasso na formação de vínculos interpessoais é inegavelmente fonte de alegria e sofrimento, e pode, consequentemente, ser um poderoso determinante dos mais diferentes níveis de sentimentos de autoestima de cada um.
Fases de amadurecimento dos pequenos grupos Will Schutz(1966)
1- Todo indivíduo têm três necessidades interpessoais:a)Inclusão;b)Controle e;c)Abertura
1ª fase Inclusão: as associações entre duas ou mais pessoas Ao se associarem, as pessoas logo buscam: • Fazer parte de um grupo; • Sentir que significam alguma coisa para o outro;• Que têm algum valor;• O sentimento de “estar junto” e ao mesmo tempo querem ser
conhecidos e adquirir uma identidade;• Receber atenção, de interagir e ser único. Ser único implica
estar interessado o suficiente em si mesmo para descobrir quem se é;• No início há um aspecto comum identificado como uma espécie
de comprometimento em deixar-se envolver;
Há três maneiras de se comportar na fase inclusão:
•Comportamento hipossocial: caracterizado como introvertido e retraído;•Comportamento hipersocial: possui uma orientação extrovertida e empática;•Comportamento social: uma posição mais equilibrada entre esses dois extremos.
Ao nível do sentimento:
•A necessidade de inclusão: é a necessidade de estabelecer e manter um sentimento mútuo de interesse com as pessoas;
•Ser capaz de ter interesse por outras pessoas em um nível satisfatório e conseguir também que as outras pessoas tenham interesse por si, em um nível igualmente satisfatório.
Equilíbrio do relacionamento nessa fase:•Quando há pessoas que querem ser incluídas ou se deixam incluir no grupo a partir da ação de outras, que tomam a iniciativa de incluí-las;
•O excesso de um estilo, em detrimento do outro, retém o grupo nessa fase inicial e permanecer muito tempo nessa etapa, precipita desajustamento para aqueles que fazem parte deste grupo.
2ª fase: Controle
•A fase seguinte de amadurecimento é quando os relacionamentos têm o objetivo de estabelecer as relações de poder, influência e autoridade entre as pessoas;
•Os papéis sociais se definem, cada membro do grupo faz o possível para conquistar o seu lugar e desempenhar aquele tipo de papel que o identifica. Nesse momento, provavelmente o líder do grupo aparece e assume a sua posição
Três estilos diferentes:
•Abdicrata: quando o participante mostra baixa necessidade de controlar e assume posição de subordinação.•Autocrata: possuidor de alta necessidade de controle e dominação;•Democrata: o ponto de equilíbrio entre os dois extremos, a pessoa se sinta à vontade, tanto dando como recebendo ordens. Possuir esse estilo significa que a pessoa é confiante de que os demais respeitam sua habilidade de tomar decisões.
Com relação aos sentimentos:• A necessidade de estabelecer e manter um sentimento mútuo pela
competência e responsabilidade dos outros;• Ser capaz de respeitar os outros, bem como merecer o respeito dos outros
com relação a si próprio, em nível satisfatório. Após cada um ter assegurado sua presença no grupo, procura fazer-se conhecer em termos da sua competência pessoal e responsabilidade por determinado papel comportamental assumido, até o ponto em que naturalmente seja estabelecido um clima de respeito mútuo.
O equilíbrio na fase:
• A medida em que haja participantes que queiram deixar-se controlar, enquanto outros desenvolvem sua ação no sentido de assumir a responsabilidade pelo controle das demais;• Caso todos queiram controlar e não existam membros do grupo dispostos a se submeterem, o equilíbrio não aparecerá;• Ou se só existir quem queira se deixar controlar, o grupo se fixa nessa fase de maturidade, gerando igualmente desconforto;• Podem aparecer tensões, e ultrapassá-las significa um passo além na maturidade do relacionamento das pessoas que compõem o grupo.
3ª fase: AberturaTrês estilos ou tipos de trocas entre as pessoas:•Hipopessoal: alguém que evita revelar-se aos demais, mantém um tipo de contato superficial e distante, sente-se bem quando os demais também o tratam de forma distante.•Hiperpessoal: esse estilo leva a pessoa a “borboletear” no seio do grupo, “conversando com todos a respeito dos seus sentimentos e emoções mais profundas”.• Estilo pessoal: a pessoa se sente à vontade tanto dando como recebendo afeto. O próprio autor adverte que o grau de abertura inegavelmente varia de pessoa para pessoa.
Ao nível do sentimento
•Necessidade de estabelecer e manter um sentimento de mútua afeição com outras pessoas;•Ser capaz de amar as outras pessoas a um nível satisfatório e ter amor dos outros também a um nível satisfatório;
Equilíbrio da fase
O conforto na convivência se dá na medida em que alguns membros do grupo estão prontos para receber a afeição, enquanto outros tomam a iniciativa de dar essa afeição e proximidade no relacionamento. É nesse momento que o grupo atinge sua real produtividade, desenvolvendo vínculos eficazes.
Problemas de Trabalho em Equipes Virtuais
•Atividades devem ser bem estruturadas;•Metodologia clara e definida, que facilite o processo de comunicação e interação entre os membros;•A informação precisa ser explícita e contínua, para evitar que a comunicação se torne desordenada, subjetiva e dispersa;•Outros aspectos a serem considerados: as diferenças culturais, pessoais e de horários ao redor do mundo.
Problemas de Trabalho em Equipes Virtuais
• Em um chat muitas vezes é possível usar os recursos disponíveis, mas esses se mostram ineficientes para estabelecer uma comunicação adequada;• Nas discussões via email, as principais frustrações referem-se à falta de sincronia das ações: os horários de um indivíduo podem deixá-lo fora da discussão e sem oportunidade de opinião;• O fato de os membros trabalharem isolados por várias horas também parece gerar frustrações e esvaziamento no fluxo das decisões.• Experimentos com grupos virtuais revelam altas taxas de desistência, de formação e participação de seus membros.