GT de Promoção da Saúde e Desenvolvimento · PDF fileGT de Promoção da Saúde e Desenvolvimento Sustentável: ... Dentre elas, o GT pôde contribuir: no “Position Paper da Agenda

  • Upload
    ngothu

  • View
    218

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

  • GT de Promoo da Sade e Desenvolvimento Sustentvel: 15 anos de trajetria (2002

    a 2017)

    Em 2002, o GT de Promoo da Sade da ABRASCO comea sua caminhada realizando

    reunies em Curitiba, em maro, no V Congresso Brasileiro de Epidemiologia da

    ABRASCO, e em So Paulo, em novembro, na III Conferncia Latino Americana de

    Educao e Promoo da Sade, promovida pelo Escritrio Regional da Amrica Latina da

    Unio Internacional de Promoo, no Memorial da Amrica Latina.

    Nasceu com a misso de articular, congregar, mobilizar e promover a incorporao dos

    princpios, pressupostos da Promoo da Sade, na produo de conhecimento, nas prticas,

    nas polticas pblicas e nos modos de fazer sade no Brasil, alm de disseminar e trocar

    experincias e conhecimentos nos nveis nacional e internacional.

    Seus representantes foram convidados pontualmente, principalmente, nos anos de 2005 e

    2006, para discutir a operacionalizao da agenda e os editais da Poltica Nacional de

    Promoo da Sade (PNPS). O GT s se inseriu formalmente na composio do Comit

    Gestor da PNPS a partir de 2010, quando passou a atuar em cooperao mtua em diferentes

    momentos, com destaque para comisso de seleo e aprovao de editais para garantia de

    recursos da rea e na organizao de cursos e seminrios. Cabe esclarecer que o Comit

    Gestor da PNPS foi um colegiado formado por representantes do Ministrio da Sade e

    rgos a ele vinculados (ANVISA; FIOCRUZ), representantes do CONASS e CONASEMS,

    OPAS e sociedade civil (ABRASCO).

    Queremos destacar uma ao recente desenvolvida pelo GT: mltiplos movimentos

    simultneos postos em ao para realizar a Reviso da PNPS. Exercitamos um profcuo

    dilogo nas cinco regies do pas entre atores de governo, trabalhadores dos servios de

    sade, conselheiros de sade, representantes dos movimentos sociais e universidades.

    A Reviso ocorreu a partir de abril de 2013 e foi organizado pelo MS, Comit Gestor da

    PNPS, GT Pr Rede em Promoo da Sade e Desenvolvimento Sustentvel da ABRASCO

    e OPAS. Alm disso, foi realizada uma oficina com o Conselho Nacional de Sade.

    Sete oficinas regionais e uma com conselheiros nacionais e estaduais problematizaram e

    comprometeram-se com valores, princpios, diretrizes e temas prioritrios. Mais de 1500

    respondentes responderam ao FORMSUS; rodadas da tcnica de Delphi captaram a

    percepo de gestores da sade, de outros setores e de pesquisadores; uma reunio

    intersetorial congregou representantes de vrios ministrios e apontou os desafios conjuntos

    que devemos enfrentar para promover a sade da populao brasileira.

    O lanamento da PNPS foi realizado em um Seminrio Nacional em outubro de 2014, em

    Braslia, assim como um Nmero Temtico da RC & SC com artigos que ilustram todo este

    processo de Reviso.

    Destacamos que, de 2003 a 2016, o GT dialogou intensamente com a gesto federal do SUS

    tanto no processo de formulao da Poltica Nacional de Promoo da Sade-PNPS, quanto

    na busca de recursos para a rea e traduo e concretizao desta nas diferentes regies

    brasileiras. Neste perodo o tensionamento se deu especialmente na definio da agenda

    prioritria de Promoo da Sade do Ministrio da Sade a partir do Comit Gestor da PNPS.

  • A defesa do GT sempre foi de atuar na determinao social e no se restringir aos fatores de

    risco e proteo das Doenas Crnicas No Transmissveis.

    Uma das principais defesas / advocacy dos representantes do GT foi a proposio da

    democratizao e ampliao da participao na construo e implementao da PNPS,

    buscando assim a sua traduo em uma poltica pblica sustentvel.

    A linha do tempo do GT indicando marcos principais de sua primeira dcada foi elaborada

    para uma Oficina realizada durante o 10 Congresso Brasileiro de Sade Coletiva, e que teve

    como consigna: E agora Jos! A festa acabou ou s est comeando?. Esta foi uma Oficina

    de profunda reflexo do papel e do futuro do GT em que a consigna estabelecida foi

    respondida assim: A festa no acabou, mas a msica precisa ser trocada!

    Aceitamos o desafio de nos revermos, e em 13 de maio de 2013, realizamos em So Paulo,

    na Faculdade de Sade Pblica da USP, uma Oficina de Trabalho que teve como resultado

    desencadear uma perspectiva de ativar o GT como uma rede de Promoo da Sade e

    Desenvolvimento Sustentvel (retiramos o local e o integrado que estava na antiga

    denominao do GT) fazendo refletir na nossa lgica de funcionamento ns que

    representassem nossas agendas prioritrias.

    Em cada um destes ns um ativador-ponte com nossa Rede que se configura no modo

    de se fazer parte do GT.

    O GT ao longo dos seus quase quinze anos de atuao j diversificou e testou vrios arranjos

    organizativos. De 2002 a 2008 funcionava com uma coordenao nacional; de 2009 a 2013

    esta coordenao passou a se organizar a partir de representaes das cinco macrorregies

    brasileiras e de 2014 at o momento tem um ncleo executivo e seus membros trabalham

    em rede segundo eixos de atuao (Agenda Internacional, Mobilizao Regional, InterGTs,

    Gesto e Produo de Conhecimento, Reorientao da Ateno, Formao e Educao

    Permanente, Marco Conceitual). A sobrecarga de trabalho dos professores e/ou

    pesquisadores na atualidade dificulta, tambm, a disponibilidade de horas para o trabalho

    voluntrio que nossa organizao requer.

    Um dos pressupostos do GT o reconhecimento das iniquidades regionais no acesso aos

    recursos financeiros dos editais de cincia, tecnologia e inovao. As regies Norte e Centro

    Oeste tm menos programas de ps-graduao, grupos de pesquisa e pesquisadores com

    bolsa produtividade, consequentemente, mais barreiras para intercmbios e para diminuir o

    gap entre os resultados das pesquisas e na influencia as polticas pblicas. Desta forma,

    tentamos aplicar a lente da equidade tambm intra-GT nos empenhando em buscar novxs

    integrantes e apoiar atividades nestas regies.

    Em outras palavras, o GT aberto a quem quer que deseje dele participar.

    Veja a lista de eixos:

    1. Agenda Internacional

    2. Mobilizao Regional

    3. InterGTs

    4, Gesto e Produo de Conhecimento

  • 5. Reorientao da Ateno

    6. Formao e Educao Permanente

    7. Marco Conceitual

    Cada membro do GT se conecta ao eixo de sua preferncia isto, entretanto, no significa

    exclusividade de sua ao no GT, apenas priorizao de seu compromisso, podendo apoiar

    qualquer outro de sua preferncia.

    Em cada uma destas agendas se incorporaro qualquer pessoa que queira ser membro,

    formando redes de solidariedades de ativao das agendas. O Colegiado de Coordenadores

    e as redes de solidariedades das agendas formam o Frum Ampliado de participao no GT.

    Esta arquitetura est em anlise permanente, e, em 2016 foi realizada a alternncia de

    Coordenador e ativadores-ponte e a validao do modo de trabalhar em Rede.

    Tambm, reconhecemos que na relao GTMS vrias parcerias virtuosas aconteceram.

    Dentre elas, o GT pde contribuir: no Position Paper da Agenda de Sade em Todas as

    Polticas para as Amricas; no processo de mltiplos movimentos para a reviso da PNPS

    entre abril de 2013 e maio de 2014 e realizar, conjuntamente com a Unio Internacional de

    Promoo da Sade, a 22 Conferncia Mundial de Promoo da Sade e Educao com o

    tema Promovendo em Sade e Equidade, em maio de 2016.

    A partir da parceria com o MS pudemos, tambm, organizar dois nmeros temticos da

    Revista Cincia em Sade Coletiva, nos anos de 2014

    (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-

    812320140011&lng=en&nrm=iso) e 2016

    (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-

    812320160006&lng=en&nrm=iso) que evidenciam alguns produtos no mbito da produo

    e disseminao do conhecimento da rea.

    O GT sempre apostou na potncia do encontro com a gesto federal, mas desde o

    impeachment da Presidente Dilma, o desmonte das polticas sociais e a aposta na austeridade

    fiscal promovido pela Gesto Temer, o GT tem denunciado e temos nos mobilizado para nos

    aproximarmos mais de outras organizaes e da sociedade civil.

    Considerando este contexto um dos eixos de atuao do GT o da Mobilizao Regional,

    o qual priorizou neste ano de 2017 a realizao de Oficinas Regionais para advocacy da

    promoo da sade e defesa do SUS nos instrumentos estratgicos de planejamento e o

    direito cidade no novo ciclo de gesto dos municpios. Esta ao oriunda das

    oportunidades temporais e polticas que representam as seguintes agendas: ODS 2030,

    Planos Diretores e Planos Metropolitanos (Lei Federal 2015: Estatuto da Metrpole), Planos

    Plurianuais e de Sade que esto em processo de pactuao at o final de 2017 e podem

    favorecer a articulao de funes pblicas de interesse comum.

    Para a concretizao das Oficinas Regionais o GT, em janeiro de 2017, iniciou dilogo com

    a Frente Nacional de Prefeitos para insero na programao do IV Encontro dos Municpios

    com Desenvolvimento Sustentvel e com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de

    Sade para participao no XXXIII Congresso deste, em julho de 2017. Tambm, em abril

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-812320140011&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-812320140011&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-812320160006&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-812320160006&lng=