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Carlos Angelo *GUERRA BIOLÓGICA* Manual de Auto-imunização EDIÇÃO ATUALIZADA EM JANEIRO DE 2009.

Guerra Biológica - 2009

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Carlos Angelo

*GUERRA BIOLÓGICA*

Manual de Auto-imunização

EDIÇÃO ATUALIZADA EM JANEIRO DE 2009.

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Este original deve ser divulgado, entre todos os povos, respeitadas as leis de direitos autorais.

Edição especial em 2008.

Associação Cultural Espectro – Teatro de ArteDepartamento de Projetos Ambientais Urbanos

Qualquer sugestão favor entrar em contato com o autor.

[email protected]

Publicação da & Editorial

ISBN 85-88605-02-5

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AGRADECIMENTOS

Fernando JorgeMestre e incentivador desta obra;

Maria José Cláudio da SilvaCompanheira de todos os momentos;

GRUPO DE TRABALHO(voluntários)

-        Auri Correia Lima-        Edméa Helena de Oliveira

-        Gilson Barreto-        Jorge Paiva Campos

-        Letícia Wendy-        Luiz Gonzaga de Oliveira

-        Marcos José da Silva-        Sérgio Lagoa

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QUEM COLABOROU COMESTE TRABALHO

O conteúdo desta publicação foi elaborado com a participação de inúmeras pessoas, instituições e entidades, dentre as quais destacamos:

- Conselho Coordenador de Sociedade Amigos de Bairros, Vilas e Cidades do Estado de São Paulo;- Engenheiro Nilton de Moraes (IBAMA);- Arquiteta Anki M. J. Langermans (FEI);- Professor Alberto Pacheco (USP e Sec. Verde e Meio Ambiente da cidade de São Paulo);- Professor Leziro Marques Silva (Universidade São Judas e CETESB);- Professor Luiz Gonzaga de Oliveira (Pres. ABRACE);- Professor Jorge Paiva Campos (UNICAMP e Univ. Camilo Castelo Branco);- Engenheiros e Técnicos de diversas indústrias;- Trabalhadores de diversos cemitérios;- Mais de 5.800 Estudantes de 283 escolas do 2º Grau e de diversas Universidades (elaboraram trabalhos em feiras de ciências – colhendo material e fotografando diversos cemitérios);- Dirigentes comunitários de 4.810 associações de moradores;

-        Elencos de diversos espetáculos do Grupo Espectro – teatro de arte (integrado por estudantes e profissionais de diversas áreas).

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SUMÁRIO

01 A Quem se Destina esta Obra 0602 Pequena introdução 0903 Carlos Angelo – quem é o autor 1304 Vida após a morte 1905 Retrospectiva necessária 2306 Culto aos mortos através dos tempos 2507 A Estética da Morte 3308 Contaminação ambiental por cemitérios 3909 Cemitérios denunciados no século XIX 4010 Espectro quer fechamento de cemitérios 4111 Cidade de São Paulo 4212 . Atenção para o perigo 4513 Histórico sobre o necro-chorume 4814 Doenças e mortes 5115 Varíola 5516 Necrófagos 5917 Tragédia anunciada poderá ser evitada 6218 De quem é a responsabilidade? 6419 Os caminhos percorridos 6520 Apoio Legislativo 6821 Os problemas podem ser solucionados 7022 Nossa grande descoberta: o ISOPOR 7223 Conclusões 7624 Diálogos 8125 ANEXOS 10926 Glossário 112

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27 Bibliografia 11428 Meditação 115

A QUEM SE DESTINA ESTA OBRA“A morte é niveladora, iguala a todos os viventes”

Adágio Popular

Sabemos que a guerra biológica é inevitável.O conhecimento adquirido na leitura deste livro

poderá fazer de você um dos sobreviventes. Esta possibilidade agora só depende de você.

Fizemos este manual para promover a união de todas as suas moléculas, criando um poderoso exército para cuidar de sua segurança.

O estilo literário utilizado é ficcional, em alguns casos, e realista em outros, ficando a interpretação dos fatos a critério de cada leitor.

Utilizando a linguagem teatral (jogos dramáticos), você poderá dialogar com seus anticorpos, preparando suas defesas orgânicas e criando um exército capaz de defendê-lo quando for necessário.

Crie, após a leitura, seus próprios exercícios. Evite medicamentos quando tiver sintomas de uma gripe, ordenando aos seus anticorpos o ataque aos vírus causadores de sua doença.

Conversando com seus anticorpos você vai desenvolver esta relação com todos os elementos que compõem seu corpo.

Trabalhe com cada uma das moléculas de seu corpo, aprimorando sua inter-relação.

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Assim, quando uma bactéria ou um vírus se aproximar, seu corpo estará preparado para reagir ao invasor, preservando sua integridade.

Com exercícios constantes será possível conseguir um resultado positivo.

Inicie sempre os seus exercícios com um relaxamento seguido por uma série respiratória.

Aprenda a reconhecer cada uma de suas células, mantendo sempre um canal aberto, para dialogarem em busca da harmonia, necessária, na evolução da vida.

Conseguindo o equilíbrio você estará protegido.E para saber se já está protegido você deve submeter

seus anticorpos a testes constantes.Aprenda a conviver com estes testes.

EXERCÍCIO SUGERIDO: reúna amigos para uma leitura, em voz alta, de um capítulo deste livro, debatendo o conteúdo e fazendo uma relação com conhecimentos de outras fontes.

Se possível faça intervalos semanais entre cada reunião. Ao concluir todos os capítulos escolha um para ler e debater novamente, avaliando e colocando em prática seus novos conhecimentos.

Se não for possível reunir outras pessoas, crie seu grupo pessoal reunindo seus corpos (físico; mente e espírito).

Um diálogo seu com você mesmo. Pode não ser o ideal, mas será fundamental na preservação de sua vida molecular.

Quando amadurecer esta relação, ampliando suas possibilidades de equilibrar as relações entre seus corpos,

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desenvolva exercícios utilizados por atores na preparação de personagens.

Faça como se estivesse montando um seu espetáculo. Cante, dance, declame, chore, grite desesperadamente e encerre seu ciclo rindo, gargalhando muito.

Deite e relaxe seu corpo ouvindo uma música suave.Medite sobre seu interior, suas moléculas, seu sangue

circulando suavemente, suas respirações compassadas, calmas, tranqüilas, profundas.

Sinta o calor aumentando enquanto uma paz, uma alegria infinita invade seu corpo, provocando formigamento, um monumental êxtase!Abandone sua fase de dependência infantil, rompa suas limitações individuais e torne-se um ser social, assumindo posições diante dos conflitos do seu grupo social, cultural e comunitário.

Esta será sua grande defesa quando um foco infeccioso se instalar em seu interior.A mais poderosa arma para defendê-lo será sempre aquela representada por seus anticorpos naturais.

Carlos Angelo

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PEQUENA INTRODUÇÃO“Os monumentos que se erigem nos cemitérios, à

memória dos mortos ilustres, destinam-se a mostrar à posteridade como são duradouros... o granito, o

mármore e o bronze”.D. Quixote

Em 1968 o “Gru...pô – Teatro Experimental”, formado por alunos e professores de diversas escolas da cidade de São Paulo, e coordenado por Carlos Ângelo, iniciou um estudo sobre a degradação ambiental nas grandes cidades, aliada ao processo degenerativo das suas populações.

Para escapar da Censura da Polícia Federal, que proibiu 13 textos, entre os 58 produzidos com a temática de teatro social reivindicativo, foram utilizados diversos recursos, e um deles era mudar o nome do grupo cada vez que uma peça era proibida.

Assim tivemos, entre outros, os nomes de:Grupo Independente de Teatro;Equipe Purpley;TEMA Teatro Experimental Mário de Andrade;Spectro – Teatro Experimental;TABA – Teatro de Artes Brasileiras Atual;Grupo SACISMAT de Estudos Comunitários;Espectro – Teatro de Arte e, atualmente,Associação Cultural Espectro - Teatro de Arte.

Outro recurso era o de inserir alguma patriotada nos espetáculos, amenizando a perseguição dos censores.

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Também deu bons resultados sair do circuito profissional de teatro.

Na condição de “amadores” o grupo elaborou cursos de Iniciação ao Teatro e Oficinas Culturais, onde novos integrantes colaboravam com propostas criativas nos temas abordados.

Com as Oficinas foi possível mobilizar mais de 5.000 alunos, professores de mais de 500 escolas e líderes comunitários de mais de 4.850 sociedades amigos de bairros.

Este livro é uma pequena demonstração do conteúdo relativo ao período em que o grupo estudou os cemitérios, seguido de propostas concretas para mudanças na relação dos vivos com os mortos e os impactos ambientais produzidos pelo necro-chorume.

Antes de pesquisar os cemitérios o trabalho foi direcionado para outros graves problemas na organização dos espaços urbanos (lixões; esgotos; favelas; cortiços, etc.).

Estas atividades ocuparam a atenção do grupo durante muitos anos.

Cada tema foi debatido em todos os níveis e com todos os segmentos da nossa sociedade.

As soluções apresentadas foram as mais criativas possíveis.

Entretanto, alheio à vontade do grupo, muito pouco se fez.

As iniciativas particulares, pessoais ou institucionais, tiveram o mérito de ampliar o debate.

Muitos hoje conhecem detalhadamente os principais problemas ambientais urbanos.

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O GRUPO MULTIPLICOU-SESe fossemos enumerar as atividades estudadas por

alunos dos diversos grupos de teatro criados neste período, dentro da visão de cada um, respeitadas as procedências sociais, culturais e econômicas, veríamos que o interesse sempre era voltado para as liberdades e os direitos individuais.

Sendo assim os temas eram enfocados nas atividades profissionais e relações familiares.

Nunca ninguém, de forma espontânea, abordou o tema relativo a cemitérios.

Poderiam até descrever o ritual da morte dentro da fé cristã.

Falar de cemitérios, e conseqüentemente de morte causava incômodos em todos os sentidos.

Então nós falávamos de amizades, esportes, natureza, escola, trabalho, família, forma de governo, saúde, alimentação e, inevitavelmente, arte, cultura, cinema, televisão, rádio e teatro.

E tudo o que dissemos e fizemos durante todos estes anos de atividades foi importantíssimo.

Contrariando a lógica, foi, entretanto, estudando cemitérios que constatamos a importância da vida.

A descoberta, maravilhosa em muitos aspectos, tornou-se apavorantes em inúmeros outros.

Hoje sabemos como realizar uma guerra biológica, com a provável exterminação de quase toda a humanidade.

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Bastaria, por exemplo, retirarmos 300 mililitros de necro-chorume dos cadáveres vítimas de varíola, sepultados no cemitério da Consolação, em São Paulo.

Colocarmos este líquido em um reservatório de água utilizada para o consumo humano, para em pouco tempo contaminarmos uma parcela da população, propagando este vírus, que não tem nenhum medicamento para controle e erradicação em lugar algum do planeta.

Uma vacina eficaz somente protegeria os que ainda não estivessem contaminados (a vacina não produz efeito em quem já contraiu e desenvolveu o vírus).

Qualquer um poderia retirar necro-chorume em qualquer cemitério sem grandes dificuldades.

O resultado seria assombroso.Você ficou chocado com esta possibilidade?Pois a varíola já é conhecida e poderia ser combatida

e debelada antes do extermínio da raça humana.Só que nos cemitérios estão presentes mais de 150

tipos de vírus que a ciência não saberia como reter, controlar e erradicar.

O que nos apavora também é a atitude das pessoas que ficam indignadas ao conhecer o nosso trabalho, mas não movem uma palha no sentido de ajudar na implementação de soluções.

Há 34 anos estamos alertando sobre a necessidade de drásticas mudanças, nos aterros sanitários; favelas; cortiços; lixões; esgotos e, principalmente, em cemitérios.

Prólogo da 1ª edição – em 2002.

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CARLOS ANGELOPequena biografia do autor.

Nasceu em Lins, interior do Estado de São Paulo, em 15 de abril de 1947.

Com seis anos mudou-se para Getulina, indo morar perto do cemitério da cidade, onde passava horas entre os túmulos, olhando atentamente todos os acontecimentos.

Neste local, como outras crianças, teve seu aprendizado em bolinação, sendo assediado por uma menina com quase o dobro de sua idade.

Nesta cidade teve seu primeiro emprego, que era levar marmita para os presos da cadeia pública, hoje presídio feminino.

Neste emprego aprendeu a roubar com a polícia e a ser honesto com um preso que havia matado todas as pessoas de sua família.

Esta experiência fez com que crescesse com uma dúvida: “por que a polícia estava do lado de fora das grades?”

Filho de Demóstenes Angelo da Silva e Aparecida Romão da Silva, com sete irmãs e nenhum irmão.

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O seu pai tinha gosto pela aventura de morar pouco tempo no mesmo lugar.

Cada vez que trocava de casa, trocava de profissão.Em Getulina era garçom e em Londrina, para onde

mudaram em 1954, era frentista de um posto de gasolina e depois motorista de ônibus.

A vida interiorana é fantástica em aventuras espetaculares.

Se esta não fosse uma breve biografia, as peripécias de sua adolescência possibilitariam a construção de um texto com centenas de páginas.

Uma lembrança macabra é a de quando construiu um cemitério para gatos, na Vila Guarujá, em Londrina.

Angelo prendia, julgava, condenava, executava e fazia, em seu carro fúnebre, o transporte do felino até o cemitério que ficava nas proximidades de um córrego.

Todas as crianças da vizinhança acompanhavam o enterro, levando flores nas mãos e cantando hinos religiosos.

O problema era quando anoitecia e ninguém queria dormir com a luz apagada.

E se um gato miasse na escuridão, era uma choradeira em todas as casas daquela vila de uma única rua, que terminava na entrada do cemitério de gatos.

Ele sabia que, na manhã seguinte a cada enterro, diversas mães, iriam à porta de sua casa, reclamando.

Evidentemente apanhava de seu pai, que ainda quebrava seu carro funerário.

Mas era só aparecer outro gato e a “palhaçada” se repetia.

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Foi para a escola primária, tirou diploma em primeiro lugar e ganhou uma bolsa de estudo para cursar o ginásio, realizado no Instituto Filadélfia de Londrina.

Estreou em teatro, em maio de 1958, com o Grupo de Teatro Universitário do Instituto Filadélfia – de Londrina – PR, no papel de Pluft, do texto Pluft, o fantasminha de Maria Clara Machado.

Em 1961 escreveu seu primeiro texto, montando com amigos da vizinhança, atuando como ator, diretor, cenógrafo, coreógrafo, figurinista, etc.

Depois, em 1964 chegou a São Paulo.Uma das primeiras atividades foi à participação num

Grupo de Teatro de Estudantes do Ginásio Alfredo Machado Pedrosa.

Mais tarde, em 1966, fundou seu próprio Grupo, denominado: Gru...Pô! – Teatro Experimental.

No ano seguinte foi participar de um Curso de Direção de Espetáculo – no SESC (Teatro Anchieta).

Dirigiu com estudantes a peça Pluft, o fantasminha, sendo este o primeiro espetáculo do Grupo que deu origem à Associação Cultural Espectro – Teatro de Arte.

O principal trabalho do Espectro tem sido o debate sobre questões relacionadas ao contrato social.

Cursos de iniciação ao teatro, oficinas culturais, seminários, palestras, festivais, mostras culturais etc., são organizados para oferecer oportunidades de um contato técnico eficiente para os principiantes, assim como uma reciclagem para os que já estavam desenvolvendo uns trabalhos profissionais em teatro.

Sua experiência profissional em dramaturgia inclui textos traduzidos para diversos países.

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França e Alemanha já produziram Insetos (texto que foi proibido no Brasil em 1971).

Hoje estão registrados na SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, seus mais importantes textos.

Dramas, tragédias, fábulas, comédias e diversos textos sobre o Movimento de Teatro Social Reivindicativo.

O Espectro montou, em 1974, Limites da Razão no Pacto Social, para organizar na sociedade civil uma consciência sobre a importância do voto direto.

Também participou da Campanha da Vida – Mutirão Salva São Paulo, com o espetáculo: Momentos Angustiantes – do nosso ar nada resta.

Com este trabalho solidificou-se, a partir de 1977, a organização de grupos em defesa do meio ambiente urbano.

Na Campanha das Diretas-Já foi preparado o espetáculo: O Próximo Passo.

Após o início da redemocratização, o trabalho foi direcionado para o público infantil.

Ao pesquisar sobre as questões ambientais, para escrever o texto Momentos Angustiantes, apaixonou-se pelo tema e passou a dedicar seu tempo para a realização de um trabalho técnico sobre este assunto.

No primeiro momento a pesquisa indicava a necessidade de se manterem intactas às florestas, além de criar espaços verdes no ambiente urbano.

O amadurecimento fez com que este período fosse lembrado como uma alegoria poética.

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Os problemas foram surgindo numa proporção inimaginável.

Assumindo o cargo de coordenador de atividades ambientais urbanas, no Conselho Coordenador de Sociedades Amigos do Estado de São Paulo, foi a mais de duzentos cemitérios de diversas cidades do Estado de São Paulo conversar com os trabalhadores desses lugares.

Ângelo foi a diversos aterros sanitários, a lixões, favelas, cortiço etc.

Á pesquisa ganhou força com a participação das lideranças de sociedades amigos de bairros, estudantes e professores.

Cada etapa desse trabalho era apresentada em palestras, reuniões, espetáculos teatrais e em diversas casas legislativas.

O primeiro projeto, em 1995, foi do deputado estadual Campos Machado, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Em seguida foi apresentado o projeto do vereador Gilson Barreto, na Câmara Municipal de São Paulo.

Diversos parlamentares apresentaram outros projetos sobre o mesmo assunto: cemitérios.

Solucionar os problemas dos cemitérios é apenas um dos passos em busca de uma melhor qualidade de vida.

O contrato social, na opinião deste pesquisador, deve sofrer profundas e radicais transformações.

Algumas precisam de cuidados urgentes, pois o desastre será inevitável se nada for feito.

Por exemplo: na questão de mudanças no sepultamento e exumação dos nossos mortos.

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Um esgoto doméstico não pode, em hipótese alguma, ser canalizado para reservatório de consumo humano.

Muitos foram os colaboradores das diversas etapas das pesquisas destes anos todos.

Agradecer a participação de quem foi fundamental para esclarecer esta trajetória, citando nomes ou obras, seria cometer uma injustiça com os que nunca disseram seus nomes e, ainda assim, orientaram sobre o caminho a ser percorrido, com suas experiências pessoais e profissionais.

Ao publicar esta obra, que teve sua primeira edição esgotada na semana de lançamento, comprovou a necessidade de uma segunda edição, revista e ampliada, para que o maior número possível de pessoas pudesse dar continuidade a este trabalho. E a segunda edição foi disponibilizada na internet, sendo visitada por mais de cem mil leitores.

Agora lançamos a terceira edição. O formato utilizado (manual de auto-imunização) valoriza a obra, possibilitando sua compreensão até entre pessoas não familiarizadas com os aspectos abordados.

Este livro está faltando nas livrarias, pois se destina a orientação definitiva das ações daqueles que se preocupam com a qualidade de vida.

Fernando Jorge

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VIDA APÓS A MORTE“Não penses no que podes perder

mas lembra-te do que queres ganhar.”Professor De Rose

Poderia parecer uma maldição se fosse interpretado por esotéricos. Entretanto nosso enfoque se dá em outras circunstancias.

Nossa pesquisa foi relacionada a outros fatores, resultando em uma combinação assustadora, porem simples o bastante para indagarmos o porquê de não se terem observado os naturais cuidados que esta mutação requer.

Existe vida após a morte!Vamos traçar o caminho da vida após a morte, com

exemplos que qualquer pessoa, de qualquer condição social, cultural, intelectual, profissional, etc., possa compreender assimilar e debater, sem que possa ser contestada em suas conclusões.

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Nosso corpo é formado por células, que alimentam bactérias e que formam uma cadeia alimentar.

Quando morremos as nossas células passam por uma transformação que em nada difere do que acontece cotidianamente com as células dos alimentos que ingerimos. E as mesmas bactérias que se alimentavam de arroz, feijão e carne continuam seu trabalho, alimentando-se da carne do nosso corpo.

A vida microscópica continua.Esta transformação, ou este ciclo biológico natural

mereceu nossa atenção por diversos fatores.O principal foi à busca de compreensão para a lacuna

entre duas atividades que não se juntam:a medicina terapêutica e a medicina legal.

A primeira encerra seu trabalho no momento em que é declarado o óbito.

A segunda inicia seu trabalho a partir da declaração do óbito.

Uma ignora totalmente o trabalho da outra.E nosso trabalho aqui é o de tentar compreender a

importância de uma junção destes instrumentos científicos. Que não se rendam às evidencias da “morte”, continuando seu trabalho como se fossem naturais as transformações que se iniciam com o tal do “óbito”, mera formalidade, pois a vida continua sob outros aspectos, sendo necessária a sua compreensão para o perfeito entrosamento das pesquisas que possam fortalecer nosso organismo, melhorando nossa vida física.

Para um casal em crise o casamento MORRE no momento determinado por um problema muitas vezes banal, na opinião de quem está fora da relação.

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Neste nosso trabalho o leitor encontrará muitas outras formas de MORTE.

E para cada ocorrência haverá uma justificativa eficiente na visão dos envolvidos.

Os senhores médicos poderão apresentar suas razões, compreensíveis se estiverem coerentes com a especialidade de cada um.

Entretanto, e é isto que nos motiva neste trabalho, a ciência exige um envolvimento maior, uma busca constante, uma justificativa para todas as possíveis indagações.

E para que os senhores médicos possam desempenhar suas funções cientificamente serão necessárias ações práticas que superem este trauma chamado morte.

É fundamental que continuem acreditando nas transformações proporcionadas pela natureza, onde nada nasce nem morre, mas apenas se transforma.

Aos profissionais de outras áreas do conhecimento humano ficariam as explicações sobre a vida da alma, do espírito, de um deus, de um céu ou de um inferno.

Tudo começa a se desarrumar quando cientistas tentam justificar a existência de Deus e religiosos a se preocupar com medicamentos para curar doenças físicas.

Nós, simples mortais, ficamos perdidos diante destes fatos, desamparados, sem termos a quem recorrer, pois não acreditamos no Deus da ciência nem no remédio de uma oração que possa curar uma nossa diarréia.

Com o dever de cidadão é que nós, que fazemos poesia, teatro, música, dança, crônicas e outras tantas atividades artísticas e de cunho intelectual, nos envolvemos com a ciência e com a religião, não para

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criticarmos gratuitamente, mas para iniciarmos um ciclo de debates que possibilitem o entendimento e um perfeito entrosamento das atividades dentro do nosso contrato social.

Vida após a morte? Existe sim, e precisa de uma compreensão que

possibilite a todos os segmentos sociais uma reorientação de suas atividades.

Fugir desta responsabilidade, ou dizer que não existe nada que possa ser feito por você, na sua área de competência, é um ato covarde de omissão, que poderá resultar em uma monumental tragédia.

Aquilo que aparentemente é insignificante poderá ser o fator determinante de uma transformação.

Poderíamos exemplificar nossas experiências nas pesquisas realizadas em torno dos cemitérios.

Seria simples compreenderem nosso amor a vida.E quando descobrimos as infinitas possibilidades que a vida oferece para alcançarmos a felicidade, a paz, à alegria e tantas outras “coisas”, abençoadas por esta energia cósmica, transformadoras, evolutivas, eternas, magníficas em todos os sentidos, o mais simples dos mortais sente, no momento da descoberta, que é eterno, que se transformou em um deus!

E é na esperança de que aqueles que nos honram com sua leitura atenta, positiva, construtiva, entendam esta proposta de um novo contrato social.

Saiba viver.Nunca, jamais, em nenhuma circunstancia tenha

medo da morte.Ela é apenas um referencial.

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A vida é eterna, contínua.Encare as transformações como uma necessidade de

sua evolução cósmica.Abandone sua pequenez humana e torne-se um Deus!O conhecimento transformador é fundamental para

nosso encontro com o verdadeiro significado da vida.Devemos superar os obstáculos, que existem apenas

para valorizar nossa vitória final.E que todos possam se descobrir!Amém!

RETROSPECTIVA NECESSÁRIA“Tanto faz morrer assim como assado. Tudo é

morrer. Crucificado ou de prisão de ventre, em combate glorioso ou forca, o resultado é o mesmo.”

Graciliano Ramos

No Egito os sacerdotes escreveram o “Livro dos Mortos”, com instruções detalhadas para que os corpos não perecessem.

No capítulo CLIV, do Livro dos Mortos, existe a recomendação para que o defunto recite o seguinte texto:

“Oh, Osíris, meu Pai divino, salve!... faz embalsamar meus membros, para que eu não pereça, e para que chegue a ser semelhante ao deus Khepra, senhor das metamorfoses, que ignora a putrefação... torna-me estável e imutável, Senhor dos ataúdes!... eu sempre te glorifiquei”.

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Por isso, que meu corpo não chegue a ser presa dos vermes.

Livra-me como tu te livraste e te salvaste!Possa eu ignorar a putrefação, este destino comum a

todos os animais e a todas as feras que se arrastam criadas por diferentes deusas!

Pois quando, depois da morte, a Alma empreende seu vôo, o cadáver se liquefaz, seus ossos se desarticulam e se dissolvem e a carne impregnada de mau cheiro apodrece, os membros caem aos pedaços e tudo se transforma em um líqüido nauseabundo.

Uma massa formigante de vermes, apenas vermes...É o fim do homem... Perece sob os olhos de Shu,

como perecem todos os deuses e deusas, todos os pássaros e todos os peixes...

Osíris, meu pai divino, salve!...Sinto que a força da vida transborda em mim!Eis que desperto em paz... Não apodreço nem me decomponho.Não exalo ao meu redor cheiro de putrefação.Não desapareço no nada.Meu olho não se apaga.Os traços do meu rosto não desaparecem sob uma

massa líqüida.Meus ouvidos não se fecham aos sons da palavra.Minha cabeça não será separada do tronco.Minha língua não será arrancada, minha cabeleira

não será arrastada.Minhas sobrancelhas não serão depiladas...Nenhum dano será causado ao meu cadáver.

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Meu corpo permanecerá imutável e estável, eternamente.

Não será destruído na Terra, em toda a eternidade”.O medo da morte causou grandes transtornos desde o

princípio dos tempos.Ainda hoje nosso temor causa reações que nos

afastam da compreensão do verdadeiro perigo desta relação dos cadáveres humanos com os seres vivos.

O conhecimento poderá evitar que milhões de pessoas sejam sacrificadas, contaminadas por fungos, vírus e bactérias contidas no NECRO-CHORUME.

CULTO AOS MORTOSATRAVÉS DOS TEMPOS

“Nunca vi coisa mais para lembrar, e menos lembrada, que a morte: sendo menos aborrecida que

a verdade tem-se em menos conta que a virtude”.Camões

A saudade pelo ente querido é um sentimento natural a que não estão alheios os próprios animais, especialmente os cães, que chegam a deixar-se morrer quando o dono lhes falta.

À saudade juntou o rito funerário, variando com o clima, as raças, e as crenças, tanto nas sociedades bárbaras como nas civilizadas.

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Os viajantes que percorreram países de civilização rudimentar ou primitiva são unânimes em afirmar que o culto pelos mortos é geralmente baseado na família.

Em quase todos eles existem a crença da sobrevivência após a morte.

Os espíritos vagueiam na Terra ou regressam aos corpos inumados.

De qualquer forma o ser humano se desdobra em espírito e matéria.

Esta crença, existente entre os selvagens, se reproduz perpetuamente nos países civilizados.

A matéria sucumbe, mas não o “eu” consciente do indivíduo, que desligado do corpo começa nova existência.

Supunham que o “eu” ausente reentraria, cedo ou tarde, no corpo que animara na sua passagem pela Terra. O fenômeno dos sonhos, verificado no dia a dia, tornando presentes os mortos que nos foram queridos, contribuiu para enganar o juízo infantil do homem primitivo, não sendo muito diferente nos dias de hoje.

Uns por medo e outros por sentimento piedoso, ontem como hoje, procuram dar aos mortos o repouso e assistência caridosa.

Este sentimento revela-se claramente desde o paleolítico superior, onde começam aparecendo os túmulos isolados, como também necrópoles de maior extensão.

Da arqueologia funerária fazem ainda parte os dolmens, construídos no início da Idade do Ferro, servindo não só para depositar os mortos, como ainda suas armas e utensílios.

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Nenhum povo nos esclarece melhor sobre os ritos funerários que o Egito.

As escavações feitas no Vale do Nilo revelaram textos, imagens e pinturas que possibilitaram aos arqueólogos decifrarem a religião, moral, costumes, leis e evolução mental dos egípcios.

Os maiores monumentos da Antigüidade foram as Pirâmides, erguidas para sepultar seus reis.

Junto ao cadáver acumulava tudo o que recordasse o vivo: o que fizera, adquirira e pensara, sendo a cova a suma de suas ocupações.

E para estarem seguros de sua ressurreição futura não bastava embalsamá-los: era preciso protegê-los também contra os animais ferozes, colocando-os sob montanhas de pedra ou no interior de rochedos, e cercá-los de palavras mágicas contra a má sorte e os maus espíritos, servindo para isso o “Livro dos Mortos”, com o resumo de fórmulas que deviam salmiar os parentes e amigos.

Durante as primeiras Dinastias a “mastaba” era o túmulo particular do burguês rico ou do grande senhor.

A pirâmide era privativa do rei, filho dos deuses e quase deus ele próprio.

Maciço e sem abertura exterior, tudo na pirâmide contribuía para defender o morto contra as violações.

As paredes dos sarcófagos eram revestidas de inscrições e de pinturas, sem esquecer o texto biográfico.

No seio do cadáver pintava-se o escaravelho de Ptah, símbolo do auto-renascimento desse que, morto, revivia.

Para o isentar da corrupção extraiam-lhe as vísceras, que guardavam em urnas e injetavam líquidos no corpo,

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envolvendo em seguida com ligaduras de linho, encerrando-o depois em um tríplice caixão.

Além de inacessível a mumificação torná-lo-ia eterna.

E como ele conhece, pelo “Livro dos Mortos”, os nomes secretos de todos os deuses e demônios, entrarão por fim no número dos companheiros de Ra, caminhando entre as estrelas.

Esta brilhante expectativa despertava nos meios cortesãos o mais vivo interesse, visto que após a morte os protegidos da fortuna continuariam desfrutando as mesmas regalias que na Terra tinham usufruído.

Outro tanto não sucedia à massa obscura: trabalhadores do campo, artífices, escribas e os cabouqueiros que afundavam sepulcros e abriam canais.

Para estes a ressurreição após a morte não os interessava, visto terem de continuar sob o chicote de couro, a carrear os blocos de granito, abrir sepulcros, volver a leiva dos nateiros, remar na corrente do Nilo...

Mesmo que alguns acalentassem tal sonho não teriam como efetivar por serem as drogas caras e ainda não disporem de uma cripta familiar ou mesmo alguns palmos em uma necrópole comum.

Para estes a morte era o aniquilamento da matéria e do espírito.

Os sacerdotes, devido à riqueza que desfrutavam, podiam conservar até os corpos dos animais sagrados – íbis, abutres, gaviões, mochos, morcegos, ratos, cobras, peixes, crocodilos, macacos, escaravelhos.

Foi por milhões e milhões que sucessivas gerações depuseram suas múmias nos hipogeus do Egito.

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Podemos avaliar o número de pessoas ocupadas na indústria funerária e a prodigiosa soma de produtos imobilizados nos túmulos: estofados preciosos, licores odoríficos e anti-sépticos, gomas, matérias betuminosas e substâncias químicas, sem contar mobiliário, amuletos, talismãs, fórmulas de esconjuro cosido ou colocado no vestuário.

Em cada morto empregavam-se faixas com cerca de 1.200 metros e todas perfumadas com drogas vindas da Arábia Feliz.

Ao imenso dispêndio juntava-se o grande número de pessoas ocupadas em coisas de natureza funerária, podendo afirmar-se que a preparação e conservação dos mortos absorviam os cuidados de mais da metade dos vivos.

Mas as histórias da mumificação e dos rituais funerários evoluíram.

O hábito de embalsamar os corpos acabou sendo considerado uma prática vã.

A fé desvaneceu-se.Como são diferentes os túmulos que depois se

construíram.Ornados com símbolos e imagens esses espantosos

hipogeus, em que os sacerdotes escondem os desgraçados que viveram sob a pressão do seu ensino temeroso e de sinistro aspecto.

As imagens espantam e perturbam os que ali dormem, pois tendo vivido no terror assim continuarão na vida eterna.

Segue-se a evolução final em que todas as práticas de sobrevivência são desprovidas de significação.

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O sentimento pelos mortos entre os gregos era bem diferente.

Tinham o culto da família, mas antepunha o da raça e dos antepassados gloriosos.

Não esqueciam os ignorados e humildes, celebrando em sua honra a festa de todos os mortos.

Era o dia das libações, durante as Antestérias, em fevereiro.

Procurava neste dia encantar as sombras em geral, por ser a ocasião em que todos os mortos abandonavam suas moradas subterrâneas para vaguear a luz do dia.

Como no Egito os mortos reclamavam domicílio, alimento e vestuário.

Os gregos tinham o culto pela vida e pela liberdade.Aquiles, ao morrer, lamentou amargamente a perda

de sua vida terrena.Este heroísmo e sentimentos foram transmitidos aos

romanos, entre os quais também o culto pelos mortos foi bem assinalado como testemunham os Anais da República e do Império.

Povo de ação os romanos não dispensaram muitos cuidados à morte.

Procurando alcançar o domínio do mundo, graças a suas armas e instituições modelares, confiou aos pontífices a orientação do culto público.

Assim os sacerdotes fixavam o rito e o lugar das sepulturas.

Quando se tratava de heróis ou de cidadão benemérito da pátria os funerais se transformavam em manifestações apoteóticas.

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Os túmulos destinados a inumações, suntuosos ou humildes, eram destituídos do horror habitual.

Erguiam-se nos bosques, nos jardins e ornamentavam as vilas que se erguiam à beira das estradas.

Os epitáfios destes túmulos não recordavam a morte, mas a vida: “ele fiou a lã e guardou a casa”, “foi mãe de quatro filhos vigorosos e belos”, “amou o seu marido de todo o coração”.

Passando a outras raças encontramos os hindus, que incineravam seus mortos tributando-lhes juntamente sacrifícios humanos.

Na casta bramânica as viúvas eram queimadas vivas na mesma pira do marido, apesar do código de Manu ter condenado tão desumano sacrifício.

Habituados a encarar a morte, desde a Antigüidade, os chineses continuam dando aos funerais um caráter e uma significação diferentes dos de qualquer povo.

Realizam-nos com brilho, mas são estranhos aos terrores pueris de outras raças e países.

O luto é de rigor, prolongando-se durante três anos sendo de pai ou de mãe.

Em diferentes regiões da Ásia os mortos eram incinerados ou abandonados para serem devorados por corvos ou abutres.

Ainda hoje está prática é desenvolvida entre as classes pobres do Tibete e da Mongólia.

Regressando aos povos europeus, encontramos o império romano agonizante enquanto uma nova religião florescia fundamentada em numerosos mártires.

Os crentes desta nova fé canonizavam, convertendo os seus túmulos em lugares de peregrinação.

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Dentro de Roma não era permitida a inumação e por isso eram cavados nos seus arredores grandes fossos.

Com as perseguições foram obrigados a esconder os túmulos dos mortos, dando lugar às catacumbas.

Sobre o sepulcro dos grandes mártires ergueram-se basílicas suntuosas, escolhidas pelos cristãos para nela exercerem seu culto.

Em todos os países da raça branca, apesar da ação repressiva do cristianismo condenando o culto aos ídolos pagãos e os atos que deles derivam, os mortos continuam recebendo túmulos com adornos e flores.

As capelas que os ricos edificam nos cemitérios são parecidas com os túmulos monumentais das antigas raças.

A maioria dessas capelas e sepulturas não representa mais qualquer espécie de sentimento piedoso dos que ficam, mas a vaidade e orgulho daqueles que em vida ou por legado especial mandaram erigir.

As religiões, nos dias de hoje, estão “espiritualizadas”, deixando os ritos fúnebres sem nenhum significado especial.

Cerimônias especiais são realizadas apenas aos mortos que tiverem algum reconhecimento da mídia.

Não há nenhuma assistência aos parentes e amigos do morto, que não seja determinada em valores monetários.

Lamentavelmente nós também receberemos o mesmo tratamento mercenário quando chegar nossa hora.

Fiz meu epitáfio e publiquei no livro Apartes Poéticos. Ele traduz minha indignação. “A esperança morreu ontem / será enterrada hoje / na cova rasa do meu ser. Poucos souberam disso / e ninguém se importou, muito”.

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A ESTÉTICA DA MORTEPequena viagem ao livro “A Estética da Morte”, de

Salomão Jorge, poeta que soube buscar o primaveril lirismo contido neste mistério infindável que é o

reino da morte.

O homem morre pelo coração, pulmão, cérebro ou bulbo.

De todos os órgãos é o coração quase sempre o primeiro a fraquejar, e a paralisia deste é que inicia a morte das células no conjunto do tecido celular.

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Um cadáver é, por conseguinte, uma célula que deixou de revelar o metabolismo da vida.

Quando a agonia começa pelo cérebro há perda das faculdades intelectuais, quando pelo coração, delírio; e partindo dos pulmões, a inteligência se conserva e até se estimula.

É a morte dos tuberculosos, calmos e lúcidos até o último momento. Em certas naturezas, esta moléstia, que parece Ter uma predileção especial pelos poetas, determina uma hiperestesia da sensação.

Que acontece ao corpo, depois de morto? Resumindo, lembremos: da morte até 24 horas, manchas vermelhas, rigidez muscular.

Depois até a primeira semana: mancha verde generalizada, a pele se destaca.Queda de cabelos, pelos e unhas, sangue espumoso.

Na segunda e terceira semanas: rompimento da pele e da parede abdominal, aparecimento de larvas e insetos adultos.

Da quarta a oitava semana, as vísceras reduzem-se de volume, transformando-se em massa escura e putrefata.

De dois a três anos depois há o extermínio de ligamentos, cartilagens, desunindo os ossos dos esqueletos.

Mais tarde, com a destruição das costelas, ainda se defendem os ossos da bacia. Capitulados estes, o crânio e os dentes como que formam o último reduto da resistência.

“Mas para melhor ver o que sois, ó cristãos – diz S. João Crisóstomo – ide visitar os túmulos. Vede como

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este cadáver se vai tornando de amarelo em preto. Em seguida descobrem-se em todos os membros umas espécies de penugem branca e repelente. Sai dele uma matéria viscosa e infecta que corre pela terra. Nesse pus gera-se uma multidão de vermes que se nutrem das próprias carnes. Os ratos vêm também procurar o pasto nesse cadáver, saltando uns em roda, ao passo que outros penetram na boca e nas entranhas. Despegam-se e caem às faces, os lábios, os cabelos; as costelas são as primeiras que se despem depois os braços e as pernas. Quando as carnes estão todas consumidas, os vermes consomem-se a si próprios, e deste corpo só resta finalmente um esqueleto fétido, que com o tempo se divide, destacando-se os ossos uns dos outros e separando-se a cabeça do tronco. Tal é o homem: um pouco de pó arrastado pelo vento”.

Hamleto, diante do coveiro que arranca ossadas do buraco onde deverá ser enterrada Ofélia, reflete, voltando-se para Horácio: “Quantos anos leva um homem para apodrecer? Nove ou oito anos, menos... alguns começam a apodrecer ainda vivo. Outra caveira! Quem sabe se será o crânio de um legista! Onde estão agora as sutilezas? E os sofismas? E as distinções? E as espécies? E as conclusões? E as finuras? Por que será que ele deixa este brutamonte bater-lhe na cabeça com aquela enxada suja, e não lhe move um processo por ofensas físicas?”

Existe ainda, entretanto, forças que se não deixam apagar pela morte: a arte, o heroísmo, o amor. “O homem morre, pensa Tolstoi, mas tal tenha sido a maneira por que encarou o universo, a sua ação

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continua a fazer-se sentir sobre os homens, não apenas como durante a vida, mas com força ainda maior”.

Ninguém se conforma com a morte dos entes queridos, essa morte que é a ausência de vida e que, portanto, é um conceito negativo.

Entre a morte aparente e a morte real, entre o último suspiro e o abandono do corpo pela alma vivificadora há um momento, segundo nos ensina a ciência, que, às vezes, se prolonga.

A angústia diante da morte é uma reação contra o absurdo.

Alguns escritores conseguiram obter verdadeiras obras-primas ao retratarem a morte. Machado de Assis, em duas linhas, improvisa este quadro: “A cara ficou séria, porque a morte é séria; dois minutos de agonia, um trejeito horrível e estava assinada a abdicação”.

Brás Cubas narra a morte de sua mãe: “Longa foi a agonia, longa e cruel, de uma crueldade minuciosa, fria, repisada que me encheu de dor e de estupefação. Conhecia a morte de oitiva; quando muito a tinha visto já petrificada no rosto de algum cadáver que acompanhei ao cemitério, ou lhe trazia a idéia embrulhada nas amplificações da retórica dos professores de coisas antigas: - a morte aleivosa de César, a austera de Sócrates, a orgulhosa de Catão. Mas esse duelo do ser e do não ser, a morte em ação, dolorida, convulsa, sem aparelho filosófico ou político, a morte de uma pessoa amada, essa foi a primeira vez que pude encarar”.

Eis como Marcel Proust pinta a morte de um ente querido: “Só os cabelos embranquecidos eram os únicos

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a imporem a coroa da velhice sobre o rosto tornado jovem, donde desapareceram as rugas, as contrações, as dobras que, após tantos anos, lhe foram trazidas pelo sofrimento. Como no tempo longínquo em que os seus parentes lhe escolheram um esposo, ela tinha os traços delicadamente traçados pela pureza e a submissão, as faces com o brilho de uma casta esperança, de um sonho de felicidade, mesmo de uma inocente alegria, que os anos lentamente destruíram. A vida afastando-se levava as desilusões da vida. Um sorriso parecia pousado sobre os lábios de minha avó. No leito fúnebre, a morte, como o escultor da idade média, deitou-a com a aparência de uma jovem”.

Flaubert teceu considerações sutilíssimas em torno da cerimônia que precedeu a morte de Bovary: “O padre molhou o polegar direito no óleo, e começou a unção; primeiro nos olhos que tanto tinha cobiçado todas as suntuosidades mundanas; depois nas narinas, gulosas de brisas tépidas e perfumes amorosos; depois na boca que tanto se abrira para a mentira, que tanto gemera de orgulho e gritara de luxuria; depois nas mãos que se deleitavam com os contatos suaves e, finalmente na planta dos pés, outrora tão velozes quando corriam a saciar os desejos, e que agora nunca mais tornariam a caminhar”.

A morte é bem a impassível, a indiferente, a implacável.

Lamentos e súplicas não chegam até seu coração de bronze.

Na hora prefixada, sem a concessão de um segundo, ela comparece com a exatidão de um credor

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cronométrico, tal qual aquele espectro vermelho imaginado por Edgard Poe, embuçado numa mortalha, que surpreende o Príncipe Próspero e os convivas num suntuoso baile de máscaras.

Nada comove a morte, nem as lágrimas, sejam as de Davi, chorando o fim de Absalão, ou as de Aquiles, vertidas sobre o corpo de Pátroclo, morto por Heitor.

Marco Aurélio, imperador de Roma, nos previne: “Hipócrates curou muitos doentes; porém ele próprio adoeceu e morreu. Os caldeus predisseram a morte de muitos homens; depois também foram arrebatados. Alexandre, Pompeu, César, tantas vezes arrasaram cidades inteiras, massacraram, em batalhas, milhares de soldados; afinal foram igualmente privados de vida. Heráclides, que tanto dissertou sobre o aniquilamento do mundo, morreu hidrópico e coberto de estrume”.

Nunca mais poderei esquecer – conclui Salomão Jorge – aquele ingênuo apelo de Sancho Pança a D. Quixote, no seu leito agonizante: “Ai! Não morra Vossa Mercê, senhor meu amo, mas tome o meu conselho e viva muitos anos, porque a maior loucura que pode fazer um homem nesta vida é deixar-se morrer, sem mais nem menos, sem ninguém nos matar, nem darem cabo de nós, outras mãos que não sejam as da melancolia. Olhe não me seja Vossa Mercê preguiçoso, levante-se desta cama e vamos para os campos vestidos de pastores”.

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ADÁGIOS POPULARESSOBRE A MORTE

-        Ainda não é bem morto já é esfolado;-        Homem morto não fala;

-        A moura morta grã lançada;-        Dor de mulher morta dura até a porta;

-        Depois de morto, nem vinha nem horto;-        Depois de burros mortos, cevados ao rabo;

-        Se quereres vir um homem morto,dá-lhe couve em agosto;

-        Faz-te de morto, deixar-te-á o touro;-        Morto o afilhado desfeito o compadrado;

-        Os mortos aos vivos abrem os olhos;-        Rei morto, rei posto;

-        A mortos e a idos, não há amigos;-        O morto apodrece e o moço cresce;

-        Não tem onde cair morto;-        A doentes, saúde; aos mortos, vida.

CONTAMINAÇÃO AMBIENTALPOR CEMITÉRIOS

“Morrer! Que suave desfecho, se desfazer a vida a desfibrares lentas não custasse tanto.”

Camilo C. Branco

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Cemitério significa: “lugar de descanso, de dormir” (em Latim: “coemiteriun”, que deriva do grego: “koimeterion”, que significa “eu descanso, eu durmo”).

Pesquisadores encontraram indícios de contaminação e doenças graves, causadas por vírus aeróbicos, nas populações residentes nas proximidades dos cemitérios pesquisados.

Entretanto a contaminação, ocasionada por vírus e bactérias anaeróbicos, atingiu pessoas a quilômetros de distância dos cemitérios localizados em áreas de nascentes de córregos, com deságüe em reservatório de água utilizada para consumos humanos.

Segundo laudo de um geólogo da CETESB, embasado no Código Sanitário Estadual, os cemitérios de Vila Formosa e o de Vila Nova Cachoeirinha, na cidade de São Paulo, e o da Areia Branca, em Santos, deveriam ser fechados por estarem em área de nascentes.

Este estudo obteve o apoio do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade São Paulo, cujo relatório, publicado em uma revista médica Inglesa, é assinado pelo Professor Alberto Pacheco – da USP.

PROBLEMAS COM CEMITÉRIOSDENUNCIADOS NO SÉCULO XIX

“Não há descanso eterno, nem ainda o das sepulturas. Um dia lá vem a mão do arqueólogo a

pesquisar os ossos e as idades”. Machado de Assis

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Em 30 de março de 1826, em relatório enviado ao Rei, o Governador de Santos efetuava as seguintes considerações a respeito do sepultamento de corpos:

“O terreno de arenito é mui pouco sólido para abrir as sepulturas e os porcos e cães com facilidade cavam o pouco compacto terreno, desenterrando corpos sepultados; mau cheiro que exala das sepulturas obriga os moradores a cerrar por longo tempo a sua portas e janelas. Terras mal socadas, com frestas e fendas, os ossos humanos amontoados na superfície da terra, tão frescos que a eles estavam pedaços de tendões e ligamentos”.

Atualmente, em cemitérios como o de Vila Nova Cachoeirinha, onde está instalada uma favela, os cães continuam se alimentando dos cadáveres (imagem de reportagem da TV Record em 1997).

ESPECTRO QUERFECHAMENTO DE CEMITÉRIOS

“Quanto mais devagar, melhor. A morte é coisa tão certa que só os tolos multiplicam os passos

para chegar à sua presença”.Humberto de Campos

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Não concordávamos com o fechamento de cemitérios, pois implicaria destruir aspectos sociais e culturais fundamentais para a preservação da memória de nosso povo.

O Espectro queria outras soluções.Havia que se buscar uma forma de sepultarmos os

nossos mortos sem contaminarmos o solo, o lençol freático e o ar.

Nesse caminho as mudanças não deveriam ser traumáticas, nem poderiam acarretar despesas extras que a população não teria condições de suportar.

Se o sistema dos sepultamentos de reis egípcios, em pirâmides, preparados com pompa em rituais caríssimos, estava longe de atender as nossas condições econômicas, jogar os corpos em aterros sanitários para servirem de alimentos a abutres estaria fora de nossa realidade cultural, social e religiosa.

Encontramos a solução!Os nossos cemitérios poderão ser construídos

verticalmente, mudando sua denominação para “Memorial”, tornando-se um local destinado ao reconhecimento póstumo dos nossos entes queridos.

O custo seria inferior ao que gastamos com a remoção das toneladas de lixo acumuladas em nossos cemitérios.

CIDADE DE SÃO PAULO“É preciso pensar nos mortos, não para mergulhar a

alma no desânimo, mas para robustecê-la nos bons anseios.”

Roquete Pinto

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Na cidade de São Paulo havia pequenas necrópoles, destacando: Cemitério dos Aflitos e os do Campo da Luz (Irmandade da Divina Providência, Cemitério dos Alemães e dos Protestantes).

Com a determinação de fechamento destes cemitérios foi escolhido um local para a instalação que pudesse atender ao crescente número de óbitos.

Em princípio a construção deveria ser no Campo Redondo – Santa Ifigênia.

Atendendo decisões oficiais a primeira necrópole, operante até hoje, foi construída na Consolação, cuja fundação data de três de junho de 1856.

Na época muito se protestou contra sua localização, por estar longe da cidade (segundo editorial do Correio Paulistano, do início do século XX: “no fim do mundo, na beira da estrada para Sorocaba, ladeado por capinzais e vacarias”).

Esta localização se devia a preservação da saúde pública, pois esta necrópole foi construída para sepultar as vítimas da varíola, que chegou ao Brasil através dos negros africanos, em 1.550, provocando desde esta data, epidemias em diversos estados, dizimando quase toda população indígena.

Hoje este cemitério faz parte da área central da cidade, contaminando o lençol freático que forma as bacias dos Rios Pinheiros e Tietê.

Esta é a relação dos primeiros cemitérios da cidade de São Paulo, em ordem cronológica:1856 – Cemitério Municipal da Consolação;1857 – Cemitério Municipal de Santo Amaro;1862 – Cemitério dos Protestantes;

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1868 – Cemitério da Ordem Terceira do Carmo;1887 – Cemitério Municipal do Araçá;1893 – Cemitério Municipal da Quarta Parada;1896 – Cemitério Municipal de Santana (Chora Menino);1899 – Cemitério da Irmandade do Santíssimo Sacramento;1901 – Cemitério Municipal da Freguesia do Ó;1918 – Cemitério Municipal da Lapa;1922 – Cemitério do Redentor;1923 – Cemitério Israelita;1926 – Cemitério Municipal São Paulo;1929 – Cemitério Municipal de Itaquera;1937 – Cemitério Municipal do Tremembé;1949 – Cemitério de Vila Formosa I;1953 – Cemitério Campo Grande;1976 – Cemitério de Vila Formosa II;

Segundo as Atas da Câmara de Santo Amaro, em 1834, começaram os debates para a escolha do local onde deveria ser construído um cemitério que atendesse a Lei Régia de 1828, que proibia o sepultamento no interior das igrejas.

O projeto, no entanto, ficou abandonado durante mais de vinte anos.

Em 1855, o vigário Padre Jesuíno retomou o assunto.Em 1856, foi formada uma comissão para a escolha

do local apropriado e as obras foram iniciadas.O primeiro sepultamento realizou-se em 1857.O progresso acelerado pela revolução industrial

acabou ilhando os cemitérios, com o surgimento de novos bairros.

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Novamente os mortos se aproximaram dos vivos.Atualmente a cidade de São Paulo possui 36

necrópoles cadastradas e operantes.22 são operadas pela Prefeitura (Serviço Funerário) e

14 por empresas da iniciativa privada (algumas religiosas).

Juntas ocupam uma superfície de aproximadamente 1.510 há, ou seja, cerca de 0,27% da área municipal.

As construções destes cemitérios foram quase todas, anteriores ao Código Sanitário Estadual de 1978 (que foi revisado recentemente e passou, em 1996, para as Prefeituras a responsabilidade pela instalação, manutenção e fiscalização nos cemitérios).

ATENÇÃO: dos 36 cemitérios da cidade de São Paulo 24 estão instalados em nascentes de rios.

ATENÇÃO PARA O PERIGO“Não é a morte o que impressiona, é o morrer”.

Coelho Neto

São conhecidas as contaminações fatais dos violadores de tumbas egípcias, assírias, peruanas e

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outras, pôr vírus dormentes que resistiram até milênios, confinados nos sepulcros e com virulência suficiente para retomar o seu ciclo vital e causar óbitos e endemias.

Os microrganismos suscetíveis de ensejar as doenças de transmissão hídrica, são os do gênero:

a) Clostridium (tétano, gangrena gasosa, infecção alimentar);

b) Mycobacterium (tuberculose);c) Salmonella Paratyphi (febre

paratifóide);d) Shiguella (desinteria bacilar);

e) Vírus da Hepatite A, entre outros em estudo (aproximadamente 150 tipos diferentes).

O Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade São Paulo conduziu uma pesquisa, relacionada a sobrevivência de bactérias e vírus após a percolação, através de colunas de solos selecionados.

De acordo com os dados disponíveis, em termos de contaminação provocada por cemitérios, os maiores problemas acham-se atrelados aos Vírus, devido a grande capacidade de sobrevivência, mobilidade, adaptação ao meio adverso, mutação e permeação através até de meios semipermeáveis.

Em termos do lençol freático, foram atestadas as presenças de vetores da: Poliomielite;

Hepatite;Gangrena Gasosa;Tuberculose;

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Escarlatina há quilômetros de distância dos cemitérios, capazes de causar problemas se as águas infectadas forem ingeridas por pessoas com baixa imunidade natural.

Os mais atingidos são crianças de até seis anos e adultos com mais de 40 anos. Em média, de cada 10 infectados oito chegam a óbito.

Quando fizemos as primeiras reuniões de avaliação da questão abordada, com pessoas de diversas áreas, era consenso que não conseguiríamos sensibilizar as autoridades, pois os cemitérios estudados eram localizados em áreas periféricas, que tinham problemas de maior gravidade para serem solucionados.

Em dezembro de 1996, na Faculdade de Saúde Pública da USP, um Seminário abordava novos fatos.

A Palestra, proferida pelo Professor Leziro Marques Silva, abordava o tema da seguinte forma:

“Dependendo da profundidade do lençol freático, a carga microbiológica do necro-chorume (vírus e bactérias) é eliminada e não existem problemas de contaminação.

Todavia, em determinadas condições geológicas, o necro-chorume atinge o lençol freático, praticamente íntegro, com suas cargas químicas e microbiológicas, desencadeando a sua contaminação e poluição.

Os vetores assim introduzidos no âmbito do lençol freático, graças ao seu escoamento, podem ser disseminados nos entornos imediato e mediato dos cemitérios, podendo atingir grandes distâncias, caso as condições hidrogeológicas assim o permitam.

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Na nossa capital, por exemplo, foram constatados agentes da poliomielite a 40 metros de profundidade na porção central da bacia, no Bairro da Barra Funda.

Na baixada do Pacaembu, num poço tubular (poço artesiano), cravado em rochas cristalinas fraturadas, verificou-se a presença de agentes da Hepatite, na profundidade de 70 metros”.

Com este relatório do Geólogo e Professor Leziro Marques Silva, representando a CETESB, anexamos ao nosso trabalho às provas de que o problema não se localiza apenas na periferia.

Os Cemitérios causadores destes focos de contaminações são: Consolação; Araçá; Redentor e Protestantes.

Os quatros estão localizados na área nobre da cidade de São Paulo, despejando seus dejetos nos rios Pinheiros e (ou) Tietê.

Quatro nascentes no cemitério do Araçá formam o córrego Sumaré, que deságua no Rio Tietê.

No cemitério da Consolação há um córrego (encanalizado) que também deságua no Tietê.

HISTÓRICO SOBREO NECRO-CHORUME

Extraído da palestra do Prof. Leziro Marques SilvaProferida em 02/11/96 – na Faculdade de Saúde Pública da USP.

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“Nos últimos 26 anos pesquisamos mais de seiscentos cemitérios brasileiros, distribuídos por vários Estados, constatando que boa parte desses têm problemas hidrogeoambientais, ou seja, afetam e comprometem a qualidade do solo e do lençol freático”.

Sabe-se que três partes do nosso corpo são constituídas por água, combinados com substâncias orgânicas e inorgânicas.

Após a morte, na chamada fase coliquativa ou humorosa, a qual se inicia logo após a fase gasosa, com duração de seis a oito meses [ou mais dependendo das condições geológicas], os corpos em decomposição liberam uns líquidos funerários característico, conhecidos por “NECRO-CHORUME” [30 a 40 litros], de maneira intermitente.

Este líquido, mais viscoso que a água, de cor acinzentada a acastanhada, com cheiro acre e fétido, com densidade média de 1,23 g/cm3, é constituído por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas degradáveis, dentre as quais ressaltamos duas muito tóxicas:a Putrecina [1,4 – Butanodiamina] e a Cadaverina [1,5 – Pentanodiamina], dois venenos potentes para os quais ainda não se dispõem de antídotos eficientes.

Dependendo da profundidade do lençol freático, e da condição e composição do solo, a carga microbiológica do NECRO-CHORUME [Vírus e Bactérias] é eliminada e não existem problemas de contaminação.

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Todavia, em determinadas condições geológicas, o NECRO-CHORUME atinge o lençol freático, praticamente íntegro, com suas cargas químicas e microbiológicas, desencadeando a sua contaminação e poluição.

Os vetores assim introduzidos no âmbito do lençol freático, graças ao seu escoamento, podem ser disseminados nos entornes imediato e mediato dos cemitérios, podendo atingir grandes distâncias, caso as condições hidrogeológicas permitam. Rico em sais minerais, água e substâncias nutritivas, o NECRO-CHORUME enseja a sobrevivência e a proliferação dos microrganismos presentes nos cadáveres em putrefação, sejam os naturais ou os patogênicos.

Ocorrendo um aporte do NECRO-CHORUME no aqüífero, dado às relações de viscosidade e densidade, formam-se manchas poluidoras migrantes, que se disseminam pelo subsolo saturado, como uma nuvem, com velocidade de trânsito variável, atingindo distâncias quilométricas a partir da origem [fonte].

As cargas microbiológicas são favorecidas também em termos de sobrevivência, pela constância das temperaturas ambientais do subsolo.

Os ensaios de secagem conduzidos revelam que o NECRO-CHORUME polimeriza-se e pulveriza-se à razão de 1,00 litro / 84 horas, reduzindo-se a cerca de 50,0 gramas de uns pós-minerais inertes, esbranquiçados.

Assim, em função das condições do solo, não atingirá o lençol freático. Esta é a situação ideal de um cemitério implantado em condições geológicas

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favoráveis, com um lençol freático relativamente profundo [no mínimo 5 metros], onde o sepultamento poderá ser por inumação ou por entumulamento.

A toxicidade química do NECRO-CHORUME diluído no lençol freático relaciona-se aos teores anômalos de compostos das cadeias do fósforo e de nitrogênio, metais pesados e aminas.

São consideráveis os índices de radioatividade no lençol freático contaminado, pelo crescente número de cadáveres que em vida foram submetidos a radioterapia, ou que receberam marca-passos cardiológicos, alimentados por fonte radioativas.

Neste caso, segundo o Professor Leziro Marques Silva, o NECRO-CHORUME transforma-se em “Lixo Atômico”.

DOENÇAS E MORTES“A morte é a vida; porque a morte é a imortalidade.

Os mortos não podem morrer.”Cid Cercal

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Nosso grupo de trabalho recebeu da Bióloga, Senhora Edméa Helena de Oliveira – Diretora do Espectro – o seguinte relatório:- Estudos de investigação, realizados por diversos pesquisadores, mostram que os cemitérios podem ser fontes geradoras de impactos ambientais uma vez que sua localização e a operação inadequadas, em meios urbanos, podem provocar a contaminação dos mananciais hídricos devido a proliferação de microrganismos, durante a decomposição dos corpos.Como causadores de surtos de doenças relacionadas com a veiculação hídrica, causadores de perturbações graves no intestino humano, temos:

a)   Bactérias;b)   Protozoários ec)    Vírus.

A transmissão se dá através da ingestão da água contaminada. Alimentos lavados ou cultivados com esta água podem transmitir a doença, apenas para pessoas. Alguns hábitos de higiene também podem transmitir as doenças hídricas.

Dentre as principais moléstias transmissíveis pela água, no Brasil, encontramos a hepatite; a leptospirose; a febre tifóide e a cólera.

As causadas por bactérias (bacterioses) são:a)        Cólera – enfermidade de veiculações hídricas,

exclusivas dos seres humanos. A toxina elaborada pelo seu agente etiológico, o “vibrião colérico”, atua no trato gastrintestinal. A transmissão se da através do contato com águas ou alimentos contaminados pelas excreções de pacientes ou de portadores

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convalescentes. Como acontece com outras moléstias intestinais, a mosca podem transportar os germes de materiais contaminados para os alimentos de indivíduos suscetíveis. O período de incubação varia de algumas horas até 3 dias, seguindo a doença seu curso em outro período de 2 a 3 dias, muitas vezes terminando em morte.

b)        Febre tifóide – infecção aguda provocada pela “salmonella typhi”, que se manifesta no homem por febre contínua, inflamação intestinal, formação de úlceras nos intestinos; esplenomegalia (crescimento exagerado do baço), manchas róseas no tronco, constipação ou diarréia. A febre tifóide ocorre em todas as partes do mundo, mas com menos freqüência onde se praticam as adequadas eliminação dos despejos biológicos e a purificação das águas. Esta bactéria pode ser transmitida também por moscas. Não se multiplica, mas pode sobreviver em águas limpas ou barrentas, durante semanas. O índice de mortalidade entre pessoas infectadas é altíssimo.

c)         Febre paratifóide – infecção bacteriana generalizada, provocada por três agentes distintos: “salmonella paratyphi”, “salmonella schottmuelleri” e “salmonella hirshfeldii”. A febre paratifóide é semelhante à febre tifóide, porém os sintomas são mais brandos e a mortalidade é menor.

d)        Disenteria bacilar – é uma condição clínica com inflamação intestinal, diarréia e fezes liquidas, contendo sangue e pus. Pode ser causada por diferentes microorganismos. A disenteria de etiologia bacteriana é diferenciada das de outras origens pelo

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termo “shiguelose”, sendo caracterizada por quadro de diarréia que leva rapidamente à desidratação, dado ao número de evacuações, que pode chegar a mais de 40 vezes ao dia. Alguns estudos revelam que a transmissão também pode ser por contato pessoal, o que pressupõe o surgimento de uma epidemia após a contaminação e desenvolvimento da doença em uma única pessoa. “Quatro espécies podem induzir a desinteria no homem: “shiguella dysenteria”, “shiguella sonnei”, shiguella flexneri” e “shiguella boydii”.

As causadas por protozoários (amebíase):a)   Disenteria amebiana – causada por vários

protozoários, transmitidos por alimento, águas, moscas e contato direto entre pessoas. A de maior gravidade é a causada pela “Entamoeba histolytica”, que pode provocar a morte. Os indivíduos com amebíase podem ter poucas indicações clínicas de infecção. Os sintomas variam desde o desconforto abdominal, com leve diarréia, alternada com constipação, até a disenteria severa, com sangue e muco nas fezes.

As causadas por vírus (viroses) são:a)        Hepatite viral-A – doença infecciosa, de transmissão

inter-humana, com evolução aguda ou crônica. Sabe-se que muitos vírus são eliminados por via intestinal, sobrevivendo em fontes hídricas. Os agentes infecciosos da hepatite têm sido encontrados e isolados em águas poluídas. Os vírus são seres diminutos, parasitas intracelulares, com capacidade de multiplicar-se apenas no interior de células vivas. São diferenciados de todos os outros seres vivos por serem

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acelulares (não possuem estrutura celular). Não tendo a complexa maquinaria bioquímica necessária para fazer funcionar seu programa genético, necessita células que os hospedem. Fora da célula os vírus não manifestam nenhuma atividade vital, porem o solo pode servir como depósito de vírus, onde ficam durante algum tempo intactos, sem perder sua virulência; havendo células hospedeiras a sua disposição, um único vírus pode originar milhares de novos vírus em menos de uma hora. As hepatites agudas graves são fulminantes.

b)   Poliomielite (paralisia infantil) – moléstia infecciosa, evitada com vacinação.

São Paulo, setembro de 2000.

VARÍOLAE vós, todos os pais e vós, todas as mães, dos

deuses, livrai-me dos obstáculos erguidos no meu

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caminho pelas potências das trevas, dos ataques das forças do mal, de suas ciladas, de seus punhais atrozes

e de todas as calamidades que possam ser lançadas contra mim, seja pêlos homens da terra, seja pêlos

deuses, seja pêlos espíritos santificados dos mortos ou pelas almas condenadas.CAPÍTULO CXLVIII,

Do Livro dos Mortos do Antigo Egito.

A varíola, conhecida desde tempos remotos, é uma doença febril, contagiosa e epidêmica, com erupção pustulosa na pele.

O agente causal é um vírus, que está presente no sangue e nas lesões da pele dos doentes.

A doença é mais grave nas crianças do que nos adultos.

É mais freqüente no inverno, quando as pessoas permanecem mais tempo em lugares fechados.

O vírus apresenta modificações na sua virulência, o que explica o aparecimento de formas variadas da doença.

As lesões aparecem na pele ou nas mucosas.Nestas, devido à sua constituição, as lesões tomam o

aspecto de úlceras, semelhantes às da varicela, mas maiores.

Aparece freqüentemente na boca, faringe, laringe, traquéia, esôfago, vagina e por vezes na mucosa intestinal.

A gravidade da doença é aumentada pelo aparecimento de infecção secundária pelos estreptococos e estafilococos, mas, mesmo que estes progênitos não estejam presentes, existe sempre uma fase pustular na evolução de erupção.

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No tempo de Maomé os Abissínios que cercavam Meca foram dizimados pela varíola, descrita como epidemia de bexigas.

Na china os primeiros registros citam o ano de 1.122 AC, com o nome de tai-ton, um germe que atacava vários órgãos internos.

Conhecida pelos nomes de petite vérole e picote chama-lhe os ingleses small-pox, os alemães Blattern, Pocken, os italianos vajuòla e viruelas os espanhóis.

O continente americano só conheceu a varíola após sua descoberta por Colombo, sendo terríveis as epidemias do México (1518) e a do Haiti (1517, que dizimaram metade da população indígena).

A palavra varíola foi usada pela primeira vez em 570, por Marius, bispo de Avenches (Suíça).

Chamava-se à doença lues valetudinarie e Corales.No Brasil a doença chegou com os negros africanos,

registrando-se epidemias em diversas regiões.A primeira, em 1563, na Bahia e no Espírito Santo.Em 1565 (Pernambuco).Em 1695 (Rio de Janeiro).Em 1719 (São Vicente).Em 1740 (São Paulo).As primeiras inoculações variólicas, no Brasil, datam

de antes de 1740, sendo realizadas por religiosos portugueses.

INFORMAÇÕES GERAISDIAGNÓSTICO

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O diagnóstico, nas primeiras fases da doença, faz-se como em outras doenças que apresentam exantemas e em geral não apresenta dificuldades.

PROGNÓSTICOO prognóstico depende de cada caso. Com

temperaturas elevadas é mais grave e as complicações aumentam a gravidade, sendo necessária a realização de exames minuciosos.

TRATAMENTOO principal fim a atingir é impedir a infecção

secundária das vesículas e pústulas, o que se consegue com a desinfecção local e o uso de antibióticos.

PROFILAXIAA vacinação ou imunização ativa foi o primeiro

procedimento da medicina com resultados satisfatórios. Descoberto por Jenner muito antes do descobrimento das bactérias e vírus.

VACINAÇÃOA vacinação deve ser feita aos três (3) anos e seis (6)

meses de idade, na face externa da coxa ou da perna no sexo feminino; na inserção do músculo deltóide no braço, no sexo masculino, e pode fazer-se por meio de pequeníssimas picadas.

As revacinações fazem-se com intervalo de 5 a 7 anos e sempre que houver epidemia de varíola.

As complicações mais importantes da vacinação são as infecções secundárias e a encefalite pós-vacinal.

Em 1978 a varíola foi considerada erradicada do planeta, sendo suspensa à vacinação em 1980.

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Entretanto a falta de informação a respeito deste vírus pode dificultar o tratamento em uma eventual epidemia.

E a possibilidade de ocorrer uma epidemia causada por vírus não está apenas na eventualidade de uma guerra biológica.

A falta de tratamento adequado dos resíduos produzidos, principalmente, em grandes centros urbanos, ou seja: lixo, esgoto, cemitérios, etc., oferecem condições ideais para a contaminação do solo, do lençol freático e do ar, provocando doenças em pessoas, animais e plantas.

A realização de uma guerra biológica, para a qual nenhuma nação possui antídoto eficiente, exige amplos conhecimentos sobre as possibilidades de auto defesa.

E, no campo das probabilidades, não sabemos as condições em que se dará este ataque, se com a utilização de vírus ou bactérias ou ainda de substâncias preparadas em laboratórios.

Os cemitérios poderão destruir muito mais que qualquer arma já inventada pelo homem.

E nossa preocupação é a de que alguém possa utilizar o necro-chorume como material de fabricação de uma arma com poder de destruição jamais imaginado.

ATENÇÃO: Em 2003, na região metropolitana de São Paulo, foram registrados mais de quinhentos casos de CATAPORA, com 12 mortes em uma semana.

A catapora é conhecida também como: varíola doida.

NECRÓFAGOSNECRÓFAGOS, adj. E s. m.

Do grego “necrófagos”.

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Aquele que se alimenta de animais em decomposição.

A necrofagia é praticada por todos os que se alimentam de animais que já iniciaram a fase de putrefação, normalmente iniciada no momento que a carne esfria, ou seja, após algumas horas da morte física.

A putrefação pode ocorrer também com o animal vivo, no caso de ferimento seguido de gangrena.

Também ocorre quando há o rompimento de alguma víscera (contaminando internamente e provocando uma irreversível putrefação).

Os micros organismos (fungos, bactérias, vírus, etc.) contaminam todo o corpo do animal, que, quando servido na condição de alimento para humanos, provoca determinadas transformações de acordo com a carga virulenta contida.

Há casos em que estas mudanças ocorrem apenas no sistema gástrico, entretanto podem afetar o sistema nervoso causando danos irreversíveis.

Temos em qualquer destes casos a necrobiose, ou seja, “a morte de células ou grupos celulares como resultado de processos degenerativos e retrógrados”.

Em síntese trata-se de uma morte celular lenta.A necrofagia é o resultado de uma cultura alimentar

desenvolvida em condições extremas, onde faltavam outras fontes de alimentos em alguns casos.

Também podemos encontrar este costume nos “antropófagos” que se alimentavam dos corpos daqueles que matavam em disputas.

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Contemplando a natureza o ser humano adquiriu também o hábito dos animais selvagens, que matavam animais de outras espécies para se alimentar.

No livro do Gênesis, capítulo 9, Deus abençoa Noé e seus filhos dizendo:

- Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra.Temam e tremam em vossa presença todos os

animais da terra, todas as aves do céu, e tudo o que tem vida e movimento na terra.

Em vossas mãos pus todos os peixes do mar.Sustente-vos de tudo o que tem vida e movimento:

eu vos deixei todas estas coisas quase como os legumes e ervas.

Excetuo-vos somente a carne misturada com sangue, da qual eu vos defendo que não comais.

O Criador alertou para o perigo de uma alimentação contrária aos princípios de nossa natureza.

Pois de cada elemento, introduzido em nosso organismo, uma parcela será incorporada definitivamente ao nosso corpo.

E se a carne contem os elementos responsáveis pela putrefação, pois esse é seu estado ao servirmos em nossa mesa, nós estamos introduzindo em nosso organismo a morte celular.

Sua progressão lenta passa despercebida em muitos casos. Mas ela está lá, devorando, aniquilando, contaminando, até consumir nosso corpo físico.

A ciência classifica este fenômeno como: câncer.Sendo assim, concluímos que só desenvolve tumores

cancerígenos quem não respeita sua própria natureza.

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Não saber como se alimentar, do que se alimentar, e por que se alimentar, é a causa dos problemas de cada pessoa.

E sempre somos sugestionados e influenciados por “especialistas” em ditar normas e padrões.

E se a origem do câncer está no comportamento do indivíduo, a cura deveria ser de responsabilidade de terapeutas.

A natureza poderia reverter situações crônicas com o tratamento adequado.

Ao indivíduo competiria uma mudança de comportamento em relação aos alimentos digeridos.

Existem pessoas que utilizam a energia produzida para proporcionar sua própria destruição.

Os alimentos sólidos, fundamentais para a sobrevivência, acabam sendo responsáveis pela putrefação do indivíduo.

Parafraseando o poeta: “ser ou não ser, eis a questão”. Comer ou não comer, eis o segredo da vida e da morte. Experimente desvendá-lo.

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TRAGÉDIA ANUNCIADAPODERÁ SER EVITADA

“Sem cessar, a inevitável destruição de cada indivíduo vivente restitui à Natureza todos os produtos que a ação

vital formou nele; os restos destes seres subministram ininterruptamente os materiais que formam substâncias

minerais que de outro modo não existiriam. Por último, as mesmas substâncias minerais, após as mutações que

circunstâncias e a Natureza lhe impuseram, terminam por libertar os elementos que as haviam constituído mediante

combinações. Deste modo, vemos continuamente uma sucessão alternativa de vida e de morte, de formação e de destruição, de movimento e de repouso”. (Lamark, 1794.).

A água é um elemento essencial para a vida. Constitui o principal componente do protoplasma celular e representa os dois terços do peso total do homem.

Uma lista de produtos poluentes da água doce compreende centenas de substâncias.

O poder de biodegradação das águas é grande, mas, se a concentração de substâncias orgânicas e químicas for superior a certos limites, as águas não poderão regenerar-se sob os efeitos das bactérias.

A vida, nestas circunstâncias, desaparece.Recuperar um rio, como o Tietê, necessita muito mais

que a simples limpeza de sua calha.Despoluir o rio Tietê significa condenar à morte ¾

da população paulistana.Somos, neste caso, contra a forma como estão

realizando esta obra. Antes de limparem a calha do rio precisariam “eliminar os focos de contaminação nas

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nascentes que formam os córregos que deságuam no Tietê”.

Aterros sanitários e cemitérios, localizados em áreas de nascentes, provocam a contaminação e conduzem mais de 150 tipos de vírus e bactérias, alguns dos quais descrevemos neste nosso trabalho.

Com a calha limpa esta carga virulenta atingiria os reservatórios destinados ao consumo humano.

Milhões de pessoas seriam vitimadas em uma epidemia inimaginável.

E para este acontecimento se tornar realidade bastaria uma inversão térmica, após um período chuvoso.

Durante uma estiagem prolongada a contaminação poderia ocorrer com a ingestão do ar, quando os vírus circulam nos vapores produzidos com a água infectada.

As mortes, dependendo do vírus desenvolvido, ocorreriam após 48 horas da ingestão da água ou do ar contaminados.

Inserimos aqui uma informação de maio de 2008: o tatuzão (máquina de cavar túneis do metrô de São Paulo) iniciou a etapa em que será construído o túnel entre a Avenida Paulista e o centro da cidade, sob a Avenida Consolação. No trajeto está o cemitério da Consolação e as covas coletivas dos variolosos sepultados em 1856. Se este líquido vazar para o lençol freático haverá a eclosão de uma epidemia inimaginável. Milhões serão sacrificados.

A gravidade deste acontecimento é de tal ordem que, alguns pesquisadores afirmam a possibilidade de haver uma contaminação mundial em menos de uma semana.

Acredito que não haverá sobreviventes no planeta.

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DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?“Bem-aventurados os mortos, que não suportam mais

a estupidez dos vivos”.Galeão Coutinho

Até bem pouco tempo atrás a CETESB atuava na regulamentação e implantação de cemitérios, no Estado de São Paulo.

Infelizmente, devido a uma decisão governamental no início de 1996, a CETESB omitiu-se da problemática, passando-a para os âmbitos da Secretaria de Saúde (Vigilância Sanitária) e Prefeituras Municipais.

Na Capital Paulista a Secretaria do Verde e Meio Ambiente e o Serviço Funerário Municipal estão com a responsabilidade de administrar, regulamentar e fiscalizar os cemitérios municipais e particulares.

Não há, entretanto, nenhuma regulamentação, em qualquer Estado brasileiro, referente às Urnas Funerárias.

Deveria haver uma normalização pôr parte da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, no sentido de haver urnas de acordo com o biótipo do brasileiro.

São constantes os desabamentos decorrentes da infiltração de água, de chuva ou do lençol freático.

Em aproximadamente 75% dos mais de 600 cemitérios, estudados pelo Professor Leziro Marques Silva, as condições geológicas recomendam a utilização de outros materiais, que possam evitar a proliferação dos vírus e bactérias presentes no necro-chorume.

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OS CAMINHOS PERCORRIDOS“Com cada sol que se afunda no mar, o morto mais

morre, mais se afunda na terra”.Eça de Queiroz

Iniciamos este estudo sobre o meio ambiente na Sociedade Amigos de Cidade São Mateus, em 1968.

Em 1976, nosso grupo foi convidado por Almir de Barros, então transferimos nossas atividades para o Conselho de Sociedades Amigos de Bairros, Vilas e Cidades do Estado de São Paulo, montando o espetáculo de teatro: “MOMENTOS ANGUSTIANTES – DO NOSSO AR NADA RESTA”, que integrou a “Campanha da Vida – Mutirão Salva São Paulo”.

Durante 12 anos representamos este espetáculo, seguido por debates, em diversas regiões do Estado de São Paulo.

Mais de 4.800 sociedades amigos foram integradas na luta pela preservação ambiental urbana.

A proposta principal da Campanha da Vida era plantar um milhão de mudas de eucaliptos na Cidade de São Paulo.

Se esta medida tivesse sido tomada à cidade hoje teria no máximo 20% da carga poluente no solo, no ar e no lençol freático.

O ar seria recuperado mais rapidamente, o que representaria uma melhor qualidade de vida para nossa população.

Entretanto, por ação de grupos “defensores da natureza”, esta medida não foi aplicada.

O resultado é o que vemos hoje.

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Nossa parceria com a ABRACE – Associação Brasileira das Comunidades Ecológicas, iniciada em 1989, possibilitou o acesso para conhecermos sua reserva particular de Mata Atlântica (aproximadamente 3.000 hectares, no Município de Miracatu – SP).

Convivendo com os povos desta reserva pudemos aperfeiçoar nossos projetos.

Aprendemos muitos sobre a vida na floresta e sua importância para a sobrevivência de todas as espécies da fauna e da flora, principalmente do homem.

EXEMPLO: Para viver uma pessoa adulta inspira por dia, em média:

a)  Dez mil (10.000) litros de ar puro (hidrogênio e oxigênio);

b) Retendo em seu organismo 400 litros (oxigênio), e;

c)  Liberando 9.600 litros de gás carbônico.EXEMPLO: Para recuperar o ar contaminado por uma pessoa precisamos de:

a)  Três (3) árvores adultas na floresta, ou...b) Setenta e oito (78) árvores adultas na região

urbana.EXEMPLO: Uma urna funerária consome em sua execução:

a) Três (3) árvores adultas, com aproximadamente 30 anos cada.b) Doze (12) metros quadrados de floresta são destruídos na retirada de uma única árvore.c) Trinta e seis (36) metros de floresta deixam de existir a cada pessoa sepultada.

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Façam suas contas, calculem, deduzam ou introduzam os elementos que acharem fundamentais para a compreensão da extensão deste problema.

A devastação continua, enquanto as providências não são tomadas. A madeira para a fabricação de urnas está sendo retirada de áreas de reflorestamento, ou importada da Argentina.

O reflorestamento produz material ideal para a fabricação de papelão e seus derivados. Não há condições de se utilizar à madeira de uma árvore em fase de crescimento, pois ao secar ela racha empena e libera a virulência no ar ou no lençol freático.

Precisamos continuar nossa busca de soluções para a preservação de nossas florestas, pois assim estaremos também garantindo nossa qualidade de vida.

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APOIO LEGISLATIVOQuando após as matanças o sangue dos impuros se

tenha resfriado e a terra inteiramente reunida de novo, volte a florescer e dar frutos, eu me manifestarei na

qualidade de Senhor da Vida. Meu esplendor será grande no meio da magnífica ordenação, do renascente dia.

Capítulo LXIV,Do Livro dos Mortos do antigo Egito.

Em 15 de fevereiro de 1995 foi apresentado, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o Projeto de lei 24/95, de autoria do Deputado Campos Machado (PTB).

Não era o projeto ideal, mas representava um avanço fundamental na eliminação dos dejetos dos cadáveres humanos.

Inexplicavelmente o referido projeto foi retirado pelo autor após uma solicitação, por FAX, do Presidente do Sindicato de donos de Funerárias do Estado de São Paulo.

A ABRACE, solicitante do projeto original, não foi comunicada da decisão do senhor Campos Machado.

Solicitamos ao Vereador Gilson Barreto (PSDB) – Câmara Municipal de São Paulo, um projeto que pudesse colocar em discussão o resultado de nossas pesquisas.

Este Projeto – 469/97 foi publicado em 03 de junho de 1997.

Em cumprimento a outra solicitação da ABRACE, o vereador determinou que seu projeto fosse analisado pelo maior número possível de Comissões permanentes da Câmara Municipal.

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Assim as sugestões para o aperfeiçoamento poderiam abranger aspectos amplos na transformação da relação entre os órgãos gestores dos cemitérios na cidade de São Paulo. Este Projeto foi aprovado em todas as Comissões em que tramitou, estando pronto para ser incluído na Ordem do Dia desde dezembro de 2002.

A Senhora Deputada Estadual Mariângela Duarte (PT) apresentou o Projeto de Lei nº555/99, que foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e na Comissão de Meio Ambiente.

Também foi apresentado Projeto de Lei na Câmara Municipal de Porto Alegre, pelo Vereador Antonio Losada (PT).

Diversos parlamentares, em múltiplos Estados e cidades brasileiras, estudam esta nossa proposta.

Sabemos que uma transformação em relação ao destino dos mortos implicaria traumas nas pessoas envolvidas.

Entretanto a discussão já está ultrapassada, sendo necessária e urgente a tomada de medidas que possam evitar uma tragédia, que depois de iniciada seria irreversivelmente progressiva até a eliminação da raça humana no planeta.

Como a maioria dos vírus se propaga através da água, e um número enorme de cemitérios brasileiros despeja os dejetos diretamente em rios que formam reservatórios de consumo humano, as proliferações das doenças atingirão proporções inimagináveis.

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OS PROBLEMASPODEM SER SOLUCIONADOS

“A idéia da morte traduz invariavelmente um estado emocional de alta responsabilidade e de

atitude de espiritualização.”Assis Chateaubriand

Desenvolvemos pesquisas sobre materiais ALTERNATIVOS, para a fabricação de urnas funerárias, que pudessem eliminar a utilização de madeira e a conseqüente devastação florestal.

Conhecemos e testamos, na medida do possível:o plástico rígido;a fibra de vidro;o acrílico;o zinco;o alumínio;o aço inoxidável, entre outros já utilizados,

como o papelão das Urnas da URNAPAC.Entretanto esbarramos sempre em problemas que

implicariam gastos superiores aos, já exorbitantes, praticados hoje, aliados a inúmeros inconvenientes técnicos, estéticos etc.

E se houver outros custos com estas mudanças, por exigência de empresas, profissionais ou outras instituições, que seja na criação de postos de trabalho, necessários para que se dê dignidade ao ato de morrer – na forma de apoio aos amigos e parentes do morto.

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Sendo assim, a solução viável, economicamente possível, seria a construção dos MEMORIAIS em substituição aos cemitérios.

Segurança, conforto, assistência psicológica, etc., implicariam na contratação de profissionais para atuarem nos “memoriais”.

Para evitar riscos estes locais não poderiam ser destinados a uma elevada quantidade de “gavetas”.

Também deveria ser construído em terrenos menores, próximos de cada comunidade. Assim os velórios poderiam acomodar os que viessem prantear seus mortos sem sacrifícios extraordinários.

Se investirmos na busca de soluções, considerando as possibilidades de implantação de um novo “Contrato Social”, e respeitando aos princípios de que todos devem nascer com dignidade; viver com dignidade e morrer com dignidade, nossas propostas seriam considerados tímidas diante das infinitas formas de tratar este importante assunto.

Milhões de empregos poderiam ser criados para atender as necessidades básicas de cidadania. Lembrem-se = nascer, viver e morrer com dignidade!

Mais da metade dos postos de trabalho, no Egito antigo, estavam ligados aos mortos. Qual o percentual de empregos gerados por esta atividade nos dias de hoje?

Esperamos que as funerárias apóiem nossas propostas e apresentassem novas sugestões para o aquecimento econômico e a geração de novos empregos deste importante segmento profissional.

Afinal de contas cada funerária poderia ter um seu “memorial”, com atendimento personalizado e custos

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cobertos por seguradoras, empresas, instituições religiosas, etc.

NOSSA GRANDE DESCOBERTA:O ISOPOR

“Haverá paz no túmulo? Deus sabe o destino de cada homem. Para o que aí repousa sei eu que há na terra

o esquecimento”.Alexandre Herculano

Após 5 (cinco) anos de pesquisas, em meados de 95, testamos o E.P.S. – Poliestireno Expandido, também conhecido como ISOPOR.

Este material apresentou as seguintes características:Baixa densidade;Resistência mecânica (proteção contra choques);Acolchoamento;Proteção térmica (não polui o subsolo);Inodoro;Recicláveis (na exumação apresenta 100% de

reaproveitamento);Não contém C.F.C. (cloro-fluor-carbono);Libera gás Pentano apenas no momento de sua

fabricação;Retém os Vírus e Bactérias (possibilitando sua

eliminação).A Urna de madeira suporta até 150 quilos.A equivalente em E.P.S. resiste a 220 quilos.Não basta colocar o cadáver numa caixa de E.P.S. e

enterrar.Para o processo poder absolver o necro-chorume é

obrigatoriamente necessário que seja colocado no

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interior da urna mortuária um colchonete recheado com gel.

Assim, com a absorção, gelidificação e solidificação do necro-chorume, haverá a eliminação de todos os vermes, bactérias e vírus presentes nos cadáveres, sem a utilização de nenhum aditivo químico com teor tóxico.

Já existe no mercado o produto fabricado pela BIOCOL, com todas as características necessárias para a implantação da utilização das urnas de E.P.S. – ISOPOR.

O colchonete, colocado como forração interna da urna mortuária, deverá obedecer a condições técnicas relativas ao peso do cadáver.

Na embalagem do BIOCOL estão especificadas as recomendações a que nos referimos. Hoje este colchonete é utilizado em hospitais.

Os colchonetes são materiais descartáveis, acondicionados no lixo hospitalar, podendo, na utilização em uma urna mortuária, como estamos propondo, ter a mesma destinação na exumação, ou seja, ser incinerado como o lixo dos hospitais e farmácias.

Em nenhuma hipótese deverá ser colocado o cadáver direto na urna de E.P.S. sem os acessórios indicados, pois se não houver este procedimento haverá a saponificação do morto, não sendo possível a sua exumação.

Também não haverá a eliminação dos vírus a bactérias, havendo o risco de contaminação dos manipuladores responsáveis pela exumação.

Constatamos que o E.P.S. possibilita a eliminação dos gases produzidos pela putrecina e pela cadaverina.

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O material é poroso, razão da eliminação dos referidos gases, sem que haja a retenção com a possibilidade de explosões que alguns dos outros materiais pesquisados provocariam.

Os gases eliminados em uma urna de E.P.S. não provocam nenhum dano à saúde, pois não há nenhuma condição de liberarem os vírus, que ficam retidos no interior da urna, sendo gradativamente eliminados pela falta de ar e de líquidos, situação constatada após o ciclo completo da decomposição de um cadáver.

A decomposição acontece em aproximadamente seis meses.

Também seriam necessários a colocação de um travesseiro com peróxido de cálcio (cal virgem), que produz um gás capaz de amaciar a carne, facilitando o trabalho dos vermes na decomposição dos cadáveres.

Este processo possibilita a exumação sem que o solo, o lençol freático ou o ar sejam contaminados.

Também será raríssimo o caso de contaminação de algum manipulador dos dejetos retirados da urna após a exumação.

As urnas de E.P.S. poderão ser reutilizadas, após uma simples limpeza. O material usado na fabricação de cada urna pode também ser enviado, após a exumação, para a indústria, que reciclará com 100% de aproveitamento o E.P.S. empregado.

Os dejetos restantes (roupas, colchonete, etc.) deverão ser incinerados com o lixo hospitalar.

Os ossos poderão ter a destinação que o responsável pelo morto determinar (cremação, ou colocação nas caixas conhecidas como columbários).

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URNA DE E.P.S.

Para ter acesso ao modelo:[email protected]

(para abrir é necessário o programa coreldraw-12)

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A cor e os adereços deverão ser adequados de acordo com a origem cultural, religiosa e social do morto.Ficam proibidas peças de metais.

CONCLUSÕES“Se não fora à certeza da morte, a vida seria

insuportável”.Francisco de Bastos Cordeiro

Já comprovamos que a utilização de madeira em urnas é uma atividade predatória, ainda que a origem do material utilizado seja de áreas reflorestadas.

Também esclarecemos que os dejetos de cadáveres humanos sempre representaram um sério problema para a saúde dos vivos.

Em 1997 tivemos 231.901 óbitos no Estado de São Paulo (Anuário SEADE).

Deste total 110.304 foram na Região Metropolitana de São Paulo.

Na capital faleceram 69.711 pessoas.É impossível prever com exatidão a quantidade de

vidas que teriam sido preservadas se as nossas medidas tivessem sido adotadas.

Podemos afirmar apenas que não teriam sido poucas, e que dentre elas poderia estar a vida de um seu ente querido, vitimado por alguma infecção misteriosa.

Pense na possibilidade de ser você a próxima vítima, já que nenhuma providência foi tomada e o problema, que já é epidêmico, está se agravando.

As medidas saneadoras devem ser tomadas com a urgência que a gravidade requer, pois protelar significa

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perder o controle da situação, ou até mesmo sacrificar a própria vida.

Necessitamos de ações enérgicas.Em 1997, no bairro da Aclimação, cidade de São

Paulo, foi constatada 72 mortes atribuídas a causas desconhecidas. Há possibilidades de que sejam vítimas dos dejetos do cemitério de Vila Mariana, onde nascentes deságuam no lago do Parque da Aclimação.

Constatamos que a varíola, considerada erradicada pela Organização Mundial de Saúde em 1980, não foi eliminada, mas está em fase de mutação e maturação.

Salvo engano involuntário, os estudos indicam que o necro-chorume dos variolosos sepultados no cemitério da Consolação estão, atualmente, na fase de reprodução e contaminação. Pesquisas hidrogeológicas comprovam que as condições dos terrenos da cidade de São Paulo possibilitam a maturação dos vírus da varíola em um período de 150 a 175 anos após o sepultamento.

As valas comuns, onde foram colocados os variolosos no cemitério da Consolação, completaram 150 anos em 2006.

Se nos próximos anos o Rio Tietê estiver com sua calha limpa o necro-chorume será conduzido integralmente aos reservatórios de consumo humano.

ATENÇÃO NESTE DETALHE: de 2006 até o ano de 2031 a virulência do material genético da varíola, depositado nos cemitérios da Consolação e Chora Menino, poderá atacar organismos vivos em São Paulo!

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Não conhecemos certos mistérios. Não sabemos a quem interessa a morte de 2/3 da população da área metropolitana de São Paulo. Sabemos apenas que a possibilidade existe, é real, é inevitável se continuarmos omissos.

CHEGOU À NOVA ERA

Você já ouviu muita gente dizendo ser a favor da preservação da natureza. Conhece as propostas de uma sociedade organizada com qualidade de vida para as pessoas. Entretanto ficam vagas as propostas relacionadas a uma qualidade no nascimento e na morte. Vamos iniciar em breve os estudos para uma proposta de “nascimento com qualidade”.

Mais neste momento a ABRACE está propondo uma “morte com qualidade”.E para isto ser possível à primeira providência é o encerramento das atividades dos cemitérios! Em seus lugares seriam construídos os “Memoriais”.

Estes Memoriais poderiam gerar milhares de postos de trabalho.

Entretanto é fundamental que os primeiros cargos sejam destinados a todos aqueles que hoje trabalham em funerárias; fábricas de caixões; cemitérios, etc. Depois seriam contratados os profissionais necessários a um atendimento personalizado (psicólogos; assistentes sociais; advogados; médicos; enfermeiros; etc.) Estes profissionais seriam importantes para uma assistência aos parentes e amigos dos mortos, durante as cerimônias fúnebres. Após o falecimento haverá uma assistência

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jurídica aos dependentes do morto. O trauma deverá ser drasticamente reduzido.

Na página seguinte apresentamos o modelo padrão do nosso Memorial.

Para conseguir um modelo:[email protected]

(para abrir precisa do programa coreldraw-12)

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Cada edifício atenderá uma população de aproximadamente 200.000 pessoas.

Modelo padrão reduz custo deinstalação dos Memoriais.

MEMORIAL

Em respeito aos nossos mortos o modelo da construção deverá ser padronizado, sem ostentações, com o necessário conforto e funcionalidade.

Sabemos que haverá resistência por parte de pessoas que exploram esta atividade de forma comercial, visando exclusivamente o lucro.

Competirá ao Poder Público à regulamentação e fiscalização, ficando para a iniciativa privada e entidades da sociedade civil a administração e gerenciamento dos MEMORIAIS, assim como sua manutenção quanto ao impacto ambiental eventualmente provocado.

Cada unidade poderá ter a denominação de uma Igreja; Personalidade; Associação; Sindicato; Fundação; etc., com a seguinte distribuição (sugerida): na página anterior uma planta plana mostra seis corredores por pavimento com 204 gavetas em cada corredor – total de 1224 gavetas – Total nos seis pavimentos: 7.344.

Uma determinada igreja poderá reservar um pavimento para seus membros hierarquicamente superiores; um segundo pavimento poderá ser destinado aos parentes próximos destes membros superiores; um terceiro pavimento poderá ser destinado a seus filiados,

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que dependendo da necessidade poderá ser extensivo a um quarto pavimento; os outros dois pavimentos serão utilizados por pessoas assistidas por esta igreja, que não possuam condições financeiras para o pagamento de uma gaveta.

DIÁLOGOS“Morte! Irmã do amor e da verdade!”

Antero de Quintal

TEATRO DE ABSURDOVocê poderá interpretar este texto transcrito em linguagem

dramaticamente teatral. O conteúdo mistura ficção e realidade, cabendo a você a

descoberta do significado de cada acontecimento.Este recurso (o teatro) é utilizado para transcrevermos

determinadas pesquisas que não tivemos autorização de seus autores para a divulgação das mesmas.

PERSONAGENS:ANGELO – Viajante do tempo; velho, adulto, criança; branco, negro, vermelho;SUELI - Jornalista, jovem, feia (muito feia); agressiva.

CENÁRIO: Cela de cadeia pública; muito lixo; grades soltas no ar – sem paredes.

CENA ÚNICA

ANGELOMuitas vezes em um mesmo diasou testemunha de violações absurdasao nosso falido contrato social.A postura predatória do homemfez com que eu procurasse outras espécimes animais

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com quem pudesse conviver e conspirarcontra a raça humana.O homem destruirá todos os homens,disse ao meu cavalo.Sendo assim quero ser inimigo do homem.Não lamentarei quando a batalha final começare todos morrerem.

SUELIPor que?

ANGELOEu vi um elefante rosa.Apressadas as pessoas caminhavamolhando para o chãoe não viam aquele enorme paquiderme rosa.Então parei e pensei:se não conseguem verum animal deste tamanhojamais poderão compreendero fantástico mundo das bactérias.Fui até uma banca de revistase fiquei olhando atenciosamentena esperança de que alguma coisa acontecesse.Senti um toque em meu ombro.Antes que pudesse ver de quem se tratavauma voz apavorada perguntou:“você viu aquele macaco amarelodirigindo o ônibus?”Nem olhei para saber de quem era aquela voz.E se fosse um rinoceronte verde?Entretanto ninguém viu

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que na avenida havia um elefante rosa.Na avenida não há nenhum elefante rosa,afirmariam peremptoriamente.Preste atenção: quem nunca esteve na avenidaafirmará que é impossível existir o elefante rosa.Sendo assimporque perder meu tempodizendo que diante das múltiplas falênciasdos sistemas inventados pelas classes dominantesa guerra biológica é inevitável?Alguém estaria preocupadocom esse detalhe mórbido?Continuo caminhando pela avenida movimentadaprocurando a companheira do elefante rosa.Seria uma ratazana preta?

SUELIPor que?

ANGELOSempre busquei coerênciaem minhas afirmações.Pesquisei o máximo possívelpara apresentar um trabalho coerente,solidamente embasadoem fatos cientificamente comprovados.E ninguém respeitou este trabalho.Até mesmo os que auxiliaram nas diversas etapasabandonaram a causa antes de sua conclusão.São mais omissos e covardesdo que aqueles que sempre permaneceram

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alheios aos fatos fantasticamente macabrosdecorrentes da instalação e manutenção dos cemitérios.Estou só como sempre estive.Sou o único que continua acreditandona necessidade de um novo contrato socialcom a preservação dos recursos naturais.

SUELIPor que?

ANGELOQuem somos nós diante do cosmo?Nada ou o próprio cosmo em toda a sua plenitude?

SUELIPor que?

ANGELOA morte não existe para os que estão vivos.Há uma permanente transformaçãoe todos nós participamos.Como se fosse um grande espetáculo teatral.Tragédias, comédias e dramas que se misturam.Tomem seus lugares!E agora apresentamos:A expectativa!

SUELIPor que?

ANGELO

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Deveria alertar a população do planeta através da Internet.Entretanto as palavras ficariam perdidasnas considerações dos e-mails caluniosos de pessoasque mesmo sabendo que estou certo quando não estou errado,e reconhecendo a validade das minhas pesquisas científicas,ficariam indignadas,e é só o que conseguiriam sentir antes de dormircomo se nada estivesse acontecendo.

SUELIPor que?

ANGELOSão humanos, estupidamente humanos.Jamais reagiriam de outra forma.

SUELIPor que?

ANGELOEm nome desta realidade grotescaestão as bases de nosso contrato social.Um povo acovardado.Omisso,fraco e dependente em todos os sentidos.Os indivíduos ficam olhandoe esperando uma reação dos outros.Como se fosse um jogo de dominó,onde você só descarta se houver numeração coincidente.

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Olham para a falta de opções e aceitam a derrota.

SUELIPor que?

ANGELONão há explicação possívelpara este amontoado de desculpas.Nossa ingerência seria considerada uma mentira.Sendo assim melhor seria silenciarmos.Seriamos poupados.Um dia no futuro alguém exclamará:“havia condições de se evitar a guerra biológica.”Bilhões morreram inutilmente.

SUELIUma nova civilização ressurgirá das cinzas?

ANGELOJamais!

SUELIMilhares de anos seriam necessáriospara o desenvolvimento de novas raças?

ANGELONão teríamos este tempo.Com o declínio do sistema social vigentetudo será tragado pelo buraco negro da ignorância,eliminando definitivamentea possibilidade de sobrevivência humana.

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Se hoje as práticas necessárias forem tomadascom o conhecimento atual e desenvolvimento tecnológico disponível,podemos construir colônias humanas em outros planetas,perpetuando diversas espécimes.Se as guerras continuarem inevitavelmentechegaremos em breve ao estágio da luta biológicae a destruição será então de todos os seres viventes.E não falamos apenas de guerras entre nações.Precisamos evitar a guerra entre comunidades.Ou pior: entre pessoas de uma mesma família!

SUELIPor que?

ANGELOE tudo o que aqui tenho afirmadoé o resultado dos profundos estudos sobre as cerimôniasrealizadas em torno dos cadáveres humanos,recolhidos nos acidentes das ruas, estradas e fábricas,em leitos hospitalares e asilos,pois este ritual contem a revelação da falta de respeitopara com a vida humana em toda a sua plenitude.E também reside neste acontecimento apocalípticoo segredo do começo e do fim dos tempos,da destruição humana por toda a eternidade.

SUELIPor que?

ANGELO

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Somente com a compreensãode que a terra é uma nave solta no espaço,dependente de seus próprios recursospara manter sua rotade não colisão com outras naves,com uma gama de finitas possibilidades,das quais a maioria é explorada predatoriamentepor determinadas espécies animais,sendo o homem a mais terrível de todas,pois apenas o homem desenvolveu conhecimentosque possibilitam a destruição desta nave.E estes conhecimentos são utilizadoscomo se a nave tivesse recursos inesgotáveis,o que não é verdade.As transformações precisam de um tempo cósmico,que nossa sociedade consumista ignoraem função de seus próprios lucros.E toda fortuna acumuladade nada servirá se a nave ficar à deriva.E como o homem é o único ser desta navecom conhecimento acumuladopara transferir-se para outras naves,imperioso se faz a sua sobrevivência.

SUELIPor que?

ANGELOUm dia a mais para tomar a decisão poderá fazer a diferença,se é que você está conseguindo me entender.

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A humanidade poderá ser salva em apenas um dia.E não será com atitudes heróicas,pois quando alguém se transforma em heróiuma dualidade se instala:vencedores e vencidos.Não precisamos de nenhuma batalhapara salvar a humanidade.Apenas a união de esforços e conhecimentos.É imperativo o respeito e a compreensãode que estamos todos nesta mesma nave.E se esta nave sair da rota cósmicahaverá uma destruição de todos nós.Se quisermos perpetuar nosso espécimeprecisamos construir urgentementeum contrato social global,universal,respeitando a diversidade sociocultural de cada regiãoque nada mais é que um departamento desta nave.

SUELIPor que?

ANGELOVamos aprender a conviver com o contraditório,redimensionando nossa própria vidae melhorando as relações necessáriaspara nossa sobrevivência.Sem o contraditório a própria vida perderia seu interesse.O começo do fimna falta de um objetivo a ser conquistado.Querendo conquistar o amor de uma pessoa

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você usa a voz.Para impor sua vontade use o gesto.Se quiser destruir basta usar seu olhar.A mais eficiente arma é aquela que te defendee não aquela que te torna apenas um assassino.Você mata hoje o amigodaquele que virá te matar amanhã.

SUELIPor que?

ANGELOTudo na natureza tem uma razão para existir.Estamos sempre reclamandoda existência daquilo que não nos é necessário.Esquecemos a dualidade,ou a possibilidade de queo que não precisamos diretamentesempre será necessário para uma outra pessoa.Tudo é fundamental para o perfeito equilíbrio.E quase sempre para manter a cadeia alimentar.Impossível aceitar que todos possam comer qualquer um.

SUELIPor que?

ANGELOCom a constante transformação dos elementosna naturezaencontramos respostas que possibilitariam um eficiente planejamento.

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Podemos compreender algumas destas ocorrênciasmas desconhecemos outras.E o nosso contrato social poderia ser elaboradoa partir desta experimentação práticada realidade e existência da própria vida.Sabemos que não é isso que ocorre.Não somos respeitados em nossas limitações,nem valorizados em nossas especialidades.As relações entre pessoas nas diferentes atividades sociaisficam restritas aos interesses mesquinhos,com ênfase para as titularidades equivocadas.E somos engolidos e digeridos por um sistemaestabelecido nas bases do conhecimentoadquirido pela cultura de empréstimo,sugada em livros que retratam apenas histórias do passado.Jamais conseguiremos propor uma relação entre humanoscujo embasamento alicerce a relação com a naturezade acordo com as necessidades das futuras gerações.

SUELIPor que?

ANGELOA falência do contrato socialfaz pessoas amarrem explosivos no próprio corpoexplodindo junto com crianças inocentes.Usam armas não convencionais para destruição em massa.A vida que deveria ser reverenciadapor ser uma dádiva dos deusesé destruída a cada bomba acionada por um alucinado.

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Nos fragmentos encontramos Deus destruído também.

SUELIPor que?

ANGELODe onde viemos?O micro cosmo uniu um óvulo e um espermatozóideoriginando uma nova vida.A tua vida.Um novo universo.Sendo assim os gregos estavam certosem sua afirmativa histórica.O pai de cada um de nós é nosso deus,nosso criador.A mãe é nossa deusa,nossa criadora.Somos todos filhos de um deus.Nosso pai é nosso verdadeiro Deus.E um contrato social deveria respeitaresta origem cósmica e biológica.Entretanto foi constituído um sistema organizacionalonde cada um de nós passou a pertencer ao Estado.E cada Estado organiza gruposde acordo com suas necessidades.

SUELIPor que?

ANGELOA proposta é a de promover a felicidade,

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a igualdade,a fraternidade e a paz.O Estado oferece uma oportunidade aos que roubamonde jamais serão presos nem condenados.Basta seguir a carreira em qualquer parlamento.Vereadores, deputados ou senadores.Todos membros do PCC –Partido dos Companheiros Cadeiantes.Profissionais da usura.Alguém quer matar seu semelhante?Pois se torne um policiale o Estado lhe dará todas as garantias para realizar seu crime.Quer enganar sua comunidade?Monte uma igreja e seja um pastorcriando seu próprio rebanho.O Estado mais uma vez vai te abençoar.Quer manter relações sexuais com crianças?Basta tornar-se padree sua pedofilia será abençoada e perdoada.Quer usar drogas?Basta exercer a medicina.Gosta da ociosidade?Há um cargo público te esperando.E viva a democracia!

SUELIPor que?

ANGELOPossibilidade de aparecer,

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de provar sua existência.No século XX tivemos em médiaquatro guerras a cada ano.Os motivos foram absurdos em todos os conflitos.Iniciamos o novo milênio,conhecido também como “uma nova era”,com uma realidade trágica.As grandes potências sendo administradas por pessoas“pequenas” que continuam fazendo guerras inúteis.E a cada eleição os governantes vão se apequenando.Eu não deixaria um certo presidentetomar conta de meu vira lata.

SUELIPor que?

ANGELOFoi estudando detalhadamenteos costumes de nossos índiosque compreendi as terríveis causasde nossos graves problemas sociais.Você sabia que logo após defecaremos índios enterravam suas fezes ?Sabia que eles possuíam uma saúde fantásticaaté a chegada do homem branco?Nós, civilizados,somos assimporque nem das nossas fezes sabemos cuidar.Chegamos a um ponto em queno final de ano organizamosa festa de amigo secreto miserável,

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onde cada um escolhe uma roupa velha,que não usa mais,coloca em uma sacola plástica de supermercado,e troca com seus amigos.Então comemos pão amanhecido e tomamos tubaína.Abraçamos e desejamos um natal cada vez piore um péssimo ano novo.

SUELIPor que?

ANGELOAssisti em um programa de variedades na televisãoum grupo de senhoras chorosasreunidas em torno de diversas imagens de santas.O apresentador destacouuma imagem de Nossa Senhora.Aproximando a câmeraa imagem olhou em meus olhos,como se quisesse revelar alguma coisa.Foi tudo muito rápido.Notei que ela estava com o rosto cheio de bolhas.Fiquei apavoradoao reconhecer as características da varíola.Coloquei as mãos sobre meus olhos e chorei.Havia recebido o sinalde que a guerra biológica estava próxima.Quem acreditaria?

SUELIPor que?

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ANGELOQuem estiver preparado saberá como proceder.Tentará fazer uma oração.Sabendo que uma oração possui a força necessáriapara operar um milagre graças a sua construção.Forma e conteúdo.Motivação e fé.Alegria e vida.Tudo se renova quando você determina orando.Assim é que deveria ser tua vida para sobreviver.Isso se você achar que vale a pena ser sobrevivente.

SUELIPor que?

ANGELOHá uma energia protegendo minha vida.Eu sinto sua influência nas coisas mais sublimes.Sempre que alguém se aproximaconsigo saber de suas intenções.Se forem positivas as pessoas evoluem.Quando a intenção é a de me prejudicar,seja lá pôr que forma for,o castigo é imediato.Não consigo controlar esta energia.Nem para o bem,nem para o mal.Ela é forte,justa,cósmica.Já presenciei grandes transformações.

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Assim como foi concedido o perdão,que é fundamental para a sobrevivênciadaqueles que forem merecedores.

SUELIEu conheço alguém merecedor.

ANGELOQuais benefícios esta pessoa lhe proporcionou?

SUELIPor que?

ANGELOQuem está preparado para sobreviverem uma guerra biológica?Você poderia ficar sem ingerirnenhum alimento sólido durante uma semana.E tudo continuaria bem.Ficar sem beber uma só gota de água durante um mês.Ainda assim sobreviveria sem sequelas.Entretanto sua vida seria destruídase ficasse sem respirar por apenas três minutos.Qualquer guerra biológica teria maior número de vítimascom algum jovem estudante contaminando o ar.Rápida e eficiente.E o principal: sem sobreviventes.

SUELIPor que?

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ANGELOSempre que nos defrontamos com uma indagação,com um problema real,nosso instinto recomenda prudência,recolhimento, distanciamento.Para nossa segurança individualcolocamos grades nas janelas de nossas casas,transformando o que seria um lar em uma prisão.É assim que solucionamos nossos problemas.Ou seja,nunca conseguimos solucionar absolutamente nada.

SUELIPor que?

ANGELOVou fantasiar alguns acontecimentos reais.Parece absurdo supor que os aviõesdo dia 11 de setembroestivessem sendo comandados pela Central de Inteligência americana,vulgarmente conhecida por CIA?Nenhuma operação seria mais eficiente,naquele momento histórico,para solidificar o primeiro mandatoe manter no cargo o presidente americano.Você percebeu que o presidente americanofoi o maior beneficiado com aquele incidente?

SUELIAmém!

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ANGELOE que a indústria de armasfoi a segunda maior beneficiária?

SUELIAmém!

ANGELOE que as bombas no território afegãopreparariam o terrenopara a construção de um oleoduto?

SUELIAmém!

ANGELOE que as desculpas de uma guerra biológicaobrigariam pessoas no mundo inteiroa tomar vacinas contra a varíola?

SUELIAmém!

ANGELOE que estas vacinas provocariama morte de 30% da população mundial?

SUELIAmém!

ANGELO

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E que ninguém seria preso por causar este genocídio?

SUELIAmém!

ANGELOE que tudo seria reconhecido pela história oficialcomo uma ação feita em nomeda democracia e das liberdades individuais?

SUELIAmém!

ANGELOE que mais de cem mil criançasforam sacrificadas na cidade de São Paulopara o desenvolvimento de uma vacina?

SUELIAmém!

ANGELOE que a AIDS surgiu na cadeia alimentar.

SUELIAmém!

ANGELOAtente para este fato:Em uma de minhas viagens astraisfui até uma floresta onde estava

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encoberto por folhaso corpo de alguémque havia morridohá mais de cento e cinqüenta dias.Enquanto eu contemplava este corpouma ratazana se aproximoue começou a comer pedaçosdaquela carcaça humana.Alimentada a ratazana foi beber água em um rio,quando um macaco a capturou,levou para o alto de uma árvoree a dividiu com sua família.Alguns dias depois este macaco foi abatidopor alguns caçadores africanos,que o serviram cru em um banqueteonde estava sendo recepcionado um jornalista,branco,estrangeiro,que comeu partes daquele infectado símio.A ratazana havia ingerido vírus dormentes,resultado de uma mutação genéticacomum na natureza.Este vírus era um ser evoluído do estágio anteriorde uma bactéria chamada shiguella.Na ratazana, no macaco e nos caçadoreso vírus permaneceu imóvelpor não reconhecer condições ideaispara alimentar-se e reproduzir.No jornalista a identificação foi imediata,sendo sua reprodução instantâneae sua propagação

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uma simples conseqüência genética.

SUELIPor que?

ANGELOMonumental inversão de valoresdeterminará o fim dos tempos.Pobre humanidade.Glorificando doenças e crimes.Louvando aqueles que deveriam receber tratamento.

SUELICaminhando pelo orgulho gay!

ANGELOQuando o correto seria dar-lhes adequado tratamento.

SUELILiberando o consumo de drogas!

ANGELOSendo que o correto seria educarpara que não consumissem drogas.Com a falência do sistema de educaçãoo Estado implanta a liberalização dos usosem nome dos bons costumes.Está próximo o dia em que teremospasseatas do orgulho pedófilo.

SUELI

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Dia nacional do político corrupto!

ANGELOPara pessoas doentes,como os pedófilos,gays,viciados,corruptos e outros transgressoresde um bom contrato social,o tratamento deveria ser terapêutico,jamais repreensivo, criminal, policial.

SUELIPedofilia é doença?

ANGELOSim, gravíssima, e prender não curamnem o pedófilo nem sua vítima.

SUELIHomossexualidade é doença?

ANGELOA medicina afirmava que a homossexualidadeera uma perversão da atividade sexual.Uma inversão do objeto de escolha amorosa,com relações entre indivíduos do mesmo sexo.Vai aparecer veado de tudo quanto é lugarprotestando contra esta informação.Que se fodam.Fiquem com sua doença se quiserem.

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Eu continuarei afirmandoque eles precisam procurar um tratamento eficiente.Pois não há apenas um tipo de homossexual.São diversos e das características de sua personalidadenas diferentes circunstâncias sociais e culturais,estará definida a evolução de sua doença.Deveriam promover caminhadaspelo desenvolvimento da ciência terapêuticaque lhes desse uma possibilidade de cura.Não deveriam aceitar a tese de que sua perversão é inata.Nem que seria um terceiro sexo,que não tem a mínima possibilidade de existir..São portadores de uma perturbaçãodecorrente do desenvolvimento infantil e juvenil.Tendências homossexuais seriam aceitase tidas como normaisna fase do desenvolvimento juvenil.A homossexualidade é causada pela fixaçãoou regressãoa essa fase da vida dos indivíduos.Na fase adulta tais complexos podem contribuirpara reações obsessivas ou paranóicas.A falência de um contrato socialé representada também pelaoficialização da união civil entre pessoas de um mesmo sexo.

SUELIDevemos instituir o Dia da Consciência Paranóica?

ANGELO

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Onde está a contribuição de se promovero dia do orgulho dos cancerosos?Ou ainda o Dia do Orgulho dos Tuberculosos?Devemos instituir o dia do orgulho pedófilo?Coroando as propostas de inversão dos valoresvamos criar o Dia do Corrupto,extensivo a todos aqueles que corromperemou forem corrompidos.Seria um grande feriado nacional!

SUELICorrupção é doença?

ANGELOAssim como qualquer outra doença.Prender um corrupto jamais solucionaráos problemas causados por este indivíduo.Pois aquele que corrompee também os que são corrompidosprecisam de um tratamentoque possa conscientizá-losda gravidade desta doença.O primeiro passo da cura de qualquer doençaé o desejo do indivíduo de se libertardo mal que o está acometendo.E neste caso a orientação deverá estarno contrato social de cada nação.Um corrupto jamais poderá exercer cargo público.Ao corruptor deveriam ser impostasdeterminadas normas,incluindo seu cerceamento

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até que sua cura pudesse ser comprovada.

SUELIQuando teremos um contrato socialcom estas determinações?

ANGELONunca.Razão que nos leva a acreditarmosque estamos próximos da destruição final.

SUELIAmém.

ANGELOEstabelecida a guerra finalsurge a pestilência nas cidades.E seus quadros regulares se desmoronam.Não há mais limpeza pública,nem polícianem escolas,hospitais e transportes públicos.Nas ruas acendem-se fogueiras para queimar os mortos.Os mortos já atravancam as ruas.O mau cheiro sobe pelo ar como uma labareda.Ruas inteiras são bloqueadaspelo amontoamento de mortos.Nas casas abandonadas à ralé imunizada penetra e roubariquezas que lhe serão inúteis.Os últimos vivos se exasperam,

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o filho, até então submisso e virtuoso, mata o pai,o casto sodomiza seus parentes.O libertino torna-se puro.O avarento joga seu ouro aos punhados pela janela.O herói guerreiro incendeia a cidadepor cuja salvação outrora se sacrificou.O elegante se enfeitae vai passear nos cemitérios.Neste mundo em declínio haverá um núcleo de homenscapazes de devolver o equivalente natural e mágicodos dogmas em que não acreditamos mais?

SUELINo princípio era o Big Bang.

ANGELONo futuro será o Bang Big.Retornaremos ao estágio em que éramos amebas.E finalmente apenas pó estelar.

SUELIAmém.

ANGELODisse Nostradâmus:“No ano que somado resulta em sete”,Primeiro da entrada do segundo milênio,Grande número de cemitérios vazará sepulturas,Com pestilência dissimuladaem reuniões públicas.Último socorro estará alem da fronteira,

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Vento do norte causará o cerco a ser levantado,Os muros cairão misturando cinzas no leito dos rios,Nas praças serão esfaceladosos juízes em suas cadeiras.(não haverá sobrevivente)

SUELIO maior segredo foi revelado!

ANGELOQue mais podemos querer?Que descubram nossos pensamentos?Que estuprem nossos ideais?Que assassinem nossa poesia?Que se banqueteiem com nossas carnes?

SUELIAgora e sempre, amém!... Amém...

ANGELOPor que?

SUELIPor que?

ANGELOPor que?

SUELIPor que?

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Silêncio eterno.

Anexos

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Meu Caro Amigo Carlos Angelo

Terminei a Leitura da sua obra: Guerra Biológica. Muito me honraram suas referências no conteúdo da

mesma, tanto à minha pessoa como à ONG ABRACE – Associação Brasileira das Comunidades Ecológicas, da qual sou presidente e o amigo um exímio e operoso diretor.

Obrigado!No primeiro momento é chocante dissertar-se sobre

uma tese escatológica, profunda, perigosa quanto, pioneira, corajosa e única: “Guerra Biológica” e, ao mesmo tempo, imiscuída com a Associação Cultural Espectro – Teatro de Arte.

Mas no debater-se o conteúdo da tese, concluí-se ser de bom avilte fazê-lo às luzes da pedagogia romana, tão antiga quanto válida: “ridendo corrige mores” o que vem a dizer: é boa a prática corrigir os costumes sorrindo.

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Parabéns!Estamos ao seu lado e ao lado de nossa “ABRACE”.

Do amigoLuiz Gonzaga de Oliveira

São Paulo, 15 de abril de 2003.

UNIVERSO INVISÍVEL

Qual a importância de compreendermos a função desta fantástica diversidade dos seres que se adaptaram a todos os ambientes do universo, os microorganismos? Afinal de contas o que é uma bactéria, um vírus, um protozoário, um bacilo?”.Sabemos que há mais células de bactérias no nosso corpo do que células humanas. E como são controladas estas células?

Quais as razões que levam estes parasitas a causarem benefícios ao nosso organismo, em alguns casos, e a provocar a morte em outros?

Seres unicelulares que não possuem sequer um núcleo separado por membrana, as bactérias são as criaturas mais simples que existem, depois dos vírus, medindo entre 0,5 e 5 milésimos de milímetro.

Dez mil vezes menores que as bactérias, os vírus não passam de um material genético com uma capa de proteína. Como não possuem metabolismo próprio usam as células dos organismos que invadem para se reproduzir.

Os protozoários são unicelulares como as bactérias, mas possuem organelas (que ajudam a processar nutrientes e gerar energia). Alguns são visíveis, medindo até 2 milímetros. Outros são mil vezes menores.

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As bactérias em forma de bastão são chamadas de bacilo; as esféricas de cocos; e as curvas de vibriões.

Viver é uma arte. Carlos Angelo detesta este termo, mas ele é o “Herói” que

soube como ninguém a importância de evitarmos uma guerra. Qualquer guerra. Principalmente uma que seja biológica.

Letícia Wendy

São Paulo, 20 de junho de 2003.

GLOSSÁRIO

CADÁVER – Corpo humano privado de vida.CADAVERINA – Gás liberado pelo cadáver, cuja fórmula é: C5H14N2 (pentametilendiamina);CATACUMBA – Local onde foram sepultados os primeiros mártires do cristianismo. Espécie de gruta ou caverna onde os mortos eram colocados em estantes, cavadas nas paredes.CARNEIRO – Gaveta tumular existente em cemitérios, destinada a acomodação dos mortos;CEMITÉRIO – Recinto onde se guardam os mortos. Sinônimos: necrópole, campo santo, sepulcrário, última morada, cidade dos pés juntos;CEMITÉRIOS JARDINS – Ou também parques, local provido de gavetas subterrâneas. Na superfície predominam ornamentos vegetais, entre outros: grama, flores e árvores.CEMITÉRIOS VERTICAIS – Prédios com pavimentos destinados à colocação dos mortos em gavetas lacradas. Estas edificações devem ser providas de sistemas

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operacionais de drenagem e tratamento dos gases e líquidos funerários;COLUMBÁRIOS - Pequenas edificações verticais aéreas, de pequena altura, provida de nichos, destinada para a conservação das cinzas funerárias. Também utilizada para a colocação dos ossos exumados.CREMATÓRIOS – Locais destinados a cremação de cadáveres. Deveriam estar devidamente aparelhados para evitar a contaminação do ar, fato que não ocorre com os instalados no Brasil;ENTUMULAR – Termo designado para os sepultamentos de cadáveres em túmulos lacrados, fora do contato direto com o solo, em gavetas construídas em alvenaria;EXUMAÇÃO – Ato de retirar os mortos ou seus restos das sepulturas.INUMAÇÃO – Ato de enterrar ou sepultar os mortos em covas abertas para tal finalidade;JAZIGO – Pequena edificação no recinto dos cemitérios, com várias gavetas destinadas aos sepultamentos dos mortos;MEMORIAL – Edifício que deverá substituir os cemitérios existentes (ampla matéria neste livro);NECRO-CHORUME – Neologismo criado pelo Geólogo e Professor Leziro Marques Silva (CETESB, 1986), para designar o líquido resultante da decomposição dos cadáveres, na fase humorosa ou coliquativa;PUTRECINA – Gás liberado na decomposição de um cadáver. Pode conduzir vírus aeróbios com alto poder de contaminação;SEPULTURA – Cova onde são sepultados os cadáveres. Hoje o termo usado mais freqüentemente é o de Jazigo;

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TÚMULO – Monumento erigido em memória de alguém, no local onde o mesmo se encontra sepultado.

BIBLIOGRAFIA

Estou trabalhando na Biblioteca da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo há mais de 20 anos. Neste periodo tive contato com milhares de publicações, livros, periódicos, relatórios, etc., que nem sempre estarão disponiveis para leitores que não sejam pesquisadores.

Sendo assim, para simplificar, posso sugerir: visite cemitérios, aterros sanitarios, lixões, favelas, cortiços, escolas públicas, cadeias, feiras livres, cozinhas de restaurantes, etc., e escreva sua opinião sincera sobre o local visitado. Procure a redação de um jornal de bairro e solicite a divulgação de sua experiencia. Assim teremos uma bibliografia ampliada sobre cada problema de nossa comunidade, com um peso maior de credibilidade.

E se tiver oportunidade leia a bíblia; A Doutrina Secreta; o Livro dos Mortos do Egito Antigo; o Alcorão; o Evangelho segundo o Espiritismo; a Odisseia; A Memoria das Células; A Estetica da Morte; a Enciclopédia Larousse Cultural; o jornal Estado de São

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Paulo; a revista Época; a revista VEJA; e, sempre que possivel, ouça a rádio Eldorado AM.

Minha recomendação pessoal é a de que faça uma leitura da obra de Salomão Jorge, “A ESTÉTICA DA MORTE”. A abordagem do indigesto assunto que é a morte, no livro de Salomão Jorge, ganha o aspecto primaveril, pois é tratada com uma dignidade e respeito que impressionam.

Carlos [email protected]

MEDITAÇÃO

“Como o sol percorre o zodíaco (macrocosmo) nos seus 360 graus, em cada ano, atrasando 50 segundos em cada ano, ou um grau em cada 72 anos. Isso faz com que mude de signo em intervalos, mais ou menos, de 2.160 anos. Leva, pois, 25.920 anos na sua passagem pelos doze signos do zodíaco. Um homem (microcosmo) tem analogia com o macrocosmo. O homem respira 18 vezes por minuto. Multiplicando-se 18 por 60 minutos, e o resultado por 24 horas, vemos que o resultado é de 25.920 respirações por dia”.

Augusto Ferreira Gomes

Centúria 10 / quadra 74

“Au revolu du grand nombre septiesme,Apparoistra au temps jeux d’Hecatombe,Nom esloigné du grand aage Milliesme,Que les entrez sortiront de leur tombe”.

Centúria 9 / quadra 99

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“Par mur getter cendres, chauls, et opusiere”:Vent Aquilón fera partir le siege,

Par pluyes apres, qu’il leur fera bien piege,Dernier secours encontre leur frontiere’.

Nostradamus

Edição comemorativa em outubro de 2008.(estamos atualizando em janeiro de 2009)

Exemplar destinado a doações pela Internet.ENVIE A TODOS OS SEUS AMIGOS

- E TAMBÉM À IMPRENSA E AOS ÓRGÃOS PÚBLICOS -

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