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Resumo
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Guerra da Bósnia
A Guerra da Bósnia foi um conflito armado que ocorreu entre abril de1992 e dezembro
de 1995 na região da Bósnia e Herzegovina. A guerra envolveu vários lados. De acordo
com numerosos relatos doTribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia os países
envolvidos no conflito foram a Bósnia e a República Federal da Iugoslávia (Sérvia e
Montenegro, mais tarde), bem como a Croácia.[1] [2] De acordo com uma sentença
do Tribunal Internacional de Justiça, a Sérvia deu apoiomilitar e financeiro para as forças
sérvias que consistiam no Exército Popular Iugoslavo, o Exército da Republika Srpska, o
Ministério do Interior Sérvio, o Ministério do Interior da República Srpska, e Forças de
Defesa Territorial da Sérvia. A Croácia deu apoio militar às forças croatas da auto-
proclamada República Croata da Herzeg-Bósnia. As forças do governo bósnio foram
lideradas pelo Exército da República da Bósnia e Herzegovina. Estas facções mudaram
objetivos e fidelidades diversas vezes em várias fases da guerra.
A guerra foi causada por uma combinação complexa de fatores políticos e religiosos: o
fervor nacionalista, crises políticas, sociais e de segurança que se seguiu ao fim da Guerra
Fria e a queda docomunismo na antiga Iugoslávia. E também, devido ao envolvimento dos
países vizinhos como a Croácia e a Sérvia e Montenegro; houve longa discussão sobre se
o conflito foi uma guerra civil ou uma guerra de agressão. A maioria
dos bosníacos, croatas, muitos políticos ocidentais e organizações de direitos
humanos alegam que a guerra foi uma guerra de agressão com base no Acordo de
Karađorđevoentre os sérvios e croatas, enquanto os sérvios geralmente consideram que
se tratou de uma guerra civil.
Com o início da desintegração da ex-Iugoslávia em 1991 com a independência
da Croácia e Eslovênia, os líderes nacionalistasbósnios sérvios como Radovan Karadžić e
sérvios como Slobodan Milošević tinham como objetivo principal fazer com que todos os
sérvios - espalhados por todas as repúblicas que formavam a antiga Iugoslávia - vivessem
num mesmo país. Em fevereiro de 1992, o povo da Bósnia e Herzegovina decide
em referendo pela independência daRepública Socialista Federativa da Iugoslávia, em
uma votação boicotada pelos bósnios sérvios.[3] A seção do Exército Popular Iugoslavo na
Bósnia-Herzegovina foi fiel ao referendo realizado noExército da República da Bósnia e
Herzegovina (ARBH), enquanto os sérvios formaram o Exército da Republika Srpska
(ERS). No início, os sérvios ocuparam 70% do território da Bósnia-Herzegovina, porém ao
unir forças do Conselho de Defesa da Croácia e da Armada da República da Bósnia e
Herzegovina a guerra tomou outro rumo e as forças sérvias foram derrotadas na batalha
da Bósnia Ocidental. Oenvolvimento da OTAN em 1995 contra posições do Exército da
República Srpska internacionalizou o conflito, mas apenas na sua fase final. A aliança
bosníaco-croata ocupou 51% do território da Bósnia-Herzegovina e chegou às portas
de Banja Luka. Vendo a sua capital de fato ameaçada, os líderes sérvios assinaram o
armistício e a guerra terminou oficialmente com a assinatura do Acordo de
Daytonem Paris, em 14 de dezembro de 1995.[4]
Envolveu os três grupos étnicos e religiosos da região: os sérvios cristãos ortodoxos, os
croatas católicos romanos e os bósnios muçulmanos. É o conflito mais prolongado e
violento da Europa desde o fim da II Guerra Mundial, com duração de 1.606 dias. A guerra
durou pouco mais de três anos e causou cerca de 200.000 vítimas entre civis e militares e
1,8 milhões de deslocados, de acordo com relatórios recentes. [5] Do total de 97.207 vítimas
documentadas, 65% eram muçulmanos bósnios, 25% sérvios e 8% croatas. Entre as
vítimas civis, 83% eram bosníacos, 10% sérvios e mais de 5% eram croatas, seguido por
um pequeno número de outros, como os albaneses ou povo Romani. Pelo menos 30% das
vítimas civis bósnias eram mulheres e crianças.
De acordo com um relatório de 1995 detalhados sobre a guerra feitos pela Agência Central
de Inteligência, 90% doscrimes de guerra da Guerra da Bósnia foram cometidos pelos
sérvios. De acordo com especialistas jurídicos, a partir de início de 2008, 45 sérvios, 12
croatas e 4 bosníacos foram condenados por crimes de guerra pelo TPI em conexão com
as guerras balcânicas da década de 1990. Ambos, sérvios e croatas, foram indiciados e
condenados por crimes de guerra sistemáticos (empresa mista penal), enquanto os
bosníacos apenas dos entes(?) individuais. Alguns líderes do alto escalão político dos
sérvios (Momčilo Krajišnik e Biljana Plavšić), bem como croatas (Dario Kordić) foram
condenados por crimes de guerra, enquanto outros estão atualmente em julgamento
(Radovan Karadzic e Jadranko Bozovic). Genocídio é o mais grave crime de guerra em
que os sérvios foram condenados; crimes contra a humanidade, uma segunda acusação
apenas na gravidade do genocídio (ou seja, a "limpeza étnica"), para os croatas; e
violações das Convenções de Genebra para os bosníacos.