Guia Capital Risco1

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CAPITAL DE RISCO

GUIA PRTICO PARA EMPRESAS NASCENTES

CAPITAL DE RISCO

GUIA PRTICO PARA EMPRESAS NASCENTES

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CONTEDO1. O que Capital de Risco ..................................................................................................... 2 1.1. Histrico............................................................................................................... 2 1.2. Tipos de Capital.................................................................................................... 3 1.3. Tipos de Investidores ........................................................................................... 5 2. Como se preparar para o contato com Investidores.......................................................... 6 2.1. Reflita sobre os impactos do Capital de Risco para sua empresa ....................... 6 2.2. Proteja sua tecnologia ou produto ...................................................................... 8 2.3. Prepare um Bom Plano de Negcios e um Sumrio Executivo ........................... 9 2.4. Procure aconselhamento legal ..........................................................................12 2.5. Encontre (ou seja encontrado por) Investidores...............................................13 2.6. Esteja preparado para as fases de avaliao e negociao...............................14 3. Onde encontrar os investidores .......................................................................................16 4. Para saber mais.................................................................................................................19 5. Glossrio ...........................................................................................................................20 6. Referncias .......................................................................................................................24

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1. O QUE CAPITAL DE RISCOO Capital de Risco uma modalidade de investimento na qual investidores aplicam recursos em empresas com expectativas de rpido crescimento e elevada rentabilidade. Este investimento se d atravs da aquisio de aes ou direitos de participao. Esta forma de operao, diferente de um financiamento, implica, alm da entrada de recursos financeiros, em um compartilhamento de gesto do investidor com o empreendedor. O investimento em capital de risco pode ser realizado tanto por companhias de participaes, gestores, atravs de fundos de investimentos estruturados para esta finalidade ou, ainda, por investidores individuais que disponham de capital para investir nesta atividade. Os investidores geralmente renem-se em fundos, e so chamados de cotistas. Eles compram cotas quando o fundo comea a funcionar; essas cotas sero resgatadas quando o investimento feito em um determinado negcio for retirado. O investidor ou fundos de investimentos participam do empreendimento por meio de aquisies de aes ou da compra de parte da empresa emergente. Essa participao geralmente chega a 40% do capital total, o que permite ao capitalista opinar e participar formalmente, por exemplo, do conselho diretivo da empresa. O capital de risco fica geralmente investido de dois a dez anos, e recuperado aps o desenvolvimento da empresa, por meio da recompra da parte societria por parte do empreendedor, da venda total ou parcial da empresa ou ainda pela abertura de capital na bolsa de valores. Em geral, estes tipos de investidores: Formam uma parceria operacional estreita com os scios, e podem trazer gerentes profissionais que ocuparo cargos estratgicos dentro da empresa; Tm expectativas em termos de propriedade e controle da empresa; Possuem metas de retorno esperado sobre o investimento e estratgias de sada1 claramente definidas para seu capital; e Exigem protees e preferncias contratuais significativas.

1.1. HISTRICOA atividade formal de capital de risco surgiu nos Estados Unidos na dcada de 1950, quando as primeiras medidas de estmulo e fomento ao desenvolvimento desse mercado comearam a ser adotadas. No fim do sculo 20, o capital de risco ganhou visibilidade por financiar empresas de informtica e biotecnologia que se tornaram grandes sucessos no mercado. O capital de risco foi fundamental para o desenvolvimento de empresas como Microsoft, Compaq, Sun e Federal Express, apenas para citar alguns exemplos bem-sucedidos. A difuso para os demais pases1

Meios que sero empregados para o desinvestimento do negcio: recompra da parte societria por parte do empreendedor, da venda da empresa ou abertura de capital na bolsa de valores 2

envolveu a reproduo adaptada do modelo norte-americano. Depois de impulsionar negcios da Internet no final dos anos 90, o capital de risco est de olho em novos mercados. E comea a ajustar seu foco para as pequenas e mdias empresas emergentes de base tecnolgica, com capacidade de desenvolver produtos e processos inovadores e com grande potencial de crescimento no mercado. No Brasil, as atividades de capital de risco se institucionalizaram no final dos anos 90, aps a estabilizao da moeda. Em 2004 existiam 21 fundos de capital de risco no Brasil. De 2005 pra c, 33 novos gestores iniciaram operaes no pas. Em 2007, havia 89 gestoras de capital de risco2 no Brasil, com 117 escritrios em 13 cidades no Brasil, gerindo 153 fundos que possuem 404 empresas nas suas carteiras. Com a obteno da estabilidade econmica e com a tendncia de queda nas taxas de juros e Risco Pas, o mercado brasileiro j uma opo atrativa para os investidores de capital empreendedor. Terminado o seu 1 ciclo de investimento (1997-2007), possvel verificar que o setor de capital de risco conta com um grande potencial de crescimento e reafirma a sua importncia para o desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil, o que se percebe atravs dos inmeros casos de sucesso do setor. Os constantes esforos do mercado, governo e de rgos reguladores em promover o aperfeioamento dos veculos de intermediao de recursos financeiros, tem como foco proporcionar aos empreendedores maior acesso ao capital e contribuir para a maior gerao de emprego e renda, alm da promoo do crescimento econmico sustentvel do pas. Atualmente, o capital de risco desponta como uma possvel alternativa para pequenas empresas de tecnologia, cujo desenvolvimento pode ser comprometido pela dificuldade de obteno de recursos financeiros no setor bancrio, dadas as exigncias de garantias como imveis e avais, entre outras, que, na maior parte das vezes, essas empresas no tm como atender. O capital de risco pode viabilizar o desenvolvimento de novos produtos de forma a que eles se traduzam, efetivamente, em resultados comerciais. A garantia do investimento, neste caso, a boa oportunidade de negcio, e um slido plano de negcios.

1.2. TIPOS DE CAPITALAlm do capital de fomento (recursos de instituies pblicas para o financiamento de pesquisas), existem trs tipos de capital com a finalidade de desenvolver empresas e negcios (capital de risco):

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Inclui fundos de Private Equity 3

Capital de RiscoFomento ? Recursos de instituies pblicas para pesquisa (bolsas, aquisio de equiptos, etc.) Capital Semente ? Investimento na fase de grande risco tecnolgico (recursos para realizar a prova de conceito e criar o negcio) ? Investidores anjos, ou fundos de investimento estruturados ? Gvea Angels ? Confrapar ? Semeia ? Eccelera ? Intel Capital (Intel) ? Inovar Semente (Finep) ? Fundo Novarum (JB Partners) ? Fundo Criatec (BNDES) Venture Capital ? Investimento na fase de risco comercial (empresas j existentes, com grande potencial de crescimento) Private Equity ? Investimento na fase de expanso (empresas j estabelecidas com necessidade de capital para expandir)

Descrio

Principais Players no Brasil

? Finep ? CNPq ? Fundaes Estaduais de Amparo a Pesquisa (p.e.: Fapesp, Faperj, Fapemig, etc.)

? Axxon Group ? CRP ? DGF ? Draxxer ? Eccelera ? Fir Capital ? Jesse Irving Seligman ? Rio Bravo ? Votorantim novos negcios ? BNDESPar

? Fir Capital ? Investidor Profissional ? Ptria banco de negcios ? Angra Partners ? GP investimentos ? Fama investimentos ? Pactual ? Rio bravo ? BNDESPar

Fonte: Anlise Instituto Inovao Os tipos de capital so destinados a negcios com diferentes estgios de desenvolvimento e grau de risco. Quanto maior o risco do negcio, maior o potencial de crescimento e conseqente retorno financeiro exigidos pelos investidores. Os fundos de investimento que buscam oportunidades em start ups e empresas em estgio inicial, so os de capital semente ou venture capital.Estgios do negcio$

Fonte: Anlise Instituto Inovao

Concepo/ Criao

Start up

Estgio Inicial

Crescimento/ Expanso

Maturidade Receita de Vendas Fluxo de caixa

Tempo

Investidores

Fomento

Capital Semente

Venture Capital

Private Equity

Capital de Risco

Fonte: adaptado do livro O Capital de Risco no Brasil; Pavani, Cludia, 2002

Fonte: adaptado do livro O Capital de Risco no Brasil; Pavani, Cludia, 2002

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1.3. TIPOS DE INVESTIDORESDentro do escopo de Capital Semente e Venture Capital voltados a empresas start ups e em estgio inicial existem ainda diferentes tipos de investidores: a) Fundos Capitalistas (Venture Capitalists): so sociedades com objetivo de tomada de participaes no capital de outras empresas, numa perspectiva de investimento de mdio e longo prazo, das quais iro obter, mais tarde, mais-valias com a alienao posterior da participao adquirida. Essas sociedades, alm dos meios financeiros que resultam do seu capital social, gerem diversos tipos de fundos especializados. o tipo de investidor de capital de risco mais comum no Brasil. b) Anjos-Investidores (Business Angels): so indivduos privados, com grande patrimnio acumulado que agem, normalmente, por conta prpria, investindo em participaes em pequenas companhias fechadas, geralmente em indstrias nas quais possuem experincia. O capital do anjo de negcios consegue complementar a indstria do capital de risco, proporcionando quantias mais baixas de financiamento, numa fase mais prematura do que muitas sociedades de capital de risco so capazes de investir. Os anjos de negcio representam uma fonte de capital importante para novos e crescentes negcios, embora, no Brasil, ainda sejam sub-utilizados. normal divid-los em quatro grupos diferentes: angels com experincia profissional (ex-executivos de grandes empresas); angels guardies (veteranos da indstria); angels de rendimento financeiro (indivduos com grandes fortunas); e angels empreendedores (empreendedores que triunfaram nos seus negcios). c) Corporate Venturing: so empresas que realizam investimentos em negcios jovens, geralmente, nas reas tecnolgicas, que encaixem em suas estratgias e que acabaro, mais tarde, por pertencer aos respectivos conglomerados.

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2. COMO SE PREPARAR PARA O CONTATO COM INVESTIDORESAtualmente, no Brasil, os investidores de todos os tipos se queixam que grande parte dos empreendedores inicia o processo de busca de recursos sem estarem devidamente preparados para defender seu projeto. Alm disso, desconhecem os impactos prticos que o levantamento de capital de risco trar para sua empresa. Os captulos que seguem tm como objetivo servir como guia prtico para ajudar os gestores de empresas em estgio inicial a se prepararem para responder a, ou ainda, prospectar ativamente oportunidades de investimentos de capital de risco.

2.1. REFLITA SOBRE OS IMPACTOS DO CAPITAL DE RISCO PARA SUA EMPRESAEm primeiro lugar, imprescindvel que voc e sua equipe estejam convencidos que o levantamento de capital de risco a melhor alternativa para o desenvolvimento de sua empresa. Questes como o que vamos fazer com o capital?, o que vai mudar com chegada de um investidor?, esse o momento certo para buscarmos investimento? precisam ser exaustivamente discutidas e consensadas entre toda a equipe. Existem muitas maneiras de levantar recursos para novos projetos. Os recursos de bancos, embora potencialmente caros, s vezes so uma boa alternativa para necessidades imediatas. As instituies financeiras podem emprestar dinheiro ao empreendedor se este tiver garantias tangveis para oferecer, como ativos fixos ou contas a receber. Investidores de capital de risco atuam de forma diferente. Eles so pagos para assumir riscos calculados com dinheiro de terceiros, investindo em empresas que tm a chance de multiplicar seu tamanho se forem bem-sucedidas no mercado e gerar retornos atraentes sobre o investimento inicial, quando um evento de liquidez (venda da participao adquirida) ocorre. Normalmente, eles no requerem garantias, mas iro pedir clusulas de proteo e, tambm, uma gesto compartilhada do negcio. No espere dinheiro sem oferecer contrapartidas, porque ele s vem segundo termos e condies especficos. Ao buscar investimentos de capital de risco os empreendedores devem ter um plano muito claro e objetivo de como vo aplicar o dinheiro e, principalmente, como esse capital far com que a empresa cresa de forma rpida seja com a finalizao do desenvolvimento de um produto, aumento de escala de produo, desenvolvimento comercial em outras regies, entre outros. Com isso, preciso ficar claro para o empreendedor que os investidores exigiro que todo o dinheiro seja direcionado para empresa, e no para o bolso dos empreendedores. A idia de que os empreendedores ficaro ricos com a entrada de um investidor est completamente equivocada. 6

A. Prepare-se para mudanasGovernanaSe esta sua primeira experincia em compartilhar a gesto de sua empresa, conscientize-se de que os investidores vo demandar fortes mudanas em governana e transparncia, mesmo que voc mantenha a maioria das aes. Os fundadores agora trabalham para os acionistas, no apenas para si mesmos. Isso trar impactos diretos na estrutura de gesto da empresa e um aumento na complexidade das ferramentas de gesto. Para o empreendedor, isso pode significar tempo dedicado gesto, acompanhamento de indicadores e compilao de relatrios de desempenho. No caso de fundos de investimentos registrados na CVM, por exemplo, por questes de governana ou condio regulamentar as empresas investidas devem se tornar sociedades abertas. Em uma Sociedade Limitada, a responsabilidade dos scios restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada scio. Em uma Sociedade Annima (normalmente abreviado por S.A., SA ou S/A), o capital social no se encontra atribudo a um nome em especfico, mas est dividido em aes que podem ser transacionadas livremente, sem necessidade de escritura pblica ou outro ato notarial. Por ser uma sociedade de capital, prev a obteno de lucros a serem distribudos aos acionistas. H ainda duas espcies de Sociedades Annimas: a companhia aberta (tambm chamada de empresa de capital aberto), que capta recursos junto ao pblico e fiscalizada pela CVM (Comisso de Valores Mobilirios), e a companhia fechada, que obtm seus recursos dos prprios acionistas. Os investidores, em geral, vo exigir a formao de um Conselho de Administrao, que tem como atribuies o acompanhamento da execuo do plano de negcios, anlise de indicadores chave e a tomada de decises estratgicas. Eles buscam um Conselho de Administrao equilibrado, onde suas opinies possam ser expressas e surtir efeito. Eles pedem assentos neste conselho e podem estabelecer algum tipo de maioria qualificada quorum especial para aprovar decises crticas e/ou exigir direitos de veto sobre outras questes. O fundamento lgico preservar o investimento contra mudanas em estratgias da empresa que no tenham consenso no nvel do conselho.

Papel do EmpreendedorExistem diferenas importantes entre as caractersticas de um empreendedor e fundador e as do CEO que administra o negcio o que em muitas situaes so a 7

mesma pessoa. Talvez seja difcil perceber isso no incio, mas, com o passar do tempo, as decises provavelmente sero menos impulsivas e mais estruturadas, demandando o compromisso dos diferentes participantes. Tradicionalmente, empreendedores de sucesso tomam decises muito rapidamente e s vezes tendem a centralizar o comando em suas mos. Isso, definitivamente, crucial nos estgios iniciais de um negcio, mas proporo que uma empresa amadurece, pode comprometer o crescimento saudvel de um negcio. Chegar o dia em que o CEO ter que administrar o negcio em coordenao com diretores, respondendo ao conselho. usual que, em alguma etapa da existncia de uma empresa, os fundadores se afastem de postos de comando. Nestes casos, os fundadores ficam envolvidos em decises estratgicas por meio do Conselho de Administrao, e delegam a gesto do dia-a-dia a uma equipe profissional. Igualmente importante entender que os acionistas, em geral, tm o mesmo interesse de fazer a empresa crescer, mas esto e devem estar menos engajados nas decises cotidianas. Eles tm que dar equipe de gesto executiva a liberdade e a autoridade necessrias para a gesto do dia-a-dia. Os empreendedores precisam perguntar a si mesmos que papis gostariam de desempenhar.

B. Avalie o momentoO mercado brasileiro est mais uma vez aquecido para a realizao de operaes com investidores. No espere para buscar uma operao quando sua empresa estiver em situao pouco confortvel de receita ou com dvidas acumuladas. A melhor hora para negociar justamente quando no h necessidade de dinheiro imediata e quando a sade financeira de sua operao est melhor do que nunca. Lembre-se que qualquer operao demora a ser concretizada e precisa ser muito bem planejada para ter sucesso. Aproveite a tranqilidade proporcionada pelo caixa para negociar melhor a operao.

C. Alinhe a EquipeFinalmente, muito importante que toda a equipe da empresa esteja alinhada quanto deciso de buscar investimentos de capital de risco e consciente de todos os impactos que essa escolha traz para a empresa. Isso evitar futuras surpresas para os empreendedores e ser um forte critrio de avaliao por parte dos investidores, como ser detalhado mais adiante.

2.2. PROTEJA SUA TECNOLOGIA OU PRODUTOEm empresas nascentes de base tecnolgica a proteo intelectual pode ter um papel fundamental. A proteo da tecnologia ou produto significa a exclusividade de comercializao e, em muitos casos, a maior garantia da vantagem competitiva com relao a possveis concorrentes. 8

O desconhecimento quase generalizado do sistema de patentes e, por vezes, os preconceitos e conceitos distorcidos so hoje as barreiras mais significativas para que o sistema de proteo intelectual possa ser usado como ferramenta de desenvolvimento. A idia de conceber como invenes somente as criaes completamente inditas, absolutas, capazes de revolucionar o desenvolvimento de determinado setor tecnolgico pode levar ausncia de proteo de inmeras inovaes significativas. Praticamente todas as criaes que visem solucionar um problema tcnico-industrial ou digam respeito a um novo produto ou processo industrial so passveis de proteo patenteria. Assim, no s as criaes inditas e absolutas, mas tambm os aperfeioamentos, delas decorrentes, e as adaptaes de tecnologias existentes podem ser patenteadas.

Tipos Mais Comuns de Propriedade Intelectual Aplicado a Empresas uma troca de favores entre o inventor e o estado. O inventor publica inveno e o Estado garante exclusividade durante perodos de tempo determinados.

Patentes

Requisitos para patente: novidade; utilizao industrial; atividade inventiva; suficincia descritiva Durao: 20 anos Todo sinal distintivo, visualmente perceptvel, que identifica e distingue produtos e servios de outros anlogos, de procedncia diversa, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificaes tcnicas. (art 122 da LPI 9279/96) Durao: 10 anos (prorrogvel por perodos iguais e sucessivos).

Marcas

Desenho Industrial

O desenho industrial a forma plstica ornamental de um objeto ou o conjunto de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configurao externa. Durao: 10 anos (prorrogvel 3 vezes por 5 anos)

Fonte: Anlise Instituto Inovao Procure identificar se seu projeto, tecnologia ou produto se enquadram em algum dos tipos de proteo intelectual.

Fonte: Anlise Instituto Inovao

2.3. PREPARE UM BOM PLANO DE NEGCIOS E UM SUMRIO EXECUTIVOOs investidores tm pelo menos trs critrios em mente ao analisar uma proposta: uma forte equipe frente da gesto, uma tecnologia ou produto que atenda a uma 9

necessidade bem definida do mercado com vantagens competitivas significativas (preferencialmente com proteo intelectual) e um bom modelo de negcio com uma viso objetiva do futuro. Prepare-se para apresentar claramente estes trs elementos antes de bater porta de investidores em potencial. Uma forma estruturada de apresentar uma oportunidade de negcio atravs de um Plano de Negcio. H muitas informaes e guias de referncia mostrando como estruturar um plano de negcio. De maneira geral, o plano de negcio deve iniciar com um sumrio executivo, conter o detalhamento do modelo de negcio, tecnologia e equipe, alm de uma projeo financeira. Em sntese, por meio do plano de negcio, voc tentar explicar a oportunidade de negcio, a soluo que voc trar para o mercado, de que forma executar sua estratgia e por que ter sucesso. Tabelas, planilhas e grficos podem ajudar-lhe a apresentar seu caso. Mais do que conter informaes detalhadas, o importante que o plano de negcio traga uma mensagem clara da oportunidade, de quais so as suas vantagens competitivas, dos riscos potenciais e da estratgia para mitig-los. Os investidores utilizam com freqncia a sigla KISS (Keep It Short and Simple mantenha-o curto e simples) como diretriz bsica para uma apresentao de oportunidade.

A. Sumrio ExecutivoLembre-se de que os investidores analisam diversos planos de negcio diariamente. O sumrio executivo tem a funo de captar a ateno e interesse dos investidores, de maneira direta, concisa e objetiva. Por esse motivo, o plano de negcio deve obrigatoriamente iniciar com um sumrio executivo. Enfoque o negcio, a oportunidade no segmento de mercado e por que voc teria sucesso. O sumrio um documento com no mximo quatro pginas embora idealmente com apenas uma pgina que pode ser enviado por e-mail e no contenha informaes confidenciais.

B. Modelo de Negcio e MercadoA descrio do modelo de negcios e mercado o corao do plano de negcios. Ela deve mostrar de maneira clara onde a empresa pretende atuar e como pretende vencer. Seguem algumas perguntas-chave que devem ser obrigatoriamente endereadas: Onde Atuar o Qual o mercado em que se pretende atuar? Qual o seu tamanho? o Qual a posio na cadeia de valor? o Quais os segmentos especficos que so atendidos por seu produto? o Quais os clientes atuais? E potenciais? 10

o Quais so os principais participantes dos segmentos em que atua? (voc tem concorrncia; na melhor das hipteses voc concorre com a maneira usual de fazer negcios) Como vencer o Por que voc seria bem-sucedido? Qual seu diferencial? o Como voc vende e a que preos o Como voc espera ganhar escala? o Porque o modelo economicamente vivel? o Qual a sua vantagem competitiva? Seu projeto deve ser convincente. A descrio da oportunidade de negcios deve ser direta e objetiva, e no abstrata e conceitual. importante mostrar que existe um problema relevante (atual ou futuro) que voc se prope a resolver. O uso de desenhos ou esquemas pode ajudar no entendimento no modelo de negcio.

C. Tecnologia / ProdutoO plano de negcio deve apresentar de forma simples e direta a tecnologia ou produto desenvolvido para atender necessidade identificada no modelo de negcio. O principal ponto a ser documentado o diferencial dessa tecnologia / produto. Uma boa forma de fazer isso atravs de uma tabela de comparao com os principais concorrentes, analisando as vantagens e desvantagens tcnicas e comerciais. No caso de novas tecnologias, evite o uso de termos tcnicos e, se necessrio, faa notas explicativas. Fotos e desenhos geralmente ajudam a explicar um novo conceito. Caso a tecnologia ainda esteja na fase de desenvolvimento muito importante deixar claro quais testes j foram realizados (e quais os principais resultados obtidos), quais as prximas etapas de desenvolvimento e quais os principais riscos e necessidade de recursos em cada uma dessas etapas. Um cronograma de investimentos que contemple todas as fases de desenvolvimento at a fase de comercializao do produto e, se for o caso, at o aumento de escala de produo uma boa forma de organizar essa informao. Alm da descrio da tecnologia / produto, os investidores avaliam a capacidade de operacionalizao e produo da empresa. Informaes sobre fornecedores e insumos, processo e capacidade de produo so relevantes para plano de negcio. Como j mencionado no tpico 2.2., o nvel de proteo tecnolgica um dado muito importante para os analistas e deve ser mencionado no plano de negcios.

D. EquipeUm critrio comum entre todos os investidores ao analisar uma oportunidade de investimento a equipe. Credibilidade na capacidade de executar o plano proposto essencial, tanto com relao ao modelo de negcio quanto ao desenvolvimento da tecnologia / produto. Ttulos e cargos do passado podem ajudar a validar a capacidade 11

tcnica e gerencial da equipe, mas no so o principal critrio na avaliao de um investidor. No inclua no plano de negcios verses burocrticas de CVs. Escreva de forma resumida sobre sua equipe, seu background e a experincia de trabalho de seus membros. Explique como a experincia de cada membro da equipe se encaixa no todo e como ela contribuir ao sucesso do projeto. Os investidores buscam empreendedores em sintonia com uma equipe capacitada e que compartilhem da mesma viso de crescimento da empresa. Outro ponto importante que bons negcios so aqueles que se perpetuam. Sendo assim, mais do que ter um bom produto ou tecnologia a empresa deve demonstrar potencial para gerar e desenvolver novos produtos e tecnologias. Assim, muito importante que a descrio da equipe no plano de negcio demonstre seu potencial no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos.

E. Projees FinanceirasAs projees financeiras so umas das peas mais importantes de seu plano de negcio. Elas devem representar fidedignamente toda a estratgia detalhada no plano de negcios. Os investidores naturalmente esto em busca de oportunidades de crescimento, mas no tente simplesmente inflar suas expectativas de crescimento porque isso pode se voltar contra voc. Superestimar, por exemplo, o tamanho de um mercado ou a parcela deste que ir conquistar, reduz a confiana do investidor no seu plano. Investidores normalmente fazem suas prprias projees, sensibilizando os nmeros que voc fornece portanto, apresente projees que tenham sido baseadas em dados slidos e fatos. Procure usar sempre fontes oficiais ou confiveis e no se esquea de cit-las juntamente com as projees. Uma boa maneira de garantir a solidez de seu plano cri-lo de baixo para cima (partindo dos seus recursos e ativos at chegar s receitas) e confront-los com os resultados de cima para baixo (do tamanho total do segmento de mercado a seu percentual nele). Este exerccio proporciona um bom teste de realidade. As projees que constam do plano de negcio sero negociadas e serviro de guia aps o investimento. O plano de negcio tem um papel to importante, que se tornar o oramento da companhia aps o investimento por parte do fundo de VC e servir como parmetro de avaliao do empreendedor e da gesto da companhia.

2.4. PROCURE ACONSELHAMENTO LEGALAdvogados podem ser de grande valia para auxiliar o empreendedor, pois eles interagem com o representante legal dos possveis investidores. Sua interao com advogados aumentar exponencialmente medida que o processo de captao avanar.

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Aconselhamento profissional tambm importante para proteger seus direitos de propriedade intelectual. Pesquise sobre os honorrios de diversos advogados e, se possvel, negocie um limite mximo de horas que lhe sero cobradas. Procure chegar a um acordo no incio do processo, limitando seu risco se a transao no se concretizar. s vezes os investidores j tm pacotes negociados com escritrios de advocacia que conhecem. Portanto, considere esta alternativa tambm. Embora os investidores enfatizem a importncia do aconselhamento legal, questes negociais devem ser tratadas pelo empreendedor (isto , avaliao, direitos associados s aes, formas de sada do investidor, etc.). Esta negociao regida por um documento informando os termos e as condies (term sheet). Seu objetivo colocar em palavras simples os direitos e as obrigaes de cada uma das partes envolvidas na transao. Depois que voc concordar com todos os termos, o papel do advogado garantir que o que foi acordado no term sheet esteja refletido nos estatutos e acordos societrios da companhia, e em todos os documentos do investimento. O term sheet o guia para esboar os documentos. Tendo em vista que ele uma simplificao, os documentos da transao tero mais detalhes sobre cada direito ou obrigao.

2.5. ENCONTRE (OU SEJA ENCONTRADO POR) INVESTIDORESComo foi descrito no primeiro captulo, existem muitos fundos e indivduos dispostos a investir em boas oportunidades financeiras. Entretanto, nem todos os investidores so iguais. Eles variam conforme caractersticas especficas como tamanho do investimento, oportunidade de assumir o controle, posio executiva, alm de possurem diferentes nveis de averso a risco. Esta diversidade pode ser observada nos diferentes tipos de investidores: desde dinheiro vindo de amigos e da famlia, angel investors, subsdios do governo, Venture Capital em estgios iniciais ou mais maduros at de empresas de Private Equity. Os investidores tambm variam dependendo da interao que tm com as empresas de seu portflio inclusive entre empresas de capital de risco. Alguns fundos so extremamente ativos e presentes nas decises dirias das empresas, ajudando com contatos, em processos de venda e decises financeiras. Outros tm pouqussima interao e interferncia mnima. Em geral, os ltimos tendem a enfocar projetos mais maduros, onde a estruturao da empresa no uma questo fundamental. extremamente importante conhecer os investidores e seu perfil. vital montar uma equipe que compartilhe a mesma viso e trabalhe com eficincia em prol desta viso. Isso vale no s para os funcionrios, mas tambm quando se decide a quem pedir dinheiro. Certifique-se de que os investidores compartilham a mesma viso e os mesmos valores e possam realmente ajudar no crescimento de sua empresa. 13

2.6. ESTEJA PREPARADO PARA AS FASES DE AVALIAO E NEGOCIAOContrastando com a poca do boom da Internet, os investidores agora tendem a gastar muito mais tempo no processo de investigao (conversando com clientes, verificando histricos, buscando referncias externas, etc.). Esta fase tende a durar cerca de quatro meses e s vezes pode se estender a um ano. Muitos investidores de capital de risco tm comits que aprovam o investimento em fases distintas do processo, autorizando o time a seguir em frente a cada etapa. comum encontrar duas instncias de aprovao: a primeira normalmente ocorre depois que a investigao inicial finalizada, e a segunda depois que o processo de negociao concludo e esboos da documentao final comeam a circular entre as partes. Nas reunies de anlise de qualquer um dos dois comits (ou durante a investigao), o negcio pode ser interrompido.

Etapas de Investimento de Capital de Risco Acompanhamento / GestoAcompanhamento da execuo do plano de negcio Criao de Valor

Oportunidade

Avaliao

Negociao

Sada

Identificao de oportunidades de investimento alinhadas estratgia do fundo

Anlise do plano de negcio Anlise de mercado e avaliao do potencial do negcio

Valorao da empresa Elaborao de termos e condies (term sheet) Auditoria (due diligence) 2-6 meses*

Venda da participao societria do fundo (venda da empresa, abertura de capital)

2-6 meses*Fonte: Anlise Instituto Inovao

5-10 anos*do fundo de investimento

(*) Nota: Tempos podem variar significativamente dependendo das caractersticas do fundo de investimento (*) Nota: Tempos podem variar significativamente dependendo das caractersticas

Fonte: Anlise Instituto Inovao

As empresas devem estar cientes que, normalmente, as despesas vinculadas preparao da rodada de investimento no so reembolsadas. Custos legais, de auditorias e outros costumam correr por conta de quem est pleiteando os recursos. Taxas sobre transaes tambm sero cobradas das empresas (por exemplo, as relacionada ao registro em rgos antitruste, quando necessrio). Entretanto, se a transao no se concretizar e os fornecedores de servios tiverem sido contratados pelos investidores, este custo geralmente fica a cargo destes. Durante a fase de avaliao, voc ter que fazer apresentaes de seu plano de negcio, participar de reunies e apresentar a equipe que vai executar o projeto com 14

voc. Lembre-se: crucial que algum da empresa comande o processo de captao de recursos. Em geral, um dos fundadores atuando como CEO ou um CFO tem que dedicar tempo significativo ao processo (em muitos casos, 100% de seu tempo disponvel). Provavelmente voc ter que repetir sua histria uma dzia de vezes. Seja sempre objetivo. Se voc no souber alguma coisa, no use de evasivas, simplesmente diga que no sabe. No tente exagerar em sua proposta. Munidos com o plano de negcio que voc forneceu e depois de alguma discusso, os investidores vo apresentar um documento informando os termos e as condies (term sheet) que exigem para dar prosseguimento ao processo. Normalmente estipulado um prazo no documento para que ambos os lados cheguem a um acordo sobre a verso final. O prazo pode ser renovado ou a negociao pode ser encerrada. s vezes pode ser solicitada exclusividade na negociao. Aps todos terem concordado com os termos e condies, inicia-se o processo de due diligence (espcie de auditoria contbil e legal). Voc pode aceler-lo significativamente se organizar os contratos mais relevantes e atualizar toda a documentao legal e fiscal. Muitas empresas criam um livro de due diligence com uma cpia da documentao exigida, que apresentam aos investidores quando solicitado, demonstrando profissionalismo.

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3. ONDE ENCONTRAR OS INVESTIDORESA lista abaixo traz alguns dos principais fundos de investimentos de capital de risco no estgio inicial de empresas (fonte: Guia Endeavor de Capital de Risco).

Instituio / Administrador do Fundo

Principais Investidores

Principais reas / Indstrias de Interesse Setores elencados pela Poltica Industrial: Software, Microeletrnica, Bens de Capital, Frmacos e Biotecnologia Alta Tecnologia, Pesquisa Pura, Cincia, Contedo

Invest. Mnimo (R$)

Invest. Mximo (R$)

Dados para contato

BNDES BNDESPAR

N/A

Limitado participao minoritria, nomximo 40%

[email protected] www.bndes.gov.br

Sergio Cabral & Angels BrainStormCapital / IDEAPartners

15 mil

600 mil

N/A Confrapar

Tecnologia da Informao

100 mil

3 milhes

Sergio Cabral ([email protected]. br) Ricardo Barone ([email protected] m.br) [email protected] Carlos Eduardo Guillaume Silva ([email protected] m.br) www.confrapar.com.br

BNDES

Multi-setorial N/A 1,5 milhes (primeira etapa) 2,5 milhes (segunda etapa) www.fundocriatec.com.br

Criatec

CRP Companhia de Participaes

BRDE, BNDESPAR, SEBRAE, BID, IFC, Celos, Previsc, Gerdau, PetroPar, ARBI, Ipiranga

Darby Technology Ventures

IBM, Comcast Interactive Capital, Bechtel Enterprises, CxNetworks, Franklin Templeton

Empresas de base tecnolgica: Software, Hardware, Biotecnologia, Qumica-fina, Mecnica de Preciso, e Novos Materiais TI, incluindo Comunicaes, Aplicaes e Servios de Software e Segurana

N/A

2,2 milhes

Andr Burger ([email protected]) Clovis Meurer ([email protected]) Dalton Schmitt Junior ([email protected]) www.crp.com.br Jonathan Whittle ([email protected]) www.darbyoverseas.com

3 milho

6 milhes

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BID/Fumin, ABN Amro Bank, Sistema Sebrae DGF Gesto de Fundos

Multi-setorial; preferncia para setores de TI, servios e com potencial de exportao

3 milhes

7 milhes

Sidney Chameh ([email protected]) Daniel Baldin ([email protected]) Frederico Greve ([email protected]) www.dgf.com.br [email protected]

Draxer Investimentos e Participaes

Pessoas Fsicas

Cisneros Group of Companies

Eccelera

FIR Capital Partners Ltda

BID, SEBRAE, Sumitomo Corporation, FIR Capital e Investidores Privados brasileiros Pessoas Fsicas

Multi-setorial; preferncia para setores de Mercado Imobilirio, Entretenimento e Bens de Consumo Empresas de alto potencial de crescimento: Empresas de software e telecom so de alto interesse, tambm outros segmentos nos quais o Grupo Cisneros participa de forma relevante. Ex. Bens de consumo, Varejo, Mdia e Entretenimento Tecnologia da Informao e Biotecnologia

150 mil

3 milho

www.draxer.com.br

[email protected] N/A N/A www.eccelera.com.br

N/A

3 milhes

Gvea Angels

Multi-setorial Tecnologia: Wireless/Wireline Data Communication & ISPs, e/ou Aplicaes de Software Empreededorismo e Educao

N/A

900 mil

Praa Carlos Chagas, 49/7 andar - Belo Horizonte/MG - 30170-020 www.fircapital.com Guilherme Emrich ([email protected]) www.firpartners.com Daniela Didier ([email protected]) www.gaveaangels.org.br Sergio Cabral ([email protected]. br) Laurent Gil ([email protected]) Sergio C ([email protected]) Bob Wollheim ([email protected]) ideia.com

IdeaCapital / Sergio Cabral Luiz Cezar Fernandes Pablo Brenner

Pessoas Fsicas

300 mil

6 milhes

Pessoas Fsicas Ideia.com

60 mil

150 mil

Intel Capital

Intel Corporation

Tecnologia, bioinformtica e computao

N/A

N/A

Carlos Kokron ([email protected])

Inovar Semente

FINEP e investidores privados

Multi-setorial

500 mil

1 milho

www.venturecapital.gov.br/vcn/ inovar_semente_PI.asp

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InVent Investidor Profissional Gesto de Recursos IRR Latin America

Fundo Ip.com Mtuo de Investimento em Empresas Emergentes N/A

Ferramentas de Varejo, Entretenimento e Comunicao atravs da Internet Setores com potencial de exportao e Servios em geral Biotecnologia, Agronegcios, Tecnologias Ambientais, Sade, Tecnologia da Informao e Novos Materiais Empresas desenvolvedoras de tecnologia de ponta na Amrica Latina

N/A

N/A

Rodrigo Lobo ([email protected]) www.invent.com.br

1,5 milhes

N/A

[email protected]

Jardim Botnico Partners (Fundo Novarum)

Investidores pessoas fsicas e um Investidor institucional

300 mil

600 mil

Fbio Camponez Salazar ([email protected]) www.jbpartners.com.br

LatinValley Inc.

Pessoas Fsicas

N/A

N/A

Mariana Ribeiro ([email protected]) www.latinvalley.com Alexandre Fernandes ([email protected]) Joo Paulo Baptista ([email protected]) Orlando Corra ([email protected]) www.mvpweb.com.br

MVP (Mercatto Venture Partners)

BNDES, IADB, SEBRAE, Rational Software e investidores privados.

TI e Telecom

500 mil

5 milhes

Mifactory

Ericsson Holding International B.V., Saab Supporter ETT A.B., Grupo Said

TI

900 mil

6 milhes

Christian Skibsted ([email protected]) Luis Gubler ([email protected]) [email protected] www.mifactory.com.br

Pactual Nordeste

Banco do Nordeste, BID, CAPEF, Pactual, BLP, BGN

Multi-setorial

1,8 milhes

3,5 milhes

Jose Luis Pano ([email protected]) Raphael da Fonte ([email protected]) tel.: 81 3463 0203 Allan James Paiotti ([email protected]) tel: 11 5641 4124 [email protected]

Phoenix Strategic Financial Advisors

N/A

Tecnologia

N/A

N/A

Semeia Brasil

N/A

Multi-setorial

N/A

40 milhes

tel: 11 3845 1585

Fonte: Endeavor de Capital de Risco 2004

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4. PARA SABER MAISUma boa maneira de buscar mais informaes sobre a indstria atravs de associaes de capital de risco (organizaes sem fins lucrativos que promovem o empreendedorismo) e web sites de investidores. Abaixo, alguns links teis: Portal Capital de Risco Brasil - Finep www.venturecapital.gov.br

Instituto Empreender Endeavor organizao sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo; www.endeavor.org.br

Associao Brasileira de Private Equity e Venture Capital - ABVCAP www.abvcap.com.br

National Venture Capital Association (EUA - em ingls) www.nvca.org

Garage.com o mais famoso portal de capital de risco nos EUA (em ingls) www.garage.com

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5. GLOSSRIOANLISE DE RISCO - Avaliao contnua e sistemtica dos riscos do negcio, que podem advir do desenvolvimento de novos projetos, da entrada de empresas nos novos mercados, da relao com clientes especficos. ANLISE FUNDAMENTAL - Processo de avaliao de uma empresa, mediante uma anlise detalhada dos fundamentos da empresa (resultados, volume de negcios) e das previses para o futuro. ANLISE SWOT - Reside na avaliao da posio competitiva de uma empresa com base em quatro variveis: pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaas. As duas primeiras variveis dizem respeito empresa, enquanto que as duas ltimas ao meio envolvente. ANGEL INVESTOR - Os Angel Investors so investidores no institucionais que em geral financiam os empreendedores que esto entre o estgio de concepo do negcio e a sua implementao, com aportes de at US$ 1 milho. Em troca do seu capital e dedicao ao empreendimento, os Angel Investors requerem uma participao societria na empresa em que esto investindo e podem vir a assumir uma posio no conselho de administrao, mas, na maioria das vezes, seu envolvimento, apesar de ativo, mais informal. O retorno sobre o investimento dos Angels Investors resultado do valorizao da empresa medida em que esta se desenvolve. ATIVOS TECNOLGICOS instrumentos. Patentes, licenas, mquinas, equipamentos e

BARREIRAS ENTRADA/SADA - Obstculos naturais ou artificiais (se criados por empresas concorrentes) para a entrada e sada de empresas de um determinado mercado. BUY-BACK (Direito de Recompra) - o direito que o acionista possui de recomprar as aes da empresa, emitidas em funo de sua capitalizao, a um preo no futuro que lhes garanta uma boa taxa de retorno. CADEIA DE VALOR - Modelo organizacional desenvolvido por Michel Porter que corresponde a um conjunto de atividades desenvolvidas pela empresa que vo desde a Pesquisa & Desenvolvimento de um produto at ao servio de ps-venda. Uma empresa deve avaliar a sua atividade e aferir qual a sua eficcia e eficincia dentro da cadeia de valor. Considera-se a existncia de cinco categorias genricas primrias numa organizao: logstica interna, operaes, logstica externa, marketing e vendas e servio ao cliente.

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CAPITAL SEMENTE / SEED MONEY - Recursos usados para o investimento inicial em um projeto ou empresa nascente, para validao do conceito, pesquisa de mercado ou desenvolvimento inicial do produto. CAPITAL SOCIAL - (a) Total de recursos prprios dos scios mobilizados para a constituio de uma empresa; (b) Conjunto de recursos humanos qualificados ou educados de uma populao regional; (c) Empresas e instituies que tornam possvel o desenvolvimento econmico; (d) Conjunto de caractersticas da organizao social (confiabilidade, valores, normas, sistemas, educao) que contribuem para aumentar a eficincia da sociedade, facilitando aes coordenadas. CORE BUSINESS - Identificao do negcio central de uma empresa. De acordo com grande parte dos gestores e economistas uma empresa deve centrar todos os seus esforos na sua atividade principal delegando a outras tudo o que seja secundrio ("outsourcing"). DEAL FLOW (Fluxo de Negcios) - um conjunto de oportunidades de investimento que um investidor recebe ao longo de um perodo. DISCLOSURE - Divulgao de informao por parte de uma empresa, possibilitando uma tomada de deciso consciente pelo investidor e aumentando sua proteo. DRAG-ALONG - direito que um acionista requerer, no momento da venda da sua participao, a venda conjunta da empresa. DUE DILIGENCE - Trata-se do processo de auditoria feito na empresa candidata a receber investimento de risco, em geral conduzido por auditores independentes contratados pelos investidores. EQUITY - Lucro obtido por investidores em virtude de propriedade de aes ordinrias e preferenciais de uma empresa. ESTUDO DE VIABILIDADE - Estimativa dos investimentos necessrios implantao de projetos e de custos operacionais. Faz-se atravs de anlises tcnico-econmicofinanceiras, da definio de localizao da empresa e do estabelecimento do esquema de captao de recursos humanos. FIRST STAGE - Financiamento a empresas que j utilizaram o seu capital inicial e necessitam de fundos para iniciar a atividade operacional. FOLLOW-ON - Um investimento subsequente feito por um investidor que j tinha investido na empresa - normalmente um investimento later stage em comparao com o primeiro investimento (first stage). HOTEL DE PROJETOS - Programa de apoio para a criao de empreendimentos inovadores que demandam tecnologia simples e baixos investimentos iniciais, com potencial de crescimento. Os empreendimentos aprovados recebem o apoio do Programa por um perodo de seis meses e, ao final desse tempo, so avaliados o 21

desempenho tcnico e o potencial mercadolgico para ingresso do empreendimento na incubadora de empresas. INDICADOR DE CAPACIDADE INOVATIVA - Conjunto de fatores qualitativos e quantitativos que determinam o potencial de inovao de uma empresa: porcentagem e perfil do pessoal qualificado, demanda de informao e de servios tcnicocientficos, atividades cooperativas, investimentos em treinamento, formao de pessoal, atividades de pesquisa e desenvolvimento. INVESTIDOR INSTITUCIONAL - Instituio que dispe de um grande volume de recursos para investimento e possui necessidade de garantir certa rentabilidade ou retorno atuarial, para renda patrimonial, reserva de risco ou pagamento de penses . IPO - Initial Public Offering (Oferta Pblica Inicial) - Consiste no lanamento das aes das empresas no mercado primrio de capitais (nos EUA, atravs da NASDAq) e a consequente capitalizao da empresa. JOINT-VENTURE - Forma de aliana entre empresas juridicamente independentes que objetiva a criao de novo negcio. normalmente estabelecida entre uma empresa com capital necessrio ao financiamento do projeto, e outra que domina as competncias tcnicas, os contatos comerciais ou ambos. LEAD INVESTOR (Lder do consrcio) - o investor, em geral um fundo ou um banco de investimentos, que coordena a formao e lidera um consrcio de investidores numa operao de inverso de capital. LIVING DEAD - Uma empresa em carteira que est a gerar alguns lucros mas que mostra poucos sinais de cativar as expectativas de grande crescimento por parte dos capitalistas de risco. LOVE MONEY - Capital inicial, geralmente originrio de poupana pessoal ou familiar, que um empreendedor utiliza para iniciar seu negcio sem contrair encargos financeiros MECANISMO DE SADA - a forma pela qual se d o desinvestimento, ou seja, quando o investidor vende suas aes e realiza o resultado do investimento na empresa. Em geral, se da atravs do mercado secundrio de aes ou da venda direta da participao a outros. atravs desse desinvestimento que o investidor obtm o retorno sobre o capital investido. OUTSOURCING - Terceirizao. Forma de transferir para outras empresas a realizao de tarefas e/ou servios, ou a fabricao de produtos de que uma empresa necessita. PRIVATE EQUITY (PE) - o termo relacionado ao tipo de capital empregado nos fundos de PE, que em sua maioria so constitudos em acordos contratuais privados entre investidores e gestores, no sendo oferecidos abertamente no mercado e sim atravs de colocao privada; alm disso, empresas tipicamente receptoras desse tipo de investimento ainda no esto no estgio de acesso ao mercado pblico de capitais, ou 22

seja, no so de capital aberto, tendo composio acionria normalmente em estrutura fechada. ROAD SHOWS - So apresentaes dos Planos de Negcio dos empreendedores para investidores nacionais ou internacionais com vistas a levantar os recursos necessrios para o financiamento de suas atividades ou o estabelecimento de alianas estratgicas. ROUNDS OF FINANCING - So as primeiras rodadas de investimentos feitas pelos empreendedores, onde so levantados os recursos necessrios para a expanso e desenvolvimento de seus negcios. Essas rodadas de investimentos so realizadas, em geral, para mais de um fundo de Venture Capital e desembolsadas medida em que o empreendedor atinge as metas pr-estabelecidas no plano de negcios (milestones). SEGUNDA RONDA DE FINANCIAMENTO (Second Round)- Uma segunda ou terceira rodada de financiamento necessria medida que o negcio cresce ou problemas imprevistos aparecem. O investidor original pode reduzir a sua percentagem de capital e trazer outros investidores para reduzir o risco. TAG-ALONG - obrigao contratual de cada acionista de que no vender a sua posio sem que, previamente, d aos demais acionistas a possibilidade de participar da venda (de maneira pro rata). VANTAGEM COMPETITIVA - Conjunto de fatores fundamentais que influem na diferenciao de produtos e processos num ambiente de concorrncia econmica. VENTURE FRUM - um grande painel onde os empreendedores apresentam seus planos de negcios e propostas de financiamentos para a comunidade empresarial e de investimentos.

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6. REFERNCIASMaurcio Lima e Miguel Perrotti Capital de Risco, 2007 Claudia Izique e Marcos de Oliveira Capital de risco e tecnologia: um casamento de interesses, publicado na revista Fapesp Leonardo de Lima Ribeiro O modelo Brasileiro de Venture Capital, 2005 Marianna DAmbrodio Create Success With A Business Plan!, 2005 Intel Capital Passos Importantes Antes de Procurar Investidores de Capital de Risco, 2004 Ricardo Titericz - Caracterizao dos fundos de investimentos de capital de risco brasileiro, 2003 Bob Zider How Venture Capital Works, 1998 Guia Endeavor de Fundos de Venture Capital e Private Equity no Brasil Portal Capital de Risco Brasil - Histrico, Glossrio

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