88
Manual do Docente O Contexto do Trabalho em Saúde no SUS Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL MÓDULO I Belo Horizonte, 2010 Unidade5_220210_Chrisinha.indd 1 22/2/2010 17:22:56

GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

Manual do Docente

O Contexto do Trabalho em Saúde no SUS

Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais

GUIA CURRICULAR

CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCALMÓDULO I

Belo Horizonte, 2010

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 1 22/2/2010 17:22:56

Page 2: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAISUnidade Sede

Av. Augusto de Lima, 2.061 - Barro Preto - BH - MG

CEP: 30190-002 - www.esp.mg.gov.br

Unidade Geraldo Campos Valadão

Rua Uberaba, 780 - Barro Preto - BH - MG

CEP: 30180-080

Tammy Angelina Mendonça Claret MonteiroDiretora Geral da Escola de Saúde Pública

do Estado de Minas Gerais

Thiago Augusto Campos HortaSuperintendente de Educação

Onofre Ricardo de Almeida MarquesSuperintendente de Pesquisa

Adilson Meireles PachecoSuperintendente de Planejamento, Gestão e Finanças

Fabiane Martins RochaAssessora de Comunicação Social

Audrey Silveira BatistaAssessor Jurídico

Nina de Melo DávelAuditora Geral

Michael Molinari AndradeCoordenadora de Educação Permanente -

SEDU/ESP-MG

Patrícia da Conceição ParreirasCoordenadora de Educação Técnica

Coordenadora do Núcleo de Gestão Pedagógica

– SEDU/ESP-MG

Tereza Cristina PeixotoCoordenadora da Pós-Graduação – SEDU/ESP-MG

Rosângela de Campos CordeiroReferência Técnica do Curso Técnico em

Saúde Bucal

Elaboração

Conceição Maria Rocha de MeloGeraldo Ernesto Fischer Heloisa Corrêa Moreira Bistene Juliana Fonseca de Oliveira Maria de Fátima Malveira Carneiro Patrícia da Conceição ParreirasPatrícia Rehfeld LeitePriscila Rondas Ramos Cordeiro Torres Fontes

Colaboração

Bruno Lopes CarvalhoCarla Adriani OliveiraCarlos Haroldo PiancastelliClarice Castilho FigueiredoCláudia Tavares do AmaralCynthia Consuelo da Silva Denise ArmondDulcinéia Pereira da CostaHeloisa Corrêa Moreira Bistene Isabela Sousa CoutinhoJacqueline Silva Santos Juliana Cordeiro Soares Branco Juliana de Almeida FortunatoLucimar Ladeia ColenPoliana Estevam NazarTereza Cristina PeixotoThiago Augusto Campos HortaVanessa Moreira de Almeida Homem

Revisão Pedagógica

Núcleo de Gestão Pedagógica – SEDU/ESP-MG

Fabiane Martins RochaEditora Responsável

Produção Gráfica: Autêntica Editora

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAISRua Sapucaí, 429 – CEP: 30150-050

Belo Horizonte-MG

www.saude.mg.gov.br

Antônio Jorge de Souza MarquesSecretário de Estado de Saúde de Minas Gerais

Wagner Eduardo FerreiraSecretário Adjunto de Estado de Saúde de Minas Gerais

Helidéa de Oliveira Lima Subsecretária de Políticas e Ações de Saúde

Marco Antônio Bragança de Matos Superintendente de Atenção à Saúde

Wagner Fulgêncio Elias Gerente de Atenção Primária à Saúde

Daniele Lopes Leal Coordenadora de Saúde Bucal

Jorge Luiz VieiraSubsecretário de Inovação e Logística em Saúde

Juliana Barbosa e OliveiraSuperintendente de Gestão de Pessoas e Educação em Saúde

Aline Branco MacedoGerente de Educação Permanente

Eustáquio da Abadia AmaralSuperintendente de Planejamento e Finanças

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE GESTÃO DO TRA-BALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDEEsplanada dos Ministérios. Edifício Sede, Bloco G, Ed. Sede,

Sala 751 - Zona Cívico-Administrativa – Brasília-DF

CEP: 70058-900

E-mail: [email protected]

José Gomes TemporãoMinistro da Saúde

Francisco Eduardo de CamposSecretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

Ana Estela HaddadDiretora do Departamento de Gestão e da Educação na Saúde

Clarice Aparecida FerrazCoordenadora Geral de Ações Técnicas em Educação na Saúde

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

88

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 2 22/2/2010 17:22:57

Page 3: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

SUMáRIOSUMáRIO

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

MÓDULO I

O Contexto do trabalho em saúde no sUs

Unidade 5 - O Processo de trabalho em saúde...........................................................................................7

Atividades de Concentração:Atividade I – Dinâmica: Aquecimento e Motivação.....................................................................................9Atividade II – Renovação do Contrato de Convivência..................................................................................9Atividade III – Apresentação das Atividades de Dispersão........................................................................10Atividade IV – Dinâmica: Feedback.............................................................................................................10Atividade V – Comunicação Efetiva............................................................................................................11Atividade VI – Dinâmica: Continue a Minha Ideia.......................................................................................13Atividade VII – Comunicação Humana.........................................................................................................13Atividade VIII – Dinâmica: Qualidades e Defeitos.........................................................................................20Atividade IX – O Que é trabalho.................................................................................................................20Atividade X – Cacoetes...............................................................................................................................23Atividade XI – Organização do Processo de trabalho em saúde..............................................................23Atividade XII – Atenção Programada..........................................................................................................31Atividade XIII – Integração e trabalho em Equipe.......................................................................................34 Atividade XIV– trabalho em Equipe – Construção de Conceito......................................................................35Atividade XV – Dinâmica: A Fogueira..........................................................................................................36Atividade XVI – trabalho em Equipe...........................................................................................................37Atividade XVII – Posturas Profissionais........................................................................................................39Atividade XVIII – Dinâmica: Desafios..........................................................................................................40Atividade XIX – Estudo de Caso.................................................................................................................41Atividade XX – Humanização nas Relações.............................................................................................42Atividade XXI – Humanização em saúde..................................................................................................43Atividade XXII – Relaxamento.....................................................................................................................45Atividade XXIII – Dramatização....................................................................................................................46Atividade XXIV – O Acolhimento..................................................................................................................47Atividade XXV – Estudo de Caso..................................................................................................................49Atividade XXVI – Ética e Moral – Construção de Conceito............................................................................50Atividade XXVII – Reflexão sobre Ética.........................................................................................................52Atividade XXVIII – Cantando a Cultura Brasileira..........................................................................................55Atividade XXIX – Cultura Popular e Práticas de saúde...........................................................................56Atividade XXX – Aprender Fazendo...........................................................................................................60Atividade XXXI – Educação Popular em saúde...........................................................................................63Atividade XXXII – Reflexão com Fábula.......................................................................................................65Atividade XXXIII – Fazendo Educação em saúde........................................................................................66Atividade XXXIV – Plano de Contingência da Dengue em Minas Gerais.....................................................67Atividade XXXV – Encontros Grupais.........................................................................................................70Atividade XXXVI – Lembranças...................................................................................................................72Atividade XXXVII – Educação e Promoção da saúde.....................................................................................73Atividade XXXVIII – Auxiliares em Odontologia um Pouco da História.........................................................74Atividade XXXIX – Avaliação da Concentração...........................................................................................79Atividade XL – Orientações para as Atividades de Dispersão......................................................................80Atividade XLI – Despedida Final....................................................................................................................80

Atividades de Dispersão:Atividade I – Comunicação..........................................................................................................................82Atividade II – Atuação dos Profissionais no serviço de saúde.....................................................................82Atividade III – O Ato de Acolher...................................................................................................................83Atividade IV – Fluxograma do Processo de trabalho da Minha Unidade de saúde....................................83Atividade V – Relação Educativa em saúde.................................................................................................84Para saber mais...........................................................................................................................................85

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 3 22/2/2010 17:22:57

Page 4: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 4 22/2/2010 17:22:57

Page 5: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

MóDULO IO contexto do Trabalho em Saúde no SUS

Unidade 5

O PrOcessO de TrabalhO em saúde

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 5 22/2/2010 17:22:57

Page 6: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 6 22/2/2010 17:22:57

Page 7: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

7

Unidade 5O Processo de Trabalho em Saúde

OBjETIvOS• Desenvolver a interação entre pessoas, contribuindo para relações interpessoais satisfatórias (ética,

emoção, condutas profissionais).

• Compreender a importância da comunicação para o trabalho eficaz com a comunidade.

• Compreender os elementos do processo de trabalho em saúde.

• Conhecer a organização do processo de trabalho.

• Identificar o trabalho em equipe como elemento facilitador para o desenvolvimento das atividades.

• Compreender a Política Nacional de Humanização em saúde no âmbito do sUs.

• Compreender o acolhimento como uma responsabilidade de todos os trabalhadores dos serviços de saúde.

• Compreender a Educação em saúde como um mecanismo para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

• Utilizar as técnicas, meios e métodos de educação em saúde no seu processo de trabalho.

ATIvIDADES PEDAGÓGICAS

será apresentada a seguir a programação das atividades pedagógicas referentes às atividades teórico-práticas realizadas em sala de aula (momento de concentração) e no ambiente de trabalho (momento de dispersão) correspondente a Unidade de Estudo 5 do Módulo I.

Este guia contém descrição detalhada de todas as atividades incluindo as dinâmicas de ativação, relaxamento e reflexão, bem como os textos de estudo para os alunos e referências bibliográficas de apoio ao docente. Além disso, estão contidos também os testes de conhecimento e mecanismos de avaliações.

É importante que o docente se aproprie do conteúdo e metodologia do curso fazendo um estudo cui-dadoso, buscando aperfeiçoar sua didática para conduzir com sucesso todas as atividades pedagógicas propostas.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 7 22/2/2010 17:22:57

Page 8: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 8 22/2/2010 17:22:57

Page 9: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

9

Curso técnico em saúde Bucal

Objetivo

• Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo.

Material

• Nenhum.

Desenvolvimento

• Receber os alunos;

• Refletir sobre o sentimento que cada um traz no retorno para a sala de aula;

• Fazer um breve comentário sobre o conteúdo que será abordado nesta unidade de estudo, para aque-cimento e motivação da turma.

Fechamento

• Convidar a turma para dar início às atividades da unidade de estudo.

Objetivo

• Renovar o contrato de convivência estabelecido pelo grupo na concentração da Unidade 1 para viabilizar o bom desempenho das atividades.

Material

• Painel com o contrato celebrado na concentração da Unidade 1.

Desenvolvimento

• Apresentar para o grupo o painel com o contrato feito na concentração da Unidade 1 e pedir para os alunos avaliarem a partir das perguntas: 1. O que foi cumprido totalmente? Isso contribuiu para o bom desempenho dos trabalhos? Deve

permanecer no contrato? 2. O que foi cumprido parcialmente? 3. O que não foi cumprido? trouxe consequências para o grupo? Quais?4. Algum item deve permanecer no contrato do jeito que está ou deve ser modificado?

ATIvIDADE I – DINÂMICA: AqUECIMENTO E MOTIvAçãO

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIvIDADE II – RENOvAçãO DO CONTRATO DE CONvIvÊNCIA

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 9 22/2/2010 17:22:58

Page 10: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

10

Curso técnico em saúde Bucal

5. É necessário incluir modificações no contrato?

Fechamento

• sistematizar com o grupo as reflexões, perguntando se deve renovar este contrato, lembrando que pode-se incluir modificações sugeridas pelo grupo, sempre com o objetivo de garantir o bom desempenho dos trabalhos;

• Reescrever o contrato, se necessário. Ressaltar que qualquer aluno pode, ao longo das atividades, re-lembrar aos demais o cumprimento do contrato.

Objetivo

• Apresentar as atividades de dispersão da Unidade de Estudo 4.

Material

• Atividades de dispersão da Unidade de Estudo 4.

Desenvolvimento

• Convidar os alunos para apresentação das atividades realizadas na dispersão da Unidade de Estudo 4:

1) Construção do mapa da área;

2) Diagnóstico da área de abrangência;

3) Consolidado do diagnóstico.

Fechamento

• sistematizar as apresentações.

Objetivos

• Oportunizar a percepção que cada um tem de si mesmo, a partir do olhar do outro (feedback entre os colegas);

• Esclarecer sobre o objetivo do feedback e a melhor maneira de realizá-lo;

• Esclarecer para o grupo que um bom relacionamento entre as pessoas é um dos facilitadores para o sucesso do trabalho.

ATIvIDADE III – APRESENTAçãO DAS ATIvIDADES DE DISPERSãO

Tempo estimado: 2 horas

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIvIDADE Iv – DINÂMICA: FEEDBACk

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 10 22/2/2010 17:22:59

Page 11: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

11

Curso técnico em saúde Bucal

Material

• Papel A4, pincel atômico e fita crepe;

• sugestão: utilizar aparelho de som e cd com uma música animada e conhecida.

Desenvolvimento

• Pedir aos alunos para colarem uma folha de papel A4 nas costas um do outro;

• Utilizar aparelho de som e cd com uma música animada ou cantar para animar o grupo;

• Pedir aos alunos que se levantem, caminhem pela sala e que escrevam na folha colada nas costas do colega uma qualidade percebida a respeito do mesmo;

• solicitar que voltem aos lugares e retirem a folha de suas costas;

• Pedir que cada um leia a sua folha e, caso queira, faça algum comentário;

• Prosseguir a dinâmica, solicitando que cada aluno, escreva e justifique sobre a melhor maneira de co-municar a alguém nossa opinião sobre um determinado comportamento ou tarefa que não nos pareceu adequado;

• Em plenária coordenar um diálogo a partir da apresentação da resposta e justificativa de um aluno/voluntário;

• Motivar a conversação acrescentando o questionamento: por quê as pessoas têm resistência em dar e receber feedback?

Fechamento

• Concluir, enfatizando a importância de dar e receber feedback, como ferramenta para repensar atitudes, valores, esclarecendo sobre o objetivo do feedback e a melhor maneira de realizá-lo;

• Destacar que o saber ouvir vai além do processo físico da audição (escutar), envolvendo aspectos emo-cionais e cognitivo.

Objetivo

• Identificar os elementos que dificultam o entendimento nos diálogos.

Material

• Pincel atômico e papel kraft.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em 3 grupos;

• solicitar para cada grupo fazer a leitura de um caso;

• Orientar o desenvolvimento da atividade:

1. Cada grupo irá identificar os fatores dificultadores na comunicação do seu caso;

ATIvIDADE v – COMUNICAçãO EFETIvA

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 11 22/2/2010 17:22:59

Page 12: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

12

Curso técnico em saúde Bucal

2. Responder as questões pertinentes ao caso de responsabilidade de seu grupo para apresentação em plenária;

3. Após apresentações, solicitar aos alunos que façam suas considerações sobre os 3 casos para siste-

matização das discussões.

Fechamento• Concluir trabalhando com a expressão “diálogo de surdos”, que é utilizada para caracterizar situações

onde existam dificuldade de entendimento nos diálogos;

• sistematizar com a identificação dos motivos que dificultam o entendimento nos diálogos: falta de clareza na exposição da mensagem, uso indevido das palavras, percepções diferentes sobre um mesmo assunto, etc;

• Lembrar que para uma comunicação efetiva devem-se considerar aspectos como: mapa mental (imagens internas), uso da linguagem adequada ao receptor, meios adequados de transmitir a mensagem, assim como, a identificação dos recursos utilizados na comunicação verbal (palavra, tom de voz) e não verbal (postura corporal);

• Ressaltar a importância de se evitar distorções na comunicação: seja na família, no trabalho, nas relações sociais.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

CASO 1

Em uma Unidade de saúde do sUs, sr. João recebeu o pedido de um exame complementar e junto o en-dereço do laboratório.

Depois de perguntar para vários vizinhos como chegar ao endereço, acreditou estar devidamente informado.

Mas, para a tristeza do sr. João foi necessária uma manhã inteira para localizar o endereço, e assim, acabou não fazendo os exames.

- Como as orientações deveriam acontecer para facilitar a vida do Sr. joão?

• Estimular a identificação dos pontos que permitiriam ao sr. João se localizar melhor (qualidade e quan-tidade de informações).

CASO 2

Durante uma consulta médica, Dona Joana recebeu a seguinte orientação sobre a medicação que deveria usar: “o pó do frasco deveria ser diluído, e a dose administrada a cada 8 horas seria de 5 ml”.

Ao sair do consultório, Dona Joana comentou com uma amiga que não tinha entendido nada da receita, a não ser que: “o tal pó era para ser tomado às 8:00 horas da manhã e da noite”.

-quais os problemas identificados na orientação recebida por Dona joana?

• Quando ocorrem distorções nas informações, que consequências podem acarretar para o usuário?

CASO 3Durante uma reunião de trabalho na Unidade de saúde que atende a comunidade da EsF Vale do sol foram repassadas algumas informações com o objetivo de melhorar o processo de trabalho interno. Após a reu-nião, alguns servidores comentavam que, pelas “caras e bocas” observadas, seria difícil atingir o proposto.

- quais os recursos que utilizamos para comunicar nossa aprovação ou desaprovação no processo de comunicação?

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 12 22/2/2010 17:23:00

Page 13: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

13

Curso técnico em saúde Bucal

• Refletir sobre maneiras de comunicar a alguém nossa opinião sobre um determinado comportamento ou tarefa que não nos pareceu adequada.

Objetivo

• Promover a interação, criatividade, comunicação, flexibilidade e trabalho em equipe para a busca de soluções conjuntas.

Material

• Bolinha de papel ou de qualquer outro material (ping-pong, borracha, etc.).

Desenvolvimento

• Dividir a turma em grupos de no mínimo sete pessoas;

• Orientar a atividade, onde cada grupo terá 10 minutos para verbalmente desenvolver uma história;

• Detalhar a história da melhor forma possível: usar a imaginação;

• Informar que o tema da história será definido pelos componentes do grupo;

• sortear um participante do grupo, para iniciar a dissertação e após um minuto da história jogar a bo-linha para um colega. Este deverá continuar a dissertação procurando manter a lógica e o sentido da história inicial. Após um minuto jogará a bolinha para outro colega, e, assim sucessivamente até chegar novamente à pessoa que iniciou a história, a qual deverá fazer o desfecho.

Fechamento

• Em plenária avaliar com os alunos como foi a flexibilidade para aceitação ou não nas mudanças do curso da história, a capacidade para continuidade do raciocínio e se as histórias foram fieis ao tema escolhido pelo grupo;

Objetivo

• Compreender a importância da comunicação nas relações interpessoais.

Material

• texto: “Comunicação Humana” - Maria Judite da silva Rios.

ATIvIDADE vI – DINÂMICA: CONTINUE A MINHA IDEIA

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIvIDADE vII – COMUNICAçãO HUMANA

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 13 22/2/2010 17:23:00

Page 14: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

14

Curso técnico em saúde Bucal

Desenvolvimento

• Dividir a turma em 5 grupos;

• Responsabilizar cada grupo pela leitura, discussão e registro de uma parte do texto:

1. O processo da Comunicação Humana;

2. Elementos básicos do processo de comunicação;

3. Obstáculos à Comunicação Humana;

Obstáculos devido à linguagem;

Confusão entre fatos e opiniões;

Confusão entre inferências e observações;

4. Prontidão para ouvir/Maneiras de Ouvir/Ao ouvir alguém;

5. A importância do feedback nas relações interpessoais;

• Cada grupo deverá apresentar em plenária as discussões realizadas no seu grupo com relatos dos pontos chaves do texto;

• sugerir aos alunos que continuem a elaboração do glossário iniciado na Unidade de Estudo 1, a partir das palavras cujo significado seja desconhecido . Para tanto, o docente deve ter sempre em mãos um dicionário e promover as orientações necessárias.

Fechamento

• sistematizar o tema destacando os pontos importantes da discussão, bem como, inserir os pontos que não foram abordados, promovendo um diálogo com os alunos possibilitando questionamentos, trocas de informações e reflexões de sua realidade.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

COMUNICAçãO HUMANA1

Maria judite da Silva Rios

O ditado popular: “Quem cala, consente” pode ser substituído por outro, mais exato: “Quem cala, comunica-se”. No fascinante mundo da comunicação humana, a própria ausência de comunicação é comunicação.

A palavra “comunicar” vem do latim communicare com a significação de “pôr em comum”. Um fator de-cisivo na comunicação humana é a compreensão que ela exige para que se possam colocar em “comum” ideias, imagens e experiências.

A comunicação humana é o intercâmbio compreensivo de significações, através de símbolos. Por que símbolos e não palavras? Por que a comunicação humana transcende o mundo das palavras e penetra no universo da linguagem, portanto o que “põe em comum” na comunicação humana é a linguagem.

O processo da Comunicação Humana

A comunicação é uma resposta a um estímulo interno ou externo, não se diferenciando do processo do comportamento. Essa resposta a um estímulo, forma na mente uma ideia ou uma imagem, com o seu sím-

1 Retirado de: MINAs GERAIs. Escola de saúde Pública. Guia Curricular do Curso de Formação Técnica em Saúde (tHD). Belo Ho-rizonte, 2004.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 14 22/2/2010 17:23:01

Page 15: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

15

Curso técnico em saúde Bucal

bolo representativo, que conhecemos por experiência anterior. É o sentimento resultante dessa experiência que, ao ser expresso, completa o processo de comunicação.

Quando nos comunicamos com outras pessoas, percebemos sua reação e reagimos de acordo com nossos senti-mentos e pensamentos. Nosso comportamento é gerado pelas reações internas àquilo que vemos e ouvimos.

Quando não estamos nos comunicando com o mundo externo, estamos praticando o diálogo interno. Através deste último, analisamos situações, criamos sensações, planejamos ações, julgamos comportamentos.

A comunicação com o mundo externo nos permite influenciar o ambiente, transmitir nossas ideias, con-firmar nossas crenças, reformular nossas opiniões, compartilhar sentimentos, perceber nossas falhas e praticar a aprendizagem.

Nos comunicamos por meio de palavras, do tom de nossa voz e do nosso corpo: postura, gestos e expres-sões. Como saber, se a mensagem que você está passando é a mensagem que o outro está recebendo? talvez você já tenha ficado surpreso com o significado que alguém deu a um comentário que para você era neutro. Como ter certeza, de que o significado que o outro percebe é o mesmo que queremos passar?

A comunicação envolve muito mais do que palavras. As palavras são apenas uma pequena parte da nossa capacidade de expressão, como seres humanos. Estudos demostraram que, uma apresentação diante de um grupo, 55% do impacto é determinado pela linguagem corporal – postura, gestos e contato visual –, 38% pelo tom de voz e apenas 7% pelo conteúdo da apresentação.

As porcentagens podem variar dependendo da situação, mas sem dúvida alguma a linguagem corporal e o tom de voz fazem uma imensa diferença no impacto e no significado do que dizemos. Não é o que dizemos, mas como dizemos, que faz a diferença. todos nós expressamos muitos significados na conversação do dia-a-dia, e provavelmente temos dezenas de maneiras diferentes de dizer “não”. Entretanto, não pensa-mos conscientemente sobre isto.

Portanto, não há garantia de que a outra pessoa compreenda o significado daquilo que estamos tentando comunicar. A solução está no objetivo final, na acuidade e na flexibilidade. Primeiro, temos um objetivo para a comunicação. Depois, observamos as reações que estamos obtendo e modificamos o que estamos fazendo até obter a reação desejada.

Para conseguir uma comunicação eficiente parta do princípio de que: o significado da comunicação é a reação obtida.

A comunicação é circular: o que fazemos influencia outras pessoas, e, o que elas fazem nos influencia. E é impossível que isto não aconteça. Cada um pode se responsabilizar pela parte que lhe toca neste círculo. Como estamos sempre influenciando outras pessoas, nossa única opção é termos ou não cons ciência dos efeitos que provocamos nos outros.

Elementos básicos do processo de comunicação

No processo de comunicação intervêm, necessariamente, quatro elementos:1) o transmissor

2) o receptor

3) a mensagem

4) o meio

Faltando qualquer desses elementos, não se completa o processo de comunicação humana. É impossível conceber-se a comunicação de transmissor a receptor, sem mensagem, de transmissor e mensagem sem receptor, ou de mensagem sem transmissor e receptor.

todo comportamento de comunicação objetiva uma reação por parte do receptor. Isto quer dizer que, ao emitirmos uma mensagem, seja verbal ou não, temos um objetivo dirigido ao nosso receptor que é o alvo da nossa mensagem.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 15 22/2/2010 17:23:01

Page 16: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

16

Curso técnico em saúde Bucal

toda mensagem, no processo de comunicação precisa ser significativa, deve dizer qualquer coisa em comum para o transmissor e para o receptor, portanto sua efetividade repousa na acuidade com que a mensagem é interpretada.

A interpretação é, assim, a chave da comunicação. Dela é que vai depender a significação comum, para que haja entendimento. Por isso, a boa mensagem é a que facilita a interpretação.

O que comunicar depende, para a significação, de palavras bem escolhidas, organizadas em palavras e frases que devem traduzir com clareza, o sentido do que se procura transmitir. Com quem falo condiciona minha maneira de expressar. É o receptor, portanto, que condiciona a forma da comunicação. Para ser compreendido, devo falar a mesma língua do receptor, ater-me a seu vocabulário e preferir as expressões que lhe são familiares.

O meio pode facilitar ou dificultar a interpretação da mensagem. O critério de escolha pertence ao trans-missor. É a ele que compete selecionar o meio apropriado, e a seleção se faz com o objetivo de facilitar a comunicação.

Obstáculos à Comunicação Humana

A tradução de sons em palavras é fenômeno estritamente individual, como estritamente individuais são todas as demais fases do processo de comunicação. A organização de palavras em frases, a escolha do meio, a intenção, o significado, a finalidade, a transmissão e a recepção da resposta de volta ao estímulo por nós transmitido, a significação que lhe atribuímos, a compreensão a que chegamos, tudo se passa na esfera da nossa individualidade e pode sofrer variações de pessoa para pessoa. O que uma palavra significa para mim, pode não significar para outras pessoas.

Portanto, toda precariedade da comunicação reside em dois obstáculos fundamentais: a individualidade e a linguagem.

Obstáculos devido à linguagem

– Confusão entre fatos e opiniões

O que é um fato e o que é opinião?

Fato é acontecimento; é coisa ou ação feita. Opinião é modo de ver, é conjetura, é conforme Platão, “qual-quer tópico de controvérsia”.

O menino caiu da bicicleta. É um fato. Aconteceu. Vimos. Ele caiu diante de nossos olhos.

O menino não estava acostumado a andar de bicicleta e por isso caiu. É uma opinião. Conjeturamos.

As opiniões podem ser muitas:

• caiu porque, não estava acostumado a andar,

• caiu porque, ficou com medo de um automóvel que vinha em sentido contrário,

• caiu porque, sentiu-se mal, etc.

Dizer que contra fatos não há argumentos, não corresponde bem à realidade. Podemos no agarrar de tal maneira, às nossas opiniões, que para nós, elas acabam se transformando em fato; deixamos de distinguir entre as nossas ideias, as que traduzem fatos, e as que significam opiniões.

Um fato pode ser considerado uma opinião. Uma opinião pode transformar-se em fato. Existe algo mais perigoso na comunicação do que nos convencermos de que as nossas suposições aconteceram, ou que os acontecimentos não passam de suposições?

Fatos não se discutem. Opiniões são tópicos de controvérsia. A comunicação humana exige a sabedoria de distinguir uma coisa da outra.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 16 22/2/2010 17:23:01

Page 17: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

17

Curso técnico em saúde Bucal

– Confusão entre inferências e observações

Inferir é deduzir pelo raciocínio. Observar é olhar atentamente. À primeira vista, parece impossível confundir-se coisas tão diferentes. todavia, confusão entre inferência e observação é dos mais comuns obstáculos à efetividade da comunicação humana.

As afirmações devidas às inferências e observações são extremamente difíceis de serem distinguidas, porque a estrutura da linguagem não oferece qualquer indicação de diferença.

Não existem diferenças gramaticais, sintáticas, ortográficas ou de pronúncia entre elas. Até mesmo os tons e as inflexões da voz transmitem idêntico grau de certeza ao traduzirem uma observação e uma inferência. E, entretanto, o que vimos com os nossos próprios olhos e o que deduzimos por força do raciocínio, são coisas diferentes.

Ao ver o carro de um amigo diante da casa inferimos que ele está em nossa casa, e pode acontecer que realmente ali se encontre. Ao ver um amigo entrar em nossa casa, o grau de probabilidade de que ele ali esteja é incomparavelmente maior. Esse grau de probabilidade é uma das formas de distinguir inferência de observação. Em geral, as inferências são menos prováveis do que as observações.

Vemos um casal de braços dados. Como os dois usam anel na mão esquerda, inferimos que ali estão marido e mulher. As inferências nos oferecem certezas relativas; as observações nos oferecem certezas absolutas.

Nossas dificuldades na comunicação começam quando tratamos as nossas inferências como observações e vice-versa. É sempre o grau de certeza que nos pode ajudar a distinguir uma coisa da outra.

Prontidão para ouvir

O ouvir é algo muito mais complicado do que o processo físico da audição ou de escutar. A audição se dá através do ouvido, enquanto que o ouvir implica um processo intelectual e emocional que integra dados físicos, emocionais e intelectuais na busca de significados e de compreensão. O ouvir eficaz ocorre quando, o emissor é capaz de discernir e compreender o significado da mensagem do emissor. sem atenção, não há comunicação e é a atenção que garante o primeiro passo para o entendimento.

O bom ouvinte é raro, porque para ouvir é necessário admitir que, o que o outro tem a falar é mais impor-tante do que temos para dizer. Acreditamos que só ouvir, dá aos outros uma impressão desfavorável da nossa inteligência. Por isso, falamos mesmo quando não temos nada para dizer.

Em qualquer diálogo, alternam-se as posições do locutor e do ouvinte. Cada locutor tem sempre de ajustar sua mensagem à resposta do receptor. Precisamos ouvir para compreender. Nossa resposta dependerá da compreensão do que ouvimos. Para compreender, precisamos ouvir.

Ouvir é difícil. Devemos esquecer a nossa importante personalidade para dedicar atenção à personalidade alheia. E mais, devemos fazer isso de corpo e alma. Ouvir é bem mais do que simples processo, é uma atitude voluntária e consciente.

Maneiras de Ouvir

somos às vezes, melhores ouvintes em algumas situações do que em outras, porque o interesse governa nosso comportamento. Ouvimos melhor quando temos nossa atenção estimulada. Esse estímulo variará de acordo com os nossos interesses. Ouvimos melhor sempre que precisamos compreender um assunto de nosso interesse; quando nossa curiosidade for despertada; quando alguém se referir a qualquer assun-to que nos afete diretamente. será sempre a atitude mental, a nossa predisposição que irá dar maior ou menor eficiência à audição. A predisposição ao ato de ouvir depende de fatores físicos (temperatura, ruído, iluminação, ambiente, etc.) e fatores mentais (indiferença, impaciência, preocupação, etc.)

• A indiferença

A indiferença é incompatível com qualquer forma de aprendizado; é incompatível com a audição. O ou-

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 17 22/2/2010 17:23:01

Page 18: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

18

Curso técnico em saúde Bucal

vinte desinteressado não ouve, e não ouve porque não está interessado. Um dos problemas da audição é despertar a atenção, estimulando o interesse individual.

Para estimular o interesse humano é preciso motivá-lo. todo comportamento humano tem um motivo. Estes motivos agem sobre o indivíduo, levando-o a satisfazer suas necessidades, tal como as vê. Ninguém é motivado pelo que os outros julgam que deveria ser, mas pelos motivos que o próprio indivíduo possui, acredita e quer satisfazer. Os homens têm necessidade de serem ouvidos. Nada pesa mais ao amor próprio do que a indiferença com que nos ouvem. Ouvir paga dividendos em receptividade, estima e prestígio. Quando se consegue deixar de lado a indiferença, descobrimos que as pessoas são interessantes e têm idéias e informações dignas de serem compartilhadas.

• A impaciência

O ato de ouvir exige, de quem ouve, associar-se a quem fala e vice-versa. É indispensável estabelecer uma sociedade entre locutor e ouvinte. O ato de ouvir exige reflexão e concentração.

A impaciência interfere no ato de ouvir, como qualquer outra emoção. Muitas vezes, nossa impaciência é gerada por que temos outro compromisso e já estamos atrasados, porque não estamos de acordo com o que a pessoa está falando, porque acreditamos já saber aonde o locutor quer chegar, porque o locutor fala mal, porque nos sentimos cansados e desejaríamos estar longe de onde estamos, etc. seja qual for o motivo da impaciência, nossa audição é afetada. Ouvir depende da concentração.

• A preocupação

A palavra preocupação significa ocupação antecipada. Preocupar é prender a atenção. Com a atenção presa a uma ocupação antecipada, não será possível ouvir. A audição é uma ocupação interna e exige atenção.

Ao ouvir alguém

• Coloque-se em frente do interlocutor e olhe para ele, enquanto você o ouve. Isso facilita a comunicação;

• Ouça sem interromper, mesmo quando esteja em desacordo. Dê ao outro, a oportunidade de expressar-se até o fim;

• Enquanto ouve, não faça outra coisa. Evite distrair-se com sons ou acontecimentos do ambiente. Concen-tre-se totalmente ao ouvir a pessoa. todos estão ávidos de atenção. Quem não gosta de ser ouvido?

• Manifeste desejo de conhecer como pensam os outros. todos gostam de ser objeto de interesse;

• Não prepare resposta, enquanto o outro fala. se você assim faz, não compreenderá ou apreenderá, em parte, o que o outro tem a dizer e, consequentemente, sua resposta poderá não ser adequada ao que o outro disse. Daí, surgem os desentendimentos, discussões inúteis, os diálogos de surdos;

• Antes de dar a sua opinião ou falar alguma coisa, certifique-se de que compreendeu, repetindo o que ouviu. Faça isso principalmente quando o seu modo de pensar difere do de seu interlocutor pois, talvez, esse seja o momento mais difícil de se escutar o outro, com atenção;

• Ouça para compreender e não para responder. Não julgue pelo modo de se vestir, de falar, pela expres-são, “pelo jeitão” ou, se o que a pessoa tem a falar vale apenas ou, não ser ouvido. O que a pessoa fala é muito importante para ela: ultrapasse a “casca”.

• Não antecipe o que o outro vai dizer, mesmo que, você tenha a certeza do fim. A pessoa sente-se des-respeitada, desvalorizada, podendo agredir e, adeus comunicação eficiente;

• tome cuidado para que, as suas preocupações e preconceitos não se integrem à mensagem e criem em você, o hábito da distorção;

• Procure não se deixar levar pelas emoções, selecionando, isto é, ouvindo só o que lhe convém ou adap-tando o que ouve às próprias conveniências;

• Não se desligue, mesmo que suas convicções estejam abaladas. A opinião do outro pode abrir-lhe novas perspectivas. O espírito aberto enriquece-se mais. “O pior surdo é aquele que não quer ouvir”;

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 18 22/2/2010 17:23:01

Page 19: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

19

Curso técnico em saúde Bucal

• tente descobrir os fatos que o levam a selecionar o que ouve e a desligar-se: preconceito, tabus, inveja, insegurança, sentimento de inferioridade ou de superioridade, etc;

• Quando ouvir, distinga fatos de opiniões e impressões. Muitos desentendimentos surgem porque con-fundimos fatos, acontecimentos, com impressões, opiniões ou inferências;

• Abra seu espírito para ouvir tudo o que o outro diz. Evite registrar apenas os pontos discutíveis ou falhos.

A importância do feedback nas relações interpessoais

O conceito de feedback, herdado da teoria de sistemas significa, na tradução literal, retroalimentação, isto é, processar informações e transmiti-las ao sistema para a continuidade do seu funcionamento.

Para a maioria das pessoas, a interpretação mais comum de que dar feedback consiste em dizer diretamente à pessoa o que eu penso dela, a minha opinião sobre a sua forma de ser, características, talentos, desempenho, etc. Assim procedendo, estamos considerando as nossas opiniões como a verdade a respeito dos outros, e a opinião dos outros como a verdade a nosso respeito, ainda que este último seja mais difícil de admitir.

Retomando o conceito sistêmico, dar feedback é a oportunidade que eu tenho de transmitir a minha percepção a seu respeito (não a verdade sobre você), alimentando a nossa relação pessoal e profissional, para que ela seja mais satisfatória para nós dois. Portanto, requer que eu confie, respeite a sua capacidade crítica e reconheça a minha total responsabilidade pelo resultado final.

Por outro lado, receber feedback é a oportunidade que eu tenho de conhecer e respeitar a sua percepção ao meu respeito (valores pessoais, opiniões e expectativas em relação a mim, reações ao meu comporta-mento) compreendendo-o melhor e verificando o quanto a sua percepção sobre mim é verdadeira. Este processo aumenta a minha autoconsciência e a qualidade das minhas atitudes para comigo mesmo e para com você. também requer disposição para escutá-lo, confiar na sua capacidade de análise, assumir a minha responsabilidade pelo que estiver ocorrendo.

Quando assim procedemos, cada um está se posicionando de acordo com a sua verdade pessoal (não a verdade absoluta) sobre algum aspecto da nossa relação, não apenas sobre você ou eu, o que possibilita ampliarmos o nosso nível de autoconsciência (processamento interno) e a efetividade de nossas escolhas (resultados práticos).

Mesmo que, na conversa eu esteja me referindo especificamente a um comportamento seu, trata-se da minha percepção sobre ele, e o que está em questão, na maioria das vezes, é a qualidade da nossa convivência.

No processo de desenvolvimento da competência interpessoal, feedback é um processo de ajuda para mudança de comportamento. Em nossas relações interpessoais, torna-se importante saber como estamos sendo percebidos, como os outros reagem à nossa atuação, como recebem nossas mensagens. Da mesma forma é importante saber comunicar aos outros como nós os vemos, como nos sentimos frente às atuações deles, como ressoam em nós suas manifestações.

Para tornar-se realmente um processo útil, o feedback precisa ser, tanto quanto possível:

• Descritivo ao invés de avaliativo – descrever o que sentiu, pensou e não fazer julgamento da conduta dos outros;

• Específico ao invés de geral – deve referir-se ao comportamento e não à pessoa em si. Mencionar fatos concretos, exemplos precisos e fugir das generalizações;

• Deve ser útil a ambos os componentes, levar em consideração tanto as necessidades do emissor como as do receptor;

• Deve visar apenas às condutas modificáveis. É estéril e frustrante insistir em pautas que não podem ser alteradas;

• Deve ser oportuno, isto é, dado em tempo adequado, quando há possibilidade de ser aceito;

• Deve ser conferido para ver se foi bem compreendido e se não houve má interpretação.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 19 22/2/2010 17:23:01

Page 20: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

20

Curso técnico em saúde Bucal

Objetivos

• Conscientizar os alunos na observação das boas qualidades nas pessoas;

• Despertar os alunos para qualidades até então ignoradas por elas mesmas.

Material

• tarjeta e pincel atômico.

Desenvolvimento

• Entregar uma tarjeta a cada aluno;

• solicitar que façam o desenho da mão direita e mão esquerda;

• Escrever na mão direita uma qualidade e na esquerda um defeito;

• Promover discussão do que cada um escreveu;

• Finalizar que é mais fácil falar de características dos outros do que de nós mesmos.

Fechamento

• Encerrar dizendo que todos possuímos qualidades e defeitos, porém temos que nos respeitarmos e valorizarmos nossas qualidades. Devemos tratar os defeitos dos outros com a mesma consideração que lidamos com os nossos defeitos.

Objetivo

• Compreender como o trabalho ocorre no interior da sociedade e a forma como este trabalho se divide entre seus vários membros.

Material

• texto, papel A4, papel kraft e pincel atômico.

Desenvolvimento

• Responder e registrar, individualmente, as questões a seguir:- Qual o significado do trabalho para o homem?- Qual a diferença do trabalho realizado pelo homem e o realizado pelos animais?- O que é trabalho para você?

ATIvIDADE vIII – DINÂMICA: qUALIDADES E DEFEITOS

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIvIDADE Ix – O qUE É TRABALHO

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 20 22/2/2010 17:23:02

Page 21: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

21

Curso técnico em saúde Bucal

- Como o trabalho está dividido na sociedade?

- Como você executa suas atividades no seu trabalho?

• Dividir a turma em grupos;

• Promover discussão nos grupos a partir das respostas individuais;

• Elaborar síntese das questões em cada grupo para apresentação em plenária;

• sortear um grupo para a apresentação em plenária;

• solicitar que os outros grupos complementem a apresentação do grupo sorteado, com colocações rele-vantes que não foram abordadas;

• Concluir a atividade convidando a turma para fazer a leitura circular do texto abaixo: O trabalho na sociedade - Andréa Maria silveira;

• Orientar os alunos para grifar as palavras cujo significado não conheça para dar continuidade à elaboração do glossário iniciado na Unidade 1.

Fechamento

• sistematizar a partir das considerações dos alunos e leitura do texto.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

O TRABALHO NA SOCIEDADE2

Andréa Maria silveira3

A palavra trabalho apresenta muitos significados em português. Em alguns momentos, lembra a atividade humana de transformar a natureza para garantir a sobrevivência; em outros, tem o sentido de realização de uma obra que dê satisfação, reconhecimentos e que permaneça além da vida do trabalhador e, em outros momentos, tem o sentido de esforço, preocupações e aflições. Este último significado parece mais intimamente ligado à origem da palavra em latim.

“trabalho” origina-se da palavra “tripallium” que era um instrumento constituído de três paus aguçados utilizados pelos agricultores antigos, mas que também serviu como instrumento de tortura. Mas o que vem a ser trabalho?

todos os seres vivos retiram seu sustento da natureza. Os homens e alguns outros animais além de utilizarem a matéria bruta para sua sobrevivência podem atuar sobre ela transformando-a, de forma a melhorar sua utilidade. Assim, a abelha transforma a natureza ao construir sua colmeia e os pássaros ao construírem seus ninhos. Entretanto, estes animais se apropriam da natureza de forma instintiva, imitável e não aprendida. O homem, ao contrário, transforma a natureza de forma consciente e proposital. O produto de sua atividade antes de pronto, já existe como ideias na sua mente. Portanto, o que regula a atividade do homem sobre a natureza é sua capacidade de fazer o projeto, de conceber. Esta capacidade de criar e transformar a na-tureza, dando-lhe uma forma que anteriormente existia apenas na imaginação, dá-se através do trabalho, que é, assim, uma característica exclusivamente dos homens.

Como atividade humana, o trabalho ocorre no interior da sociedade, que determina a forma como este trabalho se divide entre seus vários membros.

2 texto extraído do Guia Curricular para Formação de Auxiliar de Enfermagem para atuar na rede básica do sUs-Ministério da saúde, 1994.3 Médica especialista em Medicina do trabalho. (UFMG).

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 21 22/2/2010 17:23:03

Page 22: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

22

Curso técnico em saúde Bucal

As sociedades primitivas alimentavam-se dos frutos colhidos e do produto da caça e da pesca, na medida de suas necessidades e sem produção de excedentes (produtos não consumidos imediatamente). Outras, além destas atividades, dedicaram-se ainda à agricultura e à criação de animais, fixando-se a um deter-minado lugar e aprimorando a construção de ferramentas. Este fato é tão importante que alguns autores afirmam que a característica que distingue o homem dos outros seres vivos é sua capacidade de construir ferramentas para atuar sobre a natureza. Foram essas ferramentas que permitiram aumentar a produtivi-dade do trabalho e o surgimento da atividade artesanal e do comércio.

A atividade artesanal e do comércio possibilitaram o surgimento de cidades, já que não dependiam da proprie-dade da terra, dando origem a um novo grupo social composto de comerciantes e artesões. Neste momento, o acúmulo de riquezas e o crescimento do comércio criam condições para o desenvolvimento da ciência, cujos conhecimentos passaram a ser empregados na produção, aperfeiçoando os instrumentos de trabalho.

O homem primitivo usa instrumentos de pedra, que depois foram substituídos por instrumentos de metal e posteriormente por máquinas complexas. A produtividade do trabalho foi aumentando cada vez mais com estas ferramentas, permitindo fazer em menos tempo mais trabalho, ou o que é a mesma coisa, fazer mais trabalho no mesmo tempo. Por exemplo, com um trator prepara-se mais rapidamente uma maior quantidade de terra para o plantio, do que com a utilização de uma simples enxada, necessitando-se de menos homens para realizar o mesmo trabalho.

O aperfeiçoamento das ferramentas foi dividindo a produção social, dando origem a vários ramos de ati-vidade econômica. Assim temos:

• As indústrias extrativas que têm como objetivo extrair a matéria da natureza, como a mineração, a pesca, a agricultura, etc.;

• As indústrias de transformação que tem como objetivo transformar a matéria retirada da natureza em produtos acabados. Por exemplo, a industria têxtil compra algodão do agricultor, transforma-o em fio que depois de trabalhado transforma-se em tecidos. Outros exemplos seriam a industria metalúrgica, química, de alimentos e construção civil;

• Por último vem o ramo de serviços com suas várias subdivisões. Assim temos transportes, comércios, bancos, serviços médicos e de assistência sanitária, serviços religiosos, serviços domésticos, hotéis, restaurantes, bares, cinemas, teatros, etc.

Foi, portanto, o trabalho que permitiu ao homem abandonar as cavernas, dominar a natureza e transformá-la no mundo da forma como conhecemos hoje. Esta transformação do mundo, através do trabalho, acelerou-se muito nos últimos 150 anos com o advento das máquinas, que aumentaram grandemente a produtividade do trabalho e deram origem às grandes indústrias e às grandes cidades.

Ao mesmo tempo os avanços da ciência na área da saúde permitiram grande aumento da população, através da diminuição da mortalidade, por controle das epidemias, melhoria das condições sanitárias e a descoberta do tratamento de doenças, antes mortais. Mas o crescimento das cidades não se deu apenas pela diminuição das taxas de mortalidade. As máquinas passaram a ser utilizadas nos campos, substituindo a força de braços humanos e tornando cada vez mais difícil a sobrevivência das pequenas propriedades que, sem condições de utilizarem máquinas modernas, tornaram-se pouco competitivas e foram devoradas pelas grandes propriedades agrícolas.

A extinção da pequena propriedade no campo e a explosão da grande propriedade rural levam ao êxodo de lavradores em todos os países que se industrializaram. No caso do Brasil, o processo se deu mais tardiamente e a migração vem ocorrendo de forma rápida e desorganizada. Grande número de homens se transferem do campo para as cidades, sem que estas tenham como absorvê-los em seus mercados de trabalho, dando origem a grandes bolsões de miséria em torno destas cidades.

Portanto, o desenvolvimento científico e industrial permitiu aos homens aumentarem suas riquezas, pro-duzindo bens que melhoraram o conforto da vida cotidiana e aumentaram o tempo de vida das pessoas.

Entretanto, o acesso a estas conquistas da era industrial não se dá de forma igual para todos os povos do

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 22 22/2/2010 17:23:03

Page 23: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

23

Curso técnico em saúde Bucal

mundo, com grandes diferenças entre um país e outro. E, mesmo dentro de uma mesma nação, como a brasileira, observam-se grandes desigualdades na distribuição das riquezas produzidas pelo trabalho. Isto pode ser observado nas diferenças existentes entre as várias regiões brasileiras.

ReferênciasALBORNOZ, s. O que a Palavra trabalho significa. In: O que é trabalho. são Paulo: Brasiliense, 1986, p. 7.tudo que lhe disse na ocasião do nosso encontro responder seus e-mails aqui na EsP-MG.

BRAVERMAN, H. trabalho e Força de trabalho. In: trabalho e Capital Monopolista – A degradação do tra-balho no século XX, Rio de Janeiro: Zahar, 1980, p. 47-60.

MAIR, L. Introdução à Antropologia social. Rio de Janeiro: Zahar, 1984, trad. Edmond Jorge, p. 109.

HARNECKER, M. Forças Produtivas. In: Para Compreender a sociedade. são Paulo: Brasiliense, 1990. trad. Emer sader, p. 47-56.

Objetivo

• Promover a descontração e auto-conhecimento.

Material

• Nenhum.

Desenvolvimento

• solicitar que os alunos fiquem de pé e em círculo, voltados para dentro;

• Orientar que um a um os alunos falem:Qual a sua mania ou cacoete?A pessoa à sua direita mostra sua mania após repetir a anterior;

Assim, todos devem repetir as manias na sequência apresentada até correr todo o círculo.

Fechamento

• Finalizar salientando que de uma ou de outra forma, todos nós temos manias. Cacoetes são hábitos ou manias que fazemos involuntariamente, que estão presentes no nosso dia-a-dia e não devemos permitir que interfiram de forma negativa nas nossas relações interpessoais.

Objetivo

• Compreender sobre a organização do processo de trabalho em uma Unidade de saúde.

ATIvIDADE x – CACOETES

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIvIDADE xI – ORGANIZAçãO DO PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 23 22/2/2010 17:23:04

Page 24: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

24

Curso técnico em saúde Bucal

Material

• texto, papel kraft e pincel atômico.

Desenvolvimento

• Promover discussão em plenária, com registro das considerações importantes, a partir das questões abaixo:- Em uma Unidade de saúde existe divisão técnica do trabalho? Como ela se apresenta?- Quais as tecnologias utilizadas na produção do cuidado em saúde?- A organização do trabalho influencia o modo de se organizar o cuidado aos usuários?- Onde você trabalha utiliza um fluxograma?

• Após discussão dividir a turma em 4 grupos;

• solicitar a leitura do texto: “O Processo de Trabalho em Saúde”;

• Cada grupo ficará responsável por uma parte do texto, para reflexão e anotações, para apresentação em plenária;1. O Processo de trabalho em saúdeO trabalho em saúde e suas tecnologias2. O trabalho Vivo em ato e o Processo de trabalho em saúde3. A Composição técnica do trabalho (Ctt) e MicropolíticaE o que é a micropolítica?E o que é a subjetividade?4. O Uso do Fluxograma Descritor para Análise do Processo de trabalhoDescrição da primeira parte do fluxograma

• Lembrar aos alunos que continuem a elaboração do glossário iniciado na Unidade 1, a partir das palavras cujo significado seja desconhecido;

Fechamento

• sistematizar o tema e enfatizar a relação trabalhador da saúde/usuário no processo de trabalho em Unidades de saúde.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

O PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE4

O trabalho em saúde refere-se a um mundo próprio, complexo, diverso, criativo, dinâmico em que coti-dianamente usuários se apresentam portadores de algum problema de saúde e buscam, junto aos traba-lhadores que ali estão, resolvê-los. O momento do trabalho é ao mesmo tempo de encontro entre esse trabalhador e o usuário.

Você já parou para pensar que o trabalho em saúde só é possível mediante o encontro e a relação entre o profissional e o usuário?

Esse encontro é permeado pela dor, o sofrimento, os saberes da saúde, as experiências de vida, as práticas assistenciais, subjetividades que afetam os sujeitos trabalhador e usuário. Enfim, há um mundo complexo

4 Adaptado de: BRAsIL. Ministério da saúde. secretaria de Gestão do trabalho e da Educação na saúde. Departamento de Gestão da Educação na saúde. Curso de Formação de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde: unidade de aprendizagem – tra-balho e relações na produção do cuidado em saúde. Rio de Janeiro, 2005. p. 69-79

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 24 22/2/2010 17:23:05

Page 25: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

25

Curso técnico em saúde Bucal

a ser pesquisado que envolve, sobretudo, a produção do cuidado.

Ao executar seu trabalho, os profissionais de saúde obedecem a uma certa disposição física, disciplina-damente organizada, ou seja, há lugares específicos onde certos produtos são realizados. É como se, no serviço, ou seja, em um certo estabelecimento de saúde, houvesse diferentes unidades de produção, por exemplo: na recepção, produzem-se informações, agendas; na sala de vacinas, produzem-se procedimentos de imunização; nos consultórios, são produzidas consultas médicas, de enfermagem; e assim cada lugar tem uma “missão” dentro de um espectro geral de cuidado com os usuários. tudo isso entra em movimen-to durante o período em que o serviço está disponível para atender às pessoas que procuram, por algum motivo, resolver ali seus problemas de saúde.

Os trabalhadores de cada lugar destes executam certas tarefas, que se presume tenham sido pre-viamente determinadas ou pactuadas entre eles, pois se busca uma sintonia entre o que uns fazem em determinado lugar, por exemplo, na recepção, e o que os outros realizam em outros ambientes, muitas vezes, reportando-se uns aos outros. Há um relacionamento, no trabalho, entre todos os profissionais como o funcionamento de uma “rede de conversas”, mediada pelo trabalho.

O trabalho em saúde e suas tecnologias

O trabalho é uma atividade que tem sempre uma finalidade para que ele se realize, a qual está ligada ao atendimento à determinada necessidade da pessoa, seja ela de que tipo for. Os produtos criados com a atividade do trabalho, nessa perspectiva, têm um “valor de uso” (Campos, 1994). No caso da saúde, Cecílio (2001) sugere que as necessidades estão organizadas em quatro grandes grupos: “O primeiro diz respeito a ter boas condições de vida (...); o outro conjunto fala da necessidade de se ter acesso e se poder consumir toda tecnologia de saúde capaz de melhorar e prolongar a vida (...); o terceiro diz respeito à insubstituível criação de vínculos (a)efetivos entre cada usuário e uma equipe e/ou um profissional (...); um quarto diz respeito à necessidade de cada pessoa ter graus crescentes de autonomia no seu modo de levar a vida” (Cecílio, 2001:114-115). Podemos concluir que as atividades ligadas à promoção e prevenção, reabilitação e cura estão todas de alguma forma relacionadas nos grupos de necessidades descritos acima.

Esses conjuntos de necessidades aqui relacionados demonstram que os problemas de saúde são sempre complexos, porque envolvem inúmeras dimensões da vida, desde as que se circunscrevem no corpo até as de ordem social e subjetiva. O trabalho em saúde, por sua vez, para ser eficaz, deve responder a essa complexidade e dar sentido à intervenção nos diversos campos da saúde. Abre-se aqui um leque de pos-sibilidades de uso de diversas tecnologias de trabalho para a produção do cuidado.

Mas, afinal, você já parou para pensar o que é tecnologia? Você acha que no seu trabalho cotidiano você utiliza tecnologias? Vamos nos debruçar um pouco sobre esse termo e ver qual o verdadeiro sentido que ele tem para o trabalho em saúde.

Em geral, as pessoas associam a palavra tecnologia a máquinas e instrumentos, geralmente os mais mo-dernos. se foi isso que você pensou, não está errado, mas também não está completo esse raciocínio. Para iniciar a discussão sobre as tecnologias de trabalho em saúde, vamos ao dicionário verificar o sentido literal do termo. Ele nos diz que tecnologia é o “conjunto de conhecimentos, (...) que se aplicam a um de-terminado ramo de atividade” (Holanda, 1999). Ou seja, é conhecimento aplicado, o que pressupõe que toda atividade produtiva traz, em si, um saber que é utilizado para executar determinadas tarefas que vão levar à criação de algo, ou seja, à realização de certos produtos. Na indústria, as tecnologias estão inscritas nas máquinas que, na maioria das vezes, dominam o cenário produtivo, mas estão presente também no conhecimento do trabalhador, utilizado para operar essas máquinas e produzir inúmeras coisas, tais como sapatos, roupas, carros etc. Esses produtos serão consumidos, em algum momento futuro, por alguém que o produtor (o operário que fez o sapato) provavelmente jamais vai conhecer, isto é, quem produz não interage com o consumidor do seu produto.

Chamo a sua atenção para o fato de que, nesse curto parágrafo, enquanto falamos da produção industrial, mencionamos dois tipos de tecnologia: a primeira, que está inscrita nas máquinas utilizadas no processo produtivo; e a segunda, que está na habilidade do operário definida pelo seu conhecimento técnico em

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 25 22/2/2010 17:23:05

Page 26: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

26

Curso técnico em saúde Bucal

relação ao produto, materiais, processo produtivo, operação da máquina etc.

No caso da saúde, diferente da indústria, o trabalhador que faz a assistência, podendo ser o enfermeiro, dentista, psicólogo, médico, auxiliar ou técnico em saúde bucal, ACs, entre muitos outros, são os produ-tores da saúde e nessa condição interagem com o consumidor (usuário), enquanto estão produzindo os procedimentos. Mais do que isso, esses serão consumidos pelo usuário no exato momento em que são produzidos. Por exemplo: ao fazer um curativo, a auxiliar de enfermagem está produzindo algo, o curativo, em relação com o consumidor desse produto, o usuário, que o consome nesse exato momento.

Isso determina uma característica fundamental do trabalho em saúde, a de que ele é relacional, isto é, acontece mediante a relação entre um trabalhador e o usuário, seja ele individual ou coletivo. Por exemplo, a consulta só se realiza, quando o profissional de saúde está diante do usuário e, assim, com os demais atos produtores de procedimentos, tais como o curativo, a vacina, os diversos tipos de exames, atos cirúrgicos, reuniões de grupos, visitas domiciliares, etc.

Podemos dizer que na saúde, além dos dois tipos de tecnologia já identificados nos processos produtivos, as que estão inscritas nas máquinas e no conhecimento técnico, há uma outra absolutamente fundamen-tal, que é a tecnologia das relações. O que significa que para estabelecer relações de assistência e cuidado à saúde, é necessário um conhecimento que seja aplicado para essa finalidade, porque não são relações como outra qualquer, ela tem uma certa finalidade que é a saúde.

Esse debate das tecnologias de trabalho em saúde vem sendo realizado mais sistematicamente há alguns anos, em um primeiro momento por Ricardo Bruno Mendes Gonçalves (1994) que fez a diferenciação entre as tecnologias que estão inscritas nas máquinas e instrumentos de trabalho e aquelas do conhecimento técnico, tendo o autor chamado as primeiras de “tecnologias materiais” e as outras de “tecnologias não materiais”. Essa primeira diferenciação foi importante por reconhecer o conhecimento como tecnologia e coloca, no centro do debate do trabalho e produção da saúde, os sujeitos sociais portadores de conhe-cimento, que são os trabalhadores/produtores de saúde e, por excelência, aqueles que têm a capacidade de ofertar uma assistência de qualidade.

sem descartar a importância que têm as máquinas e instrumentos que auxiliam no trabalho em saúde, na definição de diagnóstico e nas terapias, importa registrar que o trabalho humano é absolutamente fundamen-tal e insubstituível. Para você notar o quanto isso é relevante para a produção da saúde, procure lembrar-se de alguma situação em que houve incorporação de novas tecnologias assistenciais no trabalho em saúde e isso tenha acarretado redução de postos de trabalho, como geralmente acontece na área industrial. Não há situação como essa, a não ser em algumas exceções na área de laboratórios. De resto, mantêm-se os postos de trabalho, porque é a pessoa quem de fato realiza o cuidado aos usuários e, interagindo com o mesmo, ambos são capazes de impactar seu estado de saúde.

Dando continuidade aos estudos na área, Merhy (1997), ao descrever sobre a produção do cuidado e suas tecnologias, estabeleceu três categorias para tecnologias de trabalho em saúde. Chamou de “tecnologias duras” as que estão inscritas nas máquinas e instrumentos e têm esse nome porque já estão programadas a priori para a produção de certos produtos; de “leveduras” as que se referem ao conhecimento técnico, por ter uma parte dura que é a técnica, definida anteriormente, e uma leve, que é o modo próprio como o trabalhador a aplica, podendo assumir formas diferentes dependendo sempre de como cada um traba-lha e cuida do usuário; e “tecnologias leves” que dizem respeito às relações que, de acordo com o autor, são fundamentais para a produção do cuidado e se referem a um jeito ou atitude próprios do profissional que é guiado por uma certa intencionalidade vinculada ao campo cuidador, ao seu modo de ser, à sua subjetividade. são tecnologias, também, porque dizem respeito a um saber, isto é, competências para os trabalhadores de saúde lidar com os aspectos relacionais que envolvem os atos produtivos, como já foi citado anteriormente.

Para começar a entender como a organização do trabalho influencia o modo de organizar o cuidado aos usuários, é necessário verificar qual das três tecnologias tem prevalência sobre o processo de trabalho, no momento em que o trabalhador está assistindo os usuários.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 26 22/2/2010 17:23:05

Page 27: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

27

Curso técnico em saúde Bucal

O Trabalho vivo em ato e o Processo de Trabalho em Saúde

Como você pode ver nas observações que fez do processo de trabalho, há situações em que o mesmo é dominado pela “tecnologia dura” e/ou “levedura”, ou seja, o trabalhador valoriza mais o instrumento que tem à mão, do que a atitude acolhedora que pode e deve ter em relação ao usuário, quando faz o atendi-mento. Isso significa que, muitas vezes, a relação, o diálogo e a escuta são colocados em segundo plano, para dar lugar a um processo de trabalho centrado no formulário, protocolos, procedimentos, como se esses fossem um fim em si mesmos. O resultado último que se pretende é o de reduzir o sofrimento, melhorar a qualidade de vida, criar autonomia nas pessoas para viverem a vida.

Imaginemos que há sempre várias formas de se comportar com o usuário durante o trabalho de assistência à saúde. Por exemplo, pense em um trabalhador fazendo uma entrevista. Ele pode fazer essa atividade de duas formas distintas, quais sejam: 1º - O profissional pega um roteiro/questionário, mal cumprimenta o usuário e começa a fazer as perguntas, olhando e anotando no questionário à sua frente. Restringe-se às perguntas, age de modo formal, distante e frio. 2º - O profissional pode ter o roteiro/questionário que lhe serve de guia, mas abre espaço para a fala e a escuta do usuário sobre aspectos não roteirizados, realiza uma introdução que o deixa mais à vontade, a fala não se restringe às perguntas do questionário, troca olhares, interage, discute os problemas percebidos, qualifica a atenção e o cuidado.

No primeiro caso, podemos dizer que o processo de trabalho de produção da anamnese foi dominado pela tecnologia dura representada nesse ato pelo instrumento roteiro/questionário. Houve uma substituição dos atos de fala e escuta, para a linguagem fria do texto do roteiro, ao qual o trabalhador ficou preso. Isso reduziu de alguma maneira o aspecto relacional desse trabalho. Já no segundo caso, o aspecto relacional é valorizado, isto é, há o domínio da tecnologia leve no processo de trabalho, servindo o instrumento apenas como seu auxílio. Nesse caso, a relação entre trabalhador e usuário torna-se dinâmica, há valorização dos gestos mútuos de cuidado e produção da saúde.

Mas o que torna o trabalho, quando realizado de forma centrada nas tecnologias leves, mais produtivo e interessante para o usuário e o trabalhador de saúde? Que aspectos vão se organizando para que ele ganhe essa dinâmica e maior resolutividade?

De novo nos valemos de Merhy (1997, 2002) para dizer que as tecnologias leves são aquelas mais depen-dentes do trabalho Vivo em ato.

Ao ler a expressão acima, seria natural que você se dividisse entre dois sentimentos: o da sua beleza “tra-balho vivo” e a curiosidade em relação ao seu significado. Estaria se perguntando: e há trabalho morto? A resposta é sim, há trabalho morto e vamos falar de ambos a seguir.

trabalho Vivo é a expressão que dá significado ao trabalho em ato, isto é, no exato momento da sua atividade produtiva (Merhy; 1997, 2002; Franco, 2003). trabalho morto são máquinas e instrumentos, possuem esse nome porque sobre as máquinas e instrumentos existentes já se aplicou determinado trabalho anterior, ou seja, eles já trazem uma carga de trabalho pregresso, que lhes deu forma e função.

Quando o processo de trabalho é comandado pelo trabalho vivo, o trabalhador tem uma grande margem de liberdade para ser criativo, relacionar-se com o usuário, experimentar soluções para os problemas que aparecem e, o que é mais importante, interagir, inserir o usuário no processo de produção da sua própria saúde, fazendo-o sujeito, isto é, protagonista de seu processo saúde-doença. Já quando hegemonizado pelo trabalho morto, o processo de trabalho é pré-programado, porque fica sob o comando dos instrumentos, age como se ele fizesse um aprisionamento do trabalho vivo, limitando a ação do trabalhador àquilo que já foi determinado pela programação da máquina, protocolo, formulário etc. Aqui há pouca interação entre trabalhador e usuário, construção de sujeitos nesse encontro realizado para produzir o cuidado. Há apenas um processo frio e duro de produção de procedimentos.

toda atividade produtiva envolve sempre o trabalho Morto e o trabalho Vivo em ato, para que se realizem os produtos desejados. No processo de trabalho, um deles tem a hegemonia e determina, no caso da saúde, o perfil da assistência. Voltando ao nosso exemplo, em que um trabalhador de saúde vai fazer uma anamnese, podemos dizer que o roteiro/questionário é trabalho morto e os atos de fala, escuta, olhares

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 27 22/2/2010 17:23:05

Page 28: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

28

Curso técnico em saúde Bucal

são trabalho vivo em ato. Quando o roteiro comanda o processo de trabalho (1ºcaso), podemos dizer que é um processo de trabalho que tem hegemonia do trabalho morto e é dependente das tecnologias duras. Quando há o inverso (2º caso), há hegemonia do trabalho vivo, lugar próprio das tecnologias leves.

A Composição Técnica do Trabalho (CTT) e Micropolítica

talvez você se pergunte: E como eu sei quando o processo de trabalho está centrado no trabalho Morto ou no trabalho Vivo em ato? Pela observação do modo como o profissional age com o usuário, pela atitude frente ao problema de saúde, é possível perceber se suas ações são cuidadoras ou não. À razão entre o trabalho Morto e trabalho Vivo no interior do processo de trabalho, chamamos de Composição técnica do trabalho (Franco, 2003). Ela serve para analisar o processo de trabalho, como já foi dito aqui, através da sua observação e a percepção de como se dá o trabalho, a atitude do profissional, a sua implicação com o problema de saúde do usuário e o protagonismo desse diante da sua própria forma de fazer a assistência à saúde. É uma percepção, não quantificável, do modo de produção do cuidado. Quanto maior a hegemonia do trabalho Vivo nesse processo, maior é o nível de cuidado que se tem com o usuário.

Importa registrar que um processo de trabalho, para ter maior volume de trabalho Morto ou trabalho Vivo implicado com o mesmo, depende do próprio trabalhador. Essa afirmação tem por base uma característica fundamental do processo de trabalho em saúde: a de que o trabalhador possui um razoável auto governo sobre o seu processo de trabalho, isto é, ele comanda o modo como vai se dar a assistência. se essa acontece por parâmetros humanitários, com atitudes acolhedoras, ou ao contrário, de forma burocrática e sumária, é determinada por quem está em ato, na relação com o usuário, no caso, o próprio trabalhador. O espaço de trabalho, onde há realizações impulsionadas pela prática de cada um, é o lugar da micropolítica, para o caso que estamos vendo, de produção de saúde.

E o que é a micropolítica?

É o protagonismo dos trabalhadores e usuários da saúde, nos seus espaços de trabalho e relações, guiado por diversos interesses, os quais organizam suas práticas e ações na saúde. Assim o espaço da micropolítica não é uno, é múltiplo de quantas identidades se inscreverem nesse lugar, como sujeitos que pretendem realizar seus projetos, sejam eles identificados com o campo individual ou coletivo; privado ou público; cuidador ou não cuidador; enfim, é aí que se define de fato o perfil da assistência, porque é nesse lugar que se dá o trabalho em saúde.

Os processos de produção da saúde mais tradicionais organizam campos de ação no espaço da micropolítica, estruturando processos produtivos centrados no instrumental e nas normas dependente do trabalho morto, como formas de garantir maior produção de procedimentos. Isso foi construído historicamente, através da prevalência dos interesses da indústria de medicamentos e equipamentos biomédicos na determinação dos desenhos organizativos da atenção em saúde, que operam criando uma consciência e subjetividade entre os diversos profissionais, que dá formação ao imaginário de que a qualidade da assistência está vinculada ao uso das tecnologias duras e leve-duras, isto é, equipamentos e conhecimento especializado. Isso acontece com uma anamnese, como já informamos, como também em relação a consultas, em que o profissional prioriza a prescrição de procedimentos e praticamente anula os atos de fala, escuta, toque, relações, que são próprios da clínica, ou qualquer outro procedimento que se realiza. O mesmo repete-se em reuniões de grupo, onde predomina a fala técnica, centrada no profissional e não se abre para a escuta dos usuários portadores de algum problema crônico de saúde, e que têm a necessidade de falar das suas angústias, dos estigmas da doença, dos processos existenciais os quais impactam seu modo de estar no mundo. O processo de trabalho centrado na norma e no protocolo (trabalho morto) reduz sobremaneira o campo de cuidado aos usuários.

A micropolítica é o lugar onde se manifesta e se produz a subjetividade.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 28 22/2/2010 17:23:05

Page 29: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

29

Curso técnico em saúde Bucal

E o que é a subjetividade?

É um modo próprio e específico de ser e atuar no mundo e em relação com os demais. Vale dizer que a subjetividade é dinâmica, muda de acordo com as experiências de cada um, é afetada pelos valores e cultura que a pessoa vai internalizando ao longo da vida e do tempo. Ela é produzida socialmente e nunca está acabada. A história e as experiências de vida, as relações com grupos ou indivíduos disparam mudanças no jeito de ser e agir de cada um, o que chamamos de “processos de subjetivações” que vão mudando as pessoas, ou seja, produzindo novas subjetividades. O trabalho é uma das experiências mais ricas que uma pessoa tem e, por isso, ele produz nela novas formas de entender e agir no mundo e com as outras pessoas. A isso chamamos de “nova subjetividade”. Ao produzir coisas e serviços, como o de assistência à saúde por exemplo, o sujeito produz a si mesmo. Um dos efeitos em se tornar sujeito é o de ganhar maior capacidade de intervir sobre a realidade, ser protagonista de mudanças sociais, coletivas e individuais.

A personagem de Guimarães Rosa, Riobaldo tatarana, nos fala da sua percepção de toda essa questão, de uma forma clara:

“O senhor... Mire veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão”. (Riobaldo tatarana em Grande sertão:Veredas; João Guimarães Rosa)

As afirmações de que “as pessoas não estão sempre iguais... não foram terminadas” e “elas vão sempre mudando” expressa muito bem algo que existe em cada um e que o diferencia dos demais, tornando-o singular, ao mesmo tempo em que afirma que isto é uma construção perene.

Muito se tem discutido sobre o tema da subjetividade e o modo como influencia a forma de as pessoas enxergarem e atuarem no mundo. A questão é universal, atravessa os tempos. A subjetividade impulsiona a pessoa a atuar no ambiente da micropolítica. Micropolítica é a “arte ou ciência de governar” que cada um tem, seus próprios espaços de trabalho, relações, enfim, de vida. Um dos espaços onde isso se dá, é no lugar onde a pessoa trabalha e produz. Ela faz isso de acordo com certo sentido, isto é, deter-minados fins os quais considera mais adequados aos seus interesses ou desejos.

Foi tentando encontrar sentidos para a subjetividade e seu impacto na formação do campo social, que o filósofo e psicanalista francês Félix Guattari definiu que a subjetividade pode ser “solidária”, baseada em valores societários, humanitários e de cidadania, que levem à construção de um mundo novo; e pode ser “capitalística”, quando opera a partir dos objetivos privados e individuais, reproduzindo as muitas formas de enquadramento das pessoas nas normas sociais vigentes (Guattari, 1998). Por exemplo, um profissional que tem um grande conhecimento técnico em uma determinada área, ao cuidar do usuário, pode se rela-cionar com ele de forma impessoal, sumária e burocrática; já outro profissional, igualmente conhecedor dos problemas de saúde, pode estabelecer relações humanizadas e acolhedoras com os usuários. Veja bem, mesmo equiparando-se tecnicamente, os dois profissionais têm atitudes completamente diferentes e o que determina seu modo de ser, quando realiza a assistência ao usuário, não é uma lei ou norma do serviço, isto é, não há uma racionalidade guiando seu comportamento, é sua subjetividade que atua quando ele está trabalhando, determinando assim o seu modo de agir perante o usuário e seu problema de saúde.

E não é apenas o profissional que tem uma certa subjetividade quando está em serviço, mas o usuário também traz uma história de vida, de relações, conhecimento acumulado, uma dada cultura, enfim, inúmeros fatores que determinam seu modo próprio de ver e atuar no mundo. Como a assistência à saúde se dá a partir do encontro dos dois, trabalhador e usuário, ambas as subjetividades podem influenciar um ao outro mutuamente. É como se essa relação que se estabelece para a produção do cuidado criasse uma situação em que um afeta ao outro com toda a carga de subjetividade que têm, permeando o processo de trabalho no exato momento em que se dá a assistência. Mas para que isso ocorra, é necessário haver espaço de conversas entre ambos, o que não ocorre em um processo de trabalho que é sumário e burocrático e trata o usuário como um objeto sobre o qual deve ser realizado um procedimento a fim de reabilitar seu

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 29 22/2/2010 17:23:05

Page 30: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

30

Curso técnico em saúde Bucal

corpo doente, e ponto. A relação produtiva mesmo só vai acontecer se o usuário for tratado como sujeito, que pode ser ele também um protagonista do seu processo saúde-doença.

Mas será que o processo de trabalho em determinado estabelecimento de saúde é sempre de um jeito, centrado nos instrumentos e normas; ou de outro jeito, nas relações? É possível haver estabelecimentos de saúde onde haja uma mistura entre as duas formas de agir no cuidado aos usuários?

Vou deixar essas perguntas para você responder.

O Uso do Fluxograma Descritor para Análise do Processo de Trabalho

segundo Franco & Merhy (2003), o Fluxograma é uma representação gráfi ca de todas as etapas do processo de trabalho. É uma forma de olhar o que acontece na operacionalização do trabalho no cotidiano. Ele é representado por três símbolos, convencionados universalmente: a elipse, representa sempre a entrada ou saída do processo de produção de serviços; o losango, indica os momentos em que deve haver uma decisão para a continuidade do trabalho, e o retângulo diz respeito ao momento de intervenção, ação, sobre o processo.

Procura-se, com o Fluxograma, interrogar a micropolítica da organiza ção do serviço de saúde e, assim, revelar as relações ali estabelecidas entre os trabalhadores e desses com os usuários, os nós-críticos do processo de trabalho, o jogo de interesses, poder e os processos decisórios. Pretende-se, assim, ao retratar todos processos e interesses implicados na organização do serviço, revelar áreas de sombra que não estão claras e explícitas para os trabalhadores e gestores do serviço.

Para aqueles que queiram aplicar o fluxograma em uma Equipe de saú de da Família ou Unidade de saúde, descrevemos abaixo algumas dicas que ajudam nisso. Mas, lembre-se, cada caso deve ser tratado com especificidade, então isso que está aqui deve ser adaptado à situação específica.

- Reúna a equipe de saúde da Família ou da Unidade Básica de saúde. É importante que o fluxograma descritor do processo de trabalho seja elaborado coletivamente, porque quem mais conhece e entende o processo de trabalho é quem está efetivamente trabalhando;

- Coloque sobre a parede (pregue com fita crepe) folhas de papel pardo sobre os quais vai ser desenhado o fluxograma. É importante que todos estejam visualizando sua construção para facilitar a compreensão do processo de trabalho;

- Inicie a conversa com a equipe perguntando sobre o acesso do usuário ao serviço. Vá anotando no papel a expressão gráfica desse acesso;

- Em seguida, interrogue o pessoal que trabalha na recepção e assim, sucessivamente, vá solicitando à equipe que relate o processo de trabalho, segundo os itinerários que são feitos pelo usuário quando busca assistência nesse serviço;

- Ao final, é importante fazer uma revisão desse caminho, retomando o processo de trabalho novamente. Há sempre alguma coisa para ser mudada ou que foi esquecida. A revisão ajuda a aperfeiçoar o fluxograma.

Referências

HOLANDA, A B. Novo Aurélio, Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999.

CAMPOs, G.W.s. A Saúde Pública e a Defesa da Vida. s. Paulo: Hucitec,1994.

CECÍLIO, L.C.O. As Necessidades de Saúde como Conceito Estruturante na Luta pela Integralidade e Eqüidade na Atenção em Saúde. Rio de Janeiro:UERJ, IMs, ABRAsCO; 2001.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 30 22/2/2010 17:23:05

Page 31: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

31

Curso técnico em saúde Bucal

FRANCO, t.B. Reestruturação Produtiva e Transição Tecnológica na Saúde:um olhar a partir do sistema Cartão Nacional de saúde. (tese de Doutora do). DMPs/UNICAMP: Campinas (sP), 2003.

FRANCO, t. B. ; MERHY, E. E. O uso de ferramentas analisadoras dos serviços de saúde: o caso do serviço social do Hospital das Clínicas da UNICAMP. In: MERHY, E.E. et. al. O Trabalho em Saúde: olhando e expe-rienciando o SUS no cotidiano. são Paulo: HUCItEC, 2003.

GONÇALVEs, R.B.M. Tecnologia e Organização Social das Práticas de Saú de. são Paulo: HUCItEC, 1994.

GUAttARI, F. Caosmose. são Paulo: EDItORA 34, 1998.

MERHY, E. E. Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho Vivo em saúde. In: MERHY, E. E.; ONOCKO, R. (Org.), Agir em saúde: um desafio para o público. são Paulo: Hucitec, 1997.

MERHY, E. E. Saúde: a cartografia do Trabalho Vivo. são Paulo: Hucitec,2002.

Objetivo

• Realizar alinhamento conceitual sobre Atenção Programada.

Material

• texto: “A Atenção Programada”.

Desenvolvimento

• Fazer a leitura circular do texto “A Atenção Programada”;

• Refletir sobre o fluxograma apresentado, possibilitando uma discussão sobre o fluxograma da unidade de saúde de cada aluno.

Fechamento

• sistematizar o conteúdo apresentado no texto esclarecendo as dúvidas dos alunos;

• Comunicar aos alunos que durante o período de dispersão, eles realizarão o fluxograma de sua unidade de saúde.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

A ATENçãO PROGRAMADA5

A ORGANIZAçãO DAS FORMAS DE ACESSO DO USUÁRIO À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE O Acolhimento inicia-se com o reconhecimento das pessoas/famílias adscritas à Unidade Básica de saúde – UAPs, num processo de territorialização, identificando os problemas de saúde. A partir das diretrizes estabelecidas nas linhas-guias, propõe-se o dimensionamento dos serviços e a organização dos processos de trabalho na UAPs.

Com o objetivo de organizar as formas de acesso do usuário na UBs, propõe-se didaticamente a classificação em:

5 Texto elaborado por Maria Emi Shimazaki e Adriana de Azevedo Mafra

ATIvIDADE xII – ATENçãO PROGRAMADA

Tempo estimado: 1 hora

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 31 22/2/2010 17:23:07

Page 32: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

32

Curso técnico em saúde Bucal

• Atenção à demanda espontânea - urgência e emergência;

• Atenção programada.

Em qualquer horário, todos os usuários em situação de urgência ou emergência deverão ser atendidos de imediato pela equipe de saúde. A equipe deverá realizar os primeiros cuidados necessários, providenciar o suporte adequado e transferir de forma segura para o ponto de atenção competente, pactuado e com capacidade resolutiva.

Na atenção à demanda espontânea, as situações que não se caracterizam como urgência ou emergência deverão ter a situação/queixa avaliada pelo profissional que poderá, dependendo da sua necessidade e também da disponibilidade do serviço:

• Atendê-lo de imediato,

• Agendar uma consulta,

• Encaminhá-lo para outro ponto de atenção.

Na atenção programada, procurar-se-á respeitar o critério de adscrição da clientela em relação à equipe do PsF, ou seja, o usuário deverá, preferencialmente, ser identificado pelo agente comunitário de saúde e atendido pelo médico, enfermeiro ou dentista de sua área de moradia.

O objetivo é respeitar os princípios do primeiro contato, da longitudinalidade, da integralidade do cuidado e viabilizar o vínculo com a equipe de saúde.

Procura-se organizar o serviço, pautando-se não mais pelos eventos agudos, mas pela abordagem dos problemas crônicos e/ou condições crônicas.

A Atenção Programada abrange todos os ciclos de vida dos indivíduos/famílias - desde o nascimento à velhice – estruturados a partir das Linhas-guias e operacionalizados por redes integradas de atenção, com o objetivo de promover a saúde, identificar precocemente e controlar as patologias de relevância, prestar assistência de forma integrada e resolutiva.

Para a Atenção Programada serão destinados atendimentos e consultas agendadas, em cada turno de atendimento, estabelecendo-se o limite máximo de consultas por turno, conforme critério estabelecido pelas secretarias Municipais, de comum acordo com as equipes de saúde.

Os quantitativos de consultas e atendimentos programados deverão ser calculados a partir dos parâmetros estabelecidos na Planilha de Programação das Linhas-guias da sEs de Minas Gerais e com base nos dados do Prontuário de saúde da Família - diagnóstico e cadastramento das famílias residentes no território.

Os atendimentos programados são agendados previamente e consensados com os usuários. Deve-se, evitar o acúmulo das pessoas nos mesmos horários e os longos períodos de espera.

As diretrizes para a Atenção Programada estarão contidas nas LINHAs-GUIAs DA sEs DE MINAs GE-RAIs. A organização do atendimento dar-se-á de acordo com os ciclos de vida - sAÚDE DA CRIANÇA, DO ADOLEsCENtE, DA GEstANtE, DO ADULtO E DO IDOsO – ou por patologias de maior relevância - HIPERtENsÃO, DIABEtEs, tUBERCULOsE, HANsENÍAsE, tRANstORNOs MENtAIs, Dst/Aids, entre outras - além da sAÚDE BUCAL.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 32 22/2/2010 17:23:07

Page 33: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

33

Curso técnico em saúde Bucal

ALGORÍTIMO 02 – ATENÇÃO PROGRAMADA

SIM NÃO

ACS identifica e cadastra o usuário/família

Profissional da UBS avalia se o usuário faz parte da população alvo para Atenção Programada

SIM NÃO

Profissional inscreve o usuário e agenda o atendimento, seguindo as

diretrizes das Linhas-guias.

Usuário falta ao atendimento?

Profissional orienta o usuário quanto às medidas de promoção à saúde e prevenção de doenças

Equipe de saúde realiza o monitoramento

EQUIPE DE SAÚDE REALIZA AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA O USUÁRIO/FAMÍLIA/COMUNIDADE.

ACS realiza busca ativa e agenda novo atendimento para

o usuário

ACS identifica o usuário alvo para Atenção Programada e agenda atendimento na UBS

Profissional realiza o atendimento e procede ao

registro das ações, conforme as diretrizes das Linhas-guias.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 33 22/2/2010 17:23:07

Page 34: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

34

Curso técnico em saúde Bucal

Referências

BRAsIL. Ministério da saúde. secretaria de Assistência à saúde. secretaria de Gestão de Investimento em saúde. Experiências Inovadoras no sUs: produção científica: doutorado e mestrado. Brasília: Ministério da saúde, 2002. 69 a 114 p.

BRAsIL. Ministério da saúde. secretaria de Políticas de saúde. Departamento de Atenção Básica. Compe-tência para o trabalho em Uma Unidade Básica de saúde sob a Estratégia de saúde da Família – Médico e Enfermeiro. Brasília, novembro, 2000.

COCHRANE, D. – Evidence-based medicine in practice. In: COCHRANE, D. (Editor) – Managed care and modernization. Buckingham, Open University Press, 2001.

DEPARtMENt OF HEALtH – the new NHs: modern, dependable. London, stationery Office, 1998.

DUCCI, Luciano e colaboradores. Curitiba: A saúde de Braços Abertos. sHIMAZAKI, Maria Emi e colabora-dores. Acolhimento solidário: A saúde de Braços Abertos. CEBEs, 2001. 63 a 78 p.

EDDY,D. – Practice policies, what are they? JAMA, 263: 877-880, 1990.

MENDEs, Eugênio Vilaça. Os sistemas de serviços de saúde: o que os gestores deveriam saber sobre essas organizações complexas. Fortaleza: Escola de saúde Pública do Ceará, 2002. 186 p.

OMs, WONCA. Centro Inernancional para La Medicina Familiar. Hacer que la Práctica Médica y la Educación sean más adecuadas a las necesidades de la gente: la contribuición del médico de familia. London, Ontario, Canadá, 1984.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA sAÚDE. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estru-turais de ação: relatório mundial / Organização Mundial da saúde – Brasília, 2003.

RAKEL, R. textbook of family practice. 5 ed. Philadelphia, PA: W. B. saunders, 1995.

sHIMAZAKI, ME. Protocolos clínicos nas unidades básicas de saúde. Belo Horizonte, Escola de saúde Pública de Minas Gerais, 2006.

stARFIELD, Bárbara. Atenção Primária equilíbrio entre necessidade de saúde, serviços e tecnologias. Brasília: UNEsCO, Ministério da saúde, 2002.

WORLD HEALHt ORGANIZAtION. the Ljubljana Chater on Reforming Healht Care. Ljubljana, 18 june, 1996.

WORLD HEALHt ORGANIZAtION. 48a General Assembly. Genebra: WHO, 1996.

Objetivo

• Refletir sobre o trabalho em equipe.

Material

• Kraft, pincel atômico, cartolina, tesoura, cola, fita crepe;

• sugestão: Assistir o filme tempos Modernos - Charles Chaplin (disponível em locadoras), como comple-mentação da atividade (tempo duração: 87 minutos).

Desenvolvimento

• Organizar 4 grupos de alunos;

ATIvIDADE xIII – INTEGRAçãO E TRABALHO EM EqUIPE

Tempo estimado: 2 horas

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 34 22/2/2010 17:23:08

Page 35: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

35

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xIv – TRABALHO EM EqUIPE CONSTRUçãO DE CONCEITO

Tempo estimado: 1 hora

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

• Construir 02 bonecas grandes de papel (sugestão: fazer um modelo de corpo humano, solicitando que um aluno deite sobre uma folha de papel kraft);

• toda a turma será responsável pela confecção e montagem das bonecas (uns construirão as partes e outros montarão as bonecas);

• Distribuir os moldes de modo que se proceda a confecção das partes das bonecas (uns construirão os olhos, outros as bocas, outros as cabeças, outros os braços, etc.);

• Designar alguns alunos para a montagem final;

• Promover após confecção das bonecas uma apresentação em plenária do resultado da atividade;

• Concluir com análise do processo de construção das bonecas;

• sugestão: Assistir o filme tempos Modernos - Charles Chaplin (disponível em locadoras), como comple-mentação da atividade (tempo duração: 87 minutos).

Fechamento

• Refletir com o grupo sobre:- a monotonia do trabalho fragmentado e suas consequências;- a divisão técnica do trabalho.

Objetivo

• Promover a construção de um conceito sobre trabalho em equipe.

Material

• Pincel atômico; papel Kraft; quadro e pincel para quadro.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em grupos;

• Orientar para a reflexão a partir das questões: Uma Unidade Primária de Atenção à saúde funciona com o trabalho do porteiro, da faxineira, do auxiliar de enfermagem, da enfermeira, do dentista, do auxiliar de saúde bucal, do agente comunitário de saúde, do médico, do gerente e tantos outros. - Na sua opinião, qual a diferença entre todos trabalharem juntos e todos trabalharem em equipe? - O que é trabalho em equipe? - Quais as características do trabalho de uma equipe de saúde?

- sua equipe de trabalho, como funciona?

• Responder:

- O que o grupo estabelece como trabalho em equipe de saúde?

• Conduzir a apresentação dos grupos em plenária.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 35 22/2/2010 17:23:08

Page 36: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

36

Curso técnico em saúde Bucal

Fechamento

• sistematizar o conteúdo sobre trabalho em equipe, salientando:- As características do trabalho em equipe de saúde;- A importância dos objetivos pessoal e comum;- A comunicação;- O respeito às diferenças individuais;- O compromisso com o resultado;

- A relação com o usuário, etc;

• Abordar sobre a função do coordenador e membros da equipe, grau de autonomia, flexibilidade nos papéis dos integrantes das equipes, caráter de complementariedade e especificidade do trabalho;

• Ressaltar a existência de legislação referente ao exercício profissional das várias categorias profissionais do setor saúde;

• Finalizar com a construção de um conceito do trabalho em equipe.

Objetivo

• Refletir sobre a importância do trabalho em equipe.

Material

• Palitos de sorvete ou de dente.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em grupos de 5 alunos;

• Dar a cada grupo um punhado de palitos e pedir que façam uma fogueira;

• Cada equipe terá liberdade de construir sua fogueira como desejar;

• O docente deverá observar e depois ressaltar quem fez o quê em cada grupo e ressaltar os que tentaram fazer tudo sozinhos, os que ficaram só olhando, os que foram tentar pegar palitos dos outros grupos por iniciativa própria e os que souberam liderar e delegar tarefas igualmente.

Fechamento

• Concluir com a mensagem: todas estas atitudes fazem parte da rotina do trabalho em equipe (feliz ou infelizmente) e cada um deverá analisar-se e refletir o que pode estar melhorando em seu dia-a-dia no seu ambiente de trabalho.

ATIvIDADE xv – DINÂMICA: A FOGUEIRA

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 36 22/2/2010 17:23:09

Page 37: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

37

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xvI – TRABALHO EM EqUIPE

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Objetivo

• Identificar o trabalho em equipe como um dos elementos do Processo de trabalho em saúde.

Material

• textos: “Processos de trabalho” e “Dez dicas para o trabalho em equipe”.

Desenvolvimento

• Ler os textos;

• Orientar os alunos para grifar as palavras cujo significado não conheça para dar continuidade à elaboração do glossário iniciado na Unidade 1.

Fechamento

• No trabalho em equipe, quando um perde, todos perdem; quando um ganha, todos ganham; quando todos cooperam, fica mais fácil realizar as atividades e os serviços ganham em qualidade.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

PROCESSO DE TRABALHO6

O processo de trabalho em saúde tem ressaltado que as instituições devem ser espaço de produção de bens e serviços para os usuários, e também espaço de valorização do potencial inventivo dos sujeitos que trabalham nessas instituições/serviços: gestores, trabalhadores e usuários.

Para dar conta da realidade complexa do trabalho, os trabalhadores são convocados a criar, a improvisar ações, a construir o curso de suas ações, a pensar o melhor modo de trabalhar, a maneira mais adequada de realizar o trabalho, de forma a atender os diversos contextos específicos.

Os trabalhadores costumam adotar um determinado tipo de organização do trabalho: uma forma especí-fica de agir, de se relacionar entre si e com os usuários, e de estabelecer regras específicas na divisão do trabalho na prestação dos cuidados. No processo de trabalho, os trabalhadores “usam de si” por si. A cada situação que se coloca, o trabalhador elabora estratégias que revelam a inteligência que é própria de todo trabalho humano. Portanto, o trabalhador também é gestor e produtor de saberes e novidades. trabalhar é gerir. Gerir junto com os outros.

O trabalho ocupa um lugar privilegiado na vida dos seres humanos. Não é neutro em relação ao que provoca no sujeito: nos serviços de saúde, o trabalho é potencialmente produtor de sentido, quando é inventivo e participativo; e pode ser também produtor de sofrimento e desgaste, quando é burocratizado, fragmentado e centralizado.

• Como vimos o processo de trabalho em saúde requer a participação coletiva dos atores envolvidos. Por isso falamos tanto de equipe de saúde, de trabalho em equipe. segue assim, dez dicas para você trabalhar bem com sua equipe.

• Discuta cada uma das dez dicas em plenária.

6 BRAsIL. Ministério da saúde. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. Ministério da saúde, Conselho Nacional das secretarias Municipais de saúde. 3. ed. Brasília: Editora do Ministério da saúde, 2009.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 37 22/2/2010 17:23:10

Page 38: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

38

Curso técnico em saúde Bucal

DEZ DICAS PARA O TRABALHO EM EqUIPE7

1. Seja Paciente

Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal “cada cabeça uma sentença”. Por isso é importante que seja paciente. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões.

2. Aceite as ideias dos outros

As vezes é difícil aceitar ideias novas ou admitir que não temos razão; mas é importante saber reconhecer que a ideia de um colega pode ser melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho, é o objetivo comum que o grupo pretende alcançar.

3. Não critique os colegas

As vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito importante não deixar que isso interfira no trabalho em equipe. Avalie as ideias do colega, independentemente daquilo que achar dele. Critique as ideias, nunca a pessoa.

4. Saiba dividir

Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do princípio que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhar responsabilidades e informação é fundamental.

5. Trabalhe

Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente.

6. Seja participativo e solidário

Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre que seja necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido quando necessitar pedir ajuda.

7. Dialogue

Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido atribuída, é importante que explique o problema, para que seja possível alcançar uma solução de compromisso, que agrade a todos.

8. Planeje

Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja uma tendência para se dispersarem; o planejamento e a organização são ferramentas importantes para que o trabalho em equipe seja eficiente e eficaz. É importante fazer o balanço entre as metas a que o grupo se propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto.

9. Evite cair no “pensamento de grupo”

Quando todas as barreiras já foram ultrapassadas, e um grupo é muito coeso e homogêneo, existe a pos-sibilidade de se tornar resistente a mudanças e a opiniões discordantes. É importante que o grupo ouça opiniões externas e que aceite a ideia de que pode errar.

10. Aproveite o trabalho em equipe

Afinal o trabalho de equipe, acaba por ser uma oportunidade de conviver mais perto de seus colegas, e também de aprender com ele.

7 DEZ ótimas dicas para o trabalho em equipe. Disponível em: <http://www.curricular.com.br/artigos/carreira/trabalho-equipe.aspx>. Acesso em: 20 set. 2009.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 38 22/2/2010 17:23:10

Page 39: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

39

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xvII – POSTURAS PROFISSIONAIS

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Objetivo

• Analisar diferentes posturas profissionais.

Material

• tarjetas.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em 6 grupos;

• Distribuir para cada grupo uma tarjeta com uma frase;

• Orientar que cada grupo deverá preparar uma dramatização do estilo profissional descrito na tarjeta para apresentação em plenária;

• Conduzir as apresentações, possibilitando a manifestação dos demais alunos ao final de cada dramatização.

Fechamento

• Refletir com os alunos acerca da diferentes posturas dos trabalhadores da saúde.

FRASES

Profissional ditador: só dá ordens, é intolerante e inflexível.

Profissional desorganizado: chega atrasado, não tem planejamento e nem diálogo com os colegas.

Profissional que sabe tudo: esnoba seu saber e desvaloriza o conhecimento dos colegas.

Profissional relaxado: está preste a aposentar, tem indisponibilidade para o novo e está sempre reclamando de tudo.

Profissional legalista: cumpre tudo a risca (horário, prazos, regras), sempre consulta os protocolos de saúde para saber os procedimentos adequados para todas as situações.

Profissional dinâmico: alegre, atencioso, busca realizar seu trabalho de maneira comprometida e humana; procura manter-se sempre atualizado.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 39 22/2/2010 17:23:10

Page 40: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

40

Curso técnico em saúde Bucal

Objetivos

• sensibilizar a turma sobre a importância do trabalho em equipe.

• Exercitar o espírito de equipe na busca de soluções conjuntas.

Material

• Nenhum

Desenvolvimento• Lançar um desafio para o grupo;• Pedir que todos formem um círculo de pé e de mãos dadas;• sugerir que aproveitem este momento para uma confraternização cumprimentando quem está a sua direita e quem está a sua esquerda - olhando nos olhos, apertando a sua mão, falando o seu nome;• Orientar que contará de um a dez e que nesse tempo cada aluno deverá cumprimentar o maior número possível de pessoas na sala, destacando que não vale ficar parado esperando pelo outro;• Explicar que, quando o docente falar “dez”, todos deverão parar onde estão e aguardar novas instruções;• Informar que, sem sair do lugar onde está, cada um deve dar a mão direita para quem estava a sua direita, e a mão esquerda para quem estava a sua esquerda no círculo inicial;• Pedir que se estiquem na direção dos que estavam ao seu lado, fazendo as aproximações necessárias para que todos deem as mãos na forma exata do início;• Dado o “nó”, solicitar aos alunos que examinem esta situação lembrando das relações que existem no ambiente de trabalho e que muitas vezes dão verdadeiros “nós”. O que fazer para desatá-los?• Anunciar o desafio: vamos desatar os nós! “todos devem voltar ao círculo do jeito que era antes, sem soltar as mãos”.• se observar que está sendo muito complicado, poderá ajudar mantendo o entusiasmo do grupo e relembrando as habilidades de um líder;• Celebrar a realização do desafio com palmas!• Conduzir o grupo a um debate sobre o desafio perguntando:

- Que sentimentos tiveram ao desatar o nó?- Que habilidades foram necessárias para se vencer o desafio?- Daria para vencer sozinho?- Algumas pessoas se destacaram durante o processo?- Como eles ajudaram ao grupo?- Alguém duvidou da capacidade do grupo em desatar o nó?- Como o grupo se sentiu com esta ajuda?

• Comparar o desafio com os “nós” do ambiente de trabalho:- O que precisamos para desatá-los?- sozinhos conseguiriam?- Com quem podemos contar para ajudar?

ATIvIDADE xvIII – DINÂMICA: DESAFIO

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 40 22/2/2010 17:23:11

Page 41: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

41

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xIx – ESTUDO DE CASO

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Fechamento

• Ressaltar as seguintes ideias:- Às vezes nos deparamos com situações que aparentemente não têm solução, mas, à medida que começamos a colaborar e a acreditar que podemos superar, contagiamos os outros e, em geral, as pessoas começam a participar mais, consequentemente, as soluções começam a aparecer;- Com qual frequência cada um de nós assume estas posturas suscitadas no exercício nos diferentes espaços em que vivemos (família, grupo de trabalho, etc.).

Objetivo

• Identificar o conhecimento prévio do aluno sobre humanização.

Material

• Papel A4, papel kraft, pincel atômico, fita crepe e etc.

Desenvolvimento

• Em plenária, ler o caso abaixo;

• Refletir com os alunos a partir das questões propostas no estudo de caso;

• Listar em quadro ou papel kraft, após as opiniões e reflexões dos alunos.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

ESTUDO DE CASO

Noite de sábado em hospital psiquiátrico.

Um jovem em crise agride um idoso que está internado.

Quando a equipe médica realiza a intervenção, percebem que o senhor idoso estava internado sem neces-sidade de cuidados psiquiátricos.

Como é que uma pessoa, sem necessidade psiquiátrica, foi internado no hospital, sujeita a riscos, inclusive de agressão?

A equipe foi, então, verificar a história da internação, e, constatou que tratava-se de viúvo, cego, com dois filhos homens, ambos precisando conseguir emprego.

Eles vieram com o pai do interior de Minas e não disponham condições para hospedagem em hotel e nem parentes que os acolhessem.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 41 22/2/2010 17:23:12

Page 42: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

42

Curso técnico em saúde Bucal

Diante de problemas reais de saúde, com sinais e sintomas derivados de desnutrição, procuraram um hos-pital para internar o pai, enquanto buscavam emprego, e, o único hospital que o aceitou foi um hospital psiquiátrico.

Questões:

Qual o paradoxo percebido?

É humano recusar uma pessoa que tem necessidade social grave, porque o hospital não é para aquele tipo de problema?

É humano acolher a pessoa, enquanto o poder público descobre um jeito de cuidar dela?

O que é certo ou errado?

Como articular o que é certo tecnicamente, com o que é certo política e moralmente?

Mesmo quando ficamos anestesiados, o nosso cotidiano é cheio destes paradoxos e destes desafios. O humano é multifacetado e inclui dilemas.

Fechamento

• Concluir convidando os alunos a repensarem suas práticas de trabalho.

Objetivo

• Refletir com a turma sobre a humanização nas relações.

Material

• texto: “Vista cansada”.

Desenvolvimento

• solicitar um voluntário para, em plenária, ler o texto ”Vista cansada”;

• Promover reflexão do texto, fazendo um paralelo com as relações de trabalho;

• Orientar os alunos para grifar as palavras cujo significado não conheça para dar continuidade à elaboração do glossário iniciado na Unidade 1.

Fechamento

• Concluir ressaltando a importância de promoção de ações humanizadas em saúde.

- A humanização nas relações e do cuidado ao ser humano.

ATIvIDADE xx – HUMANIZAçãO NAS RELAçÕES

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 42 22/2/2010 17:23:12

Page 43: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

43

Curso técnico em saúde Bucal

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

vISTA CANSADA8 Otto Lara Resende

se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos é familiar já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu cami-nho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo o mesmo porteiro. Dava-lhe bom dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? sua cara? sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia. Em 32 anos nunca o viu. Para ser notado o porteiro teve de morrer. se no lugar, estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser que também ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhe baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

Objetivo

• Compreender a humanização em saúde no âmbito do sUs.

Material

• texto: Humanização da atenção à saúde no âmbito do sUs.

Desenvolvimento

• Fazer a leitura do texto abaixo;

• Orientar os alunos para grifar as palavras cujo significado não conheça para dar continuidade à elaboração do glossário iniciado na Unidade 1;

• Dividir a turma em grupos;

• Fazer a síntese do texto, relacionando o mesmo com a prática profissional, para discussão em plenária.

8 MINAs GERAIs. Escola de saúde Pública do Estado de Minas Gerais. Curso de Humanização e gestão em saúde. EsP-MG: Belo Horizonte, 2007. p.43.

ATIvIDADE xxI – HUMANIZAçãO EM SAÚDE

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 43 22/2/2010 17:23:13

Page 44: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

44

Curso técnico em saúde Bucal

Fechamento

• Concluir ressaltando a importância da promoção de ações humanizadas em saúde.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

HUMANIZAçãO DA ATENçãO À SAÚDE NO ÂMBITO DO SUS: CONSIDERAçÕES9

Uma prerrogativa atual do sistema Único de saúde (sUs) é a humanização da atenção à saúde. Com isso, os ideais para os padrões de atendimento ao usuário e para o ambiente em que ele é recebido e em que atuam os profissionais da saúde tendem a passar de estritamente técnicos para técnicos e humanizados.

O Ministério da saúde (Ms) criou, no ano 2000, o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), constituindo posteriormente, em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH). Esta política, destinada aos usuários e trabalhadores do sUs, traz as orientações básicas e os parâmetros adequados à humanização da assistência em Unidades de saúde, voltando sua atenção para a pessoa hu-mana. seu objetivo é a melhoria do contato entre trabalhadores da saúde e usuários, trabalhadores entre si e entre a Unidade de saúde e a comunidade, buscando a transformação dos modelos tradicionais de gestão e atenção em saúde.

A humanização vista como política pública que transversaliza as diferentes ações e instâncias gestoras do sistema Único de saúde (sUs), implica em: traduzir os princípios do sUs em modos de operar dos diferentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde; construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla tarefa de produção de saúde e produção de sujeitos; contagiar, por atitudes e ações humanizadoras a rede do sUs, incluindo todos os envolvidos no sistema (trabalhadores e usuários).

Assim, a humanização no sUs busca: - a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores;- a co-responsabilidade na produção de saúde e de sujeitos;- estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão;-mapeamento e interação com as demandas sociais, coletivas e subjetivas de saúde;- defesa de um sUs que reconhece a diversidade do povo brasileiro e a todos oferece a mesma atenção à saúde, sem distinção de idade, raça, origem, gênero e orientação sexual;- foco nas necessidades dos cidadãos, na produção de saúde e no próprio processo de trabalho em saúde, valorizando os trabalhadores e as relações sociais no trabalho;- compromisso com a qualificação da ambiência, melhorando as condições de trabalho e de atendimento;

A operacionalização desta Humanização do sUs acontece por meio do resgate dos princípios que norteiam as ações de saúde no sUs; da construção de diferentes espaços de encontro entre sujeitos (Grupo de traba-lho em Humanização; Rodas; Colegiados de Gestão, etc.); da construção e a troca de saberes; do trabalho em rede com equipes multiprofissionais e atuação transdisciplinar; do pacto entre os diferentes níveis de gestão do sUs (federal, estadual e municipal), entre as diferentes instâncias de efetivação das políticas públicas de saúde (instâncias da gestão e da atenção) e da construção de redes solidárias e interativas, participativas e protagonistas do sistema.

9 texto adapatado de: BRAsIL. Ministério da saúde. secretaria de Atenção à saúde. Núcleo técnico da Política Nacional de Huma-nização.HumanizasUs: documento base para gestores e trabalhadores do sUs. 3. ed. Brasília : Editora do Ministério da saúde, 2006..Disponível em:<www.saude.gov.br/humanizasus> Acesso em: 22 set. 2009.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 44 22/2/2010 17:23:14

Page 45: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

45

Curso técnico em saúde Bucal

A humanização dos serviços de atenção à saúde é de extrema importância, especialmente por se tratar do atendimento a pessoas que se encontram em situações de fragilidade, dependência, dor e sofrimento. Além disso, o trabalhador da saúde precisa de condições adequadas para desempenhar plenamente suas funções.

Dentre os fatores considerados pela PNH estão a participação ativa dos usuários e trabalhadores, a gestão dos estabelecimentos assistenciais, a constante formação educacional dos trabalhadores da saúde, o relaciona-mento dos trabalhadores entre si e com os usuários e as condições físicas e ambientais do estabelecimento.

O acolhimento é um dispositivo do trabalho em saúde que busca atender a todos que procuram os servi-ços de saúde, ouvindo suas demandas e assumindo, no serviço, uma postura de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas às mesmas, com a finalidade de prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização e, se necessário, orientando o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para a continuidade da assistência estabelecendo uma articulação com esses serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos.

Acolhimento não é um local, mas uma postura ética, não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, significa compartilhamento de saberes, necessidades, possibilidades, angústias e invenção.

ReferênciasBRAsIL. A Humanização como Política transversal na Rede sUs. Documento Base para Gestores e trabalha-dores do sUs. Ministério da saúde. 4ª ed. 2008. Disponível em www.saude.gov.br/humanizasus Acesso: 22/09/2009

CAMPOs C. C. Unidade de Internação Geral: o projeto arquitetônico sob a luz da Humanização Institucio-nal. Monografia apresentada à Escola de saúde Pública do Estado de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Arquitetura de Estabelecimentos Assistenciais de saúde. Belo Horizonte. 2008.

Objetivo

• Relaxar e preparar os alunos para continuidade dos estudos.

Material

• Música: O sal da terra

Desenvolvimento

• Convidar os alunos para ficarem de pé e em círculo;

• Cantar e refletir sobre os sentimentos traduzidos na letra da música.

Fechamento

• Motivar os alunos para a próxima atividade.

ATIvIDADE xxII – RELAxAMENTO

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 45 22/2/2010 17:23:14

Page 46: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

46

Curso técnico em saúde Bucal

O sal da terra10

(Beto Guedes)

Anda, quero te dizer nenhum segredoFalo desse chão da nossa casa, vem que ta nahora de arrumartempo, quero viver mais duzentos anosQuero não ferir meu semelhante, nem por issoquero me ferirVamos precisar de todo mundo pra banir domundo a opressãoPara construir a vida nova vamos precisar demuito amorA felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode verA paz na terra, amor, o pé da terraA paz na terra, amor, o sal da ...terra, és o mais bonito dos planetastão te maltratando por dinheiro, tu que és anave nossa irmã

Objetivo

• Identificar a percepção do aluno acerca do acolhimento em sua unidade de saúde.

Material

• Nenhum.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em grupos;

• Cada grupo deverá dramatizar uma situação de acolhimento dentro de uma unidade de saúde, de acordo com o fluxograma da unidade;

• Pensando na dramatização apresentada na atividade XXI, “Atendimento em uma Unidade de saúde”, UNIDADE DE EstUDO II, “Políticas de saúde no Brasil”, solicitar que cada grupo faça a dramatização do acolhimento que queremos (ideal) em uma Unidade de saúde;

• Apresentar em plenária;

• Após apresentações promover discussão sobre as dramatizações apresentadas para sistematização e

10 GUEDEs, Beto. O sal da terra. In: GUEDEs, Beto. Beto Guedes dias de paz: Epic, CD.Faixa 13.

ATIvIDADE xxIII – DRAMATIZAçãO

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Canta, leva tua vida em harmoniaE nos alimenta com teus frutos, tu que és dohomem a maçãVamos precisar de todo mundo, um mais um ésempre mais que doisPra melhor juntar as nossas forças é só repartirmelhor o pãoRecriar o paraíso agora, para merecer quemvem depoisDeixa nascer o amorDeixa fluir o amorDeixa crescer o amorDeixa viver o amor.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 46 22/2/2010 17:23:14

Page 47: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

47

Curso técnico em saúde Bucal

compreesão da importância do acolhimento humanizado.

Fechamento

• sistematizar salientando o acolhimento ideal, fazendo um paralelo com o real;

• A partir da discussão com a turma, identificar os pontos facilitadores para se chegar a um acolhimento ideal.

Objetivo

• sensibilizar a turma da importância do acolhimento humanizado.

Material

• Papel A4.

Desenvolvimento

• solicitar que a turma permaneça com a mesma divisão de grupo da atividade anterior;

• Promover a leitura nos grupos do texto a seguir;

• A partir da leitura do texto, discutir em seu grupo o fluxo de atendimento, bem como, a responsabilidade de cada um da equipe no ato de acolher;

• sistematizar as discussões nos grupos para apresentação em plenária.

Fechamento

• Fazer a sistematização das discussões.

TExTO PARA LEITURA DOS ALUNOS

O ACOLHIMENTO11

A noção de acolhimento

Em todos os níveis da assistência, o acolhimento, certamente, é a dimensão primeira. Do porteiro ao moto-rista, do auxiliar administrativo ao funcionário da limpeza, da equipe técnica, enfim de todos que participam do processo de trabalho em um serviço de saúde, bem acolher é o primeiro e indispensável passo para um atendimento correto e bem sucedido.

O acolhimento não é simplesmente uma questão de escala em que se revezam os profissionais, nem uma maneira mais racional de preencher as agendas. Além disto, e mais do que isto, o acolhimento é a aplicação

11 Adaptado de: MINAs GERAIs. secretaria de Estado de saúde. Atenção em saúde Mental.Marta Elizabeth de souza. Belo Horizonte, 2006. p 39-43. saúde mental – Assistência - Organização. Rede de Atenção à saúde Mental. Programa saúde em Casa.

ATIvIDADE xxIv – O ACOLHIMENTO

Tempo estimado: 1 hora

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 47 22/2/2010 17:23:15

Page 48: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

48

Curso técnico em saúde Bucal

cotidiana de um princípio fundamental: seja ao pedir a informação mais corriqueira, seja ao trazer a mais fantasiosa expectativa, o usuário, quando nos traz o seu problema, é um cidadão que exerce o direito de dirigir-se a um trabalhador de um serviço público.

Nosso trabalho é acolher essa demanda – ou seja, responder!

Contudo, vejamos bem: o conteúdo da resposta pode ser sim ou não, agora ou depois, aqui ou noutro lugar, comigo ou com outra pessoa. O essencial é que a resposta, seja qual for, parta de uma postura acolhedora da nossa parte diante da demanda do usuário.

Essa postura pode descrever-se assim: “sim, você está se dirigindo a mim, trabalhador desse serviço público, a respeito de algo que você julga ser um problema de saúde. seu endereçamento a mim, sendo feito com educação, não me aborrece, nem me assusta: pelo contrário, merece a minha atenção. Isto não significa que eu vou automaticamente fazer o que você me pede: aquilo que uma pessoa solicita pode ser ou não justo, pode ser ou não possível, pode ser ou não necessário. Mas, com certeza, eu vou levar em conta o que você me diz, ao avaliar o que é preciso fazer: ou seja, vou atender à sua demanda de ser escutado”.

Afinal, diante do apelo que o usuário faz, há várias saídas a pensar e a discutir. O que não se discute é o direito dele de nos procurar, e o nosso compromisso de responder.

Certamente, os usuários de nossos serviços, como qualquer pessoa, às vezes pede coisas às quais não têm direito: “furar a fila”, por exemplo. Com muita freqüência, reivindicam direitos que não temos como lhes assegurar no momento: por exemplo, um medicamento que está em falta. Muitas vezes, também, trazem-nos problemas que não são estritamente problemas de saúde, mas relacionam-se às suas dificuldades pessoais e sociais.

Assim, acolher não é resolver tudo, nem concordar com qualquer coisa. Porém, diante dessa grande diversi-dade das demandas à saúde, não se pode meramente dizer: “Não é conosco, não é aqui, não temos tempo”.

Para cada usuário que procura um serviço, deve-se chegar a uma conclusão sobre a conduta a ser tomada: admiti-lo naquele serviço ou encaminhá-lo a outro mais adequado para ele; atendê-lo imediatamente, se o caso é grave, ou marcar um outro horário, se pode esperar. Contudo, a resposta que damos ao usuário, seja ela qual for, costuma ser bem recebida quando se baseia numa escuta atenta e numa avaliação cuidadosa do seu problema.

Concebido dessa forma, o acolhimento não pode ser atribuição exclusiva de uma determinada categoria, e sim um compromisso de todos os trabalhadores do centro de saúde. Não pode ter hora ou dia marcado, porque não é apenas uma etapa de introdução ao serviço: é pano de fundo de todo cuidado à saúde, e postura essencial ao ofício de cuidar.

vínculo e responsabilização do cuidado

Assim como o acolhimento não pode reduzir-se apenas a uma administração mais ou menos eficiente da chegada das pessoas aos serviços, o vínculo e a responsabilização de cuidados não se confundem mera-mente com o conceito de adscrição de clientela.

A adscrição de clientela é um operador importante em saúde pública: define uma população, que habita determinada área de um território dado, estando sob a responsabilidade dos cuidados de uma determinada equipe de um serviço de saúde. No entanto, importa, antes de tudo, definirmos qual a responsabilidade que está em jogo, quando assumimos esse cuidado.

Inicialmente, é preciso considerar bem a noção de território, ou seja: não apenas um espaço geográfico delimitado, mas toda uma diversidade de situações pessoais, familiares, sociais, muitas vezes atravessada por duras desigualdades: uma favela e um bairro de classe média, ainda que pertençam ao mesmo territó-rio, exigem atenção e cuidadosdiferenciados, de acordo com as dificuldades socioeconômicas, de acesso à cultura e ao lazer, de infra-estrutura sanitária, etc, que encontramos num e noutro. Para conhecer e con-siderar a diversidade, não bastam os mapas e as estatísticas: o território só adquire verdadeira realidade

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 48 22/2/2010 17:23:15

Page 49: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

49

Curso técnico em saúde Bucal

aos olhos dos trabalhadores de saúde quando transitam por ele, em contato com suas ruas, seus espaços, seu cotidiano. Apenas assim se constatam os problemas e se descobrem as potêncialidades de uma região.

se assim é no que diz respeito aos aspectos coletivos, assim deve ser também no cuidado prestado a cada um dos nossos pacientes. É fácil admitir que a gestante, a criança, o hipertenso, o portador de sofrimento mental, e assim por diante, beneficiam-se do contato constante com uma equipe de profissionais que já os conhece e os acompanha. Contudo, isto pouco valerá, se o contato paciente-profissional limita-se a verificar e a repetir condutas padronizadas.

todo cuidado é uma espécie de artesanato: não pode ser feito em série. trata-se de um laço singular que se tece um a um, sem exceção.

Algumas considerações sobre o vínculo e a responsabilização de cuidados

• Quando se cuida de alguém, cuida-se incondicionalmente. Assim como não se nega atendimento a um diabético porque não seguiu a dieta, não se pode deixar de atender a um alcoólatra porque ele não parou de beber; igualmente, não se dá “alta administrativa” a um paciente porque seu comportamento foi ina-dequado. Para cuidar das pessoas de trato mais difícil, é preciso criar estratégias, e não impor condições.

• Quando um usuário age de forma que prejudica seu tratamento ou o tratamento dos outros, há muitas maneiras de dizer e de mostrar isto a ele; contudo, não existe maneira alguma de recusar cuidados que não resulte em abandono. Responsabilidade exige firmeza, mas não é sinônimo de rigidez: pelo contrá-rio, quanto o trabalhador se mostra rígido, mais pretexto encontra para deixar de exercer funções que lhe cabem.

• se o vínculo e a responsabilização são laços que se fazem com cada um, eles adquirem firmeza crescen-te quando se entrelaçam uns aos outros. Assim se constrói a dimensão coletiva da solidariedade e da confiança na relação entre a equipe, os usuários e a comunidade.

• A qualidade de certas atividades das unidades básicas, como os grupos de gestantes, diabéticos, etc, é muito diferente, dependendo desta relação. Quando é conduzido de forma autoritária, um grupo de hipertensos não passa de uma reunião aborrecida, da qual todos querem sair o mais depressa possível; quando é flexível, pode tornar-se um espaço agradável de troca de experiências e de informações.

• sobretudo, a dimensão coletiva da relação equipe – usuários não se faz apenas nestas atividades gru-pais de objetivo técnico: requer a participação efetiva dos usuários na avaliação e na acompanhamento do trabalho da equipe. As comissões locais de saúde são um espaço importante para isto, mas muitos outros podem ser criados no cotidiano do serviço.

Conhecendo o funcionamento do serviço, seus avanços e seus problemas, os usuários tornam-se não apenas pacientes, mas parceiros responsáveis da sua equipe.

Objetivos

• Caso 1:Valorizar atitudes de respeito e tolerância às diferenças culturais nas relações estabelecidas com os usuários, comunidade e colegas de equipe;

• Caso 2:Refletir sobre o controle emocional e postura no trabalho.

ATIvIDADE xxv – ESTUDO DE CASO

Tempo estimado: 1 hora

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 49 22/2/2010 17:23:15

Page 50: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

50

Curso técnico em saúde Bucal

Material

• Papel kraft e pincel atômico.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em 4 grupos, nomeando 2 grupos responsáveis pelo caso 1 e dois grupos responsáveis pelo caso 2;

• solicitar a leitura, análise e registro das considerações sobre os casos;

• Eleger em cada grupo um coordenador e um relator, para apresentação em plenária;

Caso 1: Sr Antônio

Diariamente um profissional da saúde se dirige à casa do sr. Antônio. Certo dia, ao sair, a vizinha solicitou a sua presença para esclarecer algumas dúvidas sobre o horário de atendimento do médico na Unidade. Durante o diálogo, a vizinha indagou porque todos os dias ele visitava o sr. Antônio. O profissional respon-deu: Você não sabe? Ele está com Aids, coitado! A enfermeira me manda vir, para saber se os remédios estão sendo tomados todos os dias.

- Qual a sua análise do comportamento do profissional? Como você agiria?

• Caso 1: Refletir e registrar sua opinião sobre o comportamento do profissional e da vizinha do sr. Antônio, com o objetivo de valorizar atitudes de respeito e tolerância às diferenças culturais (costumes, crenças, tabus), religiosas, sexuais, raciais, econômicas e sociais nas relações estabelecidas com os usuários, comunidade e colegas de equipe;

Caso 2: Sr. André

André, técnico em saúde bucal, é conhecido por sua equipe de saúde como tendo temperamento forte, por vezes, explosivo. Devido às reclamações de alguns usuários, o gerente da unidade teve que adverti-lo sobre seu comportamento, ressaltando a importância da ética no desempenho de suas funções.

• Caso 2: solicitar que façam um paralelo entre o resultado de atitudes e posturas que são tomadas no impulso das emoções e aquelas tomadas depois que as mesmas são controladas e salientando na postura profissional.

Fechamento

• Complementar, se necessário, a análise realizada pelos grupos quanto ao comportamento dos profis-sionais nos dois casos.

Objetivo

• Elaborar um conceito de ética e outro para moral.

Material

• Papel A4, papel kraft e pincel atômico.

ATIvIDADE xxvI – ÉTICA E MORAL – CONSTRUçãO DE CONCEITO

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 50 22/2/2010 17:23:15

Page 51: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

51

Curso técnico em saúde Bucal

Desenvolvimento

• Considerando a discussão da atividade anterior e a partir dos seus conhecimentos, responda individual-mente a seguinte questão:

- Ética e moral - o que significam?

• Em plenária juntamente com a turma e a partir do registro individual, elaborar o conceito (coletivo) de ética e outro para moral;

• Fazer o registro do consolidado no quadro.

• Ler o texto a seguir e relacionar o conceito coletivo do grupo com o conceito do Leonardo Boff.

Fechamento

• sistematizar a atividade.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

ETICA E MORAL: qUE SIGNIFICAM?12

Face a crise generalizada de ética e de moral, importa resgatar o sentido originário das palavras. Ética e moral é a mesma coisa? É e não é.

1. O significado de Ética

Ética é um conjunto de valores e princípios, de inspirações e indicações que valem para todos, pois estão ancorados na nossa própria humanidade. Que significa agir humanamente?

O primeiro princípio do agir humano, chamado por isso de regra de ouro é esse: “não faças ao outro o que não queres que te façam a ti”. Ou positivamente: “faça ao outro o que quere que te façam a ti” Esse princí-pio áureo pode ser traduzido também pela expressão de Jesus, testemunhada em todas as religiões: “ama o próximo como a ti mesmo”. É o princípio do amor universal e incondicional. Quem não quer ser amado? Quem não quer amar? Alguém quer ser odiado ou se tratado com fria indiferença? Ninguém.

Outro princípio da humanidade essencial é o cuidado. toda vida precisa de cuidado. Um recém-nascido deixado à sua própria sorte morre poucas horas após. O cuidado é tão essencial que, se bem observarmos, tudo o que fazemos vem acompanhado de cuidado ou falta de cuidado. se fazemos com cuidado, tudo pode dar certo e dura mais. tudo o que amamos também cuidamos.

A ética do cuidado hoje é fundamental: se não cuidarmos do planeta terra, ele poderá sofrer um colapso e destruir as condições que permitem o projeto planetário humano. A própria política é o cuidado para com o bem do povo.

Outro princípio reside da solidariedade universal. se nossos pais não fossem solidários conosco quando nascemos e nos tivessem rejeitado, não estaríamos aqui para falar de tudo isso. se na sociedade não res-peitamos as normas coletivas em solidariedade para com todos, a vida seria impossível. A solidariedade para existir de fato precisa sempre ser solidariedade a partir de baixo, dos últimos e dos que mais sofrem. A solidariedade se manifesta então como com-paixão. Com-paixão quer dizer, ter a mesma paixão que o outro, alegrar-se com o outro, sofrer com o outro para que nunca se sinta só em seu sofrimento, construir junto algo bom para todos.

Pertencem também à humanidade essencial a capacidade e a vontade de perdoar. todos somos falíveis,

12 Disponível em: http://www.leonardoboff.com/site/vista/outros/etica-e-moral.htm. Acessado em 12/02/2010

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 51 22/2/2010 17:23:16

Page 52: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

52

Curso técnico em saúde Bucal

podemos errar involuntariamente e prejudicar o outro conscientemente. Como gostaríamos de ser per-doados, devemos também nós perdoar. Perdoar significa não deixar que o erro e o ódio tenham a última palavra. Perdoar é conceder uma chance ao outro para que possa refazer as relações boas.

tais princípios e inspirações formam a ética. sempre que surge o outro diante de mim, ai surge o imperativo ético de tratá-lo humanamente. sem tais valores a vida se torna impossível.

Por isso, ethos, donde vem ética, significava para os gregos, a casa. Na casa cada coisa tem seu lugar e os que nela habitam devem ordenar seus comportamentos para que todos possam se sentir bem. Hoje a casa não é apenas a casa individual de cada pessoa, é também a cidade, o estado e o planeta terra como casa comum. Eis, pois, o que é a ética. Vejamos agora o que é moral.

2. O significado de moral

A forma concreta como a ética é vivida, depende de cada cultura que é sempre diferente da outra. Um indígena, um chinês, um africano vivem do seu jeito o amor, o cuidado, a solidariedade e o perdão. Esse jeito diferente chamamos de moral. Ética existe uma só para todos. Moral existem muitas, consoante as maneiras diferentes como os seres humanos organizam a vida. Vamos dar um exemplo. Importante é ter uma casa(ética). O estilo e a maneira de construí-la pode variar(moral). Pode ser simples, rústica, moderna, colonial, gótica, contanto que seja casa habitável. Assim é com a ética e a moral.

Hoje devemos construir juntos a Casa Comum para que nela todos possam caber inclusive a natureza. Faz-se mister uma ética comum, um consenso mínimo no qual todos se possam encontrar. E ao mesmo tempo, respeitar as maneiras diferentes como os povos organizam a ética, dando origem às várias morais, vale dizer, os vários modos de organizar a família, de cuidar das pessoas e da natureza, de estabelecer os laços de solidariedade entre todos, os estilos de manifestar o perdão.

A ética e as morais devem servir à vida, à convivência humana e à preservação da Casa Comum, a única que temos que é o Planeta terra.

Objetivo

• Fundamentar o conceito de ética.

Material

• texto.

Desenvolvimento

• Fazer uma leitura global do texto com orientações a cada parágrafo;

• Grifar em cada parágrafo a ideia central (palavra chave);

• Dar títulos a cada parágrafo de acordo com a ideia central;

• Construir uma ou mais conclusões sobre o texto, de modo a ter uma visão de síntese do mesmo.

• solicitar aos alunos para grifar as palavras cujo significado seja desconhecido.

• Consultar o dicionário e acrescentar as palavras desconhecidas ao Glossário da turma.

ATIvIDADE xxvII – REFLExãO SOBRE ÉTICA

Tempo estimado: 1 hora

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 52 22/2/2010 17:23:16

Page 53: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

53

Curso técnico em saúde Bucal

Fechamento

• Enfatizar que a ética é um caminho para a garantia de relações mais dignas e humanas.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

REFLExÕES SOBRE A ÉTICA13

tereza Cristina Peixoto

O ser humano é o único animal ético, isto porque é um ser social, necessita de relações sociais para ser reconhecido e se conhecer.

É constituído a partir da relação com outro e influenciado em suas condutas pelos valores morais e culturais de sua época. Ao mesmo tempo em que é um ser particular, único, incompleto.

sua relação com o meio sócio cultural, não é passiva, uma vez que, age ativamente buscando atribuir sig-nificado a tudo que vive e assim construir sua identidade social, transformando consequentemente sua cultura e seu meio.

Bastante complexo, o ser humano, pertence a uma rede de relações interpessoais e em cada uma delas tem um papel e uma importância. Por exemplo, quando uma criança nasce, ela representa algo para a vida de sua mãe, que é diferente do que representa para o seu pai, sua avó, para o registro do cartório de sua cidade, para o IBGE de seu país, para o médico que fez seu parto, e vice-versa, etc. Enfim, está inserida em várias relações diferentes em que influencia ao mesmo tempo em que é influenciada, vivenciando uma ampla gama de experiências diversificadas.

Outra condição estritamente humana que é fundamental, é com relação ao livre arbítrio. “Como diz o poeta, o ser humano está condenado a ser livre”. Ele é obrigado a fazer escolhas em sua vida e até mesmo o fato de não escolher, simplesmente fazendo o que os outros querem, já é uma escolha.

Desta forma é obrigado a posicionar-se sempre em sua vida. As escolhas são influenciadas por sua história de vida, personalidade, experiências, relacionamentos, cultura, etc.

Mas, como foi dito, o ser humano pode transformar seu meio, não é fadado somente a repetir o que apren-deu e o que está determinado, é um ser criativo. Através de uma postura crítica e reflexiva pode mudar sua conduta e se posicionar em seu meio de modo mais assertivo.

Para isto, é necessário um certo distanciamento de si mesmo que permita refletir sobre suas possíveis ações e suas consequências. Lembrando que a liberdade é sempre comprometida com o laço social, pois o ser humano é um ser social.

A ética é a forma das pessoas viverem e se posicionarem, de fazerem escolhas. sendo que estas implicam necessariamente em perdas, em preferir algo, em seguir determinado caminho e não outro.

sabemos que lidar com perdas em nossa sociedade é muito difícil, principalmente pela grande cobrança de perfeição em que vivemos.

A aceitação da parcialidade das coisas, da impossibilidade de ser tudo ou agradar a todos e ser tudo o que se quer é pouco estimulada em nossa cultura.

Pode se fazer escolhas por determinada ação, pautadas em princípios generalistas, valores morais, extremis-tas, na maioria das vezes, com conceituações de certo, errado, feio, bonito, etc. Estas parecem considerar a vida humana como plena de verdades absolutas que sempre possibilitam definições feitas a priori, únicas e gerais para todos e em qualquer tempo.

todavia, os sujeitos podem fazer suas escolhas pautadas, diferentemente, numa ética da responsabilidade

13 Extraído de: Curso de humanização da atenção e gestão em saúde. tereza Cristina Peixoto (org). Belo Horizonte: Escola de saúde Pública de Minas Gerais/FUNED, 2006.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 53 22/2/2010 17:23:17

Page 54: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

54

Curso técnico em saúde Bucal

e solidariedade, comentada por Andre-Comte sponvile, que diz:

“a ética da responsabilidade quer que respondamos não apenas pelas nossas intenções ou nossos princípios, mas também pela consequência de nossos atos, tanto quanto é possível prevê-las”.

(1999:38)

O que requer reflexão sobre o contexto dos acontecimentos, diálogo entre as pessoas envolvidas, obten-ção de informações, reflexões, busca de conhecimentos e escolha livre com coerência pessoal na ação escolhida.

O termo ética foi escolhido por Aristóteles no séc. IV A.C., vem do grego “ethos”, que na época designava tanto o “lugar onde se enraízam as plantas”, “o ninho que abriga os animais”, quanto a “morada do homem”, significando igualmente, “caminho”, “comportamento”.

Para Aristóteles a ética é um saber prático, trata-se de um conhecimento daquilo que obtemos pela con-sequência de nossa ação e, portanto, depende de nós. Por sua vez, o saber prático distingui-se em práxis e técnica, a Ética é uma práxis.

Na práxis o agente, a ação e a finalidade do agir são inseparáveis. O ser humano é o que faz, e o que faz tem finalidade boa ou virtuosa. Desta forma sua ação o enriquece ao mesmo tempo em que possibilita seu reconhecimento social e pessoal. Por meio do trabalho, por exemplo, pode-se conhecer melhor quem executa a ação.

O trabalho ligado á práxis passa a ter muito mais significado do que puramente técnico. Na técnica, ao contrário, o agente, a ação e a finalidade da ação estão separados, sem relação de dependência.

Aristóteles nos ensina que não deliberamos e nem decidimos sobre o necessário, pois o necessário será sempre, independente de nós. Podemos deliberar e decidir sobre o possível, sobre aquilo que pode ou ser ou deixar de ser, porque o acontecimento depende de nós, de

nossa vontade e de nosso agir. (Cembranelli, 2001).

A primeira virtude então, para Aristóteles, é a prudência (phronesis), como sabedoria prática, na ação e para a execução da ação, sendo uma virtude que se põe a serviço de fins e se ocupa com a escolha dos meios.

A ética assim definida é uma reflexão crítica dos valores morais vigentes. A ação passa a ser realizada a partir da contextualização e não de uma definição feita a priori.

Através desta práxis, conseguimos também uma ética da solidariedade, em que sempre será necessário, escutar o outro, procurando se colocar em seu lugar, alcançando relações mais dignas e humanas para todos os envolvidos.

ReferênciasCembranelli,F. Um projeto de Humanização: para que. Para quem?, 2001. site: www.portalhumaniza.org.br

Morus, t. A Utopia e a Ética – 5ª ed., são Paulo: Atena (trad. de Luís de Andrade), 1958.

savater, F. Ética para meu filho – são Paulo: Matins Fontes, 2004.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 54 22/2/2010 17:23:17

Page 55: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

55

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xxvIII – CANTANDO A CULTURA BRASILEIRA

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Brasil, terra boa e gostosa Da moreninha sestrosa De olhar indiferente Ô Brasil, verde que dá Para o mundo admirá Ô Brasil, do meu amor terra de Nosso senhor Brasil,...Brasil! prá mim!... prá mim Ô, esse coqueiro que dá coco Oi onde eu armo a minha rede Nas noites claras de luar, Brasil... Brasil, Ô oi estas fontes murmurantes Oi onde eu mato a minha sede E onde a lua vem brincá Ôi, esse Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil Brasileiro terra de samba e pandeiro, Brasil!... Brasil!

Objetivo

• Valorizar a cultura brasileira através da música e dança.

Material

• Música: “Aquarela do Brasil”

Desenvolvimento

• Iniciar comentando com a turma: hoje iremos conhecer uma cultura diferente da nossa. Iremos fazer uma viagem à África:- Para que identifiquemos as similaridades e diferenças culturais do Brasil e da África, vamos primeiro

identificar algumas coisas da nossa cultura;- Em nosso tão vasto Brasil encontramos diversas culturas, mas nós brasileiros, temos uma identidade

que integra a diversidade e ritmos do povo brasileiro. O convite é para que cantemos esta identidade

brasileira com a música “Aquarela do Brasil”.

Fechamento

• Promover uma reflexão sobre os sentimentos traduzidos na letra de música.

AqUARELA DO BRASIL14

Ary Barroso

Brasil, meu Brasil Brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos Ô Brasil, samba que dá Bamboleio, que faz gingá Ô Brasil do meu amor terra de Nosso senhor Brasil, Brasil, prá mim, prá mim... Ô abre a cortina do passado tira a mãe preta do serrado Bota o rei congo no congado Brasil, Brasil! deixa cantar de novo o trovador A merencória luz da lua toda canção do meu amor... Quero ver a sá Dona caminhando Pelos salões arrastando O seu vestido rendado Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!

14 BARROsO, Ari. Aquarela do Brasil. In: BARROsO, Ari. samba cena brasileira - Primeira audição de Aracy Cortes - Intérprete Francisco Alves com Radamés Gnattali e sua Orquestra - Odeon 11.768A e Odeon 11.768B.1941.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 55 22/2/2010 17:23:17

Page 56: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

56

Curso técnico em saúde Bucal

Objetivo

• Valorizar o conhecimento da Cultura Popular para as Práticas de saúde.

Material

• Papel kraft, pincel atômico e fita crepe.

Desenvolvimento

• Iniciar com o seguinte comentário: quando trabalhamos com grupos comunitários é importante conhe-cermos a cultura do grupo, ou seja, seus hábitos, rituais, modos de pensar e produzir, crenças, valores, práticas de saúde, danças, história etc. Isto é importante para que nossas ações possam fazer sentido para o grupo e mobilizá-lo para participar das atividades;

• Dividir os alunos em subgrupos e orientar que respondam as seguintes perguntas, para apresentação em plenária:- O que você entende por cultura popular?- Quais atitudes da comunidade podem ser consideradas como culturais?- As pessoas da comunidade utilizam de conhecimentos da cultura popular para resolver seus problemas de saúde? Relate exemplos;- Qual a opinião do grupo sobre esta prática popular de saúde?

• Estimular a participação de todos os alunos, solicitando que para a apresentação, seja enfatizado as práticas de cultura popular e saúde de sua comunidade;

• Concluir a atividade promovendo a leitura circular do texto: Cultura Popular e saúde na África:- A leitura do texto é um convite para que possamos fazer uma viagem a África, e conhecer um pouco da cultura, hábitos, crenças e valores dos nossos irmãos africanos;- A nossa viagem será para tanzânia, no distrito de Lushoto, vamos voltar a 1980, através da leitura do texto que relata um fato acontecido na época;

• Após a leitura solicitar que os alunos retornem aos grupos originais do inicio da atividade e respondam nos grupos as perguntas a seguir:- Quais as razões para o comportamento da população?- Que sugestões vocês como profissionais da saúde dariam para a equipe de saúde da cidade de Lushoto?- Quais lições aprendemos através de nossa “viagem” à África?

• Encerrar a atividade destacando os seguintes pontos:-cultura é um jeito de ser de um povo. É vivendo mergulhados numa cultura que construímos nossa identidade, seja afirmando ou negando a cultura do lugar em que nascemos;-quando nos deparamos com uma cultura diferente, tendemos a desqualificá-la, tirar o seu valor, ou supervalorizar uma outra cultura em detrimento da nossa. Estas posturas inviabilizam o diálogo, a ação pedagógica e o verdadeiro encontro de pessoas;-é muito comum escutarmos as pessoas dizerem que Fulano de Tal é muito culto, tem muita cultura. Esta é a forma das pessoas dizerem que alguém tem muito conhecimento ou sabedoria sobre algo. Na realidade, todos nós temos cultura. Cultura relaciona-se a um sistema de significados (ética, valores, crenças, religião, sexualidade, tabus, danças, modos de produção, hábitos, etc) que são compartilhados

ATIvIDADE xxIx – CULTURA POPULAR E PRÁTICAS DE SAÚDE

Tempo estimado: 2 horas

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 56 22/2/2010 17:23:17

Page 57: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

57

Curso técnico em saúde Bucal

por grupos de pessoas. Portanto, todo grupo é produtor de cultura e foi produzido pelas culturas;-ainda escutamos falas de profissionais afirmando que Fulano ou sicrano é ignorante, sem cultura, com isto nega-se os saberes populares, e nos distanciamos, pois fica bem claro que estamos comunicando com nossa postura: “vocês não sabem de nada”. “eu é que tenho a verdade porque fiz faculdade e estudei (saber cientifico)” ou mesmo “vocês não sabem de nada porque são pobres, não tiveram acesso a nada. Eu mesmo sem ter feito faculdade tenho dinheiro, casas, roupas, boa comida, por isto tenho uma cultura melhor;”-enquanto pessoas e profissionais, não devemos pensar que não temos nada a aprender com os grupos da comunidade. Muito pelo contrário, quanto mais conhecemos a cultura de um grupo, mais poderemos realizar ações que façam sentido para este;

Fechamento

• Esclarecer que a Cultura Popular é tudo aquilo que é aprendido e partilhado pelos indivíduos de um determinado grupo e que confere uma identidade dentro de seu grupo. Nenhuma cultura é superior ou inferior, toda cultura é relativa. Por exemplo: A Cultura da África ou de Portugal são diferentes da cultura do Brasil, mas todas tem suas grandezas e valores.

TExTO DE LEITURA PARA DO ALUNO

CULTURA POPULAR EM SAÚDE NA ÁFRICA15

1ª parte

Alarme entre as autoridades de saúde da tanzânia na África. Peste, a velha doença assassina das massas está se espalhando rapidamente nas aldeias bastante povoadas do distrito de Lushoto, na fronteira nordeste com o Quênia. Registrada inicialmente na aldeia de Mkunki em 1980, em 1988 já se tinha espalhado por mais de 40 aldeias com centenas de pessoas morrendo todo ano. Como pode isto acontecer?

Peste, a Morte Negra que matou milhões na Europa Medieval e devastou países inteiros ainda não foi erradicada da face do planeta, como foi a varíola? A Peste parece ser uma reportagem de tempo há muito já passados! Hoje, no entanto, os aldeões de Lushoto podem dar uma descrição detalhada dos sintomas; febre alta, dores de cabeça violentas, ínguas em um ou nos dois lados do pescoço, nas axilas e nas viri-lhas. Eles podem descrever em primeira mão a sua experiência de como as vítimas, depois de alguns dias, começam a tossir sangue, perdem a consciência e, finalmente, morrem miseravelmente sem que, assim se acreditam, nada possa ser feito. Pior ainda, todos os que tenham entrado em contato próximo com o doente manifestarão em breve estes mesmos sintomas.

Hoje em dia a peste não é mais necessariamente fatal. Uma doença de ratos, causada por bactéria, que é transmitida aos homens por pulgas. Ela pode ser combatida efetivamente com antibióticos, especialmente a tetraciclina, mesmo num estágio adiantado. sem tratamento a doença mata inevitavelmente e, se não se efetuar a tempo o tratamento preventivo, quarentena das áreas afetadas e erradicação dos transmissores, a epidemia se espalhará rapidamente, especialmente em área muito povoadas.

Uma epidemia de peste pode ser contida efetivamente. Depois de a doença ter sido detectada em uma aldeia e comunicada aos serviços de saúde, um Centro de tratamento temporário é estabelecido, concen-trando e tratando as vítimas num edifício, enquanto os que entraram em contato com os doentes recebem

15 texto adaptado de: RIEDMILLER, s. tanzânia. Combatendo a peste. In: POstER, C; ZIMMER, J. (Org.). Educação Comunitária no Terceiro Mundo. Campinas, s.P. Papirus, 1995, 304 p. Cap. 4, p. 75-90. (série Educação Internacional do Instituto Paulo Freire).

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 57 22/2/2010 17:23:18

Page 58: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

58

Curso técnico em saúde Bucal

doses profiláticas de antibióticos. As casas das vítimas são pulverizadas para acabar com as infestações de pulgas e a aldeia, colocada em quarentena. Ninguém pode sair ou entrar na área até que a doença seja erradicada e o tratamento sanitário do ambiente tenha começado a eliminar ou pelo menos a reduzir a população de ratos e pulgas.

Porém, as medidas de controle em Lushoto não foram muito efetivas no passado. sanitaristas queixam-se de que os aldeões não cooperam: freqüentemente a ocorrência da doença não é comunicada, e os doentes não são levados aos hospitais para o tratamento. Em vez disso, eles são escondidos nas suas casas, sendo tratados por familiares e visitados pelos parentes, como manda a tradição. Então famílias e vizinhanças inteiras acabam morrendo em questão de semanas. Medidas de quarentena são ignoradas e as pessoas continuam viajando para aldeias vizinhas e distantes, onde adoecem e transmitem a epidemia para novas áreas.

Isto é um problema sério. Uma epidemia não pode ser controlada a não ser que as pessoas colaborem. Durante muitos anos esta falta de cooperação tem sido de fato a causa da rápida disseminação da doença do seu foco inicial. Por que os aldeões preferem esconder seus parentes até morrerem e não levam-nos aos hospitais para o tratamento? Por que não comunicam o curto para as autoridades? Por que ignoram a quarentena? Devem existir razões. As autoridades sanitárias de Lushoto estão diante destes difíceis dilemas:

• Por que as aldeias infectadas não cooperam?

• O que os aldeões sabem sobre a peste?

• O que eles acreditam que causam a doença?

• O que fazem para prevenirem-se e protegerem-se contra ela?

• Como tratam seus doentes?

• Por que não comunicam o surto até que muitos morram?

• Por que não cumprem as regras de quarentena?

Obviamente, qualquer política de educação sanitária só poderia ser efetiva quando as respostas para estas perguntas fossem conhecidas e compreendidas e pudessem ser discutidas com as pessoas.

2ª parte

As autoridades de saúde resolveram agir diferente. Decidiu-se que alguns aldeões das áreas afetadas deve-riam ser formados como sanitaristas de aldeia para ajudar na erradicação da peste. Esta formação serviria de estudo, usando métodos de formação e comunicação baseados na exploração dos conhecimentos atuais, crenças, atitudes e práticas dos futuros sanitaristas de aldeia, e ao mesmo tempo, capacitá-los para se comunicarem melhor com seus concidadãos nas aldeias sobre as causas, os sintomas, a prevenção e o tratamento da peste.

Em cada aldeia foram selecionadas pessoas na faixa etária de 25 a 40 anos com escolaridade básica, para serem capacitadas durante duas semanas. O objetivo do curso de capacitação era que os sanitaristas de aldeia ajudassem na erradicação da doença da seguinte maneira:

• Pela identificação dos sintomas;

• Comunicação imediata dos casos para autoridades de saúde da aldeia;

• Realização de métodos de controle feita por eles próprios;

• Educação dos aldeões sobre as causa, sintomas, prevenção e controle da peste realizadas pelos próprios aldeões.

Os instrutores do curso em vez de fazerem apenas perguntas resolveram usar o teatro para representar o que acontece numa aldeia com peste para depois discutir o assunto. Dez homens e mulheres foram preparados para representarem uma peça que mostrasse o que ocorre na aldeia quando as pessoas são infectadas pela peste. Foram dadas as seguintes instruções: três deles deveriam ter doenças comuns, como

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 58 22/2/2010 17:23:18

Page 59: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

59

Curso técnico em saúde Bucal

a malária ou problemas do estômago, enquanto outros três deveriam mostrar claramente os sintomas da peste, os demais podiam escolher papéis de acordo com a conveniência.

As representações mostraram vivamente como todos os pacientes foram um a um levados por seus fami-liares ao curandeiro local para diagnose e tratamento. Os pacientes com peste faziam todos parte de uma mesma família. Na peça todos os pacientes doentes receberam algumas ervas como tratamento e os três pacientes que não estavam com a peste recuperavam-se, enquanto que o estado de saúde dos pacientes com peste deteriorou. O curandeiro realizou um ritual, chamado em sua língua de Kupinga Ramli para descobrir o problema e diagnosticou a “maldição de quebrar um pote de cozinha”, chamado de Kupasua chungu, para o qual o tratamento com rezas e rituais não teve sucesso. Os atores morreram ao final da peça.

Esta representação muito realista causou muita emoção e risadas entre os participantes do curso e desen-cadeou uma viva discussão sobre a crença na “maldição de quebrar o pote de cozinha”, que muitos aldeões tinham visto como causa dos sintomas da peste. O que a maldição revelou foi o seguinte:

De acordo com as crenças locais Kapasua chungu é uma das maldições mais poderosas que podem ser lançadas contra inimigos pessoais. Diz-se que é praticada quando alguém faz algo muito ruim no conceito das pessoas, como por exemplo, roubar semente dos campos cultivados, ou contra alguém a acuse outros de fazer tal coisa.

Qualquer doença séria, especialmente se mata pessoas da mesma família e é resistente ao tratamento com ervas, será suspeita de ter sido causada pela maldição. Como as duas condições se aplicam para os doentes de peste, seus pacientes são frequentemente diagnosticados como vítima da maldição.

De acordo com as crenças tradicionais, essa doença só pode ser curada quando os pedaços enterrados do pote de cozinha forem encontrados e uma cabra ou uma ovelha for sacrificada segundo os rituais prescritos e comida junto com uma bebida especial de ervas. Como os pedaços são enterrados em lugar longe na mata, é difícil descobri-los e uma família inteira acaba morrendo, sem que a cura possa ser encontrada.

Na medida em que a maldição Kapasua chungu é o feitiço mais poderoso que pode ser lançado e requer que alguém se suicide, seu diagnóstico é uma grande vergonha para a família, pois deve ter havido algum ato horrível e maldoso para atrair esta maldição. É por isto que os pacientes com os sintomas são escon-didos e não são levados ao hospital.

A representação teatral e a discussão que se seguiu deram importantes informações sobre os conhecimentos, atitudes, crenças e costumes da aldeia em relação à peste que talvez expliquem os problemas encontrados pelas autoridades de saúde nas suas tentativas de combater a doença. A vergonha e os sentimentos de culpa envolvendo a maldição Kupasua chungu são provavelmente as razões pelas quais os pacientes com peste não são levados para tratamento, infectando assim os outros.

Quando autoridades de saúde encontram essas crenças em feitiçarias e em causa não explicadas pela ci-ência, eles tendem a ridicularizá-las, argumentando que feitiçaria e maldições são besteiras supersticiosas. Isso não convence seus ouvintes. Há ampla evidência que mesmo informações detalhadas sobre as causas científicas da doença não afastam as crenças nas feitiçarias, mesmo as pessoas que conhecem a explicação científica da doença. Entretanto, a peste não pode ser erradicada sem se combater as práticas descritas anteriormente. Consequentemente, decidiu-se desenvolver um argumento relativo à peste que respeitasse a lógica da crença Kupachua chungu e que pudesse assim ser testada nos participantes do curso para que eles mesmos pudessem estar convencidos de que queriam educar os aldeões sobre as causas e as formas de controle da peste.

A lógica da crença poderia ser facilmente usada como evidência em contrário com o seguinte argumento:

A doença não poderia ser causada pela maldição Kupachua chungu porque esta mata inevitavelmente e a doença pode ser facilmente curada com a tetraciclina, como foi demonstrado em alguns casos. Esse argu-mento provou ser tão convincente entre os participantes do curso que provocou uma grande curiosidade sobre a peste; se a doença não é causada pela maldição, então de onde ela vem?

Os participantes do curso então resolveram educar seus concidadãos através de peças de teatro que re-tratavam uma situação em que os doentes de peste eram curados. O curso aqui descrito foi realizado em

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 59 22/2/2010 17:23:18

Page 60: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

60

Curso técnico em saúde Bucal

fevereiro de 1988. Nos oito anos anteriores mais de 300 aldeões no distrito de Lushoto tinham morrido de peste – 50 por ano precedente ao curso. No ano seguinte do curso, mediante o trabalho dos sanitaristas de aldeia, a pronta comunicação ocorrência da doença e a pulverização intensiva das áreas afetadas, não houve mortos nas aldeias onde haviam sanitaristas que participaram do curso. Numa aldeia que ainda não tinha sido incluída na campanha e não havia ninguém treinado para identificar os sintomas, houve 3 mortos. É bem possível que em poucos anos a peste no distrito de Lushoto venha a pertencer à história, tal como aconteceu na Europa há tempos atrás.

Objetivo

• Identificar as condições para promoção do encontro entre o saber popular e o saber científico.

Material

• texto: “Programa soro, Raízes e Reza”.

Desenvolvimento

• Viajamos para África, com a leitura do texto da atividade XXIX, onde aprendemos sobre assuntos impor-tantes. O convite neste momento é para viajarmos para Maranguape, uma cidade no interior do Ceará e conhecermos uma experiência valiosa. Novamente, nossa viagem será através da leitura;

• solicitar que a turma faça uma leitura coletiva do texto;

• Dividir a turma em grupos;

• Responder nos grupos as seguintes questões, para apresentação em plenária;-Que similaridades podemos identificar entre o caso da África e o caso de Maranguape? -O que eles têm em comum?-Como estes “encontros” e “confrontos” entre o saber popular e o saber científico vem acontecendo?-Que condições são necessárias para que aconteça este “encontro” de saberes no território?-Quais grupos da Rede Social da comunidade contribuíram para o sucesso desta iniciativa?-Como podemos abordar a rede social da comunidade de forma a construir práticas de saúde eficazes e com a participação da comunidade?

Fechamento

• Finalizar a atividade expondo a seguinte ideia:• Ambas as experiências foram bem sucedidas porque se criou condições para que acontecesse o DIÁLOGO entre os dois saberes;• somente a partir do diálogo, onde um saber se abre para entender os conhecimentos, as crenças e lógica do outro, é que podemos construir ARGUMENtOs capazes de transformar práticas e comportamentos;• A condição básica para haver o DIÁLOGO é que se cultive uma relação onde haja um clima de confiança e respeito mútuo entre os moradores da comunidade e profissionais da saúde;• É a partir deste clima de diálogo e confiança que podemos construir práticas de saúde eficazes, pois muitas vezes a comunidade tende a reproduzir comportamentos que vem do tempo de seus avós sem refletir sobre sua eficácia. Por exemplo, o costume de colocar fumo no umbigo de crianças é uma tradição que causa danos à criança e que pode ser explicado pelo saber científico. Por outro lado, sem o respeito e

ATIvIDADE xxx – APRENDER FAZENDO

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 60 22/2/2010 17:23:18

Page 61: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

61

Curso técnico em saúde Bucal

consideração pelas práticas de saúde da tradição popular, não podemos dialogar com a comunidade para desconstruir um saber e sim no sentido de promover uma mudança de comportamentos como o citado acima, que colocam em risco a saúde das pessoas.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

PROGRAMA SORO, RAÍZES E REZAS16

O poder público pode melhorar o acesso da população à saúde na medida em que integrar o saber dos profissionais biomédicos ao saber tradicional das rezadeiras locais.

Histórico

Em Maranguape – CE (90 mil hab.), até 1998, constatava-se um elevado índice de mortalidade infantil, como resultante da pobreza e da ausência de médicos. Em 1999, uma nova gestão municipal, preocupada em garantir melhor qualidade de vida à população, ampliou para 19 o número de médicos. No entanto, diferentemente do que se esperava, a mortalidade infantil continuou elevada e 40% dos óbitos em menores de um ano eram decorrentes de causas evitáveis, como diarreia.

A partir disso, uma equipe multidisciplinar da secretaria de saúde decidiu compreender melhor o que estava se passando e realizou processos de Autópsia verbal de cada óbito de criança menor de um ano. A Autópsia Verbal consiste na investigação de todas as circunstâncias que levaram à morte da criança. A partir destas Autópsias, a equipe percebeu que várias crianças morriam de diarreia, que facilmente teria sido superada pela hidratação oral. E muitas das crianças, antes de morrer, haviam sido levadas até as rezadeiras – pessoas de confiança da comunidade às quais muitas pessoas recorrem quando têm algum problema de saúde. As rezadeiras, diante da diarreia, concentravam-se na “reza”, deixando a hidratação da criança em um segundo plano, chegando muitas vezes a orientar a suspensão de qualquer tipo de alimentação.

A equipe concluiu que, para interferir na realidade e diminuir a mortalidade infantil decorrente de diar-reia, não poderia ignorar a existência das rezadeiras do município. Pelo contrário, deveria conhecê-las e envolvê-las na hidratação das crianças. seria preciso reconhecer o papel destas lideranças comunitárias e estabelecer um diálogo para aprender o que elas sabiam, ensinar-lhes novas alternativas para atender as crianças e aproveitar a sua penetração na comunidade. Por outro lado, seria preciso também que os profissionais biomédicos tivessem disponibilidade para aprender com estas rezadeiras, compreendendo o significado da “reza” na efetivação da cura. Na medida em que os profissionais de saúde ouvissem as rezadeiras, a equipe acreditava que seria mais fácil também que as rezadeiras ouvissem os biomédicos. A partir desta troca, um novo saber emergeria, permitindo melhorar a saúde da comunidade. Começou a implementação do Programa Soro, Raízes e Rezas.

Implementação

Num primeiro momento, em 1999, os 135 Agentes Comunitários de saúde de Maranguape foram convidados a identificar, em sua comunidade de atuação, as rezadeiras existentes. Em seguida, os Agentes Comunitários contataram estas pessoas para saber se gostariam de se cadastrar junto à secretaria de saúde para um trabalho conjunto. Naquele momento, 155 rezadeiras se cadastraram.

Para estas rezadeiras, a iniciativa da secretaria de saúde significava um reconhecimento por parte do poder público quanto à importância de seu trabalho. A partir do cadastramento, foram realizados três tipos de ações.

• Um primeiro bloco de ações voltava-se à valorização do “dom da reza” e à troca de saberes entre as pró-

16 PAULICs,V. Programa soro, raízes e rezas. Boletim Dicas: ideias para ação municipal, Instituto Pólis, são Paulo n. 211, 2003.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 61 22/2/2010 17:23:19

Page 62: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

62

Curso técnico em saúde Bucal

prias rezadeiras. Ainda que o conhecimento de uma rezadeira não seja partilhado com outra rezadeira, sempre há possibilidade de diálogo com assistência biomédica, em especial com as equipes de saúde da Família. Para esta troca de experiências, foram realizados dois encontros, que foram momentos de reconhecimento, por parte do poder público, do valor do trabalho de rezadeiras para a comunidade e para a superação da morbimortalidade infantil no município.

• Um segundo bloco de ações estava ligado à integração entre a rezadeira e a equipe de saúde da Família que atuam numa mesma comunidade. Constatava-se que não apenas as rezadeiras não confiava no saber do médico, como o médico tampouco considerava válida a ação da rezadeira. Desta maneira, mantinham-se um abismo entre as ações biomédicas e o saber tradicional. Com isto, perdia principal-mente a comunidade que, na dúvida, preferia seguir as indicações da rezadeira, uma vez que esta era uma figura de maior confiança e mais próxima de seu cotidiano. Era preciso mudar a relação entre os dois grupos para tornar suas ações complementares e cooperativas. Para tanto, foi preciso que dois gru-pos compreendessem os limites de suas ações e fossem encorajados a encaminhar a população para o médico (no caso da rezadeira) ou para a rezadeira (no caso do médico). As reuniões conjuntas realizadas nas unidades de saúde da Família favoreceram este contato e a troca de experiências, superando os preconceitos recíprocos.

• Um terceiro bloco de ações dizia respeito à capacitação das rezadeiras para que sua “reza” não impedisse a superação da situação de diarréia, como ocorria, na medida em que orientavam a suspensão de todo tipo de alimento e, não raro, procuravam hidratar a criança com chás e infusões. Orientavam para a utilização de água filtrada e, inclusive, na preparação do soro usar colher de cabo longo para misturar o soro sem que a mão entrasse em contato com o mesmo. também foi ensinada a maneira de se utilizar o filtro de água. Para que as mães das crianças com diarreia fossem motivadas a administrar o soro aos seus filhos, as rezadeiras passaram também a benzer o soro, fortalecendo as recomendações dos profissionais biomédicos quanto ao seu uso para hidratar a criança e superar a diarreia, evitando o óbito infantil.

Resultados

O Programa Soro, raízes e Rezas reconhece que “acesso” à saúde é mais do que haver profissionais bio-médicos e equipamentos disponíveis para atender a população. A garantia de acesso depende também do estabelecimento de uma relação de confiança recíproca entre o profissional de saúde e o que busca aten-dimento aos seus males. Ao reconhecer o novo significado de “acesso” aos serviços de saúde, o Programa também reconhece o conhecimento produzido pela população e por suas lideranças. Ao serem tratados de igual para igual, têm sua cidadania reconhecida.

Do ponto de vista das rezadeiras, há uma mudança em sua auto-estima: passam a ter clareza de sua capa-cidade de transformação. Deixaram de ser vistas como elementos do folclore, para serem vistas pelo poder público como cidadãs detentoras de um saber e de uma capacidade de diálogo com a comunidade que o sistema de saúde convencional não alcança.

Do ponto de vista do poder público, a valorização das rezadeiras como agentes públicos de saúde permite ampliar a capilaridade do sistema, especialmente no que diz respeito à porta de entrada para o atendimento.

Os médicos, por sua vez, ao se alienarem e aprenderem com o saber tradicional da população e das re-zadeiras, ganharam força na medida em que são recomendados por elas. Os óbitos por diarreia foram reduzidos para 5% do total de óbitos em menores de um ano. O Programa Soro, Raízes e Rezas é um dos cinco destaques do Ciclo de premiação de 2003 do programa Gestão Pública e Cidadania.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 62 22/2/2010 17:23:19

Page 63: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

63

Curso técnico em saúde Bucal

Objetivo

• Compreender a educação popular como um jeito especial de conduzir o Processo Educativo em saúde.

Material

• texto: “Uma Concepção de Educação Popular em saúde.

Desenvolvimento

• Fazer a leitura circular do texto;

• solicitar que cada aluno responda as questões abaixo:- De que forma surgiu a Articulação Nacional de Educação Popular em saúde?- Como são realizadas as Práticas de Educação Popular nos serviços de saúde?- Qual a perspectiva defendida pela Conferência de Alma Ata?

• Após questões respondidas, solicitar aos alunos que participem de um debate em plenária, para siste-matização da atividade proposta.

Fechamento

• Finalizar salientando que a educação popular não é apenas uma atividade a mais nos serviços de saúde, mas sim uma ação que reorienta as práticas ali executadas, contribuindo para a superação do biologi-cismo, do autoritarismo de doutor, desconsideração pelas iniciativas do doente e seus familiares e da imposição de soluções técnicas restritas para problemas sociais globais.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

UMA CONCEPçãO DE EDUCAçãO POPULAR EM SAÚDE17

Eymard Mourão Vasconcelos

A educação em saúde é o campo de prática e conhecimento do setor saúde que tem se ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar e fazer cotidiano da população. Diferentes concepções e práticas têm marcado a história da educação em saúde no Brasil.

Qual é o papel atual da educação popular nos serviços de Atenção Primária à saúde? A resposta a estas questões vem sendo buscada e construída através de múltiplas experiências em andamento em diferentes municípios brasileiros.

Em 1990, vários profissionais de saúde, presentes no III simpósio Interamericano de Educação em saúde realizado no Rio de Janeiro pela União Internacional de Educação em saúde, perceberam a grande distância entre a metodologia educativa praticada em experiências marcadas pela integração junto aos movimentos

17 VAsCONCELOs, Eymard Mourão. Uma concepção de Educação Popular em saúde. In: EsCOLA tÉCNICA DE sAÚDE PROFª VALÉ-RIA HORA. Curso técnico de agente comunitário de saúde:Guia Curricular do Módulo 1. Alagoas, 2005. [texto adaptado].

ATIvIDADE xxxI – EDUCAçãO POPULAR EM SAÚDE

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 63 22/2/2010 17:23:20

Page 64: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

64

Curso técnico em saúde Bucal

sociais e a metodologia privilegiada pelo simpósio, voltada para o aperfeiçoamento de técnicas de difusão de conhecimentos e de mudança de comportamento.

Desta insatisfação começou a ser estruturada a Articulação Nacional de Educação Popular em saúde, que em 1999 se transformou na Rede de Educação Popular e saúde, de cuja coordenação faço parte. Este movimento realizou, no final de 1991, o I Encontro Nacional de Educação Popular em saúde, em são Paulo. Nesta ocasião e em outras, como encontros estaduais e várias reuniões realizadas por profissionais envolvidos com a questão, nota-se que apesar da diversidade de modalidades de atuação presente, vão aos poucos se delineando os contornos do que seria uma adequação da metodologia da educação popular para a atual conjuntura política e institucional. são contornos ainda pouco precisos, cuja leitura depende muito do olhar de quem os analisa. Assiste-se, então, à construção coletiva de um saber sobre a relação entre técnicos de saúde e a população.

Uma grande parte das práticas de educação popular nos serviços de saúde está hoje voltada para a su-peração do fosso cultural existente entre a instituição e a população, em que um lado não compreende a lógica e as atitudes do outro. Nestas experiências, isto é feito a partir de uma perspectiva de compromisso com os interesses políticos das classes populares, mas reconhecendo, cada vez mais, a sua diversidade e heterogeneidade. Assim, priorizam a relação com os movimentos sociais locais por serem expressões mais elaboradas destes interesses. Atuando a partir problemas de saúde específicos ou de questões ligadas ao funcionamento global do serviço, buscam entender, sistematizar e difundir as lógicas, os conhecimentos e os princípios que regem a subjetividade dos vários atores envolvidos, de forma a superar as incompreensões e mal entendidos ou tornar conscientes e explícitos os conflitos de interesse.

Nestas iniciativas de educação popular em saúde se dá uma grande ênfase à estruturação de instrumentos de ampliação dos canais de interação cultural e de negociação (cartilhas, jornais, assembleias, reuniões, cursos, visitas, etc.) entre os diversos grupos populares e os diversos tipos de profissionais.

A partir de posturas como esta, tem-se assistido, em alguns locais a emergência de novos padrões de en-frentamento dos problemas de saúde marcados pela integração entre o saber técnico e o saber popular e pela mútua colaboração. Nesse sentido, a educação em saúde deixa de ser uma atividade a mais realizada nos serviços para ser algo que atinge e reorienta a diversidade de práticas ali realizadas. Passa a ser um instrumento de construção da participação popular nos serviços de saúde e, ao mesmo tempo, de apro-fundamento da intervenção da ciência na vida cotidiana das famílias e da sociedade. Apesar deste processo vir ocorrendo no Brasil de forma fragmentada em experiências e iniciativas marcadas pela transitoriedade, tal constatação coincide com a percepção de autores situados em outros países, como MACDONALD e WARREN (1991) da Austrália, respectivamente:

a educação é um mero componente da Atenção Primária à saúde. Antes disto, esta é em sua totalidade, um processo eminentemente educativo na medida em que, na perspectiva defendida pela Conferência de Alma Ata, se baseia no encorajamento e apoio para que as pessoas e grupos sociais assumam um maior controle sobre sua saúde e suas vidas (p.39).(...)grande parte do que Paulo Freire diz sobre o processo educativo é diretamente aplicável à Atenção Primária à saúde. Nós afirmamos ainda mais: a metodologia educativa de Paulo

Freire é uma sólida base para se atingir uma atenção a saúde integral(p.44).

A educação popular não é o único projeto pedagógico a valorizar a diversidade e heterogeneidade dos grupos sociais, o compromisso com as classes subalternas, as iniciativas dos educandos e diálogo entre o saber popular e o saber científico. Mas para setor saúde brasileiro, a participação histórica no movimento de profissionais que busca romper com a tradição autoritária e normatizadora da relação entre os serviços de saúde e a população. Apesar de uma certa crise do conceito de educação popular nos novos tempos, é ele que vem servindo para identificar e instrumentalizar a diversidade de práticas emergenciais.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 64 22/2/2010 17:23:20

Page 65: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

65

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xxxII – REFLExãO COM FÁBULA

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Objetivo

• Refletir sobre nossas aptidões e motivações perante a vida.

Material

• texto (Fábula).

Desenvolvimento

• Leitura coletiva da Fábula “Águia ou Galinha?”;

• Após leitura da fábula, promover discussão sobre a seguinte questão:

Em que a fábula nos faz refletir sobre nosso trabalho no sistema Único de saúde?

Fechamento

• sistematizar juntamente com a turma a mensagem traduzida nesta fábula.

TExTO DE LEITURA PARA O ACS

ÁGUIA OU GALINHA?18

Um certo homem, enquanto caminhava por uma floresta, encontrou um filhote de águia, machucado e desprotegido. Levou-o para casa, colocou no seu galinheiro, onde ele cresceu e aprendeu a se alimentar como as galinhas e a se comportar como elas.

Um dia, um biólogo que ia passando por ali, perguntou-lhe por que uma águia, a rainha de todos os pás-saros, deveria ser condenada a viver no galinheiro como as galinhas.

“ – Depois que lhe dei comida de galinha e a eduquei para ser uma galinha, ela nunca aprendeu a voar – replicou o dono. – Comporta-se como uma galinha, portanto, não é mais uma águia”.

“ – Mas - insistiu o biólogo – ela tem coração de águia e certamente poderá aprender a voar”.

Depois de falar muito sobre o assunto, os dois homens concordaram em tentar mudar o comportamento da águia. Cuidadosamente, o cientista pegou a águia nos braços e disse: ”- Você pertence aos céus e não à terra. Bata bem as asas e voe! “.

A águia, entretanto, estava confusa; não sabia quem era e, vendo as galinhas comendo, pulou para ir juntar-se a elas. Inconformado, o biólogo levou a águia, no dia seguinte para uma alta montanha. Lá, segurou a rainha dos pássaros bem no alto e encorajou-a de novo, dizendo:

18 Autor Desconhecido. In.: Escola técnica de saúde Profª Valéria Hora – UNCIsAL. Manual de dinâmicas. Maceió, 2005.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 65 22/2/2010 17:23:21

Page 66: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

66

Curso técnico em saúde Bucal

Você é uma águia. Você pertence ao céu e a terra. Bata bem as asas, agora, e voe!

A águia olhou em torno, olhou para o galinheiro e para o céu. Ainda não voou. Então o cientista levantou-a na direção do sol e a águia começou a tremer e, lentamente, abriu as asas. Finalmente, levantou voo para o céu.

Pode ser que a águia ainda se lembre das galinhas, com saudades; pode ser que ainda, ocasionalmente, torne a visitar um galinheiro. Mas até onde foi possível saber, nunca mais voltou a viver como galinha. Ela era uma águia, embora tivesse sido mantida e domesticada como galinha.

será que, sendo águias, muitas vezes não estamos vivendo entre galinhas e agindo como galinhas?

viver é ter coragem, é assumir, é ser consciente, é ser alguém, sem ser apenas mais um. Precisamos, na vida, de alguém que nos leve a realizar o que podemos fazer, ou seja, a voar como águias. Nisso, também, reside a função de um amigo. O resto é o nosso querer, pois a ação de mudar é nossa.

Objetivo

• Vivenciar e avaliar ações de Educação em saúde.

Material

• Papel A4, papel kraft e pincel atômico.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em 4 grupos, sendo dois responsáveis pelo nº 1 e dois pelo nº 2.

GRUPO 1

• Ler a atividade do grupo 1 e responder as questões propostas.

ATIvIDADE GRUPO 1

O diagnóstico comunitário da área de abrangência do PsF Angola apontou como uma das principais causas de morbidade, a depressão em mulheres na faixa etária de 40 a 59 anos e em fase de climatério. Observou-se, também, que a maioria da comunidade era formada de mulheres donas de casa e que estas não tinham opção de lazer. Diante dessa situação, foi proposta a criação de um grupo de educação em saúde.

questões para o nº 1:

• O que é grupo?

• Quais os tipos de grupos existentes em sua equipe e o que os caracterizam?

• Planeje um grupo de educação em saúde para o problema acima.

GRUPO 2

• Ler a atividade do grupo 2 e responder as questões propostas.

ATIvIDADE xxxIII – FAZENDO EDUCAçãO EM SAÚDE

Tempo estimado: 2 horas

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 66 22/2/2010 17:23:21

Page 67: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

67

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE GRUPO 2

o diagnóstico do PsF Angola foram identificadas as seguintes situações que poderiam ser trabalhadas com uma ação de Educação em saúde:

a) Dst e gravidez na adolescência;

b) Cuidados higiênicos para crianças na faixa etária escolar;

c) Planejamento familiar para mulheres de baixo nível de escolaridade;

• Escolha um dos temas (a, b ou c) e crie uma dramatização para apresentação em plenária.

questões para o nº 2:

• Quais estratégias foram utilizadas para realização da dramatização?

• Quais os elementos utilizados para a preparação e realização da dramatização?

• Quais os passos para montar uma dramatização?

Fechamento

• sistematizar ressaltando que existem inúmeros métodos utilizados para se fazer educação em saúde, como palestras, oficinas, grupos, rodas de discussão, atividades lúdicas e etc.

Objetivo

• Conhecer o Plano de Contingência da Dengue em Minas Gerais – 2009.

Material

• Papel A4, texto.

Desenvolvimento

• Promover uma discussão a partir do gráfico e questões a seguir:

ATIvIDADE xxxIv – PLANO DE CONTINGÊNCIA DA DENGUE EM MINAS GERAIS

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 67 22/2/2010 17:23:21

Page 68: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

68

Curso técnico em saúde Bucal

CASOS DE DENGUE NOTIFICADOS:

CASOS DE DENGUE NOTIFICADOS

2005 2006 2007 2008 2009

20.293 41.373 44.125 79.223 80.683

1)Analisando os dados apresentados no gráfico, como você avalia a incidência da Dengue em Minas Gerais?2)Qual o ano ocorreu maior incidência dos casos notificados?3)Como você analisa os casos de Dengue no período de 2005-2009?4)Diante dos dados, você identificou a necessidade de intervenção emergencial para o controle e combate a dengue?5)Você conhece algum plano para enfrentamento e controle em caso de epidemia?

• Após discussões, promover a leitura do texto “Plano de Contingência da Dengue em Minas Gerais”, para maiores esclarecimentos.

Fechamento

• sistematizar salientando que a partir do Programa Nacional de Controle da Dengue, cada Estado criou o seu plano de enfrentamento, combate, controle e prevenção da Dengue;

• Discutir a importância da notificação dos casos suspeitos para o planejamento de enfrentamento e controle em caso de epidemia.

2005 2006 2007 2008 2009

20.2

93

41.3

73

44.1

25

79.2

23

80.6

83

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 68 22/2/2010 17:23:22

Page 69: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

69

Curso técnico em saúde Bucal

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

PLANO DE CONTINGÊNCIA DA DENGUE EM MINAS GERAIS19

1. INTRODUçãO

A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e que se manifesta de maneira variável desde uma forma assintomática, até quadros graves e hemorrágicos, podendo levar ao óbito. É a mais importante arbovirose que afeta o homem e vem se apresentando como um sério problema de saúde pública. No Brasil, e também em outros países tropicais, as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor. segundo dados da Organização Mundial de saúde (OMs), a dengue atinge 100 países em todos os continentes, com exceção da Europa, e aproximadamente 50 milhões de pessoas se infectam todos os anos, ocorrendo cerca de 500.000 casos de Febre Hemorrágica da Dengue e 21.000 óbitos. O aumento da morbimortalidade parece estar associado ao acesso aos serviços de saúde e ao tratamento adequado, que requer o conhecimento das várias especificidades da doença. segundo dados da OMs, o não tratamento ou tratamento inadequado levam a altas taxas de mortalidade por FHD, em torno de 50%, enquanto o tratamento precoce reduz a mortalidade para 1 a 3%. Diante do perfil de ocorrência da dengue nos últimos anos no estado de Minas Gerais, da magnitude e do grau de letalidade dos casos de Febre Hemorrágica da Dengue e da possibilidade de ocorrência de epidemias nos períodos chuvosos, a secretaria Estadual de saúde lança em 2009 o “Plano de Contingência da Dengue em Minas Gerais”, no intuito de propor diretrizes para organização da assistência no caso de uma situação de contingência.

O Plano de Contingência é um documento elaborado para organizar o enfrentamento de uma situação anormal, cujas consequências possam provocar sérios danos a pessoas, ao meio ambiente e a bens pa-trimoniais, inclusive de terceiros. No plano, devem ser definidas as responsabilidades, estabelecidas uma organização para atender a uma emergência e detalhadas informações sobre as características da área envolvida. É um documento desenvolvido com o intuito de treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e combate às ocorrências anormais.

2. OBjETIvO

O objetivo do Plano de Contingência é diminuir a morbimortalidade relacionada à possíveis epidemias de

dengue no estado de Minas Gerais.

3. jUSTIFICATIvA

A diminuição da morbimortalidade está associada ao tratamento precoce da dengue e à resolutividade da Atenção Primária à saúde (APs), já que esta é a porta de entrada preferencial e é a que está mais próxima do usuário, permitindo, assim, a identificação de casos e a intervenção precoce.

A qualificação dos profissionais de saúde pode reduzir a mortalidade por dengue, visto que quanto maior o número de casos atendidos, maior é a habilidade que o profissional desenvolve para manejar o quadro clínico.

Para organizar a assistência aos pacientes com suspeita de dengue definiu-se assim linhas de ação caso ocorra uma epidemia em alguma região do estado de Minas Gerais, no intuito de reduzir a morbimortali-dade relacionada à doença.

19 síntese do Plano de Contingência da Dengue em Minas Gerais/2009. BRAsIL. secretaria de Estado de saúde de Minas Gerais – sEs/MG. Plano de Contingência da Dengue em Minas Gerais. Minas Gerais. secretaria de saúde, 2009. Manuais. 23p. Disponível em: http://www.saude.mg.gov.br/publicacoes/linha-guia/manuais/plano-de-contingencia-da-dengue/Plano-contingencia-dengue.pdf

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 69 22/2/2010 17:23:23

Page 70: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

70

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xxxv – ENCONTROS GRUPAIS

Tempo estimado: 2 horas

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

4. LINHAS DE AçãO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA DA DENGUE EM MINAS GERAIS – 0BjETIvOS GERAIS:

4.1- Divulgação do Plano de Contingência da Dengue em Minas Gerais

Informar sobre quais são as áreas de risco e divulgar as linhas de ação para a construção do Plano Municipal de Contingência da Dengue.

4.2- Campanha Hidratação Precoce

Propiciar o início precoce da hidratação, reduzindo assim a morbimortalidade relacionada à doença.

4.3. Garantia do Manejo Clínico da dengue conforme evidências

Qualificar os profissionais para estratificar o risco dos usuários, diagnosticar precocemente a dengue e re-alizar o manejo clínico adequado, baseando-se nas evidências disponíveis. Essas ações permitirão o início precoce do tratamento,minimizando as chances de evolução desfavorável.

4.4- Garantia da qualidade da atenção

Garantir a qualidade, eficácia e eficiência do serviço prestado, o que reduz o risco de complicações e mor-talidade. Além disso, essas ações permitem que o usuário seja atendido no ponto de atenção adequado e garantem a continuidade do tratamento.

4.5- Garantia de materiais, equipamentos, medicamentos e outros insumos necessáriosGarantir a disponibilidade dos materiais e insumos necessários nos pontos de atenção caso ocorra aumento súbito dos casos de dengue.

4.6- Garantia de acesso aos serviços de saúde

Diminuir o tempo para realizar as transferências para a unidade de atenção à saúde adequada o que, con-sequentemente, reduz riscos e complicações.

4.7- Transporte sanitário

Garantir que o usuário chegue ao ponto de atenção adequado para o atendimento, em tempo hábil, evi-tando assim evolução desfavorável.

4.8- Estruturação assistencial e logística de contingência para a dengue

Estruturar a assistência e a logística de contingência para a dengue nos municípios de alto e médio risco, de forma que os mesmos possam responder rapidamente diante de uma situação de epidemia instalada, proporcionando o atendimento adequado dos pacientes.

Objetivo

• Identificar e sistematizar as diversas formas utilizadas pelo profissional de saúde para realizar encontros comunitários.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 70 22/2/2010 17:23:23

Page 71: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

71

Curso técnico em saúde Bucal

Material • Papel kraft, pincel atômico e fita crepe.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em grupos;

• solicitar aos grupos que registrem em papel kraft os passos para organizar e realizar um encontro co-munitário (preparação, desenvolvimento e avaliação);

Modelo: Passo a passo de um Encontro Grupal

MOMENTO DE PREPARAçãO

MOMENTO DE DESENvOLvIMENTO

MOMENTO DE AvALIAçãO

• Ressaltar que o passo-a-passo deve envolver desde o momento inicial da decisão até momento final do encontro;

• Conduzir a plenária com sistematização à medida que cada grupo for apresentando o passo-a-passo;

Fechamento

• Concluir a atividade destacando os seguintes pontos:

para que um encontro seja produtivo e participativo é importante que o profissional de saúde tenha claro o objetivo da reunião, bem como, a técnica ou dinâmica de grupo que irá usar para desenvolver o tema a ser trabalhado com o grupo;

• Para aproveitarmos bem a reunião e fazer com que todos gostem da convivência grupal, cada encontro deve ser cuidadosamente planejado, preparado e carinhosamente executado e avaliado.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 71 22/2/2010 17:23:23

Page 72: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

72

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xxxvI – LEMBRANçAS

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

quadro de apoio para o docente:20

Passo-a-passo de um Encontro Grupal

MOMENTOS PASSOS

Preparação

• Definir o objetivo do encontro;• Definir a programação ou pauta;• Local, dia, hora;• Alimentação/lanche (se necessário);• Divulgação do evento (convites, preferencialmente por escrito, aviso na rádio, cartazes, panfleto, etc);• Preparação do material que será utilizado;• Chegar ao local cedo, ver se está limpo ou limpar, arrumar a sala e etc....

Desenvolvimento

• Acolher os participantes do encontro;• Iniciar o encontro com uma técnica (dinâmica) de integração, que ajude a aproximar as pessoas, criando um clima de descontração e confiança;• Introduzir o tema principal do encontro facilitando a expressão das ideias e opiniões de cada participante (pode-se usar uma técnica que facilite a compreensão do assunto);• sistematizar o encontro, retomando as atividades discutidas na unidade de estudo, levantando os pontos principais e/ou as propostas de ação;• Concluir acordando com o grupo os detalhes do plano de ação: o que fazer, como fazer, quem fazer e quando fazer ?

Avaliação

• Estimular o grupo para realizar uma avaliação do encontro: local, material, metodologia, resolutividade, condução...• Esta avaliação servirá de subsídios para o planejamento do próximo encontro;• Marcar um novo encontro, se for o caso.

Objetivo

• Perceber a relação entre as lembranças de saúde e doença e os afetos envolvidos.

Material

• Nenhum.

20 Extraído do material de Formação Inicial do Agente Comunitário de saúde da Escola de saúde Pública de Minas Gerais, 2005.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 72 22/2/2010 17:23:23

Page 73: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

73

Curso técnico em saúde Bucal

ATIvIDADE xxxvII – EDUCAçãO E PROMOçãO DA SAÚDE

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Desenvolvimento

• Iniciar convidando os alunos para escolherem um par;

• solicitar que formem duplas, e agora cada um se imagine não como profissional da saúde, mas como usuário do sUs, e relembrem alguma experiência que viveu ao ser recebido numa unidade de saúde e que marcou a sua memória. Caso o aluno não tenha experiência, pode contar de algum familiar ou amigo;

• Compartilhar nas duplas os relatos durante 10 minutos;

• Iniciar a plenária solicitando que cada dupla faça um breve relato dos sentimentos vivenciados nas experiências.

Fechamento

• Concluir ressaltando os seguintes pontos:• A nossa memória é constituída a partir dos fatos que vivenciamos e dos sentimentos envolvidos no fato ocorrido;• Quando relembramos os momentos vividos o sentimento retorna claramente. É o sentimento que fica marcado em nossa memória. Por outro lado, quando esquecemos de algo é provável que o fato esquecido esteja relacionado a um sentimento que não gostaríamos de reviver. Assim, na nossa memória, as lembranças que constroem a nossa história de vida são sempre marcadas pelo afeto, pelos sentimentos vivenciados, sejam prazerosos ou doloridos;• Quando o corpo adoece, nos fragilizamos como pessoa e precisamos ser cuidadosos, por isso, as lembranças que temos em nossos corpos, como cicatrizes, as doenças que tivemos, ficam tão marcadas em nossa memória.

Objetivo

• Relacionar o processo educativo como ferramenta da Promoção da saúde.

Material

• Papel kraft, cola, tesoura, pincel atômico e revistas.

Desenvolvimento

• Dividir a turma em grupos;

• solicitar que nos grupos os alunos discutam sobre:sendo Educação em saúde uma forma de fazer Promoção da saúde, responder as questões a seguir:a) Como o profissional de saúde pode contribuir para que as pessoas da comunidade se tornem sujeitos do processo educativo e, consequentemente, autores e atores de sua própria história?b) De que modo a Educação em saúde pode contribuir na Promoção da saúde?

• Pedir aos grupos que elaborem um informativo para ser entregue a comunidade (o que é um programa de saúde, como funciona, horários de funcionamento de uma unidade de saúde, serviços oferecidos, etc.).

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 73 22/2/2010 17:23:24

Page 74: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

74

Curso técnico em saúde Bucal

Fechamento

• Após apresentação dos informativos, orientar os alunos na identificação da melhor forma de difundir a informação sobre uma unidade de saúde e suas características para a comunidade.

Objetivo

• Resgatar a história das profissões do Auxiliar de saúde Bucal e do técnico de saúde Bucal.

Material

• texto.

Desenvolvimento

• Promover o resgate, através de aula expositiva dialogada, de modo breve, das atuações em saúde rea-lizadas pelos alunos, especificamente aquelas relacionadas ao cuidado odontológico;

• Observar, a partir dos relatos, mudanças ocorridas no trabalho após inserção da Equipe de saúde Bucal (EsB) na Estratégia de saúde da Família (EsF);

• Ler o compilado do artigo: Auxiliar e técnico de saúde Bucal - da condição de “ocupação” ao status de “profissão” da odontologia;

• Promover uma discussão sobre mercado de trabalho, Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), con-forme regulamentação de uma profissão, a partir da leitura do texto abaixo;

• Realizar pesquisa para apresentação, exposição dialogada, sobre a distribuição dos AsB e tsB no estado de Minas Gerais.

Fechamento

• sistematizar os levantamentos realizados pelos alunos na atividade.

TExTO PARA LEITURA DO ALUNO

AUxILIAR E TÉCNICO DE SAÚDE BUCAL – DA CONDIçãO DE “OCUPAçãO” AO STATUS DE “PROFISSãO” DA ODONTOLOGIA21

Maria Aparecida de Oliveira et alls

A identidade profissional do Auxiliar de saúde Bucal e do técnico de saúde Bucal permaneceu comprome-

21 texto compilado do artigo: Auxiliar e técnico de saúde Bucal - da condição de “ocupação” ao status de “profissão” da odontolo-gia. Oliveira M. A. et al. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/15627005/ArtigoAsBtsB. Acesso em: 21 set. 2009.

ATIvIDADE xxxvIII – AUxILIARES EM ODONTOLOGIAUM POUCO DA HISTÓRIA

Tempo estimado: 1 hora e 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 74 22/2/2010 17:23:25

Page 75: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

75

Curso técnico em saúde Bucal

tida durante a longa história da consolidação dessas profissões no Brasil (...) somente em fins de 2008 as mesmas foram legalmente apreciadas pela União.

(...)

A Lei 11.889 de 24 de dezembro de 2008 pôs fim a uma longa trajetória de esforços pelo reconhecimento legal de dois profissionais da área odontológica: o técnico de saúde Bucal (tsB) e o Auxiliar de saúde Bucal (AsB). Essa não foi uma história de fácil compreensão, pois tal jurisdição somente poderia ocorrer quando o país estivesse preparado do ponto de vista da infraestrutura para a formação profissional (existência de instituições formadoras) e do ponto de vista do mercado para a absorção desses agentes.

O adiamento da regulamentação profissional no âmbito da União ocorreu ao longo de várias gestões gover-namentais em função da escassez de escolas para formação e titulação desses profissionais, principalmente nos municípios de médio e pequeno porte.

A regulamentação implicaria em exigência dos diplomas e certificados de habilitação quando da candida-tura desses profissionais a vagas de concursos públicos. O risco de não ocupação das vagas seria grande e o prejuízo recairia sobre a população, pois dificilmente estariam completadas as equipes de saúde bucal para o atendimento em serviço. Em contrapartida, levando-se em conta que estas categorias não haviam sido ainda regulamentadas em lei pela União, pode-se afirmar que a exigência de certificado e diploma não tem amparo legal.

Em tese, enquanto as atividades de uma profissão não são parametrizadas por dispositivos legais, prevalece um espaço aberto isento de princípios balizadores que estabeleçam o perfil ideal para o seu preenchimento. Nesse caso, qualquer cidadão pode ocupar as funções, pois, segundo o princípio constitucional do livre exercício do trabalho, ofício ou profissão (CF 1988, art. 5º, XIII), basta atender às qualificações profissio-nais que a lei estabelecer. se a lei não estabelece tais requisitos, legalmente não há fundamentação para a proteção daqueles que se habilitaram por meio de cursos ou por experiência técnica.

As brechas abertas para distintos perfis ocupacionais ocuparem as carreiras auxiliares de odontologia foram comentadas por Kovaleski, Boing e Freitas (2005) quando mencionaram a larga transformação das secretárias dos consultórios odontológicos em AsB e tsB, gerando uma feminilização dessas categorias.

Do ponto de vista da prática profissional, desde 1994 os recursos humanos auxiliares da odontologia en-contram-se contemplados pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do trabalho, que cadastra as ocupações existentes de acordo com o comportamento do mercado. Nesta classificação consta claramente a ocupação de tHD, enquanto para o ACD concorrem denominações ocupacionais análogas como auxiliar de dentista e recepcionista de consultório médico ou dentário (QUELUZ, 2005).

(...)

Um dos fatores desencadeadores da legitimação profissional dos auxiliares odontológicos foi o papel exercido pelo sistema Único de saúde (sUs), que assumiu, conforme consta no Guia Curricular I de 1994, a prioridade de desenvolvimento de recursos humanos para a profissionalização do trabalhador da rede de atenção básica, no sentido de reorientar e qualificar a prática profissional. Em relação à odontologia especificamente, observou-se sensível intensificação da formação e contratação de pessoal auxiliar para o setor público principalmente a partir da inclusão da Equipe de saúde Bucal (EsB) no Programa de saúde da Família (PsF), trazendo uma nova perspectiva para a consolidação legal da profissão (BEZERRA, 2007).

Foi a Portaria nº 267 de 06/03/2001 do Ministério da saúde que instituiu as normas e diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia do PsF, como forma de reorganização desta área no âmbito da atenção bási-ca, estruturando o cuidado odontológico como produto de atuação de uma equipe que pode ser formada pelo CD e AsB ou pelo CD, AsB e tsB (CALADO, 2002). Observa-se que a partir dessa medida, o mercado de trabalho para o dentista e para os auxiliares cresce de forma mais proporcional.

(...)

O cirurgião-dentista (CD) na etapa inicial de profissionalização da odontologia trabalhou isoladamente sem o apoio do recurso humano auxiliar. somente nas primeiras décadas do século XX desenvolveu-se o trabalho

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 75 22/2/2010 17:23:25

Page 76: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

76

Curso técnico em saúde Bucal

em equipe na odontologia, a partir da introdução de duas primeiras profissões auxiliares: o atendente de consultório e o protético (MACHADO, 1994).

A necessidade de delegação de funções a pessoal auxiliar adveio do próprio processo de evolução da odontologia nos campos científico e tecnológico, como também na sua estruturação como ciência e prática integral. segundo tomasso (2001), é nessa conjuntura de demandas dos CD para se adequarem à realidade social, melhorarem a eficiência clínica, de racionalizarem o trabalho e introduzirem racionalmente novas tecnologias e materiais, que nas décadas de 60 e 70 ocorreu a incorporação de indivíduos de nível educa-cional intermediário, qualificados, semiqualificados ou, até mesmo, sem qualquer preparo para o trabalho no consultório odontológico.

De acordo com o Guia Curricular I citado por Machado (1994): “A história dos recursos humanos auxiliares em saúde bucal no Brasil guarda consigo o resultado de tentativas isoladas, em sua maioria, de secretarias estaduais, municipais, faculdades e outras instituições, na tentativa de resgatar o trabalho em equipe”.

No Brasil, as profissões auxiliares tiveram início nos anos 50, com os programas de fluoretação das águas de abastecimento. Experiências isoladas de utilização de recursos humanos auxiliares que executam inter-venções intrabucais (técnico de Higiene Dental - tHD) datam de 1952, na Fundação sEsP (serviços Especiais de saúde Pública), atual Fundação Nacional de saúde (FUNAsA), representados pela auxiliar de higiene dentária que desempenhava atividades como a aplicação de flúor tópico e educação sanitária para crianças da zona rural dos estados menos desenvolvidos (BIAZEVIC, LOUREIRO, ARAÚJO, 2001).

somente nos meados da década de 70, as categorias de Atendente de Consultório Dentário (ACD) e técnico de Higiene Dental (tHD) foram estabelecidas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pelo antigo Conselho Federal de Educação (CFE), através do parecer nº 460/75, do MEC/CFE (como emenda à antiga lei nº 5.692/71 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB). Foram esses órgãos que, ao defi-nirem o ACD e o tHD, descrevem suas ocupações, os requisitos essenciais para o exercício da função e os currículos dos cursos de formação (OLIVEIRA sÁ, 2000).

O Conselho Federal de Odontologia, na década de 80, a partir de entendimentos estabelecidos com a Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e com outras instituições, tais como Federação Nacional dos Odontologistas (FNO), Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO) e o Departamento de Odon-tologia do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência social (INAMPs), resolveu, por meio da Decisão nº 26/84, definir normas para habilitação ao exercício do ACD e do tHD e integração dos mesmos aos Conselhos Regionais de Odontologia. Posteriormente, as normas foram atualizadas pela Resolução 155/84 CFO que foi alterada pela Resolução 157/87 CFO (LIÑAN e BRUNO, 2007).

Em países como Canadá, EUA, Jamaica, Cuba, Nova Zelândia, Austrália e Inglaterra há muito mais tempo foram estruturadas as profissões auxiliares como a terapeuta Dental, com formação de dois anos, capacitada para executar um vasto elenco de procedimentos (PINtO, 1990). Referindo-se especificamente à ortodon-tia, seeholzer et al. (2000) confirmam que em outros países, a atuação dos auxiliares na especialidade de ortodontia também apresenta-se bem mais abrangente que no Brasil.

A demora para se definir o aporte legal dos profissionais auxiliares ainda pode ser interpretada como um atraso na organização da profissão. Levantamentos recentes demonstram que mesmo em municípios de grande e médio porte a inserção dos auxiliares de odontologia é marcada até a atualidade por um panorama herdado da forma como essas profissões vieram se desenvolvendo no Brasil.

(...)

Os reflexos da desorganização das profissões auxiliares de odontologia foram discutidos na 1ª Conferência Nacional de saúde Bucal que concluiu pela necessidade de ”Formação urgente de pessoal auxiliar (ACD e tHD) como forma de viabilizar a extensão de cobertura e aumento da produtividade”(BRAsIL, 1986).

Da mesma forma, tal preocupação foi documentada na 2ª Conferência Nacional de saúde Bucal (Brasil, 1992), por meio da defesa da proposta: “O poder público deverá patrocinar e estimular a formação desse pessoal, em instituições próprias ou através de convênios com instituições privadas, reformulando a legis-lação que regulamenta o exercício do tHD, de modo a facilitar sua formação”.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 76 22/2/2010 17:23:25

Page 77: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

77

Curso técnico em saúde Bucal

Em uma perspectiva mais ampla, que envolveu a XI Conferência Nacional de saúde, reafirmou-se a neces-sidade de órgãos do governo incentivarem a formação de AsB e tsB com vistas à composição da equipe de saúde para uma prática produtiva, eficaz e eficiente e de priorizarem a qualidade dos serviços e a ampliação do acesso da população ao atendimento odontológico (BRAsIL, 2000).

No documento final da III Conferência Nacional das Profissões Auxiliares em Odontologia, os profissionais determinaram ser de grande importância a regulamentação do exercício de suas profissões, reconhecendo a legalização como um instrumento para a conquista de avanços para a categoria (CONPA, 2002).

De acordo com Costa e Leite (1997), o pessoal auxiliar em odontologia apresenta as mesmas caracterís-ticas identificadas nos profissionais de nível médio da saúde, dentre as quais pode-se citar, a distribuição desordenada, a ausência de profissionais qualificados, a falta de reconhecimento da importância de seu papel e atuação no sUs, o que se reflete numa política salarial injusta.

(...)

No sentido técnico e operacional já ficou mais que provado o impacto social e a importância dos atores técnicos e auxiliares, fundamentais para a promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal junto ao sistema público ou privado, em nível individual ou coletivo. Mas é com base na potencial atuação preventiva que o trabalho do pessoal de nível técnico e auxiliar da saúde bucal tem encontrado o maior reconheci-mento e defesa (BRAsIL, 2001).

Destacam-se como vantagens da incorporação do pessoal auxiliar: a maior eficiência e otimização do pro-cesso de trabalho, o aumento da qualidade técnica e da produtividade, o conforto e segurança agregados ao atendimento dos pacientes, a redução do desgaste físico, estresse e fadiga do Cirurgião-Dentista - CD, a minimização do custo operacional, a abertura ao acesso da população aos cuidados de saúde bucal, entre outras (FRAZÃO, 1999; PEZZAtO e COCCO, 2004).

Referências

1. BEZERRA, Larissa Ataíde Martins Lins. Novas formas de flexibilização dos regimes de trabalho no setor público: um estudo de caso do programa de saúde da família em Araruna em 2003. Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Administração. 2007. Disponível em: HttP://www.admpg.com.br/2007/anais/2004 /artigos/t03-19.pdf. Acesso em: 13/02/2009.

2. BIAZEVIC, M. G. H. Perfil do técnico em Higiene Dental (tHD) no Estado de são Paulo. Campinas, 2000. 126p. [Dissertação de Mestrado] – Universidade Camilo Castelo Branco. 2000.

3. BIAZEVIC, M. G. ; LOUREIRO, C. ; ARAÚJO, M. E. Perfil do técnico em higiene dental do Estado de são Paulo: qualidade da prestação dos serviços. R. Bras. Odontol. saúde Coletiva, Brasília, DF, v.2, n.1, p.47-54, jan./jun.2001.

4. BRAsIL. Ministério da saúde. I Conferência Nacional de saúde Bucal. Relatório final. Brasília; 1986.

5. BRAsIL. Ministério da saúde. II Conferência Nacional de saúde Bucal. Relatório final. Brasília; 1992.

6. BRAsIL. Ministério da saúde. XI Conferência Nacional de saúde. Relatório final. Brasília; 2000.

7. BRAsIL. Programa de Expansão da Educação Profissional – PROEP. Brasília: MEC; 2001. Disponível em: http:// www.mec.gov.br/semtec/proep/oqproep.shtm. Acesso em: 18 / dez / 2008.

8. Brasil. Ministério da saúde. Perfil de competências profissionais do técnico em higiene dental e do auxiliar de consultório dentário / Ministério da saúde. Brasília: Ministério da saúde, 2004.

9. CALADO, Giselle silva. A inserção da equipe de saúde bucal no programa de saúde da família: principais avanços e desafios. [dissertação]. 2002. 122f. Planejamento e Gestão de sistemas e serviços de saúde da Escola Nacional de saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz. Mestrado em saúde Pública. Rio de Janeiro, 2002.

10. CONPA - III Conferência Nacional das Profissões Auxiliares em Odontologia. Documento Final dos Grupos III e IV. Brasília; 2002.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 77 22/2/2010 17:23:25

Page 78: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

78

Curso técnico em saúde Bucal

11. CF – Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília (DF), 1988.

12. COstA, I. C. C; LEItE, M. J. V. F. Recursos humanos em Odontologia. In: Odontologia preventiva e social: textos selecionados. Natal: EDUFRN, 1997. p.209-221.

13. DUBAR, Claude. trajetórias sociais e formas identitárias: alguns esclarecimentos conceituais e meto-dológicos. Educação e sociedade, v.19, n.62, 1998.

14. ELIAs, Norbert; sCOtsON, John L. Os estabelecidos e os outsiders. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000, 193p.

15. EtsUs-sP – Escola técnica do sUs do município de são Paulo. ACD e tHD: regulamentar ou não? Revista REt-sUs, são Paulo, p.8, Jul./ago.2005.

16. FRAZÃO, Paulo. sistemas de trabalho de alta cobertura na assistência odontológica na perspectiva do sistema Único de saúde. In: ARAÚJO, M. E. (org). Odontologia em saúde coletiva. são Paulo: Faculdade de Odontologia da Universidade de são Paulo; p.100-118, 1999.

17. FREIDsON, Eliot. Professionalism: the third logic on the practice of knowledge. Chicago: the University of Chicago Press, 2001.

18. KOVALEsKI, Douglas Francisco; BOING, Antonio Fernando; FREItAs, sérgio Fernando torres de. Recursos humanos auxiliares em saúde bucal: retomando a temática. Revista de Odontologia da UNEsP. v.34, n.4, p.161-65, 2005.

19. LIÑAN, Márcia Boen Garcia; BRUNO, Lúcia Emília Nuevo Barreto. trabalho e formação profissional do Atendente de Consultório Dentário e do técnico em Higiene Dental. trabalho, Educação e saúde, v. 5 n. 2, p. 297-316, 2007.

20. MACHADO, Zita Castro. A evolução da odontologia. In: Ministério da saúde. Coordenação Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos para o sUs. Guia curricular para a formação de técnico de Higiene Dental para atuar na rede básica do sUs. Brasília, 1994. Cap 7, p.129-134.

21. MACHADO, M. H. Profissões de saúde: uma abordagem sociológica. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 1995.

22. OLIVEIRA sÁ, Eliana Maria de. Quando o currículo faz a diferença...o currículo integrado na formação em serviço do técnico em Higiene Dental/tHD. [Dissertação]. 2000. 132f. Curso de Pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. sociologia e História da Profissão Docente e da Educação Escolar. Belo Horizonte, 2000.

23. PARANHOs, Luiz Renato; RICCI, Ivan Delgado; tOMAssO, silvana; sALAZAR, Márcio; sIQUEIRA, Danilo Furquim. Análise da relação entre o cirurgião-dentista e o pessoal auxiliar. são Paulo, Rev. odonto ciênc. n.23, v.4, p.365-370, 2008.

24. PEREIRA, A. C.; MOREIRA, B. W. A utilização do auxiliar odontológico para o aumento da produtividade nos serviços públicos. Rev Assoc Paul Cir Dent. n.46, v.5, p.851-4, 1992.

25. PEZZAtO, Luciane Maria; COCCO, Maria Inês Monteiro. O técnico em higiene dental e o atendente de consultório dentário no mundo do trabalho. saúde em Debate, Rio de Janeiro, v.28, n.68, p.212-219, set./dez.2004.

26. PINtO, V. G. saúde bucal: odontologia social e preventiva. 2. ed. são Paulo: santos; 1990.

27. QUELUZ, Dagmar de Paula. Perfil dos profissionais auxiliares da odontologia e suas implicações no mercado de trabalho. Revista Odonto Ciência – Fac. Odonto/PUCRs, v. 20, n. 49, jul./set. 2005.

28. sALEs, Cristiane Valeska Moura et al. Delegação de funções ao pessoal auxiliar odontológico pelos cirurgiões-dentistas da cidade de Campina Grande, PB. R. Ci. méd. biol., salvador, v.6, n.1, p.47-53, jan./abr. 2007.

29. sEEHOLZER, H. et al. A survey of the delegation of orthodontic tasks and the training of chairside sup-port staff in 22 European countries. Eur J Orthod, London, v. 27, no. 3, p. 279-282, sept. 2000.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 78 22/2/2010 17:23:25

Page 79: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

79

Curso técnico em saúde Bucal

30. tOMAssO, s. Atribuições dos auxiliares odontológicos e suas implicações éticas e legais [dissertação]. Piracicaba (sP): Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas; 2001.

31. WHO - Educational imperatives for heath personnel: change or decay? Report of a WHO Expert Com-mittee.Geneva: World Health Organization, (WHO technical Report series,794), 1990.

Artigo enviado em 26 de março de 2009

Autores:

Maria Aparecida De Oliveira, Vinícius silveira Fulgêncio, Amanda Érika Aguiar Durães Breno Morais Damião, Cecília Maria Carvalho soares de Oliveira, Cristiane Miranda Carvalho, Eduardo Rêgo Araújo, Elizete Maria Rita Pereira, Fabiano Freitas Corrêa, Flávia de Oliveira Menezes Amaral, Lígia Carolina Moreira Braga, Lilian Pinto de Lima, Lívia Fulgêncio, Liziany David Cardoso, Luciana Quintão Foscolo Melo, Marcela de Almeida Ruback, Maria Carolina Palhares e Cordeiro, Marina Pereira Coelho, Paula Vitali Miclos, Rachel Ferraz Carmo Vieira, silvia França santos, thiago soares Kanazawa, Paula Cristina dos Reis Aguiar, Mônica Maria Fernandes Gonçalves, Bruce Bracarense Gandra, Vicente de Paulo Lourenço dos Reis.

Objetivo

• Avaliar o processo ensino-aprendizagem e as dificuldades apresentadas no módulo I.

Material

• Roteiro.

Desenvolvimento

• Responder as questões abaixo:1. O local da Concentração foi adequado (fácil acesso; sala de aula: iluminação, cadeiras/carteiras,

ventilação, ruídos, quadro, etc)? Justifique.2. suas expectativas em relação ao curso estão sendo contempladas? Justifique.

3. As aulas são dinâmicas e de fácil entendimento? Justifique.

4. Há articulação entre as atividades e conteúdos do curso com a sua prática de trabalho? Justifique.

5. O material didático está adequado às suas necessidades de aprendizagem?Justifique.

6. O(s) docente(s) demonstra-se disposto a esclarecer as dúvidas e dificuldades da turma? Justifique.

7. O(s) docente(s) cumpre a carga horária e os horários das atividades de estudo? Justifique.

8. Você participa/contribui/opina no desenvolvimento das atividades? Justifique.

9. Você se relaciona bem com o docente e turma? Justifique.

10. Faça uma avaliação global do curso até o momento.

ATIvIDADE xxxIx – AvALIAçãO DA CONCENTRAçãO

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 79 22/2/2010 17:23:25

Page 80: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

80

Curso técnico em saúde Bucal

Fechamento

• Recolher os registros.

Objetivo

• Orientar os alunos para a realização das atividades de dispersão.

Material

• Guia do aluno (orientações de atividade de dispersão da unidade 5).

Desenvolvimento

• Fazer a leitura das atividades de dispersão junto com os alunos;

• Esclarecer as possíveis dúvidas neste momento para a realização das tarefas a serem cumpridas na dispersão.

Fechamento

• Informar aos alunos que o módulo I, atividades de concentração finalizam nesta unidade de estudo e que a partir do módulo II os alunos iniciarão os conteúdos pertinentes à qualificação e habilitação técnica em saúde Bucal.

Objetivo

• Despedir-se da turma, finalizando a concentração do Módulo I.

Material

• Música: “Novo tempo”.

Desenvolvimento

• Convidar a turma para formar um círculo e solicitar que se aproximem bastante ficando numa distância onde todos os alunos coloquem as mãos na ombro do outro, fechando o círculo sem espaço entre as pessoas;

• Dar a palavra a alguém que sucintamente gostaria de falar sobre o final deste Módulo I;

• Após a fala de alguns alunos, informar que todos devem cantar a música,

ATIvIDADE xL – ORIENTAçÕES PARA AS ATIvIDADES DE DISPERSãO

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIvIDADE xLI – DESPEDIDA FINAL

Tempo estimado: 30 minutos

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 80 22/2/2010 17:23:26

Page 81: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

81

Curso técnico em saúde Bucal

“ Novo tempo”, que tem uma mensagem especial. Que nos anuncia o inicio de um novo tempo. Esse

pode ser um novo tempo na vida profissional de cada um;

• Cantar a música.

Fechamento

• Finalizar convidando a todos para trocarem abraços de despedida.

Novo Tempo22

Composição: Ivan Lins / Vitor Martins

No novo tempo, apesar dos castigos

Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer

No novo tempo, apesar dos perigos Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta

Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver Pra que nossa esperança seja mais que a vingança seja sempre um caminho que se deixa de herança

No novo tempo, apesar dos castigosDe toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer

No novo tempo, apesar dos perigosDe todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados

Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver No novo tempo, apesar dos castigos Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas

Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer No novo tempo, apesar dos perigos

A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraçaPra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver

22 LINs, Ivan; MARtINs, Vitor. Novo tempo. In: LINs, Ivan. Novo tempo. são Paulo: Universal, 1CD. Faixa 4.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 81 22/2/2010 17:23:26

Page 82: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

82

Curso técnico em saúde Bucal

ATIVIDADE DE DISPERSÃO

ATIVIDADES SUPERVISIONADAS PELO DOCENTE DEDISPERSÃO

Para o curso técnico em saúde Bucal estão previstas várias atividades que deverão ser realizadas nos espaços de atuação do aluno, no seu cotidiano de trabalho e acompanhadas pelo Docente de Dispersão. Cabe aos docentes (Concentração e Dispersão) e Coordenador local esclarecer e motivar com sua contribuição no momento de Formação do técnico. Esta contribuição estará criando e fortalecendo o processo de Educação Permanente da Equipe.

Apresentamos abaixo as atividades a serem realizadas nesta fase:

Objetivo

• Propiciar reflexões com sua equipe de saúde, que possam contribuir para a qualidade da comunicação entre os profissionais da equipe.

Desenvolvimento

• Promover um encontro da equipe de saúde para discussão de tema comunicação;

• Formular perguntas que elucidem o conteúdo a ser abordado no encontro:

• sugestão de questões para serem trabalhadas:1. A ausência ou deficiência na comunicação compromete o processo de trabalho. Na sua

opinião, o que deve ser feito para trabalhar esta dificuldade?2. Considerando que uma comunicação eficaz é a garantia de melhores relações de trabalho,

sinalize quais recursos podem e/ou devem ser utilizados para melhoria da comunicação entre os colegas de equipe, na sua unidade de saúde e comunidade?

Objetivo

• Refletir sobre o ato de acolher o usuário nos serviços de saúde.

Material

• Papel A4, pincel atômico e kraft.

ATIvIDADE I – COMUNICAçãO

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIvIDADE II – ATUAçãO DOS PROFISSIONAIS NO SERvIçO DE SAÚDE

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 82 22/2/2010 17:23:26

Page 83: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

83

Curso técnico em saúde Bucal

Desenvolvimento

• Viabilizar a realização da atividade;

• Apoiar na organização, no processo de observação;

• Observar o trabalho na Unidade de saúde e analisar o atendimento nos seguintes aspectos:- toda clientela que procura a unidade é atendida?- Como é feita a marcação de consulta e com que intervalo?- Os horários de funcionamento são compatíveis com os interesses da população?

- Os problemas dos usuários são resolvidos ou devidamente encaminhados?

• solicitar que apresentem propostas de intervenção.

Objetivo

• Refletir sobre o ato de acolher o usuário nos serviços de saúde.

Material

• Papel A4, pincel atômico e kraft.

Desenvolvimento

• Orientar o aluno no acompanhamento de um usuário desde a sua chegada à Unidade de saúde até sua saída, observando todas as fases de atendimento;

• Viabilizar a realização da atividade, garantindo o acesso aos vários setores da Unidade de saúde;

• solicitar a identificação do aluno e do usuário;

• Orientar o aluno na elaboração de um relatório que contenha:

- Como é feito o acolhimento do usuário;- Encaminhamentos feitos em relação à necessidade do usuário;- Disponibilidade e interesse da equipe em ouvir o usuário;- As diferentes categorias profissionais envolvidas na assistência e as atividades que prestam a este usuário;- Comportamentos adotados pelos vários profissionais no atendimento;- Empenho dos trabalhadores na resolução dos problemas apresentados pelo usuário.

Objetivo

• Refletir sobre o processo de trabalho de sua unidade de saúde.

ATIvIDADE III – O ATO DE ACOLHER

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

ATIvIDADE Iv – FLUxOGRAMA DO PROCESSO DE TRABALHO DA MINHA UNIDADE DE SAÚDE

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 83 22/2/2010 17:23:27

Page 84: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

84

Curso técnico em saúde Bucal

Material

• Papel A4, pincel atômico e kraft.

Desenvolvimento

• Construir juntamente com sua equipe um fluxograma do Processo de trabalho de sua equipe para apresentação na unidade I do Módulo II.

Objetivos

• Compreender a educação em saúde como uma ferramenta de diálogo com a comunidade;

• Compreender a importância da educação em saúde como elementos transformadores da sua prática.

Material

• Papel A4, pincel atômico e kraft.

Desenvolvimento

• Elaborar e executar um plano de ação para implantação de um grupo de vivência, considerando a rea-lidade local.

• Lembrar dos aspectos relevantes na criação de um grupo de vivência (tempo, prazo de execução, carac-terísticas do público alvo e atividades programas para o encontro).

ATIvIDADE v – RELAçãO EDUCATIvA EM SAÚDE

33

CURSO TÉCNICO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

ATENÇÃO

Este é apenas um esquema para orientar a apresentação do curso e do sistemade avaliação. O Manual do Aluno e do Docente contém todas as informações ne-cessárias sobre o mesmo. É importante que o docente estude muito bem.

ATIVIDADE 6: Pré-Teste

30 minutos

Objetivo

Aplicar o pré-teste para identificar o conhecimento prévio dos ACS sobre os temas que serãoabordados nesta semana.

Material

Cópias do pré-teste no caderno do aluno e papel pautado para cada ACS.

Desenvolvimento

1. deve preparar o grupo para o pré-teste, dizendo que esta atividade é parte do processo deavaliação do Curso, e tem por objetivo analisar o que eles já conhecem sobre os temas queserão abordados na etapa;

2. lembrar que a tarefa é individual e que cada um deve colocar somente aquilo que já sabe,sem preocupar-se em acertar ou não, pois neste momento, não se estará julgando o certoou errado, mas o que eles conhecem ou não sobre determinados assuntos. Isto é impor-tante para acalmar a ansiedade que porventura o grupo expresse;

3. certificar-se, através de leitura, se as perguntas foram compreendidas por todos.

Fechamento

Devolver as respostas do pré-teste na semana de concentração 2 para que o aluno possapassar para seu caderno de atividades

AVALIAÇÃO DO ALUNO - PRÉ-TESTE1

Nome: ____________________________________________________Turma: _______

Município: __________________________________________________GRS: _______

Leia com atenção o seguinte caso:

1 Caso extraído de: CEARÁ. Secretaria de Saúde do Estado. Escola de Saúde Pública. Curso Técnico de Agente Comunitário deSaúde: Etapa Formativa 1: Manual 1: Agente Comunitário de Saúde, sua história e suas atribuições / Escola de Saúde Pública doCeará, Escola de Formação em Saúde da Família de Sobral. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará, Escola de Formação emSaúde da Família de Sobral, 2005. 171 p. (Série Atenção à Saúde).

Manual do Docente.pmd 24/1/2008, 11:3233

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 84 22/2/2010 17:23:27

Page 85: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

85

Curso técnico em saúde Bucal

PARA SABER MAIS

Referências

AssIs, M. E. A . O que é cultura popular. In: PERNAMBUCO. secretaria Estadual de saúde. Linguagem: te-atro mamulengo: diálogo de saberes: alternativas alimentares. Recife, 1998. 112p. (Cadernos de Educação em saúde, 2).

BRAsIL. Ministério da saúde. secretaria da Gestão do trabalho e da Educação na saúde. Departamento de Gestão da Educação na saúde. Curso de Formação de Facilitadores de Educação Permanente em saú-de. Unidade de aprendizagem trabalho e relações na produção do cuidado. Rio de Janeiro: Ministério da saúde/FIOCRUZ, 2005.

ELtZ, F. qualidade na comunicação. Casa da qualidade, 2003. Rio de Janeiro-RJ. EstILOs de Vida saudáveis e a Prevenção das Doenças. Disponível em: <http://www.boasaude.uol.com.br/Lib/showDoc.>.Acesso em: 08 jan. 2004.

FRANCO, t. B; BUENOW. s; MERHYE, E. O acolhimento e os processos d trabalho em saúde: o caso de Betim (MG). Minas Gerais, Brasil. Disponível em: <http://www.datasus.gov.br/cns/inovador/betim.htm> Acesso em: 09 jun. 2005.

MAYER, Pe. Canísio. viver e conviver. 2 ed., são Paulo: Editora Paulus, 1997.

sECREtARIA MUNICIPAL DE sAÚDE. Acolhimento: O pensar, o fazer, o viver. são Paulo: 2002. p. 53.

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 85 22/2/2010 17:23:27

Page 86: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

86

Curso técnico em saúde Bucal

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 86 22/2/2010 17:23:27

Page 87: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

87

Curso técnico em saúde Bucal

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 87 22/2/2010 17:23:27

Page 88: GUIA CURRICULAR CURSO TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL ......9 Curso técnico em saúde Bucal Objetivo • Despertar o entusiasmo da turma para o início desta unidade de estudo. Material

88

Curso técnico em saúde Bucal

Unidade5_220210_Chrisinha.indd 88 22/2/2010 17:23:27