35

Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

  • Upload
    lekien

  • View
    228

  • Download
    6

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015
Page 2: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

2 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

INTRODUÇÃO

Estas Instruções e Diretrizes são válidas para todas as competições internacionais. Devido à importância desses eventos, todos os árbitros devem estar preparados para cumprir os seus deveres nas melhores condições físicas e psicológicas. É muito importante que todos os Árbitros Internacionais compreendam o significado e a importância do seu desempenho para o Voleibol Moderno.

A Comissão de Arbitragem da FIVB (IRC) apela a todos os árbitros atuantes em eventos de Voleibol para estudar completamente a Regra Oficial de Voleibol da FIVB (2015-2016), bem como estas Instruções e Diretrizes de Arbitragem, para tornar o jogo mais empolgante e evitar interrupções. A FIVB e o IRC estão confiantes de que todos os Árbitros Internacionais dominem e saibam aplicar as Regras Oficiais de Jogo, portanto, não é necessário entrar em detalhes das regras. O principal objetivo deste documento é unificar, tanto quanto possível, os critérios de arbitragem. Embora este documento seja elaborado e dirigido aos Árbitros Internacionais, todos os árbitros nas diferentes Federações Nacionais estão convidados a ler e estudar seu conteúdo. Além disso, árbitros nacionais e locais são incentivados a discutir esse documento com os Árbitros Internacionais em seus países. Não é bem verdade que a arbitragem consiste somente na realização de uma partida usando apenas as regras de jogo como base para todas as decisões, porque a arbitragem não pode ser a aplicação mecânica e automática das regras. Grande competência é necessária. Tal competência é adquirida pela experiência pessoal, individual, através da participação em eventos de Voleibol ao longo dos anos, com o árbitro percebendo que ele/ela não é um estranho, mas uma parte integrante do jogo. Portanto, ele/ela não pode realizar suas tarefas apenas procurando falhas nas técnicas e comportamentos dos jogadores ou equipes e aplicando a sanção correspondente. Esta seria uma maneira incorreta de apitar. Pelo contrário, ele/ela deve ser um especialista e um amigo, que trabalha para o jogo e com os jogadores. Só se for absolutamente necessário, ele/ela tomará uma decisão negativa. Ele/ela nunca deve se colocar à frente do jogo, mas deve permanecer na retaguarda, intervindo apenas quando necessário. Tal comportamento é particularmente necessário no Voleibol atual. O Voleibol moderno e os objetivos da FIVB requerem Voleibol espetacular, produzindo um excelente show para os espectadores e, através dos meios de comunicação, para milhões de fãs. O Voleibol moderno é um esporte sem contato, rápido e emocionante, exigindo alto nível de aptidão física, coordenação e, especialmente, trabalho em equipe. Atualmente o Voleibol de alto nível não é jogado apenas para a satisfação de jogadores em um ginásio pequeno, sem espectadores, mas transmitido para todo o mundo. Os espectadores não ouvirão o apito do árbitro a cada vez que é soprado, mas eles

Page 3: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

3 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

verão um espetáculo esportivo excelente, com disputas individuais e coletivas em cada jogada pela vitória. O bom árbitro ajuda neste contexto, permanecendo na retaguarda. O mau árbitro dificulta esse show por querer desempenhar um papel de liderança no jogo e isso é contra os requisitos da FIVB. Ele/ela deve recompensar os jogadores e equipes por ações espetaculares e emocionantes no espírito das Regras. Além disso, é essencial que o Árbitro Internacional mantenha uma excelente relação com os jogadores, treinadores, etc, e que seu comportamento seja exemplar. Durante a partida, ele/ela deve ser capaz de distinguir expressões humanas normais desentendimentos feitos sob a tensão da partida e comportamento consciente verdadeiramente antidesportiva. Ele/ela nunca deve punir as expressões espontâneas de sentimentos, de modo que as partidas sejam jogadas em uma boa atmosfera; as expressões de sentimentos razoáveis e adequadas dos times devem ser permitidas, como levantar-se para torcer por excelentes ações de jogo ou para o incentivo, etc. No entanto, expressões negativas conscientes ou gestos incorretos para o adversário ou protesto contra decisão dos árbitros são estritamente proibidos e serão sancionados. ANÁLISE DAS REGRAS Regra 1 – Área de Jogo 1. Dois dias antes da competição, o Subcomitê de Arbitragem, como parte do

Comitê de Controle, deve verificar as dimensões, bem como a qualidade das linhas da quadra. Se não houver Comitê de Controle, os árbitros devem verificar e medir se as dimensões reais estejam em conformidade com as descritas pelo menos um dia antes da competição. Se for percebida alguma irregularidade, devem imediatamente indicá-la para os organizadores e garantir a sua correção. O exame deve verificar, em especial:

1.1 Se as linhas tem exatamente 5 cm de largura (nem mais nem menos). 1.2 O comprimento das linhas e diagonais (12,73 m ou 41,9 ft cada) nas duas

quadras. 1.3 Que a cor das linhas seja distinta das cores da quadra e da zona livre. 1.4 No caso de competição, que não seja Mundial, FIVB ou Competição

Oficial, se houver linhas de outras quadras sobre a área de jogo, as linhas de limitação da quadra de jogo deverão ser de cores diferentes de todas as outras.

2. A linha central conta para ambos os lados da quadra. (Regra 1.3.3)

3. Checar que a zona livre para competições Mundiais, FIVB ou Oficiais meça

somente 6,5 metros no fundo da quadra

Page 4: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

4 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

4. Os jogadores têm o direito de jogar a bola além de sua zona livre (exceto o

saque). Portanto, uma bola pode ser recuperada a partir de qualquer ponto do lado de fora da sua zona livre. A situação e a regra são diferentes na zona livre do adversário (Regra 10.1.2).

Regra 2 - A rede e os postes 1. Devido à elasticidade da rede, o primeiro árbitro deve verificar se ela está

adequadamente esticada. Jogando uma bola na rede, ele/ela pode ver se ela é devolvida corretamente. A bola tem que ser devolvida corretamente da rede esticada, mas o material da rede não deve ser demasiado elástico (ex.: borracha). Se a rede abaular, ela não pode ser usada. O plano vertical da rede deve ser perpendicular à superfície de jogo e ao longo do eixo da linha central. As antenas devem ser colocadas nos lados opostos da rede, sobre as linhas laterais (diagrama 3).

2. A partida não deve ser jogada se a malha da rede estiver rompida (ver Regra

10.3.2). 3. O segundo árbitro deve medir a altura da rede antes do sorteio por meio de uma

haste de medição (se possível metálico) definido para isto e que pertença aos equipamentos auxiliares da quadra. Sobre a haste devem ser marcadas as alturas de 243/245 cm e 224/226 cm para homens e mulheres, respectivamente. O primeiro árbitro permanece perto do segundo árbitro durante esta verificação para supervisionar a medição.

4. Durante o jogo (e, especialmente, no início de cada set), os juízes de linhas

correspondentes devem verificar se as faixas laterais estão exatamente perpendicularmente à superfície de jogo e ao longo das linhas laterais e se as antenas estão na borda externa de cada faixa lateral. Caso não estejam, devem ser ajustadas imediatamente.

5. Antes da partida (antes do aquecimento oficial) e durante o jogo, os árbitros

devem verificar que os postes e a cadeira do árbitro não apresentem perigo para os jogadores (por exemplo, as partes salientes dos postes ao redor dos ganchos, cabos de fixação, etc.)

6. Equipamento adicional: bancos das equipes, mesa do apontador, duas

campainhas elétricas com lâmpadas vermelhas / amarelas (uma campainha elétrica perto de cada técnico da equipe) para sinalizar pedidos de interrupções regulamentares de jogo (tempos de descanso e substituições excepcionais ou uma substituição causada por discrepância entre a folha de formação e a formação na quadra), uma plataforma para o primeiro árbitro, uma haste de medição da altura da rede, um calibrador para controle de pressão das bolas de jogo, uma bomba, um termômetro, higrômetro, um suporte para 5 bolas,plaquetas numeradas de 1 a 20 e nas competições FIVB, Competições

Page 5: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

5 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

Mundiais, de 1 a 20 para substituições, 6 rodos (1 m de largura), pelo menos 8 toalhas absorventes (40x40cm ou 40x80cm) para os enxugadores rápidos, duas cadeiras de penalidade em cada área de penalidade e colete de Líbero. Em competições Mundiais, da FIVB e Oficiais, também uma campainha deve ser instalada na mesa do apontador, para sinalizar falhas de rotação, falhas do Líbero, pedidos de tempo técnico e pedido de substituição.

7. O organizador também deve fornecer duas antenas reservas e uma rede de

reposição sob a mesa do apontador. 8. Um placar eletrônico é obrigatório para competições Mundiais, FIVB e Oficiais,

bem como um placar manual na mesa do apontador. Regra 3 – Bola 1. Um suporte (metálico) para bolas é necessário para armazenar as 5 bolas da

partida, perto da mesa do apontador (5 bolas em jogo). 2. O segundo árbitro recebe as 5 bolas de jogo antes da partida e verifica se todas

elas têm as mesmas características (cor, circunferência, peso e pressão). O segundo árbitro é o responsável por elas durante todo o jogo e ajudará na devolução das bolas para o coordenador de quadra no final do jogo.

3. Somente bolas homologadas pela FIVB podem ser usadas (marca e tipo

conforme decidido para cada competição). Os árbitros devem verificar isso e se o logotipo da FIVB não estiver impresso nas bolas, ele (a) não pode iniciar a partida.

4. Sistema de cinco bolas - durante a partida:

Seis boleiros serão utilizados e colocados na zona livre conforme diagrama 10 nas regras.

Antes do início da partida, os boleiros nas posições 1, 2, 4 e 5 receberão cada um uma bola do segundo árbitro, que irá entregar a quinta bola para o sacador no 1º set e no set decisivo.

Durante a partida, quando a bola estiver fora de jogo:

4.1 Se a bola está do lado de fora da quadra, será recuperada pelo boleiro

mais próximo e enviada imediatamente para o boleiro que passou sua bola para o sacador.

4.2 A bola é enviada entre os boleiros sendo rolada no chão (não lançada),

enquanto a bola estiver fora de jogo, de preferência, do lado contrário à mesa do apontador está localizada.

4.3 Se a bola está na quadra, o jogador mais próximo da bola deve

imediatamente rolar para fora da quadra, sobre a linha lateral mais próxima.

Page 6: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

6 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

4.4 No momento em que a bola está fora de jogo, os boleiros 1, ou 2, ou 4, ou 5 devem dar a bola para o sacador o mais rápido possível, a fim de que o saque possa ser realizado sem qualquer atraso.

Regra 4 – Equipes 1. Para competições FIVB, Mundiais e Oficiais (a menos que determinado por

Regulamento específico), a composição das equipes consiste de 17 pessoas, considerando 12 jogadores regulares, entre eles até 2 jogadores Líbero e 5 oficiais. Os 5 oficiais são: o técnico, 2 assistente(s) técnico(s), 1 médico e 1 fisioterapeuta (Nota: ambos médico e fisioterapeuta devem ser credenciados previamente pela FIVB).

Os árbitros devem verificar antes do jogo (durante o protocolo oficial) o número de pessoas autorizadas a sentar no banco, ou para ficar nas áreas de aquecimento.

Uma vez que somente aos membros da equipe é permitido sentar-se no banco ao longo da partida e participar do aquecimento oficial (Exceção: o fisioterapeuta, caso não esteja no banco, poderá auxiliar dentro de quadra até que se inicie a sessão oficial de aquecimento na rede), nenhuma outra pessoa poderá participar do aquecimento oficial (veja regra 4.2.2.) nem do aquecimento entre sets.

Somente aos membros da equipe inscritos na súmula e devidamente trajados com os uniformes de aquecimento será permitida a entrada na área de jogo e na zona livre durante o aquecimento oficial (Exceção: o fisioterapeuta, caso não esteja relacionado na súmula de jogo).

2. Para competições FIVB, Mundiais e Oficiais, Regulamento Específico da

Competição determinará como os 12 jogadores permitidos por equipe, devem ser designados para cada partida. Os jogadores devem usar o mesmo número das camisas em cada partida. Nota: para eventos especiais FIVB, é possível que 14 jogadores possam jogar durante a partida. Neste caso, a relação de DOIS líberos é OBRIGATÓRIA na súmula de jogo. Verifique o handbook específico de cada evento para determinar qual sistema será aplicado.

3. Normalmente, em jogos ou torneios internacionais oficiais, o primeiro árbitro não

precisa pedir documentos para identificar os jogadores listados na súmula (a identidade dos jogadores terá sido verificada anteriormente pela Comissão de Controle da partida ou torneio). Se, no entanto, existindo um regulamento especial restringindo a participação e não existe Comitê de Controle, o primeiro árbitro, de acordo com este regulamento especial, deve verificar a identidade dos jogadores. Jogadores excluídos pelo regulamento especial não podem jogar. Se houver qualquer diferença de opinião, o primeiro árbitro deve escrever a sua decisão na súmula ou no relatório de acompanhamento, escrito (durante jogos internacionais oficiais, ele/ela pode solicitar a opinião ou decisão do Sub-Comitê de Apelação).

4. O técnico e o capitão da equipe (que verificam e assinam a relação da equipe na

súmula) são responsáveis por identificar os jogadores listados na súmula.

Page 7: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

7 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

5. O primeiro árbitro deve verificar os uniformes. Se eles não estiverem de acordo com a Regra 4.3, eles devem ser mudados. Os uniformes devem parecer ser os mesmos. As camisas devem estar sempre dentro dos calções e se não estiverem, é necessário pedir o jogador de uma maneira educada, para colocá-las, especialmente no início da partida e de cada set.

A tarja de capitão da equipe (8x2cm) deve ser fixada sob o número no seu peito, de maneira a permitir que esteja claramente visível durante todo o jogo. Os árbitros devem verificar antes do início do jogo.

6. Se as duas equipes aparecem com uniformes da mesma cor, a equipe listada

primeiro na tabela oficial (conforme a tabela de Berger), registrada na súmula (antes do sorteio), deve mudar os uniformes.

7. O uniforme oficial das equipes inclui: uniforme de treino e camiseta polo ou

paletó, camisas de gola, gravata e calça social.

Os membros da equipe (conforme aprovado na reunião preliminar) devem estar de acordo com uma das seguintes opções de vestimenta:

7.1 Todos vestirem uniforme de treino e camiseta polo da mesma cor e estilo

ou, 7.2 Todos vestirem paletó, camisa de gola, gravata (para os homens) e calça

social da mesma cor e estilo, exceto o fisioterapeuta que pode vestir a roupa de treinamento da equipe e camisa polo.

Isto significa que se o técnico tirar o paletó ou jaqueta de treino, todos os outros oficiais devem tirar seus paletós ou jaquetas de treino, ao mesmo tempo, a fim de estarem igualmente vestidos.

Regra 5 – Os líderes de equipe 1. O primeiro árbitro deve identificar o capitão e o técnico e só eles poderão intervir

durante o jogo. Os árbitros devem saber durante todo o jogo, quem é o capitão no jogo.

2. Durante o jogo, o segundo árbitro deve verificar se os jogadores reservas estão sentados no banco ou estão nas áreas de aquecimento. Jogadores nas áreas de aquecimento não podem usar bolas durante o jogo. Os membros da equipe, sentados no banco ou permanecendo na área de aquecimento, não tem direito para protestar ou contestar as decisões dos árbitros. Tais comportamentos devem ser sancionados pelo primeiro árbitro.

3. Se o capitão em jogo solicitar uma explicação sobre a aplicação das regras pelo árbitro, este deve dá-la, se necessário não somente com a repetição de seus sinais manuais, mas na linguagem de trabalho da FIVB (Inglês), falando brevemente, usando a terminologia oficial das Regras. Somente o capitão no

Page 8: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

8 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

jogo tem o direito de solicitar uma explicação sobre a aplicação ou interpretação das regras feitas pelos árbitros em nome da sua equipe (portanto, o capitão da equipe, substituído, sentado no banco, ou na área de aquecimento, não tem esse direito).

4. O técnico não tem o direito de solicitar qualquer coisa aos membros da equipe de arbitragem, exceto as interrupções regulares de jogo (tempos de descanso e substituições). Mas, se no placar, o número de interrupções regulamentares de jogo utilizados e/ou a pontuação não estiverem indicados ou não estiverem corretos, ele/ela pode consultar o apontador, quando a bola estiver fora de jogo.

Regra 6 - Para marcar um ponto, vencer um set e o jogo Se uma equipe é declarada ausente ou incompleta, o apontador deve completar a súmula como determina a Regra 6.4. Regra 7 - Estrutura do jogo 1. A Folha de Formação deve ser verificada pelo segundo árbitro e pelo apontador,

antes do apontador registrar os dados na súmula. Ele/ela deve verificar se os números dos jogadores listados na folha de formação correspondem aos números dos jogadores listados na súmula. Se não, a folha de formação deve ser corrigida e outra solicitada pelo segundo árbitro.

2. Ao final de cada set, o segundo árbitro imediatamente pede a folha de formação

aos técnicos para o próximo set, para evitar o prolongamento do intervalo de três minutos entre os sets. Se o técnico atrasa sistematicamente o reinício da partida, não entregando a folha de formação em tempo, o primeiro árbitro deve dar a esta equipe uma sanção por retardamento.

3. Se ocorrer um erro de rotação, após o sinal manual de erro de rotação, o árbitro deve indicar os dois jogadores. Se o capitão no jogo solicita mais informações sobre a falha, o segundo árbitro deve tirar de seu bolso a folha de formação e mostrar ao capitão no jogo os jogadores que cometeram o erro.

Regra 8 – Situações de jogo 1. É essencial compreender a importância da palavra "completamente" na frase: "a

parte da bola que toca o solo está completamente fora das linhas da quadra”; interpretada em conjunto com a Regra – “A bola é considerada ‘dentro’ se, a qualquer momento do seu contato com o solo, alguma parte da bola toca a quadra, incluindo as linhas de delimitação da mesma” – isto significa que qualquer compressão que permita que a bola entre em contato com a linha A QUALQUER MOMENTO durante o processo de contato com o solo faz com que esta seja considerada “DENTRO”, mas caso a bola não tenha, em qualquer momento, contato com a linha, é considerado “FORA”.

Page 9: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

9 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

2. Os cabos que sustentam a rede além do comprimento de 9.50/10.00m não pertencem à rede. Isto também se aplica aos postes e cabos. Assim, se a bola toca uma parte externa da rede, além das faixas laterais (9 m), ela tocou um "objeto estranho" e deve ser apitado e assinalado por ambos os árbitros como "bola fora".

Regra 9 - Jogar a bola 1. Interferência na bola em jogo pelo juiz de linha, árbitro ou técnico na zona livre:

• Se a bola atinge o árbitro ou técnico, é "bola fora" (Regra 8.4.2). • Se o jogador apóia-se no árbitro ou técnico para tocar a bola, é falta do jogador (toque apoiado, Regra 9.1.3) e não irá resultar em uma repetição da jogada.

2. Deve-se enfatizar que apenas as faltas que são vistas devem ser sancionadas.

O primeiro árbitro deve olhar apenas para a parte do corpo que entra em contato com a bola. Em seu julgamento ele/ela não deve ser influenciado pela posição do corpo do jogador antes e/ou depois de jogar a bola. A Comissão de Arbitragem da FIVB insiste que os árbitros devem permitir contato com os dedos ou qualquer outro contato que seja legal, de acordo com as Regras.

3. Para entender melhor o texto da Regra 9.2.2 (A bola não deve ser retida ou

lançada. Ela pode ser jogada em qualquer direção):

Uma bola retida envolve duas ações de jogo, primeira retenção e então lançar a bola, enquanto jogar a bola significa que a bola rebate a partir do ponto de contato.

4. O árbitro deve prestar atenção à clareza do toque, especialmente no Voleibol de

hoje quando uma finta de ataque ("largada") é usada, alterando a direção da bola. Deve-se prestar atenção ao fato de que, durante um golpe de ataque, a “largada” é permitida, contanto que a bola não seja retida ou arremessada. A "largada" significa ataque da bola (completamente sobre a rede) executado, suavemente, com uma mão/dedos.

O primeiro árbitro deve observar de perto as "largadas". Se a bola após este toque não é rapidamente rebatida, mas é acompanhada pela mão ou retida, é uma falta, e deve ser penalizada.

5. Deve ser dada atenção ao fato de que ação de bloqueio de um jogador não será

legal se ele/ela não simplesmente interceptar a bola vinda do adversário, mas segurar (ou elevar, empurrar, carregar, arremessar, reter). Em tais casos, o árbitro deve punir esse bloqueio como "condução" (Isso não deve ser exagerado).

6. Infelizmente, muitos árbitros não entendem e, portanto, não colocam em prática corretamente a Regra 9.2.3.2. Eles não entendem em quais casos específicos, podemos falar como "o primeiro toque de uma equipe". Em quatro casos diferentes, a equipe tem um primeiro toque (que conta como o primeiro dos três toques de uma equipe):

Page 10: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

10 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

6.1 O toque de recepção do saque; 6.2 O toque de defesa do ataque (não só da “cortada”, mas de todos os ataques; ver Regra 13.1.1); 6.3 O toque na bola vinda do bloqueio adversário; 6.4 O toque na bola vinda do próprio bloqueio da equipe.

7. De acordo com o espírito das competições internacionais e para incentivar

jogadas mais longas e ações espetaculares, apenas as violações mais óbvias serão apitadas. Portanto, quando um jogador não estiver em uma boa posição para jogar a bola, o primeiro árbitro será menos severo em seu julgamento de falhas no manuseio da bola. Por exemplo: 7.1 O levantador correndo para jogar a bola ou forçado a fazer uma ação

muito rápida para alcançar a bola a fim de levantar. 7.2 Os jogadores forçados a correr ou fazer ações muito rápidas para jogar

uma bola depois desta, ter batido no bloqueio ou em outro jogador. 7.3 O primeiro toque da equipe pode ser feito livremente, exceto se o jogador

conduzir ou arremessar a bola. Regra 10 - Bola em direção à rede e Regra 11 - Jogador na rede 1. A Regra (10.1.2) dá o direito de devolver a bola da zona livre da equipe

adversária. O segundo árbitro e os juízes de linha devem entender bem esta regra! Durante a partida, eles devem reconhecer facilmente e fazer o movimento apropriado para dar espaço para o jogador que vai recuperar a bola para sua quadra!

Se a bola cruza o plano vertical da rede, por dentro do espaço de passagem, para a zona livre do adversário e é tocada pelo jogador que tenta recuperar esta bola, os árbitros devem apitar a falta no momento do contato e mostrar "fora".

2. Chamamos a atenção para a regra relativa ao contato do jogador com a rede: “O

contato do jogador com a rede, no espaço entre as antenas, durante uma ação de jogar a bola, é uma falta. A ação de jogar a bola inclui o saltar, golpear a bola (ou a tentativa de golpear) e a aterrisagem.

A ação de jogar a bola é qualquer ação dos jogadores que estão perto da bola em tentativa de jogá-la. Prestar atenção para as seguintes situações:

Se um jogador está em sua posição de jogo em sua quadra e a bola está vindo da quadra adversária em direção à rede e toca este jogador (Regra 11.3.3), nenhuma falta é cometida. Contato do cabelo de um jogador com a rede: Tal ação deve ser considerada falta SOMENTE SE FOR CLARA a interferência do incidente no ato de jogar a bola de um adversário OU interrompa o rally (Ex: um “rabo-de-cavalo” se enrosca na rede)

Page 11: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

11 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

3. Os árbitros devem prestar atenção para o fato de que os cabos de fixação da rede além dos 9,5/10m de comprimento não pertencem à rede. Isto também se aplica para os postes, bem como a porção da rede que se encontra fora das antenas. Deste modo, se um jogador toca uma parte externa da rede (faixa superior fora das antenas, cabos, hastes, etc), isso não pode ser considerado como uma falta, a não ser que afete a integridade estrutural da própria rede. Desta forma, a regra 11.3.2 não foi alterada e não contradiz a regra principal citada acima.

4. Os árbitros devem distinguir entre invasão na quadra adversária além da linha

central com o pé (pés), ou com qualquer outra parte do corpo.

Quando a invasão é com o pé, uma parte do mesmo deve permanecer em contato com a linha de centro ou acima dela para não caracterizar uma invasão.

5. Devido à qualidade das equipes participantes, o jogo perto da rede é de

importância fundamental e, portanto, os árbitros devem estar particularmente atentos, especialmente em casos em que a bola toca as mãos dos bloqueadores e depois é jogada para fora da quadra. Adicionalmente, os árbitros devem estar atentos aos casos de interferência. Quando o espaço da rede entre as antenas é tocado por um jogador durante a ação de jogar a bola, tentativa de jogar a bola ou uma “finta”, este toque é considerado FALTA DE TOQUE NA REDE. Quando o rebote natural da bola é afetado pela ação deliberada de um adversário de mover-se em direção a rede, ou quando a rede é segurada e a bola é arremessada da rede (como um estilingue), tal ação é considerada interferência. Um jogador tentando impedir um adversário de alcançar a bola de forma legítima também comete uma falta de interferência. Romper as cordas de sustentação durante o contato ou apoio nelas também é considerada uma interfência.

6. A fim de facilitar o trabalho colaborativo dos dois árbitros, a divisão do trabalho

deve ser: o primeiro árbitro vai se concentrar em olhar para todo o comprimento da rede (da faixa branca superior até a faixa branca inferior) do lado dos atacantes da rede e o segundo árbitro deverá se concentrar em olhar para todo o comprimento da rede do lado de bloqueadores.

Regra 12 - Saque

1. Para autorizar o saque, não é necessário verificar se o sacador está pronto - somente se o jogador que irá sacar está com a posse da bola.

2. Antes do primeiro árbitro apitar a autorização de saque, ele/ela deve verificar se uma repetição da jogada (replay) foi solicitada pela TV e atrasar o apito de acordo com o pedido (não mais que 8 segundos por set e 7 segundos cada requisição).

3. O primeiro árbitro e os juízes de linha correspondentes devem prestar atenção na posição do sacador no momento do golpe de saque ou no momento em que ele salta para golpear a bola. Os juízes de linha devem imediatamente sinalizar ao árbitro se uma falta é cometida e o primeiro árbitro deve apitar. O sacador pode iniciar seu movimento de saque fora da zona de saque, mas deve estar totalmente dentro no momento do golpe (ou deve estar totalmente dentro da zona de saque no momento do salto).

Page 12: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

12 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

4. Quando a bola está sendo golpeada, o primeiro árbitro deve observar a equipe

sacadora, enquanto o segundo árbitro observa a equipe que está recepcionando.

5. Se o sacador não se aproxima normalmente da zona de saque ou não aceita a bola do boleiro, provocando um atraso intencional, a equipe pode receber uma sanção por retardamento.

Observação: Muitos árbitros e jogadores não interpretam corretamente este texto, pensando que os 8 segundos serão contados a partir do momento em que o sacador lança a bola para executar o saque. Este não é o caso! O texto da regra diz claramente: "...após o primeiro árbitro apitar autorizando o saque".

6. O sinal manual número 19 é o sinal adequado a ser utilizado pelos árbitros, quando

uma bola sacada toca a rede e não permanece em jogo.

7. O primeiro árbitro deve estar atento a incidência da falta de barreira durante a execução de um saque quando um jogador ou um grupo de jogadores da equipe sacadora estejam balançando os braços, pulando ou se movendo lateralmente ou até mesmo se agrupando lado-a-lado (como um bloco), impedindo a equipe adversaria de visualizar o sacador e a trajetória da bola (ambos os critérios devem ser identificados para que a ação/movimentação dos jogadores sejam caraterizados como falta). Desta forma, caso a bola possa ser visualizada ao longo de sua trajetória até que a mesma ultrapasse o limite de divisão entre os lados da quadra, delimitados pela rede, não poderá ser marcada a falta de barreira. Regra 13 - Golpe de ataque 1. Para entender melhor a Regra 13.2.4 sobre o ataque contra o saque do

adversário, deve ser dada atenção ao fato de que, neste caso, apenas a posição da bola deve ser verificada, não a dos jogadores. É falta somente se o ataque é completado e, em seguida, o primeiro árbitro deve apitar esta falta.

2. Ao controlar o jogador de fundo e o golpe de ataque do Líbero, é importante

entender que a falta é cometida apenas se o golpe de ataque for concluído (ou a bola cruzou completamente o plano vertical da rede ou foi tocada por um dos adversários).

Regra 14 – Bloqueio 1. O bloqueador tem o direito de bloquear qualquer bola dentro do espaço do

adversário, com suas mãos além da rede, desde que:

• A bola, após o primeiro ou segundo contato pela equipe adversária, seja dirigida para a quadra do bloqueador e;

• Nenhum jogador do time adversário esteja perto o suficiente da rede naquela parte do espaço de jogo para continuar sua ação.

No entanto, se um jogador da equipe adversária está perto da bola e prestes a tocá-la, o toque do bloqueio além da rede é uma falta se o contato do

Page 13: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

13 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

bloqueador ocorrer antes ou durante a ação do jogador, tendo impedido a ação do adversário. Após o terceiro toque pelo adversário, toda bola pode ser bloqueada dentro do espaço do adversário.

2. Levantamentos e passes (não ataques), que não cruzam a rede em direção a

quadra oponente não podem ser bloqueados além da rede, exceto após o terceiro contato.

3. Se um dos bloqueadores coloca suas mãos além da rede e toca na bola em vez

de fazer uma ação de bloqueio, é uma falta (a expressão "além da rede’’ significa levar as mãos sobre a rede no espaço do adversário).

4. O texto da Regra 14.6.3: "Bloqueio de saque do adversário" significa que o

jogador completa um bloqueio em uma bola de saque. 5. Já que a bola pode tocar em qualquer parte do corpo, se durante o bloqueio a

bola toca os pés durante a mesma ação não é uma falta, ainda é um bloqueio. Regra 15 - Interrupções Regulamentares do Jogo 1. Tempo Para Descanso (TD) e Tempo Técnico (TT)

1.1 Quando o técnico solicita um tempo para descanso, ele deve usar o sinal

manual oficial. Se ele só se levanta, pede oralmente ou pressiona a campainha, os árbitros não podem autorizar o pedido. Se o pedido do TD for rejeitado, o primeiro árbitro deve decidir se este houve intenção de retardar o jogo e sancioná-la de acordo com as regras.

1.2 O apontador assistente deve usar a campainha (ou outro dispositivo

semelhante), para sinalizar cada Tempo Técnico (TT), após a primeira equipe alcançar o 8º e o 16º pontos no set (isso não é responsabilidade do segundo árbitro). O mesmo apontador assistente deve sinalizar com a campainha do fim do TT. O locutor deve dizer para o primeiro TT do set: "Primeiro Tempo Técnico". No final, ele deve dizer: "Fim do TT". O mesmo processo será aplicado para o segundo TT. O segundo árbitro deve garantir que os jogadores não entrem na quadra, antes do apontador assistente tocar a campainha indicando o fim do TT. Naturalmente, se houver algum problema com o trabalho do apontador assistente, o segundo árbitro deve verificar seu trabalho.

2. Procedimento de substituição

2.1 O segundo árbitro deve ficar entre o poste da rede e a mesa do apontador e

– a menos que a substituição seja indicada pelo apontador como ilegal – fazer um sinal (cruzando os braços) para os jogadores, para substituir através da linha lateral.

No caso de múltiplas substituições, o segundo árbitro aguardará o sinal

manual do apontador de que a substituição anterior foi registrada e, em seguida, continuará com a substituição subsequente.

Page 14: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

14 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

No caso de substituições baseadas em tablets, o software previne que substituições ilegais ocorram e registra as efetuadas na súmula automaticamente, desta forma, o segundo árbitro somente intervém em casos extremos, onde ocorre um retardamento.

Deve ser observado que a requisição de uma substituição sempre será o momento em que o(s) jogador(es) adentra(m) a zona de substituição, independente do método empregado ou qual método de contagem do placar está sendo utilizado.

2.2 Múltiplas substituições só podem ser feitas em sucessão: primeiro, um par

de jogadores – um jogador sai da quadra e o substituto entra e assim por diante, a fim de permitir ao apontador tomar nota e vê-los um por um. No entanto, se no momento do pedido de múltiplas substituições, qualquer um dos jogadores não estiver perto da zona de substituição pronto para entrar na quadra, sua substituição deve ser rejeitada sem penalidade. Portanto, os jogadores que não estão envolvidos em qualquer substituição específica devem permanecer fora da zona de substituição. Novamente, quando em uso do software presente no tablet, substituições múltiplas podem ser autorizadas ao mesmo tempo, de forma a acelerar o andamento do jogo. Aos segundos árbitros é permitido autorizar as substituições livremente ao utilizar este método.

2.3 É muito importante assegurar que os jogadores se movam rapidamente e

com calma.

O novo método de substituição destina-se a manter o fluxo do jogo evitar atrasos durante o processo de substituição.

De acordo com o novo método, o caso das sanções por retardamento

quando o substituto não está pronto para entrar no jogo, deve ser minimizado.

É responsabilidade do segundo árbitro e do apontador, não usar o apito ou a

campainha se o jogador substituto não está pronto, conforme solicitado (Regras 15.10.3a e 15.10.4). Se nenhum atraso foi causado, o pedido de substituição deve ser rejeitado pelo segundo árbitro sem qualquer sanção.

3. Quando um jogador está lesionado, o primeiro árbitro deve solicitar uma

substituição. Em caso de uma lesão grave os árbitros devem interromper o jogo e permitir que o pessoal da equipe médica entre na quadra. Substituições excepcionais devido à lesão podem ser feitas, livremente, desconsiderando as "limitações de substituições", por qualquer jogador que não está na quadra no momento da lesão (Regra 15.7). Deve ser dada atenção à regra, que afirma que o jogador lesionado substituído por uma substituição excepcional não tem permissão para retornar à partida. Uma substituição excepcional não pode ser contada, em qualquer caso, como uma substituição regular.

Os árbitros devem distinguir claramente entre substituições ilegais (quando uma equipe fez uma substituição ilegal e o jogo é reiniciado sem que o segundo árbitro ou o apontador percebam– Regra 15.9), e um pedido para uma substituição ilegal que, no momento do pedido, quando identificado pelo o

Page 15: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

15 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

segundo árbitro ou o apontador (Regra 16.1.3) deve ser rejeitado e punido com uma sanção por retardamento.

4. Um pedido de substituição antes do início do set é permitido e deve ser

registrado como uma interrupção de jogo regular naquele set. O treinador deverá fazer o pedido de substituição, neste caso, com o sinal manual oficial.

5. Os árbitros devem estudar cuidadosamente e entender exatamente a regra

sobre a "solicitação indevida" (Regra 15.11): • o que significa "solicitação indevida": • quais são os casos típicos; • qual é o procedimento a ser seguido em tais casos; • o que deve ser feito, se uma equipe repete isto no mesmo jogo. Durante o jogo, o primeiro árbitro deve verificar se o segundo árbitro aplica corretamente a regra sobre a "solicitação indevida". O segundo árbitro deve assegurar que qualquer solicitação indevida seja registrada na seção especial na súmula.

6. Deve ser feita a distinção entre a "troca do Líbero" (Regra 19.3.2) e uma

substituição normal, que deve ser autorizada pelo segundo árbitro ou pelo apontador e registrada na súmula (Regras 15.5 - 15.10). O apontador assistente registra as trocas do Líbero - e também redesignação - em uma folha separada, preparada especialmente para este fim (R-6), de modo que o número do jogador trocado pelo Líbero, em qualquer momento, é conhecido (quando a súmula eletrônica é utilizada, o apontador e o apontador assistente devem cooperar no reconhecimento e registro das trocas do líbero).

Regra 16 – Retardamentos do jogo 1. Os árbitros devem estar perfeitamente familiarizados com os princípios, todos os

tipos de retardamentos e sanções dos retardamentos. Além disso, ele/ela deve saber a diferença exata entre uma solicitação indevida e um retardamento.

2. Os árbitros devem prevenir todos os retardamentos, intencionais ou não, pelas

equipes.

Exemplo de retardamento: Um jogador retarda o jogo, pedindo autorização do árbitro para amarrar o tênis. Isto é imediatamente sancionado pela primeira vez por uma "sanção por retardamento". As principais causas de retardamento (dentre outras):

• substituições; • pedidos de tempo; • secagem da quadra.

Page 16: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

16 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

Qualquer jogador que solicita ao árbitro uma interrupção para amarrar o tênis mostra sua intenção de retardar o jogo e deve ser objeto de uma "sanção por retardamento".

3. Sanções por retardamento são contra a equipe, não contra conduta indevida de

um membro da equipe; este é o caso também quando somente um membro do grupo causou o retardamento.

4. Atenção deve ser para o fato de que a "advertência por retardamento" só é indicada por um sinal manual (número 25), com o uso do cartão amarelo, e deve ser registrada na súmula no quadro de sanções, na coluna A (em oposição ao "aviso de faltas menores", estágio 1, que não tem sinal manual e não está registrado na súmula). No entanto, a "penalidade por retardamento" é indicada com um cartão vermelho e também registrada na súmula na caixa de sanções ao abrigo da coluna P.

5. Secagem do piso O objetivo principal do procedimento atual é garantir a segurança dos jogadores e do fluxo normal do jogo e evitar que os próprios jogadores tenham que secar o chão.

5.1 Enxugadores e equipamentos

5.1.1 Enxugadores

Quatro enxugadores por quadra x 2 quadras = 8 enxugadores no total. Os enxugadores devem ser bem treinados para essa tarefa, e é interessante que eles sejam jogadores de Voleibol experientes.

5.1.2 Equipamentos dos enxugadores

• Seis rodos de um metro de largura com cabo. • Três rodos devem estar localizados perto de cada área de

aquecimento. • Oito toalhas absorventes (mínimo de tamanho 40cmx40cm,

tamanho máximo 40cmx80cm), 4 (2-2) devem estar disponíveis e localizadas perto da mesa do apontador, e 4 (2-2) pelos enxugadores sentados em cadeiras pequenas.

5.1.3 Localização dos enxugadores (Diagrama A)

5.1.3.1 Um enxugador rápido por quadra de jogo (2 no total) atrás do

segundo árbitro, sentados sobre os calcanhares (pronto para correr para o local molhado).

5.1.3.2 Três enxugadores perto de cada área de aquecimento (6 total)

sentados em pequenas cadeiras (1 enxugador e 2 enxugadores regulares).

5.1.3.3 Os enxugadores devem prestar atenção para o fato de que eles

não devem obstruir qualquer painel de publicidade ao redor da quadra de jogo, independentemente da sua localização, especialmente atrás da cadeira do primeiro árbitro.

Page 17: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

17 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

5.2 Como enxugar a quadra de jogo Para garantir a continuidade do jogo e evitar táticas de atraso, a FIVB tomou as seguintes decisões:

5.2.1 Durante os períodos de tempo de descanso (TD), tempo técnico

(TT) e os intervalos:

Três enxugadores devem secar cada quadra de jogo como um time. Os três enxugadores localizados perto da área de aquecimento devem trazer três rodos para o lado da linha na zona de frente e perto do segundo árbitro. Três enxugadores cada lado da quadra começam a secar a quadra de jogo em forma de serpentina de acordo com o diagrama S(A).

5.2.2 Durante a "bola fora de jogo" (entre os rallies) no jogo, se

necessário:

5.2.2.1 Sempre que um enxugador rápido percebe um local molhado na quadra, ele deve levantar sua mão, sinalizar o local molhado e aguardar o fim da jogada. Imediatamente após o árbitro apitar ‘’bola fora de jogo’’, o(s) enxugador(es) (até 2 por quadra) que levantou a mão, deve sair correndo em direção ao local molhado com duas toalhas absorventes nas mãos. Em cada quadra, o enxugador sentado atrás do segundo árbitro vai cuidar da zona de ataque da quadra.

Os dois enxugadores rápidos sentados próximos das áreas de

aquecimento devem constantemente observar a quadra de defesa, a fim de sair correndo para um local molhado, logo que o árbitro apitar "bola fora de jogo".

Se houver mais de um local molhado para um dado enxugador,

a prioridade é dos locais molhados na zona de ataque da quadra. Locais molhados na zona de defesa ou fora da quadra ficam em segundo plano de prioridade.

5.2.2.2 Imediatamente após enxugar rapidamente, o enxugador deve

retornar a sua respectiva posição, tomando o caminho mais curto para sair da quadra de jogo.

5.2.2.3 A quantidade de tempo para secar um local molhado não deve

ser mais do que 6 a 8 segundos, entre o momento em que a jogada termina com o apito do árbitro e o apito para o próximo saque. Nenhum atraso do jogo deve ser causado pelos enxugadores.

5.2.2.4 Os árbitros não se envolvem no trabalho dos enxugadores. No

entanto, o primeiro árbitro tem a autoridade para fiscalizar o trabalho dos enxugadores, apenas no caso em que o(s)

Page 18: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

18 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

enxugador(es) perturbem o jogo, ou se eles não fizerem o seu trabalho corretamente.

5.2.2.5 Os jogadores e treinadores não têm o direito de solicitar o(s)

enxugador (es) para secar um local molhado ou influenciá-los quando secarem.

5.3 Responsabilidades dos jogadores Se os jogadores, por seu próprio risco, secarem a quadra com a sua própria toalha, o primeiro árbitro não irá esperar até enxugar todo o local e os jogadores estarem em suas posições. Se eles não estiverem no seu lugar correto no momento do golpe de saque, o árbitro correspondente deve apitar a falta de posição.

5.4 Responsabilidades dos membros do Júri Se as circunstâncias o exijam, e se a parte deslizante da zona de ataque pode ser visto, o Presidente do Júri do jogo (e só ele/ela) tem o direito de solicitar ao segundo árbitro chamar os enxugadores, quando a bola estiver fora de jogo. Neste caso, eles correrão para a quadra com toalhas grandes e secarão a parte molhada da zona de ataque indicada pelo segundo árbitro. Uma vez que isto seja foi feito, eles retornam imediatamente para seus lugares.

Regra 17 - Interrupções excepcionais de jogo

• Se um jogador lesionado não pode ser substituído legalmente, o técnico tem o direito de requisitar uma substituição excepcional indicando qualquer jogador que não esteja em quadra, excetuando-se o líbero ou o jogador regular que esteja envolvido em uma troca com o líbero. Neste caso, o jogador substituído não poderá retornar a quadra de jogo pelo resto da partida.

• Se um jogador lesionado não puder ser substituído legalmente ou excepcionalmente, ao jogador lesionado é dado 3 minutos de tempo de recuperação, somente uma vez durante toda a partida.

Regra 18 - Intervalos e troca de quadra 1. Durante os intervalos, as bolas que não sejam as bolas de jogo, podem ser

utilizadas pelos jogadores para aquecimento em zona livre. 2. No set decisivo, depois que a equipe na liderança atingir o 8º ponto, as

equipes devem trocar de quadra (se o 8 º ponto foi feito pela equipe de recepção, esta equipe deve fazer uma rotação após a mudança de quadra, antes de seu saque - isso deve ser verificado pelo apontador e os árbitros).

3. Durante os intervalos, todas as CINCO bolas devem permanecer com os

boleiros 1, 2, 4 e 5. Eles fazem não tem o direito de dá-las aos jogadores para aquecimento. Antes do set decisivo, o segundo árbitro dá a bola para o

Page 19: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

19 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

primeiro sacador do set. Durante os tempos e substituições e durante a mudança de quadra no set decisivo no ponto 8, o segundo árbitro não pega a bola. Ela permanece com os boleiros.

Regra 19 - O jogador Líbero 1. No caso em que uma equipe que tem dois Líberos, o Líbero atuante deve ser

registrado na primeira das duas linhas especiais reservadas para os Líberos, o mais tarde antes do técnico assinar a súmula.

2. Se o treinador quer substituir o Líbero atuante com o Líbero reserva, o

procedimento é como o procedimento de troca.

Uma troca ilegal do Líbero deve ser trata tal qual uma substituição ilegal. 3. No caso de lesão do Líbero atuante, e se não há nenhum jogador Líbero

reserva na lista da equipe ou o Líbero reserva (agora em exercício) está lesionado, o treinador pode re-designar como novo Líbero, um dos jogadores que não está na quadra no momento da re-designação (Regra 19.4.2). O processo será semelhante ao processo de troca de Líberos, se a re-designação é feita imediatamente após a lesão, ou semelhante ao procedimento de substituição, se a nova designação é feita mais tarde. Isto deve ser feito com certa formalidade ao ponto que o técnico/capitão no jogo está, efetivamente, confirmando a decisão que ele/ela tomou, informando-a ao corpo de arbitragem.

4. Preste atenção para a diferença entre a substituição excepcional de um

jogador lesionado e uma re-designação de um Líbero lesionado. Quando um jogador regular está machucado, e não há possibilidade de uma substituição regular, qualquer jogador que não esteja em quadra no momento da lesão (excetuando-se o líbero o jogador que esteja envolvido na troca do mesmo) poderá substituir o jogador lesionado. Compare este tratamento com a re-designação de um novo Líbero quando qualquer jogador que não esteja em quadra no momento da re-designação (excetuando-se o jogador envolvido na troca com o Líbero em jogo ou um Líbero que tenha sido declarado impossibilitado de atuar anteriormente) poderá se tornar Líbero! Esteja atento ao fato de que a re-designação de um novo Líbero é uma opção, que poderá ou não ser utilizada pelo técnico.

5. Para entender corretamente o significado da Regra 19.3.2., os árbitros têm de

prestar atenção para a diferença entre o texto da Regra 25.2.2.2, que especifica que o apontador tem de indicar qualquer erro de saque imediatamente após o golpe de saque e a Regra 26.2.2.2 que diz que o apontador assistente tem de notificar os árbitros de qualquer erro na Troca do Líbero, sem mencionar "após o golpe de saque". Isso significa que o assistente apontador deve notificar os árbitros sobre uma troca do Líbero irregular imediatamente quando ocorrido e a Regra 7.7.2 deve ser implementada apenas no caso em que o apontador assistente perdeu a notificação e um rally (ou mais) foi jogado.

Page 20: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

20 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

6. Para competições FIVB, a permissão para um jogador Líbero lesionado

retornar a uma partida subsequente, será considerada pela Comissão de Controle do campeonato específico.

7. O Líbero poderá ser declarado impossibilitado de atuar por qualquer razão

(lesão, mal súbito, expulsão ou desqualificação) pelo técnico ou, na ausência do técnico, pelo capitão no jogo.

Regra 20 - Requisitos de conduta Regra 21 – Conduta indevida e suas sanções

1. É absolutamente necessário estudar seriamente estas regras, a fim de compreender o seu espírito, o texto, e a escala das penalidades por má conduta.

2. É importante lembrar que, de acordo com a Regra 21.2.1, o comportamento

dos participantes deve ser respeitoso e cortês, também para com os membros da Comissão de Controle, membros de sua equipe, companheiros e espectadores. Se a atitude do técnico (ou qualquer membro da comissão técnica) excede os limites descritos na regra 21, o primeiro árbitro deve aplicar a sanção apropriada sem hesitar. Uma partida de Voleibol é um show esportivo dos JOGADORES, não da comissão técnica. Os árbitros não devem ignorar isso.

Como consequência de alguns exemplos recentes, é uma instrução da Comissão de Arbitragem da FIVB que quando o técnico incide em “excessiva encenação” ou demonstração, ou quando o técnico (ou qualquer outro membro da equipe) se direciona à Mesa do Juri ou qualquer outro oficial da FIVB de forma agressiva ou derrogatória, o primeiro árbitro deve aplicar, de forma estrita, a escala de sanção. O show deve se ater ao jogo dentro de quadra e não a assuntos periféricos que desviam do propósito principal de entreter o público com jogadas espetaculares.

3. Regra 21.1 lida com "condutas indevidas menores" que não estão sujeitas a sanções. É dever do primeiro árbitro, prevenir as equipes que se aproximam do nível de sanções. Isto é feito em dois estágios:

a. Estágio 1: Emitindo uma advertência verbal através do capitão no jogo (nenhum cartão, nem qualquer registro na súmula);

b. Estágio 2: Pelo uso do CARTÃO AMARELO para um membro da equipe. Esta advertência não é uma sanção, mas um símbolo de que o membro da equipe (e por extensão a equipe) alcançou o nível de sanções para a partida. Não tem conseqüências imediatas, mas é registrada na súmula. O 1º árbitro tem flexibilidade aqui.

4. A regra 21.2 lida com "sanções por conduta indevidas". De acordo com esta

regra, comportamento ofensivo ou agressivo é seriamente sancionado. Eles são registrados na súmula de acordo com uma escala. O princípio é que a repetição de tal comportamento no mesmo jogo leva à uma sanção mais severa para cada conduta sucessiva.

Page 21: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

21 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

5. Implementação prática, nos membros da equipe, por conduta indevida levando

a sanções, decidido pelo primeiro árbitro:

5.1 Membro da equipe em quadra:

O primeiro árbitro deve apitar (normalmente quando a bola estiver fora de jogo, mas tão logo a conduta indevida seja séria). Ele/ela então instrui o jogador sancionado a aproximar-se do árbitro. Quando o jogador está perto do árbitro, este mostra o cartão apropriado dizendo em Inglês: “I give you a penalty” ("Eu lhe dou uma penalidade") ou “I expel/disqualify” ("eu o expulso/desqualifico"). O segundo árbitro reconhece essa ação e imediatamente instrui o apontador para registrar a sanção adequada na súmula. Se o apontador, com base nas informações da súmula, afirma que a decisão do primeiro árbitro não é permitida pelas Regras Oficiais de Voleibol, por exemplo, é contra a escala de sanções, ele/ela deve informar imediatamente o segundo árbitro disso. O segundo árbitro, por sua vez, após a primeira verificação do apontador, informa o primeiro árbitro deste. O primeiro árbitro deve, então, corrigir o sua decisão anterior. Se o primeiro árbitro não aceitar as observações do apontador e do segundo árbitro, o apontador deve inserir a decisão do primeiro árbitro na súmula sob o título "Observações".

5.2 Membro da equipe que não está na quadra:

O primeiro árbitro deve apitar, solicita ao capitão em jogo que se aproxime da sua cadeira e dizem Inglês, mostrando o cartão apropriado:“I give player number... a penalty" (“Eu dou ao jogador número...- ou o treinador, etc - uma penalidade”) ou “I expel/disqualify player number...” (“eu expulso / desqualifico o jogador número...- ou o treinador, etc. -”) O capitão deve informar o membro da equipe em questão, que deve levantar-se e reconhecer a sanção, levantando sua mão. Enquanto a mão do integrante da equipe é erguida, o primeiro árbitro mostra claramente o cartão para que a sanção seja entendida pelas equipes, segundo árbitro, apontador e público.

5.3 Implementação de sanções entre os sets

No caso de uma penalidade, o primeiro árbitro deve mostrar o cartão no início do set seguinte. Se isso acontece durante um TT, o operador do painel irá mudar o resultado após o fim da o TT. Em caso de expulsão ou desqualificação, o primeiro árbitro deve chamar o capitão em jogo e informar imediatamente o treinador em referência o tipo de sanção (para evitar penalização dupla da equipe), que deve ser seguido pelos cartões no início do set seguinte.

Page 22: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

22 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

6. Durante o jogo, os árbitros devem prestar atenção ao aspecto disciplinar, agindo com firmeza na aplicação das sanções por má conduta de jogadores ou de outros membros da equipe. Os árbitros devem se lembrar de que a sua função consiste em avaliar ações de jogo, e não correr atrás de pequenas falhas individuais. É necessário que os árbitros, jogadores e treinadores estudem a diferença entre a falta e as sanções por retardamento e os sinais manuais!

Regra 22 – Arbitragem e procedimentos

1. É muito importante que os árbitros sinalizem o final de uma jogada apenas se as duas condições abaixo forem cumpridas: • Ter a certeza de que uma falta foi cometida ou há uma interferência

externa. • Ter identificado a natureza da falta.

2. Para informar as equipes exatamente a natureza da falta apitada pelos

árbitros (para o público, telespectadores, etc), os árbitros devem usar os sinais manuais oficiais (ver Regras de 22.2 e 28.1). Apenas estes sinais manuais, mais nenhum outro (sinais nacionais ou particulares) podem ser usados!

3. Devido à velocidade do jogo, problemas podem surgir mostrando erros de

arbitragem. Para evitar isso, a equipe de arbitragem deve agir em conjunto, depois de cada ação jogada devem olhar um para o outro para confirmar sua decisão.

Regra 23 - Primeiro árbitro

1. O primeiro árbitro deve sempre cooperar com os seus auxiliares de quadra (segundo árbitro, apontador, juízes de linha). Ele/ela deve deixá-los trabalhar dentro de sua competência e autoridade. Ele/ela deve exercer suas atividades em pé. Por exemplo: depois de apitar para o final de uma jogada, ele/ela deve imediatamente olhar para os outros auxiliares (e só então dar sua decisão final com os sinais manuais oficiais):

• Ao decidir se uma bola foi dentro ou fora, ele/ela deve sempre olhar

para o juiz de linha responsável da linha perto do local onde a bola caiu (embora o primeiro árbitro não é o juiz de linha, naturalmente, ele/ela tem o direito, se necessário, de fiscalizar e até mesmo anular a decisão de seus/suas auxiliares);

• Durante a partida, o primeiro árbitro deve sempre olhar para o segundo árbitro (se possível depois de cada jogada e também antes de cada apito para a execução do saque), que está de frente a ele/ela, para descobrir se ele/ela está sinalizando uma falha ou não (por exemplo, quatro toques, dois toques, etc.)

Page 23: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

23 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

2. A questão se a bola "fora" foi tocada anteriormente pela equipe receptora (por exemplo, pelo bloqueador da equipe receptora, etc), é verificada pelo primeiro árbitro e os juízes de linha. No entanto, é o primeiro árbitro que toma a decisão final com seu sinal manual, depois de verificar os sinais dos outros membros de sua equipe de arbitragem (o árbitro nunca deve pedir ao jogador se a bola foi tocada ou não).

3. O primeiro árbitro deve sempre se certificar de que o segundo árbitro e o

apontador têm tempo suficiente para fazer o seu trabalho administrativo e de registro na súmula, por exemplo, se o apontador teve o tempo suficiente para verificar a legalidade do pedido de substituição e seu registro. Se o primeiro árbitro não dá a seu companheiro o tempo suficiente para fazer o seu trabalho, o apontador e segundo árbitro não serão capazes de seguir à próxima fase da partida, resultando em muitos erros pelos membros da equipe de arbitragem. Se o primeiro árbitro não proporciona o tempo necessário para o controle e administração dos fatos, o segundo árbitro deve interromper a continuação do jogo, apitando.

4. O primeiro árbitro pode alterar qualquer decisão de seus auxiliares ou sua

própria. Se ele tomou uma decisão (apita) e depois vê que seus auxiliares (segundo árbitro, juízes de linha ou apontador), por exemplo, tomaram uma decisão diferente:

• se ele tem certeza de que ele está certo, ele pode manter a sua

decisão; • se ele vê que ele estava errado, ele pode mudar sua decisão; • se ele afirma que as faltas foram cometidas simultaneamente por

ambas as equipes (jogadores), ele deve sinalizar para a jogada será repetida;

• se ele considera que a decisão do segundo árbitro, por exemplo, estava errada, ele pode revogá-la. Por exemplo, se o segundo árbitro marcou um erro de posicionamento da equipe receptora, mas o primeiro árbitro imediatamente ou após o protesto do capitão em jogo, verificou que a posição estava correta, ele não deve aceitar a decisão do segundo árbitro e pode ordenar que a jogada seja repetida.

5. Se o primeiro árbitro acha que um dos seus auxiliares não está realizando

um bom trabalho, ou não está agindo corretamente, ele deve pedir a substituição do mesmo.

6. Apenas o primeiro árbitro pode aplicar sanções por conduta indevida e

sanções "por retardamento" - o segundo árbitro, o apontador e os juízes de linha não têm esse direito. Se os oficiais, com exceção do primeiro árbitro, observarem qualquer irregularidade, devem sinalizar e ir para o primeiro árbitro a informá-lo dos fatos. É o primeiro árbitro e só a ele/ela, que aplica sanções.

7. O primeiro árbitro deve conferir e assinar a súmula ao final da partida (Veja

também os procedimentos a serem seguidos pelo árbitro ao final da partida no item 3 do título GESTÃO DO JOGO)

Regra 24 - Segundo árbitro

Page 24: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

24 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

1. O segundo árbitro deve ter as mesmas competências que o primeiro árbitro,

ele/ela substituirá o primeiro árbitro em caso de ausência ou no caso do primeiro árbitro não poder continuar na sua função.

2. Os deveres e direitos do segundo árbitro estão claramente estipulados nesta

Regra e ele/ela deve estudar bem as "responsabilidades" do segundo árbitro, ou seja, os casos em que o segundo árbitro deve "decidir, apitar e sinalizar as falhas" durante a partida (ver Regra 24.3.2).

3. No caso da decisão tomada pelo primeiro árbitro, não é mais necessário que

o segundo árbitro repita a sinalização efetuada pelo primeiro árbitro.

4. Durante as situações de jogo perto da rede, o segundo árbitro deve se concentrar em controlar o toque ilegal de toda a rede do lado dos bloqueadores, em todas as invasões ilegais além da linha central e nas ações ilegais em execução no lado da equipe que bloqueia (recebe o ataque).

5. O segundo árbitro também deve verificar com cuidado, antes e durante o jogo, se os jogadores estão na posição correta, com base na “folha de formação” das equipes. Neste trabalho, o segundo árbitro é assistido pelo apontador, que pode dizer a ele o jogador que deve estar na posição 1 (sacador).Com base nessa informação, girando a folha de formação no sentido horário em sua mão, o segundo árbitro pode indicar exatamente a ordem de rotação regular (posição) de cada equipe. Na verificação de posições, ele deve estar na posição II à sua esquerda ou à sua direita IV, respectivamente, juntamente com o jogador indicado pelo apontador, e de frente para a rede, ele deve localizar os outros jogadores, segundo a ordem indicada na folha de formação, a partir do jogador da posição I. Ele não deve falar ou sinalizar diretamente a qualquer um dos jogadores a posição. Se houver alguma discrepância entre a posição de jogadores e da indicada na folha de formação, o segundo árbitro deve chamar o capitão em jogo ou o treinador, a fim de confirmar a posição adequada dos jogadores.

6. O segundo árbitro deve prestar atenção para o fato de que a zona livre deve

ser sempre livre de qualquer obstáculo que possa causar uma lesão a um membro da equipe (garrafas de bebidas, kit de primeiros socorros, plaquetas de substituição, etc.)

7. Durante TD e TT, o segundo árbitro não deve ficar em uma posição estática.

O segundo árbitro pode movimentar-se a fim de:

• Visualizar os enxugadores, para assegurar que eles entrem em posição no tempo, como um grupo;

• Visualizar as equipes, para se certificar de que eles se movam para perto dos bancos;

• Visualizar o apontador, para controlar seu trabalho; • Visualizar o apontador assistente, para obter informações sobre a

posição dos Líberos; • Visualizar os enxugadores, para verificar o seu trabalho; • Visualizar o primeiro árbitro, para receber e/ou dar informações, se

necessário.

Page 25: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

25 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

• Visualizar as equipes, para impedir que as mesmas retornem à quadra de jogo antes do final do tempo requisitado e para identificar a tentativa do Líbero de realizar uma “troca não identificada”.

8. Ao final da partida, o segundo árbitro deve conferir e assinar a súmula ao final da partida (Veja também os procedimentos a serem seguidos pelo árbitro ao final da partida no item 3 do título GESTÃO DO JOGO)

Árbitro reserva As seguintes atividades estão sob a responsabilidade do árbitro reserva (a menos que o Sistema de Desafio esteja em utilização):

1. Substituir o segundo árbitro em caso de ausência ou no caso em que ele esteja incapaz de continuar o seu trabalho ou no caso em que o segundo árbitro se tornou primeiro árbitro.

2. Controlar as plaquetas de substituição, antes do jogo e entre os sets.

3. Verificar o funcionamento das campainhas antes e entre os sets, se não há

problema.

4. Auxiliar o segundo árbitro em manter a zona livre e área de penalidade livres.

5. Controlar os jogadores substitutos na área de aquecimento e no banco.

6. Trazer ao segundo árbitro duas bolas de jogo, imediatamente após a apresentação dos jogadores titulares.

7. Dar ao segundo árbitro a bola do jogo, após este terminar de verificar a

posição dos jogadores titulares.

8. Auxiliar o segundo árbitro em orientar o trabalho dos enxugadores. Regra 25 – Apontador

1. O trabalho do apontador é muito importante, principalmente durante os jogos internacionais, onde os membros da equipe de arbitragem e das equipes são de países diferentes. Todos os árbitros internacionais e os juízes de linha devem saber como preencher uma súmula, e, se necessário, devem ser capazes de fazer o trabalho de um apontador.

2. O apontador:

2.1 Deve verificar - depois de receber as folhas de formação e antes do início

de cada set – que os números nas folhas de formação possam ser encontrados na relação nominal na súmula (se não, ele/ela deve informar ao árbitro).

Page 26: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

26 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

2.2 Relatar ao segundo árbitro o segundo tempo de descanso e as substituições 5 e 6 de cada equipe (que relata, então, ao primeiro árbitro e ao técnico).

2.3 Deve cooperar, muito atentamente, durante o processo de substituição:

2.3.1 O segundo árbitro, depois de reconhecer uma substituição

apitando ou vendo que a substituição é reconhecida pela campainha do apontador, vai para uma posição entre o poste e a mesa do apontador, onde ele/ela pode ver os jogadores substitutos e o apontador. O jogador substituto que entrará no jogo vai para a linha lateral com a placa de substituição apropriada. A menos que o apontador indique que a substituição é ilegal, o segundo árbitro autoriza a substituição do(s) jogador(es) com um sinal cruzando os braços.

2.3.2 Após o segundo árbitro ver o sinal de “OK” da mão do apontador,

ele/ela vai a sua posição para começar a jogada seguinte e repete este sinal para o primeiro árbitro que agora tem o direito a apitar para o próximo saque. Neste momento, o apontador deve se concentrar para verificar se o jogador a fazer o saque, segue a ordem de rotação ou não. Se não, ele/ela deve parar imediatamente o jogo pressionando a campainha, mas não antes do golpe de saque ser executado. O segundo árbitro deve ir para a mesa de controle para verificar a decisão do apontador e informar as equipes e o primeiro árbitro da situação.

2.3.3 O apontador tem de olhar para o jogador substituto na zona de

substituição e comparar o número na sua camisa e o número da plaqueta de substituição na sua mão com a linha da súmula de "jogadores titulares" e "substitutos". Se ele descobrir que o pedido é ilegal, ele/ela deve imediatamente soar a campainha e levantar uma mão movendo-a e dizer: "o pedido de substituição é ilegal”. Neste caso, o segundo árbitro deve ir imediatamente à mesa do apontador e verificar, com base nos dados da súmula, a ilegalidade do pedido. Se confirmado, o pedido deve ser rejeitado pelo segundo árbitro. O primeiro árbitro deve punir a equipe por um apito "de retardamento". O apontador deve registrar na súmula, na seção «sanções», a sanção adequada. O segundo árbitro deve verificar o trabalho apontador após a sanção.

2.3.4 No caso em que a equipe solicita mais do que uma substituição, o

processo de substituição deve ser feito um de cada vez, de modo que o apontador tenha tempo para registrar cada substituição consecutivamente. O apontador deve usar o mesmo processo para cada substituição. O apontador olha o número nas plaquetas de substituição e o número na camiseta do jogador substituto. Caso a substituição seja legal, o apontador deve registrar a substituição na súmula e depois mostrar que o registro está completo, levantando as duas mãos. LEMBRE-SE, ISTO SE APLICA A TODAS AS SUBSTITUIÇÕES.

Page 27: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

27 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

2.3.5 Com o advento da substituição por meio do software em tablet, o apontador deve monitorar a súmula para assegurar que os dados sendo inseridos reflita com fidelidade o que está ocorrendo na zona de substituição. Como a substituição pode coincidir com uma troca do Líbero, um cuidado extra deve ser tomado. Ao final de todas as substituições, o sinal manual de LIBERAÇÃO DO JOGO (duas mãos espalmadas para frente) AINDA É NECESSÁRIO PARA REINICIAR A PARTIDA.

2.4 Deve registrar sanções na súmula somente sob orientação do segundo

árbitro.

2.5 Deve escrever uma observação, se um jogador se lesiona e é retirado do jogo por substituição regular ou excepcional. A observação deve indicar o número do jogador lesionado, o set durante o qual ocorreu a lesão e o placar no momento da lesão.

Regra 26 - O Assistente de Apontador

1. O apontador assistente senta-se perto do apontador. No caso em que este é incapaz de continuar sua tarefa ele/ela age como o substituto para o apontador.

2. Suas responsabilidades são:

10.1 Preencher a folha de controle do Líbero (R-6), e verificar se as substituições do Líbero durante o jogo são legais ou não.

10.2 Dirigir e controlar o tempo técnico, pressionar a campainha quando

ele/ela começa medir sua duração e sinalizar seu fim, com a campainha. 10.3 Manusear o placar manual na mesa do apontador. 10.4 Verificar se o placar mostra os resultados corretos e, se não, corrigi-lo.

10.5 Durante os Tempos Técnicos e Tempos de Descanso, informar ao

árbitro sobre a posição dos Líberos, usando o sinal com a mão de "dentro" e "fora", mas só com uma mão para cada equipe.

10.6 Informar ao Presidente do Júri do jogo, imediatamente após o final de

cada set, as informações sobre a duração de cada set e a hora de início e de término correspondentes, na forma escrita.

10.7 Quando necessário, auxiliar o apontador pressionando a campainha

para reconhecer e anunciar pedidos de substituição.

3. O nome do apontador assistente deve ser registrado na súmula, ele/ela deve assinar a súmula ao final da partida.

Page 28: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

28 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

Regra 27 - Os Juízes de Linha

1. O trabalho dos juízes de linha é muito importante, especialmente durante as partidas internacionais de alto nível. Todos os candidatos internacionais e árbitros também devem estar familiarizados na prática com o trabalho dos juízes de linha, no caso de serem designados para esta função durante as partidas internacionais.

2. Os organizadores devem fornecer a cada juiz de linha bandeiras e uniformes.

A cor das bandeiras deve estar em contraste com a cor do piso. Em competições da FIVB e Mundiais, a cor da bandeira deve ser vermelha ou amarela.

3. Os juízes de linha:

3.1 Devem estar presentes na área de jogo ou na sala de teste de álcool, de

uniforme, 45 minutos antes de o jogo começar.

3.2 Devem saber bem o seu trabalho, mesmo que apenas dois juízes de linha sejam utilizados (ver diagrama 10 nas Regras Oficiais de Voleibol).

3.3 Assinalar cada falta que ocorre perto das linhas das quais são

responsáveis, bem como as que ocorrem no momento do golpe de saque.

3.4 Se a bola tocar a antena, cruzá-la, ou passar por fora dela para a quadra

adversária, o juiz de linha mais próximo da direção da bola, deve sinalizar a falta.

3.5 Faltas devem ser sinalizadas de forma clara, para garantir acima de qualquer dúvida que o primeiro árbitro possa vê-las.

4. Os juízes de linha devem descansar entre os rallies.

5. Os juízes de linha devem deixar sua posição durante TD e TT e ficar nos

respectivos cantos da área de jogo. Regra 28 - Sinais Manuais Oficiais

1. Os árbitros devem usar somente os sinais manuais oficiais. A utilização de quaisquer outros sinais deve ser evitada, mas, em qualquer caso, deve ser utilizada apenas quando é absolutamente necessária a compreensão dos membros da equipe. Deve-se reconhecer que o Voleibol deve evoluir com os tempos. Desta forma, foi decidido que a sequência da sinalização efetuada pelo árbitro seria alterada. Isto ocorreu antes da década de 90, desta forma, a recomendação a seguir é, simplesmente, uma extensão dos movimentos padronizados anteriores. Em sua essência, o segundo árbitro não mais precisa “espelhar (acompanhar)” os sinais manuais do primeiro árbitro. O que segue,

Page 29: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

29 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

entretanto, dá mais detalhes das sequências que devem e as que não devem ser empregadas durante uma partida.

2. Decisão do primeiro árbitro. O primeiro árbitro sinalizará o final do rally (ou falta) por meio do silvo do apito, indica a equipe que irá sacar, indica a natureza da falta e então o jogador faltoso (se necessário). O segundo árbitro não participará em nenhum ato desta sinalização, entretanto, se posicionará do lado da equipe quer receberá o próximo saque. Contato visual com o primeiro árbitro ainda será necessário. Assistência durante ou ao final de um rally na marcação de “toques” ou “quarto toque” ainda é esperada. Estas ações podem ser realizadas antes do segundo árbitro se mover, de forma que o primeiro árbitro esteja de posse de todos os fatos.

3. Decisão tomada pelo segundo árbitro (falta de toque na rede, bloqueio ilegal, ataque ilegal, bola que toca a antena ou se direciona a quadra do adversário por fora do espaço de cruzamento etc.). A sequência executada pelo segundo árbitro segue como atualmente é realizada: apito, indicação da natureza da falta, indicação (se necessário) o jogador faltoso, pausa, e então acompanha o primeiro árbitro na indicação da equipe que irá sacar.

4. Requisição de tempo de descanso. Tal procedimento é, normalmente,

realizado pelo segundo árbitro (mas ainda esta dentro das competências do primeiro árbitro caso o segundo não ouça/veja a requisição do técnico). Neste caso, o segundo árbitro apita, realiza o sinal manual de “T” e indica a equipe requisitante (uma ação de dois sinais). O primeiro árbitro não precisa repetir esta sinalização.

5. Repetição de rally/ falta dupla. Ainda que ambos os árbitros podem apitar

este incidente e realizar o sinal de repetição de rally (ex: bola rolando pela quadra, jogador lesionado durante o rally, dois adversários tocam a banda superior da rede ao mesmo tempo), permanece responsabilidade do primeiro árbitro indicar a equipe que irá sacar. O segundo árbitro somente acompanhará a sinalização do primeiro se ele/ela apitou a paralização da jogada.

6. Ambos árbitros apitam ao mesmo tempo para parar a jogada, mas por

motivos diferentes. Neste caso, cada árbitro indicará a natureza da falta – mas nesta incidência, pela necessidade de decisão por parte do primeiro árbitro dos passos a serem tomados depois, SOMENTE O PRIMEIRO ÁRBITRO poderá assinalar a “falta dupla” e indicar a equipe que irá sacar.

7. Jogador saca sem autorização. Esta incidência é de competência total do

primeiro árbitro em assinalar o “rally repetido” e indicar a equipe que irá sacar.

8. Final do set. Este processo é realizado pelo primeiro árbitro. O segundo

árbitro poderá, caso o primeiro árbitro não tenha se atentado ao placar, educadamente lembrar o árbitro com sinal de fim de set, mas, ainda assim, a competência para esta ação é exclusiva do primeiro árbitro.

9. Resumindo: quando a falta é assinalada pelo primeiro árbitro, o segundo árbitro não acompanhará os sinais manuais efetuados pelo primeiro, mas, se

Page 30: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

30 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

a falta é assinalada pelo segundo, ele acompanhará a indicação da equipe que irá sacar efetuada pelo primeiro árbitro.

Quando o segundo árbitro assinalar uma falta (ex. Toque na rede de um jogador), ele/ela deve ter precaução para efetuar a sinalização no lado da quadra da equipe faltosa *Regra 28.1). Por exemplo: caso um jogador da equipe que esteja ao lado esquerdo segundo árbitro toque a rede, e ele/ela assinale a falta, os sinais manuais oficiais não devem ser executados, de forma isolada, através da rede, do lado da equipe faltosa – o árbitro deve se movimentar para o lado da equipe faltosa e, somente após estar inteiramente do lado da equipe faltosa, realizar a sinalização manual oficial.

10. Os árbitros devem apitar rapidamente, com certeza da sinalização da falta

(Regras 22.2, 23.3 e 24.3), levando em consideração os dois pontos seguintes:

10.1 O árbitro não deve assinalar uma falta, quando solicitado pelo público

ou jogadores.

10.2 Quando plenamente convencido de ter cometido um erro, o árbitro pode ou deve retificar seu erro (ou de outros membros da equipe de arbitragem), com a condição de que seja feito imediatamente.

11. Os árbitros e juízes de linha devem prestar atenção para a correta aplicação

dos sinais manuais e bandeira da bola “fora”:

11.1 Para todas as bolas que caem "diretamente fora", depois de um ataque ou de um bloqueio pela equipe adversária, o sinal manual / bandeira sinalizando "bola fora" (número 15 e LJ 2) deve ser usado.

11.2 Se a bola de um golpe de ataque cruza a rede e toca o chão fora da

quadra de jogo, mas um bloqueador ou outro jogador da equipe defensora toca a bola, os árbitros devem mostrar somente o sinal manual / bandeira "bola tocada" (número 24 e LJ 3).

11.3 Se a bola, depois de uma equipe golpear o primeiro, segundo ou

terceiro toque, sai no seu lado da quadra, o sinal de mão é "bola tocada" (número 24 e LJ 3).

11.4 Se depois de um golpe de ataque a bola bate no bordo superior da

rede e depois cai "fora" do lado do atacante, sem tocar no bloqueio do adversário, o sinal manual é "bola fora" (número 15), e imediatamente após, o jogador atacante deve ser indicado (para que todos entendam que a bola não foi tocada pelos bloqueadores). Se, no mesmo caso, a bola toca no bloqueio e depois cai para fora do lado do atacante o sinal manual é "bola fora" (número 15) e o primeiro árbitro deve indicar o(s) bloqueador(es).

12. Quando um golpe de ataque é completado a partir de um toque com a ponta

dos dedos de um Líbero em sua zona de ataque, o árbitro deve usar o sinal manual 21 (falta de golpe de ataque) e apontar para o Líbero.

Page 31: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

31 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

13. Os sinais manuais dos juízes de linha são também muito importantes do ponto de vista dos participantes e do público. O primeiro árbitro deve verificar os sinais dos juízes de linha, se não forem adequadamente feitos, ele/ela pode corrigi-los.

Durante partidas internacionais de alto nível, em que a velocidade dos ataques pode ser de 100-120 km/h, é muito importante que os juízes de linha concentrem-se no movimento da bola, especialmente bolas de ataque tocando o bloqueio antes de sair.

14. Se a bola não passa do plano vertical da rede após o terceiro toque da

equipe, então:

14.1 Se o mesmo jogador que realiza o terceiro toque, tocar na bola novamente, o sinal manual é "duplo contato".

14.2 Se um outro jogador toca a bola, o sinal manual é "quatro toques".

GESTÃO DE JOGO PROCEDIMENTOS DOS ÁRBITROS–ANTES, DURANTE E DEPOIS DE QUALQUER PARTIDA (ver também o PROTOCOLO INTERNACIONAL DE JOGO) 1. Antes da partida

1.1 A equipe de arbitragem prepara o início da partida, conforme estipulado no atual Protocolo da partida.

1.2 Os árbitros devem estar presentes com seus uniformes de arbitragem pelo menos 45 minutos antes do horário programado de início de cada partida.

1.3 O primeiro, segundo e árbitro reserva, bem como os apontadores e juízes de

linha submetem-se ao teste de álcool, realizado pelo médico da organização.

1.4 Se o primeiro árbitro não chegar em tempo hábil, o segundo árbitro deve

começar os procedimentos da partida, depois de solicitar autorização do Comitê de Controle.

1.5 Se o primeiro árbitro não chegar ou não passar com êxito no teste de álcool

ou ele não estiver apto a realizar a partida por qualquer razão médica, o segundo árbitro deve conduzir a partida como primeiro árbitro e o árbitro reserva assume o lugar do segundo árbitro. No caso em que não exista um arbitro reserva o organizador juntamente com o atual primeiro árbitro tem que decidir quem irá atuar como segundo árbitro.

Page 32: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

32 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

2. Durante o jogo: 2.1 No momento do saque, o primeiro árbitro deve verificar a posição da equipe

sacadora, e o segundo árbitro verifica a posição da equipe receptora. Durante o saque, o segundo árbitro deve estar do lado da equipe receptora. Após o saque, ele pode mover-se ao longo da linha lateral a partir da linha central, no máximo até a linha de ataque. No ataque, sua posição deve estar no lado da defesa - equipe de bloqueio. Assim, durante a partida, ele/ela deve continuamente mudar de posição.

2.2 O primeiro árbitro mantém a visão na bola e seu contato com os jogadores

ou equipamentos e objetos. Conseqüentemente, ele/ela primeiro verifica a regularidade do toque de bola. No momento do golpe de ataque, ele/ela olha diretamente para o atacante e a bola e através da visão periférica a direção provável da bola. Se a bola é golpeada na rede, ele/ela tem de olhar na direção do plano vertical da rede.

2.3 Se os membros da equipe no banco ou na área de aquecimento agem

contra as regras, o segundo árbitro deve informar imediatamente ao primeiro árbitro, quando a bola estiver fora de jogo. O primeiro árbitro é o único que aplica sanções.

2.4 Quando o segundo árbitro marca (apita) uma falta de posição da equipe

receptora, imediatamente após ele/ela deve indicar a falta de posição com o sinal manual oficial e apontar exatamente os jogadores faltosos.

2.5 De acordo com as regras do jogo, a primeira falta a ocorrer deve ser

penalizada. O fato que o primeiro e segundo árbitros terem diferentes áreas de responsabilidade torna muito importante que cada árbitro apite a falta imediatamente. Ao apito de um dos árbitros, a jogada termina (ver Regra 8.2 - Bola fora de jogo). Depois de um apito pelo primeiro árbitro, o segundo árbitro não tem mais direito de assoprar seu apito, já que a jogada termina com o apito dos árbitros. Se os dois árbitros assoprarem seus apitos um após o outro - para faltas diferentes - eles causarão confusão para os jogadores, público, etc

2.6 É geralmente o segundo árbitro (o texto das Regras diz que "os árbitros"),

que autoriza as interrupções de jogo solicitadas, mas somente se a bola é "fora de jogo". Se o segundo árbitro não percebeu o pedido de interrupção do jogo, o primeiro árbitro também pode autorizá-lo, ajudando o segundo árbitro.

2.7 Se durante a partida, o segundo árbitro observa gestos ou palavras

antidesportivas entre os adversários, na primeira oportunidade, quando a bola estiver fora de jogo, ele/ela deve informar ao primeiro árbitro, que deve imediatamente avisar ou sancionar os jogadores dependendo da gravidade do comportamento.

2.8 REPLAY

Durante Mundiais, competições oficiais e da FIVB, a emissora local pode pedir um "atraso de repetição", se as instalações necessárias são feitas e acordadas pelo Comitê Organizador e pela Comissão de Controle da FIVB.

Page 33: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

33 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

A instalação elétrica necessária é uma lâmpada, fixada no poste em frente ao primeiro árbitro, ligado ao representante da emissora local, que dá um sinal luminoso para um ligeiro atraso de tempo ou para um replay instantâneo de uma ação anterior. O processo não pode ser utilizado mais do que 8 vezes por set e não pode retardar a partida entre jogadas por mais de 7 segundos de cada vez.

2.9 Intervalos(Regra 18.1)

A regra diz: “O intervalo entre o segundo e o terceiro sets pode ser estendido até 10 minutos, pelo órgão competente, a pedido do organizador.” Para este intervalo prolongado, as equipes e os árbitros devem deixar a área de controle depois do segundo set e ir para seus vestiários. Eles devem voltar para a área jogo três minutos antes do terceiro set iniciar. Para intervalos normais (3 minutos) entre os sets 1 a 4: EQUIPES: Ao final de cada set, os seis jogadores de cada equipe se

alinham em cima da linha e fundo de suas respectivas quadras. As equipes então mudam de quadra direção do primeiro árbitro; os jogadores passam os postes de rede e vão diretamente para o banco da sua equipe.

APONTADOR: No momento em que o árbitro apita o fim do último rally

do set, o apontador deve iniciar o temporizador para o tempo do intervalo definido.

2'30 - O árbitro segundo apita ou o apontador soa a campainha

. EQUIPES: Após autorização do segundo árbitro, os seis jogadores

registrados na folha de formação devem ir diretamente para a quadra de jogo.

ÁRBITROS: O segundo árbitro vai verificar as posições dos jogadores

em pé, comparando-os aos que estiverem na sua respectiva folha de formação e depois autorizar a entrada do Líbero para a quadra.

O boleiro, então, dá a bola para o sacador.

3'00 - O primeiro árbitro apita autorizando o saque

Intervalo antes do set decisivo: EQUIPES: No final dos sets antes do decisivo, os seis jogadores de

cada equipe se alinham na linha de fundo de suas respectivas quadras. Após autorização do primeiro

Page 34: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

34 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

árbitro, as equipes devem ir diretamente para o banco da equipe.

CAPITÃES: Dirigem-se para a mesa do apontador para o sorteio. ÁRBITROS: Dirigem-se para a mesa do apontador para realizar o

sorteio.

2'30 - O segundo árbitro apita ou o apontador soa a campainha.

EQUIPES: Ao sinal do segundo árbitro, os seis jogadores

registrados na folha de formação, vão diretamente para a quadra de jogo.

ÁRBITROS: O segundo árbitro vai verificar as posições dos jogadores

em pé,comparando-os aos que estiverem na respectiva folha de formação. Então ele/ela autoriza a entrada do Líbero na quadra e dá a bola para o sacador.

3'00 - O primeiro árbitro apita autorizando o primeiro saque do set.

Quando a equipe na liderança alcança o 8 º ponto: EQUIPES: No final da jogada, os seis jogadores de cada equipe se

dirigem às respectivas linhas de fundo de suas quadras. Ao sinal do primeiro árbitro, muda de quadra sem demora, indo direto para a quadra de jogo.

ÁRBITROS: Segundo árbitro verifica se as equipes estão em sua

ordem de rotação correta (qual o jogador está na posição I de cada equipe) e que o apontador está pronto para a segunda parte do set e, em seguida, sinaliza para o primeiro árbitro, que tudo está pronto para a continuação do jogo.

Durante os TD e TT e intervalos, o segundo árbitro chama os jogadores para que se aproximem do banco e deixem espaço para que o chão seja limpo pelos seis enxugadores.

3. Após a partida

Como indicado no protocolo da FIVB, os dois árbitros devem ficar na frente da cadeira do árbitro. Os jogadores dos dois times devem ficar nas linhas do fundo de suas quadras. O primeiro árbitro apita, as duas equipes vêem ao longo das linhas laterais para os árbitros, apertar as mãos dos árbitros, em seguida, caminhar ao longo da rede, apertar as mãos dos adversários e voltar para seus bancos. O primeiro e o segundo árbitros vão ao longo da rede para a mesa do apontador, verificar a súmula, assiná-la e agradecer aos apontadores e juízes de linha pelo seu trabalho.

Page 35: Guia de Arbitragem de Voleibol 2015

35 COBRAV - GUIA E INSTRUÇÕES DE ARBITRAGEM 2015

Com este fato, o trabalho dos árbitros ainda não está terminado! Eles devem verificar bem o espírito esportivo e o comportamento das equipes, mesmo depois de apitar o final do jogo! Contanto que as equipes permaneçam na área de controle, todo o comportamento antidesportivo após o jogo deve ser verificado e relatado para o membro do Júri do Jogo e escrito na súmula em "Comentários" ou em um relatório separado.