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GUIA DE MEDICINA PREVENTIVA 1 Guia de Medicina Preventiva 2019 Especial Vacinação Tudo o que deve saber sobre a vacinação ao longo da vida C o n t e ú d o r e v i s t o p e l o C o n s e l h o C i e n t í f c o d a A d v a n c e C a r e Copyright © Todos os direitos reservados | advancecare.pt

Guia de Medicina Preventiva 2019 - AdvanceCare · medicina preventiva estavam dados. Nos finais da década de 1870, Louis Pasteur e Robert Koch estabeleceram uma relação de causa-efeito

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GUIA DE MEDICINA PREVENTIVA 1

Guia de Medicina Preventiva 2019

Especial VacinaçãoTudo o que deve saber sobre a vacinação ao longo da vida

• Conteúdo revisto pelo Conselho Científ c

o da

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an

ceCare

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Introdução

Sempre que nasce um bebé, nascem também os seus pais. Mesmo que não se trate de um primeiro filho, acontece a magia do renascimento de uma mãe e de um pai. De repente, o mundo inteiro perde importância. Relativiza-se. A partir daquele momento, o mundo é o bebé. A preocupação dos pais é protegê-lo, ajudá-lo a crescer forte e saudável e criar condições para que seja feliz. Estabelecem um plano, metas e objetivos para aquela pessoa que começa a construir-se. Afinal, os pais são responsáveis pela sua alimentação, saúde, educação, felicidade e tantos outros aspetos. E não há maior sinal de amor do que oferecer ao bebé algo que possa garantir-lhe saúde ao longo da vida. É esse o papel da vacinação.

Este Guia sobre Vacinação foi criado para ajudar os pais a esclarecerem as dúvidas que possam ter sobre as vacinas que devem dar aos seus filhos durante o seu desenvolvimento. Começamos por lhe apresentar a história da vacinação e a importância da descoberta da

primeira vacina. Explicamos o conceito e o modo de funcionamento das vacinas, para lhe mostrar que a vacinação é um método seguro e testado de prevenir doenças. Sabemos que é natural ter dúvidas e receios na hora de vacinar os seus filhos. Por isso, apresentamos

a relação entre riscos e benefícios da vacinação e mostramos a forma como as vacinas nos protegem, individual e coletivamente. Deixamos-lhe, no final, informação atualizada sobre o Plano de Vacinação do Serviço Nacional de Saúde para 2019.

ÍNDICE03

A importância da vacinação

05Plano Nacional de Vacinação

08Quais são as vacinas

do Plano Nacional de Vacinação?

10Esquema

de vacinação da Direção Geral

de Saúde em vigor (PNV 2017)

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A importância da vacinação

Sabia que... Mesmo com centenas de anos de provas dadas pelas vacinas na prevenção e irradicação de doenças, ainda há quem duvide da sua segurança. É para contrariar ideias que possam contribuir para o retrocesso do todo o trabalho que já foi feito, ao nível da vacinação, que é muito importante ter um conhecimento informado sobre as vacinas.

A vacinação foi uma das grandes invenções da Humanidade. Com a descoberta das vacinas, o mundo ganhou qualidade e anos de vida. A vacinação já evitou a morte de milhões de pessoas e continua a salvar entre 1 e 3 milhões de vidas por ano em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, as vacinas salvarão mais 25 milhões de vidas na próxima década. Ao longo dos séculos, surtos epidémicos de peste, varíola, tifo, cólera e gripe dizimaram populações em todo o mundo.

Ao mesmo tempo, foi o aparecimento dessas mesmas epidemias e o estudo das suas características e evolução que permitiu que os cientistas criassem formas de as combater: através da descoberta da vacina adequada a cada doença. Atualmente, as doenças infeciosas são ainda a principal causa de mortalidade infantil em algumas regiões do mundo e algumas destas doenças são evitáveis por vacinação.

As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de proteção contra certas doenças. A ideia que está na base da conceção das vacinas é a de forçar a exposição de todas as pessoas, o mais cedo possível, ao agente infecioso que eventualmente um dia teriam de combater. Uma dose reduzida desse agente informa o organismo sobre a forma como deve combatê-lo.

De uma forma muito simplificada, significa que o organismo passa a ter as ferramentas necessárias e adequadas para se proteger contra os agentes patogénicos que poderão, um dia, vir a atacá-lo. Em certos casos, essa proteção tem de ser reforçada ao longo da vida. Não basta vacinar-se uma vez para ficar devidamente protegido. Em geral, é preciso receber várias doses da mesma vacina para que esta seja eficaz. E mesmo quando a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade de uma doença surgir.

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COMO E QUANDO SURGIU A PRIMEIRA VACINA

A varíola era, no início do século XVIII, uma das doenças transmissíveis mais temidas e mortíferas. Nada se sabia sobre a doença, mas a mulher do embaixador inglês em Istambul, Lady Mary Montagu, percebeu que, ao introduzir na pele de pessoas sãs o líquido extraído de uma crosta de varíola de um doente, evitava-se que essas pessoas contraíssem a doença. Este método, que terá tido origem na China, ficou conhecido como variolação. Foi bastante usado em Inglaterra e nos estados Unidos da América, umas vezes com bons, outras com maus resultados, até surgirem as notícias sobre as descobertas de Edward Jenner, em 1798.

Jenner baseou as suas investigações na crença de que os camponeses que lidavam com vacas com varíola – conhecida como cowpox – e que desenvolviam pústulas semelhantes às dos animais, não eram contagiados pela doença. Esta condição benigna era designada vaccinia, a partir da palavra latina vacca. Jenner experimentou inocular um rapaz de oito anos saudável, que nunca tinha tido varíola nem vaccinia, com o líquido de cowpox. O rapaz teve sintomas benignos de vaccinia. Mais tarde, foi inoculado com o vírus da varíola humana e não desenvolveu a doença. Jenner descobriu que a utilização do vírus causador da cowpox na técnica de variolação reduzia significativamente a mortalidade associada a este método.

A técnica de Jenner foi usada por médicos em toda a Europa e, mais tarde, no século XIX, passou a ser feita a cultura do vírus na pele de bezerros – a técnica da vaccinia – que era posteriormente

usado para várias inoculações. Estava, assim, aberto o caminho para o desenvolvimento da técnica da vacinação. Os primeiros passos da medicina preventiva estavam dados.

Nos finais da década de 1870, Louis Pasteur e Robert Koch estabeleceram uma relação de causa-efeito entre a presença de microorganismos patogénicos e o desenvolvimento de certas doenças. O seu trabalho centrou-se na criação de condições para atenuar laboratorialmente a força dos vírus que, posteriormente, eram usados para fazer inoculações. Pasteur desenvolveu a vacina e o tratamento contra a raiva, uma doença fatal transmitida pela mordedura de cães, raposas ou lobos contaminados, por volta de 1885.

Antes da Segunda Guerra Mundial, as vacinas não eram tão sofisticadas como são atualmente, no entanto, já eram suficientemente eficazes para reduzir a mortalidade e a morbilidade causadas por várias doenças. O desenvolvimento científico que se sucedeu à guerra deu origem à descoberta de novas vacinas, algumas das quais ainda são utilizadas atualmente.

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O QUE É E COMO ATUA UMA VACINA As vacinas são substâncias biológicas, preparadas a partir dos microrganismos causadores das doenças (bactérias ou vírus), modificados em laboratorio, de forma a perderem a sua potência e, consequentemente, a possibilidade de provocarem a doença.

Depois de inoculados no indivíduo saudável, estas preparações de antigénios (partículas estranhas ao organismo) produzem uma resposta semelhante à da infeção natural. O antigénio escolhido para uma vacina deve ser “imunogénico”, ou seja, deve desencadear uma reação imunitária e não provocar a doença. Assim, o contacto controlado com os microrganismos induz imunidade, sem risco para o vacinado. Algum tempo após a administração, as vacinas originam a produção de anticorpos contra as bactérias ou vírus que provocam a doença. Por esta razão, é fundamental respeitar sempre o intervalo mínimo entre as doses.

Algumas vacinas requerem mais do que uma dose para produzirem o efeito desejado. Os anticorpos são os defensores do nosso corpo e têm a capacidade de matar os vírus e as bactérias causadoras das doenças. São os elementos responsáveis pela resistência às doenças. Se o organismo da pessoa vacinada entra em contacto com bactérias ou vírus de uma pessoa doente, já possui fatores que a tornam resistente.

Quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da doença. As vacinas desempenham uma dupla função: protegem individualmente quem é vacinado, mas ajudam toda a comunidade a vencer a doença. A vacinação em massa da população favorece a criação da chamada “imunidade de grupo”.

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OS ANTICORPOS SÃO ESPECÍFICOS, ISTO É, SÓ PROTEGEM CONTRA A DOENÇA CONTRA A QUAL SE ESTÁ VACINADO.

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O Plano Nacional de Vacinação é da responsabilidade do Ministério da Saúde e integra as vacinas consideradas mais importantes para defender a saúde da população portuguesa. Este programa está em constante atualização, pois também as doenças e as descobertas científicas não param de evoluir.

Plano Nacional de Vacinação

QUAL É O OBJETIVO DO PLANO NACIONAL DE VACINAÇÃO?

O objetivo do plano é vacinar o mais precocemente possível o maior número de pessoas, promovendo a proteção individual e garantindo a melhoria da segurança da saúde pública.

Como são selecionadas as vacinas que fazem parte do Plano Nacional de Vacinação? São vários os fatores analisados na seleção das vacinas que, em cada ano, fazem parte do Plano Nacional de Vacinação:

a epidemiologia das doenças;

a evidência científica do impacto da vacina;

a relação entre o custo da vacina e o seu benefício;

a disponibilidade da vacina no mercado.

Assim, as vacinas que fazem parte do Plano Nacional de Vacinação podem ser alteradas de um ano para o outro, em função da adaptação do programa às necessidades da população, nomeadamente pela integração de novas vacinas.

O cumprimento do Plano Nacional de Vacinação é um direito dos cidadãos, mas também é um dever cívico. Todos devem ser responsáveis, participando na decisão de se vacinarem e de vacinarem aqueles por quem são responsáveis, com a consciência de que não estão apenas a defender a sua saúde, mas também a saúde de todos.

A quem se destina o Plano Nacional de Vacinação? Embora as crianças sejam as principais destinatárias, o programa também abrange os adultos. A eficácia das vacinas é maior quanto mais precocemente forem administradas. É por esta razão, que a vacina deve ser dada antes do contacto da criança com o vírus ou a bactéria que provoca a doença contra a qual está a ser vacinada. As vacinas são administradas a todas as crianças menores de cinco anos, através de um calendário nacional de vacinação, que deve ser cumprido logo desde a nascença. Há vacinas contra determinadas doenças, nomeadamente o tétano e a difteria, para as quais existem reforços que devem ser administrados durante toda a vida, de acordo com uma calendarização específica.

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Onde devo inscrever o meu filho no programa de vacinação? Deve fazer o registo do seu filho no Centro de Saúde da área da sua residência. Também é possível efetuar essa inscrição online, no portal do Serviço Nacional de Saúde ou nos balcões das Lojas do Cidadão que disponibilizam esse serviço.

Vai precisar dos seguintes documentos:

P Cartão de Cidadão, Bilhete de Identidade ou outro documento válido de identificação;

P Documento que faça prova de residência;

P Cartão de beneficiário de subsistema de saúde;

P Comprovativo da isenção a que tenha direito.

O que fazer se a criança tiver vacinas em falta? Se por qualquer motivo houver atraso numa vacina, dirija-se ao serviço de vacinação do seu centro de saúde para lhe ser administrada a vacina em falta, mesmo que já tenham sido ultrapassados os prazos recomendados. Deverá sempre levar consigo o Boletim Individual de Saúde, de modo a ser registada a vacina que receber.

Como vacinar as crianças se não se encontrarem temporariamente na sua área de residência? É possível aceder aos serviços de vacinação de outro centro de saúde que não aquele em que está inscrito. Por motivos de mudança temporária de residência, ou outro, poderá efetuar uma inscrição temporária no da atual residência.

O que é o Boletim de Vacinas Digital? Os boletins de vacinas passaram a ter também formato digital, podendo ser consultados no portal do Serviço Nacional de Saúde, na área do cidadão. Depois de efetuar o registo, pode consultar o seu boletim de vacinas online. Esta facilidade permite aos médicos e aos enfermeiros acederem à vacinação dos utentes, em qualquer unidade do Serviço Nacional de Saúde.

As vacinas são seguras? Cada vacina é o resultado de muitos anos de trabalho laboratorial. A sua divulgação no mercado apenas ocorre depois de ultrapassado um longo caminho de investigação, testagem e aprovação. A todas as vacinas autorizadas no mercado europeu é exigida uma certificação lote a lote antes da sua distribuição. O controlo das vacinas é muito rigoroso e apertado. Por estas razões, são raras ou muito raras as reações adversas graves comprovadamente associadas às vacinas, bem como as condições que constituem precauções ou contraindicações à vacinação.

As vacinas têm contraindicações? Uma contraindicação é uma condição individual que aumenta o risco de reações adversas graves a determinado medicamento. Geralmente, as condições que são contraindicações à vacinação são raras e temporárias e requerem sempre prescrição médica para vacinação, caso esta esteja indicada. Se, inadvertidamente, for administrada uma vacina a uma pessoa com uma contraindicação, a ocorrência deve ser comunicada ao médico assistente que fará o acompanhamento clínico da situação.

Em relação à vacinação em geral aplicam-se as seguintes contraindicações:

P Pessoas com deficiências imunitárias graves não devem ser vacinadas com vacinas vivas;

P Grávidas não devem ser vacinadas com vacinas vivas:

P As vacinas vivas atenuadas representam um risco teórico para o feto;

P A VASPR (Sarampo, Parotidite, Rubéola) está contraindicada durante a gravidez. A vacinação inadvertida com a VASPR a uma grávida, ou no mês anterior ao início da gravidez, não é motivo para interrupção da gravidez. Se esta situação ocorrer, deve ser acompanhada clinicamente.

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O QUE SÃO AS FALSAS CONTRAINDICAÇÕES? As condições que constituem precauções ou contraindicações às vacinas são raras. Apresentamos uma lista daquelas que são consideradas falsas contraindicações, e que, como tal, não justificam que seja adiada a vacinação:

história vacinal desconhecida ou mal documentada;

ultrapassagem da idade recomendada no esquema vacinal;

falta de exame médico prévio, em pessoa aparentemente saudável;

reações locais, ligeiras a moderadas, a uma dose anterior;

doença ligeira aguda, com ou sem febre (exemplo: infeção das vias respiratórias superiores, diarreia);

história pessoal ou familiar de alergias (exemplo: ovos, penicilina, asma, rinite alérgica ou outras manifestações alérgicas);

terapêutica antibiótica concomitante;

terapêutica simultãnea com corticosteroides tópicos ou inalados;

terapêutica com corticosteroides de substituição;

imunoterapia concomitante (com extratos de alergénios);

dermatoses, eczemas ou infeções cutâneas localizadas;

doença crónica cardíaca, pulmonar, renal ou hepática;

doença neurológica estabilizada ou não evolutiva, como a paralisia cerebral;

síndrome de Down ou outras patologias cromossómicas ou genéticas.

AS VACINAS TÊM EFEITOS SECUNDÁRIOS? Em geral, os efeitos causados pelas vacinas são ligeiros e desaparecem sem ser necessário tratamento, como dor ou vermelhidão no local da injeção ou um aumento da temperatura corporal ou dor de cabeça. Em casos muitíssimo raros, podem verificar-se reações secundárias mais sérias, mas os serviços de vacinação estão treinados para as controlar. De qualquer modo, como prevenção, é sempre aconselhada a permanência no serviço de vacinação durante 30 minutos a seguir à administração de qualquer vacina.

SABIA QUE…

As vacinas também servem como uma defesa de primeira ordem contra a resistência aos antibióticos. A vacinação, no sentido em que previne as doenças, também é responsável pela diminuição do consumo de antibióticos, reduzindo, desta forma, a tendência para que se lhes crie resistência.

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Apresentamos-lhe cada uma das doenças combatidas pelo Plano Nacional de Saúde. E as vacinas são a forma mais eficaz de as prevenir.

VHB – Vacina contra a hepatite B A hepatite B, provocada pelo vírus da hepatite B (VHB) é uma das doenças mais frequentes do mundo, estimando-se que existam 350 milhões de portadores crónicos do vírus. Estes portadores podem desenvolver doenças hepáticas graves, como a cirrose e o cancro do fígado. A prevenção contra este vírus está ao nosso alcance através da vacina da hepatite B, que tem uma eficácia de 95 por cento.

Como se transmite? O vírus transmite-se através do contacto com o sangue e fluidos corporais de uma pessoa infetada. O vírus é transmitido, sobretudo, aos jovens adultos por via sexual e através da partilha de seringas e outro material de injeção entre os utilizadores de drogas endovenosas. A vacina contra a hepatite B faz parte do programa nacional de

Vacinas do Plano Nacional de Vacinação

vacinação de 116 países, o que significa que há cada vez mais pessoas protegidas contra o vírus.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra a hepatite B é tomada em três doses, devendo a primeira ocorrer imediatamente após o nascimento, a segunda aos 2 meses e a terceira aos 6 meses de idade.

Hib – Vacina contra a doença invasiva por haemophilus influenzae b A Haemophilus influenzae tipo b (Hib) é uma bactéria que causa infeções que começam geralmente no nariz e na garganta, mas que podem espalhar-se para outras partes do corpo, incluindo pele, ouvidos, pulmões, articulações, membranas que revestem o coração, medula espinhal e cérebro.

Pode causar diferentes doenças infeciosas com complicações graves, como pneumonia, epiglotite, otite, infeção generalizada na corrente sanguínea, pericardite, inflamação das articulações e sinusite.

Como se transmite? A haemophilus influenzae coloniza o aparelho respiratório. A transmissão da Hib ocorre pelo contacto com pessoas infetadas com a bactéria, mesmo que não apresentem sintomas. Os germes passam de pessoa a pessoa através de espirros, tosse ou do contacto com uma pessoa infetada.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra a doença invasiva por Haemophilus influenzae b é tomada aos 2, 4 e 6 meses de idade. A administração fica concluída com um reforço aos 18 meses.

VHB HIB Pn13

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D – Vacina contra a difteria A difteria, atualmente rara nospaíses desenvolvidos, é uma infeçãocontagiosa, às vezes fatal, do tratorespiratório superior causadapela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que se multiplica nagarganta e pode libertar toxinaspara o sangue. Esta bactéria podetambém afetar a pele, dandoorigem à difteria cutânea.

Como se transmite?A infeção é transmitida por via aérea através da tosse e espirros de uma pessoa infetada.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra a difteria é administrada aos 2, 4, 6 e 18 meses de idade, com reforço aos 5 anos. Nestas idades é administrada uma vacina combinada que contempla também as vacinas contra o tétano e a tosse convulsa (DTPa). Posteriormente, são efetuados reforços aos 10, 25, 45, 65 anos e de seguida a cada dez anos. Nesta situação, a vacina também é combinada mas apenas com a vacina contra o tétano (Td). Às grávidas recomenda-se também esta vacinação (difteria, tétano e tosse convulsa) em doses reduzidas (dose única em cada gravidez). A vacina deve ser administrada entre as 20 e as 36 semanas de gestação, idealmente até às 32 semanas, e após a ecografia morfológica (recomendada entre as 20 e as 22 semanas + 6 dias).

T – Vacina contra o tétano O tétano é uma infeção bacteriana causada pela toxina bacteriológica Clostridium tetani, que vive no solo e nos intestinos dos seres humanos e de outros animais. A infeção atua sobre os nervos controlando a atividade muscular e originando espasmos musculares graves. Em alguns casos, os músculos da garganta ou da parede torácica são afetados, provocando dificuldade respiratória e possível asfixia.

Como se transmite? A bactéria pode penetrar numa lesão da pele e desenvolver-se no organismo.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra o tétano é administrada aos 2, 4, 6 e 18 meses de idade, com reforço aos 5 anos. Nestas idades é administrada uma vacina combinada que contempla também as vacinas da difteria e tosse convulsa (DTPa)Posteriormente, são efetuados reforços aos 10, 25, 45, 65 anos e de seguida a cada dez anos. Nesta situação, a vacina também é combinada mas apenas com a vacina contra o tétano (Td). Às mulheres grávidas recomenda-se também esta vacinação (difteria, tétano e tosse convulsa) em doses reduzidas (dose única em cada gravidez). A vacina deve ser administrada entre as 20 e as 36 semanas de gestação, idealmente até às 32 semanas, e após a ecografia morfológica (recomendada entre as 20 e as 22 semanas + 6 dias).

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Pa – Vacina contra a tosse convulsa A tosse convulsa é uma doença muito contagiosa que resulta de uma infeção pela bactéria Bordetella pertussis. Esta bactéria infeta a traqueia e os brônquios e origina acessos de tosse violentos.

Como se transmite? A tosse convulsa transmite-se por via aérea, através de pequenas gotas libertadas quando a pessoa afetada tosse ou espirra.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra a tosse convulsa deve ser efetuada aos 2, 4, 6,1 8 meses de idade, com reforço aos 5 anos. A vacina administrada é uma vacina combinada com a vacina contra a difteria e o tétano (DTPa). Não é necessário efetuar reforço posterior. Nas grávidas as recomendações são iguais às descritas na vacina contra a difteria. Ver difteria.

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VIP – Vacina contra a poliomielite A poliomielite é uma infeção rara, vulgarmente designada polio, que pode afetar o sistema nervoso. É uma doença altamente contagiosa, que varia em gravidade, podendo manifestar-se como uma doença ligeira ou como um grave distúrbio que pode até provocar paralisia. Como se transmite? A doença é causada pela infeção pelo poliovírus, que é transmitido por contacto com fezes de uma pessoa infetada, pela comida ou pela água potável contaminada ou em piscinas contaminadas. Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra a poliomielite é administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade. Os reforços são tomados aos 18 meses e 5 anos.

Pn13 (Prevenar 13) – vacina contra infeções por streptococcus pneumoniae A doença pneumocócica pode causar infeções graves, como pneumonia, bacteriemia, septicémia ou meningite. Bacteriemia e meningite são infeções pneumocócicas invasivas, normalmente muito graves, que levam à hospitalização ou, até mesmo, à morte.

Como se transmite? Os pneumococos costumam habitar no trato respiratório superior de pessoas saudáveis, que são os seus hospedeiros naturais, particularmente durante o inverno e início da primavera. As bactérias são transmitidas quando as pessoas infetadas tossem ou espirram.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra o streptococcus pneumoniae é administrada aos 2 e aos 4 meses de idade. O reforço é tomado aos 12 meses.

Men C – Vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis C O agente da infeção é a Neisseria meningitidis, cuja disseminação resulta em doença meningocócica invasiva, geralmente septicemia ou meningite. As infeções meningocócicas invasivas continuam a ser doenças graves, mas a vacinação tem contribuído para a redução do número de casos. Além de serem doenças potencialmente fatais, um número significativo de sobreviventes fica com sequelas da doença.

Como se transmite? O reservatório da Neisseria meningitidis, e o foco a partir do qual se propaga, é a orofaringe humana dos doentes e dos portadores sãos. Estes últimos são a principal fonte de infeção, uma vez que desconhecem que são portadores da doença. A transmissão é favorecida pela tosse, pelos espirros, pelos beijos e pela proximidade física.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis C é administrada em dose única, aos 12 meses de idade.

S – Vacina contra o sarampoO sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que causa erupção cutânea e febre. Apesar de, na maioria das vezes, ter uma evolução benigna, há casos em que se torna grave e até mesmo fatal. A ocorrência de surtos de sarampo em alguns países europeus, devido à existência de comunidades não vacinadas, colocou vários países, incluindo Portugal, em elevado risco.

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Como se transmite? O sarampo é transmissível por via aérea através da tosse e dos espirros das pessoas infetadas.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra o sarampo é administrada em conjunto com as vacinas da parotidite epidémica e da rubéola aos 12 meses e aos 5 anos.

P – Vacina contra a parotidite epidémicaVulgarmente conhecida como papeira, é uma infeção vírica moderada que causa edemaciamento e inflamação de uma ou de ambas as glândulas salivares parótidas, situadas abaixo e imediatamente em frente aos ouvidos. Nos rapazes adolescentes e homens o vírus pode afetar os testículos e comprometer a fertilidade.

Como se transmite? A parotidite epidémica é transmissível por via aérea através da tosse e dos espirros das pessoas infetadas.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra a parotidite epidémica é administrada em conjunto com as vacinas do sarampo e da rubéola aos 12 meses e aos 5 anos.

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R – Vacina contra a rubéolaA rubéola geralmente causa pouco mais do que uma ligeira erupção cutânea. O grande risco é que pode causar graves malformações no feto, caso a mãe contraia a doença no início da gravidez.

Como se transmite? A rubéola transmite-se por via aérea através da tosse e dos espirros das pessoas infetadas.

Em que idades deve ser tomada a vacina? A vacina contra a rubéola é administrada em conjunto com as vacinas da parotidite epidémica e do sarampo aos 12 meses e aos 5 anos.

R – Vacina contra infeções por vírus do papiloma humano O papiloma vírus humano (HPV) é responsável, em todo o mundo e em ambos os géneros, por lesões benignas e malignas sendo, atualmente, um dos carcinogéneos mais importantes. Infeta a pele e mucosas, com transmissão preferencialmente por via sexual e com uma taxa de transmissibilidade muito alta. Está na origem de cancros em várias zonas do organismo, nomeadamente o cancro do colo do útero, do canal anal, do pénis, da vagina e da cavidade orofaríngea.

Como se transmite? O vírus do papiloma humano transmite-se por contacto sexual com uma pessoa infetada.

Em que idades deve ser tomada a vacina? Esta vacina é administrada aos dez anos. São tomadas duas doses com um intervalo de seis meses. No âmbito do Plano Nacional de Vacinação tem sido administrada apenas a raparigas. Recomenda-se que esta vacina seja tomada antes do início da vida sexual.

Existem outras vacinas para além das que constam do Plano Nacional de Vacinação?Sim. Deve consultar o seu médico assistente para uma avaliação da situação clínica e da necessidade efetiva de vacinação extra.A vacina contra a gripe, por exemplo, é frequentemente recomendada para as pessoas que integram grupos da população mais vulneráveis ou de maior risco, como os idosos ou os portadores de doenças debilantes. No entanto, é recomendada a todas as pessoas com pelo menos 65 anos.

Terei de vacinar-me se for viajar?Há doenças contra as quais deve proteger-se se for viajar para determinados países e regiões do mundo. Se viajar para determinados países, informe-se antecipadamente sobre a necessidade de ser vacinado contra doenças específicas. Marque uma consulta do viajante.

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Plano Nacional de VacinaçãoEm janeiro de 2017, entrou em vigor uma atualização ao Programa Nacional de Vacinação. As vacinas que fazem parte do programa são aquelas cuja administração é recomendada atualmente. APRESENTAMOS O ESQUEMA VACINAL POR IDADES ATUALIZADO PARA 2019. TENHA-O SEMPRE À MÃO.

Aos 2 e aos 6 meses de idade a vacina contra hepatite B, a vacina contra a doença invasiva por Haemophilus influenzae, a vacina contra a difteria, tétano e tosse convulsa e a vacina contra a poliomielite, são administradas com uma vacina hexavalente.

Aos 5 anos faz-se a segunda dose de vacina combinada contra o sarampo, parotidite epidémica e rubéola e a vacina combinada contra a difteria, tétano e tosse convulsa.

Os reforços da vacina contra o tétano e difteria em adolescentes e adultos, ao longo da vida, são alterados: a primeira dose aos 10 anos, continuação com reforços aos 25, 45, 65 anos, e posteriormente, de 10 em 10 anos.

Aos 10 anos, as raparigas fazem a primeira dose de Hpv9 (vacina contra infeções por vírus do Papiloma humano de 9 genótipos).

As mulheres grávidas, entre as 20 e as 36 semanas de gestação, são vacinadas contra o tétano, difteria e tosse convulsa.

Às pessoas com risco acrescido para determinadas doenças, recomendam-se ainda as vacinas: contra tuberculose, infeções por Streptococus pneumoniae e doença invasiva por Neisseria meningitidis e gripe.

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IDADE VACINAS E RESPECTIVAS DOENÇAS

Recém-nascido VHB // 1ª dose (Hepatite B)

2 meses VHB // 2ª dose (Hepatite B)

Hib // 1ª dose (doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b)

DTPa // 1ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)

VIP // 1ª dose (Poliomielite)

Prevenar 13 - 1ª dose* (Streptococcus Pneumoniae)

4 meses Hib // 2ª dose (doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b)

DTPa // 2ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)

VIP // 2ª dose (Poliomielite)

Prevenar 13 - 2ª dose* (Streptococcus Pneumoniae)

6 meses VHB // 3ª dose (Hepatite B)

Hib // 3ª dose (doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b)

DTPa // 3ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)

VIP // 3ª dose (Poliomielite)

12 meses Men C // 1ª dose (meningites e septicemias causadas pela bactéria meningococo)

VASPR - 1ª dose (Sarampo, Parotidite, Rubéola)

Prevenar 13 - 3ª dose* (Streptococcus Pneumoniae)

18 meses Hib // 4ª dose (doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b)

DTPa // 4ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)

VIP // 4ª dose (Poliomielite)

5 aos 6 anos DTPa // 5ª dose (Difteria, Tétano, Tosse Convulsa)

VIP // 5ª dose (Poliomielite)

VASPR // 2ª dose (Sarampo, Parotidite, Rubéola)

10 anos Td1 // Tétano, Difteria (1ª dose)

HPV // 1ª e 2ª doses (Infecções por Vírus do Papiloma Humano) - só para raparigas (esquema 0 e 6 meses)

Aos 25, 45 e 65 anos; acima dos 65 anos e de 10/10 anos

Td2, 3, 4, ... // Tétano e difteria

Grávidas TdPa – uma dose em cada gravidez (Tétano, Difteria e Tosse Conv ulsa)(após a ecografia morfológica. Entre as 20 e as 36 semanas de gestação)

*Para crianças nascidas a partir de 1 de janeiro de 2015.

Vacinas e respectivas doençasEsquema de vacinação DGS em vigor (PNV 2017)

Data

de

publ

icaç

ão d

o gu

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ever

eiro

201

9.

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Além das vacinas, existem rastreios que devem ser feitos ao longo da vida e que ajudam a

detetar doenças precocemente.

Consulte o seu médico de família ou o pediatra para tirar todas as dúvidas. A tipologia de exames assim como a sua frequência é meramente indicativa.

Para cada caso particular consulte o seu médico.

Rastreios

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RASTREIOS

ATÉ AOS 11 ANOSAO NASCER

• Teste da fenilcetonúria e das hormonas tiroideas (teste do pezinho) e rastreio auditivo neonatal.

EM IDADE PRÉ-ESCOLAR

• Rastreio visual (testes para avaliação de visão) 0-2 anos de idade e depois entre os 2 e os 5 anos.

DURANTE A INFÂNCIA, REGULARMENTE

• Vigie o peso, altura e tensão arterial da sua criança.

• Recomenda-se a escovagem e lavagem dos dentes com pastas dentífricas enriquecidas com flúor e uso regular de fio / fita dentária.

• Marcar visitas regulares ao dentista (aconselhável de 6 em 6 meses).

DOS 12 AOS 19 ANOS• Vigiar, ao longo de toda a

adolescência, o peso, a altura e a tensão arterial.

• Rastreio visual regular Aconselhável de 2 em 2 anos para o geral da população e anualmente para pessoas com diabetes, hipertensão, história familiar de doenças oculares, submetidos previamente a cirurgias oculares ou que utilizem regularmente computadores.

Para raparigas: • Rastreio de cancro do colo do útero

pelo menos 3 anos após início da atividade sexual (citologia de 3 em 3 anos e citologia com teste de HPV de 5 em 5 anos).

• Rastreio de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) em grupos de risco e jovens sexualmente ativas.

DOS 20 AOS 64 ANOSANUALMENTE

• Peso, altura e tensão arterial.

EM AMBOS OS SEXOS

Rastreio visual Ver rastreios dos adolescentes.

Rastreio de doenças sexualmente transmissíveis - em grupos de risco.

Rastreio Dermatológico Autoexame dermatológico anualmente e exame dermatológico realizado por um dermatologista de 5 em 5 anos.

Rastreio de cancro do cólon Colonoscopia ou colonografia por TAC a partir dos 50 anos mas nos casos em que há antecedentes familiares, o rastreio começa 10 anos antes do caso mais novo. Nunca depois dos 40.

NAS MULHERES

Verificação da vacinação e eventual serologia da rubéola assim como serologia da toxoplasmose - recomendado para todas as mulheres ainda em idade fértil e que engravidem.

Rastreio de cancro da mama Autoexame da mama regular, o qual deve ser complementado com um exame clínico anual a partir dos 30 anos.

• 1ª mamografia pode ser realizada cerca dos 35 anos, para servir de base de comparação para o futuro (no caso de haver fatores de risco a vigilância deverá ser determinada pelo seu médico).

• A partir dos 50 anos deverá efetuar uma mamografia, eventualmente complementada por estudo ecográfico, de 2 em 2 anos.

Rastreio de cancro do colo do útero - citologia de 3 em 3 anos a partir dos 21 anos e/ou pelo menos 3 anos após o início da atividade sexual e citologia com teste de HPV de 5 em 5 anos.

NOS HOMENS

Rastreio de cancro da próstata - O rastreio oportunístico da determinação de PSA deve ser efetuado aos homens assintomáticos a partir dos 55 anos; a determinação anual do PSA deve ser facultada aos homens de risco elevado (origem étnica e história familiar) entre os 45 e 50 anos, com ou sem palpação da próstata.

A PARTIR DOS 65 ANOS ANUALMENTE

Peso, Altura e Tensão ArterialExames auditivos.

BIANUALMENTENOS HOMENS

Rastreio de cancro da próstata: O rastreio oportunístico da determinação de PSA deve ser efetuado até aos 70 anos; acima desta idade a deteção precoce deve ser facultada caso a caso de acordo com a opinião do médico assistente.

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