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GUIA DE ORIENTAÇÃO DE PRODUÇÃO DOS

Mobilidade Acadêmica InternacionalRelatos de experiência deRelatos de experiência de

SECRETARIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

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Apresentação................................................................................................................3

Informações Gerais...................................................................................................4

Mobilidade Acadêmica Internacional como tema.............................5

Relato de experiência como estrutura........................................................5

Autoetnografia como método..........................................................................6

Sugestões .......................................................................................................................6

Sugestões gerais........................................................................................... 6

Sugestões de objetivos..............................................................................8

Sugestões de perguntas estruturantes........................................ 8

Sugestões de possíveis tópicos a serem abordados ............8

Referências bibliográficas....................................................................................13

Equipe do Projeto .....................................................................................................13

SUMÁRIO

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Quem já teve uma oportunidade de estudar ou trabalhar fora do país, com certeza tem uma história memorável para contar. Pensando nisso e visando constituir uma ponte permanente entre a universidade e a socie-dade ao tornar as experiências públicas a presente e futuras gerações, a As-sessoria de Mobilidade Internacional (AMI) da Secretaria de Relações Inter-nacionais (SECRI) criou este projeto de extensão que se propõe a construir um espaço de reflexão crítica sobre os processos de internacionalização no ensino superior, assim como fornecer uma plataforma na qual estudantes, servidores administrativos e professores/as partilhem suas histórias e expe-riências internacionais de modo a democratizar o conhecimento.

Para aqueles que toparem o desafio de contar sua história sobre a expe-riência de educação transfronteiriça no âmbito da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentamos este documento cuja finalidade é instrumen-talizar a comunidade acadêmica no processo de produção (pensamento e escrita) dos relatos de experiências de Mobilidade Acadêmica Internacional (MAI).

Todos os relatos serão avaliados por uma comissão da SECRI e os acei-tos serão publicados como um capítulo de um E-book (com ISBN) de acesso livre e gratuito à comunidade.

Saiba mais:Participe de um dos Seminários virtuais de apresentação, bate-papo e esclareci-mento de dúvidas quanto ao projeto: Dia 6 de outubro de 2021 as 10h00min (horário de Cuiabá GMT -4:00).Dia 8 de outubro de 2021 as 14h00min (horário de Cuiabá GMT -4:00).No dia e horário, acesse: https://meet.google.com/yjt-pume-gbbEsclarecimentos adicionais por meio do e-mail [email protected]

APRESENTAÇÃO

Prazo e forma de inscrição:Os relatos devem ser enviados para [email protected] até 23h59min, horário de Cuiabá, do dia 30 de outubro de 2021.

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Elegibilidade:Outgoing

▶ Estudantes de graduação ou pós-graduação da UFMT que realizaram MAI pre-sencial no exterior;

▶ Estudantes de graduação ou pós-graduação da UFMT que realizaram MAI virtual no exterior;

▶ Servidores da UFMT (professores e Técnicos Administrativos) que realizaram MAI presencial no exterior, seja missão de estudos ou de trabalho.

Incoming ▶ Estudantes estrangeiros de graduação ou pós-graduação que realizaram MAI na

UFMT por créditos ou pesquisa por até dois semestres; ▶ Estudantes estrangeiros que realizaram (ou estão realizando) toda a graduação

ou pós-graduação na UFMT (especialmente programa GCUB-PAEC-OEA); ▶ Servidores da UFMT (professores e Técnicos Administrativos) que atuam ou atu-

aram na recepção, docência, orientação ou co-orientação de estudantes ou pes-quisadores estrangeiros na UFMT;

Linguagem: Nesta primeira edição serão aceitos somente relatos em língua portuguesa. Caso apresente dificuldades quanto a esse aspecto, sobretudo os atuais e ex-alunos es-trangeiros que tiveram experiências na UFMT, não se preocupem, sua experiência é o mais importante, visto que teremos uma professora de português para ajudá-los e revisar gramaticalmente os textos.

Requisitos de formatação:O relato deve ter de 1.500 - 2.000 palavras e um máximo de 12.000 caracteres; digi-tado em tamanho 12pt; fonte Times New Roman; espaçamento simples; margens normal 2,5cm em todos os lados; configuração de página em tamanho de papel A4, com orientação retrato arquivos em formato eletrônico .doc ou .docx.

informações gerais

Clique aqui ou acesse https://url.gratis/sz3rCY, baixe e use nosso mo-delo. Esclarecimentos adicionais por meio do e-mail [email protected]

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Os relatos terão como tema a experiência de uma mobilidade acadêmica inter-nacional (MAI) presencial ou virtual. Neste sentido, o conceito de MAI deve ser com-preendido não como o ato de deslocamento físico ou viagem para um país no exte-rior, mas sim como as ações e experiências de educação transfronteiriça em que há intercâmbio de conhecimentos, aprendizagens, ideias, projetos, programas, provedo-res e serviços que cruzam as fronteiras nacionais e, neste caso, estão de alguma ma-neira vinculados a UFMT. Assim, o conceito abrange tanto a mobilidade presencial e com deslocamento ao exterior, quanto as experiências realizadas de maneira virtual e remotamente por meio das tecnologias da informação e da comunicação (TICs).

Ter a MAI como tema principal, objeto de análise e fio condutor dos relatos requer compreender que para além de uma experiência individual de mobilidade e inter-câmbio físico-espacial ou aprendizagens de estudantes e professores entre diferen-tes países. Há também e torna-se imperioso destacar a produção de conhecimentos, vivências e intercâmbios que agregam e fomentam a formação e desenvolvimento de competências interculturais, responsabilidade social, aprimoramento do currículo, inovação nas pesquisas, entre tantos outros impactos positivos socioculturais e co-munitários oriundos destas experiências.

Trata-se de um texto que busca descrever determinada experiência acadêmica e/ou profissional considerada pelo/a autor/a como relevante para si mesmo e, conco-mitantemente, para a sua área de formação. Para tanto, no corpo textual é necessário que haja elementos como os fatores motivacionais e as impressões que dada vivência gerou nos sujeitos, além de considerações acerca do impacto deste para a vida pesso-al e laboral de quem a realizou.

É ideal que seja feito de maneira contextualizada, concisa e que tenha em vista outros estudos teóricos, pois tudo isso confere fidedignidade aos conteúdos debati-dos. Dito de outro jeito, quanto à estrutura textual, não se trata apenas de um texto puramente narrativo, uma contação de história de caráter emotivo e subjetivo de si-tuações aleatórias, pelo contrário, exige-se que as ideias apresentadas estejam interli-gadas por algum núcleo de sentido que une tudo o que está escrito.

Por fim, nesta estrutura textual é importante expor resultados positivos e nega-tivos, bem como as estratégias de enfrentamento utilizadas para superar as dificul-dades.

mobilidade acadêmica internacional como tema

RELATO DE EXPERIÊNCIA COMO ESTRUTURA

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Para execução do relato, sugerimos a autoetnografia como estratégia metodoló-gica, haja vista que combina características de outras duas técnicas: autobiografia e etnografia. Na autobiografia, o/a autor/a escreve retroativa e seletivamente sobre ex-periências anteriores. Usualmente, quem escreve viveu essas experiências e dedica-se à escrita apenas para torná-las parte de um documento publicado. Já os/as pesquisa-dores/as que fazem etnografia investigam as práticas, valores e crenças comuns de ex-periências culturais compartilhadas com o propósito de ajudar os membros da própria cultura na compreensão de determinados fatos e fenômenos culturais externos ou in-ternos. Quando pesquisadores/as fazem autoetnografia, a proposta é escrever sobre fa-tos cuja origem está localizada na própria experiência intercultural.

Para além de contar sobre as experiências, no entanto, para uma autoetnografia é preciso ir além de narrativas simplistas e lineares, e analisar essas experiências de maneira crítica e de preferência embasadas por publicações e dados empíricos. Pres-supõe-se que estudantes e professores/as têm um conjunto de ferramentas teóricas e metodológicas da literatura científica para pesquisar e usar. Assim, visualizamos que as publicações dos relatos de experiência de mobilidade internacional devem olhar e descrever a experiência de maneira crítica e analiticamente. O que tornará a história de experiência internacional vivida e útil para sociedade é conter nela o resultado da vivên-cia contada pelo prisma e habilidade crítica de um/a acadêmico/a ou pesquisador/a.

Sugestões gerais

Compartilhe uma história: concentre-se em momentos, trocas e situações que moldaram sua jornada ou experiência de educação transfronteiriça. Seja original. Seu relato pode ser sobre amizade, serviço, liberdade, linguagem, discriminação, injustiça, ativismo, pertença, família, coragem, cultura, resiliência, cidadania, resignação, vida aca-dêmica, diversidade religiosa, maternidade/paternidade, descoberta, inclusão, autoa-ceitação, experiência transformacional, coletividade, crescimento, estágios, atividades comunitárias, etc. Os tópicos podem variar de mal-entendidos culturais e adaptação às tradições locais, passando pelas dificuldades de fazer amigos e/ou falta de confiança para se comunicar em um segundo idioma, a momentos decisivos em sua trajetória acadêmica e pessoal.

autoetnografia como método

SUGESTÕES

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Seja breve: sintetize sua experiência de maneira objetiva e clara, de modo a organizar os conteúdos com início, meio e fim.

Escreva sobre eventos reais: escreva sua verdadeira jornada como um/a estudante internacional na UFMT, estudante de intercâmbio; estu-dante de estudo no exterior; ou acadêmico internacional, atual ou anterior.

Cative seu leitor: utilize técnicas de escrita criativa, inspire-se em sua vivência, procure esvaziar a mente da correria do dia a dia e permita a cria-tividade fluir. Arrisque-se e persista, um texto cativante é resultado de es-forço constante, que exige mais disciplina e perseverança do que uma ideia incrível.

Descreva como você mudou: conclua a redação compartilhando o que você aprendeu com a experiência, quais foram as mudanças nas suas crenças e visões de mundo, ou o que a história/experiência significa agora, ao olhar para trás e ver como ela modificou ou significou em sua trajetória.

Conte seus desafios e lições: dê um toque especial à sua escrita com expressões idiomáticas e figuras de linguagem do seu idioma, traga con-cretude ao que foi vivenciado, desde viagens, experiências acadêmicas, até infortúnios e surpresas.

Seja pessoal: conte uma história de sua própria vida, não é um artigo de opinião ou comentário sobre um assunto, embora o olhar crítico seja bem-vindo. Escreva usando palavras e frases que lhe aproximem de quem estará lendo, mas não se esqueça que esta é uma produção acadêmica e precisa atender aos requisitos de redação, tema, estrutura e método.

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a) Apresentação pessoal e contextualização da história de vida;Exemplo: “Meu nome é Carolina Silva, sou estudante de Arquitetura na UFMT e durante o ano letivo de 2020-2021 realizei uma MAI em uma instituição norueguesa. Eu escolhi cursar arquitetura por-que desde criança tive muito interesse por prédios e construções históricas, como castelos e igrejas. Sempre me perguntei quais histórias estavam por detrás de todos esses arranjos e insti-tuições, seus mistérios e como pensar em projetos de revitalização para que o acesso da popula-ção fosse mais democrático. A minha origem familiar é popular, minha mãe é costureira e meu pai trabalhava em um mercado aqui perto de casa, até que ele conseguiu abrir uma pequena mercearia em nossa casa. A minha vida toda estudei em escola pública e entrei na universidade através das Políticas de Ações Afirmativas (PAAs) e cada dia na UFMT foi vivenciado com muita perseverança e luta para assegurar meu lugar enquanto mulher periférica. A participação em ligas acadêmicas, projetos de iniciação científica e eventos científicos (muitas vezes elitizados) foram acessados com muitos obstáculos na minha trajetória acadêmica, mas que, ao lado de amigos/as e professores/as, consegui superá-los com muito apoio socioafetivo e resiliência. O intercâmbio foi uma realização não apenas minha, mas construída por muitas mãos, um projeto coletivo. Eu, que vim de uma família pobre, criada por pais que sequer saíram da cidade, pude-

Sugestões de objetivos:a) Descrever de maneira reflexiva e analítica sobre fatos ou temas oriundos da MAI e as contribuições desta expe-riência para a trajetória acadêmica e pessoal.b) Descrever a experiência geral da mobilidade internacional de maneira analítica e seu impacto para o exercício profissional;c) Descrever com profundidade e criti-cidade um único tema ou episódio da mobilidade que foi significativo e inspi-rador;

Sugestões de perguntas estruturan-tes:a) Qual(is) experiência(s) você quer compartilhar? b) O que você gostaria de contar sobre a experiência? c) Quais os aprendizados retirados des-sa experiência? d) Houve desafios? Quais? Como fo-ram superados? e) O que você mais gostou e o que você menos gostou?g) Quais aspectos tornaram essa expe-riência única para você?h) Quais impactos esta experiência teve em sua vida pessoal, profissional e acadêmica?f) A partir do que você descreveu, há algo que possa ser feito/melhorado?sugestões de tópicos

A SEREM ABORDADOS:

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ram ver a filha deles atravessar as fronteiras do país em direção a um continente que jamais ouviram falar sobre. É de fato um divisor de águas, o rompimento de um ciclo que amordaça não apenas a minha família, mas milhares de outros arranjos familiares periféricos que sonham em ter seus filhos em universidades públicas, gratuitas e de qualidade, tendo oportunidades incríveis como a que eu tive.” (história fictícia)

b) Motivações para realizar a mobilidade internacional;Exemplo:O interesse pelo Programa CsF surgiu a partir da integração em atividades extracurriculares na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Atividades tais como coordenadora de Ligas Acadêmicas de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular, monitora voluntária em disciplina de Ba-ses Técnicas em Enfermagem, professora de inglês no Curso de Educação Popular da universi-dade, membro do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa Hospitalar (LIPH), e aluna pesquisa-dora em Iniciação Científica (Rosa, 2014, p. 107).

c) Processo de pré-mobilidade (dificuldades, aprendizagem, plano de estudos, as-pectos burocráticos, Barema da SECRI);Exemplo:A admissão no programa foi por meio de um processo seletivo desenvolvido em quatro etapas: busca por universidades estrangeiras no programa e inscrição, análise de Currículo Lattes, ín-dice de desenvolvimento acadêmico e teste de proficiência em língua inglesa - TOEFL (Test of English as a Foreign Language). Passados quatro meses no trâmite das quatro etapas obteve-se parecer favorável do CNPq quanto à obtenção da bolsa. Logo, iniciou-se a fase de preparação psicofisiológica, lidando com medos e expectativas diante da experiência de 12 meses no exte-rior, inicialmente, e prorrogada posteriormente para 16 meses (Rosa, 2014, p. 104).

d) Apresentação e contextualização sócio-cultural e geográfica do país e da região onde a MAI foi realizada; Exemplo: “Portugal possui clima mediterrâneo, belas praias, espaços naturais, monumentos históricos e patrimônios internacionais. O país divide-se em cinco regiões: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Junta-se ainda, mais duas regiões autônomas constituídas respectiva-mente pelos arquipélagos atlânticos de Açores e Madeira, cada uma com características físicas, estruturais, climáticas e pessoais distintas. O Algarve, onde se localiza a universidade de intercâmbio, constitui a região turística mais impor-tante do país e uma das mais importantes da Europa; situada ao sul do país, é a terceira região mais rica de Portugal, com um PIB per capita de 86% da média europeia, sendo Faro, a capital desta região portuguesa. Além disso, entre as mais antigas cidades portuguesas contam-se Lis-boa, Porto, Viseu, Braga, Coimbra, Évora, Guarda, Lamego, Silves, Faro, Lagos e Tavira com origens pré-portucalenses e detentoras de uma his-tória urbana, fosse romana ou árabe, ou ambas” (Dalmolin et al. 2013).

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e) Descrição da estrutura da instituição e do curso acolhedor (organização, divisão, funcionamento);Exemplo:“Inserida nesse contexto sociocultural, a UAlg consiste numa instituição pública de ensino su-perior que conta com um corpo docente de 820 professores para mais de 10 mil estudantes. Constitui-se de quatro campi: campus de Gambelas (Faro), campus da Penha (Faro), campus da Saúde (Faro) e campus de Portimão (Portimão). Atualmente, conta com grande infraestru-tura a nível nacional e internacional, incentivando fortemente a investigação científica. O curso de Licenciatura em Enfermagem, oferecido pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve (ESSUAlg), visa à formação científica, técnica, humana e cultural do futuro enfermeiro, habilitando-o para a prestação de cuidados em enfermagem, nos diferentes níveis de preven-ção, bem como para a participação na gestão de organizações de saúde, unidades ou serviços, para a participação na formação de enfermeiros e outros profissionais de saúde” (Dalmolin et al., 2013, p. 444).

f) Apresentação das despesas e gastos, além da organização financeira, envolvidos no processo de MAI; Exemplo:O investimento financeiro para mobilidade acadêmica foi custeada pelo próprio aluno. As economias da bolsa de Iniciação Científica, parte da poupança e a ajuda dos pais contribuíram para isto. A bolsa de Ini-ciação Científica foi mantida com a autorização do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mediante con-sulta prévia onde se justificou a continuidade do projeto no exterior (Oliveira; Pagliuca, 2012, p. 197).

g) Discutir as semelhanças e diferenças entre a UFMT e a Instituição de destino ou de origem (estrutura, procedimentos, currículo, oportunidades); Exemplo: O curso de Health Promotion (Promoção de Saúde) integra o departamento de Health, Sport and Exercise Science, tem como objetivo promover a introdução das definições e práticas em Promoção de Saúde, sendo o primeiro da Irlanda a receber, em 2015, a acreditação da Inter-national Union of Health Promotion and Education. A abordagem adotada pelo currículo do curso possibilita aos graduandos o desenvolvimento de uma visão diferenciada acerca do pro-cesso saúde-doença, analisando os determinantes sociais, econômicos e culturais envolvidos e propondo uma abordagem mais humanizada. Considerando-se o modelo hospitalocêntrico e biomédico que ainda predomina nas faculdades de medicina brasileiras, a concepção de saúde singular proposta pelo curso representou uma excelente oportunidade de reflexão e descons-trução de paradigmas tradicionais (Ferreira et al., 2017, p. 117).

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h) Apresentar e contextualizar experiências e vivências socioculturais dentro e ex-tramuros da universidade (estágio, palestras, visitas técnicas, projetos voluntários, apresentações culturais, arte, linguagem);Exemplo:Destaca-se a participação em atividades extracurriculares, na organização do evento Primer Encuentro Internacional de Enfermería en Atención Domiciliaria, reunindo pesquisadores de países das Américas, como Estados Unidos, Brasil, Uruguai, México e Costa Rica. Durante este evento, apresentou-se um pôster com o seguinte tema: Las prácticas en atención domiciliaria en la Universidad Federal de Pelotas en Brasil. Momento este, de crescimento acadêmico para a estudante, pois possibilitou a troca de experiências com diversos pesquisadores e o aprimo-ramento do idioma (Jung et al., 2015).

i) Discutir oportunidades e o processos de aprendizagem/desafios para realização de pesquisa e publicação (iniciação científica, dissertação, tese);Exemplo:Seguido o primeiro contato com a cultura canadense, a inserção no contexto acadêmico foi um grande passo durante a mobilidade, sendo realizado com sucesso. A estudante pôde nesse meio conhecer ainda mais a realidade canadense, porém sob outra óptica. Novas formas de abordar, tratar e cuidar do paciente, mecanismos de gerenciamento e administração foram estudados e apreendidos, além de um enfoque antes nunca dado para a pesquisa. Interessan-temente, pôde-se observar que por vezes a teoria abordada era a mesma, porém ensinada e avaliada de formas diferentes. Com essa vivência ela foi capaz de dominar o vocabulário cien-tífico, o qual poderia ser uma barreira para aquele que o desconhecesse. Essa etapa foi muito importante para a aluna, pois além de completar a grade curricular brasileira, foi além, já que estudou as disciplinas em um contexto mais avançado de tecnologia e conhecimento em saú-de (Rosa, 2014, p. 112).

j) Diferenças nas competências e atribuições do campo profissional;Exemplo:“Tendo em vista o exposto, o papel exercido por profissionais da enfermagem em ambos os países, possui suas similaridades e discrepâncias no que tange a autonomia do profissional, na tomada de decisões e intervenções. Isto leva a refletir sobre a liberdade e autonomia da enfermagem no Brasil que, embora sancionadas pelo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), ainda condicionam e delimitam a prática do enfermeiro. Assim, para vencer os empecilhos que abarcam a atuação da enfermagem brasileira, é preciso avançar nas relações entre os profissionais das diferentes categorias, evitando a impo-sição de uma sobre as demais, buscando o trabalho em equipe, e sempre visando ao cuidado da pessoa. Ainda, a detenção de mais conhecimento sobre alguma prática, certamente, proporciona ao profissional uma posição vantajosa para o exercício de sua auto-nomia” (Guskuma et al., 2016).

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k) Descrição e contribuições dos componentes curriculares cursados para a forma-ção pessoal e profissional;Exemplo:O componente curricular “Cuidado de Enfermería en Programas Especiales” apresentou uma metodologia mais complexa por envolver aspectos de componente teórico e prático. O que enalteceu essa disciplina quan-do comparada às disciplinas similares na universidade de origem (Cuidado do Adulto e Enfermagem em Ur-gência e Emergência), foi a realização de uma aborda-gem teórica e prática para preparar os estudantes em situações particulares que poderiam enfrentar na vida laboral. Esses momentos envolveram cursos de supor-te básico de vida e avançado e exames diagnósticos como eletrocardiograma (Jung et al., 2015, p. 678).

l) Pós-mobilidade (sentimentos mobilizados com o retorno, atividades/ações insti-tucionais realizadas para divulgação e promoção da MAI).

Exemplo:“Acredito que todos nós tiramos da Costa Rica muito mais do que esperávamos, e não estou me referindo apenas ao café, inúmeras camisetas e outras lem-branças aleatórias que enfiamos em nossas malas an-tes de sairmos. Cada um de nós teve uma variedade de experiências únicas, agradáveis e esclarecedoras, experiências que sei que cada um de nós guardará em seus corações e tesouros para o resto de suas vi-das” (Allen, 2011, p. 34).

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ALLEN, Hailie. A “Pura Vida” Summer in Costa Rica. Journal of International Students, v. 1, n. 2, p. 34-35, 2011.CARVALHO, Andressa Gomes. Mobilidade Acadêmica Internacional: Uma experiência na graduação. Saú-de. Com-Ciência ISSN: 2594-5890, n. 2, 2016.COSTA, Juliana; GONÇALVES, Vitor. A importância da mobilidade académica internacional na vida discen-te. AdolesCiência: Revista Júnior de Educação, v. 7, n. 1, p. 73-77, 2020.DALMOLIN, Indiara Sartori et al. Intercâmbio acadêmico cultural internacional: uma experiência de cres-cimento pessoal e científico. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 66, p. 442-447, 2013.FERREIRA, Iago Gonçalves; CARREIRA, Luciana Brandão; BOTELHO, Nara Macedo. Mobilidade internacio-nal na graduação em medicina: relato de experiência. ABCS Health Sciences, v. 42, n. 2, 2017.GOMES, Leandro Olivio Carvalho et al. Relato de experiência da mobilidade acadêmica internacional de um estudante de Educação Física na University of East London. Revista Brasileira de Prescrição e Fisio-logia do Exercício, v. 8, n. 46, p. 344-345, 2014.GUSKUMA, Erica Mayumi et al. Mobilidade acadêmica internacional na formação em enfermagem: relato de experiência. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 69, p. 986-990, 2016JUNG, Bianca Contreira et al. Colômbia: cenário de estudo em enfermagem no programa de mobilidade acadêmica internacional. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 5, n. 4, p. 675-682, 2015.OLIVEIRA, Mariana Gonçalves de; PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag. Programa de mobilidade acadêmica internacional em enfermagem: relato de experiência. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 33, n. 1, p. 195-198, 2012.ROSA, Simone Cristina da Silva. Graduação-sanduíche em enfermagem no Canadá através do programa Ciência sem Fronteiras: relato de experiência. LiphScience, Uberaba, UFTM, v. 1, n. 2, p. 101-117, 2014.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EQUIPE DO PROJETO

Coordenação: Dr. Déberson Ferreira de Jesus

Co-execução discente: Gabriel William Lopes

Apoio administrativo: Josane Rosa da CostaDelvan Luis de SouzaIdalina da Silva

Apoio docente: Dr. Lucas Oliveira de SousaDra. Flávia Girardo Botelho Borges

Apoio e revisão em portu-guês:

Camila Basaglia Barbosa Rodrigues

Diagramação e arte: Larissa Magalhães Miranda