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toda a informação de que precisas para ser o melhor caloiro guia Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE | distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO | disponível em pdf em www.forum.pt • Ano I do caloiro Nova vida... Aproveita! Propinas quanto e como se paga, bolsas, apoios e empréstimos Latadas entra na onda Patrocinador Oficial 2010 Alojamento e Alimentação Onde procurar? Conselhos práticos Tudo sobre tradições académicas Estudar como e onde?

Guia do Caloiro 2010

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Já está! entraste no ensino superior. E este ano, pela primeira vez, a FORUM ESTUDANTE, entra ao teu lado, com este Guia do Caloiro.

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toda a informação de que precisas para ser o melhor caloiro

guiaEdição especial da revista FORUM ESTUDANTE | distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO | disponível em pdf em www.forum.pt • Ano I

docaloiro

Nova vida... Aproveita!Propinasquanto e como sepaga, bolsas, apoiose empréstimos

Latadasentra na onda

Patrocinador Oficial

2010

Alojamentoe Alimentação

Onde procurar?Conselhos práticos

Tudo sobretradições académicas

Estudarcomo e onde?

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guiadocaloiro

FINALMENTE

GUIA DO CALOIRO [SETEMBRO 2010] edição especial da Revista FORUM ESTUDANTE | PROPRIEDADE E PRODUÇÃO DE: PRESS FORUM - Comunicação Social, S.A. CapitalSocial: 299.400,00€ | PERIODICIDADE Anual | DEPÓSITO LEGAL N.º 510787/91 | ISENTO DE REGISTO AO ABRIGO DO DECRETO REGULAMENTAR N.º 8/99, DE 9 DE JUNHO, ART.º12.º, N.º 1A) | SEDE Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4º — 1100-404 Lisboa. Telefone: 218 854 730 — Fax: 21 887 76 66 | DIRECÇÃO Francisca Assis Teixeira | ATENDIMENTO AOCLIENTE Paula Ribeiro Tel.: 218 854 730 ([email protected]) | FOTOGRAFIA Gonçalo Gil | DESIGN Miguel Rocha ([email protected]) | REDACÇÃO Bruna Pereira, ConstançaVaz Pinto, Inês Menezes, Gonçalo Gil | PUBLICIDADE Paulo Fortunato Telefone: 218 854 741 ([email protected]), Duarte Fortunato Telefone: 218 854 742([email protected]) | PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO LISGRÁFICA - Casal de Stª Leopoldina, Queluz de Baixo | Tiragem: 20.000 exemplares

CALOIRO!Já está! entraste no ensinosuperior. E este ano, pela primeiravez, a FORUM ESTUDANTE, entraao teu lado, com este Guia doCaloiro.Nesta mudança tão importante,não podíamos deixar de te apoiar,como fizemos nos anos em quefrequentaste o ensino secundário,com a Revista FORUMESTUDANTE e o Guia Prático doEstudante, que de certo teajudaram na escolha do Curso eInstituição que agora frequentas.

Nas páginas seguintes vais poderencontrar muita informação etestemunhos sobre o que é sercaloiro, desde a recepção àspraxes, com os seus direitos edeveres.Também encontrarás informaçãoútil e prática sobre a academia. Oque é e como funcionam osServiços Acção Social. As tunas, otraje, o desporto e a culturadentro da academia não foramesquecidos e quem quiser fazeralgo mais durante o curso – podeler aqui sobre jornais e rádiosuniversitárias, mas também sobreformação complementar tãovariada como cursos de línguas ouyoga.

Como sabemos que o dinheiro, oua falta dele, é sempre umapreocupação, guardámos umaspáginas para te falar de bolsas efinanciamento, de trabalho e doque é ser trabalhador-estudante ecomo podes poupar naalimentação e alojamento semsaíres prejudicado.

Associado a esta publicação estáo site caloiro.forum.pt, com todaesta informação online,actualizada com frequência e ondenos poderás contar a tuaexperiência como caloiro. No sitewww.forum.pt podes encontrarinformação sobre o ensinosuperior em geral, pós--graduações, mestrados,doutoramentos, bem comonotícias de actualidade cultural,desportiva e social.

O futuro começa agora...

Ficha técnica

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guiadocaloiro4 índice

EditorialO Guia do Caloiro dá-te as boas-vindas!

Vida de estudanteDepois de muitas voltas entraste finalmente noensino superior. Começa uma outra fase na tuavida com novidades, surpresas e agitação.

Acção SocialTambém no ensino superior as oportunidadesdevem ser iguais para todos, sendo ajudadoseconomicamente os que mais precisam.

Bolsas de estudoDescobre o que são bolsas de estudo e comote podes candidatar a estes apoios económicosindispensáveis a muitos alunos de ensinosuperior.

FinanciamentoA linha de crédito com garantia do Estado é amelhor escolha para quem quer financiar osestudos superiores através de empréstimos.

AlojamentoSe vais estudar longe da cidade onde vives,uma das próximas tarefas é procurar casa!

AlimentaçãoSe ainda não aprendeste a estrelar um ovo,esta é a altura ideal para aprenderes adesenrascar-te.

Trabalhar e estudarA entrada no ensino superior exige novasformas de encarar o estudo. Só assim podesgarantir que a tua licenciatura comece damelhor maneira.

EstudarSão várias as vantagens de trabalhar eestudar! Ganhar algum dinheiro para asdespesas, ganhar algum sentido deresponsabilidade, aprender a gerir o tempo…

Recepção ao caloiro:Ninguém consegue ficar imune à chegada doscaloiros e à preparação de iniciativas eactividades que preenchem a agenda do mêsde Outubro!

PraxeEmbora as praxes académicas continuem amostrar-se polémicas, são um instrumentoimportante no acolhimento dos estudantes.

Código de praxeSe queres saber o que te espera na tuafaculdade, consulta o Código da Praxe!

TunasMantendo sempre as afinidades temáticas como fado. Vamos saber mais sobre estestrovadores da modernidade que compõem astradicionais tunas.

Traje académicoA sua composição, ocasião de uso e significadoestão no código da praxe de cada universidade.

Formação ComplementarA formação complementar é um investimentodas tuas aptidões pessoais e prepara-te para avida de trabalho.

Teatro e CulturaVamos dar uma volta ao cenário teatral ecultural das principais academias portuguesas.

DesportoAndebol, natação, futsal, hóquei em patins,rugby… Estas são algumas das modalidadesque vais poder experimentar durante a tuaestadia no ensino superior.

Jornais académicosAgora apresentam-se – além da versãotradicional de papel – sob o formato digital,oferecendo conteúdos multimédia, newsletterse feedbacks via e-mail.

Rádios universitáriasIndependentemente do curso em que estás, otal “bichinho” da rádio de que tanto se fala,também te pode atacar.

Roteiros nocturnosVamos ver o que se passa à noite nasprincipais cidades para que nunca te faltemideias!

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guiadocaloiro6 vida de estudante

Depois de muitas voltas entraste finalmente no ensino superior. Começa umaoutra fase na tua vida com novidades, surpresas e agitação. Não te intimidese aproveita as orientações que o Guia do Caloiro sugere.

Texto: Constança Vaz Pinto

ApoioSe vens de fora e pensas que isto é outromundo não desesperes: uns dias sãosuficientes para ficares a conhecer os cantos àtua nova casa na universidade. Aproveita acuriosidade e começa por visitar a Associaçãode Estudantes ou os Serviços Sociais. Elessaberão responder a quase todas as tuasquestões sobre a instituição, serviços,programas, actividades culturais e desportivas.Alem disso, é por aqui que se costumam afixaranúncios vários que te interessam. Entra,pergunta, informa-te.

Associação de Estudantes (AE)Actualmente quase todas as instituições têma sua AE, mas quando não existe encontras odepartamento dos Recursos Humanos ouequivalente. A AE representa os alunos, éindependente do Estado, dos partidospolíticos ou de quaisquer movimentos oureligiões, cria os seus próprios estatutos enormas internas e elege os seus dirigentes.De um modo geral, defende os interesses edireitos do aluno e promove actividadesculturais, desportivas e recreativas; organizaos serviços de apoio aos alunos deslocados ebolseiros; gere protocolos com outrasentidades e administra o seu património.Algumas associações têm direito a apoiofinanceiro do Estado para promover as suasactividades.

Cartão de sócioO cartão de sócio da AE só tem vantagens:oferece descontos nos bares, restaurantes,centros de cópia, livrarias. Em muitasinstituições é com o cartão de sócio que tepodes inscrever em programas culturais ouactividades desportivas, requisitar cacifos,reservar anfiteatros ou ter acesso a salas deconvívio. Como o nome indica, a Associação éfeita por estudantes: se gostas e tens jeito

para te relacionares com os outros, nadaimpede que integres a equipa! O associativismoé uma actividade criativa onde podes revelar atua capacidade de relacionamento com osoutros.

AlojamentoSe vens de fora, o alojamento barato epróximo da escola é fundamental. Não teesqueças que não és o único: com algumapaciência e companhia não demoras aencontrar o teu canto. Depois de daresuma olhada na própria AE, procuraos Serviços de Acção Social.Aqui informam-te sobreresidências universitárias, seas houver. Estão sujeitas ainscrição (nos SAS) no caso deuniversidades, ou serviçosidênticos nospolitécnicos/instituições. Mas nãofiques por aqui: encontras maisinformações nos classificados dosjornais, no Instituto Português daJuventude (IPJ) ou na internet. O IPJpublica anúncios com oportunidadespara jovens nas proximidades dasescolas; na internet vale a pena procurarpor zona e/ou universidade.

Programas de alojamento a jovens estudantesAlém da pesquisa principal, existemprogramas específicos destinados aapoiar o alojamento estudante. Emborasem abranger todo o país, o ProgramaAconchego já alastrou para fora dos grandescentros. Começou como uma iniciativa daUniversidade do Porto para aproximar osjovens da população mais velha e agora chegaa diversas cidades que podes confirmar na netatravés do sítio na internet www.bonjoia.org ouatravés de telefone para a Fundação PortoSocial (Tel: 225 899 260, FAX: 225 899 269. Ainda pela Federação

SOMOS

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Académica do Porto (Tel: 226 076 370, FAX: 226 076 379, email: [email protected] ousítio na internet: www.fap.pt

Através deste programa ficas com uma casaonde viver a troco de pequenas ajudas aosmais velhos, sobretudo naquelas tarefas maisdifíceis para eles, como ir às compras,arrumar a casa, pagar contas e serviços. Ouseja, dás um pouco da tua companhia apessoas que estão mais sós, pelo direito a teruma casa. Há mais alternativas: podes procurar

alojamento com outros estudantes. Omodo mais rápido é afixares anúnciosou procurar no Portal da Juventude,Arrendamento Jovem e programasdisponíveis: juventude.gov.pt/Portal/Programas/TerCasa/IAJ ewww.1quarto.com

Apoio financeiro paraalojamento

Como estudante desalojado procura saberquais as condições para te inscreveres numaBolsa de Acção Social. Com ela terás direitoa apoio no alojamento.

AlimentaçãoTodas as instituições têm bar, restauranteou cantina. No caso de seres sócio das AE,tens desconto na alimentação dos bares ourestaurantes. As cantinas oficiais dasuniversidades têm um preço único nassenhas de refeição.

BibliotecaPrecisas de um cartão para acederes àbiblioteca e para o teres só tens queperguntar nos SAS, AE ou RecursosHumanos da tua instituição. É válido paraum ano lectivo e permite-te, além daconsulta e estudo, requisitar livros,revistas e publicações variadas.

Fotocópias/encadernaçõesCom o teu cartão de sócio da AE tensdesconto nos centros de cópias enas livrarias. Se a tua instituiçãonão tiver AE pergunta nos SAS ouRecursos Humanos.

Informática/Serviço InternetEm todas as instituições há sala de informáticaonde podes requisitar um computador e/oupedir uma password para a Internet. Nasuniversidades do Estado tens um departamentode informática que te disponibiliza serviçosnuma rede com outros departamentos,nomeadamente com as bibliotecas. Nasinstituições ou politécnicos encontras secçõesinformáticas, só tens que perguntar o que épreciso para acederes. Procura os locaiswireless, geralmente bem indicados. Sãotambém locais de estudo.

Cursos LivresJá deves ter reparado nas dezenas de anúnciospelas paredes. Alguns desses anúnciosreferem cursos livres, ou seja, tens aulas sempagares. Há cursos de línguas mas também dedança, de escrita ou de comunicação, de yoga.

Actividade FísicaTal como para a alimentação, as universidadesdo Estado oferecem uma diversidadesignificativa de actividades físicas e desportoque podes usufruir com o teu cartão deestudante e/ou de sócio da AE. Só precisas deescolher o que gostas e o horário disponível.

Actividades culturais: teatro,coro, jornalA mesma coisa, só tens que escolher perante aoferta que varia de local para local. De ummodo geral, quase todas as universidades e/ouinstitutos politécnicos têm já o seu grupo deteatro e esperam que tu te interesses por eles.As datas para audições estão geralmenteafixadas. Se gostas de cantar informa-te se hácoro ou o que deves fazer para te inscreveresna Tuna. Da mesma maneira, quase todas asinstituições possuem o seu jornal. Porque nãoparticipas? É mais uma forma de te envolveres.Cinema e fotografia são duas áreasespecialmente desenvolvidas em muitasinstituições, abertas, como as outras, ao teuinteresse e dinamismo.

Tempo LivreJá te inscreveste na ginástica e estás a teraulas de Inglês e, mesmo assim, dás por ti aassobiar pelas esquinas? Queres ser útil? Há

CALOIROS

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guiadocaloiro8 vida de estudante

sempre grupos de voluntariado onde a tuapresença é mais do que necessária. Informa-te,as carências variam conforme a zonageográfica e social onde estás, mas ficadescansado que há sempre qualquer coisa quepodes fazer.

As Praxes Embora as praxes continuem a mostrar-sepolémicas, são um instrumento importante noacolhimento académico dos estudantes. Nofundo, a Praxe Académica é um conjunto decostumes e tradições, actualmente traduzidoem rituais mais simples que pretendeincorporar o novo estudante, o caloiro. Estesrituais variam de universidade parauniversidade, acontecem no início do ano lectivo(com a recepção ao caloiro) e estendem-se,noutras formas, até à Bênção das Fitas e, comfrequência, até ao encerramento do ano lectivocom festas e bailes. Estes rituais são àscentenas e tu com certeza já assististe natelevisão ao espectáculo dos caloirospercorrendo as ruas de caras pintadas eroupas ridículas armados com colheres de paue penicos. De uma coisa podes ter a certeza:só te envolves se quiseres. A verdade é que hátestemunhos de caloiros como tu queaderiram, não só gostaram como aquela foi aforma mais eficaz de integração na vidaacadémica. E como o verdadeiro ideal da praxeé exactamente a fruição plena deste estilo de

vida existem comissões de praxe cuja finalidadeé preservar os direitos e valores e erradicarformas absurdas de desrespeito e violência aosalunos. Em cada universidade o código édiferente mas reflecte a preocupação maior:ajudar a acolher, ensinar camaradagem e bomrelacionamento entre estudantes, semesquecer o respeito pela integridade física docaloiro.

Códigos da PraxeSe fizeres parte deste movimento académicoaprenderás o seu código que inclui variações delocal para local mas tem quase sempre umregisto iniciático: é preciso que cumpras erealizes uma série de tarefas e deveres porvezes humorísticos, outras vezes mais rígidos.Se os rituais são às centenas, o traje recuperaa tradição da Universidade de Coimbra, a capae batina, com pequenas distinções depormenor e alteração das insígnias.

A Bênção das FitasAtenção que não faz parte das actividadesacadémicas, é organizada pelas pastoraisuniversitárias e está a cargo das diocesescatólicas onde se inserem as universidades.Acontece pelo país fora e em Lisboa durante aSemana Académica de Lisboa (SAL). Emprincípio, esta é uma missa celebrada para osfinalistas; no entanto, como faz parte do festejo,a participação é livre. Nalgumas universidades,

benzem-se as pastas onde estão as fitas e porisso se diz que é a Bênção das Pastas.

A Queima das FitasEra uma tradição da Universidade de Coimbra,a primeira do nosso país. Hoje alastra-se paraoutros locais diversificando-se os temas e aapresentação. Fora de Coimbra, a festa temnomes fúnebres, enterro, funeral, etc., quesignificam sobretudo o final do ciclo académicode vida. Vai tudo dar mais ou menos nomesmo: uma série de desfiles, cortejos eserenatas inseridas ou não num contexto deespectáculo, mais uma vez conforme o local. OPorto, por exemplo, gaba-se de conseguir fazerdesta a maior festa académica do país e asegunda maior da cidade!

As TunasNão precisas de esganiçar a voz mas ajuda setiveres jeito para versos. Cada Tuna é umgrupo musical onde pode haver só canto seminstrumentos ou as duas coisas em simultâneo.Algumas tunas universitárias organizam-secomo grupos musicais de sucesso e actuamfora deste contexto. Outras tornaram-severdadeiros grupos de investigação etnológica,recuperando músicas e poesia de outrostempos. Poderás assistir à sua actuação nasfestas do início e encerramento do ano lectivo.E claro, se não desafinares até podes ver-teincluído!

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guiadocaloiro10 acção social

A Acção Social pode ajudar-tenos seguintes domínios:Alojamento: Através de residênciasuniversitárias, onde os alunos bolseirostêm prioridade na colocação;Alimentação: Há cantinas que oferecemrefeição a preço social e comidas rápidasdisponíveis nos bares;Bolsas de Estudo: As bolsas dividem-se embolsas de mérito (alunos excepcionais) eem bolsas de apoio financeiro (destinadas aalunos com escassos recursos económicosdentro do seu agregado familiar);Apoio Médico e Psicológico: Há consultasmédicas e apoio psicológicocomparticipados para alunos bolseiros,resultantes de parcerias entre auniversidade e outrasinstituições/profissionais de saúde;Apoio às Actividades Desportivas eCulturais: Existem espaços desportivoscom prática de diversas modalidades apreços mais acessíveis para os alunos;

Para saberes mais sobre os Serviços de Acção Social, consulta aDirecção Geral do Ensino Superior (www.dges.mctes.pt) e o Gabinetede Apoio/ Serviços Académicos da tua universidade ou politécnico.

EDUCAÇÃOPARATODOS!Depois dessa grande vitória que foi entrares no ensino superior, é importante que te integresplenamente com os outros estudantes e vivas a tua instituição de eleição ‘sem muros’, ondeas oportunidades sejam iguais para todos, sejam ajudados economicamente os que maisprecisam, e onde se promova uma plena vivência académica em todas as suas vertentes. Épara isso que existem os Serviços de Acção Social.

Texto: Bruna Pereira Ilustração: Gonçalo Gil

Os Serviços de Acção Social (SAS) sãounidades de serviços das instituições de ensinosuperior dotadas de autonomia administrativa efinanceira, estando o seu funcionamentoregulamentado por decretos-lei que podem serconsultados no Diário da República. Os SASprestam aos estudantes serviços nos domíniosdo Alojamento, Alimentação, Bolsas de Estudo,Apoio Médico e Psicológico e Apoio àsActividades Desportivas e Culturais, bem comooutros serviços. A Acção Social no ensinosuperior desenvolve-se no âmbito dasrespectivas instituições de ensino, cabendodepois a cada uma definir o modelo de gestão aimplementar e a escolha dos instrumentosmais adequados para executar a políticadefinida pelo Governo. Não percas tempo einforma-te na tua universidade ou politécnico!No entanto, ficas já a saber que a organizaçãodos SAS e dos seus departamentos obedece arigorosos parâmetros de qualidade e de justiçasocial, promovendo os valores de solidariedade

social e ambiental, qualidade, transparência eisenção na prossecução do seu grandeobjectivo – uma educação para todos.

Mais para quem mais precisaTirar um curso de ensino superior nem sempreé fácil. Todos os anos, as estatísticas revelamque são muitos os jovens portuguesesobrigados a abandonar os cursos por falta deposses económicas dentro do seu agregadofamiliar. Para combater esses números negros,os SAS prevêem uma ‘descriminação positiva’de alguns estudantes. São eles os alunoseconomicamente carenciados e/ou deslocadosdo seu agregado familiar de origem ou ainda osportadores de deficiência, por exemplo, paraque nenhum seja excluído por incapacidadesfinanceiras ou outras.

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guiadocaloiro12 bolsas de estudo

Porque a crise toca a todos – e ser estudante não fica nada barato – o Guia do Caloiro ajuda--te a descobrir o que são bolsas de estudo e como te podes candidatar a estes apoioseconómicos indispensáveis a muitos alunos de ensino superior.

Para saberes tudo sobre bolsas de estudo no ensino superiorpúblico e privado, consulta a página da Direcção-Geral do EnsinoSuperior em www.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudantes/Bolsas

Texto: Bruna Pereira

Uma bolsa de estudo é um apoio social directodestinado aos estudantes economicamentemais carenciados, cujos agregados familiares(conjunto de pessoas que vivem de umaeconomia comum) não consigam, por si só,fazer face aos encargos inerentes à frequênciade um curso de ensino superior. As bolsas de estudo são atribuídas por anolectivo e de acordo com os critériosestabelecidos em regulamento própriodisponível na página da Direcção-Geral doEnsino Superior (DGES), em(www.dges.mctes.pt/DGES/pt/Estudantes/Bolsas/EnsinoSuperiorPublico/Legislacao)Uma grande parte das bolsas de estudo,sobretudo as advindas dos Serviços de AcçãoSocial das instituições, é co-financiada peloFundo Social Europeu e pelo Estado Portuguêsno âmbito do Programa Operacional doPotencial Humano (POPH), sendoregulamentadas pelo Ministério da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior, que define os

montantes e as condições com que osestudantes se podem candidatar. E como saber se podes ser bolseiro? Orabem… A decisão de atribuição de bolsa deestudo decorre de um processo de análise àsinformações prestadas pelo candidato noboletim de candidatura (e respectivoscomprovativos sobre o rendimento do agregadofamiliar e o conjunto de recursos financeirosregulares declarados no IRS), podendo serainda complementada por uma entrevista e, emcasos que se entenda como justificados, poruma visita domiciliária feita por técnicosqualificados. Mas atenção! Os candidatos queprestem falsas declarações, por inexactidão ouomissão de dados, para além de terem de reporas quantias eventualmente recebidas, incorremem sanções administrativas, disciplinares e/oucriminais.Depois, o cálculo do rendimento “per capita”para a obtenção ou não de bolsa (e se sim deque montante) é definido com base no Artigo 5ºdo recente DL 70/2010 de 16 de Junho. Apósanálise dos processos de candidatura à bolsa,

tendo como base as situações socio--económicas dos agregados familiares, serãopublicados os resultados em listas de cadainstituição, distribuídas por cursos, tanto emsuportes físicos (placards) como num sítiopróprio na internet. Para mais pormenores,deverás contactar os Serviços de Acção Socialou o Gabinete de Acção Social da instituição deensino que frequentas.

Pagamento das bolsas de estudoA bolsa de estudo é paga mensalmente,durante os meses que constituem o ano lectivode cada aluno em causa, até um máximo de 10meses (por norma, desde Outubro a Julho). Asbolsas de estudo atribuídas aos estudantes doensino superior público (universidades epolitécnicos) são da responsabilidade dosServiços de Acção Social (SAS) da respectivaInstituição de ensino superior. O pagamento dabolsa é efectuado, mensalmente, portransferência bancária para a conta doestudante bolseiro e sempre que é efectuadoum pagamento, é enviada, pela DGES, uma

ABOLSAOUAVIDA

Eu vim de longe,de muito longe…A somar à bolsa base mensal dos SAS dainstituição onde estudas, podem seratribuídos complementos paraestudantes deslocados (aqueles que, emconsequência da distância entre alocalidade em que residem o agregadofamiliar e onde se situa a universidade,necessitam de residir no local doestabelecimento de ensino) e paraestudantes não deslocados (comnecessidade de deslocação emtransporte público da residência para oestabelecimento de ensino, por exemplo).Nota importante: Se és estudantedeslocado, deverás solicitar alojamentonas residências universitárias. Se foresbolseiro, usufruirás, assim, de umcomplemento à bolsa base mensal, parapagamento do alojamento.

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Só para os melhores!Além das bolsas de apoio financeiro, atribuídas a alunoscarenciados, existem as chamadas bolsas de mérito, ondeestabelecimentos de ensino público e privado premeiam os seusmelhores alunos e os recompensam pelas boas notas. Fora dasuniversidades e politécnicos, existem instituições, empresas eoutros organismos que têm todo o gosto em dar bolsas aosmelhores alunos. Aqui ficam alguns exemplos:› Fundação António Aleixo: Atribui bolsas de estudo a alunos delicenciatura que tenham nascido ou residido em Loulé durantepelo menos 5 anos – independentemente da localizaçãogeográfica do estabelecimento de ensino que frequentemactualmente. Mais informações em www.fundacao-antonio--aleixo.pt ou através do telefone 289210270 (Centro ComunitárioAntónio Aleixo).

› Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva: Oferece bolsas deestudo a cursos de licenciatura pertencentes à Escola Superiorde Artes Decorativas (ESAD) e ao Instituto de Artes e Ofícios(IAO). Mais informações em www.fress.pt

› Fundação Medeiros de Almeida: Atribui a estudantes açoreanos,que tenham nascido nos Açores, que sejam descendentes depais açoreanos ou que residam nos Açores há mais de 5 anosbolsas de estudo em qualquer instituição portuguesa, desde queo curso de licenciatura se encaixe numa lista disponibilizada nosite da fundação, em www.fundacaomedeirosealmeida.pt

› Câmaras Municipais: Contacta já a Câmara Municipal da tuaárea de residência, porque algumas autarquias apoiam os seusestudantes.

mensagem de aviso para todos os bolseirosque tenham indicado o número de telemóvelnos respectivos Serviços. O SAS de cadainstituição pública define todos osprocedimentos inerentes ao concurso deatribuição de bolsas de estudo,nomeadamente: a abertura do concurso edefinição dos respectivos prazos decandidatura; a análise das candidaturas abolsas de estudo de acordo com as regrastécnicas aprovadas pela própria instituição; oacompanhamento e esclarecimento dos alunos;a divulgação de resultados; a análise dereclamações, entre outros procedimentos.No ensino superior privado, o processo deatribuição de bolsas de estudo é semelhante,mas implicou a criação de estruturas própriasde acção social – os denominados Gabinetes deAcção Social. O pagamento da bolsa é tambémefectuado, mensalmente, por transferênciabancária para a conta do estudante bolseiro.Sempre que é efectuado um pagamento, éenviada, também, pela DGES, uma mensagemde aviso para todos os bolseiros que tenhamindicado o número de telemóvel nos respectivosServiços. Posto isto, como caloiro que és, sepretenderes efectuar a candidatura a bolsa deestudo pela 1ª vez, deverás dirigir-te aoestabelecimento de ensino superior quefrequentas o mais rapidamente possível. Ecalma, porque os estudantes que entrem na 2ªfase podem igualmente candidatar-se às bolsas!

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guiadocaloiro14 financiamento

Investe em tiEntrar para Universidade implica contar tostões, pedir financiamento aos bancos, fazersacrifícios em função do futuro. A linha de crédito com garantia do Estado é a melhorescolha para quem quer financiar os estudos superiores através de empréstimos.

Texto: Inês Menezes

Decidir o que fazer na vida, escolher umaprofissão, inscrever-se numa faculdade,estudar para as provas, e quando tudoparece resolvido, e a matricula está feita,surge o maior problema: o valor dasmensalidades. Um curso superior pode custar cerca de 900euros por ano, no ensino público. Já para nãofalar das privadas, onde a média mensal daspropinas pode ultrapassar os 5 mil euros. Eagora?

Vale a pena o esforçoPara muitos estudantes, este valor édemasiado difícil de suportar. No entanto, umcurso superior é uma grande mais-valia no teucurrículo. Nos dias que correm e com adificuldade que existe para arranjar emprego,um curso facilita a entrada no mercado detrabalho e aumenta as probabilidades deprogressão na carreira!

Protocolos com o Estado, Instituições Bancárias aderentes:• BANIF - Crédito Universitário com Garantia Mútua• BES - Linha de Crédito Universitário com Garantia Mútua• BPI - Crédito Formação Garantia Mútua• Caixa Geral de Depósitos - Crédito Garantia Mútua• Grupo Crédito Agrícola - Crédito Universitário• Millennium BCP - Crédito Universitário com Garantia Mútua• Santander-Totta - Crédito Ensino Superior

A boa notícia é que o valor das mensalidades doscursos particulares já não são um objectivoinalcançável para quem quer atingir o tão sonhadodiploma. Para tornar o ensino superior acessível aum número cada vez maior de estudantes, foramdesenvolvidos vários sistemas de financiamentopor parte dos Bancos. Cada um deles possuicaracterísticas particulares. Por isso, éimportante conhecer as modalidades disponíveispara escolher a mais adequada à tua realidade.

Passo-a-passoInformares-te bem é o primeiro passo rumo aum pedido de financiamento. Tira aqui todas asdúvidas e confere o que fazer para conseguir obenefício: Quais são as modalidades disponíveis?Existem diversos tipos de crédito oferecidospelas principais instituições financeiras. Faz umapesquisa cuidadosa para descobrir qual é o maisadequado ao teu perfil. Lembra-te que algunsprogramas de financiamento aplicam juros ecorrecção monetárias, o que altera o valor a ser

restituído após o curso. Fica atento aos pré--requisitos para escolher as modalidades quemelhor se adequam à tua situação.

Credito com garantia mútuaA linha de crédito do Estado Português permiteque os empréstimos aos estudantes sejampagos 10 anos após a conclusão do curso. Ofundo de garantia mútua possibilita aosestudantes do ensino superior (publico eprivado) beneficiarem de empréstimos a custoreduzido, sem fiador, de forma a financiarem asua formação superior. A linha de crédito doEstado já existe e quer criar “melhorescondições de financiamento junto deinstituições bancárias”. De acordo com o siteda Direcção-Geral do Ensino Superior, osempréstimos são concedidos sem necessidadede recorrer a avales e garantias patrimoniais, eos alunos beneficiam de uma taxa de juromínima, com um spread máximo de 1%apurado com base na taxa dos “swaps”. Estataxa poderá ser reduzida para os alunos commelhor aproveitamento escolar. Osempréstimos são reembolsáveis entre 6 e 10anos apos a conclusão do curso, com pelomenos um ano adicional de carência de capital.O montante poderá variar entre 1.000 e 5.000euros por ano de curso, com um máximo de25.000 euros (em cursos de 5 anos). Para mais informação, consulta o site daDirecção-Geral do Ensino Superior:www.dges.mctes.pt

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Há muitos factores que contam no teu acesso a um curso superior. Mas há um em que o Banif dá uma grande ajuda. Com uma Conta Universitário do Banif, tens acesso ao Crédito Formação Académica que permite o financiamento dos teus estudos entre os €5.000 e os €50.000, com prazos de utilização até 6 anos e de reembolso até 10 anos e uma taxa de juro indexada à Euribor a 3 meses*. Acredita, damos nota máxima à tua formação. Para mais informações, vai a uma Agência Banif, consulta www.banif.pt ou liga 808 200 200.

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guiadocaloiro16 alojamento

Se vais estudar longe da cidade onde vives, uma das próximas tarefas é procurar casa! Omelhor é começar a procurar na Associação de Estudantes, nos Serviços de Acção Social,no Instituto Português de Juventude, na internet, nos classificados, etc. Informa-te tambémsobre as condições para ter acesso a uma bolsa de acção social.

Viver fora de casa…

Texto: Inês Menezes

Foste colocado numa universidade longe decasa? Tens três opções: alugar um quarto, umacasa ou ir para uma residência universitária. Aprimeira, além de mais cara é, obviamente,mais solitária. Numa residência estás sempreacompanhado, o que não só facilita a adaptaçãoa esta nova fase, como é mais divertido.

Viver numa residênciauniversitáriaSe vais viver para uma residência, prepara-tepara seres praxado pelos outros residentes,pois esta é a forma mais rápida de teambientarem e incutirem “o espírito da casa”.Os primeiros dias podem ser difíceis, poderássentir-te mais só e ligeiramente desorientado.Sair de casa representa sempre, em qualquer

No final das contas, os aspectos positivos sãosempre maiores do que as dificuldades, e estaacaba por ser uma experiência única na tuavida. Para além de ser mais fácil estudar emgrupo do que sozinho, é essencial estaremtodos no mesmo barco.

Mais responsabilidadeViver longe de casa tem enormesvantagens. Acabaram-se os horários e jánão tens que prestar contas da tua vida aninguém. Paralelamente, aumenta aresponsabilidade, para além de passares adividir o teu tempo com tarefas que atéaqui não tinhas pensado: as lidesdomésticas. Por isso, como verás, nemtudo é um mar de rosas. Se nãoaprenderes a dividir o tempo entre lazer eestudo, estás frito!

Porta 65Se a tua ideia é alugar casa, devescandidatar-te ao Programa Porta 65. Estedá apoio financeiro – ou seja, atribuiçãomensal de uma percentagem do valor darenda – a jovens entre os 18 e os 30 anosque queiram alugar casa, sozinhos ou emgrupo. Para te candidatares consulta oportal da habitação:www.portaldahabitacao.pt

idade, uma mudança grande, agravada pornovas responsabilidades e pela adaptação anovas pessoas, com diferente usos ecostumes.

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17alojamento

guiadocaloiro

A voz da experiência Ana Duarte, 27 anos, viveu na ResidênciaUniversitária Feminina (RUF), antigaaluna da Faculdade de Letras daUniversidade do Porto.

O que foi mais marcante na experiência deviver numa residência? Foi o contacto com alunos de outroscursos, de outras regiões e de outrasidades. No fim do jantar, ficávamos aconversar todas juntas, enquanto víamosTV na sala de estar. Falávamos do quetinha acontecido durante o dia nafaculdade, das saudades de casa, dascrises existenciais e dos problemas deamor (risos).

Quais os aspectos positivos? Fiquei com um carinho muito especial poralgumas funcionárias da RUF – traziam oslençóis lavados todas as semanas ecantavam nos corredores. Eram muitosimpáticas e umas verdadeiras segundasmães.

E negativos? Como éramos todas mulheres, de vez emquando havia ‘peixeirada’ na cozinha,porque alguém tinha roubado um bife outinham desaparecido litros de azeite. Oestendal também era problemático: haviasempre troca de roupa e peçasdesaparecidas.

Que conselho darias a um caloiro queestivesse a dar entrada numa residência? Que entre sem medos! Vai encontrarestudantes mais tímidos, maisextrovertidos, mais calmos, mais ‘dasfestas’… Mas acima de tudo, vai ter umaexperiência única.

O que não esqueceste? O dia em que o canalizador apareceu naresidência porque havia quilos de cabelosfemininos a entupir os canos doslavatórios (risos) e o dia da ‘praxe do quilode arroz’, em que jurámos com umacolher de pau em cima dum quilo de arrozvárias coisas… Incluindo não roubar coisasdas colegas…

Fizeste amigos para a vida?Sim, a minha colega de quarto. EstudavaMedicina durante a noite enquanto eudormia. Ainda hoje falamos pela internet,porque ela trabalha noutra cidade. De vezem quando ainda marcamos encontros.

Dicas para procurar casa,quarto ou uma residênciauniversitária:› Procura os anúncios colocados no bar da

Faculdade, na associação de estudantes, noscafés perto da Faculdade

› Fala com pessoas que tenham mudado para acidade onde vais viver e que tenhamcontactos úteis

› Procura também nas delegações do InstitutoPortuguês da Juventude.

› Procura na Internet e classificados de jornaise revistas

› Se estás à procura de uma residênciauniversitária, informa-te nos serviços de acçãosocial da tua Faculdade (algumas estão apenasabertas a estudantes bolseiros). O acesso àsresidências universitárias é feito através decandidaturas ao Serviço de Acção Social da tuaFaculdade. Estas residências reúnem condiçõesespeciais para estudantes. Para além dospreços serem mais acessíveis, sobretudo paraos bolseiros, se fores contemplado pelasBolsas de Acção Social a renda mensal daresidência torna-se bastante acessível.

› As residências podem ser masculinas,femininas ou mistas e têm número limitadode vagas. Por isso, informa-te com tempo.

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Projecto lado-a-lado emCoimbra e Aconchego noPorto Esta é outra alternativa que possibilitaoferecer tecto a quem não tempossibilidade de o pagar. A Universidadede Coimbra e a do Porto criaram umprograma, em parceria com a CâmaraMunicipal, no qual um estudanteuniversitário recebe alojamento grátisem casa de um idoso, em troca do seuacompanhamento diário(comprometendo-se com algumastarefas rotineiras, desde ir às compras,como pagar as contas da água e luz,acompanhar a uma consulta médica, etc).O programa está aberto a qualquerestudante da Universidade de Coimbra edo Porto, com comprovadas carênciaseconómicas, e com aproveitamentoescolar.Para saber mais entra em contacto com aassociação de estudantes ou vai à páginada Internet: www.academica.pt;www.bonjoia.org

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guiadocaloiro18 alimentação

Saber comer não chega. Aproveita e vê que modalidades desportivasexistem na tua academia. Um pouco de desporto liberta o stress eajuda-te a estares em forma… Já sabes: ‘mente sã e corpo são’!

GRÃOAGRÃOSe ainda não aprendeste a estrelar um ovo, esta é a altura ideal para aprenderes adesenrascar-te. Se és um autêntico mestre da culinária, prepara-te para dar azo aos teustalentos dentro da cozinha, porque vais precisar, agora que estás longe da mamã…

enche o caloiro o papo

Texto: Bruna Pereira

Este Guia não pretende substituir os teuspaizinhos nem servir de anjo da guarda duranteas idas ao supermercado. No entanto,apresentamos aqui algumas dicas para queesta nova etapa universitária, que para ticomeça agora, seja feita da forma maissaudável possível. Antes de mais, deverás fazer três refeiçõesdiárias obrigatórias: pequeno-almoço, almoço ejantar. Estas refeições deverão ser compostasde alimentos variados, já que cada um deles éformado por substâncias que devem estar àdisposição do nosso organismo todos os dias.Uma alimentação só com carne, ou só à basede frutas e legumes, por exemplo, não dá aoorganismo todas as substâncias de que elenecessita. Assim, faz de alimentos como oarroz, o feijão, as farinhas,o pão e o leite abase das tuas refeições. Não te esqueças das

hortaliças e das frutas! Elas fornecem aoorganismo vitaminas, minerais e fibras. Nãoabuses das carnes e do sal - muita gente achaque para uma boa alimentação é preciso comercarne todos os dias, porque as carnes sãofontes de proteínas, vitaminas e minerais, masessas substâncias existem também nos ovos,queijos, soja e carnes magras, sabias? Quantoao sal, este fornece sódio e cloro aoorganismo, mas a maioria dos alimentoscontém essas substâncias.Para finalizar esta listagem, lebramos que éimportante beber muita água. A água ajuda nadigestão, no funcionamento dos rins e dosintestinos e regula a temperatura do corpo.Depois de tomares nota disto, faz das tuasrefeições um encontro agradável. Esquece acorreria do dia-a dia e escolhe ambientescalmos para almoçares e jantares – depreferência na companhia de pessoas ao ladodas quais te sintas bem e relaxado.

Cozinhar em casa:missão impossível?Sim, a vida académica é muito cansativa:entre as aulas, trabalhos e as saídas à noite,o tempo para cozinhar pode ser muito pouco(e a vontade nenhuma). Por isso,possivelmente, vais ter a tendência de quererpreparar refeições simples, rápidas e com amenor quantidade de ingredientes possível.Entram, portanto, nesta listagem asseguintes refeições, toma nota: sopa juliana,sandes de ovo, salada de arroz, salada defrango, bifinhos com cogumelos, espargueteà bolonhesa, ovos mexidos com salsicha,salada russa com rissóis e bifes com batatasfritas. Mas atenção… Ser caloiro também éfazer novos amigos e mostrar os dotes nacozinha, por isso podes sempre comprar umlivro de receitas para os dias de jantar--convívio na tua residência (que incluam maisdo que salsichas e batata fritas), ou

18a19 Alimentação DR 9/29/10 4:47 PM Page 18

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19alimentação

guiadocaloiro

simplesmente consultar os seguintes sitesantes de vestires o avental:

www.petiscos.comwww.netmenu.ptwww.gastronomias.comwww.culinarias.netwww.pingodoce.pt

O fabuloso mundo das cantinas edos baresOs Serviços de Acção Social (SAS) dasUniversidades e Politécnicos englobam váriasestruturas no domínio da alimentação,nomeadamente as cantinas e os bares. Ohorário de funcionamento das cantinas, duranteo almoço, ronda entre as 12:00h e as 14:30h.Já nos locais abertos à hora de jantar podesaparecer entre as 18:30h e as 20:30h. Masclaro, informa-te junto do teu estabelecimentode ensino para saberes das horasexactas! A oferta gustativauniversitária é variada: existe umprato normal (ou mais), o dedieta e, com sorte, um extra.Nalguns espaços começa a serhabitual encontrares refeiçõesvegetarianas. O mais importanteé que para os alunos dauniversidade o preço por refeiçãoé bastante acessível – pouco maisde 2€.

O serviço de bar tem horários mais flexíveis,mas a abertura costuma ser por volta dos8:00h/8:30h da manhã. Há ainda outrosespaços, geralmente geridos pelasAssociações de estudantes, que servem,inclusivamente, refeições à hora de jantar.

Comer fora? Bom e barato,se faz favor!O mais maravilhoso de tudo é que és umcaloiro em Portugal – um dos países herdeirosda chamada dieta mediterrânica e onde secome melhor, diz quem por cá passa. Assim,entres na universidade ou politécnico queentrares, vais estar perto das mais variadassugestões gastronómicas: cozido àPortuguesa, cabidela de galinha, feijoadatransmontana, tripas à moda do Porto,bacalhau à Gomes de Sá, amêijoas à BulhãoPato, sardinha assada, pastéis de Belém… A

tradição vai estar sempre num pratode comida bem perto de ti.

Para os estudantes maisdesnaturados e amigos dafast-food, existem os jáconhecidos centroscomerciais, as tradicionaistasquinhas de rua e ossnack-bares e pastelariascom os pratos do dia, que não

costumam ultrapassar os 5€ jácom bebida incluída.

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Sabedoria às tricas!Sabias que….- O valor calórico da alface épraticamente nulo e que é um dosvegetais mais ricos em água? Além dissoé um óptimo alimento para combater asinsónias se ingerido ao jantar.- Apesar do seu teor em colesterol, agema de ovo é riquíssima em ferro ecolina, com papel importante namemória e vivacidade cerebral? A clarado ovo contém ainda lecitina, substânciaque ajuda a reduzir o colesterol.- Famosa por ter protegido osmarinheiros do escorbuto, a laranja é umdos frutos mais ricos em vitamina C? Sefor espremida em sumo, bebe-o logoapós a preparação, para que não seperca grande parte desta vitamina.- Rica em ómega-3, a sardinha é umaheroína do coração. Os ómega-3 sãoessenciais à formação da retina, cérebroe ainda ajudam na recuperação deinflamações da pele.

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guiadocaloiro20 trabalhar e estudar

Trabalhar e estudar é um grande desafio. E o maior talvez seja conciliar os dois mundos,sem perder o interesse e a motivação pelos estudos! Se por um lado é muito exigente, poroutro, permite ganhar uma nova perspectiva sobre a vida e o futuro. Mas, convém nãoesquecer, que o mais importante são os estudos, pois é isso que, no momento da escolhade um candidato a emprego, fará a diferença!

VIDADUPLA

Texto: Inês Menezes

São várias as vantagens de trabalhar eestudar! Ganhar algum dinheiro para asdespesas, ganhar algum sentido deresponsabilidade, aprender a gerir o tempo,fazer novos contactos na área onde gostariasum dia de trabalhar, introduzires-te no mercadode trabalho e, por último, usufruir das regaliasconcedidas aos trabalhadores-estudantes.

Conciliar 2 mundosMuitos alunos começam a trabalhar e acabampor se entregar completamente ao trabalho,deixando o curso para segundo plano oumesmo abandonando-o! É previsível quecomeces a faltar às aulas, te sintas demasiadocansado e percas o interesse pelas aulas,sobretudo quando existem perspectivas deevolução no emprego. Estar concentrado einteiro em dois sítios, não é fácil. No entanto, a maior parte das universidadesfacilita esta questão, de uma forma clara eevidente, através do estatuto de trabalhador-

-estudante, que permite aos alunos irem àsegunda época de exames. Para além disso,existem disciplinas em que os trabalhospráticos têm uma vertente para trabalhadores-estudantes, o que permite realizar apenasparte do trabalho.

Dicas para conciliaro trabalho e o estudoOrganização: tenta manter a agenda actualizadacom as datas para entrega dos trabalhos, semdeixar tudo para a última da hora. Faz umplaneamento das disciplinas que te irão ocuparmais tempo. Flexibilidade: embora as aulas sejam fixas e osprazos dos trabalhos também, é importanteestar preparado para se adaptar casoapareçam outras coisas importantes. Comotrabalhador-estudante, prepara-te para encararnovas tarefas, imprevistos e crises detrabalhos repentinos, os quais terás queresponder de forma imediata.Informa os teus colegas de trabalho eprofessores acerca do teu horário: deves ter

Portais de Emprego› www.netemprego.gov.pt› emprego.sapo.pt› www.net-empregos.com› www.empregosonline.pt› www.central-emprego.com› www.empregos.pt› www.stepstone.pt› www.cargadetrabalhos.net› www.cargadetrabalhos.net› www.portugalemprego.com› www.eusei.com› www.portalemprego.eu/pt› empregopt.com› www.emprego.comunidades.net› www.construlink.com› www.clickemprego.com› empregos.org› www.empregoinfo.com› www.ofertas-emprego.com› www.eliteinternationalcareers.com

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21trabalhar e estudar

guiadocaloiro

Quem é considerado trabalhador-estudante?É considerado trabalhador-estudante aquele quefrequenta qualquer nível de ensino, incluindo oensino pós-graduado, mas também cursos deformação profissional ou programas de ocupaçãotemporária de jovens com duração igual ousuperior a seis meses.

Como posso beneficiar do estatuto de trabalhador--estudante?Para beneficiar deste estatuto, deves comprovar atua condição de estudante perante a entidadeempregadora, apresentando o comprovativo dematrícula e o horário escolar.

O estatuto de trabalhador-estudante estádependente de aproveitamento escolar?A manutenção do estatuto está depende deaproveitamento escolar. É consideradoaproveitamento escolar o transito de ano ouaprovação em, pelo menos, metade das unidadescurriculares em que o trabalhador-estudanteesteja matriculado, ou ainda, no ensino recorrentepor unidades capitalizáveis, a capitalização deunidades em número igual ou superior ao dobrodas disciplinas em matricula com um mínimo deuma unidade por disciplina. Existem excepções emcaso de licença de maternidade ou parental nãoinferior a um mês, doença profissional ou acidentede trabalho.

Quais são os meus direitos e deveres quanto à compatibilidade de horários?Deves escolher, entre as possibilidadesexistentes, o horário mais compatível com ohorário de trabalho, sob pena de não beneficiaresdos inerentes direitos.A empresa deve elaborarum horário de trabalho de trabalhador-estudanteajustado à frequência das aulas e respectivadeslocação para o estabelecimento de ensino. Setal não for possível o trabalhador-estudante temdireito a dispensa de trabalho até seis horassemanais, sem perda de direitos, contando comoprestação efectiva de trabalho, se assim exigir ohorário escolar.

E se a minha dispensa semanal for incompatívelcom o funcionamento da minha empresa?Caso a tua pretensão quanto à dispensa detrabalho for, manifesta e comprovadamente,comprometedora do funcionamento da empresa,devem fixar-se por acordo entre o empregador, otrabalhador interessado e a comissão de

TrabalhocomestatutoSe estudares e trabalhares tens alguns direitos que tepodem facilitar essa vida “dupla”. Podes ler aqui emsíntese, algumas questões respondidas. Se quiseressaber mais, podes encontrar o estatuto do trabalhador--estudante em www.forum.pt

trabalhadores ou, na sua falta, a comissãointersindical, comissões sindicais ou delegadossindicais, as condições em que é decidida apretensão. Na falta de acordo, o empregadorpode decidir fundamentadamente, informando otrabalhador por escrito .

A minha empresa pode exigir-me trabalhosuplementar?A empresa não pode exigir aos trabalhadores--estudantes qualquer tipo de trabalhosuplementar, excepto por motivo de força maior,nem trabalho em regime de adaptabilidade,sempre que o mesmo coincida com o horárioescolar ou prova de avaliação. Contudo, serealizares trabalho suplementar, tens direito aomesmo número de horas de descanso, assimcomo se prestares serviço em regime deadaptabilidade, tens direito a um dia por mês dedispensa, sem perda de direitos, contando comoprestação efectiva de trabalho.

Posso faltar ao serviço quando tiver provas deavaliação?Podes faltar justificadamente para prestar provasde avaliação, no dia da prova e no imediatamenteanterior. Se tiveres provas em dias consecutivosou mais de uma prova no mesmo dia, os diasimediatamente anteriores são tantos quantas asprovas a prestar. Nos dias anteriores às provasincluem-se Sábados, Domingos e feriados. Onúmero máximo de dias de ausência pordisciplina, é quatro.

Posso solicitar uma licença sem retribuição?Podes. Com 48 horas de antecedência, casopeças um dia de licença; 8 dias, se pedires entre2 e 5 dias ou 15 dias, pedires mais de 5 dias delicença.

Posso perder o estatuto de trabalhador-estudante?Os direitos relativos a horário de trabalho, férias elicenças sem retribuição cessam se não tiveresaproveitamento no ano em que beneficies dessedireito. Os restantes direitos cessam se nãotiveres aproveitamento em dois anos consecutivosou três interpolados. Todos os direitos cessamimediatamente no ano lectivo em causa, em casode falsas declarações relativamente aos factos deque depende a concessão do estatuto ou a factosconstitutivos de direitos, bem como quandotenham sido utilizados para outros fins.Fonte: Código do Trabalho.

em conta que nem todas as pessoas do teutrabalho compreendem que és estudante e nemtodos na tua faculdade entenderão quetrabalhas. Mas, mesmo assim, convém quedeixes todos informados!Controla o stress: o stress é um factorinevitável na vida de um estudante-trabalhador,deverás aprender a “prevenir” o stress, masacima de tudo, aprender a superá-lo. Para issoé importante:- Teres tempos de descanso,- Fazeres algum desporto: alongamentos,nadar, correr, e tudo o que te ajude a manterum estilo de vida saudável e a aliviar o stress.Quanto mais exercício fizeres, mais fácil serálidar com os estudos e o trabalho.- Aproveita bem os tempos de lazer, semficares demasiado angustiado com aintensidade de vida académica e profissional.Cinema, livros, jantar fora, ir a concertos. Éessencial ter tempo para te sentires vivo.Ser realista: provavelmente não haverá tempopara tudo, por isso deves identificar as tuasprioridades, sem sentimentos de culpa por nãochegar a todo o lado! Tenta ser positivo e terpresente que és um privilegiado por estar atrabalhar e a estudar ao mesmo tempo.Existem muitas pessoas sem nenhuma destasoportunidades!Lembra-te das razões de tal escolha: estudar etrabalhar ao mesmo tempo implica ultrapassaruma série de dificuldade que a maior parte daspessoas teria medo. Mais tarde, quando for omomento de seres avaliado por um recrutador,verás que valeu a pena!

Conselhos úteisMantém o trabalho e a universidade separados:não te preocupes com o trabalho durante asaulas e vice-versa, concentra-te no que estás afazer em cada momento.Procura ferramentas online que possam ajudarna organização do teu tempo. Mantém vivas as tuas relações: como tantastarefas, é difícil ter tempo para os amigos.Tenta manter contacto com os teus amigos epessoas conhecidas, nem que seja por e-mailou via Facebook!

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guiadocaloiro22 estudar

A adaptação à entrada no ensino superior exige um plano de integraçãopara superar as dificuldades desta nova etapa. Um deles, talvez o maisimportante, deve passar por novas formas de encarar o estudo.

Entrei na Faculdade,

A novidade e a curiosidade de entrar na Faculdade são equivalentes à angústia dos primeirosdias neste admirável mundo novo. Trata-se, de facto, de uma das maiores mudanças da tuavida. É preciso estar preparado e ter estratégias de adaptação.

Texto: Inês Menezes Ilustração: Gonçalo Gil

A transição do ensino secundário para auniversidade corresponde a uma enormemudança em termos de exigência,competitividade, confronto com novas pessoasetc. E, embora seja uma fase de grandeentusiasmo e estímulo a todos os níveis,poderás sentires-te mais só, mais inseguro epouco preparado para tanta responsabilidade!A maior exigência académica pode fazer ver-teque os métodos de estudo anteriores nãoservem, o que, em alturas de testes e exames,se não te preparares convenientemente, tepoderá tornar demasiado ansioso ecompletamente bloqueado.

Há ainda os estudantes que tiveram que seafastar de casa dos pais, vivem em quartosalugados e residências e, no meio de tantasmudanças, se ressentem da falta do ambientefamiliar, têm saudades, e por vezes dificuldadesem lidar com a tristeza que a separaçãoimplica. Outro factor potencialmente causadorde desadaptação e dificuldade em estudar,pode ocorrer quando jovens oriundos de meiospequenos, economicamente modestos, sevêem confrontados com colegas de um nívelmais elevado, quer socialmente, querculturalmente…Como vês, a adaptação à entrada no ensinosuperior exige um plano de integração parasuperar as dificuldades desta nova etapa. Um

deles, talvez o mais importante, deve passarpor novas formas de encarar o estudo. Sóassim podes garantir que a tua licenciaturacomece da melhor maneira.

Dicas para estudarUma das causas para o insucesso escolar efalta de aproveitamento nas faculdades estáligado ao facto dos alunos não saberemestudar! Para além disso, a diferença deexigência do secundário e da universidade éabissal, o que pode provocar ainda maisdificuldades, pois os alunos não estãopreparados para esta nova fase! Se entraste num curso que não corresponde àtua primeira escolha, e se o ensino

e agora?

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23estudar

guiadocaloiropu

b

Onde estudar com silêncio? Para além das bibliotecas dentro dasuniversidades, existem váriasbibliotecas onde também é possívelencontrar silencio e ambiente propícioao estudo.

EM LISBOABiblioteca NacionalCampo GrandeBiblioteca do Instituto Franco-PortuguêsAvenida Luis Bivar, 91Biblioteca da Fundação CalousteGulbenkianAv. De Berna, 45Biblioteca MunicipalPalácio das Galveias, Campo Pequeno

NO PORTOBiblioteca Pública Municipal do Porto Rua D. João IV - BonfimBiblioteca Municipal Almeida Garrett R. D. Manuel II – Massarelos

EM AVEIROBiblioteca Municipal de Aveiro Largo Dr. Jaime Magalhães Lima

EM FAROBiblioteca Municipal António Ramos RosaRua Carlos Porfírio - SéBiblioteca Municipal Manuel TeixeiraGomes Quinta do Bispo – Portimão

universitário não vai de encontro às tuasexpectativas, terás que arranjar estratégias demotivação e de rentabilização que permitamaumentar a eficiência do estudo.

Deixamos-te algumas dicas para quenão te percas com a nova cargahorária, exames, trabalhos,amizades, festas e saídasnocturnas… Existem algumas regrasque deves respeitar ao longo dospróximos anos, para que possasgarantir o sucesso académico.› É importante frequentares as aulas práticas eacompanhares as aulas teóricas.

› Ter o material de estudo adequado: livros,sebentas, etc.

› Ter um mentor ou tutor: não só tens apossibilidade de ouvires conselhos daquelesque já passaram pelas mesmas situações,como poderá ser uma referência em termosacadémicos que te ajude nos estudos.

› Encontra um local de estudo adequado àstuas necessidades: se preferes estudar emtotal recolhimento deves procurar um lugarsilencioso, uma biblioteca, por exemplo. Paraquem prefere estudar no meio do barulho,

com música de fundo, existem vários sítiospossíveis, desde explanadas, bares, cafés,etc. É essencial que te sintas bem e nãoestejas sempre a olhar para o relógio a verquanto tempo passou.

› Arranja outros colegas com quem possasestudar. Um bom grupo de trabalho éessencial para auto-motivação.

› Define uma estratégia para os próximostempos de estudo, com objectivos claros econcisos, como por exemplo: quais as aulas aque não se pode faltar, horas de estudo pordia de forma a não deixar tudo para a vésperados exames, prazos de entrega dostrabalhos, etc.

› Gerir bem o tempo: esta é uma das fases emque estão muitas coisas a acontecer de novoe é natural que te percas com saídasnocturnas, novos amigos e grupos detrabalho, e deixes os estudos para trás.Deves tentar definir prioridades, organizaresbem o tempo e dedicares-te com todo oempenho a esta fase nova.

› Se tiveres dificuldades, deves procurar oGabinete de Apoio ao Estudante da tuaFaculdade ou a Associação de Estudantes,pedires ajuda e tirares todas as dúvidas.

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guiadocaloiro24 recepção ao caloiro

Texto: Inês Menezes

LISBOAMega Festa do Caloiro 2010 noParque das Nações, 29 e 30 deSetembroA Mega Festa do Caloiro de Lisboa 2010regressa, pelo 8.º ano consecutivo, à zonanorte do Parque das Nações. Mantém-se atradicional eleição para a meia-final da ‘Miss eMr. Caloiro’. Também as “barraquinhas” dasAssociações de Estudantes de Lisboa estãopresentes na festa.No dia 29, a festa começa às 21 horas, com aabertura das 33 barraquinhas das váriasassociações de estudantes. Às 23 horas, o DJNelson Cunha abre a pista de dança, seguindo--se, à meia-noite, o DJ Diego Miranda. Dia 30 decorrerá a eleição da Miss e do MisterCaloiro 2010, a partir das 22 horas. Segue-sea actuação do DJ André Henriques. A 8ª edição da Mega Festa do Caloiro encerracom os Funkyou2, uma dupla de DJ’sconstituída por Daniel Poças e Francisco Praia.

AVEIROIntegra-te 2010,de 13 a 17 de OutubroSemana de Integração da AAUAV – 13 a 17 deOutubro no Estádio Municipal de Aveiro. Oobjectivo é integrar os novos alunos noambiente académico de Aveiro. Ao longodestes 5 dias vão passar por Aveiro, QuimBarreiros, Homens da Luta, Buraka SomSistema, Banda Surpresa e Azeitonas.A não perder!

COIMBRA Latadas em Coimbra,de 21 a 27 de Outubro Com um programa de actividades bem definidoe um propósito de integração e assimilação da

A grande recepçãoO início do ano lectivo é um suplício para uns e uma animação para outros. Mas, a verdadeque ninguém consegue ficar imune à chegada dos caloiros à universidade e à preparação deiniciativas e actividades que preenchem a agenda do mês de Outubro!São dias em que os caloiros são postos à prova em diversas actividades de acolhimento eintegração, num ambiente descontraído e bem disposto.

cultura e da vida académica de Coimbra, oprograma da recepção aos novos alunoscomeça com a tradição da Latada, que celebraa chegada dos novos estudante à cidade deCoimbra. A Latada é marcada pelo cortejosdos caloiros trajados de forma festiva, mastambém por outras actividades, como aSerenata ao Caloiro, sempre acompanhadocom festas com música e animação!

MINHO O programa começa pela passagem pela salada responsabilidade da AssociaçãoAcadémica da Universidade do Minho (AAUM)em que se realizam uma série de actividadesque tem como objectivo a integração dosnovos alunos, dando a conhecer aos mesmosa AAUM.Nos dias seguintes à semana das matrículasexistirão actividades de carácter cultural(Sarau Cultural), permitindo assim mostraraos novos alunos os Grupos Culturaisexistentes na Universidade. O peddy paper éoutra actividade que visa também dar aconhecer os locais mais importantes dauniversidade, os serviços essenciais ao seupercurso académico, e também mostrar asruas das cidades de Braga e Guimarães,passando pelos principais pontos de interessedas mesmas.

Festival de Outono 2010 de 29de Setembro a 2 de OutubroA iniciativa dá a conhecer, em especial aosnovos alunos da Universidade do Minho,alguma da oferta cultural de Braga eGuimarães e as potencialidades dauniversidade nesta área.

PORTOEntre 22 e 29 de Outubro os caloiros sãorecebidos no Porto com pompa e

Latadas As Latadas são uma das festividadesacadémicas mais irreverentes edivertidas, marcando actualmente ainiciação dos caloiros à Praxe Académica.Neste cortejo, os caloiros vão vestidoscom fantasias ao gosto dos doutores dapraxe transportando normalmentecartazes de carácter crítico respeitantesà vida academica, política e social danação e da comunidade internacional. Apartir dos anos 50 e 60 passam arealizar-se no início do ano lectivo e nãono final como acontecia antes.Simbolicamente a latada, que é umdesfile de caloiros decorados com latas,representa a apresentação dos novosestudantes à cidade. Este cortejo passatambém por um juramento e acaba com obaptismo dos caloiros enquanto novosmembros do meio académico portuense.As “Latadas” remontam ao século XIXquando os estudantes exprimiamruidosamente a sua alegria pelo fim doano lectivo - em Maio. Utilizavam paratanto todos os objectos que produzissembarulho, designadamente latas.

circunstância. Os momentos altos destasemana são a Monumental Serenata aoCaloiro, o Dia da Beneficência, o CascusPaper, a Noite Negra, o Rally das Tascas, oComboio do Caloiro e o culminar em apoteosecom a Latada, Juramento e Baptismo.

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Praxe Académica – origens e significado

ComotudocomeçouEmbora as praxes académicas continuem a mostrar-se polémicas, são um instrumentoimportante no acolhimento dos estudantes. Com regras próprias dentro de cadauniversidade, em todas existe o respeito pela integridade física do caloiro. Depois de saberesisto, o melhor é aderir e divertires-te!

Texto: Inês Menezes

As praxes académicas contam com mais de700 anos de vida. É na cidade de Coimbra quesurgem as grande tradições ligadas às praxesdo caloiro, tendo contagiado, com mais oumenos fervor, a maioria das universidadesportuguesas.Apesar da existência de regulamentação e detodas as regras existentes, a suposta funçãointegradora da praxe perde-se, muitas vezes,no meio de acções mais violentas, por vezesgeradoras de alguns traumas nos jovens queiniciaram, pela primeira, as lides universitárias!

Não sendo uma questão nem do passado nemdo presente, a verdade é que os caloirossempre passaram o cabo das tormentas,sobretudo quando confrontados com veteranosmais ciosos do seu papel!A perseguição, a sujeição dos caloiros adeterminadas práticas e às ordens de alunosveteranos sob as mais violentos formas, datado sec.XVIII. As praxes, na altura chamadas“investidas” chegaram a ser proibidas por D.João V., o que acabou por não surtir grandeefeito, já que permaneceram, embora sobformas menos violentas, durante mais de doisséculos e meio.

Há quem refira que as origens da praxeremontam ao século XIV, embora a palavratenha uma origem mais recente. A nomeaçãodos costumes académicos começa por serreferida como “investidas”, termo utilizado apartir do início do sec.XVIII e que incluía desdea tourada, a picaria, insultos, troça, actos quepodiam ir dos mais violentos aos maispacíficos. O século XIX veio alterar a realidade do mundodas praxes, imprimindo um tom menos violentoao que se praticava. O termo “investida” foicaindo em desuso, dando lugar, em 1863, àpalavra praxe, conotada, numa primeira fase,

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com actos selvagens que incluíamcomportamentos que iam desde cortar oscabelos, pintar o rosto, rasgar a roupa, e outrasacções ofensivas. A partir do final desse século,o uso da palavra “praxe” alarga-se, substituindotermos como “troça”, “investida” etc, passando ater um sentido mais lato, que congrega asactividades dos estudantes universitários.

Praxe Académicanos dias de hojeRefira-se que a praxe académica acaba por serum dos momentos de maior expectativa paraos alunos que acabam ingressar nesteadmirável mundo novo. Em boa verdade, apraxe é um dos momentos mais importantesna vida dos caloiros, pois demarca um novociclo na sua vida. Apesar de alguma polémicaem torno deste assunto, as praxes servem deintegração para esta nova fase, pois é este omomento em que se conhecem novos colegas,a faculdade onde se vai passar uns anos e,nalguns casos, a cidade onde se vai morar.Na opinião de Marco Lobo, da Direcção Geralda Associação Académica da Universidade de

Lisboa, “a praxe é uma forma de integrar alunosque, muitas vezes, não só vêm de escolasdiferentes como de diferentes zonas do país.Para muitos, a universidade assumirá um papelquase familiar e, nesse sentido, é importante

que todos se sintam em pé de igualdade peranteos outros caloiros ao entrarem na universitas,como é igualmente importante que se percebaque há uma hierarquia. O respeito dos novosalunos pelos alunos mais velhos deve serdemonstrado na praxe. E vice-versa”. Os alunosque evitarem a semana das praxes ou recepçãoao caloiro, não se integram tão bem no espíritoda universidade. “Em Lisboa, por exemplo, asituação é particularmente preocupante no quetoca à Tradição Académica, que é muitíssimomenos vivida do que em Coimbra e tambémmenos do que o é no Porto. Muitos caloirosoptam por não tomar parte na praxe ou narecepção ao caloiro, escolhendo uma via mais“juvenil” da universidade. Quer isto dizer que,muitas vezes, esses que faltam a essasactividades ingressam no Ensino Superior com amesma mentalidade do Básico ou do Secundário:entrar, estar com os amigos no intervalo, teraulas, ir para casa. O espírito da Universitas e oespírito académico (que vai muito para além dasfestas) não se coaduna com a falta decomparecência a eventos tão relevantes na vidauniversitária portuguesa”, afirma Marco Lobo.

É preciso não esquecer que esta é uma dasalturas em que se fazem amigos para sempre.Na praxe e no começo do ano conhecem-semuitas pessoas interessantes. “Um amigo ouuma amiga que nos acompanhe desde o nosso

grupo de praxe até ao final do curso é algo deinesquecível”, lembra Marco Lobo. Ainda na sua opinião, os caloiros, quandoconfrontados com certos exageros, devemdenunciar a má conduta ao Tribunal de Praxeexistente na sua instituição de ensinosuperior, ou órgão semelhante. “A praxe não éobrigatória. Não pode ser, aliás. Qualquercaloiro pode declarar-se anti-praxe, abdicandode todos os deveres e todos os direitos depraxar e ser praxado, mas pode aceitar apraxe, delimitando a conduta de quem o praxase extravasar o aceitável”. Para tal, bastacontactar a associação de estudantes dafaculdade e assinar uma declaração anti-praxe, com todos os benefícios econsequências que daí advêm. Nos casos emque o aluno escolher ficar isento da praxe, nãoserá praxado durante a sua vivencia decaloiro, embora fique privado de uma série decoisas que não poderá fazer durante o curso,tais como: praxar caloiros, usar trajeacadémico, participar em actividadesacadémicas (baptismo e desfile do caloiro),ter um padrinho, apadrinhar caloiros, usarpasta com fitas…

Atitude a terCaso decidas não repudiar as praxes, o ideal éteres uma atitude aberta, divertida ecooperante. Aproveita para conhecerespessoas e entrares no espírito. Na verdade,nada de mal te irá acontecer. Poderás ter queandar de cara pintada pela cidade, trocarem-tede roupa, obrigarem-te a fazer provas deresistência, cantar, declarar e por aí fora. Nofundo, nada que não sejas capaz! Se queres tera atitude certa e aproveitares este tempo parate divertires, o melhor é pensar que todos osalunos passam por isto e, como tal, não és,nem serás a excepção. E se todos navegam nomesmo barco, ninguém deverá sentir-sehumilhado!

Movimentos anti-praxeO Antípodas e o M.A.T.A. (movimento antitradição académica), são dois dos movimentosque visam o fim da praxe académica, e a suasubstituição por uma recepção não hierárquica,baseada em relações de camaradagem de igualpara igual e que encoraje a criatividade e oespírito crítico, como forma de integração dosnovos alunos.Podes saber mais em: antipodas.web.ptou sitiodomata.jimdo.com

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Texto: Inês Menezes

Existe um conjunto de direitos e deveresassociados às praxes - Código da Praxe - comregras específicas criada pelas própriasinstituições, cuja função é descrever e ordenara praxe da casa! Uma vez que as condutasligadas às praxes variam consoante as

Segredos, direitos e deveres

O código da PraxeSe queres saber o que te espera na tua faculdade, consulta o Código da Praxe! Aqui ficas asaber todos os direitos e deveres de quem acaba de aderir ao espírito académico do ensinosuperior. Nele estão incluídas a hierarquia dos estudantes, a semana da recepção ao caloiroe o significado do traje académico. Não te esqueças que tens o direito de não querer serpraxado e que nunca te deves submeter a actos que consideres indignos!

universidades, cada código descreve, com maisou menos pormenor as regras a respeitar.Geralmente, esta só é valida dentro da própriainstituição, podendo, inclusive, optar-se por sedesvincular de todas as tradições. Aimportância do Código da Praxe é, sobretudo,evitar os abusos que, infelizmente, todosconhecemos.

No geral, os códigos de praxe abordam ahierarquia dos estudantes, a semana darecepção do caloiro e as normas de uso esignificado do traje académico.

Hierarquia dos EstudantesOs títulos da hierarquia dos estudantes sãofundamentais em qualquer Código da Praxe.

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Todas as academias, universidades e institutostêm uma nomenclatura e uma hierarquia quevisa distinguir os estudantes. Nela se definemdireitos e deveres na história de vida doscaloiros! Uma vez que não temos espaço paralistar todas as universidades do país, ficamapenas alguns exemplos para aguçar acuriosidade!Na Universidade do Algarve há uma distinçãoentre a Hierarquia Académica e os TítulosHonorífios. Os alunos com uma matrícula são“Caloiros”, com duas “Mancebos”, com três“Académicos” e com quatro têm o título de“Mestre”. Os alunos que reprovam no primeiroano, herdam o título “Gangrena”, enquanto osfinalistas que nunca chumbaram são os“Doutores”.No meio desta hierarquia quem sofre é ocaloiro! Diz o seu estatuto que a “caloirice docaloiro é inqualificável; o caloiro tem direito arespirar de vez em quando; o caloiro temtabaco mas não fuma; o caloiro não temopinião. Em Coimbra a hierarquia da praxe está divididaem 17 categorias:“Bicho”, “Paraquedista”, “Caloiro Nacional”,“Caloiro Estrangeiro”, “Novato”, “CaloiroPastrano”, “Semi Puto”, “Puto”, “Candieiro”,“Candieiro Grelado”, “Candieiro Fitado”, “DuploCandieiro”, “Bacharel”, “Bolognez”, “Marquez”,“Veterano”, “Dux Veteranorum”.Na Universidade de Évora, o C.E.G.A.R.R.E.G.A.(Código Estudantil de Graus Académicos,Regulamentos, Regras de Exegese e GíriasAcadémicas) define a hierarquia dos títulos dosestudantes: “Bichos”, “Caloiros”, “Aluno”,“Estudante”, “Digníssimo”, “Muy Ilustres eDigníssimos”, “Veneráveis”. Ao venerável commaior número de inscrições anuais é-lheconcedido o título de “Geraldo ou Geraldes SemPressa”. A cada título corresponde um conjuntode direitos e deveres. Por exemplo, os “alunos”estudantes no segundo ano do curso têm odireito de, passo a aceitar, sair livremente emantém o dever de respeitar ao padrinho, bemcomo a todos os graus superiores, nãopodendo fazer praxes nem exigir vassalagem abichos e caloiros.

No grau superior temos os “Muy Ilustres,Digníssimos e Veneráveis”, que têm direito aassento no Conselho de Veneráveis e, nessaqualidade, são respeitados e obedecidos portodos estudantes. Os alunos que pela primeira vez se inscrevemnesta universidade – Bichos – não têm direitos.A Universidade do Minho inspira-se na tradiçãoeclesiástica, muito típica desta cidade deArcebispos, para descrever a hierarquia dostítulos dos alunos. Temos primeiro o “Caloiro ea Caloira”, sem qualquer tipo de direitos e quemerecem ser praxados. Depois os “Noviços ouNoviças”, “Frei ou Freira”, “Abade ouAbadessa”, “Bispo”, “Cardeal e Papa”. O Papa éo presidente dos Cardeais e toma as decisõesmais importantes da Academia. Na Universidade de Trás-os-montes e AltoDouro, com a chegada de novos caloiros é-sepromovido a animal, após a terceira matrículapassa-se a “Engenheiro” ou “Doutor”, depois“Grelado”, “Veterano”, “Venerável Ancião”, e porfim “Eremita”.

Semana da Recepção ao CaloiroO grande objectivo das praxes é integrar osalunos no meio académico. E, tal como asoutras tradições académicas, tem regraspróprias no seio de cada universidade. Se seseguirem as regras, e note-se que adesobediência é punida, a recepção ao caloirotem, regra geral, um carácter integrador e é,quase sempre, um momento bastante divertidopara os novos alunos!Não se pode confundir Praxe Académica comas «pseudo-praxes», executadas por indivíduosprincipiantes. A Praxe Académica é regida poruma hierarquia, contendo actividadesrealizadas sempre como base no bom senso.É preciso não esquecer que a PraxeAcadémica tem uma mecânica inerente que,ao ser desrespeitada, pode significarverdadeiros insultos à tradição. Todas asqueixas consideradas graves serãoencaminhadas para o conselho de veteranos,que procederá, se for caso disso, contra osinfractores e de acordo com a gravidade dasofensas.

Recepção ao caloiro. Todos os anos somosassolados com a presença de milhares dejovens que nos inundam as ruas das cidadescom caras pintadas e outras manifestaçõesque nos informam que começaram as praxesacadémicas, ou seja, começou a recepção aocaloiro. A típica e tão esperada semanaacadémica, que faz com que os estudantesentrem fatalmente no espírito académico. São várias as “provas” que os caloiros têmque passar. Tudo depende das universidadese da imaginação de quem estiver a praxar.Cabelos despenteados com gel, espuma debarbear espalhada pela cara são as praxesmais comuns a que os caloiros estãosujeitos. E, claro, mais dia menos dia, lávimos os caloiros em fila indiana, amarradosuns aos outros, no tradicional passeio pelainstituição ou pelas ruas da cidade, exibindoos seus dotes vocais.Frequentes são também aulas dadas porfalsos professores, com indicações de listasenormes de bibliografia obrigatória, a exigir acompra de livros que não existem, expondotemas inimagináveis como se fizessem parteda matéria curricular….Algumas universidades são mais dadas àspraxes do que outras. Em cada uma existeuma terminologia própria para definir oscaloiros, desde “Bicho”, “Reles”, “Animal”,“Besta” e outros afins. Mas, essencial émesmo ter espírito de abertura e alinharcom os veteranos que, mesmo que pareça,não são horríveis papões.Em todas as universidades, a riqueza dapraxe depende da imaginação dos veteranos,já que o seu objectivo não é castigar oscaloiros, mas sim integra-la num meio quevai ser o deles nos próximos anos. Emboracada universidade tenha uma semanaespecífica de recepção ao caloiro, comactividades próprias, em quase todas elas arecepção ao caloiro termina com o tribunalde praxe, em que o caloiro é submetido a umjulgamento perante os doutores e emboratenham um advogado de defesa, estes sãoos primeiros a pedir condenação peloscrimes praticados!!!

Alguns códigos da praxe disponíveis na internet: Universidade do Algarvewww.loja-academica.pt/codigo/cod_praxe_ualgarve.pdfUniversidade do Minhocabidodecardeais.no.sapo.pt/codigopraxe.htmUniversidade de Coimbrawww.loja-academica.pt/codigo/cog_praxe_Coimbra.pdfUniversidade do Portoadsl.tvtel.pt/antipodas/porto.pdfUniversidade de Trás-os-Montes e Alto Dourohome.utad.pt/~nupsi/praxiscode.pdf

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guiadocaloiro30 tunas

Sabias que as punas são um fenómeno cultural e secular que seencontra generalizado em Portugal, Espanha e América Latina,existindo muito poucas outras tunas fora destas regiões?

É um filme português, realizado porArmando de Miranda em 1947. Temargumento de Alberto Barbosa eJosé Galhardo e entre os principaisactores está Amália Rodrigues. Ofilme bateu todos os recordes deexibição até então, tornando-se no

maior sucesso do cinemaportuguês. O filme debruça-sesobre a vida dos estudantesuniversitários em Coimbra e éigualmente um filme obrigatóriopara todo o amante das tradiçõesacadémicas.

Texto: Bruna Pereira

“Quero ficar sempre estudante p’ra eternizar ailusão de um instante. E sendo assim, o meusonho de amor será sempre rezado, baixinhodentro de mim”. Este é o refrão de “Amores deestudante”, um dos temas mais ouvidos (echorados) pelos que já foram caloiros um dia etiveram de passar pela queima das fitas,deixando lugar aos mais novos, como tu. Paraaproveitares da melhor forma o teu tempo devida como estudante universitário – começandodesde o primeiro ano – o Guia do Caloiro conta--te alguma história sobre as tunas, umfenómeno de grande escala dentro dasacademias, cuja motivação é sempre a dealegrar e viver com divertimento o espírito dejuventude.

A palavra ‘tuna’ vem de onde?Esta é uma resposta bastante difícil. Algunsdefendem que a origem seria o vocábuloprovençal ‘thune’, nome dado aos alberguespara mendigos no sul de França. Essesestudantes sobreviveriam, portanto, à custa dasopa dos pobres distribuída gratuitamentenesses albergues, oferecendo em troca osseus atributos musicais. Segundo outros, apalavra derivaria do espanhol ‘atún’ (quesignifica atum), dada a semelhança que existia

entre o carácter migratório daqueles peixes e ocarácter ambulatório dos tunos. “Tunos” seriamainda os trabalhadores sazonais que sedeslocavam para o sul de Espanha paraaproveitarem o trabalho proporcionado pelafaina do atum no Mediterrâneo. Estestrabalhadores sazonais teriam inspirado osestudantes a uma vida igualmente errante.Outras teorias procuram também situar aorigem da palavra no latim “tonare”, quesignifica soar.

Quando surgiram as tunas emPortugal?As tunas chegaram a Portugal na segundametade do século XIX. Conta-se que um grupode estudantes de Coimbra se deslocou, um dia,a Espanha e, observando o sucesso que astunas espanholas por lá faziam importou a ideiapara terras lusas. Mesmo assim, não seconseguiu ainda definir qual a tuna mais antigado país. Sabe-se que a visita da Tuna deSantiago de Compostela, em 1888 e, depois ade Salamanca à Universidade de Coimbra(vindo-se a formar, logo após a Tuna Académicade Coimbra/Estudantina Universitária deCoimbra), bem como ao Porto e Lisboa,marcam os primeiros passos dainstitucionalização da tuna. Mais ou menos namesma altura, formou-se a Tuna Académica do

São grupos musicais compostos exclusivamente por alunos ou ex-alunos do ensino superior.Trajam a rigor, segundo os padrões da instituição onde estudam, e empregam os seus dotesvocais e musicais num repertório que descreve a vida boémia estudantil, celebra o amor e dá azoa trocadilhos humorístico e brejeiros… Mantendo sempre as afinidades temáticas com o fado.Vamos saber mais sobre estes trovadores da modernidade que compõem as tradicionais tunas.

Orfeão Universitário do Porto

A cantar desde 1912O Orfeão Universitário do Porto (OUP) foifundado a 6 de Março de 1912, cerca de umano após a criação da Universidade doPorto, por um grupo de estudantesentusiastas, conscientes da necessidadede completar a acção formativa que deveter uma Universidade. O OUP foi oprimeiro coral universitário a apresentarraparigas e raparigas trajadas no seuelenco – prática posteriormente adoptadanoutras universidades. Nos dias que correm, o OUP é constituídopor cerca de 200 estudantes das váriasfaculdades da Universidade do Porto, quetrabalham activamente nos 19 grupos queo constituem e se aglomeram sob trêsgrandes vertentes: a Coral, a Etnográfica ea Académica. O Orfeão Universitário do Porto, Instituiçãode Utilidade Pública, prima por ser o únicoorganismo de cariz extra-curricular daUniversidade do Porto que aglomeraestudantes de todas as faculdades damesma. Graças às suas características, oOUP tem sido veículo privilegiado damúsica coral e da cultura portuguesa,tanto no nosso país como no estrangeiro. Ver mais no site oficial: www.orfeao.up.pt

choramAs guitarras também

“Capas Negras”

O encanto da vida académica de Coimbra

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As tunas chegaram ao MyspaceEsquece os Cds e DVDs de tunas guardados pelos teuspaizinhos e irmãos mais velhos. Agora as músicastradicionais cantadas e tocadas por algumas das centenasde tunas portuguesas chegaram à Internet. O Myspace já épalco para as mais variadas cantilenas estudantis. Pesquisajá a tuna ou tunas da tua academia na Web!

Tuna Académica do Instituto Superior da Maia (ISMAI):www.myspace.com/tunaacadmicaismaiTuna de Medicina da Universidade de Coimbra:www.myspace.com/tunamedicinacoimbraTuna da Universidade Católica Portuguesa:www.myspace.com/tunacatolicaOLISSIPPO - Tuna Mista Lisboa:www.myspace.com/olissippotunamistalisboaAzeituna - Tuna de Ciências da Universidade do Minho:www.myspace.com/azeituna25pausReal Tuna Infantina da Universidade do Algarve:www.myspace.com/rtinfantinaTuna Universitária do Porto:www.myspace.com/tunauniversitariaporto

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Porto (que passou a designar-se TunaUniversitária do Porto a partir de 1937-38).Na sequência destas, outras se formam nonível liceal (o actual ensino secundário), dasquais subsiste, por exemplo, a Tuna Académicado Liceu de Évora.

O que cantam afinal as tunas?O repertório musical das tunas éextremamente variado. Este começa nasadaptações de temas de autor, passa pelamúsica erudita, vai buscar sonoridadesmedievais e até composições originais cujatemática incide essencialmente na vida boémiaestudantil e na celebração do amor. Asafinidades temáticas com o fado são a imagemde marca, mesmo assim, há sempre espaçopara letras e melodias de cariz maishumorístico e brejeiro. Por tradição, ostunantes trazem usualmente vestido o trajeacadémico da instituição que representam. Hácertos casos em que são criados trajesespecíficos para o efeito, mas sempreinspirados, quer em trajes estudantis deséculos passados, quer com adaptações deelementos etnográficos da região a quepertence.

Quais são os principaisinstrumentos utilizados?O ‘arsenal’ de instrumentos necessários parafazer ecoar as músicas das tunas é muitovariado, incluindo, na maioria das vezesguitarra clássica, cavaquinho, bandolim, baixoacústico ou contrabaixo, pandeireta, acordeão,bombo, flauta, violino e viola.

Como posso entrar numa tuna?Antes de mais, convém saberes que existemtunas masculinas, femininas e mistas. Depoisde verificares qual ou quais existe na tuauniversidade, poderás candidatar-se à tunaacadémica – desde que estejas devidamenteinscrito num dos cursos leccionados nessamesma academia. Geralmente, os candidatossão convidados a apresentarem-se na sala datuna nos dias de ensaio, onde poderão ser“testados” a nível de voz e aconselhados quantoao instrumento que poderão tocar (tendo emconta as possibilidades do aluno e asnecessidades da tuna, claro). Se achas quesabes cantar, contacta já algum membro datuna da tua universidade ou politécnico e boascantigas!

“A canção de Lisboa”

O filme do VasquinhotunanteCom sorte apenas algum dos teus avósera já nascido, aquando do ano de 1933,data em que José Cottinelli Telmorealizou “A canção de Lisboa”, oprimeiro filme sonoro português quetem como vedetas principais BeatrizCosta, Vasco Santana e António Silva. Omotivo pelo qual estás a ler sobre estefilme no teu Guia do Caloiro deve-seprecisamente a Vasco Leitão (VascoSantana) - o estudante boémio e cábulada Faculdade de Medicina de Lisboa,perdido de amores por Alice, tendo sidoimortalizado pelo famoso “Fado doEstudante”, cena filmada na esplanadado último piso da Cervejaria Portugália,na Avenida Almirante Reis de Lisboa. Descobre como é que o Vasquinhopassou no exame de Medicina com 20valores, tornando-se então médico asério e fadista…. Acredita – vais rir-te,cantarolar!

“Que negra sina ver-me assimQue sorte e vil degradanteAi que saudades eu sinto em mimDo meu viver de estudante

Nesse fugaz tempo de AmorQue de um rapaz é o melhorEra um audaz conquistador dasraparigasDe capa ao ar cabeça ao léuSem me ralar vivia euA vadiar e tudo mais eram cantigas

(…)

O Fado é toda a minha féEmbala, encanta e inebriaDá gosto à gente ouvi-lo atéNa radio - telefonia

Quando é cantado e a rigorBem afinado e com fulgorÉ belo o Fado, ninguém há quem lheresistaÉ a canção mais popular, toda aemoção faz-nos vibrarEis a razão de ser Doutor e serFadista”

Excerto do “Fado do estudante”

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33traje académico

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Texto: Inês Menezes

O traje académico surgiu em Coimbra comoforma de distinguir os académicos nasociedade. Apesar da falta de uniformizaçãoentre as várias faculdades, os estudantes eramobrigados a usar um traje académico. De notarque, antigamente, essa obrigatoriedade erapermanente, nas aulas ou fora delas, dentro doterritório académico da cidade de Coimbra.No inicio do sec. XIX, aparece a defesa do trajeacadémico como factor de igualização dosestudantes. Estando um estudante trajado nãoé possível fazer distinção entre uns e outros.Todos são considerados iguais. As origens do traje académico masculinoremontam ao século XVI, embora o actualmodelo provenha das vestes burguesas definais do século XIX e inícios do XX, quandoestas substituíram o traje talar. O trajefeminino surgiu na Universidade do Porto em1937.

História do trajeVerificam-se diversas alterações no traje, queocorrem no séc. XVI, XVII e XVIII, sendo que oactual tem origem no séc. XIX comimplementação das calças compridas, camisa,gravata e botins pretos (calção, meias, sapatode fivela e cabeção apenas se mantêm noscerimoniais de Doutoramento e Actos deBacharel). O traje académico actual, tambémapelidado de “capa e batina”, é composto poruma batina, que foi reduzida a uma casaca(copiada das vestes burguesas), colete,gravata preta, camisa branca, calças simples,sapatos simples, e por uma capa, que deverátocar no chão, quando colocada sobre os

TRAJADOAMATARO traje académico faz parte da tradição universitária. Na verdade, a sua composição, ocasiãode uso e significado estão no Código da Praxe de cada universidade. O traje por excelência é ode Coimbra, com a célebre “capa e batina”. No entanto, algumas faculdades adoptaramtrajes próprios como é o caso da Universidade do Minho, onde utilizam o Tricórnio.

ombros, sem dobras. Esta é a indumentáriareservada aos homens, que também podemusar um gorro simples, sem borla. Assenhoras, em vez da batina, usam um casacopela cinta, mas não cintado, uma camisabranca, uma saia travada e abaixo do joelho,meias compridas, pretas e não opacas,sapatos simples, e uma capa igual à doshomens.

A cor do traje.Por que razão o preto?Antigamente a batina era usadaobrigatoriamente por padres e sacerdotes daIgreja Católica para que eles fossemreconhecidos como tal, uma norma que foiabolida no Concílio Vaticano II. O preto,característico das suas vestes, representa oluto, ou seja o desapego do sacerdote pela vidamundana, para se dedicar a Deus e ao bemcomum. Assim, o preto, que tambémsimboliza nobreza, distinção, elegância emasculinidade, acabou por se manter,obviamente, no “paramento académico”, maispor uma aceitação histórica da cor, do que poruma intencional consciência do seu significadoeclesiástico. Esta é a razão de ser da cor pretanos nossos trajes académicos.

Moda académica: novidadesno mundo da tradiçãoComo vimos, a capa e a batina assumiram-secomo “uniforme” para diferenciar os estudantesdas outras classes sociais, para identificar umaclasse à parte (vincadamente diferenciada dosartesãos, juristas, comerciantes, médicos,etc). O traje académico começou por ser umaforma de estabelecer a identidade dos

estudantes, para que não se confundisse comnenhuma outra classe ou profissão.Apesar da “capa e batina” ser o trajeacadémico por excelência, algumas faculdadesoptaram por ter um traje próprio. Dentro decada universidade, existem composiçõespróprias do traje, ocasiões em que pode serenvergado, e significados próprios e distintos.Aqui ficam alguns exemplos. Universidade do Minho. O traje adoptou umchapéu chamado Tricórnio e as recomendaçõesa respeito do seu uso são bastante rigorosas.Recomenda-se o seu uso em determinadascircunstâncias, tais como datas festivas,cerimónias ligadas à Universidade, Semana daRecepção ao Caloiro, quando se pretendepraxar e no enterro da gata.O caloiro deve trajar com algumascondicionantes: quando um caloiro trajadopassa por qualquer estudante Frei ou superiordeverá tirar o tricórnio e cumprimentar oReverendíssimo Doutor.A Universidade de Évora só permite o uso dotraje a partir do dia 1 de Novembro, no ano dasegunda inscrição. Ou seja, Évora não permiteque os “Bichos” e “Caloiros” usem o traje. As raparigas quando se trajam não podemestar maquilhadas e ninguém, em caso algum,pode usar “guarda-chuva, malas de mão ou deombro e chapéus, gorros, etc.Na Universidade de Trás-os-Montes é interditoo uso de boina, chapéus, luvas e guarda-chuvas. A excepção vai, como sempre, para osveteranos, que esses sim, podem usar chapéude veterano. O código começa por referir que o“traje desta gloriosa Academia, deverá serusado sempre com polidez, respeito esobriedade”.

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guiadocaloiro34 formação extra

Texto: Constança Vaz Pinto Imagem: Gonçalo Gil

PinturaPois é, sempre admiraste as pessoas queconseguem desenhar o que lhes apetece! Ascoisas não são exactamente assim e ninguémpinta bem sem esforço e aprendizagem. Porque não tentas? Há cursos de pintura tãovariados que o teu maior trabalho vai serescolher. Gostas mais de paisagem oupreferes interiores? Apaixona-te o retrato? Apintura abstracta está sempre na moda.Associado ou não à pintura podes aprender adesenhar. Ajuda se já tens alguma formação

TantacoisaafazerEstás num curso universitário e afinal há tantas áreas por explorar. A formaçãocomplementar é um investimento das tuas aptidões pessoais e prepara-te para a vida detrabalho. Aprender mais sobre o que andas a estudar ou explorar terrenos desconhecidosé uma mais valia e sempre uma vantagem. Deixamos-te com algumas ideias para pensare... fazer!

mas há cursos de pintura para principiantes,pessoas que nunca pegaram num pincel oumisturaram tintas.

Línguas vivasNa prática já deves saber desenrascar-te emInglês, pelo menos. Mas o mundo global estáaí e cada vez são mais as línguas estranhasque ouvimos: não só nos turistas mas emescritores, músicos, artistas. Sabes queexistem em quase todas as universidadesinstitutos de línguas e cursos livres? Podespensar que és o único mas há milhares deestudantes que querem aprender/melhorar o

seu conhecimento de línguas. E não falamossó de Inglês: há Línguas Eslavas, Turco,Dinamarquês, Flamengo, Chinês, Lituânio,Mandarim. Além disso, o mercado dastraduções para línguas menos conhecidasestá ainda por explorar. Se te interessa atradução informa-te: há empresas quepromovem o intercâmbio de estudantesatravés de estágios no país da línguaescolhida.

Conservação e restauroÉ preciso que gostes de usar as mãos e detrabalhar em ateliers. A conservação e

Page 35: Guia do Caloiro 2010

35formação extra

guiadocaloiro

restauro exige ainda paciência esensibilidade estética para apreciar objectose materiais. Há vários tipos de cursos,alguns deles com acesso ao ensino superior,nos quais aprendes, de um modo geral, adistinguir os materiais elementares comodiferentes tipos de madeira, pedra, metal,cerâmica e têxtil e os fins a que sedestinam. Conforme cada uma destasmatérias, a metodologia da conservação edo restauro varia. As boas notícias são quetambém nesta área o mercado precisa debons profissionais.

MúsicaA música foi durante séculos considerada aarte mais completa e há quem garanta queaprender música é dos melhores exercíciospara estimular os sentidos e ascapacidades. Se não tens quaisquerrudimentos musicais, aprender a tocar uminstrumento não é problema. Existem cursospara pessoas que não sabem o que é umapauta e cursos de aperfeiçoamento. Masaprender a tocar um instrumento é semdúvida outra maneira de alargares os teusconhecimentos. O problema maior será otempo que precisarás para pesquisar avariedade da oferta. De resto só tens queter gosto pela música e força de vontade.

Auto-conhecimentoEsta pode ser uma área que não tem nada aver com o teu curso. E, no entanto, sempresentiste alguma curiosidade em perceber doque se trata. Através do auto-conhecimentoficas a compreender melhor o papel dasemoções indispensáveis na nossa relaçãocom os colegas, a família, o trabalho.Perceber como as emoções afectam o nossodesempenho e interferem na maneira defuncionar sozinho ou em sociedade pode seruma ferramenta essencial para teressucesso. Além disto, o auto-conhecimentoaperfeiçoa o trabalho em equipa e aadaptação nas interacções sociais; trata,acima de tudo, de promover a motivação, ainiciativa e a comunicação.

Técnicas de relaxamentoNão muito longe da área do auto-conhecimento há várias alternativas. Jáouviste falar do Yoga, do Tai-chi e tantosoutros. Os cursos de introdução às técnicasde relaxamento pretendem ensinar algunsprocessos físicos e psicológicos dedescontracção. Aqui terás oportunidade deaprofundar o que sabes sobre os factores destress que afectam tanta gente; como tepodes defender deles ou ajudares outros adefenderem-se. Trata-se de um curso comcomponentes teóricas e práticas ondeaprenderás diversos processos para finsdeterminados. É sobretudo indicado paratodos os que têm um trabalho mais intenso esentem dificuldades em descomprimir oudescontrair. E isso também se aprende!

Língua Gestual Portuguesa (LGP)A Língua Gestual é a forma de comunicação detodas as pessoas que não conseguem verbalizarsons. Aprender a comunicar com os gestos éuma forma de restringir as descriminações compessoas que não podem ouvir e ao mesmotempo, uma necessidade na sociedade actual.Por estas razões a utilização da Língua Gestualcomo ferramenta da educação passou a seroficialmente valorizada desde 2008. Jápensaste na importância que tem a LGP emáreas como a Educação, Saúde ou Justiça?

VoluntariadoPodes não ter um diploma no final, mascolaborar, mesmo que pontualmente, numprograma de voluntariado só traz benefícios.Em primeiro lugar porque cada vez é maior onúmero de associações ou empresas sem finslucrativos com um papel importante nasociedade. O trabalho voluntário é, alémdisso, uma forma de te revelares comoparticipante na sociedade. Algumas dasacções de voluntariado são de tal formaexigentes que precisas de provar que possuiscapacidades para as desempenhar. Não teesqueças que um currículo onde conste aparticipação nalguma acção deste tipo ésempre valorizado.

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ANO LECTIVO 2010/2011INSCRIÇÕES ABERTAS!

CURSOS DE:FRANCÊS – ITALIANO – ESPANHOL INGLÊS – ALEMÃO – NEERLANDÊS

PORTUGUÊS P/ESTRANGEIROS – RUSSOMANDARIM/CANTONÊS – JAPONÊS

GREGO – ÁRABE(Turmas reduzidas+Quadro Interactivo = aproveitamento garantido)

Tradução de Documentos Oficiais e Teses.

Ruas dos Correeiros, 70-3º Lisboa(Metro Baixa-Chiado)

Tlf. 21 887 81 22 / Tlm. 93 552 552 3Tlm. 96 876 74 02

[email protected]/www.linguagest.comhttp://wwwfacebook.com/Linguagest

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Telefone: 217 164 193Telemóvel: 96 213 30 81www.benficartas.pt

Rua João Ortigão RamosNº1 - 1ºEsquerdo, 1500-361 Lisboa

Em frente ao cemitério de Benfica

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guiadocaloiro36 teatro e cultura

Texto: Bruna Pereira

Nos idos anos 60 (década do festivalWoodstock, da chegada do Homem à Lua eda revolta de Maio de 68), o teatrouniversitário português dava voz àcontestação estudantil. Numa altura em quea repressão e a censura eram apanágio doregime salazarista, a arte dos palcos teveentão o seu período áureo – interveiosocialmente, divulgou textos proibidos ealguns foram, inclusivamente, os encenadoresestrangeiros expulsos do país por seremconsiderados “más influências ideológicas”pelo regime. Passada a época de ideiasquentes do 25 de Abril de 1974, a vanguardados anos 80 e disseminação do “bichinho doteatro” pelas academias portuguesas nadécada de 90, actualmente os teatrosuniversitários oferecem aos alunos do ensinosuperior uma oportunidade de crescimentoindividual, além do óbvio complemento à suaformação académica.

TRÁS-OS-MONTESE ALTO DOUROA paisagem é o que se vê dopalcoTUTRA: Grupo de Teatro Universitário de Trás-os-Montes e Alto Douro. Mais informações emhttp://tutra.blogspot.com

BRAGAA academia minhota em cenaTeatro da Universidade do Minho (TUM):Fundado em 1990, actualmente o TUM contacom a direcção artística do

encenador/dramaturgo João Negreiros epromove todos os anos um curso de teatro, aprodução de um espectáculo, workshops deformação em diversas áreas e um concursoliterário. O TUM tem um blogue. Visita-o emwww.blogdotum.blogspot.com

PORTOPersonagens com sotaque donorteTeatro Universitário do Porto (TUP): O TUP foicriado em 1948, é reconhecido pelo seuinegável contributo para o nascimento doteatro independente no Porto e continua aapostar num trabalho de qualidade, nas suasescolhas de textos dramáticos, de encenaçõese na formação dos seus elementos, realizandoregularmente cursos e workshops de teatro. O blogue do TUP é o http://teatrouniversitariodoporto.blogspot.comSociedade Onírica de Teatro Amador Orgânico(Sótão): É o Grupo de teatro Académico doInstituto de Ciências Biomédicas (ICBAS) daUniversidade do Porto. Iniciou a sua actividadeem Outubro de 2000, reunindo elementos dasmais diversas áreas universitárias, com opropósito de tornar a experiência universitáriamuito mais do que a necessária aquisição deaptidões e capacidades profissionaisespecíficas. Visita o site oficial em http://sotao-icbas.blogspot.com

AVEIROUm mar de peçasGrupo de Teatro Experimental da Universidadede Aveiro (GrETUA): Para comemorar os 30anos de vida, o GreTUA criou o blogue

http://gretua.blogspot.com. Mas tambémpodes saber mais sobre a programação emhttp://gretua.web.ua.pt.

COIMBRAOnde o teatro também étradiçãoTeatro dos Estudantes da Universidade deCoimbra (TEUC): No seu longo percurso de 72anos, esta casa sempre apostou na formaçãode jovens artistas, grupos trabalhadores ecoesos, futuros profissionais competentes, nofundo seres humanos mais conscientes.Consciência do eu e do outro, que nasce daaprendizagem, da partilha, da escuta e datolerância. Para saberes mais sobre o TEUC,consulta a página www.teuc.ptCírculo de Iniciação Teatral da Academia deCoimbra (CITAC)Foi formado em 1957 por antigos elementosdo TEUC. Sabe mais emhttp://citacteatro.blogspot.com

LISBOAA capital do espectáculoArTeC: Grupo de teatro da associação deestudantes da Faculdade de Letras daUniversidade de Lisboa que nasceu emNovembro de 1994. Podes saber mais emhttp://artecflul.blogspot.comCénico de Direito: É o Grupo de Teatro daFaculdade de Direito da Universidade de Lisboa.O site oficial é o http://cenico.no.sapo.ptCom-Siso: Universidade de LisboaCTRIP: Universidade Nova de LisboaFC-ACTO: O Grupo de teatro da Faculdade deCiências da Universidade de Lisboa

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37teatro e cultura

guiadocaloiro

Silêncio,vai subir o pano!

Universidade de Lisboa tem o sitehttp://aefcl.fc.ul.ptGrupo de Teatro Miguel Torga: É o grupo teatralda Faculdade de Ciências Médicas daUniversidade Nova de Lisboa. Site oficial emwww.gtmigueltorga.comGrupo Teatro de Letras (GTL): Universidade deLisboa. Visita http://teatrosemletras.blogspot.comGrupo de Teatro do Instituto Superior Técnico(GTIST): Universidade Técnica de Lisboa. Sabemais em http://teatro.ist.utl.ptGrupo Teatro da Nova (GTN): Universidade Novade Lisboa. Tem o bloguehttp://grupoteatrodanova.blogspot.com Grupo de Teatro da Universidade Lusíada (GTUL):Visita-o em www.lusiada.org/GTULKULA: Grupo de teatro do Instituto Superior deEconomia e Gestão da Universidade Técnica deLisboa.MISCUTEM: Grupo de teatro do InstitutoSuperior de Ciências do Trabalho e daEmpresa (ISCTE).Novo Núcleo de Teatro (NNT): Grupo de teatroda Faculdade de Ciências e Tecnologia daUniversidade Nova de Lisboa.Rastilho: Grupo de Artes Representativas daFaculdade de Arquitectura da UniversidadeTécnica de Lisboa. Sabe mais aqui:www.fa.utl.pt2º a Circular / Tearte: Instituto Politécnico deLisboa.Teatro Andamento: Existe desde 2004 e osensaios são na Escola Superior de EnfermagemCalouste Gulbenkian. Visita a páginawww.esel.ptTeatro das Ciências: Universidade de Lisboa.Teatro do Ser: Grupo teatral da Faculdade de

Ciências Sociais e Humanas da UniversidadeNova de Lisboa. Surgiu em 1998, numa cadeirade Introdução aos Estudos Literários doDepartamento de Românicas da FCSH / UNL,leccionada pela Profª. Luísa Medeiros. Sabemais em www2.fcsh.unl.pt/teatrodoser/Menu.htm.Teatron Magicxus: Universidade de Lisboa.TEMA: Universidade de Lisboa.Ultimacto: Grupo teatral da Faculdade dePsicologia e de Ciências da EducaçãoUniversidade de Lisboa.

BEIRA INTERIORSenta-te à minha beira…Teatr�UBI: O Grupo de Teatro da Universidadeda Beira Interior (www.ubi.pt) conquistou risos,cores, palcos e palmas. Ao longo de 20 anos,os muitos alunos que passaram pela equipatornaram-se os principais embaixadoresculturais da instituição e deram corpo a umprojecto ímpar no panorama universitárioportuguês.

ÉVORAO templo das artes Grupo Académico de Teatro da Universidade deÉvora (GATUÉ): Foi fundado em 1996, nascendodo extinto TUÉ – Teatro da Universidade deÉvora (www.uevora.pt). Tempo-Cão Teatro: Universidade de Évora(www.uevora.pt).

ALGARVESol, calor e encenaçõesSin-Cera: É o grupo de teatro da Universidadedo Algarve. Tem cerca de 20 anos de

actividade, durante os quais encenou inúmerasrepresentações teatrais, promoveu encontros eorganizou cursos de Teatro. Sabe mais emwww.sincera.aaualg.pt

OUTROS EVENTOS CULTURAISA NÃO PERDER!

FETA PORTO – Festival de Teatro Académico doPorto: Já vai para a 4ª edição consecutiva econta com o apoio da Federação Académica doPorto (FAP);

SALTA! Mostra de Teatro Universitário: O eventotraz a Aveiro várias produções de teatrouniversitário oriundas dos mais diferentespontos geográficos, que transformam a cidadenum ponto de convergência de culturas e deexperimentação nas artes do palco..

Semana Cultural da Universidade de Coimbra –Desenvolver-se dentro de um cronogramaalargado que não incide apenas sobre a cidadede Coimbra. Inclui várias das iniciativas, taiscomo cinema, dança, música, teatro, poesia,exposições, conferências, colóquios e mesas--redondas, ateliês e seminários, actividadesdesportivas, passeios e visitas de estudo,entre outras.

Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa(FATAL) – Tem por missão promover e divulgaro teatro universitário português, garantindo-lheum lugar de honra na vida cultural portuguesa edestacando Lisboa na rota dos grandesfestivais europeus de teatro universitário.Visita o site oficial em www.fatal.ul.pt

Podem ser estudantes de Medicina, Arquitectura, Biologia, Gestão, Ensino, Advocacia,Fotografia, Economia ou Veterinária. As ambições profissionais são díspares, mas em comumtodos eles têm a frequência de um curso universitário e a paixão pelo teatro. Vamos dar umavolta ao cenário teatral e cultural das principais academias portuguesas. Não precisas debilhete, a visualização deste artigo é grátis e o lugar da sua leitura fica ao teu critério…

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guiadocaloiro38 desporto

Texto: Bruna Pereira

A tua vida de estudante (e de caloiro) podesempre melhorar de qualidade com a práticade uma actividade física regular. Sabias que aprática de exercício físico aumenta a sensaçãode bem-estar; reduz a agressividade e aansiedade; melhora a força, a flexibilidade, avelocidade, a destreza, a agilidade e oequilíbrio; aumenta a densidade óssea,

reduzindo a probabilidade de osteoporose;regula o colesterol e a pressão sanguínea;melhora o sono e aumenta a energia; melhoraas funções cardio-respiratórias, diminuindo orisco de doenças do coração; aumenta a

longevidade; melhora eregula o metabolismo eas funções doorganismo e diminui orisco de morte prematura?Sim, é verdade. E tu podesbeneficiar de tudo isto dentroda tua universidade ou politécnico.Como? Passamos a explicar…Em cada academia há várias instalações,

competições e equipas (masculinas, femininase mistas) onde podes praticar diversasactividades desportivas mais baratas paraestudantes – informa-te sobre as condiçõesde inscrição, sobre as modalidades

disponíveis no corrente ano lectivo esobre o valor das mensalidades nos

Serviços de Acção Social (SAS) da tuauniversidade ou politécnico. Se gostasde jogar futebol, podes ainda tentarsorte nos clubes amadores da tuaregião universitária, caso os treinossejam compatíveis com o horáriodas aulas.

Fora da academia, tens sempre osginásios, as associações desportivas, asacademias e os jardins, onde poderás fazergratuitamente umas corridas (e mais algunsexercícios), dando uso aos fatos de treino quenão vestias desde as aulas de Educação Físicano secundário.

Modalidades há muitas…Escolhe a tua!Segundo a Federação Académica do DesportoUniversitário (FADU) há actualmente cerca de 7000 praticantes divididos por 25 modalidades.Estas estão divididas em Desportos Aquáticos

A International University Sports Federation(FISU) é o organismo que reúne federaçõesacadémicas desportivas de todo o mundo.Portugal está representado pela FederaçãoAcadémica de Desporto Universitário (FADU).Sabe mais em www.fisu.net

“Os que não encontram tempo para oexercício terão de encontrar tempo paraas doenças.” Edward Derby

Andebol, natação, voleibol, basquetebol, futsal, hóquei em patins, rugby… Estas sãoalgumas das modalidades que vais poder experimentar durante a tua estadia no ensinosuperior. Para que não te deixes enferrujar durante o curso, começa por exercitar avista e lê com atenção este artigo do princípio ao fim.

Mexe-te!

Page 39: Guia do Caloiro 2010

39desporto

guiadocaloiro

Federação Académica de DesportoUniversitário (FADU)

Quem corre por gostonão cansa…Fundada a 2 de Março de 1990, aFederação Académica do DesportoUniversitário (FADU) é uma FederaçãoDesportiva que foca o desporto como umaferramenta na formação e educação.Nasceu de um movimento de váriasacademias portuguesas com o objectivode dinamizar, incentivar e organizar odesporto no seio do ensino superior.Através das várias modalidades, pretendefomentar a competição, o convívio eintercâmbio de estudantes das váriasinstituições de ensino superior dentro efora de Portugal. Pretende ainda,incentivar o espírito competitivo, deequipa e fair play induzindo hábitos devida saudáveis na comunidade académica.Tem actualmente cerca de 7 000praticantes divididos por 25 modalidades. Ao longo da sua existência, a FADU temprocurado conquistar credibilidade a nívelnacional e internacional. Prova dissomesmo é a participação da FADU comoMembro Associado no Comité Olímpico dePortugal (COP), na Confederação deDesporto de Portugal (CDP), no ComitéParalímpico de Portugal (CPP), naAssociação Europeia do DesportoUniversitário (EUSA) e na FederaçãoInternacional do Desporto Universitário(FISU).Num curto espaço de tempo, Portugal foiainda escolhido para organizar 5Campeonatos Mundiais Universitários, 8Campeonatos Europeus Universitários, doFISU Fórum 2004 (em pleno Ano Europeuda Educação pelo Desporto) e do EUSASimpósio 2005 (no âmbito dasComemorações do Ano Internacional doDesporto e da Educação Física).Site oficial da FADU: www.fadu.pt

(natação e pólo aquático);Desportos de Combate eArtes Marciais (capoeira,judo, kickboxing,karaté…); DesportosColectivos (andebol,

basquetebol, futebol, futsal,rugby, voleibol, hóquei em

patins…); Desportos Individuais(atletismo, badminton, equitação,

ténis, xadrez, jogging…); Fitness (aero e localstep, danças de salão, cardiofitness emusculação); Corpo e Mente (pilates, yoga,meditação, shiatsu; Saúde (fisioterapia);Desportos de Aventura (escalada indoor eoutros desportos outdoor); DesportosMotorizados (karting…). Depois de consultaresas modalidades que estão disponíveis no teuestabelecimento de ensino, tem atenção aoseguinte:

› Pratica sempre os exercícios sob orientaçãode um profissional;

› Realiza a modalidade escolhida comregularidade;

› Transforma o exercício numa fonte de lazer enão numa obrigação;

› Faz os alongamentos e o devido aquecimentoantes de praticares qualquer tipo deexercício;

› Não queiras fazer tudo de uma vez. Lembra-teque o teu corpo não é uma máquina;

› Procura o exercício mais adequado àscaracterísticas do teu corpo;

› Antes de te envolveres num programa deexercícios (sobretudo os de mais esforçofísico), consulta o teu médico ou outrosprofissionais especializados;

› Não te descuides na hidratação. Quanto maisintensa for a prática do exercício, maior a perdade água e de sais minerais. Por isso, bebemuita água antes, durante e após o treino;

› Se nunca foste adepto de ginástica ou dedesporto em geral, não desesperes. Podessempre fazer caminhadas, o importante émexeres-te!

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guiadocaloiro40 trabalhar e estudar

Texto: Bruna Pereira

Um estudante do Algarve que quisessehá uns bons anos atrás consultar o quese passava na academia de Coimbra tinhade fazer fila na biblioteca e esperar que aindanão tivessem levado o único exemplar dojornal ou revista pretendidos. Hoje, essasituação é quase ‘pré-histórica’, já que amaioria dos jornais é publicada em duasversões: a tradicional, no papel, e a segunda,uma versão on-line do jornal impresso(quando a publicação não é apenasonline, como no caso do ae@online daUniversidade de Aveiro, por exemplo).Vamos dar uma olhadela a alguma damontra de imprensa académica queexiste à tua disposição:

“A Cabra”Jornal da secção deJornalismo da AssociaçãoAcadémica de Coimbra (AAC)A publicação em papel – de periodicidadequinzenal, actualmente – conta com mais de 20anos de existência e continua a ser um marco daimprensa universitária. “Fazemos cobertura de tudoum pouco: trabalho de reportagem, entrevistas,temas vários são importantes para a comunidadeestudantil”, contou ao Guia do Caloiro a directorado jornal Rafaela Carvalho, estudante do 3º ano deJornalismo na Universidade de Coimbra. Desde2003, passou a existir “acabra.net”(www.acabra.net), onde pode ser descarregadogratuitamente o Pdf da última edição em papel,assim como aceder aos conteúdos diários, que sãoactualizados constantemente.

Jornal Universitáriodo Porto (JUP)O núcleo de Jornalismo Académico do Porto éuma associação sem fins lucrativos, que temcomo principais objectivos: publicarregularmente o Jornal Universitário do Porto(JUP), que existe desde 1987. Promoveiniciativas susceptíveis de interesse aosmembros da Academia do Porto e envolve aparticipação de estudantes de todas asfaculdades. O jornal dispõe, ainda, de umwebsite com um fórum de discussão(www.jup.pt), onde se discute algumas das

Queres ler? Clica!As publicações académicas seguiram o resto da imprensa e modernizaram a sua forma dechegar à comunidade estudantil. Agora apresentam-se – além da versão tradicional de papel– sob o formato digital, oferecendo conteúdos multimédia, newsletters e feedbacks via e-mail. Contudo, os propósitos continuam a ser os mesmos: mostrar ao mundo o que estápor detrás da face visível da academia.

decisões e orientações da universidade. Ligadoao Curso de Comunicação, a Universidade doPorto dispõe, ainda, do JornalismoPortoNet(jpn.icicom.up.pt).

“Diferencial”Jornal dos estudantes doInstituto Superior Técnico (IST)O “Diferencial” apareceu em 1992 peladirecção da Associação de Estudantes do ISTda Universidade Técnica de Lisboa. A equipado jornal é constituída por alunos dos maisdiversos cursos, bem como por docentes enão-docentes do IST. “É o jornal deestudantes com maior tiragem do país(formato magazine): 12.000 exemplares. O seu público principal são os alunos,professores e funcionários do IST”, segundopode ser lido no site oficial do instituto(www.ist.utl.pt). A principal fonte de receitado “Diferencial” é a publicidade na ediçãoimpressa. Está ainda disponível no bloguediferencial.ist.utl.pt

“O canudo”Jornal da Universidade do AlgarveFoi criado em 1995, ano em que aUniversidade do Algarve (UA) ainda não tinha

uma Associação Académica (como nos diasde hoje, ver site em aaualg.pt/) mas sim 6Associações de Estudantes (que segundoconsta, rivalizavam entre si). Nestemomento, “O canudo” está “em banho-maria,mas com o início deste ano lectivo penso que

os trabalho vão ser retomados”, disseLaura Alves, do Departamento deComunicação da UA, recordando que em

Dezembro de 2006 surgiu no seio da academiaalgarvia uma nova publicação – a UALGzine,“uma revista com os formatos papel e online,cujos Pdfs estão disponíveis na página oficial dauniversidade, em www.ualg.pt”.

ua@onlineJornal digital da Universidadede AveiroPode ser encontrado no endereçouaonline.ua.pt/ e existe desde 2004. Apublicação é editada diariamente, deSegunda a Sexta-feira, informando e

divulgando temas que abrangem os diversoscampos de actividade da universidade, numatentativa de corresponder aos interesses dacomunidade académica. Constança Mendonça,redactora do ua@online afirmou que “estejornal digital substituiu a folha informativa queexistia na academia e conta actualmente com 3profissionais do Jornalismo que estãoresponsáveis pela actualização do jornal”.Contudo, todos podem contribuir para apublicação no respectivo site, sendo depoisessa informação corrigida e validada por estes3 profissionais.

“O Académico”Jornal Oficial da AssociaçãoAcadémica da Universidade doMinhoDaniel Silva, editor executivo d’ “O Académico”explicou que o jornal “tem edição semanal empapel, com cerca de 20 páginas, onde sepodem ver também alguns anúncioscomerciais”. É feito por estudantes daUniversidade do Minho e possui um sitepróprio na internet, “onde são dispostosconteúdos integrais que não cabem na ediçãoimpressa”. O endereço online da publicação éacademico.rum.pt, devido às sua ligação coma rádio universitária, a RUM.

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guiadocaloiro42 rádio universitária

Texto: Gonçalo Gil

RUA ~ 102.7Rádio Universitária doAlgarvewww.rua.ptA RUA iniciou as suas emissões em2003, na sequência de alguns projectos eexperiências em rádios locais, ainda antesda alteração da Lei da Rádio.Com a colaboração entre a Universidadedo Algarve e a Associação Académica,suportada na grande vontade de um grupode alunos daquela Academia, foi possível aobtenção de alvará de emissão, e oambicioso projecto de rádio, tornou-serealidade.O projecto editorial da RUA assenta emtrês pilares: Academia, Cultura e Músicaalternativa, onde dá espaço a bandas eartistas que não têm a merecidadivulgação noutras rádios e meios decomunicação.

RUC ~ 107.9Rádio Universidade deCoimbrawww.ruc.ptEm 1988, a RUC começou a emitir naactual frequência, 24 horas por dia,tornando-se o 1º orgão de comunicaçãosocial inteiramente composto e geridopor estudantes. No entanto o projectode rádio data dos anos 40, quando oCentro Experimental de Rádio (umasecção da AAC) começou a formartécnicos e locutores, iniciando entãoemissões regulares, em circuito interno,destinadas às cantinas universitárias,

NoAr!Independentemente do curso em que estás, o tal“bichinho” da rádio de que tanto se fala, tambémte pode atacar. São várias as instituições deensino que têm rádios próprias ou núcleos derádio, com emissões em antena e/ou online. O Guia do Caloiro deixa-te aqui uma pequena listade algumas delas, mas há muitas mais. Por isso,se gostares de fazer rádio, procura na tuauniversidade e entra no ar.

sendo também ouvidas na cidade deCoimbra.No início da década de 1980, os primeirospassos foram dados para a criação da RádioUniversidade de Coimbra, com a obtençãode meios técnicos e o Pedido deLicenciamento de uma Estação Emissora.Em 1986 a RUC começou a emitir serviçosnoticiosos regularmente das 21h às 2h eem 1988, com a chegada do alvará, aemissão passou a ocupar o dia todo,assentando as suas actividades em quatrofrentes: Formativa, informativa, académica ecultural.

Web rádio da UAL ~ OnlineRádio Autónomaradioautonoma.blogs.sapo.ptA Rádio Autónoma é um projecto de alunosda Universidade Autónoma de Lisboa e estáem emissão online desde Maio deste ano,com emissões em piloto automático.Prepara-se este mês de Outubro para fazero arranque com uma equipa alargada, quepermita ter uma programação diversificada,tendo estado a decorrer, para esse efeito, arecolha de inscrições de interessados epropostas de programas, com vista àrealização de um casting.

RUM ~ 97.5Rádio Universitária do Minhowww.rum.ptA RUM foi fundada em 1989 pelaAssociação Académica da Universidade doMinho e é uma estação de rádio«generalista». É o órgão de comunicaçãosocial privilegiado da Associação Académica,mas dirigido a toda a comunidade, com uma

programação dirigida, principalmente, para osjovens. A RUM tem, na sua programação,várias horas dirigidas ao público Universitário,desde o desporto e a cultura universitária, àsfestas nocturnas, os problemas da educação eos debates sobre a vida académica.A RUM, propõe-se a ser um projecto inovador,onde as componentes culturais e de divulgaçãocientífica, as novas correntes músicais,literárias, cinematográficas e demais artes têmum grande peso.É objectivo da RUM, a médio prazo, ser aestação mais ouvida pelo público dos 15 aos35 anos, fortalecendo a sua posição na regiãoe apresentando um produto de qualidade eatractivo para todos os públicos.

UFM ~ 104.3Universidade FMwww.universidade.fmEm 1985 nasceu a Universidade FMdinamizada por um grupo de estudantes daUTAD- Universidade de Trás-os-Montes e AltoDouro. Esta equipa, concorrente à Associaçãode Estudantes prometera a criação de umarádio se ganhasse. E foi que aconteceu.A UFM tem conseguido, conciliar os interessesda região com os da UTAD. Por isso acolaboração com a Universidade é umaconstante.A rádio está vocacionada para a alegria ejuventude, mas também para uma cariz maisséria no que toca à informação. A UFM é assimcaracterizada como uma rádio de informação eentretenimento.No ano 2000, a rádio tornou-se na primeirarádio da região com emissão online, mostrandoque a nível tecnológico e de inovação não ficaatrás de nenhuma rádio nacional.

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Para que não te aconteçanada inesperado...

caloiro.forum.pt

Toda a informação que necessitas para seres o melhor caloiro do mundo... e não só. Consulta, em tempo real, dicas sobre alojamento, alimentação, trabalho, praxes, tunas, trajes académicos, desporto, teatro, cultura, jornais académicos e roteiros nocturnos, independentemente da cidade em que te encontras.

Porque só és caloiro uma vez!

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guiadocaloiro44 roteiros nocturnos

Texto: Bruna Pereira

BRAGA A oferta cultural desta cidade minhota tem vindoa aumentar exponencialmente – e não só pormotivos históricos, nomeadamente a Sé e asvárias igrejas de Braga. Nomes como o TeatroCirco são locais obrigatórios para a realizaçãode espectáculos nocturnos e concertos debandas internacionais de renome.

BA – Bar da Associação Pertence à Associaçãode Estudantes da Universidade do Minho(www.aaum.pt) e é ponto obrigatório deparagem para os estudantes universitários.Insólito Situado na Avenida Central, este é umbar frequentado por toda a comunidadeuniversitária. O ambiente amigável, festivo e‘caseiro’ faculta uma boa noite a quem seencontrar nestas instalaçõesSardinha Biba Uma discoteca com 20 anos dehistória, inúmeras noites de diversão e muitasfestas com Djs convidados. Esta é uma das

grandes referências da Braga by night.Site: http://sardinhabiba.comTheatro Circo Com quase 100 anos deexistência, o Theatro Circo é hoje umareferência no meio artístico… E não apenaspor possuir uma das mais carismáticas salasde espectáculos do país.Site: www.theatrocirco.com

PORTODepois de ter sido nomeada Capital Europeia daCultura em 2001, esta cidade nunca mais foi amesma. Ir ao Museu de Serralves, atravessaruma das pontes e ir até ao Cais de Gaia, assistira um espectáculo na Casa da Música ou ir beberum copo às Galerias de Paris são alguns dos ex-líbris da invicta.

Café Piolho É um dos cafés mais antigos doPorto e constitui o verdadeiro símboloacadémico. Geração atrás de geração, é aquique param os estudantes universitários.Site: www.cafepiolho.com

Passos Manuel Tem um bar e também uma salade concertos e espectáculos ao vivo que animaas noites do Porto. Um sítio alternativo comum charme proveniente do estilo arte nova. Site: www.passosmanuel.netCasa da Música A Casa da Música foiinaugurada na primavera de 2005, junto àRotunda da Boavista, e concebida para ser acasa de todas as músicas. Integra-se noprocesso de renovação urbana da cidade enuma rede de equipamentos culturais à escalametropolitana e mundial.Site: www.casadamusica.comMaus Hábitos Situado em frente ao Coliseu, oMaus Hábitos é um bar-café de ambienteinformal e com várias salas onde decorremdiferentes eventos e simultâneo: exposições,instalações, ateliers, bem como Dj sets econcertos. A cereja no topo do bolo é amagnífica vista sobre a cidade. Site: http://www.maushabitos.com

Ficar fechado em casa a estudar, passar fins de tarde a fazer pesquisas na biblioteca ouaproveitar os fins-de-semana para fazer os trabalhos de grupo com os amigos são tudoactividades que não deves deixar de fazer – sobretudo se queres acabar o ano lectivo comaproveitamento positivo. Mas ser estudante também é sinónimo de sair à noite, estar comamigos e marcar os tais cafezitos em companhia dos amigos dos amigos dos amigos.Vamos ver o que se passa à noite nas principais cidades para que nunca te faltem ideias!

como se fosse de diaViveranoite…

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SENTES-TE

então sê bem-vindo ao novo Universoque te dedicamos

SUPERIOR?

www.forum.ptSe estás na Universidade precisas de orientação. Este é o teu espaço onde podes ler, escrever, debater, trocar ideias, conversar e informares-te acerca de tudo o que possas pensar. E muitas outras coisas para além da tua imaginação. Clica já!

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AVEIROOs encantos da ‘Veneza portuguesa’ são vários.Podes ir até à Praça do Peixe ter com os teusamigos ou dar uma espreitadela ao cartaz doTeatro Aveirense, enquanto comes uns ovos-moles, quem sabe.

Estação da Luz Um caso ímpar de sucesso nanoite de Aveiro e uma referência a nívelnacional. Muda de decoração todos os anos erealiza festas regularmente. Site: http://www.estacaodaluz.ptMercado Negro O reggae é a música-rainha. Háainda música com raízes Afro, com sons dalusofonia, condimentadas com as especiariasdo Mundo, resultando numa música com osabor a comida caseira.Site: http://www.mercadonegro.pt

COIMBRASe há cidade com espírito académico, essa éCoimbra. Banhada pelo Rio Mondego e enfeitadacom fado, há muito mais na noite coimbrã doque as Ruínas de Conímbriga e o Portugal dosPequeninos!

Salão Brasil Faz parte da história da cidade e, apartir de 2004, ganhou uma nova dinâmicacomo restaurante, sala de exposições e deactividades culturais essencialmente ligadas àmúsica, estando bastante direccionado para ojazz.Site: http://salaobrazil.blogspot.comBar da Associação Académica de Coimbra Estáintegrado no Edifício da Associação Académicade Coimbra. O bar é conhecido como ‘o bar dosestudantes’ nesta que é, por sua vez,conhecida como a cidade das capas negras.Site: http://baac.intocha.com

Noites Longas Este bar é um clássico nasnoites de Coimbra. Um espaçoespecialmente dedicado a quem gosta derock e metal. A pista de dança faz o gostoaos apreciadores destes estilos, ondeestudantes nunca faltam.Bar Quebra Durante anos chamou-se Quebra--Costas, mas agora mudou de nome para BarQuebra. Nas noites quentes de Verão tem umaagradável esplanada que lhe confere umespecial encanto e aos fins-de-semana há DJsconvidados a definir o ritmo da dança..Site: http://www.quebra.eu

LISBOAA capital portuguesa recebe de tudo um pouco.Tem miradouros, tem o Bairro Alto, tem asDocas e tem muitos cafés, tascas, bares ediscotecas com tradição. Caso para dizer queLisboa nunca pára… Nem de noite.

A BrasileiraSituada em pleno Chiado, é o único sítio do paísonde ainda se pode tomar café com FernandoPessoa, que permanece eternamente sentadonuma das mesas da esplanada. Destaque paraa decoração, completamente fiel à traçaoriginal.Hard Rock Café O antigo Cinema Condes, nosRestauradores, foi o local escolhido para ainstalação de uma das mais conhecidas cadeiasde restauração em todo o mundo. O Hard RockCafé é um conceito que alia ao serviço derestauração e bar um forte merchandising deprodutos da marca, nomeadamente as famosast-shirts.Site: http://www.hardrock.comGaleria Zé dos Bois Espaço multidisciplinar,atento à experimentação e divulgação de

propostas emergentes nas artes visuais enovas linguagens artísticas, a Galeria Zé dosBois (ou ZdB, como é conhecida) tem umaprogramação diversificada, que aqui reúne umaplateia fiel de noctívagos que fogem ao“mainstream”. Site: http://www.zedosbois.orgMaxime Manuel João Vieira (vocalista dos EnaPá 2000 e Irmãos Catita) tomou as rédeas aoMaxime e recuperou a alegria nesta verdadeirainstituição da Praça da Alegria, que voltou aestar na moda e a agitar as noites lisboetasSite: http://www.cabaret-maxime.com/home.html

FAROA famosa ‘Rua do crime’ (Rua do Prior) continuaa fazer jus ao nome a ser palco das maioresloucuras académicas. De noite não há sol, maspodem luzir-se os bronzeados algarvios emvários locais da noite…

O Académico A história deste bar é quaseparalela à história da Universidade do Algarve.Os estudantes fizeram deste bar umadisciplina “obrigatória” em qualquer curso. Oespírito tem de ser o mais académicopossível.Dux Aqui passam-se sons que vão do house aopop/rock. A decoração vanguardista ajuda aatrair o público mais jovem e a utilização daspistas de dança é obrigatória até demadrugada.Millenium III É um dos espaços mais antigosda cidade. Um local amplo, com a típicavaranda à volta da pista, com música paratodos os gostos. É muito popular entre osestudantes.Site: http://discomillenium.com.sapo.pt

guiadocaloiro46 roteiros nocturnos

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