47
Embaixadas de Angola na Guiné Bissau - Senegal - Gâmbia Guia do Viajante para Angola

Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

Embaixadas de Angola na Guiné Bissau - Senegal - Gâmbia

Guia do Viajante para Angola

Page 2: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

2 3

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

ÍNDICE

01. MENSAGEM DO EMBAIXADOR

02. HISTÓRIA E GEOGRAFIA

DIRECTOR

Embaixador Daniel António Rosa

PROPRIEDADE

Embaixada de Angola na Guiné Bissau

EDITOR

projectocapital.pt

DESIGN EDITORIAL

projectocapital.pt

03. TURISMO

04. ECONOMIA E NEGÓCIOS

05. CONSULADO

A) VISTOS

B) DOCUMENTOS NACIONAIS

06. INSTITUIÇÕES

A) PRESIDENTE DA REPÚBLICA

B) ASSEMBLEIA NACIONAL

C) GOVERNO

07. SÍMBOLOS

A) BANDEIRA

B) INSIGNIA

C) HINO

08. CONTACTOS ÚTEIS

APOIO E AGRADECIMENTOS

Cláudio Miguel, Luis Dias, Amélia Conde

Page 3: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

4 5

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

01GUIA DO VIAJANTEPORTUGUÊS

Page 4: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

6 7

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Daniel António RosaEmbaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Angolana Guiné-Bissau, Senegal e Gambia

MENSAGEM DE BOAS-VINDAS

MENSAGEMDO EMBAIXADOR

Prezados leitores saúdo-os desejando as boas vindas à República de Angola.

Inauguramos um novo período da nossa história, com a transição para a IV legislatura, aos 42 anos como Estado Independente e consequentemente a constituição de um novo Governo, liderado pelo Presidente da República, João Lourenço.

Somos um país já com alguma maturidade política e social, que o povo angolano tem sabido demonstrar nas suas acções, em vários domínios, pese algumas dificuldades.

Estamos motivados a melhorar cada vez mais, a nossa prestação, para o bem comum, razão, porque nos dedicamos a dar outra dinâmica aos serviços que prestamos aos cidadãos angolanos na nossa Embaixada ou a ajudar os estrangeiros interessados em visitar Angola, para obtenção de vistos e outros serviços notariais a partir do Sector consular.

O novo guia traz informação mais actualizada e detalhada sobre a realidade de Angola e suas potenciali-dades, as possibilidades oferecidas para investir no nosso país e os locais históricos ou belas paisagens que convidam ao Turismo.

Estou confiante de que as relações de proximidade com os utentes do guia e outros meios de informação ao vosso dispor, ajudarão a tornar mais eficientes os serviços prestados pelas instituições angolanas cum-prindo os ditames do actual Presidente da República, João Lourenço, na sua mensagem de Investidura a 26 de Setembro de 2017, em que assume o compromisso de “desburocratizar os serviços públicos e atrair o investimento para Angola, contribuiu para a consolidação da Nação angolana e na construção de uma sociedade democrática, inclusiva e próspera.

Auguramos servir melhor aos Turistas e potenciais investidores que pretendam visitar e instalar-se em Angola.

Estamos ao vosso dispor.

Page 5: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

8 9

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

HISTÓRIA EGEOGRAFIA

02

Page 6: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

10 11

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Território habitado já na Pré-história como ates-tam vestígios encontrados nas regiões das Lundas, Congo e o deserto do Namibe, apenas milhares de anos mais tarde, em plena proto-história, receberia povos mais organizados. Os primeiros a instalar-em-se foram os bochímanes - grandes caçadores, de estatura pigmóide e claros, de cor acastanhada.

No início do século VI d.C., povos mais evoluídos, de cor negra, inseridos tecnologicamente na Idade dos Metais, empreenderam uma das maiores mi-grações da História. Eram os Bantu e vieram do norte, provavelmente da região da actual Repú-blica dos Camarões. Esses povos, ao chegarem a Angola, encontraram os Bochímanes e outros gru-pos mais primitivos, impondo-lhes facilmente a sua tecnologia nos domínios da metalúrgica, cerâmica e agricultura. A instalação dos Bantu decorreu ao longo de muitos séculos, gerando diversos grupos que viriam a constituir-se em etnias que perduram até aos dias de hoje.

A chegada dos portugueses em 1482 atracaram na margem do Rio Zaire, sob o comando do navegador Diogo Cão. A partir desse marco, os portugueses passaram a conquistar não só Angola, mas também outras paragens na costa ocidental de África. Já instalada a primeira grande unidade política do ter-ritório, passaria à história com o Reino do Congo, com quem os portugueses estabeleceram aliança. A Colónia portuguesa de Angola formou- se em 1575 com a chegada de Paulo Dias de Novais com 100 famílias de colonos e 400 soldados. Paulo Dias de Novais foi o primeiro governador português a chegar a Angola, que tinha como principais acções explorar os recursos naturais e promover o tráfico negreiro (escravatura) formando um mercado ex-tenso.

A partir de 1764, de uma sociedade esclavagista, passou-se gradualmente a uma sociedade preocu-pada em produzir o que consumia. Em 1850 Luan-da já era uma cidade, repleta de firmas comerciais e que exportava conjuntamente com Benguela, óleos de palma e amendoim, cera, goma copal, ma-deiras, marfim, algodão, café e cacau, entre outros produtos. Milho, tabaco, carne seca e farinha de mandioca começariam igualmente a ser produz-idos localmente. Estava a nascer a burguesia em Angola .

Entretanto, em 1836, o tráfico de escravos era abolido e em 1844, os portos de Angola seriam ab-ertos aos navios estrangeiros. Com a conferência de Berlim, Portugal viu-se na obrigação de efec-tivar de imediato a ocupação territorial das suas Colónias. O território de Cabinda, a norte do rio Zaire, seria também conferido a Portugal, graças à legitimidade do Tratado de Protectorato de Simu-lambuko, assinado entre os reis de Portugal e os príncipes de Cabinda, em 1885. Depois de uma im-plantação morosa e complicada, o final do século XIX marcaria a organização de uma administração colonial directamente relacionada com o território e os povos a governar. Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação de matérias-primas. O comércio da borracha e do marfim, acrescido pela receita dos impostos toma-dos às populações, gerava grandes rendimentos para Lisboa.O fim da monarquia em Portugal em 1910 e uma conjuntura internacional favorável levariam as no-vas reformas ao domínio administrativo, agrário e educativo. No plano económico, inicia-se a ex-ploração intensiva de diamantes. A DIAMANG (Companhia de Diamantes de Angola) é fundada

ANGOLA E ASUA HISTÓRIA

em 1921, embora operasse desde 1916 na região das Lundas. Com o Estado que se pretende exten-sivo à Colónia, Angola passa a ser mais uma das províncias de Portugal (Província Ultramarina). A situação vigente, era aparentemente tranquila. No segundo cartel do século XX, esta tranquilidade se-ria posta em causa com o aparecimento dos primei-ros movimentos nacionalistas. Inicia-se a formação de organizações políticas mais explícitas a partir da década de 50 que, de uma forma organizada iam fazendo ouvir os seus gritos. Promovem cam-panhas diplomáticas no mundo inteiro, pugnando pela independência. O Poder Colonial, não cederia, no entanto, às propostas das forças nacionalistas, provocando o desencadear de conflitos armados directos, a “Luta Armada”. Destacaram-se na “Luta”, o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola) fundado em 1956, a FNLA Frente Nacional de Libertação de Angola que se rebelou em 1961 e a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) que foi fundada em 1966. Depois de longos anos de confrontos, o país alcança a in-dependência a 11 de Novembro de 1975.

Passados 27 anos da Independência e 41 do in-ício da Luta Armada, eis que a Paz finalmente é consolidada a 4 de Abril de 2002 pelos acordos assinados no Luena, Moxico. 80.000 soldados da UNITA depõem as armas e são integrados na so-ciedade civil, nas Forças Armadas Angolanas e na Polícia Nacional. A UNITA é transformada em Par-

tido Político. A reconciliação Nacional e o Processo de Desenvolvimento e Reconstrução Nacional são para o Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, os principais objectivos da paz definitivamente al-cançada em 2002, após longos anos de luta e ne-gociações.

Desde 1992, ano das primeiras eleições gerais, que a democracia multipartidária governa Ango-la, o MPLA conjuntamente com a UNITA e outras forças políticas com assento parlamentar, geriram magistralmente a reconstrução de um dos países de futuro mais promissor de África. Novas eleições foram realizadas em 2008. O MPLA, que sempre governou desde a Independência, soube preservar a identidade nacional, tendo dele saído os três primeiros presidentes que, governaram o país até ao momento. Primeiro o fundador da Nação Ango-lana, o Dr. Agostinho Neto, segundo o Eng.º José Eduardo dos Santos que aquando da sua inves-tidura, em 1979, era o mais jovem presidente do continente e actualmente o Presidente João Ma-nuel Gonçalves Lourenço. Na cena internacional, Angola vem dando forte apoio a iniciativas que promovem a paz e a resolução de disputas region-ais, favorecendo a via diplomática na prevenção do conflito e a promoção dos direitos humanos.

Page 7: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

12 13

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Em 18 de Agosto de 1914 tendo sido declarada a Grande Guerra, o governo português, entendeu que dadas as circunstâncias pouco normais do mo-mento, era necessário guarnecer e reforçar diver-sos postos de fronteira no norte de Moçambique e no Sul de Angola, tendo dado ordens que se organ-izassem duas colunas expedicionárias.

Uma semana depois dessa declaração de guerra e apesar de Portugal ser neutral, os alemães at-acaram o posto português de Maziú no norte de Moçambique, tendo sido mortos alguns soldados da respectiva guarnição, entre eles, o sargento co-mandante do posto.

Para Angola, enviaram-se duas expedições: Operações no Sul em 1914, comandada pelo Tenente-Coronel do Estado-Maior Alves Roça-das, Governador do Distrito de Huíla; e a Cam-panha do Sul de 1915, comandada pelo General António Júlio Pereira de Eça. Além destas duas grandes campanhas ainda houve outras de menor importância contra algumas rebeliões autóctones instigadas pelos alemães contra a administração portuguesa.

A primeira expedição teve como objectivo assegu-rar a ordem pública e a integridade da colónia, ocu-pando-se toda a região além Cunene. E a oposição ao avanço de forças estrangeiras no nosso terri-tório, organizou-se uma coluna que se concentrou na Huíla com a intenção de executar a ocupação da região Cuanhama, contudo esse objectivo foi alter-ado devido aos incidentes de Naulila e Cuangar, as-sim as tropas tiveram que se dirigir para a fronteira sul a fim de guarnecer a linha Naulila – Donguena.

A segunda expedição teve novamente como ob-jectivo o sul, para fazer face a uma nova investida alemã, mas também para pacificar as regiões sub-levadas, tendo sido as principais operações, entre outras, os 1.º, 2.º e 3.º combates de Mongua, a marcha para a conquista das Cacimbas de Mongua, o ataque e ocupação da Embala de N’Giva, o com-bate da Chana de Inhoca, a reocupação do forte do Cuamato, etc.

A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLADURANTE A PRIMEIRA GRANDE GUERRA

Força Militar Colonial de Angola

A organização das forças militares coloniais, decor-ria da reorganização efectuada por Decreto em 14 de Novembro de 1901, organização que de-senhara a estrutura base dos efectivos militares nas colónias até muito depois do final da Grande Guerra.

Em 18 de Agosto de 1914, o General Pereira de Eça, Ministro da Guerra, convidou o Tenente-cor-onel do Corpo do Estado Maior Alves Roçadas a aceitar o comando da primeira força expedicionária para Angola.A missão que lhe foi confiada tinha o objectivo de assegurar a obediência do gentio local e vigiar a fronteira Sul nos pontos estratégicos mais impor-tantes.

Entretanto aconteceu um incidente de fronteira, em Naulila, a 19 de Outubro, onde foram mortos três alemães, parte de uma missão, que tinha en-trado na província sem autorização, e acampado na margem esquerda do Cunene, em território português.

A 30 de Outubro dá-se um ataque alemão ao posto militar de Cuangar, na margem esquerda do rio Cu-bango, no Sul de Angola. Foi um ataque de surpre-sa comandado pelo Capitão de Cavalaria Lehmann com 20 praças de cavalaria, com apoio de fogo de metralhadoras.

Impossibilitados de fazer frente à força alemã, a restante guarnição retirou-se do combate e refu-giou-se no Posto de Caiudo, a Norte de Cunagar. A força alemã após a tomada do Posto de Cuangar, formou um destacamento comandado pelo Sar-gento de Polícia Ostremann, composto por polí-cias e praças indígenas e atacou sucessivamente os postos militares fronteiriços existentes a Leste, ao longo do rio Cubango (Bunja, Sambio e Dirico) (Martins, 1934:202).

Operações no Sul de AngolaNo dia seguinte, a 31 de Outubro, no Quartel-gen-eral em Lubango o Tenente-coronel Alves Roça-das organizou a força militar, que denominou por “Força em Operações no Sul de Angola”, para at-acar a força alemã e recuperar os postos militares.

Durante o mês de Novembro de 1914, a tensão militar manteve-se, tendo acontecido trocas de ti-ros esporádicos entre as patrulhas portuguesas e as alemãs.

Dezembro de 1914A 3 de Dezembro o Quartel-general da “Força em Operações no Sul de Angola” instala-se no Forte do Cuamato e o Tenente-coronel Alves Roçadas reassume o comando directo das forças do desta-camento do Major Salgado.

A 12 de Dezembro as patrulhas do Esquadrão de Dragões avistam tropas alemãs na margem esquer-da do rio Cunene e a 13 de Dezembro dá-se novo reencontro com trocas de tiros. Na sequência da troca de tiros os indígenas locais que acompanha-vam as patrulhas do Esquadrão de Dragões fogem e um praça alemão da patrulha inimiga é morto e as restantes recuam.

As tropas portuguesas mantiveram a vigilância so-bre a coluna alemã, que era comandada por Wa-ter, que acampou junto à margem esquerda do rio Cunene, perto de Naulila, enquanto aguardava a chegada da coluna principal, comandada pelo Ma-jor Frank, a qual chegou no dia 17 de Dezembro.

A 18 de Dezembro os alemães efectuam um ataque directo a Naulila, formado por duas colu-nas: coluna de Water que ataca pela esquerda de Naulila e a coluna do Major Frank pela direita de Naulila. Os atacantes dispunham de 43 oficiais, 450 praças europeias de infantaria montada, 150 praças indígenas, 6 peças de artilharia e 2 metral-hadoras, suportados por um posto de TSF e uma ambulância.

A defesa do Posto de Naulila encontrava-se a car-go do Capitão Mendes dos Reis. Dispunha de 400

homens de infantaria europeus, 180 homens de infantaria indígena, 3 peças de artilharia Erhardt e 4 metralhadoras, mais uma reserva de 240 homens de infantaria europeus, 60 indígenas e 2 peças de artilharia Canet.

O combate durou perto de 4 horas, tendo as tropas portuguesas retirado em direcção de Humbe, sem serem perseguidas pelos alemães. Neste combate os portugueses sofreram 3 oficiais, 54 praças eu-ropeias e 12 praças indígenas mortos, 5 oficiais, 61 praças europeias e 10 praças indígenas feridos. Os alemães sofreram 12 praças mortos, 10 oficiais (entre eles o próprio Major Frank).

A 19 de Dezembro as forças portuguesas aban-donam Humbe, depois do paiol do Forte Roçadas ter explodido. Retiram-se mais para norte, para Gambos, com intenção de defender Lubango. Mo-tivados pelos combates entre forças europeias, as populações africanas da Huíla, no Sul de Angola, revoltam-se. Entretanto, as forças alemãs regres-sam ao território da Damaralândia (Namíbia).

Fevereiro de 1915Em 3 de Fevereiro parte um segundo corpo expe-dicionário para Angola, comandado pelo General Pereira de Eça, para fazer frente ao ataque das forças alemãs, vindas da África Alemã do Sudoeste (Namíbia).

Maio de 1915A 29 de Maio de 1915, o 15ª companhia Indígena de Moçambique, comandada pelo Tenente Hum-berto de Ataíde Ramos de Oliveira, participou no combate de Tchipelongo. Neste o Tenente Hum-berto Oliveira foi gravemente ferido, mas recu-sou-se abandonar a linha de fogo, conseguindo manter a unidade em combate (Catálogo do Museu da LCGG, p.159).

Julho de 1915A 7 de Julho as forças militares portuguesas reocu-pam Humbe, no sul de Angola, sem encontrarem resistência.

Page 8: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

14 15

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

O Império Português ou Império Colonial Português foi o primeiro império global da história, sendo considerado o mais antigo dos impérios coloniais europeus modernos, abrangendo quase seis séculos de existência, a partir da Conquista de Ceuta, em 1415, até a devolução da soberania sobre Macau à China. Marinheiros portugueses começaram a explorar a costa da África em 1419, utilizando os re-centes desenvolvimentos em áreas como a navegação, a cartografia e a tecnologia marítima, como a caravela, com o objetivo de encontrar uma rota marítima para o lucrativo comércio de especiarias do oriente.

A PRESENÇA HOLANDESAEM ANGOLA

O expansionismo português foi movido inicial-mente pelo espírito militar e evangelizador, de continuação da reconquista no Norte de África e, depois, pelo interesse comercial, primeiro nas prósperas capitanias das ilhas da Madeira e dos Açores, seguindo-se a busca de um caminho marí-timo para a Ásia, alternativo ao Mediterrâneo dom-inado pelas repúblicas marítimas italianas, pelos otomanos, pelos mouros e por piratas, no lucrativo comércio de especiarias.Os portugueses começaram por explorar sistemati-camente a costa de África a partir de 1419, com o incentivo do Infante D. Henrique e navegadores experientes servidos pelos mais avançados desen-volvimentos náuticos e cartográficos da época, aperfeiçoando a caravela. Em 1471 chegaram ao Golfo da Guiné, onde em 1482 foi estabelecida a feitoria de São Jorge da Mina para apoiar um flo-rescente comércio de ouro de aluvião. Partindo da Mina Diogo Cão estabelece o primeiro contacto com o Reino do Congo. Após sucessivas viagens exploratórias para sul, em 1488 Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, entrando pela primeira vez no Oceano Índico a partir do Atlân-tico.Pouco depois, em 1498, o navegador Vasco da Gama chegou à Índia, inaugurando a Rota do cabo. Em 1500, na segunda viagem para a Índia, Pedro Álvares Cabral desviou-se da rota na costa Africana e aportou no Brasil.[nota 2] Em Lisboa, foi, então, estabelecida a Casa da Índia para administrar todos os aspectos do monopólio régio do comércio e da navegação além-mar.

Apesar dos formidáveis ganhos no Oriente, o in-teresse pelo Marrocos manteve-se. Em 1578, o rei dom Sebastião procurou conquistar os terri-tórios interiores, o que terminou na derrota em Alcácer-Quibir, seguindo-se uma crise sucessória que resultou na união com a coroa espanhola em

1580. Durante a Dinastia Filipina, o império por-tuguês sofreu grandes reveses ao ser envolvido nos conflitos de Espanha com a Holanda, a França e a Inglaterra, que tentavam estabelecer os seus próprios impérios. Entre 1580 e 1640, o Reino de Portugal e o Império Espanhol compartilharam os mesmos reis, em uma união pessoal das coroas dos dois países. Embora os dois impérios tenham continuado a ser adminis-trados separadamente, as colónias portuguesas se tornaram alvo de ataques de três potências euro-peias rivais e hostis à Espanha, que ambicionavam os sucessos ibéricos no exterior: a Holanda, a Grã-Bretanha e a França. Com uma população menor, Portugal não foi capaz de defender eficazmente sua sobrecarregada rede de postos comerciais e o império começou a entrar em um longo e gradu-al processo de declínio. Perdas significativas para os holandeses na Índia Portuguesa e no sudeste da Ásia durante o século XVII trouxeram fim ao monopólio do comércio português no Oceano Ín-dico.

A Guerra Luso-Holandesa

Entre 1595 e 1663, foi travada a Guerra Lu-so-Holandesa com as Companhias Holande-sas das Índias Orientais (VOC) e Ocidentais (WIC), que tentavam tomar as redes de comércio portuguesas de especiarias asiáti-cas, escravos da África ocidental e açúcar do Brasil. Durante a ocupação filipina de Portugal (1580-1640), os holandeses procuram de-sapossar os portugueses da região onde hoje se encontra o mapa de Angola, ocu

A 9 de Julho as forças militares da África Alemã do Sudoeste rendem-se ao General Botha, coman-dante em chefe das forças da União Sul-Africana e três dias depois, a 12 de Julho, o General Pereira de Eça toma conhecimento da rendição da colónia alemã, terminando de vez o conflito com a Ale-manha neste território.

Agosto de 1915De 15 de Agosto a 4 de Setembro o General Perei-ra de Eça, tomou a missão única de acabar com a revolta das populações da Huila , no Sul de Angola.

No dia 20 de Agosto, os rebeldes comandados pelo soba Mandume, do Cuanhama, concentraram entre 50.000 a 60.000 homens (cuanhamas, cua-matos, evales, alguns cuambis e muitos foragidos do Humbe), com o apoio de cinco carros boers de munições, encontrando-se todos armados com “Martini Henry” e algumas centenas de “Mauser”. Esta força atacou a coluna do General Pereira de Eça que era constituída por cerca de 3.000 homens portugueses. O combate ficou conhecido pelo “Quadrado de Mongua”. Com a vitória sobre os in-dígenas terminou a revolta em Angola.

Page 9: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

16 17

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

pando grande parte do litoral (Benguela, Santo António do Zaire, as barras do Bengo e do Cuanza). Em 1648 tropas portuguesas (luso-brasileiras) expulsam os holandeses, possibilitando o reatamento das linhas de comércio (essencialmente tráfego de es-cravos) de Salvador e Rio de Janeiro com Luanda.

Entre 1580 e 1640, o Reino de Portugal e o Império Espanhol compartilharam os mesmos reis, em uma união pessoal das coroas dos dois países. Embora os dois impérios tenham continuado a ser adminis-trados separadamente, as colónias portuguesas se tornaram alvo de ataques de três potências euro-peias rivais e hostis à Espanha, que ambicionavam os sucessos ibéricos no exterior: a Holanda, a Grã-Bretanha e a França. Com uma população menor, Portugal não foi capaz de defender eficazmente sua sobrecarregada rede de postos comerciais e o império começou a entrar em um longo e gradu-al processo de declínio. Perdas significativas para os holandeses na Índia Portuguesa e no sudeste da Ásia durante o século XVII trouxeram fim ao monopólio do comércio português no Oceano Ín-dico. O Brasil, que havia se tornado a colónia mais valiosa de Portugal, tornou-se independente em 1822, como parte de uma onda de movimentos independentistas que varreu a América no início do século XIX. O Império Português então foi re-duzido às suas colónias no litoral africano (que fo-ram expandidas para o interior durante a Partilha de África, no final do século XIX), Timor-Leste e enclaves na Índia (Goa, Damão e Diu) e na China (Macau).

Apesar dos formidáveis benefícios gerados pelo império colonial no Oriente, o interesse da coroa por Marrocos não enfraqueceu. O século XVI é uma sucessão de conquistas e de abandonos de fortalezas costeiras até que o rei D. Sebastião (1557–1578) investiu na conquista dos terri-tórios interiores, o que resultou na derrota em Alcácer-Quibir em 1578 seguindo-se uma crise sucessória que acabou na união com a coroa es-panhola em 1580.

No contexto da Dinastia Filipina, o império portu-guês sofreu grandes reveses ao ser envolvido nos

conflitos que a Espanha travava com a Inglaterra, a França e a Holanda, que tentavam estabelecer os seus próprios impérios. Portugal seria arrastado, sem verbas e sem capacidade para enviar exércitos para as regiões atacadas por forças bem prepa-radas. Os holandeses, envolvidos na Guerra dos Oitenta Anos com Espanha desde 1568, atacavam por mar colónias e navios. O império português, constituído sobretudo de assentamentos costei-ros, vulneráveis a ser tomados um a um, tornou-se um alvo fácil. A Guerra Luso-Holandesa começou com um ataque a São Tomé e Príncipe em 1597. Foi travada pelas Companhias Holandesas das Índias Orientais e Ocidentais, com o objectivo de tomar as redes de comércio portuguesas de especiarias asiáticas, es-cravos da África ocidental e açúcar do Brasil. Após vários confrontos no oriente e no Brasil, começar-am os ataques nos postos comerciais da costa oeste africana, visando assegurar escravos para a produção de açúcar em territórios conquistados no Brasil. Em 1638 os holandeses tomaram o Forte de São Jorge da Mina, seguindo-se Luanda em 1641 e Axim, no golfo da Guiné em 1642.

Em 1640, Portugal restaurou a independência, restabelecendo a aliança com a Inglaterra que pouco depois viria a desafiar os Holandeses. Em 6 de Abril de 1652, o mercador da VOC Jan van Rie-beeck estabelece perto do Cabo da Boa Esperança um posto de reabastecimento que se tornaria na Cidade do Cabo, permitindo aos holandeses domi-nar a rota do cabo, de comércio para o oriente. Por-tugal perdeu para sempre a proeminência na Ásia, mas, em 1654, a frota de Salvador Correia de Sá e Benevides conseguiu recuperar o Brasil e Luanda. Os Holandeses, temendo perder os territórios já conquistados, acabariam por selar definitivamente a paz do Tratado de Haia em 1663.

Os holandeses ocuparam Angola entre 1641 e 1648, procurando estabelecer alianças com os estados africanos da região. Em 1648, Portugal retomou Luanda e iniciou um processo de con-quista militar dos estados do Congo e Ndongo que terminou com a vitória dos portugueses em 1671, redundando num controle sobre aqueles reinos

Nos territórios que hoje formam o Estado ango-

lano, Portugal dedicou-se à ocupação dos Reinos do Congo, Ndongo e Matamba.No reino do Ndongo, reinava Ngola Mbandi, irmão da Rainha Njinga. A princesa Njinga Mbandi pediu a seu irmão para interceder e lutar contra a invasão portuguesa. Diante da recusa de seu irmão, Njin-ga, pessoalmente, formou uma aliança com o povo Jaga, desposando o seu chefe, e subsequente-mente conquistando o reino de Matamba. Ganhou notoriedade durante a guerra por liderar pessoal-mente as suas tropas e por ter proibido as suas tropas de a tratarem como “Rainha”, preferindo que se dirigissem a ela como “Rei”. Em 1635 encontra-va-se disponível para formar uma coligação com os reinos do Congo, Kassanje, Dembos e Kissama.

Como soberana, rompeu os compromissos com Portugal, abandonando a religião católica e prat-icando uma série de violências não só contra os portugueses, mas também contra as populações tributárias de Portugal na região. O governador de Angola, Fernão de Sousa, moveu-lhe guerra exem-plar, derrotando-a em batalha em que lhe matou muita gente e aprisionando-lhe duas irmãs, Cambe e Funge. Estas foram trazidas para Luanda e batiza-das, respectivamente com os nomes de Bárbara e Engrácia, tendo retornado, em 1623, para Matam-ba.

A rainha manteve-se em paz por quase duas déca-das até que, diante do plano de conquista de Ango-la por forças da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, percebeu uma nova oportunidade de resistir. Traída eventualmente pelos Jaga, formou uma aliança com os holandeses que à época ocu-pavam boa parte da Região Nordeste do Brasil. Com o auxílio das forças de Njinga, os holandeses conseguiram ocupar Luanda, de 1641 a 1648.

Em Janeiro de 1647, Gaspar Borges de Madurei-ra derrotou as forças de Njinga, aprisionando sua irmã, D. Bárbara. Com a reconquista definitiva de Angola pelas forças portuguesas de Salvador Cor-reia de Sá e Benevides, retirou-se para Matamba, onde continuou a resistir.

Page 10: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

18 19

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

GEOGRAFIA

Superfície 1.246.700Km2

População 26.809.725

Capital Luanda

Moeda Oficial Kwanza

Língua Oficial Português

Línguas nacionais (dialectos) Umbundo, Kikongo, Kimbundo, Tchokwe, Mbunda, Kwanyama, Nhan-ecaIbinda, Nganguela, etc.

Geografia 60% do território é constituído por zo-

nas planálticas com uma densa e extensa rede hi-drográfica.

Outras Principais Cidades Cabinda, Benguela, Lo-bito, Lubango, Huambo, Namibe

Ponto mais Alto Monte do Moco 2.620m (Huam-bo)

Angola situa-se na região ocidental da África Aus-tral, tendo os seguintes dados geográficos:

Latitude – Norte – 04°22’G / Sul - 18°02’G.

Longitude – Leste – 24°05’E.G / Oeste – 11°41’E.G

Extensão da Costa Atlântica 1.650 Km

Fronteiras Terrestres 4.837 Km

Países limítrofes a Norte República do Congo e República Democrática do Congo.

A Leste República Democrática do Congo e Repú-blica da Zâmbia.

A Sul República da Namíbia.

Oeste Oceano Atlântico.

Aproximadamente 65% do território está situado numa altitude entre 1000 e 1600 metros.

O clima

O Clima em Angola tem duas estações: a das chuvas, período mais quente que ocorre entre os meses de Setembro a Maio, e a do Cacimbo. A do Cacimbo ou Seca é menos quente e vai de Maio a Setembro. O país possui uma situação geográfica peculiar, por estar na zona intertropical e subtrop-ical do hemisfério Sul, ser próximo ao mar, e pelas especificidades do seu relevo, divide-se em duas regiões climáticas distintas:A Região Litoral, com humidade relativa média anu-al de 30% e temperatura média superior aos 23°C;A Região do Interior, subdividida em Zona Norte, com elevadas quedas pluviométricas e temper-aturas altas, zona de Altitude que abrange as regiões planálticas centrais com uma estação Seca de temperaturas baixas e a Zona Sudoeste, semi-árida em consequência da proximidade do deserto do Namibe, extensão do deserto do Kal-ahari, sujeita a grandes massas de ar tropical con-tinental.

As Temperaturas Médias do país são: 27°C máxima e 17°C mínima. A esta diversidade climática cor-responde um potencial turístico representado por um património natural riquíssimo em flora e fauna diversificada, possibilitando a prática de todo tipo de actividades de lazer, hobbies e aventuras.

A Flora

Angola apresenta cinco tipos de zonas naturais, a floresta húmida e densa como a de Maiombe que contém as mais raríssimas madeiras do mundo, as Savanas, normalmente associadas às matas como é o caso das Lundas, as Savanas secas com árvores ou arbustos, em Luanda, baixa de Kassanje e certas áreas das Lundas.

Existem ainda zonas de Estepe ao longo de uma faixa que tem o início a sul do Sumbe e, por fim, a desértica que ocupa uma estreita faixa costeira no extremo sul do país, onde podemos encontrar no deserto do Namibe uma espécie única e endêmica no mundo que tanto caracteriza este país a “Wel-witchia Mirabilis”.

A Fauna

Em Angola conhecem-se inúmeras espécies espal-hadas por várias regiões. Na floresta do Maiombe habitam Gorilas, Chimpanzés e Papagaios, nas zo-nas naturais mais húmidas do norte, centro, centro e leste, podemos observar o Golungo, a Palanca Negra-Gigante, uma espécie endêmica no mundo e em vias de extinção, a Seixa, e os Elefantes. Já nas regiões mais secas aparecem a Cabra de Leque, o Guelengue do deserto ou Orix, o Gnu, a Impala, a Chita, o Búfalo, também o Elefante, a Zebra e a Girafa. Animais mais ou menos comuns a todo o território são a Hiena, a Palanca Vermelha, o Leão, o Leopardo e o Hipopótamo.Na fauna marítima existe igualmente uma enorme variedade de peixes e de mariscos que se encon-tram também nos rios e que, a par destes, podemos ver também Crocodilos e Jacarés.

Recursos Minerais

Angola é um país potencialmente rico em recursos minerais. Estima-se que o seu subsolo albergue 35 dos 45 mais importantes do comércio mundial en-tre os quais se destacam o petróleo, gás natural, diamantes, fosfatos, substâncias betuminosas, fer-ro, cobre, magnésio, ouro, rochas ornamentais, etc.

Page 11: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

20 21

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Os Principais RiosO principal rio de Angola é o Kwanza, que dá o nome à moeda nacional, com 1000 Km de lon-gitude, mas apenas 240 Km são navegáveis. De seguida, o Kubango com 975 Km, depois o Cunene com 800 Km e por fim, na lista dos quatro prin-cipais do país, o Zaire com 150 Km de longitude, sendo este último, todo ele navegável.

Os rios angolanos oferecem oportunidades para a implementação de negócios de interesse turístico ou mistos do tipo comércio-turismo ou ainda a prática do ecoturismo.

HIDROGRAFIAAs características hidrográficas de Angola têm uma relação estreita com o relevo do país, correndo os rios a partir das zonas planálticas e de montanha marginal.

Existem quatro vertentes de escoamento das águas:

I. VERTENTE ATLÂNTICA - rios Chiloango, Zaire ou Congo, Bengo, Kwanza, Queve ou Cuvo, Ca-tumbela, Cunene, entre outros.

Rio Kwanza

II. VERTENTE DO ZAIRE - pertence-lhe uma grande parte dos rios do Norte de Angola, como o Cuango, Cassai, com os seus afluentes Cuílo, Cam-bo, Lui, Tchicapa, Luachimo.

III. VERTENTE DO ZAMBEZE - aí correm os rios de Leste e afluentes do Zambeze, como o Luena, Lungué-Bungo e o Cuando, que desagua por in- termédio do rio Chobe no Zambeze.

IV. VERTENTE DO KA-LAHARI - caracteriza-se por ter muitos rios de regime intermitente, dest-acando-se o rio Cubango, que se perde na zona pantanosa de Okavango (Botswana) e tem como afluentes principais o Cuchi e o Cuíto.

O maior e o mais navegável rio de Angola é o Kwanza, com 1.000 km de extensão, em cujo aflu-ente, Lucala, se encontram as célebres Quedas de Calandula, de impressionante beleza e com mais de 100 m de altura. Para além destas, existem diversas quedas e rápidos noutros rios, como as do Mbridge, Cambambe, Kwanza e Ruacaná. As principais bacias hidrográficas são as dos rios Zaire, Mbridge, Kwanza (a maior), Queve ou Cuvo, Cunene, Cuando e Baía Farta. O principal lago é o Dilolo e as lagoas do Panguila e da Muxima.

Rio CuneneRio Kubango

Rio Zaire

Page 12: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

22 23

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

BengoCom uma extensão de 14.964,00 Km², e situado no litoral norte de Angola, a província do Bengo lit-eralmente “abraça” a província de Luanda e partilha fronteiras com as províncias do Zaire, Uige, Kuanza Norte e Kuanza Sul. É uma zona incrivelmente rica em termos de turismo, muito multifacetada, capaz de agradar pela sua variedade a “gregos e troianos”. Senão vejamos: possui uma reserva animal, uma reserva florestal, vários rios (Kwanza, Bengo, Dan-de, Longa e Onzo) que cruzam a província, praias de incomparável beleza, lagoas, ruínas da época colonial...

Onde ficar e Comer

Nos municípios do Bengo existem algumas pensões, na Barra do Kwanza e no Parque Nacion-al da Kissama existem infra-estruturas com bunga-lows. Complexo Turístico de Sangano, Complexo Turístico Pirata, Acampamento do Kawa, Bengo Hotel

O que visitar

Igreja de Nossa Senhora da Muxima, Fortaleza da Muxima, Parque Nacional da Kissama, Reserva Florestal da Kibind

GUIA TURÍSTICOPROVÍNCIAS

Barra do Dande

Rio Kwanza

BenguelaSitua-se no litoral-centro de Angola e é constituída por 9 municípios: Benguela, Baia Farta, Balombo, Bocoio, Caimbambo, Chongoroi, Cubal, Ganda e Lobito. Com uma extensão de 39.151,36 Km². Benguela é conhecida principalmente pelas suas praias e pelo Porto do Lobito que é o segundo por-to mais importante do país.

Onde ficar e Comer

Existem vários Hotéis e residenciais em Benguela e no Lobito. Algumas sugestões são: Residencial Sishotel, Grande Hotel M’Ombaka, Hotel Luso, Pensão Contente

O que visitar

Igreja Nossa Senhora do Pópulo, Ermida da Nossa Senhora dos Navegantes, Capela da Nossa Senho-ra da Graça, Ponta do Sombreiro, Palácio do gover-no, Museu Nacional de Arqueologia, Museu de Et-nografia do Lobito, Parque Nacional da Cimalavera, Reserva Parcial do Búfalo

Ponte sobre o Rio Catumbela

Praia da Coatinha

Page 13: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

24 25

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

BiéO Bié situa-se bem no centro do país e é composto por 9 municípios: Kuito (capital), Andulo, Katabola, Chinguar, Chitembo, Kamakupa, Kunhinga, Kuem-ba e Nharea, dispostos numa área de 70.316,75 Km². A província tem o formato de um coração que bate bem no centro do país. O clima da província é o mesotérico de altitude, caracterizado por ser seco, doce, temperado e constante.

Onde ficar e Comer

Complexo Turístico Chicava, Hospedaria Casa do Largo, Hospedaria Paulino e Filhos, Pensão Central.

O que visitar

Existem na província alguns pontos turísticos de interesse principalmente atracções naturais como lagoas, cascatas e florestas, mas também algumas ruínas de interesse histórico. Cristo-Rei, Antiga cadeia da ex-Colonia Penal do Kapolo, Forte de N’Harea, Jardim da Poucavergonha, Gruta Pale-olítica, Gruta da Rainha de Chiconde Morro Tchim-bango, Lagoa do Kambadua, Cataratas Wongo, Quedas de Mutumbo, Reserva Florestal de Umpu-lo, Reserva Natural Integral do Luango.

Memorial das vitimas da Guerra Civil

Vista panoramica da Cidade

CabindaCabinda é a província mais a norte de Angola Com uma extensão de 7.273,25 Km². É um enclave que faz fronteira a norte com a República do Congo, a este com a República Democrática do Congo e a Oeste com o Oceano Atlântico. Cabinda é uma província muito marcada pelas suas tradições transmitidas de geração em geração que caracter-izam vários momentos específicos da vida comu-nitária. Um dos grupos responsáveis pela perpetu-ação de algumas tradições é o grupo dos Bakama.

Onde ficar e Comer

Em Cabinda existem várias opções de alojamento.

Hotel Pôr-do-sol, Hotel Maiombe, Hotel Simulam-buco, Hospedaria Feliciano, entre outros.

O que visitar

Reserva Florestal de Cacong, Floresta do Maiombe, Pântano de Lândana, Cemitério M’Buco-M’Buadi, Marco histórico do Tratado de Simulambuco. Há ainda a mencionar as Ruínas da Velha Sé Episco-pal séc. XVI, Igreja de Lândan, Palácio do Povo, Antiga prisão (agora Escola Técnica de Saúde), Es-cola Evangélica, Escola Sagrada Esperança, Museu provincial de Cabinda, Pedra Grossa, Igreja S.Tiago Maior de Lândana, Igreja da Imaculada Conceição, Igreja do Mboca e Igreja de S. António. Foz do rio Chiloango, Lagoa de Sassa-Zau, Lagoas de Manen-ga e Tchúquisse, bem como a Sé Catedral, o Postal da cidade.

Tratado de Simulambuco

Floresta do Maiombe

Page 14: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

26 27

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

CuneneCunene situa-se no sul de Angola, a sua capital é Ondjiva. Conta com os municípios: Kuanhama, Ombandja, Cuvelai, Kuroca, Kahama e Nama-cunde, distribuídos por 87.342,00 km². Tem um clima tropical seco, sendo o mês frio o de julho com 17ºC. e o mês mais quente o de Outubro com 26ºC. As principais actividades económicas da província são a agricultura e a pecuária. A língua mais falada na província é o kwanyama. A paisagem da província é caracterizada por florestas, savanas e estepes.

Onde ficar e Comer

Na Província existem algumas pensões e complex-os turísticos e o Hotel O’Kapale, Motel Tropical.

O que visitar

Reserva Natural de Mupa, Barragem de Ruacaná, Quedas do Monte Negro (Epupa), Maior imbondei-ro de África, Memorial do Rei Mandume, Embala Grande, Monumento Vau-do-Pembe, Monumento do Mufilo.

Memorial do Rei Mandume

Povos Mushimbas

HuamboCom uma área de 33.141,40 km², o Huambo sit-ua-se no centro sul do país e tem como capital a cidade com o mesmo nome. Tem 11 municípios: Huambo, Londuimbale, Bailundo, Mungo, Tchind-jenje, Ucuma, Ekunha, Tchicala-Tcholoanga, Catchi-ungo, Longonjo e Caála. O clima da província é tropical de altitude, com temperaturas médias de 19 ºC, com uma estação seca e fria e uma estação chuvosa, onde o calor quase não se faz sentir devi-do às constantes precipitações.

Onde ficar e Comer

Hotel Ekuikui, Residencial Deolinda - Samacaca & Filhos, Hotel Roma Rita, Hotel Konjevi, Pensão Huambo.

O que visitar

Albufeira do Kuando, Reserva Florestal do Ka-vongue , Morro do Moco, Museu Antropológico Municipal, Museu Regional do Huambo, Ruínas de Embala Grande, Tumulo do rei Ekuikui

Pedras do Pungo-a-Ndongo

Igreja Nossa Senhora de Monte

Page 15: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

28 29

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

HuílaA Huíla tem uma área de 78.992,20 km² e conta com 13 municípios: Quilengues, Lubango, Humpa-ta, Chibia, Chiange, Quipungo, Caluquembe, Caconda, Chicomba, Matala, Jamba, Chipindo e Kuvango. A capital da província é Lubango. A Huíla encontra-se praticamente toda localizada na zona de climas alternadamente húmidos e secos das regiões intertropicais.

Onde ficar e Comer

Existem Hotéis, Pensões e Complexos com Bun-galows. Casper Lodge, Senhora do Monte, Grande Hotel da Huila, Kimbo do Soba, Hotel Turístico.

O que visitar

Fendas de Tundavala, Serra da Leba, Miradouro da Boca da Humpata, Fenda do Alto Bambi, Barragem das Neves, Cristo Rei, Antigo Palácio do Governo, Barracões, Parque Nacional do Bicuar, Reserva Florestal de Guelengue e Dongo, Antiga Estação do Caminho-de-Ferro, Fortaleza de Caconda.

Serra de Leba

Igreja de Cristo Rei

Kuando KubangoÉ a segunda maior província de Angola depois do Moxico e situa-se no Sudoeste do país. É no, entanto, uma das menos populosas. Estende-se por uma área de 198.576,80 Km² e conta com 9 municípios: Cuchi, Menongue, Cuangar, Nankova, Cuito Cuanavale, Mavinga, Calai, Dirico e Rivungo. A capital da província é Menongue que foi funda-da nas margens do Rio Kuebe. O Kuando Kuban-go tem fronteiras internacionais com a Namíbia e Zâmbia. Apesar dessa posição privilegiada que poderá trazer benefícios futuros no escoamento de produção nacional para os mercados desses países vizinhos, o Kuando Kubango é ainda uma das províncias menos desenvolvida.

Onde ficar e Comer

Hotel Residencial Kubango, Hotel Residência.

O que visitarEsta província é sem dúvida uma região de rara beleza, ainda por explorar. Regista-se ainda um fraco investimento no turismo.No município de Cuchi está a Montanha Malova e as Quedas Macu-lungungo e do Rio Cutato. Ruínas do Forte Muene Vunongue, centros históricos de Missombo e Ba-lombo, Reserva Natural da Luiana, Reserva Natural de Mavinga.

Vista aéra da cidade de Menongue

Rio Kubango

Page 16: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

30 31

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Kuanza NorteCom uma extensão de 19.987,65 km² a província é composta por 10 municípios: Cazengo, Lucala, Ambaca, Golungo Alto, Quiculungo, Bolongongo, Banga, Samba Cajú, Ngonguembo, Cambambe. A capital provincial é N’Dalatando. O Rio Kwanza faz a separação entre esta província e o Kwanza Sul. A província tem, como aliás muitas das provín-cias angolanas, um grande potencial turístico que se encontra, no entanto, ainda por explorar. Uma dessas zonas é, sem dúvida a zona da Barragem de Cambambe que oferece condições únicas para o desenvolvimento do turismo. O clima da província é tropical húmido e regista uma temperatura média de 23ºC.

Onde ficar e Comer

Hotel Muenbeje, Hotel Miradouro, Pensão Zenza

O que visitar

Forte de Massangano, Reserva florestal do Gol-ungo Alto, Reserva florestal Caculama, Reserva Florestal de Bolongongo, Centro Horto-Botânico de Kilombo, Nascente de Santa Isabel e do Sobran-ceiro, Quedas do rio Muembeje, Nascente de Santa Isabel e Sobranceiro, Rio Lucala

Igreja da kamabatela

Aldeia tipica

Kuanza SulO Kwanza Sul estende-se por 55.116,90 km² numa área montanhosa, com altitude variada. O clima da província é tropical, seco no litoral e húmido no interior. Os meses mais quentes vão de Janei-ro a Abril e os mais frescos de Julho a Agosto. A temperatura média anual é de 26ºC. Conta com 12 municípios: Sumbe, Porto Amboim, Amboim, Quilenda, Conda, Uko-Seles, Ebo, Cassongue, Ki-bala, Libolo, Mussende e Waku-Kungo. Sumbe é a capital da província.

Onde ficar e ComerExistem várias opções de pensões no Sumbe, Li-bolo e Porto Amboim e de hotéis no Sumbe e no Waku-kungo. Hotel Gabela, Hotel Ritz, Hotel Kim-bo dos Sobas.

O que visitarAguas medicinais do Waku Kungo – Pedra d’Água, Gruta do Sumbe, Gruta de Sassa, Gruta de Ki-combo, Ruínas do Forte de Kikombo, Fortaleza de Kibala, Fortaleza de Novo Redondo, Muralha do Kariango, Forte do Libolo, Gravuras Rupestres de Ndalambiri, Gravuras rupestres em Kinjinge, Gravuras rupestres de Quingunba, Grutas da Cela, Assango, Dumbi, Igreja Matriz Nossa Srª da Con-ceição, Rio Cambongo, Cubal, Keve e Longa, Cach-oeiras da Binga.

Cachoeira do Binga

Praia do Sumbe

Page 17: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

32 33

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

LuandaLuanda é a capital da República de Angola. Tem um clima tropical com duas estações. A época chuvosa vai de Setembro a Abril, e a época seca (cacimbo) vai de Maio a Agosto que é a mais fresca. Tem uma temperatura média de 25ºC. Luanda tem uma área de 18.825,00 km² (é a mais pequena província do país) e conta com 9 municípios: Sambizanga, Ran-gel, Kilamba Kiaxi, Maianga, Samba, Viana, Cacua-co, Cazenga e Ingombota. A população de Luanda está estimada em 6 milhões de habitantes.

Onde ficar e Comer

Luanda tem várias opções de alojamento, desde hotéis a residenciais e pensões, na parte baixa da cidade e na ilha do Cabo. Hotel Trópico, Hotel Al-valade, Novo Hotel Mundial, Agatha Hotel, Hotel Tivoli, Hotel Continental, Grande Hotel Universo, Hotel Baía, Hotel Epic Sana e outros.

O que visitar

Luanda é uma cidade cheia de história com uma série de pontos históricos a visitar, mas também muito privilegiada pela sua posição geográfica, sendo rica em praias e património histórico. Igreja Nossa Sra. Nazaré, Igreja Nossa Sra. Dos Remédios, Igreja Nossa Sra. Do Carmo, Palácio D. Ana Joaqui-

na, Museu História Natural, Museu Nacional de Antropologia, Museu da Escravatura, Fortaleza de S. Miguel, Palácio de Ferro, Reserva Natural Inte-gral do Ilhéu dos Pássaros, Miradouro da Lua. Em termos de arquitectura religiosa há ainda a men-cionar a Igreja dos Jesuítas, Igreja da Misericórdia e a Igreja de S. José. Marco Histórico de 4 de Fe-vereiro, Memorial de Kifangondo, Banco Nacional de Angola, Hospital Josina Machel (ex-Maria Pia), Mutu-ya-Kevela.

Marginal

Monumento ao Soldado Desconhecido

Lunda NorteÉ uma província com grande potencial em termos de recursos hídricos, que são também importantes depósitos de diamantes. Nasceu da subdivisão da Lunda em 1978, em Lunda Norte e Lunda Sul. A província estende-se por 102.783,50 km² e é com-posta por 9 municípios: Cambulo, Tchitato, Cuilo, Caungula, Cuango, Lubalo, Capenda Camulem-ba e Xá Muteba. A capital da província é Lucapa. Os Tchokwe são o grupo étnico maioritário, mas também estão presentes os Lunda, Camatapa, Luba e Cacongo. O idioma nacional predominante é o tchokwe.

Onde ficar e Comer

Pensão III Milénio, Hotel Tchitato, Hotel Angola

O que visitar

Museu Etnográfico, Estações arqueológicas de Ba-la-Bala, do Luaco e da Candala, Palácio do Governo e o Edifício dos CTT.

Diamantes

Garimpos de Diamantes

Page 18: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

34 35

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Lunda SulCom uma área de 87.342,00 km², a província tem 4 municípios: Saurimo, Dala, Muconda e Cacolo. A capital da província é Saurimo. Com um clima trop-ical húmido, a temperatura média anual da provín-cia é de 22 ºC. Nasceu em 1978 pela divisão da província da Lunda. Os Lunda-Tchokwe formam a maior parte de população, com destaque também para os Bângalas, Xinge, Minungos, Luvales, Mbun-das e Balubas (grupo étnico resultante da mistura de povos da região do Moxico e Lunda Norte).

Onde ficar e ComerComplexo Turístico Citende Cazanga, Hotel Kima, Pensão Ponto Final, Pensão Vila Sagrada Esper-ança, Pensão Pérola de Lunda Sul, Casa Transito.

O que visitarLagoa do Luari, Bispado e Monumento Religio-so Nossa Sra. De Lourdes, Monumento Religioso da Missão Católica, Sé Catedral de Saurimo, Área Turística do Elengue, Mona Quimbundo, Sueji, Itengo. Existem riachos e quedas de água grande beleza natural. Existem alguns exemplares de Ar-quitectura colonial que importa mencionar como a Residência Antigos Funcionários da Administração Pública, Residência do Governador e Edifício dos CTT.

Sé Catedral

Diamantífera

MalangeCom uma área de 87.246,61 Km², a província tem 14 municípios que são: Malanje, Massango, Marim-ba, Calandula, Caombo, Cunda Dia Baze, Cacuso, Kiwaba Nzoji, Quela, Mucari, Cangandala, Kam-bundi Katembo, Quirima e Luquembo. Malange é a cidade capital da província. A população da provín-cia é de origem muito variada, em que se inserem 3 grupos linguísticos: Kimbundu, Kikongo e Ambun-do. A maioria da população dedica-se a agricultura.

Onde ficar e Comer

Hotel Polygno, Residencial Don Fausto, Hotel Palácio Regina, Hotel Gigante, Hotel Palanca.

O que visitar

Existem na província vários parques e reservas florestais de entre os quais: Cascatas de Musse-lenge, Foz do Amor e Nascente do Amor, Miradouro do Morro de Kabatuquila, Parque nacional da Kan-gandala, Reserva florestal do Caminho-de-ferro de Malange, Reserva florestal Samba-Lucala, Reserva Natural do Luando, Lagoa de Quipemba, do Dom-bo, e de Sagia, Quedas de Kalandula, Pedra Negras de Pungo Andongo, Furnas do Cacolo , Cemitérios de Cambundi-Catembo, Cemitério da Kizenga e ainda outros Cemitérios históricos nos municípios

de Caculama e Cacuso, Túmulos da Rainha Ginga e Ngola Mbandi, Ruínas de Cacumbo, Ruínas da fortaleza de Pungo-Andongo, ruínas da fábrica do Quissol, Igreja Evangélica do Quêssua.

Quedas de Kalandula

Palanca Negra Gigante

Page 19: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

36 37

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

MoxicoCom uma área de 201.683,37 km² o Moxico é a maior província de Angola e tem 9 municípios: Ca-manongue, Léua, Luacano, Luau, Luchazes, Lum-bala Nguimbo, Lumege e Alto Zambeze. Luena é a capital da província. Existem basicamente seis grupos étnicos que são: os Tchokwe, Luvale, Um-bundo, Bundos, Luchazes e Lunda Dembo. A lin-gua nacional mais falada é o Tchokwe. A população dedica-se basicamente a agricultura de subsistên-cia. O mel da região é afamado pelas suas proprie-dades medicinais, obtido a partir das flores de al-guns tipos de árvore como o mussixi e a muvuca.

Onde ficar e Comer

Residencial Horizonte, Hotel Kakoma

O que visitar

Reserva florestal do Katupe, Reserva Florestal do Lucusse, Reserva Florestal do Cassai, Parque Na-cional da Cameia, Reserva Florestal do Luena, Res-erva Florestal do Macondo e Reserva Florestal do Luisavo, Ruínas do Moxico Velho, Vestígios Arque-ológicos do rio Cassai-Cawéwé, Forte de Dilolo.

Parque da Cameia

Monumento da Paz

NamibeA província do Namibe estende-se por 57.090,00 km² e tem 5 municípios: Namibe, Bibala, Camucuio, Virei e Tômbwa. A capital provincial é Namibe. O clima é do tipo desértico com uma temperatura média anual de 21ºC. Influenciado pela Corrente Fria de Benguela. O Namibe é a província onde o deserto se encontra com o mar, criando paisagens de rara beleza. Tem um potencial turístico incrível, donde destacamos também as suas pinturas rup-estres e uma planta adoptada como símbolo da província a Welwistchia Mirabilis também da re-sistência no deserto.

Onde ficar e Comer

Hotel Moçãmedes, Hotel Kalahari, Hotel Mariner, Aldeia Turística Pedras Negras, Pensão Coragem.

O que visitar

A província do Namibe proporciona condições turísticas espectaculares em especial para os amantes do deserto, mas também do mar, da fau-na. Parque Nacional do Iona, Reserva Especial do Namibe, Baía dos Tigres, Furnas do Kapangumbe, Lagoa do Inamangando, Foz do Cunene, Palácio do

Governo, Estação do Caminho-de-ferro de Moçâ-medes, Tribunal da Comarca do Namibe, Edifício dos Correios e Telégrafos. Fortaleza de S. Fernando e Fortaleza do Capagombe, Prisão de Bentiaba e as gravuras de Tehipopilo-Caraculo, Morro da Torre do Tombo, Igreja de São Adrião, N. Sra. de Fátima, a Capela da Praia Amélia, a Igreja da N. Sra. do Mun-do na Bibala e a Capela da Quiploa, constituem as suas maiores atracções turísticas.

Welwitschia Mirabilis

Deserto do Namibe

Page 20: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

38 39

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

UígeUíge (também conhecida como a terra do Bago vermelho) é uma província de Angola situada no extremo norte do país. Tem uma área de 61.455,35 km² e faz fronteira a oeste com a província do Zaire, a norte e a leste com a República Democrática do Congo, a sudeste com a província de Malanje, e a sul com as províncias do Cuanza Norte e do Ben-go. Está subdividida em 16 munícipios Uíge, Alto Cauale, Ambuíla, Bembe, Buengas, Bungo, Cango-la, Damba, Maquela do Zombo, Mucaba, Negage, Puri, Quimbele, Quitexe, Sanza Pombo, Songo. O clima da provincia é quente tropical húmido/ semi -húmido entre 22ªC e 25ªC.

Onde ficar e Comer

Hotel Residencial Chave D’Ouro, Pensão Dom Bunga, Estrela da Noite, Bairro Popular, Grande Hotel do Uíge

O que visitar

Igreja de S. José, Forte de Bembe, Pedra do Tunda, Gravuras rupestres de Kissadi, Túmulo do Ancião Mekabango, Busto do Herói N’Bemba, Reserva Florestal do Beu, Monumento da Batalha de Am-buila, Museu Etnográfico do Kongo.

Praça principal

ZaireO Zaire é uma das dez províncias angolanas com fronteiras internacionais (Republica Democrática do Congo). Estende-se por 40.130 km² e está sub-dividido em 6 municípios: M’Banza Congo, Cuimba, Noqui, Nzeto, Soyo e Tomboco. A capital da provín-cia é M’Banza Congo – que foi em tempos a capital do poderoso Reino do Congo. O clima da província é tropical húmido com uma temperatura média que ronda os 26ºC.

Onde ficar e Comer

Hotel Maria Teresa, Hotel Porto Rico, Hotel Bravo, Hotel Nembumba.

O que visitar

Museu Kulumbimbi, Yala Nkuw, Ruínas da sé Cate-dral, Porto Rico e Porto do Pinda, Ponta do Padrão, Pedra do feitiço, Baía da Musserra, Cavernas do Zau Evua, Canal Pululu, Praia dos Pobres, Quedas do rio M’Bdrige.

Cavernas do Zau Evua

Praia das Sereias, Soyo

Vista Cidade

Page 21: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

40 41

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

GASTRONOMIA

Os pratos típicos em Angola variam de região em região e, são a base de folhas de plantas diferentes entre tubérculos, como a mandioca, batata doce, folhas de abóbora e feijão. As guarnições são pirão de milho, funje de bombó, mandioca cozida, ba-nana Pão, Inhame, batata doce, maiaka, chikuanga, arroz, entre outros. Os pratos principais típicos são geralmente com molhos, como o Calulu de peixe seco e carne, Cabidela de Galinha, as muambas de dendém e jinguba com moteta, nthsombe (larvas

cozidas e tostadas) Catatos, Peito-alto, Feijão de óleo de Palma, mufete, Lombi, quimala ou bagre fu-mado, entre outros. Comem-se bastantes assados e frituras também. Essas iguarias são intercaladas com a gastronomia da cultura portuguesa e de out-ros povos africanos. As bebidas variam em função dos recursos locais, havendo maruvo/mandjenvo, ualende, aguardende de cana-de-açucar e de fru-tos silvestres, a quissángua de milho e outros, ma-cau ou malodo.

Page 22: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

42 43

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

TURISMO03

Page 23: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

44 45

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Num território de 1.246.700 km2, Angola é berço de uma natureza em fauna selvagem e marinha, flora exuberante e gente doce e alegre, fazendo deste país uma terra abençoada que, com prazer, dá as boas vindas à todos os que nela quiserem descansar, trabalhar, passear, tratar-se em águas medicinais ou visitar lugares insólitos com paisa-gens de sonho, em terras inesquecíveis.

Angola também tem 1.650km de costa marítima, de águas inesperadamente quentes, praias de areia branca e fina a perderem-se no horizonte e uma flora marinha das mais variadas do continente Africano – Angola promete um sem fim de bons e únicos momentos passados em clima tropical e subtropical que, com temperaturas médias de

27ºc, convidam à prática de algumas variedades de desportos náuticos. Os majestosos rios de Angola, desenham ao longo dos seus percursos um paisagem espetacular de cascatas, rápidas quedas de água e leitos em ser-pentina, visitados por várias espécies de pássaros e sombreados por uma larga variedade de flora típica desses meandros, como as virgens e exuberantes florestas tropicais, as savanas, etc.

Angola conserva dezenas de áreas protegidas: Par-ques nacionais, reservas parciais como a Kissama, e coutadas, onde se encontra a beleza dos seus verdes e os encantos do reino animal selvagem, que só o clima e a paisagem africana pode conce-ber, desde o chilrear das aves, o rugir dos leões, o

TURISMO

O borbulhar da capital, Luanda, e o boom de negócios que despertam o resto do mundo, en-che os confortáveis hotéis, as praias, os bons res-taurantes à beira mar ou espalhados pela cidade, todos com serviços e menu requintado. As noites são conhecidas pelos bons ritmos e lugares exuber-antes, discotecas e locais ao ar livre. E, de muitas partes da cidade, se pode admirar a baía de Luanda, a luz do amanhecer e o pôr de – sol, que dão origem a muita poesia e prosa. Mas o povo de Angola é a sua maior beleza, vive a vida com generosidade, com alegria a espontaneidade e transmite este bem viver a todos os que visitam o país. E ainda há muito mais neste destino turístico, que é Angola.

barulho das manadas de zebras, de elefantes, de antílopes, os saltos de chitas e leopardos, o rastejar de répteis, a visão de crocodilos a dormirem ao re-lento e de hipopótamos a banharem-se. A Palanca Negra gigante é o símbolo angolano utilizado pela companhia aérea nacional e impresso em algumas notas da moeda nacional. Os monumentos históri-cos contam o passado secular de Angola e a sua arte rupestre, neolítico, é visível nas cavernas de Tchitundo–Hulu, na província do Namibe. Aqui também se vive o contraste entre a proximidade do mar e a imensidão do deserto com inesperada flor, a Welwitchia Mirabilis. As águas medicinais do Waco Kungo e as estalagmites das grutas do Sumbe, são dignas de uma estadia calma, organ-izada e convidativa.

Page 24: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

46 47

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Bacia do OkavangoProvíncia: Cuando CubangoCategoria: Rios e LagoasA Bacia do Rio Okavango cobre uma superfície hi-drologicamente activa com cerca de 323 192 km2, compartilhada por três países da África Austral: Angola, Namíbia e Botswana. O seu caudal princi-pal resulta do escoamento de planícies sub-húmi-das e semi-áridas da província de Cuito-Cubango, em Angola, numa área de 120 000 km², antes de concentrar o seu caudal ao longo das margens entre a Namíbia e Angola, desaguando num leque ou delta a uma altura de 980 metros. Vários rios confluem num único rio, cujas águas correm para o sul e oriente, ramificando-se novamente quan-do desagua no Delta do Okavango, onde termina, numa das maiores concentrações de água doce no interior do planeta.Faz parte da Bacia do Okavango em território an-golano o Rio Cuebe, e em toda a sua extensão tem inúmeras ilhas. Na sua nascente tem águas azuis, cuja imagem é, ao que parece, única no mundo. Nasce a norte da Província do Cuando Cubango, percorre cerca de 250 kms, passa pelo interior da cidade de Menongue, cruza-a de norte a Sul. É um rio com características, de caudal permanente, com diferentes espécies de peixe, lontras e jacarés em abundância.

ELEIÇÃO DAS 7 MARAVILHASNATURAIS DE ANGOLA

Barra do DandeProvíncia: BengoCategoria: Falésias

Cachoeiras do Binga no Rio KeveProvíncia: Cuanza SulCategoria: Quedas de ÁguaAs Cachoeiras do Binga no Rio Keve são uma pais-agem idílica para quem as visita e escolhe este local para a prática balnear. Apresentam características únicas à prática do turismo ecológico e de lazer.As Quedas formam um leito caudaloso e navegáv-el, que serpenteia as povoações das comunas dos municípios do Sumbe e Porto Amboim, es-preguiçando-se na Foz do Rio Keve.

Cataratas do RuacanáProvíncia: CuneneCategoria: Quedas de ÁguaAs Quedas do Ruacaná são um conjunto de cata-ratas e rápidos, em que o seu espectáculo impres-sionante faz do local um destino turístico popular. Formado pelo Rio Cunene nas imediações da pov-oação do Ruacaná, na fronteira de Angola com a Namíbia.A queda principal tem 120 metros de altura e cer-ca de 700 metros de largura, em cheia máxima. O conjunto constitui uma das maiores quedas de água de África. Devido ao uso da água do rio para a geração de energia, irrigação e abastecimento pú-blico, as quedas de água ganham um aspecto mais majestoso durante a época das chuvas.

Cavernas do Zau EvuaProvíncia: ZaireCategoria: Grutas e CavernasAs Cavernas do Zau Evua localizam-se a 80 quilómetros da sede do município de M´Banza Congo, cidade capital da Província do Zaire, classi-ficada como Património Cultural Nacional e candi-data a Património da Humanidade. Estas Cavernas são um local de rara beleza e têm um grande po-tencial turístico, que deslumbra os seus visitantes.

Deserto do NamibeProvíncia: NamibeCategoria: Áreas ProtegidasO Deserto do Namibe, na sua extensão em terri-tório angolano, contempla, entre outros locais de referência, o Parque Nacional do Yona, a Reserva Especial do Namibe, a Baía dos Tigres e as lagoas de Arco e do Carvalhão.É um deserto partilhado entre a Namíbia e o su-doeste de Angola e faz parte do Namib-Naukluft National Park, a maior reserva de caça em África. É considerado como sendo o mais antigo deserto do mundo, tendo permanecido em condições ári-das ou semi-áridas há pelo menos 55 milhões de anos. Abunda a Welwitschia Mirabilis, planta que pode atingir mais de mil anos de vida. A maior Wel-witschia conhecida, apelidada de “A grande Wel-witschia”, mede 1.4 metros de altura e mais de 4 metros de diâmetro.

Onde desagua o rio Dande, na comuna de Barra do Dande, na Província do Bengo. Merece destaque entre os atractivos naturais da região, pelas suas falésias deslumbrantes, que fazem as delícias dos visitantes.É uma zona também reconhecida pelo lazer e pelas suas praias bem preservadas e de beleza inegável.

Page 25: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

48 49

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Floresta do MaiombeProvíncia: CabindaCategoria: Áreas ProtegidasEstá situada na região norte da Província de Cabinda, fazendo fronteira com o Congo Brazza-ville e a República Democrática do Congo, ocupan-do uma vasta extensão territorial de 290 mil hec-tares, distribuídos entre os municípios de Buco Zau (comunas de Inhuca e Necuto) e Belize (comunas de Miconge e Luali). Apresenta uma densa vege-tação com árvores frondosas com 50 metros de altura onde podemos destacar o Pau-Rosa, Ngulo Mazi, entre outros.A fauna está constituída de animais de grande porte como os Elefantes, Rinocerontes, Pacaças, vários primatas como os gorilas, chimpanzés, pequenos macacos e preguiças, vários tipos de roedores, aves raras como o papagaio cinzento e periquitos.

Grutas da SassaProvíncia: Cuanza SulCategoria: Grutas e CavernasAs Grutas da Sassa localizam-se aproximadamente a 3 km a leste da cidade do Sumbe, na Província do Cuanza Sul. Apresentam um coral que forma estalactites e estalagmites, com exemplares únicos no mundo.É considerado um local de interesse histórico, por terem sido furnas de refúgio dos antepassados, na fuga do pagamento de impostos.

Grutas do NzenzoProvíncia: UígeCategoria: Grutas e CavernasAs Grutas do Nzenzo são um local recentemente descoberto. A sua beleza ainda virgem e completa-mente preservada. Tem vindo a ser desenvolvido o projecto Turi-Uíge, com a realização de acções des-tinadas a descobrir, fazer o levantamento e aprove-itar os locais turísticos existentes, que pode impul-sionar as Grutas do Nzenzo no sector turístico.

Egipto PraiaProvíncia: BenguelaCategoria: PraiasO Egipto Praia, onde desagua o Rio Balombo, é um local de paisagem mística que nos reporta para o Egipto. As arribas e falésias em torno da praia, que lhe conferem a sua real beleza, fazem lembrar a paisagem egípcia. O Egipto Praia fica a norte da Província de Benguela, relativamente perto da ci-dade do Lobito.

Fenda da TundavalaProvíncia: HuílaCategoria: FalésiasJanela natural do planalto da Huíla para o Deser-to de Namibe, a maravilhosa Fenda da Tundavala situa-se a um pouco mais de dois mil metros de altitude, rodeada de imponentes falésias, sobre a cordilheira da Chela. Tem uma distância de aprox-imadamente 15 quilómetros a oeste da cidade do Lubango, capital da província da Huíla.O sítio, pela sua atractiva beleza e características propícias ao turismo, foi classificado como pais-agem natural e cultural, por Decreto Executivo nº 5/12 de 9 de Agosto, do Governo de Angola.As comunidades nativas consideram-no também como sendo o lugar onde os espíritos dos seus an-tepassados se refugiam, fechando-se em gavetas invisíveis.

Ilha do MussuloProvíncia: LuandaCategoria: PraiasA Ilha do Mussulo é um local de rara beleza às por-tas de Luanda. Trata-se de um banco de areia, com cerca de 30 km de comprimento, formado pelos sedimentos do rio Kwanza.A restinga do Mussulo abriga a Baía do Mussulo, que alberga três ilhas no seu interior, sendo a ilha dos Padres a maior e mais conhecida. Do outro lado da restinga, voltada para o Oceano Atlântico, há uma imensa praia de areia branca, praticamente deserta.

Page 26: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

50 51

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Miradouro da LuaProvíncia: LuandaCategoria: FalésiasO Miradouro da Lua faz parte do imaginário dos angolanos e é um ponto turístico de paragem obrigatória. Trata-se de um conjunto de falésias, 40 km a sul de Luanda, no município da Samba. Ao longo do tempo, a erosão provocada pelo vento e pela chuva foi criando a paisagem de tipo lunar que ali se encontra.Este foi o cenário do filme “O Miradouro da Lua”, do realizador português Jorge António, a primeira co-produção cinematográfica luso-angolana, roda-da em 1993 e que obteve o prémio especial Real-ização no Festival de Gramado, Brasil.

Morro do Môco Província: HuamboCategoria: Grandes RelevosO Morro do Môco é o ponto mais alto de Angola. Situa-se na província do Huambo, no município de Londuimbali e tem 2.620 m de altitude. Aqui per-manecem 85 hectares de floresta de montanha, o habitat mais ameaçado de Angola.Aqui é o refúgio de várias espécies raras e de es-pécies endémicas, como o Francolim de Swierstra. Do ponto de vista do turismo de natureza sus-tentável, é um desafio para os praticantes de rap-pel e canyoning.

Parque Nacional da CameiaProvíncia: MoxicoCategoria: Áreas ProtegidasOcupa uma área de 14.450 km² e foi estabelecido como parque nacional em 1957. O Parque Nacion-al da Cameia é uma enorme reserva animal, onde se encontram várias espécies de peixes como o caqueia, mussata, entre outros, e animais selva-gens como onças, nusses, pacaças e palancas.Está limitado a norte pelo caminho-de-ferro de Benguela, a sul com o rio Luena, a oeste com o rio Lumege e a leste com os rios Luangunge, Chifuma-gi, Zambeze e Lulua.

Lagoa CarumboProvíncia: Lunda NorteCategoria: Rios e LagoasTambém conhecida como Lagoa Nakarumbo e Karumbo. As águas do rio Luxiko correm lenta-mente sobre a lagoa proporcionando um visual bastante agradável a todos que se deslocam àquela localidade.Conta a lenda que numa noite de frio, uma senhora de idade avançada, de nome Karumbo, que estava de passagem na aldeia onde é hoje a lagoa, pediu acolhimento e ninguém acedeu, à excepção de um aldeão. De manhã a idosa recomendou que aban-dona-se o local, pois havia amaldiçoado a aldeia e ia transformá-la numa lagoa. A lagoa ganhou assim o seu nome.

Parque Nacional da QuiçamaProvíncia: LuandaCategoria: Áreas ProtegidasO Parque Nacional da Quiçama foi estabelecido como reserva de caça em 1938 e transformado em parque nacional em 1957. Com uma extensão de 990.000 hectares, é um dos maiores parques em toda a África.O período de Guerra Civil que se viveu em Angola, dizimou parte da população animal do parque. A Operação Arca de Noé, que se encontra a decor-rer no parque, propõe-se fazer o repovoamento de várias espécies, entre elas elefantes, pacaças, palancas vermelhas, assim como uma grande var-iedade de aves exóticas.

Parque Nacional de KangandalaProvíncia: MalanjeCategoria: Áreas ProtegidasO Parque Nacional de Kangandala é a reserva nat-ural da Palanca Negra Gigante, espécie endémica e protegida que é símbolo de Angola. Com uma ex-tensão territorial de 600 Km2, o Parque Nacional da Kangandala foi estabelecido como Reserva Nat-ural Integral a 25 de Junho de 1963 e elevado a Parque Nacional a 25 de Junho de 1970.É especialmente rico em espécies de aves, como por exemplo: patos bravos, capotas, perdizes, pom-bos, entre outros.

Page 27: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

52 53

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Pedras Negras de Pungo AndongoProvíncia: MalanjeCategoria: Grandes RelevosAs Pedras Negras de Pungo Andongo ficam lo-calizadas no município do Kacuso, a cerca de 116 km da cidade de Malanje e são uma importante atracção turística de Angola.São estranhas formações rochosas, com milhões de anos, que se elevam bem acima da savana que as rodeia e formam um cenário deslumbrante. Se-gundo a tradição, podem ai encontrar-se pegadas esculpidas na rocha da Rainha Ginga.

Praia da CaotinhaProvíncia: BenguelaCategoria: PraiasA Praia da Caotinha é uma das mais bonitas de Benguela, Província reconhecida por uma costa rica em praias de rara beleza. Com águas muito límpidas, é uma praia pequena com cerca de 100m de comprimento à qual se acede contornando o Morro da Caota.É muito frequentada porque situa-se próximo à cidade em relação às outras, também é muito visitada pela sua beleza e pela sua natureza bem preservada.

Quedas de KalandulaProvíncia: MalanjeCategoria: Quedas de ÁguaAs Quedas de Kalandula é um postal de visita de Angola. Localizadas no rio Lucala, o mais impor-tante afluente do rio Kwanza, são as segundas quedas mais altas de África, com extensão de 410 metros e 105 metros de altura.Ficam a cerca de 80 km da cidade de Malanje, cap-ital da província, e a 420 km de Luanda. Para além de um inigualável cenário paisagístico, são também propícias a banhos.

Rio CuitoProvíncia: Cuando CubangoCategoria: Rios e LagoasO Rio Cuito, na Província de Cuando Cubango, destaca-se pela beleza natural e verdejante nas suas margens e pelo serpentear do seu leito.Local de grande riqueza em fauna e flora, cria uma paisagem que reforça a força hidrográfica desta região angolana.

Reserva Florestal do Golungo – AltoProvíncia: Cuanza NorteCategoria: Áreas ProtegidasA Reserva florestal do Golungo - Alto tem uma área de 558km2. É uma região rica em diversi-dade de espécies como a pacaça, hipopótamos, antílopes, corças, lebres, galinhas do mato e per-dizes. Também aqui se encontram elefantes, leões, onças, lobos, hienas, chacais e mabecos.

Quedas do Rio ChiumbeProvíncia: Lunda SulCategoria: Quedas de ÁguaAs Quedas do Rio Chiumbe estão situadas próx-imo do município de Dala, ao lado da ponte que liga a estrada da Província da Lunda Sul ao Moxico. Ninguém fica indiferente à sua passagem, onde o rio que lhes dá o nome cria uma paisagem de rara beleza.

Page 28: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

54 55

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Serra da LebaProvíncia: NamibeCategoria: Grandes RelevosA Serra da Leba separa a Huíla do Namibe, tem um declive de mais de 1.000 metros e faz parte do ro-teiro turístico de dentro e fora de portas. Seduz o mais exigente turista, por ser inédita e grandiosa. Com o miradouro, a paisagem, a cascata, os tons e sons únicos, tem sido visitada por grandes person-alidades que se encantam e extasiam.No passado, as vias comerciais tinham caminhos impraticáveis e o comércio era moroso, com a car-ga transportada às cabeças dos carregadores ou no dorso de animais. Hoje, destaca-se pela estrada ziguezagueada desenhada num aveludar da encos-ta. A estrada é uma obra da arte de 20km, com 19 curvas espectaculares, construída em 1915, com a ousadia e conhecimento do Eng.º Artur Torres, ligando agora o Namibe ao Lubango em 2 horas.

Rio ZaireProvíncia: ZaireCategoria: Rios e LagoasO rio Zaire, também conhecido como rio Congo, é o segundo maior rio da África (após o rio Nilo) e o sétimo do mundo, com uma extensão total de 4.700 km.É o primeiro rio de África e o segundo do mundo em volume de água, chegando a debitar um caudal de 67.000 m³/s de água no Oceano Atlântico.

Rio KwanzaProvíncia: BiéCategoria: Rios e LagoasA nascente do Rio Kwanza localiza-se no planalto central de Angola, na Província do Bié, no municí-pio do Chitembo, comuna do Mumbué. É o maior rio exclusivamente angolano e tem uma importân-cia extrema para o país, tanto que desde 1977 dá nome à unidade monetária nacional (o kwanza).Tem um curso de 960km, com uma bacia hi-drográfica de 152.570km2. A sua foz é no Oceano Atlântico, a Sul de Luanda, na Barra do Kwanza. Dá o seu nome a duas províncias de Angola: Cuanza Sul, na margem sul, e Cuanza Norte na margem norte e foi berço do antigo reino do Ndongo.

Page 29: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

56 57

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

RESERVAS , PARQUESE FLORESTAS NACIONAISO esforço de desenvolvimento da oferta deverá enfocar-se num conjunto de Pólos de Desenvolvi-mento Turístico seleccionados em função do seu potencial de exploração turística a curto prazo.

Pólo do Futungo de BelasPólo focado no Turismo Sol & Mar de qualidade superior,junto da capital, Luanda.Localização: Município da Samba.Área: 517 ha.Atracção Principal: Baía do Mussulo.

Perspectivas de desenvolvimento

Pólo focado no Turismo Sol & Mar de qualidade superior.Deverão ser construídas infra-estruturas no senti-do de atingir esteobjectivo, tais como: - Hotéis de categoria superior; - Marinas e Clubes Navais; - Condomínios de vivendas; - Um Parque Temático e um Pavilhão Multiusos; - Infra-estruturas de apoio balnear de qualidade; - Parques e jardins.Boas acessibilidades a partir da capital do País, a serem potenciadas com a nova marginal.

Cultural Prioridade: M’Banza KongoEvolução: Luanda, M’banza Congo, Muxima, Lubango, Soyo, Malanje, Benguela e Cunene

Sol & Mar Prioridades: Cabo Ledo e Futungo de BelasEvolução: Mussulo, Benguela/ Lobito e Namibe

NaturezaPrioridades: Kalandula e Bacia do Okavango (e pro-jecto Kaza)Evolução: Kissama

Num futuro próximo prevê-se a extensão deste pólo à Ilha do Mussulo, o que conduzirá ao alar-gamento da intervenção do pólo, nomeadamente: - Melhoria das infra-estruturas de saneamento básico, rede eléctricae rede de abastecimento de água da Ilha do Mus-sulo; - Melhoria das acessibilidades à Ilha do Mussulo, com a criação de um serviço de ligação à costa em ferry-boat/speed-boat; - Reformulação da mobilidade através de uma aposta em sistemas de transporte eco-friendly.

Pólo KalandulaA beleza ímpar das segundas maiores cataratasde África – as Quedas de Kalandula – justificamo empenho prioritário do governo no desenvolvi-mento deste pólo turístico.Localização: Município da Kalandula,Província de Malanje.Área: 2.000 ha.Atracção Principal: Quedas de Águade Kalandula.

As Quedas de Kalandula estão localizadas no rio Lucala, o mais importante afluente dorio Kwanza e situam-se a cerca de 80 Km da cidade de Malanje e a 420 Km de Luanda. Com uma extensão de 410 m e uma altura de 105 m, são as segundas maiores de África, depois das quedas Victoria, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabwe

Perspectivas de desenvolvimento

Para potenciação das características Turísticas deste pólo vai apostar-se no desenvolvimento do Agro-Turismo, com a criação de oferta de visitas guiadas a fazendas complementadas com a prática de actividades hípicas.

A nível do alojamento prevê-se um significativo au-mento da oferta,nomeadamente:

- Hotel até 4 estrelas; - 100 a 150 quartos em estalagens; - Pousada da Juventude; - Parque da Campismo.- Miradouros e trilhos ao longo das margens.

 Desassoreamento da base das quedas.Redes de água, electricidade e saneamento.Zonas de restauração e estacionamento.Para melhoria das acessibilidades locais poderão criar-se serviços transfer para o aeroporto e Es-tação dos Caminhos-de-Ferro de Malange.Passeios de Barco.Serviços e Limpeza e Segurança comuns.

Pólo cabo ledoA proximidade de Luanda e a riqueza natural das suas praias tornam Cabo Ledo num pólo de desen-volvimento Sol & Mar a desenvolver com carácter prioritário.Localização: Município da Kissama.Área: 2.000 ha.Atracção Principal: Zona balnear com120 Km de extensão, aproximadamentea 1h30 de Luanda.

O Cabo Ledo é uma larga enseada situada na província do Bengo, em pleno Parque Nacional da Kissama. A 120 km a sul da cidade de Luanda, a vastidão daspraias das suas águas límpidas e a beleza das im-ensas falésias junto à extensa faixa de areia branca tornam este um local deslumbrante.Cabo Lebo dispõe de bares e apoios e é reconhe-cido por ser propício à prática da pesca e do surf

Perspectivas de desenvolvimento

Este pólo complementa a oferta de Turismo Sol e Mar com o Turismo Natureza, dada a proximidade do Parque da Kissama.A nível do alojamento prevê-se um significativo au-mento da oferta, nomeadamente: - 450 a 500 quartos de hotel (hotéis até 5 estrelas); - Apartamentos turísticos; - Parque de Campismo; - Condomínios de Vivendas; - Pousada da Juventude.

Outras infra-estruturas:

- Estacionamentos e zonas de apoio a excursões; - Redes de água, electricidade e saneamento; - Serviços de Limpeza e Segurança comuns.

Fomento do Turismo Jovem com o aumento da oferta de animação, nomeadamente:

- Discotecas; - Escolas de surf, windsurf e natação; - Oferta de desportos radicais;

Page 30: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

58 59

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

- Salas de jogo, possivelmente um Casino; - Organização de Eventos (ex.: concertos e festi-vais).Melhoria da sinalização rodoviária nos acessos Lu-anda – Cabo Ledoe reforço da oferta de transporte colectivo. Mini-Autocarros para Aeroporto e Parque da Kissama.

Pólo bacia do okavangoA Bacia do Okavango é uma zona privilegiada para o fomento do Turismo de Natureza – a forte im-agem e interesse turístico que suscita justificam a classificação como pólo prioritário.Localização: Município Dirico.Área: 12.000 ha.Atracção Principal: Área partilhadacom o projecto transfronteiriço“Okwango-Zambezi”

O rio Okavango nasce nos planaltos do interiorangolano e desagua no maior Delta interior do mundo, no Botswana.O Delta forma um pântano que se dispersa pelodeserto do Kalahari, próximo dos pântanos tem-porários de Makgadikgadi, criando uma zona priv-ilegiada para a observação de animais em estado selvagem.O Delta cobre uma superfície entre 15 000 km²e 22 000 km² durante as cheias.Aqui existe a única população de leões nadadores –condição inevitável numa região onde a água das cheiaschega a cobrir 70% do seu território natural.

Perspectivas de desenvolvimento

Qualquer desenvolvimento turístico local terá que ter como base a desminagem.Melhoria das acessibilidades com trilhos para viaturas 4x4, com pontos para observação de an-imais, e criação de Aeródromo. Ligação regular a Menonge. Neste pólo, o Turismo de Natureza pode ser com-plementado com o Turismo Cinegético e Turismo Étnico.Criação de infra-estruturas de apoio à observação da fauna e flora.

A nível do alojamento: - 200 a 250 Quartos de Hotel (Resorts); - Parque de Campismo e Caravanismo.Redes de água, electricidade e saneamento autónomas.Serviços de Limpeza e Segurança comuns.Serviços de Manutenção auto.Centro de formalidades (ex.: vistos no âmbito do projecto KAZA).

M’banza kongo - Património cultural da humanidadeA área histórica de M’banza Kongo foi classificada em 1957, dada a grande importância para o Pat-rimónio Cultural Angolano, para África, e até mes-mo para o Mundo.

Localização: Município de M’banzaKongo, Província do Zaire.

M’banza Kongo (capital da província do Zaire) foi um importante centro político eadministrativo. Era a capital do reino do Kongo e aqui ocorreu, em 1490, o primeiro contacto dosPortugueses com o rei do Kongo.

Aqui foi implantada a diocese de Angola e do Kon-go pelos Portugueses e um importante número de edificações do século XVI são ainda visíveis, tais como: as ruínas da velha Catedral;a residência dos reis do Kongo, actualmente Mu-seu do Reino do Kongo; o túmulo dos reis;entre outras edificações que constituem um relato extraordinário do passado histórico, cultural,arqueológico, religioso e político.

É propriedade do Estado Angolano. O Ministério da Cultura, o Governo da Província doZaire e a Igreja Católica são responsáveis pela sua manutenção, preservação e administração.

Em Novembro de 1996 o Ministério da Cultura, In-stituto Nacional do Património Culturalapresentaram uma candidatura à UNESCO na cat-egoria Cultural (Ref. 920).

Page 31: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

60 61

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

ECONOMIA ENEGÓCIOS

04

Page 32: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

62 63

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

A República de Angola é um País em paz com vári-as oportunidades de negócios e inúmeros recursos naturais, nomeadamente, petróleo, gás natural, co-bre, fosfato, diamante, zinco, alumínio, ouro, ferro, silicone, urânio, fedespato, etc, e uma fauna e flora bastante rica em madeira e recursos marinhos.

Durante a primeira década da paz a economia an-golana registou um rápido crescimento na média de 18% por ano, sendo considerada como uma das economias mais dinâmicas do mundo. Este facto deveu-se essencialmente ao aumento da produção petrolífera que duplicou de 875 milhões de barris por dia em 2003 para 1,9 milhões de barris por dia em 2008 e do crescimento médio anual dos sec-tores não-petrolíferos na ordem dos 19%.

O crescimento do PIB de 5% contribuiu, na altura, para uma maior aposta na diversificação da econo-mia do país face ao sector petrolífero. Para tal, mui-to contribuiu a contínua aposta na diversificação da economia do País face ao sector petrolífero.

Neste campo, importa destacar o Programa de In-vestimentos Públicos (para reforço das infra-estru-turas públicas), o Programa de Desenvolvimento de Micro, Pequenas e Médias Empresas (que tem como objectivo a criação e consolidação do tecido empresarial angolano) ou mesmo a própria reforma tributária (criada com o objectivo de diversificar a receita fiscal, até agora muito dependente dos im-postos ligados ao sector petrolífero).

Neste âmbito, o Sector Bancário afigura- se cada vez mais como um dos impulsionadores da econo-mia angolana. Em 2012 continuou a verificar-se o crescimento deste sector, não só ao nível do núme-ro de balcões, mas também em termos de rentabili-dade das instituições financeiras que desenvolvem a sua actividade em Angola. O robusto Sector Bancário angolano passou de apenas 13 entidades autorizadas a operar no País em 2005 para 23 em 2012, com tendência para continuar a crescer. Esta situação pode tornar-se decisiva numa altura em que a diversificação económica constitui uma das prioridades nacionais.

Como consequência deste crescimento, o Banco Nacional de Angola tem vindo a desenvolver es-forços no sentido de promover a estabilidade do Sector Bancário através da emissão de regulamen-

ECONOMIA

tação relativa à governação corporativa, ao contro-lo interno e à auditoria externa, entre outros.

Por outro lado, as políticas económicas adoptadas pelo Governo angolano que prevêem a eliminação de restrições à oferta de bens e serviços, concessão de incentivos fiscais ao investimento produtivo e a nova Lei do Investimento Privado têm dado bons resultados, razão pela qual Angola se situa no topo dos países que mais crescem em África e com mel-hores condições para se investir.

A economia de Angola foi bastante afectada pela guerra civil que durou quase trinta anos, colocan-do o país temporariamente entre os mais pobres do planeta. Hoje, Angola apresenta boas taxas de crescimento apoiadas principalmente pelas suas exportações de petróleo. As jazidas de petróleo estão localizadas em quase toda a extensão da sua costa marítima. Angola já teve o café como seu principal cultivo. Seguem-se-lhe a cana-de-açúcar, o sisal, milho, óleo de coco e amendoim.

Numa primeira fase foi definido como área privi-legiada o sector agropecuário, com a produção de cereais, cacau, banana, e gado bovino, caprino e suíno, embora no modelo de produção de sub-sistência.

As principais indústrias do território são as de beneficiamento de oleaginosas, cereais, carnes e algodão. Merece destaque, também, a produção de açúcar, cerveja, cimento e madeira, além do petróleo refinado. Entre as indústrias destacam-se as de pneus, fertilizantes, celulose, vidro e aço. O parque fabril é alimentado por cinco hidroeléctri-cas, que dispõem de um potencial energético su-perior ao consumo.

O sistema ferroviário é constituído por cinco linhas que ligam o litoral ao interior. A mais importante delas é o Caminho-de-ferro de Benguela (CFB), que faz conexão com as linhas de Catanga, na fronteira com a República Democrática do Congo. A rede rodoviária, na sua maioria constituída de es-tradas de segunda classe, liga as principais cidades. Os portos mais movimentados são os de Luanda, Lobito, Namibe e Cabinda. O aeroporto de Luanda é o centro de linhas aéreas que põem o país em contacto com outras cidades africanas, europeias e do resto do mundo.

Page 33: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

64 65

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Oportunidades de Investmento- Estradas- Pontes- Água potável- Instalações Hidroeléctricas- Caminhos-de-ferro- Portos e Aeroportos- Telecomunicações- Indústria agro-alimentar- Materiais de construção- Pescas- Petroquímica- Extracção e processamento de minérios.- Sector dos Diamantes- Reabilitação e construção de canais de irrigaçãopara a Agricultura.- Industria extractiva- Tecnologias de Informação- Saúde

Todo o investimento privado estrangeiro é regu-lado pela Agência de Investimento Privado e Pro-moção das exportações(AIPEX).

MoradaRua Kwamme Nkrumah,nº 8/nº 10, MaiangaLuanda – Angola

TELEF. +244 222 39 14 34 | 222 33 12 52 | FAX 222 39 33 81

[email protected]

Internethttp://aipex.gov.ao/

COMO INVESTIR EM ANGOLAConsulte a Lei do Investimento Privado, Lei 10/18 de 26 de Junho

Investir em Angola obriga conhecer os elementos básicos contidos na Lei do Investimento Estrangei-

NEGÓCIOS

ro.

O que é investimento estrangeiro?

A lei angolana considera investimento a introdução e utilização no território nacional de capitais, bens de equipamento e tecnologia ou ainda a utilização de fundos possíveis de serem transferidos para o exterior ao abrigo da lei cambial.

Que operações são consideradas investi-mento estrangeiro?Nos termos da lei, são operações de investimen-to estrangeiro a criação e ampliação de sucursais, ou de outras formas de representação social de empresas estrangeiras, ou de novas empresas ex-clusivamente pertencentes ao investidor. A par-ticipação, ou aquisição de participação, no capital social de empresas, a tomada total ou parcial, de estabelecimentos comerciais e industriais por aquisição de activos, ou através de contratos de arrendamento são operações de investimento es-trangeiro.

A lei considera ainda neste domínio a aquisição de imóveis, em território nacional, quando essa aquisição se integrem em projectos de investimen-

to estrangeiro.

Formas de realização

Os investimentos estrangeiros são realizados através da transferência de fundos do estrangeiro, aplicação de disponibilidade em contas bancárias, em moeda externa, constituídas em Angola por não residentes, importação de equipamentos, acessóri-os e materiais de incorporação de créditos e outras disponibilidades do investidor susceptíveis de ser-em transferidos para o exterior de acordo com a lei cambial. A incorporação de tecnologias também é uma forma de realização e investimento estrangei-ro em Angola.

Áreas vedadas ao investimento estrangeiro

Estão vedadas ao investidor estrangeiro as áreas da defesa, segurança e ordem interna, a actividade bancária no que se refere às funções de banco emissor e outros sectores que, por lei, são consid-erados reserva absoluta do Estado.

Direitos e garantias

O investidor estrangeiro pode transferir os div-idendos ou lucros distribuídos deduzidas as amortizações legais e os impostos, o produto da liquidação dos seus investimentos, incluindo as mais-valias, depois de pagos os impostos, e quais-quer importâncias que lhe seja devida e que nos termos da lei constituam investimentos estrangei-ros.

Obrigações

A lei obriga o investidor a respeitar a legislação do país, promover a mão-de-obra nacional, constituir fundos e reservas e fazer provisões, aplicar o plano de contas e as regras de estabilidade existentes, re-speitar a defesa do ambiente, higiene, protecção e segurança dos trabalhadores e manter actualizados os seguros contra acidentes e doenças profission-ais.

Regime fiscal, recurso ao crédito e contas bancárias

As empresas abrangidas pela lei do investimen-to estrangeiro estão sujeitas à lei fiscal do país, usufruindo dos mesmos benefícios que as nacio-nais, podem recorrer ao crédito interno e externo (objecto de licenciamento e autorização junto do Ministério das Finanças e do Banco Central) e de-vem obrigatoriamente ter contas em moedas na-cional e estrangeira em bancos domiciliados em Angola.

INVESTIMENTO ESTRANGEIROMais de cem projectos de investimento estrangeiro foram aprovados nos últimos anos, atingindo uma verba superior aos 737 milhões de dólares.

Page 34: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

66 67

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

LEGISLAÇÃOLei n.º 7-15 de 15 de Junho da Lei Geral do Tra-balhoLei de TerrasRegulamento do Regime Jurídico dos EstrangeirosLei de base do sector Empresarial PúblicoLei das Sociedades UnipessoaisAviso n.º 13/14 – Banco Nacional de AngolaAviso n.º 14_de 24 de Dezembro de 2014Constituição da República de Angola de_2010Decreto Legislativo Presidencial n.º2/13Decreto Presidencial n.º 108/11 de 25 de MaioDecreto Presidencial n.º 123/13Projecto de Decreto Presidencial nº 273/11Decreto_Presidencial_n.º 237/11Lei n.º 11/13 – Assembleia Nacional

DIREITOS E DEVERES DOS INVESTIDORESDireitos- Repatriamento dos seus lucros e dividendos;- Recurso ao crédito interno e externo;- Acesso aos tribunais, tratamento justo e não dis-criminatório, protecção e segurança;- Respeito pelo sigilo profissional e privacidade;Indeminização justa, pronta e efectiva em caso de expropriação;- Garantia do direito de propriedade industrial e criação intelectual;- Estes e outros direitos são assegurados sem pre-juízo de outros previstos em Acordos e convenções bilaterais.

Deveres- Observar os prazos e as condições contratual-mente firmados- Promover a formação e o enquadramento da mão-de-obra nacional- Pagar os impostos, taxas e demais contribuiçõesRespeitar as normas relativas à higiene, protecção e segurança no trabalho, bem como as que visam à defesa do meio ambiente- Estes e outros direitos são assegurados sem pre-juízo de outros previstos em Acordos e convenções bilaterais.

Page 35: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

68 69

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

CONSULADOS05

Page 36: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

70 71

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

INFORMAÇÃO GERALHorários Recepção de pedidosSegunda, Terça, Quinta e Sexta-feira- 9h30 - 12h30Entrega de documentosSegunda, Terça, Quinta e Sexta-feira -14h00 – 15h30

VistosVisto Diplomático

- Um formulário devidamente preenchido- Passaporte Diplomático- Nota verbal do Departamento Federal dos Negócios Estrangeiros ou da Missão Diplomática do país requerente- Cópia da Carta de Legitimação- Duas fotografias (tipo passe)- Cópia do Certificado Internacional de vacinação- Preço: Consultar Tabela

Visto Oficial

- Um formulário devidamente preenchido- Passaporte oficial ou Laissez-Passer das Nações Unidas - Nota verbal do Departamento Federal dos Negócios Estrangeiros ou da Missão Diplomática do país requerente - Cópia da Carta de Legitimação - Duas fotografias (tipo pass) - Cópia do Certificado Internacional de vacinação - Preço: Consultar Tabela

Visto Ordinário

- Carta do requerente dirigida à Embaixada- 2 formulários devidamente preenchidos- Passaporte ordinário válido (prazo mínimo 6 me-ses) e cópia das principais páginas utilizadasDuas Fotografias (tipo pass)- Carta convite de uma pessoa, empresa ou organ-ismo oficial com sede em Angola- Garantia de meios de subsistência (atestado do trabalho)- Autorização de residência (permis) para os es-trangeiros- Cópia do cartão internacional de vacinação com vácinas contra febre amarela, Hepatite A e B- Cópia do bilhete de passagem

- Se for o caso, cópias de vistos anteriores para a entrada na república de Angola.- Envelope franqueado para a devolução do pas-saporte- Taxa : Consultar TabelaObs: Os requerentes desse tipo de visto (válido até 30 dias) devem apresentar o dossier do pedido três semanas antes da data de viagem.

Visto de Turismo

- Carta do requerente dirigida à Embaixada- 2 formulários devidamente preenchidos- Cópia do cartão internacional de vacinação com vácinas contra febre amarela, Hepatite A e B- Comprovativo do meio de subsistência- Passaporte ordinário válido (prazo mínimo 6 me-ses) e cópia- Duas Fotografias (tipo pass)- Comprovativo do bilhete de passagem ou da res-ervação de voo- Taxa : Consultar Tabela- Obs: Os requerentes desse tipo de visto (válido até 30 dias) devem apresentar o dossier do pedido três semanas antes da data de viagem.

Visto de Curta Duração

- Carta do requerente dirigida à S. Excia. o Embaix-ador- Um formulário devidamente preenchido + Ficha + Capa- Passaporte e cópia das principais páginas utiliza-das- Duas fotografias tipo passe- Cópia do certificado internacional de vacinas- Comprovativo de meios de subsistência- Envelope franqueado para a devolução do pas-saporte- Taxa: Consultar TabelaObs: 1- Os requerentes desse tipo de visto, porta-dores de carta - convite de uma empresa do sector petrolífero devem certificar-se que a mesma esteja reconhecida pelo Ministério dos Petróleos.

2- Este tipo de visto é válido por um período de quinze dias.

Visto de Estudo

Carta do requerente dirigida à S. Excia. o Embaix-adorUm formulário devidamente preenchido + Ficha + CapaCópia do certificado de registro criminalAtestado Médico do país de origemComprovativo de meios de subsistênciaTrês fotografias tipo passeFotocópia do passaporte e das principais páginas utilizadasDeclaração de compromisso perante a Lei angola-naTaxa: Consultar Tabela

Page 37: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

72 73

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Visto de Tratamento Médico

- Carta do requerente dirigida à S. Excia. o Embaix-ador- Um formulário devidamente preenchido + Ficha + Capa- Relatório médico do país de origem- Documento comprovativo de consulta médica- Documento da instituição de saúde onde o req-uerente vai ser atendido- Cópia do certificado de Registo Criminal do país de origem- Comprovativo de meios de subsistência- Declaração de compromisso perante a Lei ango-lana- Fotocópia do passaporte, nomeadamente das principais páginas utilizadas- Três fotografias tipo passe- Comprovativo do pagamento do acto migratório- Taxa: Consultar Tabela

Visto Priveligiado

- Carta do requerente dirigida à S. Excia. o Embaix-ador- Um formulário devidamente preenchido + Ficha + Capa

- Certificado de Investidor- Comprovativo da licença de importação de cap-itais para o investimento requerido, emitido pela entidade bancária- Procuração válida em favor da pessoa que repre-senta o investidor em Angola (se for o caso)- Cópia do certificado de Registro Criminal do país de origem- Atestado Médico emitido no país de origem- Declaração de compromisso perante a lei ango-lana- Fotocópia do passaporte e das principais páginas utilizadas- Três fotografias tipo passe- Comprovativo do pagamento do acto migratório- Taxa: Consultar Tabela

Visto de Trabalho

- Carta da Embaixada ou do Consulado sobre envio do processo ao SME;- Um formulário devidamente preenchido- Requerimento da entidade contratante a solicitar o visto- Contrato de Trabalho ou Contrato promessa- Três Fotografias (tipo pass)- Parecer do MAPESS ou de outro órgão de tutela- Declaração de compromisso perante as leis de Angola- Fotocópia do Diário da República (s/ constituição da empresa)- Alvará da empresa- Comprovativo actualizado do pagamento de im-postos- Certificado de habilitações literárias e/ou profis-sionais- Curriculum Vitae- Certificado de Registo Criminal do país onde re-side

- Atestado Médico emitido no país onde reside- Fotocópia do passaporte e das principais páginas utilizadas- Taxa: Consultar Tabela

Visto de Permanência Temporária

- Carta do requerente dirigida à S. Excia. o Embaix-ador- Um formulário devidamente preenchido + Ficha + Capa- Certificado de Registro Criminal emitido no país de origem- Atestado Médico emitido no país de origem- Comprovativo de relações familiares com ci-dadãos nacionais- Comprovativo dos meios de subsistência e de habitabilidade- Declaração de compromisso perante à lei ango-lana- Fotocópia do passaporte e das principais páginas utilizadas- Três fotografias tipo passe- Comprovativo do pagamento do acto migratório- Taxa: Consultar Tabela

Visto de Fixação de Residência

- Carta do requerente dirigida à S. Excia. o Embaix-ador- Um formulário devidamente preenchido + Ficha + Capa- Certificado de Registro Criminal do país de origem/onde reside- Atestado Médico emitido no país onde reside- Termo de responsabilidade da pessoa que o vai hospedar ou comprovativo de propriedade / arren-damento de residência- Comprovativo dos meios de subsistência- Declaração de compromisso perante à Lei ango-lana- Fotocópia do passaporte e das principais páginas utilizadas- Três fotografias tipo passe- Comprovativo do pagamento do acto migratório- Taxa: Consultar Tabela

Page 38: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

74 75

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

oficial e autenticada pelas autoridades.

Passaporte

O pedido para emissão ou prorrogação de um passaporte ordinário de Angola deve ser feito pes-soalmente no Sector Consular da Embaixada de Angola. Para proceder a emissão de passaporte, os cidadãos angolanos residentes legalmente na Alemanha devem reunir os seguintes documentos:

- Cópia Integral do Assento de Nascimento ou Cer-tidão Narrativa Completa de Nascimento- Bilhete de Identidade válido (se possuir)- Passaporte (p/prorrogação)- Cartão de Inscrição Consular- Três fotografias tipo passe (3x4,5) recentes com fundo branco- Autorização de Residência na Alemanha- Certidão de Casamento (se for o caso)- Declaração de trabalho ou Atestado do Estabe-lecimento de ensino- Termo de Responsabilidade (para menores de idade)- Taxa: Consultar Tabela Obs: A cópia integral do assento de nascimento ou a Certidão de Nascimento deve estar devidamente autenticada pelo Ministério das Relações Exteri-ores de Angola (prazo de validade até seis meses).

Nota importante: Todos os documentos em língua estrangeira (excepto o passaporte, o certificado internacional de vacinas e comprovativos de res-ervas de voo e hotel) devem ser previamente tra-duzidos para a língua portuguesa por um tradutor oficial e autenticada pelas autoridades locais.

DocumentosInscrição Consular

A inscrição consular é um acto a partir do qual os cidadãos angolanos habilitam-se à protecção con-sular prestada pela Missão Diplomática, de acordo com a Convenção de Viena de 1963 sobre relações consulares. Ela é um dos requisitos necessários para que o cidadão nacional possa beneficiar dos serviços consulares prestados por essa Embaixada.

Para proceder ao registo consular, os cidadãos an-golanos (inclusive menores de idade) residentes le-galmente na Alemanha, devem reunir os seguintes documentos:

- Um Formulário devidamente preenchido- Cópia Integral do Assento de Nascimento- Certidão Narrativa Completa de Nascimento- Bilhete de Identidade ou Passaporte- Autorização de Residência na Alemanha- Atestado de Residência na Alemanha- Declaração de trabalho ou Atestado do Estabe-lecimento de Ensino- Taxa: Consultar Tabela Obs: A cópia integral do assento de nascimento ou a Certidão de Nascimento devem estar devid-amente autenticadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola (prazo de validade até seis meses).

Nota importante: todos os documentos em língua estrangeira (excepto o passaporte, o certificado internacional de vacinas e comprovativos de res-ervas de voo e hotel), devem ser previamente tra-duzidos para a língua portuguesa por um tradutor

Salvo Conduto

- Uma fotografia tipo passe- Uma carta dirigida a S. E. o Embaixador a solicitar o documento- Um Formulário devidamente preenchido- Atestado de Residência. ou o cartão de residente- Documentos angolanos (que provam a sua ci-dadania, por exemplo: Passaporte, B.I, Certidão Narrativa Completa)- Preço: Consultar Tabela Obs: A cópia integral do assento de nascimento ou a Certidão de Nascimento devem estar devid-amente autenticadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola (prazo de validade até seis meses).

Nota importante: Todos os documentos em língua estrangeira (excepto o passaporte, o certificado internacional de vacinas e comprovativos de res-ervas de voo e hotel) devem ser previamente tra-duzidos para a língua portuguesa por um tradutor oficial e autenticada pelas autoridades locais.

Transcrição e Registo de Casamentos

- Cópia Integral do Assento de Nascimento- Inscrição consular (cidadão angolano)- Certidão de Nascimento e B.I. do nubente (es-trangeiro)- Atestado de Residência dos nubentes- Certidão de Casamento (original)- Preço: Consultar Tabela Obs: A cópia integral do assento de nascimento ou a Certidão de Nascimento devem estar devid-amente autenticadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola (prazo de validade até seis meses).

Nota importante: Todos os documentos em língua estrangeira (excepto o passaporte, o certificado internacional de vacinas e comprovativos de res-ervas de voo e hotel) devem ser previamente tra-duzidos para a língua portuguesa por um tradutor oficial e autenticada pelas autoridades locais.

Autenticação de Documentos

O sector Consular da Embaixada de Angola na Alemanha procede à autenticação e/ou reconhe-cimento de assinaturas aos seguintes documentos:

- Procuração- Termo de Responsabilidade- Fotocópia de Passaporte, B.I. válido, Carta de Condução- Documentos emitidos na Alemanha, desde que tenham sido traduzidos por um tradutor juramen-tado e previamente reconhecidos- Preço: Consultar Tabela Obs: A cópia integral do assento de nascimento ou a Certidão de Nascimento devem estar devid-

Page 39: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

76 77

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

amente autenticadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola (prazo de validade até seis meses).

Nota importante: Todos os documentos em língua estrangeira (excepto o passaporte, o certificado internacional de vacinas e comprovativos de res-ervas de voo e hotel) devem ser previamente tra-duzidos para a língua portuguesa por um tradutor oficial e autenticada pelas autoridades locais).

Trasncrição de Nascimento

Para a transcrição do Assento de Nascimento é imprescindível a presença dos progenitores (caso sejam casados, exige-se apenas a presença de um deles) e de duas testemunhas munidas de docu-mentos de identificação válidos.

Para proceder a transcrição do registo de nasci-mento, devem reunir os seguintes documentos:

- Um Formulário devidamente preenchido- Cópia Integral do Assento de Nascimento ou Cer-tidão Narrativa Completa de Nascimento- Bilhete de Identidade ou Passaporte- Inscrição consular dos pais (cidadão angolano)- Autorização de Residência na AlemanhaCertidão de Nascimento original do registando (fil-ho menor)- Preço: Consultar Tabela Obs: A cópia integral do assento de nascimento ou a Certidão de Nascimento devem estar devid-amente autenticadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Angola (prazo de validade até seis meses).

Page 40: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

78 79

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

INSTITUIÇÕES06

Page 41: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

80 81

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

PRESIDENTEDA RÉPUBLICA

João Manuel Gonçalves LourençoJoão Manuel Gonçalves Lourenço, general na reserva, tornou-se aos 63 anos de idade, o terceiro Presidente da República de Angola, no quadro das eleições gerais de 23 de Agosto.

Foi cabeça de lista do MPLA, partido que obteve 61,08 por cento dos votos, elegendo 150 deputados dos 220 que constituem a Assembleia Nacional.

Nascido a 5 de Março de 1954, no Lobito, Benguela, João Lourenço foi até a altura da sua eleição ministro da Defesa de Angola, cargo para o qual tinha sido nomeado em Abril de 2014.

É filho de Sequeira João Lourenço, enfermeiro, natural de Malanje e de Josefa Gonçalves Cipriano Lourenço, costureira, natural do Namibe, ambos já falecidos.

Fez os estudos primários e secundários na província do Bié, onde o pai se encontrava na situação de residência vigiada por 10 anos, após ter cumprido três anos na prisão de São Paulo, em Luanda, por ex-ercício de actividade política clandestina, enquanto enfermeiro do Porto do Lobito.

Deu continuidade aos estudos em Luanda, no então Instituto Industrial de Luanda. Após a queda do regime fascista em Portugal, na companhia de outros jovens, juntou-se à luta de libertação nacional em Ponta Negra em Agosto de 1974 no CIR Kalunga.

Integrou o primeiro grupo de combatentes que entraram em território nacional via Miconge-Belize, Buco Zau, Dinge - Cabinda.

Em vésperas da independência, participou dos combates na fronteira do N’Tó/Yema contra a coligação FNLA/Exército Zairense, que foi derrotada e a partir do morro do Tchizo em Cabinda contra a unidade da FNLA, que se encontrava nas margens do rio Lucola à entrada da cidade.

Tem formação em artilharia pesada e exerceu as funções de Comissário Político nos escalões de pelotão, companhia, batalhão, brigada e da 2ª Região Político-militar Cabinda, entre 1977/78.

Enviado para a então União das República Socialistas Soviéticas (URSS), onde de 1978 a 1982 na Academia Superior Lénine, para além da formação militar, foi atribuído o título de Mestre em Ciências Históricas.

De 1982 a 1983, participou em operações nas províncias do Cuanza Sul, Huambo e Bié. De 1983 a 1986, desempenhou as funções de comissário (actualmente governador) provincial do Moxico e de Presidente do Conselho Militar Regional da 3ª Região Político Militar, que incluía as províncias da LundaNorte e Lunda Sul.

De 1986 a 1989 foi 1º secretário do MPLA e Comissário Provincial de Benguela. De 1989 a 1990 desem-penhou as funções de Chefe da Direcção Política Nacional das FAPLA.

De 1991 a 1998 desempenhou as funções de secretário do Bureau Político para a Informação, Secretário do Bureau Político para a Esfera Económica por um curto período e de Chefe da Bancada Parlamentar.

De 1998 a 2003 foi secretário-geral do MPLA e Presidente da Comissão Constitucional. De 2003 a Abril de 2014, desempenhou as funções de 1º Vice-presidente da Assembleia Nacional. É membro do Bureau Político do Comité Central do Partido e general de três estrelas na reserva. É casadocom Ana Afonso Dias Lourenço e pai de 6 filhos.

Praticou futebol e karaté estilo Shotokan, tem como passatempo a leitura, o xadrez, e equitação. Para além do português, fala inglês, Russo e Espanhol para a Agricultura.

Page 42: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

82 83

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

OS3 PODERESExecutivoO Presidente da República é o Chefe de Estado, o titular do Poder Executivo e o Comandan-te-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas. O Presidente da República exerce o poder executi-vo, auxiliado por um Vice-Presidente, Ministros de Estado e Ministros. O Presidente da Repú-blica promove e assegura a unidade nacional, a independência e a integridade territorial do País e representa a Nação no plano interno e internac-ional. Respeita e defende a Constituição, assegura o cumprimento das leis e dos acordos e tratados internacionais, promove e garante o regular fun-cionamento dos órgãos do Estado.

A organização do poder executivo em Angola, inte-gra diversos órgãos singulares e colegiais que aux-iliam o Titular do Poder Executivo no exercício das suas atribuições previstas na Lei. Dentre os Órgãos Colegiais Auxiliares do Presidente da República, destaca-se o Conselho de Ministros e as suas re-spectivas Comissões. O Conselho de Ministros é o órgão colegial auxiliar do Presidente da República na formulação, condução e execução da política geral do País e da Administração Pública. O Con-selho de Ministros é presidido pelo Presidente da República podendo delegar, nas suas ausências e impedimentos temporários, no Vice-Presidente da República a faculdade de presidir às reuniões do Conselho de Ministros. Para além do Presidente e do Vice-Presidente da República, o Conselho de Ministros é também integrado por todos os Minis-tros de Estado e Ministros.

LegislativoA Assembleia Nacional é o parlamento da Repúbli-ca de Angola. A Assembleia Nacional é um órgão unicameral composto por 220 deputados, repre-sentativo de todos os angolanos, que exprime a vontade soberana do povo e exerce o poder leg-islativo do Estado. A Assembleia Nacional é com-posta por Deputados eleitos nos termos da Con-stituição e da lei.

Os Deputados são eleitos por sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periódico pelos ci-dadãos nacionais maiores de dezoito anos de idade residentes no território nacional, considerando-se igualmente como tal os cidadãos angolanos resi-

dentes no estrangeiro por razões de serviço, estu-do, doença ou similares. Os Deputados são eleitos segundo o sistema de representação proporcional, para um mandato de cinco anos, nos termos da lei.

Os Deputados são eleitos por círculos eleitorais, existindo um círculo eleitoral nacional e círculos eleitorais correspondentes a cada uma das 18 províncias. Para a eleição dos Deputados pelos cír-culos eleitorais é fixado o seguinte critério:Um número de cento e trinta deputados é eleito a nível nacional, considerando-se o País, para esse efeito, um círculo eleitoral nacional único;Um número de cinco deputados eleito em cada província, constituindo para esse efeito, um círculo eleitoral provincial.

JudicialOs tribunais são o órgão de soberania com com-petência de administrar a justiça em nome do povo. No exercício da função jurisdicional, os tribunais são independentes e imparciais, estando apenas sujeitos à Constituição e à lei. Os Tribunais superiores da República de Angola são o Tribunal Constitucional, o Tribunal Supremo, o Tribunal de Contas e o Supremo Tribunal Militar.

O sistema de organização e funcionamento dos Tribunais compreende o seguinte:

Uma jurisdição comum encabeçada pelo Tribunal Supremo e integrada igualmente por Tribunais da Relação e outros tribunais;Uma jurisdição militar encabeçada pelo Supremo Tribunal Militar e integrada igualmente por Tribu-nais Militares de Região.Os tribunais garantem e asseguram a observân-cia da Constituição, das leis e demais disposições normativas vigentes, a protecção dos direitos e in-teresses legítimos dos cidadãos e das instituições e decidem sobre a legalidade dos actos adminis-trativos. As decisões dos tribunais são de cumpri-mento obrigatório para todos os cidadãos e demais pessoas jurídicas e prevalecem sobre as de quais-quer outras autoridades.

Os juízes são independentes no exercício das suas funções e apenas devem obediência à Constituição e à lei.

Page 43: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

84 85

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

SIMBOLOSNACIONAIS

07

Page 44: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

86 87

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Bandeira Nacional

A bandeira nacional da República de Angola foi adoptada em 1975, por altura da proclamação da Independência.

A bandeira Nacional tem duas cores dispostas em duas faixas horizontais. A faixa superior é de cor vermelho-rubro e a inferior de cor preta repre-sentam:

Vermelho-rubro – O sangue derramado pelos an-golanos durante a opressão colonial, a luta de lib-ertação nacional e a defesa da pátria.

Preta - O continente africano.

No centro, figura uma composição constituída por uma secção de uma roda dentada, símbolo dos trabalhadores e da produção industrial, por uma catana, símbolo dos camponeses, da produção agrícola e da luta armada e por uma estrela, sím-bolo da solidariedade internacional e do progresso.

A roda dentada, a catana e a estrela são de cor am-arela, que representam as riquezas do país.

Insígnia Nacional

A insígnia da República de Angola é formada por uma secção de uma roda dentada e por uma ram-agem de milho, café e algodão, representando respectivamente os trabalhadores e a produção industrial, os camponeses e a produção agrícola.

Na base do conjunto, existe um livro aberto, sím-bolo da educação e cultura e o sol nascente, signif-icando o novo País.

Ao centro, está colocada uma catana e uma enxa-da, simbolizando o trabalho e o início da luta arma-da. Acima figura a estrela, símbolo da solidariedade internacional e do progresso.

Na parte inferior do emblema, está colocada uma faixa dourada com inscrição “República de Angola”.

Hino Nacional

Angola Avante!

É o hino nacional de Angola. Foi adaptado em 1975 depois de se tornar inde-pendente de Portugal. Tem letra de Manuel Rui Monteiro e música de Rui Vieira Dias Mingas.

Ó Pátria nunca mais esqueceremos

Os heróis do 4 de Fevereiro

Ó Pátria nós saudámos os teus filhos

Tombados pela nossa independência

Honrámos o passado, a nossa história

Construímos no trabalho o homem novo

Honrámos o passado, a nossa história

Construímos no trabalho o homem novo

Angola avante, Revolução

Pelo poder Popular

Pátria unida, liberdade

Um só Povo uma só Nação

Levantemos nossas vozes libertadas

Para a Glória dos Povos africanos

Marchemos combatentes angolanos

Solidários com os Povos oprimidos

Orgulhosos lutaremos pela Paz

Com as forças Progressistas do mundo

Orgulhosos lutaremos pela Paz

Com as forças Progressistas do mundo

Angola avante, Revolução

Pelo poder Popular

Pátria unida, liberdade

Um só Povo uma só Nação

Page 45: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

88 89

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

CONTACTOSÚTEIS

08

Page 46: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

90 91

Guia do Viajante de Angola Guia do Viajante de Angola

Embaixada da Republica de Angola na Guiné BissauAvenida Combatentes de Liberdade da PátriaRua Abodoulaye Fadiga- Ex Palace HotelBissau Caixa Postal: 132 Guiné-Bissau Tel: +245 969 132 525 http://www.embaixadadeangola.gw

Ministério das Relações Exterioreswww.mirex.gov.ao AIPEXRua Kwamme Nkrumah,nº 8/nº 10, MaiangaLuanda – AngolaTel: +244 222 39 14 34 | 222 33 12 52 | FAX 222 39 33 81Internet: http://aipex.gov.ao/

Ministério da Hotelaría e Turismowww.minhotur.gov.ao

Ministério da Culturawww.mincultura.gov.aoTel: 00244 222 329 129

S.M.E. Serviço de Migração e EstrangeirosRua Amilcar Cabral - Bairro da MaiangaLuanda - AngolaEmail: [email protected]: www.facebook.com/pages/Serviço-de-Migraçãoe-Estrangeiros/231291813549993

Departamento de EstrangeirosTel: 00244 222 691 1150Internet: www.sme.ao

Governo de Angolawww.governo.gov.aoCidadão de Angolawww.cidadao.gov.ao

Banco Nacional de Angolawww.bna.ao

Endiamawww.endiama.co.ao

MORADAS

Jornal de Angolawww.jornaldeangola.sapo.ao

Angopwww.portalangop.co.ao

RNA - Rádio Nacional de Angolawww.rna.ao

TPA - Televisão Pública de Angolawww.tpa.sapo.ao

Polícia NacionalTel: 113

Denúncias AnónimasTel: 00244 936 949494 / 918 131313

BombeirosTel: 115

Guichet de ReclamaçõesTel: 117

Aeroporto 4 de FevereiroTel: 00244 222 350 450

HOTÉISwww.tripadvisor.de/

www.hoteisangola.com/

www.booking.com

Page 47: Guia do Viajante para Angola - embaixadadeangola.g · Na economia, a estratégia colonial assentava na agricultura e na exportação ... A PRESENÇA ALEMÃ EM ANGOLA DURANTE A PRIMEIRA

Avenida Combatentes de Liberdade da PátriaRua Abodoulaye Fadiga- Ex Palace Hotel

Bissau Caixa Postal: 132

Guiné-Bissau Tel: +245 969 132 525

http://www.embaixadadeangola.gw

Guia do Viajante para Angola

ww

w.p

roje

ctoc

apita

l.pt