G U I A I L U S T R A D O

TV GLOBO Novelas e Minisséries

H99

GUIA ILUSTRADO

TV GLOBO Novelas e Minisséries Sinopses 2 5 2 novelas e 66 minisséries ilustradas com mais de 600 fotos.

Curiosidades Detalhes dos bastidores e histórias da TV.

Como sáo feitas as novelas e minisséries D o texto à campanha de lançamento.

ZAHAR

GUIA ILUSTRADO

TV GLOBO Novelas e Minisséries

Memória Globo

ZAHAR

T V G L O B O

Cont ra i G l o b o cie C o m u n i c a ç ã o

L u i s Erlanger, diretor

M e m ó r i a G l o b o

Sí lv ia F i ú z a , gerente

A n a Paula G o u l a r t R i b e i r o , coordenadora

Redação f ina l : V e r b e t e s ; J u l i a n a Fe l í c io ,

Li l ian A r r u d a . Apresentação: C a m i l a A z e v e d o

Pesquisa e texto: C l a r a F e r n a n d e s M e i r e l l c s ,

J u l i a n a Fe l íc io , Li l ian A r r u d a

Pesquisa iconográf ica: A n n a Beatr iz D u r ã o ,

C l a r i c e P a m p l o n a , J u l i a n a Fe l í c io , Li l ian A r r u d a

Entrevistas e pesquisas: A n a C r i s t i n a F i g u e i r e d o

de Frias, A n a Paula G o u l a r t R i b e i r o , I r e n e C h a v e s ,

[ t a m a r d e Ass is J r . , J u l i a n a Fe l ie io , L eandro Paz,

Li l ian A r r u d a , R o d r i g o Linares, S í lv ia F iúza

A p o i o admin is t ra t ivo : J u l i o C e z a r A r a u j o

Revisão e a companhamento edi tor ia l : A n a Paula

G o u l a r t R i b e i r o , J u l i a n a Fe l ie io , L i l ian A r r u d a ,

S í lv ia F iúza

Z A H A R

C o o r d e n a ç ã o edi tor ia l : M a r i a n a Z a h a r R i b e i r o

Preparação de texto: K a l h i a Fer re i ra

R e v i s ã o tipográfica: E d u a r d o Farias, Sandra Magi

P r o j e t o gráfico e d iagramação: M a r i T a b o a d a

Tra tamento de i m a g e n s : A d r i a n n a M e n e z e s ,

T h a les E s t e f a n i

C a p a : B r u n a B e n v e g n ü

I m p r e s s ã o : G e o g r á f i c a E d i t o r a

C o p y r i g h t © 2 0 1 0 , T V G l o b o L t d a

C o p y r i g h t d e s t a e d i ç ã o © 2 0 1 0 :

J o r g e Z a h a r E d i t o r L t d a .

rua M é x i c o 3 1 s o b r e l o j a

2 0 0 3 1 - 1 4 4 R i o d e J a n e i r o , R J

l e i . : ( 2 1 ) 2 1 0 8 - 0 8 0 8 / f a x : ( 2 1 ) 2 1 0 8 - 0 8 0 0

e d i t o r a C ^ z a h a r . c o m . b r / w w w . z a h a r . c o m . b r

l o d o s os d i r e i t o s r e s e r v a d o s .

A r e p r o d u ç ã o n ã o a u t o r i z a d a des ta p u b l i c a ç ã o ,

n o t o d o o u e m p a r t e , c o n s t i t u i v i o l a ç ã o

d e d i r e i t o s a u t o r a i s . ( L e i 9 . 6 1 0 / 9 8 )

G r a f i a a t u a l i z a d a r e s p e i t a n d o o n o v o

A c o r d o O r t o g r á f i c o d a L í n g u a P o r t u g u e s a

C I P - B r a s i l . C a t a l o g a ç ã o na f o n t e

S i n d i c a t o N a c i o n a l dos E d i t o r e s d e Livros , R J .

G 9 7 1 G u i a i lus t rado T V G l o b o : n o v e l a s e m i n i s s é r i e s / P r o j e t o M e m ó r i a

G l o b o . — R i o de J a n e i r o : J o r g e Z a h a r E d . , 2 0 1 0 .

il. ( a l g u m a s c o l o r . )

I S B N 9 7 8 - 8 5 - 3 7 8 - 0 2 0 2 - 1

1 . R e d e G l o b o d e T e l e v i s ã o - P r o g r a m a s . 2 . T e l e n o v e l a s - Bras i l . 3 .

T e l e v i s ã o - S e r i a d o s . 4 . R e d e G l o b o d e T e l e v i s ã o - H i s t ó r i a . I. P r o j e t o

M e m ó r i a G l o b o .

C D D : 7 9 1 . 4 5 7 0 9 8 1

1 0 - 0 5 3 7 C D U : 6 5 4 . 1 9 1 ( 8 1 )

A p r e s e n t a ç ã o 3

Como São Feitas as Novelas e Minisséries 7 A u t o r i a 10

D i r e ç ã o 11

E l e n c o 12

F i g u r i n o 14

C a r a c t e r i z a ç ã o 16

C e n o g r a f i a 18

P r o d u ç ã o d e A r t e 21

E f e i t o s E s p e c i a i s 23

E f e i t o s V i s u a i s 23

S o n o r i z a ç ã o e T r i l h a S o n o r a 26

A b e r t u r a s 27

C a m p a n h a s d e L a n ç a m e n t o 29

P r o j a c 30

Novelas 33 Todas as 252 novelas produzidas pela

TV Globo, de I l u s õ e s P e r d i d a s (1965) a T e m p o s M o d e r n o s (2010)

Minisséries 247 Todas as 6 6 minisséries produzidas pela

TV Globo, de L a m p i ã o e M a r i a B o n i t a (1985) a D a l v a e H e r i v e l t o , u m a C a n ç ã o d e A m o r (2010)

í n d i c e 312

B ib l i og r a f i a 314

C r é d i t o s d e I m a g e n s 315

A g r a d e c i m e n t o s 316

Apresentação A t e l e v i s ã o f o i i n a u g u r a d a n o B r a s i l e m 1 8 d e s e t e m b r o d e 1 9 5 0 . A o l o n g o d o s p r i m e i r o s

. i i i o ' . , .1 l i n g u a g e m d e s s e n o v o v e í c u l o fo i s e n d o i n v e n t a d a a o v i v o . O d e s a f i o e ra s a b e r c o m o

•.(• ( o m u n i c a r c o m o p ú b l i c o p o r t rás d a q u e l a te la . Fo i a b u s c a d o e q u i l í b r i o e n t r e o u s a d i a e

i ce n o l o g i a q u e i m p u l s i o n o u o d e s e n v o l v i m e n t o d a t e l e v i s ã o c o m o a c o n h e c e m o s h o j e .

N e s s a t r a j e tó r i a , u m a d a s m a i o r e s r e v o l u ç õ e s fo i o s u r g i m e n t o d o v i d e o t e i p e , q u e p e r m i t i u

q r . i va r a p r o g r a m a ç ã o e c o n t r i b u i u pa r a d e s l a n c h a r a t e l e d r a m a t u r g i a , i n i c i a d a na T V G l o b o

c o m a p r ó p r i a c r i a ç ã o d a e m i s s o r a , e m 26 d e abr i l d e 1 9 6 5 .

( >s l o r m a t o s s e m p r e f o r a m os m a i s d i ­

v e r s o s : t e l e t e a t r o s , n o v e l a s , m i n i s s é r i e s ,

s e r i a d o s e a t r a ç õ e s d e d r a m a t u r g i a

n ã o s e r i a d a . P r e d o m i n a v a o g ê n e r o c o ­

n h e c i d o c o m o c a p a e e s p a d a , q u e r e t r a ­

tava m e l o d r a m a s e h i s t ó r i a s f a n t á s t i c a s ,

d i s t a n t e s d a r e a l i d a d e n a c i o n a l , t e n d o

c o m o r e f e r ê n c i a a l i t e r a t u r a e s t r a n g e i r a ,

0 t e a t r o e o r á d i o . A m u d a n ç a d e e s t i l o

o c o r r e u e m 1 9 6 9 , c o m Véu de Noiva e

Verão Vermelho, q u e p a s s a r a m a e x p l o ­

rar t e m á t i c a s b r a s i l e i r a s .

N o s a n o s 7 0 , c o m a c o n s o l i d a ç ã o da

t e l e n o v e l a c o m o p r o d u t o c o m e r c i a l ,

a e m i s s o r a i n s t i t u i u , g r a d u a l m e n t e ,

h o r á r i o s fixos, a p ó s u m a a v a l i a ç ã o d o

per f i l d o p ú b l i c o . O h o r á r i o d a s 1 8 h

v o l t o u - s e p a r a h i s t ó r i a s l e v e s e r o m â n ­

t i c a s e m u i t a s t r a m a s d e é p o c a ; o d a s

1 9 h , p a r a c o m e d i a s ; e o d a s 2 0 h ( h o j e

2 1 h ) , p a r a e n r e d o s m a i s d e n s o s . D u r a n ­

t e u m p e r í o d o a i n d a f o r a m produ/. idas

n o v e l a s p a r a as 2 2 h , h o r á r i o d e d i c a d o

a p r o p o s t a s i n o v a d o r a s e t r a m a s m a i s

s o f i s t i c a d a s , c o m o O Rebu ( 1 9 7 4 ) e

Saramandaia ( 1 9 7 6 ) .

A p a r t i r d e 1 9 8 2 , c o m a e x i b i ç ã o

d e Lampião e Maria Bonita, as m i n i s ­

s é r i e s p a s s a r a m a o c u p a r e s s e e s p a ç o

d e e x p e r i m e n t a ç ã o . A d a p t a ç õ e s d e

o b r a s l i t e r á r i a s e e n r e d o s b a s e a d o s e m

p e r í o d o s o u p e r s o n a l i d a d e s d a h i s t ó r i a

d o p a í s se t o r n a r a m r e c o r r e n t e s n o for ­

m a t o . C o m u m r i t m o d e p r o d u ç ã o u m

p o u c o m a i s l e n t o q u e o d e u m a n o v e l a ,

as m i n i s s é r i e s c o n q u i s t a r a m o p ú b l i c o

a p r e s e n t a n d o u m t r a b a l h o m e t i c u l o s o d e

t e x t o e i m a g e m . O s ê x i t o s e a v a n ç o s

d e l i n g u a g e m n e s s e f o r m a t o , c o m m a i o r

l i b e r d a d e d e c r i a ç ã o , t ê m i m p u l s i o n a d o

Regina Duarte em Véu de Noiva (1969), de Janete Clair: aposta no realismo fez da novela um grande sucesso do horário das 20b.

Ziembinski e Bete Mendes em O Rebu (1974), novela de Bráulio Pedroso que contribuiu para a inovação da teledramaturgia brasileira.

ii qua l idade ila te ledramatu i> i . i

c o m o u m t o d o .

N a s n o v e l a s , a o l o n g o d e 4 5 a n o s ,

a n a r r a t i v a se t o r n o u c a d a v e z m a i s

c o m p l e x a . S e a n t e s e ra f o c a d a e m

u m a t r a m a c e n t r a l , h o j e h á u m a

r e d e d e t r a m a s para le las . C o m m a i s

p e r s o n a g e n s , c a p í t u l o s m a i o r e s e a

t e c n o l o g i a d e alta d e f i n i ç ã o e x i g i n d o

u m r igor e s t é t i c o a i n d a m a i s a p u r a ­

do, as e t a p a s d e p r o d u ç ã o t i v e r a m

d e ser a d a p t a d a s . N o e n t a n t o , a p e s a r

das m u d a n ç a s pe las q u a i s p a s s o u , a

t e l e d r a m a t u r g i a m a n t e v e i n a b a l á v e l

u m a d e suas p r i n c i p a i s c a r a c t e r í s t i c a s :

a d e ser u m a g r a n d e a g r e g a d o r a soc ia l ,

tra/.rndo s e m p r e t r a m a s q u e são

d i s c u t i d a s c o m p a i x ã o pe las pessoas ,

e m c a s a e nas ruas, r e v e l a n d o , ass im,

m u i t o da i d e n t i d a d e c u l t u r a l bras i le i ra .

A o c o l o c a r , l a d o a l a d o , 2 5 2

n o v e l a s e b'(i m i n i s s é r i e s r e a l i z a d a s

p e l a T V G l o b o d e 1 9 6 ' 5 a t é j a n e i r o

d e 2 0 1 0 , e s s e Cuia m o s t r a , c o m c l a ­

r e z a , c o m o f o r m a e c o n t e ú d o s e m o ­

d i f i c a r a m . O q u e n ã o m u d o u é o f a t o

d e q u e a c r i a ç ã o n a t e l e d r a m a t u r g i a se

Bruna Lombardi eTony Ramos interpretaram Diadorim e Riobaldo na minissérie Grande Sertão: Veredas, que reproduziu, em 25 capítulos, o universo de Guimarães Rosa.

Ida Gomes (esq.), Yoná Magalhães e Jardel Filho em A Ponte dos Suspiros, novela do gênero capa e espada exibida em 1969.

M H " *

dá a t r a v é s d o d i á l o g o c o m a s o c i e d a d e .

A s s i m , m u i t o s d o s t e m a s d i s c u t i d o s n a s

n o v e l a s e n a s m i n i s s é r i e s — r a c i s m o , i n ­

d e p e n d ê n c i a f e m i n i n a , c o r r u p ç ã o , é t i c a ,

r e f o r m a a g r á r i a , h o m o s s e x u a l i s m o , d r o ­

gas, e n t r e o u t r o s - a c o m p a n h a r a m as

m u d a n ç a s s o c i a i s e r e t r a t a r a m d i v e r s o s

m o m e n t o s d a n o s s a h i s t ó r i a .

A T V G l o b o p r o d u z c e r c a

d e 2 . 5 0 0 h o r a s a n u a i s d e n o v e l a s e

p r o g r a m a s - r e c o r d e m u n d i a l d e

t e l e d r a m a t u r g i a q u e e q u i v a l e a

1 0 0 l o n g a s - m e t r a g e n s p o r

m ê s - , e m a i s d e 1 . 8 0 0 h o r a s

a n u a i s d e t e l e j o r n a l i s m o .

A o l o n g o d e s u a j o r n a d a , a

e m i s s o r a c o n t o u c o m o t a l e n t o

d e m i l h a r e s d e p r o f i s s i o n a i s

d a s m a i s d i v e r s a s á r e a s . A l é m

d o s a t o r e s , d i r e t o r e s e a u t o r e s

c o n h e c i d o s d o p ú b l i c o , h á

u m e x é r c i t o d e a n ô n i m o s

a p a i x o n a d o s p e l o q u e f a z e m :

a r q u i t e t o s , h i s t o r i a d o r e s , c o s ­

t u r e i r o s , j o r n a l i s t a s , b o m b e i ­

ros , m a q u i a d o r e s , e n g e n h e i r o s ,

p i n t o r e s , u m a i n f i n i d a d e d e

s a b e r e s e o f í c i o s q u e se s o m a m . F o i gra

ç a s à c r i a t i v i d a d e e à d e d i c a ç ã o d e s s a s

A minissérie ( ) Aulo da Compadecida (1999) encantou o público com as aventuras dos sertanejos João Grilo (Matheus Nachtergaele, esq.) e Chico (Setton Mello).

p e s s o a s q u e a T V G l o b o , q u e a l c a n ç a

9 9 , 5 % da p o p u l a ç ã o n a c i o n a l , se

t o r n o u u m a d a s m a i o r e s r e d e s d e

t e l e v i s ã o d o m u n d o , c o m o m a i o r c e n ­

t r o d e T V d a A m é r i c a L a t i n a , a C e n t r a l

G l o b o d e P r o d u ç ã o ( C G P ) , o P r o j a c

( P r o j e t o J a c a r e p a g u á ) .

Claudia Raia (esq.) e Patrícia Filiarem cena da novela A Favorita, exibida em 2009 na TV Globo.

O s t e l e s p e c t a d o r e s c o s t u m a m s e stntlr t ã o p r ó x i m o s d a s m i n i s s é r i e s e n o v e l a s a q u e ass i s ­

t e m q u e p o u c o s se d ã o c o n t a d a c o m p l e x i d a d e d a c a d e i a p r o d u t i v a p o r I r á s d e c a d a c a p í t u l o .

E n t r e t a n t o , m u i t o s m e s e s a n t e s d e es t rea r , d i v e r s o s p ro f i s s i ona i s j á e s t ã o e n v o l v i d o s c o m as

e t a p a s d e e l a b o r a ç ã o d a s i n o p s e , p r é - p r o d u ç ã o , p r o d u ç ã o , p ó s - p r o d u ç ã o e l a n ç a m e n t o .

A s i n o p s e é o t e x t o q u e a p r e s e n t a as

t r a m a s p r i n c i p a i s e para le las e p r o j e t a

a t r a j e t ó r i a de las a o l o n g o d o p e r í o d o

d e e x i b i ç ã o . P o d e t a n t o s e r c r i a d a p e l o

autor , a p a r t i r d e u m a r g u m e n t o or iginal

a p r e s e n t a d o à T V G l o b o , c o m o surgi r

d e u m a p r o p o s t a da e m i s s o r a . U m a v e z

a p r o v a d a , i n i c i a - s e a r e d a ç ã o dos c a p í t u ­

los, m o m e n t o e m q u e os a u t o r e s p o d e m

c o n t a r c o m u m a e q u i p e d e c o l a b o r a d o r e s

e p e s q u i s a d o r e s .

N a s e q u ê n c i a , v e m a fase d e p r é -

p r o d u ç ã o . A u t o r e diretor, juntos , d e f i n e m

c o m o a q u e l a histór ia será c o n t a d a através

das i m a g e n s . Q u a n t o m a i o r é a a f in idade

ar t ís t ica dessa d u p l a , m a i o r e s são as c h a n ­

c e s d e o p r o j e t o ser b e m - s u c e d i d o . A part i r

daí, as e s c o l h a s c o n c e i t u a i s - p o r e x e m p l o ,

q u e e s t é t i c a le rá a o b r a - são t ransmi t idas

às e q u i p e s d e cenograf ia , p r o d u ç ã o d e arte,

l igurino, c a r a c t e r i z a ç ã o , fotografia e e l e i t o s

visuais, q u e c o m e ç a m a lazer as pesquisas

espec í f i cas d e suas áreas. P a r a l e l a m e n t e ,

o c o r r e a e s c a l a ç ã o d o e l e n c o e a s e l e ç ã o d e

l o c a ç õ e s e x t e r n a s .

A p r ó x i m a e t a p a é a p r o d u ç ã o , q u e

c o s t u m a a c o n t e c e r d e d o i s a t rês m e s e s

a n t e s d e a n o v e l a ir a o ar. FjSsa f a s e e n ­

v o l v e c o n s t r u ç ã o d e c e n á r i o s , s e l e ç ã o d e

o b j e t o s d e c e n a , c o n f e c ç ã o o u a q u i s i ç ã o

d e figurinos, d e f i n i ç ã o d e m a q u i a g e m ,

p e n t e a d o s e e f e i t o s e s p e c i a i s a s e r e m

u t i l i z a d o s , a l é m d a s g r a v a ç õ e s p r o p r i a ­

m e n t e d i tas , e m e s t ú d i o s , n a s c i d a d e s

c e n o g r á f i c a s e e m d e m a i s e x t e r n a s . A l é m

d o s p r o f i s s i o n a i s d i r e t a m e n t e a t r e l a d o s

às a t i v i d a d e s c i t a d a s , h á i n ú m e r o s o u t r o s

q u e s ã o n e c e s s á r i o s p a r a essa e n g r e n a ­

g e m f u n c i o n a r , e n t r e e l e s a s s i s t e n t e s ,

c o o r d e n a d o r e s , g e r e n t e s e d i r e t o r e s d e

p r o d u ç ã o , s u p e r v i s o r e s e o p e r a d o r e s

d e s i s t e m a s .

D e p o i s q u e as c e n a s e s t ã o gravadas ,

c o m e ç a a p ó s - p r o d u ç ã o . O p r i m e i r o

p a s s o é a e d i ç ã o d a s i m a g e n s , q u e s ã o

m o n t a d a s d e a c o r d o c o m o s c a p í t u l o s .

T a m b é m é n e s s a e t a p a q u e os e f e i t o s

v i sua is d e c o m p u t a ç ã o gráf ica s ã o i n s e r i ­

dos , b e m c o m o os a j u s t e s e o t r a t a m e n t o

(mal d e c o r e t e x t u r a da i m a g e m . O

á u d i o p e r c o r r e u m c a m i n h o s imi lar .

D e p o i s d e e d i t a d o , é m i x a d o c o m e f e i t o s

e m ú s i c a s i n c i d e n t a i s e tia t r i l h a s o n o r a .

Gravação da minissérie Amazônia - De Galvez a Chico Mendes (2007) em Manaus (AM).

< i diretor Paulo Ubiratan (dir.) orienta Antonio 11 ir landes nas gravações da novela Por Amor (1997), em Veneza.

' I o d a s as p r o d u ç õ e s t a m b é m g a n h a m

u m a e m b a l a g e m : as a b e r t u r a s , p e q u e ­

nos c l i p e s q u e a p r e s e n t a m e a s s i n a m o s

< a p í t u l o s .

A p r o x i m a d a m e n t e u m m ê s a n t e s da

e s t r e i a d a n o v e l a o u da m i n i s s é r i e , é f e i t o

o seu l a n ç a m e n t o . As i a m p a n l i a s p u b l i c i ­

tár ias p o d e m a t u a r e m d i f e r e n t e s f r e n t e s ,

i n c l u i n d o p e ç a s i m p r e s s a s , e v e n t o s

p r o m o c i o n a i s , m í d i a s soc ia i s e a n ú n c i o s

na te lev isão , c r i a d o s a p a r t i r d e t e m a s

a b o r d a d o s n a o b r a . A l é m dessas a ç õ e s , ao

l o n g o d a p r o g r a m a ç ã o da e m i s s o r a são

inser idas c h a m a d a s q u e a p r e s e n t a m o s

p e r s o n a g e n s e as t r a m a s p r i n c i p a i s , j á c o m

as c e n a s d o p r o d u t o . P a r a l e l a m e n t e , os

jo rna l i s tas são a b a s t e c i d o s c o m m a t e r i a l

d e d i v u l g a ç ã o e, na c o l e t i v a d e i m p r e n s a ,

e n c o n t r a m - s e c o m o e l e n c o e as e q u i p e s

d e c r i a ç ã o .

Por f i m , essa r o d a c o n t i n u a a g irar

d u r a n t e t o d o o p e r í o d o d e e x i b i ç ã o

d a s p r o d u ç õ e s , q u e var ia d e se is a

o i t o m e s e s p a r a as n o v e l a s e d e u m a

s e m a n a a t r ê s m e s e s p a r a as m i n i s s é r i e s ,

a p r o x i m a d a m e n t e .

Q U E M E Q U E M N O S E T

Duran te as g ravações nos es túd ios e nas exter­nas, prof issionais d e d iversas áreas t r aba lham c o l e t i v a m e n t e sob a o r i en tação d o diretor. A seguir .as a t r ibu ições d e a lguns de les . A s s i s t e n t e d e d i r e ç ã o : faz a l igação en t re as equ ipes de p rodução e d e d i reção , b u s c a n d o as me lho res cond i ções para o t r aba lho do diretor du r an t e as g ravações .

A s s i s t e n t e d e e s t ú d i o : t r ansmi te as or ienta ­

ções do diretor às equ ipes d e estúd io .

C o o r d e n a d o r d e p r o d u ç ã o : admin is t ra o h o ­

rário e o fluxo dos atores en t re o es túd io e as

salas d e m a q u i a g e m , f igur ino e leitura e faz a

p o n t e ent re a base da p r o d u ç ã o e o set.

C e n ó g r a f o : cria, d e s e n h a e superv i s iona a

m o n t a g e m dos cenár ios .

C e n o t é c n i c o : m o n t a os cenár ios .

P r o d u t o r d e a r t e : c o m p õ e o a m b i e n t e c o m os

ob je tos d e cena .

C o n t r a r r e g r a : cu ida para q u e os ob je tos sol ic i ­t ados pela p r o d u ç ã o d e ar te e s t e j am d ispon í ­ve i s para as cenas .

F i g u r i n i s t a : cria e mon ta o guarda-roupa dos pe r sonagens .

C a m a r e i r o : superv i s iona as t rocas d e roupa d e a co rdo c o m o roteiro.

M a q u i a d o r e c abe l e i r e i r o : r e spondem pela ma ­q u i a g e m e pelos penteados dos atores, a partir da or ientação do supervisor d e caracterização.

í Q 1 * '

O maquiador I ríc Rzepeckiprepara Daniel l-Hho para as gravações de Que Rei Sou Eu?

D i r e t o r d e i l u m i n a ç ã o : cu ida do d e s e n h o d e luz das cenas .

C o n t i n u í s t a : registra t o d o s os de ta lhes da gra ­vação para garant i r a con t i nu idade da narrat i ­va, ze l ando para que cenár ios , f igur inos, falas, ob je tos d e cena, ações e dema i s e l e m e n t o s es te jam a d e q u a d o s ao t e m p o e e s p a ç o de te r ­m i n a d o s pela história.

I n s t r u t o r d e d r a m a t u r g i a : t raba lha a c o m p o ­

sição dos p e r s o n a g e n s c o m os atores.

C a m e r a : opera a câmera , a partir da o r i en tação

d o diretor, q u e c o m a n d a os e n q u a d r a m e n t o s e

a m o v i m e n t a ç ã o d o e q u i p a m e n t o .

O p e r a d o r d e á u d i o : capta os d iá logos e sons

a m b i e n t e s das cenas .

Autoria A s s i m c o m o a p a i x ã o d o b r a s i l e i r o p e l o f u t e b o l , o f a s c í n i o d o p ú b l i c o p e l a s n o v e l a s é

i n d i s c u t í v e l . E q u a n d o se c r i o u u m a f e r r a m e n t a pa r a t e n t a r c o n t a b i l i z a r ta l c o m p a r a ç ã o , o s

d a d o s r e v e l a r a m : a p r i m e i r a v e r s ã o d a n o v e l a Irmãos Coragem, e x i b i d a e m 1970, o b t e v e m a i s

a u d i ê n c i a d o q u e a f ina l d a C o p a d o M u n d o e n t r e Bras i l e I tá l ia , r ea l i zada n o m e s m o a n o .

A s n o v e l a s p a r t i c i p a m d e tal m a n e i r a

da v ida d o s b r a s i l e i r o s q u e as p e s s o a s

se g u i a m p o r s e u s h o r á r i o s d e e x i b i ç ã o

p a r a m a r c a r c o m p r o m i s s o s . M a s c r i a r

e s s e " h á b i t o " , t o r n a r a n o v e l a p a r t e da

r o t i n a d a s p e s s o a s , n ã o é t a r e f a f á c i l . S e m

u m a c a i x a p r e t a , c o m o as d o t e a t r o e d o

c i n e m a , q u e i m e d i a t a m e n t e t r a n s p o r t a m

o e s p e c t a d o r p a r a o u t r o e s t a d o d e c o n ­

c e n t r a ç ã o , a t e l e d r a m a t u r g i a fica s e m p r e

d i s p u t a n d o a t e n ç ã o c o m o s a c o n t e c i ­

m e n t o s d o dia a d ia . E n t r a m e m c e n a ,

e n t ã o , o s a u t o r e s , q u e t ê m a d e l i c i o s a e

árdt ia m i s s ã o d e d e s p e r t a r o i n t e r e s s e d o

p ú b l i c o , f a z e n d o c o m q u e e l e l i g u e d e

n o v o a T V , n o d i a s e g u i n t e , p a r a assistir­

ã o d e s d o b r a m e n t o da h i s t ó r i a .

A e s t r u t u r a d a s n o v e l a s s o f r e u g r a n ­

d e s a l t e r a ç õ e s a o l o n g o d o s a n o s , o q u e

i n t e r f e r i u d i r e t a m e n t e n o t r a b a l h o d o s

a u t o r e s : a u m e n t a r a m a q u a n t i d a d e e o

t a m a n h o d o s c a p í t u l o s , q u e p a s s a r a m

a t e r c e r c a d e 4 0 p á g i n a s c a d a u m , e m

v e z d e I 5 . A l é m disso , os e n r e d o s agora

c o s t u m a m s e r m a i s c o m p l e x o s e t e r

m a i s p e r s o n a g e n s d o q u e as n o v e l a s das

d é c a d a s p a s s a d a s .

O a u m e n t o d e t r a b a l h o l e v o u à a m ­

p l i a ç ã o das e q u i p e s : m a i s p e s q u i s a d o r e s ,

m a i s c o l a b o r a d o r e s e, e v e n t u a l m e n t e , a

a u t o r i a c h e g a a s e r d i v i d i d a p o r d o i s o u

m a i s p r o f i s s i o n a i s . E m gera l , os p e s q u i ­

s a d o r e s s ã o r e s p o n s á v e i s p e l a a p u r a ç ã o

d e t e m a s e s p e c í f i c o s , c o m o q u e s t õ e s

T E M A S S O C I O E D U C A T I V O S

D e s d e a nove la O Espigão (1974), q u e d e ­ba t eu eco log ia e p l ane j amen to u rbano , a TV G l o b o incent iva a d iscussão d e t e m a s soc ioeduca t i vos e m sua d ramaturg ia . Laços de Família (2000), por exemp lo , e s t imu lou a d o a ç ã o d e m e d u l a óssea; O Clone (2001) d iscut iu a d e p e n d ê n c i a qu ímica ; Mulheres Apaixonadas (2003) a b o r d o u t emas c o m o maus-tratos a idosos e v io lênc ia domés t i c a ; Duas Caras (2007) c o m b a t e u o p reconce i to racial . A prát ica inovadora d o merchand i s i ng social d e u à e m i s s o r a , e m 2001 ,o Bus iness in the C o m m u n i t y Awa rds for Exce l lence ,o mais c o n c e i t u a d o p r êm io d e Responsab i l i dade Soc ia l d o m u n d o .

O tratamento dado à terceira idade foi discutido na novela Mulhe­res Apaixonadas (2003) através dos personagens Flora e Leopoldo, casal vivido por Carmem Silva e Oswaldo Louzada.

11 ii i In iis i iii ii ii i In a s ( ) , 1 1 iliihnrmlntVN ' ' >•• (11• • ili111 levai ide ias <!<• tramas aos

1111 ii i " . , a l r i ii de eserever d i á l o g o s o, por I i onlec i i i i n . i i a e s c a l e l a , u n i rascu­

n h o c o m I o d a a e s t r u t u r a d o c a p í t u l o .

A e s p i n h a dorsa l da n o v e l a é f e i t a p e l o

lUtor, j;i n a s i n o p s e , a n t e s q u e e la c o m e c e

i \ c r p r o d u z i d a . A p a r t i r daí , c a d a u m

i' o i u m m o d o d e t r a b a l h a r : u n s p r e f e r e m

i e i a c s c a l e t a e o t e x t o final, d e i x a n d o

i ' i i a ç ã o dos d iá logos p o r c o n t a dos

• i l aboradores ; o u t r o s p r e f e r e m o r i e n -

i .ii u m c o l a b o r a d o r a f a z e r a e s c a l e t a ,

II 'I ii a n d o t e m p o p a r a t r a b a l h a r e m m a i s

d iá logos . H á , a inda , os q u e f a z e m u m

pouco d e c a d a t a r e f a ; os q u e s i m p l e s m e n ­

te p r e f e r e m t r a b a l h a r s o z i n h o s ; e os q u e

i I r . p e n s a m o p l a n e j a m e n t o e c r i a m t o d o

• i ( a p í t u l o a p a r t i r da f o l h a e m b r a n c o .

As poss ib i l idades são inf ini tas . E m

• i i n u i m , t o d o s t r a b a l h a m m u i t o para

i i t r e g a r seis c a p í t u l o s a c a d a s e m a n a . Página de um capitulo (saipt) da novela Paraíso (2009): guia para as gravações.

Direção C o s t u m a - s e d i z e r q u e o s l i v r o s s ã o d o s a u t o r e s , o s f i l m e s , d o s d i r e t o r e s , e as p e ç a s d e t e a t r o ,

d o s a t o r e s . E as n o v e l a s e m i n i s s é r i e s ? A c r i a ç ã o na t e l e d r a m a t u r g i a s u r g e e s s e n c i a l m e n t e

.i pa r t i r d a pa r ce r i a e n t r e a u t o r e d i re to r . É a t r a v é s d o d i á l o g o c o m o esc r i t o r q u e o d i r e t o r

d e f i n e d e q u e f o r m a a q u e l a s t r a m a s s e r ã o t r a n s f o r m a d a s e m i m a g e n s . A l é m d e c o n c e i t u a r ar-

i i s t i c a m e n t e t o d a s as e q u i p e s d e c r i a ç ã o , c a b e m a o d i r e t o r as d e c i s õ e s a d m i n i s t r a t i v a s , c o m o

r e m a n e j a m e n t o d e r e c u r s o s f i n a n c e i r o s e n t r e d i f e r e n t e s á r e a s pa ra v i ab i l i za r a r e a l i z a ç ã o d o

p r o d u t o d e n t r o d o o r ç a m e n t o p r e v i s t o .

A p r i n c i p a l d i f e r e n ç a q u e os p r o f i s s i o ­

nais d e T V c o s t u m a m d e s t a c a r e n t r e a

m a n e i r a d e f a z e r n o v e l a e m s e u s p r i m ó r ­

d ios e n o s dias a t u a i s é a s u b s t i t u i ç ã o d o

a r t e s a n a l p e l o i n d u s t r i a l . C o m t r a m a s

m a i s c o m p l e x a s , a u m e n t o u o n ú m e r o

d a s f r e n t e s d e g r a v a ç ã o e, c o n s e q u e n t e ­

m e n t e , o t a m a n h o d o e l e n c o e d e t o d a s

as e q u i p e s . O s d i r e t o r e s d i z e m q u e u m a

d e s u a s p r i n c i p a i s f u n ç õ e s é h a r m o n i z a r

o g r u p o , r e s p e i t a n d o as i n d i v i d u a l i d a ­

d e s . E m t e r m o s d e c r i a ç ã o a r t í s t i c a , a

d e l i c a d e z a e s t á e m s a b e r c o n c e i t u a r as

d i v e r s a s á r e a s e b u s c a r u m a u n i d a d e

e s t é t i c a e n t r e e l a s , s e m t o l h e r o p o t e n ­

c i a l d e c r i a t i v i d a d e d e c a d a u m . O i d e a

é q u e s e j a , s e m p r e , u m p r o c e s s o d e

c o l a b o r a ç ã o e t r o c a .

D u r a n t e as g r a v a ç õ e s , as f u n ç õ e s d o

d i r e t o r s ã o m ú l t i p l a s . A l é m d e d i r ig i r

os a t o r e s , é e l e q u e m p e n s a n o m e l h o r

e n q u a d r a m e n t o d a c e n a , i n c l u i n d o a

a l t e r n â n c i a d a s c â m e r a s e d o s p l a n o s ,

m a i s a b e r t o s o u f e c h a d o s . A i n d a é o

o l h a r d o d i r e t o r q u e c u i d a p a r a q u e

c e n á r i o , figurino e i l u m i n a ç ã o e s t e j a m

e m h a r m o n i a e r e s p e i t e m a l i n g u a g e m

d a p r o d u ç ã o .

C o m o a v a n ç o da t e c n o l o g i a ,

n a t u r a l m e n t e , as n o v a s f e r r a m e n t a s

f o r a m s e n d o i n c o r p o r a d a s a o p r o c e s s o

d e c r i a ç ã o . O d e s e n v o l v i m e n t o d a s

c â m e r a s , d a s l e n t e s e, p r i n c i p a l m e n t e ,

da c o m p u t a ç ã o g r á f i c a , a b r i u n o v a s

p o s s i b i l i d a d e s . A n t e s , o s d i r e t o r e s

t i n h a m m u i t o m a i s t r a b a l h o p a r a

c o r r e s p o n d e r à c r i a t i v i d a d e d o s a u t o r e s

- q u e h á a n o s j á e s c r e v i a m c e n a s

i n u s i t a d a s c o m o " D o n a R e d o n d a a t r a ­

v e s s a a rua e e x p l o d e " , c a s o da n o v e l a

Saramandaia ( 1 9 7 6 ) .

Equipe trabalha na gravação da novela Viver a Vida (2009) em um dos estúdios do Projac

D i a n t e d e t a n t a s p o s s i b i l i d a d e s , há

d i r e t o r e s q u e t ê m s a u d a d e s da a d r e ­

n a l i n a da t e l e v i s ã o a o vivo, o u t r o s q u e

g o s t a m d o f r e n e s i d o r i t m o i n d u s t r i a l

d e p r o d u ç ã o e, a i n d a , o s q u e p r e f e r e m

c o n f e c c i o n a r as o b r a s d e f o r m a m a i s ar­

t e s a n a l . S e j a p o r u m o u o u t r o c a m i n h o ,

u m m a n t r a q u e n u n c a d e v e se p e r d e r

d e v is ta é q u e t e l e v i s ã o s e m e m o ç ã o n ã o

e x i s t e , p r i n c i p a l m e n t e n a d r a m a t u r g i a .

Elenco " 7 0 % d o e s p e t á c u l o e s t á p r o n t o s e h á u m a b o a e s ca l a ção ' , ' p o d e - s e o u v i r n o s b a s t i d o r e s .

E x a g e r o o u n ã o , isso r e f l e t e a i m p o r t â n c i a d a e s c o l h a d e u m i n t é r p r e t e a d e q u a d o a o p a p e l e

d o c o m p r o m e t i m e n t o d e s t e c o m o t r a b a l h o . O g r u p o c o s t u m a se r m o n t a d o a pa r t i r d e u m

a c o r d o e n t r e d i r e t o r e au tor , q u e t a m b é m r e c e b e m s u g e s t õ e s d o p r o d u t o r d e e l e n c o . M a s

n ã o há r e g r a s d e f i n i t i v a s : a l g u n s p a p é i s s ã o esc r i t os pa r a d e t e r m i n a d o s a t o r e s e a l g u n s a t o r e s

r o u b a m a c e n a e m d e t e r m i n a d o s p a p é i s .

M u i t a s v e z e s , o a u t o r e n c o n t r a n a s e n ­

s i b i l i d a d e d o i n t é r p r e t e a p o s s i b i l i d a d e

d e d a r m a i s d e s t a q u e a o p e r s o n a g e m ,

g r a ç a s a o s e u s u c e s s o c o m o p ú b l i c o ,

c o m o a c o n t e c e u c o m N o r m i n h a , i n t e r ­

p r e t a d a p o r D i r a P a e s e m Caminho das

índias ( 2 0 0 9 ) . E m e s m o os e s c r i t o r e s

q u e g o s t a m d e c r i a r p a p é i s c o m u m

I t o i r i u m e n i r p i i i l r i i i se s u r p r e e n d e i i<> r e s u l t a d o i l c u m a c m i i lnçüo m u

I I id i 1'oi ci i a so ila I t e h e l , c m 1'ttmiso

/'.'/•(<<</ ( 2 0 0 7 ) . A p e s a r d c a p e r s o n u -

i le i s i d o i n i c i a l m e n t e p e n s a d a p a r a

i i a t r i z , ( a m i l a P i t a n g a c o n q u i s t o u

n l i r . i n t e r p r e t a n d o u m a g a r o t a d e

pronrama. \ .11 ms a t o r e s c o n s a g r a d o s g a r a n t e m

q u e t e l e v i s ã o é p a r a c r a q u e , e m f u n ç ã o

d " u l m o d e c r i a ç ã o e x t r e m a m e n t e

1 1 / E p r e c i s o d e c o r a r g r a n d e s t e x t o s

p o u c o t e m p o e g r a v a r i n ú m e r a s c e -

n i u m ú n i c o d i a , a l é m d e c o n s t r u i r

I H i i p e r s o n a g e m s e m s a b e r s e u f u t u r o ,

i q u e t u d o p o d e m u d a r n o d e c o r r e r da

h i s t ó r i a .

N a s p r i m e i r a s t e l e n o v e l a s , e n s a i a v a -

• m u i t o p a r a n ã o f a z e r f e i o a o v ivo .

Mesmo c o m a c h e g a d a d o v i d e o t e i p e ,

e n s a i o s c o n t i n u a r a m p o r q u e as

a ç õ e s o c o r r i a m e m b l o c o s i n t e i r o s . 1 M I e r r o n o f i n a l e x i g i a q u e s e g r a v a s s e

l u d o d e n o v o . C o m o s u r g i m e n t o d o

p o n t o e l e t r ô n i c o , e s s a p r e p a r a ç ã o

O S A T O R E S E O P U B L I C O

A popu l a r i dade da t e l ed ramatu rg ia no país é t a m a n h a q u e já c ausou t ranstornos aos intérpretes de a lguns v i lões. A o representar Marcos e m Mulheres Apaixonadas (2003), Dan M u l b a c h foi i n t e n s a m e n t e host i l izado nas ruas, pois seu p e r s o n a g e m , u m ps icopata , agred ia a esposa c o m u m a r aque te d e ténis . Emi l i ano Que i roz t a m b é m já foi ag red ido e m uma loja d e d e p a r t a m e n t o s por u m a e s p e c ­tadora - na época , e le in terpretava o nazista Hans S t a u b e n e m OSheik de Agadir (1966). O cont rá r io t a m b é m acon tece . A l guns perso ­n a g e n s sào t áo a d m i r a d o s pe lo púb l i co q u e t r a n s c e n d e m suas nove las or ig inais . Depo i s do sucesso e m Rainha da Sucata (1990) c o m o bo rdão "na c h o n " Dona A r m ê n i a (Aracy Ba-laban ían ) vo l tou e m Deus nos Acuda (1992) c o m o d o n a d e uma pensão . E J a m a n t a (Cacá Carva lho ) , que desde a exp losão do s h o p p i n g e m Torre de Babel (1998) anunc i a va aos q u a ­tro v e n t o s q u e " J aman ta n ã o m o r r e u " p ro ­v o u q u e estava certo . C o n t i n u o u v i v i nho e m Belíssima (2005).

d i m i n u i u 1 om o a d v e n t o da

e d i ç ã o , l " i prati i a m e n t e a b o l i d a .

I l o j e , p o r é m , p r o c e s s o s d e e n s a i o

a n t e s d o p e r í o d o d e g r a v a ç õ e s t ê m

a c o n t e c i d o c o m m a i s f r e q u ê n c i a ,

p r i n c i p a l m e n t e n a s m i n i s s é r i e s ,

q u e g e r a l m e n t e s ã o o b r a s c o n c e b i d a s e

e s c r i t a s a n t e s d e ir a o ar e q u e t ê m m a i s

t e m p o d e p r e p a r a ç ã o .

Camila Pitanga roubou a cena na novela Paraíso Tropical (2007), ajudando a popularizar as roupas e os acessórios de sua personagem, a prostituta Bebei.

Figurino P a r a c o m p o r p e r s o n a g e n s , o s a t o r e s p e r c o r r e m d i f e r e n t e s j o r n a d a s , à s v e z e s m a i s t é c n i c a s , às

v e z e s m a i s i n t u i t i v a s . E m t o d a s e l as , o figurino é u m a p e ç a i m p o r t a n t e pa r a o p r o c e s s o c r i a t i ­

v o . É c o m u m q u e a s r o u p a s a j u d e m a e n c o n t r a r o t o m d e u m p a p e l , se ja p e l a p o s t u r a i m p o s t a

p o r d e t e r m i n a d o c o r t e o u p o r o u t r a s s u t i l e z a s , c o m o o c o n t a t o d e u m a t e x t u r a c o m a p e l e .

M u i t a s v e z e s a s p r o v a s d e f i g u r i n o se t r a n s f o r m a m e m e x e r c í c i o s d e i m p r o v i s a ç ã o . E é m á g i c o

o m o m e n t o e m q u e u m p e r s o n a g e m se a p r o p r i a d e s u a s v e s t e s .

N a m i n i s s é r i e Dona Flor e Seus Dois

Maridos ( 1 9 9 8 ) , a s o b r i e d a d e d o s t o n s

e s c u r o s e d a s r o u p a s d e c o r t e r e t o se

r e f l e t i u na a t u a ç ã o d e M a r c o N a n i n i .

0 f i g u r i n o a j u d o u o a t o r a t i r a r o

b i s t r i o n i s m o d o p e r s o n a g e m T e o d o r o

M a d u r e i r a e d e i x a r a c o m é d i a p a r a

V a d i n h o ( E d s o n C e l u l a r i ) e D o n a F l o r

( G i u l i a C i a m ) . O s t o n s f e c h a d o s o

a j u d a r a m na c o m p o s i ç ã o d e u m a f igura

m a i s i n t r o s p e c t i v a .

O s l i m i t e s da c r i a ç ã o são t ã o d e l i c a d o s

q u e t a m b é m é c o m u m o a t o r c o m p a r ­

t i l h a r u m a r e f e r ê n c i a d e su a p e s q u i s a

p e s s o a l c o m o s f igurinistas . N a m i n i s s é r i e

0 1 Maias ( 2 0 0 1 ) , o a t o r F á b i o A s s u n ç ã o

suge r iu q u e o visual d e seu C a r l o s E d u a r ­

d o da M a i a fosse s i m i l a r a o d e u m a

p i n t u r a q u e e l e t i n h a v i s t o n o M u s e u d o

Fábio Assunção em Os Maias (2001):caracterização inspirada em pintura do Museu do iouvre.

Lima Duarte como Zeca Diabo, cm O Bem-Amado (1973): figurino montado pelo próprio ator.

L o u v r e , na F r a n ç a , n a q u a l u m h o m e m

c a b e l u d o e d e o l h a r l ú d i c o o r e m e t e u a o

p e r s o n a g e m . A e x p e r i ê n c i a p a r a L i m a

D u a r t e na n o v e l a O Bem-Amado ( 1 9 7 3 )

fo i a i n d a m a i s r a d i c a l . O a t o r p r o p ô s

m o n t a r , e l e p r ó p r i o , o g u a r d a - r o u p a d e

s e u Z e c a D i a b o , u m m a t a d o r d e a l u g u e l

q u e r e l u t a v a e m m a t a r . L i m a p e r c o r r e u

as t i n t u r a r i a s da E s t a ç ã o da L u z , e m S ã o

Paulo , e c o m p r o u t e r n o s q u e h á m u i t o

t i n h a m s i d o a b a n d o n a d o s p o r q u e os d o ­

n o s n ã o t i n h a m d i n h e i r o para b u s c á - l o s .

A p e s a r d e s u a i m p o r t â n c i a n a d r a ­

m a t u r g i a , n e m s e m p r e o figurino t e v e

0 e s p a ç o e a s o f i s t i c a ç ã o d o p r o c e s s o

d e c r i a ç ã o e p r o d u ç ã o q u e t e m h o j e . A

á r e a e r a v i n c u l a d a à c e n o g r a f i a e, m u i t a s

v e z e s , u m ú n i c o p r o f i s s i o n a l c r iava o

g u a r d a - r o u p a e o s c e n á r i o s d o p r o g r a m a .

C o s t u m a v a - s e l a n ç a r m ã o d e t r u q u e s

p a r a r e s o l v e r a f a l t a d e o p ç õ e s . A s c o s t a s

d e u m a c a m i s a p o d i a m s e r falsas, p e r m i -

Hllllci .[lli- r l . i lossi • l isiulll I ii il .ih i l i" . i I r

• n1111•> d i l o r o n l o s I lin v e s t i d o p i e

.1 p e ç a i havo l l l l l l g l t r í l l O í 1 '1111111!III,

I " .r. >•.< t . i l i i H ' i i t f servia para m a i s d e

i p e r s o n a g e m a v a r i e d a d e lieava

I " •! i i m i a d o s a c e s s ó r i o s .

i d e i a i l a de (i(), o f i g u r i n o t i n h a o

i i i i a p r o p r i a d o às n o v e l a s e s t i l o c a p a

iai la, c o m suas t r a m a s fantas iosas .

luitas a n á g u a s e b a b a d o s c o m p u n h a m

t idos das atr izes , a l g u n s r e p l e t o s

I d e t a l h e s a p l i c a d o s aos t e c i d o s , c o m o

I m o l a i los, fitas, laços , r e n d a s e o u t r o s

idi roços q u e flertavam c o m o c a r n a v a -

li .• 1 1 C 'orca d e 9 0 % das v e s t i m e n t a s e r a m

infei c i o n a d a s n a p r ó p r i a e m i s s o r a , e m

dos q u e i a m d o a l g o d ã o r ú s t i c o à seda

11111H i r tada. U m a atr iz d e p r i m e i r o e s c a l ã o

il i é p o c a t i n h a u m a m é d i a d e 1 5 r o u p a s

i ii i usar ao l o n g o d e u m a n o v e l a i n t e i r a .

I li ije, u m a p r o t a g o n i s t a c h e g a a usar m a i s

de 15 e m a p e n a s u m m ê s .

Q u a n d o as n o v e l a s p a s s a r a m a t e r

i i ' p a n o d e f u n d o a rea l idade c o n t e m -

irânea, a par t i r d e 1 9 6 9 , isso se ref le t iu

n u l igurino dos p e r s o n a g e n s . O s vest idos

i i h los da h e r o í n a A n d r é a ( R e g i n a D u a r t e ) ,

11 Véu de Noiva, e os tra jes t í p i c o s d e

ilvador ( B A ) , c o m o os d e c a p o e i r a e

. n i d o m b l é , e m Verão Vermelho, são dois

e x e m p l o s .

C o m a c o n s o l i d a ­

ç ã o das t e l e n o v e l a s na

i l écada d e 7 0 , u m n o v o

I o n c e i t o d e p r o d u ç ã o

d e f igur ino foi i n a u g u ­

rado n a e m i s s o r a . Para

o t i m i z a r o t e m p o q u e

se gastava n a c o n f e c ç ã o ,

c o m e ç o u - s e a b u s c a r

r o u p a s p r o n t a s e m lo jas

para as p r o d u ç õ e s c o m

t e m á t i c a c o n t e m p o r â ­

n e a . O s prof i ss ionais

da área d e s e n v o l v e r a m

u m a n o v a h a b i l i d a d e e

se t o r n a r a m c a ç a d o r e s

d e t e n d ê n c i a s . N e s s e

p e r í o d o , a e s t é t i c a na tura l i s ta t o m o u

c o n t a das n o v e l a s c os figurinistas a p r e n

Giovanna Antonelli v Murilo Benício em cena de O Clone (200l):várias peças do figurino da novela foram compradas no Marrocos.

d e r a m a t r a b a l h a r c o m o q u e se c o s t u m a

c h a m a r d e " v i v ê n c i a " , a p r o x i m a n d o os

f igur inos d o c o t i d i a n o v iv ido fora da t e l a .

A b u s c a d o r e a l i s m o p a s s o u a n o r t e a r

t a m b é m as t r a m a s d e é p o c a .

f i g u r i n o , c o n t u d o , n ã o se r e s u m e a

u m a c ó p i a Hei d e d o c u m e n t o s h i s t ó r i c o s .

O m a i s i m p o r t a n t e , s e m p r e , é a c o m u ­

n i c a ç ã o . O t e m p e r a m e n t o , a i d a d e d o

p e r s o n a g e m e o p a p e l s o c i a l e s t ã o e n t r e

as l e i t u r a s q u e u m a c o m p o s i ç ã o d e r o u ­

pa s u s c i t a n o p ú b l i c o . A l g u m a s l i c e n ç a s

p o é t i c a s , p o r t a n t o , s ã o p e r m i t i d a s . N a

r e p r e s e n t a ç ã o d e u m a

p r o s t i t u t a d o s é c u l o

X I X , p o r e x e m p l o , se

o f igur in is ta se g u i a r

a p e n a s p e l o s v e l h o s

c ó d i g o s , r e p r o d u z i n d o

f i e l m e n t e a é p o c a ,

d i f i c i l m e n t e o p ú b l i c o

a t u a l p e r c e b e r á s e n s u a ­

l i d a d e . D e n a d a a d i a n t a

a s s u m i r u m c o m p r o ­

m i s s o c o m o r e a l se e l e

n ã o s e r v e p a r a n a r r a r

u m a h i s t ó r i a .

S e p a r e c e e x a u s t i v o

p e n s a r n a c o n f e c ç ã o d e

Um pedido de costura de vestido para a personagem Celita Bueno (Marília Gabriela), da minissérie JK (2006), com o respectivo desenho da peça.

Betty Faria e Francisco Cuoco vestidos de iuçinha e Carlão para as gravações de Pecado Capital (1975).

t o d a s as p e ç a s d e u m a p r o d u ç ã o d e é p o ­

c a , m o n t a r figurinos p a r a e n r e d o s a t u a i s

t a m b é m p o d e s e r b a s t a n t e c o m p l e x o .

C o m o c r e s c e n t e n ú m e r o d e n a r r a t i v a s

c o n t e m p o r â n e a s , f i c o u m a i s di f íc i l l a z e r

a d i f e r e n c i a ç ã o d a s r o u p a s cie u m p e r s o ­

n a g e m para o u t r o .

O figurino se a p r o p r i a da m o d a

p a r a c o m p o r d e t e r m i n a d o s a s p e c t o s

d e u m a c r i a ç ã o , s e m se t o r n a r , t o d a v i a ,

r e f é m d e l a . M u i t a s v e z e s , p o r é m ,

O a c e r v o d e f igur ino da Rede G l o b o (foto) con ta ho je c o m 279 mil peças , en t r e roupas e acessór ios . Nas pr imeiras décadas d e p ro ­d u ç ã o d e nove las , por falta d e local a d e q u a ­do para gua rda r os f igur inos, mui tas vezes as roupas e r a m doadas . Hav ia dias e m q u e a Roc inha , a ma io r favela d o Rio d e J ane i ro , estava "vest ida d e nove l a " Mas o contrár io t a m b é m já a c o n t e c e u : du ran te as g r avações da minissér ie 0 Pagador de Promessas (1988), na Bah ia , peças novas fo ram t rocadas por roupas usadas pela p o p u l a ç ã o local .

u m p e r s o n a g e m l a n ç a m o d a ,

c o m o R a i m u n d o F l a m e l ( E d s o n

C e l u l a r i ) c o m s u a s c a m i s a s s e m

c o l a r i n h o , e m Fera Ferida ( 1 9 9 3 ) .

Caracterização I n f o r m a ç õ e s s o b r e c o r e s d e e s m a l t e , t o n a l i d a d e s d e b a t o m e c o r t e s d e c a b e l o e s t ã o s e m p r e

e n t r e o s i t e n s m a i s s o l i c i t a d o s na C e n t r a l d e A t e n d i m e n t o a o T e l e s p e c t a d o r (CAT ) . O t r a b a l h o

d o s u p e r v i s o r d e c a r a c t e r i z a ç ã o , c o n t u d o , v a i m u i t o a l é m d a s i m p l e s p r e p a r a ç ã o d e u m a

i m a g e m b o n i t a pa r a a t e l e v i s ã o . E le c r ia , e m h a r m o n i a c o m o f i g u r i n o , a i d e n t i d a d e v i s u a l d o

p e r s o n a g e m . A s r e f e r ê n c i a s p a r a e s s a s d u a s á r e a s - s e j a m l i v ros , p i n t u r a s , r ev i s t as , f o t o s o u

c a t á l o g o s d e m o d a - e s t ã o s e m p r e d i a l o g a n d o e n t r e si.

M a s n e m s e m p r e é fác i l p a r a o a t o r

s u j e i t a r o p r ó p r i o c o r p o , o r o s t o e o s

c a b e l o s às n e c e s s i d a d e s d a c a r a c t e r i ­

z a ç ã o , po i s , m u i t a s v e z e s , o v i s ua l d o

p e r s o n a g e m é b e m d i f e r e n t e d e s u a

p r e f e r ê n c i a - e p o d e i n c l u i r a t é m e s m o

q u e s e e n g o r d e o u e m a g r e ç a e m n o m e

d a c a r a c t e r i z a ç ã o p e r f e i t a . N e s s a s h o r a s ,

o m e l h o r é p r a t i c a r o d e s a p e g o à v a i d a d e

e t e n t a r s e a d a p t a r à m u d a n ç a .

N o illa a dia d e gravai,ilo,

i l í m e n t e as m u l h e r e s

|tiei I sam i h e g a r m a i s i e d o ,

l ii ils i l i ' m o r a m m a i s t e m p o

n i ' .11.11 teri/.ação. P o r é m ,

li i ' \ i e ç õ e s . E m litiiig Banje ( 2 0 0 5 ) , K a d u M o l i -

e i m i e E v a n d r o M e s q u i t a

p r e t a r a m b a n d i d o s

i u n i a m a i d e n t i d a d e

• I ii m a s s o l t e i r o n a s . O s

i i i n i p a s s a r a m a c h e g a r

In is l ioras a n t e s d o i n í c i o

e i \ a ç õ e s e a m a q u i a g e m se t o r n o u

Quase t i m a s e s s ã o d e t o r t u r a , c o m d i r e i t o

ii |ues n a s s o b r a n c e l h a s .

As v e z e s , a t r a m a e x i g e u m a c a r a c -

i ' i i / a ç ã o i n u s i t a d a , c o m o a d o s m o r t o s

ei l idos d e s e r e m e n t e r r a d o s n a

in in i ssér ie Incidente em Antares ( 1 9 9 4 ) .

Para r e a f i r m a r a p r o p o s t a f a n t á s t i c a

l ica da h i s t ó r i a , a p e s q u i s a c o n -

tOU i o m l i v r o s d e m e d i c i n a e v is i tas a

i i ros, c o m a finalidade d e a d e q u a r as

l n i i e s d o s p e r s o n a g e n s às r e s p e c t i v a s

• ausa mortis. E m t r ê s h o r a s , D i o g o V i l e l a

I i i s e u J o ã o da Paz a d q u i r i r t o n a l i d a d e

l i i a n c o - d e f u n t o e g a n h a r m a c h u c a d o s

• a u s a d o s p o r t o r t u r a . A m i n ú c i a e ra t a ñ ­

ía q u e o s a n g u e ar t i f ic ia l n ã o p o d i a t e r

III i lho, j á q u e , c o m o m o r t o n ã o t r a n s p i r a ,

Perucas, maquiagens e trajes femininos es< ondiam as verdadeiras identidades dos bandidos Biily lhe Kid (Evandro Mesquita, esq.) e Jessé James (Kadu Moliterno) na novela Bang Bang (2005).

os f e r i m e n t o s p r e c i s a v a m t e r a p a r ê n c i a

d e s e c o s .

O u t r a e s p e c i a l i d a d e da e q u i p e d e

c a r a c t e r i z a ç ã o é f a z e r r e j u v e n e s c e r e e n ­

v e l h e c e r a t o r e s . D e s d e os p r i m e i r o s a n o s

d e p r o d u ç ã o d e n o v e l a s e s s e r e c u r s o é

u t i l i z a d o . E m 1 9 6 7 , e m Sangue e Areia,

a a t r i z A r l e t e Sa l les , e n t ã o c o m 2 2 anos ,

u s o u u m a m a q u i a g e m p e s a d a p a r a se

t r a n s f o r m a r e m u m a m u l h e r d e 4 5 .

Regina Duarte é maquiada pelo americano David Dupuis nos bastidores da minissérie Chiquinha Gonzaga (1999).

H A M I D O U I S

Por ano, são c o n s u m i d o s pe las e q u i p e s d e carac ter ização 192 litros d e g e l ; 80 litros d e x a m p u ; 72 litros d e h id ra tante ; 1.200 e s p o n ­jas d e m a q u i a g e m ; e 127 mil un idades d e co tone tes .

O u t r o c a s o m a r c a n t e foi O e n v e l h e c i ­

m e n t o d e R e g i n a D u a r t e na m i n i s s é r i e

Chiquinha Gonzaga ( 1 9 9 9 ) : a m a q u i a ­

g e m d e i x a v a a atriz, c o m a p a r ê n c i a d e 3 5

a n o s a m a i s d o q u e t i n h a n a é p o c a .

N e s s a s v i a g e n s a o t e m p o , a l é m tia

m a q u i a g e m , OS p e n t e a d o s s ã o f u n ­

d a m e n t a i s p a r a o e f e i t o d e s e j a d o . N a

m i n i s s é r i e Um Só Coração ( 2 0 0 4 ) , c u j a

h i s t ó r i a p e r c o r r e u m a i s d e t r ê s d é c a d a s ,

a p r o t a g o n i s t a Y o l a n d a P e n t e a d o ( A n a

Paula A r ó s i o ) a p a r e c i a d e f r a n j a , c o m

a s p e c t o b e m j o v i a l n o i n í c i o d a t r a m a ;

d e p o i s , na f a s e a d u l t a , s e m f ran ja ; c m a i s

v e l h a , c o m o s c a b e l o s c u r t o s e u m ar

m a i s d e s p o j a d o . A p r o d u ç ã o t a m b é m se

d e s t a c o u p e l a e x c e p c i o n a l c a r a c t e r i z a ç ã o

Ney Latorraca (esq.), como o conde Vlad, e Guilherme Piva, como o Monstro do Espelho: caracterizações de O Beijo do Vampiro (200?) foram inspiradas em publicações sobre bruxaria e vampiros.

d e p e r s o n a g e n s rea i s : os a t o r e s P a s c o a l

da C o n c e i ç ã o e C á s s i o S c a p i n , p o r

e x e m p l o , e s t a v a m i d ê n t i c o s , r e s p e c t i v a ­

m e n t e , a o e s c r i t o r M á r i o d e A n d r a d e e

a o i n v e n t o r S a n t o s D u m o n t .

Cenografia A p e s a r d o s i n ú m e r o s r e c u r s o s d i s p o n í v e i s p a r a a c r i a ç ã o d o s c e n á r i o s , u m a co i sa é c e r t a : e l e s

e s t ã o a s e r v i ç o d a h i s tó r i a q u e s e q u e r c o n t a r . A e s t é t i c a p r e p o n d e r a n t e na t e l e v i s ã o é a r ea l i s ­

ta , m a s n ã o é n e c e s s á r i o f aze r g r a v a ç õ e s s o m e n t e e m l o c a ç õ e s rea i s . O s e s t ú d i o s e as c i d a d e s

c e n o g r á f i c a s e x i s t e m pa ra o t i m i z a r a p r o d u ç ã o , p o i s a i n f r a e s t ru tu r a n e c e s s á r i a se c o n c e n t r a

e m u m m e s m o e s p a ç o e a s v a r i á v e i s f i c a m s o b m a i o r c o n t r o l e .

A l c a n ç a r a v e r o s s i m i l h a n ç a n ã o s igni f ica

c o p i a r fielmente d e t e r m i n a d o e s p a ç o .

M e s m o q u a n d o se t r a t a d e b a i r r o s o u c i ­

d a d e s reais , u m d o s m a i o r e s o b j e t i v o s é,

i n d e p e n d e n t e m e n t e da é p o c a , c r i a r u m a

a m b i e n t a ç ã o q u e r e m e t a à a t m o s f e r a d o

l o c a l o n d e se p a s s a a n a r r a t i v a . C o m o a

c i d a d e c e n o g r á f i c a é u m a p e q u e n a a m o s ­

tra d e u m u n i v e r s o m a i o r , o s c e n ó g r a f o s ,

a p a r t i r d e v á r i a s p e s q u i s a s , p i n ç a m as

r e f e r ê n c i a s m a i s i n t e r e s s a n t e s e c o n c e n ­

t r a m essas i n s p i r a ç õ e s l a d o a l a d o .

Caminho das índias, q u e e m 2 0 0 9

g a n h o u o p r ê m i o E m m y I n t e r n a c i o n a l

d i ' M e l h o r T e l e n o v e l a , t e v e t r ê s c i d a d e s

cenográf icas . A m a i o r delas, c o m 6 mi l m 2 ,

r e p r o d u z i u o e s t a d o d o R a j a s t ã o , a p a r t i r

das r e f e r ê n c i a s p e s q u i s a d a s nas c i d a d e s

d e J a i p u r , J o d h p u r e M u m b a i , n a Í n d i a .

E n t r e as d i v e r s a s c o n s t r u ç õ e s , h a v i a

u m t e m p l o e m h o m e n a g e m a o d e u s

h i n d u S h i v a , c u j o i n t e r i o r t a m b é m era

c e n o g r á f i c a E m o u t r a c i d a d e c e n o g r á f i c a

i n d i a n a , c o m 2 . 5 0 0 m 2 , f o r a m r e p r o -

• li i - i i los o r io G a n g e s e u m a d e s u a s

n lai ias, a p a r t i r d e u m l a g o ar t i f i c ia l

I i < e n t r a i G l o b o d e P r o d u ç ã o ( C G P )

|iial f o r a m c o l o c a d o s t r i l h o s p a r a q u e

i ' . i m e r a s p u d e s s e m gravar d e d e n t r o

• I i agua . N e s s e e s p a ç o , t a m b é m foi m u i -

i i i u t i l i z a d o o r e c u r s o d e digital backlot,

• u n i i m a g e n s i n s e r i d a s p o r c o m p u t a ç ã o

I I H a s i m u l a n d o d i f e r e n t e s l o c a i s e

l i n i m e n t o s d o d ia . N a t e r c e i r a c i d a d e

i e n o g r á f i c a da n o v e l a , o t r a d i c i o n a l

l i . i i r r o c a r i o c a d a L a p a fo i r e p r e s e n t a d o

' I H u m a á r e a d e 3 mi l m 2 .

S e j a u m a c o n s t r u ç ã o v ir tual o u f ís ica ,

i cenogra f ia s e m p r e é p e n s a d a d e f o r m a a

I a o p i c i a r o m e l h o r r e s u l t a d o

ar t í s t i co para a d r a m a t u r g i a ,

i o n c i l i a d o à logís t ica d e

p r o d u ç ã o . E m 1 9 8 2 , d i f e r e n ­

t e m e n t e das c o n s t r u ç õ e s e m

m a d e i r a t í p i c a s d e a m b i e n t e s

c e n o g r á f i c o s , f o r a m e r g u i d o s

e m a lvenar ia u m s o b r a d o e

u m p r é d i o res idenc ia l , n o

F l a m e n g o , na Z o n a S u l d o

R io d e J a n e i r o , para a m b i e n ­

t a r a n o v e l a Sol de Verão.

E m 1 9 9 5 , os c e n á r i o s d e A

Próxima Vítima f o r a m f e i t o s c o m m a d e i r a

t e l a d e a r a m e e a r g a m a s s a , u m a n o v a

t e c n o l o g i a q u e garant ia m a i o r d u r a b i l i d a -

Bruno Gagliasso < • Patrícia Piilar contracenam em Sinhá Moça (2006): rigorosa pesquisa de época ajudou a criar o cenário da novela, um retrato do século XIX.

de. Para poss ib i l i tar p l a n o s p a n o r â m i c o s , a

c i d a d e c e n o g r á f i c a d e A Indomada ( 1 9 9 7 )

fo i c o n s t r u í d a c o m a c a b a m e n t o t r i d i m e n ­

s ional : os f u n d o s p o d i a m a p a r e c e r s e m

r e v e l a r q u e as f a c h a d a s e r a m , na verdade ,

t a p u m e s d e m a d e i r a .

N a c o n t r a m ã o d e u m a c e n o g r a f i a r e a ­

l is ta , fo i e r g u i d a u m a c ú p u l a p a r a as gra­

v a ç õ e s d a m i n i s s é r i e Hoje é Dia de Maria

( 2 0 0 5 ) . O s 1 7 0 m d e e x t e n s ã o d e s s a

E3F -

>•• ip i h A "****"'*~" "••iiip5

Detalhe da cidade cenográfica de Fera Ferida (1993), construída em 45 dias, em uma área de 30 mil m 2, no terreno que posteriormente abrigaria o Projac.

Pintor trabalha em um dos cenários construídos na fábrica.

l ú d i c a c i d a d e c e n o g r á f i c a f o r a m c o b e r t o s

p o r u m p a i n e l p i n t a d o à m ã o , c o m 1 0 m

d e a l t u r a . D i v e r s o s p l a n o s - s e q u ê n c i a

( o r a m g r a v a d o s a p r o v e i t a n d o o s 3 6 0 " d o

e s p a ç o , u m c o n v i t e à i m a g i n a ç ã o .

N o c a s o d a s m i n i s s é r i e s h i s t ó r i c a s ,

o s c e n á r i o s c o s t u m a m ser c r i a d o s c o m

a p r e o c u p a ç ã o d e r e c o n s t i t u i r a é p o c a

c o m a m a i o r fidelidade p o s s í v e l . S e m

p e r d e r d e vis ta o e n t r e t e n i m e n t o , e ssas

p r o d u ç õ e s t ê m d e s e m p e n h a d o p a p e l

f u n d a m e n t a l na d i s s e m i n a ç ã o da c u l t u r a

b r a s i l e i r a . Por t rás da r e c u p e r a ç ã o d e

i m p o r t a n t e s l a t o s h i s t ó r i c o s , há s e m p r e

u m a r i g o r o s a c e x t e n s a p e s q u i s a e n v o l ­

v e n d o t o d a s as á r e a s d e c r i a ç ã o .

UMA FABRICA DE CENÁRIOS

A l é m das i idades t enográ f i cas , são constru í ­dos , por nove la , d e 40 a 80 cenár ios q u e re­p r o d u z e m os interiores dos espaços .

Ao l ongo d e uma semana d e gravação , mais d e 20 amb ien te s são m o n t a d o s e re ­m o n t a d o s no piso d e p inho abras ivo d o s estúd ios , o q u e pe rm i t e o "prega e desp rega " d iár io da made i ra .

Na fábrica d e cenár ios,são produzidos, por ano,cerca d e 60 mil m 2 de cenár ios e 86 mil m 2

d e c idade cenográf ica, e m área projetada.

En t re os mater ia is mais usados es tão m a ­deiras, acrí l icos, t intas e tec idos . Por ano , são c o n s u m i d o s 410 mil litros d e t inta à base d e água e 10 mil m 3 de made i ra e c o m p e n s a d o , c o m cer t i f i cação d o Inst i tuto Brasi leiro do M e i o A m b i e n t e e dos Recursos Natura is R e ­nováve i s ( Ibama) .

Na con fecção d e u m cenár io t raba lham diversos profissionais, c o m o carpinteiros, mar ­ceneiros, laqueadores , lustradores, cort ineiros, estofadores, costureiros, l aminadores d e acrí l i ­co e fibra, aderecistas e pintores d e arte.

Cerca d e 90 carr inhos d e a r m a z e n a g e m se des l o cam, todas as noi tes , c a r r e g a n d o as tapade i ras cenográ f i cas e os ob je tos da p ro ­d u ç ã o d e arte , q u e se d i v i d e m e m contrarre-gra pesada ( camas , cade i ras e mesas ) e leve (abajures, vasos e bande jas ) .

Fernanda Montenegro e João Sabiá na minissérie Hoje é Dia de Maria (2005):gravações em um domo cujo interior era composto por um ciclorama pintado à mão.

N a m i n i s s é r i e Amazônia - De

1 . I Í I V d Chico Mendes ( 2 0 0 7 ) , f o r a m

h i i . i l a i l o s q u a s e 1 0 0 a n o s da h i s t ó -

ii i i l o A e r e , d e s d e o final d o s é c u l o

I ) u a s c i d a d e s c e n o g r á f i c a s f o r a m

i l idas e m p l e n a f l o r e s t a , às m a r g e n s

• I " n u A c r e , a l é m d e c i n c o c i d a d e s

• • n o g r á f i c a s n o P r o j a c , u m a d e l a s

M I os s e r i n g a i s r e c r i a d o s a p a r t i r d e

;os a i n d a e x i s t e n t e s n o m u n i c í p i o

|l X a p u r i .

Para Mad Maria ( 2 0 0 5 ) , a l é m d o

ri I tauro da l o c o m o t i v a q u e dá n o m e

.i p r o d u ç ã o , f o r a m r e c u p e r a d o s , e m

l' i indônia , o i t o q u i l ô m e t r o s d e t r i l h o s

Cena de M a d Mar ia em Rondônia: trilhos recuperados e locomotiva reformada para a realização da minissérie, levada ao ar em 2005.

o r i g i n a i s da f e r r o v i a M a d e i r a - M a m o r é ,

u m a das m a i o r e s o b r a s d e e n g e n h a r i a d o

i n í c i o d o s é c u l o X X . R e c r i a r o R i o d e

J a n e i r o d e 1 9 1 0 foi o u t r o desaf io , r e s o l ­

v i d o a t r a v é s d e f o t o s da é p o c a , m a q u e t e s

e e f e i t o s d e c o m p u t a ç ã o grá f i ca . U m a

dessas r e p r o d u ç õ e s fo i o p a l á c i o fv lonroe ,

e x - s e d e d o S e n a d o f e d e r a l , d e m o l i d o e m

1 9 7 6 ( c u r i o s a m e n t e , e s s e m e s m o p a l á c i o

j á h a v i a s i d o r e c o n s t i t u í d o e m 1 9 9 3 ,

p a r a a m i n i s s é r i e Agasto).

Produção de Arte A p r o d u ç ã o d e a r t e e a c e n o g r a f i a s ã o d u a s á r e a s t ã o p r ó x i m a s q u e m u i t a g e n t e p e n s a q u e

n u l o é c r i a d o p e l a m e s m a e q u i p e . S i m p l i f i c a n d o , é c o m o se o c e n ó g r a f o f o s se o a r q u i t e t o d a

asa e o p r o d u t o r d e a r t e , o d e c o r a d o r . T o d o s os o b j e t o s p r e s e n t e s e m c e n a s ã o m i n u c i o s a ­

mente p l a n e j a d o s p e l a p r o d u ç ã o d e a r t e , se ja pa r a a p e n a s d e c o r a r , se ja pa ra p a r t i c i p a r d a

a ç ã o d e u m p e r s o n a g e m . D e n t r o d a l i n g u a g e m rea l is ta d a ficção, a p r e o c u p a ç ã o é a m e s m a

i | i ie r e g e a c e n o g r a f i a : m u i t a p e s q u i s a p a r a a l c a n ç a r a v e r o s s i m i l h a n ç a e u m r igo r a i n d a m a i o r

nas p r o d u ç õ e s h i s tó r i cas . A r e c o n s t i t u i ç ã o d o p a s s a d o r e c e n t e é b a s t a n t e d e l i c a d a pa r a essa

e q u i p e , j á q u e m e x e c o m a m e m ó r i a a f e t i v a d o p ú b l i c o .

l 'ara m o n t a r u m a m b i e n t e c o m o s

o b j e t o s a d e q u a d o s , q u e v ã o d e c a r r o s a

a g u l h a s d e t r i c ô , t o d a s as t é c n i c a s s ã o

vá l idas : c o m p r a r p r o d u t o s a tua i s , f u ç a r

c a d a c a n t i n h o d o s b r e c h ó s e a t é p r o d u ­

zir ou r e s t a u r a r n a f á b r i c a d e c e n á r i o s

os a r t i g o s i n d i s p o n í v e i s n o c o m é r c i o

c o n v e n c i o n a l . A s m a r c a s d o s e s t a b e l e -

(Imentos onde se itassariLI isdahcção, assim c o m o a ident idade visual d e ar to latos

i m p o r t a n t e s d e n t r o da t r a m a - p o r e x e m ­

p l o o c a t á l o g o d e m o d a es t re lado p e l a p r o ­

tagonis ta , o design d o frasco d o p e r f u m e

cr iado p e l o h e r ó i d o f o l h e t i m o u a c a p a d o

d isco d e u m p e r s o n a g e m c a n t o r - ,

são d e s e n v o l v i d a s p e l a e q u i p e da ar te .

Essa área a inda c u i d a da i n s e r ç ã o

d o s a t o r e s nos u n i v e r s o s e s p e c í f i c o s q u e

d e t e r m i n a d o s p a p é i s e x i g e m . Q u a n d o

se t ra ta d e o b t e r u m c o n h e c i m e n t o

p e r t i n e n t e a o p r o d u t o , são r e a l i z a d a s

p a l e s t r a s c o m t o d o o e l e n c o , o q u e a c a b a

s e r v i n d o c o m o u m p r i m e i r o m o m e n t o

d e i n t e g r a ç ã o d e s s e g r u p o , q u e c o n v i v e r á

i n t e n s a m e n t e p e l o m e n o s d u r a n t e os o i t o

m e s e s s e g u i n t e s . O s t e m a s p o d e m ser os

m a i s diversos , c o m o a c u l t u r a d e d e t e r ­

m i n a d o país, aulas d e e t i q u e t a d e u m a

é p o c a o u a t é a s s u n t o s c o m o m i t o l o g i a ,

g a s t r o n o m i a e f i losof ia . A e n t o n a ç ã o nas

falas, e m f u n ç ã o dos r e g i o n a l i s m o s , da

é p o c a o u d o n íve l s o c i o e c o n ó m i c o dos

p e r s o n a g e n s , t a m b é m r e c e b e a t e n ç ã o .

A l g u n s a tores , p a r a q u e t e n h a m u m

d e s e m p e n h o m a i s natura l e m c e n a ,

a inda r e c e b e m aulas d e ténis , e q u i t a ç ã o ,

p i a n o o u c r o c h é , d e a c o r d o c o m a

e s p e c i f i c a ç ã o d e c a d a p e r s o n a g e m .

At I HV I ) I >ldl I A l

Para ot imizar o processo d e p rodução , além do a ce r vo d e contrar regra , q u e conta c o m 87 mi l i tens, os prof issionais d i s p õ e m d e um a c e r v o digi ta l on-line q u e organiza o c o n ­t e ú d o d e pesquisas e projetos real izados p e ­las áreas d e cenograf ia , p r o d u ç ã o d e ar te , f i ­gu r i no e caracter ização. Nesse s is tema, estão c a t a l ogados es tudos d e cos tumes , referências v isuais para a con fecção d e rótulos e e m b a l a ­gens , p lantas baixas d e cenár ios e m a q u e t e s digi ta is t r id imens iona is e a t é s imu lações d e e n v e l h e c i m e n t o d e u m ator.

Cartaz feito especialmente para a novela A Favorita (2008).

Uma rua no centro histórico de Santos (SP) ganhou carros de época, bicicletas e cartazes para as gravações da minissérie Um Só Coração (2004).

Eftitos Especiais i o d o s o s o b j e t o s p r e s e n t e s e m u m c e n á r i o , há os q u e n ã o s ã o d e r e s p o n s a b i l i d a d e d a

• • m i I I ' d e p r o d u ç ã o d e a r t e . A q u e l a g a r r a f a d e v i d r o e s t r a t e g i c a m e n t e a o a l c a n c e d a m ã o d e

i m i l h e i h i s té r i ca q u e p r e t e n d e q u e b r á - l a na c a b e ç a d o m a r i d o é u m e x e m p l o . U m a d a s

u l i d . i d e s d a á rea d e e f e i t o s e s p e c i a i s é j u s t a m e n t e a f a b r i c a ç ã o d e a r t e f a t o s d e v i d r o

• i o r t a m , a i n d a q u e f i q u e m e s t i l h a ç a d o s . P o r t a n t o , n e n h u m a t o r so f re c o r t e s o u se

i h . I I l i c o m o i m p a c t o d o g o l p e .

i i e q u i p e t a m b é m é r e s p o n s á v e l p o r

• • i i r. d e c a p o t a g e m . A p r e p a r a ç ã o é às

i e m v e z d e c o n s t r u i r , o m a i o r

b i b a l h o é " d e p e n a r " . N o l u g a r d o e s t o -

I u l o d o c a r r o , u m a c a b i n e t u b u l a r

e a i n t e g r i d a d e f í s i c a d o d u b l e ,

• n q u a n t o o t a n q u e d e c o m b u s t í v e l é

i i l ' a i t u í d o p o r u m d e a p e n a s d o i s l i t ros ,

M n r e d u z i r o r i s c o d e u m a c i d e n t e r e a l .

R a m p a s d i s f a r ç a d a s s e r v e m d e a l a v a n -

> i < m e c a n i s m o s c o m o b o m b a d e ar

i r i m i d o s ã o i n s t a l a d o s p a r a f a z e r a

iça d a r p i r u e t a s n o ar.

i Hitras s e q u ê n c i a s d e l i c a d a s s ã o as

de i n c ê n d i o s e e x p l o s õ e s . O t e m p o d e

• i i i i i b u s t ã o é r i g o r o s a m e n t e c a l c u l a d o

- até o m a t e r i a l q u e a l i m e n t a o f o g o

resina, gás G l . P , q u e r o s e n e , g a s o l i n a

I H i d i e s e l - d e p e n d e d o t i p o d e f u m a ç a

Se jada n a t r a m a . U m a d a s e s t r a t é g i a s

i r a d a s é a las t rar o f o g o e m p r i m e i r o p l a ­

no, e n q u a n t o , n o f u n d o , s ã o m i s t u r a d a s

I ieças c e n o g r á f i c a s r e v e s t i d a s p o r i s o l a n t e

L E I m i c o , c o n t r o l a n d o a s i t u a ç ã o p o r m a i s

t e m p o . A p e s a r d e t a n t o s d e t a l h e s , n u n c a

Por meio de efeitos especiais, o personagem de Selton Mello sobrevoou Greenville, cidade fictícia da novela A Indomada (1997),

se p e r d e d e vis ta q u e e f e i t o e s p e c i a l é

u m a g r a n d e i l u s ã o d e ó t i c a . O e n q u a d r a ­

m e n t o da c a m e r a , p o r t a n t o , é f u n d a m e n ­

tal p a r a d e t e r m i n a r a i n t e n s i d a d e e a

v e r o s s i m i l h a n ç a da c e n a .

T r u q u e s s ã o s e m p r e b e m - v i n d o s e

m u i t a s v e z e s r e s u l t a m da p a r c e r i a e n t r e

os e f e i t o s m e c â n i c o s , d a á r e a d e e f e i t o s

e s p e c i a i s , e a c o m p u t a ç ã o grá f i ca , da á r e a

d e e f e i t o s visuais .

Efeitos Visuais A p ó s a s g r a v a ç õ e s , a s c e n a s s e g u e m p a r a a p ó s - p r o d u ç ã o . D e p o i s d e e d i t a d a s , s ã o i n s e r i d o s

o s e f e i t o s v i s u a i s e é fe i ta a s o n o r i z a ç ã o d o m a t e r i a l . A o l o n g o d o s a n o s , o s a v a n ç o s t e c n o l ó ­

g i c o s d a c o m p u t a ç ã o g rá f i ca i n c r e m e n t a r a m o o f í c io d e q u a s e t o d a s as á r e a s d e p r o d u ç ã o d e

d r a m a t u r g i a , c o m o c e n o g r a f i a e c a r a c t e r i z a ç ã o .

K m 1 9 9 3 , p a r a p r o d u z i r o s c e n á r i o s d a

n o v e l a Mulheres de Areia fo i u s a d o o

newsmate, u m r e c u r s o q u e p e r m i t i a q u e

a c i d a d e c e n o g r á f i c a f o s s e s o b r e p o s t a à

i m a g e m d e u m a pra ia d e A n g r a d o s R e i s

( R J ) . Kssa t é c n i c a j á h a v i a s i d o u t i l i z a d a

Profissionais da área de efeitos visuais trabalham no Centro dp Pós-Produção do Projac.

H D T V

n a s a b e r t u r a s d o h u m o r í s t i c o Viva o

Gordo ( 1 9 8 4 ) e da n o v e l a Top Model

( 1 9 8 9 ) . l i m 2 0 0 7 , u m a n o v a t e c n o l o g i a

a p r i m o r o u o u s o d a c o m p u t a ç ã o na

c e n o g r a f i a . U t i l i z a d o p e l a p r i m e i r a v e z

e m Paraíso Tropical ( 2 0 0 7 ) , o digital

backlot c o n s i s t e na e x t e n s ã o d e c e n á r i o s

p e l a g e r a ç ã o d e a m b i e n t e s v i r t u a i s

a p a r t i r da c a p t a ç ã o d e i m a g e n s d a s

l o c a ç õ e s rea i s . N o c a s o d e s s a n o v e l a ,

fo i p o s s í v e l a p l i c a r i m a g e n s d o b a i r r o

c a r i o c a d e C o p a c a b a n a p a r a c o m p l e ­

m e n t a r v i r t u a l m e n t e o s c e n á r i o s . C o m o

a p r o f u n d i d a d e d e c a m p o e a t e x t u r a

d a p a i s a g e m d e s e n v o l v i d a p o r c o m p u ­

t a d o r s ã o m u i t o s i m i l a r e s à r e a l i d a d e ,

a u t i l i z a ç ã o d o e f e i t o é p r a t i c a m e n t e

i m p e r c e p t í v e l . E s s a s t é c n i c a s a p l i c a d a s

n a p ó s - p r o d u ç ã o d e p e n d e m d o u s o

d o c r o m a q u i n a s g r a v a ç õ e s , u m p a i n e l

g e r a l m e n t e n a c o r v e r d e o u a z u l q u e

p e r m i t e a p o s t e r i o r i n s e r ç ã o d e i m a g e n s

p e l a c o m p u t a ç ã o .

A s e q u i p e s d e c a r a c t e r i z a ç ã o t a m ­

b é m t ê m v i s l u m b r a d o n o v o s h o r i z o n ­

t e s d e s c o r t i n a d o s p e l a á r e a d e e f e i t o s

v i s u a i s . N a m i n i s s é r i e Amazônia - De

Outra interferência da tecnologia na forma d e se produzir nove las e minisséries é a te lev isão d e alta def in ição (HDTV) . Do a c a b a m e n t o de cenár ios e f igurinos às técnicas d e maqu i a ­g e m , fotograf ia e sonorização, todas as áreas fo ram apr imoradas para adapta r i m a g e m e áud io à qua l idade d e resolução da HDTV.

E m 1995, a emissora c o m e ç o u a se apa re ­lhar para a p rodução e m HDTV. M a s até 2007, apesar d e a lguns produtos se rem cap tados c o m essa tecnolog ia , a inda não havia t rans ­missão e m alta def inição. Duas Caras (2007) foi a primeira nove la a ser exibida e m H D T V . c o m o início da transmissão digital e m São Paulo. A tua lmente ,27 c idades r e cebem o sinal digital da TV G lobo , q u e conta c o m 15 horas d e sua p rog ramação semana l e m alta def in ição.

U m a revo lução parec ida c o m essa já ha ­via ocor r ido e m 1973, c o m a p a s s a g e m da TV e m pre to e branco para a co lor ida . A surpresa ocor reu c o m a nove la 0 Bem-Amado (1973), e m q u e f igur inos e m a g u i a g e n s sa l t avam aos o lhos e m cores berrantes , p r i n c i p a l m e n ­te t ona l i dades fortes c o m o o v e r m e l h o , mas t a m b é m o branco. Para suavizar o p rob l ema , roupas brancas g a n h a v a m b a n h o s d e chá ; os tec idos d e pois preto e branco fo ram subs ­t i tu ídos pe los d e f u n d o m a r r o m c o m bolas amare l a s ; e os ternos pretos c e d e r a m e s p a ç o para os mar inhos . As atrizes t a m b é m prec i ­sa ram se acos tumar a reduzir cons ide rave l ­m e n t e a q u a n t i d a d e d e m a q u i a g e m .

I nib'? ri ( /mo Mrmles ( 2 0 0 7 ) , In-., ili

N i l . ii p e d i u i|in- l ino l o s s c s u b s t i t u í d o

|i i i t m a t o r nil u l t i m a i m a i l r s e n

|n r a m a g e m , o c o r o n e l F i r m i n o , a o s 9 0

\ r i | u i p r i l r c o m p u t a ç ã o g r á f i c a

• I r . i i hi n u l o t o s da m ã e d o a t o r

I' i i I I r iar o r o s t o e n v e l h e c i d o d o

I " I i m a g e m - a i m a g e m ficou i m p r e s -

Itil i- e e l e a d o r o u s e r " c o b a i a "

do n o v o software.

I i . i m a s c o m g ê m e o s r e p r e s e n t a m

• " i i 11 • d e s a f i o p a r a e s s a á r e a . H á m u i t o s

i t o r e s c o n q u i s t a m o p ú b l i c o e m

d u p l o s , c o m o N í v e a M a r i a ( M a -

I I i ' l ives e M a r i a D u s á ) , e m Maria, Ma-

n.i I 1 l > 7 8 ) ; T o n y R a m o s ( Q u i n z i n h o e

In.ih V i c t o r ) , e m Baila Comigo ( 1 9 8 1 ) ;

I . I . m a Rires ( R u t h e R a q u e l ) , e m M m -

• lê Areia ( 1 9 9 3 ) ; e M a t e u s S o l a n o

( J o r g e e M i g u e l ) , e m Viver a Vida

I 2 0 0 9 ) . M a s o a p r i m o r a m e n t o t é c n i c o

as c e n a s e s t á d i r e t a m e n t e l i g a d o a o

r i n ç o d a s f e r r a m e n t a s d e c o m p u t a ç ã o

r i i l u a . G e r a l m e n t e , as g r a v a ç õ e s d o s

• I n i s p l a n o s da s e q u ê n c i a c o n t a m c o m

u m d u b l e , c a d a h o r a n o p a p e l d e u m

g ê m e o s . N a p ó s - p r o d u ç ã o é f e i t a a

l u b s t i t u i ç ã o da i m a g e m d o d u b l e p e l a

do ator . A e v o l u ç ã o d o s softwares, q u e

B o j e s ã o m a i s á g e i s n o p r o c e s s a m e n t o

das i m a g e n s , p o s s i b i l i t a a r e a l i z a ç ã o d e

Gustavo Leão e Isis Valverde gravam um anúncio fictício da novela Beleza Pura (2008): a cena foi feita usando o recurso do cromaquipara posterior inserção de imagens ao fundo, por computação gráfica,

a ç õ e s m a i s c o m p l e x a s , c o m o u m a b r i g a

c o r p o r a l e n t r e g ê m e o s .

O u t r o e x e m p l o d o t r a b a l h o d e s e n v o l ­

v i d o p e l a área d e e f e i t o s v i s u a i s é a c e n a

d o a c i d e n t e d e c a r r o q u e v i t i m o u a c a n ­

tora M a y s a , e m 1 9 7 7 , e e m e foi r e p r o d u ­

z i d a na m i n i s s é r i e Maysa - Quando Vala

o Coração ( 2 0 0 9 ) . A l é m das i m a g e n s da

b a t i d a , gravadas c o m o a p o i o da e q u i p e

d e e f e i t o s e s p e c i a i s , a s e q u ê n c i a c o n t o u

c o m u m p l a n o a é r e o c r i a d o v i r t u a l m e n t e

a p a r t i r d e f o t o s d o a c i d e n t e r e a l , o c o r r i ­

d o na p o n t e R i o - N i t c r ó i .

\ntonio Fagundes e Lázaro Ramos em Duas Caras

(2007), a primeira novela inteiramente

gravada e exibida em alta definição.

Sonorização e Trilha Sonora N a n o v e l a O Dono do Mundo ( 1 9 9 1 ) , o r o m a n c e d e Taís ( Le t í c i a S a b a t e l l a ) e Be i j a-F lor ( Â n g e l o

A n t ô n i o ) e ra e m b a l a d o p e l o v e r s o "A nossa m ú s i c a n u n c a m a i s t o c o u . . . " " C o d i n o m e Be i j a-F lo r "

na v o z d e Lu iz M e l o d i a , s e t o r n o u u m d o s m a i o r e s h i ts d o a n o . A s s i m c o m o a c o n t e c e c o m c a ­

sais na v i d a r e a l , q u e e l e g e m u m a m ú s i c a m a r c a n t e e m sua h i s t ó r i a , o s p r i n c i p a i s p e r s o n a g e n s

d a f i c ç ã o t a m b é m g a n h a m u m a q u e p o n t u a a m a i o r i a d e s u a s c e n a s .

O t r a b a l h o d e s o n o r i z a ç ã o , p o r é m , e n v o l ­

v e m u i t o s o u t r o s i n g r e d i e n t e s . A p r i m e i r a

e t a p a é a c a p t a ç ã o d o á u d i o d u r a n t e as

g r a v a ç õ e s , q u e p o d e ser f e i t a c o m m i c r o ­

f o n e s d e l a p e l a , e s c o n d i d o s n o s figurinos,

o u c o m o m i c r o f o n e boom, g e r a l m e n t e

o p e r a d o p a r a c a p t a r as la las d e t o d o s os

a t o r e s da c e n a . A e s c o l h a varia d e a c o r d o

c o m o l o c a l da g r a v a ç ã o - e s t ú d i o ou

e x t e r n a - e t a m b é m c o m o p l a n o da

i m a g e m , m a i s a b e r t o o u e m c l o s e .

E es tá e n g a n a d o q u e m i m a g i n a q u e a

t e l e v i s ã o d e alta d e f i n i ç ã o s ó i n t e r f e r i u n o

t r a b a l h o das e q u i p e s a t r e l a d a s à i m a g e m ,

c o m o figurino e c e n o g r a f i a . A t e c n o l o g i a

i las c a i x a s d e s o m n o s a p a r e l h o s t a m b é m

t e v e q u e evoluir , e m u i t o . E cada vez m a i s

i m p o r t a n t e c u i d a r tia q u a l i d a d e da c a p t a ­

ç ã o t io áudio , po i s u m c o m p u t a d o r p o d e

levar a t é q u a t r o m i n u t o s para p r o c e s s a r

u m ú n i c o m i n u t o d e d i s t o r ç ã o .

A p ó s a e d i ç ã o d e v ídeo , c m q u e as

c e n a s sao m o n t a d a s tle a c o r d o c o m o

c a p í t u l o , é fe i ta a s o n o r i z a ç ã o : u m a c ó p i a

s e g u e para c o r r e ç õ e s c o u t r a para a inser­

ç ã o d o s e f e i t o s s o n o r o s , q u e p o d e m ser

gravados n a t u r a l m e n t e o u s i m u l a d o s e m

e s t ú d i o . E m s e g u i d a , os á u d i o s s ã o m i x a -

d o s c o m as m ú s i c a s , t a n t o as da t r i lha tia

n o v e l a c o m o as i n c i d e n t a i s e as d e c e n a .

A l é m d o s d i s c r e t o s s o n s d o a m b i e n t e ,

q u e r e p r o d u z e m a a t m o s f e r a d o l o c a l , o s

e f e i t o s s o n o r o s i n c l u e m r u í d o s d e c e n a

e e f e i t o s p r o p r i a m e n t e d i t o s , d r a m á t i c o s

o u c ô m i c o s . U m a s e q u ê n c i a d e lu ta , p o r

e x e m p l o , c o s t u m a s e r c a r r e g a d a d e s s e s

e f e i t o s , q u e d i r e c i o n a m a o c l í m a x d a

c e n a . E m v e z d e u s a r a p e n a s o " P o w ! " ,

q u e e q u i v a l e r i a a o g o l p e , n a t r a j e t ó ­

ria d o b r a ç o o s o n o p l a s t a i n s e r e u m

" T s h i i i i i i i u " , q u e ser ia o d e s l o c a m e n t o

C U R I O S I D A D E S

Irmãos Coragem (1970): A letra da pr inc ipa l música da n o v e l a / I r m ã o s Coragem', ' foi guar ­d a d a a té o cap í tu lo 12. An tes disso, usou-se a p e n a s a me lod ia e m arranjo ins t rumenta l . Na cena e m q u e J o ã o (Tarcísio Me i ra ) f ina l ­m e n t e acha o d i aman te , en t rou no ar a p o ­t en te voz d o cantor Ja i r Rodr igues : " I rmão, é prec iso c o r a g e m ! "

Presença de Anita (2001): A minissér ie c o n t o u c o m mús icas e m francês, para dar o t o m d e r o m a n c e t rág ico da t rama. O t ema d e Ani ta era " P iga l l e " na voz d e G e o r g e s U lmer . U m a p r e o c u p a ç ã o era q u e a base da tri lha sonora fosse acúst ica mas virasse e le t rôn ica toda vez q u e Ani ta entrasse e m cena .

Cobras & Lagartos (2006): A nove la c o n t o u c o m uma se leção espec ia l d e mús icas bat iza­da d e tri lha Saara, pois foi inspirada na rádio comun i tá r i a d o cen t ro d e c o m é r c i o p o p u ­lar h o m ô n i m o d o Rio d e J ane i ro . D i ferentes r i tmos, c o m o sertanejo, axé, rap e f u n k , c o n v i ­v e r a m e m pura ha rmon ia .

A Favorita (2008): A c a n ç ã o "Be i j i nho d o c e " d e N h ô Pai , sucesso da dup la fictícia Faísca e Espo le ta , das p e r s o n a g e n s Dóna te l a (Claudia Raia) e Flora (Patrícia Pil lar), fez t an to sucesso q u e g a n h o u remixes na internet , c o m bat idas pop , d a n c e e funk e a inc lusão d e frases mar ­can tes da vilã Flora.

l l i ii N u m a s i t u a ç ã o

H il e s s e s b a r u l h o s s a o

• |ii i .!• m i p o n e p l i v o i s .

Nu dl a m a t i i r g i a , p o r e m ,

tliiii i i i i i a m c o m o u m

I n l o , f a z e n d o

il i e n a c r e s c e r , t e r

i \ i v a c i d a d e .

lá OS r u í d o s da c e n a ,

r idos o u r e f o r ç a -

i p ó s - p r o d u ç ã o ,

ii oi p a s s o s d e g e n t e o u d e a n i m a i s ,

•' q u e b r a n d o , p a p e l s e n d o r a s g a d o e

lonas d e o u t r o s . D i v e r s o s d e s s e s s o n s

i d i s p o n í v e i s e m a r q u i v o s d ig i ta i s

• l • u m a b i b l i o t e c a d e r u í d o s , m a s , se o

igrama p e r m i t e , p o d e m s e r c a p t a -

i s o l a d a m e n t e d u r a n t e as g r a v a ç õ e s ,

n d o é n e c e s s á r i o , p o r é m , a l g u m

• m i i h t i p o d e r u í d o m a i s e s p e c í f i c o ,

i | " Ia-se p a r a o " f a z d e c o n t a " e e n t r a e m

o foley, u m a c a b i n e q u e p o s s i b i l i t a a

. r incão d o s m a i s v a r i a d o s s o n s . O l o c a l é

.-.tido p o r d i f e r e n t e s p isos , c o m o m a -

i l ' na , c a r p e t e , b o r r a c h a , c i m e n t o , a re ia ,

ii n a , m a t o e o q u e m a i s a c r i a t i v i d a d e

poi niit ir . U m s a c o d e b o x e t a m b é m e s t á

l e m p r e d i s p o n í v e l p a r a s e r n o c a u t e a d o

n u t n n a d a i n t e g r i d a ­

d e i i .u .1 1 1 " 1 . a t o r e s .

A ú l t i m a e t a p a

a c o n t e c e c o m a c o l o ­

c a ç ã o d a s m ú s i c a s , q u e

p o d e m s e r d i v i d i d a s

e m t r ê s c a t e g o r i a s .

A l é m d a s q u e p e r t e n ­

c e m à t r i l h a s o n o r a ,

l a n ç a d a s e m C D e

q u e n o r m a l m e n t e s ã o

t e m a s d e d e t e r m i n a d o s

p e r s o n a g e n s , h á m ú s i c a s i n c i d e n t a i s .

E s t a s s ã o v a r i a ç õ e s i n s t r u m e n t a i s d a s

m ú s i c a s - t e m a o u o u t r a s c o m p o s i ç õ e s ,

t a m b é m i n s t r u m e n t a i s , q u e p o d e m

v a r i a r d o m a i s t e n s o s u s p e n s o a o c l i m a

r o m â n t i c o . E x i s t e m a i n d a as m ú s i c a s d e

c e n a , q u e s ã o as c a n t a d a s p o r d e t e r ­

m i n a d o p e r s o n a g e m e q u e p o d e m s e r

i n c l u í d a s p o r playback o u e x e c u t a d a s a o

v i v o d u r a n t e as g r a v a ç õ e s .

A m i x a g e m d o s d i á l o g o s , r u í d o s e

m ú s i c a s e x i g e a t e n ç ã o e s p e c i a l , a f i n a l ,

u m a m ú s i c a m u i t o a l ta p o d e t r a n s f o r ­

m a r u m " m a r t e m p e s t u o s o " e m u m

" b a l d e c f á g u a " . E p r e c i s o t e r b o m s e n s o

e n u n c a e s q u e c e r q u e 5 0 % da p r o d u ç ã o

a u d i o v i s u a l é á u d i o .

Aberturas N a o é r a r o q u e o p ú b l i c o s e l e m b r e c o m d e t a l h e s d a s a b e r t u r a s d e suas n o v e l a s p r e f e r i d a s ,

i o m a p r o x i m a d a m e n t e 50 s e g u n d o s , e s s e s c l i p e s a n u n c i a m e a s s i n a m o s p r o g r a m a s , c h e g a n -

i lo a f i ca r a t é o i t o m e s e s n o ar. E m m e a d o s d a d é c a d a d e 70 , q u a n d o a e m i s s o r a c o m e ç a v a a

« ons t ru i r s e u P a d r ã o G l o b o d e Q u a l i d a d e - c o m u m a g r a d e r e g u l a r q u e r e s p e i t a v a o s h o r á r i o s

i 1 a s e q u ê n c i a d e p r o g r a m a ç ã o -, o c u i d a d o c o m essa i d e n t i d a d e v i s u a l d o s p r o d u t o s g a n h o u

m a i o r i m p o r t â n c i a . A c r i a ç ã o d e s s a s e m b a l a g e n s p a s s o u a ser fe i ta e m u m d e p a r t a m e n t o d a

m p r e s a c o m a n d a d o p e l o d e s i g n e r a u s t r í a c o H a n s D o n n e r , q u e , d e s d e 1975 , é o r e s p o n s á v e l ,

l u n t o c o m sua e q u i p e , p e l a c r i a ç ã o d a s a b e r t u r a s .

N o i n í c i o d o s a n o s 8 0 , a á r e a c o m e ç o u a

l l e r tar c o m r e c u r s o s d e c o m p u t a ç ã o g r á ­

f ica e c o n q u i s t o u m i l h a r e s d e e s p e c t a d o ­

res, q u e s e m p r e se s u r p r e e n d i a m c o m as

n o v a s t e c n o l o g i a s . A i n d a a s s i m , m u i t a s

s o l u ç õ e s c o n t i n u a r a m s e n d o a r t e s a n a i s .

P o r u m o u o u t r o c a m i n h o , as a b e r t u r a s

c o s t u m a m d i a l o g a r c o m a t r a m a p r i n ­

c i p a l da p r o d u ç ã o , e as r e f e r ê n c i a s p a r a

c o n s t r u i r essa p o n t e s ã o i n ú m e r a s . E m

a l g u n s c a s o s , as o b r a s d e a r t i s t a s p l á s t i ­

c o s d ã o v ida a essa n a r r a t i v a . E m Duas

Caras ( 2 0 0 7 ) , S é r g i o C e z a r r e p r o d u z i u

u m a m i n i a t u r a d e f a v e l a c m b ' 4 m 2 . A s

m a q u e t e s f o r a m t o d a s c o n s t r u í d a s c o m

m a t e r i a i s r e c i c l a d o s , c o m o p a p e l ã o ,

c h a p i n h a s d e r e f r i g e r a n t e c r e t a l h o s . T a l

s i m p l i c i d a d e c o n t r a s t a v a c o m d o i s p r é ­

d i o s l u x u o s o s c r i a d o s e m c o m p u t a ç ã o

g r á f i c a . O a r t e s a n a t o t a m b é m e s t e v e

p r e s e n t e e m Da Cor do Pecado ( 2 0 0 4 ) ,

c u j a v i n h e t a b r i n c a v a c o m 2 4 p e r s o n a ­

g e n s e s c u l p i d o s e m p a l i t o s d e f ó s f o r o

p o r A r l i n d o M o n t e i r o .

A t e l a " O b e i j o " , d e G u s t a v K l i m t ,

i n s p i r o u a v i n h e t a d e Salomé ( 1 9 9 1 ) ,

e m q u e u m c a sa l se a b r a ç a v a e n q u a n t o

i m a g e n s d e m o s a i c o s n o e s t i l o art déco

e r a m p r o j e t a d a s s o b r e s e u s c o r p o s ,

c r i a n d o f l o r e s e f o r m a s g e o m é t r i c a s . J á

o m o v i m e n t o e s t é t i c o d a d a í s t a fo i r e f e ­

r ê n c i a p a r a a m i n i s s é r i e Capitu ( 2 0 0 8 ) .

C o m o c a r t a z e s d e r u a s o b r e p o s t o s , e m

q u e as i m a g e n s se c o n f u n d e m n o s p e ­

d a ç o s r a s g a d o s , c a m a d a s d e f o t o g r a f i a s

da s é r i e m i s t u r a d a s a o u t r o s e l e m e n t o s

f o r a m a n i m a d a s , e v o c a n d o s e n s a ç õ e s

c o m o a m o r , a m i z a d e , r e p r e s s ã o e

d ú v i d a . C r i a d a p e l a p r o d u t o r a L o b o , a

A atriz Maria Fernanda Cândido /< >/ a modelo da abertura de A Indomada (1997), ao som de "Maracatu" de Sérgio Mendes.

a b e r t u r a g a n h o u o p r ê m i o i n t e r n a c i o ­

nal B e s t in B o o k da r e v i s t a l o n d r i n a d e

a r t e s v i s u a i s Creative Review.

L i n g u a g e n s c o m o c i n e m a m u d o e d e ­

s e n h o a n i m a d o t a m b é m j á i n v a d i r a m as

v i n h e t a s . E m O Cravo e a Rosa ( 2 0 0 0 ) ,

u m c a m a f e u t í p i c o d a d é c a d a d e 2 0

e m o l d u r o u os t a p a s e b e i j o s d e C a t a r i n a

( A d r i a n a E s t e v e s ) e P e t r u c h i o ( E d u a r d o

M o s c o v i s ) , g r a v a d o s e m p r e t o e b r a n c o

c c o m t e x t u r a d e p e l í c u l a d e s g a s t a d a

p e l o t e m p o , c o m o se f o s s e c i n e m a m u d o .

A a b e r t u r a d e Corrida do Ouro ( 1 9 7 4 )

a p r e s e n t o u b o n e q u i n h o s c o r r e n d o a t r á s

d e u m a m o e d a . A a n i m a ç ã o foi d e s e n ­

v o l v i d a na T V G l o b o d e S ã o P a u l o e

d i r ig ida p e l o ar t i s ta g r á f i c o e c e n ó g r a f o

C i r o D e l N e r o . D e s e n h o s d e p e r s o n a ­

g e n s e m u m a f e s t a , p r o d u z i d o s p o r M a r -

g u e r i t a F a h r e r e D e l N e r o , i l u s t r a r a m O

Rebu ( 1 9 7 4 ) . E t a m b é m se f a z s u s p e n s o

c o m d e s e n h o a n i m a d o . A o s o m d e u m

t a n g o e l e t r ô n i c o d o g r u p o B a j o f o n d o e

c o m a t e l a d i v i d i d a a o m e i o , a a n i m a ç ã o

da a b e r t u r a d e A Favorita n a r r a v a u m as-

Imito i | u i ' i ii m Iií i.i i i t mi lo c o m e t i d o

| i n i I loi a o u I ) o i i a l e l a

Vinhetas i nisl urando elementos da l i i i I H c/n i u n i soros h u m a n o s r o l l e l n ain

, i i " . l o s r e g i o n a l i s t a s o do r e a l i s m o Ian-

i ' I H i i p r e s e n t e s e m a l g u m a s n o v e l a s .

I MI Roque Santeiro ( 1 9 8 5 ) , b o i a s - f r i a s

m l ivam s o b r e f o l h a s e u m c a r r o d e b o i

l i a l e g a v a e m u m m i l h o v e r d e ,

a t r a v é s da l u s a o d e i m a g e n s g r a v a d a s

separadamente. Em A Indomada

( 1 9 9 7 ) , c o n f o r m e u m a m u l h e r c o r r i a

p o r u m a t e r r a á r i d a , s e u c o r p o s e

t r a n s m u t a v a e m f o g o , á g u a e p e d r a

p a r a v e n c e r o s l a b i r i n t o s d e f e r r o q u e

s u r g i a m e m s e u c a m i n h o .

Campanhas de Lançamento io a p e n a s a s n o v e l a s e m i n i s s é r i e s q u e fazem parte da vida do público brasileiro.

I\ I V ( i lobo t a m b é m dialoga c o m seus e s p e c t a d o r e s através das c a m p a n h a s d e l a n ç a m e n t o

11' ii.is p r o d u ç õ e s , q u e e s t ã o cada vez mais interativas e envolvem coletivas d e imprensa e

iiais e laborados e s p e c i a l m e n t e para os jornalistas .

I i h . ' ( 109 , a e m i s s o r a f o i a v e n c e d o r a d o

mes L i o n s , n a c a t e g o r i a d e N o v a s M í ­

dias, c o m a a ç ã o M i l C a s m u r r o s , c r i a d a

p a r c e r i a c o m a L i v e A D , p a r a a d i v u l -

i ' i da m i n i s s é r i e Capitu. D e s e n h a d o

para a i n t e r n e t , o p r o j e t o p r o m o v e u

a l e i t u r a c o l e t i v a d o c l á s s i c o Dom

i osmurro, d e M a c h a d o d e Ass is ,

i » l ivro f o i d i v i d i d o e m m i l t r e c h o s , q u e

I r a r a m d i s p o n i v e i s e m u m s i t e p a r a

q u e i n t e r n a u t a s d e t o d o o p a í s p u d e s s e m

lei suas p a s s a g e n s p r e d i l e t a s e gravá-

liS a t ravés d e u m a webeam. Para d a r o

I " n i t a p é i n i c i a l , p e r s o n a l i d a d e s c o m o

I ei n a n d a M o n t e n e g r o , F e r r e i r a G u l l a r ,

C a m i l a P i t a n g a , M a u r r e n M a g g i , R e g i n a

D u a r t e , A n d r é A b u j a m r a , E l k e M a r a v i ­

l h a e R o b e r t o Far ias p a r t i c i p a r a m

da a ç ã o .

O u t r a c a m p a n h a q u e c o n t o u c o m a

i n t e r a t i v i d a d e d o p ú b l i c o foi a da m i n i s ­

sér ie Aquarela do Brasil ( 2 0 0 0 ) . O u t d o o r s

e a n ú n c i o s p u b l i c a d o s c m j o r n a i s d e

d i v e r s a s c a p i t a i s b r a s i l e i r a s c o n v i d a r a m

o p ú b l i c o a c o n t a r e x p e r i ê n c i a s v iv idas

na d é c a d a d e 4 0 . A l g u n s d e p o i m e n t o s

f o r a m u t i l i z a d o s n a s c h a m a d a s d o p r o ­

g r a m a , c o m o o d e O s w a l d o H a n n a , q u e

h a v i a s i d o p r a c i n h a da F o r ç a E x p e d i c i o ­

n á r i a B r a s i l e i r a ( F E B ) . E m o c i o n a d o , e l e

Durante a exibição da microssérie Capitu (2008), foi desenvolvida uma cam­

panha interativa em torno da obra de Machado de Assis: prê­

mio no Festival Internacional de Publicidade de Cannes.

•m

ii.ii m u sua ida pata a l .ui ii|).i, c m I ' 1 I I,

e m u m a v i a g e m de navio que levou I . '

dias . N a I tá l ia , o n d e c h e g o u a e n l r e n l a i

u m f r i o d e 2 6 ° a b a i x o d e z e r o , p a s s o u

f o m e e v i u m u i t a g e n t e m o r r e r .

O l a n ç a m e n t o da n o v e l a Páginas da

Vida ( 2 0 0 6 ) t a m b é m t r a n s f o r m o u o

e s p e c t a d o r e m u m c o n t a d o r d e h i s t ó r i a s .

Q u i n z e d ias a n t e s d a e s t r e i a , l ivrar ias d o

R i o d e J a n e i r o e d e S ã o P a u l o d i s p o n i b i ­

l i z a r a m u m l i v r o e m b r a n c o p a r a q u e o

p ú b l i c o p u d e s s e e s c r e v e r u m a p a s s a g e m

m. i i . u n i r do sua vida. A n . i n a t i v a v e n ­

c e d o r a loi p u b l i c a d a p o r u m a rev is ta e m

formato de fotonovela. E m Chocolate com Pimenta ( 2 0 0 3 ) , os

e s p e c t a d o r e s s e n t i r a m u m g o s t i n h o da

ficção n o fes t iva l g a s t r o n ô m i c o r e a l i z a d o

e m p a r c e r i a c o m 3 5 r e s t a u r a n t e s , u m m ê s

a n t e s d a e s t r e i a . O s c a r d á p i o s t r a d i c i o n a i s

c e d e r a m e s p a ç o a p r a t o s e s p e c i a l m e n t e

c r i a d o s c o m os i n g r e d i e n t e s - t e m a da n o ­

v e l a e suas r e c e i t a s f o r a m p o s t e r i o r m e n t e

l a n ç a d a s e m livro.

Projac I n a u g u r a d a e m o u t u b r o d e 1 9 9 5 , a C e n t r a l G l o b o d e P r o d u ç ã o ( C G P ) , o P ro j a c , o c u p a u m a

á r e a d e 1 m i l h ã o e 650 mi l m ' , c o m c a p a c i d a d e pa r a a t e n d e r a t o d o s os p r o g r a m a s d e e n t r e ­

t e n i m e n t o d a e m i s s o r a . S ã o 162 mi l m' d e á r e a c o n s t r u í d a e 1 m i l h ã o n V d e M a t a A t l â n t i c a

p r e s e r v a d a . A C G P p a s s o u a i n t e g r a r e m u m ú n i c o c o m p l e x o t o d a s as e t a p a s d e c r i a ç ã o , c o m

i n f r a e s t r u t u r a e t e c n o l o g i a a p r o p r i a d a s .

A o t o d o , s ã o dez. e s t ú d i o s d e g r a v a ç ã o

a c u s t i c a m e n t e t r a t a d o s e e q u i p a d o s

c o m o s m a i s a v a n ç a d o s r e c u r s o s d e

i l u m i n a ç ã o d o m u n d o - u m d e l e s já

o p e r a c o m t e c n o l o g i a d e a l ta d e f i n i ç ã o

e o u t r o s q u a t r o e s t ã o p r e p a r a d o s p a r a

0 n o v o s i s t e m a . S e i s e s t ú d i o s p o s s u e m

1 m i l m ' c a d a u m , e n q u a n t o o s o u t r o s

Foto aérea do Projac, em Jacarepaguá (RJ), com seus estúdios de gravação euma cidade cenográfica em primeiro plano.

I|ll il Mi < 11 •• l << X ' 111 î le Mil lui i .lil.l ( l l i l i

ni .p., i l i s l i i l i i i ídns n u tuais tk ' l()()

n i in ', san ilVilii ai las às i ' ( i n s t r u ç õ e s

Baj cidades cem igi a l u a s . O complexo I.i i n u l a 111111 u n i a l á b r k a cie c e n á r i o

h a d e c o s t u r a ; a c e r v o s d e c o n t r a r ­

ie I I , d e p e ç a s c e n o g r á t i c a s e d e

i i, u n i a c e n t r a l d e p ó s - p r o d u ç ã o

i lhas d e e d i ç ã o , s o n o r i z a ç ã o e

• i m u e s d e e f e i t o s v i s u a i s ; e u m a

• d e e l e i t o s e s p e c i a i s .

" i n u m a c e n t r a l p r ó p r i a d e g e r a ç ã o

• I i nergia e l é t r i c a à b a s e d e gás n a t u r a l ,

i i < .1 ' c o n s o m e , a n u a l m e n t e , 3 7 m i l

M W h , o e q u i v a l e n t e a u m a c i d a d e c o m

'o mil h a b i t a n t e s . U m a u n i d a d e d e

• Dieta d e á g u a da c h u v a é u t i l i z a d a p a r a

i dos j a r d i n s , e n q u a n t o a e s t a ç ã o d e

H H H d e á g u a r e a p r o v e i t a m a i s d e

n l h õ e s d e l i t r o s c o m fins i n d u s t r i a i s .

\ I r e n t e d a s u n t u o s i d a d e d e s s e s

111111 h t o s e s t ã o o suor, a c r i a t i v i d a d e

• também o i m p r o v i s o d e m a i s d e

o mil p e s s o a s .

< idade cenográfica da novela Porto dos Milagres (2001), construída no Projac tradução, em detalhes, la cultura baiana.

A excelênc ia d e p r o d u ç ã o d e d ramatu rg i a da

TV G l o b o é reconhec ida i n t e rnac iona lmen te .

E m 1973, as fronteiras c o m e ç a r a m a se ex ­

pandir, q u a n d o a nove la 0 Bem-Amado ("\ 973)

foi expor tada para o U r u g u a i . O rank ing atua l

das p roduções mais v end idas para o ex te ­

rior é l iderado pela nove la Da Cor do Pecado

(2004), comerc ia l izada para 100 países (na

foto, Taís Araú jo dança o t a m b o r d e cr ioula

e m g ravação no M a r a n h ã o ) . Na sequênc i a

es tão : Terra Nostra (1999), para 95 países ; O

Clone (2001), 9 1 ; Escrava Isaura (1976), 79; e

Laços de Família (2000), 77.

Ilusões Perdidas Autoria-Ena Petri Direção: Libero Miguel e Sérgio Britto l== 26 abr-30 jul 1965 © I 9 h 3 0 ; 2 2 h J Ü 5 6

Primeira novela exibida pela TV Globo trazia Leila Diniz e Reginaldo Faria como par romântico principal da trama.

Ilusões Perdidas fo i p r o d u z i d a p e l a T V

G l o b o d e S ã o Paulo, ant iga T V Paulista ,

r e c é m - a d q u i r i d a p e l o e m p r e s á r i o

R o b e r t o M a r i n h o . Leila D i n i z in terpretava

a vi lã . N o e l e n c o e s t a v a m O s m a r Prado,

H m i l i a n o Q u e i r o z , M i r i a m Pires e N o r m a

B l u m . N o R i o d e J a n e i r o , a n o v e l a era

e x i b i d a às I 9 h 3 ( ) , d e s e g u n d a a q u a r t a -

fe i ra . A p a r t i r cie m a i o , passou para as

2 2 h , d e s e g u n d a a s e x t a - f e i r a . E n i a Petri ,

a a u t o r a , e L i b e r o M i g u e l , o diretor , já

h a v i a m t r a b a l h a d o j u n t o s na T V Paulista ,

e m n o v e l a s c o m o Tortura uAltna. Leila Diniz i • í:< -I //M<J7<ÍI > I. I:I< ¡:niiro\nmento em cena.

Rosinha do Sobrado Autoria: Moysés Wel tman Direção: Otávio da Graça Mello §i=3ago-out 1965 í>22h;19h Í j j j 5 0

História de amor entre um médico esua paciente foi protagonizada por Gracindo Júnior e Marília Pêra.

I Im m é d i c o s e n t e u m a p a i x ã o p l a t ô n i c a

p o r R o s i n h a , q u e v ive d e b r u ç a d a na

j a n e l a d e c a s a . C h a m a d o para a t e n d ê - l a ,

d e s c o b r e q u e ela é p a r a l í t i c a . Rosinha 0 0

Sobrarlo ia ao ar d e t e r ç a a s e x t a - f e i r a ,

às 2 2 h , m a s p a s s o u p a r a as I 9 h para

d a r l u g a r a Paixão de Outono. A t u a r a m

na t r a m a L a f a y e t t e G a l v ã o , M i l t o n

C a r n e i r o , M i l t o n G o n ç a l v e s e N e s t o r d e

M o n t e m a r . Kssa foi a p r i m e i r a n o v e l a da

T V G l o b o e s c r i t a p o r M o y s é s W e l t m a n ,

a u t o r da l e n d á r i a r a d i o n o v e l a Jerónimo,

o Herói do Sertão, t r a n s m i t i d a p e l a R á d i o

N a c i o n a l e m 1 9 5 3 .

Milton Gonçalves c Marília Pêra na novela do autor Moysés Weltman.

Paixão de Outono •' i ' ilói 1.1 M. li |. li I. ii i / 'uri, i /i i I il li 'd i Mu |i li ' I . ' >i 'i i in i l'i ii i* 111I f i nando lorres === 14 set-dez 1965

. ' I i i 10 ffii50

/ / Imeira novela da TV Globo escrita por

|,lt'iia Magadan, então diretora de

dminaturgia da emissora.

história a p r e s e n t o u o t r i â n g u l o a m o r o s o

I n i m a d o p o r V e r ô n i c a (Yara L i n s ) , A l b e r t o

I Wal te r Fors ter ) e Linda ( R o s i t a T h o m a z

I i ipes) . V e r ô n i c a é u m a m u l h e r d e ba ixa

l u t o e s t i m a e apaixonar ia p o r A l b e r t o , q u e

i i asado c o m a c o n f i a n t e e egoís ta L i n d a .

;ura, V e r ô n i c a des is te d e s e u a m o r .

/'• lixão de Outono loi u m a p r o d u ç ã o da

I V G l o b o d e S ã o Paulo b a s e a d a e m t e x t o

l i i i m ò n i m o d e O s m a n Lins.

Personagens de Yara Lins (alto, esq.) e Rosita fhomaz Lopes disputavam o amor do mesmo homem, vivido por Walter Forster (acima).

Marina tutoria: Leonardo de Castro Direção: Moreira lúnior

23 ago-10 set 1965 0 13h E B 15

Pecado de Mulher Autoria: Leonardo de Castro Direção: Moreira Júnior =1= set 1965-? fl»20h flS?

I 'roduzida pela TV Globo de São Paulo, foi a novela mais curta exibida pela emissora.

iVlaximira F i g u e i r e d o i n t e r p r e t a v a a

p r o t a g o n i s t a M a r i n a . I n t e g r a v a m ainda o

e l e n c o o s a t o r e s A r i s t i d e s M o l i n a ( T i e t o ) ,

G e r v á s i o M a r q u e s ( M a u r í c i o ) , L u c y M e i -

rel les ( L a u r a ) , M a r c o s G r a n a d o ( P e d r o ) ,

M ô n i c a Re i s ( C a r o l ) , S i o m a r a ( A n d r é a )

e T u r í b i o Ruiz. ( J o ã o ) . O autor , L e o n a r d o

d e C a s t r o , e o d i re tor , M o r e i r a J ú n i o r , j á

h a v i a m t r a b a l h a d o j u n t o s e m A Sombra

do Passado ( T V Paul is ta , 1 9 6 5 ) .

P e c a d o d e M u l h e r foi ao ar apenas na cidade de São Paulo.

A n o v e l a foi u m a p r o d u ç ã o da

T V G l o b o d e S ã o P a u l o e c o n t o u

c o m u m g r a n d e e l e n c o : C a r l o s Z a r a ,

F e r n a n d o B a l e r o n i , G e r a l d o D e l Rey ,

H é l i o S o u t o , M á r c i a R e a l , M u r i l o

A m o r i m M o r e i r a , N e u z a A m a r a l ,

R o s a m a r í a M u r t i n h o e Y a r a L i n s .

A Moreninha Autoriaedireção:Otávio da Graça Mello 25 out-lOdez 1965 # 1 9 h V.

Uma das primeiras produções da TV Globo a contar com gravações externas, na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

A d a p t a ç ã o d o l i v r o h o m ô n i m o

d o J o a q u i m M a n o e l d e M a c e d o ,

a n o v e l a n a r r a v a o r o m a n c e e n t r e

C a r o l i n a ( M a r í l i a P ê r a ) e A u g u s t o

( C l á u d i o M a r z o ) , n o R i o d e J a n e i r o

d o s é c . X I X . T a m b é m m o s t r a v a u m a

t u r m a d e j o v e n s q u e , e m m e i o a f e s t a s

e p a i x õ e s , s e e n v o l v e e m c a m p a n h a s

p e l a l i b e r t a ç ã o rios e s c r a v o s . N a

i n f â n c i a , C a r o l i n a e A u g u s t o j u r a r a m

a m o r e t e r n o , m a s n u n c a m a i s se v i r a m .

Q u a n d o a d u l t o , o r a p a z se a p a i x o n a

p o r C a r o l i n a s e m s a b e r d e q u e m

se I r a l a . A p r o d u ç ã o se e s m e r o u n a

r e c o n s t i t u i ç ã o d e é p o c a , a d e q u a n d o

d i á l o g o s e t r i l h a s o n o r a .

Marília Pêra ri n A Moreninha: tema de abe/tutu, "Canção do rochedo" era assinado pelo próprio autor e diretor da novela, Otávio da Graça Mello.

O Ébrio Hnmir direção: José Castellar e Heloisa Castellar === 8 nov 1965-fev 1966 © 2 0 h $¡¡75

I mclo de O É b r i o era centrado em intrigas • liras que viravam do avesso a vida

te protagonista.

i t a ç ã o d e r o m a n c e h o m ô n i m o

I 1 . i l i la i le A b r e u , a n o v e l a n a r r a v a

I h i s t ó r i a d o m é d i c o G i l b e r t o ( R i c a r ­

d o N o v o a ) , q u e , a p ó s s e r t r a í d o p e l a

Ilu i , M a r i e t a ( L í r i a M a r ç a l ) , e a o

n g a n a d o p o r f a m i l i a r e s e a m i g o s ,

li. ii d e s i l u d i d o e se t o r n a a l c o ó l a t r a ,

t , l i b e r t o d e s a p a r e c e e t o d o s p e n s a m

• lá m o r t o . N a v e r d a d e , e l e t r o c a

d e i d e n t i d a d e e p a s s a a s e r c o n h e c i d o

c o m o O É b r i o . A t r a m a f o i p r o d u z i d a

p e l a T V G l o b o d e S ã o P a u l o .

N O C I N E M A

A história g a n h o u uma versão c i n e m a t o g r á ­fica, e m 1946, escrita e dir igida por Gi lda d e A b r e u , mu lher d o can to r e compos i t o r V i c e n ­t e Celest ino. G r a n d e sucesso no papel-t í tulo do f i lme, inspi rado e m sua f amosa c a n ç ã o "O éb r i o " V i c en te Ce lest ino fez uma par t i c ipação espec ia l no pr imei ro cap í tu lo da nove la .

P a d r e Tião i Moysés Weltman D/reçõo;Otávio da Graça Mello === 12 dez 1965-fev 1966 ® 1 9 h ; 1 3 h 3 0 $5JÍ60

As tristezas e os infortúnios de um I eligioso em uma cidade do interior

• mduziam a história.

A n o v e l a , p r o t a g o n i z a d a p o r I t a l o

Ross i , c o n t o u c o m a a t u a ç ã o d o

d i r e t o r O t á v i o da G r a ç a M e l l o .

N o e l e n c o e s t a v a m a i n d a C l á u d i a

M a r t i n s , G r a c i n d o J ú n i o r , Yara S a r m e n t o ,

I r a c e m a d e A l e n c a r , J a q u e l i n e M a r i e ,

Italo Rossi e Marília Pêra na novela produzida pela TV Globo de São Paulo.

M a r í l i a P ê r a e M i l t o n G o n ç a l v e s . Padre

Tião, u m a p r o d u ç ã o d a T V G l o b o d e

S ã o Paulo , fo i a o ar, i n i c i a l m e n t e , às 1 9 h ,

m a s d e p o i s p a s s o u a o c u p a r o h o r á r i o

das 1 3 h 3 0 . O a u t o r M o y s é s W e l t m a n j á

h a v i a e s c r i t o n o v e l a s p a r a a T V T u p i .

Um Rosto de Mulher Autoria:Daniel Más D/recda* Sérgio Britto === dez 1965-mar 1966 Í>21h30 ÍÜJH'>

Miriam Pires t • Nathalia I Imberg (deitada): drama cubano reescrito nor Daniel Más.

Eu Compro esta Mulher

A novela marcou a formação do principal par romântico da TV Globo na época: Yoná Magalhães e Carlos Alberto.

O Conde de Monie Cristo, d e A l e x a n -

d r e D u m a s , s e r v i u d e i n s p i r a ç ã o para a

t r a m a , c e n t r a d a n o r o m a n c e e n t r e F r a n ­

c i s c o A l d a m a ( C a r l o s A l b e r t o ) e M a r i a

T e r e s a ( Y o n á M a g a l h ã e s ) . I .e i la Diniz ,

i n t e r p r e t a v a Ú r s u l a , a v i lã . A n o v e l a f e z

t a n t o s u c e s s o q u e , a p ó s u m m ê s , a T V

G l o b o a l c a n ç o u o p r i m e i r o l u g a r e m

a u d i ê n c i a n o R i o d e J a n e i r o , lin Compro

esltt Mulher toi a p r i m e i r a n o v e l a da

Trama romântica relatava o drama de uma mulher com dupla personalidade interpretada por Nathalia Timberg.

B a s e a d a e m t e x t o d e a u t o r c u b a n o ,

a n o v e l a fo i e s c r i t a p o r D a n i e l M á s .

A l é m d e N a t h a l i a T i m b e r g , n o p a p e l

da p r o b l e m á t i c a E l i s a , a t r a m a

c o n t o u c o m as i n t e r p r e t a ç õ e s d e

C l á u d i o M a r z o , E m i l i a n o Q u e i r o z ,

I .e i la D i n i z , M a r í l i a P ê r a e M i r i a m

P i r e s . Um Rosto de Mulher fo i

p r o d u z i d a e d i r ig ida p o r S é r g i o B r i t t o ,

q u e j á d i r ig ia o t e l e t e a t r o 4 no Teatro,

e x i b i d o n o p r i m e i r o a n o d e a t i v i d a d e

d a T V G l o b o .

5== 15 mar-15 jul 1966 ®21h30 ÍJÜ85

g e s t ã o d e W a l t e r C l a r k c o m o d i r e ­

t o r e x e c u t i v o d a T V G l o b o . G a n h o u

a d a p t a ç ã o p a r a a t e l e v i s ã o m e x i c a n a e m

1 9 9 0 .

T E M P E S T A D E

D u r a n t e as g ravações , a TV G l o b o const ru iu u m nav io cenográ f i co no terraço d e sua sede , no J a r d i m Botân i co . Para dar v e r a c i d a d e às cenas d e t e m p e s t a d e , os cont rar regras sa­c u d i a m o nav io e j o g a v a m ba ldes d e água sobre os atores .

Autoria: Glória Magadan Direção: Henrique Martins e Régis Cardoso

Yona Magalhães (esq.) e Leila Diniz (com Carlos Alberto ao fundo): sucesso também no México.

0 Sheik de Agadir mm./ ( .lói ia Magadan l)ii,\,io Régis < nrdosoe Henrique Martins =:=8jul 1966-1 7 fev 1967 © 2 1 h 3 0 Í3È155

/I novtla de Glória Magadan foi uma das .... I/Í representativas da linha capa e espada iiiilindapela emissora nos anos 60.

1 i heik ( ) m a r B o n N a z i r ( H e n r i q u e M a r ­

I N . I i l i sputa o a m o r da f r a n c e s a J a n e t t e

I • i . i n d ( Y o n á M a g a l h ã e s ) c o m o of ic ia l

l io I x é r c i t o f r a n c ê s M a u r i c e D u m m o n t

lilton F e r n a n d e s ) . B a s e a d a n o r o m a n -

I I /. iras Hulha, d e N i k o l a i G o g o l , a t r a m a

t inha c o m o c e n á r i o s a A r á b i a e a F r a n ç a

• upada p o r naz is tas . E s t r a n h o s assass ina-

i i a n t i r a m o s u s p e n s e da h i s t ó r i a , m a s

sabia q u e o c r i m i n o s o usava a a l c u ­

nha d e R a t o . A s c e n a s d o d e s e r t o d o S a a r a

I i gravadas nas d u n a s da res t inga da

M i rambaia , n o l i toral f l u m i n e n s e . N a s

i r u a s d e guerra c o m cavalos , d e z e n a s d e

ihinos da e s c o l a da H í p i c a a t u a r a m c o m o

li urantes e f o r a m u s a d o s e q u i p a m e n t o s

lio E x é r c i t o . O s a t o r e s q u e v i v e r a m

l i i» i s o n a g e n s nazis tas g a n h a r a m a

patia d o p ú b l i c o .

A N T I C O M U N I S M O

; l'inique Martins (rsq.), Yoná Magalhães eAmilton I < I m ii ides na novela que teve cenografia de Peter Gasper.

U M PAR DE L U V A S

A TV G lobo p romoveu u m concurso para in-. entivar os te lespectadores a descobrir a iden ­t idade do personagem assassino, mas n inguém acertou. Inúmeras vezes por dia, a emissora veiculava a pe rgun ta : "Quem é o assass ino?"O Rato era a princesa árabe Éden de Bassora, in-lerpretada por Marieta Severo, en tão c o m 19 anos, e m seu primeiro papel e m novelas. Após estrangular as vít imas, o Rato deixava um par de luvas pretas ao lado do cadáver.

Comunis ta assumido, Már io Lago (foto) t eve que contornar a resistência d e Glória M a g a d a n para ser admi t ido na novela e v iver o coronel nazista O t to von Lucken. A autora cubana era ant ícastr is ta .Oator Sebast ião Vasconce los , por sua vez, foi e l im inado da t rama porque M a g a ­d a n o achava parec ido c o m Fidel Castro.

Marieta Severo, a vilã-da novela.

O Rei dos Ciganos /Wfor/a:Moysés Weltman D/reçâo:Ziembinski === 12 s

O R e i d o s C i g a n o s narrava uma conturbada história de amor tendo Viena como cenário.

O r o m a n c e e n t r e o c i g a n o W l a d i m i r

( C a r l o s A l b e r t o ) e a n o b r e W a n d a

( S ô n i a C l a r a ) é a t r a p a l h a d o p e l a s i n t r i -

1966-20fev 196/ ©/Oh Ü2120

gas d o c o n d e F e r n a n d o R a c o z y

( A n d r é V i l l o n ) . O s p r e n o m e s d o s

t r ê s p e r s o n a g e n s p r i n c i p a i s f o r a m

u m a h o m e n a g e m d o a u t o r M o y s é s

W e l t m a n a s e u s filhos.

A Rainha Louca Autoria:Glória Magadan D/reçdo;Ziembinski e Daniel Filho §£= 20fev-16dez 1967 0 2 1 h 3 O 215

Sebastião Vasconcelos (est).) o 1'aulo Gracindo contracenam na novela.

A D A P T A Ç Õ E S

Or ig i na lmen te , a nove la seria a m b i e n t a d a no séc.XVI I I . Por suges tão d e J o s é Bon i fác io d e Ol ive ira Sobr inho , o Bon i , e n t ã o diretor art íst ico da G lobo , a história a c a b o u sendo t ransposta para o séc.XIX. E m função disso, a au tora t e ve q u e fazer a l g u m a s a d a p t a ç õ e s na t r ama . Na ve r são or ig ina l , o impe rado r Max i ­mi l i ano era o rei Luís XV I ,da F r ança , e Charlo-te era Mar ia An ton ie ta .

Trama de A R a i n h a L o u c a se desenrolava em meio às guerras travadas, no séc.XIX, por Napoleão III.

Inspirada e m Memórias ríe um Médico,

de A l e x a n d r e H u m a s , G l ó r i a M a g a d a n

a p r e s e n t o u o d r a m a d e C h a r l ó t e ( N a ­

thal ia T i m b e r g ) , m u l h e r d e M a x i m i l i a n o

( R u b e n s d e F a l c o ) , i m p e r a d o r f r a n c ê s n o

M é x i c o . C h a r l ó t e e n l o u q u e c e a o p e r c e b e r

q u e n ã o c o n s e g u e intervir nas a t i t u d e s e

d e c i s õ e s d o m a r i d o . Q u a n d o D a n i e l F i lho

a s s u m i u a d i r e ç ã o da nove la , s u b s t i t u i n d o

X i e m b i n s k i , i n t r o d u z i u u m a n o v i d a d e

t é c n i c a : N a t h a l i a T i m b e r g passou a

i n t e r p r e t a r u m s e g u n d o p a p e l , o d e u m a

c r i a d a p e r v e r s a , e suas duas p e r s o n a g e n s

d i a l o g a v a m e n t r e si. Pela p r i m e i r a vez. a

T V G l o b o m a n d o u atores , d i r e t o r e s e

p r o d u t o r e s para o u t r o país - o M é x i c o —

e m b u s c a d e i m a g e n s q u e d e s s e m m a i o r

v e r a c i d a d e à his tór ia .

A s c e n a s e x t e r n a s d e

/l Rainha Louca f o r a m

c o m p l e m e n t a d a s n o

p a r q u e Lage , n o R io

d e J a n e i r o .

Theresa Amayo e Cláudio Marzo:produção de figurinos, concebidos por Arlindo Rodrigues, recebeu o prémio

Procópio Ferreira, instituído pela TV Excelsior.

À:

A Sombra de Rebecca ill i i i , i M, h |. h I, il i / )m\iii i I l i ' i n i q u e M .H l u i s ===71 f o v . M |iii i 1967 # 2 0 h B90

A novela foi inspirada na ópera M a d a m e B u t t e r f l y , de Giacomo Puccini, e no romance R e b e c c a , de Daphné du Maurier.

O a r i s t o c r a t a i n g l ê s F e l i p e ( C a r l o s A l b e r t o ] p e r d e a e s ­

p o s a e m u m d e s a s t r e d e avião . M a i s t a r d e , a p a i x o n a - s e

p e l a j a p o n e s a S u z u k i ( Y o n á M a g a l h ã e s ) e o s d o i s p a s ­

s a m a e n f r e n t a r o s p r e c o n c e i t o s da s o c i e d a d e ing lesa ,

q u e n ã o a c e i t a o r o m a n c e . Q u a n d o d e s c o b r e q u e sua

m u l h e r n ã o m o r r e u , F e l i p e d e c i d e se a f a s t a r d e S u z u k i .

P r e t e r i d a , e la p r a t i c a o h a r a q u i r i , s u i c i d a n d o - s e c o m

u m a e s p a d a . A c e n a c o n t r a r i a v a a

t r a d i ç ã o o r i e n t a l , j á q u e o h a r a q u i r i

s ó é p e r m i t i d o a o s h o m e n s .

Carlos Alberto e Yoná Magalhães, que teve nula; de cultura japonesa para interpretar a protagonista.

Anastácia, a Mulher sem Destino I iniliano Queiroz e Janete Clair Supervisão de lexto:Gót'u Magadan Din\ao gemi: Henrique Martins

: filriv l o Régis Cardoso = i=28jun-16dez 1967 © 2 1 h f f i j u s

(flíiefe Clair estreou em novelas na TV Globo promovendo um t. i i . / i ioro que matava mais de 100 personagens de uma vez.

ússia é o p a n o d e f u n d o d e u m a p a i x ã o p r o i b i d a ,

I i qual n a s c e A n a s t á c i a ( L e i l a D i n i z ) . A m e n i n a é

il i n i i lonada n a f lores ta e c r i a d a p e l o l e n h a d o r P ie r re

II U N I S a n t o s ) . J á c r e s c i d a , e la d e s c o b r e ser a filha d e

. ilau II, o ú l t i m o c z a r russo. B a s e a d a n o f o l h e t i m

li 1111 ês A Toutinegra do Moinho, d e E m i l e d e R i c h e -

I ii i i ti g , a h i s t ó r i a t i n h a

i inagens d e m a i s e

• I i\ a c o m b a i x a a u d i ê n -

i i i o m e x p e r i ê n c i a e m

novelas e s c r i t a s para a R á ­

dio N a c i o n a l e a T V T u p i ,

I H H t e C l a i r fo i c h a m a d a

pa ra sa lvar a t r a m a . A l é m

i l i ' e l i m i n a r m a i s d e 1 0 0

o n a g e n s , p r o m o v e u

i H 11 s a l t o d e 2 0 a n o s n o

t e m p o . C o m os s o b r e v i -

ntes, r e a j u s t o u o e n r e d o

r e c u p e r o u a a u d i ê n c i a .

Leila Diniz tez dois papéis após a en trada de Janete Clair: o de

Anastácia e o de sua filha.

O Homem Proibido Autoria:Glória Magadan Direção/Daniel Filho |=Í18<

Cenas ambientadas na índia foram rodadas em ruas cenográficas montadas no terraço do prédio da TV Globo.

O a m o r i m p o s s í v e l e n t r e o s j o v e n s S u -

r a m a ( Y o n á M a g a l h ã e s ) c K i m ( C a r l o s

A l b e r t o ) era o p r i n c i p a l i n g r e d i e n t e

da t r a m a . F u g i d o d a f i c t í c i a c i d a d e

d e C a n c h i b u r , na Incha , K i m d e c i d e

1967-25 jun 1968 O 21 h30 J $ 135

se v i n g a r d o s q u e o s e p a r a r a m d e s e u

a m o r e s e t r a n s f o r m a n o j u s t i c e i r o

D e m i a n . N o e s t i l o Z o r r o , d e i x a s u a

m a r c a p o r o n d e p a s s a : " D e m i a n e s t e v e

a q u i . " N a é p o c a , o g r a n d e n ú m e r o d e

m u r o s p i c h a d o s n o R i o d e J a n e i r o c o m

e s s a f r a s e c o m p r o v a v a o s u c e s s o d o

p e r s o n a g e m .

Sangue e Areia Autoria: Janete Clair D/recõo.Daniel Filho e Régis Cardoso =i= 18 dez 1967-25 jun 1968 © 2 0 h J j | l 3 5

Adaptação do romance homônimo de Vicente Blasco Ibanez, S a n g u e e A r e i a foi protagonizada por Tarcísio Meira e Glória Menezes.

O t o u r e i r o J u a n G a l l a r d o ( T a r c í s i o

M e i r a ) se d i v i d e e n t r e o a m o r da s i m p l e s

P i la r ( T h e r e s a A m a y o ) e o da e l e g a n t e

D o i r a S o l ( G l ó r i a M e n e z e s ) , q u e p o d e

l h e g a r a n t i r a s c e n s ã o s o c i a l . O c l í m a x

o c o r r e q u a n d o S o l , p a r a p r o v a r sua

p a i x ã o , a r r a n c a os p r ó p r i o s o l h o s . O

e l e n c o s o f r e u u m a b a i x a c o m a m o r t e d e

A m i l t o n F e r n a n d e s , o v i l ã o d o m R i c a r d o .

T a r c í s i o M e i r a e D a n i e l F i l h o f o r a m a o

T O U R A D A S

U m a a rqu ibancada foi const ru ída no terra­ço da TV G l o b o para s imular u m a praça d e touros . Nas cenas e m q u e o p e r s o n a g e m Ga l la rdo due lava c o m u m touro,Tarc ís io M e i ­ra (foto) enf rentava , na ve rdade , uma roda d e bicic leta c o m chifres a cop l ados gu iada pe lo ator F e r n a n d o J o s é .

M é x i c o p a r a gravar c e n a s d e t o u r a d a s ,

m a s , c o m o o c u s t o era a l to , o p t o u - s e p o r

u s a r i m a g e n s d e u m a T V l o c a l d e u m

t o u r e i r o p a r e c i d o c o m o a tor .

Passo dos Ventos Uie teC la i r Direção: Régis Cardoso e Daniel Filho ===26jun 1968-l u jan

i I N U i enas qravadas no Haiti, a trama provocou polêmica a luii romance inter-racial.

ii ' l i eval ier ( G l ó r i a M e n e z e s ) h e r d a u m a f o r t u n a

i I laiti e passa a ser c o r t e j a d a p o r i n e s c r u p u l o s o s . U m

In lalido, A n d r é C r i s t o p h e ( C a r l o s A l b e r t o ) , o f e r e c e

i rança á m o ç a e m t r o c a d e c a s a m e n t o . O p ú b l i c o

mal ao v e r G l ó r i a M e n e z e s f a z e n d o p a r r o m â n t i -

111 ( ar los A l b e r t o n o

Ilibai d e T a r c í s i o M e i r a . O

. U N I - in ter - rac ia l e n t r e

11. a ( I ) j e n a n e M a -

i l i .n l i i ) e B i e n a i r e ( J o r g e

l ou l i n h o ) t a m b é m g e r o u

p o l e m i c a . D u r a n t e a e x i b i -

11 nove la , o a t o r M á r i o

I . • (I ) u b o i s ) fo i p r e s o

pui . i i ies tões p o l í t i c a s e o

d i re tor Rég is C a r d o s o o

l i tu iu , a p a r e c e n d o e m

• na s e m p r e d e costas .

anil ule Souza interpretava a mãe de 8it'naire,vivido por Jorge Coutinho.

1969 © 2 1 h I É 1 7 7

O Santo Mestiço «i i. Glória Magadan Direção: Fabio Sabag

I§§ 19 fev-4 jun 1968 © 1 9 h Ü È 8 0

l'i inteiro sul-americano canonizado pela Igreja católica inspirou trama em que Sérgio i nrdoso vivia três personagens.

n o v e l a se passava e m u m p a í s fictício

l i A m é r i c a d o S u l e se b a s e a v a na

li estória rea l d e s ã o M a r t i n h o d e P o r r e s

e r g i o C a r d o s o ) , n a s c i d o n o P e r u

• c a n o n i z a d o e m 1 9 6 2 . N a t r a m a , o

h a d e d o m i n i c a n o e n f r e n t a u m a f o r t e

p e r s e g u i ç ã o r e l i g i o s a , m a s r e s i s t e e

p e r m a n e c e n o p a í s p a r a a j u d a r o s fiéis.

K o s a m a r i a M o r t i n h o i n t e r p r e t a v a u m a

l é ñ e n t e d e m i l í c i a f e m i n i n a q u e a c r e ­

d i t a v a s e r a r e l i g i ã o u m p e r i g o p a r a o

l e g i m e . P r o d u ç ã o d a T V G l o b o d e S ã o

Paulo , c o m c e n a s e x t e r n a s g r a v a d a s n o

R i o d e J a n e i r o .

A Grande Mentira Autoria: Hedy Maia Direção; Fabio Sabag e Marlos Andreucci É Í 5 j u n 1968-4jul 1969 # 1 9 h Ü Ü 3 4 1

Com 341 capítulos, A G r a n d e M e n t i r a foi a novela mais longa na história da teledramaturgia da TV Globo.

O m i l i o n á r i o R o b e r t o A l b u q u e r q u e

( C l á u d i o M a r z o ) a t r o p e l a M a r i a

C r i s t i n a ( M i r i a m P é r s i a ) e os d o i s se

a p a i x o n a m . M a s a m ã e d o r a p a z , V e -

r i d i a n a A l b u q u e r q u e ( N e u z a A m a r a l ) ,

n ã o a c e i t a o n a m o r o p o r q u e a m o ç a é

p o b r e . N o s ú l t i m o s c a p í t u l o s , já l o u c a ,

V e r i d i a n a p õ e f o g o n o p r ó p r i o v e s t i ­

d o . O o u t r o v i l ã o d a t r a m a era P a u l o

B a c e l a r ( E d n e y G i o v e n a z z i ) . A c e r t a

a l t u r a , G l ó r i a M a g a d a n s u b s t i t u i u os

a t o r e s q u e f a z i a m o p a r r o m â n t i c o , m a s

o p ú b l i c o se r e v o l t o u e C l á u d i o M a r z o

e M i r i a m P é r s i a v o l t a r a m à n o v e l a .

A Gata de Vison /Autoria:Glória Magadan Direção: Daniel Filho, Fabio Sabag e Walter Campos ~ = 2 6 j u n 1968-6 jan 1969

711130 169

A trama se complica quando a bela Meggy Parker (Yoná Magalhães) começa a se sentir atraída pelo detetive Bob Ferguson (Tarcísio Meira}.

Gângsteres e mafiosos movimentavam

a trama, ambientada na violenta

Chicago de 7920.

M e g g y P a r k e r ( Y o n á M a g a l h ã e s ) se apai ­

x o n a p e l o m a f i o s o G i n o F a l c o n i ( G e r a l d o

D e l R e y ) . M a s s e u c o r a ç ã o fica d i v i d i d o

q u a n d o e la c o n h e c e o d e t e t i v e B o b Fer­

g u s o n ( T a r c í s i o M e i r a ) . O d i r e t o r F a b i o

S a b a g i n t e r p r e t o u o v i lão da h i s tór ia , u m

m e n i n o c h a m a d o S e b a s t i a n . A c o s t u m a d o

a v e r T a r c í s i o M e i r a c o m G l ó r i a M e n e z e s ,

e Y o n á M a g a l h ã e s c o m C a r l o s A l b e r t o ,

o p ú b l i c o n ã o a p r o v o u o casal p r i n c i p a l .

F i z e r a m p a r t e d o e l e n c o , e n t r e o u t r o s ,

A r l e t e Sa l les , C l á u d i o C a v a l c a n t i , Ida G o ­

m e s , J o a n a F o m m , N o r m a B l u m e Paulo

G r a c i n d o . D u r a n t e a e x i b i ç ã o da n o v e l a ,

o a t o r C e l s o M a r q u e s m o r r e u e m u m

a c i d e n t e d e a u t o m ó v e l .

A Última Valsa /lt/íor/tí:Glória Magadan í)iteçao:\.ibio Sabag e Daniel Filho =.=E / jan-5 jun 1969 © 2 1 h 3 0 |

A Áustria do séc.XIXera o

cenário de A Ú l t i m a V a l s a ,

inspirada no filme M o u l i n

R o u g e , de John Huston.

O d u q u e d e O l e m b e r g

( C l á u d i o M a r z o ) se a p a i ­

x o n a p e l a c o n d e s s a

Y o l a n d a ( T h e r e s a

A m a y o ) , m a s se c a s a c o m

K a t h y A m b r o s s ( G l a u c o

R o c h a ) , c o m q u e m t e m

u m a filha, C l a r a ( N o r ­

m a B l u m ) . A m o ç a é

r e j e i t a d a p e l a c o r t e p o r

c a u s a da v u l g a r i d a d e da

m ã e . N o d e c o r r e r da h i s t ó r i a , o d u q u e

é a c u s a d o d e e s p i o n a g e m e m f a v o r da

A l e m a n h a . E d s o n S i l v a , q u e i n t e r p r e ­

t a v a o p i n t o r f r a n c ê s T o u l o u s e - L a u t r e c ,

p o r t a d o r d e d o e n ç a ó s s e a c o n g ê n i t a ,

g r a v a v a d e j o e l h o s . À s v e z e s , u m a n ã o

o s u b s t i t u í a , p a r a d a r m a i s r e a l i s m o

Ida Gomes (esq.), Theresa Amayo e Cláudio Marzo na novela de Glória Magadan.

às c e n a s . A Última Valsa e n c e r r o u o

t r a b a l h o d e G l ó r i a M a g a d a n c o m o

r e s p o n s á v e l p e l o n ú c l e o d e p r o d u ç ã o

d e t e l e n o v e l a s d a T V G l o b o .

Mosa Rebelde •!• i Lui / iin'1,1'1 1 lotir, i .m Ii i' I iiinii'l I illu i E: !=§15jan-l3out1969 ©20h SÍS212

'1aV

-à

2

Inspirada em R o s a M a l e n a , radionovela de Janete Clair, R o s a R e b e l d e tinha como tenia central um romance durante o império de Napoleão Bonaparte.

s é c X I X , na E s p a n h a , R o s a M a l e n a

I 1 i l o r i a M e n e z e s ) l idera u m g r u p o q u e

luí i c o n t r a a o c u p a ç ã o francesa. A r e b e l -

I ¡e inf i l tra n a c o r t e , m a s se a p a i x o n a

p e l o c a p i t ã o d o e x é r c i t o n a p o l e ó n i c o ,

V m d r o d e A r a g ã o ( T a r c í s i o M e i r a } . Pas­

ados 2 0 anos , e n t r a m e m c e n a os f i lhos

BOS p r o t a g o n i s t a s , F e r n a n d o e S i m o n e ,

I n t e r p r e t a d o s t a m b é m p o r T a r c í s i o

M e i r a e G l o r i a M e n e z e s . A a t r i z a i n d a

v i v e u u m m e n i n o p o b r e na t r a m a .

A b a i x a a u d i ê n c i a d e R o s a Rebelde,

em v i r t u d e d a c o n c o r r ê n c i a c o m Beto

RockfeUer, n o v e l a da T V T u p i q u e t r az ia

Tarcísio Meira e Glória Menezes assumiram papéis duplos na novela.

M A I S 100 C A P Í T U L O S

U m incêndio na TV G lobo d e São Paulo, e m j u ­

lho de 1969, levou à transferência da novela A Cabana do Pai Tomás para a sede da emissora,

no Rio d e Janeiro, onde estava sendo gravada A Ponte dos Suspiros. Por isso a produção da subs­

tituta de Rosa Rebelde teve que ser cancelada e

J ane te Clair precisou a longar a trama: deu u m

salto no t e m p o e escreveu mais 100 capítulos.

u m a t r a m a m a i s m o d e r n a , i n c e n t i v o u a

G l o b o a r e p e n s a r s e u m o d e l o d e f o l h e ­

t i m . E s s a fo i u m a das ú l t i m a s n o v e l a s d a

e m i s s o r a n o e s t i l o c a p a e e s p a d a .

A Ponte dos Suspiros Autoría: Dias Gomes Direção: Marios Andreucci =Él6jun-5 nov 1969 © 7 I I H 0 JO! M4

A novela foi assinada por Dias Gomes com

o pseudônimo de Stela Calderon.

A d a p t a ç ã o d o r o m a n c e h o m ô n i m o d e

M i c h e l Z e v a c o , a h i s t ó r i a s e p a s s a v a e m

1 5 0 0 , e m V e n e z a . R o l a n d o C a n d i a n o

( C a r l o s A l b e r t o ) é p r e s o n o dia d e s e u

c a s a m e n t o c o m L e o n o r D a n d o l o ( Y o n á

M a g a l h ã e s ) , p o r c a u s a d e i n t r i g a s f e i t a s

p e l o c a p i t ã o A l t i e r i ( . lardel F i l h o ) . A

n o v e l a lo i a ú l t i m a rio p a r r o m â n t i c o

Y o n á M a g a l h ã e s e C a r l o s A l b e r t o .

E m b o r a a t r a m a l o s s e a m b i e n t a r i a n o

s é c . X V I , D i a s G o m e s i n s e r i u d i v e r s a s

V E N E Z A N O J A R D I M B O T Â N I C O

A nove la t e v e a l g u m a s cenas g ravadas e m Veneza, na Itália. M a s a maior ia das g ravações foi real izada nos estúdios da T V G lobo , no Rio d e J ane i ro . U m cana l d e Veneza foi r ep rodu ­z ido na cober tu ra da emissora, no bairro do J a r d i m Bo t ân i co .O cana l t inha 10m d e e x t e n ­são e 50cm d e p ro fund idade .

r e f e r ê n c i a s à h i s t ó r i a d o B r a s i l , i n c l u s i v e

c r i t i c a n d o a d e p o s i ç ã o d o p r e s i d e n t e

J o ã o G o u l a r t .

A Cabana do Pai Tomás Autoria:Hedy Maia Direção:Fabio Sabag, Daniel Filho, Régis Cardoso e Walter Campos =117 jul 1969-1" mar 1970 0 1 9 h Í Ü 205

Trama ambientada durante a Guerra de Secessão fechou o ciclo de novelas com temática distante da realidade brasileira.

A h i s t ó r i a , inspiraria e m r o m a n c e h o m ô ­

n i m o d e I l a r r i e t B e e c h e r S t o w e — q u e

i m p u l s i o n o u o m o v i m e n t o a b o l i c i o n i s t a

n o s F.stados I In idos - , m o s t r a v a o t i rania

da e s c r a v i d ã o n o sul d o país . O s p r o t a ­

g o n i s t a s e r a m o e s c r a v o T o m á s ( S é r g i o

C a r d o s o ) e su a e s p o s a , T i a C l o é ( R u t h

d e S o u z a ) . G e r o u c o n t r o v é r s i a a e s c a l a i

ç ã o d e S é r g i o C a r d o s o , u m a t o r b r a n c o ,

para i n t e r p r e t a r u m negro . E l e p i n t a v a o

r o s t o e o c o r p o d e p r e t o , usava p e r u c a e

p u n h a r o l h a s n o n a r i z . A t é c n i c a , c o n h e ­

c ida r o m o blackjiice, havia s i d o u t i l i z a d a

n o i n í c i o d o c i n e m a a m e r i c a n o .

Sérgio Cardoso (sentado, dir.) interpretou três personagens: Tomás, Dimitrius e Abraham Lincoln.

Véu de Noiva hi. I, , l,ni />//,•,,,/" a;./, i,/e,,,/,i IJ. li li.-I I ill i< > É É Í M 1969-6 ¡un 1970 í í . ' l l l i fl5J204

'W i ' dobo divulgou seu primeiro folhetim irnli .ta com achamada:"Em\/éu d e N o i v a l i/,/, • acontece como na vida real."

I le Noiva foi o p r i m e i r o g r a n d e

o d e J a n e t e C l a i r n o h o r á r i o d a s

•i ili da T V G l o b o . A t r a m a , b a s e a d a

i I n I 'ende-se um Véu de Noiva, r a d i o -

i i , ela e s c r i t a p e l a a u t o r a para a R á d i o

a, ional , m a r c o u a a p o s t a da e m i s s o r a

< i i i u m a t e l e d r a m a t u r g i a c o m e n r e d o s

B l o d e r n o s , a m b i e n t a d o s n o R i o d e J a n e i -

i d i á l o g o s c o l o q u i a i s e t r a m a s para le las ,

i n a D u a r t e i n t e r p r e t a v a A n d r é a , q u e

I is te d o c a s a m e n t o a o d e s c o b r i r q u e

" noivo , L u c i a n o ( G e r a l d o D e l R e y ) , é

a p a i x o n a d o p o r s u a i r m ã , F l o r ( M i r i a m

1 'ersia) . F l o r t e m u m filho d e L u c i a n o e

i e n t r e g a a A n d r é a . Q u a n d o d e s c o b r e

q u e n ã o p o d e m a i s t e r f i lhos , F l o r p e d e á

M m ã q u e d e v o l v a o m e n i n o . A d i s p u t a

pe la g u a r d a da c r i a n ç a m o ­

b i l i z o u o p ú b l i c o e, a p e d i d o

da e m i s s o r a , fo i r e a l i z a d o u m

l i i l g a m c n t o v e r í d i c o , c o m a

p a r t i c i p a ç ã o d e u m j u r i r e a l ,

Cláudio Marzo c lit glnat Ruarte: par romântico criado para tramas modernas e urbanas.

T R I L H A S O N O R A

Véu de Noiva foi a pr imeira nove la a ter m ú ­sicas e s p e c i a l m e n t e c o m p o s t a s para a trilha sonora, produzida por Ne lson Mo t t a . Fez g r a n d e sucesso "Irene',' d e C a e t a n o Veloso, gravada por Elis Regina . Pela pr imeira vez se l ançou u m disco c o m a trilha d e u m a nove la .

p a r a d e c i d i r c o m q u e m o m e n i n o devia

ficar. N e m a a u t o r a sab ia a d e c i s ã o . O

j u l g a m e n t o foi gravado s e m e n s a i o e, n o

final, A n d r é a f icou c o m a c r i a n ç a . A part i r

d e Véu de Noiva, R e g i n a D u a r t e p a s s o u a

f a z e r p a r r o m â n t i c o c o m C l á u d i o M a r z o ,

q u e , na n o v e l a , i n t e r p r e t a v a o p i l o t o d e

c o r r i d a s M a r c e l o , i n s p i r a d o e m E m e r s o n

F i t t ipa ldi . A n o v e l a t e v e p a r t i c i p a ç õ e s

e s p e c i a i s d o p o e t a V i n í c i u s d e

M o r a e s , d o c r o n i s t a C a r l i n h o s

O l i v e i r a e d o p i l o t o e s c o c ê s

J a c k i e S t e w a r t , e n t r e o u t r a s

p e r s o n a l i d a d e s .

Verão Vermelho Autoria Dias Gomes D/reção: Marlos Andreucci eWalter Campos ==§17nov 1969-17 jul 1970 ® 2 2 h ; 3209

Ambientada na Bahia, V e r ã o V e r m e l h o destacou a cultura popular, com suas festas de rua, rodas de capoeira e candomblé.

O p o n t o d e p a r t i d a da h i s t ó r i a é o a n i v e r s á r i o d e 1 5

a n o s d e Pa t r í c ia ( M a r i a C l á u d i a ) , n o I a t e C l u b e d e S a l ­

vador . S e u s pais , A d r i a n a ( D i n a S f a t ) e C a r l o s ( J a r d e l

i ' i l h o ) , se c a s a r a m m u i t o j o v e n s e v i v e m i n f e l i z e s . A

c h e g a d a d o m é d i c o F l á v i o ( P a u l o G o u l a r t ) à B a h i a , f u ­

g i d o d o R i o d e J a n e i r o s o b a a c u s a ç ã o d e c h a r l a t a n i s m o ,

t r a n s f o r m a a vida d o c a s a l . A n o v e l a

a b o r d o u q u e s t õ e s c o n t r o v e r s a s ,

c o m o o s p r e c o n c e i t o s s o c i a l e ra ­

c ia l , a r e f o r m a agrár ia e o d i v ó r c i o ,

n ã o l e g a l i z a d o na é p o c a . H m y

T R O C A - T R O C A

0 casal de au to res Dias G o ­mes e J a n e t e Clair i novou ao cruzar a trajetória de pe r sonagens d e nove las d i ­fe rentes exibidas à m e s m a época . Flor (M i r i am Pérsia) , d e Véu de Noiva (1969), as ­sinada por J a n e t e Clair, se consu l tou c o m o m é d i c o Flávio, d e Verão Vermelho, d e Dias G o m e s .

Pigmalião 70 /luforá.Vicente Sesso Direção:Régis Cardoso H = 4 mar-24 out 1970 ® 1 9 h US 204

O autor Vicente Sesso inaugurou o gênero comédia romântica nas telenovelas da emissora.

L i v r e a d a p t a ç ã o da p e ç a Pigmalião, do

B e r n a r d S h a w , a n o v e l a t r a z i a a h i s t ó r i a

d o f e i r a n t e F e r n a n d o D a l b a ( S é r g i o

C a r d o s o ) , o N a n d o ,

u m v e n d e d o r d e

f r u t a s . S u a v i d a se

t r a n s f o r m a d e p o i s

q u e e l e c o n h e c e a

v i ú v a rica C r i s t i n a

PI6/AaülâQ70

A personagem de Tônia Carrero, gue fazia par romântico com Sérgio Cardoso, fez tanto sucesso que as mulheres passaram a copiar seu corte de cabelo em camadas, batizado de "Pigmalião".

G u i m a r ã e s ( T ô n i a C a r r e r o ) , d o n a d e

u m s a l ã o d e b e l e z a , q u e d e c i d e e n s i n á -

lo a se c o m p o r t a r c o m o u m a p e s s o a da

al ta s o c i e d a d e . A i n t e n ç ã o d e C r i s t i n a

é v e n c e r u m a a p o s t a , m a s e l a a c a b a se

a p a i x o n a n d o p o r N a n d o , q u e é n o i v o d e

C a n d i n h a ( S u s a n a V i e i r a ) .

Afsim na Terra como no Céu 20jul 1970-23 mar 1971 © 2 2 h Í J Í 2 1 2

i m " i I 'i.r.' mmes / i/fCMjii Wallei i .impus zzz

ndas 22h abordava consumo • iui\ e. celibato depadres e tinha i nino de fundo o dia a dia da unir de Ipanema.

11 |i.nliv V í t o r ( F r a n c i s c o C u o c o ] a b a n d o -

ii i i ia p a r a v i v e r u m r o m a n c e c o m

I R e n a t a S o r r a h ) , g a r o t a d a Z o n a

a u n a . M a s a j o v e m é assass inada e,

li . v e n d a r o m i s t é r i o , o e x - p a d r e se

u m g r u p o d e c a f a j e s t e s l i d e r a d o s

p o r R e n a t ã o ( J a r d e l

F i l h o ) e S a m u c a

( P a u l o J o s é ) . A m o r t e

da p e r s o n a g e m

p r i n c i p a l n o i n i c i o

O S E G R E D O

Dias G o m e s escrev ia os ú l t imos cap í tu los da nove la q u a n d o r e cebeu u m a in t imação mil itar para depo r sobre supostas a t i v idades subvers ivas . O cap i tão-tenente e n c a r r e g a d o do caso c o n c o r d o u e m adiar o processo se o autor lhe revelasse o n o m e d o assassino da p e r s o n a g e m Nívea . Dias b r incou : " Isso eu não confesso n e m sob tor tura . "

da t r a m a n ã o agradou a o p ú b l i c o e N í v e a

t e v e q u e v o l t a r à c e n a e m flashbacks.

R o d o l f o A u g u s t o ( A r y F o n t o u r a ) foi

u m a das p r i m e i r a s r e p r e s e n t a ç õ e s d e u m

h o m o s s e x u a l na T V .

A Próxima Atração M WaltherNegrão D/reçdo.RégisCardoso Superiróto.Daniel Filho ===26out 1970-17abr 1971 © 1 9 h Mj 150

'•ele mulheres planejam dar um golpe do baú . ' omplicam a vida de um milionário gaúcho.

\ h is tór ia se passava e m u m a m a n s ã o e m

io Paulo. O r i c o e s o l i t á r i o R o d r i g o ( S é r -

iii C a r d o s o ) c o n v i v e c o m s e t e m u l h e r e s

i l i ic iosas : as a e r o m o ç a s R e g i n a ( S u s a n a

K r j t f j j llU l a n a ) . M a d a l e n a

"Madalena"de Ivan Uns, tema da personagem de Renata Sorrah (esq., na foto com Tônia Carrero. Paulo Goulart e Armando Bógus) foi um dos grandes sucessos da trilha sonora da novela.

D u l c e ( C é l i a B i a r ) , D i n o r a h (Fdoísa M a ­

fa lda) e a m a n i c u r e S u z e t e ( Jac i ra S i l v a ) .

S i lv io d e A b r e u , f u t u r o a u t o r d e n o v e l a s

da T V G l o b o , a t u o u e m A Próxima Atra-

ção n o p a p e l d o d i v e r t i d o s u b d e l e g a d o

D a m a s c e n o Righi S a l o m ã o .

Irmãos Coragem Autoria:Janete Clair Direção: Daniel Filho, Milton Gonçalves e Reynaldo Boury ===8 jun 1970-12 jun 1971 O 20h I I 3 2 8

Três irmãos desafiam a autoridade

de um latifundiário em fictícia cidade

do interior de Goiás.

K m 1 ( ) 7 ( ) , e n q u a n t o o Bras i l c o n q u i s ­

t a v a o t r i c a m p e o n a t o d e f u t e b o l na

C o p a d o M u n d o d o M é x i c o e p r e s o s

p o l í t i c o s e r a m t o r t u r a d o s p e l o r e g i m e

m i l i t a r , J a n e t e C l a i r se c o n s a g r a v a c o m o

n o v e l i s t a c o m u m f a r o e s t e q u e f a z i a

u m a a n a l o g i a e n t r e a r e a l i d a d e p o l í t i c a

d o p a í s e o p o d e r a r b i t r á r i o d e u m

c o r o n e l n a fictícia C o r o a d o , e m G o i á s .

O d e s p ó t i c o P e d r o B a r r o s ( G i l b e r t o

A t o r m e n t a d o por p rob l emas menta i s , J u ca C ipó ( Emi l i ano Queiroz) v io lenta C e m a ( S u ­zana Faini) , casada c o m o neg ro Brás (Mi l ton Gonça l v e s ) . T e m p o s depo is , ela a p a r e c e grá ­v ida e t e m e q u e o fi lho nasça b ranco e não seja ace i to pe lo mar ido , q u e o veria c o m o f i ­lho d e J u c a C ipó. Os t e l espec tadores to rc i am para q u e a cr iança nascesse mula ta e o casal f izesse as pazes. Foi o que a c o n t e c e u .

Tarcísio Meira (esq.), Cláudio Cavalcanti, e Cláudio Marzo: critica à ambição àesmt

Macedo Neto •dida.

O estupro t ometido por Juca Cipó, interpretado por Emiliano Queiroz, criou uma das tramas de maior sucesso da novela.

I I l l l l l l l ) 1 . »1 I < »1111 )< • .1 I n il l. l.l, i i i l l l | i | . l VhIi>'< i ' o p r i m o .i p o p u l a ç ã o 1 m u í a

iilei so i i r . i u g o m J o ã o ( T a r c í s i o

i 11, I. m i n i n o (( l á u d i o ( a v a h a n t i )

t I l i i i l . i (< l á m l i o M a r / . o ) , o s i r m ã o s

m i ( ) i o u II i l o t e m i n í c i o d e p o i s

{In 1 m u e n c o n t r a u m d i a m a n t e e é

In p e l o s c a p a n g a s d o c o r o n e l ,

i i lo l o a o usa a f o r ç a n o c o n f r o n t o

uigos , J e r ô n i m o e n t r a p a r a

I ( h i I i I i i a, N O p a r t i d o d e o p o s i ç ã o , p a r a

||u>l i i O S g a r i m p e i r o s a se l i v r a r e m d o

de 1'edro B a r r o s . S e m v o c a ç ã o p a r a

I O , D u d a v i r a a s t r o d o f u t e b o l -

t r a l é g i a d a a u t o r a p a r a a l i n h a r a

a e u f o r i a c o m o f u t e b o l n a é p o c a ,

loi l e i t o c o m a a s s e s s o r i a d o

• Diarista J o ã o S a l d a n h a . A s h i s -

le a m o r f o r a m p r o t a g o n i z a d a s

lupias T a r c í s i o M e i r a / G l ó r i a

U N C Í A

( oragem foi a segunda mais longa no-pl.i da TV G lobo , o b t e n d o mais aud iênc i a do

qu i final da Copa d e 70 ,en t r e Brasil e Itália.

•>e à j u n ç ã o d e b a n g u e - b a n g u e c o m Futebol o interesse do púb l i co mascu l ino na

i pela pr imeira vez, os h o m e n s admit l-i. |iie assist iam a uma nove la .

Jerônimo (Cláudio Cavalcanti) carrega a Índia Potira (Lú­cia Alves) nos braços, já morta, e também é assassinado.

M e n e z e s e C l á u d i o M a r z o / R e g i n a

D u a r t e . G r a n d e c o m o ç ã o c a u s o u o

r o m a n c e d e J e r ô n i m o c o m a í n d i a P o t i ­

ra ( L ú c i a A l v e s ) , s u a i r m ã d e

c r i a ç ã o . O s d o i s s ã o m o r t o s p e l a

p o l í c i a , l e v a n d o J o ã o C o r a g e m a

d e s t r u i r o d i a m a n t e , q u e j u l g a ser

r e s p o n s á v e l p e l a t r a g é d i a . A n o v e l a

f o i a p r i m e i r a a c o n t a r c o m u m a c i d a d e

c e n o g r á f i c a ,

c o n s t r u í d a na

B a r r a da T i j u c a ,

Z o n a O e s t e d o R i o

d e J a n e i r o .

J l ú n ã o s Cotagem

Glória Menezes loi aplaudida pela

interpretação de uma mulher com

nipla personalidade: i ímiidaeangustiada

Lara, a extrovertida Diana (ao lado, com

Arthur Costa Filho no papel de Gentil) e a equilibrada Márcia.

O Cafona Autoria: Bráulio Pedroso Direção: Daniel Filho e Walter Campos | | | 24 mar-20 out 1971 © 2 2 h ftÊim

0 C a f o n a explorou o tema da ascensão social através de uma sátira ao movimento hippie e à sociedade carioca.

G i l b e r t o A t h a y d e ( F r a n c i s c o

C u o c o ) é u m h o m e m r u d e

q u e e n r i q u e c e c o m u m a r e d e

d e s u p e r m e r c a d o s c s o n h a

s e r a c e i t o na a l t a - r o d a . A o fi­

c a r v i ú v o , t e n t a s e c a s a r c o m

u m a s o c i a l i t e . S u r g e m d u a s

p o s s i b i l i d a d e s : M a l u ( R e n a t a

S o r r a h ) , filha d e u m m i l i o n á r i o

l a l i d o , e a e x i b i r i a B e a t r i z ( T ô n i a

O a r r e r o ) , e x - m u l h e r d e u m e m p r e s á r i o .

B e a t r i z a p a i x o n a - s e p o r G i l b e r t o o d e ­

c i d e l h e e n s i n a r r e g r a s d e e t i q u e t a , m a s

e n f r e n t a as i n v e s t i d a s d e S h i r l e y S e x y

( M a r í l i a P ê r a ) , s e c r e t á r i a d o e m p r e s á ­

rio, a q u e m e la c h a m a d e G i g i . A s c e n a s

p r o t a g o n i z a d a s p o r F r a n c i s c o C u o c o ,

e m s e u p r i m e i r o p a p e l c ô m i c o , e M a r í ­

lia P ê r a f o r a m u m d o s p o n t o s a l t o s d e

C I N E M A R A D I C A L

Cacá (Osmar P rado) , Rogér io (Carlos Vereza) e J u l i n h o (Ma r co Nanin i ) e r a m car icaturas b e m - h u m o r a d a s dos c ineastas Cacá D iegues , Rogér io Sganzer la e Jú l io B ressane . L ide rado pe lo Profeta (Ary Fontoura ) , uma espéc i e d e gu ru das praias car iocas, o tr io p re tend ia fa­zer o f i lme mais radical d o c i n e m a brasi leiro: Matou o Marido e Prevaricou com o Cadáver -uma paród ia d e Matou a Família e Foi ao Cine­ma (1969), d e Bressane .

Shirley Sexy (Marília Pêra, ao centro) disputou o coração de Gilberto Athayde (Francisco Cuoco) com a elegante Beatriz (Tônia Carrera).

O Cafona. A a t r i z

t a m b é m p a r t i c i p o u

da t r i l h a s o n o r a

da n o v e l a , c o m a

i n t e r p r e t a ç ã o d e

" S h i r l e y S e x y " , d e

F r e d F a l c ã o e A . M e d e i r o s .

O u t r o s u c e s s o foi " L ú c i a E s p a r a d r a p o "

i le A n t ô n i o C a r l o s , j o c a l i e I. T a v a r e s ,

e m r e f e r ê n c i a à p e r s o n a g e m h i p p i e d e

D j e n a n e M a c h a d o . A e x c e l e n t e v e n ­

d a g e m d o d i s c o n a c i o n a l l e v o u a o l a n ­

ç a m e n t o d e O Cafona - Internacional,

p r i m e i r a t r i l h a c o m m ú s i c a s e s t r a n g e i ­

ras d e u m a n o v e l a da T V G l o b o .

O trio de cineastas: ( acá (Osmar Prado, esq.), Rogério (Carlos Vereza) e Julinho (Marco Nanini).

Minha Doce Namorada / >i;.y ii' I ui ii''II illii i, Hi'i ir, i ,iii li r,i > e I rin.inili i Iones EEE 19 abr 1971-25 jan 1972

" I / K / T/e heroina doce e F U I / I U N I / 1 onsagrou Regina Duarte

namoradinho do Brasil".

A I " 1 ' I H Patrícia ( R e g i n a D u a r ­

t e |, ii i i i i , i i lura d e u m p a r q u e d e

i f l v r i . i ii s a m b u l a n t e , a c r e d i t a

i . i u>s l h e t rarão fe l i c idade .

I l|ii . I I I u m a astróloga p r e v ê o

i i i.i imposs íve l : a p o b r e ór fã ,

um i H|ii . i i iana, se a p a i x o n a r i a

i i l apaz d e Peixes , s igno a

•In i n c o m p a t í v e l c o m o

ilrl.i I V lato, a m o ç a se e n c a n t a

1 1 e s t u d a n t e R e n a t o ( C l á u -

/o) , m a s e l e n ã o s e n t e o m e s m o

i Patrícia p a r t e para o R i o d e

o n d e faz a m i z a d e c o m u m s e n h o r

I l a s s a a c h a m a r , c a r i n h o s a m e n t e ,

• li Si I I Pepe (Sadi C a b r a l ) , s e m imaginar

q u e se trata tio

t i o - a v ô d e R e n a t o

e d o n o da e m p r e s a

o n d e c o m e ç a r a a

trabalhar . S e u P e p e

d e s c o b r e fa lcatruas

I idas p o r seus fami l iares c resolve

•ii q u e m o r r e u para o b s e r v a r a d isputa

na h e r a n ç a . C o n v e n c i d o d e q u e só

l ' I i i i io t e m b o a índole , e le d e c i d e separá -

noiva, a interesse ira V e r i n h a ( M a r i a

I . índia), e p r o m o v e r o seu c a s a m e n t o

i h Patrícia. Para isso, se u n e ã l i a

uZamoraàa

Cláudio Marzo i • Regina Duarte na novela inspirada em história escrita por Vicente Sesso para o programa Teatro de Fantasia, exibido pelaTV Record de São Paulo nos anos 50.

M i q u i t a ( C é l i a P iar ) , u m a v e n d e d o r a d e

m a ç ã s d o amor . M a s V e r i n h a e C é s a r L e ã o

( M á r i o L a g o ) , t io d e R e n a t o , t e n t a m atra­

pa lhar o r o m a n c e . O s p r i m e i r o s c a p í t u l o s

f o r a m gravados e m O u r o P r e t o ( M G ) .

I )m p a r q u e na lagoa R o d r i g o d e Freitas, no

Rio i le Jane i ro , serviu d e c e n á r i o para os

e n c o n t r o s d o casal .

tesar Leão (Mário Lago) e Verinha (Maria Cláudia): "••dois vilões da trama.

Seu Pepe e Tia Miquita, vividos por Sadi Cabral e Célia Biar, incentivam o romance entre o casal de protagonistas.

O Homem que Deve Morrer Autoria: Janete Clair Direção:Daniel Filho e Milton Gonçalves === 14 jun 1971-8 abr 1972 9 / O h

Reencarnação, intolerância e preconceito nortearam a nova trama de Janete Clair.

E m S a n t a C a t a r i n a , na f ic t íc ia P o r t o A/.ul,

o m é d i c o C i r o V a l d e z ( T a r c í s i o M e i r a )

d e s p e r t a a ira d o vi lão racista O t t o M u l l e r

( J a r d e l F i l h o ) a o salvar sua vida c o m

u m t r a n s p l a n t e d e c o r a ç ã o d e u m n e ­

gro, u s a n d o s e u d o m m e d i ú n i c o . A raiva

a u m e n t a q u a n d o o m é d i c o se a p a i x o n a

p e l a e x - e s p o s a d e O t t o , E s t h e r ( G l ó r i a

M e n e z e s ) . J a n e t e C l a i r c r i o u para o p r o ­

t a g o n i s t a u m a t r a j e t ó r ia s e m e l h a n t e à d e

J e s u s C r i s t o , m a s o a r g u m e n t o fo i v e t a d o

pela ( ' .ensiira Federa l . A a u t o r a , e n t ã o , se

Jardel Filho mspou a cabeça para viver Otto Müller, uru vilão ao estilo nazista.

b a s e o u n o l ivro Eram os Deuses Astronau

las? - o n d e o a u t o r E r i c h v o n O ã n i k e n

a b o r d a a e x i s t ê n c i a d e vida e m o u t r o s

p l a n e t a s - para r e l a c i o n a r os p o d e r e s

m e d i ú n i c o s d e C i r o aos e x t r a t e r r e s t r e s .

U m d o s d i f e r e n c i a i s da n o v e l a foi a i n c l u

são d o t r a n s p l a n t e

d e c o r a ç ã o na t r a m a ,

c i rurgia rea l izada n o

Brasi l , p e l a p r i m e i r a

v e z , e m 1 9 6 8 .

°r iOMEIVI^fe QUE S

DEVE ' W 1

MORRER

Meu Pedacinho de Chão Autoria: Benedito Ruy Barbosa e Teixeira Filho Direção:Dionísio Azevedo ~== l õ ago 1971-6 mai 1972 9 1 8 h Mjí 185|

Primeira novela educativa da TV Globo levou a dramaturgia também para as 18h.

P e d r o das A n t a s ( A i r e s P i n t o ) e L i l i a n e

( P a t r í c i a A i r e s ) c r e s c e r a m j u n t o s , m a s se

s e p a r a r a m na a d o l e s c ê n c i a . Passados 11

anos , os dois v o l t a m à c i d a d e

n a t a l . E l a , c o m o p r o f e s s o r a ; e le ,

f o r m a d o e m a g r o n o m i a , q u e r

t o m a r p o s s e d e suas terras , ocu­

p a d a s i l e g a l m e n t e p e l o pai d e

pE&flcinnol de chão

Li l iane , o c o r o n e l E p a m i n o n d a s ( C a s t r o

G o n z a g a ) . D r a m a rural , Meu Pedacinho

de Chão t r a n s m i t i a i n f o r m a ç õ e s s o b r e

v a c i n a ç ã o , d e s i d r a t a ç ã o infant i l , h i g i e n e

e t é c n i c a s agr íco las , a l é m d e i n c e n t i v a r

a a l f a b e t i z a ç ã o d e j o v e n s e

adul tos . A h is tór ia foi c o p r o -

d u z i d a e e x i b i d a , s i m u l t a n e a ­

m e n t e , p e l a T V G l o b o e p e l a

T V C u l t u r a d e S ã o Paulo.

.indeira 2 ' .. mies / >#/< •<.. j< i I Limei I I I Ih i v W. i l l i ' i ( ampos Si/prrwsdo: Daniel Filho =|§28out 1971-15jul 1972

n ? i i m i / ' *

•racindo conquistou o público em novela sobre a ir dos moradores da Zona Norte do Rio de Janeiro.

Lide p e l o c o n t r o l e d o j o g o d o b i c h o n o s u b ú r b i o

i I r R a m o s e ra o t e m a p r i n c i p a l d e Bandeira 2. i lec larados, A r t u r d o A m o r D i v i n o ( P a u l o

lo) , o T u c ã o , e J o v e l i n o S a b o n e t e ( F e l i p e C a r o n e )

I I Iputam t a m b é m o a m o r da t a x i s t a N o e l i (Mar í l i a

l'i i l I | M i r t a - b a n d e i r a da e s c o l a d e s a m b a d o ba i r ro .

leias f e m i n i s t a s , N o e l i e n f r e n t a p r e c o n c e i t o p o r

• i i l . .qui tada . C o m o se n ã o bas tasse , os dois b i c h e i r o s

p r e e n d i d o s p e l o r o m a n c e e n t r e s e u s f i lhos, T h a i s

|M- nge la ] e M á r c i o ( S t e p a n N e r c e s s i a n ) . T u c ã o t e v e

i a c e i t a ç ã o p o p u l a r , i n c l u s i v e e n t r e os c o n t r a v e n -

i " i In j o g o d o b i c h o . M a s o s u c e s s o n ã o i m p e d i u q u e

I 1 ' nsura F e d e r a l ex ig i sse a m o r t e d o p e r s o n a g e m , s o b

m e n t o d e q u e o b e m d e v e r i a t r i u n f a r s o b r e o m a l .

i d e 3 m i l p e s s o a s c o m p a r e c e r a m ao c e m i t é r i o

Bill m i e a gravação d o e n t e r r o , c o m o v i d a s c o m u m b o a t o

di p i e o a t o r P a u l o G r a c i n d o ter ia m o r r i d o r e a l m e n t e .

Marília Pêra interpretou uma taxista em uma época em que essa atividade era exercida quase que exclusivamente por homens. Na trama, ela desperta a paixão do bicheiro Tucão, personagem de Paulo Gracindo.

O introspectivo Zelito, vivido por José Wilker, passava os dias trancado no quarto pintando quadros, mas, ao se apaixonar pela independente Noeli, começa d despertar para a vida.

' A M B A DA T R I L H A

Si ola de samba escolhi-i >.iia figurar na t rama foi

.i Imperatr iz Leopo ld inense , 1 M i r r o de Ramos, consi-

11'-i .ida pequena na época . II.i trilha sonora de Bandeira

i . instava seu samba-enre-do d e 1972, "Mart im Cererè " - nnposto por Gigi e Z é Ca­

l imba ( interpretado, na n o ­vela, por G r a n d e Ote lo ) .

Selva de Pedra i Autoria: Janete Clair Direção:Daniel Filho e Walter Avancini Codireçdo.Reynaldo Boury e Milton Gonçalv

111 10 abr 1972-23 jan 1973 9 20h £j£j 243

74 ambição pelo poder em uma metrópole

deu o tom da novela, que consolidou

Janete Clair como grande autora popular.

A a s c e n s ã o d o ¡ o v e m i n t e r i o r a n o C r i s ­

t i a n o V i l h e n a ( F r a n c i s c o C u o c o ) , q u e ,

s e d u z i d o p e l o p o d e r , p õ e e m r i s c o s ua

f e l i c i d a d e ao l a d o da m u l h e r , S i m o n e

( R e g i n a D u a r t e ) , e ra o m o t e da t r a m a .

A n o v e l a f o i i n s p i r a d a n o r o m a n c e

Uma Tragédia Americana, d e T h e o d o r e

D r e i s e r , e e m u m a n o t í c i a d e j o r n a l

s o b r e u m t o c a d o r d e b u m b o q u e m a t o u

u m r a p a z p o r t e r s i d o r i d i c u l a r i z a d o .

E x i b i d a n a era d o " m i l a g r e e c o n ô m i c o "

d o g o v e r n o G a r r a s t a z u M e d i c i , s o f r e u

a a ç ã o da C e n s u r a F e d e r a l . J a n e t e C l a i r

t e v e d e r e e s c r e v e r 2 2 c a p í t u l o s s o b a

Regina Duarte e Francisco Cuoco, que estreava como protagonista de novela no horário das 20h.

R E C O R D E D E A U D I Ê N C I A

Selva de Pedra o b t e v e a ma ior aud iênc i a da história da te lev i são brasileira a té en tão , c o m p r o v a n d o a força da te l enove la c o m o ve í ­cu lo d e cul tura d e massa. N o Rio d e J ane i ro , s e g u n d o registro do I bope na é p o c a , a t rama a t ing iu 1 0 0 % d e share - n ú m e r o d e te lev i so ­res l igados no horár io - no cap í tu lo e m q u e a i den t i dade d e Rosana Reis é reve lada .

de q u e C r i s t i a n o n ã o p o d e r i a

i >m a v i lã F e r n a n d a ( D i n a

i ) i " ii i n c o r r e r n o c r i m e d e b i g a -

i i r a m a , S i m o n e s o f r e u m g r a v e

I d e c a r r o a o ser p e r s e g u i d a p o r

( i ai los V e r e z a ) , o o u t r o v i l ã o da

• 'i i.i ( ' o n v e n c i d a d e q u e o m a r i d o

i i i . i u m p l a n o p a r a a s s a s s i n á - l a ,

q u e t o d o s p e n s e m q u e e s t á m o r t a

i i e m b o r a d o B r a s i l . U m a n o m a i s

le l e t o r n a c o m o u m a c o n s a g r a d a

Os vilões: Miro (Carlos Vereza), que popularizou a gíria "amizadinha"e Fernanda (Dina Sfat).

ar t i s ta p l á s t i c a c h a m a d a R o s a n a R e i s ,

sua s u p o s t a i r m ã g ê m e a . M e s m o c o m

C r i s t i a n o a c r e d i t a n d o q u e f i cara v iúvo ,

o s c e n s o r e s a r g u m e n t a r a m q u e a c e n a d e

seu c a s a m e n t o c o m F e r n a n d a , p r e v i s t a

na s i n o p s e , n ã o p o d e r i a ir a o ar p o r q u e

o p ú b l i c o sab ia q u e S i m o n e e s l a v a viva.

C o m a m o d i f i c a ç ã o na h i s t ó r i a , F e r n a n d a

é a b a n d o n a d a n o altar. A c a n ç ã o " R o c k

a n d R o l l I . u l l a b y " , d e B . J . T h o m a s , f e z

s u c e s s o c o m o t e m a d o casa l p r i n c i p a l .

Selva de Pedra fo i a p r e s e n t a d a n o v a m e n ­

t e e m h o r á r i o n o b r e e n t r e a g o s t o e n o ­

v e m b r o d e 1 9 7 5 , e m v e r s ã o c o m p a c t a ,

p a r a s u b s t i t u i r às pressas Roque Santeiro,

v e t a d a p e l a C e n s u r a .

A S M A L D A D E S DE W A L K f R I A

Ent re as t ramas parale las, Neuza Amara l so ­bressaiu no pape l d e Wa lk í r i a .A p e r s o n a g e m assassina o aman te , Sérg io (E l iano d e Souza) , por c iúmes da fi lha, Flávia (Sôn ia Braga) , e depo i s assiste, impass íve l , à c ena e m q u e a j o v e m , t raumat izada e a p o n t o d e perder a f a l a ,é responsabi l izada pe lo c r ime.

O Primeiro Amor Autoria: Walther Negrão Direção: Walter Campos e Régis C

II=24jan-17out1972 # 1 9 h Ü&228

Tendo como cenário principal uma escola, O P r i m e i r o A m o r trazia um viúvo no centro de um triângulo amoroso.

N a f i c t í c i a N o v a E s p e r a n ç a , o v i ú v o

L u c i a n o L i m a ( S é r g i o C a r d o s o ] se

a p a i x o n a p e l a g o v e r n a n t a Paula

( R o s a m a r i a M o r t i n h o ) , m a s e n f r e n t a

a r e s i s t ê n c i a t ios f i lhos e as i n t r i g a s da

e x - n a m o r a d a , M a r i a d o C a r m o ( T ô n i a

C a r r e r o ) , q u e a l m e j a s e u c a r g o na d i ­

r e ç ã o d a e s c o l a l o c a l . L u c i a n o t a m b é m

s e e n c a n t a c o m a p s i c ó l o g a G i o v a n a

( A r a c y B a l a b a n i a n ) , q u e t e n t a e d u c a r

a l u n o s r e b e l d e s

l i d e r a d o s p e l o

m o t o q u e i r o R a l a

( M a r c o s P a u l o ) .

P e r t o d o d e s f e c h o

d a n o v e l a , a m o r t e

s ú b i t a d i ' S é r g i o C a r d o s o , v í t i m a d e

a t a q u e c a r d í a c o , a b a l o u a e q t i i p e e o

p ú b l i c o . O a t o r L e o n a r d o V i l l a r o

s u b s t i t u i u na t r a m a .

IK li is i i ' . i l / i n i n i I M i i h 'I I l l h i i

B <§wme>i»o

U m dos ma iores sucessos d e O Primeiro Amor fo ram os d iver t idos Shazan (Pau lo J o s é , esq.) e Xer i fe (F láv io Mig l iacc io ) , inventores de es t ranhos ob je tos , c o m o a " camic le ta " - c ru ­z a m e n t o d e u m c a m i n h ã o c o m u m a bic ic le­ta. Encer rada a nove la , os dois es t rearam o ser iado Shazan, Xerife & Cia (1972). E m 1998, e m h o m e n a g e m aos 25 anos d e cr iação dos pe r sonagens , a dupla foi inserida na trama d e Era uma Vez..., t a m b é m d e W a l t h e r Negrão, e m uma par t i c ipação espec ia l .

Bicho do Mato ^uíor/fl.-Chico de Assis e Renato Correia de Castro Direção:Moacyr Deriquém Supervisão;Daniel Filho ===8 mai-17 nov 1972 © 1 8 h § j j i 4 1

A novela reunia ação e aventura para contar a história de um jovem caipira.

E m u m a fa/.enda n o i n t e r i o r d e M a t o

G r o s s o , o i m p e t u o s o c a i p i r a J u b a ( O s ­

m a r P r a d o ) c r e s c e l ivre e s e m i n s t r u ç ã o ,

e m c o n t a t o c o m a n a t u r e z a . S e u s pa i s

s ã o m o r t o s p o r l a d r o e s d e g a d o e e l e

ÉW t f

J

a s s u m e o c o m a n d o da

f a z e n d a . C o m a a j u d a

d o í n d i o e t u t o r Iru

( J o s é d e A r i m a t h é a ) ,

p l a n e j a se v i n g a r

d o s assass inos . S u a v ida se

t r a n s f o r m a q u a n d o e l e se a p a i x o n a p o r

R u t h ( D é b o r a D u a r t e ) , j o v e m da c i d a d e

g r a n d e q u e l h e a p r e s e n t a u m m u n d o

c o m n o v a s p o s s i b i l i d a d e s . Bicho tio Mato

f o i l a n ç a d a na T V G l o b o d e R e c i f e , e m

2 4 d e abr i l d e 1 9 7 2 , e b a t e u r e c o r d e d e

a u d i ê n c i a . N o m ê s s e g u i n t e , p a s s o u a ser

t r a n s m i t i d a n o s d e m a i s e s t a d o s .

A vida de Juba (Osmar Prado) se transforma quando ele conhece Ruth (Débora Duarte).

ma Rosa com Amor i< ampos Si/i)(TOw)<i.l),iiii(>llilh() |3l6oul i1»/.1 lOJun 1973 # 1 9 h fia 220

d A m o r reafirmou a comédia

>m<i estilo predominante das 19h.

Rosa P e t r o n e ( M a r í l i a P ê r a ) é u m a s e c r e t á r i a

i nu q u e , para f a z e r c r e r q u e é c o r t e j a d a , e n v i a u m a

i m e s m a t o d o s o s dias . É a p a i x o n a d a p e l o

industr ia l C l a u d e A n t o i n e ( P a u l o G o u l a r t ) ,

- • e m s i t u a ç ã o i legal n o p a í s q u e p r e c i s a d e

II i pc isa para c o n c r e t i z a r n e g ó c i o s i l í c i t o s e m sua

I " . i P i e o e u p a d a c o m a a m e a ç a d e d e m o l i ç ã o d o

I inde m o r a c o m a f a m í l i a , S e r a f i n a a c e i t a se c a -

i n d u s t r i a l e m t r o c a d e p a r t e d e s u a f o r t u n a .

• ii i le N a r a ( Y o n á M a g a l h ã e s ) , c o m q u e m C l a u d e

V u m i aso , t e n t a r a t r a p a -

i D r o m a n c e , o i n d u s t r i a l

|| ma p o r S e r a f i n a .

il SEM IDADE

Grande Otelo (em cena com Marília Pêra) interpretou o titereiro Pimpinoni.

Mi li»

I ISO com Amor mos-

I I I I M A N C E entre uma

•I madura e u m ho-

I I I . L I S j o vem, através da

ii I entre a veterana atriz

I . I Ve rmon (Tônia Car-

I I ator iniciante Sérgio

l is Paulo), seu pupilo.

A Patota •MlHiii Maria Clara Machado Direção: Reynaldo Bouiy Supervisão: Daniel Filho ===27nov 1972-29 mar 1973 HLFTLI USO 101

I ir/iora Duarte e Marco Nanini como professores ./i " ¡judam crianças a realizar um sonho.

A P a t o t a foi a única novela escrita pela dramaturga Maria Clara Machado.

A s d i l e r e n ç a s d e c lasse e u m s o n h o

infant i l e r a m os d e s t a q u e s d e A Pnloln. J u l i a n a ( R o s a n a G a r c i a ) , V i c e n t e ( F á b i o

M a s s i m o ) , P e d r o ( C ó r i s J ú n i o r ) e T i ã o

( J o s é P r a t a ) s ã o c r i a n ç a s q u e m o r a m e m

u m a vila e m q u e c o n v i v e m p o b r e s e r icos .

Elias d e s e j a m f a z e r u m a v i a g e m à A f r i c a .

A p r o f e s s o r a Nel i ( D é b o r a D u a r t e ) , s e u

n a m o r a d o J o r g e ( M á r i o G o m e s ) e o

p r o f e s s o r S i m õ e s

( M a r c o N a n i n i )

u n e m f o r ç a s para

a j u d a d a s a rea l izar

e s s e s o n h o . A p A t o t a

O Bofe autoria: Bráulio Pedroso e Lauro César Muniz Direção: Daniel Filho e Lima Duarte Supervisão:Daniel Filho f Ü 17 jul 1972-23 jan 1973 © 2 2 h ÍÜ8143

Personagens excêntricos lutam por ascensão social em sátira de Bráulio Pedroso.

A c o m é d i a s a t i r i z a v a os c o n f l i t o s e n t r e a c l a s s e m é d i a

s u b u r b a n a e a a l ta s o c i e d a d e da Z o n a S u l d o R i o d e

J a n e i r o p o r m e i o d e p e r s o n a g e n s c a r i c a t o s e m s i t u a ­

ç õ e s a b s u r d a s . D o r i v a l ( J a r d e l F i l h o ) é u m m e c â n i c o

P O R q u e m G u i o m a r ( B e t t y F a r i a ) , u m a viúva s u b u r b a ­

n a , se a p a i x o n a . B a n d e i r a ( J o s é W i l k e r ) é u m h i p p i e

q u e , j u n t o c o m o a m i g o M a n e i o ( C l á u d i o C a v a l c a n t i ) ,

^ ^ ^ ^ ^ ^ p l a n e j a a m o r t e d e u m a t ia b i l i o -

k V - ^ ^ i iár ia , C a r l o t a ( Z i l k a S a l l a b e r r y ) ,

J 0 J 0 1 # | M - — H | I w a 1 c o m su a h e r a n ç a . O u -L ^ ^ ^ ^ ^ £ ^ B h 4 p e r s o n a g e n s i m p o r t a n t e s

t r a m a f o r a m : a p o l o n e s a S t a n i s l a -

va, v i v i d a p o r Z i e m b i n s k i , q u e se e m b r i a g a c o m x a r o ­

p e e s o n h a c o m u m p r í n c i p e t r a p e z i s t a - essa fo i u m a

i las p r i m e i r a s i n t e r p r e t a ç õ e s d e u m a t o r t r a v e s t i d o n a s

t e l e n o v e l a s b r a s i l e i r a s ; a m a c u m b e i r a G o n z a g u i n h a

( E l o í s a M a f a l d a ) ; a s o c i a l i t e S u z a n a ( I l k a S o a r e s ) ,

j u r a d a d e s h o w d e c a l o u r o s d a T V ; e o m e c â n i c o e

a r t i s t a p l á s t i c o D e m é t r i u s , o G r e g o ( C l á u d i o M a r z o ) .

P a r c e i r o s e m u m a o f i c i n a d e

s u b ú r b i o , D o r i v a l e D e ­

m é t r i u s e r a m as p e r f e i t a s

e n c a r n a ç õ e s da gír ia " b o f e " ,

q u e i n t i t u l o u a n o v e l a :

Cláudio Marzo (< Amónio Pem e Jardel Filho: personagens caricam

R I S O F U L M I N A N T E

O ator Ziembinski ¡investido de Stanislava.

b r o n c o s , f e i o s o s e m e i o p i ­

l a n t r a s . A t r i l h a s o n o r a d e

O Bofe t r a z i a 1 2 m ú s i c a s

i n é d i t a s d e R o b e r t o C a r l o s

e E r a s m o C a r l o s .

0 Bofe era uma trama experimental que chegava a extremos de improviso. A repercussão não foi boa e o autor Bráulio Pedroso se afastou da novela. Foi substituído pelo estreante Lauro César Mu-niz,que manteve o t o m irônico do texto, mas e m uma linha menos fantasiosa. J osé Wilker pediu para sair da novela por estar insatis­feito c o m as mudanças no perfil de seu personagem, Bandeira, que foi então e l iminado d e um m o d o insólito: morreu de tanto rir.

valo de Aço i. W.ilii'1 A V . I I I I iiíi \upeivi i 1973 « *20h S È 1 7 9

i ii i polií iíil foi a saída encontrada / ' / .nu/ C a v a l o d e A ç o , abalada pelos

i ( e n s u r a .

i i l c v i n g a n ç a p o l o assass inato

i m a q u i n i s t a R o d r i g o ( T a r e i -

lo M i l ia) l idera u m a r e b e l i ã o c o n t r a o

i i i l I i . i i i u M a x ( Z i e m b i n s k i ) n a fictícia

il 11l.i 1'rata, n o i n t e r i o r d o Paraná ,

jflllllr." se d iv ide e n t r e o a m o r da f a z e n -

• H i In.nula ( G l ó r i a M e n e z e s ) e o da

BlN de seu in imigo , J o a n a ( B e t t y F a r i a ) .

.assinado e a i d e n t i d a d e d o

f lh l l imso é r e v e l a d a n o s c a p í t u l o s finais:

a vilã L e n i t a ( A r l e t e

S a l l e s ) . Cavalo de

Aço t e v e p r o b l e m a s

c o m a C e n s u r a

Federa l q u a n d o

t e n t o u d i s c u t i r o

C A U B Ó I U R B A N O

O n o m e da nove la fazia uma a lusão à m o t o do heró i da t rama, Rodr igo (Tarcísio Mei ra , foto) . M a s logo a expressão "cava lo d e a ç o " passou a d e n o m i n a r os sapatos d e sola d e bor racha usados pe lo p e r s o n a g e m , g u e se to rna ram m o d a na época .

t e m a da r e f o r m a agrária e, e m seguida , o

das drogas . C o m a m b o s v e t a d o s , o p t o u - s e

pe la l inha pol ic ia l .

uro César Muniz Direção: Walter Campos Supervisão; Daniel Filho ===== 2 jul 1973-19 jan 1974 •174

i i specialmente para Regina Duarte, •lo se baseava na comédia romântica

' . , i l i i i i i , i Fair, de Samuel Taylor.

I i liida na m a n s ã o o n d e t r a b a l h a s e u

|im i e i ília ( R e g i n a D u a r t e ) s e a p a i x o ­

na p u i F . d u a r d o ( M a r c o s P a u l o ) , o f i l h o

niuls n o v o d o s p a t r õ e s . N o e n t a n t o , o

n ã o l e v a a s é r i o a r e l a ç ã o . D e s a -

I i . ida, e l a vai t r a b a l h a r c o m o a e r o -

i e m N o v a Y o r k . A n o s d e p o i s , v o l t a

n b r e q u e H u m b e r t o ( C l á u d i o

M n / o ) , i r m ã o d e E d u a r d o , é o h o m e m

d. sua v i d a , m a s e l a t e m d e e n f r e n t a r

as a r m a ç õ e s d o

v i l ã o S a n t i a g o

M o r a l e s ( H e r v a l

R o s s a n o ) e da r iva l

M a r i s a ( D é b o r a

D u a r t e ) . E m N o v a

i k, f o r a m u s a d a s c â m e r a s p o r t á t e i s

l u g a d a s . O r e s u l t a d o foi t ã o b o m q u e

Yc >ili

Apesar de muitas intrigas e armadilhas, Humberto e Cecília terminam juntos: mais um casal de sucesso vivido por Cláudio Marzo e Regina Duarte.

a R e d e G l o b o c o m p r o u v á r i a s . G r a v a d o

p e l o t r o m p e t i s t a M á r c i o M o n t a r r o y o s , o

t e m a d e a b e r t u r a e r a " C a r i n h o s o " ,

d e P i x i n g u i n h a e J o ã o d e B a r r o .

O Bem-Amado bufona'Dias Gomes D/Veção.Régis Ca

Primeira telenovela a cores da televisão brasileira criticava com humor o Brasil da ditadura militar.

A d a p t a r ã o d e D i a s G o m e s d e sua p e ç a

()aorico, o Bem-Amado ou Os Mistérios do

Amore da Morle ( 1 9 ( i 2 J , a nove la usava

o c o t i d i a n o d e u m a c i d a d e l ic l íc ia no

litoral b a i a n o para f a z e r u m a c r í t i c a aos

c h a m a d o s c o r o n é i s - po l í t i cos e f a z e n ­

d e i r o s q u e t e n t a v a m se p e r p e t u a r no

p o d e r . O " b e m - a m a d o " e m q u e s t ã o era o

c o r r u p t o e d e m a g o g o O d o r i c o Paraguaçu

( P a u l o G r a c i n d o ) , c a n d i d a t o a p r e f e i t o d e

S u c u p i r a . A d o r a d o p e l o s e le i tores , e le se

e l e g e c o m o slogan " V o t e e m u m h o m e m

sér io o g a n h e u m c e m i t é r i o " . O p r o b l e m a

é q u e n ã o m o r r e n i n g u é m para inaugurar

a o b r a , o q u e o leva a l a n ç a r m ã o d e t o d o

t i p o d e art i f íc io para n ã o p e r d e r o a p o i o

popular , a té m e s m o c o n t r a t a r o m a t a d o r

Ansioso para inaugurar tu riniiétio de Sucupira, . o prefeito Odorico Paraguaçu, interpretado por Paulo Gracindo (dir.), encomenda um cadáver ao temido matador Zeca Diabo (Uma Duarte).

G R A M P O NA I G R E J A

Dias G o m e s não se restr ingiu à rea l idade bra­sileira para criar a história. 0 e s cânda lo pol í t i ­co W a t e r g a t e , ocor r ido nos Estados Un idos na é p o c a da nove la , inspirou o " Sucup i r aga te " : Odo r i co é a cusado d e e s p i o n a g e m por m a n ­dar instalar u m mic ro fone no confess ionár io da Igreja, t e n d o acesso às histórias p icantes e t r ag i cómicas dos moradores . 0 c r ime v e m à tona depo i s q u e Dirceu Borbo le ta , enca r r e ­g a d o das escutas , descob re q u e o prefe i to é o ve rdade i ro pai d e seu f i lho c o m Dulc iné ia , c o m q u e m se casara.

Iliil li i ( I nu . i I ' H . i l I r ) p a i a d a r

i " n a s i t u a ç ã o . A i n t e r p r e t a ç ã o

i ii . H Mul i * e n t r o u p a r a a n i s-

I i c l i - d r a m a t u r g i a , e O d o r i c o

d H ai a b o u r e s s u s c i t a n d o n o

' i /te/il Ainiitlo, e x i b i d o e n t r e

1984 O p e r s o n a g e m abusava

e ii M H a vazia, reple ta d e

p o m p o s a s , m u i t a s i n v e n t a d a s

l li li i ator. N ã o t a r d o u para

M •..nés c o m o " c a c h a c i s t a s j u -

U li i s " e " d o n z e l a s p r a t i c a n t e s "

H i i tara o f o l c l o r e n a c i o n a l . A

i pro ib iu o u s o das palavras

I ( e m r e fe rênc ia a O d o r i c o )

li i" ( e m r e fe rênc ia a Z e c a

i l a m b e m v o c á b u l o s c o m o

i ingança" . V á r i o s o u t r o s

n ' e u s se d e s t a c a r a m , c o m o as i rmãs

D o r o t e i a (Ida G o m e s ) , D u l c i ­

néia ( D o r i n h a D u v a l )

e J u d i c e i a ( D i r c e

M i g l i a c c i o ) ; D i r c e u

B o r b o l e t a , s e c r e t á -

I- rio d o prefe i to , u m

m a r c o na carreira c ie u m Q u e i r o z ; e o p e s c a d o r Z e l à o das

I M i l t o n G o n ç a l v e s ) , e m p e n h a d o na

i ' H ao d e asas q u e l h e p e r m i t i s s e m

N o l i m , é o p r e f e i t o q u e m inaugura o

rio, após ser m o r t o p o r Z e c a D i a b o ,

m \inado a p r e s e n t o u u m a tri lha

i u m 11 c a n ç õ e s d e T o q u i n h o e

M I S d e M o r a e s c o m p o s t a s e s p e c i a l -

para a nove la , a p r i m e i r a da G l o b o

. p o r t a d a para o u t r o país - a té e n t ã o

h ializava-se a p e n a s o t e x t o .

.Bffi&MADOU

IA L I N G U A DE O D O R I C O

0 Pa raguaçu e sua l i n g u a g e m peculiar, 1 le eu fem ismos , neo log i smos e expres-

i i ius i tadas: i c i n d o d e lado os en t re tan tos e par t indo

pros l i n a lmen tes " A imprensa escrita, falada e te lev i sada"

l a s m e n t e " l i a f r en t emen te ! " l i a t r asmente ! "

1 l a l e c imento é c o n d i ç ã o sine qua non d o ii lo de funt í c io "

Tímido, t/iafo, desastrada, com um modo estranho de andar e um jeito nervoso de retorcer as mãos e mexer os joelhos, Dirceu Borboleta foi um dos grandes sucessos de i miliano Queiroz na TV.

S U C U P I R A A C O R E S

A T V a cores t rouxe desaf ios para a e q u i p e técn ica , a inda não adap tada aos novos e q u i ­p a m e n t o s , o q u e resul tou e m u m a exp losão d e luz e cores. A té as pernas b rancas d e Ida G o m e s sa tu ravam no v ídeo . Emi l i ano Que i roz t e ve d i f i cu ldade c o m seus ócu los , po rque o reflexo das lentes " rasgava" a i m a g e m , mas t i rou par t ido das cores para fazer seu pe rso ­n a g e m ficar v e r m e l h o d e raiva.

As irmãs Cajazeira e Dirceu Borboleta: personagens cómicos e excêntricos de Ida Gomes (esq.), Dorinha Duval, Dirce Migliaccio e Emiliano Queiroz.

Os Ossos do Barão Autoria.Jorge Andrade Direção.Régis Cardoso Supervisão: Daniel Filho ==Ü8out 1973-31 mar 1974 í > 2 2 h fljj

Decadência da aristocracia rural paulista e ascensão social de imigrantes serviram de pano de fundo para histórias de amor nos anos 30.

A d a p t a ç ã o d e duas p e ç a s

teatra is d o p r ó p r i o J o r g e

A n d r a d e (A Escada e

Os Ossos do Barão), a

t r a m a c o n t r a p u n h a o v e l h o

A n t e n o r ( P a o l o G r a c i n d o ) ,

l i lho d o l iarão d e laraguá,

ao industr ial e i m i g r a n t e

i ta l iano Egis to G h i r o t t o

( I . i m a 1 ) u a r t e ) , e x - c o l o n o

na rica lyy.enda tio barão .

A n t e n o r , c a s a d o c o m

M e l i c a ( ( " a r m e m Si lva) ,

se c o m p o r t a c o m o se ainda losse n o b r e , m a n t e n d o os

p r e c o n c e i t o s de classe h e r d a d o s tios antepassados , m a s seu

p a t r i m ô n i o loi d i lap idado c o m a cr i se financeira d e 1 9 2 9

e q u a s e t o d o s os seus b e n s agora p e r t e n c e m a o i tal iano.

S e m m e i o s para se m a n t e r , é f o r ç a d o a passar t e m p o r á r i a s

nas casas dos q u a t r o filhos. J á Egisto , apesar d e t e r ficado

r i c o ( e l e c o m p r a a t é m e s m o os ossos d o barão, q u e f i cam

n u m a cr ipta m o r t u á r i a ) , não t e m t i tu lo d e nobre/a . E m

busca d e prest íg io social , t e n t a casar o filho, M a r t i n o ( J o s é

W i l k e r ) , c o m Isabel ( D i n a S f a t ) , u m a das b isnetas tio

barão . U m n e t o gerado p e l o s dois é sua única c h a n c e d e

c o n s e g u i r o r e s p e i t o da alta s o c i e d a d e paul is tana .

Carmem Silva < • Paulo Gracindo como o casal Melica e Antenor, cujos filhos também enfrentam dificuldades financeiras e vivem o dilema entre abrigar os pais ou interná-los em um asilo.

A nove la exp lo rou o amor p ro ib ido en t re o mu l a to O m a r e Zi lda (G rac indo J ú n i o r e Sandra Bréa) , bisneta do barão d e J a r aguá . 0 rapaz é c o n s t a n t e m e n t e h u m i l h a d o por A n t e n o r ( Pau lo Grac indo ) por ser f i lho d e S e ­nhor i ta (Chica Xav ier ) , ex-escrava da fazenda d e seu pa i .

Gracindo Júnior e Sandra Bréa:preconceito.

O Semideus ni i l.ini'fi-1 Lin / ' idyl l i I Limei I illio i 'W.il l i ' i Av.iiu mi Supervisão: Daniel I illio === 20 ago 1973-7 mai 1974 > .'Uli >»• ••!

framade suspense reuniu os dois i .•% galas da época: Tarcísio Meira

e liancisco Cuoco.

lus t r ia l m i l i o n á r i o H u g o L e o n a r d o

I I ih i s i o M e i r a ) d e s a p a r e c e d e p o i s d e

i n i s t e r i o s o a c i d e n t e d e l a n c h a . O

i i i i i i i , i i n ã o p a s s a d e u m a m a n o b r a d e

i 119 i n i m i g o s p a r a t o m a r s e u i m p é r i o .

I I' s s u b s t i t u e m o e m p r e s á r i o p e l o sós ia

R a u l ( t a m b é m

T a r c í s i o M e i r a ) ,

q u e a s s u m e s u a

i d e n t i d a d e e s e u s

n e g ó c i o s . S o m e n t e

o j o r n a l i s t a A l e x

À S P R E S S A S

A nove la foi escrita e m t e m p o recorde para substituir Cidade Vazia, cuja s inopse, t a m b é m d e autoria d e J a n e t e Clair, fora v e t ada pela Censura Federa l . Essa t rama foi re formulada e exibida pos te r i o rmente c o m o n o m e d e Togo sobreTerra (1974).

G a r c i a ( F r a n c i s c o C u o c o ) e A n g e l a

( G l ó r i a M e n e z e s ) , n a m o r a d a d e H u g o ,

s u s p e i t a m d e q u e há a l g o e r r a d o . A

h i s t ó r i a g a n h a u m n o v o r u m o q u a n d o o

v e r d a d e i r o 1 l u g o r e a p a r e c e , c o m o r o s t o

d e f o r m a d o p e l o a c i d e n t e .

Supermanoela ni. Walther Negrão Direção:Reynaldo Boury Supervisão:Daniel Filho E—21 jan-29jun 1974 í>19h Mj¡138

Unta generosa empregada doméstica encontra no amor a chance de seguir • na própria vida.

A viúva C a r o l i n a ( Z i l k a S a l l a b e r r y )

e n f r e n t a d i f i c u l d a d e s financeiras e d e c i d e

d e s p e d i r a e m p r e g a d a M a n o e l a ( M a r í l i a

P ê r a ) . M a s a m o ç a se d i s p õ e a t r a b a l h a r

. lê g r a ç a e a i n d a s u g e r e q u e a p a t r o a a lu ­

ne os q u a r t o s v a z i o s da c a s a p a r a p a g a r

na h i p o t e c a . O s i n q u i l i n o s s ã o q u a t r o

e s t u d a n t e s q u e e s t ã o n o R i o d e J a n e i r o

para p r e s t a r o v e s t i b u l a r . M a n o e l a se e n ­

vo lve c o m M a r c e l o ( P a u l o J o s é ' ) , a m i g o

d o s r a p a z e s , e f i n a l m e n t e c o m e ç a a v i v e r

a p r ó p r i a v ida . A

n o v e l a foi i n s p i r a d a

na p e ç a O Sobrado,

d e W a l t h e r N e g r ã o .

éA «

m

r

Os personagens de Marília Pêra e Paulo José ganha­ram temas próprios:"Manoela"de Rildo Hora, e "Marcelo, o Belo" executado pelo Coral Som Livre.

Zilka Sallaberry caracterizada como a viúva Carolina.

Autoria: Dias Gomes Direção: Régis Cardoso 5uperWsão:Danlel Filho = = I 'abi l-'nov 19/4 O . ' . ' h j f f i l I ?

0 E s p i g ã o inovou ao tratar da qualidade de vida e denunciar, com humor, a expansão imobiliária desenfreada.

L a u r o Fontana ( M i l t o n M o r a e s ) ,

b e m - s u c e d i d o e m p r e s á r i o t io

r a m o ' h o t e l e i r o , c o m p e n s a o

p a s s a d o m i s e r á v e l c o m del í r ios

d e g r a n d e z a e f a s c í n i o p e l a

t e c n o l o g i a . S e u g r a n d e p r o j e t o

é c o n s t r u i r e m B o t a f o g o , n a

Z o n a S u l d o R i o d e J a n e i r o , o

F o n t a n a Sky, p r é d i o d e 5 0 a n d a r e s a p e ­

l idado " e s p i g ã o " . Para t a n t o , e l e p r e c i s a

t o m a r p o s s e da área v e r d e o n d e m o r a m

os i r m ã o s C a m a r á , ú n i c a h e r a n ç a d e i x a d a

p e l o a d v o g a d o M a r t i n i a n o Pedreira ( I b a -

n e z F i l h o ) , q u e , e m seu le i to d e m o r t e ,

p e d i u a p r e s e r v a ç ã o da p r o p r i e d a d e . A l é m

disso, F o n t a n a e n f r e n t a as cr í t i cas d e d e ­

fensores d o m e i o a m b i e n t e , e n t r e e les L é o

( C l á u d i o M a r z o ) , q u e t e m e a d e v a s t a ç ã o

q u e a c o n s t r u ç ã o p r o v o c a r i a . A novela

t a m b é m a b o r d o u o t e m a ria i n s e m i n a ç ã o

artif icial , n o v i d a d e da m e d i c i n a na é p o c a :

C o r d é l i a (S t i e ly F r a n c o ) , m u l h e r d e

1 ,auro, r e c o r r e à t é c n i c a p o r q u e o m a r i d o

é estéri l e a tenta t iva d e a d o t a r o filho d e

D o r a ( D é b o r a D u a r t e ) , u m a j o v e m m ã e

solteira , a c a b a n ã o

se c o n c r e t i z a n d o .

O e m p r e s á r i o se

e n v o l v e ainda c o m

L a z i n h a C h a v e

Lauro Fontana (Milton Moraes), que foi criado em orfanatos e reformatorios e vivia de trabalho informal, aplica o golpe do baú em Cordélia (Suely Franco) e assume os negócios do sogro.

A M B I E N T E H I G H - T E C H

Para caracter izar a a tmosfera d e sof ist icação

t ecno lóg i ca q u e cercava o protagon is ta , a T V

G l o b o i m p o r t o u dos Estados Un idos ícones

d e m o d e r n i d a d e à época : um super-relógio

digi ta l d e mesa , q u e exibia as horas e m vár ios

pa íses ; u m apa re lho q u e func ionava c o m o

rádio, abr idor d e cartas e a p o n t a d o r d e lápis;

uma escova d e den tes elétr ica, que , a d a p t a ­

da, v irava u m secador d e cabe los ; u m par de

ócu los c o m p e q u e n o s para-brisas nas lentes

e out ro c o m dois mini-holofotes.

d e C a d e i a ( B e t t y Far ia) , l íder de u m a

q u a d r i l h a d e assaltantes . C o m a novela ,

o e m p r e g o da palavra " e s p i g ã o " c o m o

s e n t i d o d e " p r é d i o d e a p a r t a m e n t o s m u i t o

a l t o " g a n h o u registro n o dic ionár io .

N E U R O S E S E M F A M Í L I A

Os i rmãos Camará são che ios d e idiossincrasias. A v iúva Urânia ( W a n d a Lacerda , dir.); o bo tân i co Baltazar, o Tatá (Ary Fontoura , dir.), que é s exua lmen te repr imido e co lec iona m e c h a s d e cabe los d e mu lhe res ; e a qua ren tona v i r gem Tina (Susana Vieira, cent ro ) lu tam contra Marc i to (Carlos Edua rdo Dolabe l la , esq.), o ún i co i rmão a favor da v e n d a do casarão. Espéc ie d e d o n J u a n m o d e r n o , e le sonha gastar o d inhe i ro c o m mulheres . Apesa r d e tan ta resistência, Lauro Fontana (Mi l ton Moraes ) sai v i tor ioso.

Fogo sobre Terra l h'C lalr D/reçdo:Walter Avancini Supervisão:Daniel Filho « ¡ 6 mal 1974-4jan 1975 © 2 0 h Ü 2 0 9

i m i o s o b r e Terra exibia os conflitos entre

modernidade urbana e a tradição rural.

i lois i r m ã o s s e p a r a d o s n a i n f â n c i a se

i h u n i r a m 3 0 a n o s d e p o i s , n a fictícia

I h v i n e i a , e se t o r n a m rivais : o e n g e -

nheiro D i o g o ( J a r d e l F i l h o } c h e f i a a

I i n s t r u ç ã o d e u m a r e p r e s a n a c i d a d e ; j á

Pedro A z u l ã o ( J u c a d e O l i v e i r a ) i n c i t a

i p o p u l a ç ã o a se i n s u r g i r c o n t r a a o b r a .

A m b o s d i s p u t a m o a m o r d e C h i c a M a r ­

t i n s ( D i n a S f a t ) ,

a t é q u e P e d r o se

a p a i x o n a p e l a

j o v e m B á r b a r a

( R e g i n a D u a r t e ) ,

A G U A S O B R E D I V I N E I A

A Censura Federal exigiu a l te rações nos cap í ­

tu los e m q u e Ped ro Azu lão c o n c l a m a o p o v o

a pega r e m armas para de f ende r Div ine ia .

Imped iu a inda q u e o p e r s o n a g e m morresse

du ran te a i nundação da c idade , para ev i tar

q u e virasse mártir. J a n e t e Clair inseriu na his ­

tória a pr isão d e Pedro Azu lão , m a s m a r c o u

sua pos ição fazendo Nara {Neuza Amara l ) , tia

d e Pedro e D iogo, persistir no pro tes to contra

a represa e morrer a fogada .

v í t i m a d e c e g u e i r a p s i c o l ó g i c a . N o

ú l t i m o c a p í t u l o , D i v i n e i a é c o b e r t a p e l a s

á g u a s d o r io .

Corrida do Ouro autoria:Lauro César.Munlz Co/ofaoração:Gilberto Braga D/>eção.'Reynaldo Boury Supervisão:Daniel Filho =I=lajul 1974-25jan 1975 4>19h B Ü 1 7 R

i omédia que começava com um enigmático testamento criticou a !>usca alucinada por dinheiro.

I l m e x c ê n t r i c o m i l i o n á r i o m o r r e e d e i x a

par te d e sua f o r t u n a p a r a c i n c o m u l h e ­

res: I sadora ( S a n d r a B r é a ) , T e r e s a ( A r a c y

l a l a b a n i a n ) , llka ( M a r i a L u i z a C a s t e l l i ) ,

G i l d a ( C é l i a B i a r ) e Patr íc ia ( R e n a t a

S o r r a h ) . Para r e c e b e r a h e r a n ç a , c a d a

m o ç a d e v e a t e n d e r a u m a e s t r a n h a

e x i g ê n c i a d o f a l e c i d o . S e d e n t r o d e u m

a n o a l g u m a delas d e s -

c u m p r i r o trato , t o d a s

s e r ã o d e s e r d a d a s . U m

dos p e r s o n a g e n s de

m a i o r s u c e s s o fo i

Kik i V a s s o u r a d a (Z i lka S a l l a b e r r y ) , q u e

a b a n d o n a r a a filha p e q u e n a p a r a sair p e l o

m u n d o e m sua m o t o .

As cinco herdeiras: Renata Sorrah (esq.), Aracy Balabanian, Maria Luiza Castelli, Sandra Bréa e Célia Biar.

O Rebu Autoria: Bráulio Pedroso Direção: Walter Avancini e Jardel Mello Supervisão: Daniel Filho 1114nov 1974-11 ab r i975 » 2 0 h SÉ 112

Ousada novela policial entrou para a história da teledramaturgia brasileira ao situara trama em apenas 24 horas.

E m s u a m a n s ã o n o A l t o da B o a V i s t a

( R J ) , o b a n q u e i r o C o n r a d M a h l e r ( Z i e m -

b i n s k i ) o f e r e c e u m a fes ta p a r a r e c e p c i o ­

n a r u m a p r i n c e s a i ta l iana . A o a m a n h e c e r ,

h á u m c a d á v e r b o i a n d o , d e b r u ç o s , na pis­

c i n a . A l é m d e d e s c o n h e c e r a i d e n t i d a d e

d o assass ino e a r a z ã o d o c r i m e , o p ú b l i c o

t a m b é m n ã o sabia

q u e m t i n h a s ido

assass inado. E n t r e

os 2 4 c o n v i d a d o s

- t o d o s s u s p e i t o s ,

ass im c o m o o

p r ó p r i o anf i t r ião - , e s t ã o B o n e c o ( L i m a

D u a r t e ) , l adrão paul is ta q u e e n c o n t r a o

c o n v i t e da lesta d u r a n t e u m assa l to e se

faz p a s s a r p o r u m industr ia l i t a l i ano para

r o u b a r o b a n q u e i r o ; o m i l i o n á r i o Braga

(.losé L e w g o y ) e sua e s p o s a , Lídia ( A r l e t e

S a l l e s ) ; e l .a io ( C a r l o s V e r e z a ) , i n d u s ­

trial aut i s ta c a s a d o c o m M a r i a H e l e n a

( M a r i a C l á u d i a ) . A nove la a p r e s e n t o u

O B A N Q U E I R O E 0 L A D R Ã O

A a tuação d e Z iembinsk i (esq.) foi e log iada pela crít ica: seu p e r s o n a g e m , Con rad M a h ­ler, v iv ia p r o v o c a n d o o ladrão B o n e c o (L ima Duar te ) c o m pe rgun tas sobre negóc ios e se d i ve r t i ndo c o m as ment i ras g u e e le era ob r i ­g a d o a improv isar para man te r seu disfarce.

u m a narrat iva inovadora , c o m a a ç ã o se

d e s e n v o l v e n d o e m três t e m p o s dis t intos :

as inves t igações da pol ic ia ; flashbacks d e

e v e n t o s o c o r r i d o s d u r a n t e a lesta; e a c o n ­

t e c i m e n t o s r e l a c i o n a d o s ao passado dos

personagens . A j o v e m dupla Raul S e i x a s

e Paulo C o e l h o assinou a maior ia das 1 4

c a n ç õ e s da tr i lha sonora n a c i o n a l .

Bete Mendes (com Buza Ferraz) no cenário da festa onde ocorre o crime: corte de cabelo, curto e realçado com gel, fez muito sucesso.

H O M E M O U M U L H E R ?

U m a br incadeira ocorr ida

na festa, q u a n d o a lgumas

mulheres co r t am os cabe los

e ves t em roupas mascul inas,

foi decisiva para man te r o

suspense e m to rno da i den ­

t idade da v í t ima, q u e podia

ser h o m e m o u mulher . No

ú l t imo capí tu lo, revelou-se

q u e o co rpo encon t r ado na

piscina era da j o v e m Silvia

(Bete Mendes ) , assassinada

por Conrad Mah le r ( Z i e m ­

binski) por c iúmes d e Cauê

(Buza Ferraz), seu p ro te ­

g ido, n u m a ins inuação d e

homossexua l i smo.

Escalada i Muni/ D/fieçáaRégis< ardoso 5upervlsâo:D ===6jan-26agol975 © 2 0 h É È l

n-la •.(• desenrolava por três • lo:, l<>( ando momentos da <i I H do Brasil como a crise do

.. ile e a construção de Brasília.

[o mu io i los a n o s 4 0 , A n t ô n i o

lias ( T a r c í s i o M e i r a ) c h e g a a

• Pai do, n o i n t e r i o r p a u l i s t a ,

l nu na i n i m i g o d o p o d e r o s o

li u l t o r A r m a n d o A l c â n t a r a

i li l i ado ( M i l t o n M o r a e s ) . O

i ipuz se a p a i x o n a p o r M a r i n a

Renée cie V i e l m o n d ) , m a s o

i i m a n c e é p r o i b i d o p o r A r m a n -

M m ã o d a j o v e m . D e s i l u ­

di, lo, A n t ô n i o se c a s a c o m a

e n d e i r a C â n d i d a ( S u s a n a

\ l e i r a ) . C o m a c r i s e m u n d i a l

a fé , e l e c o m e ç a a p l a n t a r

l l g o d ã o , m a s a c a b a f a l i n d o e é

f o r ç a d o a v e n d e r a f a z e n d a e as

[erras ao i n i m i g o . E m m e a d o s

dos a n o s 5 0 , n o R i o d e J a n e i r o ,

A n t ô n i o se t o r n a u m e m p r e s á ­

rio a m a r g u r a d o e se d i v o r c i a d e

( ã n d i d a , e s t i m u l a n d o o d e b a t e

Sobre o t e m a , n a é p o c a o b j e t o

de d i s c u s s ã o n o C o n g r e s s o N a c i o n a l -

a Le i d o D i v ó r c i o ser ia a p r o v a d a d o i s

a n o s d e p o i s . O p r o t a g o n i s t a i n i c i a s ua

a s c e n s ã o s o c i a l

a o v i rar s ó c i o d o

i n d u s t r i a l i t a l i a n o

V a l é r i o F a c h i n i

( S é r g i o B r i t t o )

Renée de Vielmond como Marina, que é obrigada a abrir mão de seu amor, Antônio Dias (Tarcísio Meira).

e p a r t i c i p a r da c o n s t r u ç ã o d e B r a s í l i a .

A n t ô n i o e n r i q u e c e e r e t o m a o r o m a n c e

c o m M a r i n a , m a s q u e r v i n g a n ç a . C o m

7 0 a n o s , c o n s e g u e , finalmente, a r r e m a t a r

as t e r r a s d e A r m a n d o .

B R A S Í L I A E M O B R A S " .* • %> "M wtBSSSSkMÊer-

• X 3 J Ê F

Isolado, ent re máqu inas , c a m i n h õ e s e a v e ­g e t a ç ã o d o cerrado, A n t ô n i o Dias (Tarcísio Me i ra , fo to ) se ded ica a a t ende r às d e m a n d a s d e projetos na futura capi ta l federa l , c o m o admin i s t rador da sucursal da O b r a d e c , e m Go iás . Por impos i ção da Censura Federa l , o n o m e do e n t ã o pres idente da Repúb l i ca , J u s ­ce l ino Kubi tschek, não p ô d e ser m e n c i o n a ­d o na nove la .

Gabriela Autoria: Walter George Durst Direção: Walter Avancini e Gonzaga Blota Supervisão: Daniel Hlho

l | j j l 4ab r-24out 1975 © 2 2 h M|l35

Universo de Jorge Amado conquistou o público ao misturar sensualidade e discussão sobre questões políticas e sociais.

P r o d u z i d a p a r a c o m e m o r a r os

d e z a n o s da T V G l o b o , essa

a d a p t a ç ã o l ivre d e W a l t e r G e o r g e

D u r s t d o r o m a n c e Gabriela,

Cravo e Canela ( 1 9 5 8 ) , d e J o r g e

A m a d o , c o n s a g r o u S ô n i a B r a g a ,

n o p a p e l - t í t u l o , c o m o s í m b o l o

s e x u a l . G a b r i e l a é u m a v í t i m a

da h i s t ó r i c a s e c a d e 1 9 2 5 , q u e

o b r i g o u as p o p u l a ç õ e s f a m i n t a s

d o N o r d e s t e a t u g i r para o l i tora l .

N a n o v e l a , o d e s t i n o é I l h é u s , n a

B a h i a , r e g i ã o e m e x p a n s ã o g r a ç a s

a o p l a n t i o e c o m é r c i o d e c a c a u .

D o n a t u r e z a l ivre o i m p u l s i v a ,

G a b r i e l a c o n s e g u e t r a b a l h o c o m o

c o z i n h e i r a na c a s a d o " t u r c o "

N a c i b ( A r m a n d o B ó g u s ) , c o m

q u e m v ive u m a s e n s u a l h i s t ó r i a

d e a m o r . f i c o u f a m o s a a c e n a e m

q u e ela s o b e n o t e l h a d o d e u m a

c a s a p a r a p e g a r u m a p i p a , u s a n d o

u m v e s t i d o c u r t o , e a t i ç a a f a n t a ­

sia cios h o m e n s , e n q u a n t o N a c i b

m o r r i . ' do c i ú m e s . G a b r i e l a a c a b a

c a i n d o na lábia d e T ó n i c o B a s t o s

( F ú l v i o S t e f a n i n i ) , u m d o n J u a n

c a n a s t r ã o . D o n o d o c a r t ó r i o d a c i ­

d a d e , e l e seduz, m u l h e r e s s o l t e i r a s

o c a s a d a s o d e s d o b r a - s e e m Sônia Braga c Armando Bógus: romance sensual inspirada em livro de Jorge Amado.

0 B A T A C L A N

F r equen t ado por q u a s e t o ­dos os h o m e n s de I lhéus, o Ba tac lan era o caba ré d e Maria Machadão (Eloísa Ma ­f a lda ,esq . ) , an imado p o r d i -versas"rapar igas ' , 'entre e las a sua favori ta, a a t rev ida Zaro lha (Dina Sfat, dír.).

Ill M lllpilN o 1111 -111 I I . I'. p.ll.l .1 1'spilNU,

i I n u m n l . i I >11.i ( A n g o l a I , c . i l )

11 .ih. , M i i I r c labr iola i u m T ó n i c o Ó

In 11 g o l p e I nu a N a i il\ n i a s rir a

11 l i i.i A n o v e l a t a m b é m a b o r d o u

i 11a i i ' , 11 i r m a r o o s n o s c o s t u m e s da

ii iodado p a t r i a r c a l , c u j o m a i o r r e p r e -

n i . i i i l e , na t r a m a , é o c o r o n e l R a m i r o

i I n ' . ( P a u l o G r a c i n d o ) , f a z e n d e i r o

• 11 i i • d o m i n a a r e g i ã o h á a n o s , r e e l e -

iii In p o l í t i c o s à c u s t a d e e l e i ç õ e s

f raudadas . Q u e m f a z o c o n t r a p o n t o

i i t i t o r i d a d e d o c o r o n e l é o j o v e m

• i l o r t a d o r d e c a c a u M u n d i n h o F a l c ã o

I li isé W i l k e r ) , i d e a l i s t a q u e se al ia à

• I ii i s i ção c o m v i s t a s à r e n o v a ç ã o p o l í t i c a

i l i l e g i ã o . A r i v a l i d a d e é a c i r r a d a q u a n d o

M u n d i n h o se a p a i x o n a p o r J e r u s a ( N í v e a

[' l . i r ia) , n e t a d o c o r o n e l . A e n t r a d a

i Ir M u n d i n h o n a n o v e l a p r o v o c o u m u ­

d a n ç a s n a l i n g u a g e m c ê n i c a : as t o m a d a s

g a n h a r a m m o b i l i d a d e

e m o p o s i ç ã o à c â m e r a

fixa, q u e d e n u n c i a v a

os p a d r õ e s a r c a i c o s

d o c o r o n e l i s m o . A

m o r t e d o c o r o n e l

Com ideias progressistas, Mundinho Falcão (José Wilker, esq.) se torna rival do corrupto coronel Ramiro Bastos (Paulo Gracindo).

T R I L H A S O N O R A

A trilha sonora d e Gabriela, p roduz ida por

G u t o Graça Mel lo , era c o m p o s t a por 12 c a n ­

ções inédi tas , g ravadas por g randes n o m e s

da M P B . O produtor t a m b é m f icou responsá ­

ve l por uma trilha c o m p l e m e n t a r , q u e rece ­

b e u o t í tu lo d e Uma Noite no Bataclan. Na tr i ­

lha pr inc ipa l , Dor iva l C a y m m i ass inou o t ema

d e aber tura , " M o d i n h a para Gabr ie l a " c o m

interpre tação d e Ga l Costa; "A legre m e n i n a "

p o e m a escr i to por J o r g e A m a d o c o m música

d e Dori C a y m m i , f o i can tada por D javan .

• "Coração a t e u " : d e Sue l i Costa, can tada

por Mar ia Bethân ia

• "Gui tarra ba iana" : Mo raes More i ra

• " Q u e r o ver subir, que ro ver descer " :

c o m arranjo e a d a p t a ç ã o d e D.P. e

R. San tana , na voz d e Wa l t e r Que i roz

• "Horas " : de Dor iva l C a y m m i . c o m

in te rpre tação d o Q u a r t e t o e m Cy

• " S ão J o r g e dos I lhéus" : A l c eu Va lença

• "F i lho da Bahia" : d e Wa l t e r Que i roz ,

in terpretada por Fafá d e B e l é m

• "Caravana" : d e Gera ldo A z e v e d o e A lceu

Va lença , can tada por Ge ra ldo A z e v e d o

• " Po r to " : d e Dori C a y m m i , na voz d o M P B 4

• "Ret i rada" : E lomar

• "Doces o lheiras" : d e J o ã o Bosco e Aldir

B lanc, can tada por J o ã o Bosco

• " A d e u s " : d e Dor iva l C a y m m i , na voz

d e Walker .

O personagem de Fúlvio Stefanini, Tónico Bastos: discursos em defesa de órfãos e viúvas.

R a m i r o B a s t o s , n o final da t r a m a , d e i x a u m a e s p e r a n ç a

d e r e n o v a ç ã o p o l í t i c a e m i l h é u s , m a s , na ú l t i m a c e n a

da n o v e l a , M u n d i n h o F a l c ã o a p a r e c e t o d o v e s t i d o d e

b r a n c o , s e n d o s a u d a d o p e l a s b a i a n a s q u e b e i j a m s u a

m ã o e m p r a ç a p ú b l i c a , u m g e s t o t í p i c o d e r e v e r ê n c i a

aos c o r o n é i s da r e g i ã o . A l u t a d a s m u l h e r e s p a r a se

l i b e r t a r e m d o j u g o p a t r i a r c a l fo i m o s t r a d a p o r m e i o

d a r e c u s a d e M a l v i n a ( E l i z a b e t h S a v a l a j a a c e i t a r u m

c a s a m e n t o a r r a n j a d o p e l o s pa i s . C o m a t i t u d e s o u s a d a s

p a r a a é p o c a , e la v ive u m r o m a n c e c o m u m h o m e m

d e s q u i t a d o , o g a l a n t e R ó m u l o V i e i r a ( M a r c o s P a u l o ) ,

e c h e g a a a b a n d o n a r t u d o p a r a f u g i r c o m e l e ,

q u e , n o e n t a n t o , n ã o vai a o s e u e n c o n t r o .

A n o v e l a g a n h o u u m a c i d a d e c e n o g r á f i c a

cpie e ra u m a r é p l i c a d e I l h é u s b a s e a d a

e m d e s e n h o s d o a r t i s t a p l á s t i c o C a r y b é ,

q u e , a s s i m c o m o A l d e m i r M a r t i n s ( a u t o r

d o s d e s e n h o s d a a b e r t u r a ) , i l u s t r o u

v á r i a s o b r a s d e J o r g e A m a d o .

N A C H U V A E N U S

A cena e m q u e J u ca V iana ( Pedro Pau lo R a n ­

gel) e Ch iqu inha (Cidinha Mi lan ) , a m a n t e do

corone l Cor io lano (Rafael de Carva lho ) , são

a t i rados à rua c o m p l e t a m e n t e nus, escorra ­

ç ados pe los j a g u n ç o s do corone l e hum i l ha ­

dos pela popu l a ção . sob chuva , fo i cons ide ra ­

da for te dema i s para os padrões da Censura

Federa l . Para exibi-la, o diretor Wa l t e r A v a n c i ­

ni t e ve d e gravar as t o m a d a s a d is tânc ia .

A ;XI/XÍI<> • I Mim. Iinln i I il> .1.1 (losé Wílker) por Jerusa (Nívea Maria) enfurece o c o r o n í l Ramiro Bastos (Paulo Gracim l> 1), avô da jovem.

S U C U P I R A , 4 0 G R A U S

Havia poucos d a d o s sobre

c o m o era a I lhéus d e 1925.

A figurinista Marí l ia Car­

neiro ent rev i s tou o escritor

J o r g e A m a d o e moradores

da c idade para concebe r

o f igur ino da nove la , mas

t a m b é m usou sua imag ina ­

ção. As mu lheres ricas, por

exemp lo , t i n h a m u m estilo

p i toresco: i m p o r t a v a m ca­

sacos de pe le da Europa,

para usarem sob uma t e m ­

peratura d e q u a s e 40 graus,

e exage r a vam nos ané is .

O cabelo de Malvina, interpretada por Elizabeth Savala, foi copiado pelas telespectadoras: visual a la Chanel.

Cuca Legal Hey / 'ih '¡t i it I i Kw.ili Ii 11 c li iic 'in i Su/immiii 1.1 m i in'I I HI i " === 27 jan 13 jun 1975 9 1 9 h ; »118

| toma apresentava as aventuras de • n u i. li ¡i que queria ter um filho

uma "cuca legal"

I n i i iitn Legal, b a s e a d a n a p e ç a Boeing-

ng, d o f r a n c ê s M a r e C a m o l e t t i , o

I M O a v i a d o r M á r i o ( F r a n c i s c o C u o -

•I t e m I r e s n o i v a s : V i r g í n i a ( F r a n ç o i s e

11' 111), I r e n e ( S u e l y F r a n c o ) e F á t i m a

á M a g a l h ã e s ) . E l e a c r e d i t a a m a r

t rês e, p a r a e v i t a r q u e u m a s a i b a da

• r . i n i c i a da o u t r a , c o n t a c o m a a j u d a

d o a m i g o J a c a r é

( H u g o C a r v a n a ) .

A p r o d u ç ã o i n o ­

v o u c o m c e n á r i o s

m ó v e i s q u e p e r ­

m i t i a m a u t i l i z a -

N O V O PAR R O M Â N T I C O

Dias antes d e Cuco Legal estrear, foi ao ar u m a c h a m a d a da nove la e m q u e a p a r e c i a m apenas as cabeças b rancas d e do is atores conve r sando . O casal , a n u n c i a d o c o m o o n o v o par românt i co da nove la das 19h, era Aure l i ano (Már io Lago) e Da lva (Elza G o m e s ) , m ã e d o protagon is ta . Aure l iano, q u e se c o m ­porta c o m o se v ivesse nos anos 30, e Dalva , uma conse lhe i ra amorosa , n u t r e m u m a m o r p la tôn ico na terceira idade .

ç ã o d e u m a q u a r t a p a r e d e - e m v e z d e

t rês , c o m o era c o m u m . T o d o o a m b i e n t e

e m e s t ú d i o p o d i a s e r f o c a l i z a d o , o q u e

fac i l i tava o m o v i m e n t o d a s c â m e r a s e o

a n d a m e n t o das g r a v a ç õ e s .

Helena li rio.Gilberto BragaD/reçõo:Herval Rossano =—5-30mai 1975 ® 1 8 h l 5 |

l l e l e n a inaugurou o horário das 18h / U R R A adaptações de clássicos da literatura brasileira.

\ n o v e l a se b a s e a v a e m r o m a n c e

l i o m ô n i m o d e M a c h a d o d e A s s i s e

a a m b i e n t a d a n o R i o d e J a n e i r o ,

e m 1 8 5 9 . N a t r a m a , a l e i t u r a d o t e s t a ­

m e n t o d o c o n s e l h e i r o V a l e s u r p r e e n d o

Seu f i l h o , E s t á c i o ( O s m a r P r a d o ) , e a

tia d o r a p a z , Ú r s u l a ( I d a G o m e s ) , p o i s

e l e d e i x a p a r t e d a h e r a n ç a p a r a H e l e n a

( L ú c i a A l v e s ) , u m a filha a t é e n t ã o d e s ­

c o n h e c i d a . D e i x a t a m b é m i n s t r u ç õ e s

p a r a q u e e l a s e j a

a c o l h i d a p e l o s

p a r e n t e s . E s t á c i o

l e v a a m o ç a p a r a

a c h á c a r a da

f a m í l i a e, e m b o r a

n o i v o d e E u g ê n i a ( Â n g e l a V a l é r i o ) ,

a p a i x o n a - s e p e l a s u p o s t a i r m ã . A n o ­

v e l a , g r a v a d a e m 1 2 dias , e s t r e o u c o m

t o d o s o s c a p í t u l o s finalizados.

J20

HCLCM

Osmar Prado e I úcia Alves: no final. Helena revela não ser filha legítima do conselheiro.

O Noviço Autoria: Mário Lago Direção. Herval Rossano H ¡ 2 - 2 7 j u n 1975 © I 8 H I 5 Mil 70

Adaptação da comédia teatral homônima de Martins Penna tinha como pano de fundo o Rio de Janeiro do séc.XIX.

D e o l h o na h e r a n ç a da v i ú v a F l o r ê n c i a

( I s a b e l R i b e i r o ) , o v igar i s ta A m b r ó s i o

( J o r g e D ó r i a ) a c o r t e j a e t r a t a d e t i r a r

s e u s h e r d e i r o s d o c a m i n h o , c o m o o

s o b r i n h o d e c r i a ç ã o C a r l o s ( P e d r o P a u l o

R a n g e l ) , l o g o e n v i a d o p a r a u m c o n v e n ­

to . O s d o i s filhos da v iúva , J u c a ( F á b i o

M a s s i m o ) e E m í l i a

( M a r i a C r i s t i n a N u ­

n e s ) , s ã o a m e a ç a d o s

O NOUIÇO

O noviço U a inlt •ipielado fxn Pedro Paulo Rangel.

c o m o m e s m o d e s ­

t ino . C a r l o s se t o r n a

n o v i ç o , m a s , s e m

n e n h u m a v o c a ç ã o ,

i n f e r n i z a a vida d o s frades. A t é q u e c o n ­

s e g u e d e s m a s c a r a r A m b r ó s i o e se c a s a r

c o m E m í l i a . O m a e s t r o J u l i o M c d a g l i a

c o m p ô s a l g u m a s d a s m ú s i c a s da t r i l h a

s o n o r a da n o v e l a , a ú n i c a ass inada p o r

M á r i o l . ago n a T V G l o b o .

Bravo! Autoria: Janete Cia © 1 9 f i Ü 1 9 8

! Gilberto Braga Direção: Fabio Sabag Supervisão:Daniel Filho === lõ jun 1975-31 jan 1976

B r a v o ! l e v o u aos telespectadores o universo da música erudita, através da história de um maestro.

O a m o r e n t r e C r i s t i n a ( A r a c y B a l a -

b a n i a n ) e C l ó v i s D i L o r e n z o ( C a r l o s

A l b e r t o ) , m a e s t r o a t o r m e n t a d o p e l a s

l e m b r a n ç a s da e s p o s a m o r t a e p e l a b u s c

d e sua o b r a - p r i m a , foi a p r e s e n t a d o e m

c i n c o p a r t e s q u e c o r r e s p o n d i a m aos

m o v i m e n t o s d e u m a s i n f o n i a : romanza,

adagio, allegro, juga e gran finale. M u i t o s

d o s c o n c e r t o s d e C l ó v i s foram

g r a v a d o s c o m a p a r t i c i p a ç ã o

da O r q u e s t r a S i n f ô n i c a Bras i ­

l e i ra . O r i e n t a d o p e l o m a e s t r o

J u l i o M e d a g l i a , c r i a d o r d o

A U T O R I A D I V I D I D A

J a n e t e Clair foi c o n v o c a d a às pressas para escrever Pecado Capital, e G i lber to Braga se ­gu iu soz inho e s c r e vendo Bravo! a té o c a p í t u ­lo f i n a l , com superv i são semana l da autora .

l e m a d e a b e r t u r a e dos arran jos da t r i lha

s o n o r a , C a r l o s A l b e r t o r e g e u s e m a a j u d a

d e duble. F a b i a n a ( N e u z a A m a r a l ) , i r m ã

d e C l ó v i s , s o f r e u m a c i rurgia na t r a m a e

c e n a s reais d e u m a o p e r a ç ã o

p lás t i ca a q u e a p r ó p r i a a tr iz

se s u b m e t e u foram levadas

a o ar p a r a d a r v e r a c i d a d e a o

e p i s ó d i o .

Senhora i h I lii. h m / ta v i , 1 I I n vai Ross, Si//»7wsiii> I J. >i ih -1 1 ill ii I HHH « I |i in 1 / out 1975 © 18h15 tS'80

Nu final da trama, Aurélia (Norma Blum) se surpreende 11 -mando (Cláudio Marzo):ele lhe devolve com juros

-In Unheiro e ela percebe que ainda o ama.

Vingança amorosa norteou a primeira tele­novela das 18h em cores, uma adaptação de romance homônimo de José de Alencar.

N o R i o d e J a n e i r o d o s é c . X I X , o

a m b i c i o s o j o r n a l i s t a F e r n a n d o S e i x a s

( C l á u d i o M a r z o ) t e r m i n a o r e l a c i o n a ­

m e n t o c o m A u r é l i a C a m a r g o

( N o r m a B l u m ) p a r a s e c a s a r c o m

a r i c a A d e l a i d e ( F á t i ­

m a F r e i r e ) p o r c a u s a

d e s e u d o t e . A o

c o m p l e t a r 1 8 a n o s ,

A u r é l i a h e r d a u m a

g r a n d e f o r t u n a e se

v i n g a t io rapa/., o l o r e c e n d o - l h e d i n h e i r o

p a r a q u e r o m p a c o m A d e l a i d e e s e c a s e

c o m e la s e m s a b e r sua i d e n t i d a d e . A

a d a p t a ç ã o d e G i l b e r t o B r a g a a p r e s e n t o u

u m a e s t r u t u r a s i m i l a r á d o r o m a n c e :

a l é m da d i v i s ã o da t r a m a e m t r ê s p a r t e s

- c o m u m a d e l a s n a r r a d a e m flashback -,

a l g u n s d i á l o g o s r e p r o d u z i r a m l i t e r a l ­

m e n t e o t e x t o o r i g i n a l .

s e m o r a

A Moreninha l i i l i r á : Marcos Rey Direção: Herval Rossano =§= 20 out 1975-6 fev 1976 © I 8 h l 5 | !79

A M o r e n i n h a evocava as mudanças ociopolíticas que marcaram o

Itio de Janeiro do final do séc.XIX.

< a r o l i n a ( N í v e a M a r i a ) , a j o v e m m a i s

i o r t e j a d a da i lha d e P a q u e t á , s o n h a r e e n -

• o n t r a r seu a m o r d e infância. Ida n ã o

imagina q u e e l e é A u g u s t o ( M á r i o C a r ­

d o s o ) , n o v o a m i g o d e s e u i r m ã o , Fe l ipe

( M a r c o N a n i n i ) , q u e gosta d e C l e m e n t i n a

( M a r i a C r i s t i n a N u n e s ) , a m i g a d e C a r o l i ­

na. M a s C l e m e n t i n a é a p a i x o n a d a p o r A u g u s t o

e a t r a p a l h a o r o m a n c e dos p r o t a g o n i s t a s . Essa foi a

s e g u n d a v e r s ã o da o b r a h o m ô n i m a d e J o a q u i m M a n u e l

d e M a c e d o f e i t a n a T V G l o b o . M a r c o s R e y l o c a l i z o u a

a ç ã o e n t r e 1 8 6 6 e 1 8 6 8 para r e m e t e r a f a t o s h i s t ó r i c o s

c o m o a G u e r r a d o Paraguai e a luta a b o l i c i o n i s t a . O

t e m a d e a b e r t u r a fo i c o m p o s t o p e l o m a e s t r o W a l t e l

B r a n c o e e x e c u t a d o p o r sua o r q u e s t r a .

Mário Cardoso e Nívea Maria: grava­ções na ilha de Paquetá ena cidade cenográfica de Barra de Guaratiba.

Autoria: Janete Clair Direção: Daniel Filho | = ¡ 2 4 n o v 1975-5 jul 1976 © 2 0 h 8 Ü I 6 /

Um dos grandes sucessos de Janete Clair, a novela trazia um herói pouco convencional que morre no fim da história.

Pecado Capital t r a t a v a c o m r e a l i s m o o

u n i v e r s o s u b u r b a n o c a r i o c a a p a r t i r d o

t r i â n g u l o a m o r o s o f o r m a d o p o r C a r l ã o

( F r a n c i s c o C u o c o ) , t a x i s t a às v o l t a s c o m

u m d i l e m a é t i c o ; S a l v i a n o L i s b o a ( L i m a

D u a r t e ) , u m indust r ia l v iúvo , r i c o e

s o l i t á r i o ; c L u c i n h a ( B e t t y F a r i a ) , j o v e m

p o b r e e i n g ê n u a , m a s a m b i c i o s a . C a r l ã o

é n o i v o t le L u c i n h a , u m a das t e c e l ã s da

f á b r i c a d e S a l v i a n o . E l e v i v e u m d r a m a

de c o n s c i ê n c i a d e p o i s q u e a s s a l t a n t e s

d e b a n c o e m fuga e s q u e c e m u m a m a l a

c o m d i n h e i r o e m s e u t á x i : n ã o s a b e se a

e n t r e g a â p o l í c i a , c o r r e n d o o r i s c o d e ser

a c u s a d o d e c ú m p l i c e d o r o u b o , o u se usa

o d i n h e i r o para r e s o l v e r s e u s p r o b l e m a s

p e s s o a i s . L u c i n h a é e s c o l h i d a para e s t r e ­

lar u m a c a m p a n h a

p u b l i c i t á r i a da

lúbr i ca e c o m e ç a

a fa/.er s u c e s s o

c o m o m o d e l o .

S u a c o n s e q u e n t e s o f i s t i c a ç ã o e o s c i ú m e s

e x a g e r a d o s d o r u d e C a r l ã o a a f a s t a m

c a d a v e z m a i s da r e a l i d a d e d o s u b ú r b i o ,

l e v a n d o - a a se e n v o l v e r c o m S a l v i a n o , Francisco Cuoco como Carlão: distante da imagem estereotipada de galã.

D I S C R I M I N A Ç Ã O

Negro , cu l to e bem-suce-d ido prof i ss iona lmente , o p e r s o n a g e m do psiquiatra Percival Garcia (M i l ton G o n ­çalves) r ep resen tou uma tentat iva d e J a n e t e Clair d e c h a m a r a a t e n ç ã o para a d i sc r iminação racial no Brasi l . A autora ensa iou o início d e u m r o m a n c e en t re o m é d i c o e Vitória (Theresa A m a y o ) , filha mais ve lha d e Sa l v i ano . C o m o o púb l i co reagiu ma l , a ideia foi a b a n ­d o n a d a .

Milton Gonçalves, o psiquiatra Percival.

i ii ii q u e m a c a b a se a p a i x o n a n d o . E n c i u ­

m a d o , C a r l ã o c o m p r a u m a f r o t a d e U x i s , d á i n í c i o à s u a a s c e n s ã o s o c i a l

c o r n o e m p r e s á r i o , a j u d a m o r a d o r e s d e

sua c o m u n i d a d e e s e c a s a c o m E u n i c e

( R o s a m a r i a M u r t i n h o ] , e x - a m a n t e d e

i i i i i d o s a s s a l t a n t e s . L u c i n h a e S a l v i a n o ,

p o r s u a v e z , e n f r e n t a m a r e s i s t ê n c i a d o s

•eis filhos d o i n d u s t r i a l p a r a c o n c r e t i z a r

S e u a m o r . O r o m a n c e d a e x - o p e r á r i a

c o m o a n t i g o p a t r ã o c o n q u i s t o u o

p ú b l i c o , f a z e n d o c o m q u e a a u t o r a m u ­

d a s s e o final p r e v i s t o na s i n o p s e . C a r l ã o

r e s o l v e d e v o l v e r t o d o o d i n h e i r o r o u b a ­

d o , m a s , n o ú l t i m o c a p í t u l o , p e r s e g u i d o

p e l o s a s s a l t a n t e s d o i n í c i o da h i s t ó r i a ,

c a i m o r t o , a g a r r a d o à m a l a , e m c e n a

a n t o l ó g i c a g r a v a d a n o c a n t e i r o d e

o b r a s d o m e t r ô d o l a r g o da C a r i o c a ,

n o C e n t r o d o R i o d e J a n e i r o . A m ú s i c a

Salviano (Lima Duarte): filhos não aprovam seu romance com Lucinha (Betty Faria), bem mais jovem que ele e de outra classe social.

d e a b e r t u r a fo i e n c o m e n d a d a a t r ê s

c o m p o s i t o r e s . A e s c o l h i d a , q u e g a n h o u

o t í t u l o d a n o v e l a , fo i c o m p o s t a e

g r a v a d a p o r P a u l i n h o da V i o l a e m c e r c a

d e 2 4 h o r a s .

F I G U R I N O S R E A L I S T A S

Pecado Capital trazia imagens gravadas nos bairros cariocas do Meier e do Catete e nos trens urbanos, a lgo até então inédito e m nove ­las. A l inguagem realista t a m b é m foi adotada nos figurinos: roupas novas foram trocadas por velhas c o m os próprios moradores d o subúrbio onde grande parte da novela foi gravada.

Sequência da morte de Carlão.

O Grito Autoría: Jorge Andrade Direção: Walter Avancini Codireção: Roberto Taima e Gonzaga Hlota S==27out 1975-30 abr 1976 © 2 2 h £ $ 1 2 5

O G r i t o retratou as neuroses típicas de uma metrópole a partir dos conflitos entre os moradores de um edifício.

A n o v e l a e r a a m b i e n t a d a na c i d a d e d e

S ã o P a u l o , n o e d i f í c i o Para íso , c o n s t r u i ­

rlo n o t e r r e n o d e u m a f a m í l i a q u a t r o -

c e n t o n a c u j o s r e m a n e s c e n t e s m o r a m na

c o b e r t u r a . A p l a n t a o r i g i n a l d o p r é d i o

é a l t e r a d a p a r a a

c o n s t r u ç ã o d o e l e v a ­

d o C o s t a e S i l v a , o

M i n h o c ã o , e O e d i ­

f í c i o p a s s a a a b r i g a r

d i f e r e n t e s c l a s s e s

s o c i a i s . O s m o r a d o r e s , c o m s e u s d r a m a s

p e s s o a i s , s a o i n d i f e r e n t e s aos p r o b l e

m a s u n s d o s o u t r o s , a t é q u e o I t lho da

e x - f r e i r a M a r t a ( G l ó r i a M e n e z e s ) , u m

S Ã O P A U L O N A B E R L I N D A

A história c ausou ind ignação e m S ã o P a u ­

lo, o n d e mu i tos j u l g a r a m q u e o ob je t i vo d o

autor era crit icar a capi ta l paul ista. J o r g e A n ­

d rade reba teu , exp l i cando que sua in tenção

t inha s ido mostrá-la c o m o é : "Dura , fechada ,

fria." O pro tes to c h e g o u ao Congresso , por

m e i o d e u m d e p u t a d o g u e fez u m p r o n u n ­

c i a m e n t o contra o q u e cons iderava d is torção

da i m a g e m da c idade .

m e n i n o c o m d e f i c i ê n c i a m e n t a l q u e

gr i ta n a s m a d r u g a d a s , t o r n a - s e o p i v ô

d e u m c o n f l i t o . O s m o r a d o r e s s e d i v i ­

d e m e n t r e e x p u l s a r o t t n ã o m ã e

e l i l h o d o prédio e o debate a c a b a p o r

a p r o x i m a r a t o d o s .

Vejo a Lua no Céu Autoria: Sylvan Paezzo Direção: i lerval Rossano e Walter Camp< = 9fev-25jun 1976 © 1 8 h Ü 9 9

1

Eduardo Tornaghi e Norma Blum vivem o casal protagonista: amor proibido no inicio do séc.XX.

Adaptação de conto homônimo de Marques

Rebelo exibiu a luta de um casal para viver

um grande amor.

O n a m o r o e n t r e F e r n a n d o ( E d u a r d o

T o r n a g h i ) , j o v e m d e c l a s s e m é d i a a l ta ,

e S u z a n a ( N o r m a B l u m ) , m o ç a p o b r e ,

c o n t r a r i a a f a m í l i a d o rapaz , q u e o e x ­

pulsa d e c a s a . O casal m o r r e n o final da

n o v e l a , m a s se r e e n c o n t r a n o c é u .

A h i s t ó r i a m o s t r a v a o c o t i d i a n o c a r i o c a

n o i n í c i o d o s é c . X X e faz ia r e f e r ê n c i a s a

e v e n t o s c o m o a f u n d a ç ã o d o j o r n a l

/I Noite, p o r I r ineu M a r i n h o , e

a p a r t i c i p a ç ã o d o

país n a I G u e r r a

M u n d i a l . Foi gra­

vada e m l u g a r e s

h i s t ó r i c o s , c o m o a p r a ç a X V , a c o n f e i ­

tar ia C o l o m b o , o largo d o B o t i c á r i o e o

b a i r r o d e S a n t a T e r e s a . N o e l e n c o m i r i m ,

s o b r e s s a i u a atriz. I s a b e l a G a r c i a .

Anjo Mau dl i .iv, I i.iliii'. M i i n l i " , / ü t r u l t i : Regís ( ,il< I i i m i i' I ,ll)i<) S.lbaq === ) lev M . K j ü 19/6 9 19h JÜ J I 75

ivtlü de Cassiano Gabus

N . / R S trazia uma babá disposta

lido para subir na vida.

I li. e ( S u s a n a V i e i r a ) é f i l ha

hl i i l iva d e u m a f a m í l i a p o b r e ,

m b i c i o s a , n ã o s e c o n f o r m a

11 a b a l h a r c o m o o p e r á r i a

• I u l c o n i s t a . F i n a l m e n t e c o n -

I I I ' u m a v a g a c o m o b a b á

i i asa d o s M e d e i r o s , f a m í l i a

de < lasse a l t a o n d e s e u p a i é

m o t o r i s t a . E l a p a s s a a c u i d a r

d o l i l h o d e S t e l a ( P e p i t a

R o d r i g u e s ) e G e t ú l i o ( O s m a r

Pl . ido) - c a s a l q u e g a r a n t i u

b o n s m o m e n t o s d e h u m o r à

i r a m a . E m b u s c a d e a s c e n s ã o

i h ial , a b a b á r e c o r r e a v á r i o s

e s t r a t a g e m a s p a r a c o n q u i s t a r

R o d r i g o ( J o s é W i l k e r ) , o f i l h o

m a i s v e l h o d o s M e d e i r o s ,

e a c a b a r e a l m e n t e se a p a i x o n a n d o

p o r e l e . A o d e s c o b r i r q u e P a u l a ( V e r a

( l i m e n e z ) , sua n o i v a , é u m a a r r i v i s t a

a p a i x o n a d a p e l o f i l h o m a i s n o v o d o s

p a t r õ e s , R i c a r d o

(1 ,uis G u s t a v o ) ,

N i c e f a z c o m q u e

R o d r i g o t e r m i n e

o n o i v a d o e r o m ­

p a c o m o i r m ã o .

V m a

Inconformada' onisua vida sem perspectivas, a babá Nice (Susana Vieira) sonha com o dia em que se transformará em uma Medeiros.

M a s e l e c o m e ç a a se i n t e r e s s a r p o r L é a

( R e n é e d e V i e l m o n d ) , e a b a b á v o l t a a

a r m a r i n t r i g a s p a r a s e p a r a r o c a s a l . N o

final, N i c e c o n s e g u e c o n q u i s t a r R o d r i g o

e e n g r a v i d a r , m a s m o r r e d u r a n t e o

p a r t o .

Osmar Prado e Pepita Rodrigues como Getúlio e Stela: cenas de humor.

A M Ã E DA B A B A

A única pessoa q u e não se

deixa engana r pela falsa

me igu ice d e Nice (Susana

Vieira) é sua m ã e adot iva,

Alzira ( W a n d a Lacerda) , uma

mulher dura, sofrida e t raba­

lhadora. Alzira acaba assas­

s inando Onias (Átila lório),

pai b io lógico d e Nice, por se

cansar d e suas chan tagens

e por m e d o d e q u e ele faça

a l gum mal à sua família.

euforia: Dias Gomes Direção/Walter Avancini.RobertoTalmaeGonzagaBloi . i E== !ma l I I riez1976 ® 2 2 h ffijIM)

1 iSk

¿ARA MA* DAiA

£ m S a r a m a n d a i a , D/as G o m e s experimentou uma nova linguagem na teledramaturgia: o realismo fantástico.

O s h a b i t a n t e s d e B o l e - B o l e , u m v i l a r e j o

b a i a n o na z o n a c a n a v i e i r a , e s t ã o m o b i l i z a ­

d o s e m t o r n o d e u m p l e b i s c i t o para a t r o ­

ca i lo n o m e tia c i d a d e para S a r a m a n d a i a .

O c o r o n e l Z i c o

R o s a d o ( C a s t r o

G o n z a g a ) l idera o s

" t r a d i c i o n a l i s t a s " ,

q u e t ê m j u s t i f i c a t i ­

vas h i s t ó r i c a s p a r a

a m a n u t e n ç ã o t io

n o m e . O p r e f e i t o Lua V i a n a ( A n t o n i o

F a g u n d e s ) e s e u i r m ã o , J o ã o G i b ã o ( J u c a

d e O l i v e i r a ) , l i d e r a m os " m u d a n c i s t a s " ,

q u e a l e g a m s e n t i r v e r g o n h a d o n o m e

B o l e - B o l e , r e l a c i o n a d o a u m a a v e n t u r a

l o c a l d e d. P e d r o I. I n s p i r a d o n o r e a l i s m o

m á g i c o , D i a s G o m e s i n c l u i u n o e n r e d o

p e r s o n a g e n s da n o v e l a Roque Santeiro,

c e n s u r a d a e m 1 9 7 5 , e a p r e s e n t o u u m

p a i n e l d e t i p o s e x ó t i c o s : Z i c o R o s a d o , d e

c u j o n a r i z s a e m f o r m i g a s ; D o n a R e d o n -

O coronel Zico Rosado, personagem de Castro Gonzaga, luta para manter o nome da cidade como Bole-Bole, contrariando os "mudam istas"

Para gravar a cena e m que Dona R e d o n d a

exp lode d e t an to comer , co locou-se u m ba ­

lão inf lável deba ixo das roupas d e Wi lza Carla

(foto) q u e era e n c h i d o por me io d e u m c o m ­

pressor m a n u a l à med ida q u e ela andava . O

q u e r e a lmen te exp lod iu foi u m ba lão ves t ido

c o m as roupas da atriz.

ilil I Wll/.l < ' . I I Ll), (|UC l 'Xplddc di l . lllln

, M . I I i in.i (Siiiii , i Hinga) , que p í o

I I I I ,l un m i l l o s i mil o i alol i lo i ni p o ; o

l i. ili . .i ii Ai i . l ó b u l o ( A r y F o n t o u r a ) , q u e

.' transforma ero lobisomem nas noites •I- ••••sin-leira; e seu C a z u z a ( R a f a e l d e

' a valho), q u e a m e a ç a c u s p i r o c o r a ç ã o

I i vez q u e se e m o c i o n a . T a r c í s i o M e i r a

I u m a p a r t i c i p a ç ã o e s p e c i a l n a n o v e l a

l i n o d. P e d r o I, e F r a n c i s c o C u o c o , c o m o

I I radentes . S ô n i a B r a g a g r a v o u a m ú s i c a -

i. n í a d e sua p e r s o n a g e m , M a r c i n a : " S o u

D e s t o p i m " , d e A n t o n i o B a r r o s . " P a v ã o

i ter iozo" , t e m a d e a b e r t u r a c o m p o s t o

n i . a p r e t a d o p o r E d n a r d o , fo i u m dos

i h essos da t r i lha s o n o r a .

Ary Fontoura (esq.) e Rafael de Carvalho como os excêntricos Aristóbulo e Cazuza.

A S A S DA L I B E R D A D E

S o b a aparen te corcunda, o p e r s o n a g e m J o ã o G ibão, interpretado por Juca d e Oliveira (foto), e s conde u m par de asas. No final da novela

e le sai voando , uma metáfora utilizada por Dias G o m e s para falar d e l iberdade e m meio à repressão d o reg ime militar brasi leiro.Traba­lhando c o m l i nguagem simból ica, o autor dif i ­cu l tou o t rabalho dos censores, mas não c o n ­seguiu evitar dezenas d e cortes na história.

Sônia Braga: quando excitada, a sensual Marcina fica em brasa e queima tudo em que toca.

O Casarão Autoria: Lauro César Muniz Direção gerai: Daniel Filho Direção: Daniel Filho e Jardel Mello Codireção: Marco Aurélio Bagno =5= 7 jun-11 dez1976 ® 2 0 h J8£168

Cenário recorrente da trama, o casarão do título personificava a ação do tempo na vida dos personagens.

A n o v e l a se d e s e n v o l v e u e m

t r ê s é p o c a s d i s t i n t a s ( n o s a n o s

1900, LÔ26 e 1976), a p r e s e n ­t a d a s s i m u l t a n e a m e n t e , e a t o ­

res d i f e r e n t e s i n t e r p r e t a v a m

o s m e s m o s p e r s o n a g e n s e m

c a d a fase . M a r c o na r e n o v a ç ã o

da l i n g u a g e m d a s t e l e n o v e l a s ,

a h i s t ó r i a m o s t r a v a as q u e s t õ e s

v iv idas p o r c i n c o g e r a ç õ e s d e

u m a f a m í l i a n o n o r t e d e S ã o

Paulo, t e n d o c o m o t r a m a c e n ­

tral o r o m a n c e e n t r e C a r o l i n a

( S a n d r a B a r s o t t i ) e o t a l e n t o s o

ar t i s ta p l á s t i c o J o ã o M a c i e l

( ( i r a c i n d o J ú n i o r ) . C a r o l i n a

r e p e t e a h i s t ó r i a da m ã e , q u e ,

n o p a s s a d o , a b r i u m ã o d e

u m a p a i x ã o para a c e i t a r u m

c a s a m e n t o i m p o s t o pe la l a m í l i a . P r e s s i o n a r i a , a j o v e m

d e s i s t e d e l u g i r c o m J o ã o M a c i e l e se c a s a c o m A t í l i o

( D e n n i s C a r v a l h o ) , c o m e r c i a n t e c o m c a r r e i r a p o l í t i c a

a s c e n d e n t e . Q u a r e n t a a n o s d e p o i s , a p ó s a m o r t e d e

A t í l i o , C a r o l i n a e J o ã o M a c i e l e n f r e n t a m v á r i o s d e s a f i o s

a t é c o n c r e t i z a r e m o s o n h o d e f i car j u n t o s - nessa ú l t i ­

m a fase tia n o v e l a , esses p e r s o n a g e n s f o r a m i n t e r p r e t a -

Na última fase do novela, em 1976, Carolina, vivida por Yara Cortes, ainda alimen ta seu amor por João Maciel (Paulo Gracindo) e acompanha seu sucesso profissional pelos jornais.

Na segunda fase da novela, Gracindo Júnior interpretou João Maciel, um talentoso artista plástico separado de sua amada, Carolina (Sandta Barsotti), por causa de um casamento arranjado.

A D U L T É R I O F E M I N I N O

A p e r s o n a g e m Lina (Renata

Sorrah) desaf iava o c o n ­

se rvador i smo. Casada c o m

Es tevão ( A r m a n d o Bógus ) ,

ela se apa ixona por J a r b a s

( Pau lo José ) e d e c i d e v i ve r

c o m o h o m e m q u e a m a .

A história foi p re jud icada

pela Censura Federa l , q u e

não permit ia o t ema d o

adu l té r io f emin ino e m n o ­

ve las e pro ib iu q u e Renata

Sor rah con t racenasse c o m

Pau lo J o s é . Os censores re ­

c o m e n d a r a m q u e Lina p e ­

disse o d ivórc io .

11 spei t i v . i i n i n i e , i >iȒ M.i

i i . i I .ií-i>, Yara ( m i e s r P a u l o

i i i i i . indo. A i i'n.1 J o ú l t i m o

i p l U i l o , )'.'a\;ul;i na i o n l e i -

i ii i.i ( i i l i i i n l i i i , n o C o n t r o cio

I i " i lo J a n e i r o , e s tá e n t r e as

. Iiolas da t o l o i l r a m a t u r g i a b r a s i l e i r a .

hegai u m p o u c o a t r a s a d a a o l o c a l ,

. i i . ilina p e r g u n t a a M a c i e l : " T e fiz e s p e -

u n t o ? " . E l e r e s p o n d e : " S ó 4 0 a n o s " ,

• M I u m a r e f e r ê n c i a a o e n c o n t r o m a r c a d o

I H ,i a m a d a n a j u v e n t u d e , a o q u a l e l a

t p a r e c e u , s e m c o r a g e m d e r o m p e r

m a f a m í l i a p o r c a u s a d e s e u a m o r .

dia d o l a n ç a m e n t o d e O Casarão,

Rede G l o b o r e c e b e u t e l e f o n e m a s d e

• l e s p e c t a d o r e s q u e s e n t i r a m d i f i c u l d a d e

.li e n t e n d e r o e n r e d o p o r c a u s a das i n o -

i i m s ila l i n g u a g e m . P o r isso a e m i s s o r a

i i p i i s o u o p r i m e i r o c a p í t u l o , n o m e s m o

111, às 2 3 h . A m ú s i c a " F a s c i n a ç ã o " , n a

v . 1 / i le lí l is R e g i n a e c o m a u t o r i a d e F e -

i . iuily, M a r c h e t t i e A . L o u z a d a , e ra t e m a

I. l o ã o M a c i e l e C a r o l i n a e f e z g r a n d e

I H esso . I n t e r p r e t a d a p o r M á r c i o L o t t , a

i i n ã o " M e n i n a d o m a t o " , d e J o s é J o r g e

e Uuv M a u r i l y , r e t r a t a v a o

r o m a n i e d e s s e s p e r s o n a g e n s

q u a n d o j o v e n s . " N u v e m p a s ­

s a g e i r a " , d e H e r m e s A q u i n o ,

e o t e m a d e a b e r t u r a , " S ó

l o u c o " , c o m p o s t o p o r D o r i v a l

C a y m m i e c a n t a d o p o r G a l C o s t a , e m ­

b a l a r a m as t r ê s g e r a ç õ e s da t r a m a .

O C A S A R Ã O

O casarão d e arqu i te tura co lon ia l se t r ans ­

fo rma no decor re r da t rama: abr iga uma rica

fazenda, mas acaba t e n d o suas terras v e n d i ­

das e é d e m o l i d o para a p a s s a g e m d e u m a

estrada d e ferro. No cenár io cons t ru ído para

r ep re sen t a r a p r o p r i e d a d e . e m Guara t iba (RJ ) ,

era possível gravar, e m u m m e s m o dia, cenas

passadas e m t e m p o s d i ferentes , e m b o r a o

casarão só pudesse ser e n q u a d r a d o d e f r en ­

te, já g u e cada uma das faces representava

u m pe r íodo .

Paulo Oracindo.i orno /< 'ao Maciel, e o uísarao do titulo da novela, que funcionou como fio condutor da história.

O Feijão e o Sonho Autoria: Benedito Ruy Barbosa Direção de núcleo: Herval Rossano Direção: Herval Rossanc 1=28jun-9out 1976 4j)l8hl5 IÉ87

'Walter C a m p e

Cláudio Cavalcanti mi no o poeta Juca Campos Lara.

Adaptação de romance homônimo de Orígenes Lessa, O F e i j ã o e o S o n h o enfocava o contraste entre sonho e realidade.

O p o e t a J u c a C a m p o s L a r a ( C l á u d i o C a ­

valcant i ) s o n h a dedicar -se e x c l u s i v a m e n t e

à poes ia , c o n t r a r i a n d o o p r a g m a t i s m o da

esposa , M a r i a R o s a ( N í v e a M a r i a ) . V e n c i ­

do p o r p r o b l e m a s financeiros, é o b r i g a d o a

t r a b a l h a r para s u s t e n t a r a famíl ia e a b d i c a

d e s e u s o n h o . A his tór ia fo i c o n t a d a e m

q u a t r o fases, c o m in íc io e m 1 9 2 5 , e m

S o r o c a b a ( S P ) , e t é r m i n o e m 1 9 4 7 , na

capi ta l paul is ta . D e v i d o a u m i n c ê n d i o

o c o r r i d o e m j u n h o d e

197( i nas ins ta lações

da T V G l o b o , n o R i o

de Jane i ro , as c e n a s d e

e s t ú d i o f o r a m fe i tas

na T V E d u c a t i v a .

o FEIJÃO ftEO

Duas Vidas Autoria: lanete ( lair Direção: Daniel I ilho e ( .ou/agá Biola ( ixlireçâo: Marro Aurélio Raqno ==¡13 dez 1976-11 jun 1977 # 2 0 h M2154

A luta de uma mulher que é abandonada pelo marido e precisa criar o filho era um dos motes da novela.

U m a rua n o b a i r r o d o C a t e t e , n o R i o d e

J a n e i r o , é d e s a p r o p r i a d a para a c o n s t r u ç ã o

d e u m a linha d e m e t r ô , a l t e r a n d o a vida

d e setis m o r a d o r e s . I m p e d i d a pela C e n s u r a

f e d e r a l d e a b o r d a r o t e m a d e f o r m a cr í t i ­

ca , a at i tora c e n t r o u a histór ia n o t r iângulo

a m o r o s o f o r m a d o pela p r o t a g o n i s t a L e d a

M a r i a ( B e t t y Paria) , o m é d i c o V i c t o r

A m a d e u ( F r a n c i s c o C u o c o ) e o asp i rante

a c a n t o r D i n o C é s a r ( M á r i o G o m e s ) . O

r o m a n c e e n t r e S ô n i a ( Isabel R i b e i r o ) , u m a

m u l h e r m a i s v e l h a , e o j o v e m M a u r í c i o

( S t e p a n N e r c c s s i a n ) não agradou aos

c e n s o r e s e a u n i ã o

d o casal t e v e d e ser

of ic ia l izada, o q u e

n ã o estava p r e v i s t o

na s inopse .

E S T R E I A DE C A N T O R

mm Est imulado pe lo sucesso do pe r sonagem Dino César, o ator Már io G o m e s (foto) se aven tu rou c o m o cantor e t e v e uma música incluída na trilha da nove la . O colar d e contas brancas usado por ele v i rou moda .

Estúpido Cupido i Mário l'i.it.i / >iit\a<1 I I ' ' 1 1 1 ' ' 1

i 1976-28 íev 1977 919h ¡

i . (Ki dos dois capítulos finais, i In/idos em cores, E s t ú p i d o i upldo foi a última novela da TV

ii i gravada em preto e branco.

N.i tu t íc ia A l b u q u e r q u e ,

I H • In ter ior d e S ã o Paulo, os

|i ivens c u r t e m o s a c o r d e s d o

i •» k e d o t w i s t nas p is tas d e

J u n c a , s e g u e m o m o d i s m o d o s

i' m s e d o s b l u s õ e s d e c o u r o

i e x i b e m e m l a m b r e t a s e

m o t o c i c l e t a s p e l a s r u a s da

• " l . ide. É o i n í c i o da d é c a d a

I' o i) , m a r c a d a p o r m u d a n ç a s

LE I o m p o r t a m e n t o e m t o d o o

i n u n d o . N e s s e c o n t e x t o , a nor ­

mal i s ta M a r i a T e r e z a ( F r a n ç o i s e

I ' H I o n ] s o n h a m o r a r na c a p i t a l

er e l e i t a miss Brasil , m a s e n t r a

M N c o n f l i t o c o m o n a m o r a d o , J o ã o

I R i c a r d o B l a t ) . J o v e m ideal is ta q u e

p r e t e n d e s e g u i r car re i ra j o r n a l í s t i c a , e l e

m o r r e d e c i ú m e s da a m a d a . N a t r a m a , o

i asai c e n t r a l v ive r o d e a d o d e p e r s o n a g e n s

t í p i c o s da é p o c a ,

c o m o os r e p r e s e n ­

t a n t e s da c h a m a d a

j u v e n t u d e t r a n s ­

viada, e n t r e e l e s

M e d o r i q u i s ( N e y

l . a t o r r a c a ) . C o m o s u c e s s o da n o v e l a , a

I a u t o r a C e l l y C a m p e l l o ( q u e gravara a

m ú s i c a " E s t ú p i d o c u p i d o " n o s a n o s (iO)

lez u m a p a r t i c i p a ç ã o na t r a m a e

r e l a n ç o u a n t i g o s hits .

P L A Y B O Y R O Q U E I R O

Ney Latorraca in te rpre tou o t ransgressor Me-der igu i s . apa ixonado pela car ioca Bet ina ( H e ­loísa Mi l le t ) .T íp ico p layboy e fã d e Élvis Pres-ley, Mede r i qu i s é l íder do con jun to d e rock Personél i t is Bóis e está há sete anos no curso c ient í f ico - co r r e sponden t e ao atua l ens ino m é d i o - para não perder a mesada pa te rna . S e u a m i g o fiel, Ca rne i r inho (T ião D'Ávi la) , está s e m p r e na ga rupa de sua lambreta .

Françoise Forton, 11 Maria Tereza da novela: normalista que vira miss.

M I S S B R A S I L

A p rodução da novela reconst i tuiu c o m fideli­d a d e o concurso Miss Brasil de 1961. As cenas foram gravadas no estádio do Maracanãz inho (RJ), c o m os apresentadores do concurso real, Hí l ton G o m e s e Marly Bueno , e u m públ ico d e 10 mil pessoas. N i n g u é m do e l enco sabia qual seria a dec isão dos jurados, n e m m e s m o a atriz Françoise For ton, que se e m o c i o n o u de ve rdade q u a n d o soube que sua pe r sonagem (Maria Tereza) vencera a disputa.

Ney Latorraca (dir.), como Mederiquis, e João Carlos Barroso, o desajeitado Caniço:planos cara agitara cidade.

Escrava Isaura Autoria: Gilberto Braga Direção de núcleo e geral: Herval Rossano Direção: Herval Rossano e Milton Gonçalves =1111 out 1976-5 fev 1977 <* 18h $Ü 100

Trama retratava a luta abolicionista no Brasil

tendo como fio condutor a paixão doentia de

um senhor por sua escrava branca.

I n s p i r a d a e m o b r a h o m ô n i m a d e B e r n a r ­

d o G u i m a r ã e s , a n o v e l a t razia a h i s t ó r i a

da e s c r a v a ó r l ã Isaura ( L u c é l i a S a n t o s ) ,

e d u c a d a p o r sua s e n h o r a c o m o m o ç a

da c o r t e . S u a p r o t e t o r a m o r r e e o f i lho ,

L e ô n c i o ( R u b e n s d e F a l c o ) , se t o r n a

0 a d m i n i s t r a d o r d o s b e n s da f a m í l i a .

A p a i x o n a d o p o r Isaura e f u r i o s o p o r

n ã o s e r c o r r e s p o n d i d o , e l e se a p o d e r a d e

s u a c a r t a d e a l forr ia , d e i x a d a p e l a m ã e ,

e a p l i c a c a s t i g o s

c r u é i s à m o ç a . I s a u ­

ra t a m b é m s o f r e

c o m as i n t r i g a s d e

R o s a ( L é a G a r c i a ) ,

u m a e s c r a v a m á e

i n v e j o s a . O d e s e j o p o r l i b e r d a d e se t o r n a

a i n d a m a i s p r e m e n t e q u a n d o I s a u r a se

a p a i x o n a p o r T o b i a s ( R o b e r t o P i r i l l o ) ,

p r o p r i e t á r i o d e t e r r a s v i z i n h a s . L e ô n c i o

t r a m a a m o r t e d o rival e, p o r a c i d e n t e ,

m a t a t a m b é m a p r ó p r i a e s p o s a , M a l v i n a

Rubens de Falco r l in élia Santos:sucesso nacional de exportação..

M U N D O A F O R A

A novela ob t e ve g rande sucesso, no Brasil e

no exterior, a l cançando países do en táo bloco

comunis ta . E m Cuba, por exemplo , o rac iona­

m e n t o d e energia c h e g o u a ser suspenso para

que os te lespectadores não perdessem os

capítu los. Na China, Lucélia Santos g a n h o u o

P rêmio Águia d e Ouro, c o m os vo tos d e cerca

d e 300 mi lhões d e pessoas - foi a primeira vez

q u e uma atriz estrangeira recebeu u m prêmio

no país. Escrava Isaura foi responsável pe lo su ­

cesso d e venda da versão d o livro de Be rna rdo

Gu imarães para o ch inês e t a m b é m ultrapas­

sou as expectat ivas na Polônia, o n d e mi lhares

de pessoas lo taram u m estádio para assistir a

uma compe t i ç ão d e sósias dos personagens

Isaura e Leônc io . J á na Rússia, a palavra " fazen ­

da" foi incorporada ao vocabulár io nac ional .

Mais d e 30 anos depo is d e sua estreia, Escra­va Isaura a inda está na lista das novelas mais

comercia l izadas no exterior. Já foi exibida sete

vezes na França, c inco na A l emanha e três

na Suíça e c h e g o u a países afr icanos c o m o

Congo , Gabão , Gana e Z i m b a b w e .

I N i I I 11 I . I I '.I I 111 I I I >opi 111 I K 1.1 I I I I I I .1 m i il 11

il< Inlii.is, K a m a e n c o n t r a c o n s o l o a o

III " I n n a ul i ' i i lu la i lo i l i ' sou pai , M i -

||iii'l ( A t i l a l ó r i o ) , i|no i l i i ido c o m p r á - l a

I' ii I Mu' ilai a s o n h a i l a l i b e r d a d e . M a s

I mi H I n a n a c e i t a v e n d ê - l a o l h e i m p õ e

i u ru ' , I ada voz m a i s c r u é i s : e la passa

i h a l h a r na l a v o u r a , a l é m d e a s s u m i r

. s e r v i ç o s p e s a d o s , e c h e g a a s e r

i . i n t r o n c o . I saura a c a b a f u g i n d o

•. I H i i pai e u m c as a l d e e s c r a v o s a m i g o s

i i m o r a r e m o u t r a c i d a d e , a s s u m i n -

I. i i d e n t i d a d e d e E l v i r a . L á , a m o ç a

I I i n h e c e o j o v e m a b o l i c i o n i s t a Á l v a r o

11 dwin L u i s i ) . M a s é d e s m a s c a r a d a d u -

• u m a f e s t a d e gala e f o r ç a d a a v o l t a r

part i o s e u s e n h o r . C o m p l e t a m e n t e

I ilido, o v i l ã o se s u i c i d a n o final, a p ó s t e r

l o d o s os b e n s a r r e n d a d o s p o r Á l v a r o . E m

d e t e r m i n a d o m o m e n t o , a C e n s u r a F e d e -

i il p r o i b i u o u s o da p a l a v r a " e s c r a v o " o a

la e n c o n t r a d a p e l o a u t o r foi t r o c a d a

l li ii " p e ç a " . A n o v e l a t e v e c o m o c e n á r i o s

I i i d a d e d e C o n s e r v a t ó r i a o f a z e n d a s

II.i r eg ião d e V a s s o u r a s , n o i n t e r i o r d o

l a d o d o R i o d e J a n e i r o .

i.nura (Lucélia Santos) eÁlvaro (Edwin luisi):linal feliz.

Tobias, personagem de Roberto Pirillo, morre em um incêndio provocado por Leôncio.

R E T I R A N T E S

A aber tura d e Escrava Isaura exibia gravuras do pintor f rancês J ean-Bapt i s te Debre t c o m p e r s o n a g e n s e cos tumes d o Rio d e J a n e i ­ro na é p o c a d e d. J o ã o V I . As i m a g e n s e r a m pon tuadas pela música "Ret irantes ' , 'de J o r g e A m a d o e Dor iva l C a y m m l , in terpre tada pela orquestra e pe lo coro da S o m Livre e a té hoje l embrada pe los t e l espec tadores da nove la .

À Sombra dos Laranjais Autorio.Sylvan Paezzoe Benedito Ruy Barbosa Direção:Herval Rossano• Miltontionçalves 11= 7 fev-23 mal 1977 ©• 18h 91

V

Herval Rossano, > fite protagonizou e dirigiu a produção, e Aracy Cardoso, seu par romântico na novela.

Um circo era a grande atração de À S o m b r a d o s L a r a n j a i s , adaptação de peça homônima de Viriato Correia.

Passados 2 8 anos , o a d v o g a d o P e d r o

L e m o s ( H e r v a l R o s s a n o ) v o l t a à c i d a d e

d e L a r a n j a i s e e n c o n t r a a an t iga n o i v a ,

M a d a l e n a C a l d a s ( A r a c y C a r d o s o ) . S u a s

famí l ias , n o e n t a n t o , c o n t i n u a m i n i m i g a s

pol í t i cas . A t r a m a e x p l o r a v a a r e l a ç ã o

e n t r e os h a b i t a n t e s e os art is tas d e u m

c i r c o q u e se insta la n a c i d a d e . U m d o s

d e s t a q u e s da n o v e l a fo i a a t u a ç ã o d e

Ary F o n t o u r a n o s p a p é i s d o e n t r i s t e c i d o

T o m é e d o p a l h a ç o

f a n f a r r ã o E s t o p i m .

U m c i r c o m a m ­

b e m b e foi m o n t a d o (ñ SÒUBBB DOS tflKnWJBIS)

n o ba i r ro c a r i o c a

d e S a n t a T e r e s a e

na e s t a ç ã o fer roviár ia d e I t a c u r u ç á . O u ­

tras g r a v a ç õ e s l o r a m rea l izadas e m b a r r a

d e G u a r a t i b a , t a m b é m n o R i o d e J a n e i r o .

Dona Xepa TturoràGilberto Braga DirecõaHerval Rossano §§= 24 mal-24out 1977 tj>18h $ j j 1 3 2

D o n a X e p a era centrada na rotina de uma feirante que luta para dar uma boa educação aos filhos.

A n o v e l a , inspirada e m p e ç a h o m ô n i m a

d e P e d r o B l o c h , narrava o c o t i d i a n o

d e D o n a X e p a ( Y a r a C o r t e s ) , u m a

f e i r a n t e q u e c r i a s o z i n h a o s f i lhos E d s o n

( R e i n a l d o G o n z a g a ) e R o s á l i a ( N í v e a

M a r i a ) . O s d o i s a s c e n d e m s o c i a l m e n t e e

p a s s a m a t e r v e r g o n h a da m ã e . R o s á l i a se

c a s a c o m H e i t o r ( R u b e n s d e F a l c o ) , c u j a

m a d r a s t a , a s o c i a l i t e fa l ida C l o r i t a ( A n a

L ú c i a T o r r e ) , h u m i l h a X e p a s e m p r e q u e

p o d e . Para i m p r i ­

m i r m a i o r r e a l i s m o

aos p e r s o n a g e n s e

às s u a s h i s t ó r i a s ,

a T V G l o b o f e z

"4 ^ 1 '

Yara Cortes, 1i Dona Xepa, e Reinaldo Gonzaga, seu filho Edson, em trama marcada pelo realismo.

u m a p e s q u i s a m i n u c i o s a s o b r e o dia

a dia d o s f e i r a n t e s e as t r a d i ç õ e s q u e

e n v o l v e m as fe i ras l ivres .

Espelho Mágico 1 1 ••-li Muni.- / >nt \ih > I i.inii'11111 h 1,1 « i i i .MI|, i Biola c M j n u Amélio H . K j n o === 14 jun-5 d e z 1977

. • realidade se confundiam em

i Mio M á g i c o : o autor usou metalinguagem

iilustrar o universo da televisão,

i/ioe do cinema.

trama m o s t r a v a os bas t idores da m o n t a -

l d e u m a p e ç a e da n o v e l a fictícia

Oquetel de Amor, es t re lada p o r D i o g o M a i a

io M e i r a ] e L e i l a L o m b a r d i ( G l ó r i a

li nozes ) , para a b o r d a r os c o n f l i t o s d e

;, diretores , a u t o r e s e jorna l i s tas e n v o l v i d o s nas duas

proi luções . Espelho Mágico a inda c o n t o u c o m d e p o i m e n -

ti .obro a prof issão fe i tos p e l o e l e n c o , f o r m a d o p o r r e n o

111 idos a tores . A n o v e l a t i n h a u m a c o m p l e x a e inovadora

1 1 1 1 1 u ra narrat iva, e n t r e l a ç a n d o h istórias vividas

pelos p e r s o n a g e n s na f i c ç ã o e n o s bast idores ,

e r a F ischer i n t e r p r e t o u D i a n a Q u e i r o z , atriz

I I i i n n o c h a n c h a d a e e x - m i s s Brasil q u e dese ja

dar o r u m o da carre ira .

Em cena,, is < il< «< 's Vem I isi liei (Diana Queiroz), Carlos Eduardo Dolabella (Edgar, esq.), Tony Ramos (Paulo Morel) e Milton Moraes (Vicente Drummond).

Nina ih iria: Walter George Durst Direção: Walter Avancini e Fabio Sabag 1=127 jun 1977-13 jan 1978 ® 2 2 h | f f l l 4 2

N i n a abordava os conflitos decorrentes

da introdução de valores modernos em

uma sociedade tradicional.

E n t r e 1 9 2 6 o 1 9 2 9 , Nina ( R e g i n a D u a r t e ) ,

u m a professora d o interior, luta c o n t r a o

i o n s e r v a d o r i s m o e m u m c o l é g i o d e S ã o

Paulo. A j o v e m disputa o a m o r d e B r u n o

( A n t o n i o F a g u n d e s ) c o m A r l e t e ( R o s a -

m a r i a M u r t i n h o ) , filha d o b a r ã o A n t ô n i o

G a l b a ( M á r i o L a g o ) . A n o v e l a m u d a d e

r u m o q u a n d o u m a aluna é assassinada e

a professora t e m d e provar a p r ó p r i a i n o ­

c ê n c i a . R o s a m a r i a M u r t i n h o foi p r e m i a d a

pe la A s s o c i a ç ã o Paulista d e C r í t i c o s d e

A r t e p o r sua a t u a ç ã o . Nina fo i es t re lada

p e l o m e s m o e l e n c o d e Despedida de Casa­

do, n o v e l a d e W a l t e r G e o r g e D u r s t escr i ta

para as 2 2 h , m a s

v e t a d a p e l a C e n ­

sura Federal p o r

t ra tar d e s e p a r a ç ã o

d e casais.

Nina, vivida por Regina Duarte: questionando as regras de um colégio paulista tradicional.

0 G O L P I S T A E A ATR IZ

Os pe r sonagens M o r u n g a b a (Osmar P rado) e

M a d a m e Naná (Elza G o m e s ) d a v a m o t o m d e

h u m o r à t r ama . E l e aplica p e q u e n o s go lpes . e

ela, u m a atriz decaden te , c o m a n d a u m teatro

m a m b e m b e . Ao descobr i r q u e Naná guarda

u m a val ise cheia d e d inhe i ro , M o r u n g a b a

a rma u m plano para roubá-la f i ng indo q u e

está apa ixonado por ela.

Locomotivas ^uror/a.Cassiano Gabus Mendes Direçõo: Régis Cardoso e Fabio Sabag i 197 ' Ol9h :

•'date.-- / ••

Intrincadas tramas amorosas exibidas com charme e leveza fizeram de L o c o m o t i v a s uma verdadeira febre.

Kiki B l a n c h e ( F v a T o i l o i ) é u m a

e x - v e d e l e d e d i c a d a á f a m í l i a e a o s e u

s a l ã o d e b e l e z a , na Z o n a Sul d o R i o

d e J a n e i r o . A l é m d e M i l e n a ( A r a c y

B a l a b a n i a n ) , sua fi lha l e g í t i m a , Kiki

c r ia F e r n a n d a ( L u c é l i a S a n t o s ) , P a u l o

( J o ã o C a r l o s B a r r o s o ) , R e n a t a ( T h a i s d e

A n d r a d e ) e R e g i n a ( G i s e l a R o c h a ) . O

g r a n d e c o n f l i t o da t r a m a é a p a i x ã o d e

F e r n a n d a p o r F á b i o ( W a l m o r ( " b a g a s ) ,

l i l c n a é a ver-

Lucélia Santos recebeu elogios do público e da crítica pela interpretação da rebelde Fernanda.

Eva Todor(esq.)e(armemSilva:homenagem às ex-vedetes.

h o m e m a m a d o

t a m b é m p o r

M i l e n a . O c l í m a x

o c o r r e q u a n d o o

p ú b l i c o d e s c o b r e q u e

dadeira m ã e d e F e r n a n d a . O u t r a t r a m a

i m p o r t a n t e t razia a h is tór ia d e N e t i n h o

( D e n n i s C a r v a l h o ) , q u e v ive p r e s s i o n a d o

pe la m ã e possess iva , M a r g a r i d a ( M i r i a m

P i r e s ) , e se e n v o l v e c o m u m a v i z i n h a , C e ­

les te ( l lka S o a r e s ) , m a i s v e l h a q u e e le . O

a t o r p o r t u g u ê s T o n y C o r r e i a f e z s u c e s s o

c o m o M a c h a d i n h o , q u e n a m o r a G r a c i n h a

( M a r i a C r i s t i n a N u n e s ) e s o f r e c o m as

intrigas d e L i n d i n h a ( T e r e z i n h a S o d r é ) ,

u m a falsa a m i g a d e sua n a m o r a d a . C a s s i a ­

n o G a b u s M e n e i e s e s c r e v e u Locomotivas —

a p r i m e i r a n o v e l a t o t a l m e n t e gravada e m

c o r e s para o h o r á r i o das 1 9 h - i n s p i r a d o

e m v e d e t e s f a m o s a s c o m o V i r g í n i a L a n e ,

Nél ia Paula e M a r a R ú b i a .

A novela fez tanto sucesso que os penteados, macacões e sapatos femininos de acrílico ado ­tados pelas personagens viraram moda, assim c o m o a bolsa a tiracolo usada por Lucélia Santos.

Sem Lenço, sem Documento ' I lennis < .iiv.ilho 113 set 1977-4 mar 1978 tj>19h

<< M orno cenário o Rio de Janeiro, • /o abordou a relação entre (iodas domésticas e patroas.

I ..ii lo ( A n a M a r i a B r a g a ) d e i x a a

• Idade n a t a l , O l i n d a ( P E ) , p a r a t e n t a r a

II a I r n o R i o d e J a n e i r o . V a i a o e n c o n -

das i r m ã s C o t i n h a (Uva N i n o ) ,

das G r a ç a s ( I s a b e l

R i b e i r o ) e D o r z i n h a

( A r l e t e S a l l e s ) , q u e

t r a b a l h a m c o m o d o ­

m é s t i c a s , e c o n s e g u e

e m p r e g o na c a s a

i m a n e q u i m e e s c r i t o r a C a r l a ( B r u n a

i i m b a r d i ) . A t r a m a t a m b é m a p r e s e n t a -

i o d i l e m a d e M a r c o ( N e y L a t o r r a c a ) ,

iv id ido e n t r e o a m o r d a s i r m ã s C a r l a e

Ney Latorraca i1 llruna Lombardi na trama de Mário Prata cuja abertura reproduzia uma fotonovela.

B e r t a ( A n a 1 l e l e n a B e r e n g e r ) . A a b e r ­

tura t razia "Alegr ia , a legr ia" , d e C a e t a n o

V e l o s o .

Sinhazinha Flô i f i i r/a: Lafayette Galvão Direção: Herval Rossano =='= 25 out 1977-28 jan 1978 €&18h

A novela celebrava o centenário de morte de 'osé de Alencar e se baseava em três obras do autor: A V i u v i n h a , T i l e O S e r t a n e j o .

A m b i e n t a d a e m 1 8 8 0 , é p o c a d e g r a n d i '

e l e r v e s c ê n c i a p o l í t i c a n o I m p é r i o b r a s i ­

leiro, Sinhazinha Flô t i n h a c o m o p a n o d e

l u n d o a l u t a a b o l i c i o n i s t a e o m o v i m e n ­

to p e l a e m a n c i p a ç ã o da m u l h e r , b a n d e i ­

ras d e f e n d i d a s , r e s p e c t i v a m e n t e , p e l o s

p e r s o n a g e n s J u c a ( J o s é M a r i a M o n t e i r o )

e Flor, a s i n h a z i n h a Flô ( B e t e M e n d e s ) .

O t r i â n g u l o a m o r o s o era f o r m a d o p o r

F l ô , A r n a l d o ( E d u a r d o T o r n a g h i ) e J o r g e

( M á r c i o d e L u c c a ) . A

m a i o r i a das c e n a s e x ­

t e r n a s loi gravada e m

C o n s e r v a t ó r i a , d i s t r i t o

d e V a s s o u r a s ( R J ) .

Ruth de Souza (esq.), que viveu Justa, e Bete Mendes, a sinhazinha flô.

O Astro Autoria: Janete Clair Direção:Gonzaga Biota Supervisão: Daniel Filho .1-/ I')/ • M I'll l ' )/H « » . ' O H ' d j l I

Poder, fortuna, amor e ambição movimentaram uma das novelas de maior sucesso de Janete Clair.

A t r a m a .se e s t r u t u r a v a e m

t o r n o da a s c e n s ã o e c o n ô ­

m i c a e s o c i a l d o m á g i c o e

v i d e n t e H e r c u l a n o Q u i n t a ­

n i l h a ( F r a n c i s c o C u o c o ) , q u e

a s s u m e a f u n ç ã o d e b r a ç o

d i r e i t o d o i n d u s t r i a l l i b a n ê s

S a l o m ã o f l a y a l a ( D i o n í s i o

A z e v e d o ) . O e m p r e s á r i o

e s t á s e m p r e e m c o n f l i t o

c o m s e u l i l h o M á r c i o ( T o n y

R a m o s ) , q u e n ã o s e i n t e r e s ­

sa e m a s s u m i r o c o m a n d o

i los n e g ó c i o s da f a m í l i a .

A l h e i o a o d i n h e i r o e a o

p o d e r d o p a i , M á r c i o sai d e c a s a . M a s , i n f l u e n c i a d o

p e l o v i d e n t e , o j o v e m d e c i d e a s s u m i r s e u l u g a r na

D d i r e t o r i a ria e m p r e s a . M á r c i o v i v e

u m c o n t u r b a d o r o m a n c e c o m a

t a x i s t a I.ili ( E l i z a b e t h S a v a l a ) ,

m o ç a q u e d i s p u t a o r a p a z c o m

a r e f i n a d a J o s i e ( S i l v i a S a l g a d o ) .

N o final da n o v e l a , I l e r c u l a n o

d e i x a o B r a s i l e se t o r n a a s s e s s o r d o g o v e r n o d e u m

p a í s d i t a t o r i a l d a A m é r i c a C e n t r a l , a b r i n d o m ã o d o

r o m a n c e c o m A m a n d a ( D i n a S h . i t ) . A h i s t ó r i a rio

p e r s o n a g e m f o i b a s e a d a n a t r a j e t ó r i a d o e x - m i n i s t r o

i lo B e m - E s t a r S o c i a l da A r g e n t i n a , L u i z L o p e z R e g a ,

c o n h e c i d o c o m o EI B r u j o , i n f l u e n t e na a d m i n i s t r a ç ã o

d o e x - p r e s i d e n t e J u a n D o m i n g o P e r ó n .

O turbante se tornou marca registrada do vidente Herculano Quintanilha, personagem de Francisco Cuoco.

0 assassinato do industrial Sa lomão Hayala (Dionísio Azevedo) mobil izou os teles-pec tadorese t rans fo rmouem bordão a pergunta " Q u e m matou Sa lomão Hayala?" A resposta ve io após c inco meses d e suspense: o as ­sassino era Felipe Cergueira ( Edwin Lu is i ) , jovem a m a n t e d e C l ô (Tereza Rache l ) ,espo­sa d e Sa lomão .

Tornou-se famosa <1 cena em que Márcio (Tony Fomos, dir.}, repetindo o gesto de são Francisco de Assis, renega a fortuna de Salomão (Dionísio Azevedo), despe as roupas, joga-as sobre o pai e sai à rua completamente nu.

O Pulo do Gato 28jul 1978 © 2 2 b M l 4 0

•média satirizava a alta sociedade brasileira imitir de um personagem playboy.

lbi M a r i a n o ( J o r g e D ó r i a ] é u m e x - m i -

inár io q u e c o n t i n u a m o r a n d o n a Z o n a

il d o R i o d e J a n e i r o e f r e q u e n t a n d o

llta s o c i e d a d e , a p e s a r d e s o b r e v i v e r ,

s e g r e d o , da v e n d a d e q u a d r o s d e sua

I I . U o t e c a . O p i n t o r C a x u x o ( M i l t o n

N U , a l v e s ) , s e u a m i g o , r e p r o d u z os o r i -

nais q u e e n f e i t a m s u a c a s a . A b e i r a da

f a l ê n c i a , B u b i d e c i d e d a r u m g o l p e n o s

g r ã - f i n o s q u e o c e r c a m . M a s s e u p l a n o

n ã o d á c e r t o e e l e a c a b a p e r d e n d o a

m u l h e r , N o é m i a ( S a n d r a B r é a ) , e a filha,

M a í r a ( M a r l y A g u i a r ) . A h i s t ó r i a foi

n a r r a d a p e l o a t o r

P a u l o S i l v i n o , q u e

só a p a r e c e u p a r a o

p ú b l i c o n o ú l t i m o

c a p í t u l o .

O PULO DO

\§ATO

lorge Dória, em cena com Neuza

Amaral no papel de Lígia: o decadente Bubi Mariano vive

cercado de belas mulheres.

Maria, Maria Autoria: Manoel Carlos Direção: Herval Rossano ===30jan-24jun 1978 © 1 8 h MÍ121

Ambientada no séc.XIX, a novela era baseada no romance M a r i a D u s á , de Lindolfo Rocha.

A. h i s t ó r i a se p a s s a v a n o s é c . X I X , e m

u m a r e g i ã o d e g a r i m p o d e d i a m a n t e s

na B a h i a . E m t r o c a d e m a n t i m e n t o s ,

R a i m u n d o ( W i l s o n G r e y ) o f e r e c e a filha,

M a r i a A l v e s ( N í v e a M a r i a ) , a o t r o p e i r o

R i c a r d o B r a n d ã o ( C l á u d i o C a v a l c a n t i ) .

A p e s a r d e a p a i x o n a d o , o r a p a z a d e i x a

d e c i d i r o p r ó p r i o d e s t i n o e a m o ç a

p r e f e r e ficar c o m os i r m ã o s . N o p o v o a d o

d e X i q u e - X i q u e ,

R i c a r d o e n c o n t r a

a r i c a e o r g u l h o s a

M a r i a D u s á ( N í v e a

C A A T I N G A N O R IO

Para gravar as cenas externas d e ga r impo , a p r o d u ç ã o t rans fo rmou uma área d e mais de 100 mil metros quad rados d e Mar i cá (R J ) numa falsa região d e caat inga , ár ida e p o e i ­renta. As cenas passadas e m X ique-X igue fo ­ram gravadas na c idade cenográf i ca d e Barra d e Guara t iba (R J ) .

M a r i a ) , a d e s c o n h e c i d a i r m ã g ê m e a

d e M a r i a A l v e s . M u i t o s d e s e n c o n t r o s

m a r c a m o c a m i n h o d o t r io . A t r a m a d e

Maria, Maria t i n h a i n í c i o e m 1 8 6 0 , u m

a n o d e p o i s da t e r r í v e l s e c a q u e ficou

c o n h e c i d a c o m o " f o m e d e 6 0 " .

Danem' Days Autoria:Gilberto Braga Direção: Daniel Filho,Gonzaga Mota, I )ennis ( aiv.illn >r M.n< < v. Kiuli i Codireção: José Carlos Pieri I f l lO ju ! 1978-27 jan 1979 í * 2 0 h Í J É I M

D a n c i n ' D a y s inaugurou o estilo de Gilberto Braga, marcado pela discussão dos valores da classe média e das elites urbanas.

O a u t o r l a n ç o u m ã o d e r o m a n t i s m o e

s a r c a s m o , d o i s e l e m e n t o s c a r a c t e r í s t i c o s

d e s e u u n i v e r s o ( l e c i o n a i , para c r i a r essa

c r ô n i c a d e c o s t u m e s u r b a n a c e n t r a d a na

r i v a l i d a d e e n t r e d u a s i r m ã s : a e x - p r e s i d i ­

ária J ú l i a M a t o s ( S ô n i a B r a g a ) e a s o c i a l i -

t e Y o l a n d a Prat ini ( J o a n a i o n i r a ) . J ú l i a

d e i x a a p r i s ã o a p ó s 1 2 a n o s d e r e c l u s ã o

e v ê s u a s t e n t a t i v a s d e se r e a p r o x i m a r da

filha, M a r i s a ( G l ó r i a P i r e s } , d i f i c u l t a d a s

p e l o s c i ú m e s d e Y o l a n d a ,

q u e c r i o u a s o b r i n h a . E m

sua l u t a p a r a se r e i n t e g r a r

à s o c i e d a d e , J ú l i a c o ­

n h e c e o d i p l o m a t a C a c á

( A n t o n i o F a g u n d e s ) e os

d o i s v i v e m u m r o m a n c e ,

m a s e la a c a b a se c a s a n d o

c o m o r i c o U b i r a j a r a ( A r y

F o n t o u r a ) . A g r a n d e r e v i -

Júlia Matos (Sônia Braga) tom sei/novo visual: calça de jogging de cetim com listras laterais, sandálias de salto alto fino e meias lurex.

ravo l ta na h i s t ó r i a

a c o n t e c e q u a n d o

ela r e t o r n a a o Bras i l ,

a p ó s u m a v i a g e m à

F .uropa, c o m p l e t a m e n t e m u d a d a . Para

c o m p o r a e x - p r e s i d i á r i a q u e a c a b a r a

d e sair da pr i são , S ô n i a Braga a p a r e c e u

c o m o s d e n t e s e s c u r e c i d o s n o i n í c i o da

t r a m a . A p e n a s n o final da n o v e l a e l a

Dancin'Days foi tema, e m 1978, d e uma repor t agem da revista amer icana Newsweek que des tacou a influência da novela sobre os hábi tos d e c o n s u m o dos te lespectadores . A l ém d e lançar m o ­dismos, c o m o meias color idas d e lurex, ícones d e uma geraçáo , a nove la p romoveu produtos c o m o água-de-colônia e sandál ia d e salto f ino. Foram vend idas 400 mil bonecas Pepa, b r i nquedo da pe r sonagem Carminha (Pepita Rodr igues) . J á a trilha sonora internacional v e n d e u quase u m mi lhão d e cópias.

• i R . I T I L L ' ' . 1 ' 11 I I >LLI LLL.LL I L I L T ! I 111 I I

I m u I .it ;i F m u m a d a s s o q u ê n -

i i in.us m a n anli ' s , a p e r s o n a g e m

J I m u s h o w ile d a n ç a na pista da

i.i d i s c o t e c a F r e n e t i c D a n c i n g

s, m o s t r a n d o a s i n t o n i a da

I.i i o m a f e b r e m u n d i a l d a

MICO music, n o f inal d o s a n o s 7 0 . A

a t i ro u p a r t i d o d e O s Embalos

Sábado à Noite, f i l m e d e J o h n

I t i d l i a m e s t r e l a d o p o r J o h n T r a v o l t a

l evou m i l h õ e s d e e s p e c t a -

11. ires a o c i n e m a e i m p u l s i o n o u

i ii Iisso das d i s c o t e c a s e m t o d o o m u n d o . A é p o c a ,

i i s u c e s s o n o R i o d e J a n e i r o a d i s c o t e c a f u n d a d a

i lo j o r n a l i s t a e p r o d u t o r m u s i c a l N e l s o n M o t t a , q u e

uniu , c o m R u b a n , a m ú s i c a d e a b e r t u r a , " D a n c i n g

I lays", i n t e r p r e t a d a p e l a s F r e n é t i c a s e u m e s t o u r o nas

rádios e d i s c o t e c a s d e t o d o o país . N a t r a m a , s o b r e s s a i u

" a t o r M á r i o L a g o , q u e e m o c i o n o u o p ú b l i c o n o p a p e l

do s o f i s t i c a d o e n o s t á l g i c o A l b e r i c o , t í p i c o m o r a d o r

Be ( ' o p a c a b a n a - c e n á r i o r e c o r r e n t e nas h i s t ó r i a s d e 1 l i b e r t o B r a g a . Dancin' Days fo i a p r e s e n t a d a p e l a r e d e

m e x i c a n a T e l e v i s a , u m a d a s p r i n c i p a i s e x p o r t a d o r a s d e

i i l e n o v e l a d o m u n d o . F o i a p r i m e i r a v e z q u e o M é x i c o ,

país c o m f o r t e t r a d i ç ã o na p r o d u ç ã o d e t e l c d r a m a t u r -

: , i a , e x i b i u u m a n o v e l a b r a s i l e i r a .

[ T A P A S E B E I J O S

lúlia (Sôn ia B raga ) e Yo landa ( J oana Fo inm) fizeram as pazes no ú l t imo capí tu lo , depo i s d e uma briga gravada no sa lão do hote l C o p a c a b a n a Pa lace , no Rio d e J ane i ro . Elas se a g r e d i r a m fisicamente,entre tapas e puxões d e cabe los , a té se d a r e m c o n ­ta d o r id ículo da s i tuação e se a b r a ç a r e m , chorando , p e d i n d o pe rdão uma à outra .

Joana Fomm reti 'hin insulto', por conta das maldades cometidas por sua personagem, a vilã Yolanda Pratini.

Glória Pires linha 15 anos quando intetpretou Marisa.

Sequência da briga entre Júlia (Sô­nia Braga) e Yolanda (Joana Fomm).

Te Contei? Autoría: Cassiano Gabus Mendes Direção: Régis Cardoso e Dennis < arvalhn à s i n i i i i . 'sei 19/H

Cleptomanía e deficiência visual foram temas de destaque desenvolvidos em meio às tramas amorosas de T e C o n t e i ? .

S a b r i n a ( W a n d a S t e f â n i a ) é u m a j o v e m

riea q u e o c u l t a d o s pa i s a c o m p u l s ã o

p o r r o u b a r , a l é m d e e s c o n d e r q u e a luga

u m q u a r t o n a p e n s ã o da e s p a n h o l a L o l a

( E v a T o d o r ) , n o s u b ú r b i o c a r i o c a , o n d e

finge s e r u m a m o ç a m o d e s t a à p r o c u r a

d e e m p r e g o . N a p e n s ã o m o r a o b e m -

h u m o r a d o c e g o L é o ( L u i s G u s t a v o ) ,

q u e se d i v i d e e n t r e o a m o r d e S a b r i n a

e o d e S h a n a ( M a r i a C l á u d i a ) . O u t r a

p e n s i o n i s t a é a p o b r e L u c i a n a ( S u s a n a

V i e i r a ) , q u e r o m p e

O n o i v a d o c o m o

a b a s t a d o R o g é r i o

( M a u r o M e n d o n ç a )

para ir a t rás d e seu

Léo, um cego In m Iminorarla, vivido por t u/s Gustavo, e a apaixonada Shana, interpretada por Maria Cláudia.

g r a n d e a m o r , A l e x ( D e n n i s C a r v a l h o ,

q u e t a m b é m dirigia a n o v e l a ) . M a s A l e x

es ta c a s a d o c o m A d e l i t a (Lister G ô e s ) .

Gina Autoria: Rubens Ewald Filho Direção: Sérgio Mattar Supervisão de direção: Nerval Rossano ;

')() :26jun-7out 1978

Adaptação de romance homônimo de Maria José Dupré, G i n a retratava a ascensão social de uma artista plástica.

A n o v e l a m o s t r a v a t r ê s f a s e s d a

v ida d e G i n a ( C h r i s t i a n e T o r l o n i ) ,

d e s d e sua j u v e n t u d e , e m 1 9 5 6 ,

q u a n d o d e c i d e sa ir d e casa p o r

c o n t a d e c o n f l i t o s c o m a m a d r a s t a ,

J u l i c a ( M i r i a m P i r e s ) , e a m e i o -

i r m ã , Z e l i n d a ( F á t i m a F r e i r e ) , a t é

su a c o n s a g r a ç ã o c o m o ar t i s ta p l á s t i c a . A s e g u n d a f a s e

o c o r r e a i n d a n o s a n o s 5 0 , q u a n d o e la v ia ja aos E s t a d o s

U n i d o s e se a p a i x o n a p e l o d i p l o m a t a b r a s i l e i r o F e r n a n ­

d o ( E m i l i a n o Q u e i r o z ) , c o m q u e m se c a s a . N a t e r c e i r a

— I fase , e m 1 9 7 8 , G i n a s o f r e c o m os

p r o b l e m a s c r i a d o s p o r s e u s filhos,

H e l e n a ( L o u i s e C a r d o s o ) e J o r g e

( A r l i n d o T a d e u ) , e as in t r igas da

i n v e j o s a M i r t e s ( T h e r e s a A m a y o ) .

Christiane Torloni (esq.), a protagonista Gina, e Theresa Amayo, a vilã Mirtes.

Sinal de Alerta Aiii"ii<i I Hiis tioinc

• W . I L L I ' I ( . R O U I R I LURSL Diieithi: W . I L L R I A V . N N M I R LARDEL M E L L O = = = 3 1 J U L 1 9 7 8 - 2 6 J A N 1 9 7 9

/. i marcada pela temática imbltntalista, S i n a l d e A l e r t a enfatizou fptrlgoda poluição nas grandes cidades.

I • > d e u m a fábr ica d e f e r t i l i z a n t e s e 1 idas, T i ã o B o r g e s ( P a u l o G r a c i n d o )

I . K o i le u m a c a m p a n h a e m d e f e s a d o

i m b i e n t e i n i c i a d a p e l a e x - m u l h e r ,

i imal is ta T a l i t a ( Y o n á M a g a l h ã e s ) ,

rários da f á b r i c a a d e r e m a o p r o t e s t o ,

L O C o n s u e l o ( I s a b e l R i b e i r o ) e A d e l a i -

I|. ( R u t h d e S o u z a ) . O s u p o s t o e n v o l v i -

I I I . I I I O da n o i v a d e T i ã o , S u l a m i t a ( V e r a

I i i l i e r ) , c o m drogas a j u d a a d e n e g r i r sua

Imagem. O a r q u i t e t o O s c a r N i e m e y e r

foi u m a das p e r s o n a ­

l idades que g r a v a r a m

p a r t i c i p a ç ã o na n o v e l a ,

d a n d o d e p o i m e n t o

s o b r e a i m p o r t â n c i a

da p r e s e r v a ç ã o tio

e c o s s i s t e m a .

As personagens operárias. icRuth de Souza (esq.) e Isabel Ribeiro durante um protesto.

N O T I C I A S E X C L U S I V A S

Os te le jorna is q u e no t i c i avam os a c o n t e c i ­

m e n t o s da t rama e o jo rna l Folha do Rio f o ram

produz idos exc lus i vamente para a nove la .

Pecado Rasgado LAI/tor/o.-Silvio de Abreu Direção: Régis Cardoso =1=4 set 1978-17 mar 1979 © 1 9 h 0 1 6 9

Aracy Balabanian como Teca: intensa paixão por Renato, papel de Juca de Oliveira.

Recheada de conflitos amorosos, P e c a d o

R a s g a d o era centrada no ciúme doentio de uma mulher por seu cunhado.

A f a m o s a p s i c ó l o g a 'Peca ( A r a c y B a l a ­

b a n i a n ) se a p a i x o n a p e l o v i ú v o R e n a t o

( J u c a d e O l i v e i r a ) , pai d e C r i s ( N á d i a

l . i p p i ) , u m a d e suas p a c i e n t e s . O r o m a n ­

c e d e s p e r t a o c i ú m e d e S t e l a ( R e n é e

d e V i e l m o n d ) , q u e n u t r e u m a p a i x ã o

d o e n t i a p o r R e n a t o , s e u c u n h a d o , e usa

a s o b r i n h a para t e n t a r s e p a r a r o c a s a l . A

viúva E u n i c e ( N e u z a A m a r a l ) é o u t r a q u e

so f re c o m as m a l d a d e s d e S t e l a , sua i r m ã .

O t e m a d e a b e r t u r a e ra a m ú s i c a " N ã o

e x i s t e p e c a d o ao sul

d o E q u a d o r " , d e C h i c o

B u a r q u e e R u y G u e r ­

ra, s u c e s s o na v o z d e

N e y M a t o g r o s s o .

A Sucessora Autoria: Manoel Carlos D/reção:Herval Rossano,Gracindo Júnior e Sérgio Mntl.n ===9 ont I n/8-3 mar 19/9

IHh 126

Adaptação de romance homônimo de Carolina Nabuco centrava-se em um casamento marcado por uma estranha obsessão.

N o R i o d e J a n e i r o d o s a n o s 2 0 , a h u m i l ­

d e M a r i n a ( S u s a n a V i e i r a ) se c a s a c o m

o rico v i ú v o R o b e r t o S t e e n ( R u b e n s

d e F a l c o ) . A l é m das d i f i c u l d a d e s p a r a

se a d a p t a r a o luxo , e la c o n v i v e c o m a

a d o r a ç ã o d o m a r i d o p e l a e x - m u l h e r . A

g o v e r n a n t a J u l i a n a ( N a t h a l i a T i m b e r g ) ,

a p a i x o n a d a p e l o p a t r ã o , n ã o d e i x a q u e a

f a l e c i d a s e j a e s q u e c i d a e c r i a u m c l i m a

s o m b r i o na c a s a .

G e r m a n a ( A r l e t e

S a l l e s ) , i r m ã d e

R o b e r t o , c o n t r a ­

ria os p a d r õ e s d e

C A R O L I N A N A B U C O

A escritora brasileira Carol ina Nabuco , e n t ã o c o m 88 anos , cont r ibu iu para a pesquisa da p r o d u ç ã o a o desc rever fatos históricos c o m o a cons t rução dos hoté is C o p a c a b a n a Pa lace e Glór ia , no Rio d e J ane i ro . Na época da exi b icão da nove la , mu i tos ac red i t a ram, er rada ­men te , q u e sua t rama se baseava e m Rebecca, livro da inglesa D a p h n é Du Maur i e r l ançado qua t ro anos depo i s d e A Sucessora (1934).

c o m p o r t a m e n t o da é p o c a p o r s u s t e n t a r

o m a r i d o , V a s c o ( K a d u M o l i t e r n o ) , m a i s

j o v e m q u e e l a . O t e m a d e a b e r t u r a era

" O d e o n " , d e F r n e s t o Na/.areth e V i n í c i u s

d e M o r a e s , c a n t a d o p o r N a r a L e ã o .

Memórias de Amor Auioiii /.-Wilson Aguiar Filho D/reçõo/Gracindo Júnior Supervisão de direção:Wa\ter Avancini =! Í5mar-2 jun 1979 í » 1 8 h SÜ82

Jardel Filho interpretou o autoritário Aristarco, diretor do Ateneu.

Sandra Brea como Lívia Monteverde, apaixonada por Jorge, personagem de Eduardo Tornaghi.

A novela foi Inspirada no romance O A t e n e u ,

de Raul Pompeia, ambientado às vésperas da proclamação da República.

A t r a m a , c e n t r a d a n o C o l é g i o A t e n e u ,

u m d o s m a i s p r e s t i g i a d o s da c o r t e ,

e x p u n h a o c o n f l i t o e n t r e s e u a u t o r i t á ­

rio d i r e t o r , A r i s t a r c o ( J a r d e l F i l h o ) , e o

f i l h o , o a d v o g a d o J o r g e ( E d u a r d o T o r ­

n a g h i ) . O pai é m o n a r q u i s t a ; o j o v e m

d e f e n d e a c a u s a r e p u b l i c a n a . J o r g e s e

a p a i x o n a p o r L í v i a M o n t e v e r d e ( S a n d r a

B r e a ) , m a s o r o m a n c e n ã o é a c e i t o p o r

A r i s t a r c o , e m m a i s u m a d e s u a s a t i t u d e s

p r e p o t e n t e s . A n o v e l a t a m b é m n a r r o u

a t r a j e t ó r i a d e S é r g i o P o m p e i a ( M a ñ o ­

c o B u e n o ) , q u e c h e g a d o i n t e r i o r p a r a

e s t u d a r n o A t e n e u e e n f r e n t a a r íg ida

d i s c i p l i n a d o

i n t e r n a t o . S é r g i o se M E M O R I A S D E

a p a i x o n a p e l a filha

d e A r i s t a r c o , M a r i a

( M y r i a n R i o s ) .

Pai Herói l.ill Ditei aoW.illei Av.llii mi,Huberto 1,1 •( mn/.ii|,i Klol.i ago 1979 © 2 0 h Ü |178

fAOttda trama era a luta i homem em busca da le sobre seu pai.

lo p o l o a v ô , A n d r é

i i i .ma ( T o n y R a m o s ]

li i ' a c r e d i t a n d o q u e o

M a l t a C a j a r a n a ( L i m a

ii l e ) , fo i u m g r a n d e

i e m . I d e vai p a r a o

i lo J a n e i r o t e n t a r

. i i d a r a m o r t e d o

i i l e s c o b r e q u e M a l t a

i ido c o m o l a d r ã o d e

i s. I n c o n f o r m a d o , r e s o l ­

ve i n v e s t i g a r o c a s o e a c a b a

ii p e i t a n d o q u e o p a d r a s t o ,

Tu u n o B a l d a r a c c i ( P a u l o A u t r a n ) , c o

i. i p o n s á v e l p o r s e u d e s a p a r e c i m e n t o ,

. n i l i é se e n v o l v e c o m C a r i n a ( E l i z a -

I. ili S a v a l a ) , b a i l a r i n a f a m o s a , d e f a m í -

li i t r a d i c i o n a l , e c o m A n a P r e t a ( G l ó r i a

M e n e z e s ) , d o n a d e u m a c a s a d e s a m b a

m i s u b ú r b i o . M i s t u r a n d o b a l é c l á s s i c o

u n b a , J a n e t e C l a i r f e z d a d a n ç a u m

dos p r i n c i p a i s e l e m e n t o s d e Pai hlerói.

A n o v e l a g a n h o u u m t o m p o l i c i a l c o m

• i a s s a s s i n a t o d o i n e s c r u p u l o s o C é s a r

Re i s ( C a r l o s Z a r a ) . O s u s p e n s e d u r o u

i ié os ú l t i m o s c a p í t u l o s , q u a n d o a

i d e n t i d a d e d o c r i m i n o s o fo i r e v e l a d a :

B r u n o B a l d a r a c c i .

M a s o p e r s o n a ­

g e m , q u e c o n q u i s ­

t a r a a s i m p a t i a d o

p ú b l i c o , c o n s e g u e

Paulo Autran (em cena, com Manfredo Colassanti, esq.): o vilão Bruno Baldaracci conquistou a simpatia do público.

Tony Ramos e diária Menezes na novela que já havia sido apresentada em 1958, na Rádio Nacional, com o titulo U m Estranho na Terra de Ninguém.

f u g i r da p r i s ã o e m u m h e l i c ó p t e r o . O

t e m a d a a b e r t u r a d e Pai Herói, " P a i " , foi

c o m p o s t o e g r a v a d o p o r F á b i o Jr .

Para interpretarunia bailarina, Elizabeth Savala aprendeu passos de dança clássica e emagreceu, chegando apesar 48kg.

P A R T I C I P A Ç Õ E S E S P E C I A I S

Os bai lar inos f ranceses Atti-lio Labis e Franço ise Legrée , da Ópe ra Nac iona l d e Paris, par t i c iparam das e n c e n a ­ções dos espe tácu los Lago dos Cisnes e Gisele, m o n ­tados e s p e c i a l m e n t e para a nove la .

Feijão Maravilha Autoria: Braulio Pedroso Direção: Paulo Ublratan ==119 mar-4 ago 19/9 ©l'Hi tullM

A boa receptividade de F e i j ã o M a r a v i l h a fez a TV Globo apostar mais nas comédias para o horário das 19h.

A n o v e l a c r i t i c a v a a a l ta s o c i e d a d e e l a -

zia r e f e r ê n c i a s às c h a n c h a d a s . N o c e n t r o

da t r a m a , a m b i e n t a d a n o h o t e l I n t e r ­

n a c i o n a l , n o R i o d e J a n e i r o , e s t a v a m a

r e c e p c i o n i s t a E l i a n a ( L u c é l i a S a n t o s ) , o

t r a m b i q u e i r o A n s e l m o ( S t e p a n N e r c e s -

s i a n ) e o s f u n c i o n á r i o s B e n e v i d e s ( G r a n ­

d e O t e l o ) e O s c a r ( O l n e y C a / . a r r é ) .

E l i a n a é a p a i x o n a d a p o r A n s e l m o , m a s

O e m p r e s á r i o n ã o p e r c e b e o s e u a m o r .

E n t r e o s h ó s p e d e s e s t ã o o m a f i o s o A m ­

b r ó s i o ( J o s é L e w g o y ) , s u a a c o m p a n h a n t e

M a r i l y n M e y e r ( C l a r i c e P i o v e s a n ) , a s p i ­

r a n t e a a t r i z d e H o l l y w o o d , e u m b a n d o

José Lewgoy (em cena, com Clarice Piovesan) voltou a fazer papel de vilão, como na época dos filmes da Atlântida.

Ivan Setta (esq.), Felipe Curone e Older Cazarré como Coruja, Formoso e Neném Minhoca, membros desastra­dos de uma perigosa quadrilha de contrabandistas.

d e c o n t r a b a n d i s t a s .

T o d o s t e m e m o

m i s t e r i o s o S o m b r a ,

c u j a i d e n t i d a d e é

r e v e l a d a n o ú l t i m o c a p í t u l o : o b a n d i d o

s e c h a m a A m b r á s i o e é i r m ã o g ê m e o d e

A m b r ó s i o . A r e s p e i t á v e l s e n h o r a Fifi d e

Q u e i r o z ( M a r a R ú b i a ) , o e m p r e s á r i o

a r t í s t i c o a m e r i c a n o M r . Z i e g f e l d ( M a u r o

M e n d o n ç a ) e o p r í n c i p e á r a b e R a s h i d

( I v o n C u r i ) c o m p l e t a v a m o n ú c l e o d e

h ó s p e d e s . O s j o g a d o r e s d e f u t e b o l Z i c o e

S ó c r a t e s fizeram p a r t i c i p a ç õ e s na n o v e l a ,

a s s i m c o m o o radia l i s ta A d e l z o n A l v e s ,

n o p a p e l cie l o c u t o r d e t e l e j o r n a l .

C H A N C H A D A S

Feijão Maravilha c o n t o u c o m vár ios atores que par t i c ipa ram das famosas c h a n c h a d a s da At lânt ida , p rodutora c inematográ f i ca bra­sileira que fez sucesso c o m o gêne ro na d é ­cada d e 50. Ent re e les e s t a vam El iana M a c e d o e A n s e l m o Duar te , in térpretes dos pe r sona ­gens Soraia e T r indade .

Cabocla 1 Benedito Ruy Barbosa Direção geral: Hena\ Rossano §==4 jun-15 dez 1979 ©18h ;

Inrla Pires comoZuca, moça simples gue se apaixona I uís Jerônimo (Fábio Jr.), um jovem da cidade grande.

Autor se inspirou em romance homônimo de Ribeiro Couto para criticar a disputa de poder entre políticos da zona rural nos anos 20.

Para t r a t a r da s a ú d e , L u í s J e r ô n i m o

( F á b i o J r . ) d e i x a o R i o d e J a n e i r o e vai

p a r a u m a f a z e n d a e m V i l a da M a t a

( E S ) , o n d e se a p a i x o n a p e l a c a i p i r a

Z u c a ( G l ó r i a P i r e s ) . M a s e l e t e m d e

d i s p u t a r s e u a m o r c o m o p e ã o 'Fobias

( R o b e r t o B o m f i m ) , n o i v o da m o ç a . A

n o v e l a t a m b é m m o s t r a v a as b r i g a s e n t r e

o s p o l í t i c o s m a i s i n f l u e n t e s da reg ião , o s

c o r o n é i s B o a n e r g e s

( C l á u d i o C o r r ê a e

C a s t r o ) e J u s t i n o

( G i l b e r t o M a r t i ­

n h o ) , e o r o m a n c e (

p r o i b i d o e n t r e

s e u s f i lhos, B e l i n h a ( S i m o n e C a r v a l h o ) e

N e c o ( K a d u M o l i t c r n o ) . C o m a a s c e n s ã o

d e N e c o c o m o l í d e r p o l í t i c o , o a u t o r d e s ­

t a c o u a i m p o r t â n c i a rio v o t o consciente.

Marron Glacé Autoria: Cassiano Gabus Mendes Direção geral: Gracindo Júnior e Gonzaga Blota Direção: Sérgio Mattar e ValterCampos =|= 6ago 1979-1 " m a r 1980 fl»19h ÍÜ181

Drama e humor misturavam-se em M a r r o n < i l a c é , que enfocou a rotina em um bufê i • a disputa por sua propriedade.

Tara v i n g a r a m o r t e d o pai , O t á v i o ( P a u l o

F i g u e i r e d o ) p l a n e j a t o m a r p o s s e d o b u f ê

M a r r o n G l a c é , q u e a c r e d i t a ser d e s u a

lamí l ia . M a s e l e se a p a i x o n a p o r V a n e s s a

( S u r a B e r d i t c h e v s k y ) , filha da atual p r o ­

pr ie tár ia , C l o t i l d e (Yara C o r t e s ) . A n o v e l a

t a m b é m mostrava o dia a dia dos g a r ç o n s

O s c a r ( L i m a D u a r t e ) , N e s t o r ( A r m a n d o

B o g u s ) , L u i s Ct ' sar ( J o ã o C a r l o s B a r r o s o )

e J u l i a n o ( R i c a r d o B l a t ) . L i m a D u a r t e e

A r m a n d o B ó g u s

f i z e r a m u m c u r s o

b á s i c o d e g a r ç o m

p a r a i n t e r p r e t a r

s e u s p e r s o n a g e n s .

MARON y g ia :é Sura Berditchevsky interpretou Vanessa, apaixon pelo homem que quer dar um golpe em sua mãe.

Os Gigantes Autoria: Lauro César Muniz Colaboração: Maria Adelaide Amaral Direção gemi: Régis Cardoso Direção: Jardel Mello IÜ 20 ago 1979-2 fev 1980 O 20h 174

O s G i g a n t e s criticava o excessivo poder das multinacionais e propunha uma discussão sobre a prática da eutanásia.

A p ó s d e s l i g a r o s a p a r e l h o s q u e m a n t ê m

v i v o o i r m ã o g ê m e o , F r e d ( J o ã o B a t i s t a ) ,

a j o r n a l i s t a P a l o m a G u r g e l ( D i n a S f a t )

e n f r e n t a u m a b a t a l h a j u d i c i a l c o m a

c u n h a d a , V e r i d i a n a ( S u s a n a V i e i r a ) , q u e

a a c u s a d e t e r p r a t i c a d o e u t a n á s i a . A o

v o l t a r p a r a a c i d a d e n a t a l , P a l o m a r e ­

e n c o n t r a o f a z e n d e i r o F e r n a n d o L u c a s

( T a r c í s i o M e i r a ) e o m é d i c o F r a n c i s c o

R u b i ã o ( F r a n c i s c o

C u o c o ) , q u e

d i s p u t a m o s e u

a m o r . F e r n a n d o

t e m u m c a s a -

S O N O P L A S T I A

A e q u i p e d e sonoplast ia , coo rdenada pe lo maes t ro Guer ra Peixe, m o n t o u u m es túd io espec ia l para realçar os sons e uti l izou ruídos para ident i f icar os amb ien tes , uma técn ica c inematográ f i ca inédita e m te lev isão. A té e n ­tão, t odas as g ravações e r am feitas c o m som direto, a b s o r v e n d o ruídos externos.

m e n t o c o n t u r b a d o c o m V â n i a ( J o a n a

F o m m ) ; F r a n c i s c o r o m p e o n o i v a d o

c o m H e l e n a ( V e r a F i s c h e r ) p o r c a u s a d e

P a l o m a . A n o v e l a i n s i n u a v a u m r o m a n ­

c e h o m o s s e x u a l e n t r e P a l o m a e R e n a t a

G a r c i a ( L í d i a B r o n d i ) .

Olhai os Lírios do Campo Autoria: Geraldo Vietri e Wilson Rocha Direção geral: Nerval Rossano i = i 21 jan-24 mai 1980 9 1 8 h JÉÊ144

Adaptação de obra homônima de Erico Veríssimo se passava no sul do país, em meio à crise política dos anos 30.

D e o r i g e m h u m i l d e , o e s t u d a n t e d e m e ­

d i c i n a E u g ê n i o F o n t e s ( C l á u d i o M a r z o )

d e s m a n c h a o n a m o r o c o m O l í v i a M i ­

r a n d a ( N í v e a M a r i a ) p a r a se c a s a r c o m

a r i c a E u n i c e ( T h a i s d e A n d r a d e ) . A o

l a d o d e l a , c o n s e g u e u m b o m e m p r e g o e

c o n q u i s t a a m i z a - ^^^^^^^^^^^m

d e s i n f l u e n t e s . T r ê s

a n o s m a i s t a r d e , Bjtj|SÍ J t ^ Í K S B e l e se a r r e p e n d e WMIMMIJSÍ

se ••HYHflHH* d o p a r a o b t e r

a s c e n s ã o s o c i a l e d e c i d e v i v e r s u a a n t i g a

p a i x ã o . O l í v i a , p o r s u a v e z , e s c o n d e d e

t o d o s q u e E u g ê n i o é o p a i d e s u a f i l h a .

Nívea Maria interpretou a doce Olívia na trama, que exigiu grande pesquisa sobre a Porto Alegre

M dos anos 30.

Chega Mais IL I J I L O S 1 i IL I. I I i LE ) N i IV. I< ••. Ruteito. W.LLLLLL'L

l|| 3 mar-6 set 1980 919h BE 158

/lulu/ i/sou humor critico para contar a H la de um casal em pé de guerra.

I

Direção geral: Walter Campos Direção: Roberto Vlgnatl

B U F Ê E S P E C I A L

I I

i b o r a se g o s t e m , T o m ( T o n y

i i i i i s ) e G e l l y ( S ô n i a B r a g a ) v i v e m

. indo e, p o r isso, d e c i d e m se s e p a -

r o m se e n v o l v e c o m a e x e c u t i v a

i ( R o s a m a r i a M u r t i n h o ) . G e l l y é i i l i a d a p e l o e x - n o i v o , G u t o ( N e y

i l ' A n n a ) , m a s a m ã e d e l a , A g d a

•nata F r o n z i ) , q u e r v e d a a o l a d o 1 o p o s t o d i p l o m a t a a m e r i c a n o Paul

1 l e v e l a n d ( R u i R e z e n d e ) , q u e , na

' . i d a d e , é u m c a m e l o . O s e n c o n t r o s e

e n c o n t r o s d o s p r o t a g o n i s t a s e r a m

I r t t r e m e a d o s p e l a h i s t ó r i a d e L ú c i a ( R e -

I I i t a S o r r a h ) . A b a n d o n a d a p e l o m a r i d o ,

lonas ( N e y L a t o r r a c a ) , e l a v ê sua v ida

m u d a r q u a n d o

c o n h e c e o b a i a n o

A m a r o ( O s m a r

P r a d o ) , a s p i r a n t e

a c a n t o r mais

A festa d e c a s a m e n t o d e Gel ly e T o m (Sônia

Braga e Tony Ramos , foto) , exibida no pr i ­

mei ro capí tu lo , c o n t o u c o m a par t i c ipação

do g r u p o d e ga rçons d o f ict ício bu fê M a r r o n

G lacé , g u e d e u t í tulo à nove la ex ib ida a n t e ­

r i o rmente às 19h.

Marina lona; Wilson Aguiar Filho Direção: Nerval Rossano ==i 26 mai-8 nov 1980 í>18h ájffl 137

M a r i n a era centrada nas dificuldades de uma menina, criada em uma ilha, que I enta se adaptar em uma cidade grande.

I ' e p o i s d o suic íd io ria m u l h e r , o escr i ­

tor E s t e v ã o ( C a r l o s Z a r a ) d e c i d e cr iar

i filha, M a r i n a ( D e n i s e D u m o n t ) , e m

i o ta l l i b e r d a d e e m u m a ilha. A d o ­

lescente , e la se m u d a para o R i o d e

laneiro e passa a t e r d e l idar c o m u m

universo cul tural b a s t a n t e d i fe rente .

M a r i n a se a p a i x o n a p o r M a r c e l o ( L a u ­

ro C o r o n a ) , m a s e n f r e n t a a rivalidade

d e V e r a (E l ida L A s t o r i n a ) , e x - n a m o r a d a d o rapaz . S u a

1 m e l h o r a m i g a é L e l e n a (íris N a s ­

c i m e n t o ) , m e n i n a negra q u e so f re

d i s c r i m i n a ç ã o na esco la . A n o v e l a

foi b a s e a d a n o r o m a n c e Marina,

Marina, d e C a r l o s H e i t o r C o n y .

Denise Dumont e Carlos Zara em Mari na, cujo tema de abertura era "Sol de primavera" de Beto Guedes e Ronaldo Bastos.

Água Viva Autoria: Gilberto Braga e Manoel Carlos Direção: Paulo Ubiratan e Roberto lâlma frv ' lago 1980 í>20h Util

Ambientada no ensolarado Rio de Janeiro, Á g u a V i v a trazia a disputa de dois irmãos pela mesma mulher.

M i g u e l ( R a u l C o r t e z ) , c a s a d o c o m

L u c y ( T e t ê M e d i n a ) e p a i d e S a n d r a

( G l ó r i a P i r e s ) , é u m c i r u r g i ã o p l á s t i c o

d e s u c e s s o q u e c o n d e n a o e s t i l o d e v ida

d o i r m ã o , N e l s o n ( R e g i n a l d o F a r i a ) ,

u m bon vivant. A p ó s p e r d e r a m u l h e r

e m u m a e x p l o s ã o d e l a n c h a , o m é d i c o

se a p a i x o n a p o r L í g i a ( B e t t y P a r i a )

s e m s a b e r d e s u a r e l a ç ã o c o m N e l s o n .

L í g i a é u m a m u l h e r a m b i c i o s a , m ã e d o

d o i s filhos, e n ã o m e d e e s f o r ç o s p a r a

a s c e n d e r s o c i a l m e n t e . E l a se e n c a n t a

c o m N e l s o n , m a s n ã o i m a g i n a q u e e l e

p e r d e u t o d a a sua f o r t u n a . C a m p e ã o d e

p e s c a e c e r c a d o p o r a m i g o s i n f l u e n t e s ,

N e l s o n t e n t a r e c o n s t r u i r a v ida s e m

r e v e l a r sua n o v a c o n d i ç ã o financeira.

U m a p e r s o n a g e m m a r c a n t e na n o v e l a

e ra a e x c ê n t r i c a

m i l i o n á r i a S t e l l a

S i m p s o n ( T ô n i a

C a r r e r o ) , epie

t a m b é m t e n t a

Tônia Carrero (esq.), acompanhada de Glória Pires e Maria Padilha, numa das cenas de Água Viva gravadas na praia.

Raul Cortez, ,11 medn o Miguel: disputando com o irmão o amor da ambiciosa lígia, vivida por Betty Paria.

Água Viva a b o r d o u u m t ema p o l ê m i c o na

época : o topless nas praias d o Rio. Pe rsona ­

gens c o m o a des in ib ida Be th (Maria Padi lha)

a p a r e c e r a m s e m o sutiã d o biquín i e m cenas

q u e b u s c a v a m retratar as reações popu la res .

e s c o n d e r d e t o d a s as f o r m a s o s p r o b l e ­

m a s financeiros q u e e n f r e n t a . O u t r a

t r a m a i m p o r t a n t e t r a z ia o d r a m a da

>ilã M a r i a H e l e n a ( I s a b e l a C l a r e i a ) , c u j a

m e i g u i c e c o n q u i s t o u os t e l e s p e c t a d o ­

res. S u a ú n i c a a m i g a , a a s s i s t e n t e s o c i a l

S u e l y ( A n g e l a L e a l ) , d e s c o b r e q u e e l a

l i lha d e N e l s o n e, a o s a b e r d i sso , L í g i a

d e c i d e a d o t á - l a . N e l s o n , n o e n t a n t o ,

SÓ fica s a b e n d o q u e é pai d e M a r i a

I l e l e n a n o final da n o v e l a . N o s ú l t i m o s

a p í t u l o s M i g u e l é a s s a s s i n a d o , g e r a n d o

u m s u s p e n s o q u e c o n t r i b u i u p a r a o a l t o

í n d i c e d e a u d i ê n c i a da n o v e l a . O c r i m e

foi c o m e t i d o p o r K l e b e r S i m p s o n ( J o s é

l . e w g o y ) , q u e p a s s a a se s e n t i r a m e a ç a -

isabela Garcia (esqfeÁngela l eal protagonizaram o tema da adoção.

i lo q u a n d o d e s c o b r e q u e M i g u e l s a b e

d e s e u e n v o l v i m e n t o na p e r d a d o s b e n s

d e N e l s o n . K l e b e r , q u e a c a b a p r e s o , e s ­

c r e v e u m l i v r o d e m e m ó r i a s . Agua Viva

a j u d o u a p o p u l a r i z a r o w i n d s u r t , q u e

g a n h o u d e s t a q u e i n c l u s i v e na a b e r t u r a ,

a o s o m d e " M e n i n o d o R i o " , d e C a e t a n o

V e l o s o , na v o z d e B a b y C o n s u e l o .

I n s p i r a d a na n o v e l a d e G i l b e r t o B r a g a , a

c o l a b o r a d o r a L e o n o r B a s s è r e s l a n ç o u o

r o m a n c e Agua Viva d u a s s e m a n a s a n t e s

i lo final da n o v e l a .

[ C H A N T A G E N S

1 I V

N e m m e s m o as ma ldades p ro tagon izadas pela

vilã Lourdes Mesqu i ta (Beatr iz Segal l ) c o n s e g u i ­

r am imped i r o r omance ent re seu f i lho, Marcos ,

e a ba ta lhadora J a n e t e (Fáb io Jr. e Lucél ia S a n ­

tos, foto) . Lourdes o b t é m provas d e q u e E w a l d o

(Mauro M e n d o n ç a ) , pai d e J ane te , e s t á envo l v i do

c o m c o n t r a b a n d o e passa a chantageá- la . J a n e ­

te, no en tan to , se recusa a a b a n d o n a r Ma r cos e

Lourdes denunc i a Ewa ldo , q u e é preso.