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ACTUALIZAÇÃO CURRICULAR 4 . a classe Estudo do meio GUIA Metodológico do professor PROVA FINAL — ZONA VIRTUAL

GUIA - Instituto Nacional de Investigação e ... · orientação dos alunos e na criação dos hábitos e habilidades para a organização da observação metodológica dos factos

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A C T U A L I Z A Ç Ã O C U R R I C U L A R

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Maria António JoaquimAfonso Miguel

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Ficha Técnica

Título Guia Metodológico do Professor Estudo do Meio – 4.ª Classe Ensino Primário

Coordenação Geral Manuel Afonso José Amândio F. Gomes João Adão Manuel

Coordenação Técnica Maria Milagre L. Freitas Cecília Maria da Silva Vicente Tomás

Autores Maria António JoaquimAfonso Miguel

EditoraZona Virtual

Pré-impressão, Impressão e AcabamentosZona Virtual

MoradaRua Dr. Aleixo de Abreu, n.º 7, 2.º Esq.Ingombotas • Luanda • Angola

E-mail [email protected]

Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da Editora e do INIDE, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial de acordo com o estipulado no Código dos Direitos de Autor e Conexos.

©2019Zona VirtualLuanda, 2019 • 1.ª Edição • 1.ª Tiragem • 5000 exemplares

Registado na Biblioteca Nacional de Angola sob o n.º 8953/2019

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INTRODUÇÃOA disciplina de Estudo do Meio tem por finalidade iniciar a criança no conhecimento sistematizado do ambiente que a rodeia. Apresenta-se como uma área disciplinar na qual coexistem vários conceitos e métodos usados noutras disciplinas, como Ciências da Natureza, História, Geografia, Educação Moral e Cívica, Língua Portuguesa, entre outras, cujo principal objectivo é o de contribuir para a compreensão progressiva das inter-relações que acontecem entre a natureza e a sociedade.

Em sala de aulas, esta disciplina deve ser trabalhada de forma a conjugar a teoria e a prática, com o objectivo de formar sujeitos em construção social, capazes de se conhecer a si mesmos, de se relacionar com o meio que os rodeia, de compreender e resolver os problemas locais, nacionais e internacionais, de amar e valorizar a natureza.

Com base neste pressuposto, elaborou-se este guia com sugestões que ajudarão o professor a planificar as suas aulas. No entanto, as sugestões que se lhe apresentam devem ser enriquecidas como forma de ressignificar as suas práticas. O guia integra propostas para a planificação dos temas que compõem o programa da disciplina e algumas sugestões metodológicas para a planificação das aulas, tendo em conta os conteúdos dos diferentes subtemas e os meios de ensino. As sugestões ajudam-no na orientação dos alunos e na criação dos hábitos e habilidades para a organização da observação metodológica dos factos e fenómenos biológicos e geográficos, para sobre eles reflectir e para os poder interpretar.

Os saberes locais e as vivências dos alunos sobre o meio envolvente são, sem dúvida, os pré-requisitos importantes da educação para a cidadania. O conhecimento das acti-vidades económicas, sociais e culturais é fundamental para que o aluno desenvolva um espírito crítico perante o seu próprio meio, constituindo uma via de consciencialização para a participação na vida social.

Aconselha-se que se ponha em prática o trabalho colaborativo como forma de interac-ção entre os diferentes actores da educação (relação entre professor/professor, profes-sores/alunos, professores/parceiros sociais), concorrendo desta forma para a melhoria da qualidade do ensino. Sugere-se ainda que a aprendizagem no Ensino Primário seja lúdica (aprender brincando).

Espera-se que o guia auxilie o professor nas tarefas do dia-a-dia, promovendo a forma-ção integral dos sujeitos em construção social.

As autoras

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ÍNDICE

TEMA 1 A descoberta de si mesmo 6 1.1. ESTRUTURA DO CORPO HUMANO 6

1.1.1. ESTRUTURA EXTERNA DO CORPO HUMANO 6

1.1.2. ESTRUTURA INTERNA DO CORPO HUMANO 7

1.1.2.1. ESQUELETO, MÚSCULOS E ARTICULAÇÕES 7

1.1.3. MÚSCULOS 11

1.1.4. ARTICULAÇÕES 12

1.2. SISTEMA DIGESTIVO 13

1.3. SISTEMA RESPIRATÓRIO 17

1.4. SISTEMA CIRCULATÓRIO 19

1.5. ITS/VIH/SIDA 23

1.6. SISTEMA URINÁRIO 25

1.7. SISTEMA REPRODUTOR 26

1.8. SISTEMA NERVOSO 28

TEMA 2 Actividades económicas 30

2.1. AGRICULTURA 30

2.2. HORTICULTURA 31

2.3. FRUTICULTURA 33

2.4. SILVICULTURA 34

2.5. PECUÁRIA 35

2.6. AVICULTURA 37

2.7. APICULTURA 38

2.8. DEGRADAÇÃO DOS SOLOS 39

2.9. PESCA 40

2.9.1. PROTECÇÃO DOS RECURSOS MARÍTIMOS 42

2.10. INDÚSTRIA 44

2.10.1. INDÚSTRIA TÊXTIL 44

2.10.2. INDÚSTRIA DE LACTICÍNIOS 45

2.10.3. INDÚSTRIA DE CONSERVAS, DE CURTUMES, DE CIMENTO 47

2.10.4. EFEITOS DA ACTIVIDADE INDUSTRIAL NO AMBIENTE 49

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TEMA 3 Actividades sociais e qualidade de vida 51

3.1. SERVIÇOS SOCIAIS 51

3.2. SERVIÇOS COMUNITÁRIOS 52

3.2.1. CULTURA 53

3.2.2. MEIOS DE TRANSPORTE 54

3.2.3. MEIOS DE COMUNICAÇÃO 56

3.3. QUALIDADE DE VIDA 57

TEMA 4 Ambiente natural 60

4.1. AMBIENTE NATURAL 60

4.1.1. O HOMEM TRANSFORMA O MEIO 61

4.1.1.1. POLUIÇÃO DO AR 62

4.1.1.2. POLUIÇÃO DA ÁGUA 64

4.1.1.3. POLUIÇÃO DO SOLO 65

4.1.2. SECA E DESERTIFICAÇÃO 66

4.1.3. ÁREAS DE PROTECÇÃO AMBIENTAL 68

TEMA 5 Perspectiva histórica 70

5.1. OS PRIMEIROS POVOS QUE HABITARAM O TERRITÓRIO DE ANGOLA 70

5.2. AS MIGRAÇÕES 71

5.3. O PASSADO HISTÓRICO DO PAÍS 73

5.4. OS LOCAIS HISTÓRICOS 76

PLANIFICAÇÃO 78

AVALIAÇÃO 80

BIBLIOGRAFIA 84

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TEMA 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO

1.1. ESTRUTURA DO CORPO HUMANO

1.1.1. Estrutura externa do corpo humano

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Distinguir a estrutura externa do corpo humano.— Descrever as funções da pele.— Reconhecer os cuidados a ter com a pele.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar por explorar o conhecimento dos alunos no que diz respeito à estrutura externa do corpo humano, com a ajuda dos recursos edu-cativos levados para a sala de aula como figuras, fotografias, mapas ou vídeos, caso existam, para que estes estabeleçam as diferenças que existem quanto ao revestimento do corpo dos animais, incluindo o próprio homem. Com base nas respostas dos alunos, o professor pode explicar que o corpo humano está pro-tegido pela pele. Feita esta comparação, em conjunto com os alunos, define-se o conceito de pele: o maior órgão do corpo humano, que é caracterizado por ser resistente, flexível, elástico e que envolve toda a superfície externa do corpo. Em seguida, o professor apresenta uma figura que representa a estrutura da pele, para mostrar as duas camadas: a epiderme e a derme.

O professor pode dizer aos alunos para verificarem que, se apalparem as dife-rentes regiões do seu corpo, além da pele, no seu interior existe uma parte mole constituída pelos músculos e uma parte dura e resistente formada pelos ossos. O professor destaca a importância da pele como um órgão que: impede a entrada de micróbios; protege o organismo do frio, do calor e da poeira; protege os mús-culos, os ossos, os órgãos internos e dá forma ao corpo; é como uma mem-brana elástica que não se rasga com facilidade. Explica que, através dela, senti-mos a textura do pêlo de um gato, o frio do gelo, o calor de um ferro de engomar ou a dureza de uma pedra, sendo, por isso, o órgão do sentido do tacto.

De seguida, apresenta figuras ou fotografias que mostram crianças com roupas sujas e crianças a tomarem banho e pede aos alunos para descreverem o que observam nas figuras. Esta actividade tem como objectivo perceber e explorar

TEMA 1 A descoberta de si mesmo

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TEMA 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO

conhecimentos sobre os cuidados de higiene e protecção da pele, dando a conhecer os problemas de saúde que podem surgir quando esses mesmos cui-dados não estão presentes.

Sugerimos, como métodos de ensino a construção conjunta de conceitos, utili-zando um cartaz que apresente comportamentos correctos e incorrectos a ter com a pele, a partir do diálogo e das observações dos alunos.

Para uma melhor compreensão e para avaliar o grau de assimilação dos alunos, o professor pode pedir-lhes que estabeleçam as diferenças quanto ao revesti-mento do corpo de alguns animais.

ACTIVIDADES

1. Os alunos dão exemplos de animais que conheçam ou já tenham ouvido falar.2. Tendo em conta os exemplos apresentados, os alunos agrupam os nomes de

animais, de acordo com as características do revestimento do corpo.

1.1.2. Estrutura interna do corpo humano

1.1.2.1. Esqueleto, músculos e articulações

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de esqueleto.— Classificar os ossos das diferentes regiões do esqueleto.— Reconhecer a função dos ossos das diferentes regiões do esqueleto.— Definir o conceito de músculos.— Descrever a função dos músculos.— Definir o conceito de articulações.— Descrever a função das articulações.— Explicar a importância das articulações no corpo humano.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Para iniciar a explorar estes conteúdos, o professor pode utilizar figuras de ani-mais que possuem esqueleto interno e de animais que não possuem esqueleto. De seguida, pede aos alunos para agruparem, nos seus cadernos, os nomes dos animais, de acordo com a presença ou ausência de esqueleto. Mediante per-guntas e respostas, os alunos apresentam as razões que justificam os grupos que formaram com os animais.

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Utilizando uma maquete ou um modelo do esqueleto do corpo humano, o professor identifica as principais partes do corpo humano — cabeça, tronco e membros superiores e inferiores — e os ossos constituintes.

Define-se o conceito de esqueleto como sendo o conjunto dos ossos que sus-tentam e protegem todos os órgãos do corpo humano.

Conhecendo o conjunto de ossos que formam o corpo humano e que nos per-mitem colocarmo-nos de pé, andar, correr ou saltar, o professor destaca as funções que os ossos desempenham no corpo, tais como: dar firmeza ao corpo; suportar as partes moles do corpo; proteger os órgãos internos.

Mediante a utilização de figuras ou do modelo do corpo humano, o professor mostra, utilizando as imagens presentes no manual, na página 12, ou utilizando um modelo, as três partes que compõem o esqueleto humano: a cabeça, onde se localiza o crânio e a face; o tronco, onde se encontram as costelas e a coluna vertebral; e os membros: (dois) superiores e (dois) inferiores.

Membros superiores

Membros inferioresTronco

Cabeça

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De seguida, apresenta uma figura da cabeça humana e destaca que se divide em duas partes: o crânio e a face.

Refere que o crânio forma uma caixa dura, constituída pelos ossos: frontal, parietal, occipital, temporal, malar, nasal e esfenóide. Salienta que, à excepção da testa, o crânio está coberto de cabelos e protege o cérebro.

Posteriormente, o professor apresenta uma figura do cérebro e explica a sua função: coordenar o funcionamento do corpo, ou seja, comandar o funciona-mento de todos os órgãos.

De igual maneira, refere que a face (cara) é a parte do crânio onde se encon-tram os olhos, o nariz, a boca e as orelhas (ouvidos) – órgãos dos sentidos.

FrontalParietal

Temporal

Occipital

Nasal

Malar

Maxilar superior

Maxilar inferior

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O professor apresenta a figura do tronco, mostrando os ossos que o formam. Refere que é a parte mais volumosa do corpo, está ligado à cabeça pelo pes-coço, sendo formado por: coluna vertebral (constituída por 33 vértebras); cos-telas e o esterno (ou osso do peito), e que, no conjunto, formam a caixa torá-cica e protegem órgãos muito importantes, como o coração e os pulmões.

Para abordar os membros superiores, o professor apresenta um esquema que mostra os ossos que os constituem: braço (úmero), antebraço (rádio e cúbito) e mão (carpo, metacarpo e falanges), e os membros inferiores: anca (ilíaco), coxa (fémur), perna (tíbia e perónio) e pé (tarso, metatarso e falanges).

O professor deve salientar a importância que as mãos desempenham, pois pos-sibilitam a realização de diferentes tarefas (comer, escrever, etc.) e que as per-nas e os pés suportam o peso do corpo e permitem a nossa locomoção (andar, correr, saltar).

Clavícula

Omoplata

Esterno

Costelas

Vértebras

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1.1.3. Músculos

Partindo do conhecimento de que os ossos são a parte dura do nosso corpo, o professor pode explicar que, por este facto, seria impossível realizar-se algum movimento, se os ossos não tivessem a colaboração de outros órgãos.

Caracteriza os ossos como encontrando-se protegidos por uma massa averme-lhada chamada carne (nome vulgar) a que, cientificamente, se chama múscu-los, situada entre a pele e os ossos.

O professor explica que os músculos são os responsáveis pelo movimento e suporte do corpo. Em relação ao suporte, os músculos ligam-se aos ossos atra-vés de tendões — cordões esbranquiçados e muito resistentes. Recorrendo à comparação dos músculos e dos tendões com elásticos, que têm a capacidade de contracção e distensão, permitem o movimento, pois «puxam» ou «empur-ram» os ossos, conforme as necessidades do corpo.

Fémur

Rótula

Tíbia

Perónio

Tarso

Metatarso

Falanges

Úmero

Rádio

Cúbito

Carpo

Metacarpo

Falanges

Cox

aBra

ço

Pern

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Mão

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O professor explica aos alunos as diferentes funções que os músculos realizam no corpo humano e os cuidados que devemos ter para evitar lesões nos ossos, tomando como exemplo o desvio da coluna vertebral, por adoptarmos postu-ras incorrectas ao sentar, escrever, deitar e transportar peso excessivo na cabeça.

1.1.4. Articulações

Para que os alunos possam compreender melhor, utilizando as figuras do texto, professor e alunos observam que existem pontos de contacto entre os ossos, que se denominam articulações. O professor destaca a importância das articu-lações, que permitem o movimento do corpo.

Distingue os diferentes tipos de articulações: articulações móveis — permitem movimentos amplos (por exemplo, a articulação que liga o antebraço ao coto-velo); articulações fixas — que unem dois ou mais ossos, mas não permitem qualquer movimento (por exemplo, ossos do crânio); e articulações semimó-veis — que unem os ossos e permitem movimentos limitados (por exemplo, articulação entre duas vértebras).

Tendão Tendão

Bíceps (músculo)contraído

Tríceps (músculo) distendido

Bíceps distendido

Tríceps contraído

Úmero Úmero

CONTRACÇÃO

ARTICULAÇÕES MÓVEIS

ARTICULAÇÕES FIXAS

ARTICULAÇÕES SEMIMÓVEIS

DISTENSÃO

Ombro Joelho Crânio Vértebras

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Como métodos de ensino, sugerimos a construção conjunta dos conceitos, a partir do diálogo, da pesquisa e do trabalho em grupo, sob observação.

ACTIVIDADES

1. Pedir aos alunos para assinalarem e caracterizarem as diferentes partes que formam o corpo humano, os diferentes ossos e suas referidas funções.

2. Solicitar aos alunos que escrevam num quadro o nome dos ossos que com-põem o corpo humano, organizando-os, de acordo com a parte a que per-tencem.

1.2. SISTEMA DIGESTIVO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de sistema digestivo.— Especificar os órgãos que formam o sistema digestivo.— Descrever o processo da digestão no homem.— Classificar os órgãos que se encontram na cavidade bucal.— Distinguir o tipo de dentição do homem.— Identificar os órgãos que formam os dentes.— Classificar a dentição.— Distinguir as funções de cada categoria dos dentes.— Demonstrar os cuidados a ter com os dentes para a preservação da saúde.— Desenvolver hábitos de higiene do sistema digestivo.— Reconhecer as doenças do sistema digestivo.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Para compreender como se realiza o processo da digestão, o professor solicita aos alunos que mencionem o nome de alimentos. Posteriormente, partindo do conhecimento que já possuem sobre a alimentação, pede que indiquem o caminho percorrido pelos alimentos no interior do organismo, a partir do momento em que são introduzidos na boca. Com base nas respostas dos alu-nos, enfatiza que, antes de as substâncias nutritivas serem incorporadas no sangue, os alimentos sofrem várias transformações. Apresenta a definição de digestão — o processo de transformação dos alimentos — e de sistema diges-tivo — conjunto dos órgãos que contribuem para a transformação dos alimen-tos em substâncias simples, que podem ser absorvidas pelo sangue.

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O professor pode utilizar como meios auxiliares ou recursos didácticos mode-los, figuras ou mapas do sistema digestivo humano. Mediante a observação, os alunos deverão identificar e reconhecer os órgãos que compõem o sistema digestivo:

• Tubo digestivo: órgãos pelos quais os alimentos passam durante a sua trans-formação — boca, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus;

• Órgãos anexos: órgãos exteriores ao tubo digestivo, que produzem substân-cias que ajudam a transformação dos alimentos — glândulas salivares, o fígado e o pâncreas.

O professor, em conjunto com os alunos, explora as várias etapas do processo de digestão. Explica que, primeiramente, os alimentos são introduzidos na boca e com ajuda dos dentes, língua e a saliva (glândulas salivares) são cortados, envolvidos com saliva e amassados, formando o bolo alimentar. Depois, o bolo alimentar passa por diferentes órgãos, como a faringe e o esófago, que o empurra através de movimentos peristálticos (contracções e distensões) até ao estômago.

Glândulas salivares

Estômago

Fígado

Esófago

Boca

Pâncreas

Reto

Ânus

Faringe (garganta)

Vesícula biliar

Intestino delgado

Intestino grosso

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O estômago é um órgão musculoso que produz um líquido, o suco gástrico (segregado pelas glândulas estomacais), que actua sobre o bolo alimentar. No estômago, através da acção do suco gástrico e dos movimentos peristálticos, o bolo alimentar transforma-se num líquido espesso e pastoso, chamado quimo. Posteriormente, o quimo passa para o intestino delgado, onde sofre a acção do suco intestinal (segregado pelas glândulas intestinais), do suco pancreático (produzido pelo pâncreas) e da bílis (segregada pelo fígado), transformando-se numa mistura líquida, chamada quilo. O quilo contém as substâncias nutritivas e materiais que não foram transformados. Através da parede do intestino, as substâncias nutritivas passam para o sangue (parte assimilada), e os materiais não transformados seguem para o intestino grosso, onde dão origem às fezes, que são, posteriormente, expulsas através do ânus.

Para explorar a dentição, o professor mostra figuras e, através de perguntas e das respostas dos alunos, apresenta a dentição de leite, como a primeira den-tição das crianças, que se torna visível por volta dos 4 meses e que é constituída por apenas vinte dentes.

Para abordar a dentição definitiva, o professor pode referir que, aproximada-mente, a partir dos 7 anos e até aos 14, a dentição de leite começa a cair e é substituída por dentes que formam a dentição definitiva. É constituída por 32 dentes — dezasseis no maxilar superior e dezasseis no maxilar inferior.

Canino

Pré-molares

Molares

Língua

Saliva

Incisivos

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O professor esclarece que, de acordo com a forma e função, existem três tipos principais de dentes:

• 4 incisivos, situados na parte da frente do maxilar, que servem para prender e cortar os alimentos;

• 2 caninos, que apresentam uma forma cónica e servem para rasgar os ali-mentos;

• 10 molares, que servem para triturar ou moer os alimentos.

Com base na figura, caracterizam-se as partes que compõem o dente:

• coroa — parte exterior, formada por esmalte;• raiz — parte interior, que se liga ao maxilar.

Quanto aos cuidados a ter com os dentes, o professor e os alunos poderão simular os procedimentos correctos de como escovar os dentes. O professor deverá explorar os conhecimentos dos alunos, formando grupos. Reforçando, no final, os cuidados a ter com os dentes.

Para abordar os cuidados a ter com o sistema digestivo, o professor pode ques-tionar os alunos sobre os seus hábitos. Após reflexão, solicitar a construção da lista dos comportamentos a evitar e de comportamentos a adoptar, para a manutenção da saúde do sistema digestivo. O professor deve ainda referir as principais doenças do sistema digestivo, associando os comportamentos cor-rectos à prevenção das mesmas.

Para avaliar o grau de assimilação, os alunos poderão interpretar figuras, esque-mas e modelos para compreenderem como ocorre o processo de digestão, bem como as partes que compõem o sistema digestivo.

Coroa

Colo

Raiz

Esmalte dentário

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ACTIVIDADES

1. Em grupo, descrever os cuidados que devemos manter para o melhor fun-cionamento do sistema digestivo e descrever as principais doenças do sis-tema digestivo.

2. Apresentar os resultados à turma em plenário.

1.3. SISTEMA RESPIRATÓRIO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Distinguir os órgãos que constituem o sistema respiratório.— Descrever as funções dos órgãos do sistema respiratório.— Descrever a respiração pulmonar através dos movimentos de inspiração e

expiração.— Mencionar algumas doenças do sistema respiratório com o fim de as prevenir.— Debater as causas das doenças do sistema respiratório.— Desenvolver hábitos de higiene do sistema respiratório.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode recorrer aos meios auxiliares ou recursos didácticos, modelos, figuras, mapas do sistema respiratório, para que os alunos, com base na obser-vação, identifiquem e reconheçam os órgãos que compõem o sistema respira-tório: vias respiratórias e pulmões.

Faringe

Fossas nasais

Boca

Laringe

Brônquios

Pulmão direito

Traqueia

Pulmão esquerdo

Diafragma

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Utilizando os conhecimentos já adquiridos, solicitar a caracterização da função do sistema respiratório.

Para o conhecimento do funcionamento dos movimentos respiratórios, profes-sor e alunos podem exercitar/realizar o movimento de inspiração e expiração. A partir desta actividade, o professor pede aos alunos para explicarem as sen-sações que tiveram na caixa torácica, ao realizar os dois movimentos.

Com base nas respostas, o professor pode apresentar figuras dos movimentos respiratórios (manual, página 26), explicando que é através dos movimentos respiratórios que se renova o ar nos pulmões. Explica que ao movimento que permite a entrada do ar e o transporte do oxigénio até aos pulmões chamamos inspiração. E que ao movimento de saída do ar, que retira o dióxido de carbono e o vapor de água dos pulmões, chamamos expiração.

Para auxiliar a compreensão dos cuidados a ter com o sistema respiratório e prevenir doenças, o professor pode utilizar várias figuras representativas da poluição do ar devido à actividade industrial, lixeiras e fumo do tabaco, por exemplo. Enumerar com os alunos as principais doenças do sistema respiratório e as medidas higiénicas preventivas que podemos tomar.

Referir que as principais doenças do sistema respiratório são: a asma, que se caracteriza pela dificuldade em respirar; a faringite e a laringite, que resultam de inflamação e se caracterizam pelas dificuldades respiratórias e de deglutição; a tuberculose, o cancro no pulmão, a pneumonia, entre outras.

INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO

Entradade ar

(oxigénio)

Saídade ar (dióxidode carbono)

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Destaca que a respiração é um processo muito importante para vivermos, mas, para isso, é necessário respeitar e cumprir as medidas de higiene:

• Inspirar ar puro pelo nariz;• Não dormir em quartos com plantas;• Praticar exercícios físicos com regularidade;• Plantar árvores ao redor de casa e na escola, caso seja possível;• Não permanecer muito tempo em lugares fechados, arejando as habitações.

O professor poderá recorrer a metodologias expositivas, ao diálogo e à experi-mentação, sob orientação e avaliar os alunos com perguntas orais ou escritas.

ACTIVIDADE

1. Realizar a actividade prática que demonstra a importância do oxigénio para os seres vivos.

MATERIAL: • Planta pequena • Garrafa com tampa

PROCEDIMENTO: 1. Coloca a planta dentro da garrafa. 2. Tapa a garrafa 3. Observa o que aconteceu passados três dias. a) Registar o que foi observado, passados os três dias. b) Comparar observações. c) Discutir e elaborar conclusões conjuntas.

1.4. SISTEMA CIRCULATÓRIO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de sangue.— Distinguir os órgãos que fazem parte do sistema circulatório.— Descrever as funções dos órgãos do sistema circulatório.— Diferenciar a grande circulação da pequena circulação.— Reconhecer os órgãos do sistema circulatório que transportam sangue puro

e sangue impuro.— Desenvolver regras de higiene para manter uma boa circulação.

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TEMA 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Partindo do conhecimento que os alunos já possuem acerca de sangue, o pro-fessor elabora algumas perguntas como, por exemplo, questionar se já fizeram análises ao sangue ou se, por acaso, já observaram ou tiveram algum ferimento acidentalmente no corpo, tendo saído um líquido vermelho.

O professor, em conjunto com os seus alunos, define o conceito de sangue: um líquido vermelho que circula por todo o organismo, que distribui e recolhe pro-dutos pelo organismo. Enfatiza que o movimento do sangue ocorre no interior dos vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares), com a ajuda do coração, que o bombeia.

Em seguida, mostra uma figura que representa um esquema da circulação san-guínea e caracteriza os vasos sanguíneos.

O professor desafia os alunos a realizarem a seguinte experiência: colocar a mão no peito, no lado esquerdo, ou colocar dois dedos no lado interior do pulso e registar o que sentem.

Mediante perguntas, indaga sobre o sentiram e, posteriormente, explica aos alunos que estas batidas do coração são os movimentos que bombeiam o san-gue para todo o corpo e, no segundo caso, as contracções das artérias que auxiliam o movimento do sangue no mesmo sentido.

ArtériaArtéria aorta Veia

Vasos capilares

Coração

Veia cava inferior

Veia cava superior

Artéria

Veia

Veias pulmonares

Artérias pulmonares Coração Coração

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TEMA 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO

Com o esquema do coração, o professor pode explicar que este está dividido em duas aurículas e dois ventrículos. Refere que cada aurícula se comunica com o seu ventrículo através de uma válvula que deixa apenas passar o sangue de cima para baixo.

Os vasos sanguíneos apresentam as seguintes funções:

• As artérias transportam o sangue do coração para todas as partes do corpo;• As veias são os vasos através dos quais o sangue circula até ao coração;• Os capilares são os vasos fininhos (da espessura de um fio de cabelo) que

unem as artérias às veias.

De seguida, o professor explica que a principal função do sistema circulatório é permitir a circulação do sangue em todo o organismo, assim como distribuir as substâncias nutritivas e o oxigénio a todas as células do corpo.

Em forma de resumo, apresenta o seguinte quadro:

Estrutura do sistema circulatório

Coração

Duas aurículas• Direita• Esquerda

Dois ventrículos• Direito• Esquerdo

Vasossanguíneos

• Artérias – transportam o sangue vindo do coração• Veias – transportam o sangue em direcção ao coração• Capilares – ligam as artérias às veias

Artéria aorta

Artérias pulmonares

Veias pulmonares

Aurícula esquerda

Ventrículo esquerdo

Veia cava superior

Aurícula direita

Ventrículo direito

Veia cava inferior

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TEMA 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO

Conhecendo a função do sistema circulatório no corpo humano, o professor explica aos alunos, através de um esquema, que a circulação do sangue se rea-liza em duas fases: a grande circulação e a pequena circulação.

A grande circulação começa quando o ventrículo esquerdo se contrai e termina na aurícula direita. O sangue sai do ventrículo esquerdo através de uma artéria e chega ao coração, através de uma veia. Quando sai do ventrículo esquerdo, o sangue é vermelho-claro, rico em oxigénio. Depois, torna-se vermelho--escuro, rico em dióxido de carbono e outros produtos tóxicos (recolhidos das diferentes partes do corpo), e chega à aurícula direita através das veias.

A pequena circulação começa quando o sangue sai do ventrículo direito, atra-vés de artérias até aos pulmões, e termina na aurícula esquerda. Nesta circula-ção, o sangue sai do coração rico em dióxido e vai até aos pulmões para o libertar e receber oxigénio. Volta, rico em oxigénio, ao coração através de veias.

De seguida, o professor explica aos alunos a função dos vasos sanguíneos, começando pelas artérias que transportam o sangue vindo do coração. Na sua maioria, transportam sangue rico em oxigénio (na pequena circulação, quando transportam o sangue em direcção aos pulmões, o sangue é rico em dióxido de carbono). As veias transportam o sangue em direcção ao coração. Na sua maio-ria, transportam sangue rico em dióxido de carbono (na pequena circulação, as veias transportam sangue rico em oxigénio, vindo dos pulmões para o cora-ção).

Veias

Capilares

Artérias

Coração

Vasos sanguíneosde todo o corpo

Capilares

Artéria pulmonar

Coração

Veia pulmonar

Pulmão direito Pulmão esquerdo

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O professor deve, em conjunto com os alunos, discutir as principais regras de higiene que permitem manter a boa circulação no organismo.

Em função das respostas dos alunos, menciona algumas regras de higiene, como, por exemplo:

• Praticar regularmente exercícios físicos ou algum desporto;• Evitar comer comida com muita gordura e sal;• Evitar usar roupas, cintos e calçados apertados, porque prejudicam a circula-

ção;• Não fumar;• Evitar o uso de bebidas alcoólicas.

O professor avalia o grau de assimilação dos alunos, através de perguntas orais ou escritas.

ACTIVIDADE

1. Construir um quadro-resumo sobre a estrutura do coração, a função dos vasos sanguíneos, a grande e a pequena circulação.

1.5. ITS/VIH/SIDA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Distinguir doenças transmitidas sexualmente.— Reconhecer o significado do acrónimo SIDA.— Debater na comunidade as formas de infecção e não infecção pelo VIH.— Expressar a importância do teste Elisa para o conhecimento do estado sero-

lógico do indivíduo.— Demonstrar atitudes nobres para com os seropositivos.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode iniciar o tema definindo o conceito de SIDA como uma doença provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Este vírus pode infectar qualquer pessoa. A SIDA significa Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.

Apresenta as formas de contágio, indicando que as pessoas podem adquirir esta doença através de transfusões de sangue infectado, através de relação

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sexual desprotegida com um parceiro infectado ou pela partilha de lâminas, agulhas e seringas infectadas.

Explica que o vírus não se transmite através de manifestações de afecto, como o aperto de mão ou o beijo, partilha de objectos, como talheres, pratos, roupa de cama, partilha de espaços, como casas de banho, salas de aula e picadas de mosquitos, entre outros.

Refere que é uma doença que não tem ainda cura e ataca o sistema imunitário do corpo.

O professor deve enfatizar que é importante fazer o teste de VIH, para que se possa viver com segurança e saber do nosso estado serológico. Este teste deve ser confidencial, isto é, não deve ser revelado a qualquer pessoa.

De referir que, para se evitar a discriminação, o professor tem a grande respon-sabilidade de explicar aos alunos que ser seropositivo não significa morte, desde que se cumpram todas as recomendações do médico e, por exemplo, tenha uma alimentação variada e saudável. Deve-se salientar que, nesta situação, é importante manter as relações próximas com familiares, amigos, colegas, vizi-nhos e outros.

O professor realça também que uma pessoa que tem o VIH é chamada de seropositiva ou portadora do vírus e pode desenvolver a doença; e se não tiver VIH é chamada de seronegativa. Explica que as pessoas seropositivas têm a obrigação de tomar as medidas necessárias para não infectar os outros, e as que não têm o vírus devem prevenir-se para não o contrair.

É importante destacar que esta doença provoca muitos problemas às famílias, muitas crianças ficam órfãs, perdem-se muitos membros da família e o país perde também muitos trabalhadores. Referir também que, actualmente, a SIDA tem formas de ser controlada, sendo, por isso, fundamentais os serviços espe-cializados de saúde para o acompanhamento das pessoas portadoras do vírus e para distribuição gratuita dos medicamentos.

ACTIVIDADES

1. Organização de um debate sobre formas de transmissão e não transmissão, os cuidados que todos devem ter, cuidados de saúde e relações familiares e sociais das pessoas seropositivas.

2. Elaborar um quadro com as formas de transmissão, formas de prevenção e consequências.

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1.6. SISTEMA URINÁRIO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Distinguir os órgãos que fazem parte do sistema urinário.— Descrever a função do sistema urinário.— Reconhecer a importância dos órgãos do sistema urinário para a vida do

homem.— Desenvolver regras de higiene para o seu bom funcionamento.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode iniciar este tema, tendo como ponto de partida a vontade de urinar, quando temos a bexiga cheia, questionando a origem daquele líquido.

Deve explicar que, no nosso corpo, se formam certas substâncias prejudiciais à saúde e, como tal, estas devem ser eliminadas através das vias respiratórias, das vias urinárias e da pele.

Depois, com o uso de figuras ou modelos, o professor pode apresentar aos alunos a estrutura do sistema urinário, permitindo-lhes identificar e localizar os órgãos que a constituem, nomeadamente, os rins, os ureteres, a bexiga e a uretra. Em seguida, deverá explicar a função de cada um destes órgãos, come-çando pelos rins.

Deve referir que os rins são dois órgãos de cor vermelho-escura, com a forma de feijão, e que se encontram na cavidade abdominal, situados um de cada lado da coluna vertebral. Os rins funcionam como filtros e filtram as impurezas do sangue: ureia, água e sais minerais.

Rim

Ureter

Bexiga

Uretra

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Deve caracterizar os ureteres como dois canais que levam a urina dos rins para a bexiga. A bexiga pode ser descrita como um órgão com a forma de saco, muito elástico, onde se acumula a urina. Deve referir que a uretra é o canal que transporta a urina até ao exterior e que é maior nas pessoas do sexo masculino.

O professor deverá explicar aos alunos que existem uma série de doenças asso-ciadas ao sistema urinário como, por exemplo, os cálculos renais e as infecções urinárias. Pode destacar também que, para manter um bom funcionamento do sistema urinário, devemos adoptar e respeitar algumas normas de higiene, entre as quais:

• Beber muita água (entre 1,5 e 2 litros por dia);• Não beber bebidas alcoólicas e café em excesso;• Fazer exercício físico;• Consultar o médico se surgir sangue na urina;• Manter a higiene corporal;• Não acumular urina na bexiga;• Usar roupas interiores sempre limpas.

O professor poderá utilizar, como recursos educativos, figuras, gravuras, foto-grafias e outros e, como métodos, a construção conjunta de conceitos, a obser-vação e o diálogo. Para avaliar o grau de assimilação dos alunos poderá fazer perguntas orais ou escritas.

ACTIVIDADE

1. Elaborar um quadro, destacando os órgãos do sistema urinário e suas referi-das funções.

1.7. SISTEMA REPRODUTOR

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Diferenciar os órgãos do sistema reprodutor masculino e do feminino.— Expressar a importância da função reprodutora para o homem.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Através de figuras dos sistemas reprodutor masculino e feminino, o professor caracteriza a função dos mesmos no corpo humano — a reprodução.

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Os alunos deverão identificar os órgãos que os constituem, distinguindo o sis-tema reprodutor masculino do sistema reprodutor feminino.

O sistema reprodutor masculino é constituído por dois testículos e pelo pénis e o feminino por dois ovários, útero, vagina e vulva, que inclui grandes e peque-nos lábios e o clítoris.

A partir de imagens, mostrar a fecundação ou o desenvolvimento intra-uterino, salientando que, para ocorrer um nascimento, é necessário que haja fecunda-ção — união das células sexuais masculinas (espermatozóides) e das células sexuais femininas (óvulos), que formam o zigoto.

Durante a gravidez, o zigoto sofre várias transformações, forma um embrião e, passados nove meses, nasce um bebé que poderá ser menino ou menina.

Como métodos de ensino, poderá utilizar a construção conjunta de conceitos, a observação, o diálogo, a pesquisa, e trabalhos em grupo ou individuais. Para avaliar a compreensão dos conteúdos, o professor poderá recorrer a perguntas orais ou escritas.

ACTIVIDADE

1. Investigar a importância da reprodução para os seres vivos.

Testículos

UretraPróstata Pénis Vagina Útero

Ovários

Canais deferentes Trompa de Falópio

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TEMA 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO

1.8. SISTEMA NERVOSO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Distinguir os órgãos que constituem o sistema nervoso.— Desenvolver regras de higiene do sistema nervoso.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode iniciar este subtema com algumas perguntas como por exem-plo: «Certamente, algum de vocês já observou que, em determinada situação ou perante algum perigo, as pessoas têm uma reacção rápida. Por acaso, algum de vocês já tocou sem querer numa vela acesa ou colocou a mão no gelo? Que sensações tiveram?»

Com base nas respostas dos alunos, o professor explica que estas reacções per-mitem defender a integridade do organismo e prevenir eventuais lesões.

O professor destaca também que o sistema nervoso é responsável pelo raciocí-nio, o pensamento e as emoções, pela locomoção e pelo funcionamento dos diferentes sistemas, pela comunicação, pelos sentidos, e relações com o ambiente, recebendo e respondendo aos estímulos vindos do meio.

Com o auxílio de figuras ou modelos, o professor apresenta a organização do sistema nervoso, constituído por: encéfalo, a medula espinal, os nervos e os gânglios. Refere que o encéfalo está situado na cavidade craniana (protegido pelo crânio) e a medula espinal no interior da coluna vertebral.

Para esta aula, o professor poderá utilizar, como métodos, a observação, a construção conjunta de conceitos e uma abordagem expositiva. Como recur-sos, pode utilizar figuras, modelos, o manual do aluno e actividades avaliativas com perguntas orais ou escritas.

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TEMA 1 A DESCOBERTA DE SI MESMO

ACTIVIDADES

1. Identificar sensações desagradáveis a que o sistema nervoso pode reagir subitamente.

2. Identificar sensações agradáveis e desagradáveis que o meio envolvente provoca (sabores e odores agradáveis e desagradáveis, por exemplo).

Sistema nervoso central

Encéfalo

Medula espinal

Sistema nervoso periférico — nervos

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

2.1. AGRICULTURA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de agricultura.— Identificar os principais produtos agrícolas das diferentes regiões.— Diferenciar os tipos de agricultura praticada em cada região.— Diferenciar os tipos de cultura da região:

• Sul • Norte

— Reconhecer a importância da agricultura como actividade na vida de uma sociedade.

— Seleccionar produtos obtidos a partir da agricultura.— Demonstrar a importância dos produtos agrícolas na dieta alimentar.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar esta aula recorrendo a imagens que representem campos agrícolas, perguntando aos alunos que tipo de actividade económica as imagens retratam.

«Na tua localidade desenvolve-se a actividade da agricultura?» «Que produtos mais se cultivam?»

Com base nas respostas dos alunos, o professor explica aos alunos que a agri-cultura é a arte de cultivar a terra, com o objectivo de obter produtos para utilização humana (alimentação ou matérias-primas). A agricultura permite o desenvolvimento do país e das suas regiões.

TEMA 2 Actividades económicas

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Refere, no caso de Angola, que a agricultura é uma das principais actividades económicas, principalmente, as produções de milho, massambala, massango, feijão e batata-doce, entre outros produtos.

É importante destacar que as culturas variam de região para região, tendo em conta o tipo de clima, a natureza do solo, o relevo e a qualidade e quantidade de água dessa região. Esclarece que as culturas da região Centro e Sul são dife-rentes das que se praticam no Norte e Leste do país. Além do clima, esta diver-sidade de culturas tem por base os hábitos alimentares locais. Refere que no Sul se cultiva mais o milho, o massango, a massambala, o feijão e a batata-doce enquanto no Norte as culturas predominantes são a mandioca, o feijão e a batata-doce.

Explica também aos alunos que a agricultura produz alimentos para o con-sumo das populações e para serem exportados para outros países, promovendo riqueza.

Distingue dois tipos de agricultura: agricultura como meio de subsistência, aquela que é praticada para sustento da família, e agricultura de mercado, que se faz com fins lucrativos.

O professor poderá explicar aos alunos que, para se fazer uma cultura rentável, é necessário preparar o solo para o cultivo, isto é, remexer muito bem a terra para ficar arejada, colocar adubo e só depois colocar a semente.

Refere também que a prática da agricultura pode estar virada para a produção de frutas, criação de animais, abelhas, ou exploração florestal dentro de certos limites, de acordo com cada um dos ramos da agricultura: horticultura, fruticul-tura e silvicultura, pecuária.

Como métodos de ensino, sugerimos a construção conjunta dos conceitos, a partir do diálogo, da pesquisa e do trabalho em grupo, sob observação. Como recursos educativos, pode utilizar figuras, manual do aluno e actividades de avaliação dos conhecimentos adquiridos, como perguntas orais ou escritas.

2.2. HORTICULTURA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de horticultura. — Demonstrar a utilidade das frutas na indústria alimentar.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode referir que a horticultura é a actividade que se realiza para a produção de produtos hortícolas. Para melhor compreensão, pode perguntar aos alunos quais são os tipos de produtos hortícolas mais produzidos na locali-dade. Dependendo das respostas dos alunos, o professor pode explicar que os produtos hortícolas são de grande importância para a alimentação das popula-ções — são ricos em fibras e outros componentes importantes para a saúde.

De seguida, refere os tipos de produtos hortícolas mais produzidos no país, como a couve, o repolho, a cenoura, a cebola, a alface, a gimboa, etc. Apre-senta algumas figuras ilustrativas da horticultura e exemplos dos produtos mais produzidos em Angola.

Como métodos de ensino, sugerimos a construção conjunta dos conceitos, a partir do diálogo, da pesquisa e do trabalho em grupo, sob observação.

ACTIVIDADE

1. Criação de uma horta comunitária, na escola, ou, familiar, em casa, com a ajuda dos pais/encarregados de educação.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

2.3. FRUTICULTURA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de fruticultura. — Identificar as principais frutas de cada região.— Descrever a importância das frutas na dieta alimentar.— Reconhecer a importância da fruticultura como fonte de matéria-prima para

a indústria alimentar.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor poderá começar por definir fruticultura como uma parte da agricul-tura que se encarrega de produzir frutas. A fruta é um elemento fundamental na dieta do homem, já que constitui a principal fonte de vitaminas essenciais para a saúde. Recomenda-se que todas as pessoas comam muita fruta. Refere também que, fundamentalmente, as crianças, os idosos e as mulheres grávidas devem consumir ainda mais fruta do que o normal para poderem garantir a sua saúde e o seu crescimento (crianças). Destaca que, para a produção de frutas com qualidade, o fruticultor deverá preparar o solo.

Por fim, pode apresentar algumas figuras ilustrativas de fruticultura e dos pro-dutos frutícolas:

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Como recursos educativos, o professor poderá utilizar imagens ou o manual dos alunos e, como métodos, a exposição de conteúdos, a construção conjunta de conceitos, o trabalho colaborativo e a pesquisa, sob orientação.

ACTIVIDADES

1. Plantar árvores de fruto no pátio da escola e/ou no quintal de casa (caso haja condições para tal).

2. Descrever a importância das árvores.

2.4. SILVICULTURA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de silvicultura.— Reconhecer a importância da preservação das florestas.— Reconhecer as actividades ligadas à silvicultura.— Desenvolver hábitos de protecção, conservação das florestas.— Reconhecer a importância da silvicultura como actividade económica.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode iniciar a aula com a definição de silvicultura como sendo a parte da agricultura que se encarrega de controlar e inspeccionar os recursos florestais. Em Angola, o Ministério da Agricultura tem uma direcção cuja res-ponsabilidade está no processo de exploração e conservação dos recursos flo-restais (IDEF), pelo controlo do abate de árvores com fins comerciais e indus-triais e pelo reflorescimento de áreas exploradas.

Tendo em conta o impacto ambiental, os alunos devem ter o conhecimento de que, quando os recursos florestais são mal explorados, dão origem a catástrofes naturais como, por exemplo, a seca e a escassez de água para o consumo humano e dos restantes seres vivos, a subida da temperatura, etc.

O professor destaca a necessidade de se plantarem três árvores, quando se explora recursos naturais e se abate uma árvore, porque, caso morra uma delas por falta de condições de sobrevivência, as outras podem resistir.

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Como recursos educativos, pode utilizar figuras e o manual do aluno. Como métodos educativos, sugerimos a construção conjunta dos conceitos, partindo do diálogo, e o trabalho em grupo, sob observação do professor.

ACTIVIDADE

1. Indicar alguns nomes de objectos feitos de madeira.

2.5. PECUÁRIA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de pecuária.— Descrever as actividades ligadas à pecuária.— Identificar os diferentes tipos de gado existentes na sua localidade.— Identificar os tipos de produtos derivados da pecuária mais consumidos na

sua região.— Descrever os cuidados de higiene e conservação a ter com os produtos da

pecuária.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar por definir pecuária como sendo a actividade de criação e cuidado de diferentes tipos de animais.

Utilizando figuras de animais, pergunta aos alunos se todos conhecem e já viram de perto bois, cabras, porcos e ovelhas. Em função das suas respostas, explica que existem vários tipos de animais controlados pela pecuária, como é o caso do gado bovino, composto por bois, gado caprino, composto por cabras, gado suíno, composto por porcos, e gado ovino, composto por ovelhas.

Convida os alunos a formarem quatro grupos de trabalho, para a descrição da importância de um tipo de gado. Terminada a actividade, cada grupo apresenta as suas conclusões.

Com base nas apresentações dos alunos, o professor explica que todos os tipos de gado são importantes, porque fornecem a carne, que serve de alimento, a pele, que, depois de curtida, é utilizada para fabricar sapatos, cintos, carteiras ou casacos, e o pêlo, que pode servir para o fabrico de lã.

Como recursos educativos, o professor poderá utilizar figuras ou fotografias. Os métodos aconselhados são os de construção conjunta de conceitos, a obser-vação e a pesquisa.

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2.6. AVICULTURA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de avicultura.— Identificar os tipos de aves existentes na sua localidade.— Descrever a importância da avicultura na dieta alimentar do homem.— Reconhecer os produtos fornecidos pela avicultura.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar por definir avicultura como sendo uma actividade que se dedica à criação de aves em aviários. Angola possui muitos aviários que fornecem os ovos e a carne para alimentação do homem, e, alguns, também fornecem as suas penas que são utilizadas para ornamentar casacos ou cha-péus, almofadas, etc. Estas utilizações podem ser exploradas a partir de imagens do manual, na página 48, a partir dos conhecimentos individuais dos alunos.

Como recursos educativos, o professor pode utilizar figuras, ou fotografias; como métodos, pode usar o diálogo, a observação, a construção conjunta de conceitos e o trabalho em grupo ou individual.

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ACTIVIDADES

1. Em trabalho de grande grupo, construir o mapa de Angola, com a distribui-ção da criação de aves mais comuns, por região.

2. Lista das aves que conhecem, referindo a sua importância e os produtos obtidos a partir da sua criação.

2.7. APICULTURA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de apicultura.— Relacionar as actividades ligadas à apicultura e à produção de alimentos.— Reconhecer a importância dos produtos da apicultura na dieta alimentar.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar por definir a apicultura como sendo a parte da agri-cultura que se dedica à criação de abelhas e que delas cuida. Os técnicos res-ponsáveis por esta actividade chamam-se apicultores. Eles dedicam-se a explo-rar a actividade das abelhas que produzem o mel e a cera. O mel tem grande importância na dieta alimentar de muitas pessoas. Tem efeitos benéficos para o organismo, ajudando-o a combater ou a prevenir certas doenças.

Com a cera fabricam-se as velas e também produtos para polir o chão e as mobílias. Tanto o mel como as ceras têm fins lucrativos. O professor, em con-junto com os alunos, refere todos estes aspectos. De seguida, mostra algumas figuras ou fotografias desta actividade.

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É importante destacar que, para que exista mel, é necessário que se plante árvores ou outras plantas, com flor, para as abelhas delas tirarem o néctar (suco adocicado das flores) e produzirem o mel.

O professor deve explicar aos alunos que a apicultura é uma actividade de risco, porque um ataque das abelhas pode levar a vítima à morte. Assim, os apicultores devem prevenir-se com as seguintes medidas: usar uma roupa de plástico que cobre todo o corpo, luvas, chapéu e cobertura da face.

A tarefa deve ser executada com cuidado, para não se matar as abelhas. Além da utilidade que o homem retira da apicultura, é importante referir que as abe-lhas são muito importantes para o ambiente.

ACTIVIDADE

1. Elaborar um texto ou cartaz com os cuidados a ter com as abelhas, que deve ser colocado no jornal mural ou noutro lugar visível, para toda a comuni-dade escolar ter acesso à sua leitura.

2.8. DEGRADAÇÃO DOS SOLOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Descobrir as principais causas da degradação dos solos.— Demonstrar as formas de protecção dos solos.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Partindo do conhecimento que os alunos já possuem no que diz respeito à sil-vicultura, o professor explora este conhecimento colocando perguntas e, em função das respostas dos alunos, explica que é importante preservar e proteger o ambiente para a produção de alimentos e outros produtos afins. Nesta pers-pectiva, o professor destaca que a existência desta produção só é possível caso se pratique uma agricultura rotativa, se evite a poluição dos solos, o abate indiscriminado de árvores, queimadas desnecessárias, etc. De seguida, pode apresentar figuras ou fotografias que ilustrem um solo degradado e de um solo conservado e cultivado.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Como recursos educativos, o professor poderá utilizar figuras, gravuras, foto-grafias; como métodos, poderá usar a exposição de conceitos em conjunto com o diálogo, a observação, a construção conjunta de conceitos e os trabalhos em grupo ou individuais.

ACTIVIDADE

1. Pesquisa sobre medidas preventivas a tomar para a preservação dos solos.

2.9. PESCA

Tipos de pesca

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de pesca.— Diferenciar os tipos de pesca: marítima, fluvial, artesanal e industrial.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar a aula esclarecendo que Angola é um país com um grande potencial pesqueiro e que, de acordo com a sua localização geográfica, a pesca pode ser marítima ou fluvial. Para o país, a pesca fornece um dos maio-res recursos alimentares para as populações, estando o peixe representado em grande variedade de espécies por toda a sua faixa marítima. A partir de figuras ou fotografias, mostra a pesca fluvial e a pesca marítima.

Com recurso a imagens, o professor mostra que a pesca marítima fornece o carapau, a corvina, o cachucho, a sardinha, o camarão, a espada, etc., e que a pesca fluvial fornece o cacusso, o bagre, o lagostim, etc.

A seguir, o professor pode apresentar figuras que ilustrem a pesca artesanal e a pesca industrial para os alunos identificarem. Após a identificação, explica que a pesca industrial é realizada por grandes embarcações e com tecnologias avan-çadas, enquanto a pesca artesanal é feita apenas por um grupo de pessoas, que podem ser da mesma família ou não, sem tecnologia alguma e em pequenas embarcações. Destaca também que a pesca artesanal é uma pesca de sobrevi-vência, ou seja, uma fonte de subsistência. Refere que a pesca fluvial é prati-cada no interior do país, isto é, nas regiões com predominância de rios, lagos e lagoas. Caracteriza também a pesca industrial como tendo fins comerciais e de grandes rendimentos.

Como recursos educativos, o professor pode recorrer à exploração de imagens; como métodos de ensino, pode utilizar o método expositivo, a construção con-junta de conceitos, a observação, o diálogo, a pesquisa, e os trabalhos em grupo ou individuais.

ACTIVIDADE

1. A partir de uma pesquisa, realizar um trabalho sobre a pesca na região.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

2.9.1. Protecção dos recursos marítimos

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Especificar as principais províncias onde se encontram as grandes indústrias pesqueiras.

— Sugerir medidas de protecção dos recursos marinhos.— Distinguir os principais recursos marinhos.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Para iniciar esta aula, é importante que o professor apresente o mapa de Angola para mostrar a linha de costa.

De seguida, pergunta aos alunos se conhecem as províncias que se encontram no litoral de Angola. Com base nas suas respostas, salienta que as grandes indústrias pesqueiras estão localizadas na costa marítima de Angola nas provín-cias de Cabinda, Luanda, Cuanza Sul, Benguela e Namibe.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Em relação à protecção dos recursos marinhos, explica aos alunos que esses recursos são esgotáveis. Refere que, se a pesca industrial não for bem contro-lada, o peixe e os outros recursos, incluindo o marisco, podem esgotar-se.

Salienta que, para a protecção dos recursos marinhos, é necessário saber se a pesca é realizada em tempos próprios, para se evitar a captura de peixe que ainda não está na fase adulta ou na fase de reprodução. Evitando-se, assim, a diminuição do pescado.

É importante explicar que, para se proteger os recursos marinhos, devem evi-tar-se vazamentos de petróleo, detergentes e desperdícios industriais no mar, que podem contaminar ou matar o recursos que o homem captura para o seu sustento. É importante salientar que o peixe pode ser comercializado e consu-mido fresco, seco, congelado ou em conserva.

Como recurso educativos, o professor pode recorrer à exploração de imagens; como métodos de ensino, pode utilizar o método expositivo, a construção con-junta de conceitos, a observação, o diálogo, a pesquisa, e o trabalho em grupo ou individual.

ACTIVIDADE

1. A partir de uma pesquisa, realizar um trabalho sobre a pesca na região.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

2.10. INDÚSTRIA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Reconhecer os diferentes ramos da indústria.— Descrever a importância da indústria têxtil para o homem.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar por falar de indústria, explorando os conhecimentos dos alunos, em relação a produtos que são consumíveis ou não, obtidos através do trabalho feito nas indústrias.

Com base nas respostas dos alunos, o professor utiliza alguns recursos educati-vos para, em conjunto, definirem o conceito de indústria. A indústria extrai e transforma a matéria-prima, extraída do solo, produzida pela agricultura ou outro meio, em produtos consumíveis pelas populações.

Destaca que as indústrias são muito importantes para o desenvolvimento do país, porque através delas, independentemente do seu sector, se consegue obter maior auto-suficiência de produtos. Menciona que na indústria intervêm os seguintes factores: matéria-prima, máquinas, transportes, fábricas, energia, operários, consumidores, capital e lojas. Refere que a indústria se divide em muitos ramos de actividade, tais como: têxtil, lacticínios, cimento, curtumes e conservas, entre outras.

O professor poderá utilizar, como recursos educativos, figuras ou fotografias e, como métodos, a construção conjunta de conceitos, a observação e o diálogo.

2.10.1. Indústria têxtil

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de indústria têxtil.— Assinalar os produtos utilizados na indústria têxtil.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

A partir dos conhecimentos dos alunos, o professor pode definir indústria têx-til, como a transformação de matérias-primas, de origem animal, vegetal ou sintética, para produção de tecidos para fabrico de peças de vestuário e outros artigos, como lençóis, toalhas, etc.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Pedir aos alunos para mencionarem o nome de roupas que se utilizam no calor e na época de cacimbo. De igual forma, pode perguntar aos alunos com que tipo de tecido foi confeccionada a roupa que vestem.

Identificar a origem dos tipos de tecido, por exemplo, algodão (origem vege-tal), lã (origem animal), poliéster (origem sintética).

Como métodos de ensino, o professor pode utilizar construção conjunta dos conceitos, a partir do diálogo, da pesquisa e do trabalho em grupo, sob obser-vação.

ACTIVIDADE

1. Realizar uma pesquisa sobre as diferentes matérias-primas utilizadas na indústria têxtil.

2.10.2. Indústria de lacticínios

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de indústria de lacticínios.— Assinalar os produtos utilizados na indústria de lacticínios.— Reconhecer a importância da indústria de lacticínios para a sociedade.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Quanto à indústria de lacticínios, o professor pode salientar que todos os pro-dutos produzidos a partir do leite são considerados lacticínios. A manteiga, o queijo e o iogurte são exemplos de produtos lácteos. Realça que existem gran-des indústrias de lacticínios como, por exemplo, na província de Luanda, a Lactiangol, e no Cuanza Sul, a Aldeia Nova, e pequenas indústrias ou caseiras, por exemplo, na região Sul, fabrica-se o mahine ou omahere (iogurte) e o ngundi (manteiga), bastante nutritivos, nas províncias da Huíla, Cunene e Namibe.

Apresentar uma figura da indústria de lacticínios e seus produtos e verificar se os alunos reconhecem a variedade de produtos.

O professor poderá utilizar a construção conjunta dos conceitos, a partir do diálogo, da pesquisa e do trabalho em grupo e individuais e, como recursos educativos, figuras e fotografias.

ACTIVIDADES

1. Recolha de receitas caseiras de produção de iogurte.2. Pesquisa dos nomes dados ao iogurte caseiro em cada localidade.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

2.10.3. Indústria de conservas, de curtumes, de cimento

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de indústria de conservas, de curtumes e de cimento.— Assinalar os produtos utilizados nas diferentes indústrias.— Reconhecer a importância das diferentes indústrias para a sociedade.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Tomando como ponto de partida os conhecimentos dos alunos sobre indús-trias, o professor forma grupos de alunos e cada grupo elabora uma lista de produtos produzidos nas diferentes indústrias.

O professor refere que a indústria de conservas produz alimentos em conserva, como a carne, o peixe, o leite embalado, as frutas e outros, que podem ser conservados em diferentes embalagens (em lata, plástico ou embalagens de papel), através de diferentes técnicas (seca, salga ou fumagem). É imprescindí-vel frisar que o processo de conservação exige ao produtor estipular os prazos de validade dos produtos, de forma que os mesmos possam conter nas emba-lagens o período de consumo. Para todos os consumidores, sempre que se adquira um produto embalado é necessário verificar a validade, de forma a evitar-se possíveis intoxicações e, em casos extremos, a morte das pessoas.

O professor chama ainda a atenção dos seus alunos para a necessidade de verificarem se um produto embalado ou enlatado se apresenta alterado na sua forma. Nesta perspectiva, para se evitar a sua deterioração, os produtos de conserva devem ser comprados em locais limpos e frescos como, por exemplo, nos supermercados, talhos e peixarias, que são os locais indicados e preparados para a compra de produtos em conserva.

O professor apresenta figuras de produtos enlatados, fumados, conservados e embalados e, com os alunos, faz a sua identificação.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Para o conhecimento sobre a indústria de curtumes, o professor pode elaborar perguntas sobre as matérias-primas utilizadas no fabrico de malas, sapatos, carteiras, chapéus, cintos, entre outros. Em função das respostas dos alunos, o professor poderá referir que a indústria de curtumes é aquela que cuida da transformação da pele dos diferentes animais para o fabrico dos materiais citados.

Com base nas respostas dos alunos, o professor pode explicar que a indústria de cimento produz o cimento, com que se fabrica os blocos para a construção de casas, pontes, lancis, telhas, etc.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

O professor explica que em Angola, nas províncias de Luanda e Cuanza Sul, há fábricas de cimento. Refere que as fábricas produtoras de cimento devem ser localizadas fora das zonas residenciais, porque são muito poluentes, podendo causar doenças respiratórias, tais como a asma, as bronquites e outras. É impor-tante destacar que, para se prevenir estas doenças, as chaminés das fábricas devem estar equipadas com filtros que retêm os resíduos poluentes.

No final da exploração destes conteúdos, é importante referir que quaisquer resíduos provenientes das actividades industriais (fumo, esgotos ou lixos) devem ser tratados ou recolhidos para tratamento e não devem ser lançados para o ambiente (atmosfera, solos, rios ou mar), para evitar a poluição destes meios.

O professor poderá utilizar a construção conjunta dos conceitos, a partir do diálogo, da pesquisa e do trabalho em grupo, sob orientação. Como recursos educativos pode recorrer a figuras e fotografias.

ACTIVIDADE

1. Construir um quadro resumo com os nomes das indústrias, seus produtos e benefícios para a sociedade.

2.10.4. Efeitos da actividade industrial no ambiente

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Descrever os principais efeitos da actividade industrial no ambiente.— Demonstrar os danos que as indústrias podem provocar no ambiente. — Determinar as causas e consequências para as pessoas da poluição do ar

provocada pelas indústrias.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Para a abordagem deste assunto, o professor solicita a formação de grupos e distribuindo os diferentes temas pelos mesmos. Temas: Causas da poluição da água; Causas da poluição do solo; Causas da poluição do ar; Consequências da poluição da água, Consequências da poluição do solo; Consequências da Polui-ção do ar.

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TEMA 2 ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Percebendo que a poluição é um problema, os alunos apresentam as suas sugestões para a sua resolução e, em conjunto com o professor, podem concluir que, quando não são tomadas as medidas necessárias, as indústrias podem ser bastante prejudiciais para o ambiente. Quando lançam para a atmosfera o fumo sem tratamento, poluem o ar; quando lançam detergentes ou esgotos sem tratamento ou lixo para o mar, rios ou solos, poluem a água ou o solo, diminuem a qualidade destes recursos.

O professor poderá reforçar as graves consequências dos efeitos provocados pela actividade industrial, para o ambiente e para a saúde humana.

Como métodos de ensino, o professor pode recorrer à construção conjunta dos conceitos, a partir do diálogo, da pesquisa e do trabalho em grupo, sob obser-vação. Como recursos educativos, pode utilizar figuras e fotografias do meio envolvente.

ACTIVIDADE

1. Elaborar um cartaz com as medidas preventivas que as indústrias devem tomar para evitar a poluição do ar, do solo e da água.

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TEMA 3 ACTIVIDADES SOCIAIS E QUALIDADE DE VIDA

3.1. SERVIÇOS SOCIAIS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de serviços sociais.— Identificar as instituições que prestam serviço nas localidades.— Caracterizar a importância das instituições que prestam serviços sociais.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Para leccionar esta aula, o professor poderá levar, como recursos educativos, figuras que retratam serviços de educação, saúde, saneamento básico do meio, serviços de transporte e comunicações e outros destinados à prestação de ser-viços para oferecerem qualidade de vida às populações. O professor promove um debate utilizando perguntas e respostas: explora os conhecimentos dos alunos no que diz respeito aos serviços sociais prestados pelo governo de que beneficiam na localidade ou região onde estão localizados e quais são os servi-ços sociais que não possuem (no município, na comuna ou na aldeia), como, por exemplo, a educação (escolas), a saúde (hospitais), os transportes, as comunicações, o saneamento básico do meio, a segurança das comunidades, o emprego, os bombeiros, os bancos, as igrejas e outros.

De seguida, o professor explica que os serviços sociais são os serviços prestados por instituições e que contribuem para o bem-estar das populações. Tomando como exemplo a educação e a saúde, esclarece que são serviços prestados pelo Estado e constituem um direito de todos, o que significa dizer que todo o indi-víduo tem o direito à educação de base e à saúde, prestados por instituições estatais de forma gratuita. Refere que o desenvolvimento de um país depende bastante da qualidade dos serviços prestados pelas instituições, como escolas, hospitais, bombeiros, correios, etc. O professor poderá informar também que qualquer país possui uma Lei Constitucional que consagra e privilegia os servi-ços sociais para o bem-estar das populações.

Poderá utilizar, como métodos, o diálogo, a construção conjunta de conceitos, a observação, a pesquisa, os trabalhos em grupo e individuais, e, como recursos educativos, figuras, fotografias, gravuras e o meio circundante.

TEMA 3 Actividades sociais e qualidade de vida

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TEMA 3 ACTIVIDADES SOCIAIS E QUALIDADE DE VIDA

ACTIVIDADE

1. Pesquisa sobre os serviços sociais que contribuem para a melhoria de quali-dade de vida do cidadão existentes na sua localidade e os não existentes.

3.2. SERVIÇOS COMUNITÁRIOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Identificar as principais actividades sociais da sua localidade que contribuem para a melhoria da qualidade de vida da comunidade.

— Mencionar as principais medidas de saneamento básico.— Distinguir as actividades que contribuem para uma melhor qualidade de vida

na comunidade.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Partindo do conhecimento que os alunos já possuem em relação à sua locali-dade, o professor poderá pedir para que descrevam as actividades que se desenvolvem na sua localidade. Em função das contribuições dos alunos, o professor poderá tomar como exemplo o saneamento básico do meio, como um dos benefícios para a qualidade de vida das comunidades. Explica que é necessário que os meios estejam disponíveis para responder às necessidades para a recolha de lixo, a limpeza dos contentores do lixo, os esgotos, os cuida-dos a ter com a água, etc.

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Refere que o saneamento básico deve iniciar-se em casa e estender-se para fora de casa, como, por exemplo, às escolas, ruas, passeios, mercados, lojas, etc. O professor deve explicar aos alunos que as fontes de abastecimento de água devem ser poupadas dos lixos domésticos, industriais ou hospitalares, etc. Salienta que o saneamento básico eficaz preserva a saúde das populações, na satisfação das necessidades dos moradores da localidade.

Como recursos educativos, o professor pode utilizar figuras e fotografias dos serviços existentes na localidade; como métodos educativos pode recorrer à exposição dos conteúdos, ao diálogo, e a trabalhos de grupo ou individuais.

3.2.1. Cultura

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Caracterizar as tradições da sua região.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode utilizar os diferentes recursos educativos que retratam a cul-tura de Angola. Do Norte ao Sul, do Leste ao Este do país, os hábitos, costumes e tradições variam. Refere que a forma de vestir, de prestar culto a Deus (reli-gião), a arte, a música, a dança, a língua, os hábitos alimentares, etc., são dife-rentes e que cada país se identifica pela sua cultura e apresenta um conjunto de tradições que varia de região para região. O professor pode pedir aos alunos para relatarem factos referentes à tradição que se efectua, cumpre ou pratica na sua localidade ou região. Para concluir, pode enfatizar que as festas da puberdade, os casamentos tradicionais, os óbitos, etc., residem, em muitos casos, na base da cultura de cada povo.

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Como recursos educativos, o professor poderá utilizar figuras e fotografias, por exemplo, página 58 do manual; como métodos educativos, poderá usar a exposição dos conteúdos, o diálogo, a observação e os trabalhos em grupo e individual.

ACTIVIDADE

1. Escrever uma história contada por um adulto ou membro da família, sobre tradições que existem na sua localidade.

3.2.2. Meios de transporte

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Reconhecer os tipos de meios de transporte utilizados na sua localidade.— Diferenciar os tipos de meios de transporte utilizados na sua localidade.— Reconhecer as vias de comunicação.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode orientar uma conversa com os alunos sobre transportes e comunicação, explorando que meios de transporte conhecem e que meios são utilizados para a comunicação. Com base nas respostas dos alunos, o professor pode explicar que, quando necessitamos de nos deslocar de um local para o outro, utilizamos alguns meios, como: carro, comboio, barco, bicicleta, canoa, motorizada e outros. Refere que, se a distância for muito curta, então vamos a pé. Salienta que a este conjunto de meios chamamos meios de transporte e que estes meios permitem a deslocação das pessoas e bens. Como, por exemplo, transportar alimentos do campo para a cidade ou vila, para os minimercados, supermercados, mercados, praças, talhos, frutarias, etc.

O professor orienta os alunos no sentido de descreverem os meios de trans-porte terrestres, aquáticos e aéreos que conhecem. Em função das suas respos-tas, explica aos alunos que estes meios de transporte permitem a deslocação de pessoas e bens de uma localidade para outra ou mesmo pelo mundo. Caracte-riza as vias de comunicação como:

• terrestres — quando os meios de transporte se deslocam por estradas e linhas de caminho-de-ferro, sendo meios de transporte terrestres;

• aquáticas — quando os meios de transporte se deslocam por rios, mares e oceanos, sendo meios de transporte aquáticos;

• aéreas — quando os meios de transporte se deslocam pelo ar, sendo meios de transporte aéreos.

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TEMA 3 ACTIVIDADES SOCIAIS E QUALIDADE DE VIDA

ACTIVIDADE

1. Construir um quadro com os tipos de meios de transporte e as suas caracte-rísticas.

3.2.3. Meios de comunicação

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Reconhecer os meios de comunicação utilizados na sua localidade.— Caracterizar os meios de comunicação.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode perguntar aos alunos quais são meios de comunicação que eles utilizam para se comunicarem com os colegas, e que meios utilizam na sua localidade para comunicarem com os familiares que vivem longe. Em função dos conhecimentos dos alunos, o professor explica que os meios de comunica-ção são aqueles que o Homem usa para se comunicar com os outros que se encontram a curtas ou longas distâncias.

De seguida, o professor pode pedir aos alunos para elaborarem uma lista com o nome dos meios de comunicação que conhecem e as suas respectivas fun-ções. Posteriormente, indica que os meios de comunicação são: o telefone fixo ou móvel, a carta, o fax, a rádio, a televisão, o jornal, a revista, o cinema, os livros e outros.

Refere também que uns meios de comunicação são individuais, outros são sociais, e que o computador, em conjunto com a Internet, surge como avanço da tecnologia.

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TEMA 3 ACTIVIDADES SOCIAIS E QUALIDADE DE VIDA

Apresenta figuras ilustrativas dos vários meios de comunicação.

Como recursos educativos, o professor poderá utilizar figuras e fotografias; como métodos educativos, poderá usar a exposição dos conteúdos, o diálogo, a observação e os trabalhos em grupo e individual.

ACTIVIDADE

1. Fazer uma pesquisa sobre os diferentes meios de transporte e comunicação: vantagens e desvantagens.

3.3. QUALIDADE DE VIDA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Desenvolver hábitos de higiene: pessoal, colectiva, dos alimentos, da habi-tação, da escola, que contribuem para a qualidade de vida.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar por colocar perguntas aos alunos sobre os serviços sociais, conteúdos que já dominam. Posteriormente, apresenta um conjunto de figuras que retrate diversas condições que contribuem para a qualidade de vida das populações. De seguida, questiona os alunos sobre quais das actividades

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apresentadas nas figuras são realizadas na comunidade e em que medida con-tribuem para a melhoria da qualidade de vida da população. Partindo das res-postas dos alunos, é importante que o professor explique as condições neces-sárias para que as comunidades tenham uma boa qualidade de vida, como, por exemplo, uma educação formal e não formal, saneamento básico do meio, existência de serviços de saúde adequados, acesso à habitação, alimentação, lazer, higiene individual e colectiva, meios de transporte, vias de comunicação, água, energia, etc.

Esclarece que o Estado deverá desempenhar um papel importante na criação destas condições para o bem-estar individual e colectivo, garantindo a quali-dade de vida de todos. Para falar de higiene, poderá pedir aos alunos que des-crevam as actividades de higiene que realizam desde que se levantam da cama até ao deitar.

Assim, o professor caracteriza a higiene como um conjunto de medidas que devem ser realizadas pelas pessoas na vida individual e colectiva para preservar a saúde e evitar doenças. Em relação à higiene individual, deverá auscultar as opiniões dos alunos quanto às suas acções em relação à higiene pessoal, à higiene dos alimentos ou à higiene da habitação. Explica que a higiene pessoal é aquela que se caracteriza pelos cuidados que devemos ter com o nosso corpo, como, por exemplo, o cuidado com a higiene das mãos, dos dentes, do corpo (banho diário), etc., para mantermos o corpo saudável. Refere que a higiene dos alimentos garante a saúde das pessoas. Manter a higiene alimentar previne a infecção por microrganismos e promove a saúde. O professor pode realçar que os alimentos crus, como frutas e verduras, antes de serem consumidos, devem ser lavados com água tratada. É importante destacar que os alimentos devem ser bem confeccionados e guardados em locais próprios, fora do alcance de baratas, formigas, ratos, poeiras, sol, etc. Pode ainda explicar que se deve conservar os frescos em frigoríficos e, ao comprar os produtos nos supermerca-dos, deve-se verificar sempre as datas de validade, bem como o seu modo de conservação.

Quanto à higiene da habitação, o professor pode explicar que se refere ao asseio das nossas casas em todos os seus momentos. Deverá pedir aos alunos que digam quais são as actividades que têm desenvolvido em casa. Com base nas suas respostas, deverá salientar que, para manter uma habitação limpa, todos os membros da família que lá vivem devem participar nas tarefas domés-ticas. Trata-se também de esclarecer que as tarefas podem ser realizadas por qualquer membro da família, seja menina ou menino, para incutir a questão de género aos alunos. Em relação à higiene colectiva, procura saber, junto dos

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TEMA 3 ACTIVIDADES SOCIAIS E QUALIDADE DE VIDA

alunos, que acções os seus vizinhos do bairro têm desenvolvido para manter o bairro limpo. Depois, destaca que a higiene colectiva engloba as medidas de higiene que se realizam em conjunto para benefício de um grupo de pessoas na comunidade, como o saneamento básico, saneamento dos postos de abasteci-mento de água, os esgotos, o saneamento dos locais de trabalho, a luta contra os vectores de doenças. Nas escolas todos os seus intervenientes (comunidade escolar) devem primar pela higiene nas salas de aula, no pátio, casas de banho, etc. Posteriormente, conclui que o saneamento básico constitui uma das medi-das que ajuda a regular as medidas básicas de higiene que podem ser ou não controladas pelos governos, tendo como principais parceiros as comunidades.

Destaca que as medidas de saneamento básico são: o abastecimento de água potável, a eliminação correcta das fezes, a eliminação com segurança dos lixos, o controlo da poluição ambiental, o controlo de vectores e roedores e as medi-das de prevenção contra a poluição das águas dos rios, lagos, lagoas ou mares.

Refere que as pessoas têm a obrigação de cuidar do ambiente como um bem comum e precioso porque é através dele que retiramos aquilo de que mais necessitamos para a nossa sobrevivência: o ar, a água e bens. O professor pode explicar aos alunos que promover o saneamento básico do meio possibi-lita que se preservem os solos, a água, o ar a habitação, etc. Por fim, deve enfatizar a importância da água como sendo um líquido indispensável à vida dos seres vivos. Esclarece que cerca de 80% do organismo do recém-nascido e 65% do adulto é constituído por água. Refere que, na natureza, a água pode ser doce ou salgada e que a água um dia poderá acabar. Eis a necessidade de toda a população tomar consciência de que temos a obrigação de zelar pela sua conservação e preservação, porque todos os seres vivos necessitam dela para viver.

Como métodos, pode utilizar a construção conjunta dos conceitos, a partir do diálogo, da pesquisa e do trabalho em grupo e individual. Como recursos edu-cativos, o professor poderá utilizar figuras e fotografias.

ACTIVIDADES

1. Escrever um texto sobre o tema: «A importância da água para a vida do homem».

2. Individualmente, apresentar as medidas de saneamento básico importantes para um bem-estar na comunidade.

3. Em grupo de turma, elaborar um cartaz com as medidas apresentadas por todos os alunos e fixar o cartaz no mural da escola.

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TEMA 4 AMBIENTE NATURAL

4.1. AMBIENTE NATURAL

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de ambiente natural.— Reconhecer a importância que o ambiente tem na vida do homem.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode iniciar este tema referindo que os animais e as plantas preci-sam de um lugar para nascer, crescer, reproduzir-se e morrer. Este lugar pode ser na terra, na água ou no ar. O professor orienta os alunos para mencionarem quais são os seres vivos que vivem na terra, na água e no ar. Feita a descrição dos seres vivos, destaca que estes seres vivos também necessitam de certas condições para viverem, como a temperatura, a humidade, a luz, a água, o ar e outras. Conhecidas estas necessidades, o professor e os alunos em conjunto definem o conceito de ambiente como sendo um conjunto de condições que permitem que os seres vivos, animais e plantas, entre outros, realizem as suas actividades e se relacionem com tudo que os rodeia.

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4.1.1. O homem transforma o meio

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Reconhecer as causas da alteração do ambiente natural.— Analisar as consequências da exploração descontrolada dos recursos natu-

rais pelo homem. — Destacar as doenças resultantes da exploração descontrolada do ambiente

pelo homem.

O professor salienta que o homem tem a capacidade de transformar o meio para seu benefício, isto é, para cultivar, construir casas, abrir estradas, construir pontes, aproveitar a água para irrigar terras ou para barragens hidroeléctricas, no corte sustentável de madeira para fins comerciais, etc. Explica aos alunos que, não obstante o seu benefício, deverão sempre pensar que, quando o abate de árvores é descontrolado, as culturas não são rotativas, o pastoreio é exces-sivo, as águas não são aproveitadas, a adubação dos solos não é feita na medida certa, e que tal prejudica o meio.

Destaca também que algumas práticas efectuadas pelo homem não respeitam o equilíbrio da natureza e, portanto, essas acções podem provocar certas cala-midades, como falta ou escassez de chuva, desflorestação, desertificação, alte-ração climática, pobreza dos solos e consequente pobreza de culturas.

O professor pode explicar aos alunos que para se evitar estas consequências, tendo como benefício o solo produtivo, o ar puro, a água potável, deve plantar--se árvores para compensar. Assim, o solo torna-se mais produtivo e protegido da erosão, o ar atmosférico torna-se mais puro, existe maior quantidade de água potável para irrigação, pasto, isto é, para todos os fins.

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SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar este tema referindo que um ambiente degradado é aquele cujas características foram alteradas pela actividade do homem. Refere que tem como consequências escassez de chuva, fraca produção agrícola, escassez de alimento para o pasto, o aumento da extensão do deserto e outros problemas que podem ser locais, regionais ou mesmo mundiais. Destaca que uma das consequências fundamentais é conduzir à seca e à desertificação. Explica que quando as chuvas escasseiam, o solo fica desprovido de elementos que proporcionam o crescimento das plantas. Assim, os animais ficam sem ali-mento e acabam por morrer, diminuindo a flora e a fauna, isto é, levando ao desaparecimento de certas espécies de animais e vegetais.

O professor pode orientar a promoção de um debate em que os alunos falem sobre que medidas se podem tomar, quando se constata que a fauna e a flora tendem a desaparecer numa determinada região.

Como recursos educativos, o professor pode usar figuras, fotografias, vídeos, slides (caso as condições locais o permitam) e a exploração do meio circun-dante. Como métodos, sugerimos a construção conjunta de conceitos, a obser-vação, a pesquisa, trabalhos em grupos e individuais.

ACTIVIDADE

1. Pesquisa sobre as consequências da alteração do ambiente.

4.1.1.1. Poluição do ar

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Identificar os factores que contribuem para a poluição do ar. — Propor medidas que contribuam para a redução da poluição do ar.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor poderá iniciar esta aula perguntando aos alunos: «Se por acaso ficassem num local fechado sem circulação de ar puro, como se sentiriam?» Automaticamente, sentir-se-iam asfixiados por falta de ar puro. Como também se, por acaso, passassem num local com bastante fumo, sentiriam a necessi-dade de passar rapidamente, devido à quantidade de fumo. Com base nas respostas dos alunos, o professor pode explicar o significado da palavra poluir:

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poluir significa introduzir elementos que alteram a estrutura normal do meio. Os elementos que provocam estas alterações chamam-se poluentes. Realça que estes agentes podem poluir o ar, a água e o solo. Refere que a poluição do ar consiste na introdução de alguns elementos no ar que provocam alterações no mesmo. De seguida, dá alguns exemplos de elementos poluentes que podem provocar alterações na composição do ar: a poeira, o fumo de fábricas, de carros, de fogos florestais, queimadas de lixo ou pela libertação de produtos químicos para a atmosfera. Estes produtos químicos, quando lançados para a atmosfera, alteram não só a sua composição, mas também provocam graves problemas para a saúde do Homem e não só.

Como consequências da poluição ocorrem doenças respiratórias como a asma, a bronquite, o cancro do pulmão, entre outras. O professor poderá explicar que, como medidas preventivas, deve colocar-se filtros nas chaminés das fábri-cas, nos tubos de escape dos automóveis, evitar os incêndios florestais, contro-lar o abate descontrolado de árvores para produzir o carvão e a lenha.

Como recursos educativos, poderá utilizar figuras, fotografias, gravuras, vídeos e a exploração do meio circundante. Como métodos, sugerimos a construção conjunta de conceitos, a observação, a pesquisa, trabalhos em grupo e inde-pendentes.

ACTIVIDADE

1. Organização de um debate sobre medidas preventivas da poluição do ar.

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4.1.1.2. Poluição da água

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Identificar os factores que contribuem para a poluição da água.— Indicar as medidas de prevenção da poluição da água.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Partindo dos conhecimentos que já adquiriram sobre a importância da água, como um bem precioso que significa vida e sem o qual os seres vivos não podem viver, o professor pergunta aos alunos se é possível nós utilizarmos aquela água que se encontra parada, com cor já esverdeada para o nosso con-sumo. Com base nas respostas, o professor pode explicar que a qualidade de vida das populações depende também da qualidade da água que consome. A água para o consumo deve ser potável; caso não seja, adquirimos muitos pro-blemas de saúde, tais como a diarreia, malária, febre tifóide, vómitos, proble-mas da pele (a sarna), e outros.

É importante destacar que no caso da poluição da água, os agentes poluentes são: o lixo que se deita nos rios, lagoas, mares e outras fontes de água, o petró-leo vazado por petroleiros, detergentes provenientes de fábricas, indústrias, os esgotos domésticos, e outros mais. Ao misturarem-se com a água, estes ele-mentos poluentes alteram a estrutura da água e podem matar as plantas, os animais e, inclusive, o próprio homem como consumidor.

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De seguida, explica que quando se polui a água, todos os animais, como peixes e outros mariscos, e as plantas morrem, afectando os recursos marinhos e as plantas também regadas com este tipo de água. Deverá pedir aos alunos para mencionarem quais são as medidas preventivas a tomar para evitar esta polui-ção das águas. Em conjunto com os alunos, conclui-se que o lixo deve ser dei-tado em lugares próprios e nunca nas fontes de água de onde a população a retira para o seu consumo próprio.

Como recursos educativos, poderá utilizar figuras, fotografias, gravuras, vídeos e o meio circundante. Como métodos, sugerimos a construção conjunta de conceitos, a observação, a pesquisa, trabalhos em grupo e independentes.

ACTIVIDADES

1. Com a orientação do professor, fazer uma peça de teatro baseada na polui-ção da água, causas, consequências e medidas de prevenção.

2. Apresentar a peça de teatro à comunidade, para mostrar os perigos associa-dos à poluição da água.

4.1.1.3. Poluição do solo

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Identificar os elementos poluentes que provocam alterações no solo.— Sugerir medidas para prevenir a poluição dos solos.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Partindo dos conhecimentos que já adquiriram sobre a poluição da água e do ar, o professor pede aos alunos que descrevam os produtos provenientes da agricultura como, por exemplo, o milho, o tomate, a cebola etc. Procura saber se, nas suas localidades, desenvolvem a prática da agricultura. Com base nas respostas dos alunos, poderá também explicar que para a obtenção destes pro-dutos há a necessidade de se preparar bem os terrenos para o desenvolvimento da agricultura. Explica que a poluição dos solos se dá quando são depositados produtos químicos que podem alterar a normal composição de um solo fértil para a prática da agricultura. Para além dos adubos químicos usados em doses elevadas, os pesticidas que se usam para se combater as pragas que devoram as culturas ou como também a queima constante de grandes extensões de terra arável, assim como o pastoreio excessivo e a cultura não rotativa são pre-

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judiciais aos solos. Referir que é recomendável para os agricultores ou campo-neses utilizar adubos químicos, adubos naturais como restos de plantas ou ani-mais ou excrementos dos animais e os pesticidas para a preparação do terreno. O professor poderá salientar que para se produzir com rentabilidade os produ-tos agrícolas é importante ter em atenção as áreas de cultivo, isto, porque se uma determinada área agrícola for desinfectada com pesticida para o combate de pestes que danificam as culturas é proibido o consumo destes produtos. O professor clarifica que os agricultores deverão sempre usar o sinal de perigo para a precaução, em casos do género.

Como recursos educativos, poderá utilizar figuras, fotografias, gravuras, vídeos e a exploração do meio circundante. Como métodos, sugerimos a construção conjunta de conceitos, a observação, a pesquisa, trabalhos em grupo e inde-pendentes.

ACTIVIDADE

1. Pesquisa sobre a poluição dos solos e as suas consequências.

4.1.2. Seca e desertificação

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de seca. — Descrever as zonas de Angola mais afectadas pela seca. — Analisar as atitudes do homem que contribuem para o aparecimento de zonas

afectadas pela seca. — Propor medidas para proteger o planeta da seca e desertificação.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor destaca que a seca é a ausência ou escassez de chuva, que provoca um empobrecimento do solo e reduz a flora, deixando o solo exposto à água e ao vento. Refere também, tomando como exemplo a realidade angolana nas províncias de Cunene, Namibe, Cuanza Sul, Huíla e Cuando Cubango, que se constata muita seca, por falta de chuva. Esta situação provoca a baixa produti-vidade alimentar, isto é, falta de alimentos para as populações e os animais, a diminuição da flora e da fauna nas localidades, na região ou no país, o empo-brecimento da agricultura devido ao empobrecimento dos solos, temperaturas altas, algumas espécies de animais e plantas começam a desaparecer, etc.

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O professor pode perguntar aos alunos se já ouviram falar do aquecimento global. Em função das suas respostas, realça as consequências que este aqueci-mento global provoca no planeta. O aumento da temperatura permite a subida dos níveis do mar, devido ao derretimento dos blocos de gelo, pondo em causa a prevalência dos países que apresentam baixa altitude. Pergunta aos alunos se já ouviram falar em icebergs, o derretimento dos blocos de gelos que fazem subir os níveis de água do mar, e aponta a Holanda como um dos países com baixa altitude que podem desaparecer.

Para se referir à desertificação, o professor pode partir dos conhecimentos sobre a seca, fruto da escassez de chuvas. Nesta perspectiva, a desertificação tam-bém é uma das consequências da seca, daí a necessidade de o Homem tomar consciência das suas actividades e contribuir para a preservação e conservação do meio ambiente.

Para mitigar os problemas no ambiente, isto é, protegê-lo, é importante que o homem aplique as seguintes medidas preventivas: sempre que abater uma árvore, plantar três, evitar queimadas de forma descontrolada em seu benefí-cio, evitar o pastoreio excessivo, reduzir o excesso de produtos químicos como adubos, pesticidas e insecticidas, usar o solo de forma adequada na agro--pecuária.

É importante considerar que os recursos do solo são esgotáveis, por isso a sua exploração deve ser feita de forma sustentável.

Como recursos educativos, poderá utilizar figuras, fotografias, gravuras, vídeos e o meio circundante. Como métodos, sugerimos a construção conjunta de conceitos, a observação, a pesquisa, trabalhos em grupo e individuais.

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TEMA 4 AMBIENTE NATURAL

ACTIVIDADES

1. Pesquisa sobre as zonas de Angola onde se constata o fenómeno da seca, a desertificação e sobre as suas consequências para o ambiente.

2. Preparar, em conjunto com o professor e encarregados de educação, uma campanha de plantação de árvores, no pátio da escola, junto das habitações ou noutro local onde não existam e seja possível a sua introdução.

4.1.3. Áreas de protecção ambiental

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Caracterizar as áreas de protecção ambiental de Angola.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Partindo do conhecimento que os alunos já adquiriram sobre poluição, seca, desertificação e suas consequências, e medidas de protecção do ambiente, o professor orienta os seus alunos na formação de equipas e distribui os temas a cada grupo, atribuindo uma área de protecção a cada um. Os alunos apresen-tam o trabalho em plenário.

O professor conclui, realçando que na natureza todos os seres vivos são impor-tantes; daí a necessidade de o homem proteger o ambiente e reconhecer as más práticas aplicadas por ele que comprometem a sustentabilidade para as futuras gerações. Deve referir que, para garantirem a sustentabilidade tanto da flora como da fauna em Angola, os governos deverão criar uma política de existência de Parques Nacionais e Reservas Naturais para conservarem as espé-cies animais e plantas em vias de extinção.

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TEMA 4 AMBIENTE NATURAL

Como recursos educativos, poderá utilizar figuras, fotografias, vídeos e a explo-ração do meio circundante. Como métodos, sugerimos a construção conjunta de conceitos, a observação, a pesquisa, trabalhos em grupo e independentes.

ACTIVIDADES

1. Pesquisa sobre as áreas de protecção ambiental existentes em Angola.2. Construir um mapa de Angola, com a localização das áreas de protecção

ambiental.

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5.1. OS PRIMEIROS POVOS QUE HABITARAM O TERRITÓRIO DE ANGOLA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de Bosquímanos ou Khoisan.— Identificar as características dos povos khoisan.— Caracterizar outros povos que constituem a população angolana.— Reconhecer principais actividades do povo khoisan.— Reconhecer a zona onde habitam os povos khoisan.— Descrever os utensílios fabricados pelo povo khoisan.— Identificar a língua falada pelo povo khoisan.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor poderá levar como recursos educativos para esta aula figuras, foto-grafias e mapas que ilustrem o passado histórico da realidade angolana. Este território foi durante muitos anos habitado por vários povos com culturas dife-rentes e com pretensões de domínio, o que conduziu a que alguns fossem ini-migos, porque cada povo queria dominar parte do território, daí que tenham existido guerras entre eles.

Estes povos eram chamados os Vátuas, Bosquímanos, Kwepes e os Kuissis. Refere que os Bosquímanos ou Khoisan são os considerados povos autóctones do território angolano, pelo facto de a sua pele ter uma cor amarelada e o cabelo ser muito encarapinhado, enrolado sobre si mesmo. Não eram conside-rados de raça negra e levavam uma vida nómada. Esta raça sofreu muita pres-são, que a levou a viver na região mais ao sul de África. No caso de Angola encontram-se espalhados pelo sul das províncias do Cunene, Namibe e do Cuando Cubango. O professor explica que esta população vive da caça e da recolha de frutos silvestres.

Apresenta figura que ilustra a imagem dos primeiros ocupantes do território angolano.

TEMA 5 Perspectiva histórica

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Caracteriza também a maior parte da população angolana como sendo consti-tuída por bantus, os Vátuas, Kwepes e Kuissis que habitam nas margens do rio Curoca e numa faixa estreita do deserto do Namibe. Estes povos vivem da caça, pesca, e recolha de frutos. Falam uma língua khoisan e fabricam utensílios metálicos de ferro e latão, destinados ao comércio. Também são considerados povos pré-bantu e falam a língua cuvale.

Sugerimos, como métodos, a construção conjunta de conceitos, o diálogo, a observação orientada, a pesquisa, os trabalhos em grupo e individuais, museus e visitas de estudo.

ACTIVIDADE

1. Pesquisa sobre os primeiros povos que habitaram Angola, com auxílio dos adultos.

5.2. AS MIGRAÇÕES

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de migrações. — Identificar os motivos que fazem com que os povos africanos se desloquem

de região em região.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor inicia a aula formulando algumas perguntas aos seus alunos como por exemplo: «Já ouviram falar de migrações? No nosso país, existem popula-ções que são provenientes de outros países? Por acaso, já ouviram falar dos motivos que levam as populações a deslocarem-se de um país para o outro?» Em função das respostas dos alunos, o professor define o conceito de migra-ções, que são caracterizadas pelo movimento de populações de um local para

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o outro em busca de melhores condições de vida. O professor poderá salientar que muitas populações se vêem obrigadas a migrar para outras localidades por causa da guerra nos seus países, à procura de melhores terrenos férteis, à pro-cura de melhores florestas e terrenos de caça e à procura de rios para a pesca. De seguida, explica que o território angolano tem sido vítima deste processo devido às condições da natureza do seu solo, da sua flora, dos rios, da cultura, em síntese, dos seus recursos.

O professor mostra várias imagens, com os principais movimentos migratórios de Angola. Os povos Kikongos, Nyannekas, Jagas, Helelos, Ngangelas, Kyokos e Vátus, Makokolus e Kwangalis. Estes grupos migratórios ocuparam uma área e desta surgiram diferentes grupos étnicos que habitam o território. Angola é considerada como um mosaico cultural caracterizado pela diversidade de hábi-tos, costumes e tradições.

Explica aos alunos que face à guerra que assolou o país durante muitos anos, as populações se deslocaram de uma província para outra, município, locali-dade, tendo provocado um grande êxodo populacional, fundamentalmente para as regiões do litoral por apresentarem maior segurança, no momento.

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ACTIVIDADES

1. Perguntar aos seus familiares se conhecem as razões pelas quais os povos em Angola tiveram a necessidade de se movimentar de uma localidade para outra (movimentos migratórios dos povos).

2. Partilhar com os colegas as informações que obtiveram junto dos respecti-vos familiares.

5.3. O PASSADO HISTÓRICO DO PAÍS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Caracterizar o passado histórico de Angola.— Localizar aldeias da localidade.— Reconhecer as tarefas das mulheres, crianças e homens na aldeia de agricul-

tores. — Comparar os acontecimentos do século xv e do século xix.— Distinguir os diferentes movimentos de libertação de Angola.— Reconhecer a data da proclamação da independência de Angola.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

Mediante a utilização de recursos educativos como figuras e gravuras, o profes-sor mostra a vida e a vivência dos primeiros povos que habitaram Angola.

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Explica que a figura representa uma aldeia onde várias famílias coabitam. Geral-mente, as famílias tinham preferência por fixar as suas residências perto dos rios ou dos lagos, utilizando a água para irrigar os seus terrenos para a agricultura e para a prática da pesca. Apresentavam uma organização do trabalho muito completa: distribuíam-se as tarefas entre mulheres, homens e crianças. Por exemplo, as mulheres todos os dias tinham de trabalhar na lavra, apanhar lenha, carregar água e cozinhar os alimentos. As crianças ajudavam as mães na recolha de vegetais para o consumo e a tomar conta dos irmãos mais novos. A missão dos homens era a caça e a pesca, acompanhados pelos rapazes mais velhos. Desenvolviam um trabalho partilhado entre os homens de aldeias vizi-nhas na caça e na pesca quando necessitavam de obter quantidades maiores de produtos. De referir também que, para além destas actividades, faziam esteiras e cestos com fibras de folhas de palmeiras, enquanto as mulheres faziam pane-las de barro para cozinhar, salgas, sangas ou moringues para guardar água e cereais. O professor explica que, em algumas regiões onde havia muito minério de ferro, alguns povos dedicavam-se ao fabrico de enxadas, facas, pontas de lança, catanas, machados e outros instrumentos de que necessitavam.

É importante destacar que no passado, entre os povos, havia lutas pela ocupa-ção das melhores terras para a agricultura e a criação de gado, o que fez com que muitas aldeias se juntassem, formando comunidades cada vez maiores, com uma organização muito mais complexa e diversas actividades, nas quais o comércio dava uma nova dinâmica à vida social e política.

O professor salienta que, nos finais do século xv, os portugueses penetraram em Angola e praticaram o tráfico de escravos e no fim do século xix instalaram o seu sistema colonial, tendo o trabalho forçado sob a forma de contrato, o que provocou muito descontentamento nas populações. Neste sentido, explica que tal desagrado provocou revoltas como as de 1917 (Amboim), 1918 (Dembos), 1924 (de impostos e contratos), 1925 (Ambriz) e 1948 (Cuvale). Estas práticas permitiram que o povo se unisse e sentisse a necessidade de liberdade para combater o colonialismo. Ini-ciam-se assim as associações culturais que incentivaram o espírito de nacionalismo do povo e o despertou para a independência.

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O professor enfatiza também que surgiram diferentes movimentos de liberta-ção, tais como: o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a Indepen-dência Total de Angola (UNITA). Os dois primeiros movimentos iniciaram, a 4 de Fevereiro e a 15 de Março, a luta armada no interior do País, sob a forma de guerrilha. O professor explica que estas revoltas permitiram que muitos angolanos se refugiassem em países vizinhos como a República Democrática do Congo, a República do Congo Brazaville e a Zâmbia. Estes três movimentos de libertação, que lutaram pela independência durante 14 anos, foram reconheci-dos no seguimento do golpe de Estado que ocorreu em Portugal no dia 25 de Abril de 1974. Destaca que a independência de Angola foi proclamada a 11 de Novembro de 1975 pelo presidente, o Dr. António Agostinho Neto, que passou a ser o primeiro presidente da República Popular de Angola.

ACTIVIDADE

1. Questionar os encarregados de educação ou outros adultos da família sobre a forma como se iniciou a luta de libertação de Angola e quais foram os países vizinhos que acolheram os angolanos.

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5.4. OS LOCAIS HISTÓRICOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

— Definir o conceito de locais históricos.— Descrever a importância dos locais históricos.

SUGESTÕES METODOLÓGICAS

O professor pode começar esta aula perguntando aos alunos se conhecem, visitaram ou ouviram falar de locais históricos no país, região ou na sua locali-dade. Com base nas respostas dos alunos, poderá explicar que os locais histó-ricos são locais onde ocorreram acontecimentos importantes como, por exem-plo, as guerras que se passaram em determinado lugar no País ou mundo.

Em Angola, em termos de monumentos históricos possuímos os museus, lar-gos, igrejas e arquivos. O professor explica que estes locais guardam e mostram as recordações do passado, do que foi o período colonial e pós-colonial. Temos, por exemplo, o Museu da Escravatura e do Dundu, onde se encontram os ins-trumentos que retratam a resistência colonial e algumas tradições do nosso povo. Refere que, nos arquivos, se guardam documentos escritos como mapas, livros antigos e modernos, cartas, testamentos, revistas, jornais e outros. Nos largos representam-se as figuras que contribuíram para a libertação de Angola como o Largo Comandante Coboy, o Largo da Independência onde está a Está-tua de António Agostinho Neto, o primeiro presidente de Angola e, outros espalhados por todo o país. De seguida, o professor pode apresentar algumas figuras dos locais históricos do País e falar também da existência do Largo do Kinaxixi.

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ACTIVIDADE

1. Pesquisar os nomes de locais históricos existentes na sua localidade, região ou províncias.

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PLANIFICAÇÃO

Modelo para a caracterização geral de um tema

1. CARACTERIZAÇÃO

A caracterização geral do tema deve comportar os seguintes elementos:

• Importância do tema• Conhecimentos antecedentes do tema• Conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e ética que se desenvolvem no tema• Total de horas/aulas do tema• Actividades experimentais/práticas

2. DISTRIBUIÇÃO DO TEMA (DOSIFICAÇÃO)

Tema:

Subtema Data Semana Aula n.º Objectivos Sumário

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3. TRATAMENTO METODOLÓGICO DO TEMA

4. OPERACIONALIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS DAS AULAS

Tema:

Aula n.ºConhecimentos

préviosTipologia

Concepção metodológica

Sistema de tarefas

Tema:

Subtema:

Aula n.º Objectivos Tarefas de aprendizagem

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AVALIAÇÃOA actividade educativa não tem por meta atribuir classificações, porém é necessário que o ensino seja realizado atendendo à perspectiva actual da abordagem curricular, que defende o construtivismo, em que os métodos de avaliação têm um papel fundamental a desempenhar, pois a maneira como se avalia evidencia o tipo de quadro que se forma.

Conceito de avaliação

Em 1949, Tyler definiu avaliação como um processo que permite determinar em que medida foram alcançados os objectivos educativos propostos.

A partir da literatura especializada percebe-se que a maioria das definições do conceito avaliação procura sempre responder, entre outras, às seguintes perguntas: O que ava-liar? Como avaliar? A quem avaliar? Quando avaliar? Para quê avaliar?

Com base nas referências conceptuais existentes, pode-se assumir a avaliação como sendo um processo de recolha, análise e valoração sistemática de informações impor-tantes e fiáveis sobre as aprendizagens dos alunos, com vista à tomada de decisões que contribuam para a sua melhoria.

Finalidades da avaliação

A principal finalidade da avaliação da aprendizagem é «saber se um aluno está a apren-der para saber como o apoiar se ele tiver dificuldades».

De modo geral, a avaliação da aprendizagem destina-se a:

• Verificar e optimizar os processos e resultados do processo de ensino-aprendizagem;• Orientar o aluno a precisar mais objectivamente as suas aspirações;• Ajudar o aluno a melhor apreciar os seus progressos em direcção aos objectivos alme-

jados;• Orientar o professor quanto às necessidades de remediação ou de recuperação da apren-

dizagem dos alunos, individualmente, em grupo, ou colectivamente, para toda a turma;• Levar o professor a reflectir sobre o seu ensino, a fim de o levar a realizar as modifi-

cações e os reajustes que se revelarem necessários; • Classificar e certificar os conhecimentos e as competências adquiridas ao nível do saber,

isto é, do domínio cognitivo (conhecimentos, procedimentos e destrezas mentais), do saber ser, isto é, do domínio afectivo (satisfação, interesses, valores, atitudes), e do saber fazer, isto é, do domínio psicomotor (orientações espacial e temporal, expressão corpo-ral, coordenação psicomotora, manejo de utensílios, manipulações e automatização).

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Funções de avaliação

Pode-se dizer, em síntese, que são três as funções da avaliação: de diagnóstico, de controlo de aprendizagem e de hierarquização e classificação.

• Função de diagnóstico, quando tem por objectivo esclarecer condições e possibilidades de aprendizagem ou de execução de uma ou determinadas tarefas por parte do aluno;

• Função de controlo da aprendizagem, quando tem o propósito de se inteirar se os objectivos de ensino estão ou não a ser alcançados e o que é preciso fazer para melhorar o desempenho do aluno individualmente ou da turma;

• Função de hierarquização e classificação, quando, após um período de ensino, se deseja aferir o desempenho do aluno ou da turma, podendo assumir dois aspectos:a) Função de hierarquização, quando informa em relação ao desempenho de um

aluno ou de uma turma, se foi excelente, bom, médio, razoável ou deficiente.b) Aspecto de classificação, quando procura estabelecer uma ordem classificatória,

quanto ao rendimento de um grupo de alunos submetido ao mesmo processo de ensino-aprendizagem (excludentes).

Princípios orientadores

Como princípios orientadores, a avaliação deve:

• Ser coerente — O educador sabe orientar o processo com clareza, rigor, precisão e isenção, sabe o que vai avaliar, a quem avaliar, como avaliar, para que avaliar e quando avaliar.

• Ser integral — Direccionado aos conhecimentos, às habilidades, às atitudes. Isto exige, por parte do educador, a utilização de diferentes instrumentos que possibilitem ava-liar o desempenho dos educandos e o seu próprio durante todo o processo.

• Contribuir para a aprendizagem — A avaliação precisa de ir para além da simples atribuição de notas para se determinar se o educando passa de classe ou não. Só tem sentido se estimular e gerar novas aprendizagens.

• Ter carácter positivo — O educador valoriza o que o educando já sabe, encorajando-o em caso de erro, e cria novas situações para que seja capaz de construir os conheci-mentos.

• Ser diversificada — Realizada com diferentes actividades avaliativas (instrumentos) e técnicas de avaliação

• Ser transparente — As actividades avaliativas e os critérios são definidos previamente, socializando com os educandos. A intenção é que todos os sujeitos compreendam o que será avaliado, como e quando será feita a avaliação, bem como o conhecimento dos resultados desses processos avaliativos a tempo oportuno.

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Modalidades de avaliação

A avaliação intervém de maneira específica antes, durante e depois da acção. As moda-lidades que se vão considerar são: a diagnóstica, a formativa e sumativa.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Esta modalidade é realizada no início de cada aprendizagem, recorrendo à diversidade de actividades avaliativas como perguntas orais, perguntas escritas, chuvas de ideias, debates, observação individual etc., por forma a fornecer ao professor um conheci-mento imediato sobre o ponto de partida do aluno, tomar decisões sobre estratégias de ensino, motivar e consciencializar o aluno para a aprendizagem.

AVALIAÇÃO FORMATIVA

A avaliação formativa é feita durante o processo de aprendizagem, com carácter de diagnóstico, incluindo outras actividades como a apresentação de trabalhos de grupo e individuais seguida de debates (perguntas e respostas) etc., por forma a melhorar o progresso dos alunos, garantir o alcance dos objectivos, reorientar o processo de apren-dizagem, manter a motivação do aluno para uma aprendizagem consciente e para que o professor possa tomar várias decisões para o sucesso da aula.

AVALIAÇÃO SUMATIVA

Esta modalidade aplica-se geralmente no fim do processo de aprendizagem e inclui dados das modalidades anteriores e das suas respectivas actividades avaliativas, para além de testes orais, escritos, provas de trimestres e provas de exames (trimestre e ano lectivo), de maneira a fazer o balanço do progresso do aluno e a fornecer conhecimen-tos aos sujeitos sobre o alcance dos objectivos.

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Técnicas e instrumentos de avaliação

Para que a avaliação possa desempenhar as suas funções, há necessidade de combinar várias técnicas e instrumentos de avaliação.

A diversificação das técnicas e instrumentos de avaliação permite avaliar de forma ade-quada a aprendizagem, as capacidades e as atitudes dos alunos. Há também necessi-dade de desenvolver técnicas e instrumentos que possam ser utilizados individualmente pelos alunos e por grupo de alunos.

A) TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO

Processa-se através de técnicas subjectivas e objectivas:

As técnicas subjectivas abrangem «instrumentos cujos resultados, em grande parte, dependem do juízo pessoal do avaliador».

A observação, a análise de diários de alunos, entrevistas, questionários, trabalhos espon-tâneos e autobiografia constituem procedimentos comuns a estas técnicas.

Dentro das técnicas objectivas empregam-se «instrumentos de procedimentos cujos resultados valorativos não dependem muito do avaliador».

Constam de medições físicas e sensoriais os testes, provas objectivas e escalas de avaliação.

B) INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Elencamos a seguir alguns exemplos de instrumentos de avaliação:

• Perguntas orais• Perguntas escritas • Debates• Trabalhos de grupo• Observação individualizada• Relatórios • Chuvas de ideias• Tarefas para casa • Situação-Problema• Provas orais• Provas escritas• Provas práticas

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BIBLIOGRAFIA

Agostinho, P. S. (2006) – Guia do Professor, Estudo do Meio 1.ª classe. Texto Editores, Angola.

Freitas, M.M. & Agostinho, P. S. (2007) – Guia do Professor, Estudo do Meio 2.ª classe. Texto Editores, Angola.

Freitas, M.M. & Agostinho, P. S. (2008) – Guia do Professor, Estudo do Meio 3.ª classe. Texto Editores, Angola.

Freitas, M.M. & Agostinho, P. S. (2005) – Guia do Professor, Biologia 7.ª classe. Texto Editores, Angola.

Joaquim, M.M., Freitas, M.M. & Agostinho. P. S. (2007) – Manual do aluno, Estudo do Meio 4.ª classe, Árvore do Saber.

Lukesi, C. C. (2005) – Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22.ª edição. Cortez Editora.

CRÉDITOS

Pág. 9 Cérebro — Patrick J. Lynch (https://pt.wikipedia.org/wiki/Cérebro_humano#/media/File:Skull_and_brain_normal_human.svg)Pág. 30 Horta — Arnaud 25 (https://fr.wikipedia.org/wiki/Jardin_potager#/media/File:Jardin_potager_001.JPG)Pág. 32 Batata-doce — Donovan Govan (https://commons.wikimedia.org/wiki/Ipomoea_batatas#/media/File:Kumara.jpg)Horta — José Reynaldo da Fonseca (https://pt.wikipedia.org/wiki/Horta_(agricultura)#/media/File:Horta_150706_REFON.jpg)Mandioca — David Monniaux (https://pt.wikipedia.org/wiki/Mandioca#/media/File:Manihot_esculenta_dsc07325.jpg)Nabo — thebittenword.com (https://en.wikipedia.org/wiki/Turnip#/media/File:Turnip_2622027.jpg)Pág. 33 Cortiça — Sallyofmayflower(https://en.wikipedia.org/wiki/Cork_(material)#/media/File:1-Arraiolos-0050.jpg)Laranjeira — Ellen Levy Finch (https://pt.wikipedia.org/wiki/Laranja#/media/File:OrangeBloss_wb.jpg)Pág. 35 Pinha — Nuno Tavares (https://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Pinus&uselang=pt#/media/File:Pine_cone_with_nuts.jpg)Pág. 37 Carne de frango — Brookie (https://commons.wiki)media.org/wiki/Category:Chicken_meat#/media/File:Poussin.JPGPág. 38 Mel — Waugsberg (https://commons.wikimedia.org/wiki/Honey#/media/File:Volle_Honigglaeser_13a.jpg)Pág. 40 Solo queimado — Michelangelo-36 (https://pt.wikipedia.org/wiki/Incêndio_florestal#/media/File:Desolador_paisaje_tras_un_incendio,_en_Alcal%C3%A1_la_Real_(Ja%C3%A9n,_Espa%C3%B1a_-_2005).jpg)Pág. 42 Peixe-prata — Albert kok (https://pt.wikipedia.org/wiki/Megalops_atlanticus#/media/File:Tarpon3.JPG)Carapau — Kare Kare (https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Trachurus_trachurus?uselang=pt#/media/File:Atlantic_Horse_Mackerel.jpg)

Pág. 43 Peixe em conserva — Tamorlan (https://en.wikipedia.org/wiki/Canned_fish#/media/File:Chicharros_en_escabeche.jpg)Pág. 45 Fábrica têxtil — Huppertsberg (https://en.wikipedia.org/wiki/Textile_industry#/media/File:Raschelei.jpg)Pág. 46 Lacticínios — Discott (https://en.wikipedi)a.org/wiki/Dairy_product#/media/File:Dairy_Belle_3_products.jpgPág. 48 Blocos de cimento — Praveenvatsa (https://en.wikipedia.org/wiki/Fly_ash_brick)Pág. 53 Contentor — Bidgee (https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=waste+bin&title=Special%3ASearch&profile=advanced&fulltext=1&advancedSearch)Pág. 54 Moamba de galinha — Rui Gabriel Correia(https://en.wikipedia.org/wiki/Angolan_cuisine#/media/File:Moamba_traditional_dish_in_Luanda.JPG)Escultura Yombe — CherryX(https://en.wikipedia.org/wiki/Culture_of_Angola#/media/File:African_Art,_Yombe_sculpture,_Louvre.jpg)Máscara Muana Pwo — Rodrigo Tetsuo Argenton(https://commons.wikimedia.org/wiki/File:M%C3%A1scara_Muana_Pwo_(01).jpg)Povo Khoisan — Paul Weinberg(https://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Category%3AKhoisan&uselang=pt#/media/File:Once_We_Were_Hunters_11.jpg)Pág. 55 Carta — Anneke Wolf (https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e3/Einbrief.jpg)Televisão — Franciscoceba (https://pt.wikipedia.org/wiki/Televisor#/media/File:Televisio3DPhilips_mirrored.png)Pág. 64 Poluição da água — McKay Savage (https://en.wikipedia.org/wiki/Water_pollution_in_India#/media/File:India_-_Sights_%26_Culture_-_garbage-filled_canal_(2832914746).jpg)Pág. 68 Parque Nacional da Cangandala — Paulmaz (https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_da_Cangandala#/media/File:Sable_bull.jpg)Parque Nacional do Bicuar — Albert Batlle (https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_do_Bicuar#/media/File:African_Buffalo.JPG)Pág. 71 Bosquímanos — ISeeAfrica (https://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Category%3AKhoisan&uselang=pt#/media/File:Bushman_camp.jpg)Bosquímanos — Paul Weinberg(https://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Category%3AKhoisan&uselang=pt#/media/File:In_Search_of_the_San_09.jpg)Pág. 73 Aldeia — Paulo César Santos (https://pt.wikipedia.org/wiki/Uíge_(província)#/media/File:Quimbo_Estrada_Luanda_Uige.JPG)Pág. 75 Bandeira da Unita — Ceresnet (https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e5/Flag_of_UNITA.svg/1200px-Flag_of_UNITA.svg.png)Pág. 76 Estátua — Erik Cleves Kristensen (https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nzingambande.jpg)Largo — Fabio Vanin(https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Largo_Lumeji_Luanda.JPG)Museu — Erik Cleves Kristensen (https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_das_Forças_Armadas#/media/File:Luanda-SMiguelFort2.jpg)

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