34
Raios de bicicleta podem virar excelentes michas. Entorte um raio no formato que você deseja e lime as laterais de uma extre- midade de tal forma que fique resistente a esforços na vertical e fle- xível na horizontal. Experimente fazer uma empunhadura com um pedaço de uma polegada curvada em ângulo reto. Para michas peque- nas, que você irá precisar para aquelas fendas bem estreitas, encontre qualquer mola de grande diâmetro e desentorte-a. Se você tiver cui- dado, não será necessário nenhum malabarismo metalúrgico. A.4 Alça de tijolo Caso você não encontre nada mais que preste em uma loja de ferragens, pode-se usar a alça metálica usada para empacotar tijo- los para estiva. É um material maravilhoso para quase qualquer coisa que você queira construir. Para fazer as ranhuras laterais da chave (direcionadores), você pode entortar a alça no sentido do comprimen- to prendendo-a no torno morsa e batendo a parte que ficou para fora até chegar no ângulo necessário. As alças de tijolos são muito duras. Elas podem destruir um disco de esmeril ou uma máquina de fazer chaves. Recomendo uma lima nesse caso. 68 Guia para Arrombamento de Fechaduras Ted the Tool 1991 A informação contida neste livreto é destinada apenas para propósitos educacionais. Traduzido pela editora Subta livre de direitos autorais

Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

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Page 1: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Rai

os d

e bi

cicl

eta

pode

m v

irar

exc

elen

tes

mic

has.

Ent

orte

um r

aio

no f

orm

ato

que

você

des

eja

e li

me

as l

ater

ais

de u

ma

extr

e-m

idad

e de

tal

for

ma

que

fiqu

e re

sist

ente

a e

sfor

ços

na v

erti

cal

e fl

e-xí

vel

na h

oriz

onta

l. E

xper

imen

te f

azer

um

a em

punh

adur

a co

m u

mpe

daço

de

uma

pole

gada

cur

vada

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âng

ulo

reto

. Par

a m

icha

s pe

que-

nas,

que

voc

ê ir

á pr

ecis

ar p

ara

aque

las

fend

as b

em e

stre

itas

, enc

ontr

equ

alqu

er m

ola

de g

rand

e di

âmet

ro e

des

ento

rte-

a. S

e vo

cê t

iver

cui

-da

do, n

ão s

erá

nece

ssár

io n

enhu

m m

alab

aris

mo

met

alúr

gico

.

A.4

Alç

a d

e t

ijo

lo

Cas

o v

ocê

não

enc

ontr

e na

da m

ais

que

pres

te e

m u

ma

loja

de f

erra

gens

, po

de-s

e us

ar a

alç

a m

etál

ica

usad

a pa

ra e

mpa

cota

r ti

jo-

los

para

est

iva.

É u

m m

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mar

avil

hoso

par

a qu

ase

qual

quer

coi

saqu

e vo

cê q

ueir

a co

nstr

uir.

Par

a fa

zer

as r

anhu

ras

late

rais

da

chav

e(d

irec

iona

dore

s), v

ocê

pode

ent

orta

r a

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no

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ido

do c

ompr

imen

-to

pre

nden

do-a

no

torn

o m

orsa

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aten

do a

par

te q

ue f

icou

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a fo

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é ch

egar

no

ângu

lo n

eces

sári

o.

As

alça

s de

tij

olos

são

mui

to d

uras

. E

las

pode

m d

estr

uir

umdi

sco

de

esm

eril

ou

um

a m

áqui

na d

e fa

zer

chav

es.

Rec

omen

do u

ma

lim

a ne

sse

caso

.

68

Gu

ia p

ara

A

rro

mb

am

en

to d

e

Fe

ch

ad

ura

s

Ted

the

Tool

1991

A i

nfo

rmaçã

o c

onti

da

nes

te

livr

eto

é d

esti

nada

apen

as

para

pro

pósi

tos

educa

cionais

.

Tra

du

zid

o p

ela

ed

ito

ra S

ub

taliv

re d

e d

ire

ito

s a

uto

rais

Page 2: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Fig

ura

A.2

: C

ha

ves

de

torq

ue

A.3

Ra

ios

de

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icle

ta

Um

a al

tern

ativ

a às

cer

das

met

álic

as é

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er a

s fe

rram

enta

s a

part

ir d

e pr

egos

ou

raio

s de

bic

icle

ta. E

sses

mat

eria

is s

ão e

ncon

trad

osfa

cilm

ente

e q

uand

o e

les

são

tra

tado

s co

m c

alor

, se

rão

mai

s fo

rtes

que

as c

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s.

Um

a ch

ave

de t

orqu

e re

sist

ente

pod

e se

r co

nstr

uída

com

um

preg

o d

e 1

pol

egad

a de

diâ

met

ro.

Pri

mei

ro,

aque

ça s

ua p

onta

com

um m

açar

ico

até

que

fiqu

e ve

rmel

ho,

reti

re-o

da

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a e

deix

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es-

fria

r no

ar

lent

amen

te.

Um

a bo

ca d

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tam

bém

pod

erá

ser

usad

apa

ra i

sso.

Pas

se o

pre

go n

o e

smer

il (

ou u

se u

ma

lim

a) a

té t

omar

afo

rma

da p

onta

de

uma

chav

e de

fen

da e

cur

ve-a

até

80

grau

s. E

ssa

curv

a de

ve s

er m

enos

que

um

âng

ulo

reto

(90

gra

us)

porq

ue a

lgum

asfr

ente

s de

fec

hadu

ras

estã

o m

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das

atrá

s de

um

a pl

aca

(cha

mad

a de

escu

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e vo

cê d

esej

a qu

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cabe

ça d

a ch

ave

entr

e m

ais

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enos

½po

lega

da d

entr

o do

tam

bor.

Faç

a um

a tê

mpe

ra (

endu

reça

) a

chav

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ue a

quec

endo

-a a

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icar

lar

anja

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fund

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na á

gua

gela

da.

Isso

resu

ltar

á nu

ma

chav

e vi

rtua

lmen

te i

ndes

trut

ível

, qu

e du

rará

ano

s so

bus

o in

tens

o.

67

Page 3: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

(par

a um

azu

l es

curo

), v

ocê

aque

ceu-

o d

emai

s e

será

pre

ciso

ret

irar

essa

par

te. E

m s

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da, f

aça

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gulo

de

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(sa

ída)

da

pont

a us

ando

o c

anto

do

esm

eril

. N

orm

alm

ente

, no

dis

co d

o e

smer

il,

um c

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ém

ais

agud

o qu

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outr

o. U

se o

mai

s ag

udo.

Seg

ure

a m

icha

no

ângu

-lo

des

ejad

o e

aos

pouc

os e

mpu

rre-

a em

dir

eção

ao

esm

eril

. O la

do d

ape

dra

deve

cor

tar

o ân

gulo

de

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. Ass

egur

e-se

que

a p

onta

da

mic

haes

tá b

em a

poia

da. C

aso

nece

ssár

io, u

se u

m a

lica

te d

e bi

co p

ara

segu

-ra

r a

pont

a. V

ocê

deve

cor

tar

em t

orno

de

2/3

da l

argu

ra d

a ce

rda.

Se

a po

nta

fica

r bo

a, c

onti

nue.

Sen

ão, q

uebr

e-a

e te

nte

nova

men

te. V

ocê

pode

que

brar

a c

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pre

nden

do-a

no

tor

no e

dob

rand

o-a

com

plet

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ente

.

O c

anto

do

dis

co d

o e

smer

il t

ambé

m é

usa

do p

ara

usin

ar a

hast

e da

mic

ha.

Faç

a um

a m

arca

do

tam

anho

da

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e. E

la d

eve

ser

long

a o

sufi

cien

te p

ara

perm

itir

que

a p

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pas

se p

or c

ima

do ú

ltim

opi

no d

e um

a fe

chad

ura

de s

ete

pino

s. C

orte

a h

aste

pas

sand

o s

uave

-m

ente

a c

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vár

ias

veze

s no

dis

co.

Cad

a pa

ssad

a va

i da

pon

ta a

té a

mar

ca.

Tent

e re

mov

er m

enos

que

1/1

6 d

e po

lega

da d

e m

etal

a c

ada

pass

ada.

Qua

ndo

fiz

a m

inha

, se

gure

i a

cerd

a co

m d

ois

dedo

s en

-qu

anto

min

ha o

utra

mão

em

purr

ava

a em

punh

adur

a da

mic

ha p

ara

arra

star

a h

aste

no

dis

co.

Faç

a d

o j

eito

que

fun

cion

ar m

elho

r pr

avo

cê.

Uti

lize

um

a li

ma

para

faz

er o

aca

bam

ento

da

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ha. A

o pa

s-sa

r a

unha

sob

re o

met

al,

tudo

dev

e es

tar

liso

. Q

ualq

uer

rugo

sida

deir

á fa

zer

baru

lho

extr

a qu

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ê es

tive

r es

cuta

ndo

a fe

chad

ura.

O r

eves

tim

ento

ext

erno

de

um c

abo

tele

fôni

co p

ode

ser

usa-

do c

omo

empu

nhad

ura

para

a m

icha

. R

etir

e os

trê

s ou

qua

tro

fios

de

um p

edaç

o de

cab

o e

enfi

e-o

na m

icha

. S

e o

reve

stim

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fic

ar f

rou

-xo

, bas

ta c

oloc

ar u

m p

ouco

de

cola

ant

es d

e en

fiá-

lo.

66

Índ

ice

1. É

fác

il...

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

.5

2. C

omo

uma

chav

e ab

re u

ma

fech

adur

a....

......

......

......

......

....7

3. O

Mod

elo

de P

laca

s P

lana

s....

......

......

......

......

......

......

......

...9

4. A

rrom

bam

ento

Bás

ico

&

o de

feit

o de

enr

osca

men

to...

......

......

......

......

......

......

......

....1

3

5. O

Mod

elo

de c

olun

a de

pin

os...

......

......

......

......

......

......

......

17

6. E

sfre

gam

ento

bás

ico.

......

......

......

......

......

......

......

......

......

....2

3

7. A

rrom

bam

ento

Ava

nçad

o....

......

......

......

......

......

......

......

.....

29 7

.1. H

abil

idad

es m

ecân

icas

7.2

. O Z

en e

a a

rte

de a

rrom

bar

fech

adur

as 7

.3. P

ensa

men

to a

nalí

tico

8. E

xerc

ício

s....

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

33 8

.1. E

xerc

ício

1: O

scil

ando

a m

icha

8.2

. Exe

rcíc

io 2

: Pre

ssão

na

mic

ha 8

.3. E

xerc

ício

3: T

orqu

e (p

ress

ão d

e gi

ro)

8.4

. Exe

rcíc

io 4

: Ide

ntif

ican

do o

con

junt

o de

pin

os 8

.5. E

xerc

ício

5: P

roje

ção

9. R

econ

hece

ndo

e E

xplo

rand

o C

arac

terí

stic

as d

e P

erso

nali

dade

......

......

......

......

......

......

....3

9 9

.1. P

ara

qual

lado

gir

ar 9

.2. Q

uant

o gi

rar

9.3

. Gra

vida

de

Page 4: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

9.4

. Os

pino

s nã

o se

aje

itam

9.5

. Def

orm

ação

elá

stic

a 9

.6. F

olga

no

Tam

bor

9.7

. Diâ

met

ro d

o pi

no 9

.8. Â

ngul

os c

hanf

rado

s e

pino

s ar

redo

ndad

os 9

.9. P

inos

em

for

ma

de c

ogum

elo

9.1

0. C

have

s m

estr

as 9

.11.

Con

trol

ador

es o

u E

spaç

ador

es E

ntra

m n

a fe

nda

9.1

2. A

rrom

bam

ento

por

vib

raçã

o 9

.13.

Fec

hadu

ras

com

trav

as d

e di

sco

10.

Con

side

raçõ

es F

inai

s....

......

......

......

......

......

......

......

......

....5

9

A)

Fer

ram

enta

s....

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

......

..61

A.1

) F

orm

atos

de

mic

haA

.2)

Cer

da d

e li

mpa

dore

s de

rua

A.3

) R

aios

de

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clet

aA

.4)

Tir

a de

am

arra

r ti

jolo

s

dese

jada

. Um

a ch

ave

de to

rque

de

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l pod

e se

r fe

ita

estr

eita

ndo

a po

nta

(a p

arti

r de

¼ d

e po

lega

da)

da c

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a. A

pon

ta s

e en

caix

a em

pequ

enas

fen

das

ao m

esm

o te

mpo

que

o r

esto

da

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ça é

lar

ga o

su

-fi

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te p

ara

pega

r um

a fe

nda

norm

al.

A p

arte

dif

ícil

de

faze

r um

a ch

ave

de to

rque

é e

ntor

tar

a ce

r-da

sem

que

ela

que

bre.

Par

a fa

zer

uma

torç

ão d

e 90

gra

us n

a em

pu-

nhad

ura,

pre

nda

a ca

beça

da

cerd

a (e

m t

orno

de

uma

pole

gada

) nu

mto

rno

mor

sa e

use

um

ali

cate

par

a ag

arra

r a

cerd

a m

ais

ou m

enos

a3/

8 de

pol

egad

a do

torn

o. D

á pa

ra u

sar

um p

ar d

e al

icat

es a

o in

vés

deum

tor

no.

Apl

ique

um

a to

rção

de

45 g

raus

. Te

nte

man

ter

o e

ixo

da

torç

ão a

linh

ado

com

o e

ixo

da c

erda

. Ago

ra, r

etor

ne o

ali

cate

de

volt

aou

tros

3/8

de

pole

gada

e g

ire

os 4

5 gr

aus

rest

ante

s. S

erá

prec

iso

tor-

cer

a ce

rda

mai

s de

90

grau

s pa

ra q

ue e

la f

ique

com

um

âng

ulo

per-

man

ente

de

90 g

raus

. P

ara

faze

r um

a cu

rva

de 8

0 gr

aus

para

a c

abe-

ça, t

ire

a ce

rda

mai

s ou

men

os ¼

de

pole

gada

do

torn

o m

orsa

con

-ti

nuam

no

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o). A

poie

a h

aste

de

uma

chav

e de

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da c

ontr

a a

late

-ra

l da

cer

da e

ent

orte

-a u

ns 9

0 gr

aus.

Iss

o de

ve f

azer

com

que

ela

fi-

que

com

um

âng

ulo

perm

anen

te d

e 80

gra

us. T

ente

man

ter

o ei

xo d

acu

rva

perp

endi

cula

r à

empu

nhad

ura.

A h

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da

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e de

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a-ra

nte

que

o ra

io d

e cu

rvat

ura

não

será

peq

ueno

dem

ais.

Qua

lque

r ob

-je

to r

edon

do s

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rá (

por

exem

plo,

um

a br

oca

de f

urad

eira

, um

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ca-

te d

e bi

co o

u m

esm

o um

a ta

mpa

de

cane

ta).

Se

você

tive

r di

ficu

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eco

m e

sse

mét

odo,

ten

te p

rend

er a

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da c

om a

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tes

sepa

rado

s m

ais

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enos

½ p

oleg

ada

e en

tort

e-a.

Ess

e m

étod

o pr

oduz

um

a le

ve c

ur-

va q

ue n

ão ir

á qu

ebra

r a

cerd

a.

Um

esm

eril

ace

lera

ria

mui

to o

tra

balh

o de

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er u

ma

mic

ha.

É p

reci

so u

m p

ouco

de

prát

ica

para

apr

ende

r co

mo

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er c

orte

s su

a-ve

s co

m u

m e

smer

il,

mas

lev

a m

enos

tem

po g

anha

r pr

átic

a e

faze

rdu

as o

u t

rês

mic

has

assi

m d

o q

ue f

azer

ape

nas

uma

à m

ão c

om a

lim

a. O

pri

mei

ro p

asso

é f

azer

o c

orte

do

ângu

lo f

ront

al (

entr

ada)

da

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ha. U

tili

ze a

par

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a fr

ente

do

disc

o do

esm

eril

par

a is

so. S

egur

ea

cerd

a a

45 g

raus

e m

ova-

a de

um

lad

o a

o o

utro

enq

uant

o v

ai u

si-

nand

o (

rem

oven

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o m

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. U

sine

dev

agar

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a ev

itar

que

o m

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sobr

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o q

ue o

tor

nará

frá

gil

(dur

o).

Se

o m

etal

mud

ar d

e co

r

65

Page 5: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

A.2

Ce

rda

s m

etá

lic

as

us

ada

s n

a lim

pe

za d

as

ru

as

As

cerd

as m

etál

icas

usa

das

nos

cam

inhõ

es q

ue l

impa

m a

ssa

rjet

as p

odem

vir

ar e

xcel

ente

s fe

rram

enta

s pa

ra a

brir

fec

hadu

ras.

As

cerd

as p

ossu

em a

gro

ssur

a e

a la

rgur

a co

rret

as,

e sã

o f

ácei

s de

mol

-da

r pa

ra o

for

mat

o de

seja

do. A

s fe

rram

enta

s re

sult

ante

s sã

o fl

exív

eis

e fo

rtes

. A S

eção

A.3

des

crev

e co

mo

torn

á-la

s m

ais

dura

s (m

enos

fle

-xí

veis

).

O p

rim

eiro

pas

so p

ara

faze

r as

fer

ram

enta

s é

reti

rar

com

ple-

tam

ente

a a

reia

das

cer

das.

Pod

e-se

usa

r li

xas

ou e

spon

jas

de a

ço. S

eas

ext

rem

idad

es o

u p

onta

s da

cer

da e

stão

cor

roíd

as,

use

uma

lim

apa

ra to

rná-

las

reta

s no

vam

ente

.

Um

a ch

ave

de to

rque

pos

sui

uma

cabe

ça e

um

a em

punh

adu-

ra c

omo

mos

trad

o n

a F

igur

a A

.2. A

cab

eça

norm

alm

ente

tem

½ a

¾de

pol

egad

a de

com

prim

ento

e a

em

punh

adur

a va

ria

entr

e 2

a 4

pole

-ga

das.

A c

abeç

a e

a em

punh

adur

a es

tão

sepa

rada

s po

r um

a cu

rva

dem

ais

ou m

enos

80

grau

s. A

cab

eça

prec

isa

ser

com

prid

a o

sufi

cien

tepa

ra a

lcan

çar

além

de

qual

quer

pro

tube

rânc

ia e

aco

plar

fir

mem

ente

ao ta

mbo

r. U

ma

empu

nhad

ura

long

a pe

rmit

e um

con

trol

e de

lica

do d

oto

rque

, mas

se

for

long

a de

mai

s, ir

á ba

ter

cont

ra o

bat

ente

da

port

a. A

empu

nhad

ura,

a c

abeç

a e

a cu

rva

pode

m s

er b

em p

eque

nas

se v

ocê

dese

ja f

erra

men

tas

fáce

is d

e es

cond

er (

por

exem

plo,

den

tro

de

uma

cane

ta,

um i

sque

iro

ou u

ma

five

la d

e ci

nto)

. Alg

umas

cha

ves

de t

or-

que

poss

uem

um

a to

rção

de

90 g

raus

na

empu

nhad

ura.

Ess

a to

rção

ajud

a a

regu

lar

o to

rque

poi

s m

ostr

a o

quão

def

leti

da a

em

punh

adur

aes

tá e

m r

elaç

ão a

sua

pos

ição

rel

axad

a. A

em

punh

adur

a f

unci

ona

com

o um

a m

ola

que

ajus

ta o

torq

ue. A

desv

anta

gem

des

se m

étod

o de

apli

car

o t

orqu

e é

que

você

tem

men

os r

espo

sta

sobr

e a

rota

ção

do

tam

bor.

Par

a ab

rir

fech

adur

as d

ifíc

eis,

ser

á pr

ecis

o a

pren

der

com

oap

lica

r um

torq

ue c

onst

ante

atr

avés

de

uma

chav

e de

torq

ue c

om e

m-

punh

adur

a rí

gida

.

A l

argu

ra d

a ca

beça

de

uma

chav

e de

tor

que

dete

rmin

a o

quão

bem

ela

irá

se e

ncai

xar

na f

enda

. Fec

hadu

ras

com

fen

das

estr

ei-

tas

(com

o a

s da

s es

criv

anin

has)

pre

cisa

m d

e ch

aves

de

torq

ue c

omca

beça

s es

trei

tas.

Ant

es d

e cu

rvar

a c

erda

, lim

e a

cabe

ça a

té a

larg

ura

64

Cap

ítu

lo 1

É f

áci

l O g

rand

e se

gred

o d

e ar

rom

bar

uma

fech

adur

a é

que

isso

éfá

cil.

Qua

lque

r pe

ssoa

pod

e ap

rend

er c

omo

se a

bre

uma

fech

adur

a. A

teor

ia d

o ar

rom

bam

ento

diz

res

peit

o a

com

o ex

plor

ar d

efei

tos

mec

â-ni

cos.

Exi

stem

alg

uns

pouc

os c

once

itos

e d

efin

içõe

s bá

sica

s, m

as o

gros

so d

o m

ater

ial

cons

iste

em

truq

ues

para

abr

ir f

echa

dura

s co

m d

e-fe

itos

ou

com

car

acte

ríst

icas

par

ticu

lare

s. A

org

aniz

ação

des

se m

anu

-al

ref

lete

ess

a es

trut

ura.

Os

prim

eiro

s ca

pítu

los

apre

sent

am o

voc

abu

-lá

rio

e as

inf

orm

açõe

s bá

sica

s so

bre

fech

adur

as e

for

mas

de

abri

-las

.N

ão t

em c

omo

apre

nder

arr

omba

men

tose

m p

ráti

ca,

assi

m t

emos

um

capí

tulo

que

apr

esen

ta u

m c

onju

nto

de

exer

cíci

os e

scol

hido

s cu

ida-

dosa

men

te p

ara

ajud

ar v

ocê

a ap

rend

er a

s ha

bili

dade

s do

arr

omba

-m

ento

. Est

e do

cum

ento

ter

min

a co

m u

m c

atál

ogo

de c

arac

terí

stic

as e

defe

itos

mec

ânic

os e

ncon

trad

os n

as f

echa

dura

s e

as t

écni

cas

usad

aspa

ra r

econ

hecê

-los

e e

xplo

rá-l

os.

E o

apê

ndic

e de

scre

ve c

omo

faz

ersu

as p

rópr

ias

ferr

amen

tas

de a

rrom

bam

ento

.

Os

exer

cíci

os s

ão i

mpo

rtan

tes.

A ú

nica

man

eira

de

apre

nder

com

o r

econ

hece

r e

expl

orar

os

defe

itos

de

uma

fech

adur

a é

atra

vés

da p

ráti

ca.

Isso

sig

nifi

ca p

rati

car

mui

tas

veze

s na

mes

ma

fech

adur

aas

sim

com

o pr

atic

ar e

m m

uita

s fe

chad

uras

dif

eren

tes.

Qua

lque

r pe

s-so

a po

de a

pren

der

com

o ab

rir

tran

cas

de e

scri

vani

nhas

e d

e ar

már

ios

de a

rqui

vos,

mas

a h

abil

idad

e pa

ra a

brir

a m

aior

ia d

as f

echa

dura

s em

trin

ta s

egun

dos

é al

go q

ue r

eque

r pr

átic

a.

Ant

es d

e en

trar

mos

nos

det

alhe

s da

s fe

chad

uras

e d

o ar

rom

-ba

men

to,

vale

res

salt

ar q

ue a

brir

um

a fe

chad

ura

é ap

enas

um

a fo

rma

de t

rans

por

uma

barr

eira

com

tra

nca,

em

bora

cau

se m

enos

dan

o qu

eas

téc

nica

s de

for

ça b

ruta

. N

a ve

rdad

e, p

ode

ser

até

mai

s fá

cil

detr

ansp

or o

mec

anis

mo

de t

rava

(li

ngue

ta m

etál

ica

que

impe

de a

por

ta 5

Page 6: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

de a

brir

) do

que

a f

echa

dura

. Tam

bém

pod

e se

r m

ais

fáci

l da

r um

jei

-to

em

out

ras

part

es d

a po

rta

ou m

esm

o ev

itá-

la c

ompl

etam

ente

. Lem

-br

e-se

: sem

pre

exis

te u

m o

utro

jeit

o; e

m g

eral

, um

jeit

o m

elho

r.

6

Fig

ura

A.1

: F

orm

ato

s d

e m

ich

as

63

Page 7: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

A p

onta

de

mei

a-vo

lta

func

iona

bem

em

fec

hadu

ras

com

tra-

vas

de d

isco

s. V

eja

a S

eção

9.1

3 . A

s po

ntas

dia

man

te-i

ntei

ro e

vol

ta-

inte

ira

são

úte

is p

ara

fech

adur

as c

om p

inos

em

cim

a e

emba

ixo

da

fend

a. A

pon

ta d

e an

cinh

o é

pro

jeta

da p

ara

enca

ixar

os

pino

s um

aum

. Tam

bém

pod

e se

r us

ada

para

“ra

stel

ar”

sobr

e os

pin

os, m

as s

ó dá

para

apl

icar

pre

ssão

qua

ndo

se e

stá

rem

oven

do a

mic

ha d

a fe

nda.

Apo

nta

de a

ncin

ho p

erm

ite

sent

ir c

uida

dosa

men

te c

ada

pino

e a

plic

ar-

lhes

pre

ssõe

s va

riad

as.

Alg

umas

pon

tas

de a

ncin

ho s

ão p

lana

s ou

dent

adas

no

top

o p

ara

faci

lita

r o

ali

nham

ento

da

mic

ha c

om o

pin

o.O

pri

ncip

al b

enef

ício

de

enca

ixar

pin

o a

pino

é q

ue v

ocê

evit

a ar

ra-

nhar

os

pino

s. A

téc

nica

de

esfr

egam

ento

arr

anha

a p

onta

dos

pin

os e

a fe

nda,

esp

alha

ndo

poei

ra m

etál

ica

pela

fec

hadu

ra. S

e vo

cê q

uer

evi-

tar

deix

ar r

astr

os, d

eve-

se e

vita

r o

esfr

egam

ento

.

A p

onta

em

for

ma

de c

obra

pod

e se

r us

ava

para

o e

sfre

ga-

men

to o

u pa

ra e

ncai

xar

cada

pin

o. Q

uand

o se

usa

o e

sfre

gam

ento

, as

segu

idas

bat

idas

ger

am m

ais

mov

imen

taçã

o qu

e um

a m

icha

com

um.

A p

onta

cob

ra é

par

ticu

larm

ente

boa

par

a ab

rir

fech

adur

as d

omés

ti-

cas

de c

inco

pin

os.

Qua

ndo

a p

onta

cob

ra é

usa

da p

ara

enca

ixar

os

pino

s, e

la p

ode

ajei

tar

dois

ou

três

pin

os d

e um

a só

vez

. Bas

icam

ente

,a

mic

ha c

obra

age

com

o u

m s

egm

ento

de

uma

chav

e qu

e po

de s

eraj

usta

da p

ara

leva

ntar

ou

aba

ixar

a p

onta

ao

inc

liná

-la

para

fre

nte

epa

ra t

rás,

usa

ndo

tan

to o

top

o q

uant

o a

bas

e da

pon

ta.

Dev

e-se

usa

rto

rque

mod

erad

o pa

ra p

esad

o co

m e

sse

tipo

de

pont

a pa

ra q

ue d

iver

-so

s pi

nos

se e

ncai

xem

ao

mes

mo

tem

po.

Ess

e ti

po d

e ar

rom

bam

ento

é m

ais

rápi

do q

ue s

e fo

sse

usad

a um

a po

nta

de a

ncin

ho e

dei

xa m

e-no

s ra

stro

s.

62

Cap

ítu

lo 2

Co

mo

um

a c

ha

ve

ab

re u

ma

fe

ch

ad

ura

Est

e ca

pítu

lo a

pres

enta

o f

unci

onam

ento

bás

ico

de f

echa

du-

ras

de t

rava

de

pino

s e

o vo

cabu

lári

o us

ado

no r

esto

do

livr

o. O

s te

r-m

os u

sado

s pa

ra d

escr

ever

fec

hadu

ras

e su

as p

arte

s va

riam

de

fabr

i-ca

nte

para

fab

rica

nte

e de

cid

ade

para

cid

ade.

Ent

ão, s

e vo

cê já

man

jao

bási

co d

o fu

ncio

nam

ento

de

uma

fech

adur

a, o

lhe

a F

igur

a 2.

1 pa

rate

r o

voca

bulá

rio

usad

o aq

ui.

Sab

er c

omo

uma

fech

adur

a fu

ncio

na q

uand

o el

a é

aber

ta p

orum

a ch

ave

é ap

enas

par

te d

o qu

e vo

cê p

reci

sa s

aber

. Tam

bém

é p

re-

ciso

sab

er c

omo

uma

fech

adur

a re

spon

de à

tent

ativ

a de

arr

omba

men

-to

.

A F

igur

a 2.

1 i

ntro

duz

o v

ocab

ulár

io d

e fe

chad

uras

rea

is.

Ach

ave

entr

a pe

la fe

nda

(ke

yway)

do

tam

bor

(plu

g).

As

prot

usõe

s na

late

ral

da f

enda

são

cha

mad

asde

dir

ecio

nadore

s (w

ard

s). O

s di

reci

o-na

dore

s re

stri

ngem

o c

onju

nto

de c

have

s qu

e po

dem

ser

ins

erid

as n

ota

mbo

r. O

tam

bor

é um

cil

indr

o qu

e po

de g

irar

qua

ndo

a ch

ave

ade-

quad

a fo

i co

mpl

etam

ente

ins

erid

a. A

par

te q

ue n

ão g

ira

da f

echa

dura

é ch

amad

a de

casc

o (

hull

). O

pri

mei

ro p

ino

que

a c

have

enc

osta

éch

amad

o d

e p

ino

um

. O

res

tant

e do

s pi

nos

é nu

mer

ado

cre

scen

te-

men

te e

m d

ireç

ão a

o fu

ndo

da f

enda

.

A c

have

ade

quad

a le

vant

a ca

da p

ar d

e pi

nos

até

que

o v

ãoen

tre

o p

ino

da

chave

(ke

y p

in)

e o

pin

o c

ontr

ola

dor

(dri

ver

pin

) al

-ca

nça

a li

nha

de a

ber

tura

(sh

eer

lin

e).

Qua

ndo

tod

os o

s pi

nos

estã

one

ssa

posi

ção,

o ta

mbo

r po

de r

odar

e a

fec

hadu

ra s

e ab

re. U

ma

chav

ein

corr

eta

deix

ará

algu

ns d

os p

inos

sal

ient

es e

ntre

o c

asco

e o

tam

bor,

impe

dind

o qu

e o

tam

bor

gire

.

7

Page 8: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Fig

ura

2.1

: F

un

cio

na

men

to d

as

fech

ad

ura

s d

e tr

ava

de

pin

os

8

Ap

ênd

ice

A

Fe

rram

en

tas

Est

e ap

êndi

ce d

escr

eve

o f

orm

ato

e a

con

stru

ção

de

ferr

a-m

enta

s pa

ra a

rrom

bar

fech

adur

as.

A.1

Fo

rma

tos

da

mic

ha

As

mic

has

pode

m te

r di

vers

os f

orm

atos

e ta

man

hos.

A F

igu

-ra

A.1

mos

tra

as f

orm

as m

ais

com

uns.

A e

mpu

nhad

ura

e ha

ste

são

igua

is p

ara

toda

s el

as. A

em

punh

adur

a de

ve s

er c

onfo

rtáv

el e

a h

aste

fina

o s

ufic

ient

e pa

ra e

vita

r qu

e em

purr

e pi

nos

desn

eces

sari

amen

te.

Se

a ha

ste

é m

uito

fin

a, e

ntão

fun

cion

ará

com

o um

a m

ola

e vo

cê p

er-

derá

o “

tato

” da

pon

ta i

nter

agin

do c

om o

s pi

nos.

A f

orm

a da

pon

tade

term

ina

o qu

ão f

ácil

a m

icha

irá

pass

ar s

obre

os

pino

s e

que

tipo

de

resp

osta

voc

ê re

cebe

rá d

e ca

da p

ino.

O f

orm

ato

da p

onta

é u

m c

ompr

omis

so e

ntre

a f

acil

idad

e de

inse

rção

, a

faci

lida

de d

e re

tira

da e

o t

ato

de i

nter

ação

. A p

onta

mei

o-di

aman

te n

ão m

uito

pon

tuda

(co

m â

ngul

o ab

erto

) é

fáci

l de

col

ocar

eti

rar,

ent

ão d

á pa

ra a

plic

ar p

ress

ão q

uand

o a

mic

ha e

stiv

er i

ndo

em

qual

quer

dir

eção

. E

la p

ode

abr

ir r

apid

amen

te u

ma

fec

hadu

ra q

uepo

ssui

pou

ca v

aria

ção

no

com

prim

ento

dos

pin

os.

Se

a f

echa

dura

exig

ir u

ma

chav

e qu

e po

ssua

um

cor

te f

undo

ent

re d

ois

ângu

los

aber

-to

s, e

ntão

ess

a m

icha

talv

ez n

ão c

onsi

ga e

mpu

rrar

o s

ufic

ient

e o

pino

do m

eio.

A m

icha

mei

o-di

aman

te p

ontu

da (

com

âng

ulo

agu

do)

pode

lida

r co

m e

sse

tipo

de

fech

adur

a, e

no

ger

al,

com

um

âng

ulo

bem

agud

o vo

cê o

btém

mel

hor

resp

osta

dos

pin

os.

Infe

lizm

ente

, os

âng

u-lo

s ag

udos

tor

nam

mai

s di

fíci

l o

mov

imen

to d

a m

icha

den

tro

da

fe-

chad

ura.

Um

a po

nta

que

poss

ua u

m â

ngul

o a

bert

o d

e en

trad

a e

umfe

chad

o de

saí

da f

unci

ona

bem

nas

fec

hadu

ras

Yal

e.

61

Page 9: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

60

Cap

ítu

lo 3

O M

od

elo

de

Pla

ca

s P

lan

as

Par

a fi

car

bom

em

abr

ir f

echa

dura

s, é

pre

ciso

com

pree

nder

deta

lhad

amen

te c

omo

ela

s fu

ncio

nam

e o

que

aco

ntec

e qu

ando

são

arro

mba

das.

Est

e do

cum

ento

usa

doi

s m

odel

os p

ara

ajud

ar a

ent

ende

ro

com

port

amen

to d

as f

echa

dura

s. O

pre

sent

e ca

pítu

lo m

ostr

a um

mo

-de

lo q

ue d

esta

ca a

s in

tera

ções

ent

re a

s po

siçõ

es d

os p

inos

. O C

apít

u-lo

4 u

sa e

sse

mod

elo

par

a ex

plic

ar c

omo

o a

rrom

bam

ento

fun

cion

a.O

cap

ítul

o 9

usa

rá e

sse

mod

elo

par

a e

xpli

car

defe

itos

mec

ânic

osm

ais

com

plic

ados

.

O M

odel

o d

e P

laca

Pla

na* d

e um

a fe

chad

ura

está

mos

trad

ona

Fig

ura

3.1.

Iss

o n

ão é

um

a se

ção

tra

nsve

rsal

de

uma

fech

adur

are

al. É

um

a se

ção

tran

sver

sal

de u

m m

odel

o m

uito

sim

ples

. O o

bjet

i-vo

des

sa f

echa

dura

é e

vita

r qu

e du

as p

laca

s de

met

al d

esli

sem

um

aso

bre

a ou

tra

a nã

o s

er q

ue a

cha

ve a

dequ

ada

este

ja p

rese

nte.

A f

e-ch

adur

a é

com

post

a de

dua

s pl

acas

sob

repo

stas

e f

uros

que

atr

aves

-sa

m a

mba

s. A

Fig

ura

mos

tra

uma

tran

ca d

e do

is f

uros

. Col

oca-

se d

ois

pino

s em

cad

a fu

ro d

e m

anei

ra q

ue o

vão

ent

re o

par

de

pino

s nã

o es

-te

ja a

linh

ado

com

o v

ão e

ntre

as

plac

as.

O p

ino

inf

erio

r é

cham

ado

de p

ino

da

chave

por

que

é el

e qu

e en

cost

a na

cha

ve.

O p

ino

supe

rior

é ch

amad

o de

pin

o c

ontr

ola

dor.

Com

umen

te, e

sses

pin

os s

ão c

ham

a-do

s ap

enas

de

cont

rola

dor

e pi

no. H

á um

a pr

otus

ão n

a pa

rte

de b

aixo

da p

laca

inf

erio

r pa

ra e

vita

r qu

e os

pin

os c

aiam

, e

uma

mol

a ac

ima

da p

laca

sup

erio

r qu

e em

purr

a o

pino

con

trol

ador

.

Se

não

há c

have

, as

plac

as n

ão p

odem

des

lisa

r um

a em

rel

a-çã

o à

out

ra p

orqu

e o

pin

o c

ontr

olad

or a

trav

essa

as

duas

pla

cas.

Ach

ave

corr

eta

leva

nta

o pa

r de

pin

os d

e m

odo

a al

inha

r o

vão

entr

e os

pino

s co

m o

vão

ent

re a

s pl

acas

. V

eja

a F

igur

a 3.

3. O

u se

ja,

a ch

ave

*F

latl

an

d M

od

el

9

Page 10: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

leva

nta

o pi

no d

a ch

ave

até

que

o se

u to

po a

lcan

ce a

linh

a de

abe

rtur

ada

fec

hadu

ra. N

essa

con

figu

raçã

o, a

s pl

acas

pod

em d

esli

sar.

A F

igur

a 3.

3 t

ambé

m i

lust

ra u

ma

cara

cter

ísti

ca i

mpo

rtan

teda

s fe

chad

uras

rea

is.

Sem

pre

exis

te u

ma

tole

rânc

ia n

o d

esli

sam

ento

das

plac

as. O

u se

ja, q

uais

quer

par

tes

que

desl

isem

ent

re s

i obr

igat

ori-

amen

te d

evem

est

ar s

epar

adas

por

um

vão

. O v

ão e

ntre

a p

laca

sup

e-ri

or e

a in

feri

or p

ossi

bili

ta q

ue u

ma

gam

a de

cha

ves

abra

a f

echa

dura

.N

ote

na F

igur

a 3.

3 qu

e o

pino

da

chav

e a

dire

ita

não

está

tão

leva

nta-

do q

uant

o o

pino

da

esqu

erda

, mas

mes

mo

assi

m a

fec

hadu

ra a

brir

á.

Fig

ura

3.1

: M

od

elo

de

pla

cas

pla

na

s d

e u

ma

fec

ha

du

ra

Fig

ura

3.2

: (a

) C

ha

ve d

e p

laca

s p

lan

as

leva

nta

os

pin

os

10

Cap

ítu

lo 1

0

Co

ns

idera

çõ

es

Fin

ais

Arr

omba

r um

a fe

chad

ura

é um

a ar

te,

não

um

a ci

ênci

a. E

ste

docu

men

to a

pres

enta

o c

onhe

cim

ento

e a

s ha

bili

dade

s es

senc

iais

par

aab

rir

fech

adur

as, m

as a

cim

a de

tudo

ele

for

nece

mod

elos

e e

xerc

ício

squ

e lh

e aj

udar

ão a

est

udar

fec

hadu

ras

por

cont

a pr

ópri

a.

Par

a do

min

ar e

ssa

arte

, é

prec

iso

prá

tica

e d

esen

volv

er u

mes

tilo

que

con

diga

com

a s

ua p

erso

nali

dade

. Lem

bre-

se q

ue a

mel

hor

técn

ica

é aq

uela

que

fun

cion

a m

elho

r pr

a vo

cê.

59

Page 11: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

58

Fig

ura

3.3

: (b

) A

ch

ave

ap

rop

ria

da

per

mit

e q

ue

as

pla

cas

des

lise

m

11

Page 12: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

12

Fig

ura

9.1

0:

Fu

nci

on

am

ento

de

um

a f

ech

ad

ura

de

tra

vas

de

dis

co

57

Page 13: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

bran

ca. A

gora

, im

agin

e um

mec

anis

mo

que

bata

nas

pon

tas

de t

odos

os p

inos

da

chav

e. E

sses

pin

os t

rans

feri

rão

seu

mom

ento

par

a os

pi-

nos

cont

rola

dore

s, o

s qu

ais

irão

sub

ir p

ara

dent

ro d

o ca

sco.

Se

você

esti

ver

apli

cand

o um

lev

e to

rque

qua

ndo

isso

aco

ntec

er,

o ta

mbo

r ir

ági

rar

quan

do t

odos

os

cont

rola

dore

s es

tive

rem

aci

ma

da

lin

ha d

eab

ertu

ra.

9.1

3 F

ech

ad

ura

co

m t

rava

s d

e d

isco

As

fech

adur

as b

arat

as e

ncon

trad

as e

m e

scri

vani

nhas

usa

mdi

scos

de

met

al a

o in

vés

de p

inos

. A F

igur

a 9.

10 m

ostr

a o

func

iona

-m

ento

bás

ico

dess

as f

echa

dura

s. O

s di

scos

pos

suem

o m

esm

o co

ntor

-no

(di

âmet

ro)

mas

dif

erem

na

loc

aliz

ação

do

cor

te r

etan

gula

r qu

eco

nsti

tui o

mec

anis

mo

de tr

ava.

Ess

as f

echa

dura

s sã

o fá

ceis

de

arro

mba

r co

m a

s fe

rram

enta

sce

rtas

. D

evid

o a

os d

isco

s se

rem

mon

tado

s pe

rto

um

do

out

ro,

uma

mic

ha d

e m

eia-

curv

a (h

alf

-round

) fu

ncio

na m

elho

r qu

e um

a m

eio-

diam

ante

(half

-dia

mond

) (v

eja

a F

igur

a A

.1).

Voc

ê ta

mbé

m p

ode

pre-

cisa

r de

um

a ch

ave

de t

orqu

e co

m u

ma

cabe

ça m

ais

estr

eita

. U

tili

zeto

rque

mod

erad

o pa

ra f

orte

.

56

Cap

ítu

lo 4

Arr

om

ba

me

nto

Bás

ico

&

o D

efe

ito

de

En

ros

cam

en

to*

O m

odel

o d

e pl

acas

pla

nas

evid

enci

a o

def

eito

bás

ico

que

perm

ite

que

o a

rrom

bam

ento

fun

cion

e. E

ste

def

eito

tor

na p

ossí

vel

abri

r um

a fe

chad

ura

atra

vés

do l

evan

tam

ento

dos

pin

os u

m a

cad

ave

z, e

sen

do a

ssim

, nã

o é

pre

ciso

um

a ch

ave

para

lev

antá

-los

tod

osao

mes

mo

tem

po. A

Fig

ura

4.3

mos

tra

com

o os

pin

osde

um

a fe

cha-

dura

pod

em s

er p

osic

iona

dos

um d

e ca

da v

ez.

O p

rim

eiro

pas

so d

opr

eced

imen

to é

apl

icar

um

a fo

rça

de a

bert

ura

empu

rran

do a

pla

ca in

-fe

rior

. E

sta

forç

a fa

z co

m q

ue u

m o

u m

ais

pino

s se

jam

“te

sour

ados

”(c

isal

hado

s) e

ntre

as

plac

as.

O d

efei

to m

ais

com

um d

e um

a fe

chad

u-ra

é q

ue a

pena

s um

pin

o fi

cará

enr

osca

do (

bin

d).

A F

igur

a 4.

1 m

ostr

ao

pino

da

esqu

erda

enr

osca

do. M

esm

o qu

e um

pin

o es

teja

enr

osca

do,

ele

pode

ser

em

purr

ado

par

a ci

ma

com

um

a m

icha

(ha

ste

usad

a pr

aar

rom

bam

ento

de

fech

adur

as).

Vej

a a

Fig

ura

4.2.

Qua

ndo

o t

opo

do

pino

da

chav

e at

inge

a l

inha

de

aber

tura

, a

plac

a in

feri

or s

ofre

rá u

mle

ve d

esli

se.

Se

a m

icha

for

ret

irad

a, o

pin

o c

ontr

olad

or c

onti

nuar

ápr

eso

em

cim

a pe

lo e

ntre

cruz

amen

to d

as p

laca

s, e

o p

ino

da

chav

eca

irá

para

a s

ua p

osiç

ão i

nici

al (

Fig

ura

4.3)

. O

lev

e m

ovim

ento

da

plac

a in

feri

or f

az c

om q

ue u

m n

ovo

pino

se

enro

sque

. O m

esm

o pr

o-ce

dim

ento

pod

e se

r us

ado

par

a po

sici

onar

um

nov

o p

ino.

Ass

im,

opr

oced

imen

to d

e a

rrom

bam

ento

de

um

pin

o p

or v

ez é

apl

icar

um

afo

rça

de a

bert

ura,

enc

ontr

ar o

pin

o q

ue e

stej

a m

ais

enro

scad

o e

em

-pu

rrá-

lo. Q

uand

o o

topo

do

pino

da

chav

e al

canç

ar a

lin

ha d

e ab

ertu

-ra

, a

part

e m

óvel

da

fech

adur

a ir

á de

sloc

ar-s

e le

vem

ente

e o

pin

o

*B

ind

ing

Def

ect

13

Page 14: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

cont

rola

dor

fica

rá p

reso

aci

ma

da li

nha

de a

bert

ura.

A is

so c

ham

amos

enca

ixar

um

pin

o.

O C

apít

ulo

9 d

iscu

te o

s di

fere

ntes

def

eito

s qu

e fa

zem

com

que

um p

ino

fiqu

e en

rosc

ado

a ca

da v

ez.

Pro

cedi

men

to:

1.A

pliq

ue u

ma

forç

a de

abe

rtur

a.

2.E

ncon

tre

o pi

no q

ue e

stej

a m

ais

enro

scad

o.

3.E

mpu

rre

esse

pin

o at

é qu

e vo

cê s

inta

que

ele

alc

anço

u a

linh

ade

abe

rtur

a.

4.V

á pa

ra o

pas

so 2

.

Fig

ura

4.1

: A

forç

a d

e a

ber

tura

fa

z co

m q

ue

um

pin

o c

on

tro

lad

or

enro

squ

e

Fig

ure

4.2

: A

mic

ha

lev

an

ta o

pin

o e

nro

sca

do

14

cair

na

fend

a co

mpl

etam

ente

, a

únic

a op

ção

é r

etir

á-lo

. U

ma

hast

em

etál

ica

em f

orm

a de

gan

cho

reso

lve

bem

, em

bora

um

cli

pe d

e pa

pel

curv

ado

tam

bém

cont

a, a

não

ser

que

o e

spaç

ador

est

eja

empe

rra-

do.

Fig

ura

9.9

: O

esp

aça

do

r o

u o

co

ntr

ola

do

r p

od

em e

ntr

ar

na

fen

da

9.1

2 A

rro

mb

am

en

to p

or

vib

raç

ão

O a

rrom

bam

ento

por

vib

raçã

o f

unci

ona

atra

vés

da c

riaç

ãode

um

gra

nde

vão

entr

e os

pin

os d

a ch

ave

e o

cont

rola

dor.

O p

rinc

í-pi

o fu

ndam

enta

l é

fam

ilia

r a

qual

quer

pes

soa

que

já t

enha

jog

ado

si-

nuca

. Qua

ndo

a bo

la b

ranc

a ba

te b

em n

o m

eio

de o

utra

, a b

ranc

a pa

rae

a ou

tra

segu

e a

dian

te c

om a

mes

ma

velo

cida

de e

dir

eção

da

bola 55

Page 15: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Fig

ura

9.8

: C

olo

caçã

o d

e p

ino

s es

pa

çad

ore

s p

ara

usa

r ch

ave

mes

tra

9.1

1 O

co

ntr

ola

do

r o

u o

es

pa

ça

do

r e

ntr

a n

a f

en

da

A F

igur

a 9.

9 m

ostr

a co

mo

um e

spaç

ador

ou

um p

ino

cont

ro-

lado

r po

de e

ntra

r na

fen

da q

uand

o o

tam

bor

é g

irad

o 1

80 g

raus

.P

ode-

se e

vita

r is

so a

o p

osic

iona

r o

lad

o p

lano

da

mic

ha n

a ba

se d

afe

nda

an

tes

de g

irar

tan

to o

tam

bor.

Se

um e

spaç

ador

ou

um

pin

oco

ntro

lado

r en

trar

mes

mo

na f

enda

e i

mpe

dir

que

você

gir

e o

tam

bor,

use

o la

do p

lano

da

mic

ha p

ara

empu

rrar

o e

spaç

ador

de

volt

a pa

ra o

casc

o. T

alve

z vo

cê p

reci

se u

sar

a ch

ave

de t

orqu

e pa

ra a

livi

ar q

ual-

quer

for

ça d

e ci

salh

amen

to (

teso

uram

ento

) qu

e es

teja

enr

osca

ndo

oes

paça

dor

ou o

con

trol

ador

. S

e is

so n

ão f

unci

onar

, te

nte

empi

lhar

de

volt

a os

con

trol

ador

es c

om o

lad

o po

ntud

o da

mic

ha.

Se

o es

paça

dor

54

Fig

ure

4.3

: O

co

ntr

ola

do

r d

a e

squ

erd

a e

stá

en

caix

ad

o e

o d

a d

irei

ta e

nro

sca

.

15

Page 16: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

16

um c

have

iro

adi

cion

a um

pin

o e

xtra

cha

mad

o e

spaça

dor

a al

gum

asda

s co

luna

s de

pin

os.

Vej

a a

Fig

ura

9.8.

O o

bjet

ivo

do

esp

açad

or é

cria

r do

isvã

os n

a co

luna

de

pino

s, c

onst

itui

ndo

dua

s op

ções

par

a a

linh

a de

abe

rtur

a. N

orm

alm

ente

, a

chav

e in

terc

ambi

ável

ali

nha

pelo

topo

do

espa

çado

r e

a ch

ave

mes

tra

pela

bas

e (a

ide

ia é

evi

tar

que

aspe

ssoa

s li

mem

um

a ch

ave

inte

rcam

biáv

el a

té t

orná

-la

uma

mes

tra)

.E

m a

mbo

s ca

sos,

o ta

mbo

r ir

á gi

rar.

Ger

alm

ente

, os

esp

açad

ores

tor

nam

a f

echa

dura

mai

s fá

cil

de s

er a

rrom

bada

. E

les

aum

enta

m a

s op

ortu

nida

des

para

o e

ncai

xa-

men

to d

e ca

da p

ino,

e d

eixa

m a

fec

hadu

ra m

ais

susc

etív

el a

que

sej

aab

erta

pos

icio

nand

o to

dos

os p

inos

mai

s ou

men

os n

a m

esm

a al

tura

.E

m m

uito

s ca

sos,

ape

nas

duas

ou

três

pos

içõe

s te

rão

esp

açad

ores

. É

poss

ível

rec

onhe

cer

uma

pos

ição

com

esp

açad

or p

elos

doi

s c

lick

s

que

se o

uve

quan

do o

pin

o é

em

purr

ado

par

a ba

ixo.

Se

o e

spaç

ador

tem

um

diâ

met

ro m

enor

que

os

pino

s co

ntro

lado

r e

da c

have

, en

tão

have

rá u

ma

regi

ão m

ole

mai

or p

orqu

e o

espa

çado

r nã

o en

rosc

ará

aopa

ssar

pel

a li

nha

de a

bert

ura.

É m

ais

com

um q

ue o

esp

açad

or s

eja

mai

s la

rgo

que

o pi

no c

ontr

olad

or.

É p

ossí

vel

iden

tifi

car

isso

atr

avés

do a

umen

to d

a fr

icçã

o qu

ando

o e

spaç

ador

pas

sa p

ela

linh

a de

abe

r-tu

ra. J

á qu

e o

espa

çado

r é

mai

s la

rgo

que

o pi

no c

ontr

olad

or, e

le ta

m-

bém

fic

ará

mai

s ju

sto

no

tam

bor.

Se

você

em

purr

ar o

con

trol

ador

para

den

tro

do

cas

co,

dará

par

a se

ntir

um

for

te c

lick

qua

ndo

a b

ase

do e

spaç

ador

sai

r da

linh

a de

abe

rtur

a.

Esp

açad

ores

mai

s fi

nos

pode

m c

ausa

r sé

rios

pro

blem

as.

Se

você

apl

icar

um

for

te t

orqu

e e

o ta

mbo

r ti

ver

furo

s ch

anfr

ados

, o

es-

paça

dor

pode

gir

ar e

em

perr

ar n

a li

nha

de a

bert

ura.

Tam

bém

é p

ossí

-ve

l que

o e

spaç

ador

cai

a na

fen

da d

a fe

chad

ura

se o

tam

bor

roda

r 18

0gr

aus.

Vej

a a

Seç

ão 9

.11

para

com

o so

luci

onar

ess

e pr

oble

ma.

53

Page 17: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Fig

ura

9.7

: P

ino

s co

ntr

ola

do

res

em f

orm

a d

e co

gu

mel

o,

de

carr

etel

e d

enta

do

9.1

0 C

ha

ve

s m

es

tra

s

Exi

stem

cas

os e

m q

ue v

ária

s ch

aves

abr

em u

ma

fech

adur

a e

uma

chav

e ab

re u

m g

rupo

de

fech

adur

as. A

s ch

aves

que

abr

em u

ma

únic

a fe

chad

ura

são

cham

adas

chave

s in

terc

am

biá

veis

e a

quel

as q

ueab

rem

vár

ias

fech

adur

as s

ão c

ham

adas

de

chave

s m

estr

as.

Par

a qu

eta

nto

as i

nter

cam

biáv

eis

com

o as

mes

tras

abr

am a

mes

ma

fech

adur

a,

52

Cap

ítu

lo 5

O M

od

elo

de

co

lun

a d

e p

ino

s

O m

odel

o d

e fe

chad

ura

de p

laca

s pl

anas

pod

e ex

plic

ar o

sef

eito

s qu

e en

volv

em m

ais

de u

m p

ino,

mas

é p

reci

so u

m m

odel

o di

-fe

rent

e pa

ra e

xpli

car

o c

ompo

rtam

ento

det

alha

do d

e um

úni

co p

ino.

Vej

a a

Fig

ura

5.1.

O m

odel

o de

col

una

de p

inos

des

taca

a r

elaç

ão e

n-

tre

o to

rque

(pr

essã

o de

gir

o) a

plic

ado

e a

quan

tida

de d

e fo

rça

nece

s-sá

ria

para

lev

anta

r ca

da p

ino.

Ele

é e

ssen

cial

par

a p

oder

ent

ende

res

sa r

elaç

ão.

Par

a sa

ber

com

o é

“se

ntir

” o

arr

omba

men

to,

você

pre

cisa

sabe

r co

mo

o m

ovim

ento

de

um p

ino

é af

etad

o pe

lo t

orqu

e ap

lica

dope

la s

ua c

have

de

torq

ue (

tensi

onadora

) e

a pr

essã

o ap

lica

da p

ela

mi-

cha.

Um

a bo

a fo

rma

de r

epre

sent

ar e

sse

ente

ndim

ento

é u

m g

ráfi

coqu

e m

ostr

e a

mín

ima

pres

são

nec

essá

ria

para

mov

er u

m p

ino

com

ofu

nção

de

quão

long

e o

pino

foi

mov

ido

a pa

rtir

da

sua

posi

ção

inic

i-al

. O r

esta

nte

dest

e ca

pítu

lo d

eriv

a de

sse

gráf

ico

de f

orça

s do

mod

elo

de c

olun

a de

pin

os.

A F

igur

a 5.

2 m

ostr

a a

posi

ção

de u

m ú

nico

pin

o ap

ós a

apl

i-ca

ção

de t

orqu

e no

tam

bor.

As

forç

as q

ue a

tuam

sob

re o

pin

o co

ntro

-la

dor

são:

a f

ricç

ão c

om a

s pa

rede

s, a

for

ça d

e co

ntat

o c

om a

mol

aac

ima

e a

forç

a de

con

tato

do

pino

da

chav

e ab

aixo

. A q

uant

idad

e de

pres

são

que

será

apl

icad

a na

mic

ha d

eter

min

a a

forç

a de

con

tato

vin

-da

de

baix

o.

A f

orça

da

mol

a au

men

ta à

med

ida

que

os p

inos

são

em

pur-

rado

s pa

ra d

entr

o d

o c

asco

, m

as o

cre

scim

ento

des

sa f

orça

é p

eque

-no

, en

tão

ass

umir

emos

que

a f

orça

da

mol

a é

cons

tant

e pa

ra t

odo

ode

sloc

amen

to q

ue n

os in

tere

ssa.

Os

pino

s nã

o ir

ão s

e m

over

a n

ão s

erqu

e vo

cê a

pliq

ue p

ress

ão s

ufic

ient

e qu

e su

pere

a f

orça

da

mol

a. A 17

Page 18: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

fric

ção

de e

nros

cam

ento

(co

m a

s pa

rede

s) é

pro

porc

iona

l à

quan

tida

-de

for

ça o

pin

o co

ntro

lado

r es

tá s

ofre

ndo

pelo

cis

alha

men

to* e

ntre

ota

mbo

r e

o c

asco

, qu

e ne

sse

caso

é p

ropo

rcio

nal

ao t

orqu

e. Q

uant

om

ais

torq

ue f

or a

plic

ado

no t

ambo

r, m

ais

difí

cil

será

mov

er o

s pi

nos.

Par

a fa

zer

com

que

um

pin

o s

e m

ova,

é p

reci

so a

plic

ar u

ma

pres

são

que

seja

mai

or d

o qu

e a

som

a da

s fo

rças

da

mol

a e

de f

ricç

ão.

Qua

ndo

a pa

rte

infe

rior

do

pino

con

trol

ador

alc

ança

r a

linh

ade

abe

rtur

a, a

sit

uaçã

o m

uda

repe

ntin

amen

te.

Vej

a a

Fig

ura

5.3.

Afo

rça

de f

ricç

ão q

ue c

ausa

o e

nros

cam

ento

do

pino

cai

par

a ze

ro e

ota

mbo

r gi

ra u

m p

ouqu

inho

(at

é qu

e ou

tro

pino

enr

osqu

e). A

úni

ca r

e-si

stên

cia

que

ele

poss

ui a

o m

ovim

ento

é a

for

ça d

a m

ola.

Dep

ois

que

o t

opo

do

pino

da

chav

e cr

uza

o v

ão e

ntre

o t

ambo

r e

o c

asco

, um

ano

va f

orça

de

cont

ato

apa

rece

qua

ndo

o p

ino

da

chav

e es

barr

a no

casc

o. E

ssa

forç

a po

de s

er g

rand

e, e

iss

o ge

ra u

m p

ico

na q

uant

idad

ede

pre

ssão

nec

essá

ria

para

mov

er u

m p

ino.

Se

os p

inos

são

em

purr

ados

dem

ais

para

den

tro

do c

asco

, o

pino

da

chav

e ac

aba

enro

scan

do,

cria

ndo

um

a fo

rça

de f

ricç

ão p

are-

cida

com

a q

ue o

pin

o co

ntro

lado

r ti

nha

na s

itua

ção

inic

ial.

Vej

a a

Fi-

gura

5.4

. A

ssim

, a

quan

tida

de d

e pr

essã

o n

eces

sári

a pa

ra m

over

os

pino

s an

tes

e de

pois

da

linh

a de

abe

rtur

a é

a m

esm

a. A

umen

tar

o to

r-qu

e au

men

ta a

pre

ssão

nec

essá

ria

na m

icha

. N

a li

nha

de a

bert

ura,

apr

essã

o a

umen

ta d

ram

atic

amen

te d

ado

que

o p

ino

da

chav

e ba

te n

oca

sco.

Est

a an

ális

e es

tá r

esum

ida

graf

icam

ente

na

Fig

ura

5.5.

*C

isal

ham

ento

é u

m t

ipo

de

forç

a qu

e bu

sca

rom

per

o m

ater

ial

no s

enti

do d

asu

a se

ção

tran

sver

sal,

com

o um

a te

sour

a co

rtan

do u

m p

apel

ou

um a

lica

te c

or-

tand

o um

ara

me.

18

o pi

no d

a ch

ave,

voc

ê es

tá e

mpu

rran

do a

par

te p

lana

sup

erio

r do

pin

oda

cha

ve c

ontr

a a

base

inc

lina

da d

o c

ontr

olad

or c

ogum

elo.

Iss

o f

azco

m q

ue o

con

trol

ador

se

endi

reit

e le

vand

o o

tam

bor

a ro

dar

de v

olta

.P

ode-

se u

sar

esse

mov

imen

to p

ara

iden

tifi

car

as c

olun

as q

uepo

ssu

-em

con

trol

ador

es c

ogum

elo.

Em

purr

e es

ses

pino

s at

é a

linh

a de

abe

r-tu

ra;

mes

mo

que

voc

ê pe

rca

algu

ns d

os o

utro

s pi

nos

no p

roce

sso,

eles

são

mai

s fá

ceis

de

reen

caix

ar d

o qu

e os

pin

os c

ontr

olad

ores

co-

gum

elo.

Eve

ntua

lmen

te, t

odos

os

pino

s se

rão

enca

ixad

os c

orre

tam

en-

te n

a li

nha

de a

bert

ura.

Um

a fo

rma

de i

dent

ific

ar t

odas

as

posi

ções

com

con

trol

ado-

res

cogu

mel

o é

usar

o la

do p

lano

da

mic

ha p

ara

empu

rrar

todo

s os

pi-

nos

até

met

ade

da s

ua a

ltur

a. I

sso

deve

“ar

mar

” a

mai

oria

dos

con

tro

-la

dore

s e

assi

m v

ocê

pode

rá s

enti

-los

.

Par

a ar

rom

bar

uma

fech

adur

a co

m e

sses

pin

os m

odif

icad

os,

use

um t

orqu

e m

ais

suav

e e

uma

pres

são

mai

or.

É m

elho

r er

rar

por

empu

rrar

dem

ais

os p

inos

da

chav

e pa

ra d

entr

o d

o c

asco

. N

a ve

rda-

de,

outr

a fo

rma

de a

brir

ess

as f

echa

dura

s é

usar

o l

ado

pla

no d

a m

i-ch

a pa

ra e

mpu

rrar

os

pino

s da

cha

ve t

otal

men

te p

ara

dent

ro e

apl

icar

um t

orqu

e gr

ande

par

a m

antê

-lo

no

cas

co.

Use

o e

sfre

gam

ento

par

avi

brar

os

pino

s da

cha

ve e

nqua

nto

vaga

rosa

men

te r

eduz

o t

orqu

e. A

ore

duzi

r o

torq

ue,

você

est

á re

duzi

ndo

a fr

icçã

ode

enr

osca

men

to n

ospi

nos.

A v

ibra

ção

e a

forç

a da

mol

a fa

zem

com

que

os

pino

s da

cha

vede

sliz

em p

ara

baix

o at

é a

linh

a de

abe

rtur

a.

O im

port

ante

ao

arro

mba

r es

sas

fech

adur

as c

om p

inos

mod

i-fi

cado

s é

reco

nhec

er q

uais

pin

os e

stão

fal

sam

ente

enc

aixa

dos.

Um

cont

rola

dor

cogu

mel

o e

ncai

xado

num

a bo

rda

não

ter

á a

mac

iez

deum

con

trol

ador

dev

idam

ente

enc

aixa

do.

Pra

tiqu

e o

rec

onhe

cim

ento

dess

a di

fere

nça.

51

Page 19: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Se

você

abr

ir u

ma

fech

adur

a e

o ta

mbo

r pa

rar

de g

irar

apó

sal

guns

gra

us e

mai

s ne

nhum

pin

o p

ode

ser

empu

rrad

o, e

ntão

voc

êsa

be q

ue a

fec

hadu

ra p

ossu

i co

ntro

lado

res

que

fora

m m

odif

icad

os.

Bas

icam

ente

, a b

orda

do

cont

rola

dor

fico

u pr

esa

na li

nha

de a

bert

ura.

Vej

a a

imag

em in

feri

or d

a F

igur

a 9.

7. C

ontr

olad

ores

em

for

ma

de c

o-gu

mel

o o

u d

e ca

rret

el s

ão c

omum

ente

enc

ontr

ados

nas

fec

hadu

ras

Rus

swin

e n

aque

las

que

poss

uem

div

erso

s se

para

dore

s pa

ra c

have

sm

estr

as.

Fig

ura

9.5

: P

ino

co

ntr

ola

do

r se

en

caix

a n

o c

ha

nfr

o

Fig

ura

9.6

: P

ino

co

ntr

ola

do

r em

per

ra n

o c

ha

nfr

o

É p

ossí

vel

iden

tifi

car

as p

osiç

ões

dos

pino

s co

ntro

lado

res

tipo

cog

umel

o ao

apl

icar

um

leve

torq

ue e

em

purr

ar c

ada

pino

. Os

pi-

nos

com

con

trol

ador

tipo

cog

umel

o ex

ibir

ão u

ma

tend

ênci

a a

gira

r de

volt

a o

tam

bor

à po

siçã

o de

fec

ham

ento

tota

l. A

o em

purr

ar p

ara

cim

a

50

Fig

ura

5.1

: O

mo

del

o d

e co

lun

a d

e pin

os

Fig

ura

5.2

: E

nro

sca

men

to n

o m

od

elo

de

colu

na

de

pin

os

19

Page 20: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Fig

ura

5.3

: O

s p

ino

s es

tão

na

lin

ha

de

ab

ertu

ra

Fig

ura

5.4

: O

pin

o d

a c

ha

ve e

ntr

a n

o c

asc

o

20

Fig

ure

9.4

: F

uro

s d

o t

am

bo

r ch

an

fra

do

s e

pin

os

da

ch

ave

arr

edo

nd

ad

os

9.9

Pin

os

co

ntr

ola

do

res

em

fo

rma

de

co

gu

me

lo

Exi

ste

um t

ruqu

e co

mum

que

os

fabr

ican

tes

de f

echa

dura

sus

am p

ara

dif

icul

tar

o a

rrom

bam

ento

que

é m

odif

icar

a f

orm

a d

opi

no c

ontr

olad

or. A

s fo

rmas

mai

s co

mun

s sã

o de

cog

umel

o, d

e ca

rre-

tel

e de

ntad

o (

veja

a F

igur

a 9.

7).

O o

bjet

ivo

dess

es f

orm

atos

é f

azer

com

que

o p

ino

tenh

a um

fal

so e

ncai

xe.

Ess

es t

ipos

de

cont

rola

dore

sfr

ustr

am u

ma

técn

ica

cham

ada

arro

mba

men

to p

or v

ibra

ção

(ve

ja a

seçã

o 9.

12),

mas

ape

nas

com

plic

am u

m p

ouqu

inho

o e

sfre

gam

ento

ea

aber

tura

pin

o a

pino

(ve

ja o

Cap

ítul

o 4)

.

49

Page 21: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Fig

ure

9.3

: P

ino

co

ntr

ola

do

r m

ais

la

rgo

qu

e o

pin

o d

a c

ha

ve

48

Fig

ura

5.5

: P

ress

ão

nec

essá

ria

pa

ra m

ove

r o

s p

ino

s

21

Page 22: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

22

mov

endo

ent

re e

ssas

dua

s al

tura

s, a

úni

ca r

esis

tênc

ia a

o m

ovim

ento

será

a f

orça

da

mol

a. N

ão h

aver

á ne

nhum

a fr

icçã

o de

enr

osca

men

to.

Isso

cor

resp

onde

à q

ueda

no

gráf

ico

de f

orça

mos

trad

o na

Fig

ura

5.5

Um

a fe

chad

ura

com

os

furo

s do

tam

bor

chan

frad

os r

eque

rm

ais

esfr

egam

ento

par

a ab

rir

do q

ue u

ma

fech

adur

a co

m f

uros

de

cant

os r

etos

por

que

os p

inos

con

trol

ador

es s

e en

caix

am n

o c

hanf

roao

inv

és d

e se

enc

aixa

rem

no

top

o d

o t

ambo

r. O

tam

bor

não

con

se-

guir

á gi

rar

se u

m c

ontr

olad

or f

icar

no

chan

fro.

O p

ino

da c

have

dev

ese

r es

freg

ado

nova

men

te p

ara

empu

rrar

o p

ino

cont

rola

dor

para

cim

ado

cha

nfro

. O

pin

o co

ntro

lado

r da

esq

uerd

a na

Fig

ura

9.5

está

enc

ai-

xado

. O c

ontr

olad

or e

stá

apoi

ado

no c

hanf

ro e

a p

laca

infe

rior

mov

euo

sufi

cien

te p

ara

perm

itir

que

o c

ontr

olad

or d

a di

reit

a en

rosq

ue. A

Fi-

gura

9.6

mos

tra

o q

ue a

cont

ece

depo

is q

ue o

con

trol

ador

da

dire

ita

enca

ixa.

A p

laca

infe

rior

des

liza

mai

s um

pou

co p

ara

a di

reit

a e

agor

ao

pino

con

trol

ador

da

esqu

erda

est

á ci

salh

ado

entr

e o

chan

fro

e a

pla-

ca s

uper

ior.

Ele

est

á pr

eso

no c

hanf

ro.

Par

a ab

rir

a fe

chad

ura,

o p

ino

cont

rola

dor

da e

sque

rda

deve

ser

em

purr

ado

par

a ci

ma

do c

hanf

ro.

Qua

ndo

esse

con

trol

ador

est

iver

livr

e, a

pla

ca in

feri

or p

oder

á de

sliz

are

o co

ntro

lado

r da

dir

eita

pod

erá

enro

scar

no

seu

chan

fro.

Se

voc

ê e

ncon

trar

um

a f

echa

dura

com

fur

os d

o t

ambo

rch

anfr

ados

, e

todo

s os

pino

s pa

rece

m e

star

enc

aixa

dos

mas

ela

não

abre

, é

prec

iso

redu

zir

o to

rque

e c

onti

nuar

a e

sfre

gar

sobr

e os

pin

osco

m a

mic

ha. O

torq

ue r

eduz

ido

faci

lita

rá c

om q

ue o

s pi

nos

cont

rola

-do

res

dese

ncai

xem

dos

cha

nfro

s. S

e al

guns

pin

os d

esen

caix

arem

com

a re

duçã

o do

torq

ue, t

ente

aum

enta

r o

torq

ue e

a p

ress

ão d

a m

icha

. Opr

oble

ma

com

o a

umen

to d

a fo

rça

é qu

e vo

cê p

ode

lanç

ar a

lgun

s pi

-no

s da

cha

ve p

ara

dent

ro d

o ca

sco.

47

Page 23: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

é a

forç

a da

mol

a. S

e o

pino

da

chav

e é

pequ

eno

o su

fici

ente

e o

tam

-bo

r nã

o gi

rar

mui

to, o

pin

o da

cha

ve p

ode

entr

ar n

o ca

sco

sem

esb

ar-

rar

na q

uina

do

casc

o. O

utro

pin

o es

tá e

nros

cado

, ent

ão a

úni

ca r

esis

-tê

ncia

ao

mov

imen

to é

a f

orça

da

mol

a. E

ssa

rela

ção

est

á m

ostr

ada

no g

ráfi

co n

a pa

rte

infe

rior

da

Fig

ura.

Bas

icam

ente

, nu

m p

rim

eiro

mom

ento

, os

pin

os p

arec

em n

orm

ais,

mas

ent

ão a

fec

hadu

ra d

á um

clic

k e

o pi

no f

ica

mol

e (s

em o

utra

s re

sist

ênci

as a

não

ser

a f

orça

da

mol

a).

O p

ino

estr

eito

da

chav

e po

de s

er e

mpu

rrad

o at

é o

fim

den

tro

do c

asco

sem

ter

out

ra f

orça

a n

ão s

er a

mol

a, m

as q

uand

o a

pres

são

da m

icha

sai

r, o

pin

o d

a ch

ave

irá

volt

ar c

ompl

etam

ente

à s

ua p

osi-

ção

inic

ial

enqu

anto

o p

ino

cont

rola

dor

(que

é m

aior

) es

barr

a na

qui

-na

do

furo

do

tam

bor.

O p

robl

ema

com

um

pin

o co

ntro

lado

r m

aior

é q

ue o

pin

o da

chav

e te

nde

a fi

car

empe

rrad

o n

o c

asco

qua

ndo

out

ros

pino

s es

tão

enca

ixad

os.

Imag

ine

que

um p

ino

vizi

nho

se e

ncai

xe e

o t

ambo

r gi

reo

sufi

cien

te p

ara

enro

scar

o p

ino

da c

have

est

reit

o. S

e a

mic

ha e

stiv

erpr

essi

onan

do p

ara

baix

o t

anto

ess

e pi

no d

a ch

ave

quan

to o

pin

o q

uese

enc

aixo

u, e

ntão

o p

ino

da

chav

e es

trei

to e

star

á no

cas

co e

fic

ará

pres

o al

i qua

ndo

o ta

mbo

r ro

dar.

O c

ompo

rtam

ento

de

um

pin

o d

a c

have

lar

go f

ica

com

oex

ercí

cio

para

o le

itor

.

9.8

Fu

ros

ch

an

fra

do

s e

pin

os

arr

ed

on

da

do

s

Alg

uns

fabr

ican

tes

de f

echa

dura

s (c

omo

a Y

ale)

cha

nfra

(fa

zum

des

bast

e an

gula

r) o

s ca

ntos

dos

fur

os d

o t

ambo

r e/

ou a

rred

onda

as t

erm

inaç

ões

dos

pino

s da

cha

ve. I

sso

tend

ea

redu

zir

o de

sgas

te n

afe

chad

ura

e po

de t

anto

aju

dar

com

o d

ific

ulta

r o

arr

omba

men

to.

Épo

ssív

el r

econ

hece

r um

a f

echa

dura

com

ess

as c

arac

terí

stic

as p

ela

gran

de f

olga

nos

pin

os e

ncai

xado

s. V

eja

a F

igur

a 9.

4. O

u se

ja,

a di

s-tâ

ncia

ent

re a

alt

ura

onde

o p

ino

cont

rola

dor

enro

sca

no c

anto

do

furo

do t

ambo

r e

a al

tura

ond

e o

pino

da

chav

e es

barr

a no

cas

co é

mai

or(à

s ve

zes

até

1/16

de

pole

gada

) qu

ando

os

furo

s do

tam

bor

são

chan

-fr

ados

ou

os

pino

s ar

redo

ndad

os.

Enq

uant

o o

pin

o d

a ch

ave

está

se

46

Cap

ítu

lo 6

Esfr

eg

am

en

to b

ásic

o *

Em

cas

a, v

ocê

pode

lev

ar o

tem

po q

ue f

or p

reci

so p

ara

abri

rum

a fe

chad

ura,

mas

em

cam

po,

ter

velo

cida

de é

sem

pre

esse

ncia

l.E

ste

capí

tulo

apr

esen

ta u

ma

técn

ica

de a

rrom

bam

ento

cha

mad

a e

s-

freg

am

ento

, que

pod

e ra

pida

men

te a

brir

a m

aior

ia d

as f

echa

dura

s.

O p

asso

lent

o no

arr

omba

men

to b

ásic

o (C

apít

ulo

4) é

loca

li-

zar

o p

ino

que

est

á m

ais

enro

scad

o. O

dia

gram

a de

for

ças

(Fig

ura

5.5)

des

envo

lvid

o no

Cap

ítul

o 5

suge

re u

m j

eito

mai

s rá

pido

par

a se

-le

cion

ar o

pin

o c

orre

to a

ser

lev

anta

do.

Ass

uma

que

todo

s os

pin

ospo

dem

ser

car

acte

riza

dos

pelo

mes

mo

dia

gram

a de

for

ças.

Ou

sej

a,as

sum

a qu

e to

dos

eles

enr

osca

ram

um

a ve

z e

que

todo

s el

es s

ofre

rão

a m

esm

a fo

rça

de f

ricç

ão. A

gora

, co

nsid

ere

que

o ef

eito

de

pass

ar a

mic

ha s

obre

tod

os o

s pi

nos

com

um

a fo

rça

que

seja

suf

icie

ntem

ente

gran

de p

ara

supe

rar

as f

orça

s da

mol

a e

de f

ricç

ão m

as n

ão g

rand

ede

mai

s pa

ra s

uper

ar d

afo

rça

de c

olis

ão d

o pi

no d

a ch

ave

ao b

ater

no

casc

o. Q

ualq

uer

pres

são

aci

ma

da p

arte

pla

na d

o gr

áfic

o d

e fo

rças

eab

aixo

do

pic

o d

e pr

essã

o f

unci

onar

á. À

med

ida

que

a m

icha

pas

sapo

r um

pin

o, o

pin

o s

ubir

á at

é en

cont

rar

o c

asco

, m

as n

ão e

ntra

ráne

le. V

eja

a F

igur

a 5.

3. A

for

ça d

e co

lisã

o na

linh

a de

abe

rtur

a re

sist

pres

são

da

mic

ha d

e fo

rma

que

a m

icha

pas

sa p

elo

pin

o s

em e

m-

purr

á-lo

par

a de

ntro

do

casc

o. S

e o

torq

ue a

prop

riad

o es

tá s

endo

apl

i-ca

do, o

tam

bor

irá

gira

r um

pou

quin

ho. Q

uand

o a

mic

ha s

air

de c

ima

do p

ino,

o p

ino

da c

have

vol

tará

à s

ua p

osiç

ão i

nici

al,

poré

mo

pino

cont

rola

dor

fica

rá p

reso

den

tro

do c

asco

, ac

ima

da l

inha

de

aber

tura

.V

eja

a fi

gura

6.1

. N

a te

oria

, a

fech

adur

a ab

riri

a ap

ós u

ma

bati

da d

am

icha

em

cad

a pi

no.

*B

asi

c S

cru

bb

ing

23

Page 24: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Na

prát

ica,

pel

o m

enos

um

ou

doi

s pi

nos

irão

se

enca

ixar

dura

nte

um ú

nico

toqu

e da

mic

ha, e

ntão

, vár

ios

toqu

es s

erão

nec

essá

-ri

os. B

asic

amen

te, v

ocê

pass

a a

mic

ha p

ara

fren

te e

par

a tr

ás s

obre

os

pino

s ao

mes

mo

tem

po q

ue a

just

a a

quan

tida

de d

e to

rque

no

tam

bor.

Os

exer

cíci

os d

o C

apít

ulo

8 e

nsin

arão

com

o e

scol

her

o t

orqu

e e

apr

essã

o co

rret

os.

Voc

ê pe

rceb

erá

que

os p

inos

de

uma

fech

adur

a te

ndem

a s

een

caix

ar e

m u

ma

orde

m e

spec

ífic

a. M

uito

s fa

tore

s po

dem

afe

tar

essa

orde

m (

veja

o C

apít

ulo

9), m

as a

pri

ncip

al c

ausa

é o

mal

ali

nham

ento

entr

e o

eix

o c

entr

al d

o t

ambo

r e

o e

ixo

ond

e os

fur

o f

oram

fei

tos.

Vej

a a

Fig

ura

6.2.

Se

o ei

xo d

os f

uros

dos

pin

os e

stá

desa

linh

ado

com

a li

nha

cent

ral

do t

ambo

r, e

ntão

os

pino

s ir

ão s

e en

caix

ar d

e tr

ás p

rafr

ente

se

o ta

mbo

r fo

r gi

rado

par

a um

lado

, e d

a fr

ente

par

a tr

ás s

e el

efo

r gi

rado

par

a o

outr

o. M

uita

s fe

chad

uras

têm

ess

e de

feit

o.

A t

écni

ca d

o es

freg

amen

to é

ráp

ida

porq

ue v

ocê

não

prec

isa

pres

tar

aten

ção

aos

pin

os i

ndiv

idua

lmen

te.

É p

reci

so a

pena

s en

con-

trar

o to

rque

e a

pre

ssão

cor

reto

s. A

Fig

ura

6.1

resu

me

os p

asso

s pa

raar

rom

bar

uma

fech

adur

a at

ravé

s do

esf

rega

men

to.

Os

exer

cíci

os e

n-si

narã

o c

omo

rec

onhe

cer

quan

do u

m p

ino

est

á e

ncai

xado

e c

omo

apli

car

as f

orça

s co

rret

as.

Se

uma

fech

adur

a nã

o a

brir

rap

idam

ente

,en

tão

é p

rová

vel

que

ela

tenh

a um

a da

s ca

ract

erís

tica

s de

scri

tas

noC

apít

ulo

9 e

voc

ê te

rá q

ue s

e co

ncen

trar

em

cad

a pi

no i

ndiv

idua

l-m

ente

.

24

Fig

ure

9.2

: P

ino

co

ntr

ola

do

r co

m e

nca

ixe

fals

o

dev

ido

à d

efo

rma

ção

elá

stic

a

9.7

Diâ

me

tro

do

Pin

o

Qua

ndo

um p

ar d

e pi

nos

num

a co

luna

esp

ecíf

ica

poss

ui d

iâ-

met

ros

dife

rent

es,

aque

la c

olun

a i

rá r

eagi

r de

man

eira

est

ranh

a à

pres

são

da m

icha

.

A m

etad

e su

peri

or d

a F

igur

a 9.

3 m

ostr

a um

a co

luna

de

pi-

nos

com

um

pin

o co

ntro

lado

r co

m u

m d

iâm

etro

mai

or q

ue o

pin

o da

chav

e. Q

uand

o os

pin

os s

ão l

evan

tado

s, a

pre

ssão

da

mic

ha r

eceb

e a

resi

stên

cia

da f

ricç

ão d

e en

rosc

amen

to e

da

forç

a da

mol

a. U

ma

vez

que

o pi

no c

ontr

olad

or a

lcan

çar

a li

nha

de a

bert

ura,

o ta

mbo

r ir

á ro

-da

r (a

té q

ue o

utro

pin

o en

rosq

ue)

e a

únic

a re

sist

ênci

a ao

mov

imen

to 45

Page 25: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

pode

def

orm

ar a

bas

e do

pin

o co

ntro

lado

r e

evit

ar q

ue o

pin

o da

cha

-ve

alc

ance

a l

inha

de

aber

tura

. E

ssa

situ

ação

pod

e se

r id

enti

fica

dape

la f

alta

da

leve

ced

ida

do p

rim

eiro

pin

o. O

s pi

nos

enca

ixad

os c

or-

reta

men

te p

arec

erão

elá

stic

os q

uand

o p

ress

iona

dos

leve

men

te p

ara

baix

o. U

m p

ino

com

enc

aixe

fal

so n

ão t

em e

ssa

elas

tici

dade

. A s

olu-

ção

é p

ress

iona

r fo

rte

o pr

imei

ro p

ino.

Pod

e se

r qu

e vo

cê q

ueir

a re

-du

zir

um p

ouco

o t

orqu

e, m

as s

e re

duzi

r de

mai

s en

tão

os

outr

os p

i-no

s de

senc

aixa

rão

enqu

anto

o p

rim

eiro

pin

o es

tive

r de

scen

do.

Tam

bém

é p

ossí

vel

defo

rmar

o t

opo

do

pin

o d

a ch

ave.

Opi

no d

a ch

ave

é ci

salh

ado

(“te

sour

ado”

) en

te o

tam

bor

e o

casc

o e

sem

anté

m f

ixo.

Qua

ndo

isso

aco

ntec

e, d

iz-s

e qu

e o

pino

teve

um

enc

ai-

xe f

also

aci

ma.

9.6

Fo

lga

no

Ta

mb

or

O ta

mbo

r é

pres

o no

cas

co p

or s

er m

ais

larg

o na

fre

nte

e po

rte

r um

cam

e (m

ecan

ism

o q

ue t

rans

fere

mov

imen

tos

atra

vés

da r

ota-

ção)

na

part

e de

trá

s qu

e é

mai

or q

ue o

fur

o fe

ito

no i

nter

ior

do c

as-

co.

Se

o ca

me

não

for

inst

alad

o de

vida

men

te,

o ta

mbo

r po

de s

e m

o-

ver

um p

ouqu

inho

par

a de

ntro

e p

ara

fora

. Q

uand

o vo

cê e

stiv

er r

eti-

rand

o a

mic

ha,

o ta

mbo

r vi

rá p

ara

fora

, e

quan

do a

plic

ar p

ress

ão e

n-fi

ando

a m

icha

, o ta

mbo

r ir

á pa

ra d

entr

o.

O p

robl

ema

com

a f

olga

do

tam

bor

é qu

e os

pin

os c

ontr

ola-

dore

s te

ndem

a s

e en

caix

ar n

a pa

rte

de t

rás

dos

furo

s do

tam

bor

aoin

vés

de n

as l

ater

ais

dos

furo

s. Q

uand

o e

mpu

rra-

se o

tam

bor

para

dent

ro, o

s co

ntro

lado

res

irão

des

enca

ixar

. Voc

ê po

de u

sar

esse

def

eito

a se

u f

avor

apl

ican

do p

ress

ão c

om a

mic

ha s

omen

te a

o e

ntra

r ou

ao

sair

. D

e m

odo

alte

rnat

ivo,

pod

e-se

usa

r o

dedo

ou

a ch

ave

de t

orqu

epa

ra e

vita

r qu

e o

tam

bor

venh

a pa

ra f

ora.

44

Fig

ura

6.1

: O

pin

o c

on

tro

lad

or

enro

sca

no

ta

mb

or

25

Page 26: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

Fig

ura

6.2

: A

lin

ha

men

to d

os

furo

s d

o t

am

bo

r

26

de a

bert

ura

e o

tam

bor

gira

um

pou

quin

ho.

O c

lick

ser

á fá

cil

de p

er-

cebe

r se

voc

ê us

ar u

ma

chav

e de

torq

ue b

em r

ígid

a.

9.5

De

form

ão

Elá

sti

ca

Os

even

tos

inte

ress

ante

s de

um

a fe

chad

ura

acon

tece

m e

mdi

stân

cias

de

mil

ésim

os d

e ce

ntím

etro

s. E

m d

istâ

ncia

s tã

o m

inús

cu-

las,

os

met

ais

se c

ompo

rtam

com

o m

olas

. F

orça

s be

m p

eque

nas

po-

dem

faz

er u

m m

etal

def

leti

r ne

ssa

esca

la, e

qua

ndo

reti

ra-s

e a

forç

a, o

met

al r

etor

nará

par

a su

a po

siçã

o or

igin

al.

A d

efor

maç

ão p

ode

ser

usad

a a

seu

favo

r se

voc

ê qu

er f

orça

rvá

rios

pin

os a

enr

osca

rem

de

uma

vez.

Por

exe

mpl

o, a

rrom

bar

uma

fech

adur

a co

m p

inos

que

pre

fere

m e

ncai

xar

da f

rent

e pa

ra t

rás

é um

proc

esso

lent

o p

ois

eles

são

enc

aixa

dos

um a

um

. Is

so p

ode

de f

ato

acon

tece

r se

voc

ê ap

enas

apl

icar

pre

ssão

qua

ndo

a m

icha

est

á sa

indo

da f

enda

. A c

ada

pass

ada,

som

ente

o p

ino

enro

scad

o m

ais

a fr

ente

irá

enca

ixar

. S

ão n

eces

sári

as v

ária

s pa

ssad

as a

té q

ue t

odos

os

pino

s se

enca

ixem

. Se

a pr

efer

ênci

a de

enc

aixe

da

fech

adur

a nã

o é

mui

to c

lara

(ou

sej

a, o

eix

o d

os f

uros

do

tam

bor

está

ape

nas

leve

men

te d

esal

i-nh

ado

da li

nha

cent

ral d

o ta

mbo

r), e

ntão

voc

ê po

de f

azer

com

que

pi-

nos

adic

iona

is e

nros

quem

ao

apli

car

um p

ouco

mai

s de

tor

que.

Bas

i-ca

men

te,

o t

orqu

e ca

usa

uma

torç

ão n

o t

ambo

r qu

e fa

z co

m q

ue a

part

e da

fre

nte

dele

fiq

ue m

ais

defl

etid

a qu

e a

part

e de

trá

s. C

om u

mto

rque

leve

, a p

arte

de

trás

do

tam

bor

cont

inua

na

sua

posi

ção

inic

ial,

mas

com

tor

ques

méd

ios

ou p

esad

os,

as c

olun

as d

os p

inos

da

fren

teen

tort

am o

suf

icie

nte

para

per

mit

ir q

ue o

fun

do d

o ta

mbo

r gi

re e

as-

sim

faça

com

que

os

pino

s de

trá

s en

rosq

uem

. C

om u

m p

ouco

mai

sde

torq

ue, u

ma

únic

a ba

tida

da

mic

ha p

ode

enca

ixar

vár

ios

pino

s, e

afe

chad

ura

pode

ser

arr

omba

da m

ais

rápi

do.

Torq

ue d

emai

s ca

usa

osse

us p

rópr

ios

prob

lem

as.

Qua

ndo

o t

orqu

e é

gran

de,

os p

inos

da

fren

te e

os

furo

s do

tam

bor

pode

m s

er d

efor

mad

os o

suf

icie

nte

a po

nto

de

evit

ar q

ue o

spi

nos

enca

ixem

cor

reta

men

te. P

arti

cula

rmen

te, o

pri

mei

ro p

ino

tend

ea

ter

um e

ncai

xe f

also

. A F

igur

a 9.

2 m

ostr

a co

mo

o ex

cess

o de

torq

ue 43

Page 27: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

9.3

Gra

vid

ad

e

Arr

omba

r um

a fe

chad

ura

que

tem

sua

s m

olas

na

part

e de

cim

a da

fen

da é

dif

eren

te d

e um

a co

m a

s m

olas

na

part

e de

bai

xo.

Dev

e se

r ób

vio

dif

eren

ciá-

las.

O i

nter

essa

nte

de u

ma

fech

adur

a co

mas

mol

as n

a pa

rte

de b

aixo

é q

ue a

gra

vida

de s

egur

a os

pin

os d

a ch

a-ve

em

baix

o um

a ve

z qu

e el

es s

e en

caix

em.

Sem

os

pino

s en

caix

ados

atra

palh

ando

, é

fáci

l en

cont

rar

e m

anip

ular

aqu

eles

que

ain

da f

alta

men

caix

ar. T

ambé

m é

sim

ples

tes

tar

a le

ve c

edid

a de

um

pin

o en

caix

a-do

. Q

uand

o as

mol

as e

stão

em

cim

a, a

gra

vida

de p

uxar

á os

pin

os d

ach

ave

para

bai

xo d

epoi

s qu

e o

pino

con

trol

ador

enc

ontr

ar a

lin

ha d

eab

ertu

ra. N

esse

cas

o, d

á pa

ra id

enti

fica

r os

pin

os e

ncai

xado

s no

tand

oqu

e o

pino

da

chav

e es

tá m

ais

fáci

l de

se

leva

ntad

o e

que

não

pare

ceha

ver

uma

mol

a po

r tr

ás d

ele.

Os

pino

s en

caix

ados

tam

bém

faz

emum

bar

ulho

esp

ecíf

ico

qua

ndo

se

pass

a a

mic

ha s

obre

ele

s po

is n

ãoes

tão

send

o em

purr

ados

par

a ba

ixo

pelo

pin

o co

ntro

lado

r.

9.4

Pin

os

Não

En

ca

ixa

do

s

Se

você

esf

rega

r a

mic

ha n

uma

fech

adur

a em

que

os

pino

snã

o e

stão

enc

aixa

ndo

mes

mo

qua

ndo

se v

aria

o t

orqu

e, e

ntão

alg

umpi

no e

stá

com

enc

aixe

fal

so e

impe

de q

ue o

s ou

tros

enc

aixe

m. C

onsi

-de

re u

ma

fech

adur

a cu

jos

pino

s pr

efer

em e

ncai

xar

de t

rás

pra

fren

te.

Se

o pi

no m

ais

do f

undo

tem

um

enc

aixe

fal

so a

cim

a ou

aba

ixo

(vej

aa

Fig

ura

9.2)

ent

ão o

tam

bor

não

pode

rá r

odar

o s

ufic

ient

e pa

ra p

er-

mit

ir q

ue o

s ou

tros

pin

os e

nros

quem

. É

dif

ícil

rec

onhe

cer

que

umpi

no d

o fu

ndo

tem

um

enc

aixe

fal

so p

ois

a m

ola

dos

pino

s da

fre

nte

torn

a di

fíci

l de

sen

tir

a pe

quen

a ce

dida

que

um

pin

o b

em e

ncai

xado

do f

undo

ao p

assa

r a

mic

ha.

O p

rinc

ipal

sin

tom

a de

ssa

situ

ação

équ

e os

out

ros

pino

s nã

o e

ncai

xarã

o a

não

ser

que

um

tor

que

mui

toal

to s

eja

apli

cado

.

Qua

ndo

você

se

depa

rar

com

ess

a si

tuaç

ão, l

iber

e o

torq

ue e

reco

mec

e co

ncen

tran

do-s

e no

s pi

nos

do f

undo

. Ten

te a

plic

ar u

m t

or-

que

leve

e u

ma

pres

são

mod

erad

a, o

u u

m t

orqu

e e

uma

pres

são

for

-te

s. B

usqu

e se

ntir

o c

lick

que

um

pin

o fa

z qu

ando

ele

alc

ança

a l

inha

42

Pro

cedi

men

to:

1.In

sira

a m

icha

e a

cha

ve d

e to

rque

. S

em a

plic

ar n

enhu

m t

or-

que,

tir

e a

mic

ha p

ara

sent

ir o

quã

o du

ras

são

as m

olas

da

fe-

chad

ura.

2.A

pliq

ue u

m l

eve

torq

ue.

Insi

ra a

mic

ha s

em t

ocar

os

pino

s.A

o p

uxar

a m

icha

par

a f

ora,

apl

ique

pre

ssão

nos

pin

os.

Apr

essã

o de

ve s

er u

m p

ouqu

inho

mai

or q

ue o

mín

imo

nece

ssá-

rio

para

sup

erar

a f

orça

da

mol

a.

3.G

radu

alm

ente

, au

men

te o

tor

que

a ca

da v

ez q

ue a

mic

ha e

m-

purr

ar u

m p

ino

até

que

eles

se

enca

ixem

.

4.M

ante

ndo

o to

rque

fix

o, e

sfre

gue

para

fre

nte

e pa

ra tr

ás s

obre

os p

inos

que

não

enc

aixa

ram

. S

e es

ses

pino

s nã

o s

e en

caix

a-re

m,

solt

e o

tor

que

e co

mec

e no

vam

ente

com

o t

orqu

e qu

evo

cê e

ncon

trou

no

últi

mo

pass

o.

5.U

ma

vez

que

a m

aior

ia d

os p

inos

tiv

erem

se

enca

ixad

o, a

u-m

ente

o to

rque

e e

sfre

gue

os p

inos

com

um

a pr

essã

o um

pou

-co

mai

or. I

sso

irá

enca

ixar

qua

lque

r pi

no q

ue n

ão te

nha

entr

a-do

o s

ufic

ient

e de

vido

a u

m c

anto

cha

nfra

do o

u ou

tra

difi

cul-

dade

.

27

Page 28: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

28

Fig

ure

9.1

: D

ireç

ão

de

gir

o d

o t

am

bo

r

41

Page 29: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

torq

ue. T

odos

os

cade

ados

pro

duzi

dos

pela

com

panh

ia M

aste

r po

dem

ser

aber

tos

para

qua

lque

r di

reçã

o. O

s fe

itos

pel

a Y

ale

abri

rão

apen

asse

o t

ambo

r fo

r gi

rado

no

sen

tido

hor

ário

. A

s tr

anca

s ci

línd

rica

s de

tam

bor

dupl

o d

a Y

ale

gera

lmen

te a

brem

ao

gir

ar a

par

te i

nfer

ior

dafe

nda

(ist

o é,

a p

arte

pla

na d

a ch

ave)

par

a lo

nge

da b

aten

te m

ais

pró-

xim

o. T

ranc

as c

ilín

dric

as d

e ta

mbo

r ún

ico

tam

bém

seg

uem

a m

esm

are

gra.

Vej

a a

Fig

ura

9.1.

Fec

hadu

ras

mon

tada

s de

ntro

das

maç

anet

as,

em g

eral

, ab

rem

no

sent

ido

hor

ário

. E

scri

vani

nhas

e a

rmár

ios

de a

r-qu

ivos

ten

dem

a a

brir

no

sent

ido

horá

rio.

Qua

ndo

você

enc

ontr

ar u

mno

vo t

ipo

de

mec

anis

mo

de

fech

adur

a, t

ente

gir

ar o

tam

bor

em a

m-

bas

dire

ções

. N

a di

reçã

o c

orre

ta,

o t

ambo

r se

rá i

nter

rom

pido

pel

ospi

nos,

de

mod

o qu

e es

sa p

arad

a pa

rece

rá “

mol

e” (

elás

tica

) ao

apl

icar

um to

rque

gra

nde.

Na

dire

ção

erra

da, o

tam

bor

será

inte

rrom

pido

por

uma

barr

a de

met

al e

a p

arad

a pa

rece

rá s

ólid

a.

9.2

Até

on

de

gir

ar

A p

ergu

nta

que

acom

panh

a a

ques

tão

“par

a qu

al l

ado

gira

rӎ

“até

ond

e gi

rar”

. E

scri

vani

nhas

e a

rmár

ios

de a

rqui

vos

gera

lmen

teab

rem

com

men

os d

e um

qua

rto

de g

iro

(90

grau

s) d

o ta

mbo

r. Q

uan-

do v

ocê

esti

ver

abri

ndo

uma

tran

ca d

e es

criv

anin

ha,

tent

e ev

itar

dei

-xa

r o

tam

bor

pres

o n

a p

osiç

ão d

e a

bert

ura.

Fec

hadu

ras

mon

tada

sde

ntro

de

maç

anet

as t

ambé

m te

ndem

a a

brir

com

men

os d

e um

qua

r-to

de

giro

. F

echa

dura

s se

para

das

da m

açan

eta

tend

ema

prec

isar

de

mei

a vo

lta

para

abr

ir.

O m

ecan

ism

o da

s fe

chad

uras

que

abre

m d

eum

lad

o (d

eadbolt

lock

) po

dem

pre

cisa

r de

qua

se u

ma

volt

a co

mpl

e-ta

. Gir

ar u

ma

fech

adur

a m

ais

de 1

80 g

raus

é d

ifíc

il p

ois

os p

inos

con

-tr

olad

ores

aca

bam

ent

rand

o na

bas

e da

fen

da. V

eja

a S

eção

9.1

1.

40

Cap

ítu

lo 7

Arr

om

ba

me

nto

Av

an

ça

do

O j

eito

sim

ples

de

arro

mba

r fe

chad

uras

é u

ma

habi

lida

dequ

e q

ualq

uer

pess

oa p

ode

apr

ende

r. E

ntre

tant

o, o

arr

omba

men

toav

ança

do é

um

a a

rte

que

req

uer

sens

ibil

idad

e m

ecân

ica,

des

trez

a,co

ncen

traç

ão v

isua

l e

pens

amen

to a

nalí

tico

. S

e vo

cê b

atal

har

para

se

torn

ar f

oda

no a

rrom

bam

ento

, se

rá u

m c

resc

imen

to e

m m

uito

s se

nti-

dos.

7.1

Ha

bili

dad

es

Me

cân

ica

s

Apr

ende

r a

puxa

r a

mic

ha s

obre

os

pino

s é

algo

sur

pree

n-de

ntem

ente

dif

ícil

. O

pro

blem

a é

que

as h

abil

idad

es m

ecân

icas

que

você

apr

ende

u n

a su

a vi

da d

izem

res

peit

o a

man

ter

sua

mão

num

apo

siçã

o o

u n

um c

amin

ho f

ixo

ind

epen

dent

e da

for

ça n

eces

sári

a. N

oar

rom

bam

ento

de

fech

adur

as,

é pr

ecis

o a

pren

der

com

o a

plic

ar u

ma

forç

a fi

xa i

ndep

ende

nte

da p

osiç

ão d

a su

a m

ão.

Ao

pux

ar a

mic

hapa

ra f

ora

da f

echa

dura

, é

prec

iso

apli

car

uma

pres

são

fix

a so

bre

ospi

nos.

A m

icha

dev

e pe

lo b

urac

o da

fec

hadu

ra (

fend

a) d

e ac

ordo

com

a re

sist

ênci

a qu

e ca

da p

ino

ofer

ece.

Par

a ar

rom

bar

uma

fech

adur

a, é

pre

ciso

per

cebe

r as

res

pos-

tas

dos

efei

tos

da s

ua m

anip

ulaç

ão.

Par

a ob

ter

uma

resp

osta

, vo

cête

m q

ue t

er a

sen

sibi

lida

de a

o s

om e

à s

ensa

ção

da

mic

ha p

assa

ndo

sobr

e o

s pi

nos.

Ess

a é

um

a h

abil

idad

e m

ecân

ica

que

pod

e s

erap

rend

ida

com

a p

ráti

ca.

Os

exer

cíci

os a

juda

rão

a r

econ

hece

r es

saim

port

ante

info

rmaç

ão q

ue c

hega

atr

avés

dos

seu

s de

dos.

29

Page 30: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

7.2

O Z

en

e a

Art

e d

o A

rro

mb

am

en

to

Par

a fi

car

real

men

te b

om n

o ar

rom

bam

ento

de

fech

adur

as, é

prec

iso

trei

nar

para

ter

um

a im

agin

ação

vis

ual

reco

nstr

utiv

a. A

ide

iaé

usar

inf

orm

açõe

s do

s se

us s

enti

dos

para

con

stru

ir u

ma

imag

em d

oqu

e es

tá a

cont

ecen

do d

entr

o da

fec

hadu

ra q

ue v

ocê

está

tra

balh

ando

.B

asic

amen

te, v

ocê

dese

ja p

roje

tar

os s

eus

sent

idos

par

a de

ntro

da

fe-

chad

ura

para

obt

er u

ma

imag

em c

ompl

eta

de c

omo

ela

est

á re

spon

-de

ndo

às s

uas

man

ipul

açõe

s. U

ma

vez

tend

o ap

rend

ido

a m

onta

r es

saim

agem

, é

mai

s fá

cil

de e

scol

her

quai

s m

anip

ulaç

ões

irão

abr

ir a

fe-

chad

ura.

Tod

os o

s se

us s

enti

dos

forn

ecem

inf

orm

açõe

s so

bre

a fe

cha-

dura

. O

toq

ue e

o s

om f

orne

cem

a m

aior

par

te d

elas

, m

as o

s ou

tros

sent

idos

pod

em f

orne

cer

info

rmaç

ões

crít

icas

. Por

exe

mpl

o, o

seu

na-

riz

pode

lhe

diz

er s

e a

fech

adur

a fo

i lu

brif

icad

a re

cent

emen

te.

Com

oin

icia

nte,

ser

á pr

ecis

o u

sar

os o

lhos

par

a co

orde

nar

as m

ãos,

mas

àm

edid

a qu

e m

elho

rar

suas

hab

ilid

ades

, vo

cê d

esco

brir

á qu

e é

desn

e-ce

ssár

io o

lhar

par

a a

fech

adur

a. N

a ve

rdad

e, é

mel

hor

igno

rar

os s

eus

olho

s e

usar

a v

isão

par

a co

nstr

uir

uma

imag

em d

a fe

chad

ura

base

ada

nas

info

rmaç

ões

que

você

rec

ebe

dos

seus

ded

os e

ouv

idos

.

O o

bjet

ivo

des

sa h

abil

idad

e m

enta

l é

adqu

irir

um

a co

ncen

-tr

ação

rel

axad

a na

fec

hadu

ra.

Não

for

ce a

con

cent

raçã

o. T

ente

ign

o-ra

r as

sen

saçõ

es e

pen

sam

ento

s qu

e nã

o es

tão

rela

cion

ados

com

a f

e-ch

adur

a. T

ente

não

foc

ar n

ela

tam

bém

.

7.3

Pe

ns

am

en

to A

na

líti

co

Cad

a fe

chad

ura

tem

sua

s ca

ract

erís

tica

s es

peci

ais

que

tor-

nam

mai

s fá

cil o

u di

fíci

l arr

ombá

-la.

Se

você

apr

ende

r a

reco

nhec

er e

expl

orar

as

“car

acte

ríst

icas

de

per

sona

lida

de”

das

fec

hadu

ras,

ar-

rom

bá-l

as s

erá

mui

to m

ais

rápi

do.

Bas

icam

ente

, é

prec

iso

anal

isar

as

resp

osta

s qu

e se

rec

ebe

de u

ma

fech

adur

a pa

ra d

iagn

osti

car

suas

ca-

30

Cap

ítu

lo 9

Rec

on

he

ce

nd

o e

Ex

plo

ran

do

Cara

cte

rís

tic

as

de

Pe

rso

na

lid

ad

e

Fec

hadu

ras

rea

is p

ossu

em u

ma

vas

ta g

ama

de

atr

ibut

osm

ecân

icos

e d

efei

tos

que

ajud

am e

im

poss

ibil

itam

seu

arr

omba

men

-to

. S

e um

a fe

chad

ura

não

res

pond

e be

m a

o e

sfre

gam

ento

, en

tão

épr

ováv

el q

ue e

la t

enha

um

dos

atr

ibut

os d

iscu

tido

s ne

ste

capí

tulo

.P

ara

abri

r um

a fe

chad

ura,

é p

reci

so d

iagn

osti

car

suas

car

acte

ríst

icas

eap

lica

r a

técn

ica

reco

men

dada

. O

s ex

ercí

cios

aju

darã

o a

dese

nvol

ver

a se

nsib

ilid

ade

mec

ânic

a e

a de

stre

za n

eces

sári

as p

ara

reco

nhec

er e

expl

orar

dif

eren

tes

cara

cter

ísti

cas.

9.1

Pa

ra q

ua

l la

do

gir

ar

Pod

e se

r be

m f

rust

rant

e ga

star

um

lon

go p

erío

do t

enta

ndo

arro

mba

r um

a fe

chad

ura

e de

scob

rir

que

você

est

ava

gira

ndo

o ta

m-

bor

para

o l

ado

err

ado.

Se

gira

r o

tam

bor

para

o l

ado

err

ado,

ele

irá

roda

r li

vrem

ente

até

esb

arra

r nu

ma

obst

ruçã

o ou

até

rod

ar 1

80 g

raus

e os

pin

os c

ontr

olad

ores

ent

rare

m n

a fe

nda

(ver

seç

ão 9

.11)

. A S

eção

9.11

tam

bém

exp

lica

com

o gi

rar

o ta

mbo

r m

ais

que

180

grau

s se

for

nece

ssár

io r

etra

ir c

ompl

etam

ente

a li

ngue

ta d

e tr

avam

ento

. Qua

ndo

ota

mbo

r fo

r gi

rado

na

dire

ção

corr

eta

você

dev

erá

sent

ir u

ma

resi

stên

-ci

a ex

tra

quan

do o

cam

e do

tam

bor

(mec

anis

mo

de

rota

ção)

enc

on-

trar

a m

ola

da li

ngue

ta.

Par

a qu

al d

ireç

ão d

eve-

se g

irar

o t

ambo

r de

pend

e do

cam

edo

tam

bor,

não

da

fech

adur

a, m

as a

pres

enta

rem

os a

lgum

as r

egra

s ge

-ra

is.

Cad

eado

s ba

rato

s ab

rirã

o s

e o

tam

bor

for

gira

do p

ara

qual

quer

um d

os l

ados

, en

tão

bas

ta e

scol

her

qual

é o

mel

hor

para

a c

have

de 39

Page 31: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

para

dom

inar

a a

rte

de a

brir

fec

hadu

ras.

Abr

a a

fech

adur

a e

tent

ele

mbr

ar c

omo

foi

o p

roce

sso.

Ens

aie

na s

ua m

ente

com

o a

s co

isas

acon

tece

m q

uand

o um

a fe

chad

ura

é de

vida

men

te a

rrom

bada

. Bas

ica-

men

te, d

esej

a-se

cri

ar u

m f

ilm

e qu

e gr

ave

o pr

oces

so d

e ab

ertu

ra. V

i-su

aliz

e o

mov

imen

to d

os s

eus

mús

culo

s qu

ando

ele

s ap

lica

m a

pre

s-sã

o e

o to

rque

cor

reto

s, e

sen

tem

a r

esis

tênc

ia e

ncon

trad

a pe

la m

icha

.A

gora

abr

a no

vam

ente

a f

echa

dura

tent

ando

igua

lar

suas

açõ

es c

om a

do f

ilm

e.

Atr

avés

da

repe

tiçã

o de

ste

exer

cíci

o, v

ocê

está

apr

ende

ndo

afo

rmul

ar c

oman

dos

deta

lhad

os p

ara

os s

eus

mús

culo

s e

com

o i

nter

-pr

etar

as

resp

osta

s do

s se

us s

enti

dos.

O e

nsai

o m

enta

l en

sina

com

oco

nstr

uir

uma

com

pree

nsão

vis

ual

da f

echa

dura

e c

omo

rec

onhe

cer

os p

rinc

ipai

s pa

ssos

par

a ar

rom

bá-l

a.

38

ract

erís

tica

s de

per

sona

lida

de e

, as

sim

, us

ar s

ua e

xper

iênc

ia p

ara

de-

cidi

r qu

al a

bord

agem

ser

á us

ada

para

abr

i-la

. O

Cap

ítul

o 9

dis

cute

um g

rand

e nú

mer

o d

e ca

ract

erís

tica

s e

form

as d

e ex

plor

á-la

s ou

su

-pe

rá-l

as. A

s pe

ssoa

s su

best

imam

as

habi

lida

des

anal

ític

as e

nvol

vida

sno

arr

omba

men

to.

Pen

sam

que

a m

icha

é q

ue a

bre

a fe

chad

ura.

Par

ael

as,

a ch

ave

de t

orqu

e é

uma

ferr

amen

ta p

assi

va q

ue s

impl

esm

ente

forç

a a

fech

adur

a. G

osta

ria

de p

ropo

r ou

tra

form

a de

ver

a s

itua

ção.

A m

icha

pas

seia

sob

re o

s pi

nos

para

con

segu

ir i

nfor

maç

ões

sobr

e a

fech

adur

a. A

o a

nali

sar

essa

s in

form

açõe

s, o

tor

que

é aj

usta

do p

ara

posi

cion

ar o

s pi

nos

na l

inha

de

aber

tura

. É

a c

have

de

torq

ue q

ueab

re a

fec

hadu

ra.

Var

iar

o to

rque

à m

edid

a qu

e a

mic

ha v

ai p

ara

dent

ro e

par

afo

ra d

a fe

nda

é um

tru

que

que

pode

res

olve

r vá

rios

pro

blem

as d

e ar

-ro

mba

men

to.

Por

exe

mpl

o, s

e os

pin

os d

o m

eio

est

ão b

em e

ncai

xa-

dos,

mas

os

pino

s do

fun

do n

ão, v

ocê

pode

aum

enta

r o

torq

ue a

o m

o-

ver

a m

icha

sob

re o

s pi

nos

do m

eio.

Iss

o d

imin

uirá

as

chan

des

depe

rtur

bar

os p

inos

cor

reta

men

te e

ncai

xado

s. S

e al

gum

pin

o n

ão s

em

over

o s

ufic

ient

e qu

ando

a m

icha

pas

sar

por

ele,

ent

ão te

nte

redu

zir

o t

orqu

e na

pró

xim

a p

assa

da.

A h

abil

idad

e d

e aj

usta

r o

tor

que

aom

esm

o t

empo

que

a m

icha

se

mov

e re

quer

um

a co

orde

naçã

o c

uida

-do

sa e

ntre

as

suas

mão

s, m

as à

med

ida

que

for

aper

feiç

oand

o a

visu

-al

izaç

ão d

o p

roce

sso,

voc

ê fi

cará

mel

hor

ness

a im

port

ante

hab

ilid

a-de

.

31

Page 32: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

32

Pas

se a

mic

ha s

obre

os

pino

s e

tent

e de

cidi

r se

são

os

pino

sda

fre

nte

ou o

s de

trás

que

est

ão e

ncai

xado

s (o

u am

bos)

. Ten

te id

enti

-fi

car

exat

amen

te q

uais

pin

os e

stão

enc

aixa

dos.

Lem

bre

que

o p

ino

“um

” é

aque

le q

ue e

stá

mai

s a

fren

te (

ou s

eja,

o q

ue a

cha

ve to

ca p

ri-

mei

ro).

A h

abil

idad

e m

ais

impo

rtan

te d

o ar

rom

bam

ento

é a

cap

acid

a-de

de

reco

nhec

er c

orre

tam

ente

os

pino

s en

caix

ados

. E

ste

exer

cíci

oen

sina

rá is

so.

Tent

e re

peti

r o

exer

cíci

o gi

rand

o o

tam

bor

para

o o

utro

lado

.S

e os

pin

os d

a fr

ente

se

enca

ixam

qua

ndo

o t

ambo

r fo

r ro

dado

par

aum

lado

, os

pino

s de

trás

se

enca

ixar

ão q

uand

o o

tam

bor

roda

r pa

ra o

outr

o. V

eja

a F

igur

a 6.

2 pa

ra u

ma

expl

icaç

ão.

Um

a fo

rma

de v

erif

icar

qua

ntos

pin

os e

stão

enc

aixa

dos

é li

-be

rar

o to

rque

e c

onta

ros

cli

cks

dos

pino

s vo

ltan

do à

s su

as p

osiç

ões

inic

iais

. T

ente

faz

er i

sso.

Ten

te p

erce

ber

a di

fere

nça

de s

om e

ntre

oes

talo

de

um p

ino

e o

de

dois

lib

erad

os a

o m

esm

o t

empo

. E

ain

da,

um p

ino

com

enc

aixe

fal

so f

ará

um e

stal

o di

fere

nte.

Ten

te e

ste

exer

-cí

cio

com

dif

eren

tes

quan

tida

des

de t

orqu

e e

pres

são.

Voc

ê de

verá

perc

eber

que

um

gra

nde

torq

ue r

eque

rerá

um

a gr

ande

pre

ssão

par

afa

zer

os p

inos

se

enca

ixar

em c

orre

tam

ente

. Se

a pr

essã

o é

mui

to a

lta,

os p

inos

ser

ão la

nçad

os p

ara

dent

ro d

o ca

sco

e fi

carã

o lá

(en

caix

e fa

l-so

).

8.5

Ex

erc

ício

5:

Pro

jeç

ão

Enq

uant

o e

stiv

er f

azen

do o

s ex

ercí

cios

, te

nte

cons

trui

r um

aim

agem

men

tal

do q

ue e

stá

acon

tece

ndo.

A i

mag

em n

ão p

reci

sa s

ervi

sual

. P

ode

ser

uma

com

pree

nsão

gro

ssei

ra d

e qu

ais

pino

s es

tão

en-

caix

ados

e q

uant

a re

sist

ênci

a vo

cê e

stá

enco

ntra

ndo

em

cad

a pi

no.

Um

a fo

rma

de e

stim

ular

a c

onst

ruçã

o de

ssa

imag

em é

ten

tar

lem

brar

suas

sen

saçõ

es e

cre

nças

sob

re u

ma

fech

adur

a l

ogo

ant

es d

ela

ter

abri

do.

Qua

ndo

um

a fe

chad

ura

abre

, nã

o p

ense

“ac

abou

”, p

ense

“o

que

acon

tece

u”.

Est

e ex

ercí

cio

requ

er u

ma

fech

adur

a qu

e vo

cê c

onsi

dera

fá-

cil

de a

brir

. Is

so l

he a

juda

rá a

ref

inar

a h

abil

idad

e vi

sual

nec

essá

ria 37

Page 33: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

chuv

a. O

tor

que

mín

imo

par

a ca

dead

os i

nclu

i a

forç

a de

um

a m

ola

que

é ac

opla

da e

ntre

o t

ambo

r e

o p

ino

de

trav

amen

to (

extr

emid

ade

do a

rco

met

álic

o qu

e en

caix

a de

ntro

do

cade

ado)

.

Par

a se

ntir

o to

rque

máx

imo,

use

o la

do p

lano

da

mic

ha p

ara

empu

rrar

tod

os o

s pi

nos

para

bai

xo,

e te

nte

apli

car

torq

ue s

ufic

ient

epa

ra q

ue e

les

se m

ante

nham

nes

sa p

osiç

ão a

pós

a re

moç

ão d

a m

icha

.S

e su

a ch

ave

de t

orqu

e ti

ver

uma

curv

a, t

alve

z nã

o d

ê pa

ra s

egur

arm

ais

do q

ue u

ns p

ouco

s pi

nos.

Se

usar

tor

que

dem

ais

e m

uita

pre

ssão

, a s

itua

ção

pode

fic

arex

atam

ente

do

jei

to q

ue v

ocê

a fe

z. O

s pi

nos

da c

have

for

am m

uito

para

den

tro

do ta

mbo

r e

o to

rque

é s

ufic

ient

e pa

ra m

antê

-los

lá.

O in

-te

rval

o de

torq

ue a

ser

usa

do p

ode

ser

enco

ntra

do a

trav

és d

o au

men

togr

adat

ivo

do to

rque

enq

uant

o vo

cê e

sfre

ga o

s pi

nos

com

a m

icha

. Al-

guns

pin

os f

icar

ão m

ais

duro

s de

aba

ixar

. A

umen

te g

radu

alm

ente

oto

rque

até

que

alg

uns

dos

pino

s se

enc

aixe

m d

evid

amen

te.

Est

es p

i-no

s fi

carã

o l

ivre

s da

for

ça d

e m

ola.

Man

tend

o o

tor

que

fixo

, us

e a

mic

ha p

ara

esfr

egar

os

pino

s m

ais

algu

mas

vez

es p

ara

ver

se o

utro

sir

ão s

e en

caix

ar.

O e

rro

mai

s co

mum

de

inic

iant

es é

usa

r de

mas

iado

torq

ue.

Des

cubr

a c

om e

sse

exe

rcíc

io o

tor

que

mín

imo

nec

essá

rio

para

abr

ir u

ma

fech

adur

a.

8.4

Ex

erc

ício

4:

Iden

tifi

can

do

os P

ino

s E

nc

aix

ad

os

Qua

ndo

esti

ver

arro

mba

ndo

uma

fech

adur

a, t

ente

ide

ntif

icar

quai

s pi

nos

estã

o en

caix

ados

. D

á pa

ra d

izer

que

um

pin

o es

tá e

ncai

-xa

do q

uand

o e

le d

er u

ma

pequ

ena

cedi

da.

Ou

sej

a, o

pin

o p

ode

ser

empu

rrad

o pa

ra b

aixo

por

um

a pe

quen

a di

stân

cia

apli

cand

o um

a le

vepr

essã

o, m

as f

ica

difí

cil

mov

ê-lo

dep

ois

daqu

ela

dist

ânci

a (v

eja

o C

a-pí

tulo

6 p

ara

uma

expl

icaç

ão).

Qua

ndo

rem

over

aqu

ela

leve

pre

ssão

,o

pino

ret

orna

um

pou

quin

ho. O

s pi

nos

enca

ixad

os t

ambé

m f

azer

um

ruíd

o qu

ando

voc

ê es

barr

ar n

eles

com

a m

icha

. Ten

te o

uvir

ess

e so

m.

36

Cap

ítu

lo 8

Exe

rcíc

ios

Est

e ca

pítu

lo a

pres

enta

um

a sé

rie

de e

xerc

ício

s qu

e ir

ão l

heaj

udar

a a

pren

der

o b

ásic

o d

o a

rrom

bam

ento

de f

echa

dura

s. A

lgun

sex

ercí

cios

ens

inam

um

a ún

ica

habi

lida

de,

enqu

anto

out

ros

enfa

tiza

ma

coor

dena

ção

entr

e el

as.

Qua

ndo

prat

icar

ess

es e

xerc

ício

s, c

once

ntre

-se

nas

habi

lida

-de

s, n

ão e

m a

brir

a f

echa

dura

. S

e vo

cê f

ocar

na

aber

tura

, vo

cê f

icar

áfr

ustr

ado

e a

sua

men

te i

rá p

arar

de

apre

nder

. O

obj

etiv

o d

e ca

daex

ercí

cio

é ap

rend

er a

lgo

sobr

e a

fech

adur

a es

pecí

fica

que

voc

ê es

tátr

abal

hand

o e

tam

bém

sob

re s

i. S

e ac

onte

cer

de u

ma

fech

adur

a ab

rir,

conc

entr

e-se

na

mem

ória

do

que

você

est

ava

faze

ndo

e o

que

esta

vase

ntin

do a

ntes

de

abri

-la.

Est

es e

xerc

ício

s de

vem

ser

pra

tica

dos

em s

eçõe

s br

eves

. De-

pois

de

uns

trin

ta m

inut

os,

você

des

cobr

irá

que

os s

eus

dedo

sfi

cam

dolo

rido

s e

sua

men

te p

erde

a h

abil

idad

e de

alc

ança

r a

conc

entr

ação

rela

xada

.

8.1

Ex

erc

ício

1:

Os

cila

nd

o a

mic

ha

Est

e ex

ercí

cio

lhe

ajud

ará

a ap

rend

er a

hab

ilid

ade

de a

plic

arum

a pr

essã

o fi

xa c

om a

mic

ha i

ndep

ende

nte

de c

omo

ela

irá

se m

o-

ver,

par

a ci

ma

e pa

ra b

aixo

, na

fen

da.

Bas

icam

ente

, se

rá a

pren

der

com

o d

eixa

r a

mic

ha o

scil

ar d

e ac

ordo

com

a r

esis

tênc

ia o

fere

cida

por

cada

pin

o.

Com

o se

gura

r a

mic

ha f

az d

ifer

ença

em

quã

o fá

cil

será

apl

i-ca

r um

a pr

essã

o fi

xa.

É p

reci

so s

egur

á-la

de

tal

form

a qu

e a

pres

são

venh

a do

s se

us d

edos

ou

do

pun

ho.

Seu

cot

ovel

o e

seu

om

bro

não 33

Page 34: Guia para Arrombamento de Fechaduras - we.riseup.netpara+arrombamento+de... · Ela deve ser longa o suficiente para permitir que a ponta passe por cima do último pino de uma fechadura

têm

a d

estr

eza

nece

ssár

ia p

ara

abri

r fe

chad

uras

. E

nqua

nto

voc

ê es

ti-

ver

osci

land

o a

mic

ha, p

erce

ba q

uais

das

jun

tas

dos

dedo

s es

tá f

ixa,

equ

ais

pode

m s

e m

exer

. As

junt

as m

óvei

s es

tão

forn

ecen

do a

pre

ssão

.

Um

a fo

rma

de s

egur

ar a

mic

ha é

usa

r do

is d

edos

com

o pi

vôen

quan

to o

utro

ded

o n

ivel

a a

mic

ha p

ara

faze

r a

pres

são.

Qua

is d

e-do

s vo

cê i

rá u

sar

é um

a qu

estã

o d

e es

colh

a pe

ssoa

l. O

utra

for

ma

dese

gura

r a

mic

ha é

com

o s

e es

tive

sse

segu

rand

o u

m l

ápis

. C

om e

sse

mét

odo,

seu

pul

so f

ará

a pr

essã

o. S

e o

seu

puls

o es

tá f

azen

do a

pre

s-sã

o, s

eu o

mbr

o e

coto

velo

dev

erão

for

nece

r a

forç

a pa

ra m

over

a m

i-ch

a pa

ra d

entr

o e

para

for

a da

fec

hadu

ra. N

ão u

se s

eu p

ulso

par

a m

o-

ver

a m

icha

e ta

mbé

m a

plic

ar a

pre

ssão

.

Um

a bo

a fo

rma

de s

e ac

ostu

mar

à s

ensa

ção

da

mic

ha o

sci-

land

o n

a fe

nda

é te

ntar

esf

regá

-la

nos

pino

s de

um

a fe

chad

ura

que

está

abe

rta.

Os

pino

s nã

o po

dem

mai

s de

scer

, en

tão

a m

icha

ter

á qu

ese

aju

star

às

altu

ras

dos

pino

s. T

ente

ouv

ir o

ruí

do d

os p

inos

ao

esfr

e-ga

r a

mic

ha. S

e vo

cê m

ovê-

la r

apid

amen

te, o

uvir

á o

ruíd

o. E

sse

mes

-m

o ba

rulh

o lh

e aj

udar

á a

reco

nhec

er q

uand

o um

pin

o es

tá e

ncai

xado

corr

etam

ente

. S

e um

pin

o pa

rece

est

ar e

ncai

xado

mas

não

faz

aqu

ele

ruíd

o, e

ntão

é u

ma

posi

ção

fal

sa.

Pos

içõe

s fa

lsas

pod

em s

er c

orri

gi-

das

ao p

ress

iona

r m

ais

os p

inos

ou

dim

inui

ndo

o to

rque

, lib

eran

do-o

spa

ra a

pos

ição

inic

ial.

Um

últ

imo

cons

elho

. C

once

ntre

-se

na p

onta

da

mic

ha.

Não

pens

e em

com

voc

ê es

tá m

oven

do a

has

te;

pens

e em

com

o e

stá

mo

-ve

ndo

a po

nta

da m

icha

.

8.2

Ex

erc

ício

2:

Pre

ss

ão

de

ab

ert

ura

Est

e e

xerc

ício

irá

lhe

ens

inar

o i

nter

valo

de

pres

sões

que

você

pre

cisa

rá a

plic

ar c

om u

ma

mic

ha.

No

com

eço,

apl

ique

pre

ssão

som

ente

qua

ndo

esti

ver

tira

ndo

a m

icha

. Um

a ve

z do

min

ada

essa

téc-

nica

, ten

te a

plic

ar p

ress

ão q

uand

o es

tive

r en

tran

do c

om e

la.

Com

o l

ado

plan

o da

mic

ha,

empu

rre

para

bai

xo o

pri

mei

ropi

no d

a f

echa

dura

. N

ão a

pliq

ue n

enhu

m t

orqu

e. A

qua

ntid

ade

de

34

pres

são

que

você

est

á ap

lica

ndo

deve

ser

just

amen

te o

suf

icie

nte

para

supe

rar

a fo

rça

da m

ola.

Ess

a fo

rça

lhe

dará

um

a id

eia

do m

ínim

o de

pres

são

nece

ssár

ia a

ser

apl

icad

a co

m u

ma

mic

ha.

A f

orça

da

mol

a au

men

ta à

med

ida

que

o pi

no v

ai d

esce

ndo.

Vej

a se

voc

ê co

nseg

ue s

enti

r es

se a

umen

to.

Ago

ra v

eja

com

o é

empu

rrar

out

ros

pino

s pa

ra b

aixo

à m

e-di

da q

ue v

ocê

vai t

iran

do a

mic

ha d

a fe

chad

ura.

Faç

a no

vam

ente

com

a m

icha

e a

cha

ve d

e to

rque

na

fend

a, m

as n

ão a

pliq

ue t

orqu

e ai

nda.

À m

edid

a qu

e vo

cê t

ira

a m

icha

da

fech

adur

a, a

pliq

ue p

ress

ão o

suf

i-ci

ente

par

a em

purr

ar c

ada

pino

inte

iram

ente

par

a ba

ixo.

Os

pino

s de

vem

ser

jog

ados

de

volt

a pe

la m

ola

assi

m q

ue a

mic

ha s

air

de c

ima.

Not

e o

som

que

os

pino

s fa

zem

qua

ndo

pula

m d

evo

lta.

Per

ceba

o e

stal

o qu

ando

a m

icha

pas

sa p

or c

ada

pino

. P

erce

baa

forç

a da

mol

a qu

ando

a m

icha

em

purr

a ca

da n

ovo

pino

.

Par

a aj

udar

a s

e co

ncen

trar

nes

sas

sens

açõe

s, t

ente

con

tar

onú

mer

o de

pin

os d

e um

a fe

chad

ura.

Alg

umas

por

tas

poss

uem

set

e pi

-no

s, c

adea

dos

gera

lmen

te tê

m q

uatr

o.

Par

a te

r um

a no

ção

da p

ress

ão m

áxim

a, u

se o

lad

o pl

ano

dam

icha

par

a em

purr

ar t

odos

os

pino

s da

fec

hadu

ra p

ara

baix

o. À

s ve

-ze

s, s

erá

prec

iso

apli

car

esse

tan

to d

e pr

essã

o em

um

úni

co p

ino.

Se

você

enc

ontr

ar u

m n

ovo

tip

o d

e fe

chad

ura,

faç

a es

se e

xerc

ício

par

ade

term

inar

a r

igid

ez d

as s

uas

mol

as.

8.3

Ex

erc

ício

3:

Torq

ue

de

ab

ert

ura

Est

e ex

ercí

cio

ensi

nará

o in

terv

alo

de f

orça

de

giro

que

voc

êpr

ecis

ará

apli

car

para

abr

ir u

ma

fech

adur

a. E

le d

emon

stra

a in

tera

ção

entr

e to

rque

e p

ress

ão c

omo

foi d

escr

ita

no C

apít

ulo

5.

O t

orqu

e m

ínim

o a

ser

usad

o é

apen

as o

suf

icie

nte

para

su

-pe

rar

a fr

icçã

o da

rot

ação

do

tam

bor

no c

asco

. U

se s

ua c

have

de

tor-

que

para

rod

ar o

tam

bor

até

que

ele

pare

. Per

ceba

qua

nto

de t

orqu

e é

nece

ssár

io p

ara

mov

er o

tam

bor

ante

s qu

e os

pin

os e

nros

quem

. E

ssa

forç

a po

de s

er b

em g

rand

e pa

ra f

echa

dura

s qu

e co

stum

am f

icar

na 35