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Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Guia de Livros Didáticos PNLD 2013 Alfabetização Matemática e Matemática Ensino Fundamental Anos Iniciais

Guia Pnld 2013 Matematica

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  • Ministrio da EducaoSecretaria de Educao Bsica

    Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao

    Guia de Livros DidticosPNLD 2013

    Alfabetizao Matemtica e Matemtica

    Ensino FundamentalAnos Iniciais

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  • Presidncia da RepblicaMinistrio da EducaoSecretaria ExecutivaSecretaria de Educao Bsica

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  • Ministrio da Educao Secretaria de Educao Bsica

    Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao

    Guia de Livros DidticosPNLD 2013

    Alfabetizao Matemticae Matemtica

    Ensino FundamentalAnos Iniciais

    Braslia2012

  • MINISTRIO DA EDUCAO

    Secretaria de Educao Bsica SEBDiretoria de Formulao de Contedos Educacionais

    Coordenao Geral de Materiais Didticos

    Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDEDiretoria de Aes Educacionais

    Coordenao Geral dos Programas do Livro

    Equipe Tcnico-pedaggica da SEB Andrea Kluge PereiraCeclia Correia Lima

    Elizangela Carvalho dos SantosJane Cristina da Silva

    Jos Ricardo Alberns LimaLucineide Bezerra Dantas

    Lunalva da Conceio GomesMaria Marismene Gonzaga

    Equipe de Apoio Administrativo - SEB Gabriela Brito de Arajo

    Gislenilson Silva de MatosNeiliane Caixeta Guimares

    Paulo Roberto Gonalves da Cunha

    Equipe do FNDE Sonia SchwartzEdson Maruno

    Auseni Peres Frana MillionsRicardo Barbosa Santos

    Ana Carolina Souza LuttnerGeov da Conceio Silva

    Ndja Czar Ianzer RodriguesEnedina Leite Maroccolo Antunes

    Projeto Grfico e DiagramaoAlex Sandro Junior de Oliveira

    Grfica Triunfal e Editora - Assis/ SP

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC)

    B823 Guia de livros didticos : PNLD 2013: Matemtica. Braslia : Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Bsica, 2012.252 p.

    1. Livros didticos. 2. Matemtica. I. Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica. II. Ttulo.

    CDU 371.671

    Tiragem 58.281 exemplaresMINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO BSICAEsplanada dos Ministrios, Bloco L, Sala 500

    CEP: 70047-900Tel: (61) 20228419

  • EQUIPE RESPONSVEL PELA AVALIAO

    Comisso Tcnica Mnica Cerbella Freire Mandarino

    Coordenao InstitucionalAdriano Pedrosa de Almeida

    Coordenao de rea Colees do 1 ao 3 anosVernica Gitirana Gomes Ferreira

    Coordenao de rea Colees do 4 ao 5 anosPaulo Figueiredo Lima

    Coordenao AdjuntaAbrao Juvencio de Araujo

    Airton Carrio Machado Elizabeth Belfort da Silva Moren

    Marilena Bittar Mauro Luiz Rabelo

    Rute Elizabete de Souza Rosa Borba

    AssessoriaJoo Bosco Pitombeira Fernandes de Carvalho

    AvaliadoresAlcilea Augusto

    Alina Galvo Spinillo Ana Cristina Ferreira

    Ana Maria Carneiro Abraho Anelisa Kisielewski Esteves Aparecida Augusta da Silva Brbara Corominas Valrio

    Bruno Alves Dassie Carmem Suzane Comitre Gimenez Cileda de Queiroz e Silva Coutinho

    Cludia Regina Oliveira de Paiva Lima Cleiton Batista Vasconcelos

    Cristiane Azevedo dos Santos Pessoa Dionsio Burak

    Flvia dos Santos Soares Flavia Renata Franco Lopes Coelho

    Francisco Roberto Pinto Mattos Gilda Lisba Guimares

    Gisela Maria da Fonseca Pinto Iole de Freitas Druck

    Iraci Cazzolato Arnaldi Iranete Maria da Silva Lima Jos Carlos Alves de Souza

    Jos Dilson Beserra Cavalcanti Jos Luiz Magalhes de Freitas

    Lcia de Souza Leo Maia Lcia de Ftima Duro Ferreira

    Marcelo Cmara dos Santos Mrcio Antnio da Silva

    Marcos Andr Pereira de Melo Maria Clia Leme da Silva

    Maria Inmaculada Chao Cabanas Maria Laura Magalhes Gomes Maria Tereza Carneiro Soares Maria Terezinha Jesus Gaspar

    Miguel Chaquiam

  • Neusa Maria Marques de Souza Nora Olinda Cabrera Ziga

    Paula Moreira Baltar Bellemain Regina da Silva Pina Neves

    Rogria Gaudencio do Rgo Rogrio da Silva Igncio

    Rmulo Marinho do Rgo Rosinalda Aurora de Melo Teles

    Sandra Regina Engelke Suely Miranda Cavalcante Bastos Silvana Pires Fonseca Mandarino

    Tnia Aretuza Ambrizi Gebara Tnia Schmitt

    Wagner Ahmad Auarek

    Avaliadores - RecursosLisbeth Kaiserlian Cordani

    Maria Auxiliadora Vilela Paiva Pedro Luiz Aparecido Malagutti

    Leitura CrticaCristiane de Arimata Rocha

    Lucola Castilho Oliveira Pinheiro

    EspecialistasAirton Temistocles Gonalves de Castro

    Ester Calland de Sousa Rosa

    Preparao de TextoElvira Costa de Oliveira Nadai

    Instituio Responsvel pela AvaliaoUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE)

  • SUMRIO

    APRESENTAO .......................................................................................................................................... 9

    CONSIDERAES GERAIS ................................................................................................................. 10O livro didtico............................................................................................................................................. 10

    A Matemtica no mundo de hoje ......................................................................................................... 11

    A Educao Matemtica ........................................................................................................................... 12

    Referncias .................................................................................................................................................... 15

    CRITRIOS DE AVALIAO .............................................................................................................. 16Critrios eliminatrios especficos para o componente curricular Matemtica .................. 17

    Correo dos conceitos e informaes bsicas ............................................................................... 17

    Adequao didtico-metodolgica das colees de Matemtica ............................................ 17

    Manual do Professor .................................................................................................................................. 18

    COMO SO AS RESENHAS ................................................................................................................ 18VISO GERAL ................................................................................................................................................ 18

    DESCRIO DA COLEO ........................................................................................................................ 18

    ANLISE .......................................................................................................................................................... 19

    Seleo e distribuio dos contedos ................................................................................................. 19

    Abordagem dos contedos .................................................................................................................... 19

    Metodologia de ensino e aprendizagem ........................................................................................... 20

    Linguagem e aspectos grfico-editoriais ........................................................................................... 20

    Manual do professor .................................................................................................................................. 20

    EM SALA DE AULA ...................................................................................................................................... 20

    RESENHAS DE ALFABETIzAO MATEMTICA ........................................................ 21A AVENTURA DO SABER MATEMTICA ................................................................................................ 23

    A CONQUISTA DA MATEMTICA ALFABETIZAO MATEMTICA ......................................... 27

    A ESCOLA NOSSA ALFABETIZAO MATEMTICA ...................................................................... 32

    PROJETO PROSA .......................................................................................................................................... 37

    PLURAL ........................................................................................................................................................... 42

    PIS ALFABETIZAO MATEMTICA .................................................................................................... 47

  • APRENDER JUNTOS ALFABETIZAO MATEMTICA ...................................................................... 52

    ASAS PARA VOAR ALFABETIZAO MATEMTICA .......................................................................... 57

    FAZENDO E COMPREENDENDO MATEMTICA ............................................................................. 62

    CONHECER E CRESCER .............................................................................................................................. 67

    DE OLHO NO FUTURO ALFABETIZAO MATEMTICA ............................................................ 72

    FAZER, COMPREENDER E CRIAR EM MATEMTICA ......................................................................... 77

    HOJE DIA DE MATEMTICA .................................................................................................................. 82

    MATEMTICA IMENES, LELLIS E MILANI........................................................................................... 87

    MATEMTICA PODE CONTAR COMIGO - ALFABETIZAO MATEMTICA .............................. 92

    NOSSO LIVRO DE MATEMTICA ............................................................................................................. 97

    NOVO BEM-ME-QUER ................................................................................................................................ 102

    PONTO DE PARTIDA ................................................................................................................................... 107

    PORTA ABERTA ALFABETIZAO MATEMTICA .......................................................................... 112

    PROJETO BURITI MATEMTICA ........................................................................................................... 117

    PROJETO PITANGU MATEMTICA ................................................................................................... 122

    SABER MATEMTICA ALFABETIZAO MATEMTICA ............................................................... 127

    VIRAVER ALFABETIZAO MATEMTICA ............................................................................................ 132

    AGORA HORA ............................................................................................................................................ 136

    RESENHAS DE MATEMTICA ......................................................................................................... 141A AVENTURA DO SABER MATEMTICA ................................................................................................ 143

    A CONQUISTA DA MATEMTICA ........................................................................................................... 147

    A ESCOLA NOSSA MATEMTICA ........................................................................................................ 151

    PIS MATEMTICA ...................................................................................................................................... 156

    APRENDER JUNTOS MATEMTICA ........................................................................................................ 160

    ASAS PARA VOAR MATEMTICA ............................................................................................................ 164

    FAZENDO E COMPREENDENDO MATEMTICA ............................................................................. 169

    CONHECER E CRESCER .............................................................................................................................. 174

    DE OLHO NO FUTURO MATEMTICA .............................................................................................. 179

    FAZER, COMPREENDER E CRIAR EM MATEMTICA ......................................................................... 184

    HOJE DIA DE MATEMTICA .................................................................................................................. 189

    PLURAL ........................................................................................................................................................... 194

  • PROJETO PROSA .......................................................................................................................................... 198

    MATEMTICA IMENES, LELLIS E MILANI........................................................................................... 202

    MATEMTICA PODE CONTAR COMIGO .............................................................................................. 206

    NOVO BEM-ME-QUER ................................................................................................................................ 210

    PONTO DE PARTIDA ................................................................................................................................... 215

    PORTA ABERTA MATEMTICA ............................................................................................................. 219

    PROJETO BURITI MATEMTICA ........................................................................................................... 223

    PROJETO PITANGU MATEMTICA ................................................................................................... 227

    SABER MATEMTICA ................................................................................................................................. 232

    VIRAVER MATEMTICA .............................................................................................................................. 237

    AGORA HORA ............................................................................................................................................ 242

    FICHA DE AVALIAO........................................................................................................................... 247

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    APRESENTAO

    Prezado Professor,

    Prezada Professora,

    Neste Guia, voc encontra as resenhas das colees aprovadas para o PNLD 2013. Elas es-to organizadas em dois grupos, um deles referente s obras do 1 ao 3 anos e outro aos livros para o 4 e o 5 anos.

    Ser preciso optar separadamente por colees voltadas a cada um desses grupos. A seleo dos livros dirigidos aos trs primeiros anos do ensino fundamental exigir particular ateno devido s necessidades especficas do aluno de 6 a 8 anos de idade, que est na fase da alfabetizao matem-tica. Alm disso, nas duas escolhas muito importante evitar rupturas no que diz respeito continui-dade e progresso no desenvolvimento dos contedos e, tambm, no que se refere conduo de um processo didtico coerente, ao longo dos anos de escolarizao da criana.

    O Guia fruto de um minucioso processo de avaliao que envolveu professores de di-versas instituies educacionais de vrias regies do pas. Aps esse processo, foram elaboradas as resenhas das colees agora disponveis para serem utilizadas nas escolas a partir de 2013. O texto Como so as resenhas, neste Guia, vai ajudar a conhecer a estrutura dessas resenhas, o que poder auxiliar no processo de escolha.

    Como voc bem sabe, fazer a opo por um livro didtico uma tarefa de muita responsabili-dade, pois nela se elege um interlocutor que ir dialogar com voc e com seus alunos durante o ano letivo inteiro e que continuar presente em sua escola por trs anos. Por isso, recomenda-se a leitura cuidadosa das resenhas, seguida de uma discusso com os colegas e com a equipe pedaggica de sua escola. Ser necessrio analisar as propostas de cada livro e decidir qual delas a mais adequada s condies de trabalho de sala de aula e ao projeto poltico-pedaggico da escola.

    O Guia contm mais do que as resenhas. Nele, so apresentados, tambm, os critrios que fo-ram utilizados na avaliao das colees, a ficha usada pelos avaliadores (no Anexo), um texto com reflexes sobre a Matemtica e sobre a Educao Matemtica. Esse material pode ser til para a defini-o e o posterior uso do livro, por voc, alm de contribuir para sua formao continuada.

    Lembre-se que a escolha do livro didtico um trabalho coletivo, a ser realizado por todo o corpo docente da escola. Optar por uma ou por outra coleo deciso que precisa ser bastante discutida, para que os livros venham a ser utilizados por todos os professores sem ferir seus estilos e suas prticas. Cabe lembrar, ainda, que os alunos tm direito a receber um bom livro didtico. Eles devem encontrar, nesse recurso, apoio para a sua aprendizagem, para a superao de suas dificuldades e para avanar com autonomia na busca pelo conheci-mento. Tais direitos, de docentes e de discentes, precisam ser garantidos pela equipe que ir escolher, com autonomia, as duas colees.

    Bom trabalho!

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    CONSIDERAES GERAISDe acordo com o Edital do PNLD 2013, este Guia inclui dois tipos de colees: o primeiro

    composto de obras destinadas aos trs primeiros anos do ensino fundamental e o segundo com livros para os alunos do 4 e do 5 anos.

    Neste Guia, as resenhas esto agrupadas segundo os dois tipos de coleo acima mencio-nados. oportuno observar, no entanto, que todas as colees aprovadas possuem livros para os cinco anos iniciais do ensino fundamental, exceto uma coleo, que destinada apenas aos trs primeiros anos.

    As resenhas procuram retratar a estrutura, as caractersticas pedaggicas e o sumrio dos contedos das colees aprovadas. Os textos das resenhas so o resultado da avaliao pedag-gica feita por educadores envolvidos com o ensino de Matemtica do 1 ao 5 ano, com base nos critrios estabelecidos no Edital do PNLD 2013, publicado pelo Ministrio da Educao (MEC). Por meio da avaliao criteriosa das obras, busca-se ampliar os efeitos positivos da presena do livro didtico em nossas escolas pblicas. Efeitos esses que no dependem apenas de uma boa escolha do livro, mas tambm de um uso adequado desse instrumento em sala de aula. Alm das resenhas, este Guia convida o professor a uma reflexo que poder contribuir tanto para a escolha como para o posterior uso das colees pelas quais o corpo docente de sua escola optou.

    De 1997 at agora, o PNLD sofreu algumas modificaes, mas a escolha do livro pelo corpo docente, no contexto de sua escola, sempre foi mantida, porque so os professores que vivem a experincia da sala de aula, com sua riqueza e seus desafios.

    O livro didticoCabe escola, em particular ao professor, a conduo do processo de ensino e aprendiza-

    gem, assim como o acompanhamento do desenvolvimento dos alunos. O livro didtico participa desse processo como um recurso auxiliar na conduo do trabalho didtico. Ele mais um inter-locutor que passa a dialogar com o professor e com o aluno. Nesse dilogo, tal texto portador de uma perspectiva sobre o saber a ser estudado e sobre o modo de se conseguir compreend-lo mais eficazmente. Segundo os pesquisadores Grard & Roegiers1, no que diz respeito ao profes-sor, o livro didtico desempenha, entre outras, as importantes funes de:

    auxiliarnoplanejamentoanualdoensinodarea,sejapordecisessobreconduesme-todolgicas, seleo dos contedos e, tambm, distribuio dos mesmos ao longo do ano escolar;

    auxiliarnoplanejamentoenagestodasaulas,sejapelaexplanaodecontedoscurricu-lares, seja pelas atividades, exerccios e trabalhos propostos;

    favoreceraaquisiodosconhecimentos,assumindoopapeldetextodereferncia;

    favoreceraformaodidtico-pedaggica;

    auxiliarnaavaliaodaaprendizagemdoaluno.

    1 GRARD, Franois-Marie & ROEGIERS, Xavier. Conceber e avaliar manuais escolares. Porto: Ed. Porto, 1998.

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    O bom desempenho dessas funes tem sido avaliado no s pela distribuio de ativida-des propostas, sistematizao, informaes e materiais presentes no Livro do Aluno, como tam-bm por orientaes e textos informativos presentes no Manual do Professor. De acordo com os mesmos pesquisadores, para os alunos, o livro deve:

    favoreceraaquisiodeconhecimentossocialmenterelevantes;

    propiciarodesenvolvimentodecompetnciascognitivas,quecontribuamparaaumentara autonomia;

    consolidar,ampliar,aprofundareintegrarosconhecimentosadquiridos;

    auxiliarnaautoavaliaodaaprendizagem;

    contribuirparaaformaosocialeculturaledesenvolveracapacidadedeconvivnciaedeexerccio da cidadania.

    Outra funo que tem sido muitas vezes realizada pelo livro didtico a de levar sala de aula as modificaes didticas e pedaggicas propostas em documentos oficiais, assim como resultados de pesquisas sobre a aprendizagem da Matemtica. preciso observar, no entanto, que as possveis funes que um livro didtico pode exercer no se tornam realidade, caso no se leve em conta o contexto em que ele utilizado. Noutras palavras, as funes acima referidas so histrica e socialmente situadas e, assim, sujeitas a limitaes e entraves. Embora o livro didtico seja um recurso importante no processo de ensino-aprendizagem ele no deve ocupar papel dominante nesse processo. Assim, cabe ao professor manter-se atento para que a sua autonomia pedaggica no seja comprometida. No demais insistir que, apesar de toda a sua importncia, o livro didtico no o nico suporte do trabalho pedaggico do professor. sempre desejvel buscar complement-lo, a fim de ampliar as informaes e as atividades nele propostas, para contornar deficincias ou, ainda, com objetivo de adequ-lo ao grupo de alunos que o utilizam. Mais amplamente, preciso levar em considerao as especificidades sociais e culturais da comu-nidade em que o livro utilizado, para que o seu papel na formao integral do aluno seja mais efetivo. Essas so tarefas em que o professor insubstituvel, entre tantas outras.

    A Matemtica no mundo de hojeAo se refletir sobre o mundo atual, possvel observar a presena da Matemtica nas ativi-

    dades humanas das diversas culturas. Muitas aes cotidianas requerem competncias matem-ticas que se tornam mais complexas medida que as interaes sociais e as relaes de produo e de troca de bens e servios se diversificam e se intensificam. Em sociedades como a nossa, permeadas por tecnologias de base cientfica e por um crescente acmulo e troca de informa-es de vrios tipos, consenso reconhecer que as competncias matemticas tornaram-se um imperativo. As mudanas no mundo do trabalho tm sido cada vez mais rpidas e profundas e exigem capacidade de adaptao a novos processos de produo e de comunicao. Um olhar sobre o passado tambm mostra que, em todas as pocas, as atividades matemticas foram uma das formas usadas pelo homem para interagir com o mundo fsico, social e cultural.

    A Matemtica pode ser concebida como uma fonte de modelos para os fenmenos nas mais diversas reas do saber. Tais modelos so construes abstratas que se constituem em ins-trumentos para ajudar na compreenso desses fenmenos. Modelos matemticos incluem con-ceitos, relaes entre conceitos, procedimentos e representaes simblicas que, num processo

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    contnuo, passam de instrumento na resoluo de problemas a objeto prprio de conhecimento. No se pode esquecer que as atividades matemticas geraram, ao longo da histria, um corpo de saber a Matemtica, que um campo cientfico bastante extenso, diversificado e em per-manente evoluo nos dias atuais. Esse saber no um repertrio de conhecimentos antigos e cristalizados, mas sim um conjunto de ideias e procedimentos extremamente poderosos e em evoluo constante. Assim, aprofundar o conhecimento sobre os modelos matemticos fortalece a contribuio da Matemtica para outras reas do saber. No sentido oposto, buscar questes cada vez mais complexas nos outros campos do conhecimento pode promover o desenvolvi-mento de tais modelos.

    Os modelos matemticos so construdos com vrios graus de abrangncia e de sistema-tizao. No campo da geometria, e nos estgios mais simples, eles so associados a objetos do mundo fsico so as chamadas figuras geomtricas. Por exemplo, a certo tipo de lata pode ser associado a figura geomtrica definida abstratamente como um cilindro. Tais modelos particula-res so, quase sempre, enfeixados em teorias matemticas gerais que se constituem em modelos abstratos para amplas classes de fenmenos em vrios outros campos do saber. A geometria euclidiana, as estruturas algbricas, a teoria das probabilidades so exemplos desses modelos matemticos mais gerais.

    Por outro lado, muitas vezes, parte-se de um conceito ou ente matemtico e procura-se no mundo fsico um fenmeno ou objeto que pode ser associado a ele. Nesse caso, tal objeto ou fenmeno chamado modelo concreto do ente matemtico. Assim, um dado de jogar pode ser um modelo concreto da figura geomtrica definida como cubo. Outros exemplos so os denominados materiais concretos, de uso frequente como recurso didtico no ensino da Matemtica. As imagens grficas, em particular os desenhos formam, igualmente, uma classe significativa de modelos concretos de entes matemticos e cumprem papel impor-tante nas atividades em que intervm as habilidades de visualizao. Cabe observar que os desenhos, mesmo considerados como modelos concretos, contm certo grau de abstrao em relao aos objetos do mundo fsico.

    Mais um aspecto fundamental da Matemtica a diversidade de formas simblicas pre-sentes em seu corpo de conhecimento. Lngua natural, linguagem simblica, desenhos, grficos, tabelas, diagramas, imagens grficas, entre outros, desempenham papel central, tanto na repre-sentao dos conceitos, relaes e procedimentos, quanto na prpria formao desses conte-dos. Por exemplo, um mesmo nmero racional pode ser representado por smbolos tais como ; 0,50; 50%, ou pela rea de uma regio plana ou, ainda, por expresses como meio ou metade.

    A Educao MatemticaUma reflexo de outra natureza, agora voltada para a educao matemtica das pessoas,

    revela que, nas ltimas dcadas, acumulou-se um acervo considervel de conhecimento sobre os processos de construo e aquisio dos conceitos e procedimentos matemticos e sobre as questes correspondentes de ensino e de aprendizagem. Nesses estudos, tem sido consensual-mente defendido que ensinar Matemtica no se reduz transmisso de informaes sobre o saber acumulado nesse campo. Muito mais amplo e complexo, o processo de ensino e aprendiza-gem da Matemtica envolve um leque variado de competncias cognitivas e requer, alm disso, que se favorea a participao ativa do aluno. Nesse contexto, convm lembrar que as competn-cias no se realizam no vazio e sim por meio de saberes de diversos tipos, dos mais informais aos mais sistematizados, esses ltimos a serem construdos nas instituies de ensino.

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    Indicar um conjunto de competncias matemticas a serem construdas sempre um ter-reno difcil. Por isso, adverte-se que uma relao de competncias no esgota todas as possibili-dades. Ao contrrio, pode e deve ser adaptada em funo das diversidades de cada contexto edu-cacional. Alm disso, importante no encar-las como independentes umas das outras. Tendo isso em conta, possvel propor um conjunto de competncias:

    interpretarmatematicamentesituaesdodiaadiaoudeoutrasreasdoconhecimento;

    usarindependentementeoraciocniomatemticoparaacompreensodomundoquenos cerca;

    resolverproblemas,criandoestratgiasprpriasparasuaresoluo,equedesenvolvamainiciativa, a imaginao e a criatividade;

    avaliarseosresultadosobtidosnasoluodesituaesproblemasoounorazoveis;

    estabelecerconexesentreoscamposdaMatemticaeentreessaeasoutrasreasdosaber;

    raciocinar,fazerabstraescombaseemsituaesconcretas,generalizar,organizarerepresentar;

    compreenderetransmitirideiasmatemticas,porescritoouoralmente,desenvolvendoacapacidade de argumentao;

    utilizaraargumentaomatemticaapoiadaemvriostiposderaciocnio:dedutivo,indu-tivo, probabilstico, por analogia, plausvel, entre outros;

    comunicar-seutilizandoasdiversasformasdelinguagemempregadasnaMatemtica;

    desenvolverasensibilidadeparaasrelaesdaMatemticacomasatividadesestticaseldicas;

    utilizarasnovastecnologiasdecomputaoedeinformao.

    As competncias gerais acima esboadas desenvolvem-se de forma articulada com competncias especficas associadas aos contedos matemticos2 visados no ensino do 1 ao 5 ano. Esses contedos podem ser organizados em quatro grandes campos: nmeros e operaes; geometria; grandezas e medidas; e tratamento da informao. As competncias relacionadas a esses campos so mencionadas a seguir.

    As atividades matemticas no mundo atual requerem, desde os nveis mais bsicos aos mais complexos, a capacidade de contar colees, comparar e quantificar grandezas e realizar codificaes. Ainda nesse campo, convm lembrar a necessidade de se compreender os vrios significados e propriedades das operaes fundamentais e de se ter o domnio dos algoritmos convencionais. As relaes entre as propriedades das operaes e o nosso sistema de numera-o decimal, assim como as relaes entre diferentes operaes, devem ser exploradas. preciso tambm criar oportunidades para os alunos desenvolverem, com alguma autonomia, diferen-tes estratgias de clculo, que lhes possibilitem, inclusive, chegar aos algoritmos convencionais compreendendo sua estruturao. Saber utilizar o clculo mental, as estimativas em contagens, em medies e em clculos, e conseguir valer-se da calculadora so outras capacidades indis-pensveis. Essas competncias podem ser associadas aritmtica e sua articulao com outros campos da matemtica escolar.

    A percepo de regularidades, que pode levar criao de modelos simblicos para diversas situaes, e a capacidade de traduzir, em linguagem matemtica, problemas encontrados no dia a dia, ou provenientes de outras reas do conhecimento, devem ser, gradativamente, desenvolvidas. Desse

    2 A expresso contedo matemtico adotada no presente texto com o significado de conceitos, relaes entre conceitos, procedimentos e algoritmos matemticos.

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    modo, iniciam-se os alunos nas ideias da lgebra que, ao longo dos 9 anos do ensino fundamental, ampliam-se e aprofundam-se no sentido do uso da linguagem e das tcnicas da lgebra.

    O pensamento geomtrico surge da interao espacial com os objetos e com os movimen-tos no mundo fsico e desenvolve-se por meio das competncias de localizao, de visualizao, de representao e de construo de figuras geomtricas. A geometria tem um papel importante para a leitura do mundo, em especial, para a compreenso do espao que nos circunda. Mas no se pode restringir o seu estudo ao uso social e preciso cuidar de construir, de modo gradual, com o aluno, o conhecimento das propriedades das figuras geomtricas e da organizao lgica dessas propriedades.

    As grandezas e medidas esto presentes nas atividades humanas, desde as mais simples at as mais elaboradas das tecnologias e da cincia. Na Matemtica, o conceito de grandeza tem papel importante na atribuio de significado a outros conceitos centrais, como o de nmero. Alm disso, um campo que se articula bem com a geometria e contribui de forma clara para estabelecer ligaes entre a Matemtica e outras disciplinas escolares.

    Associadas ao campo do tratamento da informao, que inclui estatstica, probabilidades e combinatria, so cada vez mais relevantes questes relativas a dados da realidade fsica ou social, que precisam ser coletados, selecionados, organizados, apresentados e interpretados cri-ticamente. Fazer inferncias com base em informaes qualitativas ou dados numricos e saber lidar com a ideia de incerteza tambm so competncias importantes. O desenvolvimento des-sas competncias pode ser realizado desde cedo, a partir de atividades que envolvem a coleta e a organizao de dados, recorrendo-se a diferentes tabelas e grficos, de uso to frequente no mundo atual.

    Um primeiro princpio metodolgico amplamente reconhecido como importante hoje que o ensino e a aprendizagem da Matemtica devem estar baseados na resoluo de problemas. Um problema no uma atividade de simples aplicao de tcnicas e procedimentos j exempli-ficados. Ao contrrio, uma atividade em que o aluno desafiado a mobilizar seus conhecimen-tos matemticos, e a procurar apropriar-se de outros, sozinho ou com a ajuda de colegas e do professor, a fim de elaborar uma estratgia que o leve a uma soluo da situao proposta.

    Historicamente, desde as mais remotas eras, a Matemtica desenvolveu-se resolvendo pro-blemas. Aquela que se estuda hoje, em todos os nveis, a Matemtica til para resolver proble-mas que surgem nos vrios nveis de aplicao dessa cincia. No toa que a Matemtica j foi caracterizada como a arte de resolver problemas. Nessa caracterizao, vemos dois elementos essenciais, que no devem ser esquecidos. O primeiro deles que a Matemtica lida com proble-mas, ela no um corpo de conhecimentos mortos, aprendidos apenas por amor erudio. Em segundo lugar, esse saber cientfico tem um componente criativo muito grande, no um sim-ples estoque de procedimentos prontos para serem aplicados a situaes rotineiras. Esse aspecto criativo aflora naturalmente, e se desenvolve, com a resoluo de problemas genunos, cuidado-samente adequados ao desenvolvimento cognitivo e escolaridade do aluno.

    Em geral, o ensino de Matemtica por competncias vem associado a outros princpios meto-dolgicos. Entre estes, destaca-se o que preconiza o estabelecimento de diversos tipos de articula-es. Uma delas a articulao entre os diferentes campos de contedos matemticos. consensual entre os educadores que, no ensino da Matemtica, os contedos no sejam isolados em campos estanques e autossuficientes. Outra articulao desejada a que se pode estabelecer entre os vrios significados de um mesmo conceito. Por exemplo, a operao de adio est associada s ideias de

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    juntar, comparar e acrescentar. Alm disso, tambm importante buscar articulao entre as diversas representaes de um mesmo contedo. o caso das figuras geomtricas, que podem ser associadas a objetos do mundo fsico, a imagens grficas, a desenhos ou a expresses da lngua materna.

    Os educadores matemticos tm defendido a ideia de que os conceitos relevantes para a formao matemtica atual devem ser abordados desde o incio da formao escolar. Isso vale mesmo para conceitos que podem atingir nveis elevados de complexidade, tais como os de n-mero racional, probabilidade, semelhana, simetria, entre muitos outros. Tal ponto de vista apoia--se na concepo de que a construo de um conceito pelas pessoas processa-se no decorrer de um longo perodo, de estgios mais intuitivos aos mais formais. Alm disso, um conceito nunca isolado, mas se integra a um conjunto de outros por meio de relaes, das mais simples s mais complexas. Dessa maneira, no se deve esperar que a aprendizagem de conceitos e procedimen-tos se realize de forma completa e num perodo curto de tempo. Por isso, ela mais efetiva quan-do os contedos so revisitados, de forma progressivamente ampliada e aprofundada, durante todo o percurso escolar. preciso, ento, que esses vrios momentos sejam bem articulados, em especial, evitando-se a fragmentao ou as retomadas repetitivas.

    Com o objetivo de favorecer a atribuio de significados aos contedos matemticos, dois prin-cpios tm assumido particular destaque no ensino atual: o da contextualizao e o da interdisciplina-ridade. O primeiro deles estabelece a necessidade de o ensino da Matemtica estar articulado com as vrias prticas e necessidades sociais, enquanto o segundo defende um ensino aberto para as inter--relaes entre a Matemtica e as outras reas do saber cientfico ou tecnolgico. Em ambos os casos, h sintonia entre esses princpios e a concepo de Matemtica exposta neste texto. No entanto, no se pode esquecer que as conexes internas entre os contedos matemticos so, tambm, formas de atribuir significados a esses contedos. Alm disso, convm observar que as contextualizaes artifi-ciais, em que a situao apresentada apenas um pretexto para a obteno de dados numricos usa-dos em operaes matemticas, so ineficazes. Tambm no so desejveis aquelas pretensamente baseadas no cotidiano, mas com aspectos totalmente irreais.

    Outro rumo de reflexo trata do papel do ensino da Matemtica na formao integral do aluno como cidado da sociedade contempornea, na qual a convivncia cada vez mais com-plexa e marcada por graves tenses sociais. De fato, consenso que persistem desigualdades no acesso de todo cidado a bens e servios e s esferas de deciso poltica. O ensino da Matemtica pode contribuir bastante para a formao de cidados crticos e responsveis. Em primeiro lugar, ao considerar todo aluno como sujeito ativo de seu processo de aprendizagem; ao reconhecer os seus conhecimentos prvios e extraescolares; ao incentivar sua autonomia e sua interao com os colegas. Em segundo, ao procurar desenvolver competncias matemticas que contribuam mais diretamente para auxiliar o estudante a compreender questes sociais vinculadas, num primeiro momento, sua comunidade e, progressivamente, sociedade mais ampla.

    RefernciasBRASIL. Decreto N7084, de 27 de janeiro de 2010, da Presidncia da Repblica, que dispe sobre os programas de material didtico e d outras providncias.

    BRASIL. Fundao Nacional de Desenvolvimento da Educao. Edital PNLD 2013. .

    BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educao n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educao nacional. Dirio Oficial da Unio, Braslia, DF, 20 dez. 1996.

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    BRASIL. Ministrio da Educao e do Desporto. Secretaria de Educao Fundamental. Referencial curricular nacional para a educao infantil. Braslia, DF: MEC/SEF, v. 1, 1998. p.103

    BRASIL. Secretaria de Educao Bsica. Ampliao do ensino fundamental para 9 anos: relat-rio. Braslia, DF: MEC/ SEB, 2004a.

    BRASIL. Secretaria de Educao Bsica. Ensino Fundamental de Nove Anos: orientaes gerais. Braslia, DF: MEC/SEB, 2004b. 27 p.

    BRASIL. Secretaria de Educao Bsica. Guia do livro didtico 2007: Matemtica: sries/anos ini-ciais do ensino fundamental. Braslia, DF: MEC/SEB, 2006. 266 p.

    BRASIL. Secretaria de Educao Bsica. Guia do livro didtico 2010: Matemtica: sries/anos ini-ciais do ensino fundamental. Braslia, DF: MEC/SEB, 2009. 264 p.

    BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais: introduo aos parmetros curriculares nacionais. Braslia, DF: MEC/SEF, 1997. 126 p.

    BRASIL. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais: matemtica. Braslia, DF: MEC/SEF, 1997. 142 p.

    GRARD, Franois-Marie & ROEGIERS, Xavier. Conceber e avaliar manuais escolares. Porto, Ed. Porto, 1998.

    CRITRIOS DE AVALIAO

    Para cumprir a exigncia de qualidade da educao, os livros didticos inscritos no PNLD (ver Edital do PNLD 2013 na pgina: www.fnde.gov.br) so submetidos a um processo de avalia-o pedaggica pautado por critrios eliminatrios, comuns a todas as disciplinas curriculares, e especficos de cada uma delas. Tais requisitos no podem ser infringidos para que uma obra possa ser adquirida e distribuda pelo MEC. Os critrios eliminatrios comuns do PNLD 2013 so apresentados a seguir:

    Critrios eliminatrios comuns a todas as reas

    Os critrios eliminatrios comuns a serem observados na avaliao de todas as colees submetidas ao PNLD 2013 so os seguintes:

    (i). respeito legislao, s diretrizes e s normas oficiais relativas ao ensino fundamental;

    (ii). observncia de princpios ticos necessrios construo da cidadania e ao convvio social republicano;

    (iii). coerncia e adequao da abordagem terico-metodolgica assumida pela coleo, no que diz respeito proposta didtico-pedaggica explicitada e aos objetivos visados;

    (iv). correo e atualizao de conceitos, informaes e procedimentos;

    (v). observncia das caractersticas e finalidades especficas do manual do professor e adequa-o da coleo linha pedaggica nele apresentada;

    (vi). adequao da estrutura editorial e do projeto grfico aos objetivos didtico-pedaggicos da coleo.

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    Critrios eliminatrios especficos para o componente curricular Matemtica

    O Edital detalha, ainda, os critrios eliminatrios especficos de cada componente curricu-lar. Para Matemtica, especificam-se critrios quanto correo de conceitos e de informaes bsicas, adequao didtico-metodolgica e ao Manual do Professor.

    Correo dos conceitos e informaes bsicasAlm dos erros explcitos, devem ser evitadas as indues ao erro e as contradies internas.

    Ainda que seja didaticamente indicada uma abordagem menos formal e mais intuitiva, no ensino inicial de conceitos abstratos, so injustificveis conceituaes confusas, que possam conduzir a ideias equivocadas ou capazes de gerar dificuldades na aprendizagem posterior dos conceitos.

    Adequao didtico-metodolgica das colees de MatemticaO livro didtico de Matemtica, instrumento de trabalho do professor e de aprendizagem do aluno,

    adequado na medida em que favorece a aquisio, pelo aluno, de um saber matemtico autnomo e significativo. Para a operacionalizao desse processo alguns princpios gerais, norteadores de opes me-todolgicas, precisam ser considerados para que o livro didtico favorea o processo de conquista, pelo alu-no, de nveis gradativamente maiores e mais complexos de autonomia no pensar. Nessa linha de reflexo, considera-se importante que o livro didtico seja um instrumento que contribua para:

    concretizarumaescolhadecontedoseumamaneirapertinenteparasuaapresentao,considerando as especificidades da rea, sua evoluo e a sociedade atual;

    estimularaidentificaoeamanifestaodoconhecimentoqueoalunodetm;

    introduziroconhecimentonovosemseesquecerdeestabelecerrelaescomoqueoalunojsabe;

    favoreceramobilizaodemltiplashabilidadesdoalunoeaprogressoinerenteaesseprocesso;

    favorecerodesenvolvimentodecompetnciascognitivasbsicascomoobservao,com-preenso, memorizao, organizao, planejamento, argumentao, comunicao de ideias matemticas, entre outras;

    estimularodesenvolvimentodecompetnciasmaiscomplexastaiscomoanlise,sntese,construo de estratgias de resoluo de problemas, generalizao, entre outras;

    favoreceraintegraoeainterpretaodosnovosconhecimentosnoconjuntosistemati-zado de saberes;

    estimularousodeestratgiasderaciocniotpicasdopensamentomatemtico,oclculomental, a decodificao da linguagem matemtica e a expresso por meio dela.

    Alm disso, qualquer que seja sua opo metodolgica, o livro didtico deve atender a dois requisitos:

    (i). no privilegiar, entre as habilidades e competncias que deve mobilizar e desenvolver, uma nica, visto que raciocnio, clculo mental, interpretao e expresso em Matemtica en-volvem necessariamente vrias delas;

    (ii). ser coerente com os preceitos e com os objetivos que afirma adotar. No caso de o livro didtico recorrer a mais de um modelo metodolgico, deve indicar claramente a articulao entre eles.

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    Cabe ainda destacar que os trs volumes dedicados Alfabetizao Matemtica precisam levar em conta a faixa etria e o desenvolvimento das crianas, sem que se constituam em repe-ties excessivas dos mesmos contedos, tratados com uma mesma abordagem. preciso que os volumes evidenciem ampliao e aprofundamento necessrios evoluo do processo de alfabetizao matemtica, considerem os saberes sociais trazidos pelas crianas e aqueles que a prpria escolarizao e o desenvolvimento cognitivo proporcionam.

    Manual do Professor importante que o Manual do Professor de uma coleo de Matemtica apresente, unida-

    de por unidade, atividade por atividade:

    objetivos;

    discussodasescolhasdidticaspertinentes;

    antecipaodospossveiscaminhosdedesenvolvimentodoalunoedesuasdificuldades;

    indicaesdemodificaesdaatividadeafimdequeoprofessorpossamelhoradequaraatividade a sua realidade local. O contexto de uma atividade, por exemplo, pode ser muito bom para crianas de grandes capitais, mas estar fora do conhecimento prvio das crianas de zona rural;

    auxlioaoprofessornasistematizaodoscontedostrabalhados;

    possveisestratgiasderesoluo;

    indicaessobreaavaliao.

    COMO SO AS RESENHASProfessor, as orientaes seguintes buscam auxili-lo na leitura deste Guia. Voc ficar

    sabendo como so estruturadas as resenhas e do que tratam as suas diferentes sees.

    Logo de incio, so apresentados os elementos identificadores da coleo: nome da obra; cdigo no PNLD 2013; autoria; editora; ano de edio; e capa.

    VISO GERAL

    Nesta seo, feita uma sntese da avaliao da obra. So mencionadas caractersticas que se destacam, positiva ou negativamente, nos livros.

    DESCRIO DA COLEO

    Neste item, voc encontra uma descrio do Livro do Aluno. Trata-se de uma radiografia da coleo, em que se indicam, de maneira resumida: sua

    organizao interna; quais as sees especiais e seus objetivos; se h sugestes de leituras complementares para os alunos; entre outras informaes.

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    1 ano 5 unidades - 218 pp.

    1 Nmeros: at 10, comparao, registros com-parao de grandezas: maior, menor

    2 Comprimento: unidades no convencionais cubo, paralelepipedo

    3 ...

    2 ano 4 unidades - 251 pp.

    1 Nmeros: ordenao, sequncias cubo, papa-releppedo, esfera sucessor, antecessor

    2 ...

    ANLISE

    Seleo e distribuio dos contedos

    1o ano

    2o ano

    3o ano

    Distribuio dos campos por volume - Coleo XXXXX

    Nmeros e operaes

    Geometria

    Grandezas e medidas

    Tratamento da informao

    4o ano

    5o ano

    Distribuio dos campos por volume - Coleo XXXXX Nmeros e operaes

    Geometria

    Grandezas e medidas

    Tratamento da informao

    Abordagem dos contedos

    Nmeros e operaes

    Geometria

    Grandezas e medidas

    Tratamento da informao

    Estes quadros mostram

    quais so e como esto organizados os contedos em

    cada um dos livros. So indicados o nmero de unidades ou captulos e o nmero de pginas de cada volume.

    Eles ajudam voc a verificar se a obra adequada, ou no, ao

    pro-jeto pedaggico de sua escola.

    Nesta seo, avalia-

    se a ateno dedicada a cada um dos campos

    da matemtica escolar. Estes grficos ajudam a visualizar as

    escolhas adotadas na obra. Comentam-se, tambm, as

    articulaes entre esses campos.

    Aqui so avaliadas

    algumas das caractersticas da abordagem de cada campo:

    os contedos escolhidos, as articulaes entre eles, as escolhas

    didticas, entre outros aspectos. Tambm so indicadas imprecises presentes

    na obra.

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    Metodologia de ensino e aprendizagem

    Nesta parte, voc encontra uma anlise da opo metodolgica predominante na coleo. So observados, entre outros aspectos: a maneira como so apresentados e desenvolvidos os contedos; o papel esperado do aluno nesse processo; a retomada de conhecimentos prvios; o desenvolvimento de competncias matemticas mais elaboradas, alm da repetio e da memorizao; o incentivo interao aluno-professor e aluno-aluno. Alm disso, o emprego de recursos didticos, em especial, de novas tecnologias tambm analisado. Destaca-se uma avaliao das contextualizaes utilizadas na obra e, ainda, em que medida a obra prope temas e atividades

    que ajudem a promover posturas e valores importantes para o exerccio da cidadania.

    Linguagem e aspectos grfico-editoriais

    Este item trata da adequao da obra aos nveis do 1 ao 3 anos ou do 4 e do 5 anos quanto sua extenso e aos tipos de letra usados, em vista das etapas de alfabetizao dos alunos. Trata tambm da clareza e qualidade dos diferentes textos e ilustraes presentes na obra. Analisa-se, ainda, a adequao dos espaos deixados para a escrita da criana nas obras de 1 ao 3 anos. Traz observaes sobre o seu

    projeto grfico, comentando o quanto este favorece a legibilidade e torna os livros de leitura atraente.

    Manual do professor

    Aspectos destacados AvaliaoFundamentos tericos Discute-se a resoluo de problemas...

    Orientaes para uso do livro

    ...

    Sugestes de atividades

    complementares

    ...

    Resoluo das atividades

    ...

    Orientaes para avaliao

    ...

    Indicaes para formao do professor

    ...

    EM SALA DE AULAUma coleo aprovada no PNLD 2013, certamente, rene qualidades suficientes para ser um bom

    instrumento de formao para os anos iniciais do ensino fundamental, do 1 ao 3 anos ou do 4 e do 5 anos. Mas as recomendaes feitas ao professor, nesta seo, podem ajud-lo a um melhor aprovei-tamento da obra. Em linhas gerais, sugere-se um planejamento do trabalho docente que selecione os contedos a serem estudados, pois, muitas vezes, h na obra excessos em relao a alguns contedos e necessidades de complementaes em relao a outros. Alerta-se, tambm, para o cuidado com re-peties excessivas. O professor tambm aconselhado a ampliar o uso de recursos didticos, quando necessrio, e a ter o cuidado no planejamento para uso do material. Alm disso, alertado a contornar as imprecises em explanaes de alguns contedos e em atividades propostas.

    Neste quadro, o Manual do Professor

    descrito e avaliado de modo resumido. Destacam-se a explicitao

    dos fundamentos terico-metodolgicos que norteiam a elaborao da obra, as orientaes para o uso de cada volume, a qualidade das atividades

    complementares, a resoluo das atividades, as orientaes para avaliao e, tambm,

    as indicaes trazidas para auxiliar o docente em sua formao

    continuada.

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    Resenhas de Alfabetizao Matemtica

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    1 Edio 2011

    www.aventura.leya.com.br/matematica

    VISO GERAL A coleo apresenta textos acessveis, que so adequados ao ciclo de alfabetizao. As

    contextualizaes em vrias reas do conhecimento enriquecem a abordagem dos contedos. Na maioria dos tpicos abordados, so propostos jogos e experimentaes com materiais de manuseio, que favorecem a compreenso dos conhecimentos matemticos.

    Os significados das quatro operaes e a escrita decimal dos nmeros so bem tra-balhados. H atividades interessantes em que os alunos so incentivados a ler, construir e interpretar grficos.

    Como recomendvel, cerca de metade do espao na coleo ocupado pelo estudo do campo de nmeros e operaes que, alm disso, abordado de modo adequado. Na obra, a geometria recebe razovel ateno, especialmente no volume do 1 ano. No entanto, h poucas atividades de experimentao com modelos concretos, que so importantes para a aprenzagem inicial desse campo.

    DESCRIO DA COLEO Os volumes so divididos em quatro unidades. Cada uma dessas subdividida em pe-

    quenos itens temticos, nos quais so abordados contedos de um ou mais campos. As sees Curiosidade, Troque ideias, Desfia-cabea e Leia incluem novas informaes, propem desafios ou estimulam a troca de ideias entre os alunos. Ao final de cada unidade, h sempre um conjunto de Atividades Complementares, de reviso.

    Todos os volumes so concludos com as sees: Glossrio; Sugestes de Leituras para o alu-no, acompanhadas de uma breve descrio das obras indicadas; Bibliografia e Caderno de Recortes.

    A AVENTURA DO SABER MATEMTICA

    25200COL32Mrcia Marinho Aidar

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    Na coleo, os contedos trabalhados so:1 ano 4 unidades 223 pp.

    1 Nmeros de 1 a 12: quantidade, ordem linhas: retas, no retas; localizao, posies relativas; figuras geomtri-cas espaciais sequncias tempo; temperatura possibilidades

    2Linhas: retas, no retas nmeros de 0 a 10: contagem, caligrafia volume, capacidade; massa lateralidade, simetria; figuras geomtricas espaciais nmeros naturais: agrupamentos de quantidades, contagem, ordenao, sequncias, nmeros at 99; dobro, metade grfico de colunas: interpretao

    3

    Nmeros: contagem; adio e subtrao: acrescentar, retirar; ordinais cdulas e moedas agrupamentos de 10 em 10 figuras geomtricas planas; projees, simetria; vistas registro de tempo; comparao de comprimentos sem medio; capacidade: unidades no convencionais tabelas: organizao e interpretao adio e subtra-o com nmeros at 10: juntar, acrescentar, retirar, completar, comparar

    4Nmeros de 0 a 100: adio e subtrao; multiplicao e diviso: adio de parcelas iguais, disposio retangular, possibilidades, repartio equitativa padres direes, deslocamentos; vistas; figuras geomtricas planas; si-metria comprimento: unidades no convencionais tabelas noo de velocidade; tempo: ms, ano

    2 ano 4 unidades 271 pp.

    1

    Nmeros de 0 a 9: identificao, registro esfera, cubo numerais em sistemas antigos: egpcio, mesopotmico, chins; pares, mpares direes nmeros de 1 a 10: caligrafia; nmeros de 10 a 19: registro linhas: retas, no retas ordinais; usos dos nmeros: medir, contar, ordenar, codificar figuras geomtricas: planas, no planas; localizao; posies relativas unidades de comprimento: no convencionais, metro, centmetro; estimativa de distncias

    2

    Padres, sequncias de figuras geomtricas planas e espaciais agrupamentos e trocas no decimais; dezenas; nmeros at 100: agrupamentos e trocas decimais, escrita decimal: unidades, dezenas; sequncias numricas: os smbolos < e > ; eixo numerado; comparao, seriao; adio, subtrao: ideias, clculo mental, algoritmo, ope-raes inversas chance: certeza, incerteza; grfico de barras: leitura, interpretao tempo: dia, ms

    3Vistas; direes; localizao em linhas e colunas dobro, metade; pares, mpares; somas: iguais a 10, iguais a deze-nas exatas, estimativas; adio, subtrao: clculos por diferentes estratgias massa: comparao sem medio, quilograma, grama cone, cilindro capacidade: unidades no convencionais, litro, mililitro slidos geomtricos

    4

    Linhas retas; no retas; simetria: eixo multiplicao: adio de parcelas iguais, disposio retangular; diviso: re-partio equitativa, formao de grupos; operaes inversas; diviso com resto tempo: hora, minuto, segundo; relgios; digital, analgico, de sol projeo temperatura: comparao sem medio, termmetro tabelas e grfico de linhas; tempo

    3 ano 4 unidades 287 pp.

    1

    Nmeros: usos, ordem, clculo mental com nmeros de 1 a 9 calendrio dzia, base 60 tempo: dia, hora, minuto, segundo; relgios: digital, analgico localizao, posio relativa sistema de numerao decimal: n-meros at 99; pares, mpares; ideias da adio e da subtrao; adio com parcelas de 11 a 18, clculo mental; algoritmo da adio superfcies planas ou no; slidos: classificao, faces sistema de numerao decimal: nmeros entre 100 e 999, unidades, dezenas, centenas chance; registro de experimento

    2

    Valor monetrio: compra, venda, troco algoritmo da adio e da subtrao com reagrupamento massa, com-primento: grama, quilograma, tonelada, centmetro, metro, quilmetro; tempo, velocidade: dia, ms, ano, hora, quilmetro por hora subtrao: algoritmo, clculo mental registro de pesquisa em grfico direes e locali-zao no plano; linhas verticais, horizontais, inclinadas; vistas

    3

    Maquetes; vistas; mosaicos ideias da multiplicao; tabuada; clculo mental, multiplicao por zero noo de incerteza temperatura: comparao sem medio algoritmo da multiplicao tabelas e grficos de barras: leitura, interpretao, elaborao multiplicao por 10; algoritmo da multiplicao com reagrupamento com-primento polgonos: elementos; vistas, plantas; simetria: eixos noo de rea

    4Mosaicos triplo, tera parte, dobro, metade; ideias da diviso; multiplicao, diviso: operaes inversas; mul-tiplicao e diviso por 10; diviso: estratgias de clculo; diviso com resto; clculo mental; base 7; sequncias volume, capacidade: comparao sem medio; litro tabelas e grficos de linhas: leitura, interpretao

    ANLISE DA OBRASeleo e distribuio dos contedos

    Cerca de metade da obra dedicada ao campo de nmeros e operaes, o que esperado nesse ciclo de escolaridade. A geometria o segundo campo de contedo mais trabalhado, espe-cialmente no volume do 1 ano. O tratamento da informao a despeito de receber menos aten-

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    o, tem seus tpicos bem escolhidos. Ao longos dos livros, os campos da Matemtica so apre-sentados alternadamente e os seus contedos so explorados com aprofundamentos crescentes.

    Abordagem dos contedos

    Esta abordagem analisada em seguida, com o detalhamento do trabalho realizado em cada um dos campos.

    Nmeros e operaes

    Neste campo, contemplam-se os significados dos nmeros naturais e das quatro operaes fundamentais, assim como os procedimentos operatrios. As primeiras ideias so apresentadas no volume 1, sendo retomadas e aprofundadas nos dois outros livros. Os nmeros de 1 a 100 so trabalhados de forma intuitiva, no livro do 1 ano. Seu estudo ampliado nos volumes 2 e 3, com as noes de agrupamento e de valor posicional. Situaes que envolvem o dinheiro so bem utilizadas. H propostas de clculo mental e de estimativas, sem nfase em regras.

    Geometria

    No volume do 1 ano, percebe-se um trabalho diversificado deste campo, em atividades que envolvem observao, identificao e classificao de figuras geomtricas planas e espaciais. No entanto, no so feitos aprofundamentos satisfatrios nos anos seguintes. Alm disso, nos dois ltimos volumes, h poucas propostas interessantes de manuseio e experimentao com figuras geomtricas, o que dificulta a aprendizagem significativa.

    Grandezas e medidas

    A abordagem feita de modo articulado com os contedos dos demais campos. So pro-postas atividades em que se discute a necessidade de adequar as unidades situao. Os concei-tos de massa, comprimento e capacidade so desenvolvidos em contextos do cotidiano do aluno. As grandezas tempo e temperatura so gradativamente discutidas, desde o 1 volume. Em geral, unidades no convencionais de medidas so apresentadas antes das convencionais.

    Tratamento da informao

    Este campo adequadamente desenvolvido. O trabalho com grficos e tabelas sempre acompanhado de atividades de leitura, interpretao ou construo, o que contribui para o apre-ndizado. Esses contedos so integrados aos dos demais campos, de modo interessante. As ideias de chance e de probabilidade so abordadas desde o 1 ano, mas h confuso no uso dos termos possibilidades, chance e probabilidade. Tampouco apropriada a classificao de acontecimen-tos em impossvel, possvel, provvel ou certo, no livro do 3 ano.

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    Metodologia de ensino e aprendizagem

    Os conceitos e os procedimentos so apresentados com base em atividades e problemas, sem a formalizao de definies. Seguem-se algumas sistematizaes, alm de outras atividades e pro-blemas para fixao e reviso. Ao professor cabe complementar a sistematizao dos conhecimentos.

    Materiais concretos diversificados so usados com frequncia. O material dourado apre-sentado no 2 ano e muito utilizado no trabalho com as operaes. O jogo um recurso presente, em especial no livro do 1 ano. Essas escolhas favorecem a experimentao, a confirmao de resultados e a atribuio de significados aos conceitos.

    Na obra, h contextualizaes apropriadas do contedo apresentado e so muito frequentes ativi-dades que propiciam um trabalho interdisciplinar, em particular com a lngua materna e com Artes.

    Linguagem e aspectos grfico-editoriais

    A linguagem utilizada adequada faixa etria. Em geral, a apresentao informal dos contedos e a formulao das instrues so claras e satisfatrias. So contemplados vrios tipos e gneros textuais. No livro 1, utilizam-se sempre letras maisculas. Nos trs volumes, em geral, os textos so curtos e as ilustraes auxiliam a sua compreenso. Eles so bem distribudos nas pginas, com destaque para a qualidade das fotos e das obras de artes reproduzidas.

    Manual do ProfessorO quadro a seguir traz uma sntese da avaliao do Manual:

    Aspectos destacados Avaliao

    Fundamentos tericos Apoiam-se basicamente nos Parmetros Curriculares Nacionais e no documento Ensino fundamental de nove anos, ambos publicados pelo MEC.Orientaes para

    uso do livroH comentrios significativos sobre a organizao e a melhor forma de usar o Livro do Aluno.

    Sugestes de atividades complementares

    Existem e enriquecem o trabalho com os contedos, especialmente no li-vro do 1 ano.

    Resoluo das atividades Somente so fornecidas as respostas para as atividades. Algumas vezes, h comentrios sobre seus objetivos.

    Orientaes para avaliao So dados subsdios para a reflexo sobre a importncia deste tema e sug-estes de como aproveitar atividades do Livro do Aluno para diagnsticos. Indicaes para

    formao do professorH boas sugestes de leituras e outras referncias para o trabalho em sala de aula e para a atualizao docente.

    EM SALA DE AULA Em geral, os conceitos e procedimentos so apresentados de modo informal nas atividades

    da coleo. Assim, importante que o docente fique atento s concepes das crianas sobre as noes matemticas envolvidas na resoluo dessas atividades. Sugere-se tambm que ele faa as sistematizaes dos conhecimentos, nos momentos em que julgar pertinente.

    Recomenda-se a leitura atenta do Manual do Professor, pois muitas observaes nele contidas au-xiliam na elaborao dos planos de aulas e ampliam as possibilidades de aproveitamento das atividades.

    No trabalho com a geometria, ser importante assegurar o acesso a materiais de manuseio, alm daqueles disponveis nos Cadernos de recortes.

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    www.ftd.com.br/pnld2013/aconquistadamatematicaalfabetizacaomatematicanovaedicao

    VISO GERALNo livro do primeiro ano, os contedos so apresentados por meio de atividades em que

    a participao dos alunos incentivada. Nos anos seguintes, a abordagem mais diretiva. So feitas breves explanaes dos contedos, acompanhadas de exemplos e seguidas por ativida-des que devem ser resolvidas pelos alunos por meio da aplicao do que foi ensinado. Na obra, procuram-se retomar os conhecimentos prvios dos alunos e os conceitos e procedimentos so abordados e retrabalhados sucessivamente, o que positivo. Porm, algumas vezes, h repeti-es dispensveis.

    O aspecto grfico da coleo adequado faixa etria a que se destina. O uso de pequenos textos informativos, cantigas, poemas e enigmas, adequados aos momentos de aprendizagem, podem incentivar o aluno leitura.

    DESCRIO DA COLEOO livro do 1 ano dividido em captulos, dedicados a tpicos dos campos da matemtica

    escolar e compostos por sequncias de atividades. Para dilogo com o leitor, recorre-se a um con-junto de personagens infantis. Os captulos incluem, tambm, as sees Agora com voc e Assim tambm se aprende. Os volumes 2 e 3 so organizados em unidades, subdivididas em captulos. As unidades comeam com histrias em quadrinhos, que retratam situaes do cotidiano refe-rentes ao contedo a ser estudado, seguidas da seo Explorando, destinada ao levantamento do conhecimento prvio dos alunos. Ao longo dos captulos, encontram-se as sees Vamos resolver, Assim tambm se aprende, e os quadros Curiosidades, Desafios e Interdisciplinaridade. Os livros do 2 e 3 anos trazem, tambm, a seo Falando de..., com projetos anuais sobre os temas: Falando de voc (2 ano); Falando de higiene e sade (3 ano). No final dos volumes, h sugestes de leitura para o aluno, bibliografia da obra e peas para recortar, alm de um glossrio, presente nos livros do 2 e 3 anos.

    A CONQUISTA DA MATEMTICA

    ALFABETIzAO MATEMTICA

    25202COL32Jos Ruy Giovanni Jr.

    Editora FTD

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    Na coleo so trabalhados os seguintes contedos:

    1 ano 20 captulos 208 pp.1 Localizao2 Noes de grandezas: comparao3 Noes de posio: posies relativas4 Direo e sentido5 Slidos geomtricos: cubo, paraleleppedo, pirmide, prisma, cilindro, esfera, cone6 Figuras geomtricas planas: retngulo, quadrado, crculo, tringulo7 Sequncias geomtricas e temporais8 Classificaes de objetos e de seres vivos9 Smbolos e cdigos do cotidiano deslocamentos no plano smbolos e cdigos10 Nmeros: comparao de quantidades de 0 a 9, sequncia numrica de 0 a 911. Sequncias de nmeros de 0 a 9, antecessor e sucessor12. Nmeros ordinais13. Operaes: ideias da adio 14 Operaes: ideias da subtrao15. Nmeros: dezenas, sequncia numrica de 0 a 4916. Tabelas e grficos17. Comprimento 18. Massa19. Capacidade20. Tempo

    2 ano 10 unidades 304 pp.

    1 Nmeros: registro grficos e tabelas zero, contagem padres geomtricos comprimento nmeros: sequncia de 0 a 9, ordinais

    2 Adio: ideias, com 3 ou mais nmeros; subtrao: ideias3 Slidos geomtricos; figuras geomtricas planas

    4 Sistema de numerao decimal: unidade, dezena; adio de nmeros at 10; contagem de 10 em 10; adio e subtrao de dezenas exatas; nmeros at 99

    5 Tempo: hora, semana, ms, ano tabela, grfico6 Adio e subtrao: ideias, algoritmo valor monetrio tabela e grfico 7 Multiplicao: ideias, por 2, dobro, por 3, triplo, por 4, por 5; diviso: ideias, metade, dzia8 Operaes fundamentais grficos e tabelas9 Linhas: retas, curvas, abertas e fechadas10 Comprimento: medidas no padronizadas, centmetro; massa: quilograma; capacidade: litro

    3 ano 9 unidades 288 pp.

    1 Nmeros: usos, naturais grfico dezenas, centenas grfico sucessor e antecessor; comparao de nme-ros, pares e mpares tabelas e grficos

    2 Grandezas: comprimento, massa, capacidade tabela3 Slidos geomtricos: face, aresta, vrtice; figuras geomtricas planas: lado, vrtice, reduo e ampliao, mosaicos4 Ideias das operaes: adio, subtrao, multiplicao, diviso tempo tabela5 Adio: algoritmo sem e com reagrupamento subtrao: algoritmo sem e com reagrupamento grficos e tabelas6 Multiplicao: ideias, tabuadas de 2 a 9, por 10, algoritmo sem e com reagrupamento, por 1007 Diviso: ideias, algoritmo tabela e grfico diviso: exata e no exata, metade, tera parte 8 Operaes: adio, subtrao, multiplicao e diviso grfico e tabela9 Tempo

    ANLISE DA OBRASeleo e distribuio dos contedos

    Os contedos de nmeros e operaes ocupam pouco mais da metade das pginas dos livros nos dois primeiros volumes, o que satisfatrio. Contudo, no livro do 3 ano, esse espao aumenta, em detrimento dos demais campos. No volume 1, o tratamento da informao recebe pouca ateno. Por vezes, h concentrao do campo de nmeros e operaes em unidades mui-to longas, especialmente nos volumes 2 e 3.

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    Os contedos so abordados de modo intuitivo no 1 ano, sendo retomados, aprofundados e ampliados, nos dois volumes seguintes, o que adequado. Tambm apropriado que muitas das atividades propostas envolvam prticas usuais no mundo infantil e sejam o ponto de partida para a investigao dos conhecimentos prvios das crianas e para a retomada daqueles j estudados. No entanto, so frequentes atividades de um mesmo tipo, o que pode levar as crianas a se desinteres-sarem por sua resoluo, visto que elas no so desafiadas a descobrir novos aspectos dos conceitos.

    Abordagem dos contedos

    So detalhados a seguir, os contedos abordados nos diversos campos da matemtica escolar.

    Nmeros e operaes

    O estudo dos nmeros apoia-se na valorizao de seus usos sociais e ampliado a cada ano. No volume do 1 ano, so trabalhados os nmeros at 49 e as operaes de adio e de subtrao so exploradas sem reagrupamento e com registro horizontal. No 2 ano, chega-se at o nmero 99 e retomam-se os significados da adio e da subtrao, com base nos seus algorit-mos convencionais, sem reagrupamento. As ideias da multiplicao e da diviso so trabalhadas, apropriadamente, nos 2 e 3 anos. No volume 3, o estudo dos nmeros avana at 999, e so explorados os algoritmos com reagrupamentos. De modo geral, o trabalho com nmeros e ope-raes conduzido de maneira satisfatria nos livros. No entanto, algumas vezes utiliza-se o sinal de igualdade numrica em atividades de estimativa, o que no apropriado.

    Geometria

    No 1 ano, so abordados os slidos geomtricos e as figuras planas, por meio de comparaes com objetos do mundo fsico, o que positivo. As noes de localizao so, adequadamente, trabal-hadas nesse volume. H variedade de atividades, que incluem as de visualizao, contagem, identifi-cao, classificao, construo, planificao e um trabalho com o estabelecimento da nomenclatura prpria da geometria. No entanto, o estudo do campo diminui a cada ano, o que no recomendvel. Os contedos de geometria so focalizados especificamente em apenas uma unidade dos volumes 2 e 3, diferentemente da distribuio adotada para os demais campos.

    Grandezas e medidas

    Nos trs volumes, trabalham-se as medidas de comprimento, massa, capacidade, tempo e temperatura. De modo adequado, valoriza-se o uso de unidades no padronizadas antes das convencionais, no 1 ano. Essa abordagem ampliada e aprofundada nos anos seguintes, com as unidades padronizadas. Em diversas atividades, nos volumes 2 e 3, focaliza-se, adequadamente, o valor monetrio.

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    Tratamento da informao

    O campo est presente em todos os volumes, com atividades que envolvem grficos, tabe-las simples e de dupla entrada. Porm, algumas ilustraes so, inadequadamente, chamadas de grficos. So propostas atividades de leitura, compreenso e construo de grficos e tabelas, em que se buscam articular os diferentes campos da matemtica escolar. H ainda, na coleo, pro-blemas simples que envolvem possibilidades. Sente-se falta de atividades que contribuam para a autonomia dos alunos na coleta e organizao de dados.

    Metodologia de ensino e aprendizagem

    A metodologia adotada no livro do 1 ano difere da que observada nos outros dois volumes. Nesse primeiro, os contedos so trabalhados com mais participao dos alunos, em atividades segui-das de alguma sistematizao. Nos volumes 2 e 3, ao contrrio, os contedos so explorados por meio de modelos, seguidos de atividades de aplicao. Estas, em geral, no so desafiadoras e se limitam a solicitar que o aluno aplique, repetidas vezes, conhecimentos j explanados.

    Recorre-se, com frequncia, a ilustraes de materiais concretos e, no Manual, orienta-se o profes-sor a promover o manuseio de peas desses materiais, o que adequado. Encontram-se diversas atividades de clculo mental e por estimativa, mas no so suficientemente aproveitadas para o efetivo desenvol-vimento de tais habilidades. As atividades de desafio so, em geral, parecidas com aquelas presentes no restante das atividades propostas e reduzido o nmero das que envolvem jogos.

    A abordagem dos contedos apoia-se em pequenos textos e em projetos que trazem con-textos baseados em situaes do cotidiano infantil ou de outras reas do conhecimento. Esses momentos favorecem a discusso de questes ligadas cidadania.

    Linguagem e aspectos grfico-editoriais

    At o captulo 10, do livro do 1 ano, os textos so escritos com letras maisculas. A linguagem adequada e clara, tanto nas informaes quanto nas atividades propostas. A variedade textual apre-sentada incentiva a leitura e as ilustraes contribuem para a compreenso das atividades propostas. A linguagem matemtica usada sem exageros, com boa articulao entre diferentes representaes.

    Manual do ProfessorO quadro a seguir traz uma sntese da avaliao do Manual:

    Aspectos destacados Avaliao

    Fundamentos tericosNo Manual relativo ao 1. ano, discutem-se questes especficas sobre a alfabetiza-o matemtica. Nos trs volumes, encontram-se propostas metodolgicas atuais para o ensino e aprendizagem e, tambm, os pressupostos tericos da coleo.

    Orientaes para uso do livro

    Apresentam-se a estrutura geral da coleo e os objetivos de cada seo. Alm disso, h uma proposta de planejamento para o trabalho docente. Sistematicamente so fornecidas sugestes e complementaes a serem feitas pelo professor, referentes a atividades presentes no Livro do Aluno.

    Sugestes de atividades complementares

    So oferecidas atividades extras para cada unidade, que complementam e enriquecem a abordagem.

    Resoluo das atividades So dadas apenas as respostas das atividades e comentrios gerais sobre o contedo de cada captulo. No so apresentadas resolues.

    Orientaes para avaliao H um texto com ideias atuais para reflexo sobre o tema. Mas so aborda-dos somente aspectos gerais.Indicaes para

    formao do professorApresentam-se textos de apoio e sugestes de livros, revistas e endereos de sites para consulta.

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    EM SALA DE AULARecomenda-se que o professor d mais oportunidade para o aluno in-vestigar e experi-

    mentar diferentes estratgias de resoluo. Para tanto, ser necessrio planejar atividades que favoream maior participao das crianas em sua aprendizagem, em especial, no 2 e no 3 anos.

    Sugere-se, igualmente, a elaborao de mais atividades que explorem o uso de materiais concretos, em todos os campos de contedos dos trs livros. importante, tambm, ampliar o trabalho com os campos da geometria e do tratamento da informao. As atividades comple-mentares, propostas no Manual do Professor, podem auxiliar o docente nessa tarefa.

    Em alguns tpicos do 2 e 3 volumes, h excessiva retomada de con-tedos j trabalhados anteriormente, com muitas atividades parecidas s j rea-lizadas. Sugere-se ao professor que ve-rifique, cuidadosamente, a necessidade de tais repeties.

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    1 ano 2 Edio 20112 ano 3 Edio 20113 ano 1 Edio 2011

    www.scipione.com.br/pnld2013/aescolaenossa

    VISO GERALO desenvolvimento dos tpicos inicia-se com a proposta de atividades e, a partir destas,

    chega-se sistematizao dos contedos que, muitas vezes, deixada a cargo do professor. O tratamento da informao pouco valorizado e o aluno, raramente, tem oportunidades de inter-pretar ou de construir grficos.

    Na coleo, valoriza-se a interao entre as crianas, com propostas de atividades que pro-piciam o trabalho em equipe e as reflexes em grupo, algumas vezes, por meio da realizao de jogos. Mesmo assim, a tendncia a de direcionar o trabalho do aluno. Predominam os exerccios em que os procedimentos simples so utilizados diretamente e, que, na sua maioria, no favo-recem os processos de investigao. Em geral, o aluno no incentivado a questionar a soluo encontrada ou a perceber outras solues para um problema.

    O Manual do Professor um bom guia de orientaes para o trabalho docente.

    DESCRIO DA COLEOOs livros organizam-se em unidades, divididas em tpicos, e incluem as sees: bom saber;

    Mos obra; Minhas ideias, nossas ideias; Um passeio pela histria; Para conversar e Jogo. Algumas atividades trazem cones que indicam aos alunos que eles devem desenhar e pintar, interpretar grficos ou tabelas, resolver questes voltadas construo da cidadania e discusso de temas relacionados ao meio ambiente, sade e arte ou, ainda, fazer uso da calculadora.

    No final, os livros incluem anexos com moldes de jogos, fichas e outros materiais de manu-seio, que devem ser recortados e construdos.

    A ESCOLA NOSSA ALFABETIzAO

    MATEMTICA

    25204COL32Fbio Vieira dos SantosJackson da Silva RibeiroKarina Alessandra Pessa da Silva

    Editora Scipione

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    Na coleo so trabalhados os seguintes contedos:

    1 ano 15 unidades 200 pp.1 Comparao de grandezas, posies relativas2 Contagem, comparao de quantidades3 Nmeros de 1 a 9: maior, menor, igual; sequncias numricas4 O nmero zero5 O nmero 106 Ordinais do 1 ao 107 Adio com total at 108 Subtrao com nmeros at 109 Valor monetrio: cdulas, moedas10 Slidos geomtricos: formas, vistas

    11 Figuras geomtricas planas: tringulo, retngulo, quadrado, crculo; simetria; linhas retas, linhas curvas, curvas abertas e fechadas12 Nmeros: de 0 a 19, dzia13 Nmeros: de 20 a 50, dezenas e unidades

    14 Tempo: hora, dias da semana; comprimento: passo, centmetro, instrumentos de medida; capacidade: litro; massa: quilograma15 Localizao e caminhos: malha quadriculada

    2 ano 17 unidades 296 pp.1 Nmeros: contagem, de 0 a 19, comparao, ordinais2 Slidos geomtricos: cubo, paraleleppedo, esfera, cilindro; vistas3 Adio: com resultado at 10, com trs parcelas; com resultado at 19 grfico de colunas4 Subtrao: com nmeros at 10, com nmeros at 195 Figuras geomtricas planas: tringulo, quadrado, crculo, vrtices, contornos de figuras6 Sistema de numerao decimal: agrupamento de 10 em 10, nmeros de 0 a 99, o nmero 100, par e mpar7 Tempo: calendrio, dias da semana, horas exatas, relgios8 Adio: com nmeros at 99, com trs parcelas9 Valor monetrio10 Multiplicao: com multiplicador at 5, dobro, triplo11 Comprimento: ps, centmetros12 Tabelas, grficos de colunas, coleta de dados, possibilidades13 Subtrao com nmeros at 9914 Diviso: com divisor at 5, metade, meia dzia15 Localizao e deslocamentos16 Capacidade: litro17 Massa: comparao, quilograma

    3 ano 20 unidades 320 pp.1 Nmeros: usos, nmeros de 0 a 99, centena, par e mpar, comparao, antecessor e sucessor2 Slidos geomtricos: planificao, faces, arestas, vrtices; vistas3 Adio: com total at 20, com total at 99, algoritmo convencional com reagrupamento4 Subtrao: com nmeros at 20, com nmeros at 99, algoritmo convencional com reagrupamento5 Tempo: dia, semana, calendrio, ano, hora, minuto6 Multiplicao: tabuadas do 2 ao 10, multiplicando por 07 Diviso: metade, termos, algoritmo das subtraes sucessivas, algoritmo convencional, diviso exata e no exata8 Figuras geomtricas planas: lados, vrtices, quadrado, retngulo, tringulo, crculo9 Sistema de numerao decimal: nmeros de 0 a 999, decomposio, ordenao10 Valor monetrio: cdulas e moedas do real11 Adio: adio com total at 999, algoritmo com reagrupamento 12 Subtrao com nmeros at 999, algoritmo com reagrupamento13 Comprimento: centmetro, metro, ideia de permetro14 Multiplicao: com nmeros at 999, algoritmo com reagrupamento, com nmeros terminados em zero15 Diviso: com nmeros at 99, com nmeros at 99916 Massa: comparao, grama, quilograma17 Tabelas; grficos de barras18 Simetria: figuras simtricas, eixo de simetria19 Localizao e deslocamentos: caminhos, coordenadas20 Capacidade: comparao, litro

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    ANLISE DA OBRASeleo e distribuio dos contedos

    Na coleo, privilegia-se alm do recomendvel, em especial no volume 2, o campo de nmero e operaes. O tratamento da informao est praticamente ausente no livro do 1 ano e pouco estudado nos demais. Em cada volume, retomam-se os contedos do ano anterior, porm a abordagem feita de forma compartimentada e com pouca ampliao e aprofundamento. Os campos de contedos so trabalhados de maneira independente, com poucas articulaes entre si.

    Abordagem dos contedos

    Os contedos nos diversos campos da matemtica escolar so analisados a seguir.

    Nmeros e operaes

    Os nmeros at 50 so apresentados no livro do 1 ano, por meio de atividades de con-tagem, e retomados no 2 volume, ampliando-se at o nmero 100. No 3 ano, so trabalhados nmeros at 1000. Adota-se, assim, uma abordagem por etapas bem delimitadas, o que pode no corresponder ao ritmo de aprendizagem das crianas. So exploradas, adequadamente, as diferentes ideias associadas s quatro operaes e apresentam-se os algoritmos convencionais, inclusive aqueles com reagrupamento. A articulao deste campo com o valor monetrio feita de modo apropriado, em particular na abordagem dos decimais. Clculos simples so contextua-lizados em situaes que envolvem a contagem de dinheiro e as verificaes sobre a possibilida-de de comprar ou no um produto com determinada quantia.

    Geometria

    Em cada um dos volumes da coleo encontram-se trs unidades dedicadas a este campo, que seguem a mesma ordem: slidos geomtricos; figuras planas; localizao; e des-locamentos. Exploram-se o reconhecimento de algumas figuras geomtricas planas e espa-ciais, seus elementos, noes de localizao, de vistas e de simetrias, o que pode favorecer a compreenso dos conceitos. No 3 ano, o trabalho com localizao no plano articulado com o estudo de coordenadas, o que pode preparar os alunos para estudos futuros. No mesmo li-vro, encontram-se outras atividades interessantes para as crianas. o caso das que abordam padres em mosaicos e pedem o uso de materiais de manuseio. Nem sempre os contedos so retomados com aprofundamento e ampliao.

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    Grandezas e medidas

    As ideias iniciais sobre este campo aparecem, adequadamente, desde o 1 ano, em atividades de comparao de grandezas, nas quais no preciso medir. Nos volumes do 2 e do 3 anos, so apresentadas trechos da obra em que se abordam medidas associadas s grandezas tempo, comprimento, capacidade e massa. Em algumas atividades exploram-se, de modo adequado, diferentes unidades de medidas no padronizadas. Acertadamente, o trabalho com o sistema internacional de medidas feito gradativamente ao longo da coleo e, de modo mais abrangente, no 3 volume.

    Tratamento da informao

    Este campo o menos explorado na coleo. No volume do 1 ano, h muito poucas atividades e, nos dois anos seguintes, elas aparecem concentradas em uma nica unida-de, intituladas Tabelas e grficos. No livro do 2 ano so abordados apenas os grficos de coluna, enquanto o do 3 inclui, tambm, grficos de barras. As atividades em que os alunos so solicitados a construir grficos e a preencher tabelas so pertinentes. No entanto, como so escassas e pouco variadas, no permitem a apropriao adequada dos conceitos envolvidos.

    Metodologia de ensino e aprendizagem

    A obra caracteriza-se por apresentar sequncias de atividades para os estudantes realiza-rem, deixando-se a sistematizao dos contedos, quase sempre, a cargo do professor. Algumas atividades que introduzem os tpicos podem instigar boas discusses sobre os temas a serem abordados. Essa estratgia contribui para o levantamento de conhecimentos prvios e para que os objetivos de aprendizagem propostos sejam alcanados.

    As atividades so bastante diretivas, mas h um nmero significativo de desafios, em sua maioria, restritas ao campo de nmeros e operaes. So trabalhadas, ainda, situaes que en-volvem estimativas, contagens e tambm medidas de tempo, massa e volume. O clculo mental valorizado, mas as atividades nem sempre contribuem para que os alunos construam suas pr-prias estratgias, como desejado.

    A coleo traz encartes de diversos materiais concretos. Entretanto, na maioria das vezes, h falta de incentivo ao aluno para o manuseio desse material. A interao entre as crianas promovida, especialmente, por meio dos jogos, alguns dos quais so bastante adequados ao tema em estudo.

    Algumas atividades requerem o uso da calculadora, mas somente para a verificao de cl-culos ou para que os alunos aprendam a manej-la corretamente. As sees Minhas ideias, nossas ideias contribuem para a formao da cidadania, com a proposta de temas para discusso que incentivam o desenvolvimento do senso crtico.

    Linguagem e aspectos grfico-editoriais

    A linguagem adotada na obra adequada faixa etria a que se destina. As ilustraes so de boa qualidade e pertinentes aos contextos escolhidos. So usados diferentes tipos e gneros de textos, que incluem poemas, fotos, desenhos, histrias em quadrinhos, entre outros. No volu-me do 1 ano, os textos so, acertadamente, curtos e escritos em letras maisculas.

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    Manual do ProfessorO quadro a seguir traz uma sntese da avaliao do Manual:

    Aspectos destacados Avaliao

    Fundamentos tericosH textos sobre o ensino de Matemtica, o ensino fundamental de nove anos, planejamento do trabalho pedaggico e outros que podem contri-buir para a reflexo do professor.

    Orientaes para uso do livro

    Apresentam-se a estrutura geral da coleo e o que tratado em cada unidade. Tambm so fornecidas boas sugestes para auxiliar o planeja-mento do trabalho do docente. Entretanto, nem todos os cones usados no Livro do Aluno so mencionados no Manual.

    Sugestes de atividades complementares

    Existem para cada uma das unidades, nos trs volumes.

    Resoluo das atividades Em geral, so apresentadas apenas as respostas das atividades.Orientaes para avaliao H um texto com ideias interessantes e atuais para reflexo sobre o tema.

    Indicaes para formao do professor

    A obra inclui textos de apoio e sugesto de livros, revistas e endereos de sites para consulta.

    EM SALA DE AULAA leitura do Manual orienta, satisfatoriamente, a explorao dos diferentes significados de

    um mesmo conceito, como o caso das operaes fundamentais. Por isso, ela de muita valia para o professor.

    Dada a excessiva valorizao de algoritmos e procedimentos nas ativida-des propostas, recomenda-se que o docente programe e oriente os alunos a usa-rem estratgias prprias, incen-tivando-os a compar-las com as consagradas no ensino e a tirar concluses.

    Ser necessrio complementar o trabalho da coleo nos campos da ge-ometria e do tra-tamento da informao, com a elaborao de atividades que promovam a integrao entre con-tedos dos diversos campos.

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    4 Edio 2011

    http://www.editorasaraiva.com.br/pnld2013/projeto_prosa_alfabetizacao_matematica_1_3.html

    VISO GERAL Em geral, a coleo aborda os contedos por meio de um contexto inicial a ser explorado

    pelos alunos, seguido de atividades de aprofundamento e de fixao e aplicados na resoluo de problemas. De forma adequada, os conceitos e procedimentos dos quatro campos da matemti-ca escolar so abordados e retomados posteriormente.

    Atividades de observao, explorao e investigao so trabalhadas acertadamente. O re-gistro de ideias e procedimentos incentivado durante a resoluo de problemas, especialmente no campo dos nmeros e operaes. O clculo mental e as estimativas esto presentes na obra, mas o uso da calculadora raramente sugerido.

    O Manual do Professor claro e traz orientaes significativas para o trabalho em sala de aula.

    DESCRIO DA COLEOCada volume formado por oito unidades, organizadas em torno de um tema e compostas

    por uma pgina de abertura, que inclui o quadro intitulado Imagem e Contexto, Tal quadro con-tm questes para observao e reflexo sobre o tema a ser tratado, completadas por uma se-quncia de atividades. As unidades contm as sees: Pginas de contedo; Gente que faz!; O que Estudamos na unidade; Avanando nas aprendizagens; Rede de ideias; e Voc sabia? As unidades trazem, ainda, quadros, que oferecem textos complementares. Em algumas delas, encontra-se a seo Convivncia, que apresenta temas transversais relacionados formao cidad. No final dos livros, h um glossrio e mais uma seo, Ampliando horizontes, com sugestes de livros e de sites para consulta, alm de encartes com Material complementar.

    PROJETO PROSA

    25220COL32Daniela Maria Figueiredo PadovanIsabel Cristina Ferreira GuerraIvonildes dos Santos Milan

    Saraiva Livreiros Editores

  • Gui

    a de

    Liv

    ros

    Did

    tic

    os P

    NLD

    201

    3

    38

    A coleo trabalha os seguintes contedos:

    1 ano 08 unidades 248 pp.1 Nmeros: de 0 a 9 localizao espacial2 Nmeros: at 10, contagem, correspondncia, comparao; ideias das operaes grficos de colunas e tabelas3 Tempo: calendrio, datas, idade nmeros: ordenao, ordinais, sequncia numrica, at 40; ideias das operaes

    4 Slidos geomtricos comprimento: unidades no convencionais, centmetro, fita mtrica valor monetrio: