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Guildas Root (1967): - um grupo de espécies que explora um recurso comum de forma semelhante um nível trófico pode ter várias guildas . espécies de beija-flor que usam néctar - guildas não são unidades taxonômicas; formigas, roedores e pássaros que comem sementes, por exemplo, pertencem à uma mesma guilda.

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GuildasRoot (1967):- um grupo de espécies que explora um recurso comum de forma semelhante

- um nível trófico pode ter várias guildas

Ex. espécies de beija-flor que usam néctar

- guildas não são unidades taxonômicas; formigas, roedores e pássaros que comem sementes, por exemplo, pertencem à uma mesma guilda.

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• implicações do termo guilda:

- dentro de uma mesma guilda, teoricamente espécies podem substituir outras, realizando o mesmo papel funcional

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5 espécies de insetos perfuradores de Spartina

Stiling (2002)

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Adaptação na forma e posição da boca de três espécies de peixes comedores de fundo -

bentófagos (Fugi, 1993)

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Espécie chave

R. Paine (1966, 1969):- são as espécies (normalmente de níveis tróficos superiores) cuja atividade determina a estrutura da comunidade

- sua abundância é pequena, sendo desproporcional aos efeitos que ela provoca.

- Experimentos de remoção: proporcionam a melhor forma de reconhecer uma espécie chave- Estudos observacionais: ajudam a identificar espécies chave

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Indo um pouco mais fundo...

A definição de Keystone (que traduzimos como “espécie chave”) segundo Robert Langdon, personagem de “O Código Da Vinci”, de Dan Brown.

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A origem do termo “espécie chave”.

“Toda arcada precisa ter no alto uma pedra central em forma de cunha que mantém as outras peças bem unidas e sustenta todo o peso. Essa pedra, na arquitetura, é a chave da abóbada. Em inglês, é chamada keystone, ou pedra-chave.”

Robert Landgon, personagem do livro “O Código Da Vinci” (Dan Brown)

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Pisaster: um exemplo clássico de espécie chave; sua remoção implicou na extinção local de 7 espécies

Stiling (2002)Effect of removal of top predator on total species number in intertidal ecosystem

© 2010 Nature Education All rights reserved.

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Experimento com exclusão do predador de topo Pisaster (Dodson, 1998)

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Essa definição foi inicialmente aplicada para predadores, mas atualmente é aceito que espécies-chave podem ocorrer em qualquer nível trófico (Townsend et al, 2006)

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Elefante: outro exemplo de espécie chave; a herbivoria mantem a

comunidade de savana vários ungulados que se alimentam de gramíneas são

beneficiados

Krebs (2001)

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Traira: possivelmente uma espécie chave de nossas águas

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Considerações importantes acerca de espécie-chave:

• Podem ser raras na natureza ou podem ser comuns mas pouco reconhecidas (talvez mais comuns em ecossistemas aquáticos);• Conservacionistas e manejadores ambientais devem se preocupar com espécies comuns, mas também raras.

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http://www.fbgartgallery.com/Artist/Milbie%20Benge/MBenge_BeaverPond_16x20_5643.jpg

http://ci.marysville.wa.us/PublicWorks/swm/docs/beaver_files/Beaver%20Pic.jpg

Na ausência do castor, pode haver perda de espécies de peixes, aves aquáticas e árvores adaptadas à alagamento

Espécie engenheira: sua atividade afeta profundamente a estrutura do habitat

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Espécies dominantes

- Podem exercer grande controle sobre a estrutura da comunidade, mas são reconhecidas pela elevada abundância numérica ou em biomassa

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Espécie chave versus espécie dominante

Stiling (2012)

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Exemplo de espécie dominante: Eichhornia azurea (planície do rio Paraná)

Biomassa: E. azurea – 730 gPS/m2

S. minima – 25 gPS/m2

S. auriculata – 9 gPS/m2

R. natans – 6 gPS/m2

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al.

(201

1)

Efeito da espécie dominante Eichhornia azurea sobre a S de macrófitas

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PRODUÇÃO PRIMÁRIA

Um dos enfoques em Ecologia:Considerar os ecossistemas como máquinas que processam energia e materiaisAutótrofos:Utilizam energia solar (em sua maioria) e materiais de fontes inorgânicas

Heterótrofos:Utilizam energia e materiais da matéria orgânica (outros organismos)

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Medidas úteis em nível de ecossistema:Biomassa:Peso dos organismos por unidade de área ou volume

Produção (ou produtividade):Refere-se à rapidez com que uma comunidade (ou uma população ou organismo) sintetiza biomassa

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Biomassa vs produção

Krebs (2001)

Entrada Entrada

Saída Saída

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Biomassa:

Matéria orgânica (ou C) / área (ou volume)

Produtividade:

Matéria orgânica (ou C) / área (ou volume)/ Δt

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Tapetes de algas:

biomassa reduzida mas com produtividade algumas vezes comparável a de florestas

Florestas:

elevada biomassa

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Representação geral do fluxo de energia (vermelho) e ciclo de matéria (azul)

Krebs (2001)

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Esses enfoques reduzem a diversidade das comunidades a uma simples unidade:carbono ou energia

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Produção primária bruta:energia ou carbono fixado pela fotossíntese por unidade de tempo

Produção primária líquida:energia ou carbono fixado pela fotossíntese menos energia perdida por respiração por unidade de tempo

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Métodos de mensuração:

Vegetais superiores:Método da coleta de biomassa (“harvest”):

B = B2 – B1

B = mudança na biomassa entre t1 e t2;

B1 = biomassa no tempo 1;

B2 = biomassa no tempo 2;

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Vegetais superiores:Produção primária líquida (PPL):

PPL = B + M + C

Duas fontes de perdas devem ser consideradas nos cálculos:M = biomassa perdida por mortalidade;C = biomassa perdida para o consumo de herbívoros.

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Métodos de mensuração:Comunidades aquáticas (plâncton, algas aderidas, macrófitas submersas):Técnicas que avaliam mudanças nas concentrações de oxigênio dissolvido

6 CO2 + 6 H2O C6H1206 + 6O2

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Incubações de amostras em frascos claros e escuros: - um aumento nas concentrações de O2 é constatado nos frascos claros (proporcional à taxa fotossintética)- um decréscimo das concentrações de O2 é constatado nos frascos escuros (proporcional à taxa de respiração)

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Kazuhito, ICHIISchool of Forestry, University of Montana(staying at NASA Ames Research Center)

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Produção primária das diferentes comunidades da biosfera

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Fatores limitantes da produção primária

Comunidades marinhas:

Luz: limita a produtividade primária aquática

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A maior parte da PP ocorre na zona eufótica (camada superficial da coluna de água onde chega mais de 1% da radiação solar)

Krebs (2001)

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Porém, uma análise da distribuição global da PP no oceanos demonstra baixos valores nos

trópicos

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Nutrientes são os principais limitantes da PP nos oceanos

Krebs (2001)

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Análise de vários experimentos demonstrou a importância do N e Fe

como limitantesKrebs (2001)

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Áreas de ressurgência são as mais produtivas; nessas áreas, os nutrientes das camadas profundas são trazidos à

superfícieOcorrem na Antártica, costa do Perú e Califórnia

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Comunidades de águas continentais:Luz: também é um importante fator

limitanteJuntamente com a luz, a temperatura também afeta a PP (esse fator atua em escalas globais)

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A eutrofização provoca o “auto-sombremanto” do fitoplâncton e mudanças nos perfis verticais da PP

fitoplanctônica

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Perfis verticais da PP fitoplanctônica

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Papel dos nutrientes: Começou a ser desvendado na década de 70Adição de nutrientes através de esgotos mudou a biota de vários lagos:

- domínio de diatomáceas e clorofíceas mudou para cianofíceas

- eutrofização

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Experimento clássico (Schindler & Fee, 1974):- fertilização de dois lagos: N+P+C vs N+C

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Fósforo: principal limitante do fitoplâncton em regiões tropicais-subtropicais

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Carbono inorgânico: pode limitar o crescimento das macrófitas submersas

100 500

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0 .004

0 .006

RGR

(d-1

)

b

Freitas & Thomaz (submetido)

E. najasE. najas E. densaE. densa

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Comunidades terrestres:Temperatura: muito mais variável em ecossistemas terrestres do que nos aquáticosPor exemplo, observem a PP em

junho......e em dezembro.

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Evapotranspiração: utilizada para predizer a PP de comunidades terrestres (Rosenzweig, 1968)

Reflete a água água bombeada para a

atmosfera pela evaporação + transpiração

É uma medida da radiação solar, temperatura e

chuva

Krebs (2001)

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Capacidade de retenção de água no solo e nutrientes: exercem efeitos secundários sobre a PP de comunidades terrestres

Nessa comunidade de gramíneas, o N é o principal fator limitante; quando N é adicionado, P torna-se o limitante

Krebs (2001)

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Controle ascendente versus controle descendente em teias alimentares

Predadores (ou herbívoros) podem deprimir as populações de suas presas

(ou plantas)

Esses efeitos podem ser refletir sobre um nível trófico inteiro

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