28
Qualidade no Ambiente Hospitalar Gurus da Qualidade Profª. Es. Rúbia Soraya Rabello

Gurus da Qualidade

Embed Size (px)

Citation preview

Qualidade no Ambiente Hospitalar

Gurus da Qualidade

Profª. Es. Rúbia Soraya Rabello

Gurus

2

Walter A. Shewhart (1891 – 1967) Engenheiro

Um dos seus grandes méritos foi reunir com sucesso as disciplinas de estatística,

engenharia e economia, tornando-se conhecido como o pai do controle de qualidade

moderno.

Suas principais contribuições à teoria da qualidade estão relacionadas ao Controle

Estatístico do Processo e as Cartas de Controle.

Gurus

3

William Edwards Deming (1900-1993) - Estatístico

Deming teve papel fundamental no desenvolvimento da teoria da gestão da

qualidade. Sua principal contribuição foi o estabelecimento dos 14 pontos para

melhoria:

1) Criar constância de propósito de aperfeiçoamento do produto e serviço,

a fim de torná-los competitivos, perpetuá-los no mercado e

gerar empregos.

2) Adotar uma nova filosofia. Vivemos numa nova era econômica. A

administração ocidental deve despertar para o desafio, conscientizar-se

de suas responsabilidades e assumir a liderança em direção

à transformação.

Gurus

4

William Edwards Deming (1900-1993)

3) Acabar com a dependência de inspeção para a obtenção da qualidade.

Eliminar a necessidade de inspeção em massa, priorizando a internalização da

qualidade do produto.

4) Acabar com a prática de negócios compensador baseado apenas no preço. Ao

invés disso, minimizar o custo total. Insistir na ideia de um único fornecedor para

cada item, desenvolvendo relacionamentos duradouros, calcados na qualidade

e na confiança.

5) Aperfeiçoar constante e continuamente todo o processo de planejamento,

produção e serviços, com o objetivo de aumentar a qualidade e a produtividade e,

consequentemente, reduzir os custos.

6) Fornecer treinamento no local de trabalho.

7) Adotar e estabelecer liderança. O objetivo da liderança é ajudar as pessoas a

realizar um trabalho melhor. Assim como a liderança dos trabalhadores, a

liderança empresarial necessita de uma completa reformulação.

Gurus

5

William Edwards Deming (1900-1993)

8) Eliminar o medo.

9) Quebrar as barreiras entre departamentos. Os colaboradores dos setores de

pesquisa, projetos, vendas, compras ou produção devem trabalhara em

equipe, tornando-se capazes de antecipar problemas que possam surgir durante a

produção ou durante a utilização dos produtos ou serviços.

10) Eliminar slogans, exortações e metas dirigidas aos empregados.

11) Eliminar padrões artificiais (cotas numéricas) para o chão de fábrica, a

administração por objetivos (APO) e a administração através de números

e metas numéricas.

12) Remover barreiras que despojem as pessoas de orgulho no trabalho. A

atenção dos supervisores deve voltar-se para a qualidade e não para números.

Remover as barreiras que usurpam dos colaboradores das áreas administrativas e de

planejamento/engenharia o justo direito de orgulhar-se do produto de seu trabalho.

Isso significa a abolição das avaliações de desempenho ou de mérito e da

administração por objetivos ou por números.

Gurus

6

Joseph Moses Juran (1904 – 2008) - Engenheiro

Juran define Qualidade como adequação ao uso. A palavra produto (bem

ou serviço) refere-se ao output de um processo e é necessário encontrar

o equilíbrio entre as características positivas do produto e a não existência

de deficiências no produto.

Essas características positivas não se referem a

componentes luxuosos, mas sim a características técnicas de

um produto que foi desenhado para corresponder às

necessidades dos clientes. As deficiências causam

problemas aos clientes e, portanto, provocam a sua

insatisfação.

Gurus

7

Joseph Moses Juran (1904 – 2008)

Para Juran, a gestão da Qualidade tem 3 pontos fundamentais, que

formam sua famosa trilogia:

• Planejamento da qualidade

• Melhoria da qualidade

• Controle da qualidade

Gurus

8

Joseph Moses Juran (1904 – 2008)

Planejamento da Qualidade

• Identificar os clientes,

• Determinar as suas necessidades,

• Criar características de produto que satisfaçam essas necessidades,

• Criar os processos capazes de satisfazer essas necessidades

• Transferir a liderança desses processos para o nível operacional.

Gurus

9

Joseph Moses Juran (1904 – 2008)

Melhoria da Qualidade

• Reconhecer as necessidades de melhoria,

• Transformar as oportunidades de melhoria em uma tarefa de todos,

• Criar um conselho para qualidade que selecione projetos de melhoria,

• Promover a formação em qualidade,

• Avaliar a progressão dos projetos,

• Premiar as equipes vencedoras,

• Divulgar os resultados,

• Rever os sistemas de recompensa para aumentar o nível de melhorias

• Incluir os objetivos de melhoria nos planos de negócio da empresa.

Gurus

10

Joseph Moses Juran (1904 – 2008)

Controle da Qualidade

• Avaliar o nível de desempenho atual,

• Comparar com os objetivos estabelecidos,

• Tomar medidas para reduzir a diferença entre o desempenho atual e

o previsto.

Gurus

11

Shigeo Shingo (1909 - 1990) - Engenheiro

Destacou-se no desenvolvimento do TPS (Toyota Production System) em

conjunto com Taiichi Ohno, concebeu e desenvolveu o SMED (Single Minute

Exchange of Die - Sistema de Troca Rápida de Ferramentas) e foi um dos

pioneiros no conceito de Poka Yoke (dispositivos que procuram evitar a

ocorrência de defeitos em processos de fabricação e/ou na utilização de

produtos) e Zero Quality Control (Controle da Qualidade Zero Defeito).

O TPS objetiva, principalmente, a eliminação de

desperdícios a partir de técnicas como produção em

pequenos lotes, redução de estoques, alto foco na

qualidade, manutenção preventiva, etc.

Já o SMED é uma metodologia que enfatiza a

separação e a transferência de elementos do setup

interno para o setup externo.

Gurus

12

Kaoru Ishikawa (1915 - 1989) - Engenheiro

Em conjunto com a JUSE (Union of Japanese Scientists and Engineers -

www.juse.or.jp/e/index.html), em 1962, Ishikawa introduziu o conceito de Círculo de

Controle da Qualidade (CCQ) e em 1982, o Diagrama de Causa-e-Efeito (espinha

de peixe), que teve o grande mérito de ser uma ferramenta extremamente simples e

facilmente utilizável por não-especialistas para analisar e resolver problemas da

qualidade.

O CCQ é um pequeno grupo voluntário de colaboradores

pertencentes ou não à mesma área de trabalho, treinados

da mesma maneira, com compreensão da mesma filosofia e os

mesmos objetivos, e que tentam melhorar o desempenho,

acabar com desperdício, aumentar a padronização, reduzir

custos, aumentar a eficiência, melhorar o atendimento à

satisfação do cliente, etc.

Gurus

13

Kaoru Ishikawa (1915 - 1989)

O Diagrama de Ishikawa tem como principal função descobrir as causas de

determinado problema à partir de seis eixos principais: matéria prima, método, meio

ambiente, medição, maquinário e mão-de-obra.

Gurus

14

Armand V. Feigenbaum (1922 - 2014) - Engenherio

Para Feigenbaum, a Qualidade é uma filosofia de gestão e um compromisso com

a excelência. Para ele a qualidade:

1 – Deve ser o único objetivo da organização (“entenda-se o principal”)

2 - É determinada pelos clientes;

3 - Pressupõe trabalho em grupo (círculos da qualidade);

4 - Exige o compromisso da alta administração; e

5 - Exige o empowerment (aumento da capacidade de decisão dos trabalhadores e

redução dos níveis hierárquicos).

Gurus

15

Armand V. Feigenbaum (1922)

Defende que a qualidade deve ser projetada e introjetada nos produtos, não

podendo ser obtida somente a partir da inspeção. Para amparar esta

exigência defende que a empresa desenvolva um Sistema de Gestão da

Qualidade (SGQ).

Define um Sistema de Qualidade Total como a combinação de toda estrutura

da organização, a partir de documentação formal e controlada, em prol da

produção com vistas assegurar a satisfação dos clientes e o controle de

custos.

Gurus

16

Armand V. Feigenbaum (1922)

O Sistema de Gestão da Qualidade deve ser estruturado e planejado e não

desenvolvido de forma casual. Os seus princípios devem incluir:

• Orientação ao cliente;

• Integração de atividades por toda a organização;

• Atribuições claras, tendo em vista a obtenção da qualidade;

• Atividades específicas para controle de fornecedores;

• Identificação dos equipamentos de qualidade;

• Conscientização de toda a organização;

• Ações corretivas eficazes;

• Controle contínuo do sistema; e

• Auditoria periódica.

Gurus

17

Armand V. Feigenbaum (1922)

Ainda propôs alguns outros procedimentos, que devem ser devidamente

documentados, para que se alcance a qualidade total:

1. Avaliação da qualidade antes do início da produção;

2. Planejamento da qualidade e do processo;

3. Planejamento, avaliação e controle da qualidade dos materiais adquiridos;

4. Avaliação e controle da qualidade do produto e do processo;

5. Realimentação da informação da qualidade;

6. Equipamento para a informação da qualidade;

7. Formação e orientação para a qualidade e desenvolvimento do pessoal;

8. Qualidade na assistência técnica;

9. Gestão da função controle da qualidade;

10. Estudos especiais sobre a qualidade.

Gurus

18

Genichi Taguchi (1924 - 2012) - Engenheiro

Em termos gerais, há quatro conceitos de qualidade pregados por Taguchi:

• A qualidade deve ser incorporada no produto desde o início e não através das

inspeções;

• Atinge-se melhor a qualidade minimizando os desvios em relação às metas;

• A qualidade não deve ser baseada no desempenho ou características do

produto;

• Os custos da qualidade devem ser medidos em função dos desvios do

desempenho do produto.

Gurus

19

Philip B. Crosby (1926 – 2001) - Engenheiro

A abordagem de Crosby baseia-se na prevenção.

A ideia de que os erros são inevitáveis é falsa. Compete aos gestores por

meio das suas atitude e práticas, desenvolver o compromisso com a prevenção

e eleger como objetivo principal da empresa a meta "zero defeito".

"Zero defeito" não significa que o produto tenha de ser perfeito, mas que todos

os colaboradores da organização estão comprometidos em produzir com

perfeição desde o primeiro processo, ou seja, é uma meta a ser

incessantemente perseguida.

Gurus

20

Philip B. Crosby (1926 – 2001)

Gurus

21

Philip B. Crosby (1926 – 2001)

Para Crosby qualidade significa conformidade com os requisitos. A qualidade

deve ser definida em termos quantitativos para ajudar a organização a agir com

base em metas tangíveis. Deve ser medida regularmente por meio dos custos

da qualidade.

Os 4 absolutos de Crosby

• A prevenção deve ser uma conduta generalizada, ou seja, estar em todos os

níveis da organização;

• Utilizar a metodologia dos custos da qualidade como ferramenta de gestão;

• O padrão "zero defeito" deve ser a filosofia de trabalho;

• A conformidade com as especificações deve ser a linguagem padronizada

em relação ao nível de qualidade que se pretende obter.

Custos da qualidade: soma dos custos envolvidos no processo para se

atingir os padrões de qualidade pré estabelecidos no projeto do produto ou

serviço

Gurus

22

Philip B. Crosby (1926 – 2001)

Os seis Cs de Crosby

• Compreensão do que significa Qualidade;

• Compromisso da alta administração, que é quem deve definir a

política de Qualidade;

• Competência, que é o resultado de um plano de formação e

implantação sistemática da qualidade;

• Comunicação, para que todos na organização adquiram a cultura da

qualidade;

• Correção, baseada na prevenção e desempenho; e

• Continuidade, que enfatiza o processo de melhoria da qualidade

como uma "forma de estar" da organização.

Gurus

23

Avedis Donabedian (1919 – 2000) – Médico

Avedis Donabedian desenvolveu um quadro conceitual fundamental para o

entendimento da avaliação de qualidade em saúde, a partir dos conceitos de

estrutura, processo e resultado, classicamente considerados uma tríade, que

corresponde às noções da Teoria Geral de Sistemas: input-process-output.

ESTRUTURA - recursos físicos, humanos, materiais e financeiros

necessários para a assistência médica. Inclui financiamento e

disponibilidade de mão-de-obra qualificada.

PROCESSO - atividades envolvendo profissionais de saúde e

pacientes, com base em padrões aceitos. A análise pode ser sob o

ponto de vista técnico e/ou administrativo.

RESULTADO - produto final da assistência prestada, considerando

saúde, satisfação de padrões e de expectativas.

Gurus

25

Avedis Donabedian (1919 – 2000)

Inicialmente, atribuiu três dimensões à qualidade: conhecimento técnico-

científico, relações interpessoais entre os profissionais e o paciente e

amenidades, isto é, condições de conforto e estética das instalações e

equipamentos no local onde a prestação ocorre.

Em outro modelo, Donabedian ampliou o conceito de qualidade, utilizando o que

chamou de "sete pilares da qualidade":

Eficácia

Efetividade

Eficiência

Otimização

Aceitabilidade

Legitimidade

Equidade

Gurus

26

Avedis Donabedian (1919 – 2000)

Os Sete Pilares da Qualidade segundo Donabedian

EFICÁCIA - capacidade de produzir melhorias na saúde e no bem-estar. Significa

o melhor que se pode fazer nas condições mais favoráveis, dado o estado do

paciente e mantidas constantes as demais circunstâncias. É o resultado do

cuidado obtido na melhor situação possível.

EFETIVIDADE - melhoria na saúde, alcançada ou alcançável nas condições

usuais da prática cotidiana. Ao definir e avaliar a qualidade, a efetividade pode ser

mais precisamente especificada como sendo o grau em que o cuidado, cuja

qualidade está sendo avaliada, alça-se ao nível de melhoria da saúde que os

estudos de eficácia têm estabelecido como alcançáveis. É o resultado do cuidado

obtido na situação real

EFICIÊNCIA - é a medida do custo com o qual uma dada melhoria na saúde é

alcançada. Se duas estratégias de cuidado são igualmente eficazes e efetivas, a

mais eficiente é a de menor custo.

Gurus

27

Avedis Donabedian (1919 – 2000)

OTIMIZAÇÃO - torna-se relevante à medida que os efeitos do cuidado da saúde não

são avaliados em forma absoluta, mas relativamente aos custos. Numa curva ideal, o

processo de adicionar benefícios pode ser tão desproporcional aos custos

acrescidos, que tais "adições" úteis perdem a razão de ser. É o cuidado relativo

quanto ao custo do ponto de vista do paciente;

ACEITABILIDADE - sinônimo de adaptação do cuidado aos desejos, expectativas e

valores dos pacientes e de suas famílias. Depende da efetividade, eficiência e

otimização, além da acessibilidade do cuidado, das características da relação

médico-paciente e das amenidades do cuidado.

LEGITIMIDADE - aceitabilidade do cuidado da forma em que é visto pela

comunidade ou sociedade em geral.

EQUIDADE - princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na

distribuição do cuidado e de seus benefícios entre os membros de uma população. A

equidade é parte daquilo que torna o cuidado aceitável para os indivíduos e legítimo

para a sociedade.

Obrigado