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O desafio de ser pai Aproveite ao máximo a sua Bike Preparamos uma série de exercícios e equipamentos para você não perder o fôlego enquanto pedala página 04 Eles assumem o papel de mãe, ficam com a guarda dos filhos e fazem o que podem para manter essa nova ordem familiar moderna Nada de engomadinho Agora a moda que vale é não se preocupar em arrumar o cabelo e usar roupas largas, bem largas página 15

H21 - Suplemento semanal para o homem contemporâneo

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O mundo mudou, as mulheres mudaram e, por consequência, os homens também tiveram que embarcar na onda da transformação. A H21 vai acompanhar o pensamento desses homens contemporâneos, ligados em outras coisas além de sexo, futebol e cerveja.

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Page 1: H21 - Suplemento semanal para o homem contemporâneo

O desafio de ser pai

Aproveite ao máximo a sua Bike

Preparamos uma série de exercícios e equipamentos

para você não perder o fôlego enquanto pedala

página 04

Eles assumem o papel de mãe, ficam com a guarda dos filhos e fazem o que podem para manter essa nova ordem familiar moderna

Nada de engomadinho

Agora a moda que vale é não se preocupar em arrumar o cabelo e usar

roupas largas, bem largaspágina 15

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O escritor Pedro Bandeira pensou no assunto e con-cluiu que a única maneira é ser autodidata

Nunca soube o que é isso de ter pai, pois, quando minha mãe enviuvou, ainda faltavam seis meses para eu nascer. Por isso, não tive, em minha formação, o tal exem-plo paterno, a tal figura masculina a imitar, o que levaria muitos psiquiatras a conjecturas acerca de lacunas insu-peráveis na consolidação da minha personalidade. Desse modo, passei para o desafio de ser pai sem o gostinho da presença e da influência de um pai. E como é que alguém aprende a ser pai? Acho que é do mesmo modo que se aprende a andar de bicicleta: montando na bicicleta, cain-do, ralando o joelho e levantando teimosamente, mesmo sabendo que continuaremos sujeitos a novas quedas.

Mas, enquanto febrinha e não parecia perder a paci-ência em sua árdua tarefa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assis o rosto ao vento... que delícia!

E o Rodrigo ajudou: dormia bem à noite, deixava a gente dormir, nunca foi um chorão, só teve uma ou outra febrinha e não parecia perder a paciência em sua árdua ta-refa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assim fomos crescendo juntos, ele para cima e eu por den-tro, aprendendo a nos compreender, a nos febrinha e não parecia perder a paciência em sua árdua tarefa de ensinar-

me como ser um pai pelo menos razoável. Assim fomos crescendo juntos, ele para cima e eu por dentro, aprenden-do a nos compreender, a nos desentender, a fazer as pazes e a lamber as feridas um do outro quando era necessário.

Ele era bem pequeno quando comecei a escrever his-tórias para crianças. Meu primeiro personagem de ficção, um menino imaginoso que queria possuir um dinossau-ro de estimação, levou o seu nome. Mais tarde, quando transformou-se em livro, o Rodrigo da história original virou Galileu, menino que acreditava em dinossauros domesticados como o verdadeiro Galileu acreditava no movimento da Terra. Não sei se foi isso que pude ensinar a ele, mas o Rodrigo continuou procurando o impossível pela vida afora, ainda hoje recusando-se a trilhar estradas já asfaltadas, sempre teimando em abrir suas próprias ve-redas, nunca acreditando em obstáculos que não possam ser demolidos com o aríete da persistência.

Mas agora eu passei de ano nessa escola da vida: o Ro-drigo me deu o Érico e, dessa vez, tenho de aprender a ser avô. Ah, mas que lição mais fácil essa! Bem melhor do que o recreio! O Érico, apesar de não ter completado ainda O Érico, apesar de não ter completado ainda O Érico, apesar de não ter completado ainda 2 anos, é um professor com uma paciência de Jó, embora já tenha percebido.

Como se aprende a ser pai?

Cartas

ExpedienteEditor e diretor responsávelDomingo AlzugarayEditoraCátia Alzugaray

Diretor de redaçãoHélio Campos Mello

Redator-chefeDomingos Fraga

Ciência E Tecnologia: Peter Moon (Editor), Norton Godoy (Subeditor), Dar-lene Menconi (Editora Assistente) Econo-mia E Negócios: Alvaro Almeida (Editor), André Vieira E László Varga (Editores As-sistentes) Comportamento: Marta Góes (EDitora), Angela Klinke (Subeditora), Lu Gomes (Editor-Assistente) Medicina E Bem-Estar Carla Gullo (Editora), Cilene

Pereira (Subeditora), Kátia Stringueto E Thiago Leitão Lotufo(Repórteres). Interna-cional: Claudio Camargo (Editor) E Kátia Mello (Repórter). Cultura: Apoenan Rodri-gues (Editor), Celso Fonseca E Ivan Claudio (Subeditores), Luiz Chagas (Editor Assis-tente). Editores Especiais: Eduardo Marini, Mario ChimanOvitch E Mário Simas Filho. Seção De Cartas: Madi Rodrigues E M.

Goreti De Queirós (Repórteres) Fotografia Editor: João Primo. Chefe De Laboratório: Alex Soletto Repórteres Fotográficos: Alan Rodrigues, Juca Rodrigues, Max Pinto E Ricardo Giraldez. Produção: Coordenação: Magali Giglio. Assistentes: Ismael Carmino Canosa, J. Carlos Vieira E Vandercy S. De Oliveira Jr.

Arte E Diagramação Fabrício Alves

Editorial

OlimpíadaO que se espera é uma Olimpíada sustentável. O que seria isso? Que o vul-

toso custo estimado em R$ 30 bilhões não se esgote nos 15 dias da Olimpíada. Que, pelo menos, seja criada definitivamente uma cultura do esporte amador em todo o país.

Antonio Negrão de Sá, Rio

Geração de 2 milhões de empregos até 2027; investimentos nos setores de transportes, turismo e esportes; despoluição de lagoas, rios, córregos e Baía de Guanabara; incrememento do desenvolvimento sustentável; isso dentre ou-tros benefícios para o Rio de Janeiro e o Brasil. Que venha a Olimpíada e se redobre a fiscalização das verbas públicas.

Jorge Antonio Ponce Maia, Rio

TAMDois anos e dois meses da maior

tragédia aérea brasileira, a Polícia Federal consumiu para concluir o inquérito sobre o vôo 3054 da TAM e sem apontar culpados. A PF está correta. Culpados são os passageiros que acreditaram estar viajando numa aeronave segura, ter pousado num aeroporto sem problemas de pista e comandados por um time de funcio-nários competentes e preocupados com vidas humanas. Claro, se fossem apontados os culpados, caberia a eles o pagamento de indenização às famí-lias das vítimas. Restou a essas famí-lias o lamento, o choro e a saudade dos entes queridos.

Izabel Avallone, Rio

OfertasO governador do estado do Rio

e o prefeito da cidade do Rio de Ja-neiro viajaram para Copenhague no jato particular do senhor Eike Batis-ta. Não deveriam. O empresário tem interesses no estado, e isso deixa as autoridades comprometidas.

Panayotis Poulis, Rio

EnemO vazamento do conteúdo das

provas do Enem só vem confirmar o grau de comprometimento e corrup-ção instalado nas diversas esferas do poder público brasileiro. Frustrou as expectativas de mais de 3 milhões de jovens em todo o país.

Emmanuel Alexander Baltz, Rio

HondurasO que concluo desses 90 dias de

vai-e-vem em Honduras e das decisões e declarações da ONU e da OEA, e de chanceleres e presidentes de vários países (principalmente do Brasil), to-dos cheios de mentiras, vedetismos e melindres, que só prolongam o sofri-mento do povo e destroem a econo-mia do país, é que falta homem capaz na política internacional ou, melhor, mulher como a ex-primeira ministra da Inglaterra Margareth Thatcher, que a certa altura da questão das ilhas MalvinasFalklands disse: “Chega de prevaricação”.

Mandou bala e resolveu rápido e para sempre a questão.Eduardo de Braga Melo, Niterói (RJ)

AnticorrupçãoSe o desejo de 1,3 milhão de bra-

sileiros, que assinaram o projeto de lei de iniciativa popular em apoio ao Movimento de Combate à Corrup-ção Eleitoral, não está sensibilizando os líderes políticos, que se parta para obter 5, 10 milhões de assinaturas, até deixá-los sem argumentos nem desculpas.

Ronaldo Gomes Ferraz, RioA atitude do movimento popular

de Combate à Corrupção Eleitoral ao coletar mais de 1,3 milhão de assi-naturas para uma proposta de projeto de lei que exige ficha limpa dos can-didatos eleitorais mostra que nossa democracia não está funcionando.

Helena Werneck, Brasília

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2016: Olimpíadas no Rio de Janeiro

Oswald de AndradeNunca soube o que é isso de ter pai, pois,

quando minha mãe enviuvou, ainda faltavam seis meses para eu nascer. Por isso, não tive, em minha formação, o tal exemplo paterno, a tal figura masculina a imitar, o que levaria muitos psiquiatras a conjecturas acerca de lacunas in-superáveis na consolidação da minha persona-lidade. Desse modo, passei para o desafio de ser pai sem o gostinho da presença e da influência de um pai. E como é que alguém aprende a ser pai? Acho que é do mesmo modo que se apren-de a andar de bicicleta: montando na bicicleta, caindo, ralando o joelho e levantando teimo-samente, mesmo sabendo que continuaremos sujeitos a novas quedas.

Mas, enquanto febrinha e não parecia per-

der a paciência em sua árdua tarefa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assis o rosto ao vento... que delícia!

E o Rodrigo ajudou: dormia bem à noite, deixava a gente dormir, nunca foi um chorão, só teve uma ou outra febrinha e não parecia perder a paciência em sua árdua tarefa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assim fomos crescendo juntos, ele para cima e eu por dentro, aprendendo a nos compreender, a nos febrinha e não parecia perder a paciência em sua árdua tarefa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assim fomos crescendo juntos, ele para cima e eu por dentro, apren-dendo a nos compreender, a nos desentender, a fazer as pazes e a lamber as feridas um do outro quando era necessário.

Ele era bem pequeno quando comecei a escrever histórias para crianças. Meu primeiro personagem de ficção, um menino imaginoso que queria possuir um dinossauro de estimação, levou o seu nome. Mais tarde, quando transfor-mou-se em livro, o Rodrigo da história original virou Galileu, menino que acreditava em dinos-sauros domesticados como o verdadeiro Galileu no movimento da Terra. Não sei se foi isso que pude ensinar a ele, mas o Rodrigo continuou procurando ossível pela vida afora, ainda hoje recusando-se a trilhar estradas já asfaltadascre-ditando em obstáculos que não possam ser de-molidos com o aríete da persistência.

Mas agora eu passei de ano nessa escoo e, dessa vez, tenhoaprender a ser avô. Ah, mas que lição mais fácil essa! Bem melhor do que o re-creio! O Érico, apesar de não ter completado.

Oswald de Andrade é um escritor, ensaísta e dramaturgo brasileiro,

promotor da Semana de Arte de 22

Machado de AssisNunca soube o que é isso de ter pai, pois,

quando minha mãe enviuvou, ainda faltavam seis meses para eu nascer. Por isso, não tive, em minha formação, o tal exemplo paterno, a tal figura masculina a imitar, o que levaria muitos psiquiatras a conjecturas acerca de lacunas insu-peráveis na consolidação da minha personalida-de. Desse modo, passei para o desafio de ser pai sem o gostinho da presença e da influência de um pai. E como é que alguém aprende a ser pai? Acho que é do mesmo modo que se aprende a andar de bicicleta: montando na bicicleta, cain-do, ralando o joelho e levantando teimosamen-te, mesmo sabendo que continuaremos sujeitos a novas quedas.

Mas, enquanto febrinha e não parecia per-der a paciência em sua árdua tarefa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assis o rosto ao vento... que delícia!

E o Rodrigo ajudou: dormia bem à noite, deixava a gente dormir, nunca foi um chorão, só teve uma ou outra febrinha e não parecia perder a paciência em sua árdua tarefa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assim fomos crescendo juntos, ele para cima e eu por dentro, aprendendo a nos compreender, a nos febrinha e não parecia perder a paciência em sua árdua tarefa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assim fomos crescendo juntos, ele para cima e eu por dentro, apren-dendo a nos compreender, a nos desentender, a fazer as pazes e a lamber as feridas um do outro quando era necessário.

Ele era bem pequeno quando comecei a escrever histórias para crianças. Meu primeiro personagem de ficção, um menino imaginoso que queria possuir um dinossauro de estimação,

levou o seu nome. Mais tarde, quando transfor-mou-se em livro, o Rodrigo da história original virou Galileu, menino que acreditava em dinos-sauros domesticados como o verdadeiro Gali-leu acreditava no movimento da Terra. Não sei se foi isso que pude ensinar a ele, mas o Rodrigo continuou procurando ossível pela vida afora, ainda hoje recusando-se a trilhar estradas já as-faltadascreditando em obstáculos que não pos-sam ser demolidos com o aríete da persistência.

Mas agora eu passei de ano nessa escoo e, dessa vez, tenhoaprender a ser avô. Ah, mas que lição mais fácil essa! Bem melhor do que o re-creio! O Érico, apesar de não ter completado.

Machado de Assis é poeta, romancista, dramaturgo, contista,

jornalista, cronista e teatrólogo

Incentivo ao desenvolvimento ou apenas um elefante branco? O Homem 21

Atlanta 96: Governo ainda não conseguiu pagar os US$ 1,8 bilhões gastos Barcelona 92: Cidade se modernizou e hoje é uma das mais visitadas da Europa

Publicidade extra ao paísMuito barulho por nada

A Roda Rio 2016 foi uma das estratégias

destinadas à campanha na

candidatura da cidade às

Olimpíadas

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Tire o melhor da sua bike

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não

gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle,

que execuuffle, que executa as músicas aleatoriamente”,

lembra Marcio Okabe, dono da Konfiuffle, que

executa as músicas aleatoriamente”, lembra

Marcio Okabe, dono da Konfiuffle, que

executa as músicas aleatoriamente”,

lembra Marcio Okabe, dono

da Konfior seus megabytes,

delete tudo o que você não ouviria acompanhado,

como “Estoy Aquí”, da Shakira

Dê um up-grade nos seus equipamentos

Da preparação física à escolha de equipamentos, reunimos tudo o que você precisa para curtr ao máximo uma pedalada

Jaqueta Anorak Skin Pocket. O modelo conta com um bolso interno que pode servir de embalagem para comida. O agasalho é

feito em nylon 30D com camadas de silicone, composição que, além de resistente a rasgos e furos, é à prova

d’água e oferece secagem rápida.

150 reaiswww.kailash.com.br

Cabeça fresca na magrela. O capacete KS-10 da Suomy Kask possui 19 entradas de ar. Como o ideal é manter sua cachola fresca, mas não molhada, o forro interno é feito do material coolmax, que ajuda na absorção de suor.782,90 reaiswww.suomybike.com.br

Rodrigo GerhardtSe o cão é o melhor amigo do

homem, você pode eleger a bicicleta como a melhor amiga. Ela é uma al-ternativa para os principais males que nos afligem - trânsito caótico, polui-ção do ar, obesidade, sedentarismo e até a falta de grana. Fora esse lado politicamente correto, ela ainda ga-rante muita aventura e diversão. Mais de 200 anos depois de inventada por um conde francês, quando não pas-sava de um toco de pau sobre rodas, movida a passadas até pegar embalo e sem fazer curvas, a bike continua imbatível em suas utilidades, como a de construir um coração forte e um corpo sarado. E, como não parou no tempo, o que não falta são (muitas) opções de modelos, materiais, tama-nhos e, claro, preços. Saiba escolher a mais apropriada para que ela não , que encostada em um canto acumu-lando poeira.

Para tirar o melhor da bicicleta, de, na como você pretende usá-la, de passeios com sua parceira no parque a aventuras em trilhas de terra ou mes-mo como exercício aeróbico. Para um treino regular e complementar à musculação, decida entre as catego-rias mountainbike (MTB) e bike de estrada. “São como jipe e Ferrari. O primeiro vai a qualquer lugar que a Ferrari chegar, ainda um bom tempo depois, mas uma Ferrari nunca atin-girá os mesmos lugares que um jipe”, compara André Escudeiro, ciclista e vendedor especializado.

Mais robusta e resistente às con-dições adversas, a mountain-bike tem uma coroa a mais na transmissão da corrente (o menor círculo da frente, de 22 dentes), que permite reduzir a força na pedalada, principalmente em subidas, ainda que você gire mais o pedal para sair do lugar. Pesa entre 9 e 18 quilos e engloba diversas mo-dalidades técnicas, como downhill, freeride, cross-country, enduro ou all mountain. Para encarar a pedalada como hobby ou meio de transporte na terra ou no asfalto, 0 que com a cross-country ou a all mountain, que, embora menos resistentes, são mais leves e confortáveis. As de melhor qualidade funcionam mais em áreas urbanas do que as bicicletas híbridas,

que reúnem características das de es-trada, mas são mais frágeis na terra.

Usada tanto em provas de triatlo como de resistência, como o Tour de France, a bike de estrada é mais leve - entre 6,5 e 10 quilos - e menos re-sistente que a MTB. Não tem a coroa de redução de força, mas potenciali-za a velocidade. Quem não compete pode adotála para treinar resistência aeróbica ou como meio de trans-porte. Seu uso, no entanto, acaba limitado pelo preço e por exigir boa qualidade do piso - as básicas custam a partir de mil reais.

Decidido o tipo de bicicleta, é hora de analisar a compra. Recomen-dação: pense em gastar 10% mais, nunca 10% menos. O valor (e o dife-rencial) de uma bike está na qualida-de e no equilíbrio dos componentes (veja o quadro ao lado). Ela pode ter até 2 mil peças, considerando porcas e parafusos. “A variação de preço pode ser de mais de 200%. Componentes mais leves, de alta tecnologia e mate-riais nobres fazem a diferença”, diz o escritor, fotógrafo e cicloturista.

Sem calosFeita de silicone e couro clarino nas palmas das mãos, a luva Reflex Gel S/F da Fox garante mais aderência e durabilidade. Já o sistema de fechamento conta com um velcro mais resistente e aderente, que evita os comuns desgastes, além de facilitar o fechamento e a remoção da luva. Para garantir seu conforto, ela ainda é reforçada nos pontos em que há maior contato entre as mãos e guidão.103,90 reaiswww.foxracing.com.br

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Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicasuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono da Konfi aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo.Para aproveitar melhor seus megabytes, delete você não ouviria acompanhado, como “Estoy Aquí”, da Shakira

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não

gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle,

que execuuffle, que executa as músicas aleatoriamente”,

lembra Marcio Okabe, dono da Konfiuffle, que

executa as músicas aleatoriamente”, lembra

Marcio Okabe, dono da Konfiuffle, que

executa as músicas aleatoriamente”,

lembra Marcio Okabe, dono

da Konfior seus megabytes,

delete tudo o que você não ouviria acompanhado,

como “Estoy Aquí”, da Shakira

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono da Konfiuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo.Para aproveitar melhor seus megabytes, delete tudo o que você não ouviria acompanhado, como “Estoy Aquí”, da Shakira

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não gosta mais no MP3 player

torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe,

dono da Konfiuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio

Okabe, dono da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo.

Para aproveitar melhor seus megabytes, delete tudo o que você não ouviria

acompanhado, como “Estoy Aquí”, da Shakira

Page 6: H21 - Suplemento semanal para o homem contemporâneo

A procura de um barbear perfeitoO Homem21 desta semana dá dicas de como fazer isso de modo mais eficiente e indolor,

além de um apanhado de produtos necessários para agredir menos a pele

06

Deborah BresserAgência EstadoDe um modo geral, valem algu-

mas recomendações: É bom saber que para a barba perfeita é impor-tante a escolha dos produtos corretos para cada tipo de pele. No mercado, há três tipos de espuma de barbear: mousse, gel, e creme. O primeiro é mais indicado para os homens com peles oleosas, enquanto os outros dois são ótimos para os que apresen-tam pele normal ou seca.

O melhor horário para fazer a barba é depois do banho, porque além da pele estar limpa, seus poros estão mais abertos. Esqueça a espuma do sabonete porque ela pode irritar a pele mais do que ajudar.

Veja se sua lâmina de barbear está em bom estado. Se for usar aparelhos descartáveis, use-os para três barbas --depois disso, pode estragar sua pele e provocar ferimentos. Cuidado com o escanhoar (o barbear feito no senti-do contrário dos pelos), se sua pele é muito sensível, isso pode causar foli-culite, um tipo de inflamação muito comum.

Lembre-se de que não existe o melhor tipo de instrumento para bar-bear, mas, sim, aquele que se adapta melhor à sua pele, tipo de barba e habilidade. Todos eles têm seus prós e contras.

A navalha é muito eficiente, pois corta os pêlos rentes à raiz, o que prolonga o efeito liso da pele. Entretanto, o uso da navalha requer muita prática e habilidade. Por isso, é melhor procurar um barbeiro para evitar ferimentos.

Os aparelhos descartáveis são os mais baratos e dão bom resultado. Prefira os modelos com mais de duas lâminas, que cortam os pêlos sem necessidade de passar pela mesma área várias vezes. Por outro lado, é o método mais abrasivo e pode causar

O barbeiro Raul Ribeiro de Ca-margo, que há 60 anos dá um trato no visual de pelo menos três gerações de paulistanos no Salão Marília, em Perdizes, São Paulo, ensina o passo-a-passo de uma barba bem feita :

1. Prepare o rosto antes de come-çar a barbear. O primeiro passo é estar com a pele limpa. Lave bem o rosto e use um hidratante ou algum produ-to específico para amaciar os pelos da barba.

2. O uso de toalha quente ajuda abrir os poros. Um minuto é o suficien-te. A barba feita após o banho tam-bém se beneficia desse mesmo efeito, provocado pela água. Quem tem pele seca deve evitar água muito quente, pois pode ressecar ainda mais.

3. Aplique a espuma de barbear e espere agir por pelo menos um mi-nuto. Aproveite para fazer pequenos movimentos circulares e contínuos para que ele aja de maneira eficaz.

Isto suaviza a pele, amacia os pêlos e os ergue, para que o barbear seja mais rente e com menos irritações.

4. Preste atenção no sentido em que os pelos crescem. Comece pelas cos-teletas, depois pela face e pescoço, passe pelas áreas ao redor da boca. Deixe por último o queixo, onde os pêlos de-moram mais para amolecer.

5. Esticar a pele enquanto faz a barba ajuda a evitar ferimentos. Use as duas mãos. Uma para segurar o barbeador, a outra para esticar bem a pele. Isso evitará cortes.

6. Controle seus movimentos e não pressione a lâmina demais sobre a pele. Barbeie-se com movimentos curtos. Isto permite mais precisão e irrita menos a pele.

7. Depois de cada passagem de lâ-mina, lavá-la rapidamente com água morna para retirar o excesso de creme e pelos.

8. Lave bem o rosto após fazer a barba com água morna, para retirar o excesso de creme. Sinta se nenhuma área foi deixada de lado. Cuidado ao retocar Cuidado ao retocar, pois quanto se passa a lâmina em um de-terminado local, mais irritada a pele fica. Use um pouco de creme de barbe-ar novamente nesta área.

9. Depois de barbear, lave o rosto com água fria, para fechar os poros. Evite esfregar a toalha. Se-que-o levemente Seque-o levemen-te. Para finalizar,ara finalizar,ara finalizar,ara finalizar, passe uma loção pós-barba sem álcool, de acordo com seu tipo de pele.

10. Se sua pele é muito sensível, evite usar bronzeadores ou filtros so-lares imediatamente após o barbear. Evite também fazer a barba no mes-mo dia em que irá nadar, pois o cloro e o sal da água irritam a pele. Durante o fim de semana dê um descanso para sua pele e evite fazer a barba.

Dez dicas para a barba perfeita

irritação na pele. Para aliviar o atrito, o uso de cremes de barbear é impres-cindível.

Os barbeadores elétricos são os mais práticos porque não precisam de cremes e praticamente são indolo-res. Como não cortam o pelo tão ren-te, diminuem a agressão em peles que apresentam foliculite, porém o resul-tado não é uma pele tão lisa quanto os outros dois aparelhos conseguem deixar.

Loção pós-barba não é frescura. Além de fechar os poros, alivia as ir-ritações provocadas por agressões da lâmina. As mais comuns são à base de álcool, mas não são as mais indicadas,

porque podem irritar mais ainda a pele.

A navalha é muito eficiente, pois corta os pêlos rentes à raiz, o que pro-longa o efeito liso da pele. Entretanto navalha é muito eficiente, pois corta os pêlos rentes à raiz, o que prolonga o efeito liso da pele. Entretanto na-valha é muito eficiente, pois corta os pêlos rentes à raiz, o que prolonga o efeito liso da pele. Entretanto, o uso da navalha requer muita prática e ha-bilidade. Por isso, é melhor procurar um barbeiro para evitar ferimentos.

Os aparelhos descartáveis são os mais baratos e dão bom resultado. Prefira os modelos com mais de duas

lâminas, que cortam os pêlos sem necessidade de passar pela mesma área várias vezes. Por outro lado, é o método mais abrasivo e pode causar irritação na pele. Para aliviar o atrito, o uso de cremes de barbear é impres-cindível.

Os barbeadores elétricos são os mais práticos porque não precisam de cremes e praticamente são indo-lores. Como não cortam o pelo tão rente não cortam o pelo tão rente não cortam o pelo tão rente, diminuem a agressão em peles que apresentam foliculite, porém o resultado. não é uma pele tão lisa quanto os outros dois aparelhos conseguem deixar.

Creme para Barbear O

Boticário Men, contém agentes que amaciam os pelos. R$ 24,90;

O Boticário.

Creme para Barbear O

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Barbear O Boticário

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Creme para Barbear O

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Seu ócio improdutivo acabou. Com nossas idéias, você aproveita seu tempo livre sem pôr o pé na rua

A melhor lição de casa para vocêFaça uma faxina eletrônica

“Manter música que você não gosta mais no MP3

player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”,

lembra Marcio Okabe, dono da Konfibe Consultoria

digital, em São Paulo

Faça uma faxina eletrônicaPara aproveitar melhor seus megabytes, delete tudo o que você não ouviria acompanhado, como “Estoy Aquí”, da Shakira

Faça uma faxina eletrônicaPara aproveitar melhor seus megabytes, delete tudo o que você não ouviria acompanhado, como “Estoy Aquí”, da Shakira

Rasgue seus documentos antes de jogá-los fora

“Manter música que você não gosta mais no

MP3 player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas

aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono

da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo.Para aproveitar melhor seus megabytes, delete tudo o que você não ouviria acompanhado, como “Estoy Aquí”, da Shakira

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não

gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle,

que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono

da Konfibe Consultoria digital

os outros dois aparelhos conseguem deixar.

Loção pós-barba não é frescura. Além de fechar os poros, alivia as ir-ritações provocadas por agressões da lâmina. As mais comuns são à base de álcool, mas não são as mais indicadas, porque podem irritar mais ainda a pele.

A navalha é muito eficiente, pois corta os pêlos rentes à raiz, o que pro-

longa o efeito liso da pele. Entre-tanto navalha é muito eficiente, pois corta os pêlos rentes à raiz, o que pro-longa o efeito liso da pele. Entretanto navalha é muito eficiente, pois corta os pêlos rentes à raiz, o que prolonga o efeito liso da pele. Entretanto, o uso da navalha requer muita prática e ha-bilidade. Por isso, é melhor procurar um barbeiro para evitar ferimentos.

Os aparelhos descartáveis são os

mais baratos e dão bom resultado. Prefira os modelos com mais de duas lâminas, que cortam os pêlos sem necessidade de passar pela mesma área várias vezes. Por outro lado, é o método mais abrasivo e pode causar irritação na pele. Para aliviar o atrito, o uso de cremes de barbear é impres-cindível.

Os barbeadores elétricos são os mais práticos porque não precisam

de cremes e praticamente são indo-lores. Como não cortam o pelo tão rente não cortam o pelo tão rente não cortam o pelo tão rente, diminuem a agressão em peles não cortam o pelo tão rente não cortam o pelo tão rente não cortam o pelo tão rente, dimi-nuem a agressão em peles que apre-sentam foliculite, porém o resultado. não é uma pele tão lisa quanto os ou-tros dois aparelhos.

Deborah BresserAgência EstadoDe um modo geral, valem algu-

mas recomendações: É bom saber que para a barba perfeita é impor-tante a escolha dos produtos corretos para cada tipo de pele. No mercado, há três tipos de espuma de barbear: mousse, gel, e creme. O primeiro é mais indicado para os homens com peles oleosas, enquanto os outros dois são ótimos para os que apresen-tam pele normal ou seca.

O melhor horário para fazer a barba é depois do banho, porque além da pele estar limpa, seus poros estão mais abertos. Esqueça a espuma do sabonete porque ela pode irritar a pele mais do que ajudar.

Veja se sua lâmina de barbear está em bom estado. Se for usar aparelhos descartáveis, use-os para três barbas --depois disso, pode estragar sua pele e provocar ferimentos. Cuidado com o escanhoar (o barbear feito no senti-do contrário dos pelos), se sua pele é muito sensível, isso pode causar foli-culite, um tipo de inflamação muito comum.

Lembre-se de que não existe o melhor tipo de instrumento para bar-bear, mas, sim, aquele que se adapta melhor à sua pele, tipo de barba e habilidade. Todos eles têm seus prós e contras.

A navalha é muito eficiente, pois corta os pêlos rentes à raiz, o que prolonga o efeito liso da pele. Entretanto, o uso da navalha requer muita prática e habilidade. Por isso, é melhor procurar um barbeiro para evitar ferimentos.

Os aparelhos descartáveis são os mais baratos e dão bom resultado. Prefira os modelos com mais de duas lâminas, que cortam os pêlos sem necessidade de passar pela mesma área várias vezes. Por outro lado, é o método mais abrasivo e pode causar irritação na pele. Para aliviar o atrito, o uso de cremes de barbear é impres-cindível.

Os barbeadores elétricos são os mais práticos porque não precisam de cremes e praticamente são indolo-res. Como não cortam o pelo tão ren-te, diminuem a agressão em peles que apresentam foliculite, porém o resul-tado não é uma pele tão lisa quanto

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você

não gosta mais no MP3 player torna sem sentido

a função shuffle, que executa as músicas

aleatoriamente”, lembra Marcio

Okabe

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não gosta mais no MP3 player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo.Para aproveitar melhor seus megabytes, delete tudo o que você não ouviria acompanhado, como “Estoy Aquí”, da Shakira

Não sabe cozinhar, disque entrega“Manter música que você não gosta mais no MP3 player torna sem sentido a

função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio Okabe, dono da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo

Faça uma faxina eletrônica“Manter música que você não gosta mais no

MP3 player torna sem sentido a função shuffle, que executa as músicas aleatoriamente”, lembra Marcio

Okabe, dono da Konfibe Consultoria digital, em São Paulo.Para aproveitar melhor seus megabytes, delete tudo o que você

não ouviria acompanhado, como “Estoy Aquí”, da Shakira

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O desafio que os homens não esperavam ter que enfrentarO mundo mudou, as mulheres mudaram e, por consequência, os homens também embarcaram na onda da transformação. Eles assumem o papel de mãe, fazem o que podem para manter essa nova ordem familiar

lho, mas eu não conseguia ser um pai presente. Até que consegui um empre-go na área de marketing e meu filho passou a conhecer o pai que não via, comemora. Numa entrevista ao Vila Filhos, esse pai dos tempos modernos falou das dificuldades que enfrenta, da inversão dos papéis, dentro de casa, e como se sente sabendo que os filhos tem preferência pelas mães!

Sim. Meu filho tem apenas 4 anos e já possui seus próprios desejos e opi-

niões. Eu e minha esposa procuramos compreendê-lo da melhor forma e tentamos não barrar sua genialidade e criatividade. Acredito que se os pais não souberem distinguir limites de exageros, aí será um problema no fu-turo, pois não haverá um ambiente de confiança e compartilhamento.

Como você lida com a inversão dos papéis dentro de casa?

No início, depois da gestação, minha esposa voltou ao trabalho e eu

cuidei do meu filho e da casa. Antes de me casar, eu morava sozinho e cuidava de minha casa, mas não com um bebê. Realmente foi um grande desafio, pois eu tinha que manter a casa em ordem e dar atenção ao mesmo tempo, pois se eu saísse de sua frente ele chorava. Então eu levava o carrinho para todo o canto da casa. Outra dificuldade era a minha esposa não poder mais dar o leite materno, pois apesar de o ideal ser até os seis meses, ele estava acostu-

mado com essa rotina e não aceitava mamadeira. Às vezes ele mamava com minha esposa na parte da manhã e depois só à noite, na volta dela. Com muita paciência consegui superar essa fase até arrumar um emprego. Sei que isso tem a ver com o meu filho ser mui-to ligado a mim.

Como você faz para se divertir e participar da vida dele?

Procuro fazer o que ele gosta. Ele adora filmes infantis (principalmente

ir ao cinema), jogar futebol e utilizar o computador. Está iniciando o gos-to pelo videogame e para mim não é muita dificuldade participar, pois ado-ro todas essas coisas. Além disso, eu e minha esposa fazemos piquenique com ele uma vez ao mês e passeios em parques. Nas últimas férias que eu ti-rei, preferi aproveitá-las na época em que ele vai à escola, pois tive a opor-tunidade de levá-lo à escola, participar da reunião de pais e mestres.

Vila FilhosO mundo mudou, as mulheres

mudaram e, por consequência, os ho-mens também tiveram que embarcar na onda da transformação. Em pleno século XXI, ser pai pode ser um desa-fio que os homens não esperavam ter que enfrentar.

Eles assumem o papel de mãe, fi-cam com a guarda dos filhos e fazem o que podem para manter essa nova ordem familiar moderna.

A agência de casamento Par Ideal, de Curitiba, calcula que 66% dos ho-mens cadastrados têm filhos - e 12,5% conquistaram na justiça, ou por con-senso, o direito de criá-los. Na faixa entre 41 e 50 anos o índice é ainda maior: 30%. O número pode parecer pequeno se comparado ao direito con-quistado pelas mulheres, mas já é uma mudança representativa. Hoje muitos homens fazem questão de ficar com os filhos, isso não é mais encarado como um fardo, afirma a diretora da agência, a peda-goga Sheila Cha-mecki Rigler.

Josmar Arrais, vice-presidente da Fr a n k l i n C o v e y Brasil, especializa-da em levar eficiên-cia às pessoas e corporações, acredita que as mudanças constantes do mun-do pós-moderno exigem mesmo uma multiplicidade de papéis de ambos os gêneros. O dos pais aumentou no sentido de uso do tempo de qualidade com filhos, participando da vida coti-diana deles, considera.

E essa participação pode vir de di-versas maneiras. Algumas situações, no entanto, refletem bem como a maioria dos homens não foi estimulada para o diálogo com os filhos. Alguns chegam ao cúmulo de falarem com os filhos por MSN e outros meios, mesmo es-tando dentro de casa. É preciso cora-gem e consideração. Alguns pais não têm coragem para dizerem o que pre-cisa. Outros têm, mas não falam com consideração. Uma dica é marcar uma reunião de trabalho com o filho, seja no almoço ou jantar, e levar uma lista de tópicos que precisam de conversa

mais séria, sugere Josmar.Mas mesmo com os pais tentando,

uma pesquisa do Datafolha revelou que eles estão atrás dos irmãos, avós e da mãe, claro, em ordem de impor-tância, principalmente nos quesitos amor e confiança. A pesquisa mostra que elas estão em primeiro lugar por conta dessa maior participação na vida dos filhos.

Para Josmar confiança é a junção de duas variáveis: caráter e competên-cia. Se a confiança está em baixa, é pre-ciso verificar em qual destes atributos o pai está pecando, afirma. Para verificar onde está o erro, o consultor dá uma dica que pode ajudar nessa análise: se perguntar, por exemplo, se está sendo transparente e falando com sincerida-de; se demonstra respeito, cumpre com responsabilidade de educar e se confia no filho, sem invadir sua privacidade, pode ajudar a derrubar barreiras e en-

contrar um abraço sincero do outro lado da linha.

O profissional de marketing Ro-drigo Facio, de 28 anos, é um desses homens que vira-ram pais no meio da revolução fe-minina moderna. Há quatro anos,

quando estava desempregado, se depa-rou com a esposa grávida. Ele jura que não deixou transparecer o desespero, mas assim que a ficha caiu, tratou de pensar numa solução para a vida que vinha pela frente. No nascimento de meu filho as coisas foram acontecendo e fomos agindo conforme as necessi-dades, lembra.

O emprego veio mesmo apenas depois que o menino nasceu. E no tur-no da madrugada! Na hora em que o meu corpo queria dormir, eu precisava trabalhar. E na hora que eu precisava dormir, o meu corpo não queria des-cansar, lamenta. Na época, ele passou a ver o filho menos do que gostaria, pois precisava dormir durante o dia. Simplesmente não vi o crescimento do meu filho, dos 8 meses a 1 ano e meio de idade. Minha esposa me cobrava muito para mudar de emprego ou me esforçar mais para ficar com meu fi-

É o empresário Luciano Camargo que leva o pequeno Lucas

Eles estão atrás dos irmãos, avós e da

mãe, claro, em ordem de importância,

principalmente nos quesitos amor e

confiança

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Hugh Jackman dando uma carona para a pequena Ava

O desafio que os homens não esperavam ter que enfrentarO mundo mudou, as mulheres mudaram e, por consequência, os homens também embarcaram na onda da transformação. Eles assumem o papel de mãe, fazem o que podem para manter essa nova ordem familiar

lho, mas eu não conseguia ser um pai presente. Até que consegui um empre-go na área de marketing e meu filho passou a conhecer o pai que não via, comemora. Numa entrevista ao Vila Filhos, esse pai dos tempos modernos falou das dificuldades que enfrenta, da inversão dos papéis, dentro de casa, e como se sente sabendo que os filhos tem preferência pelas mães!

Sim. Meu filho tem apenas 4 anos e já possui seus próprios desejos e opi-

niões. Eu e minha esposa procuramos compreendê-lo da melhor forma e tentamos não barrar sua genialidade e criatividade. Acredito que se os pais não souberem distinguir limites de exageros, aí será um problema no fu-turo, pois não haverá um ambiente de confiança e compartilhamento.

Como você lida com a inversão dos papéis dentro de casa?

No início, depois da gestação, minha esposa voltou ao trabalho e eu

cuidei do meu filho e da casa. Antes de me casar, eu morava sozinho e cuidava de minha casa, mas não com um bebê. Realmente foi um grande desafio, pois eu tinha que manter a casa em ordem e dar atenção ao mesmo tempo, pois se eu saísse de sua frente ele chorava. Então eu levava o carrinho para todo o canto da casa. Outra dificuldade era a minha esposa não poder mais dar o leite materno, pois apesar de o ideal ser até os seis meses, ele estava acostu-

mado com essa rotina e não aceitava mamadeira. Às vezes ele mamava com minha esposa na parte da manhã e depois só à noite, na volta dela. Com muita paciência consegui superar essa fase até arrumar um emprego. Sei que isso tem a ver com o meu filho ser mui-to ligado a mim.

Como você faz para se divertir e participar da vida dele?

Procuro fazer o que ele gosta. Ele adora filmes infantis (principalmente

ir ao cinema), jogar futebol e utilizar o computador. Está iniciando o gos-to pelo videogame e para mim não é muita dificuldade participar, pois ado-ro todas essas coisas. Além disso, eu e minha esposa fazemos piquenique com ele uma vez ao mês e passeios em parques. Nas últimas férias que eu ti-rei, preferi aproveitá-las na época em que ele vai à escola, pois tive a opor-tunidade de levá-lo à escola, participar da reunião de pais e mestres.

Rodrigo Lambertti trabaha agora em casa e cuida dos dois filhos

É o empresário Luciano Camargo que leva o pequeno Lucas

Como se aprende a ser pai?

Pedro Bandeira O escritor Pedro Bandeira pen-

sou no assunto e concluiu que a única maneira é ser autodidata

Nunca soube o que é isso de ter pai, pois, quando minha mãe enviu-vou, ainda faltavam seis meses para eu nascer. Por isso, não tive, em mi-nha formação, o tal exemplo pater-no, a tal figura masculina a imitar, o que levaria muitos psiquiatras a conjecturas acerca de lacunas in-superáveis na consolidação da mi-nha personalidade. Desse modo, passei para o desafio de ser pai sem o gostinho da presença e da influ-ência de um pai. E como é que al-guém aprende a ser pai? Acho que é do mesmo modo que se aprende a andar de bicicleta: montando na bicicleta, caindo, ralando o joelho e levantando teimosamente, mesmo sabendo que continuaremos sujei-tos a novas quedas.

E o Rodrigo ajudou: dormia bem à noite, deixava a gente dor-mir, nunca foi um chorão, só teve uma ou outra febrinha e não parecia perder a paência em sua árdua tare-fa de ensinar-me como ser um pai pelo menos razoável. Assim fomos crescendo juntos, ele para cima e eu por dentro, aprendendo a nos com-preender, a nos desentender, a fazer as pazes e a lamber as feridas um do outro quando era necessário.

Ele era bem pequeno quan-do commas o Rodrigo continuou procurando o impossível pela vida afora, ainda hoje relho aluno não é lá muito esperto, pois me chama de Bo-bô. E, assim, continuamos pedalando juntos, eu, o Rodrigo e o Érico, sem medo de levar tombos ou de ralar o joelho, com o vento batendo na cara, com o futuro na mão, co a confiança na frente e com a certeza de que valeu a pena peda-lar pela vida. E que sempre valerá.

Pedro Bandeira é o escritor infanto-juvenil

mais vendido do Brasil

Pedro Bandeira, o escritor infanto-juvenil mais vendido do Brasil, tem três filhos. Este da foto é o mais velho, Rodrigo. No colo de pedro, Érico, o neto “caçula”, único da penca de netinhas

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Você tem sede de quê?

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Homem que é homem bebe muito

Água pura - É quase sempre a melhor opção. Nem precisa ser de garrafa: a filtrada é segura. Laudos mostram que a água fornecida pelos órgãos públicos é confiável, desde que a caixa e o sistema hidráulico estejam limpos. As engarrafadas na fonte são ricas em minerais. Algumas mar-cas, porém, são apenas água comum que passa por processo de purificação antes de ser engarrafada. Cheque o rótulo para saber. Custo: $. Bene-fício:*****

Sucos - Hidratam bem e são ri-cos em vitaminas e fibras. Os melho-res para matar a sede são os de fru-tas cítricas, de melancia e de melão. Evite os mais consistentes, como o de mamão, antes do exercício: podem pesar no estômago. Custo: $$$ Be-nefício:*****

Água-de-coco - É o melhor hidratante. Como um soro natural, repõe vitaminas e minerais. Deve ser consumida com cuidado por hiper-tensos (é rica em sódio) e por quem está de dieta (um copo tem 80 calo-rias). Custo: $$$ Benefício:*****

Isotônicos - Repõem minerais para quem pratica esporte por mais de uma hora (é comum perder, além de água, sódio e potássio). Mas são calóricos e, se consumidos em excesso, podem sobrecarregar os rins. Custo: $$$$ Benefício:****

Chá gelado - Há versões em lata

e garrafa, à base de mate, chá verde e chá branco. Hidratam ou desi-dratam, dependendo da planta, da quantidade e do consumo. O verde, por exemplo, hidrata. Mas em exces-so pode desidratar, porque aumenta a saída de minerais e eletrólitos. Os en-riquecidos com potássio são bons para tomar durante e depois dos exercícios físicos. Custo: $$$ Benefício:**

Água saborizada - A adição de adoçantes e aromatizantes fazem lembrar um suco de fruta muito di-luído. Só que a ingestão em excesso dessas substâncias pode fazer mal. Custo: $$ Benefício:**

Refrigerantes - Um ou dois co-pos por dia não fazem mal. Mas não substituem a água. Também contêm aromatizantes e outras substâncias químicas. Alguns trazem cafeína, que, em excesso (mais de cinco copos por dia), contribui para a desidrata-ção. Custo: $$ Benefício:**

Bebidas energéticas - Não são bons hidratantes e podem até produ-zir o efeito contrário. Contêm tauri-na e cafeína, estimulantes que levam a uma perda maior de água pela transpiração e respiração. Custo: $$$$ Benefício:*

Cerveja - Mata a sede, mas não está bem colocada no ranking da hi-dratação, pelo efeito diurético. Cus-to: $$$ Benefício:

(AG)

Manter-se bem hidratado é fundamental para a saúde, o desempenho esportivo e até o sexoAna GonzagaMen’s HealthUm velho ditado diz que você é o

que você come. Mas talvez seja mais apropriado dizer que você é o que você bebe. Pois seu corpo é composto de 60% de água e os líquidos parti-cipam de praticamente todos os pro-cessos orgânicos. Quando você está desidratado, perde força muscular, a digestão complica e até transar se tor-na mais difícil. Isso mesmo: para que o pênis fique rígido, não basta estar com uma mulher espetacular ou ter pensamentos sacanas. É preciso que o sangue, flua rapidamente para o órgão. E uma menor quantidade de sangue no organismo dificulta esse deslocamento.

Sem água, nenhuma reação quí-mica acontece dentro do corpo. Além de manter o volume e a pressão do sangue, ela preenche as células, carrega nutrientes, elimina toxinas, regula a temperatura, lubrifica as jun-tas. Em casos extremos, a desidrata-ção leva à morte. “O sangue fica mais grosso, comprometendo a irrigação renal e, em conseqüência, a filtragem de toxinas”, explica o clínico-geral Ricardo Botticini Peres, do Hospi-tal Albert Einstein, em São Paulo. É raro adultos saudáveis correrem o risco de literalmente morrer de sede: as maiores vítimas são crianças e ido-sos. Mas beber menos líquido do que o necessário pode trazer uma série de problemas:

Sua pele resseca - As rugas se acen-tuam e aparecem cravos e espinhas, já que as toxinas do organismo não são eliminadas adequadamente.

Seu intestino faz greve - As fezes ficam mais secas e endurecidas, difi-cultando sua eliminação.

Você fica tonto e desmaia - A pres-são cai em decorrência da redução do volume de sangue em circulação.

Sua boca seca - As mucosas, de modo geral, tornam-se secas e mais frágeis. Ocorrem sangramentos no nariz e os olhos ficam vermelhos. A produção de saliva também diminui.

Pedras se formam nos seus rins - Não se pode afirmar que o surgi-mento de pedras nos rins ocorra ex-clusivamente porque se bebe pouco líquido. Deve-se levar em conta a predisposição genética e a alimen-

tação. Mas é fato que, para prevenir crises renais, beber bastante água é fundamental.

Seu corpo todo dói - Desidrata-do, o organismo não aproveita bem as vitaminas e os sais minerais. Eles se acumulam em algumas partes do corpo e outras ficam deficientes, o que causa cãibras e perda da força muscular.

Quanto beber, afinal?Existe uma teoria que diz ser ne-

cessário tomar oito copos de água por dia, mas essa afirmação é gene-ralista demais. A necessidade varia de pessoa para pessoa e até de um dia para o outro, de acordo com a tem-peratura, a alimentação e o metabo-lismo. A ingestão recomendada é de

3 litros por dia. Homens precisam de 20% a mais que as mulheres porque sua superfície corporal geralmente é maior. “Assim, perdem mais líquido por meio da transpiração”, explica o médico Ricardo Botticini Peres.

Então como saber quando é hora de beber? Fácil: quando a sede chegar. Mas não espere até ficar morrendo na seca. É melhor responder rápido à menor necessidade do corpo, já que a sensação de sede começa quando o organismo está de 1% a 2% desidra-tado. “Antecipe-se a ela quando vai falar muito, praticar atividade física ou permanecer num ambiente onde a umidade do ar é baixa”, diz a nutri-cionista Vanderli Marchiori, da Asso-ciação Paulista de Nutrição. “Nessas

situações, o ideal é beber líquido pelo menos a cada duas horas”, avisa.

Não adianta tomar copos e co-pos de uma vez só. O estômago só tem capacidade para 12 mililitros/ hora por quilo de peso da pessoa. Mais do que isso pesa. Ou seja, um homem de 70 quilos pode tomar na boa quatro copos. E não é preciso só consumir água: sucos e chás também são ótimos hidratantes. Esqueça a cerveja e os energéticos: são opções que acabam roubando líquido do organismo, porque a primeira - como toda bebida alcoólica - é diurética e a segunda contribui para o aumento da transpiração.

Para determinar a quantidade que você precisa ingerir, pese-se três ou

quatro manhãs seguidas em jejum.Se você perder meio quilo por dia,

isso significa que tomou menos líqui-do que o necessário no dia anterior. Beba 400 mililitros de água ou suco logo pela manhã para cada 40 gramas perdidos e ajuste seu consumo diário até que o peso fique estável.

Sua companheira de malhaçãoUma boa hidratação é fundamen-

tal para a performance em qualquer esporte. A atividade física aumenta a perda de líquido (tanto pela trans-piração quanto pela respiração). Essa perda precisa ser recuperada para não comprometer o rendimento. Se no dia-a-dia dá para esperar a sede apa-recer, na prática esportiva é preciso se adiantar a ela.

O corpo é composto de 60% de água e os líquidos participam de praticamente todos os processos orgânicos

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O lucro com o aquecimento globalN

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A Conferência de Copenhague ditará o ritmo com que o mundo terá de se reinventar para reduzir as emissões de CO2. A boa notícia é que nessa nova economia que se configura surgem China e Brasil

Ana Luiza HerzogFaltam dois meses para que re-

presentantes de 192 países do mun-do se reúnam em Copenhague, na Dinamarca, para decidir o que farão em relação às mudanças climáticas. A ideia é que o encontro coordenado pela Organização das Nações Uni-das seja o palco para a costura de um acordo global agressivo de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. Trata-se do maior even-to global desde a assinatura do Proto-colo de Kyoto, em 1997. O cenário é de urgência. Um relatório divulgado no início de outubro pelo Pnuma, o programa da ONU para o meio am-biente, reuniu 400 estudos científicos e concluiu que as mudanças climáti-cas “podem estar ultrapassando as previsões mais pessimistas”. Não se trata mais apenas de ursos polares se equilibrando em calotas de gelo que insistem em derreter. O aquecimento global começa a mostrar seu impacto diretamente na economia. Na Aus-trália, por exemplo, uma forte seca está acabando com o agronegócio -- um dos pilares do desenvolvimen-to do país. Um recente estudo feito pelo Global Humanitarian Forum, presidido por Kofi Annan, revela que mais de 325 milhões de pessoas já têm sua rotina afetada pelas mu-danças climáticas, a um custo econô-mico de 125 bilhões de dólares por ano. Mesmo com tais alertas não há hoje sinais concretos de que a reu-nião de Copenhague trará respostas definitivas para a questão. Enquanto União Europeia e Japão têm metas para a redução de CO2, os Estados Unidos devem chegar à conferência sem divulgar seus objetivos -- embora Barack Obama tenha feito promes-sas de campanha ao lado de um dos mais proeminentes ambientalistas do mundo, o democrata Al Gore. Qualquer que seja o desfecho da dis-cussão, porém, já é possível ter duas certezas. A mais óbvia é que resolver esse imbróglio é essencial para garan-tir o futuro do planeta. A outra é que nessa disputa alguns países vão se dar melhor que outros -- e o Brasil, gra-ças a fatores como matriz energética e florestas (nativas e plantadas), surge como uma das potências do novo ce-

nário. “Ninguém está tão preparado para se dar bem em uma economia de baixo carbono como nós”, afirma Tas-so Azevedo, consultor do Ministério do Meio Ambiente em questões de clima e de florestas.

Azevedo não está sozinho nesse discurso. Um dos mais eloquentes defensores dessa tese é o físico José

Goldemberg, um dos maiores espe-cialistas do mundo na área de energia. “Quaisquer que sejam os encargos e as obrigações resultantes da Confe-rência de Copenhague, temos todas as condições de cumpri-los, sejam eles apresentados com a retórica de “compromissos voluntários”, como prefere o Itamaraty, ou de compro-

missos mandatórios resultantes de um acordo internacional”, diz Gol-demberg. As oportunidades, segun-do ele, vão da exportação de etanol à geração de empregos com negócios “verdes”. O otimismo tem ganha-do corpo também no setor privado. “Está claro que, daqui para a frente, as economias que conseguirem pro-

duzir bens com menos emissões sai-rão na frente”, afirma Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL, uma das maiores geradoras e distribuidoras de energia do país. “E nós já fazemos isso, porque temos a matriz elétri-ca mais limpa do mundo.” Cerca de 85% baseada em fontes renováveis, a matriz brasileira. é mesmo.

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Érico BorgoEspecial para OmeleteNos videogames existem os cha-

mados mod developers, sujeitos que pegam games existentes no mercado e interferem em seu funcionamento, dando aos jogos novas características, fundindo temas e franquias, mas qua-se sempre trabalhando dentro de uma estrutura funcional pré-estabelecida. De um clássico, portanto, pode sur-gir algo novo e que acaba tão - ou em alguns casos, mais - apreciado quanto o título original.

Quando penso no cinema de Quentin Tarantino em Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds) não consigo deixar de compará-lo a um mod developer - e um dos bons.

Como é habitual na cinemato-grafia do cineasta, ele mistura lin-guagens, épocas e escolas - que pra-ticamente desaparecem no resultado, tornando-se algo só dele. Dos faro-estes de Sergio Le-one (que já haviam inspirado Kill Bill Volume 2) vêm a inspiração para a música (Ennio Morricone está na trilha!) e a tensão nos duelos (verbais ou físicos). De John Ford ele empresta a temática da vingança, todo o “Capítulo 1” e um enquadramento arrancado de Ras-tros de Ódio (The Searchers, 1956). A criação do personagem Aldo Ray-ne (Brad Pitt) vem de atores como Aldo Ray (1926-1991) e John Way-ne (1907-1979). De um obscuro filme de guerra italiano de 1978 o título do filme. Da nouvelle vague o teor do “Capítulo 3”, com a Shosan-na de Mélanie Laurent lembrando as personagens dos filmes de Truffaut... a lista é extensa... e tenho certeza que triplicará quando eu assistir ao filme novamente.

Tarantino, supernerd cinéfilo, apanha todas essas coisas que lhe são queridas, com as quais cresceu, e as transforma. Ele já fez isso antes muitas vezes, mas neste busca uma certa organização sutil separando os gêneros que emula através de uma organização em capítulos. São qua-

se todos excelentes. O problema é justamente quando, superconfiante, ele deixa escapar uns arroubos pops. Normalmente eles funcionam nas mãos dele, mas aqui - é um filme de época, afinal - causam estranheza em um ou outro momento. “Cat People (Putting Out Fire)” de David Bowie na Segunda Guerra? Exagero (ainda que a cena daria um videoclipe e tan-to se isolada).

A história começa na França ocu-pada pelos nazistas, onde Shosanna Dreyfus (Laurent) testemunha a exe-cução de sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa (Chris-toph Waltz merecia uma crítica à par-te). Após uma introdução brilhante com uma intensa conversa entre os personagens de Denis Menochet e Waltz, a jovem consegue escapar e foge para Paris, onde cria uma nova identidade como dona de cinema.

Enquanto isso, também na Euro-pa, o tenente Aldo Raine (Pitt) infer-niza ao lado de seu grupo de soldados judeus os nazis-tas. Conhecido por seus inimigos como Os Bastar-

dos, o esquadrão de Raine se junta à atriz alemã e agente infiltrada Bridget Von Hammersmark (Diane Kruger) em uma missão para derrubar os líde-res do Terceiro Reich. E os destinos convergem para o cinema onde Sho-sanna está planejando a sua própria vingança.

Inteligente, ainda que mantida ri-gorosamente simples, a trama investe nos atores - e a direção de elenco é a melhor da carreira já celebrada por essa característica de Tarantino. E se comentei acima que Christoph Waltz merecia sua própria crítica, dedico-lhe ao menos um parágrafo. O ator austríaco não dá chance a quem quer que divida a cena com ele. Seu vilão é tão sensacional que Bastardos Ingló-rios torna-se, sem querer, quase como um filme do Batman, em que são os antagonistas que valem o ingresso. Brad Pitt? Bom e caricato, como o filme exige. Mas Waltz está simples-mente em outra esfera de talento.

A 2ª GM na visão de Tarantino

Quando penso em Bastardos Inglórios não consigo deixar de compará-lo a

um mod developer - e um dos bons

Como é habitual na cinematografia do cineasta, ele mistura linguagens, épocas e escolas - que praticamente desaparecem no resultado, tornando-se algo só dele

Inteligente, ainda que mantida rigorosamente simples, a trama investe nos atores

Livro DVD MúsicaO Andar

do Bêbado - Os Bastardos, o esquadrão de Raine se junta à atriz alemã e agente infiltra-da Bridget Von Hammersmark (Diane Kruger) em uma missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich. E os destinos convergem para o cinema onde Shosanna está pla-nejando a sua própria vingança.

Inteligente, ainda que manti-da rigorosamente simples, a trama investe nos atores - e a direção de elenco é a melhor da carreira já celebrada por essa característica de Tarantino. E se comentei acima que Christoph Waltz merecia sua própria crítica, dedico-lhe ao menos um parágrafo. O ator austríaco não dá chance a quem quer que divi-da a cena com ele. Seu vilão é tão sensacional que Bastardos Inglórios torna-se, sem querer, quase como um filme do Batman, em que são os antagonistas que valem o ingresso. Brad Pitt? Bom e caricato, como ..

Transformers A vingança dos derrotados - Os Bastardos, o esquadrão de Raine se junta à atriz alemã e agente infiltra-da Bridget Von Hammersmark (Diane Kruger) em uma missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich. E os desti-nos convergem para o cinema onde Shosanna está planejando a sua própria vingança.

Inteligente, ainda que manti-da rigorosamente simples, a trama investe nos atores - e a direção de elenco é a melhor da carreira já celebrada por essa característica de Tarantino. E se comentei acima que Christoph Waltz merecia sua própria crítica, dedico-lhe ao menos um parágrafo. O ator austríaco não dá chance a quem quer que divi-da a cena com ele. Seu vilão é tão sensacional que Bastardos Inglórios torna-se, sem querer, quase como um filme do Batman, em que são os antagonistas que valem o in.

CD Little Joy - Os Bas-tardos, o esqua-drão de Raine se junta à atriz alemã e agente infiltrada Bridget Von Hammer-smark (Diane Kruger) em uma missão para derrubar os líderes do Terceiro Reich. E os destinos con-vergem para o cinema onde Sho-sanna está planejando a sua pró-pria vingança.

Inteligente, ainda que mantida rigorosamente simples, a trama in-veste nos atores - e a direção de elenco é a melhor da carreira já celebrada por essa característica de Tarantino. E se comentei acima que Christoph Waltz merecia sua própria crítica, dedico-lhe ao menos um parágrafo. O ator austríaco não dá chance a quem quer que divida a cena com ele. Seu vilão é tão sensacional que Bastardos Inglórios torna-se, sem querer, quase como um filme do Batman, em que são os antagonis-tas que valem o ingresso. Brad Pitt? Bom e caricato, como o filme exige. Mas Waltz está simplesm.

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13Perfil

Qual é o melhor? Windows 7, Snow Leopard, Android. Nossos leitores avaliramINFO blogsAtenção, windowsmaníacos,

macmaníacos e googlemaníacos! Chegou a hora de provar sua supe-rioridade e eleger o melhor sistema operacional no prêmio INFO.

Deixem o bate-boca de lado e mostrem quem é o maioral nessa categoria. São três os competidores, todos lançados neste ano: Windows 7, da Microsoft; Mac OS X Snow Le-opard, da Apple; e Android 1.6, da Open Handset Alliance. E tudo indi-ca que a batalha entre os candidatos será bastante acirrada, um verdadei-ro clássico no mundo do software. Como diria Galvão Bueno, é teste pra cardíaco, amigo!

O Windows 7, que acaba de chegar, tem a missão de passar uma borracha no Vista, mostrando que a Microsoft superou as críticas e deu a volta por cima. Com uma interfa-ce mais amigável e bem mais leve do que o seu antecessor, o sistema ope-racional tem recebido críticas positi-vas tanto da imprensa especializada como dos usuários. Muitas foram as mudanças. A nova barra de tarefas fa-cilita o uso de múltiplos aplicativos. Há também as novas bibliotecas, que permitem visualizar arquivos espa-lhados pelo HD em pastas virtuais. E o Controle de Contas de Usuário não dá mais alertas irritantes.

Com aprimoramentos também na interface, o Mac OS X Snow Le-opard é uma atualização.

Bom, se for analisar o contraste do sistema anterior pro atual. o Win7 ganha de lavada, já que o Max OS já era per-feito. Por que o Ubuntu ou outra distribuição Linux não está na enquete?

Albert Einstein

Bom, se for analisar o contraste do sistema anterior pro atual. o Win7 ganha de lavada, já que o Max OS já era perfeito. Por que o Ubuntu ou outra distribuição Linux não está na enquete?

Galileu Galilei

Bom, se for analisar o contraste do sistema anterior pro atual. o Win7 ganha de lavada, já que o Max OS já era perfeito. Por que o Ubuntu ou outra distribuição Linux não está na enquete?

Isaac Newton

Enquanto frequentava a Stanford University, Larry conheceu Sergey Brin. Juntos, desenvolveram o motor de busca Google, que começou a funcionar em 1998

O império de onze anos

Lawrence E. Page, mais conheci-do por Larry Page, nasceu em Ann Arbor, Michigan, Estados Unidos da América, a 26 de Março de 1973. O seu pai, Carl Victor Page, professor de Ciência da Computação da Uni-versidade de Michigan, e a sua mãe, Gloria Page, professora de progra-mação informática, incutiram-lhe o gosto pela informática. Aos 6 anos de idade, já Larry Page se rendera apaixonadamente ao mundo dos computadores. Todos os seus estu-dos, a partir daí, tiveram em mente uma formação académica nesta área: frequentou a East Lansing High School, formou-se em engenharia de computação pela University of Michigan e obteve o grau de Mestre na Stanford University.

Enquanto frequentava a Stan-ford University, Larry conheceu Sergey Brin. Juntos, desenvolveram o motor de busca Google, que co-meçou a funcionar em 1998. Larry saiu de Stanford, depois de concluir a formação académica.

Larry Page foi o primeiro direc-tor executivo da Google como em-presa. O rápido crescimento deste motor de busca, levou a que Larry Page e Sergey Brin, o outro co-fun-dador da Google, sentissem necessi-

dade de contratar um estratega que contribuísse significativamente para a construção da infra-estrutura cor-porativa necessária à manutenção do Google como Empresa. A escolha recaiu em Eric Schmidt, na altura presidente e director executivo da Novell.

Larry Page foi o primeiro direc-tor executivo da Google como em-presa. O rápido crescimento deste motor de busca, levou a que Larry Page e Sergey Brin, o outro co-fun-dador da Google, sentissem necessi-dade de contratar um estratega que contribuísse significativamente para a construção da infra-estrutura cor-porativa necessária à manutenção do Google como Empresa. A escolha recaiu em Eric Schmidt, na altura presidente e director executivo da Novell.

Em Abril de 2001, Larry pas-sou a desempenhar as funções de Presidente de Produtos, dividindo a responsabilidade pelas operações diárias do Google com Eric Schmidt e Sergey Brin.

Larry foi reconhecido como o inovador do ano pela revista Resear-ch and Development Magazine e foi eleito para a Academia Nacional de Engenharia Norte Americana.

Junto com Sergey Brinn conseguram fundar o Google

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Ingredientes- 2 xícaras (chá) de chocolate meio amargo ralado- 4 xícaras (chá) de leite- 1/2 xícara (chá) de açúcar- 8 gemas peneiradas

- 1 colher (chá) de essência de baunilha- 1 cálice de conhaque- 200 g de mix de frutas secas (castanha de caju, castanha do Pará , damasco, ameixa)

Numa panela coloque 2 xícaras (chá) de chocolate meio amargo ralado, 4 xícaras ( chá) de leite, a xícara (chá) de açúcar, leve ao fogo médio mexendo sempre até derre-ter o chocolate e ferver por apenas 1 minuto. Desligue o fogo. Incorpore 8 gemas peneiradas EM FIO, mexendo

com um batedor de arame. Depois junte 1 colher (chá) de essência de baunilha e 1 cálice de conhaque e mexa vigorosamente até ficar homogêneo. Distribua 200 g de mix de frutas secas (castanha de caju, castanha do Pará, damasco, ameixa) em 10 canequinhas.

Modo de Preparo

Ingredientes- 2 xícaras (chá) de chocolate meio amargo ralado- 4 xícaras (chá) de leite- 1/2 xícara (chá) de açúcar- 8 gemas peneiradas

- 1 colher (chá) de essência de baunilha- 1 cálice de conhaque- 200 g de mix de frutas secas (castanha de caju, castanha do Pará , damasco, ameixa)

Numa panela coloque 2 xícaras (chá) de chocolate meio amargo ralado, 4 xícaras ( chá) de leite, a xícara (chá) de açúcar, leve ao fogo médio mexendo sempre até derre-ter o chocolate e ferver por apenas 1 minuto. Desligue o fogo. Incorpore 8 gemas peneiradas EM FIO, mexendo com um batedor de arame. Depois junte 1 colher (chá)

de essência de baunilha e 1 cálice de conhaque e mexa vigorosamente até ficar homogêneo. Distribua 200 g de mix de frutas secas (castanha de caju, castanha do Pará, damasco, ameixa) em 10 canequinhas de porcelana (que possa ir ao forno) e complete a canequinha com o creme de chocolate (feito acima). Leve ao forno.

Modo de Preparo

Fondue Assado

Ingredientes- 2 xícaras (chá) de chocolate meio amargo ralado- 4 xícaras (chá) de leite- 1/2 xícara (chá) de açúcar- 8 gemas peneiradas

- 1 colher (chá) de essência de baunilha- 1 cálice de conhaque- 200 g de mix de frutas secas (castanha de caju, castanha do Pará , damasco, ameixa)

Numa panela coloque 2 xícaras (chá) de chocolate meio amargo ralado, 4 xícaras ( chá) de leite, a xícara (chá) de açúcar, leve ao fogo médio mexendo sempre até derre-ter o chocolate e ferver por apenas 1 minuto. Desligue o

fogo. Incorpore 8 gemas peneiradas EM FIO, mexendo com um batedor de arame. Depois junte 1 colher (chá) de essência de baunilha e 1 cálice de conhaque e mexa vigo-rosamente até ficar homogêneo.

Modo de Preparo

Preço: R$14,00Rendimento: 10 porções

Brigadeirão

Preço: R$14,00Rendimento: 10 porções

Maçã do Amor com canela

Preço: R$14,00Rendimento: 10 porções

Dê vida a sua comida e ao mesmo tempo melhore a sua própria vida

Temperos que ajudam na saúde

Os temperos ajudam você a comer melhor e ganhar saúde

Ana Luiza HerzogFaltam dois meses para que re-

presentantes de 192 países do mun-do se reúnam em Copenhague, na Dinamarca, para decidir o que farão em relação às mudanças climáticas. A ideia é que o encontro coordenado pela Organização das Nações Uni-das seja o palco para a costura de um acordo global agressivo de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. Trata-se do maior even-to global desde a assinatura do Proto-colo de Kyoto, em 1997. O cenário é de urgência. Um relatório divulgado no início de outubro pelo Pnuma, o programa da ONU para o meio am-biente, reuniu 400 estudos científicos e concluiu que as mudanças climáti-cas “podem estar ultrapassando as previsões mais pessimistas”. Não se trata mais apenas de ursos polares se equilibrando em calotas de gelo que insistem em derre-ter. O aquecimento global começa a mostrar seu impacto diretamente na eco-nomia. Na Austrália, por exemplo, uma forte seca está acabando com o agronegócio -- um dos pilares do de-senvolvimento do país. Um recente estudo feito pelo Global Humanita-rian Forum, presidido por Kofi An-nan, revela que mais de 325 milhões de pessoas já têm sua rotina afetada pelas mudanças climáticas, a um custo econômico de 125 bilhões de dólares por ano. Mesmo com tais alertas não há hoje sinais concretos de que a reu-nião de Copenhague trará respostas definitivas para a questão. Enquanto União Europeia e Japão têm metas para a redução de CO2, os Estados Unidos devem chegar à conferência sem divulgar seus objetivos -- embora Barack Obama tenha feito promes-sas de campanha ao lado de um dos mais proeminentes ambientalistas do mundo, o democrata Al Gore. Qualquer que seja o desfecho da dis-cussão, porém, já é possível ter duas certezas. A mais óbvia é que resolver esse imbróglio é essencial para garan-tir o futuro do planeta. A outra é que nessa disputa alguns países vão se dar melhor que outros -- e o Brasil, gra-

ças a fatores como matriz energética e florestas (nativas e plantadas), surge como uma das potências do novo ce-nário. “Ninguém está tão preparado para se dar bem em uma economia de baixo carbono como nós”, afirma Tas-so Azevedo, consultor do Ministério do Meio Ambiente em questões de clima e de florestas.

Azevedo não está sozinho nesse discurso. Um dos mais eloquentes defensores dessa tese é o físico José Goldemberg, um dos maiores espe-cialistas do mundo na área de energia. “Quaisquer que sejam os encargos e as obrigações resultantes da Confe-rência de Copenhague, temos todas as condições de cumpri-los, sejam eles apresentados com a retórica de “compromissos voluntários”, como prefere o Itamaraty, ou de compro-missos mandatórios resultantes de

um acordo in-ternacional”, diz Goldemberg. As oportunidades, segundo ele, vão da exportação de etanol à gera-

ção de empregos com negócios quer que sejam os encargos e as obrigações resultantes da Conferência de Cope-nhague, temos todas as condições de cumpri-los, sejam eles apresentados com a retórica de “compromissos vo-luntários”, como prefere o Itamaraty, ou de compromissos mandatórios resultantes de um acordo internacio-nal”, diz Goldemberg. As oportuni-dades, segundo ele, vão da exportação de etanol à geração de empregos com negócios quer que sejam os encargos e as obrigações resultantes da Confe-rência de Copenhague, temos todas as condições de cumpri-los, sejam eles apresentados com a retórica de “com-promissos voluntários”, como prefe-re o Itamaraty, ou de compromissos mandatórios resultantes de um acor-do internacional”, diz Goldemberg. As oportunidades, segundo ele, vão da exportação de etanol à geração de empregos com negócios quer que sejam os encargos e as obrigações re-sultantes da Conferência de Cope-nhague, temos todas as condições de cumpri-los, sejam eles apresentados com a retórica de “compromissos.

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Caio CaprioliXadrez é aquilo, né? Ou você gosta, ou você não gosta. Depois dos anos

1970, as estampas quadriculadas ficaram meio fora de moda por um bom tempo e, agora, veio voltando aos poucos. Começou nas calças, que invadiram os armários masculinos de uma vez só. Depois, os tênis. Até que, por fim, as camisas xadrez chegaram e, num simples piscar de olhos, todo mundo já tem uma.

Bom, o xadrez surgiu lá na Escócia, no meio do século XIX e, aos poucos, foi se adequando à moda. Hoje, vemos estampas xadrez de todos os estilos; grandes, coloridas, pequenas, psicodélicas, monocromáticas… As celebridades internacionais começaram com a moda. Qualquer premiação que fosse, bas-tava para Zac Efron, Robert Pattinson, Chris Pine, Chad Michael Murray e vários outros aparecerem com a roupa. O problema é que o xadrez tem al-guns segredos que devem ser levados em conta, principalmente quando esta-mos falando de camisa e barriguinha. Para evitar que, sem querer, você realce aquela pancinha indesejada, é preciso escolher por um xadrez com quadrados menores e em tons mais escuros, como o vinho, preto e cinza. Para os mais magros, xadrez de cores vivas são a melhor opção.

Para combinar, não há muito segredo, não. Tente seguir os tons que a ca-misa possui. Se ela for azul, por exemplo, use algo em azul escuro. A sobrepo-sição está na moda, lembra? Se ela for azul, por exemplo, use algo em azul escuro. A sobreposição está na moda, lembra? Se ela for azul, por exemplo, use algo em azul escuro. A sobreposição está na moda, lembra? Se você gosta de usar camisas abertas, vista uma camiseta bem bacana por baixo, de preferên-cia branca ou cinza, que fica perfeito!

Para as calças, é preferível usar jeans, já que os tecidos de camisas não vão bem com um moletom, por exemplo. Daí varie, né? Skinny, reto, bag… Vai do gosto do freguês. Daí varie, né? Skinny, reto, bag… Vai do gosto do freguês. Daí varie, né? Skinny, reto, bag… Vai do gosto do freguês. Daí varie, né? Skinny, reto, bag… Vai do gosto do freguês. Você também pode usar as camisas com shorts e chinelos, que dá um look totalmente agradável e ‘de verão’.

Camisa Xadrez, a queridinha

Caio Caprioli só quer saber de se vestir de acordo com o seu humor. Contato:

[email protected]

Deborah BresserAgência EstadoE é quando a gente acha que não

existe mais moda para pegar, as grifes e as celebridades nos dão um tapa na cara mostrando que nunca, NUN-CA, vamos ficar sem tendências. Desta vez, os desfiles já anunciaram: ser mendigo está na moda. Claro, com todo o perdão para aqueles que, devido à situação financeira, vivem de forma precária nas ruas do mun-do. Como não sei falar sobre política, economia ou so-ciedade, me restam as roupas, que não entendo muito, mas gosto mais. Voltan-do. O miserável está na moda. É a vez do négligence-chic. O grunge bomba.

Tudo começou lá por 2007, quando Marc Jacobs mostrou às mu-lheres uma combinação boa e barata: texturas diferentes, roupas sobrepos-tas, chapéus, toucas, flanelas, peles sintéticas, xadrezes, roupas rasgadas, cortadas, desfiadas, com tonalidades bege, preto e cinza. Chamaram de neo-grunge. Chamaram de mendigo chic. Os homens, é claro, adoraram a ideia. Roupas com golas rasgadas, shorts cortados, calças com a barra arrastando no chão. Toda uma coi-sa desalinhada, torta. Mas sempre combinando. Os cabelos cresceram, o topetinho ficou de lado, alguns até deixaram de lavar a cabeça dia-

riamente para ficar mais no clima. O bigodinho voltou. A sobreposição se tornara essencial. E o pijama? A me-lhor roupa.

Por aqui, Alexandre Herchcovi-tch começou a moda há um tempo, quando observava o estilo dos men-digos e moradores de rua de São Paulo para criar suas composições. Além do próprio Alexandre, temos a Osklen. Quer marca mais mendi-go chic que a Osklen? Passe em uma loja. É tudo moletom, muito vintage,

desgastado, bege, preto, cinza, largo, sem cortes, meio torto, meio bonito demais, meio en-cantador. A coleção atual da Zara tam-bém tem um pouco de mendigo feelin-

gs, bastante roupa bege, com textura amassada. Tudo muito bonito, viu? Sem contar os brechós, né?

Tá, e como ser mendigo? Bom, é bem fácil. Para começar, esqueça a ideia de ‘arrumado’. Nada de cabelo penteado, nada de cabelo no lugar, nada de mousse. Suje o cabelo, passe um creme e deixe secar. Seja o que Deus quiser. Corte as golas de suas camisetas, use-as bastante, até ficarem gastas. Compre calças mais largas do que o comum, deixe-as arrastar pelo chão, até comer a barra. Use muito chinelos e sandálias. Tá, e como ser mendigo? Bom, é bem fácil. Para co-meçar, esqueça a ideia de ‘arrumado’.

Nada de cabelo penteado, nada de ca-belo no lugar, nada de mousse. Suje o cabelo, passe um creme e deixe secar. Seja o que Deus quiser. Corte as golas de suas camisetas, use-as bastante, até ficarem gastas. Compre calças mais largas do que o comum, deixe-as ar-rastar pelo chão, até comer a barra. Use muito chinelos e sandálias. Tá, e como ser mendigo? Bom, é bem fácil. Para começar, esqueça a ideia de ‘arrumado’. Nada de cabelo pen-teado, nada de cabelo no lugar, nada de mousse. Suje o cabelo, passe um creme e deixe secar. Seja o que Deus quiser. Corte as golas de suas cami-setas, use-as bastante, até ficarem gastas. Compre calças mais largas do que o comum, deixe-as arrastar pelo chão, até comer a barra. Use muito chinelos e sandálias. Compre cola-res e faça artesanato para o pescoço. Pronto. Mistura tudo, né? Mendigo, hippie, grunge… Ah, não se esqueça das sobreposições. Coloque camise-tas e blusas coloridas, coloque duas camisetas, três. Ouse. É legal, está na moda. Fica bonito.

Os tecidos que comandam são: moletom, tricô e malha. Moletom cortado, moletom rasgado, moletom colorido, moletom velho e usado. Tudo o que é bonito e, de fato, con-fortável. Tudo o que é bonito e, de fato, confortável. Tudo o que é boni-to e, de fato, confortável. A lei é essa: fique confortável com o que está ves-tindo. Nada demarcando a silhueta, tudo um pouco mais largo.

A moda do mendigoPara começar, esqueça a ideia de ‘arrumado’. Nada de

cabelo penteado, no lugar, nada de mousse

Os tecidos que comandam são: moletom, tricô e

malha

Para combinar, tente seguir os tons que a camisa possui

A sobreposição de roupas de maneira desalinhada marcam o estilo grunge do verão 2010

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16Entrevista

Ator Vladimir Brichta Conta como consegue conciliar as gravações da novela e sua atenção com os filhos

“Não consigo ficar longe deles”Atualmente, Vladimir Brichta

está vivendo o boa praça Enrico, em Kubanacan, que adora jogar conver-sa fora e nunca perde o bom humor. Mas ao falar de sua filha Agnes, Vla-dimir fecha a cara quando o assunto é sua guarda, que ainda é provisória. Quem não conhece o drama vivido pelo ator Vladimir Britcha, que há mais de um ano briga na justiça ser-gipana pela guarda da filha Agnes, de apenas 4 anos de idade?

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o

direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma res-ponsabilidade enor-me e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor

que recebi dos meus pais.H21 - O que você pensa sobre a

paternidade?Ser pai é uma responsabilidade

enorme e pro-curo dar todo o meu amor à Ag-nes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor

que recebi dos meus pais.H21 - O que você pensa sobre a

paternidade?Ser pai é uma responsabilidade

enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

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Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

H21 - O que você pensa sobre a paternidade?

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes, muito amor. Tenho o direito e o dever de cuidar da minha filha, com o mesmo carinho e amor que recebi dos meus pais.

Acho que o importante é querer, querer

dar atenção. Aí a gente consegue

encontrar um tempo

Ser pai é uma responsabilidade enorme e procuro dar todo o meu amor à Agnes,