8
HDS In Forma Nº 19 | Bimestral | Outubro 2007 Registo Registo Registo Registo Registo Electrónico da Electrónico da Electrónico da Electrónico da Electrónico da Assiduidade Assiduidade Assiduidade Assiduidade Assiduidade Registo Registo Registo Registo Registo Electrónico da Electrónico da Electrónico da Electrónico da Electrónico da Assiduidade Assiduidade Assiduidade Assiduidade Assiduidade Obesidade Obesidade Obesidade Obesidade Obesidade Infantil e Infantil e Infantil e Infantil e Infantil e Mórbida Mórbida Mórbida Mórbida Mórbida Obesidade Obesidade Obesidade Obesidade Obesidade Infantil e Infantil e Infantil e Infantil e Infantil e Mórbida Mórbida Mórbida Mórbida Mórbida Nutrição Nutrição Nutrição Nutrição Nutrição Nutrição Nutrição Nutrição Nutrição Nutrição Taxa de axa de axa de axa de axa de Reclamações Reclamações Reclamações Reclamações Reclamações Taxa de axa de axa de axa de axa de Reclamações Reclamações Reclamações Reclamações Reclamações Com Seriedade, Com Seriedade, Com Seriedade, Com Seriedade, Com Seriedade, Solidariedade e Segurança Solidariedade e Segurança Solidariedade e Segurança Solidariedade e Segurança Solidariedade e Segurança Com Seriedade, Com Seriedade, Com Seriedade, Com Seriedade, Com Seriedade, Solidariedade e Segurança Solidariedade e Segurança Solidariedade e Segurança Solidariedade e Segurança Solidariedade e Segurança Sempre consigo a cuidar de si

hds outubro final

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

HDSInFormaNº 19 | Bimestral | Outubro 2007

RegistoRegistoRegistoRegistoRegistoElectrónico daElectrónico daElectrónico daElectrónico daElectrónico da

AssiduidadeAssiduidadeAssiduidadeAssiduidadeAssiduidade

RegistoRegistoRegistoRegistoRegistoElectrónico daElectrónico daElectrónico daElectrónico daElectrónico da

AssiduidadeAssiduidadeAssiduidadeAssiduidadeAssiduidade

ObesidadeObesidadeObesidadeObesidadeObesidadeInfantil eInfantil eInfantil eInfantil eInfantil eMórbidaMórbidaMórbidaMórbidaMórbida

ObesidadeObesidadeObesidadeObesidadeObesidadeInfantil eInfantil eInfantil eInfantil eInfantil eMórbidaMórbidaMórbidaMórbidaMórbida

NutriçãoNutriçãoNutriçãoNutriçãoNutriçãoNutriçãoNutriçãoNutriçãoNutriçãoNutrição

TTTTTaxa deaxa deaxa deaxa deaxa deReclamaçõesReclamaçõesReclamaçõesReclamaçõesReclamações

TTTTTaxa deaxa deaxa deaxa deaxa de

ReclamaçõesReclamaçõesReclamaçõesReclamaçõesReclamações

Com Seriedade,Com Seriedade,Com Seriedade,Com Seriedade,Com Seriedade,Solidariedade e SegurançaSolidariedade e SegurançaSolidariedade e SegurançaSolidariedade e SegurançaSolidariedade e SegurançaCom Seriedade,Com Seriedade,Com Seriedade,Com Seriedade,Com Seriedade,Solidariedade e SegurançaSolidariedade e SegurançaSolidariedade e SegurançaSolidariedade e SegurançaSolidariedade e Segurança

Sempre consigo a cuidar de si

índiceíndiceíndiceíndiceíndice

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Ficha Técnica:Propriedade: Hospital Distrital de Santarém, EPE, Avenida BernardoSantareno, 2005-177 Santarém | Direcção: Conselho de Administra-ção | Edição: Ana Bento, Francisco Ribeiro de Carvalho, Helena Grais,Marta Bacelar Xavier e Nuno Silva | Contactos: Telef. 243 300 200| E - m a i l : h d s i n f o r m a @ h d s . m i n - s a u d e . p t | S i t e : w w w. h d s . m i n -saude.pt | Impressão: Nobre Brindes, Lda | Tiragem 1500 exempla-res | Distribuição Gratuita

I.V.G.

Liga dos Amigos do HDS

Registo de Assiduidade

CIPE/SAPE

Obesidade Infantil

Obesidade Mórbida

Sabia que?

Taxas Moderadoras

Taxa de Reclamações

Comemoração dos 25

anos - Padre Bento

Nutrição...

Sabia que?

Qualidade no Bloco

Operatório

3

45

7

EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

A Gestão do Risco

O Hospital de Santarém foi mais umavez sujeito à avaliação externa enum universo do Serviço de Saúde,Hospi ta is e Centros de Saúde,reve lou-se com uma imagempos i t i va me lhor que a méd ianacional, com uma reclamação pormil utentes atendidos nos maisdiversos Serviços.O risco pode ser definido como aprobabilidade de algo acontecer ou,ap l i cando às Rec lamações , aprobabilidade do doente/utentemanifestar insatisfação sobre osse rv i ços receb idos face àsexpectativas que o motivaram arecorrer ao Hospital.O r isco é inerente à actividadehumana, seja ela qual for e podemser voluntários ou involuntários.Num Hospital podem ainda serclassificados de comuns, tal e qualse observam em qua i squerorganizações ou de iatrogénicos seestão ligados intrinsecamente àactividade médica.Mais de 95% das 290 reclamaçõesrecebidas em 2006 enquadram-seno t ipo comum porque d izemrespeito ou a razões do edifício,instalações e equipamentos, ou arazões do comportamento humano.Outra classificação do risco é o deaceitável ou inaceitável. Em maiorou menor grau de probabilidade orisco iatrogénico é aceitável. Já orisco comum, aquele que representamais de 95% das manifestações deinsatisfação dos nossos utentesclassifica-se como inaceitável, pelasimples razão de poder haver umaprevenção e f i caz apesar daheterogeneidade dos riscos e dosinfinitos “momentos de verdade”que, em 24/24 horas são expostosem emoções e sentimentos, quantasvezes no limite.Organizemos as nossas consciênciaspara a presença dos riscos evitáveis.

José R ianço JosuéP re s iden te do CA

6

2 HDSInForma

A Liga dos Amigos do Hospital deSantarém, Instituição Particular deSolidariedade Social, foiinaugurada em Março de 1988.Entre as muitas actividades quedesenvolve de apoio aos utentes,colabora activamente com oServiço Social do Hospital. Estacolaboração passa por dar apoioaos doentes mais carenciados aonível da alimentação, transporte,vestuário, material ortopédico,medicamentos, sacos decolostomia, etc. Por outro ladotraduz-se na coordenação de todaa actividade de voluntariado,mantendo equipas voluntáriasem áreas como a Urgência Gerale o Hospital de Dia de Oncologia.Ocorrerá em Outubro a

inauguração da Res idênc ia Dr.Albergaria Mart ins – Unidade deC u i d a d o s C o n t i n u a d o s d eM é d i a D u r a ç ã o , p r o j e c t oidea l i zado há vár ios anos e quese to rna agora uma rea l idade .S i tua - se junto ao Hosp i ta l , emte r renos ced idos pe la Câmara

O Hospital de Santarém vai dispor, a partir de 1 de Janeiro de 2008, deum sistema de registo de assiduidade e gestão de pessoal que, numasegunda fase, incluirá a integração com o processamento de salários,modernizando assim toda a gestão administrativa dos Recursos Humanos.A medida visa respeitar a legislação em vigor que determina aobrigatoriedade do Hospital dispor desse sistema e ainda darcumprimento às orientações Ministeriais para que até ao fim de 2007os Hospitais disponham destas ferramentas de gestão de pessoal.Para o efeito foi nomeado um grupo de trabalho multidisciplinar, quevai, em conjunto com o fornecedor, desenvolver o processo.

M u n i c i p a l d e S a n t a r é m . Te mc o m o objectivo receber doentesque j á não necess i t em deinternamento hospitalar (o quepermitirá libertar camas do Hospi-

tal), mas que necessitam durante operíodo de convalescença de apoioespecializado.Esta Unidade, que dispõe de umaequipa de médicos, enfermeiros,terapeutas, auxiliares, administrativose cerca de 40 voluntár ios, temcapacidade para o internamento de 20doentes em fase de convalescença, porperíodos de 30 a 90 dias. Dispõe de 16quartos, dois deles duplos, com televisão,casa de banho privativa e arcondicionado, sala para terapiaocupacional dos tempos livres, ginásioequipado para tratamentos defisioterapia e aulas de ginástica,cabeleireiro/barbeiro, refeitório, aulas depreparação para o parto, pós-parto emassagens para bebés.Es ta Unidade fo i pro jectadaconsiderando o aumento de 24 quar-tos, num edifício a ser construído juntoao existente. Para tal, a Liga está aestabelecer contactos com empresas einstituições públicas ou privadas e temem marcha uma campanha deangariação de sócios junto dapopulação.

A lei nº 16/2007 aprovada a 17 deAbril estabelece as condições paraa interrupção da gravidez por opçãoda mulher. Assim, a alínea e) do nº1 do artigo 142.º do Código Penalpermite a interrupção da gravidezaté às 10 semanas a todas asmulheres grávidas que o solicitem,desde que rea l i zado emestabelecimento de saúde oficial ouoficialmente reconhecido.O Hospital de Santarém, através doDepartamento da Mulher e daCriança, organizou-se de forma a darresposta aos pedidos das mulheresresidentes na sua área geográfica. Aequipa clínica inclui seis médicos etrês enfermeiros do Serv iço deG ineco log ia e Obs te t r í c i a nãoobjectores de consciência.

O processo de in te r rupção dagrav idez decor re em reg imeambulatório. Após o pedido damulher é marcada a consulta prévia,na qual se atesta a datação dagravidez, se opta pelo métodomedicamentoso ou cirúrgico, sed e c i d e q u a l o m é t o d o d eplaneamento familiar subsequentee se marca a consulta de início dométodo. A mulher tem então umperíodo de reflexão nunca inferiora três dias, durante o qual temacesso ao guia informativo da IVG,à brochura sobre apoio social àm a t e r n i d a d e e p a t e r n i d a d e econtactos telefónicos directos depsicólogo e assistente social. Apóso período de reflexão, em caso demanter o pedido, é efectuado ométodo ind i cado . O p roce s sot e r m i n a c o m a c o n s u l t a d econtrolo e envio à consulta deplaneamento familiar do Centro deSaúde respectivo.

Contactos úteis:Marcação Consultas – 961101320Apoio do Psicólogo – 961751756;Apoio Serviço Social – 961751758Site DGS – www.dgs.pt

Artigo elaborado pelo Dr. Pedro Rocha,Médico do Departamento Mulher Criança

Na continuidade do processo deimplementação dos registos electrónicosde enfermagem com base no SAPE, aEnf.ª Directora felicita todos os Serviçosenvolvidos neste projecto, em especial aUCI, Psiquiatria e Medicina II, onde já severifica a utilização quase plena do SAPE.

I . V. G .

Mensalmente os dados estatísticos sãoreportados à DGS.

Lig

a d

os

Am

igo

s d

o H

DS

Lig

a d

os

Am

igo

s d

o H

DS

Lig

a d

os

Am

igo

s d

o H

DS

Lig

a d

os

Am

igo

s d

o H

DS

Lig

a d

os

Am

igo

s d

o H

DS

RRRRREGISTOEGISTOEGISTOEGISTOEGISTO DEDEDEDEDE A A A A ASSIDUIDADESSIDUIDADESSIDUIDADESSIDUIDADESSIDUIDADE EEEEE G G G G GESTÃOESTÃOESTÃOESTÃOESTÃO DEDEDEDEDE P P P P PESSOALESSOALESSOALESSOALESSOAL

CIPE/SAPECIPE/SAPECIPE/SAPECIPE/SAPECIPE/SAPEInvestimento paraInvestimento paraInvestimento paraInvestimento paraInvestimento para

o futuroo futuroo futuroo futuroo futuro

Sempre consigo a cuidar de si 3

OOOOObesidadebesidadebesidadebesidadebesidade INF INF INF INF INFANTILANTILANTILANTILANTILA obesidade é hoje um dos gran-des problemas com que nos de-frontamos em Saúde Pública, no-meadamente na idade pediátrica.A génese da obesidade primária éhá muito conhecida e considera-se mult i factor ia l resultando dacombinação de factores genéti-cos, ambientais, culturais e de or-dem alimentar. Existe maior inci-dência de obesidade em filhos depais obesos com risco aumenta-do em 30-50% se um dos pais forobeso e de 70-80% se forem osdois em conjunto. O sedentarismoagrava os factores genéticos casoexistam e é capaz, com a ingestãode al imentos hipercalóricos, de-sencadear obesidade. Existem noentanto algumas particularidadesda obesidade infanti l em relaçãoà do adulto - As crianças e os jo-vens necessitam de crescer .

Na definição da obesidade, o Ín-d i c e d e M a s s a C o r p o r a l ( I M C=Peso/ alt (m)2 ) é o parâmetromais uti l izado na prática cl ínicapara a idade pediátrica. Não é umfactor estático e varia com a ida-de e com o sexo. Devido à impor-tância do problema, os novos Bo-letins Individuais de Saúde con-templam as tabelas dos percentisdo IMC. Considera-se excesso depeso entre P 85 e o P95 e obesaacima do percenti l 95.

PrevalênciaCerca de 40% das crianças obe-sas serão adultos obesos com to-dos os problemas de saúde asso-ciados, conforme dados da OMS,de diminuição da esperança mé-dia de vida.

Em dois pequenos estudos descri-t ivos efectuados em Santarém,verif icou-se que:

• 1.Num colégio de crianças dos 3aos 5 anos, verificou-se que cerca de4,9% tinha excesso de peso e 9,7%sofria de obesidade.

• 2.Na Consulta de Obesidade de Pedi-atria do HDS, num universo de 105 cri-anças dos 3 aos 12 anos, 52,4% sofrede obesidade intensa e 4,8% sobre deobesidade mórbida.

Estes estudos não são estatistica-mente significativos, mas são sufi-cientemente ilustrativos para nosalertar para a necessidade de umgrande estudo representativo a ní-vel nacional sobre a prevalência daobesidade em Portugal.

ConsequênciasA obesidade infantil tem sido as-sociada como factor de risco paradiversas patologias dos quais sali-entamos pela sua prevalência: -HTA; dislipidemias e diabetes tipoII. A pobre auto-estima; a depres-são e as alterações do comporta-m e n t o a l i m e n t a r ( b u l i m i a ,anorexia) têm sido referidos tam-bém, como consequência desteproblema.Na literatura o “obeso infantil” seráobeso na idade adulta especial-mente se esta obesidade se prolon-gar para além dos 13 anos.

Algumas das complicações da obe-sidade infanti l são: art iculares;cardiovasculares; cirúrgicas; cres-cimento; cutâneas; endócrino; me-tabólicas; gastrointestinais; morta-lidade; neoplasias; psicossociais erespiratórias.

PrevençãoA obesidade para além da vertentemédica é um problema social de-

vendo a família e a comu-nidade ser a base

da sua reso-

lução. A 1ª com mudança de hábi-tos e crenças fundamentalmentena 1ª infância, que é a idade emque se tornam mais relevantes osprincipais factores de risco. Cabe àcomunidade, nomeadamente à es-cola, instituir programas alimenta-res adequados e programas de pre-enchimento de tempos livres. É ain-da de salientar a importância dosmeios de comunicação social quedevem desempenhar um papel im-portante através de uma publicida-de mais criteriosa e aproveitandoa sua capacidade de informar/for-mando.

TratamentoA manutenção de peso é frequente-mente o objectivo. Só raramente aperda de peso é a meta a atingir.A obes idade infant i l deve-semaior i tar iamente a causasextrínsecas ao indivíduo, sendo ascausas endócrinas, genéticas oufarmacológicas responsáveis por me-nos de 1% dos casos. Exceptuandoestes casos raros a terapêutica daobesidade pediátr ica, de dif íc i lconcretização, assenta na modifica-ção comportamental das crianças,famílias e comunidade. É no equilí-brio entre a “prevenção do ganho ex-cessivo de peso”, diminuição daingestão calórica juntamente com oaumento do gasto energético e daactividade física que será possível tra-var este desafio da Saúde Publica

Artigo elaborado pelo Serviço dePediatria do HDS.

Referenciação

Deverão ser referenciadas àconsulta de obesidade infan-ti l do Hospital Distr ital deSantarém:

• C r i a n ç a s c o m g r a v emorbilidade relacionada coma obesidade nomeadamenteapneia do sono, síndroma dehipovent i lação, problemaspsicológicos e problemas or-topédicos.

• Crianças com suspeita deoutra patologia subjacentecausando a obesidade.

• Crianças com percentil doIMC superior a 95.

4 HDSInForma

O O O O Obesidadebesidadebesidadebesidadebesidade MÓRBIDA MÓRBIDA MÓRBIDA MÓRBIDA MÓRBIDAQuais as principais ameaças daobesidade em relação à saúdepúbl ica e ao bem-estar dosPortugueses?

A obesidade foi considerada segundoa Organização Mundial de Saúde, aepidemia global do século XXI.Para além das consequências decarácter social nomeadamente aexc lusão em termos de saúdepública, o obeso é um potencialdiabético, hipertenso com riscoelevado de doenças degenerativasdas ar t icu lações , doençascardiovasculares, neoplasias damama e da próstata, esteatasehepát ica , apneia do sono,infertilidade, entre outras.A obes idade grave, obes idademórbida, tem um risco acrescido demortalidade em relação aos doentesnão obesos de 250%. Três em cadacinco crianças em Portugal têm nestemomento peso excessivo.

Como está organizado otratamento da obesidade mórbidano Hospital de Santarém?

No nosso hospital, desde 2005, tem-se vindo a trabalhar no sentido deformar um Núcleo de Apoio aoDoente Obeso. Só esta abordagemmultidisciplinar, que implicará algumacompanhamento deste problemapoderá ter sucesso.Foi criada uma consulta para estesdoentes, com acesso limitado, umavez que para já permanececonjuntamente com a consulta decirurgia geral.A total disponibilidade de meiostécnicos e humanos é fundamental eaté agora têm existido algumasdif icu ldades, nomeadamentenadisponib i l i zação de temposoperatór ios , acompanhamentopsicológico e nutricional. De facto,ex i s te um grupo de técn icosinteressados e competentes, mascomo desempenham inúmerasoutras tarefas, muitas vezes o apoio

a estes doentes é feito em horáriopós-laboral.Outra dificuladade é o custo detratamento destes doentes que éelevado, não tem financiamentopróprio e os orçamentos hospitalaressão escassos, embora a longo prazoe com a potencial morbilidade destesdoentes o verdadeiro custo sejamuito mais elevado.Independentemente das dificuldadestemos tentado dar resposta aos casosmais prementes, e temos emseguimento pré e pós-operatórioaproximadamente 60 doentes.Pensamos que em 2007/2008, commeios de financiamento específicosque têm sido publicitados pela Tutelaa nível do Ministério da saúde, poder-se-á definitivamente desenvolver estaárea que pode vir a ser mais um fac-tor de diferenciação, prestígio eeventualmente poderá trazerproveitos ao nosso Hospital.

Quais os t ipos de c i rurgiaexistentes no tratamento daobesidade mórbida no Hospital deSantarém?

A abordagem deste problema deveiniciar-se com medidas preventivasnomeadamente na esco la ,rectificando e melhorando hábitosalimentares.A fase de tratamento inicia-se pelaabordagem clínica com Dietas (planoalimentar), incremento da actividadefísica, terapia comportamental efármacos.Quando repetidamente todas estasmedidas falham temos o tratamentocirúrgico, que por si só não garanteo êxito.O tratamento cirúrgico destina-se aobesos com um IMC >=40 Kg/m2ou >35 Kg/m2, quando houverdoença acompanhante comimportância clínica e em que houveres i s tênc ia documentada aotratamento clínico.

Existem contra-indicações relativas aotratamento cirúrgico, não estandoindicadas para obesos, com menos de 18anos e mais de 60, doentes com distúrbiospsíquicos e/ou toxicodependência (álcoole drogas).

O tratamento cirúrgico é apenas umavertente do tratamento do doente.Este deve passar a ser acompanhadopor uma equipa multidisciplinar(Médico, Enfermeira, Psicóloga eNutricionista) que o apoiam pré e pósoperatoriamente.A técnica cirúrgica usada dependeráde vários factores, nomeadamentedo perfil psicológico do doente, doseu grau de obes idade e da

capacidade do médico que efectuaráa mesma.As técn icas c i rúrg icas usadasdividem-se em 2 tipos: derivativas-bypass bilio pancreático, duodenalswitch, etc. e restritivas– bandagástrica, sleeve, etc. Têm comopontos comuns promover a sensaçãode saciedade e diminuir a capacidadede absorção do estômago e intestino.

O que pode o doente esperarcomo resultado da cirurgia?

O doente não pode ficar a pensarque a cirurgia por si só vai resolvert o d o s o s s e u s p r o b l e m a s ,nomeadamente o peso. Deverá ser“ o b r i g a d o ” a m u d a r o s s e u sháb i tos a l imenta res e te rá decombater o sedentarismo.Em 25 a 35% dos casos, ao fim de2 anos , com qua lquer t ipo detécnica cirúrgica o doente podevoltar ao seu peso inicial. Cirurgiasc o m p l e m e n t a r e s , p o d e m s e rnecessárias, nomeadamente parar e m o v e r e x c e s s o d e p e l e eg o r d u r a , a s s i m c o m o p a r ar e m o d e l a r o s m e c a n i s m o s d eajuste, que podem ser necessáriosno caso da banda gástrica.

Dr.

Jo

aq

uim

Co

sta

Dir

ecto

r B

loco

Ope

rató

rio

Sempre consigo a cuidar de si 5

“Três em cada cincocrianças em Portugal têm

neste momentopeso excessivo.”

?Existe o dia

Nacional da LutaContra a

Obesidade?

É no dia 19de Março.S

AB

IAS

AB

IAS

AB

IAS

AB

IAS

AB

IAQ

UE

QU

EQ

UE

QU

EQ

UE

SA

BIA

SA

BIA

SA

BIA

SA

BIA

SA

BIA

QU

EQ

UE

QU

EQ

UE

QU

E?SA

BIA

SA

BIA

SA

BIA

SA

BIA

SA

BIA

QU

EQ

UE

QU

EQ

UE

QU

E?

NUTRIÇÃONUTRIÇÃONUTRIÇÃONUTRIÇÃONUTRIÇÃO...............O que se en tende po robes idade? P rob lema dealgumas pessoas que têm muitafome e/ou não sabem comer?

Nada mais errado! A obesidade éum distúrbio crónico, idêntico atantos outros que afectam o serh u m a n o e q u e r e s u l t a d ainteracção da informação genéticae de vários factores ambientais,com destaque para a alimentaçãoe o estilo de vida. Quer isto dizerque o obeso tem, regra geral, umapred i spos i ção f am i l i a r pa ra odistúrbio.

De que resulta então o excessode peso?

É bom salientar que o excesso depeso pode também resultar dae x i s t ê n c i a p r é v i a d e a l g u m a sd o e n ç a s , o u a i n d a , d e u m aal teração súb i ta de act iv idadef í s ica , quer por d iminuição damobil idade, quer na sequência,por exemplo, da paragem de umaa c t i v i d a d e d e s p o r t i v a . É n oentanto um facto, comum a todase s t a s s i t u a ç õ e s , q u e aacumulação de gordura se deve àingestão de energia/alimentos emquantidade superior aquela que oorganismo consome. Contudo, oc o n t r o l o d e s t a s d i f e r e n t e ss i t u a ç õ e s i m p l i c a t a m b é mmedidas correctivas de diferentenatureza, sendo por isso muitoi m p o r t a n t e u m d i a g n ó s t i c od i f e r e n c i a l d a s c a u s a s d oa u m e n t o d e p e s o p a r a s econseguir obter sucesso.

Como se compor ta aComunidade Científica peranteeste problema?

A comunidade científica ainda nãotem s ido suf ic ientemente justapara com estes indivíduos porquecont inua a permi t i r que es tessejam vistos como alguém queengordou demasiado, por erropróprio, mas deveria ser magro, ecomo tal não se adapta a viver nomundo dos magros e sob as regrasdos magros. Nada mais injusto do queisto!

Como pode ser contro lada aobesidade?

U l t i m a m e n t e , d e e n t r e a sestratégias para controlar a grandeobesidade, tem vindo a receberdestaque o recurso a técn icasc i r ú rg i c a s , de s i gnadamente aBanda Gást r i ca A jus táve l , quec o n d i c i o n a a q u a n t i d a d e d ea l i m e n t o s a i n g e r i r e m c a d arefeição, e o Bypass, que limita aabsorção dos nutrientes ingeridos.C a d a u m a d e l a s p o d e t r a z e rbenefícios enormes aos grandeso b e s o s , p a r a q u e m a s o u t r a sestratégias não obtiveram sucesso.

Qual o papel da nutr ição nocombate à obesidade?

A intervenção nutricional/consulta denutrição deverá ser entendida comobasilar e transversal a toda e qualquerestratégia que se escolha paracontrolar a obesidade. Isto porque, se éverdade que é o balanço energético

Bloco Operatório Central inicia projecto de Gestão da QualidadeBloco Operatório Central inicia projecto de Gestão da QualidadeBloco Operatório Central inicia projecto de Gestão da QualidadeBloco Operatório Central inicia projecto de Gestão da QualidadeBloco Operatório Central inicia projecto de Gestão da QualidadeOs profissionais do Bloco Operatório Central do nosso hospital vão desenvolver um projecto inovador de gestãoda qualidade nos moldes preconizados pela Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade (European Founda-tion for Quality Management – EFQM). Este projecto será implementado no âmbito de um estudo académico eenvolverá uma análise organizacional ao longo de vários meses.O modelo da EFQM é particularmente útil para as organizações de saúde em que é amplamente reconhecida aqualidade dos profissionais, mas que por vezes vêem os seus resultados condicionados por característicasorganizacionais. A sessão de arranque do projecto realizou-se no dia 3 de Setembro com as chefias desta unidade.

“A obesidade é poisum sério problema desaúde, que ultrapassao conceito estético oude excesso de peso.”

Dr.

Sa

nto

Am

aro

Nut

rici

onis

ta d

o H

DS

que se encontra a l terado naacumulação de gordura corporal,também não é menos verdade que ainerente ingestão excess iva dea l imentos poderá condic ionardesequilíbrios em vários nutrientes.Nutrientes esses que poderão levar aodesenvolvimento ou agravamento deum vasto conjunto de alteraçõesmetaból icas nas pessoas a issopredispostas e que por sua vezconduzirão ao comprometimentofuncional de um ou vários orgãosvitais do individuo. A obesidade épois um sério problema de saúde, queultrapassa o conceito estético ou deexcesso de peso.documentada

6 HDSInForma

A melancia não é água mas quase:92% da sua polpa é constituída porágua , o que a to rna um bomsubstituto do líquido natural paraquem não consegue beber a dosediária indispensável, além de seruma fonte de nutrientes, pois possuiproteínas, hidratos de carbono,

betacaroteno,a ç ú c a r ,vitaminas docomplexo B,A e C e saism i n e r a i scomo cálcio,fós foro eferro.

Fo i recentemente co locada aoGabinete do Ministro da Saúde aquestão de saber qua l oenquadramento legal para a isençãodo pagamento de taxas moderadoraspe los func ionár ios púb l i cos efamiliares, tendo sido esclarecidoque:

1. O diploma que estabelece oregime das taxas moderadoras é oDL 173/2003, o qual estabelece quaissão as circunstâncias em que estassão devidas bem como consagra oscasos de isenção de pagamento dasmesmas;

2. A alínea t do n.º 1 do artigo 2º domesmo DL prevê “outros casosdete rminados em leg i s laçãoespecial” que dão origem à isençãode pagamento;

No passado dia 3 de Setembro,realizou-se pelas 16h30m na capelado Hosp i ta l de Santarém, acelebração da missa dos 25 anos doPadre Bento como cape lão doHosp i ta l . Ass i s t i ram à missafuncionários do Hospital, utentes,bem como pessoas externas aoHosp i ta l . O Conse lho deAdministração, representado pela

Enf.ª Directora, Ilda Veiga, ofereceuem nome de todos os colaboradoresuma placa comemorativa dos 25anos de capelão do Hospital.No final da missa, realizou-se na salapolivalente uma festa “surpresa” emhomenagem ao Padre Bento. À festanão faltou alegria, cantares e bomhumor por par te de todos osparticipantes.

Comemoração dos 25 anosComemoração dos 25 anosComemoração dos 25 anosComemoração dos 25 anosComemoração dos 25 anos- P- P- P- P- Padre Bentoadre Bentoadre Bentoadre Bentoadre Bento

3. No entanto, não existe legislaçãoespecífica que dispense ou isente dopagamento de taxas moderadoras osfuncionários de estabelecimento ouserv iços integrados no Serv içoNac iona l de Saúde ou os seusfamiliares;

4. Qualquer isenção do pagamentodestas taxas fo ra dos casosexpressamente previstos na lei, violaos princípios constitucionais que aAdministração Pública está obrigadaa respe i ta r bem como v io la odisposto no n.º 2 da Base XXXIV daLei de Bases da Saúde.

Resulta assim que é ilegal, pelosmotivos apontados, a atribuição dequa lquer i senção de taxasmoderadoras aos funcionár ios ,t raba lhadores , d i r igentes ou

prestadores de serviços de quaisquerInstituições que prestem cuidadosde saúde no âmbito do ServiçoNacional de Saúde, fora dos casosexpressamente prev i s tos nalegislação e na regulamentaçãoaplicáveis, sendo a mesma passívelde gerar des ignadamenteresponsab i l idade d i sc ip l inar efinanceira, nos termos gerais deDireito.

TTTTTaxasaxasaxasaxasaxas M M M M Moderadorasoderadorasoderadorasoderadorasoderadoras- F- F- F- F- Funcionários douncionários douncionários douncionários douncionários do HDS - HDS - HDS - HDS - HDS -

No hospital de Santarém, a taxade reclamações posicionou-seabaixo da média nacional, como va lor de 0 , 1% , tendo-seregistado 290 reclamações faceà realização de 283.494 actosass i s tenc ia i s . Ao n í ve l daUrgência, esta taxa foi de 0,11%,tendo s ido repor tadas 1 32rec lamações em 1 15 .804atendimentos da urgência.Na consulta externa, a taxa étambém inferior à taxa global, como valor de 0,05% (62 reclamaçõespara 129.913 actos assistenciais). Aonível do internamento, o valortambém é inferior à taxa global,verificando-se uma taxa de 0,2% (35reclamações para 17.348 doentessaídos).

A Inspecção Geral da Saúde tem observado a satisfação dos utentes dosserviços públicos de saúde, através da análise das reclamações recolhidaspelo Gabinete do Utente, incluindo as do Livro de Reclamações, nas váriasinstituições do Serviço Nacional de Saúde.Neste sentido, comparou a proveniência e o número de reclamaçõesocorridas entre 2004 e 2006, tendo verificado que em 2006 registaram-se37.043 reclamações, o que significou 101 reclamações/dia (hospitais ecentros de saúde), um aumento relativamente a 2005 (81/dia) e 2004 (72/dia). Este aumento revelou-se mais acentuado nos hospitais do que noscentros de saúde, sendo em ambos os casos mais significativo na urgência.Em 2006, foram ainda relacionadas as reclamações com a actividadeassistencial desenvolvida, tendo-se obtido uma “taxa de reclamações”(número de reclamações dividido número de actos assistenciais realizados).Nos hospitais, esta taxa situa-se nos 0,13%, na medida em que foramreal izados 18.097.106 actos ass istenciais e registaram-se 23.178reclamações. Nos centros de saúde, esta taxa situa-se nos 0,04% tendo-seregistado 13.385 reclamações face aos 35.028.673 actos assistenciaisrealizados.

Taxa de Reclamações do HDS

Sempre consigo a cuidar de si 7

CCCCConcurso de Foncurso de Foncurso de Foncurso de Foncurso de Fotografiaotografiaotografiaotografiaotografia

Objectivo

Pretende-se fomentar e difundir acriatividade dos colaboradores doHospital.

Concorrentes

Todos os colaboradores do Hospitalde Santarém, actuais e reformados.

Fotografias

1. Cada participante poderáapresentar a concurso até 3fotografias a cores e/ou a preto ebranco.

2. A fotografia deve estar emformato jpeg, gif, tiff ou bmp, sendoadmitidas fotografias com tamanhoentre 10 X 15 cm e 20 X 30 cm.

3. Não poderão ser apresentadasfotografias cujo direito depropriedade intelectual não pertençaintegralmente e sem excepção aoparticipante no concurso.

4. O cd-rom que contém asfotografias digitais deverá ter asseguintes indicações (em etiqueta):- Nome;- Contacto do participante;- Título da fotografia;- Data e local onde a fotografia foitirada.

Prazo e condições de entrega

1. A data limite de admissão dasfotografias é o dia 2 de Novembrode 2007.

2. Para participar será necessárioenviar as fotografias para o endereçode e-mail [email protected] ou entregar directamenteà Dra. Marta Bacelar Xavier, umacópia em

Júri

O júri será constituído pelo grupo detrabalho da newsletter HDSInFormae presidido pelo Dr. Francisco Ribeirode Carvalho.

Entrega de prémios e exposição

A lista de premiados será divulgadana edição seguinte do HDSInForma ena Intranet.

Disposições finais

A falta de algum destes elementosou o não cumprimento do presenteregulamento implica a desclassificaçãoautomática do concurso. Todos ostrabalhos serão devolvidos no final doconcurso.

Horizontais: 1- doença crónica que se caracteriza pelo aumentodos níveis de açúcar no sangue; 2- bloqueio da circulaçãosanguínea numa determinada zona ou órgão do corpo, levandoà destruição dos tecidos previamente irrigados pelos vasoslesados; 3- aquele que exerce a cirurgia; 4- medida da energiaretirada dos alimentos; 5- substância doce que se extrai dacana sacarina; 6- doença caracterizada pela elevada pressãosanguínea; 7- primeiro prato de uma refeição; 8- conjunto detransformações que as substâncias químicas sofrem no interiordos organismos vivos; 9- encontram-se nos produtos animaiscomo leite e derivados, ovos, carne, peixe e nos alimentos vegetaiscomo os cereais, feijões e leguminosas secas; 10- actividadeque desenvolve a boa forma física; 11- médico responsável porprescrever um plano alimentar benéfico para a saúde; 12- estadopatológico caracterizado pelo desenvolvimento exagerado dotecido adiposo; 13- substância gorda presente em todas ascélulas do organismo, necessária, em pequenas quantidades,ao seu funcionamento, sendo que 30% do que circula no sangueprovém dos alimentos ingeridos.

Verticais: 1- alimentos essenciais para a manutenção daboa saúde, compostos por uma grande quantidade denutrientes, incluindo proteínas, ferro, cálcio, minerais evitaminas; 2- sigla de índice de massa corporal; 3- estilode vida incorrecto adoptado por indivíduos queprivilegiam a inactividade; 4- abatimento físico ou moral;5- instrumento que detrmina o peso relativo dos corpos;6- tecido adiposo............................................... Soluções na edição seguinte

formatodigital gravadonum cd-rom.

Tema: “As Férias”

8 HDSInForma

6

1