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Rua Dr. Celestino, 74 24020-091- RJ Brasil Tel. (21) 2629-949/ E-mail: [email protected] www.uff.br/mpea UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM ASSISTENCIAL HELDER CAMILO LEITE A CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS E O PROCESSO DA COLETA DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO: O CASO DA MATERNIDADE ESCOLA DA UFRJ Niterói, RJ Dezembro/ 2015

HELDER CAMILO LEITE A CAPACITAÇÃO DOS …app.uff.br/riuff/bitstream/1/1733/1/Helder Camilo Leite.pdf · Maternidade Escola da UFRJ. 3 - Avaliar a capacitação dos enfermeiros para

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM

ENFERMAGEM ASSISTENCIAL

HELDER CAMILO LEITE

A CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS E O PROCESSO DA COLETA

DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO:

O CASO DA MATERNIDADE ESCOLA DA UFRJ

Niterói, RJ

Dezembro/ 2015

Rua Dr. Celestino, 74

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A CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS E O PROCESSO DA COLETA

DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO:

O CASO DA MATERNIDADE ESCOLA DA UFRJ

Autor: Helder Camilo Leite

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Ana Karine Ramos Brum

Relatório de pesquisa apresentado à Banca

de defesa de dissertação do Mestrado

Profissional em Enfermagem Assistencial

da Universidade Federal Fluminense/UFF

como requisito parcial para obtenção do

título de Mestre em Enfermagem.

Linha de Pesquisa: O Contexto do Cuidado em Saúde

Niterói, RJ

Dezembro /2015

Rua Dr. Celestino, 74

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO PROFISSIONAL EM

ENFERMAGEM ASSISTENCIAL

CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS E O PROCESSO DA COLETA DO

SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO:

O CASO DA MATERNIDADE ESCOLA DA UFRJ

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

LINHA DE PESQUISA: O CONTEXTO DO CUIDAR EM SAÚDE

Autor: Helder Camilo Leite

Orientadora: Drª Ana Karine Ramos Brum (UFF)

Banca:

Titulares:

_____________________________________________

Prof ª Dr ª. Ana Karine Ramos Brum – UFF – Presidente

_______________________________________________

Prof.ª Dr. ª Sônia Regina de Souza (UNIRIO)

_______________________________________________

Prof.ª Dr.ª Simone Cruz Machado Ferreira (UFF)

Suplentes:

_______________________________________________

Prof.ª Dr.ª Patricia dos Santos Claro Fuly (UFF)

_______________________________________________

Prof.ª Dr ª. Laura Johanson da Silva (UNIRIO)

L 533 Leite, Helder Camilo.

A capacitação dos enfermeiros para o processo de coleta de

sangue do cordão umbilical e placentário o caso da

Maternidade Escola / Helder Camilo Leite. – Niterói: [s.n.],

2015.

145 f.

Dissertação (Mestrado Profissional em Enfermagem

Assistencial) - Universidade Federal Fluminense, 2015.

Orientador: Profª. Ana Karine Ramos Brum.

1. Capacitação de recursos humanos em saúde. 2.

Enfermeiros. 3. Sangue fetal. I. Título. Células-Tronco

CDD 610.7307

Dedicatória

Dedico este trabalho:

Dedico este estudo a memória dos meus pais, aos meus irmãos e sobrinhos pela

parceria e auxílio em todas as horas. Ao Luís Fernando que sempre esteve ao meu lado. Ao

grupo do “Grupo do Mal”: Maria Auxiliadora, Lúcia Jobim e Renata Martins por me fazer

acreditar em tudo de novo, Ana Cristina e Wolgrand Ribeiro os grandes incentivadores e por

fim as amigas Hilda Batista e Rose Mary pelas manifestações de credibilidade sempre.

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, familiares e amigos, pela compreensão e apoio mesmo nos momentos de

ausência.

Aos colegas da Maternidade-Escola da UFRJ pelas manifestações de confiança e credibilidade

no trabalho desenvolvido.

À Professora Drª Ana karine Ramos Brum, pela determinação nas orientações com a qual

defende o mestrado profissional em enfermagem, mas principalmente pelo exemplo de

dedicação aos seus orientandos.

À Professora Patrícia dos Santos Claro Fuly, pela acolhida fraterna com que me recebeu.

Ao corpo docente do Mestrado Profissional em Enfermagem, pela sapiência e postura

acolhedora.

À secretária Rosane Paiva, pelo zelo e presteza no trato com cada mestrando.

À minha inesquecível turma, que estará sempre no meu coração.

À banca examinadora pela disponibilidade e contribuições.

Créditos

Revisão de Português

Ana Cristina de Almeida Souza

Deborah Prates

Estatística

Nathalia

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 13

1.1 Situação problema.............................................................................................................. 13

1.2 Justificativa ....................................................................................................................... 14

1.3 Relevância......................................................................................................................... 18

2. BASES CONCEITUAIS ................................................................................................... 20

2.1 A Célula-Tronco .................................................................................................... 20

2.2 As Células-Tronco e a sua Aplicação no Tratamento Oncológico.................................... 20

2.3 A Coleta do sangue do cordão umbilical e placentário e a Enfermagem.......................... 21

2.4.A Resolução da Diretória Colegiada (RDC) Nº 56.......................................................... 23

2.5 Programa Nacional de Segurança do Paciente................................................................... 25

2.6 A Educação Permanente Na Coleta SCUP.................................................................... 27

3. METODOLOGIA .............................................................................................................. 30

3. 1 Tipo de Estudo .................................................................................................................. 30

3.2 Aspectos Éticos .................................................................................................................. 31

3.3 O Cenário da Pesquisa........................................................................................................ 31

3.4 Os Participantes............................................................................................................ 33

3.5 Coleta de Dados ................................................................................................................ 34

3.6 Análise de dados ................................................................................................................ 39

4. RESULTADOS .................................................................................................................. 41

4.1 A Maternidade Escola da UFRJ e sua caracterização como posto de coleta

SCUP...................................................................................................................................... 41

4.2 Capacitação dos Enfermeiros para a coleta SCUP.......................................................... 48

4.2.1 Caracterização Socioprofissional dos Enfermeiros......................................................... 48

4.2.2 Caracterização Socioprofissional dos Experts................................................................. 51

4.2.3 Caracterização dos Materiais e Impressos utilizados na CSCUP na ME/UFRJ............ 51

4.2.4 Avaliação Pré e Pós-Teste.............................................................................................. 54

4.2.5 Avaliação da Oficina Teórica......................................................................................... 56

4.2.6 Avaliação da Oficina Prática.......................................................................................... 60

4.2.6.1 A observação da Triagem e Captação......................................................................... 61

4.2.6.2 A Observação Coleta Extra Útero (a técnica) ............................................................. 61

4.2.6.3 Ação Correção Da Técnica.......................................................................................... 62

4.2.6.4 Avaliação da Oficina Prática pelos Participantes........................................................ 69

4.2.6.5 Percepção sobre a participação nas pesquisa, perguntas abertas.................................. 69

5. DISCUSSÃO ..................................................................................................................... 70

5.1 A Maternidade Escola da UFRJ e sua caracterização como posto de coleta

SCUP........................................................................................................................................ 70

5.2 Capacitação dos Enfermeiros para a coleta SCUP............................................................. 73

5.2.1 Caracterização Socioprofissional dos Enfermeiros......................................................... 73

5.2.2 Caracterização Socioprofissional das experts................................................................ 73

5.2.3 Avaliação Pré E Pós-Teste........................................................................................... 74

5.2.4 Avaliação da Oficina Teórica pelos Participantes.......................................................... 75

5.2.5 A Avaliação das Oficinas Práticas................................................................................. 77

5.2.5.1 A Observação Participativa Triagem e Captação........................................................ 77

5.2.5.2 A Observação Participativa Coletas Extra Útero......................................................... 78

5.2.5.3 Avaliação da Oficina Prática pelos Participantes......................................................... 81

5.2.5.4 Percepções sobre a participação na pesquisa................................................................ 82

6. PRODUTO......................................................................................................................... 83

7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 127

8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 129

9. APÊNDICE ........................................................................................................................ 134

10. ANEXOS .......................................................................................................................... 141

LISTA DE TABELAS

Tabela 1.Questão 1- Você já teve conhecimento sobre a coleta do Sangue de Cordão

Umbilical para obtenção de células-tronco? ...........................................................

54

Tabela 2 Questão 2-Você conhece a resolução número 304/2005 do COFEN? ..................... 54

Tabela 3 Questão 3- O uso alogênico de células-tronco é aquele em que? ........................ 54

Tabela 4 Questão 4 - Em acordo com a RDC nº 056 de 16 de dezembro de 2010 da

ANVISA, são seguintes critérios para à doação de sangue de cordão umbilical e

placentário............................................................................................................................

55

Tabela 5 Questão 5- Em acordo com a resolução RDC nº 056 de 16 de dezembro de 2010 da

ANVISA, são seguintes critérios desqualificação para uso alogênico não-aparentado as

seguintes condições coleta, exceto:................................................................................. 55

Tabela 6 Questão 6 -Descreva todo o processo de coleta de sangue de cordão umbilical e

placentário, etapa por etapa...................................................................................... 55

Tabela 7: Domínio conceitual............................................................................................ 71

Tabela 8: Avaliação dos Instrutores................................................................................... 74

Tabela 9:Avaliação dos serviços de apoio......................................................................... 77

Tabela 10: Auto Aproveitamento....................................................................................... 77

Tabela 11.Critérios de qualificação para doação de SCUP alogênico não-aparentado........... 78

Tabela 12: Números percentuais de respostas corretas e incorretas no pré e pós-teste, 2014. 79

LISTA DE SIGLAS

ANVISA-Agência Nacional de Vigilância Sanitária

BRASILCORD-Rede Nacional dos Bancos de Cordão

BSCUPA- Banco de Sangue do Cordão Umbilical e Placentários Autólogo

BSCUP-Banco de Sangue do Cordão Umbilical e Placentários

CEP-Comitê de Ética e Pesquisa

CO -Centro Obstétrico

COFEN-Conselho Federal de Enfermagem

CPH- Transplante de Células Hematopoiética

CSCUP-Coleta Sangue de Cordão Umbilical e Placentário

CTH-Células-Tronco Hematopoiéticas

DNA-Ácido Desoxirribonucléico

IG-Idade Gestacional

INCA-Instituto Nacional do Câncer

HLA- histocompatibilidade Leucocitário Humano

ME- Maternidade Escola

MPEA-Mestrado profissional Enfermagem assistencial

OMS-Organização Mundial de Saúde

OPAS-Organização Pan-Americana de Saúde

RDC-Resolução Diretória Colegiada

RN-Recém Nascido

SUS- Sistema Único de Saúde

SCUP-Sangue de Cordão Umbilical e Placentário

TCLE-Termo de Consentimento Livre Esclarecido

TCTH-Transplante de Célula-Tronco Hematopoiética

UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Artigos selecionados...................................................................................................... 35

Quadro 2. Plano de ação de acordo com os objetivos..................................................................... 39

Quadro 3: Análise descritiva das variáveis idade.............................................................................. 42

Quadro 4: Análise descritiva das variáveis números consultas no pré-natal............................... 42

Quadro 5: Análise descritiva das variável idade gestacional........................................................... 42

Quadro 6: Análise descritiva das variáveis tempo de Bolsa Rota................................................ 43

Quadro 7: Análise descritiva das variáveis Ausência Doenças que Interferem no Fluxo

Sanguíneo..................................................................................................................................... 43

Quadro 8: Análise descritiva das variáveis tempo de bolsa rota..................................................... 44

Quadro 9: Análise descritiva das variáveis Sofrimento Fetal...................................................... 44

Quadro 10: Análise Feto com anormalidade congênita.............................................................. 45

Quadro 11: Análise Temperatura materna igual ou superior a 38°C durante o trabalho de parto... 45

Quadro 12: Análise descritiva das variáveis gestante com situação de risco acrescido para

infecções transmissíveis pelo sangue............................................................................................... 46

Quadro 13: Análise Presença de processo infeccioso e ou doença durante o trabalho de parto, que

possa(m) interferir na vitalidade placentária..................................................................... 46

Quadro 14: Análise Gestante em uso de hormônios ou drogas que se depositam nos tecidos........ 47

Quadro 15: Análise Gestante com história pessoal de doença sistêmica autoimune ou de

neoplasia...................................................................................................................................... 47

Quadro 16: Análise Gestante e seus familiares, pais biológicos e seus familiares ou irmãos

biológicos do recém-nascido com história de doenças hereditárias do sistema

hematopoiético.................................................................................................................................. 48

Quadro 17: Análise Gestante incluída nos demais critérios de exclusão visando à proteção do

receptor, descritos nas normas técnicas vigentes para doação de sangue..................................... 48

Quadro 18: Caracterização Socioprofissional dos Experts..............................................................

Quadro 19 Impressos Usados Na Coleta SCUP.............................................................................

Quadro 20 Materiais/ Insumos.......................................................................................................

Quadro 21 Domínio conceitual................................................................................................... 57

Quadro 22: Avaliação dos Instrutores......................................................................................... 58

Quadro 23: Avaliação dos serviços de apoio................................................................................. 60

Quadro 24: Auto Aproveitamento............................................................................................... 61

Quadro 25 Avaliação da observação participativa, módulo Triagem e captação das doadoras.... 64

Quadro 26: Avaliação da Oficina Prática pelos Participantes. ........................................................ 70

Quadro 27 Motivação em participar da pesquisa........................................................................ 70

Quadro 28 As expectativas na coleta SCUP..................................................................................... 71

LISTA DE IMAGENS E GRÁFICOS

Figura 1: Fluxograma - Coleta de SCUP com Técnica Extrauterina.....................................

Imagem 1. Fachada da Maternidade......................................................................................

23

32

Imagem 2. Instalações Maternidade-Escola........................................................................... 32

Imagem3. Maternidade de Laranjeiras atualmente............................................................... 33

Imagem 4: Os Participantes.............................................................................................. 34

Imagem 5: Impressos usados na CSCUP............................................................................. 52

Imagem 6: Aula expositiva............................................................................................... 57

Imagem 7:Avaliação da oficina teórica.................................................................................. 59

Imagem 8: Montagem do material para CSCUP .................................................................. 66

Gráfico 1 Sexo ....................................................................................................................... 49

Gráfico 2 Faixa Etária............................................................................................................. 49

Gráfico 3 Tempo de Formação Profissional.......................................................................... 49

Gráfico 4 Tempo de Atuação na Instituição........................................................................... 49

Gráfico 5 Números de Vínculo.............................................................................................. 50

Gráfico 6 Tipo de Regime....................................................................................................... 50

Gráfico 7- Participação em Eventos........................................................................................ 50

Leite, Helder Camilo. A Capacitação dos Enfermeiros para o Processo de Coleta de Sangue do

Cordão Umbilical e Placentário: o caso da Maternidade Escola. Niterói/ RJ, Dissertação (Mestrado

Profissional em Enfermagem Assistencial) Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/ -

Universidade Federal Fluminense, 2015.

RESUMO

Introdução: O sangue de cordão umbilical age como ligação entre a placenta e o feto durante a

gestação e contém células-tronco que podem ser utilizadas como fonte de células-tronco

hematopoéticas em transplantes. Objetivo geral: Analisar a capacitação dos enfermeiros para o

processo da coleta SCUP, considerando os aspectos relevantes para a caracterização da Maternidade

Escola/UFRJ como posto de coleta. Objetivos específicos: 1- Traçar a caracterização das potenciais

doadoras de sangue de cordão e placentário na Maternidade Escola da UFRJ. 2- Descrever a

capacitação dos enfermeiros no processo da coleta do sangue de cordão umbilical e placentário na

Maternidade Escola da UFRJ. 3 - Avaliar a capacitação dos enfermeiros para o processo da coleta

do sangue do cordão umbilical e placentário. 4 Elaborar um programa de educação e capacitação

dos enfermeiros para o processo da coleta do sangue do cordão umbilical e placentário para a

Maternidade Escola da UFRJ. Método: A primeira fase da pesquisa para atender o objetivo de traçar

a caracterização das potenciais doadoras de sangue de cordão e placentário na Maternidade Escola

da UFRJ utilizou a metodologia do estudo de caso, as fases seguintes se caracterizaram pela

abordagem da pesquisa-ação, com dados descritivos realizada com 20 enfermeiros em uma

Maternidade Escola pública do Rio de Janeiro. Para a coleta de dados utilizamos várias fontes de

informações (pesquisa documental, entrevistas, observação participativa) para assegurar as

diferentes perspectivas dos participantes e por outro, obter várias medidas do mesmo fenômeno. Os

dados foram coletadas no período de janeiro de 2014 a novembro de 2015. Para atender a análise e

tratamento quantitativos os dados foram tabulados em uma planilha do programa MS Excel® e

analisados por meio de estatística descritiva. Para os objetivos qualitativos foram realizados uma

análise descritiva de frequência e porcentagem para cada um dos itens dos instrumentos de coleta

de dados aplicados, como também através da descrição da percepção subjetiva contidas nos

questionários. A pesquisa observou os preceitos éticos contidos na resolução na resolução

466/2012. Aprovado com o número do parecer: 722.172 em 18/07/2014. Resultados: Considerando

os critérios de qualificação 73,8% (n=404) aptas para a doação do SCUP, enquanto que nos critérios

de desqualificação 89% (n=490) aptas. Apontaram que 62,5% (n=345) das pacientes da

maternidade-escola estariam aptas para a doação do sangue do cordão umbilical e placentário,

dependendo do seu consentimento. A oficina teórica teve um efeito positivo e significativo no

aprendizado para os participantes da pesquisa. As oficinas práticas da CSCUP aconteceram no

período de setembro a novembro de 2015, foram realizadas no centro obstétrico da ME/UFRJ,

totalizando 18 oficinas e houve a participação de 20 enfermeiros participantes da pesquisa, nesse

período foram coletadas 87 bolsas do SCUP. Após o término das oficinas práticas os enfermeiros

participantes se sentiram aptos para realizarem a coleta SCUP. Conclusão: A Maternidade-Escola

da UFRJ tem aptidão para ser posto de CSCUP com um grande diferencial: que os enfermeiros

devidamente capacitados da instituição poderão realizar as coletas SCUP. Houve aprimoramento

dos conhecimentos para enfermeiros em relação ao processo da coleta do sangue do cordão

umbilical e placentário. A pesquisa possibilitou elaborar um programa de educação de capacitação

para a coleta SCUP contribuindo para que as outras maternidades públicas com perfil de posto de

coleta também possam usar este programa como modelo para capacitar os enfermeiros no processo

de CSCUP. Assim as instituições poderão ser mais um posto de coleta SCUP.

Descritores: 1. Capacitação de recursos humanos em saúde. 2. Enfermeiros. 3. Sangue fetal.

Células-Tronco.

11

Leite, Helder Camilo. A Capacitação dos Enfermeiros para o Processo de Coleta de Sangue do

Cordão Umbilical e Placentário: o caso da Maternidade Escola. Niterói/ RJ, Dissertação (Mestrado

Profissional em Enfermagem Assistencial) Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/ -

Universidade Federal Fluminense, 2015.

ABSTRACT

Introduction: The umbilical cord blood acts as a connection between the placenta and the fetus

during pregnancy. It contains stem cells and can be used as a source for hematopoietic stem cell

transplantation. General objective: To analyze the training of nurses for the process of UCB

collection, considering specific aspects of the hospital Maternidade Escola/UFRJ as a collection

station. Specific objectives: 1 - To outline the profile of potential placenta and cord blood donors at

UFRJ´s Maternidade Escola hospital. 2 – To define nurses’ training in the placental and umbilical

cord blood collection process at UFRJ´s Maternidade Escola hospital. 3 – To assess nurses' training

in the placental and umbilical cord blood collection process at UFRJ´s Maternidade Escola hospital.

4 – To elaborate a training program for nurses in the placental and umbilical cord blood collection

process at UFRJ´s Maternidade Escola hospital. Method: The objective of the first phase of the

research is to outline the profile of potential placenta and cord blood donors at UFRJ´s Maternidade

Escola hospital using the case study methodology. The following stages resorted to the action

research methodology, with descriptive data conducted with 20 nurses at the public Hospital

Maternidade Escola in Rio de Janeiro. Several sources of information were used to collect data

(documentary research, interviews, participant observation) in order to establish the participants'

different perspectives, and also get multiple measures of the same phenomenon Data were collected

in the period from January 2014 to November 2015. To present the quantitative analysis and

treatment data were tabulated in a MS Excel® spreadsheet and analyzed using descriptive statistics.

For qualitative objectives it was developed a descriptive analysis of frequency and percentage for

each of the items of data collection instruments used. The description of the subjective perception in

the questionnaires was also used. The research followed the ethical principles of the Resolution

466/2012. Accredited with the opinion number: 722.172 in 07/18/2014. Results: Considering the

qualification criteria 73.8% (n = 404) were suitable for donation of UCB, while as per the

disqualification criteria it was 89% (n = 490). It was indicated that 62.5% (n = 345) of the maternity

hospital patients would be able to donate placenta and umbilical cord blood, depending on their

consent. The theoretical workshop had a positive and significant effect on the survey participants’

learning curve. UCB practical workshops took place from September to November 2015 at the ME

/ UFRJ's obstetric center. 20 nurses participating in the research attended 18 workshops, collecting a

total 87 UCB bags. Nurses that attended the practical workshops felt able to perform the UCB

collection. Conclusion: UFRJ's Maternidade Escola hopsital is suited to be a UCB collection point

with a significant advantage: the institution’s properly trained nurses can conduct the UCB

collections. Nurses’ knowledge in the placenta and umbilical cord collection process improved. The

research made it possible to draw up a training education program for UCB collection contributing

to other public hospitals with a collection point profile, which can also use this program as a model

to train nurses in UCB collection process. Thus these institutions may become another UCB

collection point.

Keywords: 1. Training of human resources in health. 2. Nurses. 3. Fetal blood. Stem cells.

12

Leite, Helder Camilo. A Capacitação dos Enfermeiros para o Processo de Coleta de Sangue do Cordão

Umbilical e Placentário: o caso da Maternidade Escola. Niterói/ RJ, Dissertação (Mestrado Profissional

em Enfermagem Assistencial) Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/ - Universidade Federal

Fluminense, 2015

Resumen

Introducción: La sangre del cordón umbilical actúa como conexión entre la placenta y el feto durante el

embarazo. Ésta contiene células madre y se puede utilizar como fuente de células madre en trasplantes

hematopoyéticos. Objetivos generales: Analizar la capacitación de enfermeros en el proceso extracción

de SCUP, teniendo en cuenta las características particulares del hospital Maternidade Escola/UFRJ como

puesto de extracción. Objetivos específicos: 1. Determinar el perfil de los potenciales donantes de sangre

de cordón umbilical y placenta en el hospital Maternidade Escola de la UFRJ.; 2 – describir el tipo de

entrenamiento de enfermeros en el proceso de extracción de sangre de cordón umbilical y placenta; 3 –

evaluar la formación de enfermeros en el proceso de extracción de sangre de cordón umbilical y placenta;

4 – elaborar un programa de entrenamiento de enfermeros en el proceso de extracción de sangre de cordón

umbilical y placenta en el hospital Maternidade Escola de la UFRJ. Método: La primera fase de la

investigación tiene el objetivo de determinar el perfil de los potenciales donantes de sangre de cordón

umbilical y placenta en el hospital Maternidade Escola de la UFRJ mediante la metodología de estudio

de caso. Las fases siguientes utilizan el proceso de investigación-acción, con datos descriptivos sobre 20

enfermeros en el Hospital Maternidade Escola de Río de Janeiro. Para recoger datos se utilizaron diversas

fuentes de información (investigación documental, entrevistas, observación participante) para asegurar la

representación de las diferentes perspectivas de los participantes y, asimismo, obtener múltiples medidas

de un mismo fenómeno. Los datos fueron recolectados en el período comprendido entre enero de 2014 y

noviembre de 2015. Los datos de análisis y tratamiento cuantitativos fueron tabulados una planilla de MS

Excel® y analizados mediante estadística descriptiva. Para los objetivos cualitativos se llevo a cabo un

análisis descriptivo de la frecuencia y porcentaje para cada uno de los instrumentos de recolección de

datos usados, incluyendo también la descripción de percepción subjetiva en los cuestionarios. La

investigación siguió los principios éticos de la Resolución 466/2012. Aprobado con el número de opinión:

722.172 del 18/07/2014. Resultados: Teniendo en cuenta los criterios de calificación un 73,8% (n = 404)

son aptas para donación de SCUP, mientras que según los criterios de descalificación un 89% (n = 490)

son aptas. Se indicó que el 62,5% (n = 345) de los pacientes del Maternidade Escola sería capaz de donar

sangre de cordón umbilical y placenta, dando su consentimiento. El taller teórico tuvo un efecto positivo

y significativo en el aprendizaje de los participantes en la investigación. Los talleres prácticos de colección

SCUP se llevaron a cabo desde septiembre hasta noviembre de 2015 en el centro obstétrico del ME/UFRJ.

Se realizaron un total de 18 talleres con la asistencia de 20 enfermeros que participaron en la investigación.

Durante este período se recolectaron 87 bolsas de SCUP. Al finalizar los talleres prácticos los enfermeros

que participaron se sentían capaces de realizar la extracción de SCUP. Conclusión: El hospital

Maternidade Escola de la UFRJ tiene la capacidad de ser un puesto de extracción de SCUP con un gran

diferencial: que los enfermeros de la institución debidamente capacitados podrán realizar las extracciones

de SCUP. El conocimiento de los enfermeros sobre el proceso de extracción de sangre de cordón umbilical

y placenta mejoró. La investigación ha permitido elaborar un programa de formación para la extracción

de SCUP pudiendo contribuir con otros hospitales públicos que tengan el perfil de punto de extracción y

que también puedan utilizar este programa como modelo para capacitar a sus enfermeros en el proceso

de extracción de SCUP. De esta manera las instituciones pueden tornarse otro puesto de extracción de de

SCUP.

Palabras clave: 1. Formación de recursos humanos en salud. 2. Enfermeros. 3. Sangre fetal. Células

madre.

13

A motivação pelo tema sobre a capacitação dos enfermeiros na coleta de sangue de

cordão umbilical surgiu através experiência no campo de prática da assistência obstétrica na

Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2010 esta

instituição tentou inserir-se junto Instituto Nacional do Câncer (INCA) para ser posto de

coleta de sangue de cordão umbilical e placentário. Na época, alguns enfermeiros iniciaram

a capacitação para realização da coleta, porém por motivos técnico administrativos não

houve possibilidade dos enfermeiros darem seguimentos a capacitação da coleta do sangue

do cordão umbilical e placentário. Esta experiência levou-me a refletir sobre os diversos

fatores que interferem na operacionalização da coleta e armazenamento do sangue de cordão

umbilical e placentário. Assim, como coordenador do centro obstétrico em 2013, agora com

o centro obstétrico mais estruturado, então surgiu o desejo de resgatar novamente a

capacitação dos enfermeiros para a coleta do sangue do cordão umbilical e placentário com

cunho cientifico através do ingresso no Mestrado Profissional enfermagem assistencial

(MPEA).

1.1 Situação problema

No início de 80, alguns pesquisadores comprovaram que o sangue de cordão umbilical

e placentário (SCUP) continha células progenitoras hematopoéticas (CPH) em grande

quantidade como o da medula óssea, as quais poderiam ser criopreservada e posteriormente

descongeladas, sem perder a capacidade de formação de colônias in vitro.1

O primeiro transplante alogênico de CPH de SCUP foi realizado em 1988 seguido de

sua utilização ampla em tratamentos de doenças, sobretudo hematológicas e oncológicas,

associada a resultados satisfatórios. Desta forma, o SCUP estabeleceu-se como excelente

fonte de CPH e opção à utilização das células provenientes da medula óssea, o que gerou o

interesse pelo armazenamento das células nele contidas 2.

Nesse contexto, o Transplante de Células-tronco hematopoiéticas (CTH), que tem se

desenvolvido, principalmente nos últimos vinte anos, como um importante método no

tratamento das doenças hematológicas, oncológicas, hereditárias e imunológicas 3. Neste

1.INTRODUÇÃO

14

sentido, o Ministério da Ciência e da Tecnologia, o Ministério da Saúde e agências de

financiamento têm investido recursos substanciais nas pesquisas com terapia celular,

atendendo assim a um dos requisitos para que o país continue se desenvolvendo nesta área3.

O primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário de caráter público foi

fundado em Nova York, em 1992 encorajando o estabelecimento de outros serviços ao redor

do mundo. Considera-se este fato forte aliado na busca por doadores compatíveis a pacientes

necessitados de um transplante de CPH, particularmente no contexto pediátrico 4.

Em 2004 foi criada a rede Brasil Cord, estabelecendo uma rede nacional de bancos de

SCUP com o objetivo de aumentar as chances de localização de doadores e ampliar o número

de bancos de SCUP no país5.

A dificuldade de se encontrarem doadores compatíveis tem estimulado a busca por

fontes alternativas de CTH, notadamente o sangue de cordão umbilical e placentário tem

sido usados também para suprir essa demanda.

Após a escolha do tema de pesquisa, observou-se a dificuldade para encontrar um

doador compatível para os transplantes. Além disso, a falta de inserção das maternidades

públicas como posto de coleta do SCUP e também observou-se a escassez de enfermeiros

capacitados relacionados ao seu processo de trabalho da coleta SCUP.

Portanto, elegemos como questão norteadora para essa pesquisa: Como os

enfermeiros devem ser capacitados para o processo da coleta do SCUP na ME/ UFRJ?

Considerando o Objeto: a capacitação dos enfermeiros para o processo de coleta do SCUP

na Maternidade Escola da UFRJ. Dessa forma, nosso objetivo geral foi: analisar a

capacitação dos enfermeiros para o processo da coleta SCUP, considerando os aspectos

relevantes para a caracterização da Maternidade Escola/UFRJ como posto de coleta. E como

objetivos específicos: 1- Traçar a caracterização das potenciais doadoras de sangue de

cordão e placentário na Maternidade Escola da UFRJ. 2- Descrever a capacitação dos

enfermeiros no processo da coleta do sangue de cordão umbilical e placentário na

Maternidade Escola da UFRJ. 3 - Avaliar a capacitação dos enfermeiros para o processo da

coleta do sangue do cordão umbilical e placentário. 4 Elaborar um programa de educação de

capacitação dos enfermeiros para o processo da coleta do sangue do cordão umbilical e

placentário para a Maternidade Escola da UFRJ.

1.2 Justificativa

15

As dificuldades que os pacientes com doenças hematológicas têm para conseguir um

transplante não são conhecidas por parte da população.6 Apesar de todo sucesso nos

tratamentos em várias doenças, encontrar um doador compatível não é tão simples. Os

transplantes apresentam como limitação à disponibilidade de doador, pois devido à

complexidade do sistema imunológico há uma chance de apenas 25% dos candidatos ao

transplante terem doadores compatíveis aparentados, geralmente um irmão, devido à

incompatibilidade do sistema HLA, fatores como o tempo gasto no processo de procura

de doador, que pode variar de um mês a seis anos, a disponibilidade do doador no

momento em que é solicitado, e a limitada disponibilidade de doadores em uma dada

população étnica ou grupo racial. 5

Por isso, os focos das pesquisas na área concentram-se cada vez mais no uso de

células-tronco do cordão umbilical. Embora os bancos mundiais de doadores se esforcem

em campanhas para incentivar a doação, ainda é difícil encontrar o chamado doador alótipo

que seja compatível.

Os Bancos de Sangue do Cordão Umbilical e Placentários (BSCUP) serviços

responsáveis pelos processos de obtenção, realização de exames laboratoriais,

processamento, armazenamento e fornecimento de células-tronco hematopoiéticas de

sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) para uso terapêutico6. Estes bancos devem

realizar seus processos atendendo a critérios técnicos determinados pela Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (ANVISA).

O banco público disponibiliza as unidades imediatamente para quaisquer pacientes

brasileiros que precisem de transplante de medula óssea e não tenham um doador familiar.

A coleta é realizada com controles de qualidade e segurança e as unidades são utilizadas para

indicações precisas, sem ônus para o paciente que irá se beneficiar. É a única modalidade

recomendada pelos organismos internacionais e por publicações científicas. A correta

realização desses processos é de suma importância para que seja garantida a qualidade e a

segurança das células-tronco disponibilizadas, implicando no menor risco possível à saúde

do paciente que delas se utilize.

O Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário para uso Autólogo

(BSCUPA) é um serviço privado. Está habilitado para executar atividades dedicadas à

coleta, processamento, testes laboratoriais, armazenamento e liberação de unidades de

células-tronco hematopoiéticas obtidas do SCUP exclusivamente para uso autólogo, ou

16

seja, do próprio recém-nascido e exclui o seu uso por pessoas da família ou outrem5. O banco

privado tem legislação específica, de cunho comercial, com ônus para as famílias que

desejam armazenar o sangue. Além disso, as indicações e aproveitamento do material são

duvidosos, já que não existem publicações extensas sobre os resultados obtidos com uso de

cordões armazenados em bancos privados. Armazenar o sangue do cordão em um banco

privado é uma aposta num futuro que a ciência ainda não comprovou5.

Assim, todos os custos dos procedimentos são cobertos pela família contratante.

Através da celebração do contrato entre as partes, a empresa torna-se a única responsável

pela extração e remessa do material coletado para armazenamento quando realizado por

profissionais por ela credenciados. A contratante deve encaminhar, ao profissional obstetra,

uma carta informando o desejo de realizar a coleta e a criopreservação do SCUP a fim de

que, a empresa contratada, tenha autorização prévia para a realização da coleta do sangue de

cordão umbilical e placentário nas dependências hospitalares e possa interagir com a equipe.

No dia do parto, a empresa contratada disponibiliza um profissional, bem como o material

necessário para a realização da coleta. Toda e qualquer intercorrência que houver durante o

procedimento de parto pode impedir e suspendê-la a qualquer momento, visando o bem estar

da paciente e do RN 7.

No início de 2013, o valor inicial, referente à coleta, processamento, criopreservação

e armazenamento do sangue de cordão umbilical e placentário por um ano era R$ 3.161,00.

A anuidade de armazenamento correspondia a R$ 540,00, esses valores podem variar

conforme a empresa7.

Através da publicação do Relatório de Produção dos Bancos de Sangue de Cordão

Umbilical e Placentário para Uso Autólogo (BSCUPA) 2003/2009, a ANVISA tornou

pública a avaliação e monitoramento direto dos dados de produção e indiretamente, o

monitoramento da implantação e crescimento dos BSCUPA no país. Segundo o relatório, os

BSCUPA atingiram o quantitativo de 15 unidades instaladas em território nacional no ano

de 20097.

A Rede BrasilCord que é a responsável pela normatização técnica desde 2000,

quando foi editada a Portaria Ministerial nº 903/GM e substituída pela nº 2.381/GM em 29

de setembro de 2004, onde criou a Rede Nacional de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical

e Placentário para Transplantes de Células-Tronco Hematopoiéticas – Rede BrasilCord, com

base nas necessidades de proteção epidemiológicas e diversidade étnica e genética da

17

população brasileira. Trata-se de um projeto gerenciado pela Fundação do Câncer com a

coordenação de implantação do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Até junho de 2013, a

Rede contava com onze bancos públicos inaugurados no país. Isto permite, aos pacientes,

recorrer a mais doadores compatíveis para a realização de transplante de medula óssea, além

de contribuir com a redução de gastos na busca do doador, pois o material já se encontra-se

testado, armazenado e disponível para uso8.

Nos bancos públicos, a doação do sangue de cordão umbilical e placentário tem

caráter voluntário, sem custos para a família e sem compensações financeiras. As células

obtidas são disponibilizadas para qualquer pessoa que as necessite, através do uso alogênico

não-aparentado ou alogênico aparentado, quando há indicação médica. O sangue

armazenado também pode ser utilizado pelo próprio doador, desde que haja compatibilidade

e caso, ainda esteja disponível. São obrigatórios o respeito ao sigilo e a gratuidade da

doação9. O serviço deve prover ao doador todas as informações relativas ao processo de

doação, riscos envolvidos e testes laboratoriais, além de garantir a segurança do receptor. O

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido autorizando a participação voluntária, precisa

estar assinado pelo doador e elucidar a natureza do procedimento, incluindo a autorização

de descarte das unidades que não atenderem aos critérios para armazenamento9.

A resolução no 56 da ANVISA, publicada em 16 de dezembro de 2010, consta que a

coleta do sangue do cordão umbilical e placentário seja realizada por profissionais de saúde

de nível superior devidamente capacitados, mas não define como deve ser essa

capacitação10. A participação do enfermeiro devidamente capacitado na captação e triagem

das prováveis doadoras com potencial à doação, o desenvolvimento de aprimoramento

técnico na coleta e o acompanhamento pós-coleta da doadora representam etapas

importantes em todo processo da doação voluntária do SCUP, contribuindo efetivamente na

garantia da qualidade nos acervos do BSCUP.

A realização desse procedimento pelo SUS ainda é pouco divulgada. Além disso,

como o credenciamento das maternidades para a coleta e armazenamento está em processo

de implantação, muito material acaba sendo inutilizado por falta de informação. A maioria

dos transplantes efetuados com células de SCUP até 2008 foi de origem alogênica. Dos 3.372

transplantes realizados em todo o mundo entre os anos de 1988 e 2007, 2.965 foram

alogênicos, 359 alogênicos aparentados e 3 autólogos por isso a importância em investir na

coleta pública11

18

Apesar da grande utilidade do SCUP no tratamento de diversas doenças sanguíneas

e imunológicas, a divulgação de informação e a mobilização da sociedade para a doação

desse material é pequena. Dessa maneira, estudos que abordem a percepção da população

sobre o tema podem contribuir par a produção de informações sensibilizadoras.

A Resolução COFEN 304/2005 normatiza a atuação do Enfermeiro na coleta de

sangue do cordão umbilical e placentário. Para atuação nesta atividade, o enfermeiro deverá

estar devidamente capacitado. A capacitação para os enfermeiros da Maternidade Escola se

diferencia foi realizada através de oficinas teóricas e práticas. As oficinas teóricas tiveram

como objetivo capacitar os enfermeiros participantes sobre conteúdos relacionados à coleta

SCUP, através de roda de conversa, aula expositiva teórica utilizando recursos visuais

(projetor multimídia) e textos, totalizando dez horas. As oficinas práticas foram

desenvolvidas no centro obstétrico da maternidade, onde cada oficina teve no máximo dois

enfermeiros que discutiram aspectos abordados na oficina teórica e desenvolveram

habilidades na técnica de coleta de sangue de cordão umbilical e placentário, bem como na

seleção e captação de gestantes com potencial para doação de acordo com legislação vigente,

totalizando doze horas para cada dupla de enfermeiros12.

Essa pesquisa contribui para aumentar o quantitativo de maternidades públicas para

se tornarem-se posto de coleta com enfermeiros devidamente capacitados para a coleta

SCUP e consequentemente aumentar o número das coletas imprescindível para o acervo dos

bancos do sangue do cordão umbilical e placentário públicos (bancos alogênicos). Assim, a

medida que há mais postos de coleta, enfermeiros capacitados para a coleta SCUP e

implantação dos serviços, aumenta a possibilidade de compatibilidade entre doadores e

receptores.

1.3 Relevância

O objetivo da CSCUP é retirar do cordão umbilical e da placenta o maior volume

possível de sangue e com alta celularidade. Pode ser realizada em parto normal ou cesáreo

ocorrendo apenas no terceiro estágio do parto, após o clampeamento e secção do cordão

umbilical e a dequitação ou extração manual da placenta13. Quanto à técnica, pode ser

realizada através da técnica intrauterina (antes da liberação da placenta) ou extrauterina, após

o descolamento da placenta14. Nesta pesquisa consideramos apenas a técnica extrauterina,

19

sendo esta predominante no referido BPSCUP a fim de não interferir no campo de atuação

do profissional de obstetrícia em relação aos cuidados com a doadora.

A RDC nº56 normatiza, mas não define como deve ser esta capacitação desses

profissionais, a proposta deste estudo é capacitar os enfermeiros ME/UFRJ criando um

modelo de capacitação específico para a CSCUP da ME/UFRJ e que também sirva de

modelo para outras capacitações.

Para obter sucesso na coleta de SCUP, é necessário desenvolver competência técnica.

Além disso, o enfermeiro responsável pela coleta deve planejar antecipadamente as

atividades, desenvolvendo o entrosamento com os profissionais envolvidos na assistência ao

parto, destacando desta forma a competência da comunicação, uma vez que a equipe deve

estar ciente da realização da coleta para preservar o segmento do cordão umbilical a ser

coletado13.

Para efetivar a coleta do sangue do cordão umbilical e placentário na maternidade

escola foi necessário capacitar os enfermeiros do centro obstétrico para desenvolver

confiança e competência, por meio de conhecimentos e domínio das habilidades necessárias

para a prática segura da coleta do sangue do cordão umbilical e placentário. Assim

desenvolvem a expertise, os enfermeiros tornam-se interessados em enfrentar novos desafios

e usam seu conhecimento e habilidades para aumentar a doação do SCUP e

consequentemente aumentando a possibilidade de encontrar doadores compatíveis.

20

2.1 A Célula-Tronco

A célula-tronco é caracterizada por ser indiferenciada, não especializada,

autorrenovável e dividir-se infinitas vezes, podendo se diferenciar-se em vários tipos de

células. São originadas no embrião, no feto e também no adulto. Podem ser classificadas

pluripotentes ou multipotentes, aquelas células capazes de diferenciar-se em quase todos os

tecidos humanos, excluindo a placenta e anexos embrionários. As oligopotentes, aquelas

células que se diferenciam em poucos tecidos; unipotentes, aquelas células que se

diferenciam em um único tecido 15.

Constitui um mistério para os cientistas a ordem ou comando que determina no

embrião humano que uma célula-tronco pluripotente se diferencie em determinado tecido

específico, como fígado, osso, sangue etc. Porém, em laboratório, existem substâncias ou

fatores de diferenciação que quando são colocadas em culturas de células-tronco in vitro,

determinam que elas se diferenciem no tecido esperado15.

Quanto a sua natureza, podem ser: adultas, extraídas dos diversos tecidos humanos,

tais como, medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical e placenta, estas duas últimas são

consideradas células adultas, haja visto a sua limitação de diferenciação8. Nos tecidos adultos

também são encontradas células-tronco, como medula óssea, sistema nervoso e epitélio.

Entretanto, estudos demonstram que a sua capacidade de diferenciação seja limitada e que a

maioria dos tecidos humanos não podem ser obtidas a partir delas. Embrionárias, só podem

ser encontradas nos embriões humanos e são classificadas como totipotentes ou

pluripotentes, dado seu alto poder de diferenciação15.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o SCUP é

rico em células-tronco hematopoiéticas (CTH) e tem sido utilizado para tratar doenças

hematológicas como cânceres das células sanguíneas e outras disfunções do sistema de

produção ou funcionamento das células do sangue quando há necessidade de transplante,

com destaque para as leucemias, linfomas, tumores sólidos e enfermidades não-malignas16.

2.2 As Células-Tronco e a sua Aplicação no Tratamento Oncológico

2 BASES CONCEITUAIS

21

O uso do sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP) na obtenção das Células-

tronco Hematopoiéticas (CTH) constitui uma das principais opções no transplante de célula-

tronco hematopoiética (TCTH). As CTH podem ser obtidas durante o parto, após o

nascimento, sem causar nenhum tipo de dor/danos á parturiente ou ao recém-nascido, a

doação é voluntária, confidencial, altruísta e sem fins lucrativos. Existem três tipos de

utilização do SCUP para transplantes de medula óssea: o autólogo, o alogênico e o alogênico

aparentado15. O uso autólogo é aquele em que as células progenitoras hematopoéticas

provêm do SCUP do próprio indivíduo a ser transplantado. O emprego alogênico ocorre

quando as células provêm do SCUP de outro indivíduo. Em situações em que receptor e

doador são consanguíneos, o transplante é denominado alogênico aparentado15.

Diversas doenças têm sido tratadas por meio de transplante de células progenitoras

hematopoéticas, tais como leucemias, anemias, distúrbios autoimunes e doenças

metabólicas13..A portaria nº 2.048 do Ministério da Saúde indica as principais utilizações de

células progenitoras hematopoéticas. Segundo Souza et.al mesmo em doenças como

Linfoma de Hodgkin, em estágio avançado, no Linfoma Não-Hodgkin, mieloma múltiplo e

anemia aplástica severa, em que poderia ser utilizado o SCUP para transplante autólogo,

seria mais indicada a coleta de células progenitoras hematopoéticas coletadas do sangue

periférico após estímulo da medula óssea com fatores de crescimento17. É importante

observar que cada um dos tipos de transplante ora expostos são procedimentos distintos e

possuem diferentes indicações clínicas, prognósticos e resultados17.

2.3 A Coleta do sangue do cordão umbilical e placentário e a Enfermagem

A regulamentação do BSCUP através da Portaria do Ministério da Saúde nº903/GM

de 16.08.00, uma nova área ao profissional enfermeiro. Esta regulamentação é revogada em

2010 pela RDC 56 que dispõe sobre o regulamento técnico para o funcionamento dos

laboratórios de processamento de células progenitoras hematopoiéticas provenientes de

medula óssea, sangue periférico e bancos de sangue de cordão umbilical e placentário, para

finalidade de transplante convencional12.

A correta realização desses processos é de suma importância para que seja garantida

a qualidade e a segurança das células-tronco disponibilizadas implicando no menor risco

possível à saúde do paciente que delas se utilize.

22

A resolução 153 da ANVISA, publicada em 14 de junho de 2004, determinava que a

coleta do sangue do cordão fosse realizada por enfermeiros ou médicos, com sua revogação

em 2010 e substituição pela nova resolução no 56 da ANVISA, publicada em 16 de dezembro

de 2010, consta nesta nova resolução que a coleta do sangue do cordão seja realizada por

profissionais de saúde de nível superior devidamente capacitados.18

O COFEN, Conselho Federal de Enfermagem, para atender a resolução 153 publicou

a Resolução 304/2005 que regulamentou a coleta do sangue de cordão umbilical e

placentário para armazenamento como uma atribuição do enfermeiro, desta forma, um novo

campo de atuação abriu-se para a categoria que passa a atuar nos serviços de Banco de

Sangue12. A participação do enfermeiro na captação e triagem das potenciais doadoras do

SCUP, o desenvolvimento de aprimoramento técnico na coleta e o acompanhamento pós-

coleta da doadora representam etapas importantes em todo processo da doação voluntária do

SCUP, contribuindo efetivamente na garantia da qualidade nos acervos do BSCUP12.

A captação das CTH ocorre pela coleta de SCUP no terceiro estágio do parto, ou seja,

após a expulsão do recém-nato, do clampeamento do cordão umbilical e da dequitação ou

extração placentária19.Trata-se de um procedimento realizado por profissional de nível

superior devidamente capacitado, o enfermeiro tem sua prática respaldada pela Resolução

do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nº 304/200512.

23

FIGURA 1: FLUXOGRAMA - COLETA DE SCUP COM TECNICA EXTRA-

UTERINA

Fonte: O autor

2.4 A Resolução da Diretória Colegiada (RDC) Nº 56

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a Resolução da

Diretoria Colegiada (RDC) nº 56, de 16 de dezembro de 2010, que dispõe sobre o

regulamento técnico para o funcionamento dos laboratórios de processamento de células

progenitoras hematopoiéticas provenientes de medula óssea, sangue periférico e bancos de

sangue de cordão umbilical e placentário, para finalidade de transplante convencional.10

Seleção de

acordo com a

RDC 56/2010

Preenchiment

o do histórico

clínico

Abordagem da

gestante

explicando o

objetivo da

CSCUP

Apresentaçã

o do

Prossional

Assinatura do

TCLE

Montagem do

material para a CSCUP

Calçar de

luvas estéril

Colocação da placenta no

suporte

apropriado

Antissepsia do

cordão com álcool e clorexidine da

distal para proximal

Tocar de

luvas estéril

Punção do

cordão com

agulha própria

Coleta da

amostra

sanguínea

materna

Fechamento das

travas da bolsa e das agulhas com

protetor

Adicionamento da unidade e

amostra em

embalagem secundários

Acondicionamento

da unidade em maleta térmica

para transporte

Preenchimento

da ficha de

transporte

Etiquetagem do material com etiqueta com código de barra

Descarte apropriado do material utilizado na CSCUP

24

Esta Resolução abrange os setores públicos e privados relacionados a todos os

procedimentos de obtenção das células -tronco hematopoiéticas oriundas do SCUP. A

responsabilidade técnica deve ficar a cargo de um médico hematologista ou hemoterapêuta

ou de um profissional médico com capacitação comprovada na área e com registro no

respectivo Conselho de Classe.10 Os bancos devem possuir licenças de funcionamento

atualizadas emitidas pelo órgão de Vigilância Sanitária competente. No caso dos bancos

públicos, é necessário também a autorização de funcionamento emitida pela Coordenação

Geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

Seleção do doador / Candidatas à Coleta

Quando há opção em doar o SCUP para bancos públicos, devem ser respeitados o

sigilo, a gratuidade da doação, o caráter voluntário e a inexistência de compensações

financeiras. O serviço permite assegurar proteção ao doador, prover todas as informações

relativas ao processo de doação, riscos envolvidos, realização de testes laboratoriais e

instituir segurança ao receptor16.

As candidatas à doação do SCUP para uso em transplante convencional, devem

satisfazer a legislação específica vigente e respeitar os preceitos éticos sobre a matéria. As

células obtidas são disponibilizadas para qualquer pessoa que as necessitem, através do uso

alogênico não-aparentado ou alogênico aparentado, quando o parentesco é de primeiro grau

com o nascituro e portador de patologia que justifique o tratamento e procedimento médico.

As células armazenadas também poderão ser utilizadas pelo próprio doador (transplante

autólogo), desde que haja compatibilidade e ainda estejam disponíveis na rede pública3.

Os registros e documentos referentes à doadora gestante englobam seus dados

pessoais, familiares (presença de doenças na família entre os pais maternos, avós paternos e

maternos, incluindo se há parentesco entre os pais biológicos do nascituro), dados étnicos

dos familiares (nacionalidade e raça), informações que possam identificar situações que

impliquem no alto risco para contaminação de doenças transmissíveis pelo sangue, histórico

das gestações anteriores (quantidade, paridade, aborto), exposição a fatores de riscos

(tatuagens, piercing, uso de drogas, transfusões de sangue, contatos sexuais durante a

gestação com grupos de risco, gravidez de risco entre outros), histórico do acompanhamento

da gravidez (número de consultas pré-natal, idade gestacional, infecções, febre, entre

outros), histórico de vacinação, testes sorológicos realizados no pré-natal (sífilis, anti-HIV,

25

chagas, malária, entre outros), resultado da tipagem ABO , Rh (tipagem sanguínea) e

pesquisa de anticorpos irregulares4.

Também se faz-se necessário à permissão para consulta aos prontuários da doadora

para obtenção de dados clínicos e histórico médico de familiares, com importância potencial

para o procedimento de transplante e autorização para armazenar amostras de células,

plasma, soro e Ácido Desoxirribonucléico (DNA) da doadora para testes que se fizerem

necessários no futuro15.

O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando a participação

voluntária, deve estar assinado pela doadora ou seu representante legal e elucidar a natureza

do procedimento, incluindo a autorização de descarte das unidades que não atenderem aos

critérios para armazenamento ou seu uso posterior para transplantes.

Para viabilizar a coleta e o armazenamento, é necessário atender alguns critérios

obstétricos e obedecer certos procedimentos durante o parto e imediatamente após o

delivramento da placenta, conforme o estabelecido da resolução RDC nº 56 de 16 de

dezembro de 2010 da ANVISA10.

São os seguintes critérios de qualificação para realização da coleta: Idade

gestacional superior a 35 semanas, bolsa rota no máximo de 18 horas, trabalho de

parto sem anormalidades e ausência de processos de infecção durante a gestação ou

doenças que possam interfirir no fluxo placentário.10

São os seguintes critérios de desqualificação: sofrimento fetal grave; feto com

anormalidade congênita; temperatura materna igual ou superior a 38°C durante o

trabalho de parto; gestante com situação de risco acrescido para infecções

transmissíveis pelo sangue; presença de processo infeccioso e ou doença durante o

trabalho de parto, que possa(m) interferir na vitalidade placentária; gestante em uso

de hormônios ou drogas que se depositam nos tecidos; gestante com história pessoal

de doença sistêmica auto-imune ou de neoplasia; gestante e seus familiares, pais

biológicos e seus familiares ou irmãos biológicos do recém-nascido com história de

doenças hereditárias do sistema hematopoético, gestante incluída nos demais

critérios de exclusão visando à proteção do receptor, descritos nas normas técnicas

vigentes para doação de sangue 10

2.5 Programa Nacional de Segurança do Paciente

26

O cuidado com segurança do paciente nas instituições de saúde surgiu em âmbito

global, tornado um dos temas mais discutidos em todo o mundo e teve seu início na última

década do século XX, após a publicação do relatório do Institute of Medicine dos EUA que

abordou os resultados sobre a situação crítica de assistência em todo o país. Esses resultados

apontaram que de 33,6 milhões de internações 44.000 a 98.000 pacientes, aproximadamente,

morreram em consequência de eventos adversos.

No Brasil, o tema “Segurança do Paciente” vem sendo desenvolvido

sistematicamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde sua

criação, cooperando com a missão da vigilância sanitária de proteger a saúde da população

e intervir nos riscos advindos do uso de produtos e dos serviços, por meio de práticas de

vigilância, controle, regulação e monitoramento sobre os serviços de saúde e o uso das

tecnologias disponíveis para o cuidado20.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que atua na área de

segurança do paciente, tem como objetivo a proteção da saúde da população e a melhoria da

qualidade em serviços de saúde, ações visando a segurança do paciente consonantes com as

previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).15

O Programa Nacional de Segurança do Paciente tem por objetivo instituir ações para

a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade dos serviços de Saúde,

através do monitoramento e prevenção de danos na assistência à saúde. Nas estratégias e

ações de gestão de risco, contidas no Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde,

em 2006, foram definidas as 06 metas internacionais de Segurança ao Paciente, essas foram

desenvolvidas a partir da análise de causa-raiz de eventos sentinela reportados

voluntariamente a Joint Commission nos Estados Unidos desde 1995.

As metas:

Identificar os pacientes corretamente.

Melhorar a efetividade da comunicação entre os profissionais.

Melhorar a segurança de medicações de alta vigilância.

Assegurar cirurgia com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente

correto.

Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde por meio da

higienização das mãos.

Reduzir o risco de lesão aos pacientes decorrentes de quedas.

27

Sendo essas metas, estabelecidas para serem implantadas nas instituições

hospitalares americanas está descrita a identificação adequada do paciente. Esta

identificação correta do paciente é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é

destinado o procedimento ou tratamento correto, prevenindo a ocorrência de erros e enganos

que o possam lesar.16

Assim, na CSCUP os números de identificação consecutivos devem ser atribuídos a

cada unidade de SCUP, devendo ser colocada uma etiqueta de código de barras de igual

numeração, no termo de consentimento informado, histórico clínico, nos frascos de amostra

de coleta de sangue materna, na bolsa do SCUP, na ficha que contém os dados da coleta,

acondicionamento, ficha de transporte, processamento, criopreservação e armazenamento do

SCUP e dos resultados dos testes laboratoriais realizados em cada bolsa coletada.12

As exigências de qualidade e segurança da CSCUP devem ser seguidas durante a

rotina que incluem testes sorológicos de alta sensibilidade para detecção de infecções

transmissíveis pelo sangue, testes microbiológicos, contagem do número TCN e eritroblastos

se necessário for, testes de viabilidade e fenotipagem celular quantificando as células com o

marcador CD34+, teste funcional quando couber e caracterização molecular (identificação

de histocompatibilidade pela determinação dos antígenos leucocitários humanos). Esses

testes asseguram a segurança das células-tronco disponibilizadas implicando no menor risco

possível à saúde do paciente que delas se utilize.12

2.6 A Educação Permanente Na Coleta SCUP

Educação em Saúde é uma estratégia utilizada para capacitar pessoas ou grupos sobre

determinado assunto, visando estimular o conhecimento crítico reflexivo e uma participação

mais efetiva e autônoma nos problemas individuais ou coletivos de uma determinada

comunidade20.

A questão da educação para profissionais de saúde vem modificando ao longo dos

anos, e sendo acrescida de informações de acordo com o momento sócio-econômico-político

vivenciado no país. Essa evolução resultou em conceitos diversos, que são utilizados, em

determinados momentos, como sinônimos e, em outros, como concepções diferentes:

educação em serviço, educação continuada e educação permanente21.

28

A educação dos profissionais é um forte indicador de qualidade porque representa a

estratégia básica de formação dos recursos humanos.22 Na América Latina, a educação

permanente tem sido divulgada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), desde

a década de 80, como um modelo diferenciado de educação de adultos entendida como um

conjunto de processos de aprendizagem que possibilita aos adultos o desenvolvimento de

suas capacidades, o enriquecimento de seus conhecimentos e a melhoria de suas

competências técnicas ou profissionais.23

A educação permanente é baseada na pedagogia da problematização através da

transformação das práticas dos serviços. É sustentada pela concepção de aprendizagem para

a transformação das atividades profissionais mediante a reflexão crítica sobre as práticas

reais dos serviços de saúde.22

Atualmente, é imprescindível que a maioria dos serviços capacitem seus

profissionais, por meio de uma educação reflexiva e participativa como elevação da

escolaridade, crescente aumento do nível de informação das pessoas e inovações

tecnológicas, bem como motivação e expectativa das pessoas para participação nas decisões,

nos resultados e no futuro da empresa.21,24

Os termos seguintes são baseados em definições operacionais e serão apresentados

com o propósito de evitar possíveis distorções ou desentendimentos no momento de

mencioná-los:

Treinamento: é definido como um processo educacional que possibilita às pessoas

adquirirem novos conhecimentos, habilidades e atitudes para o desempenho de seus cargos22.

Pode ser entendido também, como ação sistemática de capacitação e adaptação do indivíduo

em uma situação profissional específica, buscando como objetivo o aumento do

conhecimento teórico e prático do indivíduo para a realização eficiente de suas atividades

profissionais, atividades estas desejáveis no cargo atual ou futuro, ou então habilidades

requisitadas pela organização.

Qualificação: processo de aprendizagem baseado em ações de educação formal, por meio

do qual o funcionário adquire conhecimentos e habilidades, tendo em vista o planejamento

institucional e o desenvolvimento do funcionário na carreira25.

Oficina pedagógica: é uma forma de construir conhecimento, com ênfase na ação, sem

perder de vista, porém, a base teórica26. Conceitua como sendo “um tempo e um espaço para

aprendizagem; um processo ativo de transformação recíproca entre sujeito e objeto; um

29

caminho com alternativas, que nos aproximam progressivamente do objeto a conhecer”.

Uma oficina é, pois, uma oportunidade de vivenciar situações concretas e significativas,

baseada no tripé: sentir-pensar-agir, com objetivos pedagógicos26.

Nesse sentido, a metodologia da oficina muda o foco tradicional da aprendizagem

(cognição), passando a incorporar a ação e a reflexão. Em outras palavras, numa oficina

ocorrem apropriação, construção e produção de conhecimentos teóricos e práticos, de forma

ativa e reflexiva26.

Capacitação: processo permanente e deliberado de aprendizagem, que utiliza ações de

aperfeiçoamento e qualificação, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento de

competências institucionais, por meio do desenvolvimento de competências individuais27.

Sendo assim, propusemos a capacitação dos enfermeiros do centro obstétrico para a

CSCUP para que estes profissionais se tornem seguros e desenvolvam suas habilidades

utilizando as oficinas pedagógicas como meio de capacitação. Assim, os enfermeiros

capacitados para a CSCUP sejam capazes de enfrentar novos desafios e usem seus novos

conhecimentos e habilidades para manter um ambiente de trabalho transformador e que

apoie e respeite as práticas de enfermagem.

A construção de novas práticas de saúde tem se confrontado com dificuldades para

romper o modelo biomédico e mecanicista, presente no cenário da saúde atual. Apesar das

transformações já vivenciadas a partir da Constituição Brasileira de 1988 e a implantação do

SUS em 1990, percebe -se, ainda que é preciso caminhar para se atingir uma assistência

voltada para a universalidade, integralidade e equidade, conforme rege os princípios do

Sistema Único de Saúde (SUS).45

Portanto, existe a necessidade de se promover a verdadeira integração ensino-serviço,

pois se reconhece que uma das formas de se aprender é aprender fazendo. Portanto, é um

caminho de mão dupla. As escolas articuladas com os serviços podem formar um

profissional adequado e capacitado para atuar de acordo com a política de saúde vigente no

país, e o serviço se capacita com a presença das escolas no serviço27. Assim, a educação

permanente deve ter como objetivo aproximar os profissionais de saúde à realidade. Deve-

se entender a educação permanente como instrumento que auxilia na qualificação das ações

de saúde de seus praticantes, buscando sempre alternativas e soluções para os problemas de

saúde reais vivenciados pelos trabalhadores de saúde em suas realidades.

30

Neste capítulo serão abordados os materiais e métodos utilizados nessa pesquisa, bem

como a descrição das etapas desenvolvidas.

3. 1 Tipo de Estudo

Para esta pesquisa a primeira fase o objetivo de traçar a caracterização das

potenciais doadoras de sangue de cordão e placentário na Maternidade Escola da

UFRJ atendeu a metodologia do estudo de caso que trata-se de uma abordagem

metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos compreender,

explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão

simultaneamente envolvidos diversos fatores28. As fases seguintes se caracterizaram pela

pesquisa-ação que trata de uma metodologia de trabalho que pode ser descrita como um

instrumento de investigação de grupos, instituições e coletividades no qual as questões e

aspectos sócio-políticos são considerados e privilegiados, suscitando ênfase na forma de

ação. É concebida para ser realizada em associação com uma resolução ou ação efetuada no

âmbito coletivo, de modo cooperativo e participativo, onde o sujeito, frequentemente, uma

associação ou um agrupamento ativo de profissionais 28.

No estudo de caso se adapta à investigação em vários cenários, quando o investigador

é confrontado com situações complexas, de tal forma que dificulta a identificação das

variáveis consideradas importantes, quando o investigador procura respostas para o “como?”

e o “porquê?”, quando o investigador procura encontrar interações entre fatores relevantes

próprios dessa entidade, quando o objetivo é descrever ou analisar o fenômeno, a que se

acede diretamente, de uma forma profunda e global, e quando o investigador pretende

apreender a dinâmica do fenômeno, do programa ou do processo29.

Portanto, propusemos a construção da seguinte pergunta para o esse estudo de caso

“Como os enfermeiros devem ser capacitados para o processo da coleta do SCUP na ME/

UFRJ? com a finalidade de apreender a capacitação dos enfermeiros para o processo da

coleta do sangue do cordão umbilical e placentário da maternidade-escola da UFRJ.

3.METODOLOGIA

31

3.2 Aspectos Éticos

O estudo foi inscrito na Plataforma Brasil e posteriormente encaminhado ao Comitê

de Ética e Pesquisa (CEP) da Maternidade Escola onde cumpriu todos os requisitos

solicitados pela instituição, seguindo preceitos estabelecidos na resolução 466/2012.

Aprovado com o número do parecer: 722.172 em 18/07/2014. (Anexo1). A pesquisa foi

auto financiada e não acarretou qualquer dano aos sujeitos do estudo. Os enfermeiros e as

parturientes e as doadoras da CSCUP foram convidados a participar e os que aceitaram, o

fizeram de forma voluntária, assinando o Termo de Consentimento Livre Esclarecido

(Anexo 2) antes do início da coleta de dados do estudo, após serem informados quanto aos

objetivos da pesquisa. Os pesquisadores (mestrando e orientadora) garantiram a inexistência

de conflito de interesses entre si, aos participantes e à instituição envolvidos.

3.3 O Cenário da Pesquisa

A Maternidade-Escola da UFRJ faz parte de uma rede de hospitais na cidade do Rio

de janeiro e tem como público alvo as gestantes da Área Programática 2.1 que englobam os

seguintes bairros: Botafogo, Catete, Copacabana, Cosme Velho, Flamengo, Gávea, Glória,

Humaitá, Ipanema, Jardim Botânico, Lagoa, Laranjeiras, Leblon, Leme, Rocinha, São

Conrado, Urca e Vidigal. A Maternidade de Laranjeiras, como é popularmente conhecida a

atual Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi criada pelo

decreto n. 5.117, de 18 de janeiro de 1904. A sua finalidade principal era, então, a de assistir

às gestantes e às crianças recém-nascidas das classes menos favorecidas. Sua importância

no ensino da Obstetrícia, no Brasil, foi base para a formação dos cursos de pós-graduação

em níveis de mestrado e de doutorado em 1974. Ela ampliou o seu leque de atuação ao longo

do século, com a incorporação das novas tecnologias à medicina e o surgimento das novas

especialidades. A obstetrícia, especialidade médica inicial da instituição, uniu-se a pediatria,

mais especificamente a neonatologia, tendo atualmente uma assistência perinatal, com a

participação de profissionais médicos e outros profissionais da área de saúde.

32

Imagem 1. Fachada da Maternidade Escola

Fonte: Acervo Museu da Imagem e do Som, RJ

A instituição presta assistência integral à saúde da mulher e da criança, com perfil

multiprofissional, recebendo alunos dos cursos de graduação em medicina, enfermagem,

nutrição, assistência social, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e saúde coletiva. Possui

programas de residência médica e multiprofissional, programas de pós-graduação lato sensu

e atividades de pesquisa vinculadas à programas de pós-graduação stricto sensu da UFRJ.

Tais ações integram a missão institucional: assistência de qualidade à saúde materno-infantil,

formação profissional, atividades de pesquisa e inovação tecnológica.

Imagem 2. Instalações da Maternidade Escola

Fonte: Acervo Museu da Imagem e do Som, RJ

33

Atualmente, a Maternidade Escola é uma unidade especializada, que dispõe de

assistência ambulatorial e hospitalar, multiprofissional, oferecendo linhas de cuidado

específicas na atenção à saúde de gestantes e recém-nascidos de alto risco. Possui

ambulatórios especializados na assistência pré-natal (hipertensão arterial, diabetes, gestação

gemelar, patologias fetais e adolescentes), programa de rastreio de risco para gestantes no

primeiro trimestre, planejamento familiar para mulheres de risco, genética pré-natal e

medicina fetal. Cumprindo seu papel na inovação tecnológica, a prática profissional

especializada na Maternidade introduziu a ultrassonografia no Brasil (1974), a utilização do

doppler em obstetrícia (1986), a cordocentese e a transfusão intravascular intrauterina

(1987), a fetoscopia e a utilização do laser em procedimentos intrauterinos (2004).

Imagem3. Maternidade de Laranjeiras (atualmente)

Fonte: Autor

3.4. Os Participantes

Os participantes da pesquisa foram divididos em 2 grupos, participantes diretos e os

indiretos.

Os participantes diretos do estudo foram delimitados previamente e foram

constituídos por 23 enfermeiros que atuam no centro obstétrico, enfermeiros de contrato

temporário ou efetivos da instituição.

34

Os participantes indiretos foram as 87 parturientes doadoras das amostras de SCUP

coletadas durante o período da oficinas práticas para a capacitação dos enfermeiros. Como

critérios de inclusão consideraram-se todas as parturientes doadoras de SCUP visto que todas

atendem aos critérios para doação de SCUP estabelecidos pela RDC nº 56/2010 (BRASIL,

2010). Foram excluídas as parturientes que apresentaram intercorrências no período

expulsivo do parto.

Para os participante diretos consideram-se os seguintes critérios de inclusão: ser

enfermeiro da ME lotados no Centro Obstétrico (CO) independente do vínculo de contração,

ter no mínimo de seis meses de atuação no setor, aceitar participar do estudo mediante

assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e para os critérios de exclusão

os que não compareceram na primeira oficina teórica da capacitação.

Imagem 4: Os Participantes

Fonte: Autor

3.5. Coleta de dados

No processo de escolha de dados, o estudo de caso recorre a várias técnicas próprias

da investigação qualitativa, nomeadamente o diário de bordo, o relatório, a entrevista e a

observação. A utilização destes diferentes instrumentos constitui uma forma de obtenção de

dados de diferentes tipos, os quais proporcionam a possibilidade de cruzamento de

informação. Embora os métodos de escolha de dados mais comuns num estudo de caso sejam

a observação e as entrevistas, nenhum método pode ser descartado. O estudo de caso

emprega vários métodos (entrevistas, observação participante e estudos de campo). Os

métodos de escolha de informações são escolhidos de acordo com a tarefa a ser cumprida29.

35

Assim sendo, nessa pesquisa utilizamos várias fontes de informações (pesquisa

documental, entrevistas, observação participantes,) para assegurar as diferentes perspectivas

dos participantes e por outro, obter várias medidas do mesmo fenómeno criando condições

para uma triangulação dos dados, durante a fase de análise dos dados29.

Para melhor entendimento da coleta de dados foi dividida em três etapas desta

pesquisa: A primeira etapa foi realizada para atingir o primeiro objetivo específico e foi

elaborado um instrumento para traçar a caracterização das potenciais doadoras do sangue do

cordão e placentário na Maternidade Escola da UFRJ. Para a segunda e terceira etapas foram

elaborados 7 instrumentos atender o segundo e o terceiro objetivos específicos da pesquisa.

Quadro 1 Etapas da produção de dados

Fonte: O autor

O primeiro instrumento da primeira etapa de coleta de dados (Apêndice1) foi

elaborado com base no impresso usado pelo INCA na triagem e nas entrevistas para

selecionar as possíveis doadoras, através da análise dos prontuários clínicos das pacientes

que pariram na instituição no ano 2014. Foi usado um teste piloto do instrumento diretamente

nos prontuários das pacientes no setor de revisão de prontuários, sendo analisados dez

prontuários, após análise desses dez prontuários o instrumento sofreu alterações, adequando-

o às necessidades da pesquisa.

Este instrumento constituiu-se de informações de identificação do perfil

demográfico, dados sobre o pré-natal e obstétricos, exames obstétricos, exames laboratoriais,

trabalho de parto e dados do recém-nascido que após a realização do partos transpélvicos e

cesarianas. Para o quesito de identificação considerou-se idade, escolaridade e ocupação/

profissão; para os dados pré-natal incluíram realização ou não do pré-natal, local, número de

Etapas Instrumentos

Primeira etapa 1º Caracterização das potenciais doadoras do sangue do cordão e

placentário na Maternidade Escola da UFRJ

Segunda etapa

Oficina Teórica

1º Caracterização socioprofissional dos enfermeiros dos participantes

do estudo

2º Pré-teste

3º Pós-teste

4º Avaliação da oficina teórica

Terceira etapa

Oficina Prática

1º Caracterização Socioprofissional dos Experts

2º Roteiro de observação

3ºAvaliação da oficina prática

36

consultas, gestação única ou gemelaridade, patologias ou uso de medicações que influenciam

no fluxo placentários durante a gravidez, trabalho de parto e parto. Nos dados obstétricos

foram considerados idade gestacional, número de gestação, paridade, abortamento, números

de filhos vivos, números de filhos de baixo peso. Quanto ao exame obstétrico observou-se

integridade da bolsa amniótica e o tempo em caso ruptura prematura das membranas

ovulares. Nos exames laboratoriais foram considerados resultados de sorologias positivas

para doenças infectocontagiosas. No trabalho de parto e parto avaliou-se se a parturiente

apresentou febre e qual a sua temperatura neste período. E por fim foram analisados os dados

referentes ao recém-nascido como peso, sofrimento fetal grave, APGAR no primeiro e

quinto minuto, malformação e qual o tipo da malformação.

O primeiro instrumento da segunda etapa da pesquisa, instrumento para

caracterização socioprofissional dos enfermeiros dos participantes do estudo (Apêndice 2).

Primeiramente foi aplicada a cinco enfermeiros do centro obstétrico como teste piloto, após

o teste foi reformulado de acordo com as necessidades identificadas e aplicados em a todos

enfermeiros participantes na oficina teórica ocorrida no dia 11/04/2015.

O segundo instrumento da segunda etapa, pré-teste (Apêndice 3) que é um conjunto

de perguntas feitas aos participantes antes do início do conteúdo da aula expositiva, com a

finalidade de determinar o seu nível de conhecimento sobre o conteúdo que foi ministrado e

aplicado também no dia 11/04/2015 antes da aula expositiva.

O terceiro instrumento da segunda etapa, pós-teste (Apêndice 4) com as mesmas

perguntas feitas do pré-teste, através da comparação das questões acertadas foi possível

descobrir se o conteúdo foi bem-sucedido em aumentar o conhecimento dos participantes.

Foi aplicado no dia 18/04/2015 após o término da oficina teórica.

O quarto instrumento da segunda etapa, avaliação da oficina teórica (Apêndice 5)

usando a escala Likert adaptada para a pesquisa, para que os participantes avaliassem a

oficina teórica aplicado também no 18/04/2015.

O primeiro instrumento da terceira etapa, instrumento para caracterização

socioprofissional dos experts do estudo (Apêndice 6). Enviado via E-mail 10/08/2015 as

experts em coleta SCUP.

O segundo instrumento da terceira etapa, roteiro de observação (Apêndice 7), onde o

observador toma parte do funcionamento do grupo estudado e esforça-se para observar e

registrar as informações dentro dos contextos de suas experiências relevantes para os

37

participantes. Constituiu de um roteiro de observação da coleta SCUP elaborado e validado

por experts para a observação de cada participante durante a realização da coleta do SCUP.

É composto de três módulos contemplando as fases da CSCUP, abordando as ações dos

participantes. A observação participativa é planejada e controlada com uma programação de

ações, sendo direcionada a determinar pontos, previamente estabelecidos pelo observador.

Quadros, anotações, escalas, diários de campo, dispositivos mecânicos são alguns dos

instrumentos que podem ser utilizados nessa observação30.

Para sua validação foi utilizado a Técnica Delphi que permite consenso de um grupo

sobre um determinado fenômeno, formado por julgadores experts, os quais são profissionais

efetivamente especialistas na área31. Esta técnica possibilita formas alternativas de

questionamento, pela agregação das respostas dos especialistas de maneira interativa-

sistemática, flexível número de interações, bem como do número de especialistas,

permitindo retroalimentação em um processo de análise parcial dos resultados, utilizando a

comunicação escrita. Consiste numa série de fases durante as quais um grupo de especialista

tomam conhecimento do conteúdo, utilizando questionários. A estes julgadores é solicitado

que se faça um julgamento ou que eles comentem sobre os itens apresentados31.

A seleção das experts se deu através do BSCUP do INCA/RJ que disponibilizou os

endereços eletrônicos dos profissionais especialistas em CSCUP públicos no país.

Desta forma, o questionário modelo elaborado inicialmente foi enviado através de

correio eletrônico as sete experts, porém dois não se manifestaram em participar, sendo

assim, cinco experts participaram da validação, o que possibilitou o diálogo constante entre

pesquisador e experts. Foram utilizadas as opções “concordo” e “discordo” em cada item

abordado, além de lhes dar a opção de fazer as sugestões que cada especialista achasse

pertinente.

Na primeira rodada, foram sugeridas adequações pelas experts em relação aos

seguintes itens:

Item 6 assinatura do TCLE sofreu alteração, sugerido o acréscimo em negrito, das

palavras antes da coleta; houve consenso entre os 5 experts.

Item 12 fechamento das travas das bolsas e das agulhas com protetor também foi

alterado fechamento das travas das bolsas e agulhas com protetor por

fechamento dos dispositivos de segurança das bolsas e das agulhas com o

protetor; houve também unanimidade entre os experts.

38

Item 13 coleta da amostra sanguínea maternas; nesse item a maioria 3 experts

optaram em alterar para o plural, alterado para coletas das amostras sanguíneas

maternas.

Item 14 identificação da bolsa, amostra materna, histórico clínico e TCLE com

etiqueta código de barra, também houve consenso entre os experts, modificado para

Identificação com etiquetagem da bolsa, amostra materna, histórico clínico e

TCLE com etiqueta código de barra.

Item 15 preenchimento da ficha de transporte, nesse item também foi acrescido da

palavras e etiquetagem.

Item 16 acondicionamento da unidade e amostra, alterado para acondicionamento

da unidade e amostra em embalagem secundária.

Na segunda rodada, com o instrumento já reformulado, foi sugerida adequação pelas

experts em relação ao seguinte item:

Item 10 clorexidine alcoólico 0,5% 3x da região distal p/ proximal, alterado para

antissepsia do cordão com álcool 70% 3x distal p/ proximal e depois clorexidine

alcoólico 0,5% 3x da região distal p/ proximal

Após alteração do item 10, foi necessário adequação novamente no instrumento e

reenviado para as experts, houve concordância absoluta e o instrumento chegou a sua versão

final e foi aplicada aos enfermeiros participantes dessa pesquisa e compôs a dissertação de

mestrado.

Segundo Faro, geralmente, nos estudos Delphi, são utilizadas de duas a três rodadas

de opiniões variando do número de julgadores. No caso deste estudo a validação, foram

realizadas três rodadas, chegando-se a um consenso na terceira rodada originando o

instrumento definitivo de coleta de dados31.

QUADRO 2 - Cronograma De Validação Do Instrumento De Coleta De Dados

ETAPAS Período de aplicação

Elaboração do instrumento do modelo 05/08/2015

Convite as experts 10/08/2015

Primeira etapa da validação 15/08 a 20/08

Segunda etapa da validação 21/08 a 26/08

Terceira etapa da validação 27/08 a 30/08

Fonte: Autor

39

O terceiro instrumento da terceira etapa, instrumento de avaliação da oficina prática

(Apêndice 8) usando a escala Likert adaptada para a pesquisa, para que os participantes

avaliassem a oficina prática. Para este estudo foi realizado uma análise descritiva de

frequência e porcentagem. Foi aplicado no término da oficina prática a todos os

participantes.

FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DA PRODUÇÃO DE DADOS

PRIMEIRA ETAPA

1º Caracterização das potenciais doadoras do sangue do cordão e placentário na

Maternidade Escola da UFRJ

SEGUNDA ETAPA OFICINAS TEÓRICAS

1º Caracterização

socioprofissional

dos enfermeiros

dos participantes

do estudo

2º Pré-teste

4º Avaliação

da oficina

teórica

3º Pós-teste

TERCEIRA ETAPA OFICINA PRÁTICA OFICINA PRÁTICA

1º Caracterização

Socioprofissional dos

Experts

2º Roteiro de observação 3ºAvaliação da oficina

prática

3.6 Análise de dados

Cabe ressaltar que os dados foram triangulados a partir da utilização de mais de uma

fonte de evidência (pesquisa documental, entrevistas, observação participantes)

40

corroborando para o conhecimento sobre o mesmo fato ou fenômeno. Caso contrário, ao

analisar cada fonte de evidência separadamente; comparando as conclusões das diferentes

análises e não triangulando os dados, dificultaria a interpretação e análise deles.

Os dados de natureza quantitativos elaborado para atender o primeiro objetivo

específico da pesquisa foram analisados estatisticamente com assessoria de especialista,

também foram tabulados em uma planilha do programa MS Excel® e analisados individual

e conjuntamente por meio de estatística descritiva considerando nível de confiança de 95%,

com um erro percentual padrão de 0,05%.

A estatística tem por objetivo fornecer métodos e técnicas para se lidar, racionalmente,

com situações sujeitas a incertezas podendo ser considerada como um conjunto de técnicas

e métodos de pesquisa, que envolve a planificação de experiências, a recolha e organização

de dados, a inferência, o processamento, a análise e a disseminação de informação. Consiste

na recolha, análise e interpretação de dados numéricos através da criação de instrumentos

adequados: quadros, gráficos, tabelas e indicadores numéricos32.

Para atender o segundo e terceiro objetivos específicos a análise dos dados foram

realizados uma análise descritiva de frequência e porcentagem para cada um dos itens dos

instrumentos de coleta de dados aplicados, como também através da descrição da percepção

subjetiva contidas nos questionários, que foram avaliados para sustentar os dados

qualitativos com base na complementaridade 33.

41

Neste capítulo serão apresentados os resultados da pesquisa, em quadros e tabelas.

Estes resultados serão apresentados por ordem dos objetivos específicos traçados para esta

pesquisa.

4.1 A Maternidade Escola da UFRJ e sua caracterização como posto de coleta SCUP

Para análise dos dados do primeiro instrumento da primeira etapa os dados foram

coletados e tabulados em uma planilha do programa MS Excel® e analisados individual e

conjuntamente por meio de estatística descritiva com auxílio de um profissional estatístico.

Para este estudo primeiramente realizou-se um cálculo amostral para determinar o

mínimo de prontuários a serem analisados. Verificou-se que havia um total de 1903

prontuários de partos transpélvicos e de cesarianas para análise, sendo que 1023 de partos

eram transpélvicos e 880 eram cesarianas. Realizou-se um cálculo por proporção para cada

tipo de procedimento. Utilizou-se do quantitativo acima, além de um nível de confiança de

95%, um erro percentual padrão de 0,05. Para que a amostra fosse significativa, analisou-se

285 prontuários da população de 1023 prontuários de partos transpélvicos, e também

analisou-se 265 prontuários para a população de 880 cesarianas. Lembrando que a amostra

foi realizada de forma randomizada, ou seja, após numerados os prontuários de partos

transpélvicos foram sorteados e da mesma forma para os prontuários de cesariana. Foram

analisados 550 prontuários na totalidade.

Para chegar ao objetivo da caracterização perfil das potenciais doadoras do SCUP

analisou-se as variáveis de qualificação e desqualificação, seguindo os parâmetros da RDC

nº56 da AVISA 2010, com isso realizamos uma análise descritiva levando em consideração

os dois tipos de partos. Portando são potenciais candidatas à doação de sangue de cordão

umbilical e placentário para uso alogênico não-aparentado as gestantes que satisfaçam pelo

menos as seguintes condições:

Critérios De Qualificação

Idade Materna

Quadro 3: Análise descritiva das variáveis idade

4. RESULTADOS

42

Fonte: Autor

Os dados obtidos que se refere a idade, segundo a RDC nº 56/2010, a idade mínima

é 18 anos, não havendo idade máxima. Do parto normal, deve-se excluir 33 casos, por serem

menores que 18 anos, o que representa 12% do total da amostra de parto normal, das

cesarianas deve-se excluir 12 casos o que representa 4% da amostra desse tipo de parto.

Analisando o dois tipos de parto como um todo, tem-se a exclusão será feita em 45 casos

representando 8% da amostra total. Por tanto na variável idade 92% da pacientes poderiam

ser doadoras.

Números de Consultas no Pré-Natal

Quadro 4: Análise descritiva das variáveis Números de Consultas no Pré-Natal

Fonte: Autor

7 casos na amostra de parto normal e 1 caso na amostra de cesariana, o que representa

2% e 0,4% de suas respectivas amostras, pois apresentaram número de consultas menor que

2, para o total tem-se que excluir 8 casos, representando 1% do total da amostra. Quando ao

número de consultas de Pré-Natal, 99 % pacientes realizaram mais de 02 consultas de pré-

natal que segundo RDC nº 56/2010 é o número mínimo de consultas para que a paciente

possa ser doação SCUP.

Idade Gestacional

Quadro 5: Análise descritiva das variáveis Idade Gestacional

Fonte: Autor

Idade

Materna

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem

33 12% 12 4% 45 8% 92%

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Números

de

consultas 7 2% 1 0,4% 8 1% 99%

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Idade

Gestacional 19 7% 17 6% 36 6,5% 93,5%

43

De acordo com a variável idade gestacional deve-se retirar da amostra de parto

normal 19 casos por apresentarem idade gestacional menores que 35 semanas, o que

representa 7% da amostra desse parto, já o parto cesárea a exclusão deve ser feita em 17

casos da amostra, o que representa 6% da mesma.

Tempo de Bolsa Rota

Quadro 6: Análise descritiva das variáveis Tempo de Bolsa Rota

Fonte: Autor

Após a análise dos prontuários é necessário excluir 14 casos do parto normal o que

representa 5% da amostra, pois apresentam tempo de rota maior que 18 horas, analisando a

amostra de cesarianas será necessário retirar 12 casos, o que representa 8% da amostra de

cesarianas. Com isso, tem-se que do total da amostra será necessário excluir 26 casos, ou

seja, 6,5% da amostra. Após a análise referente ao tempo bolsa rota, 93,5% total dos

prontuários analisados as pacientes poderiam ser prováveis doadora do SCUP.

Ausência de Doenças que Interferem no Fluxo Sanguíneo

Quadro 7: Análise descritiva das variáveis Ausência de Doenças que Interferem no

Fluxo Sanguíneo

Fonte: Autor

Observa-se que pelo critério de qualificação é necessário retirar 5 casos da amostra

de parto normal, e 24 da amostra de cesarianas, o que representa respectivamente 2% e 9%

de cada uma das amostras, no total deve ser excluídos da amostra 29 casos o que representa

5,5% da amostra total de partos.

Na análise na ausência doenças que interferem no fluxo sanguíneo placentário 94,5%

estão aptas para a doação levando em consideração o perfil da unidade que é de baixo risco

e médio risco para gestantes com hipertensão arterial e diabetes.

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Bolsa > 18

horas 14 5% 12 8% 26 6,5% 93,5%

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem

Ausência Doença

Interfere no Fluxo Sanguíneo 5 2% 24 9% 29

5,5% 94,5%

44

Ausência de Anormalidade no Trabalho de Parto

Quadro 8: Ausência de Anormalidade no Trabalho de Parto

Fonte: Autor

Há necessidade de excluir 1 caso do grupo de parto normal e 1 caso do grupo de

cesariana, por apresentarem anormalidades durante o trabalho de parto, o que representa

0,4% em cada uma das amostras e no total deve-se excluir 2 casos o que representa 0,2% da

amostra total cada um.

Critérios de Desqualificação

De acordo com a legislação brasileira vigente a RDC n° 56 de 2010, os critérios de

seleção baseiam-se numa análise de comportamentos de risco. Devem ser identificados

destes riscos por uma análise dos antecedentes médicos, comportamentais, por análise

biológicas e obstétrica. As doadoras devem ser selecionadas com base nos dados clínicos,

fornecidos num questionário e mediante realizada à doadora por um profissional de nível

superior devidamente qualificado.

Sofrimento Fetal

Quadro 9: Análise descritiva das variáveis Sofrimento Fetal

Fonte: Autor

Tem-se a necessidade de excluir 4 casos da amostra de parto normal, o que representa

apenas 1% da amostra e 8 casos da amostra de cesariana, representando assim 3% da

amostra, considerando o total da amostra de partos a exclusão será realizada em 12 casos,

representando 2% da amostra total.

Feto com Anormalidade Congênita

Quadro 10: Análise de Feto com anormalidade congênita

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Ausência de

Anormalidade no

Trabalho de Parto 1 0,4% 1 0,4% 2 0,2% 99,8%

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem

Sofrimento

fetal grave

4 1% 8 3% 12 2% 98%

45

Fonte: Autor

Analisando o quadro 10 observa-se que não será necessário excluir ninguém da

amostra de parto normal, porém da amostra de cesarianas temos 3 casos de malformação o

que representa 1% da amostra de cesárea e também da amostra total 1%.

Temperatura materna igual ou superior a 38°C durante o trabalho de parto

Quadro 11: Análise da Temperatura materna igual ou superior a 38°C durante o

trabalho de parto

Fonte: Autor

No quadro 11 tem-se a necessidade de excluir 1 caso do grupo de parto normal e 1

caso do grupo de cesariana, por apresentarem febre maior que 38º durante o trabalho de

parto, o que representa 0,4% em cada uma das amostras e no total deve-se excluir 2 casos o

que representa 0,2% da amostra total.

Gestante com situação de risco acrescido para infecções transmissíveis pelo sangue

Quadro 12: Análise descritiva das variáveis gestante com situação de risco acrescido

para infecções transmissíveis pelo sangue

Fonte: Autor

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Feto com

anormalid

ade

congênita 0 0% 3 1% 3 1% 99%

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Temperatura

materna igual ou

superior a 38°C

durante o

trabalho de

parto

1 0,4% 1 0,4% 2 0,2% 99,8%

Normal Cesária Total Aptas

F Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Gestante com

situação de risco

acrescido para

infecções

transmissíveis

pelo sangue 7 2% 1 0,4% 8 1,2% 98,8%

46

No quadro 12 tem-se a necessidade de excluir 7 caso do grupo de parto normal e 1

caso do grupo de cesariana, por apresentarem gestante com situação de risco acrescido para

infecções transmissíveis pelo sangue, o que representa 2% e 0,4% e cada uma das amostras

e no total deve-se excluir 8 casos o que representa 1,2% da amostra total cada um.

Presença de processo infeccioso e ou doença durante o trabalho de parto, que

possa(m) interferir na vitalidade placentária

Quadro 13: Análise da Presença de processo infeccioso e ou doença durante o

trabalho de parto, que possa(m) interferir na vitalidade placentária

Fonte: Autor

No quadro 13 tem-se a necessidade de excluir 5 caso do grupo de parto normal e 24

caso do grupo de cesariana por presença de processo infeccioso e ou doença durante o

trabalho de parto, que possa(m) interferir na vitalidade placentária, o que representa 2,0% e

9% respectivamente e no total deve-se excluir 29 casos o que representa 5,5% da amostra

total.

Gestante em uso de hormônios ou drogas que se depositam nos tecidos

Quadro 14:Análise Gestante em uso de hormônios ou drogas que se depositam nos

tecidos

Fonte: Autor

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Presença de

processo

infeccioso e ou

doença durante o

trabalho de parto,

que possa(m)

interferir na

vitalidade

placentária; 5 2% 24 9% 29 5,5% 94,5%

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem

Gestante

em uso de

hormônios

ou drogas

que se

depositam

nos tecidos 0 0% 8 3% 8 3% 97%

47

Analisando o quadro 14 observa-se que não será necessário excluir ninguém da

amostra de parto normal, porém da amostra de cesarianas temos 8 casos de malformação o

que representa 3% da amostra de cesárea e no total deve-se excluir 8 que corresponde a 3%

do total.

Gestante com história pessoal de doença sistêmica autoimune ou de neoplasia

Quadro 15: Análise de Gestante com história pessoal de doença sistêmica autoimune

ou de neoplasia

Fonte: Autor

No caso de gestante com história pessoal de doença sistêmica autoimune ou de

neoplasia não houve exclusão.

Gestante e seus familiares, pais biológicos e seus familiares ou irmãos biológicos do

recém-nascido com história de doenças hereditárias do sistema hematopoiético

Quadro 16: Análise de Gestante e seus familiares, pais biológicos e seus familiares ou

irmãos biológicos do recém-nascido com história de doenças hereditárias do sistema

hematopoiético

Fonte: Autor

No caso de Gestante e seus familiares, pais biológicos e seus familiares ou irmãos

biológicos do recém-nascido com história de doenças hereditárias do sistema hematopoiético

não houve exclusão.

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Gestante com

história

pessoal de

doença

sistêmica

autoimune ou

de neoplasia 0 0% 0 0% 0 0% 100%

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem Gestante e seus

familiares, pais

biológicos e seus

familiares ou

irmãos biológicos do

recém-nascido com

história de doenças

hereditárias do

sistema

hematopoiético 0 0% 0 0% 0 0% 100%

48

Gestante incluída nos demais critérios de exclusão visando à proteção do receptor,

descritos nas normas técnicas vigentes para doação de sangue

Quadro 17: Análise de Gestante incluída nos demais critérios de exclusão visando à

proteção do receptor, descritos nas normas técnicas vigentes para doação de sangue.

Fonte: Autor

No caso de gestante incluída nos demais critérios de exclusão visando à proteção do

receptor, descritos nas normas técnicas vigentes para doação de sangue será necessário

excluir 1 da amostra de parto normal, porém da amostra de cesarianas temos 3 casos de o

que representa 1% da amostra de cesárea e no total deve-se excluir 4 que corresponde a 1%

do total.

4.2 Capacitação dos Enfermeiros para a coleta SCUP

4.2.1 Caracterização Socioprofissional dos Enfermeiros

Para análise dos dados do primeiro instrumento da segunda etapa análise descritiva de

frequência e porcentagem

Sexo e Faixa Etária

Gráfico 1 Sexo Gráfico 2 Faixa Etária

Fonte: Autor Fonte: Autor

Os dados revelaram que: 21 (91,30%) dos participantes são do sexo feminino e 2

(8,70%) do sexo masculino; 16 (69,56%) profissional encontra-se na faixa etária entre 20 -

91,30%

8,70%

SEXO

SEXOFEMININO

SEXOMASCULINO

69,56%

17,39%

13,05%

FAIXA ETÁRIA

20 a 30 Anos

31 a 40 anos

41 a 50 anos

51 a 60

Normal Cesária Total Aptas

Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem Frequência Porcentagem

Porcentagem

Gestante incluída nos

demais critérios de

exclusão visando à

proteção do receptor,

descritos nas normas

técnicas vigentes para

doação de sangue.

1 0% 3 1% 4 1% 99%

49

30 anos, 04 (17,39%) entre 31- 40 anos, 03 (13,05%) entre 41 - 50 anos e nenhum na faixa

de 51 e 60 anos.

Tempo de Formação Profissional e Tempo de Atuação na Instituição

Gráfico 3 Tempo de Formação Profissional Gráfico 4 Tempo de Atuação na Instituição

Fonte: Autor Fonte: Autor

Com relação ao tempo de formação profissional, 19 (82,60%) enfermeiro encontram-

se na faixa de 1 - 5 anos de formação na graduação, 02 (8,70%) estão entre 06 e 10 anos,

01 (4,35%) entre 11 - 15 anos, nenhum na entre 16 - 20 anos, 01 (4,35%) entre 21 - 25 anos

de formação, caracterizando pouco tempo de formado na profissão, este dado é confirmado

quando observamos o tempo de formação profissional, onde a grande maioria dos

participantes tem até 05 anos de formado. Com relação ao tempo de atuação na instituição

os dados identificam que: 19 (82,60%) dos participantes trabalham na instituição entre 1 a 5

anos, (8,70%) 2 entre 6 a 10 anos, nenhum dos participantes entre 16 a 20 anos e 1 (4,35%)

enfermeiros entre 21 a 25 anos

Números de Vínculo e Tipo de Regime

Gráfico 5- Números de Vínculo Gráfico 6 -Tipo de Regime

Fonte: Autor Fonte: Autor

82,60%

8,70%

4,35%

4,35%

TEMPO DE FORMAÇÃO

PROFISIONAL

1 a 5

6 a 10

11 a 15

16 a 20

21 a 2582,60%

8,70%

4,35%

4,35%

TEMPO DE ATUAÇÃO NA

INSTITUIÇÃO

1 a 5 anos

6 a 10

11 a 15

16 a 20

21 a 25

65,21%

30,43%

4,36%NÚMEROS DE VÍNCULO

1

2

3 91,31%

8,69%

TIPO DE REGIME

TEMPORÁRIO

EFETIVO

50

A maioria dos participantes 12 (52,18%) realizam uma carga horária semanal de 60

horas na instituição por serem residentes das residência multiprofissional, 11 (47,82%)

realizam a carga horária de 30 horas semanais. Com relação ao número de vínculos

empregatícios, 15 (65,21%) dos participantes têm 1 vínculo empregatício, 7 (30,43%) têm

2 vínculos empregatícios e 1 (4,36%) têm 3 vínculos empregatícios; 21 (91,31%) são

enfermeiros de contrato temporário e 2 (8,69%) enfermeiros efetivos da instituição

reforçando a falta de concurso público.

Participação em Eventos

Gráfico 7- Participação em Eventos

Fonte: Autor

Quanto a participação em eventos relacionado a saúde perinatal nos últimos 5 anos,

16 (69,56%) dos participantes participaram de pelo menos 1 evento ligado a saúde perinatal

e 7 (30,44%) dos participantes não participaram de nenhum eventos ligado a saúde perinatal.

4.2.2 Caracterização Socioprofissional dos Experts

Os dados revelaram que todas experts são do sexo feminino com a média da idade de

40 anos e 8 meses. O tempo de formação variou de 9 a 29 anos, em relação a atuação como

enfermeiro coletador de SCUP todas desenvolvem suas atividades na coleta do SCUP bancos

públicos. Já quanto a titulação 04 são mestres e 01 especialista. O tempo de formação

variando de 09 a 29 anos. Em relação ao tipo de vínculo 04 são servidores públicos e 01

CLT.

69,56%

30,44%

PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS

PELO MENOS1

NÃOPARTICIPARAM

51

Quadro 18 Caracterização Socioprofissional dos Experts

Partici

pante

Sexo Idade Titulação Tempo de formação Tempo de atuação no BSCUP Tipo de Vínculo

E1 F 49 Mestrado 29 anos 15 anos Servidor Público

E2 F 35 Mestrado 9 anos 3 meses 3 anos Servidor Público

E3 F 39 Especialista 14 anos 5 meses 6 anos 11meses CLT

E4 F 38 Mestrado 12 anos 5 meses 5 anos 8 meses Servidor Público

E5 F 43 Mestrado 10 anos 4 meses 4 anos 6 meses Servidor Público

Fonte: O autor

4.2.3 Caracterização dos Materiais e Impressos utilizados na CSCUP na ME/UFRJ

Os materiais e impressos usados para a coleta SCUP foram cedidos para a ME/UFRJ

pelo INCA/RJ para a realização da capacitação dos enfermeiros da instituição.

Imagem 5 Impressos usados na CSCUP

Fonte: Autor

Quadro 19 Impressos Usados Na Coleta SCUP

ITEM IMPRESSOS USADOS NA COLETA SCUP QUANT.

01 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (CÓPIA BSCUP) 01

02 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (CÓPIA

DOADORA) 01

03 HISTÓRICO CLÍNICO 01

04 FICHA DE TRANSPORTE 01

05 CERDIFICADO DE PEQUENO HERÓI 01

06 ETIQUETAS COM CÓDIGO DE BARRA 01

52

Fonte: Autor

Quadro 20 Materiais/ Insumos

Fonte: Autor

ITEM MATERIAS/ INSUMOS QUANT.

01 PRATO FESTRADO 01

02 SUPORTO PARA PRATO FESTRADO 01

03 SERINGA 10ML 01

04 AGULHA DESCATÁVEL 40 X12 01

05 BOLSA ESTÉRIL PRÓPRIA PARA COLETA DE SANGUE DE CORDÃO

UMBILICAL 01

06 LUVAS DESCARTÁVEIS (PAR) 01

07 BOLSA TÉRMICA 01

08 EMBALAGEM SEGUNDÁRIA 01

09 ALMOTOLIA DESCARTÁVEL DE CLOREXIDINE ALCOÓLICO 01

10 LUVAS ESTÉREIS (PAR) 03

11 GAZES ESTÉREIS (PACOTE) 02

12 TUBOS LILÁS DE 04 ML COM ANTICOAGULANTE (EDTA) 04

13 TUBOS VERMELHO DE 04 ML COM GEL RETRATOR 04

14 ESCALPE 23 PARA COLETA MATERNA A VÁCUO 01

15 ALMOTOLIA DE 70% ALCOÓL 01

16 LÁTEX (GARROTE) 01

17 CAMPO PARA MESA 01

53

4.2.4 Avaliação Pré e Pós-Teste

A avaliação do pré e pós teste é para saber o impacto da oficina teórica sobre aquisição

de novos conhecimentos referente a pesquisa. Será apresentado item os resultados e

discussão das questões elaboradas no pré e pós teste. Ao início e ao final da oficina, solicitou-

se descrição/o conhecimento prévio sobre a coleta do SCUP

Questão 1- Você já teve conhecimento sobre a coleta do Sangue de Cordão Umbilical

para obtenção de células-tronco?

Tabela 1: Questão 1

Fonte: Autor

Ao analisarmos a questão 1 verifica 19 (82,60%) não tinham conhecimento sobre a

CSCUP, na observação do dado apresentado na tabela pode constatar-se que para o grupo

de participantes das oficinas teve um efeito positivo e significativo no aprendizado.

Questão 2-Você conhece a resolução número 304/2005 do COFEN?

Tabela 2 :Questão 2

Fonte: Autor

Os dados revelaram que nenhum dos participantes não tinham conhecimento sobre a

Resolução 304/2005 e que após a oficina teórica houve um aproveitamento de 100% nas

respostas o que sugere ganho no conhecimento.

Questão 3- O uso alogênico de células-tronco é aquele em que:

Tabela 3: Questão 3

Variável Sim/Não Pré-teste Sim/Não Pós-teste

Questão 1 % %

Sim 17,40 Sim 100

Não 82,60 Não 0

Variável Sim/Não Pré-teste Sim/Não Pós-teste

Questão 2 % %

Sim 0 Sim 100

Não 100 Não 0

Variável Sim/Não Pré-teste Sim/Não Pós-teste

Questão 3 % %

Sim 47,82 Sim 82,60

54

Fonte: Autor/2015

No caso da questão 3 do pré-teste os participantes 11 (47,82%) acertaram a questão e 12

(52,18%) dos participantes não acertaram a questão. No pós-teste houve um ganho

significativo uma vez que 19 (83,60%) dos participantes responderam certa a questão.

Questão 4 - De acordo com a RDC nº 056 de 16 de dezembro de 2010 da ANVISA, são

seguintes critérios para a doação de sangue de cordão umbilical e placentário

Tabela 4: Questão 4

Fonte: Autor/2015

Ao verificamos a questão 4 observamos o melhor resultado nos pré - testes, 17

(73,91%) dos participantes acertaram a questão e 21 (91,30%) dos participantes acertaram o

pós-teste.

Questão 5- De acordo com a resolução RDC nº 056 de 16 de dezembro de 2010 da

ANVISA, são seguintes critérios desqualificação para uso alogênico não-aparentado as

seguintes condições coleta, exceto:

Tabela 5: Tabela da questão 5

Fonte: Autor

Conclui-se pela tabela 5 que no pré-teste 11 (47,83%) dos participantes tiveram êxito

na questão 5, já no pós-teste 22 (95,65%) dos participantes obtiveram resultado positivo

nesta questão.

Questão 6 -Descreva todo o processo de coleta de sangue de cordão umbilical e

placentário, etapa por etapa

Tabela 6: Questão 6

Não 52,18 Não 17,40

Variável Sim/Não Pré-teste Sim/Não Pós-teste

Questão 4 % %

Sim 73,91 Sim 91,30

Não 26,09 Não 8,70

Variável Sim/Não Pré-teste Sim/Não Pós-teste

Questão 5 % %

Sim 47,83 Sim 95,65

Não 52,17 Não 4,35

Variável Pré-teste

%

Pós-teste

%

Descreve adequadamente 0 73,91

55

Fonte: Autor

Ao observamos a tabela acima verifica-se no pré-teste que nenhum dos participantes

descreveram adequadamente as etapas da CSCUP, 2 (8,69%) participantes descreveram

parcialmente e 21 (91,31%) participantes não descreveram nenhuma etapas. No pós-teste

observamos que 17 (73,91%) participantes descreveram adequadamente as etapas da

CSCUP, 6 (26,09%) participantes descreveram parcialmente as etapas, e nenhum

participante deixou de descrever por completo as etapas.

4.2.5 Avaliação da Oficina Teórica

A avaliação ocorreu em instrumento próprio (Apêndice), segundo escala Likert

adaptada após o término da oficina teórica para avaliação parcialmente sua adequação ao

modelo de treinamento proposto para a CSCUP.

Para este estudo foi realizado uma análise descritiva de frequência e porcentagem para

cada um dos itens do instrumento aplicado

Imagem 6: Aula expositiva

Fonte: Autor

Descreve parcialmente 8,69 26,09

Não descreveram 91,31 0

56

Quadro 21 Domínio conceitual

DOMÍNIO: CONCEITUAL

VARIÁVEL GRAU DE AVALIAÇÃO N %

Conteúdo da oficina atualizado, informativo,

útil, aplicativo

Discordo Totalmente 0 0,0

Discordo 0 0,0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0,0

Concordo 1 4,3

Concordo Totalmente 22 95,7

Importância da oficina para aquisição de

novos conhecimentos na sua área de atuação

Discordo Totalmente 0 0,0

Discordo 0 0,0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0,0

Concordo 0 0,0

Concordo Totalmente 23 100,0

Contribuição da oficina para melhoria do seu

desempenho no trabalho

Discordo Totalmente 0 0,0

Discordo 0 0,0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0,0

Concordo 2 8,7

Concordo Totalmente 21 91,3

Qualidade do material didático utilizado Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 3 13,0

Concordo Totalmente 20 87,0

Adequação da carga horária Discordo Totalmente 0 0,0

Discordo 0 0,0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0,0

Concordo 2 8,7

Concordo Totalmente 21 91,3

Fonte: Autor

A partir da tabela acima é possível observar que para o conteúdo da oficina n= 22

(95,7%) concordou totalmente, para a importância da oficina n= 23 (100%) concordou

totalmente, para a contribuição da oficina n=21 (91,3%) concordou totalmente, para a

qualidade do material n=20 (87%) concordou totalmente e para a adequação da carga horária

n=21 (91,3%) concordou totalmente.

57

Quadro 22: Avaliação dos Instrutores

DOMÍNIO: AVALIAÇÃO DOS INSTRUTORES

VARIÁVEIS GRAU DE AVALIAÇÃO N %

Pontualidade Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 4 17,4

Concordo Totalmente 19 82,6

Clareza e organização em sala de

aula

Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 3 13,0

Concordo Totalmente 20 87,0

Interação com o grupo Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 4 17,4

Concordo Totalmente 19 82,6

Domínio conceitual e prático do

tema abordado

Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 0 0

Concordo Totalmente 23 100

Estratégia de abordagem dos

assuntos e recursos utilizados

Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 1 4,3

Concordo Totalmente 22 95,7

Fonte: Autor

Em relação à avaliação dos instrutores observa-se que pela pontualidade n=19

(82,6%) concordou totalmente, pela clareza e organização n= 20 (87%) concordou

totalmente, pela interação com o grupo n=19 (82,6%) concordou totalmente, pelo domínio

conceitual e prático n= 23 (100%) concordou totalmente e pela estratégia de abordagem n=

22 (95,7%) concordou totalmente.

58

Imagem 7: Avaliação da oficina teórica

Fonte: Autor

Quadro 23: Avaliação dos serviços de apoio

DOMÍNIO: AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE APOIO

VARIÁVEIS GRAU DE AVALIAÇÃO N %

Divulgação da oficina Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 5 21,7

Concordo Totalmente 18 78,3

Condições de uso das instalações e dos

recursos audiovisuais disponibilizados

Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 0 0

Concordo Totalmente 23 100

Apoio (técnico, pedagógico e

administrativo) dado a oficinas

Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 1 4,3

Concordo Totalmente 22 95,7

Fonte: Autor

Em relação à tabela 9 tem-se que n=18 (78,3%) concordaram totalmente com a

divulgação da oficina, n= 23 (100%) concordou com as condições de uso das instalações e

recursos e n= 22 (95,7%) concordaram com o apoio dados a oficina.

59

Quadro 24: Auto Aproveitamento

DOMÍNIO: AUTO APROVEITAMENTO

VARIÁVEIS GRAU DE AVALIAÇÃO N %

Sua participação em sala de aula visando o

desenvolvimento do grupo

Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 5 21,7

Concordo Totalmente 18 78,3

Avaliação do seu desempenho e aproveitamento

na oficina

Discordo Totalmente 0 0

Discordo 0 0

Nem Concordo Nem Discordo 0 0

Concordo 1 4,3

Concordo Totalmente 22 95,7

Fonte: Autor

E, em relação à auto avaliação, pela participação em sala n=18 (78,3%) concordou

totalmente e pela avaliação do seu desempenho n=22 (95,7%) concordou totalmente.

4.2.6 Avaliação da Oficina Prática

As oficinas práticas da CSCUP aconteceram no período de setembro a novembro de

2015, foram realizadas no centro obstétrico da ME/UFRJ, totalizando 18 oficinas e houve a

participação 20 enfermeiros participantes da pesquisa. Houve um perda de 03 enfermeiros

no decorrer da pesquisa, devido a 02 enfermeiros por cancelamento do contrato de trabalho

e 01 enfermeiro que desistiu em participar da pesquisa por motivo pessoal.

Primeiramente foram capacitados os enfermeiros plantonistas, totalizando 12

enfermeiros, uma vez que estariam disponíveis 24horas e de acordo com a demanda do setor.

Após a capacitação dos enfermeiros plantonistas, deu-se o início da capacitação dos

enfermeiros alocados em outro setor da instituição, porém de acordo com os critério de

inclusão da pesquisa, somente os enfermeiros que já haviam passado por pelos menos 06

meses, totalizando 08 enfermeiros. Para esses foram agendados previamente de acordo com

as marcações das cirurgias de cesarianas eletivas de acordo com o protocolo da instituição

ou de acordo com a demanda do setor.

60

A avaliação foi construída mediante a observação participativa do pesquisador através

do instrumento criado e validado específico para a capacitação dos participantes da pesquisa

durante a realização da coleta SCUP no centro obstétrico.

Segundo Polit a observação participativa consiste na inserção do pesquisador dentro

do grupo pesquisado, por certo período de tempo nos quais ele interage com os sujeitos, no

seu dia- a- dia.33

A observação participativa é planejada e controlada com uma programação de ações,

sendo direcionada a determinar pontos, previamente estabelecidos pelo observador.

Quadros, anotações, escalas, diários de campo, dispositivos mecânicos são alguns dos

instrumentos que podem ser utilizados nessa observação30. Esse instrumento tem a finalidade

identificar se há alguma falha nas fases da CSCUP, e realizando as correções da técnica. O

instrumento foi elaborado mediante as seguintes fases da coleta do SCUP.

4.2.6.1A observação da Triagem e Captação

As parturientes que se encontram internadas em trabalho de parto e que estiverem

dentro dos critérios de doação, de acordo com a legislação vigente, devem ser informadas a

respeito da importância da doação do SCUP. Aquelas que concordarem com o programa,

devem ser convidadas a ler e assinar o TCLE e, em seguida, serem entrevistadas para

levantar informações que possam interferir na condição de doadora e na qualidade do SCUP.

Nesta fase da coleta o objetivo é fazer com que os participantes reconheçam as

pacientes com potencial de doação e informá-las a respeito da importância da doação do

SCUP. Aquelas que concordarem com o programa, devem ser convidadas a ler e assinar o

TCLE e, em seguida, serem entrevistadas para levantar informações que possam interferir

na condição de doadora e na qualidade do SCUP.

4.2.6.2 A Observação Coleta Extra Útero (a técnica)

Nesta fase da coleta o objetivo é fazer com que os participantes desenvolvam

habilidades técnica na coleta adequada do SCUP, extraindo a maior quantidade de sangue

do cordão e placenta obedecendo as normas da RDC nº 56. Nos critérios hoje estabelecido

pelo INCA/RJ para que um unidade de bolsa seja criopreservada é necessário a celularidade

61

de 109 (1 bilhão de células- tronco).

Foram avaliados os seguintes itens neste módulo: a montagem do material para

CSCUP; colocação da placenta no suporte apropriado, com face fetal para baixo e cordão

através de fenestra; antissepsia do cordão com álcool e depois com clorexidine alcóolica

0,5% 3x da região distal p/ proximal; troca das luvas estéreis entre as etapas de recebimento

da placenta, antissepsia e punção; punção do cordão com agulha própria da bolsa;

fechamento das travas das bolsa e das agulhas com o protetor; coleta das amostras

sanguíneas, etiquetagem da bolsa de coleta, amostra materna, histórico clínico e TCLE com

etiqueta código de barras; preenchimento da ficha de transporte e etiquetagem

acondicionamento da unidade e amostra em saco plástico, acondicionamento da unidade em

maleta térmica para transporte, descarte apropriado do material utilizado CSCUP.

A oficina prática da CSCUP teve início em outubro de 2015 e o término em início de

dezembro de 2015.

4.2.6.3 Ação Correção Da Técnica

Nesta módulo, o intuito foi avaliar a técnica detectando as inadequações na coleta de

sangue do cordão umbilical em cada item, quando inadequadas realizar a correção da técnica.

As bolsas do SCUP coletadas nesta etapa da capacitação quando houve inadequação

que levaram risco de contaminação foram desprezadas, as demais foram enviadas para o

INCA/RJ para a análise da celularidade e posteriormente estando aptas foram

criopreservada.

As oficinas práticas da CSCUP aconteceram no período de setembro a novembro de

2015, foram realizadas no centro obstétrico da ME/UFRJ, totalizando 18 oficinas e houve a

participação 20 enfermeiros participantes da pesquisa. Houve um perda de 03 enfermeiros

no decorrer da pesquisa, devido a 02 enfermeiros por cancelamento do contrato de trabalho

e 01 enfermeiro que desistiu em participar da pesquisa por motivo pessoal.

Primeiramente foram capacitados os enfermeiros plantonistas, totalizando 13

enfermeiros, uma vez que estariam disponíveis 24horas e de acordo com a demanda do setor.

Após a capacitação dos enfermeiros plantonistas, deu-se o início da capacitação dos

enfermeiros alocados em outro setor da instituição, porém de acordo com os critério de

inclusão da pesquisa, somente os enfermeiros que já haviam passado por pelos menos 06

62

meses, totalizando 08 enfermeiros. Para esses foram agendados previamente de acordo com

as marcações das cirurgias de cesarianas eletivas de acordo com o protocolo da instituição.

Os quadros abaixo demostram o instrumento de avaliação da observação

participativa durante as coletas realizadas pelos participantes nos seguintes: módulos triagem

e captação das doadoras e. o módulo a coleta extra útero. A primeira coluna corresponde aos

participantes para mantê-los anônimos os mesmos foram identificados por números

cardinais de (01 a 20), as seguintes colunas representam os itens a serem avaliados na

observação participativa.

Os retângulos azuis indicam que a técnica foi executada adequadamente;

Os retângulos vermelhos indicam que a técnica foi executada inadequadamente

necessitando de correção

Os retângulos amarelos indicam que foi realizado a correção da técnica.

Foram realizados pelo menos 03 coletas para cada participantes, as coletas que por

algum motivo houve risco de contaminação foram desprezadas e comunicado as doadoras

que não foi possível encaminhar para o INCA/RJ, e toda os impressos foram desprezados.

Quadro 25 Avaliação da observação participativa, módulo Triagem e captação das

doadoras

Triagem e Captação das Doadoras

Partici-

pante

Seleção de

acordo com a RDC

056/2010

Apresentação

do profissional

Abordagem da

Gestante explicando o objetivo da coleta

SCUP

Preenchimento do

Histórico Clínico

Esclarecimento de Dúvidas

da gestante Doadoras Assinatura do

TCLE

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64

Imagem 8 Montagem do material para a CSCUP

Fonte: Auto

65

Coleta Extra Útero Participante Montagem

do material

para

CSCUP

Colocação da

placenta no suporte

apropriado,

com face fetal para

baixo e

cordão através de

fenestra

Antissepsia

do cordão com álcool

70% e

clorexidine alcoólico 3x

da região

distal p/ proximal

Troca das luvas

estéreis entre as etapas de

recebimento da

placenta, antissepsia e

punção

Punção do cordão

com agulha própria da bolsa

Fechamento das

travas das bolsas e agulhas com

protetor por

fechamento dos dispositivos de

segurança das

bolsas e das agulhas com o

protetor

Coletas das

amostras maternas

sanguíneas

Identificação

com etiquetagem da

bolsa, amostra

materna, histórico clínico

e TCLE com

etiqueta código de barra.

Preenchime

nto da ficha de

transporte e

etiquetagem

Acondiciona

mento da unidade e

amostra em

embalagem secundária.

Acondiciona

mento da unidade em

maleta

térmica para transporte

Descarte

apropriado do material utilizado

CSCUP

01 1

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3

1

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06 1

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Coleta Extra Útero

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66

Participantes Montagem do

material

para CSCUP

Colocação da placenta no

suporte

apropriado, com face

fetal para

baixo e cordão

através de

fenestra

Antissepsia do cordão com

álcool 70% e

clorexidine alcoólico 3x da

região distal p/

proximal

Troca das luvas estéreis entre as

etapas de

antissepsia e punção

Punção do cordão com agulha própria

da bolsa

Fechamento das travas das bolsas

e agulhas com

protetor por fechamento dos

dispositivos de

segurança das bolsas e das

agulhas com o

protetor

Coleta da amostra

sanguínea

Identificação com

etiquetagem da

bolsa, amostra materna,

histórico clínico

e TCLE com etiqueta código

de barra.

Preenchimento da ficha de

transporte e

etiquetagem

Acondicionamento da

unidade e

amostra em embalagem

secundária.

Acondicionamento da

unidade em

maleta térmica para

transporte

Descarte apropriado do

material

utilizado CSCUP

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67

Coleta Extra Útero Participante Montagem

do material

para

CSCUP

Colocação da

placenta no suporte

apropriado,

com face fetal para baixo e

cordão través

de fenestra

Antissepsia do

cordão com álcool 70% e

clorexidine

alcoólico 3x da região distal p/

proximal

Troca das luvas

estéreis entre as etapas de

recebimento da

placenta, antissepsia e

punção

Punção do cordão

com agulha própria da bolsa

Fechamento das

travas das bolsas e agulhas com

protetor por

fechamento dos dispositivos de

segurança das

bolsas e das agulhas com o

protetor

Coleta da

amostra sanguínea

Identificação

com etiquetagem da

bolsa, amostra

materna, histórico clínico

e TCLE com

etiqueta código de barra.

Preenchimento

da ficha de transporte e

etiquetagem

Acondicion

amento da unidade e

amostra em

embalagem secundária.

Acondicioname

nto da unidade em

maleta

térmica para transporte

Descarte

apropriado do material

utilizado

CSCUP

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68

4.2.6.4 Avaliação da Oficina Prática pelos Participantes

A avaliação ocorreu em instrumento próprio (Apêndice), segundo escala Likert adaptada

após o término da oficina teórica para avaliação parcialmente sua adequação ao modelo de

treinamento proposto para a CSCUP. Para este estudo foi realizado uma análise descritiva de

frequência e porcentagem para cada um dos itens do instrumento aplicado.

Quadro 26: Avaliação da Oficina Prática pelos Participantes.

Fonte: Autor

4.2.6.5.Percepção sobre a participação nas pesquisa, perguntas abertas

Neste mesmo questionário indagou-se, sob a forma de perguntas abertas, sobre a

motivação para participação da pesquisa e sobre as expectativas na coleta SCUP, estas descritas

nas tabelas abaixo

Quadro 27 Motivação em participar da pesquisa

Questionamento Percepção das Respostas n %

Motivação em participar

da pesquisa

Novo campo de atuação 12 60

Salvar vidas 3 15

Novo conhecimento 2 10

Outras 3 15

AVALIAÇÃO DA OFICINA PRÁTICA

VARIÁVEL GRAU DE AVALIAÇÃO N %

Você se sente apto para realizar a triagem das gestantes?

Discordo Totalmente - -

Discordo - -

Nem Concordo Nem Discordo - -

Concordo 4 20

Concordo Totalmente 16 80

Você se sente seguro para realizar a CSCUP após oficina prática?

Discordo Totalmente - -

Discordo - -

Nem Concordo Nem Discordo 1 5

Concordo 4 20

Concordo Totalmente 15 75

A oficina atendeu as suas expectativas? Justifique.

Discordo Totalmente - -

Discordo - -

Nem Concordo Nem Discordo - -

Concordo 2 10

Concordo Totalmente 18 90

A Carga horária foi adequada? Discordo Totalmente - -

Discordo 2 10

Nem Concordo Nem Discordo 2 10

Concordo 2 10

Concordo Totalmente 14 70

A estratégia utilizada na oficina prática, atualizada, informativa, útil

Discordo Totalmente - -

Discordo - -

Nem Concordo Nem Discordo - -

Concordo 1 5

Concordo Totalmente 19 95

69

Fonte: Autor/2015

Sobre a motivação para a oficina, as respostas enfatizaram tanto em novo campo de

trabalho 12 (60 %) abrindo novas portas, tanto para salvar vidas 3 (15%) e tanto quanto para

adquirir novos conhecimentos 3 (10%).

Quadro 28 As expectativas na coleta SCUP

Questionamento Percepção das Respostas n %

As expectativas na coleta

SCUP

Ansiedade 14 70

Desafio pessoal 3 15

Autonomia profissional 3 15

Outros - -

Fonte: Autor

Com relação a expectativa na coleta SCUP, predomina-se a ansiedade com relação a não

realização da técnica adequadamente que teve 14 (70%) seguido de desafio pessoal com 3

(15%) e também a autonomia profissional do enfermeiro que coleta SCUP com 3 (15%).

Ao analisarmos a variável, você se sente apto para realizar a triagem e captação das

gestantes 80% dos participantes concordaram totalmente e 20% concordaram. Quando a

variável, você se sente seguro para realizar a CSCUP após oficina prática 75% concordam

totalmente, 20% concordam e 5% nem concordaram nem discordaram. Para o item a oficina

atendeu as suas expectativas, 90% dos participantes concordaram totalmente e 10%

concordaram. Nem concordaram nem discordaram 10%, discordaram 10%. Para finalizar a

estratégia utilizada na prática atualizada, informativa, útil 95% dos participantes concordaram

totalmente e 5% concordaram.

70

Neste capítulo, os resultados encontrados na pesquisa serão discutidos a partir do

referencial teórica e da prática vivenciada no decorrer da pesquisa.

5.1 A Maternidade Escola da UFRJ e sua caracterização como posto de coleta SCUP

Tabela 7. Critérios de qualificação para doação de SCUP alogênico não-aparentado

Fonte: Autor/2015

Fonte: Autor/2015

Segundo a RDC nº 56/2010, os dados obtidos que se referem à idade, demonstram que

a idade mínima é 18 anos, não havendo idade máxima. Analisando os dois tipos de parto como

um todo, a variável idade, 92% (n=505) das pacientes poderiam ser prováveis doadoras. Quanto

ao número de consultas de Pré-Natal, 99 % (n=542) das pacientes realizaram mais de 2

consultas de pré-natal, que de acordo com o RDC nº 56/2010 10 é o número mínimo de consultas

para que a paciente possa realizar a doação de SCUP. O Ministério da Saúde afirma que a

atenção pré-natal qualificada e humanizada se dá por meio da incorporação de condutas

acolhedoras e sem intervenções desnecessárias, de fácil acesso a serviços de saúde de qualidade,

com ações que integrem todos os níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde

da gestante e do recém-nascido, desde o atendimento ambulatorial básico ao atendimento

hospitalar para alto risco.31

Após a análise referente ao tempo de bolsa rota, 95% (n=520) do total dos prontuários

analisados as pacientes poderiam ser de prováveis doadoras do SCUP. A bolsa rota (rotura

prematura das membranas ovulares), segundo Montenegro et al., é um dos maiores dilemas da

assistência obstétrica, e suas principais complicações são a infecção materno-fetal e a

VARIÁVEL TRANSPÉLVICO CESÁRIA APTAS

Frequência % Frequência % Frequência %

Idade Materna

> 18 anos

252 88 253 95 505 92

Números de consultas < 2

consultas

278 98 264 99 542 99

Idade Gestacional

< 35 semanas

266 93 248 93 5 93

Bolsa > 18 horas 271 95 253 95 524 95

Doença Interfere no Fluxo

Sanguíneo

5

2

24

9

29

95

Anormalidade no Trabalho

de Parto

1

0,4

1

0,4

2

99,6

5. DISCUSSÃO

71

prematuridade19. Por isto, visando à proteção do receptor a coleta do SCUP não deve ser

realizada após o rompimento de bolsa superior a 18 horas, descritos nas normas técnicas

vigentes para doação de SCUP19.

No total, 93% (n=508) das pacientes possuem idade gestacional (IG) maior que 35

semanas. A RDC nº 56/2010 relata que gestantes a partir dessa IG podem doar o SCUP. Em

estudo comparativo com recém-natos prematuros e a termo, a idade gestacional pode interferir

na viabilidade celular e no volume de SCUP coletado35. Apesar disso, a capacidade proliferativa

das CTH em SCUP de crianças prematuras, em que a prematuridade está associada a alguma

anormalidade do feto, impossibilitaria o uso da amostra de SCUP3.

Na análise, na ausência de doenças que interferem no fluxo sanguíneo placentário, 95%

(n= 520) estão aptas para a doação, considerando-se o perfil da unidade, que é de baixo e médio

risco para gestantes com hipertensão arterial e diabetes35. A Federação Brasileira das

Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia relata, no manual de orientação hipertensão na

gravidez, que o feto da gestante hipertensa tem elevado risco de ter sua vitalidade comprometida

durante a evolução da gestação. A principal consequência à saúde do feto é a perda progressiva

da função vascular placentária, resultando, assim, em uma baixa perfusão do órgão35. A lesão

placentária mais frequente na gestação da hipertensa é a obliteração dos vasos de vilos

terciários, e, em alguns casos, a vasoconstrição funcional. Deste modo, a coleta do SCUP de

ser avaliada por meio do dopler placentário, exame que identifica se há alteração do fluxo

placentário para o feto35.

Segundo a RDC nº 56 de 2010, parágrafo único, os resultados laboratoriais anormais

devem ser reportados ao respectivo doador, com o devido encaminhamento a um serviço de

assistência especializado, para que sejam tomadas as medidas cabíveis.10 O uso de CPH em

transplante alogênico-aparentado ou autólogo, que não preencha integralmente os critérios de

qualificação, exige uma avaliação considerando a relação risco/benefício do procedimento, em

decisão conjunta entre a equipe médica do serviço onde serão feitas a coleta e o transplante, e

o receptor ou seus responsáveis legais10 . Devem ser seguidos os requisitos de qualidade e

segurança, dispostos neste regulamento, bem como em demais normas específicas vigentes,

incluindo, no mínimo: testes sorológicos de alta sensibilidade para detecção de marcadores para

infecções transmissíveis pelo sangue.

Considerando os critérios de qualificação 73,8% (n=404) estariam aptas para a doação

do SCUP, enquanto que nos critérios de desqualificação 89% (n=490) estariam aptas.

De acordo com o estabelecido da resolução vigente, considerando os critérios de

qualificação e desqualificação. Pode-se concluir que 62,5% (n=345) das pacientes da

72

maternidade-escola estariam aptas para a doação do sangue do cordão umbilical e placentário

(SCUP).

5.2 Capacitação dos Enfermeiros para a coleta SCUP

5.2.1 Caracterização Socioprofissional dos Enfermeiros

Para a caracterização socioprofissional dos enfermeiros os dados foram copilados

através do formulário aplicado aos participantes no primeiro encontro no dia 11/04/2015,

durante a primeira oficina teórica.

Os participantes são predominantemente do sexo feminino e a maioria está entre 20 a

30 anos de idade, caracterizando uma equipe, relativamente com baixa faixa etária, este dado é

confirmado quando observamos o tempo de formação na graduação, onde a maioria dos

participantes tem entre 1 a 5 anos de formado.

O perfil socioprofissional do estudo é similar ao perfil relatado por Progiant e Porfirio,

em seu estudo (2012) dado o percentual de 91,30% dos enfermeiros serem do sexo feminino,

que a história da condição feminina passa pela feminização e a feminilização de algumas

profissões em detrimento de outras, revela que as relações de dominação e poder entre homens

e mulheres atravessam as relações sociais, seja na produção, ou na formação profissional, uma

vez que o mundo do trabalho não faz distinção entre o trabalho produtivo e o reprodutivo das

mulheres37.

Os dados anteriores revelam que o tempo de atuação profissional é compatível com o

tempo de atuação na instituição, isto pode estar relacionado ao longo período em que não foram

realizados concursos com admissão na instituição ou grande rotatividade dos enfermeiros com

contrato temporário.

Outro fato importante é a participação efetiva dos enfermeiros com contrato temporário,

fato que foi indagado pelo pesquisador quando perguntado sobre o interesse em participar da

pesquisa. A grande maioria relatou interesse em ampliar sua área de atuação, abrindo novo

campo de trabalho através da capacitação para a CSCUP.

Estudos afirmam que há acúmulo de trabalhos por parte da profissão. Quanto ao número

de vínculos empregatícios, nesta caracterização foi inferior aquele apresentada pelo autor em

sua pesquisa.35 Isto pode se dar pela presença de pouco tempo de formação dos participantes35.

5.2.2 Caracterização Socioprofissional das experts

73

Para a caracterização socioprofissional dos experts os dados foram copilados através do

formulário enviados por e E-mail aos participantes no dia 10/08/2015.

Os participantes são todas do sexo feminino, sendo que estão entre 20 a 30 anos de

idade, caracterizando uma equipe, relativamente, com média faixa etária, este dado é

confirmado quando observamos o tempo de formação na graduação, onde a maioria dos

participantes tem entre 9 a 29 anos de formado.

O perfil socioprofissional dos experts é similar ao perfil socioprofissional dos

participantes encontrado nessa pesquisa, revelando o percentual de 100% dos enfermeiros

serem do sexo feminino. O que confirma que a história da condição feminina passa pela

feminização e a feminilização de algumas profissões em detrimento de outras 34.

Outro fato importante é a participação efetiva dos enfermeiros através de serviço

público, fato que opõe ao perfil socioprofissional dos enfermeiros participantes da pesquisa que

a maioria é sem vínculo estatutário. Além disso, a grande maioria dos experts são mestres na

área da enfermagem.

5.2.3 Avaliação Pré e Pós-Teste

Tabela 8. Números percentuais de respostas corretas e incorretas no pré e pós-teste, 2014.

Fonte: O autor

Na observação dos dados gerais apresentados na tabela 8 podemos constatar que a

oficina teórica teve um efeito positivo e significativo no aprendizado dos participantes da

pesquisa. O menor percentual no pós-teste ocorreu na questão nº 06 que foi de 73,91% devido

ser a questão de maior grau de dificuldade do teste e ser discursiva.

Os melhores resultados obtidos foram nas questões 1 e 2 que houve 100% de acerto no

pós-teste. Cabe ressaltar que para facilitar o aprendizagem dos participantes foram usados

várias estratégias como: o planejamento discutido com os participantes, plano de ação, oficina

Variáveis Pré-teste Pós-teste

% %

Questão 1 SIM 17,40

NÃO 82,60

SIM 100

NÃO -

Questão 2 SIM 0

NÃO 100

SIM 100

NÃO -

Questão 3 CORRETA 47,82

INCORRETA 52,18

CORRETA 82,60

INCORRETA 16,40

Questão 4 CORRETA 73,91

INCORRETA 26,09

CORRETA 91,30

INCORRETA 8,70

Questão 5 CORRETA 47,83

INCORRETA 52,17

CORRETA 95,65

INCORRETA 4,35

Questão 6 DESCREVER ADEQUADAMENTE 0

DESCREVER PARCIALMENTE 16,44%

NÃO DESCREVERÃO 83,56%

DESCREVER ADEQUADAMENTE 73,91

DESCREVER PARCIALMENTE 26,09

NÃO DESCREVERÃO 0

74

teórica com aula expositiva, discussão com roda de conversa com o tema da pesquisa, e também

através de material didático.

A Resolução304/2005 de 2010 é de suma importância para a categoria porque esta

resolução normatiza a atuação do enfermeiro na coleta de sangue do cordão umbilical e

placentário. Para atuação nesta atividade, o enfermeiro deverá estar devidamente capacitado

através de treinamentos específicos12.

O enfermeiro que realiza a CSCUP teve ter o conceito básicos sobre os transplantes dos

SCUP. O emprego alogênico ocorre quando as células provêm do SCUP de outro indivíduo.

Em situações em que receptor e doador são consanguíneos, o transplante é denominado

alogênico aparentado. De acordo com Souza, a maioria dos transplantes efetuados com células

de SCUP são de origem alogênica17.

A utilização em seguimento destes instrumentos reforça a importância do treinamento

contínuo dado o objeto de estudo e, estender a afirmação para especificar e aprofundar os

aspectos operacionais e teóricos da CSCUP são pertinentes ao aprendizado, e a relevância na

utilização pré e pós-teste no trabalho desenvolvido com os enfermeiros da ME/URFJ22.

O pilar para o enfermeiro atuar na CSCUP é conhecer a Resolução da Diretoria

Colegiada (RDC) nº 56, de 16 de dezembro de 2010, que dispõe sobre o regulamento técnico

para o funcionamento dos laboratórios de processamento de células progenitoras

hematopoiéticas provenientes de medula óssea, sangue periférico e bancos de sangue de cordão

umbilical e placentário, para finalidade de transplante convencional. Nesta resolução está

inserido os critérios de qualificação e de desqualificação das doadora do SCUP onde o

enfermeiro faz a seleção das possíveis doadoras10.

5.2.4 Avaliação da Oficina Teórica pelos Participantes

A avaliação da oficina teórica foi estruturado em 4 domínios: conceitual contendo 5

variáveis, avaliação dos instrutores contendo 5 variáveis, avaliação do serviço de apoio com 3

variáveis e auto aproveitamento com 2 variáveis.

No domínio conceitual, destaca-se a variável a importância da oficina para aquisição de

novos conhecimentos na sua área de atuação onde houve unanimidade e efeito positivo e

significativo no aprendizado entre os participantes. A segunda melhor avaliação foi a variável

conteúdo da oficina com 94,7% reforçando que a oficina teórica foi bem elaborado e que

contribuiu para aquisição de novos conhecimentos para os participantes. A menor avaliação foi

a variável qualidade do material didático utilizado, reitero que a pesquisa não houve

financiamento e que todo o custeio da pesquisa foi financiada pelo pesquisador. Como sugestão,

75

os participantes sugeriram que na oficina teórica poderia ter um manequim do cordão umbilical,

vez que a instituição já tem este manequim.

Quanto ao domínio avaliação dos instrutores, a variável em destaque foi conceitual e

prático do tema abordado que teve 100% de aprovação, a estratégia roda de conversa

proporcionou aos participantes discussões sobre a CSCUP como processo de dialógico,

puderam esclarecer suas dúvidas, sugerir conteúdos buscando compreender um pensar

compartilhado, sendo que cada pessoa instiga a outra a falar, sendo possível se posicionar e

ouvir o posicionamento do outro. A variável clareza e organização em sala de aula obteve 87%,

ao nosso ver a estratégia utilizada precisa de adequação, talvez como por exemplo começar com

a aula expositiva e em seguida com roda de conversa. As variáveis pontualidade e interação

com o grupo obtiveram as menores avaliações, por se tratar de uma metodologia não muito

usado na área da saúde, há necessidade de estratégias para maior interação com os participantes

da pesquisa. Quanto a pontualidade houve atraso de quatro participantes o que prejudicando o

início predeterminado das atividades. A variável estratégia de abordagem dos assuntos e

recursos utilizados foi a segunda melhor avaliação reforçando a boa estratégia usada que

contribuiu para aquisição conhecimentos sobre a CSCUP para os participantes.

Sobre o domínio avaliação dos serviços de apoio a variável divulgação da oficina que

obteve a menor avaliação entre as variáveis 78,30%, o que foi uma surpresa para os

pesquisadores, pois dos 25 convites feitos aos prováveis enfermeiros participantes, 23

compareceram na oficina teórica. Houve mobilização do pesquisador para o público alvo para

a oficina teórica, através de uma combinação de estratégias simultâneas procurando assim

caracterizar uma rede de sensibilização capaz de influenciar cada profissional, como carta

convite para cada participante, memorando para o coordenador da residência multiprofissional,

convite individual por e-mail e comunicação verbal, comunicado em quadro de avisos do centro

obstétrico. Houve procura de enfermeiros de outros setores interessados em participar da

pesquisa o que comprova a boa divulgação da pesquisa. Foi sugerido pela coordenadora do

setor de ensino da ME-UFRJ que abrangesse para os demais enfermeiros em outro momento.

A variável condições de uso das instalações e dos recursos audiovisuais disponibilizados houve

100% unanimidade entre os participantes.

No domínio auto aproveitamento a variável a sua participação em sala de aula visando

o desenvolvimento do grupo indicam que o planejamento estratégico foi bem sucedido.

5.2.5 A Avaliação das Oficinas Práticas

5.2.5.1 A Observação Participativa Triagem e Captação

76

Tabela 9 Seleção de acordo com a RDC 056/2010

Fonte Autor/2015

Neste módulo, o item seleção de acordo com a RDC 056/2010 os participantes

obtiveram 20% de inadequações na primeira coleta seguido de 5% na segunda coleta e não

houve inadequação na terceira coleta. A RDC 056/2010 regulamenta que para viabilizar a coleta

e o armazenamento é necessário atender alguns critérios obstétricos e obedecer certos

procedimentos durante o parto e imediatamente após o delivramento da placenta12. Faz-se

necessário que o profissional ao realizar a triagem e captação das doadoras tenha bem

esclarecidos quais são os critérios de qualificação e desqualificação de acordo com a RDC

056/201010.

Neste sentido, os principais motivos que impedem a coleta do material do cordão

umbilical, identificados durante a triagem, são a presença de doenças sexualmente

transmissíveis, febre materna durante o parto, medicamentos administrados na doadora, doença

materna, complicações durante o parto, presença de infecções ou problemas com a placenta e

cordão umbilical38.

Quanto a apresentação do profissional não houve inadequações pelos participantes, o

que nos revela que os participantes da pesquisa estão em consonância com a política de

humanização do SUS, faz parte da politica de humanização do SUS, que garante que todo

usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde39.

Tabela 10 Abordagem da gestante explicando o objetivo da coleta SCUP

Fonte: Autor/2015

Ao analisarmos o item a abordagem da gestante explicando o objetivo da coleta SCUP

percebemos que não houve grandes dificuldades para os participantes uma vez que, houve

Item Inadequação % n

Seleção de acordo com a

RDC 056/201

1ª Coleta 20 4

2ª Coleta 5 1

3ª coleta - -

Item Inadequação % n

Abordagem da gestante

explicando o objetivo da

coleta SCUP

1ª Coleta 25 5

2ª Coleta 5 1

3ª coleta - -

77

apenas 25% de inadequações na primeira coleta e não houve inadequações nas demais coletas,

considerando que a abordagem é específico para a coleta SCUP, a qual os participantes não têm

essa abordagem no seu cotidiano.

A abordagem a gestante, o profissional deve explique a importância do uso terapêutico

do SCUP no tratamento de determinadas doenças e a importância da doação de SCUP, além de

falar sobre a possibilidade do SCUP servir para o transplante alogênico não aparentado. Deve

também esclarecer sobre o processo de coleta de uma forma de fácil entendimento, destacando

que não há nenhum tipo de prejuízo para ela ou para o RN 10.

Tabela 11 Preenchimento do histórico clínico

Fonte: Autor/2015

Após a avaliação do preenchimento do histórico clínico nota-se que houve o maior

percentual de inadequações ente os itens avaliados no módulo triagem e captação. Na primeira

coleta 55% dos preenchimentos dos históricos foram inadequados, na segunda coleta foi

reduzido a 15% e na terceira não houve inadequações.

Para os participantes foi a etapa mais difícil deste módulo, uma vez que, o histórico

requer um levantamento das informações mais apuradas do pré-natal, do trabalho de parto e

parto e também dos dados RN voltado especificamente para atender a coleta do SCUP, uma

vez que, não fazia parte sua prática. Dessa forma, o questionamento dos itens do histórico

clinico devem ser realizados com muita atenção e de uma forma clara. Para complementar as

informações devem ser utilizadas informações do prontuário do paciente, o qual teve seu acesso

autorizado previamente com o TCLE10.

Em relação aos esclarecimentos de dúvidas das gestantes doadoras houve 10% de

percentual de inadequações na primeira coleta, não houve inadequações nas coletas seguintes.

O que comprova que os participantes adquiriram conhecimento em relação a coleta do SCUP e

são capazes de esclarecer dúvidas sobre o tema.

5.2.5.2 A Observação Participativa Coletas Extra Útero

Item % n

Preenchimento do

histórico clínico

1ª Coleta 55 11

2ª Coleta 15 3

3ª coleta - -

78

Tabela 12 Percentual de Inadequações nas Coletas Extra Útero

Fonte: Autor/2015

O objetivo da coleta SCUP é extrair do segmento do cordão umbilical e da placenta o

maior volume possível. Pode ser realizada em parto normal ou cesáreo ocorrendo apenas no

terceiro estágio do parto, após o clampeamento e secção do cordão umbilical e a dequitação ou

extração placentária, não envolvendo desta forma, nenhum risco para a doadora ou para o RN40.

Item Inadequações Participantes

% n

Montagem do material para

CSCUP

1ª 30

2ª -

3ª -

6

-

-

Colocação da placenta no suporte

apropriado, com face fetal para

baixo e cordão através de fenestra

1ª 15

2ª 15

3ª 0

3

3

0

Antissepsia do cordão com álcool

70% e clorexidine alcoólico 3x da

região distal p/ proximal

1ª 10

2ª 10

3ª 0

2

2

0

Troca das luvas estéreis entre as

etapas de recebimento, antissepsia

e punção

1ª 5

2ª -

3ª -

1 -

-

Punção do cordão com agulha

própria da bolsa

1ª 50

2ª 25

3ª -

10

5

-

Fechamento das travas das bolsa

e das agulhas com o protetor

1ª 10

2ª -

3ª -

2

-

-

Coleta da amostra sanguínea 1ª -

2ª -

3ª -

-

- -

Etiquetagem da bolsa de coleta,

amostra materna, histórico clínico

e TCLE com etiqueta código de

barras

1ª 15

2ª -

3ª -

3

-

-

Preenchimento da ficha de

transporte e etiquetagem

1ª 15

2ª 5

3ª -

3

1

-

Acondicionamento da unidade e

amostra em saco plástico

1ª -

2ª -

3ª -

-

-

-

Acondicionamento da unidade em

maleta térmica para transporte

1ª -

2ª -

3ª -

-

-

-

Descarte apropriado do material

utilizado CSCUP

1ª -

2ª -

3ª -

-

-

-

79

Na avaliação da montagem do material para CSCUP, observamos que 30% dos

participantes executaram a técnica inadequadamente na primeira coleta o que corresponde a 6

participantes da pesquisa, e não houve inadequações nas coletas subsequentes. A técnica usada

para a montagem da mesa de coleta é a técnica limpa, sendo montado pouco antes da dequitação

ou extração manual da placenta para evitar exposição por tempos prologados14. Todos os

materiais devem estar esterilizados, assim como a disposição de luvas estéreis e solução

antisséptica, com o intuito de atender completamente às normas vigentes14. A maior dificuldade

encontradas pelos participantes neste item foi a identificação dos equipamentos e insumos por

não conhecê-los inicialmente.

Na análise, colocação da placenta no suporte apropriado, com face fetal para baixo e

cordão através de fenestra 15% dos participantes realizaram a técnica de maneira inadequada

nas duas primeiras coletas, no entanto, na terceira coleta realizaram a técnica de acordo com as

boas práticas. Ao acondicionar a placenta no suporte placentário, é de boa prática que o

enfermeiro atente-se para o adequado posicionamento das membranas ovulares que devem estar

posicionadas para o lado oposto da fenestra e do segmento do cordão, além do correto

posicionamento do segmento na fenestra, que deve estar completamente centralizado,

atentando-se para não “garroteá-lo” o que eu impede o fluxo sanguíneo para coleta por

gravidade 41.

Em relação a antissepsia do cordão primeiramente com álcool 70% e após com

clorexidine alcoólico 3x da região distal p/ proximal, observa-se que 10% dos participantes o

que corresponde a 2 participantes realizaram a técnica inadequadamente na primeira coleta,

havendo necessidade de correções na técnica e na terceira não houve inadequações. De acordo

com o estabelecido pelo procedimento operacional padrão do INCA/RJ e validado pela CCIH

dessa instituição, essa técnica impedir a entrada de germes patogênicos exógenos no SCUP e

também a retirada do sangue materno, evitando a disparidade HLA8.

Os dados obtidos no que se refere a técnica das trocas das luvas estéreis entre as etapas

de recebimento da placenta, antissepsia e punção apenas 01 participante realizou a técnica

inadequadamente na primeira coleta, o que corresponde a 5% do total dos participantes e não

havendo inadequações na segunda e terceira coletas.

O uso de luvas estéreis são para prevenir a contaminação e transmissão de infecções nas

realizações de alguns procedimentos invasivos, o ponto de relevância na coleta SCUP são os

momentos em que se deve realizar as trocas das luvas estéreis para que não haja risco de

contaminação na coleta.

De acordo a análise da punção do cordão com agulha própria da bolsa obteve o maior

percentual das inadequações de toda a pesquisa, 50% dos participantes realizaram a técnica

80

inadequadamente o corresponde a 10 participantes da pesquisa. Por se tratar de uma técnica

nova onde os participantes não tinham os conhecimentos sobre esta técnica, o que é justificável

este percentual.

O cordão umbilical possui uma estrutura helicoidal, sendo normalmente composto por

duas artérias e uma veia, que são rodeadas pela geleia de Wharton, por um tecido poroso

conjuntivo e por uma camada externa de célula única de âmnio. Os vasos umbilicais diferem

na estrutura e na função, em comparação com os vasos principais o corpo, as duas artérias

umbilicais se encontram em volta da veia numa forma helicoidal e o sangue flui de um modo

pulsátil do feto para da placenta através das artérias e da placenta para o feto através da veia

umbilical19.

A técnica realizada permite a utilização bolsa com sistema fechado com as duas

extremidades agulhadas do sistema de coleta fechado, após acondicionar a placenta e o cordão

no suporte placentário, é realizada a antissepsia do cordão com clorexidina alcoólica à 0,5%, e

em seguida é puncionada a veia umbilical utilizando com uma das agulhas que vem na bolsa

coletora com o bisel voltado para baixo entrando em contato com o anticoagulante evitando

assim que a amostra coagule, o SCUP é drenado para dentro da bolsa por gravidade e a

importância do não tracionamento do cordão e do segmento41.

Na avaliação do item fechamento das travas das bolsa e das agulhas com o protetor 10%

dos participantes realizaram a técnica inadequadamente na primeira coleta e nas subsequentes

não houve inadequações. A importância desta técnica garante maior segurança aos

profissionais após realização da coleta do SCUP uma vez que há possibilidade de transmissão

ocupacional de patógenos veiculados pelo sangue, estudos têm mostrado que a ocorrência de

acidentes com material biológico contaminado, em profissionais de saúde durante o exercício

de suas atividades, pode acarretar o desenvolvimento de doenças infecciosas42.

Os itens acondicionamento da unidade e amostra embalagem secundaria em saco

plástico, acondicionamento da unidade em maleta térmica para transporte e descarte apropriado

do material utilizado CSCUP não houve inadequações na técnica pelos participantes.

É importante ressalta que o controle de temperatura das amostras de SCUP durante o

transporte é realizado utilizando um sistema de monitoramento constante de temperatura

durante o transporte denominado Kooltrack® que é o nome comercial do dispositivo de

controle de temperatura utilizado durante o transporte das amostras de SCUP, o qual faz a

leitura da variação de temperatura ocorrida no transporte, desde o momento que saiu da unidade

de coleta até que chegue ao laboratório de processamento do BPSCUP43.

5.2.5.3 Avaliação da Oficina Prática pelos Participantes

81

Para o item você se sente apto para realizar a triagem das gestantes? 80% dos

participantes concordaram totalmente e 20% concordaram, mediante esses resultados indicam

que a estratégia utilizada atingiu seu objetivo uma vez que, os participantes se sentem capazes

de realizar a triagem e captação das doadoras para a coleta SCUP.

Na triagem e captação de doadoras de SCUP, o objetivo principal é investigar os

critérios de qualificação e desqualificação de acordo com as normas vigentes para doação, mas

de forma complementar, coletando as informações da doadora através da consulta de

enfermagem e também através da avaliação de prontuários da gestante e do RN. Além disso, é

nesta etapa que se adquire o consentimento da doadora (TCLE) e todas as orientações são feitas

sobre o procedimento da coleta e sobre a doação. É necessário que a coleta de SCUP somente

poderá ser realizada após orientação da doadora e assinatura do TCLE10. Cabe ainda salientar

que a parturiente em trabalho de parto está cercado por fragilidades e temores, exigindo do

enfermeiro uma habilidade e sensibilidade para que a captação da doadora ocorra de forma

humanizada.

Os principais motivos que inviabilizam a coleta do material do cordão umbilical,

identificados durante a triagem, são a presença de doenças sexualmente transmissíveis, febre

materna durante o parto, medicamentos administrados na doadora, doença materna,

complicações durante o parto, presença de infecções ou problemas com a placenta e cordão

umbilical38.

5.2.5.4 Percepções sobre a participação na pesquisa

No segundo item Você se sente seguro para realizar a CSCUP após oficina prática?

destaca-se para a importância da oficina para aquisição de habilidades técnica e de novos

conhecimentos na sua área de atuação onde houve efeito positivo e significativo no aprendizado

entre os participantes. Reforçando que a oficina prática foi bem estruturada e que os

participantes são capazes de realizar a coleta do SCUP.

O objetivo da coleta SCUP é extrair do segmento do cordão umbilical e da placenta o

maior volume possível. Pode ser realizada em parto normal ou cesáreo ocorrendo apenas no

terceiro estágio do parto, após o clampeamento e secção do cordão umbilical e a dequitação ou

extração placentária, não envolvendo desta forma, nenhum risco para a doadora ou para o RN40.

O enfermeiro deve utilizar as duas extremidades agulhadas do sistema de coleta fechado,

não insistindo em puncionar por mais de uma vez com a mesma agulha devido ao risco de

transferência de coágulos para o interior da bolsa coletora. Além disso, uma leve ordenha manual

82

na placenta, durante a realização da última punção, tem demonstrado ser uma boa prática para a

obtenção de um volume satisfatório ao final da coleta devido a possíveis oclusões do fluxo

sanguíneo na placenta durante sua permanência no prato fenestrado40.

Quanto ao item a oficina atendeu as suas expectativas. Justifique

Respostas mais relevantes da perguntas

Participante 3

“Atendeu em muito. Gostaria de parabenizar a pesquisa tem uma relevância social muito grande

e também pela oportunidade de aprender, e pôr em prática o aprendizado que obtive durante as

oficinas teórica e prática. Muito obrigada!!!”

Participante 6

“Superou em muito as minhas expectativas, quero agradecer por tudo o que foi repassado nesta

oficina, pois foram esclarecidas as minhas dúvidas e assim posso coletar quando estiver de

plantão.”

Participante 11

“Atendeu. A oficina me ofereceu uma habilidade técnica e conhecimento muito maior do que

eu já possuía, muitas questões relacionadas ao transplante e das células-tronco que eu tinha

dúvidas, pude compreendê-las melhor, poderei ajudar a consegui mais doadores compatíveis e

salvar vidas”.

Participantes 16

“Atendeu. A oficina foi de ótimo, aprendi adequadamente a realizar a triagem e a captação

gestantes e principalmente a coletar o SCUP, pois no dia-a-dia posso aperfeiçoar mais meu

conhecimento, e poder praticá-las e orientar melhor as gestantes para ser doadoras. Adorei fazer

parte da capacitação. Foi ótimo.

A educação para profissionais de saúde vem sofrendo mudanças ao longo dos anos, e

sendo acrescida de informações de acordo com o momento sócio-econômico-político

vivenciado no país. Essa mudança resultou em conceitos diversos, que são utilizados, em

determinados momentos, como sinônimos e, em outros, como concepções diferentes: educação

em serviço, educação continuada e educação permanente. Ela é baseada na pedagogia da

problematização através da transformação das práticas dos serviços. É sustentada pela

concepção de aprendizagem para a transformação das atividades profissionais mediante a

reflexão crítica sobre as práticas reais dos serviços de saúde44.

Há necessidade dos serviços capacitarem seus profissionais, por meio de uma educação

reflexiva e participativa como elevação da escolaridade, crescente aumento do nível de

83

informação das pessoas e inovações tecnológicas, bem como motivação e expectativa das

pessoas para participação nas decisões, nos resultados e no futuro das instituições.21

Ao capacitarmos os enfermeiros e sua relação com a coleta do SCUP, percebe-se a

relevância para dos aspectos sociais, culturais e políticos. É praticamente impossível

desvincular o tema das políticas públicas, do sistema gerencial, e assistenciais. Estes estão

intimamente relacionadas através do custeio e financiamento das ações a serem executadas, até

sua operacionalização.

84

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DE CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS

PARA O PROCESSO DA COLETA DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL

E PLACENTÁRIO PARA A MATERNIDADE ESCOLA

A COLETA DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO PARA

OBTENÇÃO DE CÉLULAS- TRONCO

AUTORES

Helder Camilo Leite

Ana Karine Ramos Brum

6. PRODUTO

85

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUNINESE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

86

INDRODUÇÃO

O presente trabalho constitui o Produto Final obtido da dissertação de mestrado, que se

intitula “A CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS E O PROCESSO DA COLETA DO

SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO:CASO DA MATERNIDADE

ESCOLA DA UFRJ”, o qual foi desenvolvida durante o curso do Mestrado Profissional em

Enfermagem Assistencial (MPEA), sob a orientação da Profª Doutora Ana Karine Ramos

Brum. A pesquisa teve seu embasamento teórico nos estudos sobre a Educação Permanente e

buscou a capacitação dos enfermeiros sobre o processo da coleta dos sangue do cordão

umbilical em uma maternidade pública no Rio de Janeiro.

Durante a pesquisa foram realizadas duas oficinas teóricas e dezoito oficinas práticas

sobre o tema células-tronco e a coleta do sangue do cordão umbilical e placentário para

obtenção de células-tronco. Partindo dos resultados obtidos na pesquisa foi elaborado o

Programa de Educação de Capacitação do processo da coleta do sangue do cordão umbilical e

placentário. Nossa intensão com o presente produto é oferecer uma contribuição de como

capacitar os enfermeiros para a coleta do sangue do cordão umbilical e placentário a outras

maternidade com perfil que queiram torna-se posto de coleta.

A pesquisa aponta que a elaboração do programa de educação de capacitação para a

coleta SCUP pode contribuir para que as outras maternidades públicas com perfil de posto de

coleta também possam usar este programa para capacitar os enfermeiros no processo de

CSCUP. Assim, o programa de educação de capacitação dos enfermeiros para a coleta SCUP

precisa de validação que será a proposta para futuros estudos. Os resultados aqui apresentados

foram considerados significativos.

Aos interessados em conhecer a pesquisa que originou este produto, a dissertação

encontra-se disponível no site do Programa de Pós -Graduação da Escola de Enfermagem

Aurora de Afonso Costa, Universidade Federal Fluminense – Niterói- RJ.

87

Introdução.........................................................................................................

Contextualização ...............................................................................................

Capítulo 1: Plano de ensino e aprendizagem ......................................... Objetivo .....................................................................................................................

Procedimentos metodológicos ...................................................................................

Avaliação ...................................................................................................................

Referências ................................................................................................................

Capítulo 2: Materiais/Insumos e Impresso para a coleta SCUP ......................

Materiais/ insumos necessários para a coleta SCUP ................................................

Impressos usados na coleta SCUP .............................................................................

Capítulo 3: Triagem e Captação da Doadoras .................................................

Apresentação do profissional ....................................................................................

Preenchimento do Histórico Clínico ..........................................................................

Abordagem da Gestante explicando o objetivo da coleta SCUP ...............................

Preenchimento do Histórico Clínico ..........................................................................

Esclarecimento de Dúvidas da gestante Doadoras, se caso houver ..........................

Assinatura do TCLE ..................................................................................................

Capítulo 4: A Coleta do SCUP .........................................................................

Montagem do material para CSCUPA .....................................................................

Recebimento da placenta com luva estéril ................................................................

Colocação da placenta no suporte apropriado, com face fetal para baixo e cordão

através de fenestra ....................................................................................................

Troca das luvas estéreis entre as etapas de após colocação da placenta na bacia

fenestrada, antissepsia e punção ................................................................................

Antissepsia do cordão com clorexidine alcoólico 0,5% 3x da região distal p/ proximal

Punção do cordão com agulha própria bolsa .............................................................

Fechamento das travas das bolsa e das agulhas com o protetor ...............................

Coleta da amostra sanguínea materna ........................................................................

Etiquetagem da bolsa de coleta, amostra materna, histórico clínico e TCLE com etiqueta

código de barras .........................................................................................................

Preenchimento da ficha de transporte e etiquetagem ...............................................

Acondicionamento da unidade e amostra em saco plástico ......................................

Acondicionamento da unidade em maleta térmica para transporte ..........................

Descarte apropriado do material utilizado CSCU ....................................................

Referências ...............................................................................................................

Capítulo 5: O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A CSCUP .................

SUMÁRIO

88

As dificuldades que os pacientes com doenças hematológicas, oncológicos têm para

conseguir um transplante não são conhecidas por parte da população. Apesar de todo sucesso

nos tratamentos em várias doenças, encontrar um doador compatível não é tão simples. Os

transplantes apresentam como limitação à disponibilidade de doador, pois devido à

complexidade do sistema imunológico há uma chance de apenas 25% dos candidatos ao

transplante terem doadores compatíveis aparentados, geralmente um irmão, devido à

incompatibilidade do sistema HLA, fatores como o tempo gasto no processo de procura de

doador, que pode variar de um mês a seis anos, a disponibilidade do doador no momento em

que é solicitado, e a limitada disponibilidade de doadores em uma dada população étnica ou

grupo racial 1.

Por isso, os focos das pesquisas na área concentram-se cada vez mais no uso de células-

tronco do cordão umbilical. Embora os bancos mundiais de doadores se esforcem em

campanhas para incentivar a doação, ainda é difícil encontrar o chamado doador alótipo – que

seja compatível.

Os Bancos de Sangue do Cordão Umbilical e Placentários (BSCUP) serviços

responsáveis pelos processos de obtenção, realização de exames laboratoriais, processamento,

armazenamento e fornecimento de células-tronco hematopoiéticas de sangue de cordão

umbilical e placentário (SCUP) para uso terapêutico2. Estes bancos devem realizar seus

processos atendendo a critérios técnicos determinados pela Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA). A correta realização desses processos é de suma importância para que

seja garantida a qualidade e a segurança das células-tronco disponibilizadas, implicando no

menor risco possível à saúde do paciente que delas se utilize.

Nos bancos públicos, a doação do sangue de cordão umbilical e placentário tem caráter

voluntário, sem custos para a família e sem compensações financeiras. As células obtidas são

disponibilizadas para qualquer pessoa que as necessite, através do uso alogênico não-

aparentado ou alogênico aparentado, quando há indicação médica. São obrigatórios o respeito

ao sigilo e a gratuidade da doação. O serviço deve prover ao doador todas as informações

relativas ao processo de doação, riscos envolvidos e testes laboratoriais, além de garantir a

segurança do receptor. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido autorizando a

participação voluntária, precisa estar assinado pelo doador e elucidar a natureza do

procedimento, incluindo a autorização de descarte das unidades que não atenderem aos critérios

para armazenamento3.

CONTEXTUALIZAÇÃO

89

A realização desse procedimento pelo SUS ainda é pouco divulgada Além disso, como

o credenciamento das maternidades para a coleta e armazenamento está em processo de

implantação, muito material acaba sendo inutilizado por falta de informação. A maioria dos

transplantes efetuados com células de SCUP até 2008 foi de origem alogênica. Dos 3.372

transplantes realizados em todo o mundo entre os anos de 1988 e 2007, 2.965 foram alogênicos,

359 alogênicos aparentados e 3 autólogos por isso a importância em investir na coleta pública4.

Apesar da grande utilidade do SCUP no tratamento de diversas doenças sanguíneas e

imunológicas, a divulgação de informação e a mobilização da sociedade para a doação desse

material é pequena. Dessa maneira, estudos que abordem a percepção da população sobre o

tema podem contribuir par a produção de informações sensibilizadoras.

A Resolução COFEN 304/2005 normatiza a atuação do Enfermeiro na coleta de sangue

do cordão umbilical e placentário. Para atuação nesta atividade, o enfermeiro deverá estar

devidamente capacitado5.

É preciso aumentar o quantitativo de maternidades públicas para se tornarem-se posto

de coleta com enfermeiros devidamente capacitados para a coleta SCUP e consequentemente

aumentar o número das coletas é imprescindível para o acervo dos bancos do sangue do cordão

umbilical e placentário públicos (bancos alogênicos). Assim, a medida que há mais postos de

coleta, enfermeiros capacitados para a coleta SCUP e implantação dos serviços, aumenta a

possibilidade de compatibilidade entre doadores e receptores.

REFERÊNCIA

1. RUBINSTEIN, P., et al. Processing and cryopreservation of placental/umbilical cord blood

for unrelated bone marrow reconstitution. Proc Natl Acad Sci USA [Internet] 1995 [Acesso

em 10 de setembro de 2015] 24; (92): 10119-10122. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC40747/pdf/pnas01500-0217.pdf

2. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância. Resolução RDC nº 153, de 14 de

junho de 2004. Determina o Regulamento Técnico para os procedimentos hemoterápicos,

incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle

de qualidade e o uso humano de sangue, e seus componentes, obtidos do sangue venoso, do

cordão umbilical, da placenta e da medula óssea. Brasília, 2004. [Internet] [Acesso em 10

de abril de 2015]. Disponível em:

http://www.sbpc.org.br/upload/noticias_gerais/320100416113458.pdf

90

3. Rubinstein P, Stevens CE. Placental blood for bone marrow replacement: the New York

Blood Center's program and clinical results. Baillieres Clin Haematol. 2000;13(4):565-84. [

Links ]

4. Instituto Nacional de Câncer. Rede BrasilCord, 2013. [acesso em 2014 fev 18]. Disponível

em: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2627

5. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN nº 304/2005. Brasília, 22 de julho

2005.Normatização da atuação do enfermeiro na coleta de sangue de cordão umbilical e

placentário. Brasília, 2005. [acesso em 2014 fev. 15]. Disponível em: <http://www.coren-

df.org.br/site/materias.asp?Articles ID=808>

91

Plano de Ensino e Aprendizagem

Oficinas de Capacitação da Coleta do Sangue do Cordão Umbilical e Placentário

Carga Horária Teoríca: 12 horas

Instrutor: Professor Convidado do BSCUP

Carga Horária Prática: 12 horas para cada participante

Instrutor: Enfº Helder Camilo Leite

Público Alvo: Enfermeiros da ME/UFRJ

Coordenador: Helder Camilo Leite

EMENTA

Célula-tronco embrionária e adulta; unção das células-tronco embrionária e adulta; formas de

obtenção das células-tronco embrionárias; formas de obtenção das células-tronco

hematopoiéticas; compatibilidade HLA; legislação do banco de sangue de cordão umbilical e

placentário; atividades do enfermeiro no banco de sangue de cordão umbilical e placentário;

seleção, captação e coleta de sangue de cordão umbilical; processamento de sangue de cordão

umbilical e placentário; criopreservação.

II. OBJETIVO

Objetivo Geral

Capacacitar os enfermeiros da ME/UFRJ para a coleta do sangue do cordão umbilical e

placentario para obtenção de células-tronco.

Objetivos específicos

I. Capacitar os enfermeiros da ME/UFRJ sobre os principais conceitos que permeiam a coleta

do sangue do cordão umbilical e placentário com a finalidade de obtenção de células-tronco.

II. Desenvolver habilidade técina aos enfermeiros da ME/UFRJ na coleta do sangue do cordão

umbilical e placentário para obteção de células- tronco.

CAPÍTULO1 Plano de ensino aprendizagem

92

III. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE I: Células-tronco embrionária e adulta, tipos de células-tronco, localização, função,

compatibilidade, benefícios, fins terapêuticos, leis, ética, biossegurança.

UNIDADE II. Transplante de células tronco hematopoiética, Histórico BSCUP, Objetivo,

Programa Nacional, Plataforma, Vantagens, Dificuldades, Benefícios, Legislação, Atuação do

Enfermeiro antes, durante e após coleta, Captação e seleção de gestantes com potencial para

doação de sangue de cordão umbilical e placentário, Técnicas de coleta de sangue de cordão

umbilical, Transporte, Acondicionamento, Criopreservação

IV. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A oficina teórica será realizada através de roda de conversa; aula expositiva teórica utilizando

recursos visuais (projetor multimídia) e textos, com intervenção participativa do coordenador,

totalizando 12 horas.

As oficinas práticas serão desenvolvidas no centro obstétrico da maternidade, onde cada oficina

terá no máximo dois enfermeiros, no mínimo de doze horas para cada dupla de enfermeiros que

discutirão aspectos abordados na oficina teórica e desenvolverão habilidades na técnica de

coleta de sangue de cordão umbilical e placentário, bem como na seleção e captação de

gestantes com potencial para doação de acordo com legislação vigente.

V. AVALIAÇÃO

Avaliação teórica será através instrumento pré teste e pós teste para saber o impacto da oficina

teórica sobre aquisição de novos conhecimentos e através de instrumento de avaliação da

oficina teórica pelos participantes. Na oficina prática, será feito avaliação individual seguindo

roteiro observacional elaborado especificamente para as ofinas práticas, contemplando as fases

de triagem e captação e coleta de sangue de cordão umbilical e placentário e interveção da

técnica.

VI. REFERÊNCIAS

01. BRASIL. Resolução RDC n° 56, 16 de dezembro de 2010. Diário Oficial da União;

Poder Executivo, de 17.12.2010.

93

02. BRASIL. Resolução RDC n° 153, 16 de dezembro de 2010. Diário Oficial da União;

Poder Executivo, de 17.12.2010.

03. Compêndio de Enfermagem em Transplante de Células Tronco Hematopoéticas -

Toyonaga e Cols - ed. Maio – 2004.

04. Enfermagem em Terapêutica Oncológica - 3ªed. - Bonassa e Santana – 2006.

05. Instituto Nacional de Câncer. Rede BrasilCord, 2013. [acesso em 2014 fev 18].

Disponível em: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2627

06. PASQUINI, R. Fundamentos e Biologia do Transplante de Células Hematopoiéticas. In

_Hematologia: Fundamentos e Prática. São Paulo: Atheneu, 2005. p. 914-935.

07. RUBINSTEIN, P., et al. Processing and cryopreservation of placental/umbilical cord

blood for unrelated bone marrow reconstitution. Proc Natl Acad Sci USA [Internet] 1995

[Acesso em 10 de setembro de 2015] 24; (92): 10119-10122. Disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC40747/pdf/pnas01500-0217.pdf

08. Rubinstein P, Stevens CE. Placental blood for bone marrow replacement: the New York

Blood Center's program and clinical results. Baillieres Clin Haematol. 2000;13(4):565-84. [

Links]

13. Souza MHL, Elias DO. As células tronco e seu potencial de reparação de órgãos e

tecidos. In: Centro de Estudos Alfa Rio. Manual de instrução programada: princípios de

hematologia e hemoterapia. 2 ed. Rio de Janeiro: Perfusion Line, 2005. p.1-14. [acesso em 2014

mar 21]. Disponível em:

http://estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/DIS013/Biblioteca_35129/C%C3%A

9lulas%20Tronco.pdf>

09. ZAGO, M.A ; COVAS, D.M. Células –Tronco, a nova fronteira da medicina. São Paulo:

Atheneu, 2006. 245 p.

10. COFEN. Resolução 304, de 22 de julho de 2005. Disponível em

<http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3042005_4339.html>

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

01. IZU, M; SILVINO, ZR; LIMA, DLO et al. Influência de fatores obstétricos e neonatais no

volume e celularidade do sangue de cordão umbilical . Rev enferm UFPE on line., Recife, vol 7, pp

4621-6, jul., 2013. Disponível em

http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/4255/pdf_2865>

94

02. SILVA,MOS. Banco de sangue de cordão umbilical no Brasil. Ensaios e Ciência:

Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, vol. 14, núm. 2, 2010, pp. 125-141. Disponível em

http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=26019017011

PERIÓDICOS:

01. AZEVEDO, W.; RIBEIRO, M.C.C. Fontes de células-tronco hematopoiéticas para

transplantes. In: SIMPÓSIO:TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA., 2000, Medicina,

Ribeirão Preto, v.33, p.381- 389.

02. BOUZAS,L.F.B. Transplante de medula óssea em pediatria e transplante de cordão

umbilical. In: SIMPÓSIO:TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA., 2000, Medicina, Ribeirão

Preto, v.33, p.241-263.

Data: ....../....../..........

Assinatura do Instrutor: __________________________________________

Assinatura do Coordenador________________________________________

95

CAPÍTULO 2

Materiais e Impressos para a coleta SCUP

Os materiais e impressos usados para a coleta SCUP deverão ser cedidos pelo INCA/RJ

para a maternidade que deseja ser posto de coleta pelo através de parceria para a realização da

capacitação dos enfermeiros da instituição. Materiais e Impressos para a coleta SCUP

ITEM MATERIAS/ INSUMOS QUANT.

01 PRATO FESTRADO 01

02 SUPORTO PARA PRATO FESTRADO 01

03 SERINGA 10ML 01

04 AGULHA DESCATÁVEL 40 X12 01

05 BOLSA ESTÉRIL PRÓPRIA PARA COLETA DE SANGUE DE CORDÃO

UMBILICAL 01

06 LUVAS DESCARTÁVEIS (PAR) 01

07 BOLSA TÉRMICA 01

08 EMBALAGEM SEGUNDÁRIA 01

09 ALMOTOLIA DESCARTÁVEL DE CLOREXIDINE ALCOÓLICO 01

10 LUVAS ESTÉREIS (PAR) 03

11 GAZES ESTÉREIS (PACOTE) 02

12 TUBOS LILÁS DE 04 ML COM ANTICOAGULANTE (EDTA) 04

13 TUBOS VERMELHO DE 04 ML COM GEL RETRATOR 04

14 ESCALPE 23 PARA COLETA MATERNA A VÁCUO 01

15 ALMOTOLIA DE 70% ALCOÓL 01

16 LÁTEX (GARROTE) 01

17 CAMPO PARA MESA 01

RELAÇÃO MATERIAS E INSUMOS PARA CSCUP

96

IMPRESSOS USADOS NA COLETA SCUP

Foto: autor/2015

ITEM IMPRESSOS USADOS NA COLETA SCUP QUANT.

01 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (CÓPIA BSCUP) 01

02 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (CÓPIA DOADORA) 01

03 HISTÓRICO CLÍNICO 01

04 FICHA DE TRANSPORTE 01

05 CERDIFICADO DE PEQUENO HERÓI 01

06 ETIQUETAS COM CÓDIGO DE BARRA 01

97

CAPÍTULO 3

Triagem e Captação

OBJETIVO

Estabelecer a instrução de captação, aplicação do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) e entrevista da gestante, utilizando os critérios de qualificação e

desqualificação das gestantes para doação de sangue de cordão umbilical e placentário (SCUP).

As gestantes que se encontram internadas em trabalho de parto e que estiverem dentro

dos critérios de doação, de acordo com a legislação vigente, devem ser informadas a respeito

da importância da doação do SCUP. Aquelas que concordarem com o programa, devem ser

convidadas a ler e assinar o TCLE e, em seguida, serem entrevistadas para levantar informações

que possam interferir na condição de doadora e na qualidade do SCUP.

COMPETÊNCIAS

A captação, solicitação de assinatura do TCLE e entrevista são de competência dos

enfermeiros capacitados nas atividades de triagem, seleção e captação de doadoras de SCUP .

Assim como o levantamento de informações que venham a interferir na condição de candidata

a doação de SCUP.

ORIENTAÇÕES

As gestantes que se encontram internadas em trabalho de parto e que estiverem dentro

dos critérios de doação, de acordo com a legislação vigente, devem ser informadas a respeito

da importância da doação do SCUP. Aquelas que concordarem com o programa, devem ser

convidadas a ler e assinar o TCLE e, em seguida, serem entrevistadas para levantar informações

que possam interferir na condição de doadora e na qualidade do SCUP.

CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA DOAÇÃO

Grávidas com idade mínima de 18 anos;

Consulta pré-natal: mínimo de 02 consultas documentadas;

Idade gestacional-IG Igual ou superior a 35 semanas;

Bolsa rota há menos de 18 horas;

Trabalho de parto sem anormalidade;

Ausência de processos infecciosos durante a gestação que possa(m) interferir na vitalidade

98

placentária;

Sorologias no pré-natal NEGATIVAS;

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

PRÉ-CONSENTIMENTO

Em alguns casos, a gestante pode estar em trabalho de parto avançado, o que pode

interferir no seu conforto de tomar uma decisão em relação à doação voluntária. O

consentimento não deve ser tomado logo após pré-anestésicos como diazepam ou midazolan.

Neste caso, será inicialmente aplicado apenas o pré-consentimento.

– Inicie a abordagem sempre acolhedora e educadora, cumprimentando a gestante e seu

acompanhante.

– Apresente-se dizendo seu nome e sua atividade de responsabilidade (responsável pela

captação e coleta de SCUP);

– Explique a importância do uso terapêutico do SCUP no tratamento de determinadas

doenças e a importância da doação de SCUP;

– Fale sobre a possibilidade do SCUP servir para o transplante alogênico não aparentado;

– Explique sobre o processo de coleta de uma forma de fácil entendimento, destacando que

não há nenhum tipo de prejuízo para ela ou para o RN;

– Destaque que esse é um procedimento indolor e sem risco para ela e para o RN;

– Fale sobre o direito da gestante de recusar a doação, sem nenhum prejuízo para ela ou

para o bebê a qualquer momento;

_ Permita a gestante a realizar qualquer pergunta para o esclarecimento de dúvidas para que

ela esteja confortável com o consentimento da doação.

CONSENTIMENTO

Após o parto deverá ser aplicado o TCLE para dar continuidade com o processamento

e a criopreservação.

O TCLE contém todas as informações descritas abaixo, contudo explique a gestante

para que ela não tenha dúvidas sobre o ato de doar.

– Explique que, após a coleta, para prosseguir com o processamento e a criopreservação do

cordão, será necessário o acesso aos registros médicos da mãe e do bebê;

99

– Informe sobre o fato de que será necessária à coleta de amostras de sangue materno para

análise e que serão realizados testes de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue,

testes para detecção de hemoglobinas anormais e tipagem celular nas amostras do SCUP;

– Esclareça que, se forem detectados resultados inesperados, o BSCUP irá informar a

maternidade;

– Explique que, se o SCUP não tiver dentro das condições necessárias para uso, ele poderá

ser descartado;

– Também é necessário informar que o SCUP poderá ser utilizado para outros além do

transplante (pesquisa, controle de qualidade e estudos de validação);

– Após transmitir essas informações à gestante, pergunte se ela se dispõe a responder o

questionário de triagem para confirmar a condição dela de doadora e que ela autorize a

verificar algumas informações sobre de seu prontuário médico.

– Caso a gestante conceda a doação, deverá ser solicitada a sua assinatura do TCLE e deve-

se devolver uma cópia assinada pelo BSCUP.

– Se a gestante for analfabeta, deve-se solicitar que duas testemunhas acompanhem as

explicações e que essas leiam e assinem o TCLE. Em seguida, solicitar que a gestante

ponha sua impressão digital

Observação: O documento que contém a ficha de triagem e o TCLE deve estar devidamente

identificado com sua etiqueta de identificação.

ENTREVISTA E APLICAÇÃO DA FICHA MÃE (DADORA)

Se a gestante atender os critérios mínimos para enquadramento na condição de doadora

de SCUP deverá ser realizado o registro das informações da gestante e do RN na Ficha Mãe.

A entrevista realizada com o histórico clínico, tem como objetivo o levantamento das

informações da gestante e do recém-nascido. Dessa forma, o questionamento dos itens do

Histórico Clinico devem ser realizados com muita atenção e de uma forma clara. Para

complementar as informações, poderão ser utilizadas informações de seu prontuário médico, o

qual teve seu acesso autorizado previamente com o TCLE.

100

Uma vez que as informações levantadas são sigilosas, deve-se observar se a gestante

deseja ficar sozinha para responder as perguntas e caso haja a presença de outras pessoas no

ambiente, deve-se retornar posteriormente para questionar se ela deseja informar algo que não

tenha sido falado anteriormente.

DADOS DA DOADORA

Os dados maternos devem conter a maior quantidade de informações possíveis, sendo

imprescindíveis os dados como: nome, data de nascimento, endereço, telefone e RG, CPF ou

CNS.

DADOS FAMILIARES

Os dados do campo dados familiares serve para auxiliar na identificação de potenciais

doenças genéticas, que podem ocorrer em maior proporção em RNs de pais com relação de

parentesco. Gestantes com grau de parentesco de até 2o grau com o pai do RN não deverão ter

o SCUP coletado.

ANTECEDENTES PESSOAIS

Deve-se levantar o maior número de informações possíveis, principalmente com o

objetivo de se tentar investigar o histórico familiar de doenças hereditárias hematológicas e

outras doenças que tornem a doadora inapta:

Doenças Cardiológicas:

Observar se a candidata sofre com alguma insuficiência coronariana, hipertensão arterial

severa ou doença de chagas. Essas condições tornam a candidata inapta para a doação.

Doenças pulmonares:

Se a resposta for sim, a candidata será considerada inapta se utilizar medicamentos para

controle de asma e bronquite (corticosteroides). Será inapta definitiva definitivamente se relatar

caso de tuberculose extrapulmonar ou estará apta 5 anos após a cura de tuberculose pulmonar.

Doenças endócrinas:

Caso a gestante possua as doenças endócrinas como: Diabete Mellitus,

Hipertireoidismo, ou Síndrome de Cushing, ela será considerada inapta. Caso os demais

familiares tenham sido afetados por essas doenças, a doação pode ocorrer regularmente.

Diabetes gestacionais controladas com dieta NÃO impedem a doação.

101

Doenças dermatológicas:

Hanseníase torna a gestante inapta a doação de SCUP. Demais familiares em tratamento

não tornam a gestante inapta para doação.

Doenças infecto-parasitárias:

Se a gestante for portadora de Leishmaniose, Babesiose ou Infecções no trato urinário

ela será considerada inapta a doação. Em caso de infecções do trato urinário tratadas com

antibióticos, a gestante estará apta para doação 15 dias após o fim do tratamento. Tratamento

profilático com antibiótico NÃO impede a doação.

Doenças neurológica degenerativa:

Doenças neurológicas degenerativas como Cretzfeld Jakobsen ou demência tornam a

gestante inapta para a doação. Para investigar sobre a possibilidade de contato com a Cretzfeld

Jakobsen (mal da vaca-louca) questionar sobre viagem à Europa, avaliar se a candidata

permaneceu no Reino Unido e/ou na República da Irlanda por mais de 3 meses, de forma

cumulativa, após 1980 até 31de dezembro de 1996; ou caso tenha permanecido 5 (cinco) anos

ou mais, consecutivos ou intermitentes, na Europa após 1980 até os dias atuais;

Possui alguma doença sexualmente transmissível?

Mesmo não tendo sido detectada no pré natal, devem ser investigada a possibilidade de

ocorrência de DSTs. Sífilis, Gonorréia, Clamídia, Herpes entre outras tornam a candidata inapta

para a doação.

Recebeu vacina recentemente?

Se positivo, observar a lista de principais vacinas e sua correlação com a doação de

sangue no anexo.

Já passou por algum procedimento cirúrgico ou procedimentos invasivos como

endoscopia?

Se sim, deve-se observar a lista de cirurgias e procedimentos invasivos no anexo.

Realizou algum procedimento dentário recentemente?

Se sim, deve-se observar a lista de cirurgias e procedimentos invasivos no anexo.

Você ou seu parceiro receberam transfusão sanguínea ou passou por hemodiálise?

102

As candidatas com histórico de transfusão de sangue ou hemocomponentes nos últimos

12 meses são consideradas inaptas para a doação. Observar se o parceiro recebeu transfusão

nos últimos 12 meses.

Tem o hábito de ingerir bebida alcoólica?

Se positivo, perguntar à candidata se bebeu nas últimas 24 horas ou se possui o hábito

de beber com muita frequência. Se a candidata ingeriu na bebida alcoólica nas últimas 24 horas

ou se ela possui o habito de beber com muita frequência a candidata esta inapta para a doação.

Fez uso de cigarro durante a gravidez?

O uso de tabaco não impede a doação de SCUP.

Possui tatuagem, piercing, acupuntura ou fez uso de drogas? Já fez uso de drogas

ilícitas?

Caso positivo, a tatuagem/piercing foi realizada nos últimos 12 meses? A candidata

estará apta para doação 12 meses após a realização da tatuagem/piercing.

Se a candidata possuir piercing na cavidade oral ou genital, ela estará inapta a doação.

Estará apta apenas 12 meses após a retirada do mesmo.

Caso positivo para uso de maconha, a candidata estará inabilita para a doação por 12

horas.

Se positivo para crack, cocaína ou anabolizante injetável inabilita a candidata por 12

meses.

O uso de outras drogas injetáveis inabilita a candidata à doação definitivamente.

Você ou seu parceiro tiveram hepatite após os 11 anos de idade?

Para ser considerada apta, a candidata e o parceiro não devem ter sofrido de hepatite

após os 11 anos de idade.

Você teve algum parceiro sexual diferente do atual nos últimos 12 meses? Você ou

seu parceiro já esteve preso (cadeia penitenciária) nos últimos 12 meses?

Para ser considerada apta, a candidata não pode apresentar comportamento de risco

(múltiplos parceiros). Caso positivo para prisão, ela ou o parceiro, a candidata será considerada

inapta para a doação até passado o período de 12 meses.

103

Sintomas como suores noturnos, perda de peso, febre sem explicações, diarreia

persistente, manchas na pele:

Esses são sintomas de uma possível infecção pelo vírus HIV. Caso a gestante ou o

parceiro apresentem esses sintomas, a coleta de SCUP não é recomendada.

Esteve fora do Rio de Janeiro nos últimos 30 dias?

Caso positivo para viagem para for a do Rio de Janeiro nos últimos 30 dias, observar se

a candidata esteve nos seguintes estados com incidência de Malária: Amazonas, Acre, Amapá,

Maranhão, Mato Grosso, Roraima, Rondônia e Pará.

ANTECEDENTES FAMILIARES

Doenças como Câncer (exceto basocelular de pele e in situ de colo do útero), lúpus,

doença de Crohn, Colite Ulcerativa, Lúpus, Esclerose Múltipla, Artrite Reumatoide, tornam a

doação inapta se os pais ou irmãos do bebê forem atingidos pela doença.

Todas as seguintes doenças abaixo tornam a doação inapta se pais do bebê, irmãos do bebê

(incluindo meio irmão), avós do bebê, tios do bebê (apenas irmãos do pai ou mãe do bebê). São

elas:

– Síndrome de Diamond-Blackfan, liptocitose, Esferocitose;

– Síndrome de Kostmann, Síndrome de Schwachman-Diamond, Deficiência da Adesão

Leucocitária, Doença Granulomatosa Crônica, Leucodistrofias;

– Deficiência ADA ou PNP, Síndrome da Imunodeficiência Combinada (CID),

Imunodeficiência Comum Variável, Síndrome de Di George, Linfohistocitose Hemofagocítica,

Hipoglobulinemia, Síndrome Nezeloff, Imunodeficiência Severa Combinada (SCID),

Síndrome Wiskott-Aldrich;

– Trombocitopenia Amegocariocítica, Tromboastenia de Glanzmann, Doença de Bernard

Soulier, Deficiência do Pool Plaquetário, Trombocitopenia com ausência de rádio, Ataxia-

Telangiectasia (Síndrome de Louis Bar), Anemia Fanconi

– Anemia Falciforme, Talassemias, Hipoglobulinemia

– Síndrome de Hurler (MPS I), Síndrome Hurler-Scheie (MPS I H-S), Síndrome de

Sanfilippo (MPS III), Síndrome de Morquio (MPS IV), Síndrome de Maroteaux-Lamy (MPS

104

VI), Leucodistrofia Globoide (doença de krabbe), Leucodistrofia Metacromatica (MLD),

Adrenoleucodistrofia (ALD), Doença de Sandhoff, Doença de Tay-Sachs, Doença de Gaucher,

Doença de Niemann-Pick, Porfiria, Deficiência G6DP, Lesch-Nyhan

Imagem: Autor/2015 Imagem: Autor/201

105

CAPÍTULO 4 A Coleta do SCUP

OBJETIVO

O objetivo da coleta SCUP é extrair do segmento do cordão umbilical e da placenta o

maior volume possível. Pode ser realizada em parto normal ou cesáreo ocorrendo apenas no

terceiro estágio do parto, após o clampeamento e secção do cordão umbilical e a dequitação ou

extração placentária, não envolvendo desta forma, nenhum risco para a doadora ou para o RN.

1

COMPETÊNCIAS

Enfermeiras capacitas para coleta de sangue de cordão umbilical e placentário para

fins de transplante

PRINCÍPIO DO MÉTODO

A resolução nº56 /2010 estabelece os critérios de seleção e exclusão de gestantes para

doação de sangue de cordão umbilical e placentário. A coleta é feita utilizando a técnica

asséptica por sistema fechado.

1.Montagem do material para CSCUPA

A técnica usada para a montagem da mesa de coleta é a técnica limpa, sendo montado

pouco antes da dequitação ou extração manual da placenta para evitar exposição por tempos

prologados 2. Todos os materiais devem estar esterilizados, assim como a disposição de luvas

estéreis e solução antisséptica, com o intuito de atender completamente às normas vigentes2.

Imagem> Montagem da mesa de coleta para CSCUPA

Imagem: Autor/2015

2. Colocação da placenta no prato fenestrado

106

Ao receber a placenta em cuba estéril a maior atenção é não contaminar o campo do

profissional que presta assistência ao parto ou a cesariana. A placenta deve ser acondicionar no

prato fenestrado, é de boa prática que o enfermeiro atente-se para o adequado posicionamento

das membranas ovulares que devem estar posicionadas para o lado oposto da fenestra e do

segmento do cordão, além do correto posicionamento do segmento na fenestra, que deve estar

completamente centralizado, atentando-se para não “garroteá-lo” o que eu impede o fluxo

sanguíneo para coleta por gravidade3.

Imagem Colocação da placenta no prato fenestrado

3.Troca das luvas estéreis entre as etapas de após colocação da placenta na bacia fenestrada,

antissepsia e punção.

Imagem Troca das luvas estéreis entre as etapas de após colocação da placenta na bacia

fenestrada, antissepsia e punção.

107

Foto: Autor/2015

Antissepsia do cordão com clorexidine alcoólico 0,5% 3x da região distal p/ e depois 3 x

com clorexidine alcoólico 3x da parte distal para proximal.

De acordo com o estabelecido pelo procedimento operacional padrão do INCA/RJ e validado

pela CCIH, essa técnica impedir a entrada de germes patogênicos exógenos no SCUP e também

a retirada do sangue materno, evitando a disparidade HLA.

Imagem: Antissepsia do cordão com clorexidine alcoólico 0,5% 3x da região distal p/ e depois

3 x com clorexidine alcoólico 3x da parte distal para proximal.

Foto: Autor/2015

108

Foto: Autor/2015

Punção do cordão com agulha própria

A técnica realizada permite a utilização bolsa com sistema fechado com as duas

extremidades agulhadas do sistema de coleta fechado, após acondicionar a placenta e o cordão

no suporte placentário, é realizada a antissepsia do cordão com clorexidina alcoólica à 0,5%, e

em seguida é puncionada a veia umbilical utilizando com uma das agulhas que vem na bolsa

coletora com o bisel voltado para baixo entrando em contato com o anticoagulante evitando

assim que a amostra coagule, o SCUP é drenado para dentro da bolsa por gravidade e a

importância do não tracionamento do cordão e do segmento3.

109

Foto: Autor/2015

Foto: Autor/2015

110

Imagem: Autor/2015

Fechamento das travas das bolsa e das agulhas com o protetor

Imagem: Autor/2015

Imagem: Autor/2015

111

Foto: Autor/2015

Foto: Autor/2015

A importância desta técnica garante maior segurança aos profissionais após realização

da coleta do SCUP uma vez que há possibilidade de transmissão ocupacional de patógenos

veiculados pelo sangue, estudos têm mostrado que a ocorrência de acidentes com material

biológico contaminado, em profissionais de saúde durante o exercício de suas atividades, pode

acarretar o desenvolvimento de doenças infecciosas4. Além de maior proteção ao

profissional protege também com vazamento do sangue coletado.

Coleta da amostra sanguínea materna

112

Foto: Autor/2015 Foto: Autor

A coleta das sorologias maternas, com o objetivo de identificar sorologias positivas não

identificadas no pré-natal.

Etiquetagem da bolsa de coleta, amostra materna, histórico clínico e TCLE com etiqueta

código de barras

Foto: Autor/2015

113

Preenchimento da ficha de transporte e etiquetagem

Acondicionamento da unidade e amostra em embalagem secundária

Acondicionamento da unidade em maleta térmica para transporte

114

É importante ressalta que o controle de temperatura das amostras de SCUP durante o

transporte é realizado utilizando um sistema de monitoramento constante de temperatura durante

o transporte denominado Kooltrack® que é o nome comercial do dispositivo de controle de

temperatura utilizado durante o transporte das amostras de SCUP, o qual faz a leitura da variação

de temperatura ocorrida no transporte, desde o momento que saiu da unidade de coleta até que

chegue ao laboratório de processamento do BPSCUP6.

Descarte apropriado do material utilizado CSCU

O descarte de resíduos do laboratório de processamento de CPH de medula óssea e

sangue periférico e do banco de sangue de cordão umbilical e placentário deve estar de acordo

com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), atendendo aos

requisitos dispostos em normas específicas vigentes. A importância desta técnica garante maior

segurança aos profissionais após realização da coleta do SCUP uma vez que há possibilidade de

transmissão ocupacional de patógenos veiculados pelo sangue, estudos têm mostrado que a

ocorrência de acidentes com material biológico contaminado, em profissionais de saúde durante

o exercício de suas atividades, pode acarretar o desenvolvimento de doenças infecciosas4

REFERÊNCIAS

1. DUARTE, S. et al. Armazenamento de sangue de cordão umbilical e placenta: público,

privado ou ambos? Revista da Associação Médica Brasileira. [Internet] 2009 [Acesso em 21 de

setembro de 2015] 55 (1): 1-11. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-

42302009000100002&script=sci_arttext

2. OLIVEIRA, FCT; SILVA, PDF. Células-tronco hematopoiéticas e seu armazenamento

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[Acesso em 10 de maio de 2015] Disponível em;

http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/revista_virtual/hematologia/

3. IZU, M. et. al. Influência de fatores obstétricos e neonatais no volume e celularidade do

sangue de cordão umbilical. Rev enferm UFPE [on line] 2013 [ Acesso em setembro de 2015]

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https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=

0CC0QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.revista.ufpe.br%2Frevistaenfermagem%2Findex.p

hp%2Frevista%2Farticle%2Fdownload%2F4255%2F6534&ei=_25pUrj5G5LW9ASmr4HIA

w&usg=AFQjCNFisv-

115

DnOCorgmt68n4oexPeFqkjg&sig2=RwuXXvhdkxyziXFg1J2qgA&bvm=bv.55123115,d.eW

U

4. Damasceno Ariadna Pires, Pereira Milca Severino, Souza Adenícia Custódia Silva e,

Tipple Anaclara Ferreira Veiga, Prado Marinésia Aparecida do. Acidentes ocupacionais com

material biológico: a percepção do profissional acidentado. Rev. bras. enferm. [Internet]. 2006

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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-

71672006000100014&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672006000100014.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA) [Internet]

Perguntas e Respostas sobre Sangue de Cordão Umbilical. 2012a. [Acesso em 15 de abril de

2013]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=2469

6. POP INCA/RJ

116

CAPÍTULO 5

Impressos para Avaliação das Oficinas

117

118

119

120

121

CAPÍTULO 6

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A CSCUP

O que são células-tronco?

As células-tronco são células muito especiais. Elas surgem no ser humano, ainda na fase

embrionária, previamente ao nascimento. Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm

dentro de si uma pequena porção de células-tronco, que são responsáveis pela renovação

constante desse órgão específico. Essas células têm duas características distintas:

Conseguem se reproduzir, duplicando-se, gerando duas células com iguais

características;

Conseguem diferenciar-se, ou seja, transformar-se em diversas outras células de seus

respectivos tecidos e órgãos.

Um exemplo é a célula-tronco hematopoéticas, que no adulto se localiza na medula óssea

vermelha. Na medula óssea, ela é responsável pela geração de todo o sangue. Essa é a célula

que efetivamente é substituída quando é feito um transplante de medula óssea.

Onde podemos encontrar as células-tronco?

Além da célula-tronco hematopoéticas, pesquisas recentes têm demonstrado a

presença de células-tronco específicas, presentes em tecidos como, fígado, tecido adiposo,

sistema nervoso central, pele etc. A utilização para fins terapêuticos dessas células também

tem sido alvo de vários estudos.

O sangue do cordão umbilical e placentário é utilizado para que tipo de tratamento?

Durante a gravidez, o oxigênio e nutrientes essenciais passam do sangue materno para

o bebê por meio da placenta e do cordão umbilical. O sangue que circula no cordão umbilical

é o mesmo do recém-nascido. Quando pesquisadores identificaram no cordão umbilical um

grande número de células-tronco hematopoéticas, que são células fundamentais no transplante

de medula óssea, este sangue adquiriu importância, pela doação voluntária, para pessoas que

necessitem do transplante.

O sangue do cordão umbilical é utilizado para que tipo de tratamento?

O sangue do cordão é uma das fontes de células-tronco para o transplante de medula

óssea e este é o único uso deste material atualmente. O transplante é indicado para pacientes

com leucemia aguda; leucemia mieloide crônica; leucemia mielomonocítica crônica; linfomas

; anemias graves; anemias congênitas; hemoglobinopatias; imunodeficiências congênitas;

mieloma múltiplo; Síndrome mielodisplásica hipocelular; Imunodeficiência combinada severa;

osteopetrose; mielofibrose primária em fase evolutiva; Síndrome mielodisplásica em

122

transformação; talassemia major, além de outras doenças do sistema sanguíneo e imune (cerca

de 70 indicações).

As células-tronco podem ser utilizadas em tratamento de outras doenças?

Sim, mas a fonte utilizada atualmente para indicações diferentes do transplante de

medula óssea, como a medicina regenerativa de determinados órgãos, são as células-tronco da

medula óssea do próprio indivíduo.

O tecido do próprio cordão também possui células-tronco?

Esta é mais uma especulação desta área. Há conhecimento de que existem células-

tronco em vários tecidos do organismo há pelo menos 10 anos. Sua obtenção, entretanto, é

difícil, cara e ainda sem utilidade prática. No campo da ciência é prudente aguardar que os

resultados deixem o campo da experimentação e sejam aplicados na prática médica. Não

existem ainda logística, recursos e indicação para que as células do próprio cordão sejam

utilizadas em curto e médio prazo. Trata-se de antecipação de estudos ainda sem resultados

práticos, o que em geral causa muita ansiedade e expectativa nos que aguardam perspectivas de

cura para doenças graves.

As células-tronco do SCUP são células-tronco embrionárias?

Não, as células-tronco do SCUP têm características adultas, porém são mais imaturas e

ainda pouco estimuladas.

O que é Brasilcord?

É uma rede que reúne os Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical. Hoje, estão

em funcionamento as unidades do INCA no Rio de Janeiro, do Hospital Albert Einstein, do

Hospital Sírio Libanês e dos hemocentros da Unicamp e de Ribeirão Preto, todos no estado de

São Paulo. No restante do Brasil estão funcionando as unidades de Brasília, Florianópolis,

Fortaleza e Belém. A instalação de bancos em todas as regiões do país é imporante para

contemplar a diversidade genética da população brasileira. O INCA é responsável pela

coordenação da Rede. A Portaria Ministerial nº 903/GM de 16/08/2000 e o RDC da Anvisa 153

de 14/06/2004 regulamentam os procedimentos da Rede. A criação da Rede Brasilcord foi

regulamentada pela Portaria Ministerial nº 2381 de 28/10/2004.

Como é feita a doação do sangue do cordão para um Banco Público?

A doação é realizada em maternidades credenciadas do programa da Rede BrasilCord,

que reúne os bancos públicos de sangue de cordão. Existem alguns controles no momento da

coleta do sangue do cordão, necessários para um bom aproveitamento das unidades. Portanto,

não se trata de uma doação universal como ocorre com sangue e que pode ser feita em qualquer

hospital ou por qualquer pessoa, sendo limitada aos hospitais que fazem parte do programa.

Como é feita a coleta de SCUP?

123

Após o nascimento, o cordão umbilical é pinçado (lacrado com uma pinça) e separado

do bebê, cortando a ligação entre o bebê e a placenta. A quantidade de sangue (cerca de 70 -

100 ml) que permanece no cordão e na placenta é drenada para uma bolsa de coleta. Em seguida,

já no laboratório de processamento, as células-tronco são separadas e preparadas para o

congelamento. Estas células podem permanecer armazenadas (congeladas) por vários anos no

Banco de Sangue de Cordão Umbilical e disponíveis para serem transplantadas. Cabe ressaltar

que a doação voluntária é confidencial e nenhuma troca de informação será permitida entre o

doador e o receptor.

Quanto tempo o sangue do cordão pode ficar congelado?

O tempo é indefinido, existem bolsas de sangue de cordão congeladas há mais de 25

anos.

Qualquer gestante está apta a doar?

Não, a gestante tem que atender a critérios específicos. Dentre eles, deve ter mais de 18

anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com idade

gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico,

doenças neoplásicas (câncer) e/ou hematológicdas (anemias hereditárias, por exemplo).

Por que as doações não podem ser feitas em qualquer hospital?

O programa de doação trabalha com planejamento e eficiência. Não adianta quantidade

sem qualidade porque seria desperdício coletar sem que o procedimento tenha sido realizado

por equipe treinada ou com critério. O planejamento segue as normas internacionais. Há pelo

menos dois hospitais conveniados para cada Banco da Rede BrasilCord. São hospitais públicos

ou com credenciamento específico para coleta.

Quais são as vantagens do SCUP?

A principal vantagem é que as células do cordão estão imediatamente disponíveis. Não há

necessidade de localizar o doador e submetê-lo à retirada da medula óssea. Além disso, não é

necessária a compatibilidade total entre o sangue do cordão e o paciente. Com o uso do cordão

umbilical é permitido algum nível de não compatibilidade, ao contrário do transplante com

doador de medula óssea, que exige compatibilidade total.

Existem desvantagens?

Existem sim, mas não para a doadora. A maior desvantagem é a dose de utilização, uma vez

que a doação ocorre em uma única coleta (sem possibilidade de nova coleta), e o volume é

restrito, o número de células-tronco pode ser limitado. Assim, existe um limite de peso para o

paciente, em função da quantidade de células-tronco retiradas do sangue do cordão. Os

pacientes precisam ter entre 50kg e 60kg. No entanto, hoje se utiliza uma técnica de adicionar

dois cordões para um mesmo paciente, o que proporciona o uso em adultos com maior peso.

124

Onde o INCA está recolhendo os cordões? O material é coletado atualmente no município do

Rio em três maternidades: Maternidade Municipal Carmela Dutra, Hospital Naval Marcílio

Dias e na Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda. Nas maternidades, o INCA possui

uma equipe de enfermeiras devidamente especializadas e capacitadas para a triagem e coleta de

SCUP, de segunda a sexta-feira, de 7h às 19h.

Existe algum risco para a mãe ou para o bebê?

Não, não existe nenhum risco. Lembre-se que tanto a placenta, quanto o sangue que fica

armazenado nela, têm sido tratados, até então, como lixo. Obviamente, as equipes de coleta

atuam somente com o consentimento do obstetra, garantindo que nada interfira no parto.

O que acontece após a doação?

As unidades coletadas recebem um identificador numérico que passa a ser a identidade

da bolsa. Toda referência à ela passa a ser realizada com esse número, e não mais com o nome

da gestante. A unidade é então levada ao laboratório, no INCA, onde passará por diversas

etapas. Inicialmente é avaliado o número de células presentes na unidade. Caso o número destas

seja suficiente para um transplante, a mesma é processada, tendo seu volume reduzido a 20ml

e congelada (criopreservada). Assim, a unidade fica aguardando os resultados dos exames

realizados, inclusive exames maternos, que avaliarão a presença de marcadores para doenças

infectocontagiosas do sangue.

Então, o SCUP coletado e congelado já está pronto para transplante?

Não, a legislação vigente prevê que, para uma unidade ser liberada para transplante, se

deve repetir os exames sorológicos da mãe, em um período de dois a seis meses, após o parto.

Isso é muito importante, pois sem esse novo exame todo o trabalho terá sido em vão, e a unidade

não poderá ser utilizada.

Quanto tempo depois da doação, então, a unidade fica disponível para transplante?

Somente de 3 a 6 meses depois do parto as unidades são liberadas para uso. Durante

este tempo, são realizados testes no sangue do cordão para excluir doenças infecciosas e

genéticas. Este é um procedimento de segurança, para evitar as janelas imunológicas das

doenças infecciosas. Como hoje existem testes mais precisos, principalmente para HIV e

hepatite, será proposta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a alteração desta

norma, para que as unidades com estes testes negativos sejam liberadas mais rapidamente, sem

obrigatoriedade dos testes de seguimento da mãe. Como hoje existem testes mais precisos,

principalmente para HIV e hepatite, será proposta à Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa) a alteração desta norma, para que as unidades com estes testes negativos sejam

liberadas mais rapidamente, sem obrigatoriedade dos testes de seguimento da mãe. Desta forma,

haverá um crescimento mais rápido e eficiente do número de unidades disponíveis para uso,

125

nos moldes do que acontece na maioria dos países que possuem Bancos de Sangue de Cordão

públicos. O aproveitamento final, depois de exclusão por critérios de segurança e qualidade

(contagem mínima das células e volume), é de cerca de 40% das unidades coletadas.

Caso o filho(a) da gestante que doou seu SCUP necessitar de um transplante de células-

tronco, ele(a) terá prioridade?

Não. Entenda que a doação, por todos os fatores que mencionamos, não significa que o

material foi crioprerservado, pois terá que atender critérios de qualidade estipulados pela lei.

Uma vez que o SCUP esteja criopreservado e disponível para uso, caso não tenha sido utilizado

por outro paciente, o mesmo será selecionado para o doador.

Quantas coletas são feitas em cada maternidade por dia?

São coletados, em média, de três a cinco cordões em cada maternidade, por dia.

Quanto custa este procedimento?

A doação é gratuita. Nenhuma gestante que adere ao programa de doação dos Bancos

Públicos tem qualquer custo. A coleta e o armazenamento de cada unidade custam em torno de

R$ 3 mil para o Sistema Único de Saúde (SUS). Já a importação de unidades de sangue de

cordão umbilical, vindas de registros internacionais, fica em torno de R$ 72 mil.

Qual a capacidade do Banco?

O Banco do INCA possui quatro tanques com capacidade para estocar cerca de 11.000

mil unidades. Neste espaço estão armazenados, até o momento, 4.292 mil bolsas.

Quantas unidades de sangue de cordão estocadas em Bancos Públicos brasileiros já foram

utilizadas em transplantes?

Das 15.345 mil bolsas que estão armazenadas nas unidades em funcionamento da Rede

BrasilCord, 163 já foram utilizadas para transplantes.

Como os pacientes receberão estas células? O processo de transplante é semelhante ao

utilizado com doador de medula óssea, ou seja, após um regime de preparação com

quimioterapia e/ou radioterapia, o paciente recebe as células-tronco em um procedimento

semelhante a uma transfusão. Os pacientes com indicações para transplante não-aparentado

deverão ser cadastrados pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REREME). O

médico insere no sistema características da doença, dados cadastrais do paciente e o resultado

do teste de HLA, um teste genético. Depois, é feito um cruzamento de informações entre o

REREME e o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), que inclui os

dados das unidades armazenadas em bancos da Rede BrasilCord e dos doadores voluntários, a

fim de identificar um doador ou unidade de cordão compatível.

Existem bancos semelhantes no exterior? Sim. No exterior, existem mais de 350 bancos, com

mais de 600 mil unidades de cordão congeladas.

126

Ainda é muito difícil encontrar doador compatível para os pacientes brasileiros, mesmo

com o aumento das unidades de sangue de cordão em Bancos Públicos?

Está cada vez mais fácil encontrar um doador porque os Bancos Públicos de Sangue de

Cordão e os Registros de Doadores Voluntários estão se multiplicando em todo o mundo. Hoje,

encontramos doadores para cerca de 70% dos pacientes, 60% no Brasil e mais 40% no exterior

Quais as principais diferenças entre os bancos públicos e privados?

São serviços diferentes. O banco público disponibiliza as unidades imediatamente para

quaisquer pacientes brasileiros que precisem de transplante de medula óssea e não tenham um

doador familiar. A coleta é realizada com controles de qualidade e segurança e as unidades são

utilizadas para indicações precisas, sem ônus para o paciente que irá se beneficiar. É a única

modalidade recomendada pelos organismos internacionais e por publicações científicas. O

banco privado tem legislação específica, de cunho comercial, com ônus para as famílias que

desejam armazenar o sangue. Além disso, as indicações e aproveitamento do material são

duvidosos, já que não existem publicações extensas sobre os resultados obtidos com uso de

cordões armazenados em bancos privados. Armazenar o sangue do cordão em um banco

privado é uma aposta num futuro que a ciência ainda não comprovou.

Qual o posicionamento do Ministério da Saúde com relação aos bancos privados?

O Ministério da Saúde e a coordenação da Rede Brasilcord são contrários a esta

atividade, principalmente pela falta de utilidade pública e pela forma enganosa como tem sido

feita a propaganda dos bancos privados. Os órgãos internacionais recomendam que não deve

ser feito investimento público em bancos privados.

127

A pesquisa demostrou os desafios na capacitação dos enfermeiros na CSCUP

descrevendo suas etapas. Buscou-se a compreensão da capacitação no processo CSCUP pelos

enfermeiros da ME/UFRJ, através de oficinas teóricas e práticas salientado não só os aspectos

científico e técnicos, mas a importância do enfermeiro no processo de CSCUP e no domínio

das habilidades necessárias para a prática segura.

Frente às informações trazidas por meio da análise da revisão dos prontuários, um dos

objetivos específicos desta pesquisa que foi traçar a caracterização das potenciais doadoras de

sangue de cordão e placentário na Maternidade Escola da UFRJ, que visa ser posto de coleta

do SCUP para obtenção de células-tronco, levando em consideração os critérios de qualificação

e desqualificação da RDC nº 56 da ANVISA, de dezembro de 2010. De acordo com o

estabelecido na resolução vigente, concluiu-se que 62,5% (n=345) das pacientes da

maternidade-escola estariam aptas para a doação do sangue do cordão umbilical e placentário

(SCUP). Portanto, demostrou-se que a instituição tem aptidão para ser posto de CSCUP com

um grande diferencial onde os próprios enfermeiros da instituição poderão realizar a coleta,

proporcionado um aumento de cerca de 30% nas coletas total de bolsas na cidade do Rio de

Janeiro.

Ao descrever o método de capacitação da coleta SCUP, assim como a caracterização

dos enfermeiros, da unidade e o seu cenário de atuação, a pesquisa propiciou confrontar teoria

e prática de forma a expor os acertos e dificuldades encontradas.

Se por um lado as dificuldades vivenciadas pelos enfermeiros no seu cotidiano na

ME/UFRJ que são comuns também em outras instituições de saúde, em contrapartida o

envolvimento particular dos profissionais criaram condições favoráveis para a capacitação da

coleta SCUP.

A contribuição de cada participante direto e indireto possibilitou, através de análises

estatísticas, sinalizar correções no próprio modelo de capacitação proposto, visto não só como

um processo de aquisição de conhecimentos aplicáveis, mas, principalmente, como um

instrumento e meio de replicação em outras instituições para a coleta do SCUP.

A pesquisa aponta que a elaboração do programa de educação de capacitação para a

coleta SCUP pode contribuir para que as outras maternidades públicas com perfil de posto de

coleta também possam usar este programa para capacitar os enfermeiros no processo de

CSCUP. Assim, o programa de educação de capacitação dos enfermeiros para a coleta SCUP

foi desenvolvida e avaliada na ME, a validação a longo prazo que será a proposta para futuros

estudos, quando aplicada em outros momentos e cenários.

7. CONCLUSÃO

128

Entretanto, o resultado, aprovado pelo INCA validou a capacitação e o programa. A

capacitação dos enfermeiros para o processo da coleta de SCUP estruturada nesta pesquisa

surge como uma ferramenta gerencial de importante utilidade para a atuação do enfermeiro na

CSCUP, buscando aprimoramento na sua prática para a obtenção SCUP e também contribuindo

para o suprimento dos BPSCUP, visando a disponibilizar um número maior de doadoras

compatíveis. Assim, podemos afirmar que o enfermeiro ao realizar a coleta SCUP, coleta

esperanças de vidas em vários usuários do SUS.

129

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8. REFERÊNCIAS

130

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134

APÊNDICES

APÊNDICE 1 - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS DA CARACTERIZAÇÃO

DAS DOADORAS DA COLETA DO SANGUE UMBILICAL E PLACENTÁRIO DA

MATERNIDADE ESCOLA DA UFRJ

Iniciais do Nome: Idade:

Escolaridade: Nenhuma Fundamental Fundamental Incompleto Ensino Médio

Ensino Médio Incompleto Superior Superior Incompleto

Profissão/ Ocupação:__________________________________________________________

Antecedentes Obstétricas: IG____ Gesta _____ Para Aborto Espontâneo Aborto

Provocado Nº de Filhos_______________________ Filhos com baixo peso _____________

Gestação, Pre-Natal e Parto

Tipos de parto: PN PC Se PC indicação_________________________________

Parto Induzido Não Sim Ocitocina Misoprostol

Pré-natal: ME Não Realizado Outra Unidade Nº de Consultas_______________

Gravidez única Gemelaridade

Patologia: HAS DHEG DM DMG HIV+ SÍFILIS SÍFILIS TRATADA

HEPATITE Outra

Especificar________________________________________________

Alguma Doença que Interfere Fluxo Sanguíneo______________________________________

Alguma Sorologia Positiva Não Sim Especificar______________________________________

Uso de Medicamentos na Gravidez Não Sim Se sim Especificar__________________

Uso de Medicamentos Durante o Trabalho de Parto Não Sim

Especificar

Pesquisa de GBS: Sim Não

Rota Não Sim Tempo de Bolsa Rota_________________________________________

Febre Durante o Trabalho de Parto Não Sim Temperatura _____________________

Dados do RN

Peso ao nascer _________ Capurro_____ Ballard _________

Sofrimento Fetal Não Sim Agudo Crônico APGAR: 1º______ 2º _______

Malformação Não Sim Especificar _________________________________________

P

a

t

o

l

o

g

i

a

:

H

A

S

D

H

E

G

□D

M

□D

M

G

135

APÊNDICE 2 - Perfil Sócio Profissional dos Enfermeiros e Residente Participantes da

Pesquisa

Data__/__/__ Sexo ( ) feminino ( ) masculino Idade: ______anos

1- Tempo de formação:________________________________________________________

2- Curso de Graduação:________________________________________________________

3 - Cursos realizados nos últimos 5 anos relacionados a sua área de atuação:

Aperfeiçoamento/ atualização:__________________________________________________Lato

Sensu - especialização: ___________________________________________________Stricto

Sensu:________________________________________________________________

4 – Participação em eventos da classe nos últimos 5 anos relacionados a sua área de atuação? ( )

Sim ( ) Não

Qual(is):____________________________________________________________________

5-Tempo que trabalha na área da Saúde Materno-Infantil? _________________

6 -Tempo que trabalha nesta instituição? _________________________

7- Tipo de vínculo: ( ) efetivo ( ) contrato temporário

8- Carga Horária Semanal ( ) 24 horas semanais ( ) 30 horas semanais ( ) 40 horas semanais

( ) Outra

09 – Número de vínculos empregatícios: ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 mais

136

APÊNDICE 3 - PRÉ-TESTE:

Nome do participante: Não obrigatório

Data

1) Você já teve conhecimento sobre a coleta do Sangue de Cordão Umbilical para obtenção

de células-tronco? ( ) sim ( ) não

Caso a resposta seja positiva onde?

2) Você conhece a resolução número 304/2005 do COFEN?

( ) sim ( ) não

Caso a resposta seja positiva do que trata?

3) O uso alogênico de células-tronco é aquele em que:

( ) as células progenitoras hematopoéticas provêm do sangue de cordão umbilical e placentário do

próprio indivíduo a ser transplantado.

( ) as células provêm do sangue de cordão umbilical e placentário de outro indivíduo.

( ) as células de receptor e doador são consanguíneas.

4) Em acordo com a RDC nº 056 de 16 de dezembro de 2010 da ANVISA , são seguites

critérios para à doação de sangue de cordão umbilical e placentário realização da coleta,

exceto:

( ) Idade gestacional superior a 35 semanas

( ) bolsa rota no máximo de 18 horas

( ) temperatura materna acima de 38°C no momento do parto

( ) ausência de processos de infecção durante a gestação.

5) Em acordo com a resolução RDC nº 056 de 16 de dezembro de 2010 da ANVISA , são

seguites critérios desqualificação para uso alogênico não-aparentado as seguintes

condições coleta, exceto:

( ) Sofrimento fetal leve;

( ) feto com anormalidade congênita;

( ) temperatura materna igual ou superior a 38°C durante o trabalho de parto;

( ) gestante com situação de risco acrescido para infecções transmissíveis pelo sangue;

( ) presença de processo infeccioso e ou doença durante o trabalho de parto, que possa(m) interferir

na vitalidade placentária;

6) Descreva todo o processo de coleta de sangue de cordão umbilical e placentário, etapa

por etapa:

137

APÊNDICE 4 - PRÓ-TESTE:

Nome do participante: Não obrigatório Data

1) Você já teve conhecimento sobre a coleta do Sangue de Cordão Umbilical para obtenção

de células-tronco? ( ) sim ( ) não

Caso a resposta seja positiva onde?

2) Você conhece a resolução número 304/2005 do COFEN?

( ) sim ( ) não

Caso a resposta seja positiva do que trata?

3) O uso alogênico de células-tronco é aquele em que:

( ) as células progenitoras hematopoéticas provêm do sangue de cordão umbilical e placentário

do próprio indivíduo a ser transplantado.

( ) as células provêm do sangue de cordão umbilical e placentário de outro indivíduo.

( ) as células de receptor e doador são consanguíneas.

4) Em acordo com a RDC nº 056 de 16 de dezembro de 2010 da ANVISA , são seguites

critérios para à doação de sangue de cordão umbilical e placentário realização da coleta, exceto:

( ) Idade gestacional superior a 35 semanas

( ) bolsa rota no máximo de 18 horas

( ) temperatura materna acima de 38°C no momento do parto

( ) ausência de processos de infecção durante a gestação.

5) Em acordo com a resolução RDC nº 056 de 16 de dezembro de 2010 da ANVISA , são

seguites critérios desqualificação para uso alogênico não-aparentado as seguintes condições coleta,

exceto:

( ) Sofrimento fetal leve;

( ) feto com anormalidade congênita;

( ) temperatura materna igual ou superior a 38°C durante o trabalho de parto;

( ) gestante com situação de risco acrescido para infecções transmissíveis pelo sangue;

( ) presença de processo infeccioso e ou doença durante o trabalho de parto, que possa(m)

interferir na vitalidade placentária;

6) Descreva todo o processo de coleta de sangue de cordão umbilical e placentário, etapa por

etapa:

138

APÊNDICE 5 - INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DAS OFICINAS TEÓRICAS

Participante:

AVALIAÇAO DAS OFICINAS Concordo Totalmente

Concordo Nem concordo

nem Discordo

Discordo Discordo

Totalmente

Conteúdo da oficina atualizado, informativo, útil,

aplicativo

Importância da oficina para aquisição de novos

conhecimentos na sua área de atuação

Contribuição da oficina para melhoria do seu

desempenho no trabalho

Qualidade do material didático utilizado

Adequação da carga horária

AVALIAÇAO DO INSTRUTOR

Pontualidade

Clareza e organização em sala de aula

Interação com o grupo

Domínio conceitual e prático do tema abordado

Estratégia de abordagem dos assuntos e recursos

utilizados

AVALIAÇAO DOS SERVIÇOS DE APOIO

Divulgação da oficina

Condições de uso das instalações e dos recursos

audiovisuais disponibilizados

Apoio (técnico, pedagógico e administrativo) dado a

oficinas

AUTO-AVALIAÇAO

Sua participação em sala de aula visando o

desenvolvimento do grupo

Avaliação do seu desempenho e aproveitamento do

curso

Espaço para apresentação de comentários, críticas e/ou sugestões:

139

APÊNDICE 6- INSTRUMENTO SOCIOPROFISSIONAL DOS EXPERTS

INSTRUMENTO SOCIOPROFISSIONAL DOS EXPERTS

1. Sexo: F ( ) M ( )

2. Idade: ____anos________meses

3. Tempo de formação. _____ anos________meses

4. Tempo de atuação como enfermeiro coletador de SCUP: ______anos ________meses

5. Pós graduação. ( ) Especialista ( ) Mestrado ( ) Doutorado

6. Atua como enfermeiro do BSCUP de intuição: ( ) Pública ( ) Privado

7. Vínculo do trabalho com o BSCUP: ( ) CLT ( ) prestador de serviço de empresa terceirizada

( ) Servidor Público

140

APÊNDICE 7 - ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DA COLETA DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO

DATA: PARTICIPANTE Nº Duração: Bolsas Coletadas:

TRIAGEM COLETA EXTRA ÚTERO AÇÃO CORREÇÃO DA TÉCNICA

1- Seleção de acordo com a RDC 056/2010

Adequado Inadequado

7-Montagem do material para CSCUP

Adequado Inadequado

2- Apresentação do profissional

Adequado Inadequado

8-Colocação da placenta no suporte apropriado, com face fetal

para baixo e cordão através de fenestra

Adequado Inadequado

3-Abordagem da Gestante explicando o objetivo da

coleta SCUP e

Adequado Inadequado

9 - Antissepsia do cordão com álcool 70% 3x da região distal p/

proximal

Adequado Inadequado

Antissepsia do cordão com álcool 70% 3x

da região distal p/ proximal

4-Preenchimento do Histórico Clínico

Adequado Inadequado

10 Troca das luvas estéreis entre as etapas de antissepsia e punção

Adequado Inadequado

5-Esclarecimento de Dúvidas da gestante Doadoras

Adequado Inadequado

11- Punção do cordão com agulha própria da bolsa

Adequado Inadequado

Punção do cordão com agulha própria da

bolsa

6- Assinatura do TCLE

Adequado Inadequado

12-Fechamento das travas das bolsa e das agulhas com o protetor

Adequado Inadequado

13-Coleta da amostra sanguínea

Adequado Inadequado

14-Etiquetagem da bolsa de coleta, amostra materna, histórico

clínico e TCLE com etiqueta código de barras

Adequado Inadequado

15-Preenchimento da ficha de transporte e etiquetagem

Adequado Inadequado

16- Acondicionamento da unidade e amostra em saco plástico

Adequado Inadequado

17- Acondicionamento da unidade em maleta térmica para

transporte

Adequado Inadequado

18-Descarte apropriado do material utilizado CSCUP

Adequado Inadequado

Legenda: Adequado Inadequado Correção da Técnica | OBSERVAÇÃO PARTICIPATIVA: Quando a técnica for inadequada, repetir a técnica

APÊNDICE 8- INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DAS OFICINAS PRÁTICA

Participante nº: Data: 05/10/2015

AVALIAÇÃO DA OFICINA PRÁTICA

Discordo

Totalmente (1)

Discordo

(2)

Nem Concordo

Nem Discordo (3)

Concordo

(4)

Concordo

Totalment

e (5)

Você se sente apto para realizar a

triagem das gestantes?

Você se sente seguro para realizar a

CSCUP após oficina prática?

A oficina atendeu as suas

expectativas?

A Carga horária foi adequada?

A estratégia utilizada na oficina foi

atualizada, informativa, útil?

142

APÊNDICE 9- TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM E

DEPOIMENTOS

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE IMAGEM E DEPOIMENTOS

Eu__________________________________________CPF__________,

RG________________,

depois de conhecer e entender os objetivos, procedimentos metodológicos, riscos e benefícios da

pesquisa, bem como de estar ciente da necessidade do uso de minha imagem e/ou depoimento,

especificados no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), AUTORIZO, através do

presente termo, os pesquisadores (Helder Camilo Leite e Ana Karine Ramos Brum) do projeto

de pesquisa intitulado “A CAPACITAÇÃO DOS ENFERMEIROS E O PROCESSO DA

COLETA DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL E PLACENTÁRIO: O CASO DA

MATERNIDADE ESCOLA DA UFRJ. A realizar as fotos que se façam necessárias e/ou a colher

meu depoimento sem quaisquer ônus financeiros a nenhuma das partes. Ao mesmo tempo, libero

a utilização destas fotos (seus respectivos negativos) e/ou depoimentos para fins científicos e de

estudos (livros, artigos, slides e transparências), em favor dos pesquisadores da pesquisa, acima

especificados, obedecendo ao que está previsto nas Leis que resguardam os direitos das crianças

e adolescentes (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei N.º 8.069/ 1990), dos idosos

(Estatuto do Idoso, Lei N.º 10.741/2003) e das pessoas com deficiência (Decreto Nº 3.298/1999,

alterado pelo Decreto Nº 5.296/2004).

Rio de Janeiro, __ de ______ de 2015

________________________________________________

Pesquisador responsável pelo projeto

________________________________________________

Sujeito da Pesquisa

143

ANEXOS

ANEXO 1 - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

144

ANEXO 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado a participar da pesquisa da capacitação dos enfermeiros para a coleta de sangue

de cordão umbilical e placentário na Maternidade Escola da UFRJ. Você foi selecionado por ser

enfermeiro ou residente de enfermagem alocado no Centro Obstétrico desta instituição e sua participação

não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua

recusa não trará nenhum prejuízo em relação com o pesquisador, ou quaisquer tipos de retaliações na

instituição. Os objetivos deste estudo são: Descrever o processo de capacitação dos enfermeiros e

residentes de enfermagem para a coleta de sangue de cordão umbilical e placentário na Maternidade

Escola da UFRJ. Traçar o perfil epidemiológico das possíveis doadoras de sangue de cordão e placentário

na Maternidade Escola da UFRJ;

Os riscos envolverá o risco biológico já que haverá manipulação do sangue do cordão umbilical. Aos

participantes será fornecido todo o material de proteção individual. Sua participação nesta pesquisa

consistirá na sua capacitação para captar possíveis doadoras e também realização da coleta do sangue do

cordão umbilical e placentário para obtenção de células tronco.

Os beneficios estendem-se para da gerência, ensino em enfermagem, o treinamento e capacitação dos

enfermeiros, uma vez que este repassaram seus conhecimentos para os enfermeiros residentes, importante

para o aprimoramento e qualificação destes profissionais. A prática do enfermeiro na coleta do Sangue de

Cordão Umbilical e Placentário tem o processo de ensinar inevitavelmente atrelado ao papel do

enfermeiro. Ele ensina o cuidado quando desenvolve uma atividade de educação continuada com a equipe

e ou no momento que está sendo acompanhado pelo enfermeiro iniciante, e também ensina cuidado

quando orienta o paciente/familiares. Após a implementação do serviço aumentará o número de coletas e

consequentemente maior probabilidade de encontrar doares compatíveis. As informações obtidas através

desta pesquisa serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobr sua participação. Os dados não serão

divulgados de forma a possibilitar sua identificação. Você receberá uma copia deste termo onde consta o

telefone e o endereço do principal pesquiusador podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto agora e a

qualquer momento.

Enfº Helder Camilo Leite.

Endereço: Rua das Laranjeiras nº 180. Laranjeiras. Rio de Janeiro. RJ. CEP 22 240-003.

Telefone/fax: (21) 2285-7985, ramal 251, E-mail [email protected]