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Her Ideal nº 14 - Junho13

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Edição de Junho de 2013 da revista digital gratuita. Reportagens, Moda, Entrevistas, Lifestyle, Makeup, Destinos, Gourmet, Artes e muito mais. Disponível online ou para download em www.herideal.com

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Índice

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O Verão parece teimar em não chegar em plena força, mas Junho já cheira a festas. Mais não seja, pelos Santos Populares. Sou fã de festarolas. Gosto do convívio dos bair-ros, do cheiro e sabor da sardinha assada, dos manjericos, da música animada e das cores das marchas populares.

Podemos não ter muitos motivos para sorrir, a crise não nos deixa descansar, mas te-mos de procurar todos os pequenos pontos que nos façam sentir felizes. Viver no nos-so próprio país, com todas as condições, já é motivo para isso.

Eu sinto-me privilegiada por viver em Portugal. Sinto-me muito orgulhosa do meu país quando ao falar com turistas e residentes estrangeiros, os ouço tecer largos elogios a esta terra. Pessoas que não nasceram aqui mas que consideram este cantinho à beira Atlântico plantado o seu Lar. Pessoas que se apaixonaram pelo nosso clima, pela forma carinhosa com que os sabemos receber e pelo nosso bairrismo.

Junho é mês de festa de Bairro, aproveitemo-lo da melhor maneira possível.

Inês Pereira

dirEctOra

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EDITORIAL DE MODA EXCLUSIVO PARA A

her ideal da FOtÓGraFa

LISÁ TAMIRIS

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luís conceição

PianiSta E cOMPOSitOr

POr inês Pereira (TEXTO)

Compositor, pianista, músico afirma que a nível artístico é “extremamente eclético, não tenho gosto musical definido, para mim só existe boa e má música”.

Foto

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Con

ceiç

ão

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desde muito pequeno, por influência da família, que a música faz parte da sua vida. Aos 5 anos já tinha iniciado os estudos mu-sicais no Conservatório Regional do Algarve, instituição que fre-quentou até concluir o curso geral de Piano. O seu longo percur-so académico leva-o a algumas universidades, depois lecionou em tantas outras instituições. Hoje é vice-presidente e professor na academia de Música de tavira.

Luís Conceição é acima de tudo pianista e compositor. Já passou por diversas salas nacionais e internacionais. Já compôs para cine-ma, já lançou vários cd’s e prepara-se para lançar um novo traba-lho, tudo originais.

É eclético no gosto e na composição, não define o seu estilo musi-cal, mas define-se como essencialmente de fusão. Consegue che-gar a todas as sonoridades e está muito próximo do Jazz, Música Erudita e Étnica. Mas a sua grande paixão é a Ópera.

acho que as artes formam todos um todo a fusão entre cinema o teatro deveria existir e a pintura, deveria ser algo sempre presente na sociedade, o meu ideal artístico é a ópera.

A inspiração para as suas obras é-lhe transmitida em sonhos, “em algo que nunca aconteceu” ou que “pode vir a acontecer”. Vive o presente e assume que, “embora a cultura esteja moribunda, que seja difícil viver da música, faz aquilo que gosta e não sente dificul-dades” como muitos outros artistas. Como refere “o facto de num só Cd conseguir juntar vários estilos musicais, torna o meu traba-lho audível por muitos, e não apenas por alguns”.

no seu site estão disponíveis algumas das suas composições.

“Sou tantas coisas numa coi-sa só”. É desta forma que luís Conceição se define.

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EDITORIAL DE MODA EXCLUSIVO PARA A her ideal dO

FOtÓGraFOCARLOS VIDIGAL JR.

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O nosso calendário, ao contrário da carteira, está cada vez mais rico e preenchido. todos os dias é dia de celebrar alguma coisa. Da paz ao livro, passando pelo sono, pela água e terminando na fotografia, há celebrações para todos os gostos. Dias Mundiais, internacionais, nacionais, Europeus ou simplesmente dias de …

Só no mês de maio existiram 15 motivos para comemorar. Brin-dou-se ao Trabalho, à Liberdade de Imprensa, à Mãe, à Música, aos Museus, à Energia, às Telecomunicações, à Segurança Social, ao não Fumador e por aí afora.

cá em casa sublinhámos apenas dois quadradinhos no calendá-rio: o dia da Mãe e o dia internacional das Famílias. confesso que este último me passaria completamente despercebido, caso as educadoras do Gonçalo não me relembrassem da sua existência. Pediram que elaborássemos um trabalho com a fotografia da fa-mília e completássemos a frase: “A família é…”

uM aMor e uMa FaMília

Peripécias de uma família pouco convencional

crÓnica dE anDreia roDriGues

aSSESSOra dE iMPrEnSa

oPinião

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E de repente dei comigo a meditar sobre o assunto. Qual deve-rá ser o papel da família? Que importância tem nas nossas vidas? Poderíamos viver sem ela? teremos o direito a escolhê-la?

na mini árvore genealógica que construí, forrei a copa com as fo-tografias da família mais próxima do Gonçalo: pais, avós, tios e pri-mos. No tronco escrevi: “A Família é…” e, ainda antes de completar a frase, deixei-me levar pelos pensamentos…

Por definição, a família surge como “um núcleo de convivência, unido por laços afectivos, que costu-ma compartilhar o mesmo tecto”. Por experiên-cia própria, sei que a família representa bem mais do que isso.

a Família é … a nossa âncora, o nosso porto se-guro, onde podemos atracar sempre que per-demos o norte ou nos sentimos sem fôlego para continuar a navegar;

É quem nos quer bem, quem nos ama, quem nos de-fende e protege perante tudo e todos;

É quem nos faz ver que errámos; quem nos critica com a intenção de nos tornar melhores pessoas;

É quem escolhemos amar. Mais do que laços de sangue, a família constrói-se com laços de amor, respeito, amizade, compreensão e tolerância.

Chegou a vez do Gonçalo:

“Filho, o que é para ti a família?” -perguntei.

“És tu, o pai, os avós, os primos…” - enumera ele.

“Muito bem!” - elogio, aproveitando a deixa para lhe explicar que as famílias são de diferentes tipos e tamanhos.

Há famílias constituídas por uma mãe e um pai, por duas mães ou dois pais, por apenas um pai ou uma mãe, por madrastas e pa-

drastos, por famílias adoptivas e de acolhimento. Pouco importa o género e o número. O importante é a qua-

lidade das relações familiares.

Porque o que faz uma família é, na verdade e unicamente, o Amor. Um amor traduzido em eternos gestos de afecto. Um amor incondicio-nal que nos eleva enquanto seres humanos e nos obriga a ser mais e melhor.

“Um amor como o nosso que vai daqui até à Lua?” -questiona o Gonçalo.

cai-me uma lágrima ao mesmo tempo que esboço um sorriso: “Hum… acho que o nosso amor já ultrapassou a

Lua. É tão grande, tão grande que já nem me cabe no coração!” -respondo em tom de brincadeira.

“Queres que guarde um bocadinho aqui no meu bolso?” -prontifi-ca-se na ingenuidade dos seus 3 anos.

Solto uma gargalhada: “Claro que quero! Quero que o guardes sempre junto a ti!”.

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FliGht oF hoPehá 4 anos a levar uMa nova

esPerança atÉ áFrica

POr inês Pereira (TEXTO)

Há quatro anos que um grupo de amigos, pi-lotos de aviação comercial, decidiram per-correr os céus até África para realizar uma expedição humanitaria. Este mês partem para mais uma aventura. Pedro Venâncio, um dos mentores do projecto, contou tudo à Her Ideal.

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Foto

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O que é o Flight of hope?O Flight Of Hope 2013 será a quarta expedição aérea humanitária, que tem como finalidade a doação de bens escolares e bens des-portivos pela região da África Austral, sempre com Moçambique como o alvo central. Pela primeira vez, a doação será exclusiva nos bens mencionados, pois nas três edições anteriores foram distri-buidas em Moçambique perto de 10 toneladas de medicamentos (antibióticos, anti-retro virais e material cirúrgico).

como surgiu?Surge em 2002 numa conversa de cockpit entre mim e o Carlos Fernandes num voo de Dakar para Lisboa. Ao sobrevoar o deserto do Sahara às 3h da manhã, com uma lua completamente cheia, comentámos a espectacularidade da paisagem que estávamos a ver e como África era um continente majestoso...Carlos falou-me que nascera em Mutarara, Moçambique, e eu disse-lhe que tinha trabalhado muito perto em Quelimane, Moçambique. depois de algumas considerações sobre as magníficas paisagens deste país à beira Índico plantado, resolvemos fazer uma Volta Aérea a Moçam-bique, levar alguns media e usar os pequenos aviões para mostrar às pessoas em Portugal e na Europa que Moçambique era e é um país óptimo para fazer férias devido aos seus magnificos recursos naturais e, assim, estariamos a contribuir para o desenvolvimento do país através do turismo. A ajuda a um país não se faz somente por uma ajuda directa, mas também por um criar de situações que possibilitam essa mesma ajuda. com toda a preparação para a Vol-ta Aérea a Moçambique, que só aconteceu 5 anos depois, 2007, surge a oportunidade de podermos carregar 1 tonelada de medi-camentos, o que aconteceu coordenado com o Ministério da Saú-de de Moçambique e assim passámos a denominar a expedição aérea de humanitária.

Porquê áfrica?devido ás ligações que tanto eu como o carlos Fernandes temos a Moçambique e à nossa paixão por este continente.

Foi fácil organizar toda a estrutura?Longe de ser fácil. A logistica para um projecto destes é enorme, ou seja, adquirir os aviões mais fiáveis possiveis, que só é possivel na África do Sul, depois há que fazer o planeamento da rota e o cálcu-lo do combustível. Neste capítulo, não existe este tipo de combus-tivel (avgas100LL) em qualquer local, por isso e por vezes, temos de coordenar com as autoridades locais a colocação de tambores de combustivel em pleno mato, agora imagine isto em África. Além destes factores todos, existe ainda o problema de coordenar a rota e o já mencionado abastecimento de combustível com os locais nos paises com alfandega, pois em África existem fronteiras ao contrá-rio da Europa onde esta prática há muito deixou de existir.

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É fácil conseguir patrocinadores?É sempre muito difícil, mais a mais nos dias de hoje e perante a gra-ve crise economica que assola não só Portugal mas também toda a Europa. Este ano temos como patrocinadores a TAP PORTUGAL, a URBANOS.PT (SAPO MZ, MASCOM e MTC), VISABEIRA, RANI e FPF (Federação Portuguesa de Futebol) que com algum esforço se associam a este ambicioso projecto.

É fácil entrar em alguns países com esta ajuda?Sim, o transporte desta ajuda que levamos a bordo dos aviões é sempre coordenada com as autoridades locais e com o poder cen-tral dos países.

Qual é a melhor recompensa de se participar nesta aventura?a principal é o facto de levar uma ajuda, uma mão amiga a locais remotos no meio do mato onde só um avião do tipo dos que nós levamos consegue chegar. Ficamos sempre com uma sensação de que por mais ajuda que levemos, nunca será suficiente para supri-mir as necessidades no terreno. Ver as crianças a sorrir para nós é o auge e o objectivo desta expedição. Depois temos as recompensas do tipo de voo que fazemos em Africa, voo em liberdade perante um cenário idilico....isso altera-nos o estado de espirito e ajuda-nos a enfrentar o quotidiano na Europa, direi que existe sempre uma recompensa humana e uma recompensa pessoal/profissional.

Partilhe connosco um episódio mais marcante em termos emo-cionais. Em 2011 no interior Norte da Namibia visitamos uma escola básica em que os alunos (200) se dividiam por 3 salas de aula e por cada mesa teriam aí uns 35 alunos, amontoados sem condições abso-lutamente nenhumas. Esta escola, tinha o telhado partido, não ti-nha janelas e por isso exposta à metereologia, os alunos estavam descalços e com pouca roupa e dividiam entre eles os cadernos de

trabalho e os livros, os poucos que existiam...mesmo perante este cenário, as crianças demonstravam uma vontade incrivel de apren-der e estudar!! Marcou-nos muito esta visita. e uma peripécia...A peripécia aconteceu em 2007 com o meu avião , Cessna 172 (mo-nomotor), teve uma falha de motor sobre o rio Zambeze na zona de Tambara em Moçambique e tive de aterrar de emergência no mato perto de uma aldeia. apesar do susto, tudo correu bem e fomos afavelmente recebidos pela população local. reparámos o motor com o nosso mecânico, que vinha noutro avião e que aterrou no mesmo local não preparado para me ajudar, assim como todos os outros 3 aviões que me acompanhavam em 2007, demonstrando uma camaradagem e espírito de equipa enormes.

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lisá taMiris EDITORIAL DE MODA

Giulietta

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Fotografia | Video: Jael Guerreiro Edição Video: Jael Guerreiro

Edição Fotografia: Lisá TamirisStyling | Produção: Lisá TamirisHair: VictorPicardoHairstyling

Surfboard: Plânctonautomóvel: Fernando Beirão

Modelo: Lisá Tamirisapoios: ivo afonso & arão Guerreiro

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Vestido: 85€Bikini: 67€

Mala de Palma: 35€Prancha Plâncton Surfboards : 340€

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“Já faz calor para vestir as peças Lisá Tamiris.”

O editorial Giulietta apresenta alguns dos últimos trabalhos de Lisá Tamiris através das colecções SungaDela e Flor de Praia 2013.

Lisá Tamiris, normalmente conhecida por ser uma fashion designer e fotógrafa orgulho-samente algarvia não se resume a uma só pessoa. Por trás da marca Lisá Tamiris e além da mente criativa de Lisá Guerreiro há uma equipa de profissionais de várias áreas como por exemplo Jael Guerreiro na criação audio-visual e suporte fotográfico e Arão Guer-reiro na gestão. A marca valoriza em grande medida as artes tradicionais e o potencial armazenado nas mãos experientes de senhoras que ainda são mestres de técnicas que se estão a perder como o tricot e o crochet.

Estas técnicas podem ser vistas nas colecções Flor de Praia e em algumas aplicações das colecções de bikinis SungaDela, as colecções de moda praia que mostram o estilo Lisá tamiris.

Flor de Praia é uma colecção de vestidos e blusas exclusivas. O que a torna tão especial não são só os seus detalhes e a variedade de cores, mas também o carinho com que é criada. cada peça é um concentrado de horas, dedicação e afecto.

A colecção de bikinis SungaDela é composta por bikinis com padrões bem coloridos e de formas apelativas que fazem o gosto do público jovem por causa dos seus modelos, formas ousadas e também das suas diversas aplicações. Os bikinis são a combinação perfeita para usar com as Flores de Praia e com as Malas de Palma.

Este editorial é uma apresentação com várias peças deste ano, entre elas um vestido Flor de Praia, alguns bikinis SungaDela e uma Mala de Palma, recordando que o Verão já está aqui, o que convida a vestir as peças Lisá Tamiris.

A realização deste editorial teve o apoio de Plâncton Surfboards, VictorPicardoHairs-tyling e Fernando Beirão.

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ajude-se a siPróPria

acreDite que teM sorte

POr ivo Dias De sousa (TEXTO)

O doutor richard Wiseman descreve (no seu livro “O Factor Sorte”) uma experiência com pessoas que se consideravam, à partida, com sorte ou azar.

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as pessoas que participam na experiência foram convidadas para irem a um pub. Quando um dos participantes na experiência se aproximava do pub era colocada uma nota de 5 libras próximo da porta de entrada sempre no mesmo sítio.

a maioria das pessoas que consideravam ter sorte apanhou a nota de cinco libras. Já pessoas que se consideravam azarentas, na sua maioria, não viram a nota de cinco libras.

Esta é uma experiência entre muitas outras que confirma o se-guinte: a forma como vemos a realidade, influência o que obte-mos dela. Contextualizando, se acreditamos que é fácil encontrar pessoas interessantes teremos mais facilidade em encontrar gente com essas características. O mesmo se passa se acreditar-mos que a realidade está cheia de pessoas desonestas ou de boas oportuni-dades, entre muitas outras hipóteses.

Os nossos cérebros funcionam de uma forma muito curiosa: pro-curam encontrar provas para confirmar o que já pensam. Desta forma, os nossos cérebros têm maior facilidade em ver o que está de acordo com a nossa visão do mundo. Por exemplo, se acredita-mos que determinada pessoa se porta mal, teremos mais facilida-

de em ver tudo o que apoia a nossa ideia inicial. O inverso também é verdade: se acreditamos que alguém se porta bem, vemos mais facilmente o que confirma isso.

No caso da experiência do Doutor Wiseman, foi mais fácil para as pessoas que se consideravam com sorte, ver a nota de cinco libras à entrada do pub. Assim, a maioria dessas pessoas apanhou a nota de cinco libras, o que confirma a sua visão do mundo. Por sua vez, encontrar a nota de cinco libras ia contra a visão do mundo das pessoas que se consideravam com azar. Dessa forma, tinham mais dificuldade em ver a nota de cinco libras no chão - ia contra o facto de pensarem em si mesmas como azarentas.

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Nós vemos um mapa do mundo, não o mundo.

rosamund stone Zander e Benjamin Zan-der (the art of Possibility)

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A forma como vemos o mundo à nossa volta é importante. Se não acreditarmos que existem boas oportunidades disponíveis à nossa volta, teremos dificuldades em as notar mesmo que passem a um palmo do nosso nariz. Por sua vez, se acreditarmos que existem boas oportunidades disponíveis à nossa volta, teremos mais facili-dade em notá-las.

Escolha ver o mundo e a sua vida de uma forma optimista. Escolha, por exemplo, pensar em si própria como uma pessoa com sorte e feliz. O seu cérebro irá trabalhar, 24 horas por dia para si, a en-contrar provas que confirmem o que já pensa. Ou seja, passa a ter maior facilidade em encontrar as situações e oportunidades que contribuem para ter mais sorte e ser mais feliz.

Sugiro que faça um esforço nesse sentido pelo menos por três se-manas seguidas.

ajude os outros, mas comece por si.Richard Wiseman é professor de Compreensão Pública de Psico-logia da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido. Começou sua vida profissional como mágico, antes de se formar em psico-logia pela University College London e obter um Ph.D. em psicolo-gia pela Universidade de Edimburgo.

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MoDa

POr aleXanDra Brito

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Must have

Blazer Zara 59,95 € Vestido Zara 39,95 € Calças H&M 29,95 € Sandálias Blanco 15,90 € Mala Accessorize 49,90 €

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tenDências

Saia Mango 39,99 € Top Blanco 17,99 € Vestido H&M 9,95 € T-shirt Blanco 9,99 € Calças Zara 29,95 € Mala Mango 24,99 € Calçoes Zara 22,95 €6

Tons Pastel

 

 

 

 

 

 

 

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Globe(preço sob consulta)

Camisa Zara 29,95 €Saia Mango 39,99 €Fio Accessorize 13,90 €Sandálias Mango 15,99 €Mala Acessorize 44,90 €Pulseiras H&M 4,95 €

look hiPPie chic

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Top Zara 29,95 €Mala Parfois 24,99 €Relógio CK 239,00 €Calças Mango 17,99 €Lenço Accessorize 28,90 €Sandálias Zara 45,95 €

look Branco total

Purificación Garcia(preço sob consulta)

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Page 29: Her Ideal nº 14 -  Junho13

Liu Jo(preço sob consulta)

Casaco Zara 39,95 €Top Zara 29,95 €Mala Accessorize 49,90 €Calções Blanco 25,99 €Relógio Swatch 112,00 €Alpercatas Blanco 15,99 €

look jeans

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Acontece-me vezes sem conta. Entro para o carro e tenho vonta-de de só me deter quando a vontade mandar. “Até onde chega-rias hoje?”, Pergunto-me. “E se tivesses um mês? Que paisagens darias aos teus olhos, que sensações aos teus sentidos?” Pergun-to-me que tamanho tem para mim o Planeta. Pergunto-me se me assusta a ideia de o explorar.

atÉ onDe cheGarias hoje?

crÓnica dE ana aMoriM Dias

EScritOra

anaamoRimDias.bLogsPot.Pt

oPinião

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Em termos factuais há quem corra o mundo, em constante mo-vimento por países e continentes, e há quem viva toda a vida em vinte quilómetros quadrados. Parece-me lógico que, para os pri-meiros, o planeta seja um lugar maneirinho, que se atravessa em questão de horas. “Vou só ali a Xangai”, “P’rá semana estou no Peru”, “Voltei ontem de Moçambique”, são frases de uma tal di-mensão que nem dá para as medir. Para os que vivem no circuito fechado que os seus olhos alcançam, o Mundo é desmaiado gran-de e perigoso para se pensar sequer em ir para o desconhecido.

também há quem queira ir e só sonhe. a falta de dinheiro, tempo, coragem ou liberdade po-

dem ser os seus travões, mas no fundo sabem que o Mundo está todo ali,

e pode ser que algum dia o des-cubram. Para estes o mundo é

grande. Tão grande e fantástico quanto os seus sonhos.

Que tamanho tem, afinal, o Mundo? Para os outros não sei bem, para mim não tem tamanho, vai para além de tais medidas.

Vejo o Planeta como um grande parque de diversões à disposição da minha escolha e prazeres. Vejo o Mundo como uma bolinha en-cantada de intermináveis surpresas. Vejo-o pelos olhos de quem já viu bastante e sabe que verá muito mais. Porque a vontade conta e constrói a sorte. Porque a projeção e a lei da atração funcionam. E eu sei muito bem como.

Entro para o carro e pergunto: “Até onde chegarias hoje? E se ti-vesses um mês?”. Um dia destes respondo-me. E depois volto. Para contar as estórias. Para abraçar as crias. E para voltar a repousar uns tempos, de olhos postos no Mundo, enquanto planeio devorá--lo de novo.

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celeBrar o Bairro

POr helena rocha (TEXTO) E huGo olivença (FOTOGRAFIAS)

Junho é o mês em que o sol se decide a fi-car e, em jeito de celebração, é também si-nónimo de festa e de cor. Uma época carac-terizada pelos arraiais, festas e sardinhadas. E nada melhor para celebrar a chegada do Verão como os bairros, onde se vive este es-pírito com toda a tradição. nesta estação o Bairro tem outra dinâmica. Há mais gente e, aqui e ali, vive-se de forma intensa, as ruas estão cheias de novidades e de cheiros.

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Este ano, um dos bairros mais emblemáticos e antigos de Lisboa celebra 500 anos. Falamos do Bairro Alto que começou a ser cons-truído, imagine-se, no século XVI. Hoje é um bairro habitacional, que se transformou, nas últimas três décadas, num dos pólos de diversão nocturna mais procurado por portugueses e estrangeiros. Para assinalar esta data, vão ser realizadas actividades promovidas pela associação de Moradores do Bairro alto. a ideia é demonstrar que este local não é apenas um sítio de entretenimento nocturno, mas também um local de património e cultura, rodeado de histó-ria e monumentos. as celebrações incluem espectáculos de dança, música, teatro e congressos culturais. Vão prolongar-se até Dezem-bro de 2013, ocasião da data oficial dos 500 anos.

no Bairro respiram-se as galerias de arte, as livrarias e, predomi-nam, as pequenas lojas que misturam a moda com tendências al-ternativas. A dinâmica de hoje não é muito diferente de há alguns séculos, onde prevaleciam também as tertúlias de liberais e repu-blicanos. Sendo ainda o bairro que acolheu o autor do primeiro dicionário português e viu os jesuítas a cultivarem os seus conhe-cimentos. nas ruas de pedra sobrevive ainda a marca de grandes intelectuais, nomeadamente, Fernando Pessoa que ali faleceu.

chegou a ser conhecido como Vila nova de andrade e os seus edi-fícios conseguiram sobreviver a inúmeras mudanças, inclusive ao terramoto de 1755. Conservando, no entanto, uma arquitectura singular de pedra e cal, caracterizada pela regularidade métrica dos sublinhados das suas molduras e esquinas.

Foi palco de importantes jornais no século XiX e parte do século XX. Relembrados agora pelo nome das ruas: “ Diário de Noticias” e “Imprensa Nacional”. Chegou a ser lugar de tascas, de marinheiros

de má fama e de prostituição.

O renascimento do Bairro aconteceu na década de 80 e foi aqui que a noite ganhou a expressão dos dias de hoje. A sua diversidade de bares, restaurantes e casas de fado tornou-o numa das zonas mais solicitadas e únicas de Lisboa. De dia uma aldeia onde todos se conhecem e à noite cosmopolita e boémio.

Viver ou trabalhar ali é uma forma de estar e é considerado ten-dência. Actualmente, há cada vez mais lojas, ateliers, cabeleireiros e espaços alternativos. Presentemente tem cerca de 6000 habitan-tes, maioritariamente idosos e jovens que, com certeza, garantirão a sua continuidade.

chegou a ser lugar de tascas, de marinheiros de má fama e de prostituição.

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carlos viDiGal jr.

EDITORIAL DE MODA

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Fotografia: Carlos Vidigal Jr.

Assistente de Fotografia | Produção: Patrícia Lobato

Makeup: Idília Gonçalves

Hair: Sónia Sousa

Modelo: Helena Rocha

roupeiro: Produção

Estúdio: cVidigal Studio

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quanDo a inteGração É reFerência na euroPa isso É…

«esColhas ViVas»POr susana helena De sousa (TEXTO)

Há um sol que brilha numa casa especial da cidade iluminista de Vila real de Santo antó-nio, no algarve. O nome desse lugar é «Esco-lhas Vivas», ajustando-se, de forma sublime, à causa da integração.

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Este projeto social tornou-se em 2012 uma referência de boas práticas na Europa, integrando, assim, um grupo limitado de proje-tos que diariamente se dedicam a promover a integração de crian-ças, jovens e de todas as comunidades minoritárias. Facilidades aqui não existem, o que não significa uma visão derrotista da tare-fa; pelo contrário. Nuno Pinto Ribeiro é o coordenador deste proje-to - que integra o programa nacional «Escolhas», integrado no alto comissariado para a imigração e diálogo intercultural - e, sendo um ativista dos direitos humanos, enverga uma vontade infinita de lutar contra as adversidades. O sorriso é-lhe característico, mas o inconformismo também!

Em VRSA o projeto que lidera trabalha temáticas como o combate ao abandono e absentismo escolar, bem como o diálogo intercul-tural. a inclusão pela arte é o mote para a integração e por isso os processos criativos de desenvolvimento de competências, como a dança, por exemplo, têm ganho adeptas, e adeptos, determinados a ir bem longe, havendo mesmo quem já tenha partido para o su-cesso. “Foi o caso de uma bailarina de etnia cigana que descobriu o seu talento e está neste momento numa conceituada academia de dança internacional”, conta-nos Nuno, orgulhoso, apesar de admitir que as dificuldades financeiras que também assistem ao «Escolhas Vivas» fá-lo enfrentar a dura tarefa de, por vezes, fazer

omoletes sem ovos.

As aulas de dança sevilhanas acontecem graças à disponibilidade generosa da bailarina e coreógrafa espanhola Gracia Diaz que en-sina “uns passitos de dança”, mas que também impõe uma forte personalidade que inspira confiança e esperança para os sucessos da vida. “Sem dúvida que o grupo de Sevilhanas tem sido o meio mais eficaz para o diálogo intercultural entre os cerca de 500 uten-tes do projeto”. As crianças e jovens são as estrelas nas atuações, arrastando para a plateia familiares, amigos e vizinhos que vão en-tabulando conversas de circunstância que depois se transformam em pretexto para mais encontros, alimentando os objetivos comu-nitários do «Escolhas Vivas».

Durante o dia a itinerância marca as rotinas da maioria dos técni-cos do projeto, mas no período da tarde, depois das aulas, a sede desta casa especial abre as suas portas para todos e ali afluem em média 40 crianças que à entrada trocam olhares tão fugidios quan-to extasiantes com a alegria do reencontro para mais uma jornada de brincadeira, apoio ao estudo e de preparação para serem me-lhores homens e mulheres num futuro que está próximo.

(...) ali afluem em média 40 crian-ças que à entrada trocam olhares tão fugidios quanto extasiantes...

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O «Escolhas Vivas» neste concelho da ponta a sotavento do algar-ve vai para o sexto ano de existência. Apesar do consórcio que su-porta o projeto ser constituído por inúmeras entidades o dinheiro é escasso, sendo que a maior carência do «Escolhas Vivas» são os recursos humanos especializados. Em Janeiro surgiu uma «lufada de ar fresco» com a aquisição de um animador comunitário. “Veio ajudar muito”, confirma o responsável, denunciando, ainda assim, que seriam precisos mais braços e pernas nesta caminhada pela integração.“Apesar de tudo tem sido possível aumentar a interven-ção, nomeadamente nas escolas onde os jovens são acompanha-dos em contexto de sala de aula”. Nuno explica que se trata de um acompanhamento personalizado para quem mais precisa de apoio à concentração, motivação; de modo a travar na raiz a desistência dos estudos.

Já acompanharam, até aos dias de hoje, três mil utentes. Entre crianças, jovens, mas também adultos a quem ministram aulas de alfabetização e informática. Ser um projeto de referência na Euro-pa dos 27 é “uma honra”. Mas para Nuno, depois do impacto inicial desta distinção, que entusiasma e fortalece a confiança, ser-se re-ferência é “mais responsabilidade” para não deixar retroceder um trabalho que tem já um longo caminho feito.

a autoestrada já foi construída e é desejável que se mantenha sem portagens para que o que tráfego da integração não se desvie para uma qualquer rua da indiferença.

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Utilização de acessórios, feitos à mão dão um toque de origi-nalidade ao penteado. rendas, Flores coloridas, Jóias e chapéus Vintage bem ao estilo ano 20

Apanhados e Penteados são intemporais, mas um cabelo solto traz leveza e liberdade.

Tranças e mais Tranças para um Look descontraído e romântico.

Em Grande destaque estão os penteados anos 50, acompanhados do Véu Gaiola, transmitindo elegância e sofisticação.

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vestiDa Para casar

POr inês carvalhal

Se este ano está à procura do vestido de ca-samento perfeito parabéns! As rendas, as mangas e o glamour de Hollywood invadi-ram as passerelles dos grandes criadores e deixaram-nos com tendências fantásticas e imensamente apetecíveis para o momento da subida ao altar.

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Glamour de HollywoodO glamour do look de noivas, clássico dos anos 20 desdobra-se numa imensa variedade de silhuetas por isso, não se deixe intimi-dar e experimente-o.

rendaUma pitada de tradição e uma flute cheia de romance: renda-se. desde que Kate Middleton pisou a abadia de Westminster em abril de 2011 com um vestido de renda Alexander McQueen, estilistas e marcas como Marchesa, Monique Lhuillier ou Ines di Santo, e noi-vas por todo o mundo decidiram fazer vénia à sua escolha e apos-tar também na renda. A renda é um tecido versátil, que pode fun-cionar tanto para vestidos clássicos e tradicionais, como ser usado em propostas mais modernas e trendy. Seja qual for a sua escolha, o romantismo estará garantido!

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ilusãoAs linhas ilusórias na zona do decote e pescoço são um hit este Ve-rão. Estas podem ser subtis e suaves, ou podem ser complementa-das com brilhos e pedrarias para um visual mais over the top.

FloralA tendência bucólica das flores invadiu as passerelles do mundo e conquistou os looks girly e lady like.

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BlushCores como o azul, o amarelo e o cinzento, foram uma tendência nas passerelles deste ano. Mas nenhuma cor conseguiu alcançar a doçura e a proeminência do blush. O truque? Procurar o tom que mais se adeque ao seu tom de pele.

Mangasas mangas podem ser interpretadas como modestas ou podem ser tão sexy como um vestido de noiva sem costas ou sem alças. Pro-cure por renda ou adornos florais – ou até mesmo pedrarias - e confira assim, às mangas um toque do seu estilo pessoal.

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a Flor Da PeleanDe o verão Por onDe anDar, no

s. joão há-de Chegar

SUGESTõES DE eMMe (TEXTO E FOTOGRAFIAS)

E não é que chegou?

Olá sandálias coloridas, algodão leve, vesti-dos soltos e frescos. O calor veio para ficar e podemos finalmente transferir o guarda rou-pa invernoso lá pró fundo do armário e ocu-par as gavetas com o triplo da tralha em me-tade do volume. não sou grande fã do calor, mas gosto da leveza do Verão.

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de não ter de carregar quilos de roupa atrás, a ausência de golas felpudas que nos trepam pelo pescoço e os pés livres numas sandálias que facilmente se descalçam para aproveitar e sentir a relva ou areia da praia.

O Verão é leve até na comida. as sala-das, os sumos de fruta fresca e os gela-dos.

Tudo parece mais fácil. A casa fica mais confortável. Os minutos livres, parece que duplicam para aproveitar o sol.

Mas o verão é também demasiado re-velador. as mangas encolhem e os bra-ços aparecem ainda brancos e baços. as pernas pedem saias e calções, mas sem uns dias de praia, parecem de cera.

O inverno tapou-nos. Esconde-nos sob camadas e camadas de roupa. E eis que acordamos, depois de longos meses de hibernação em edredons e casacos de lã, para os dias em que quanto menos roupa melhor.

Nestes primeiros dias de cheiro a verão e luz intensa, o espelho lá de casa atrai-me mais. não sei porquê. Mas, rapidamente, percebo que é um “chamamento envenenado”. Quanto mais me aproximo, mais descubro que a pele do corpo está desidratada, que o cabelo está sem graça nenhuma, que afinal tenho muito mais borbulhas do que as mil e 27 que julgava ter.

no fundo o espelho prova-me ali, sem sombra de dúvidas, que de inverno desenvolvo uma espécie de miopia que me impede, du-rante meses, de reparar no estado lastimável em que estou.

Depois, claro está, corro à gaveta, de-senterro todos os exfoliantes que com-prei e nunca usei e uso-os todos num só banho, acreditando num acto de fé que irão funcionar como se os tivesse usado regularmente. Ora uma vez por semana, vezes 6 meses... bom... é sim-ples, basta fazer movimentos circulares ascendentes e descentes durante umas 30 mil vezes e dá!

ah, e claro, devem estar a perguntar: e essa matematicazinha questionável também se aplica ao anti-celulite?

E a minha resposta é : sim!!!!!Basta mais uma vez, muita fé... multiplicar todas as manhãs e noites ao longo de todo o lon-go inverno e concluir que aplicar todo o frasco do creme de uma só vez, equiva-

le a 10 anos de ginásio regular. Tudo no sitio!

nesta minha luta inglória contra as imperfeições que o sol de Verão deixa à vista (e que desconfio, de ano para ano vão aumentando...) aquela que mais óbvia se torna ao espelho, são as pequenas bor-bulhas, poros dilatados e pontos negros, que no Verão parecem não tirar férias na minha cara.

O calor transforma qualquer creme de dia em óleo, todo o protec-6

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tor solar em manteiga e a pele do meu rosto fica de repente mais suja do que nunca. a minha não permite descansos. E se de inver-no uso um corrector e um pó matificante e tudo parece disfarçadi-nho, no Verão quanto mais cremes ponho no rosto, mais ele pare-ce dizer-me que não é por aí o caminho.

No Verão, a minha pele também pede leveza. Quanto menos, me-lhor. Digo-vos por experiencia própria, protector solar 50, de pre-ferência com cor e pouco mais. Mas para combater tudo o que durante o dia se acumula na pele, sinto que preciso de um aliado mais determinado do que eu. acho que o descobri.

Num tubinho pequenino, a La Roche Posay escondeu um produ-tinho miraculoso, que promete combater as imperfeições. A pa-lavra que se lê na embalagem do Effaclar Duo- assim se chama o produto- é desincrustante! O que a mim, me remete de imediato para picaretas e jactos de água a pressão a tentar limpar a sujidade agarrada em frigideiras esquecidas no lava louças durante umas férias!!!

Um horror!

desincrustar não me soa nada bem mas a verdade crua é essa: é isso que este creme faz. E faz bem. Com uma textura mais de gel, o Effaclar Duo é indicado para limpar poros e eliminar as imperfei-ções do rosto. Mesmo as mais severas. Pode aplicar-se duas vezes ao dia. E enquanto vai actuando vai fazendo uma pequena exfolia-ção. O resultado nos primeiros dias pode ser um bocado estranho. Talvez mais borbulhas do que tinham quando começam a aplicar o produto. Mas no meu caso, nem aconteceu assim muito. E, pas-sadas umas aplicações, a pele fica mais lisa, homogénea e com os poros mais disfarçados.

não sei se é ou não novamente um acto de fé, mas parece-me real-mente mais limpa em profundidade. Este gel, segundo a própria marca, combina 4 componetes activos na luta contra dois grandes inimigos:-a niacinamida e a piroctona Olamina (quem é que dá estes no-mes, meu DEUS!!!!) que previnem as borbulhas ao impedirem o desenvolvimento microbiano.- O ácido linoleico e o L.H.A que ajudam a eliminar células mortas da superfície da pele e com isso a desobstruir os poros.

como a minha pele é sensível e, ainda que a marca francesa esteja vocacionada para este tipo de pele, confesso-vos que não tenho usado o creme durante o dia. Prefiro usa-lo à noite e no dia seguin-te uso sempre protector solar de índice elevado. tenho sempre al-gum receio do efeito do sol quando se usam produtos mais “agres-sivos” tipo “ácido qualquer coisa”. Mas até aqui não tive qualquer reacção. a pele parece adorar. E na blogosfera há até quem jure a pés juntos que até para quem tem acne adulta, é um aliado indis-pensável.

Garanto-vos que, no meu caso, é uma ajuda importante. de ma-nhã nota-se a diferença. E bem! Outra boa noticia que tenho para vos dar! O preço, pois então. Custa 10 euros! Sim, isso mesmo, 10 euros.

Faltam assim desculpas para não declarar guerra às imperfeições?!Sobretudo agora que os dias são maiores. A luz é mais intensa. Os espelhos parece que se atravessam à nossa frente... E ninguém quer fazer má figura!E afinal, é Verão. O que pode haver de imperfeito nisso?

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O crime de violência doméstica, tem vindo a adquirir especial re-levância na sociedade portuguesa, não porque esta tenha ficado embrutecida, mas porque no mundo do crime - vá-se lá saber porquê - também surgem momentâneos destaques, que repenti-namente se tornam moda. Já muito e muitos, se debruçaram sobre o tema, abundando os livros, estudos e artigos que tratam deste assunto, no entanto, a maioria desses manuais, limita-se a um conjunto de citações, notas de rodapé e jargão pseudo-técnico, com o qual procuram conferir uma aura de rigor científico, aos delírios inovadores de quem os escreve. São raros os autores, que apresentam uma teoria plausível, para justificar esta súbita preocupação social, que nasceu e cresceu sob a luz mediática de certos casos, e não pelo agravamento real do fenómeno. todos falam do rio que é violento, mas ninguém fala das mar-gens que o apertam.

a violência (da justiça) DoMÉstica

crÓnica dE luís Pinto Da silva

ADVOGADO

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O velho adágio, entre marido e mulher, ninguém meta a co-lher, é hoje uma realidade ultrapassada, pois tratando-se de crime público, após a denúncia, de nada vale à vitima querer desistir, sendo instaurado o correspondente procedimento criminal, inde-pendentemente da sua vontade.

Tudo funciona como se após a queixa o Ministério Publico, ficasse detentor de uma “verdade revelada” que nenhum facto posterior jamais poderá beliscar. Foi a solução encontrada pelo legislador, para impedir que a vitima mudasse de ideias, sucumbindo à pressão exercida pelo agressor. no entanto conferir ao Ministério Público, o direito de se imiscuir na intimidade de um casal, é quase como permitir a entrada de um elefante numa loja de cristais, dando sempre lugar a funestos efei-tos e inúmeras injustiças com estragos irreversíveis. como é obvio o Ministério Publico, não tem qualquer sensibilidade ou critério para determinar se existe o desejado equilíbrio numa relação, actuando na mais profunda cegueira, fazendo uso de uma a malha estreita com a qual apanha todo o tipo de peixe. alguns erros são falta de vocação, mas outros revelam deliberada má-fé e consistente recusa, em tomar conhecimento de factos di-vergentes. Por isso é que a criminalização da violência doméstica, se tornou um pau de dois bicos, cujos efeitos podem ser perversos, pois ain-da que custe dizer e ouvir, nesta matéria existe alguma verdade, mas também muita ficção.

São frequentes as falsas vitimas, que se queixam apenas por mera irritação, procurando exercer represálias sobre o cônjuge, punin-do-o pelo ciúme e rejeição que sentiram em determinado momen-to das suas vidas. Mas esta realidade nunca alcançará o já indignado magistrado, que se inclinou para a versão condenável, fruto da “íntima convicção” que formou a montante, previamente fechada a outros possíveis cenários que facilmente a decomporiam.

Concluem muitas vezes sem reflectir, como estivessem presos num espartilho que condiciona o seu raciocínio, acabando sempre por condenar o mafarrico de serviço, como só isso lhes mantivesse a ilusão de que se fez justiça. na jurisprudência os acórdãos citam-se um aos outros em círculo vicioso, repetem “ad nauseam” os mesmos argumentos num con-tágio, cego e alarmista, pejados de teorias mancas e de suposi-ções, cuja natureza persecutória e falta de rigor, transformaram muito boa gente em perfeitos criminosos.

O perigo, é que tanta parvoeira, conduza à banali-zação do problema, permitindo que tão ingé-nuas e temporárias medidas, destruam de forma permanente todas as conquistas que afinal pretendiam defender, sa-crificando toda a relevância que o tema já tinha adquirido no quadro da preocupação social. resta-nos a esperança que de erro em erro, alguma verdade se aprenda.

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lenços Para Doentes

oncolóGicasPOr inês Pereira (TEXTO E FOTOGRAFIAS) E helena rocha (TEXTO)

Porque a Moda é importante, porque a mu-lher precisa de se sentir bonita em qualquer altura, mais ainda quando a sua vida é con-frontada por uma obstáculo, porque todas nós precisamos de nos sentir especiais.

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É nos momentos mais dificeis, como os de uma doença oncoló-gica que é preciso levantar a auto-estima e fazer da beleza arma de defesa para os dias mais cinzentos.

Inês Carvalhal, stylist e colaboradora da Her Ideal, aceitou um de-safio. Ensinar a doentes do IPO a transformar os lenços em acessó-rios mais bonitos e diferentes, todos os dias.

através da inOdia, distribuidor de uma marca dinamarquesa es-pecializada na elaboração de lenços e chapéus para pessoas com alopécia, a Christine, esteve presente num evento especial no IPO em Lisboa.

Quisemos saber porquê esta marca. “Pelas suas características e materiais utilizados na sua elaboração. Desde logo, sei que a Chris-tine prima por materiais 100% naturais, nomeadamente seda, al-godão, lã e bambu o que confere uma leveza e suavidade ímpar, bem como a proteção e respiração da pele. Por outro lado, a chris-tine tem sempre colecções novas e sazonais o que confere um lado mais leve e lúdico ao processo de escolha, assemelhando-se a uma ida às compras, uma renovação dos acessórios de Inverno ou Ve-rão. não obstante de que, a alopécia está associada ao cancro per si” refere.

A Alopécia é sinónimo da cura, “neste sentido foram oferecidos lenços Christine às utentes, que escolheram de entre diversos mo-delos aquele que consideravam ser o mais adequado à sua per-sonalidade e fisionomia. Variadíssimas, cores, padrões e inúmeras formas de os colocar… Foi uma experiência inigualável!” assegura inês.

“No início da acção, algumas senhoras mostraram-se um pouco re-lutantes em experimentar e “brincar” um pouco com os acessórios, mas com uma ou duas sugestões os sorrisos foram contagiando o hospital de dia e todos os que lá se encontravam. tenho muito pre-sente uma senhora que no início da acção não se demonstrou mui-to aberta a experiências, contudo sugeri que experimentasse um turbante violeta. a senhora adorou e quando o marido entrou no hospital de dia, onde se efectuam os tratamentos, para ver como estava a esposa, chegou perto dela e parou. não conteve a emo-ção, e num tom muito extremoso e comovido disse “é como se nada tivesse acontecido…”.

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“é como se nada tivesse aconteci-do…”

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Os sorrisos foram surgindo tal como inês refere e em poucas horas algumas da utentes até conseguiram deixar de focar o seu pen-samento na doença. Com as dicas da stlylist ficaram a saber que podem usar os lenços com um laço atrás, no outro dia mudar e com uns nós fazer uma flor de lado, ou até mesmo deixar as pontas caídas sobre os ombros. truques simples que permitem quebrar a rotina e mudar de visual todos os dias e adpatar a cada ocasião.

Quanto às utentes, descobriram que usar um lenço é muito mais do que isso, é ficar ainda mais bonita e colocar cor quando o cin-zento teima em tomar conta do estado de espírito de cada uma.

Para Inês Carvalhar, “desta ação ficou de facto, a vontade de fazer mais, e mais vezes, tendo colocado ainda mais em evidência que o factor humano, o carinho e acima de tudo a coragem podem mar-car a diferença na batalha contra o pesadelo que é enfrentar um diagnóstico de cancro. Nas palavras de Arthur Schopenhauer “A Mulher é um efeito deslumbrante da natureza”. Concluiu.

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oceana BasílioESTILO

EntrEViSta dE helena rocha

É natural de tavira. desde tenra idade que manifestava o desejo de ser actriz. Adorava ser filmada e fazer teatrinhos. Fez teatro du-rante algum tempo, porém ficou conhecida com a sua participação na série da TVI “ Mo-rangos com Açúcar”. Neste momento está a gravar intensivamente e diz que não tem tempo para nada. Contudo, mostra-se satis-feita, “adoro trabalhar e sinto-me realizada porque faço o que mais gosto.”

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qual a peça de roupa que não pode faltar no roupeiro?calças de ganga. Qual é o tipo de acessório que faz perder a cabeça?Sapatos. Quanto tempo perde para escolher a toilette?Mais ou menos 10 minutos. No entanto, se for uma ocasião espe-cial talvez um pouco mais. qual a cor preferida?Gosto de todas. saltos altos ou rasos?Gosto mais de usar saltos altos, mas no dia-a-dia uso rasos.

calças ou saia?Depende da situação, mas prefiro calças. como e onde faz as suas compras?Onde calha, não ligo muito a marcas ou gosto ou não gosto! Sou muito prática não gosto de perder tempo a experimentar. Prefiro as lojas de rua. Evito centros comerciais. Maquilhagem todos os dias, ou só quando é mesmo obrigatório?Maquilhagem só quando é obrigatório, mas gosto de me maquilhar. há um estilo definido? ou veste conforme se sente mais confortá-vel?Não tenho um estilo definido, depende da situação, do estado de espírito e dos compromissos para esse dia. Tenho de me sentir con-fortável sempre! hoje em dia há cada vez mais adeptos do shopping online. No seu caso qual é a sua preferência?não sou nada adepta de compras online. aliás nunca comprei nada dessa forma. Gosto mesmo das lojas de rua. É influenciada pela moda, pelas tendências? Não sou de procurar o que está na moda, mas acabo com certeza por ser influenciada, mesmo que inconscientemente. conselhos para as nossas leitoras na altura da escolha. Não perder a cabeça só porque é giro, pensar no que faz realmente falta, para conjugar com outras peças que já tenha. Preferir coisas simples. Às vezes basta um pequeno acessório para fazer a diferen-ça. O importante não é o preço ou a marca. Mas sim sentir-se bem com o que escolhe. Isso faz toda a diferença. Se está segura e feliz a indumentária também brilha. 6

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doces. Bolos. Pastéis. Gelados. Semi-frios. Se fosse possível, não me importava de passar o resto da minha vida a alimentar-me apenas de doces. Punha de lado a sopa, dispensava os aperiti-vos e o prato principal e saltava directamente para a sobremesa. Felizmente, sou sensato ao ponto de saber que se o fizesse não teria muitos mais anos para desfrutar destes simples prazeres.

A gastronomia portuguesa é bastante rica e diversificada. De Nor-te a Sul criámos, ao longo de gerações, inúmeros pratos que quer em tempos de escassez ou abundância, apresentam alternativas saudáveis para nos alimentarmos de uma forma sustentável e nu-tritiva. Todos eles conjugados numa bela coreografia de sabores, difícil de igualar.

Mas como nem só de pão vive o Homem, atrevo-me a retirar do contexto a mal-amada frase de Maria Antonieta e pedir que nos deixem comer bolo. Comecemos então por Lisboa e pelos Pastéis de Belém. com ou sem canela, alguns gostam deles com açúcar, outros preferem-nos ao natural, sem nunca nos esquecermos do café que os acompanha. Fora da capital comem-se Pastéis de Nata e até já existe uma cadeia de fast food chinesa especializa-da em os vender. receita roubada que em nada se assemelha ao segredo bem guardado de uma das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa.

Seguimos então para Sintra e para as suas famosas Queijadas. Bem junto à estação já se sente o cheiro das fornadas acabadi-nhas de fazer. Uma óptima oportunidade para nos sentarmos a apreciar a paisagem desta terra icónica, mas o nosso caminho é longo e ainda agora começou. Continuemos assim a subir até Leiria.

Doce tentação

crÓnica dE aDriano cerqueira

BLOGGER, ESCRITOR, REALIZADOR, MAS, ACIMA DE TUDO, SONHADOR

BLOGUE NOSENSEOFREASON

oPinião

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Façamos um intervalo para provar um Mil-folhas ou para co-nhecer as Brisas-do-Lis, pequenos pastéis de ovos e amêndoa pa-recidos com o Quindim brasileiro. de seguida damos um salto a Fá-tima. Não para lavarmos a nossa alma do pecado da Gula, mas sim para bater à porta da Pastelaria Milano, casa das desconhecidas Estrelas de Fátima. Um pequeno doce de ovos, amêndoa e açúcar capaz de nos levar aos céus.

não. não me esqueci das cavacas mas a viagem já vai longa e aca-bei de chegar a tentúgal. casa dos pastéis do mesmo nome. doces de ovos envolvidos em massa folhada. Que apenas evito comer pois não tarda nada chegarei a aveiro.

decido passar por cá a noite. Passeio na Barra e provo uma tripa de chocolate. Morango, Ovos Moles, chocolate com avelã, amên-doa, e até mesmo alguns chocolates e doces comerciais podem ser encontrados na lista de sabores deste doce parecido com uma Bolacha americana que alguém se esqueceu de tostar.

na manhã seguinte tomo o pequeno-almoço na confeitaria ramos. Em pleno centro de

Aveiro experimento uns Ovos Moles com chocolate que não se encon-

tram em nenhum outro lugar. des-ço a rua até à Pastelaria Veneza

e provo os doces com o mesmo nome dessa cidade italiana. Não fosse Aveiro a “Veneza de Portugal” e a existência destes pastéis, em muito semelhantes às Estrelas de

Fátima, veria a sua origem questionada.

Regresso à viagem. Paro em Ovar de propósito para levar um Pão--de-Ló. Esqueci-me do garfo por isso terei que o deixar para mais tarde. Em Arouca, logo à entrada, entre Trilobites e Conventos, en-contro umas Castanhas de Ovos e umas fatias do Pão-de-Ló local. Húmido e coberto por açúcar, uma única fatia serve entre três a quatro pessoas. Muito bom. Muito doce. Exige-se alguma mode-ração.

atravesso o Porto e sigo para Felgueiras. Em Margaride reencontro o seu tão típico Pão-de-Ló. Mais parecido com um bolo seco, é um bom aperitivo para ser comido com queijo da serra acompanhado de um copo de Vinho do Porto.

Já farto de pães-de-ló vou até Santo Tirso. Entre Jesuítas e Limone-tes não me consigo decidir. Podia dar um salto a Santiago de Com-postela para comer uma torta de amêndoa, mas encontro-me de repente com desejos de alfarroba.

apanho o avião para Faro. Em tavira como uns doces em formato de fruta mas que de saudável pouco ou nada têm. Encontro na al-farroba um excelente substituto para o chocolate e levo algumas para casa, pois a viagem já vai longa e o meu estômago não tem espaço para tanto doce.

Possuímos um rico património gastronómico do qual, estes, são apenas alguns exemplos. A comida portuguesa é um excelente aperitivo para a sobremesa que, quando bem escolhida, permite--nos finalizar uma boa refeição com um pequeno pedaço de céu (seja ele em natas ou não). Ninguém pode viver à base de doces, mas eles dão o mote para uma agradável viagem com um garanti-do final feliz.

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De Marselha Para o alGarve

POr laura raverá (TEXTO E FOTOGRAFIAS)

«a estrada era péssima, mal alcatroada e cheia de buracos. Ou melhor, um género de terra batida com pedaços de alcatrão. Placas caídas e bermas mal cuidadas. as casas tér-reas como nos filmes baseados em sítios des-terrados. Mas ao fundo, o pôr do sol era dife-rente, em vez de azul o céu era cor de rosa, e havia uma calma que nunca tinha sentido: aqui consegue-se ouvir os pássaros.»

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Jean Jacques Ravéra tinha saído do Olympique de Marseille, um dos grandes clubes de futebol de França, foram-lhe dadas opções em clubes de Itália e Portugal. Houve qualquer coisa que o fez es-colher de imediato Portugal, o sul de Portugal. Sentado na areia a olhar o mar que se estende a escassos metros da toalha azul, Jean escolhe como mira o filho Thomas, que se entretém com uma bola de praia, para o ajudar a relembrar os 25 anos passados. «A ideia que tinha era de um sítio menos evoluído, mas com paisagens de praias paradisíacas onde as pessoas passavam os dias calmos.»

Munido de vestígios de pele clara, mas algo marcada pelos verões sentado à beira mar, Jean, agora com 50 anos, ignora o telemó-vel que toca pela segunda vez. Ignora, porque sim, e porque não quer interromper o raciocínio que o recorda a chegada a Portugal, a terra que o encantou, a terra onde decidiu amadurecer, e assim continua.

«Pela primeira vez, tinha visto dunas selvagens. E uma praia onde se podia estender a toalha onde se quisesse. as dunas torradas por um calor tórrido apareciam alternadamente desenhando o cami-nho até ao mar. Mas o Algarve tinha qualquer coisa para além de boas praias e boas temperaturas: as marés.» coisas que quem vê, sem saber, ignora e que, a quem sabe, sem ver, fascina. Pequenas coisas óbvias e de teoria fácil, cuja prática confunde o conhecimen-to e dá encanto aos sentidos. «Que lindas marés…»

«Vinha de Marselha, banhada pelo mediterrâneo, onde o nível do mar pouco ou nada se altera. agora estava aqui, numa praia não concessionada, onde nada se paga, a vê-lo subir e descer […]» numa loucura frenética e cíclica, a ditar livre o tamanho da praia,

ora com rochas, ora sem elas. Sentia, talvez, uma vida selvagem em erupção do nada e para nada, mas com brilho, sobretudo, e em tudo.

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«Foi com 25 anos que cá cheguei para jogar futebol. Vim para o Silves Futebol clube, na altura na segunda divisão, um clube com-petitivo e unido.» Diz com saudade cumprimentando um pescador que passa à beira dele, junto ao mar, indiscutivelmente bem dis-posto mas protagonista de uma cara mal tratada pelo sol, escura e provavelmente chicoteada pelo fenómeno das marés. «aquele fazia parte do grupo que me acolheu como um irmão. Até ago-ra, no futebol, só conhecia amizade como aliada da competição, nunca o contrário» O Cuco, de alcunha, afastava-se para a “zona das rochinhas” mais à frente, e Jean voltou a recuar no tempo. «Silves também era qualquer coisa… Uma cidade silenciosa, mas irrequieta. Não era qualquer um que tinha carro, é verdade, mas o movimento sentia-se de outra forma que não a de ouvir buzinas de carros ou de sirenes de ambulâncias ou bombeiros. Silves era um misto de mar e de campo.» Numa zona recatada, em sentidos múltiplos, a cidade dividia-se entre o rico e o pobre, a esquerda e a direita o verde e o vermelho, o interior e o litoral, um misto do que é Portugal.

«como estrangeiro recentemente contratado, precisava de um sí-tio para ficar. O presidente do clube emprestou-me a casa que ti-nha em frente ao mar, aqui, em armação de Pêra.» Virando-se para trás com um sorriso de orgulho nos lábios, descreve o apartamen-to de olhos postos nele. «Uma vista soberba praticamente planta-da na praia. 50 metros era a distância que separava o parapeito da janela do mar. Era e é. Via-se nítida a baía algarvia que começava em armação e recortava o mar até à Galé.» Adormecer e acordar com uma sinfonia bipartida entre as gaivotas e as ondas do mar era qualquer coisa que ele nunca tinha experimentado.

«Mas Portugal não me encantou só pela geografia. As pessoas eram diferentes. Viviam da porta para fora, eram todas família e os que não eram da terra faziam de imediato parte dela. Nunca hei-de esquecer a dona Esperança do café do clube, ainda hoje a trato por mãezinha. Cuidou de mim como um filho. São pessoas de coração nas mãos, os primeiros a dar e dos últimos a receber. De-feitos? Talvez por isso mesmo: os portugueses tardam a adaptar-se a uma sociedade de interesses.» Prevalece a trilogia “Deus Pátria e Família”, incutida por um regime que eles próprios decidiram inefi-caz mas de onde se deixaram marcar por valores que se tornaram inerentes a uma alma mista, a alma do fado, a alma portuguesa.

«as pessoas encantaram-me, é verdade. as pessoas e uma mulher portuguesa, em especial» assim que Jean inaugura um novo ca-pítulo olha para a mulher, Anabela, de 48 anos. O olhar cúmplice, mas comprometedor do que daqui a nada pensa contar, faz com que Anabela, sabendo do que se trata, revire os olhos e o fite logo de seguida. O livro que lia estendida na toalha amarela, deixa de a aliciar e fecha-se sobre ele próprio quando anabela lhe pousa o cotovelo para ouvir com mais atenção.

«Depois de instalado pacífica e tranquilamente num apartamento fantástico, faltou-me a luz, por causa de uma avaria qualquer, de que fiquei a saber mais tarde. O presidente do clube, Fernando Sil-va, tinha a oficina Renault em Silves, e foi onde me fui “queixar” do problema. assim que chego, por volta das duas da tarde, a cidade estava um caos: tinha havido uma cheia e a oficina estava perto do rio que a decidiu invadir» Anabela sorri, aproximando a toalha do assunto, de onde saltam golfinhos por cima da palavra “Algarve”. A curiosidade para ouvir o relato era meramente especulativa: ela era a protagonista da história.

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«A oficina estava escura de óleo queimado derramado pelo chão de mármore. ao longe vi uma rapariga nova, mais ou menos da minha idade, calculei, a apanhar água ou óleo queimado, para den-tro de um balde, não se percebia bem. Lembro-me como se fosse hoje: nem o óleo que lhe impregnava a pele lhe distorcia a beleza. Uma beleza exótica, diferente. Ela era linda…» Cabelo encaracola-do, típico da época, jardineiras e botas de água pretas, claramente adequadas para a situação. Corpo esbelto, magro, recortado à me-dida. Mas simples, muito simples.

«Mas adiante, o senhor Fernando disse-me logo que ia mandar a filha dele lá a casa ver o que se passava ainda naquela tarde, garantindo-me que o problema ficaria resolvido» Nem o barulho agitado do mar confundia o olhar cúmplice entre o casal que ia aumentando de tensão. «Bateram-me à porta. Fui abrir. Era ela: a filha do Presidente. A que supus ser a empregada da oficina. A rapariga impregnada de óleo de há umas horas atrás…» Quando termina, parece querer mostrar a estupefação da altura: os olhos abertos incrédulos, as mãos também abertas a querer acompanhar a perplexidade e, claro, pondo Anabela numa situação de pujança envergonhada.

anabela hoje é loira, de cabelo liso, natural. Já morena e a cha-mar o verão, a mulher de 48 anos, permanece com traços jovens e felizes, dona de um rosto esculpido e de cariz altivo mas meloso, incapaz de esconder a ternura das memórias que lhe reavivam mo-mentos passados. a imponência doce do olhar misto entre o verde e o torrado, dá, claro, luz verde ao marido para continuar o racio-cínio. «Não sabia se era bom, ou se era mau. Mas apaixonei-me. Foi logo. tratei de a conhecer. começamos a namorar dias depois e [como a altura o exigia] fui falar com o pai dela, não com o “Presi-dente” [ri-se, mas não se envergonha] e disse-lhe que estava apai-xonado pela filha dele. Ele não achou piada nenhuma. Tivemos,

basicamente, o mundo contra nós… Mas amávamo-nos como nun-ca tínhamos amado ninguém. [disse com a maior das certezas] E a verdade é que nos decidimos casar 15 dias depois de nos termos conhecido. Só tive tempo de ir a França avisar os meus pais que já não voltava, avisar-lhes que tinha encontrado a mulher da minha vida, avisar-lhes que tinha escolhido Portugal.»

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Casados há 23 anos, Anabela e Jean estão 24 horas sobre 24 horas juntos e garantem a cumplicidade e o diálogo como os segredos máximos de uma relação. Jean constituiu uma firma associada à renault e o casal passa o verão tórrido do algarve no apartamento onde tudo começou.

«Falar sobre o encantamento de um país sem falar do amor entre pessoas é falar de geografia e nada mais. Viver é relacionar-se com a vida. E a vida é a relação entre pessoas. E as pessoas vivem de amor. E o amor é tudo isso.» Olham os dois para trás em direcção ao apartamento onde, neste momento, passam o fim de semana, e onde, entretanto, cresceu uma palmeira no meio. Uma palmeira que, provavelmente, conhece a história.

«E assim me encantei com algo que não sabia bem o que era. E assim conheci o algarve. E assim cheguei a armação de Pêra, vindo de Marselha… Vim por um ano, fiquei para sempre… 19 de Setem-bro de 1988, nunca me hei-de esquecer.M

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estranGeiros casaM

eM PortuGal alGarve É Destino De sonho

POr inês Pereira (TEXTO)

Mais do que organizadoras de casamentos Paula Grade e carina Santos, proprietárias da Algarve Wedding Planners, são embaixa-doras de Portugal no estrangeiro.

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Há cerca de seis anos começaram a tratar de todos os porme-nores do dia de sonho de alguns casais e há dois abriram a empre-sa. Para além de planearem e providenciarem tudo o que é neces-sário, são também elas que mostram, a muitos dos seus clientes, a essência lusa, as tradições, a gastronomia, os vinhos, as paisagens, a alma de um país que tem o clima ideal para um casamento muito especial.

O escritório da Algarve Wedding Planners, localizado em Vilamou-ra, abriu portas há pouco tempo, mas no currículo estão já largas dezenas de casamentos.

casais irlandeses, ingleses, holandeses e de tantas outras naciona-lidades, contratam os serviços da algarve Wedding Planners pois sabem que conseguem, assim, ter um dia inesquecível.

Em parceria com unidades hoteleiras de excelência, fotógrafos, maquilhadores, cabeleireiros, músicos, empresas de vídeo, floris-tas, notários e igreja conseguem dar resposta aos desejos dos noi-vos. Já organizaram um casamento Hindu, o primeiro de muitos, esperam.

São estes eventos que estão a transformar o mercado turístico do algarve. com os noivos chegam centenas de convidados, só esses representam, por ano, cerca de 30 mil turistas para a região. De-pois há toda uma economia que se desenvolve. todas as empresas envolvidas na preparação do evento estão a ter as solicitações ne-cessárias para que não sintam a crise que afecta o país. O volume de negócios, que os casamentos estrangeiros proporcio-nam, ultrapassa os 20 milhões de euros. Por ano há uma média de 400 eventos.

Os noivos apenas sentem que falta mais promoção do país enquan-to destino para o grande dia. Paula e Carina têm tido um papel importante nesse sentido. Com o seu investimento privado,vão a feiras internacionais e já colocaram Portugal no mapa dos destinos de sonho para um casamento de estrangeiros.

a hotelaria sentem os resultados. depois de um casamento chega outro, pois no meios dos convidados há outros casais que resol-vem dar o nó também com Portugal como pano de fundo e outros que acabam por eleger este país como destino de umas próximas férias.

Os números continuam a subir e já há unidades que preparam pa-cotes especiais para os noivos. Só para 2013 Paula Grade e Carina Santos têm confirmados 80 casamentos.

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Espero sempre até à última das horas para a crónica me sair: as-sim, nua, de repente e sem aviso, como um aborto espontâneo. Mas hoje está mais demorada, quase preguiçosa, insiste em per-manecer uma não crónica.

crónica que não cheGou a

sercrÓnica dE Patrícia vieira reBelo

DOutOrAnDA em CiênCiAS DA COmuniCAçãO

oPinião

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Quando quero escrever quase nunca escrevo. É como que uma negação das mãos perante o teclado. a escrita é sempre ego-cêntrica, seja de que tipo for, sobre o que for, de quem vier. As palavras, todas elas, são um EU a rebentar cada sílaba, a transbor-dar os espaços, a romper os parágrafos. não há como escapar ao protagonismo de ser eu, eu que escrevo, a origem do que é escrito. Vem de mim, dos meus pensamentos, dos meus sentimentos, da minha imaginação, da minha criatividade, da minha expressão: a escrita só trabalha com possessivos.

E às vezes eu não quero. Não me apetece estar em mim, andar de um lado para o outro cá dentro, perdida nos corredores escuros,

labirínticos – não lhes acho a saída. Às vezes estou cansada, quero descansar de ser eu. Às vezes quero ficar assim, quietinha, a ver as palavras correr sem lhes prestar atenção. Deixar as crónicas não crónicas e as palavras por soletrar.

Mas depois há aquele impulso incontrolável, aquela quase obriga-ção de quem tem uma missão a cumprir; o labirinto que se estreita num espremer doloroso, e se reduz a um só caminho: tem como destino as minhas mãos. As palavras interrompem a sua correria, formam um carreirinho à porta: truz-truz, podemos entrar?

rendo-me ao que me escolheu nesta quase crónica.

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Peito De FranGo Do caMPo

escalFaDo eM chá verDe coM Frutos verMelhos e anona

POr cheFe PeDro arranca

CHEFE E PROPRIETÁRIO DO RESTAURANTE FLOR DE SAL

E Dina silva (FOTOGRAFIAS)

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cancro…comer...acreditar ….e vencer!!!

Seria uma dieta vegetariana a mais eficiente, mas não há necessi-dade de ser tão radical pois com alguns ajustes e reduzindo a in-gestão de carnes vermelhas fará a diferença numa luta que deve ser constante. Comecemos por conhecer os alimentos que activa-mente nos ajudam a prevenir.

• anonas• Limão• Frutos vermelhos• Soja• Brócolos• Espinafres• tomates• Nozes • cereais • chá verde• Peixe• Frango

a insistência na presença destes ingredientes nas suas refeições farão de si uma pessoal mais saudável, tudo isto ajudará a manter o seu corpo mais alcalino pois sabe-se que as células cancerígenas apenas proliferam em meios ácidos, os cereais de preferência com casca também lhe fornecem fibra, o essencial para que o seu or-ganismo funcione fluidamente, o bicarbonato de sódio consegue reduzir a acidez aumentado assim o seu ph e claro a alcalinidade.

nos dias de hoje estamos sujeitos a uma cultura alimentar débil, o “fast-food” e o seu marketing, que nos faz desviar de uma alimen-tação mais saudável, são em parte responsáveis pelo aumento dos casos pois, sabe-se, que o abuso de consumo de açúcar e a inges-tão de carnes que são criadas de forma não orgânica contendo hor-mônios de crescimento, são altamente nocivos para a nossa saúde, isso e consumo de tabaco e álcool. Se os nossos médicos lutam por nós, porque não os ajudar, retomando hábitos alimentares saudá-veis, tais como ingerir produtos orgânicos sem pesticidas, corantes e hormonas e abandonar os cigarros que em nada nos melhoram, nem fazem bem à nossa carteira.

Excluindo outras bebidas alcoólicas, temos o vinho tinto que por conter resveratrol, tomado em pequenas doses já se concluiu ser um bom aliado na luta do cancro da mama.

Desta vez vou mostrar como preparar uma receita refrescante que tanto se adapta à estação de Verão como luta a seu lado contra o maior pesadelo do século…vamos comer…acreditar…e vencer!!! Bom apetite e até aos próximos conselhos….

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ingredientes para 2 px: 2 unidades de peito de frango60g de Massa Soba de trigo sarraceno30g de Mirtilhos 30g de Amoras1colher de chá de Chá Verde1 ramo de coentros40 tomates cereja1dente de alho1colher de sopa de chalota picada40g de bróculosAzeite, sal e pimenta q.b

Preparação: comece por preparar, num tacho, um caldo com chá verde, chalota, alho, coentros, sal e pimenta.

Depois deve escalfar, aproximadamen-te 15 minutos, o peito de frango, de se-guida retirar para o lado e deixar arre-fecer até estar morno.

De imediato, no mesmo caldo, cozinhar a massa durante 5 minutos e junte nos últimos dois os bróculos. Reserve num recipiente e tempere com um pequeno fio de azeite para que a massa não fi-que colada.

no passo seguinte junte a anona e me-tade dos frutos vermelhos num liqui-dificador. Este preparado servirá tanto de molho para o seu frango, como para um pequeno e refrescante shot.

Por ultimo, já com todos os ingredien-tes frios, misture os frutos com a mas-sa, fazendo deste modo uma guarnição leve e fresca e corte o peito de frango em fatias e coloque no prato. agora só falta disfrutar deste prato frio de nível calórico baixissímo, ideal para levar para o campo ou praia.

Bom apetite e Bons cozinhados.

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Workout caMinhaDas PoDeM auMentar

esPerança De viDa

POr joão Martins (PERSONAL TRAINER)

Fazer caminhadas pode acrescentar até sete anos à vida de homens e mulheres. A conclu-são é de um novo estudo, realizado em par-ceria pela Universidade de Harvard e a agên-cia governamental de investigação médica dos EUA.

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de acordo com o jornal britânico Daily Mail, os investigadores envolvidos analisaram as vidas de mais de 600.000 homens e mu-lheres de 40 anos, tendo igualmente concluído que magreza não tem de significar saúde.

A análise em questão focou-se nos benefícios de exercícios mode-rados, descritos como caminhadas feitas de forma rápida o sufi-ciente para fazerem suar, mas lentas o suficiente para permitirem manter uma conversação. Os resultados foram depois cruzados com seis estudos de longo-prazo acerca de saúde e estilos de vida.

As vantagens da realização destes exercícios foram claras para os especialistas, que concluíram que duas horas e meia de caminha-das semanais podem acrescentar, em média, 3,4 anos à esperança de vida de cada um. Já o dobro permite aumentar a esperança de vida em 4,2 anos.

Resultados foram idênticos em homens e mulheres

Segundo o artigo publicado acerca do estudo na revista científica PLoS Medicine, os maiores ganhos foram observados em pessoas com um peso considerado saudável, nas quais a realização de ca-minhadas de duas horas e meia por semana correspondeu a um aumento de sete anos na esperança de vida.

além disso, concluiu ainda a equipa, as pessoas obesas que se mantiveram activas conseguiram alargar mais a esperança de vida do que as que tinham um peso saudável e não faziam exercício, o que realça a necessidade e importância de praticar actividade físi-ca independentemente do peso.

O estudo revelou também que a associação entre actividade física e esperança de vida é idêntica entre homens e mulheres e que os negros tendem a registar maiores aumentos naquele indicador do que os brancos.

A propósito das conclusões obtidas, I-Min Lee, autor principal da investigação, salientou que “não devemos subestimar a importân-cia da actividade física para a saúde”, visto que apenas exercícios moderados “podem acrescentar anos à vida”.

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caBo verDeilha Do sal

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POr sónia sequeira (TEXTO E FOTOGRAFIAS)

Se está à procura de descanso Cabo Verde é o destino certo. Passear pelo campo, descan-sar na praia, praticar windsurf ou surf são al-gumas das opções que pode encontrar nesta ilha maravilhosa.

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Cabo Verde é a terra da morabeza, é a qualidade atribuída ao povo de Cabo Verde de receber bem, com um trato afável; é o símbolo da sodade tal como a cantou cesárea Évora e do cretcheu, o lado doce e romântico de um povo.

não há dúvida que o desporto preferido para quem visita a ilha do Sal é desfrutar das suas praias de areia branca e fina e águas tépidas e azuis. Mas se pretende um pouco de adrenalina encon-trará varias actividades naúticas e se gosta de fotografía poderá observar diversas espécies ou mesmo navios encalhados na costa de cabo Verde.

Sendo uma ilha pequena (30 km de comprimento no sentido Norte/Sul, por 12 Km de largura, no sentido Leste/Oeste), aconselhamos que se desloque de taxi. Entre 700$ a 1000$ facilmente chegará, desde Espargos, até Santa Maria, no sul. onde a oferta de hotéis e restaurantes é bastante variada. Existem transportes públicos regu-lares entre as duas principais povoações; para os restantes lugares os horários são imprevisiveis. Também pode optar por excursões à volta da ilha que inclui guía e almoço.

As temperaturas médias variam entre os 20ºC no Inverno e os 40ºC no Verão.

A Praia em Santa Maria é um dos principais atractivos da ilha com os seus 8km de comprimento. Considerada como um dos cinco melhores destinos do mundo para a prática de Windsurf.

Espargos é destino obrigatório. Após visitar o mercado popular e a escola primária passe pela aldeia portuária a Palmeira. Uns quiló-metros a norte encontramos a Buracona. aproveite para visitar as Salinas e a cratera onde se pode tomar banho numa água 26 vezes mais salgada que a á gua do mar. 6

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À noite aproveite para dançar na Berimbau, uma discoteca bem famosa.

A sua estadia não ficará completa sem uma mergulho. Veja os tuní-deos, os espadartes e os serranídeos. descubra o Santo antão, um navio afundado em 1966 que se encontra entre 6 a 10 metros de profundidade.

Observe também golfinhos e baleias num passeio de catamarã. De-pois otpe por actividades em terra. Escolha a moto quatro e passe pelas reservas naturais da costa da Fragata, calheta Funda e reser-va natural da ponta do Sino e Ponta Petra.

a não perder:

Salinas de Pedra Lume: uma imponente cratera de vulcão extinto situada na costa Leste da Ilha. O seu acesso faz-se por um túnel artificial construido em 1804.

A 6km de Palmeira encontramos uma zona de psicinas naturais de águas transparentes, a Buracona: fantástica piscina natural encos-trada na lava negra das rochas junto ao mar. ao lado está o famoso “Olho Azul”, quando a luz do sol reflecte na agua, o azul é de uma beleza extrema.

A Vila de Santa Maria – destacam-se o centro cultural e o mercado municipal. a Praia é a mais conhecida de todo o arquipélago e tem óptimas condições para a prática de windsurf, kitesurf, mergulho e pesca desportiva.

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o que comer:

Peixe e marisco. Não faltará para os apreciadores lagosta, perce-bes, lapa, e as famosas “bafas”.

Milho que é o ingrediente principal da famosa cachupa (feijão, car-ne de porco, milho e legumes).

Há que provar também o xerém, o cuscuz e os pastéis de milhoAguardente de cana, o grogue, bebida típica do país.

onde ficar:

Tem vários hoteis à escolha, os preços coemçam nos 300€ duas pessoas.

Os voos já rondam os 500€ por pessoa.

importante:Leve repelente de insectos e protector solar e não se esqueça de tratar do visto para entrar no país. A moeda em Cabo Verde conti-nua a ser o escudo.

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PenteaDos à la carte

O PRIMEIRO BLOW DRy BAR PORTUGUêS

POr ana rita leal (TEXTO E FOTOGRAFIAS)

inaugurado no passado mês de abril, o Bar-barella Blow dry Bar é o primeiro cabeleirei-ro português que junta penteados e copos. O salão destaca-se por não realizar o serviço de corte nem coloração e disponibilizar às suas clientes um menu de penteados que muda todas as estações.

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concebido por antony Millard, o conhecido hairstylist que tam-bém é dono do salão Facto Bairro Alto, o Barbarella Lisbon Blow Dry Bar é um bar situado no Chiado, em Lisboa, que não serve co-cktails, mas sim penteados rápidos, acessíveis, modernos e adap-táveis ao estilo de cada pessoa.

O próprio espaço apresenta um novo conceito de organização, sendo que, é em torno do bar central que os cabelos vão ser traba-lhados, e, à volta, tudo convida a uns minutos bem passados, com lustres, papel de parede colorido, sofás e à entrada somos recebi-das por a estatueta de uma figura pin-up, vinda directamente de um bar americano.

“A decoração do salão foi da responsabilidade da minha namorada que é arquitecta”, referiu o hairstylist inglês. Já o pin-up “veio de Nova Iorque e é dos anos 40. É mesmo Barbarella, linda e femini-na.”

Apesar de já existirem blow dry bars em outras cidades mundiais, Antony Millard afirma que a ideia que levou à criação do cabelei-reiro “surgiu durante umas férias com a namorada, em Ibiza, onde ambos pensaram o que poderiam fazer para que as mulheres fos-sem arranjar o cabelo com mais frequência, e se sentissem espe-ciais todos os dias”.

tal como num bar, aqui é uma questão de chegar, sentar e pedir o menu. Há quem queira fazer um simples brushing, mas no que toca a penteados, há pratos do dia para todos os estilos e ocasiões. “Para já temos nove looks, os quais fomos nós que inventámos e demos o nome”, salientou Antony, reafirmando que “cada look foi inspirado num filme, numa banda ou numa época histórica”.

Por 18€, basta escolher no menu qual o estilo que mais se adequa a si, e deliciar-se com o penteado, enquanto lê a sua revista prefe-rida e bebe um copo de vinho. Em meia hora, o seu cabelo estará perfeito para um jantar com amigas, um cocktail de fim de tarde ou, simplesmente, porque é mulher e gosta de arranjar-se.

E se não quiser lavar “temos o serviço Boyfriend is Waiting que é muito rápido, com boa qualidade e dura pouco mais de dez minu-tos a ficar pronto”.

as unhas não caíram no esquecimento e o salão conta com um nail bar Essie onde a especialidade é mesmo aplicar um dos 150 verni-zes em tempo recorde, enquanto arranja o cabelo.

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ela clark

a inGlesa que sente PortuGal coMo casa e Mostra o alentejo ao

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POr inês Pereira (TEXTO)

Com apenas três anos Ela Clark, a actriz que protagoniza o vídeo de promoção do Alente-jo, chegou a Portugal com os pais. teve uma educação mista, entre os costumes lusos e os ingleses. com cerca de sete ou oito anos, participou num curso de teatro na escola, e nessa altura já se percebia que tinha o talen-to natural.

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decidiu que queria ser actriz durante um programa que esta-va a ser feito no algarve. na altura era adolescente e modelo de fatos de banho. Foi convidada para fazer parte do programa e em conversa com actrizes profissionais decidiu que iria estudar em In-glaterra. Com 18 anos entrou para uma escola de representação. Aos 23 quis voltar para Portugal, mas só com 26 anos conseguiu regressar definitivamente.

o que tem Portugal de tão especial para si?É difícil responder. Mas posso começar pelas coisas óbvias como o clima, as praias, o golfe e o poder viver muito ao ar livre. Mas hou-ve outra coisa que me fez ficar cá. Salvei uma égua e poder estar com ela, montar e cuidar só mesmo aqui neste país.

e qual é o outro encanto de Portugal?É uma magia que não consigo explicar. São as pessoas, é a energia e é um sentimento. É um sitio que não quero abandonar. Chamo a Portugal Casa, Lar. É algo que se sente e não se consegue explicar em palavras. conheço tantos estrangeiros que sentem o mesmo que eu. Não conseguimos ficar longe daqui. Depois de uma via-gem, no regresso, por exemplo de avião, quando saio e respiro sin-to que cheguei a casa.

consegue ter boas oportunidades de trabalho? Sim, desde que cheguei definitivamente há 4 anos que tenho tido sempre muitos trabalhos. aqui tudo é mais pessoal, mais cara-a--cara. tudo depende da nossa rede de contactos. temos de conhe-cer as pessoas certas e isso aconteceu-me. Pessoas que gostam do meu trabalho. Faço muitas apresentações de eventos, faço tam-bém vídeos promocionais de empresas, hotéis.

Como surgiu a oportunidade de ser a protagonista de um vídeo que promove o alentejo?Foi através de um outro trabalho. a equipa viu o que eu estava a fa-zer gostou e convidaram-me para ser a actriz. Foi muito divertido. A produção queria fazer algo diferente. Queriam que fosse uma tu-rista a mostrar aquilo que vai descobrindo, ao mesmo tempo que procura o cão.

descobriu uma nova parte de Portugal?O alentejo tem muitos locais cheios de magia. as pessoas são gen-tis, cada local é diferente e a comida é maravilhosa. Tem de se pas-sar por lá para se saber.

o seu futuro passa por Portugal? O futuro vai passar por aqui. Até quando eu tiver filhos quero criá--los aqui, onde há laços de vizinhança, as pessoas são mais caloro-sas, mostram os sentimentos, são mais espontâneas. Há mais liber-dade. Moro no Algarve, mas até mesmo em Lisboa, sendo a capital, não a considero tão urbana como outras capitais europeias, e isso tem muito charme. a vida em Portugal é mais saudável.

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seXo no PriMeiro encontro

POr her (TEXTO)

As mulheres estão cada vez mais temerárias e sabem exactamente o que querem.

Já ouviu falar das “Martini Girls”? São chama-das assim devido à sua norma: “A qualquer hora, em qualquer lugar e seja com quem for”

ILUSTRAÇõES herideal

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todavia, nem sempre é assim, há também aquelas que apesar de subscreverem a teoria da igualdade, preferem a intimidade do sexo como parte de uma relação em oposição à variedade ocasional que não oferece essa mesma intimidade. Em nenhuma das situações há problemas de consciência ou sentimentos de culpa.

Contextos que um dia caracterizaram as gerações do passado. A questão é: sermos livres para escolher e esse sim, é de facto, o ponto mais importante desta temática. As mulheres hoje podem optar por qualquer uma destas situações. Nenhuma delas deverá ser objecto de crítica ou julgamento por parte da sociedade. E se sentir algum tipo de pressão do género, aconselhamos a não se deixar levar por opiniões alheias à sua verdade e escolha.

Considerações à parte, a dúvida mantém-se: sexo no primeiro encontro, sim ou não?

Bem, há quem diga que quando é no primeiro é sempre melhor. Porquê? Pergunta a leitora. Pelo simples facto de não haver tantas ini-bições sexuais. Parece ficção mas não é. Na grande maioria das vezes estamos mais descontraídos quando estamos com um estranho. E deixamos fluir os nossos desejos e fantasias. Provavelmente até queremos experimentar coisas que não nos passaria pela cabeça numa outra ocasião. Segundo algumas mulheres, até pode ser uma das melhores experiências.

contudo, nem sempre acontece assim, há situações em que a primeira vez é um autêntico desastre ou até mesmo uma catástrofe. Beijos mal equacionados, mãos que não se entendem, etc… Um verdadeiro filme de terror. Quando isto acontecer a nossa sugestão é: esqueça esse momento e guarde na gaveta dos segredos eternamente. Ou pelo menos até desaparecer da sua memória. no entanto, ressalvamos o seguinte, há situações destas que já se transformaram em relações duradouras. Por isso se calhar é melhor não desistir logo à primeira.

A Her é muito curiosa e foi falar com algumas das nossas leitoras sobre o que pensam sobre este tema. a resposta foi unânime todas responderam que “ Sexo no primeiro encontro? Claro que sim!”. Isto se não for para um relacionamento sério. caso contrario a resposta é não. isto só demonstra que de facto as mulheres estão muito mais desinibidas e sabem exactamente o que querem.

Quanto a nós, a dica que consideramos ser de facto importante: Seja qual for a sua opção, tenha presente o seguinte: valorize-se. Faça sempre o que tem vontade.

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Coupé de quatro portas

MerCedes-beNzcla 220 cDi

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Potência máxima 170 cv Caixa 7 vel. automática Consumos (misto) 4,2 - 5,6 lt/100 km Emissões de CO2 109 a 117 g/km

PREÇO TOTAL 44.850 euros

Depois do êxito do CLS, coupê de quatro portas, seguido por outros construtores, a marca da estrela trouxe o concei-to para o segmento inferior.

Concorrente do Volkswagen CC, o modelo da mercedes--Benz está equipado com a motorização diesel de quatro cilíndros, 2143 cm³ e 170 cv, comandado pela caixa de ve-locidades automática de dupla embraiagem 7G-DCt.

este modelo tem consumos moderados, com médias de 4,2 - 4,5 l/100 km em ciclo misto.

Futuramente deverá chegar o mais atractivo (a nível de pre-ço) CLA 180 CDi, equipado com motor diesel de 1,5 litros e 109 cv.

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CLA 220 CDI

Diesel Desportivo

A gama começa com o CLA 200, com motor a gasolina, por 36.550 euros.

A versão aqui retratada, é a Standard sem extras e com a pintura sólida branco Cirrus.

existem ainda as linhas urban e AmG Sport, por mais 1.200 euros e 2.850 euros, respectivamente.

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