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HERESIAS NA IGREJA? ma das características predominantes da interpretação bíblica é a CLAREZA, Jesus a enfatizou quando advertiu os fariseus e saduceus com as palavras “não lestes” ou “não tendes lido?”, em outras palavras vocês estão cegos ao ponto de não conseguirem enxergar as Escrituras? Duas observações devem ser feitas antes de creditar ou confiar sua fé a interpretação de terceiros: conferir a autenticidade da fonte e conferir junto as Escrituras as supostas “verdades”. A primeira diz respeito ao ethos do autor quanto a sua visão moral e ética das doutrinas. É fato que uma das características da textualidade do texto é a sua intencionalidade, em prol desse uso muitos tem jogado com todas as cartas, aplicando ao texto bíblico uma Eixegese, ou seja, impondo ao texto suas convicções pessoais e deturpadas. Ao fazerem isso isolam passagens bíblicas de seu contexto com o fim único de provar suas ideias, ignorando a verdadeira exegese dos textos e tentando reinventar a roda, desprezando a experiência histórica e reformada da igreja ortodoxa. Os seguidores de tais autores ainda caem na contradição e no conflito de continuar apoiando as falácias de tais seitas, uma vez que mesmo estando convencidos que certas doutrinas são heréticas, contudo continuam apoiando outras. Ora é lógico e é inteligente julgar todas as verdades de um livro, uma vez que encontramos vários outros desvios e incoerências em suas páginas. Não podemos cair no erro do velho argumento da “revelação” atribuída por eles a uma capacidade inata aos revelados, a respeito disso a Palavra é decisiva e enfática: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles Is 8.20”. A palavra é interprete de si mesma. A espada do Espirito, a Palavra de Deus é o que nos leva a segunda observação: perpassar tais ideias pelo filtro das verdades bíblicas. Isso significa que não podemos atropelar o texto, se ele é crucial e determinante de uma fé genuína e cristologica (Rm 10:17; Jo 5.39), contradize-lo é a decisão mais insana que se pode tomar. Uma vez confessada e pregada, uma heresia toma rumo inimagináveis quanto aos seus efeitos no campo espiritual das pessoas, principalmente se defendidas por um líder em potencial. Pegar carona em tais doutrinas é como viajar em um trem cujo destino não é o que se almeja chegar, embora você esteja se sentindo confortável e seguro durante a viagem, porém o destino é incerto e indesejável, por isso abrir os olhos e pegar o transporte correto é indispensável, ainda mais sabendo que esse endereço é a eternidade e meio que nos leva a ele é a PALAVRA. Alguns tem apelado ao argumento de que tais discussões são secundárias e irrelevantes, mas do ponto de vista bíblico não é o que vemos. Em Ap. 2.12, 14,15 Jesus adverte a igreja de Pérgamo quanto as falsas doutrinas (Doutrina de Balaão e nicolaitas) que ela havia caído. Na igreja de Tiatira U

Heresias Na Igreja

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heresias na igreja

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Page 1: Heresias Na Igreja

HERESIAS NA IGREJA?

ma das características predominantes da interpretação bíblica é a CLAREZA,

Jesus a enfatizou quando advertiu os fariseus e saduceus com as palavras “não

lestes” ou “não tendes lido?”, em outras palavras vocês estão cegos ao ponto de

não conseguirem enxergar as Escrituras? Duas observações devem ser feitas antes de creditar ou

confiar sua fé a interpretação de terceiros: conferir a autenticidade da fonte e conferir junto as

Escrituras as supostas “verdades”.

A primeira diz respeito ao ethos do autor quanto a sua visão moral e ética das doutrinas. É

fato que uma das características da textualidade do texto é a sua intencionalidade, em prol desse uso

muitos tem jogado com todas as cartas, aplicando ao texto bíblico uma Eixegese, ou seja, impondo

ao texto suas convicções pessoais e deturpadas. Ao fazerem isso isolam passagens bíblicas de seu

contexto com o fim único de provar suas ideias, ignorando a verdadeira exegese dos textos e tentando

reinventar a roda, desprezando a experiência histórica e reformada da igreja ortodoxa.

Os seguidores de tais autores ainda caem na contradição e no conflito de continuar apoiando

as falácias de tais seitas, uma vez que mesmo estando convencidos que certas doutrinas são heréticas,

contudo continuam apoiando outras. Ora é lógico e é inteligente julgar todas as verdades de um livro,

uma vez que encontramos vários outros desvios e incoerências em suas páginas. Não podemos cair

no erro do velho argumento da “revelação” atribuída por eles a uma capacidade inata aos revelados,

a respeito disso a Palavra é decisiva e enfática: “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo

esta palavra, é porque não há luz neles Is 8.20”. A palavra é interprete de si mesma.

A espada do Espirito, a Palavra de Deus é o que nos leva a segunda observação: perpassar tais

ideias pelo filtro das verdades bíblicas. Isso significa que não podemos atropelar o texto, se ele é

crucial e determinante de uma fé genuína e cristologica (Rm 10:17; Jo 5.39), contradize-lo é a decisão

mais insana que se pode tomar. Uma vez confessada e pregada, uma heresia toma rumo inimagináveis

quanto aos seus efeitos no campo espiritual das pessoas, principalmente se defendidas por um líder

em potencial.

Pegar carona em tais doutrinas é como viajar em um trem cujo destino não é o que se almeja

chegar, embora você esteja se sentindo confortável e seguro durante a viagem, porém o destino é

incerto e indesejável, por isso abrir os olhos e pegar o transporte correto é indispensável, ainda mais

sabendo que esse endereço é a eternidade e meio que nos leva a ele é a PALAVRA.

Alguns tem apelado ao argumento de que tais discussões são secundárias e irrelevantes, mas

do ponto de vista bíblico não é o que vemos. Em Ap. 2.12, 14,15 Jesus adverte a igreja de Pérgamo

quanto as falsas doutrinas (Doutrina de Balaão e nicolaitas) que ela havia caído. Na igreja de Tiatira

U

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vemos a mesma repreensão Ap. 2.18,20. “Mas algumas poucas coisas tenho contra ti que deixas

Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que forniquem e comam

dos sacrifícios da idolatria”. Muitos se dizem apóstolos e profetas de Deus enganando a muitos. Em

Mt 7.21 aprendemos nas palavras de Jesus que “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no

reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Martinho Lutero citou

que “qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça

chover milagres todos os dias.”

Uma passagem que chama atenção é o alerta do apostolo Paulo a Timóteo em 1Tm 1.3 em

que o mesmo solicita ao jovem para advertir a alguns, que não ensinem outra doutrina, mas que

afastem-se das fábulas e das genealogias intermináveis propagadas por Himeneu e Alexandre 1T

1.20. A insatisfação do apostolo é notória: “os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não

blasfemar. Diante desse relato imaginamos qual seria a reação de Paulo diante de tantos desvios e

apóstatas da fé nos dias atuais.

Discorrendo sobre estes dois pontos, podemos concluir que poucos tem se posicionado quanto

ao alerta de Jesus “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas,

mas, interiormente, são lobos devoradores. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.15,20).

Sendo levados por ventos de doutrinas porque substituíram as Escrituras pelo pragmatismo,

sincretismo religioso, numerolatria, liberalismo teológico e pela superficialidade do púlpito.

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam

(Jo 5:39);

Cabe aos arautos do reino erguerem a sua voz proclamando as verdades Daquele que os

enviou, rejeitando vender, omitir ou negociar a grande comissão das Boas Novas do Evangelho,

mesmo que isso resulte em perseguição ou rotulações. A não conformidade com o mundo e a coragem

são requisitos indispensáveis para os verdadeiros pregoeiros da Palavra.

Nilson Barbosa dos Santos1

1 Tecnologista, Graduando de Língua Portuguesa (UEPB) e Estudante proativo de apologética.