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Hildebrando de Castro

Hildebrando de Castro

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Portfólio do artista Hildebrando de Castro. Artur Fidalgo galeria

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Hildebrando de Castro

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Hildebrando de Castro

Figuração construtiva de luz e sombra

por Fernando Gerheim

Hildebrando de Castro expõe trabalhos recentes que jogam luz e sombra na

fronteira entre pintura e objeto, figuração e abstração. O artista pinta janelas

com um elemento icônico do modernismo brasileiro, o brise-soleil: lâminas,

móveis ou não, que quebram o sol, mas deixam entrar o ar, impedindo o calor

excessivo no interior do edifício. Esta adaptação da arquitetura moderna aos

trópicos, usada por Le Corbusier pela primeira vez no Palácio Gustavo

Capanema, no Rio de Janeiro, é utilizada pelo artista não como funcionalidade,

mas como imagem. O brise-soleil cria na fachada um jogo geométrico e

cromático de formas que se multiplicam e modulam sutilmente.

Envolvido por esse sedutor jogo ótico, o observador vai percebendo que está

diante de uma série de sinais trocados. As pinturas simulam ser abstratas, mas

são figurativas: Hildebrando reproduz minuciosamente fachadas reais,

enquadradas de modo a parecer abstrações geométricas. Operação similar:

corremos os olhos pelas frestas do brise-soleil pintado, ao mesmo tempo

impedidos e impelidos a ver dentro dele, de repente notamos que são lâminas

tridimensionais. O artista leva suas janelas mais longe que as uvas de Zeuxis. É

como se a imagem tivesse passado por uma impressora 3D. Mas se olharmos

as lâminas concretas na caixa de MDF e tentarmos devassá-las,

encontraremos apenas a fachada, a superfície entreaberta por onde a luz entra

na sombra. As técnicas do tromp l'oeil são usadas para obter o seu avesso: a

escura da invisibilidade.

Esses trabalhos talvez tornem mais claro certo paradoxo essencial. Há algo de

contraditório em utilizar a representação clássica para recriar corações

viscerais, com sangue e veias, ou barbies de muleta com perna mecânica,

entre outros personagens bizarros ou mesmo abjetos. O artista está

reproduzindo de modo canônico um mundo desnaturado, fantasista, profano.

O método que imita a visão natural é usado por ele para tornar visível o que não

se vê a olho nú. Esse choque é visível quando o artista ilumina a cena em seu

ateliê como num teatro, com luz dramática, para fotografá-la e depois desenhar

e pintar na tela a imagem fotográfica.

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Hildebrando de Castro

A nova série, em parte, rompe com isso. As fachadas não são encenadas

em seu ateliê, existem no espaço exterior, na arquitetura de Brasília, São

Paulo ou Londres. Sua única narrativa é o movimento da luz e da sombra.

Mas a pintura agora é uma janela que dá para outras janelas. Ao jogar

drama sobre o elemento formal e racional, e usar a representação realista

para fazer geometria abstrata, Hildebrando leva o paradoxo presente em

seu trabalho ao extremo. E aí é possível ver continuidade que não exclui

transformação.

Antes coadjuvante, a luz passa a ser protagonista. Parte dela passa, outra

fica, criando sombras. O encontro inusitado de figuração e abstração,

pintura e objeto, nos faz indagar, talvez nostálgicos, talvez intrigados,

talvez tecendo tramas entre camadas de cultura, sobre a memória

construtiva no contemporâneo mundo de imagens.

Sem título, 2013acrílica sobre MDF80 x 80 cm

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Sem título, 2013acrílica sobre MDF100 x 100 cm

Hildebrando de Castro

Sem título, 2013acrílica sobre MDF110 x 80 cm

Page 5: Hildebrando de Castro

Hildebrando de Castro

Sem título, 2013acrílica sobre MDF80 x 110 cm

Page 6: Hildebrando de Castro

Hildebrando de Castro

Sem título, 2013acrílica sobre tela150 x 150 cm

Sem título, 2013acrílica sobre tela60 x 60 cm

Page 7: Hildebrando de Castro

Hildebrando de Castro

Sem título, 2012acrílica sobre tela100 x 100 cm

Sem título, 2011acrílica sobre tela150 x 100 cm

Page 8: Hildebrando de Castro

Hildebrando de Castro

Sem título, 2011óleo sobre tela180 x 180 cm

Sem título, 2011óleo sobre tela150 x 150 cm

Page 9: Hildebrando de Castro

Hildebrando de Castro

Sem título, díptico, 2011acrílica sobre MDF50 x 100 cm

Sem título, 2011acrílica sobre MDF40 x 80 cm

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Hildebrando de Castro

Sem título, 2010óleo sobre tela150 x 150 cm

Sem título, 2010óleo sobre tela180 x 180 cm

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Hildebrando de Castro

Sem título, 2008pastel seco sobre papel170 x 150 cm

Sem título, 2007óleo sobre tela140 x 120 cm

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Hildebrando de Castro

Sem título, 2002óleo sobre tela100 x 100 cm

Sem título, díptico, 2009óleo sobre tela10 x 15 cm (cada)

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Biograf ia

Hildebrando de Castro

Nasceu em Olinda, em 1957

Vive e trabalha em São Paulo

Exposições individuais

2013

Artur Fidalgo galeria

2012

Ilusões do Real - Caixa Cultural Rio de Janeiro

2011

Galeria Oscar Cruz (São Paulo)

Galeria Amparo 60 (Recife-PE)

2010

Galeria Laura Marsiaj (Rio de Janeiro)

2009

Paço das Artes (São Paulo)

2008

Galeria Laura Marsiaj (Rio de Janeiro)

2006

Galeria Laura Marsiaj (Rio de Janeiro)

2005

Galeria Léo Bahia (Belo Horizonte)

2004

Galeria Casa Triângulo (São Paulo-Brasil)

Galeria Laura Marsiaj (Rio de Janeiro )

2003

Fay Gold Gallery - (Atlanta-USA)

2001

Galeria Casa Triangulo (São Paulo-Brasil)

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Hildebrando de Castro

1998

Paço Imperial (Rio de Janeiro-Brasil)

1997

Galeria Camargo Vilaça (São Paulo-Brasil)

1995

Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro-Brasil)

1994

Galeria Camargo Vilaça (São Paulo-Brasil)

1989

Hard Art Gallery (Zurich-Switzerland)

1988

Irene Madder Gallery (Munich-Germany)

1987

GB galeria (Rio de Janeiro-Brasil)

1986

Petite Galerie (Rio de Janeiro-Brasil)

1983

Petite galerie (Rio de Janeiro-Brasil)

1980

Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro-Brasil)

Exposições coletivas

2011

Galeria Fernando Pradilla (Madrid –Espanha)

2009

Galeria Fernando Pradilla (Madrid-Espanha)

2007

Casa de Espanha - (Rosario-Argentina)

2006Galeria Leo BahiaGaleria Thomas CohnPalácio das Artes - (Belo Horizonte-MG)

2005Galeria Thomas Cohn (São Paulo)

2003Leo Bahia Galeria (Minas Gerais ) Espaço Itau’ Cultural (São Paulo )

2002Paralela - (São Paulo-Brasil) 2001 - Museu de Arte Moderna (São Paulo-Brasil)

2000Museu de Arte Moderna ( Rio de Janeiro-Brasil)Galeria Camargo Vilaça (São Paulo-Brasil)

1998Haus Der Kulturen Der Welf (Berlin-Germany)Paço Imperial (Rio de Janeiro-Brasil)

1996Paço das Artes-Excesso (São Paulo-Brasil)Earl McGrath Galery (New York-USA)Museu de Arte Moderna (Bahia-Brasil)Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro-Brasil)

1995IBAC (Rio de Janeiro-Brasil)

1993Museu de Arte Moderna-Arte Erótica (Rio de Janeiro-Brasil)Galeria Camargo Vilaça (São Paulo-Brasil)

1992Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro-Brasil)

1991Faygold Gallery (Atlanta-GA-USA)

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Hildebrando de Castro

1990

Fundação Bienal-Salão Paulista (São Paulo-Brasil)

Pindar Gallery (New York-USA)

1989

Galeria H.Stern (Rio de Janeiro-Brasil)

1988

Nuremberg Museum (Nuremberg-Germany)

Galeria do IBEU-O Rosto e a Obra (Rio de Janeiro-Brasil)

1987

Museu de Arte Moderna (Bahia-Brasil)

1986

Paço Imperial - Salão Christian Dior (Rio de Janeiro-Brasil)

Museum of Modern Art (Linz-Austria)

1985

Nuremberg Museum (Nuremberg-Gremany)

Museu de Artes de Cuiaba-Sete Artistas (Mato Grosso-Brasil)

Parque Laje-Velha Mania (Rio de janeiro-Brasil)

Museu de Belas Artes - Salão Carioca (Rio de Janeiro-Brasil)

1984

Museu de Arte Moderna- Salão Nacional (Rio de Janeiro-Brasil)

Para mais informações: www.hildebrandodecastro.com.br

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