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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

HISTÓRIAa Segunda Guerra Mundial. Após a Segunda Guerra Mundial, os britâni-cos decidiram abandonar a Palestina, passando o problema para a ONU. Em 1948, as Nações Unidas aprovaram

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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Conflitos do Oriente Médio

potência no mundo, o Oriente passou a ser palco de conflitos em prol da democracia, e de disputas que vão muito além do fator religioso, ou do domínio dos poços de petróleo. A disputa hoje é pelas fontes de água potável da região.

O Oriente Médio é uma das regiões mais fascinantes do planeta. Habitado desde tempos imemoriais, é uma área estratégica do ponto de vista econômico, principalmente por causa do petróleo. É também um importante cenário geo-político e militar, porque serve de passagem entre a Europa e a Ásia.

Com essas características, o Oriente Médio tornou-se um dos centros nevrálgicos da Guerra Fria. A criação do Estado de Israel, em 1948, agitou um passado milenar, que logo seria submetido ao jogo de xadrez das superpotências.

Em 1979, um fato novo desafiou Washington e Moscou. A revolução xiita do Aiatolá Khomeini, no Irã, deu uma demonstração do poder latente da religião islâmica, com milhões e milhões de fiéis no mundo todo. Na verdade, a Guerra Fria no Oriente Médio sempre esteve filtrada pela força do Islã.

Os países do Oriente Médio apresentam seus povos vivendo há milênios na região, mas seus Estados Nacionais e fronteiras são muito recentes. Até 1918, a maior parte do Oriente Médio integrava o Império Otomano, derrotado na Primeira Guerra Mundial. A partir desta derrota, por meio de tratados no pós-Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano acabou sendo fragmentado em basicamente duas áreas de influência, uma nas mãos dos franceses e a outra nas mãos dos britânicos. Com o fim da Primeira Guerra, as regiões da Síria e do Líbano ficaram sob domínio da França. As outras áreas que estavam controladas pelos otomanos, inclusive a Palestina, passaram para as mãos da Grã-Bretanha.

O Oriente Médio: O barril de pólvora do mundo

“A vitória fácil na guerra dos Seis Dias e a onda de arrogância que tomou conta de Israel se refletiam nas piadas que corriam pelo país. Veja:

Dois egípcios conversavam, depois da derrota:

– Você acha que perdemos por que as armas soviéticas são ruins?

– Não. Elas são ótimas. O problema são os manuais de guerra da URSS, que ordenam: Prepare as defesas, atraia o inimigo para o interior de seu território e depois deixe o inverno rigoroso chegar.”

(BRENER, Jayme. As Guerras entre Israel e os Árabes.

Scipione. São Paulo; 1997.)

O Oriente sempre foi o foco de tensões que possivelmente levam a grandes conflitos entre as nações do mundo. Já dizia uma profecia que a Terceira Guerra Mundial começaria lá. E o que é mais engraçado, lá encontra-se a Terra Santa para três religiões que vivem em conflitos a séculos, os cristãos, os muçulmanos e os judeus. O palco do Oriente Médio envolveu, até o final da década de 1980, uma disputa entre as superpotências por áreas de influência. Com o fim da URSS e a instalação da Nova Ordem Mundial, tendo os EUA como única

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Mesmo espalhados pelo mundo, os judeus aca-lentaram, por muitas gerações, o sonho de voltar à chamada “terra prometida”. Sonho que ganhou força com o movimento sionista, a partir do século XIX. Os ativistas judeus acreditavam que a reconquista de Jerusalém era um dever sagrado. Com isso, acaba-ram adotando o slogan “uma terra sem povo para um povo sem terra”, referindo-se à Palestina. A região, na verdade, era ocupada havia muitos séculos pelos árabes palestinos, dando início ao impasse que co-nhecemos hoje.

No final do século XIX, agências sionistas fi-nanciadas por grandes banqueiros, como o barão de Rotschild, criaram colônias agrícolas, estimulando a migração judaica para a região da Palestina.

Depois da Primeira Guerra, os assuntos do Oriente Médio passaram a ser decididos oficialmen-te em Londres e Paris, sem que fossem levadas em conta a história, a vontade, as tradições e a cultura dos povos que viviam na região.

Na Alemanha, Hitler capitalizou o descontenta-mento do seu povo, humilhado pela derrota na Pri-meira Guerra, e construiu uma monumental máquina bélica e militar. O ditador unificou o país apontando claramente um inimigo, contra o qual todos deveriam se unir. O judeu, segundo Hitler, era responsável por tudo de mal que havia no mundo. Hitler iniciou, as-sim, uma forte perseguição aos judeus a partir dos anos 30, que culminaria na construção de campos

de concentração e de extermínio, dando origem ao que conhecemos pelo nome de Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.

Após a Segunda Guerra Mundial, os britâni-cos decidiram abandonar a Palestina, passando o problema para a ONU. Em 1948, as Nações Unidas aprovaram a partilha da Palestina entre os Estados árabe e judeu. Havia um clima internacional favo-rável à criação de Israel, por causa do holocausto praticado pelos nazistas. Mas havia, também, muitos interesses geopolíticos em jogo. Começava naquele momento o período de tensão entre as superpotên-cias, que iria se estender até o fim da década de 1980, como já foi mencionado, dentro do contexto geopolítico da guerra fria.

A questão da PalestinaA Palestina é palco dos conflitos entre os árabes

e judeus. Este território encontra-se limitado ao norte pela Síria, ao sul pelo deserto do Sinai, a oeste pelo mar Mediterrâneo e a leste pelo deserto Arábico.

Após os anos de 1948-1949, com a criação do estado de Israel, muitos palestinos acabaram se espalhando pelos países árabes vizinhos. Alguns permaneceram em território pertencente a Israel, e acabaram perdendo todos os seus direitos, passando a ser refugiados palestinos.

A ONU tentou amenizar o problema criando campos de refugiados, fornecendo moradia e alimen-tação para os mesmos. Estes campos, ao longo do tempo, acabaram tornando-se regiões permanentes de ocupação palestina, o que não interessava aos israelenses, gerando conflitos entre os dois povos.

Os conflitosA explosão deste conflito deu-se com o retorno

dos judeus à Palestina, e a promessa das grandes potências após a Primeira Guerra Mundial de criarem um Estado para o povo judeu.

Mas somente após a Segunda Guerra Mundial este acontecimento foi concretizado. No ano de 1947 foi elaborado o Estado de Israel (fundado em 1948).Isso ocasionou inúmeros problemas daquela região, pois o território seria dividido em dois Estados independentes – Israel e Palestina – além de uma zona neutra, a cidade sagrada de Jerusalém. Porém, com a divisão, o território palestino que posuía mais habitantes, ficou com uma menor porção de terras. Já no caso de Israel, com quase a metade dos ha-bitantes da Palestina, recebeu uma área maior e foi concluída a formação do seu Estado, gerando mais tensões da região.

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A Primeira Guerra Árabe - -Israelense ou Guerra de Independência de Israel (1948-1949)

Com a criação do Estado de Israel, firmado no ano de 1948, muçulmanos que não aceitavam a for-mação do Estado, criaram a Liga Árabe, composta pelos Estados da Síria, Egito, Líbano, Transjordânia e Iraque, cuja finalidade era conter a formação do estado judaico.

A guerra durou seis meses, e teve a Liga Árabe como derrotada, e o exército de Israel expandindo os seus territórios, pois o mesmo dominou as regiões da Galiléia e o deserto de Neguev.

No ano de 1949 foram firmados vários acordos de paz com a finalidade de pacificar a região. O Egito passou a comandar a faixa de gaza, e a Transjordânia anexou a Cisjordânia ao seu território.

A Segunda Guerra Árabe - -Israelense ou Guerra de Suez (1956)

Após o primeiro conflito, surgiu no cenário político da região algo denominado de a “questão da Palestina”, quando vários refugiados árabes ocuparam vastas regiões conquistadas por Israel. O conflito estava formado, pois Israel não aceitava a presença dos árabe, e ao mesmo tempo os Estados árabes reivindicavam a libertação daquelas regiões por parte de Israel.

Neste conflito, Israel invadiu o Egito e tomou a Península do Sinai e o golfo de Acaba, precisando da atuação da ONU para poder intermediar acordos naquela região.

A Guerra dos Seis Dias(1967)No ano de 1964 foi criada a OLP (Organização

para a Libertação da Palestina) órgão responsável por ações terroristas nos Estados da Palestina e em Israel.

No ano de 1967 iniciava mais um conflito na região: era a Guerra dos Seis Dias, envolvendo Israel e seus fiéis inimigos, o Egito, a Síria e a Jordânia. Já sabemos qual foi o resultado, mais uma vez Israel

derrotou os seus inimigos e ampliou suas concessões. Israel agora dominava a região da península do Sinai, a faixa de Gaza, as colinas de Golan e a Cisjordânia. Mesmo com algumas intervenções da ONU, Israel não retirou as tropas das regiões.

A Guerra do Yom Kippur(1973)O “dia do perdão”, assim foi conhecido este

conflito, momento em que Síria e Egito voltaram a atacar o estado de Israel. A vitória foi novamente de Israel, porém a Síria havia conseguido conquistar as colinas de Golan, e o Egito tomou campos de petróleo e a região de Port Said, no canal de Suez.

Enfim a paz?Quando Nasser, presidente do Egito morreu, em

1970, e assumiu seu lugar Anuar Sadat, davam-se os primeiros passos para a paz. Foi realizado o acordo de Camp David, a partir do qual Israel aceitou o retorno do deserto do Sinai para o Egito, porém a Palestina ainda era foco das grandes tensões (e é ainda até os dias de hoje).

Na década de 1980 houve um início de nego-ciações entre Yasser Arafat e os israelenses. Porém, os setores palestinos mais radicais não aceitavam a atitude de Arafat, chegando ao ponto de sofrer atentados. No ano de 1984, Arafat acabou sendo reeleito à presidência da OLP, fazendo uma propos-ta de retirada de tropas de algumas regiões. Israel se recusou a aceitar a proposta de retirada de suas tropas de algumas regiões, o que gerou mais con-flitos naquela região. Com essa atitude de Israel, a população palestina se radicalizou e promoveu o que chamamos de primeira intifada, na região de Gaza, no ano de 1987. A Intifada significava o ataque do povo palestino, utilizando pedras e paus contra os tanques israelenses.Até o ano de 1988, Yasser Arafat condenava o estado de Israel, provocando sequestro e atos terroristas.

No início da década de 1990, a questão da Pales-tina foi levada para ser discutida na ONU, e somente neste momento parecia que algo seria resolvido. No ano de 1993 um acordo firmado nos EUA entre Yasser Arafat (líder da OLP) e Isaac Rabin (1.º ministro de Israel) firmava uma tentativa de paz para aquela re-gião tão sofrida. Porém, o primeiro ministro de Israel foi assassinado e os acordos ainda estão enrolados. Vários fatos surgem em nossos noticiários, ficando a pergunta, até quando?

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Plano da UNO para o Estado judeu em 1947

Territórios anexados por Israel em 1948 e 1949

Territórios ocupados por Israel em 1967

Território ocupado por Israel em 1967 edevolvido ao Egito em 1982

Área de conflitos árabe-israelense

Campos de refugiados palestinos

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Plano da UNO para o Estado judeu em 1947

Territórios anexados por Israel em 1948 e 1949

Territórios ocupados por Israel em 1967

Território ocupado por Israel em 1967 edevolvido ao Egito em 1982

Área de conflitos árabe-israelense

Campos de refugiados palestinos

Israel e a questão da Palestina.

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A Guerra do Líbano“Pobre Líbano. Tão longe de Deus e tão perto

de israelenses e sírios...” A frase original refere-se ao México e às suas complicadas relações com os EUA. Mas se aplica perfeitamente ao pequeno Líbano, um país que não participou das guerras de 1956, 1967 e 1973 entre os árabes e Israel. E que, a partir da me-tade da década de 1970, se transformaria no maior campo de batalha da região.

O Líbano conquistou sua independência da França em 1943, ao ser separado da Síria. No entanto, até o final do século XX não existe de fato um estado libanês. Para começar, os cristãos maronitas (uma ordem militar criada pelo monge Maron, no século V), herdeiros da tradição das cruzadas medievais que haviam conquistado Jerusalém, sempre constituíram um poder paralelo, ligado ao Ocidente. Já os sírios jamais haviam aceitado a independência libanesa.

A questão do Líbano envolveu assuntos religio-sos, pois após a independência do estado libanês perante a França no ano de 1945, grupos religiosos disputavam o poder naquele território. O acordo foi firmado entre os cristãos (ortodoxos, maronitas e armênios) e os muçulmanos (sunitas, xiitas e dru-sos).

A comunidade cristã, minoritária nos anos 50, recusava–se a rever o acordo de 1943, que lhe ga-rantia a presidência. Cada região era dominada por um clã, cristão ou muçulmano. A família maronita Franjieh, por exemplo, (um de seus membros, Sulei-man, chegou à presidência), controlava a cidade de Zghorta. Os Karame, sunitas, mandavam no porto de Trípoli. Cada clã recrutava sua própria milícia, cobrava impostos e fazia a sua justiça. Em 1974, eram publicados no país cerca de 300 jornais – 40 dos quais diários –, representando todas as posições políticas, religiosas e nacionais imagináveis. Nas escolas cris-tãs se estudava a história do Ocidente (os maronitas se consideravam franceses), enquanto nas escolas muçulmanas se lecionava a história do Islã e o Corão. Casamentos mistos? Nem pensar.

O poder estava nas mãos dos cristãos, que eram a maioria, e assim ocupavam os melhores cargos na política libanesa. Mas, na década de 1970, os muçul-manos tornaram -se maioria e reivindicavam o poder político, coisa que não aconteceu sem uma guerra.

A minoria cristã mandava na economia libanesa: 4% da população engoliam 32% da renda nacional em 1974. Outros 50% tinham de se contentar com 18% da renda. Havia então no país 1,25 milhão de estran-geiros (350 mil dos quais, palestinos), mas só 25 mil contavam com autorização para trabalhar.

A marginalização aproximou os refugiados palestinos das fatias miseráveis da população : os muçulmanos, principalmente xiitas, mas também su-nitas e a minoria drusa, encastelada nas montanhas do Chuf, no centro do país.

A situação libanesa era de tensão constante entre as comunidades. As explosões também eram frequentes, às vezes, por motivos difíceis de enten-der para quem vive fora de lá. Certa vez, uma briga de trânsito levou à guerra duas cidades vizinhas: Zghorta (cristã) e Trípoli (muçulmana sunita).

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No ano de 1976, surgiu um acordo de paz nego-ciado pela Síria, algo que não saiu do papel. Neste mesmo ano o Egito apoiou os palestinos, e subiu ao poder, no Líbano: Elias Sarkis, indo contra as ideias dos muçulmanos. O Encontro de Riad firmou o seu governo, tendo a aceitação por parte dos muçulma-nos.

Neste conflito deu-se a intervenção de Israel e dos EUA, que somente viram o conflito ser encerrado na década de 1980.

O IrãDesde o ano de 1925, o governo iraniano estava

nas mãos da dinastia Pahlevi, promovendo um go-verno monárquico. Na década de 70, esta família, por meio de Mohamed Reza Pahlevi, promoveu reformas no país, em que a maioria da população não aceitou. Estava montado o palco para a Revolução.

No ano de 1979, o primeiro ministro Chapur Bakitar renunciou em nome do líder religioso islâmico Aiatolá Khomeini, que recolocou as tradições islâ-micas em foco no poder do Irã. Toda a estrutura do Irã foi refeita seguindo os dogmas religiosos. Estava feita a revolução.

Irã X IraqueO conflito tinha como principal alvo os grandes

poços de petróleo das duas regiões: o Irã apoiado pela URSS, e o Iraque pelos EUA (ironia do destino, nação esta que anos mais tarde estaria bombarde-ando Bagdá).

O principal alvo era a disputa pela região do Canal de Chatt-el-Arav. A guerra somente alcançou o seu fim após a intervenção da ONU.

Sunitasv: indivíduo que segue a Suna (comple-mento do Corão).

Xiitas: seita religiosa adepta às crenças dos Persas (seguidores de Maomé).

O conflito do Golfo PérsicoEm agosto de 1990, o ditador iraquiano Saddam

Hussein ordenou a invasão e ocupação do vizinho Kuwait, sob a alegação de que historicamente o pe-queno país fazia parte do Iraque. O presidente norte-americano, George Bush, reagiu energicamente. Exigiu que a Organização das Nações Unidas, a ONU, adotasse uma série de medidas punitivas, incluindo um amplo boicote econômico ao Iraque. Hussein recebeu um ultimato: teria que sair do Kuwait até o dia 15 de janeiro de 1990.

A crise no Golfo Pérsico evidenciava a nova postura diplomática dos Estados Unidos. Nos tempos da Guerra Fria, as principais questões mundiais eram decididas pelo Conselho de Segurança da ONU, um âmbito de decisões em que Moscou e Washington exercitavam seu poder de veto de acordo com o vai-e-vem das tensões entre as superpotências. Na crise do golfo, esse jogo já não existia. Os Estados Unidos tomavam todas as iniciativas. Entre a invasão do Kuwait, em agosto de 90, e o fim do prazo para a retirada dos iraquianos, em janeiro de 91, o presi-dente Bush enviou 500 mil soldados americanos ao Golfo Pérsico.

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KUWAIT

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Cidade doKuwait

Território ocupado do IraqueIntervenção das forças internacionaislideradas pelos Estados Unidos

GolfoPérsico

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Território ocupado do IraqueIntervenção das forças internacionaislideradas pelos Estados Unidos

O conflito no Golfo Pérsico.

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Cronologia dos conflitos armados entre Israel e os países árabes (1948–1973)

CONFLITO DATA OPONEN-TES

PRINCIPAIS FATOS

Primeira guerra árabe-israelen-se (guerra de independência de Israel).

Maio de 1948 – janeiro de 1949 (os armistícios foram assinados entre fevereiro e junho de 1949).

Israel contra Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria – membros da Liga Árabe.

– recusa árabe à partilha da Palestina proposta pela ONU, gerou a declaração de guerra a Israel.– os israelenses derrotaram seus oponentes, ocupando a Galileia e o deserto de Neguev.– Jerusalém foi dividida entre a Jordânia e Israel. Israel incorporou a Cisjordânia.– A faixa de Gaza ficou com o Egito.

Guerra de Suez.

Outubro de 1956.

Israel apoiado pela França e pela Inglaterra contra o Egito.

– a nacionalização do canal de Suez e o fechamento do porto de Eilat, no golfo de Acaba.– Israel conquistou a península do Sinai e controlou o golfo de Ácaba.– Pressões da URSS e dos EUA fizeram Israel recuar às fronteiras em 1949, sob supervisão da ONU.

CONFLITO DATA OPONENTES PRINCIPAIS FATOS

Guerra dos 6 dias.

5/6/1967 a 11/6/1967.

Israel contra Egito, Jordânia e Síria.

– A tensão na região atingiu níveis críticos, em 1966, pois a Síria passou a dar apoio aos grupos guerrilheiros palestinos. – em abril de 1967, a força aérea israelense atacou a Jordâ-nia. – em 15/5/1967, o Egito colocou a sua força aérea em alerta.– em 5/6/1967 Israel arrasou as tropas do Egito, da Síria e da Jordânia.– Israel conquis-tou a península do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia e as colinas de Gola. – O cessar-fogo decretado pela ONU, foi atendi-do pelos árabes, mas Israel não retirou suas tro-pas dos territó-rios ocupados.

Guerra do Yom Kippur.

1973. Egito e Síria contra Israel.

– Israel manteve os territórios ocupados em 1967.

– Os egípcios conseguiram penetrar no território judeu.

– O conflito armado terminou em impasse e a área israelense não mudou.

(PIZZANATO, Alceu. História Moderna e Contemporânea.

Ática; São Paulo, p. 349 e 350.)

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(Unicamp) A primeira palavra que vem à cabeça de 1. qualquer um que pense em Oriente Médio é “conflito”. Região que deu origem às grandes civilizações e a reli-giões que ainda hoje encontram seguidores nos quatro cantos do mundo.

(Keila Grinberg. O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses. In:

Século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, vol. 3, p. 99.)

Nomeie três importantes religiões que se origina-a) ram no Oriente Médio.

Explique as condições de criação do Estado de Israel.b)

O que é a questão palestina?c)

Solução: `

Judaísmo, cristianismo e islamismo.a)

Imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, b) em 1948, já no contexto da Guerra Fria, tendo como objetivo, dentre outros, acolher os sobreviventes do Holocausto.

É o conflito resultante do não-reconhecimento, por c) parte de Israel, do direito de autodeterminação do povo palestino, impossibilitando a criação de um Es-tado nacional para esse povo.

(UFR) “O governo de Sua Majestade encara favoravel-2. mente o estabelecimento de um Lar Nacional para o povo judeu e fará todo o possível para a realização deste objetivo, ficando claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas na Palestina”(...)

(BALFOUR, Arthur J., Ministro do Exterior

Britânico, 2 nov. 1917.)

A célebre Declaração Balfour tornou-se uma das bases para a ação do nacionalismo judaico.

Explique como se concretizou o pensamento de a) Balfour após a Segunda Guerra Mundial.

Explique uma das causas do não-cumprimento da b) Declaração Balfour em relação aos Palestinos.

Solução: `

A criação, em 1948, do Estado de Israel.a)

As recomendações da ONU que previam a criação b) de um estado Palestino não foram cumpridas em

decorrência de antagonismos religiosos, culturais, econômicos e ideológicos entre israelenses e palesti-nos, o que acabou gerando a discriminação e a perse-guição, no Oriente Médio, de milhares de palestinos.

(UFU) Leia e analise os textos abaixo: 3.

“...A terra ainda pouca. Voltaire a descreveu como uma enfadonha sucessão de pedras e desertos. Até hoje é mais ou menos assim. Apenas arrumaram grande parte das pedras em forma de casas, edifícios e cidades. E os desertos, pouco a pouco, foram transformados em lavoura, pomares e jardins.”

“...Os judeus venceram o deserto, mas não conseguiram o mesmo com seus vizinhos.”

“.. Nas ruas de Jerusalém ou Tel Aviv, nas sinagogas e mesquitas com motivos justos ou injustos, a guerra não acaba. Mas faltam pretextos para ambos os lados.”

(CONY, Carlos Heitor. Folha de S. Paulo, 23 de abril de 1998.)

Com relação aos conflitos mencionados, responda:

O que significa, do ponto de vista geográfico, a) “vencer o deserto”?

Qual a importância estratégica para Israel dos b) territórios ocupados em 1967, na conhecida Guerra dos Seis Dias?

Qual a posição de Israel e dos Palestinos com c) relação à Faixa de Gaza e à Cisjordânia?

Por que o destino de Jerusalém é um compli-d) cador nas negociações entre palestinos e ju-deus?

Solução: `

Israel desenvolveu técnicas de irrigação para a) desenvolver agricultura.

Acesso a áreas com recursos hídricos, significa-b) do histórico-religioso, e acesso a rotas.

São territórios árabes ocupados por Israel na c) Guerra dos Seis Dias e são reivindicados para a formação da Pátria Palestina.

Jerusalém é capital religiosa de Israel; a porção d) oriental é reivindicada para ser a capital palesti-na. A cidade é de grande significação religiosa tanto para judeus como muçulmanos.

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FILMES: Golda.

Direção de Alan Gilson, 1982.

Exodus.

Direção de Otto Premenger, 1960.

(Unirio)1.

(BELMONTE. Caricatura dos Tempos. São Paulo;

Círculo do Livro/Melhoramentos, 1982.)

A caricatura do brasileiro Belmonte, datada de 1946, retrata um aspecto do conflito árabe-israelense, ainda existente nos dias de hoje. A caricatura mostra as:

negociações entre palestinos e israelenses sobre o a) processo de paz, conduzidas por mediadores euro-peus e norte-americanos.

tensões entre ingleses e judeus decorrentes do b) apoio britânico ao estabelecimento de um Estado muçulmano autônomo em todo o território pales-tino.

lutas entre palestinos e israelenses durante a ‘In-c) tifada’, movimento conhecido como a revolta das pedras.

dificuldades do Império Britânico em lidar com a d) crescente tensão entre judeus e palestinos, ambos reivindicando autonomia sobre o território da Pa-lestina.

disputas entre israelenses e árabes pela cidade de e) Jerusalém, considerada a capital de Israel e reivin-dicada como sede do futuro Estado palestino.

(UERJ) 2. Israel quer pôr argentinos em territórios ocupados por palestinos

O governo de Israel está aproveitando o momento de crise vivido na Argentina para incentivar a imigração de argentinos membros da comunidade judaica ao país.

No entanto, gera polêmica em Buenos Aires o fato de duas cidades propostas para a fixação de argentinos

estarem localizadas na Cisjordânia e nas colinas de Golã, territórios que se encontram ocupados por palestinos e têm sido palco de intensos conflitos nos últimos meses.

(SANDRINI, João. Folha Online, 18 fev. 2002.)

A intenção de Israel em localizar os estrangeiros justamente em áreas de intenso conflito pode ser, do ponto de vista político, interpretada como:

resposta à emigração palestina nas terras mencio-a) nadas.

tentativa de assentar mediadores para o conflito no b) local.

estratégia de afirmação da presença judaica nas c) áreas contestadas.

promoção de maior diversidade social em um espa-d) ço culturalmente indefinido.

(PUC-Rio) As afirmativas abaixo referem-se aos confli-3. tos entre árabes e israelenses, após a Segunda Guerra Mundial.

Após a guerra, a partir de uma resolução da ONU, o I. mapa político da Palestina foi refeito dando origem a dois Estados, um árabe e outro judeu. Essa reso-lução não foi suficiente para os interesses israelen-ses que, apoiados pelo governo norte-americano, declararam guerra, unilateralmente, à Liga Árabe.

A criação do estado de Israel levou à evacuação da II. população árabe nas áreas pertencentes agora ao novo país. As vitórias nas guerras contra os países árabes e a conseqüente ampliação do território de Israel agravou o problema dos refugiados e deu ori-gem à chamada Questão Palestina.

A ação contínua dos guerrilheiros palestinos, nas III. últimas décadas, dividiu a sociedade israelense em dois grupos: o dos que defendiam a criação de um estado palestino multiétnico, englobando árabes e israelenses; e o dos que recusavam a existência de um estado palestino na região, defendendo, por ex-tensão, uma guerra para o extermínio da população árabe.

Na década de 1950, entre os refugiados palestinos, IV. começaram a surgir os primeiros grupos de guer-rilheiros que tinham como proposta a fundação de um Estado palestino e a devolução por Israel de to-dos os territórios ocupados.

Assinale:

se somente as afirmativas I e II estiverem corretas;a)

se somente as afirmativas I e III estiverem corretas;b)

se somente as afirmativas I, II e IV estiverem cor-c) retas;

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se somente as afirmativas II e III estiverem corre-d) tas;

se somente as afirmativas II e IV estiverem corre-e) tas.

(UERJ) “(...) é de assustar o número de partidos que 4. vêm se formando e ganhando apoio popular em diversos países muçulmanos, usando muitas vezes a violência para alcançar seus objetivos. A Argélia e o Afeganistão são apenas os exemplos mais evidentes desta situação, e a contínua existência de grupos fundamentalistas entre a população palestina é prova da vitalidade de suas ideias.

Da mesma forma, Israel, hoje, vive as consequências do profundo dissenso ideológico e cultural entre judeus seculares e fundamentalistas. Acirrando um conflito que teve origem no próprio momento de fundação do Estado, opostos à paz com os árabes e à pluralidade política e religiosa, os judeus fundamentalistas são a maior ameaça à consolidação da democracia em Israel.

(...) Isto muda completamente a situação com a qual israelenses e árabes estavam acostumados a lidar há quase um século, quando o inimigo era o vizinho. Agora, o inimigo está do lado de dentro.”

(CRINBERG, Keila. In: REIS FILHO, D. et al. (Org.). O Século XX: o

tempo das dúvidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.)

Segundo a ideia central deste texto, as dificuldades para a consolidação da paz, neste momento, no Oriente Médio, estão relacionadas, de forma geral,

à permanência de divergências entre árabes e ju-a) deus.

às disputas internas no mundo muçulmano e em b) Israel.

à dissolução do fundamentalismo religioso na Ar-c) gélia e no Afeganistão.

o enfrentamento entre os partidos da esquerda na d) Argélia e em Israel.

(UFRJ) “O governo de Sua Majestade encara favora-5. velmente o estabelecimento de um Lar Nacional para o povo judeu e fará o possível para a realização deste objetivo, ficando claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas na Palestina”(...)

(BALFOUR, Arthur J. Ministro do Exterior

Britânico, 2 nov. 1917.)

A célebre Declaração de Balfour tornou-se uma das bases para a ação do nacionalismo judaico.

Explique como se concretizou o pensamento de a) Balfour após a Segunda Guerra Mundial.

Explique uma das causas do não-cumprimento da b) Declaração Balfour em relação aos Palestinos.

(UFRN) Desde o século XIX até os dias atuais, a presen-6. ça ocidental no mundo islâmico vem assumindo formas diversas, seja na disputa pelo controle do petróleo, na interferência para a criação de um Estado no seio dos territórios árabes, ou mesmo na disseminação de valores e formas de vida estranhos à cultura muçulmana.

O quadro conflituoso decorrente é agravado pela coexistência, em um mesmo espaço, de três grandes religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo). Esse conjunto de circunstâncias transforma o Oriente Médio e áreas vizinhas em palco de inúmeras tensões que, às vezes, se desdobram em conflitos de repercussão internacional.

À luz dessas ideias:

descreva uma situação de tensão ou conflito ocorri-a) da no Oriente Médio e áreas vizinhas, identificando os países diretamente envolvidos e a principal razão dessa tensão ou conflito.

analise o papel da religião nos movimentos de re-b) ação à presença ocidental no mundo islâmico e o modo como esses movimentos atuam para alcan-çar seus objetivos.

(UFPB)7.

Os mapas acima descrevem o crescimento territorial de Israel muito além do que a ONU havia estipulado em 1947.

(KAMAL, Leandro de. Oriente Médio.

São Paulo: Scipione, 1994. p. 26. Adaptado.)

Dentre as alternativas, marque a que não constitui causa dessa expansão.

A aliança dos países árabes nunca significou uma a) estratégia unificada, apesar de Israel ser seu inimi-go comum.

Os EUA nunca deixaram de favorecer o exército is-b) raelense, em que pesem as ambiguidades e o jogo duplo com os árabes.

A Inglaterra sempre se mostrou simpática à criação c) de um “lar judeu” na região, embora mantivesse o controle sobre a Palestina desde a Primeira Guerra.

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A URSS, apesar dos seus desentendimentos com d) os EUA, apoiou, incondicionalmente, com armas e munições, o avanço do exército israelense.

A grande Lei do Retorno, assinada em 1950, pro-e) porcionou uma imigração em massa do povo judeu para Israel, garantindo a manutenção das áreas conquistadas.

(UEL) Um dos grandes conflitos do Oriente Médio 8. tem sido o confronto árabe-israelense, cujas origens remontam ao período que segue à:

Segunda Guerra Mundial, quando os países ven-a) cedores apoiaram a Liga Árabe a invadir o território de Gaza.

Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Na-b) ções, pressionada pelos Estados Unidos, dividiu o território Palestino para criar o Estado de Israel.

Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, por meio c) das forças de paz, obrigaram Israel a abandonar o Sinai, garantindo o controle do Canal de Suez ao Egito.

Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Na-d) ções aprovou a Declaração Balfour, colocando a Palestina sob o governo da Inglaterra.

Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, retiran-e) do suas tropas da região, permitiu a ocupação da colina de Golan e dos territórios da Cisjordânia.

(Fatec) “O principal símbolo de intolerância política da 9. Alemanha Oriental era o muro de Berlim, erguido em 1961 para impedir a passagem de alemães orientais para a parte ocidental. Este muro só foi derrubado em novembro de 1989.” A consequência desse fato foi:

a modernização da indústria arcaica da Alemanha a) Ocidental.

a democratização do socialismo.b)

a assinatura de um acordo de livre trânsito entre os c) dois povos.

a reunificação da Alemanha.d)

a transferência da capital da Alemanha Oriental e) para BONN.

(Fatec) “Eles acham que se as forças do mercado 10. agirem livremente a produção aumentará, beneficiando a todos. São favoráveis, também, à privatização das empresas estatais, da assistência médica, das escolas e da previdência social com o objetivo de acabar com os gastos públicos excessivos. Acreditam ainda que, com a diminuição dos impostos, os empresários terão mais recursos para investir e que a liberação das importações e a abertura total da economia para o capital estrangeiro serão benéficas para a economia do país.”

O texto retrata, em linhas gerais, o ideário e a postura dos:

neoliberais.a)

nacionalistas.b)

mercantilistas.c)

neocolonialistas.d)

economistas clássicos.e)

(UFC)1.

(SACCO, Joe. Palestina. São Paulo: Conrad do Brasil, 2000, p.12.)

O desenho acima, extraído da reportagem em quadrinhos “Palestina”, de Joe Sacco, apresenta um slogan sionista do fim do século XIX. O autor procurou, com a imagem, fazer uma crítica a uma questão que, segundo ele, explica o trágico conflito na região até hoje.

Analise a imagem e encontre nas alternativas abaixo a que corresponde à explicação do autor para o conflito.

A Palestina era uma terra sem povo, mas, após a a) criação do estado de Israel, os palestinos se dirigi-ram para lá.

Os judeus negaram a presença do povo palestino b) na terra que reivindicavam para si.

Os judeus não constituíam um povo porque não c) tinham terra.

Os palestinos cederam terras improdutivas aos ju-d) deus.

Judeus e palestinos eram povos sem terra.e)

(Cesgranrio) Quanto aos conflitos entre árabes e israe-2. lenses, podemos dizer que:

se aceleram com a partilha da Palestina realizada I. pela ONU em 1947, o que deu origem ao estado de Israel e da qual decorreu a guerra de 1948-1949, que terminou com um acordo de cessar fogo em que ficava estabelecida a divisão de Jerusalém e a fixação das fronteiras entre Israel e os países ára-bes.

na década de 1960, os conflitos adquirem maior II. violência em função do aumento dos atos terroristas

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palestinos e da aliança militar e política entre Egito, Síria e Jordânia, o que leva ao bloqueio econômico de Israel e dá Início à Guerra dos Sete Dias.

na década de 1970, os conflitos determinam a ex-III. plosão da Guerra do Yom Kippur, em 1973, de que resulta a fixação dos limites territoriais no Oriente Médio e o reconhecimento por parte de Israel, da OLP, comandada por Arafat, como representante legítima dos interesses palestinos.

Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):

Apenas I.a)

Apenas I e II.b)

Apenas II.c)

Apenas II e III.d)

Apenas III.e)

(Unirio) As dificuldades de construção da paz no Oriente 3. Médio estão ligadas a diversos conflitos históricos que marcaram a convivência dos povos da região ao longo do século XX. Assinale a opção que apresenta corretamente um desses conflitos.

Na Palestina, a origem do conflito árabe-israelense a) remonta à Declaração Balfour (1917) que, ao final da Primeira Guerra Mundial, submeteu esse país à administração inglesa comprometida com a criação do estado de Israel.

No Egito, o protetorado francês sobre a monarquia b) árabe reinante impediu o golpe de estado liderado por Gamal Nasser, reconhecendo a soberania de Israel sobre o canal de Suez (1956).

Em Israel, a Guerra dos Seis Dias (1967) acarretou c) a perda dos territórios da península do Sinai e da faixa de Gaza para a Coligação Árabe, o que agra-vou os conflitos na região até a devolução desses territórios pelos acordos de Camp David.

No Líbano, a guerra civil (1975), que opôs cristãos, d) palestinos e muçulmanos, encerrou-se com a inva-são jordaniana do território libanês e a divisão do Norte do país entre a Síria e a Turquia.

No Irã, a revolução liderada pelo Aiatolá Khomeini e) (1979) substituiu a dinastia Pahlevi, aliada política e militarmente à União Soviética, por uma República Islâmica fundamentalista.

(UFF) 0 fundamentalismo islâmico começa a ser mais 4. comentado como fenômeno político e religioso a partir do final da década de 70 deste século.

Identifique a opção que contém os principais eventos que inauguraram tal notoriedade.

Invasão do Kuwait pelo Iraque e Guerra do Golfo.a)

Exílio do xá do Irã e proclamação de uma República b) Islâmica naquele país, sob liderança dos aiatolás.

Crise de Suez e intervenção franco-britânica na c) Zona do Canal.

Deposição do rei da Líbia e estabelecimento de um d) regime islâmico por Muammar Khadafi.

Deposição do rei Farouk do Egito e proclamação de e) uma República Islâmica por Gamal Abdel Nasser.

(Cesgranrio) A recente viagem de Bill Clinton, presidente 5. dos Estados Unidos da América, à República Popular da China, relaciona-se com o(a):

estabelecimento de novas áreas de interesse co-a) mercial e político dos EUA na Ásia.

retorno da bipolaridade internacional gerada du-b) rante o conflito da Guerra Fria.

apoio às aspirações da China comunista em integrar c) o Conselho de Segurança da ONU como membro permanente.

formação de parcerias econômicas e militares d) transnacionais em substituição à opção européia e à Otan.

tentativa de reorganização dos pactos militares do e) ocidente contra o poderio russo.

(Cesgranrio) O processo de globalização característico 6. da história contemporânea, no final do século XX, está ligado a mecanismos de integração econômica, dos quais o Brasil participa intensamente por meio da:

proposta brasileira de integração da América com a a) Comunidade Europeia, por meio da Alca;

consolidação da integração dos países do “Cone b) Sul” no Mercosul.

projeção como líder da Comunidade do Países de c) Língua Portuguesa.

aliança com os Estados Unidos na liderança do d) Mercosul e da Alca;

defesa da transformação do Nafta em mercado co-e) mum americano.

(UERJ) Depois da Guerra do Yom Kippur (1973), a OLP 7. começou a descartar o terrorismo como arma política (a não ser nos territórios ocupados de Gaza, da Cisjordânia e de Israel) e passou a buscar seus objetivos pela via diplomática. Os reflexos dessa estratégia geral da ONU, e a OLP foi admitida como “observador permanente” daquele organismo.(OLIC, Nelson Basic. Oriente Médio: uma região em conflitos. São

Paulo: Moderna, 1991.)

Cite uma consequência, de caráter internacional, a) da Guerra do Yom Kippur.

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Descreva a relação entre o surgimento do estado b) de Israel (1948) e a criação da OLP.

(Unirio) “Trocaremos terra por paz”8.

Yitzhak Rabin

A questão palestina envolve árabes e judeus em diversos conflitos e antagonismos, cujas origens históricas remontam, dentre outros fatos, à:

subordinação do território palestino à tutela do a) governo britânico, envolvido com a criação de um Estado nacional judeu, expressa na Declaração Bal-four (1917);

ocupação militar do território palestino pelo Iraque b) como resultado da Primeira Guerra Árabe-Israelen-se (1948-49), que desestabilizou politicamente a região;

invasão da Península do Sinai, das colinas de Golam c) e da Palestina pelo Egito, liderada pelo presidente Nasser, durante a Crise do Canal, como de Suez (1956);

imposição da autoridade policial da Organização d) para a Libertação da Palestina sobre os territórios da Cisjordânia e da faixa de Gaza, como resultado do acordo de paz que encerrou a guerra do Yom Kippur (1973);

legalização da ocupação militar e administrativa e) exercida pela Síria sobre o sul do Líbano e a Palesti-na, reconhecida pelos Estados Unidos nos acordos de Camp David (1979).

(UFF) O Oriente Médio é, até os nossos dias, um dos 9. principais “barris de pólvora” do mundo contemporâ-neo.

Considere as afirmativas.

O Movimento Sionista expressa a luta pela consti-I. tuição de um Estado em um estado Palestino.

Os vários grupos religiosos presentes no Líbano II. são focos de radicalização das tensões sociais.

A Guerra de Suez, em 1956, foi um conflito entre as III. tropas de Israel e do Egito.

Em 1947, a ONU aprovou um plano de partilha da IV. região da Palestina, para formar dois estados: um judaico e outro árabe.

No Livro Sagrado dos muçulmanos - o Corão - há o V. reconhecimento da cultura e religião israelenses.

Os Acordos de Camp David sancionaram a incor-VI. poração legal das regiões de Gaza e da Cisjordânia pelo estado de Israel.

As afirmativas que estão corretas são as indicadas por:

I, III e Va)

I, V e VIb)

II, III e IVc)

II, IV e VId)

II, V e VIe)

(Unicamp) A primeira palavra que vem à cabeça de 10. qualquer um que pense em Oriente Médio é “conflito”. Região que deu origem às grandes civilizações e a reli-giões que ainda hoje encontram seguidores nos quatro cantos do mundo.

(GRINBERG, Keila O Mundo Árabe e as Guerras Árabe-Israelen-

ses. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, vol. III, p. 99.)

Nomeie três importantes religiões que se origina-a) ram no Oriente Médio.

Explique as condições de criação do estado de Is-b) rael.

O que é a questão palestina?c)

O Oriente Médio é uma área estratégica do mundo 11. atual, não só por ser uma região de passagem entre a Europa, a Ásia e a África, mas também por possuir mais da metade das reservas de petróleo do mundo. Esta riqueza não está igualmente distribuída pelos países que o constituem. Considere estas informa-ções e responda.

Quais os países do Oriente Médio que pos-a) suem as maiores reservas de petróleo? Por que a maioria de suas populações não se beneficia igualmente das divisas geradas por este impor-tante recurso?

Por que Arábia Saudita e Irã disputam a sobera-b) nia sobre o Estreito de Ormuz?

Por que foi criada a OLP (Organização para a Libertação 12. da Palestina) em 1964?

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D1.

C2.

E3.

B4.

5.

A criação, em 1948, do estado de Israel.a)

As recomendações da ONU que previam a criação b) de um estado Palestino não foram cumpridas em decorrência de antagonismos religiosos, culturais, econômicos e ideológicos entre israelenses e pa-lestinos, o que acabou gerando a discriminação e a perseguição, no Oriente Médio, de milhares de palestinos.

6.

O conflito árabe-israelense envolvendo judeus e a) muçulmanos palestinos, cujas origens remontam a 1948, quando foi criado o estado de Israel, ga-nhou notoriedade recentemente com o reinicio da Intifada (“Guerra das Pedras”) pelo lado palestino,

diante dos obstáculos por parte de Israel à efeti-va criação do estado Palestino, que inclui a cessão de territórios da Cisjordânia e da faixa de Gaza. O conflito que já envolveu guerras como a “dos Seis Dias” (1967) e do “Yon-Kippur” (1973), tem se ca-racterizado pelo recrudescimento das partes, sem perspectivas de paz para breve.

Grupos radicais islâmicos, sob o pretexto da Djihad b) (“Guerra Santa”), contra os inimigos de Alá, recor-rem a ações terroristas que incluem suicidas con-siderados mártires. As ações têm como alvo prin-cipalmente cidadãos de governos considerados aliados de Israel, sobretudo dos Estados Unidos da América.

D7.

D8.

D9.

A10.

B1.

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A2.

A3.

B4.

A5.

B6.

7.

A Guerra do Yom Kippur levou os países árabes a a) utilizarem, pela primeira vez, o petróleo como estra-tégia de guerra, forçando os Estados que apoiavam a posição de Israel a reconsiderar a sua posição. Tal iniciativa ocasionou um aumento dos preços dos barris de petróleo no mercado internacional, cau-sando uma grave crise econômica mundial.

A Organização para Libertação da Palestina (OLP), b) surgiu da oposição da população palestina, em grande parte expulsa dos territórios onde morava, à constituição do estado de Israel. A divisão da Pa-lestina em dois estados, Palestina e Israel, proposta pela ONU, após a II Guerra Mundial, acabou não sendo aceita pela população árabe e originou con-flitos que se estendem até os dias de hoje.

A8.

C9.

10.

Judaísmo, cristianismo e islamismo.a)

Imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, b) em 1948, já no contexto da Guerra Fria, tendo como objetivo, dentre outros, acolher os sobreviventes do Holocausto.

É o conflito resultante do não-reconhecimento, por c) parte de Israel, do direito de autodeterminação do povo palestino, impossibilitando a criação de um Estado nacional para esse povo.

11.

Iraque, Emirados Arabes, Arabia Saudita. Porque a) sua extração e venda são realizados por iniciativa privada, ficando os lucros para os financiadores e para uma elite ou governo local.

Pois é a chave do controle sob o Golfo Pérsico.b)

Para lutar pela criação de um Estado palestino e contra 12. a presença de Israel na Palestina.

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Globalização e a nova ordem

mundial Século XXI

São uniões aduaneiras

Tarifas internas abolidas

Comuns estabelecidas

Zona de livre comércio

Tem transação liberada

Mercadorias circulam

Nas regiões acordadas

E no mercado comum

O processo é mais amplo

Unificação monetária

E tudo se integrando

Como todo casamento

Analise e fique vivo

Globalização tem os lados

Positivo e negativo.”

REFRÃO

Música: Julinho Carvalho

Letra: Carlos Alberto Pereira

Globalização. O que é isso? Com o final da União Soviética, a queda do Muro

de Berlim, sabemos que apenas um bloco sobreviveu, e foi o capitalista. A partir disso, instaurou-se no mun-do novas relações econômicas e geopolíticas, dando origem a chamada Nova Ordem Mundial.

Os anos 60, ficaram marcados por uma produ-ção voltada à alta tecnologia, caracterizada numa tríplice base: a microeletrônica, a biotecnologia

Música de globalização

“Estamos ao mesmo tempo

No Brasil ou no Japão

É o mundo ligadinho

Pela globalização

Evolução do capitalismo

Relações serão globais

Mercado externo dinâmico em

serviços e capitais

No processo (do capitalismo) são importantes

As multinacionais

E a revolução científica

Nos sistemas mundiais

Biogenética, informática

Comunicação, engenharia

Internet, produtos

Lucros, mercadorias

Grandes blocos econômicos

Vêm da unificação

Que de acordo com interesses

Geram regionalização

REFRÃO

Primeiro passo que surge

REFRÃO

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e a química fina. Estava dado o início da Terceira Revolução Tecnológica.

Este momento teve como principal caracterís-tica o surgimento de grandes conglomerados de empresas para serem mais competitivas no mercado mundial, como, por exemplo, o surgimento da Am-bev (Brahma e Antártica); AOL, Time Warner e EMI; entre outros.

A parceria é o método mais utilizado pelas grandes empresas, possibilitando uma maior competitividade e o retorno do lucro mais rápido, destacando, nesses mercados, o fim das barreiras alfandegárias.

Já se sabe a situação da pequena e média empresas neste mundo de megaempresas. Além de perderem espaço para as multinacionais e possuírem uma carga tributária penosa para os seus bolsos, ainda hoje tentam soluções milagrosas para sobre-viverem ao mercado monstruoso.

A Globalização, além de ser o que já citamos, destaca-se também pela formação de Blocos Econô-micos, diminuindo ou acabando com as tarifas alfan-degárias dos países membros do respectivo bloco.

Ex.: Nafta; UE (União Europeia); Bloco do Pací-fico; Mercosul; Alca; entre outros.

Globalização“Essa é uma realidade problemática, atraves-

sada por movimentos de integração e fragmentação. Simultaneamente à interdependência e à acomoda-ção, desenvolvem-se tensões e antagonismos. Impli-cam tribos e nações, coletividades e nacionalidades, grupos e classes sociais, trabalho e capital, etnias e religiões, sociedade e natureza. São muitas as diver-sidades e desigualdades que se desenvolvem com a sociedade global. Algumas são antigas e outras recentes, surpreendentes.Para compreender os mo-vimentos e as tendências da sociedade global, pode ser indispensável compreender como as diversidades e desigualdades atravessam o mundo.”

(IANNI, Octavio. A Era do Globalismo.Civilização

Brasileira: Rio de Janeiro, 1996.)

Na década de 1990 a economia mundial passou por grandes transformações. A guerra fria acabou e o capitalismo expandiu-se para países do antigo bloco socialista. A maioria das nações abriram as suas economias, o que estimulou a entrada de in-vestimentos externos e o aumento das exportações. O FMI e o Banco Mundial difundiram a ideia de que a abertura econômica e a redução do papel do esta-do nas economias, por meio das privatizações, era o

caminho para o desenvolvimento de todas as nações (programa neo liberal.)

O termo globalização pode ser descrito como uma crescente interdependência entre governos, empresas, movimentos sociais e indivíduos. Hoje, as cadeias produtivas e os fluxos de capital e mercado-rias interligam nações distantes. Os capitais podem fluir imediatamente de um ponto a outro do planeta, em busca de taxas de remuneração mais atrativas.

Seria um bem-estar aos indivíduos a redução das disparidades econômicas entre os países. Quem dera que isso fosse a realidade. No entanto, o que acontece realmente é que os países industrializados continuaram prosperando mais que as nações em desenvolvimento.Um dos motivos do agravamento dessas diferenças é a política protecionista praticada pelas nações desenvolvidas, que concedem subsídios para a indústria e a agricultura e dificultam a entrada de mercadorias vindas de outros países. Com isso, os países em desenvolvimento para os quais os pro-dutos agrícolas têm grande importância na balança comercial, como é o caso do Brasil, enfrentam difi-culdades em exportar.

Muitos analistas afirmam que a globalização favoreceu apenas o capital financeiro,as multinacio-nais e os países ricos.O FMI admitiu que com ajuste das contas públicas, o corte dos gastos da máquina estatal, a redução do número de funcionários públicos e a reforma no sistema previdenciário, é possível criar uma globalização mais justa. A indagação ainda fica no ar, mais justa pra quem?

Os rumos da economia

Fórum econômico mundial

Fórum social mundial

Objetivos Promover o encontro entre líderes econômicos e políticos internacionais para debater sobre os problemas cruciais da atualidade e elaborar estratégias de mudanças.

Promover o encon-tro de entidades e movimentos da so-ciedade civil que se opõem ao neolibe-ralismo para refletir, debater e formular propostas visando uma globalização solidária.

Fundação 1970, Davos, Suíça. 2001, Porto Alegre Brasil.

Quem promove

Organização internacio-nal financiada por mil grandes corporações.

Organização inter-nacional, composta por mais de 100 entidades e ONGs internacionais.

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Fórum econômico mundial

Fórum social mundial

Quem participou da última edição

Representantes de 98 países: 2 100 pesso-as, entre elas, empre-sários, 21 chefes de estado, representan-tes de ONGs e jornalistas.

Representantes de 156 países; 100 mil pessoas, entre elas: representantes de ONGs e entidades, 2 chefes de estado e jornalistas.

Alca A Alca

O que é: Área de Livre Comércio das Américas

Objetivo: eliminar progressivamente as barreiras ao comércio e ao investimento, do Alaska à Terra do Fogo.

Número de países: 34

Exceção: Cuba

População total: mais de 800 milhões de pessoas

PIB total: 12 trilhões de dólares

Histórico: a ideia foi lançada na Cúpula das Américas, em Miami, em 1994. As negociações começaram em 1998.

Situação atual: os EUA e o Brasil são co-presidentes da negociação, que vive um impasse.

Estudo da UnicampQual seria o impacto na economia brasileira

se a ALCA entrasse em vigor, zerando as tarifas de importação dos 34 países? Esse estudo mostra que quanto mais competitivo o setor, mais chances suas empresas teriam de lucrar com o acordo de livre-comércio.

Os grupos mais competitivos seriam o do café, papel e celulose, cítricos, couro e calçados, siderur-gia, têxtil e confecções. Os grupos que teriam opor-tunidades e ameaças na mesma proporção seriam os cosméticos, a madeira e móveis e a cerâmica. Já os grupos que sofreriam mais seriam os de bens de capital, a química e petroquímica, o de plásticos e estaleiros.

Balança Comercial do Brasil na América Latina (período de janeiro a agosto de 2003)

País Exportação Importação SaldoArgentina 2,628 bilhões 3,023 bilhões - 395 milhões

Paraguai 419 milhões 319 milhões 100milhões

Uruguai 225 milhões 335 milhões - 110 milhões

Bolívia 218 milhões 334 milhões - 116 milhões

Chile 1,156 bilhão 490 milhões 666 milhões

Colômbia 448 milhões 56 milhões 392 milhões

Cuba 43 milhões 7,9 milhões 35 milhões

Equador 223 milhões 13 milhões 210 milhões

México 1,708 bilhão 329 milhões 1,379 bilhão

Peru 296 milhões 151 milhões 145 milhões

Venezuela 292 milhões 158 milhões 134 milhões

(Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

In.: Jornal O Globo. 19 out. 2003.)

A profunda crise econômica da Argentina e a construção da Alca quase mataram o Mercosul. Mas resultados eleitorais em 3 dos 4 países mem-bros deram um novo ânimo ao bloco: Lula (Brasil), Kirchner(Argentina), e Nicanor Duarte (Paraguai).

Os EUA aprovaram em agosto de 2002 o TPA (Trade Promotion Authority), lei também conhecida como “fast track” (via rápida), que dá prerrogativas especiais ao presidente para firmar acordos comer-ciais sem a aprovação do congresso. A Alca já foi comparada à sociedade entre o lobo e um rebanho de cordeiros. Ou também, a luta de uma águia contra um pintinho, como foi apresentado na capa da revis-ta Veja, de outubro do ano de 2003, com a seguinte pergunta: “Coragem ou Estupidez?”, referindo-se à atitude do Brasil em peitar os EUA na Alca.

Com a estagnação do Mercosul, aumentou a pressão dos EUA pela criação da Alca, onde estes possuem um enorme interesse na formação desse megabloco, pois a América Latina é a única região econômica do mundo com a qual os EUA mantém superávit em sua balança comercial.

A oposição está presente no Brasil, pois se ob-serva um cenário no qual produtos norte-americanos inundariam o mercado brasileiro sem que houvesse contrapartida.

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Os EUA aprovaram em 2002 a lei denominada FARM BILL, que destina 40 bilhões de dólares para os seus agricultores nos próximos dez anos.

No esforço para fortalecer o bloco do Mercosul nas negociações da ALCA, o Brasil investe na criação de uma zona de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE). Outra estratégia é a de atrair para o Mercosul os países andinos e abrir o caminho para a formação da Área de Livre Comércio Sul-Americana (ALCSA).

Características da globalização

A globalização nos apresenta várias facetas. Entre elas, podemos encontrar a questão financeira diretamente ligada à questão de empréstimos inter-nacionais, além do dinheiro denominado volátil que circula nas bolsas de valores. Outro ponto essencial para a existência da globalização é o desenvolvimen-to do setor industrial, que passa a deter o poder de tomar as decisões econômicas em outros países no lugar do Estado, que passa a ser um ator coadjuvante.Outro muito importante é a existência do consumidor, que vai gerar lucro para as multinacionais.

Porém, um fator negativo no processo da glo-balização é o surgimento do chamado desemprego estrutural, caracterizado pela introdução de tec-nologias nas fábricas,que geralmente robotizam as suas linhas de montagem não necessitando mais de tantos trabalhadores. Porém esse fato é uma “si-nuca de bico” para o capitalismo, pois, ele precisa produzir mais tendo um gasto menor, logo gerando mais lucro para o patrão. Contudo, o indivíduo de-mitido era geralmente também o consumidor. Logo, se você está diminuindo o número de pessoas que consomem, imediatamente você está diminuindo o lucro e estagnando a economia. Em alguns países, principalmente os europeus, a ideologia da social- -democracia, isto é, a chamada terceira via está se fortalecendo. Esta busca atender mais a questão social e garantir o emprego, mantendo com isso, em funcionamento, o sistema capitalista.

A nova ordem mundial

“ O que se deve fazer quando um concorrente está se afogando? Pegar uma mangueira e jogar água em sua boca.”

(Ray Kroc, fundador da rede de lanchonetes McDonald’s. In:

Veja. Edição Extra. O século XX.)

A ordem internacional da Guerra Fria refletiu-se em um modelo teórico e didático de apreensão do espaço mundial. Esse modelo, fundado na subdivisão do globo nos “três mundos” dos livros de geografia, apoiava-se em realidades que entraram em colapso.

A nova ordem mundial implica a revisão dos conceitos tradicionais que, por décadas, serviram para explicar a organização geopolítica e geoeconô-mica do espaço mundial.

O deslocamento da natureza, do poder dos arsenais nucleares e convencionais, para maior pro-dutividade e influência das economias, constituiu um dos mais notáveis fenômenos que acompanharam a dissolução da ordem da Guerra Fria.

A multipolaridade do poder global substituiu a rígida geometria bipolar do mundo do pós-guerra. A internacionalização dos fluxos de capitais e a in-tegração dos fluxos de capitais e a integração das economias nacionais atingiram um patamar inédito. Como consequência, os polos de poder da nova or-dem mundial apresentam contornos supranacionais. Delineiam-se megablocos econômicos organizados em torno das grandes potências do fim do século.

Na América do Norte, constituiu-se a Nafta, •polarizada pelos Estados Unidos.

Na Europa, a Alemanha unificada funciona •como eixo de ligação entre o Leste e o Oeste do continente.

No Pacífico, o Japão centraliza uma vasta •área de influência.

A dissolução do Segundo Mundo expressa na transição para a economia de mercado (livre econo-mia), na antiga União Soviética e Europa Oriental, suscita questões cujas respostas somente aparecerão nos próximos anos.

A geometria do poder europeu depende ainda do desenvolvimento das relações econômicas e políticas entre a Alemanha unificada e a Rússia pós-comunista. Essas relações podem conduzir ao deslo-camento do eixo de poder europeu para o segmento da reta Berlim-Moscou, que se tornaria o sucessor do velho triângulo Londres-Paris-Bonn.

As reformas econômicas chinesas apoiadas sobre o alicerce do poder do Partido Comunista da China, representam uma reorganização radical do espaço do Leste asiático. Os crescentes investimen-tos dos chineses de Formosa, dos coreanos do Sul e dos japoneses no território continental da China, assinalam a integração de Pequim à esfera econômi-ca polarizada por Tóquio. Os indícios de retomada das relações políticas e diplomáticas entre Japão e China abrem a possibilidade da emergência de um poderoso bloco supranacional asiático.

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O Terceiro Mundo funcionou, por muito tempo, como um conceito crucial na reflexão e na prática didática da geografia. Representou uma tentativa de cartografar a pobreza, definindo seus contornos em escala global. A nova ordem mundial assinala a fragmentação do Terceiro Mundo em espaços perifé-ricos, que tendem a se integrar marginalmente aos megablocos econômicos.

Os “Dragões Asiáticos” e os países pobres •da Ásia meridional funcionam como áreas de transbordamento dos capitais japoneses.

A Europa do Leste e do Sul, bem como a Áfri- •ca do Norte, associa-se ao núcleo próspero da Europa centro-ocidental.

A América Latina entrelaça seu destino ao •da América do Norte.

“A nova ordem mundial ergueu-se sobre uma revolução tecnocientífica que reorganiza a localida-de das capitais no espaço geográfico. A crise das velhas regiões urbanas e industriais desenvolve-se paralelamente à emergência de eixos de crescimento econômico apoiado em novas tecnologias industriais, nas finanças e nos serviços. Nesse movimento, a pobreza dissemina-se por toda a superfície do globo, avançando sobre as fronteiras do Primeiro Mundo e instalando-se no coração dos Estados Unidos e da Europa Ocidental. No mundo todo, microespaços de prosperidade convivem com cinturões envolventes de pobreza e desemprego. Vastas regiões da Áfri-ca Subsaariana, América Latina e Ásia Meridional conhecem as tragédias associadas à miséria abso-luta. A nova ordem mundial não é mais estável ou segura que a ordem da Guerra Fria. Se o espectro da catástrofe nuclear parece ter sido afastado, novos demônios tomaram-lhe o lugar. A emergência dos nacionalismos e da hostilidade étnica, o ressurgi-mento do racismo e da xenofobia e a multiplicação dos conflitos localizados, evidenciam a componente de instabilidade introduzida pela decadência das velhas super-potências. O século vindouro não pro-mete um mundo melhor para se viver que o século que se encerra”.

(MAGNOLLI, Demétrio. O Novo Mapa do Mundo. Moderna,

Coleção Polêmica, 1993.)

A nova ordem mundial surgiu a partir da queda do mundo socialista e da URSS, tendo como estopim o ano de 1989, que marcou a queda do Muro de Berlim e a reunificação das duas Alemanhas sob a bandeira do capitalismo.

A década de 1990 nos apresenta, segundo o conceito de um geógrafo chamado Milton Santos, um mundo Unimultipolar, ou seja, um mundo multipolar no que se refere ao fator econômico com a existência

de vários blocos econômicos, como é o caso da União Européia e o Mercosul. O mundo é unipolar no que se refere à hegemonia política e militar dos EUA, como única potência do mundo, capaz de tomar decisões unilaterais que o favoreçam, como foi o caso da guerra contra o Afeganistão após os atentados do dia 11 de setembro de 2001, ou a guerra contra o Iraque, passando por cima da autoridade da ONU.

O conceito de neoliberalismo está diretamente associado ao ideal liberal de Adam Smith fundado no século XVIII. É óbvio que as suas idéias sofreram algumas alterações no decorrer do tempo, principal-mente no que se refere à intervenção do estado na economia, processo denominado de Estado Mínimo. Os pensadores neoliberais encontram os problemas das crises dos estados capitalistas concentrados nos seus gastos, ou seja, basta diminuir o gasto do estado para solucionar o problema.O princípio do Estado Mínimo, somente atuaria nos setores essen-ciais da sociedade, como é o caso da segurança, por exemplo.

Outro fator ligado a política neoliberal é a práti-ca das privatizações, muito comum nos países em de-senvolvimento, principalmente os da América Latina. Além das privatizações, outro ponto importante na política neoliberal é a terceirização, onde empresas prestam serviços a outras empresas, diminuindo os gastos trabalhistas, ou seja, o trabalhador deixava de ser corporativista para ser cooperativista.Vale lembrar que o neoliberalismo está dentro da lógica do pós-fordismo, isto é, investimento em tecnologia, política de estoque zero e uma maior alienação do trabalhador por meio da flexibilização das leis traba-lhistas. A política neoliberal também defende o fim das leis protecionistas, facilitando o livre mercado incentivando a formação de blocos entre os países, dentro da lógica de um mundo globalizado.

O projeto neoliberal“O projeto mais discutido e defendido pelos

grandes empresários, pelo governo e pela grande imprensa no Brasil é o projeto conhecido como ne-oliberal.

Em termos econômicos, o liberalismo defende a não-interferência do Estado na economia, que deve ser baseada no livre jogo das forças do mercado. O preço das mercadorias, por exemplo são definidos pela livre concorrência entre agentes econômicos e pela lei da oferta e da procura, na expectativa de que o aumento da oferta faça diminuir os preços e vice-versa.

No caso da definição dos salários dos trabalha-dores, deve prevalecer a livre negociação entre o ca-pital e o empregador sem a interferência do governo.

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Em outras palavras, a livre iniciativa de indivíduos e grupos, a livre concorrência entre eles e livre acesso à propriedades e ao lucro são alguns dentre os pontos essenciais de liberalismo.”

(MELLO, Leonel Itaussu; COSTA, Luís César Amad, História do

Brasil. São Paulo: Scipione. 1999.p.401.)

O marco inicial da nova ordem mundial foi a guerra do Golfo, no governo de George Bush, mas o primeiro presidente a ter um mandato inteiramente nesse período foi o democrata Bill Clinton, que teve como estratégia de governo aumentar os impostos dos mais ricos e reduzir os gastos públicos objetivan-do um crescimento na economia norte-americana. Isso acabou dando certo, o governo de Clinton conseguiu ser o mais próspero nos últimos 10 anos, que coincidentemente, tinham sido governados por representantes republicanos.O desemprego tinha diminuído e o símbolo do seu crescimento econô-mico era o cartão de crédito. Mas tudo que é bom um dia acaba, e no início do século XXI, coincidindo com a sua saída do governo e a entrada de George W. Bush no poder, os EUA mergulhariam numa crise econômica e num problema político de proporções internacionais, o combate ao terrorismo, no que foi denominada de Doutrina Bush, idealizada após os atentados de 11 de setembro.

Com o maior poderio bélico o orçamento militar dos EUA é maior do que o orçamento de todos os países da Europa Ocidental juntos. Com esse poder, os EUA voltaram a defender o papel de polícia, ago-ra interventora do mundo, pois com o fim da guerra fria, os EUA tornaram-se hegemônicos no mundo. O papel de interventor foi realizado em várias ocasiões durante a década de 1990, como foram os casos dos acordos de paz entre palestinos e israelenses, a in-tervenção na Colômbia ou na Bósnia, não podendo se esquecer do episódio de Kosovo.

Como já foi falado acima, após os republicanos retomarem o poder, uma crise econômica caiu sobre os EUA, causando a extinção de vários postos de empregos. No governo Bush, ao contrário de Clinton, ele cortou os valores dos impostos dos mais ricos e as despesas do estado relacionadas a questão assis-tencialista, ou seja, ao setor social.

Outra medida que causou revoltas mundiais foi a exploração de petróleo no Alaska, em reservas ambientais, contrariando os pedidos de ONGs am-bientalistas e a não assinatura do protocolo de Kyoto. Protocolo que determinava a redução, até 2012, da emissão de gás carbônico na atmosfera terrestre, que acaba acarretando em um aumento no efeito estufa e consequentemente na temperatura do pla-neta Terra.

No dia 11 de setembro de 2001 os EUA obser-varam que eles não são invulneráveis. Quatro aviões foram sequestrados e três deles foram jogados em sím-bolos norte-americanos, as torres gêmeas do World Trade Center e o Pentágono. O atentado foi interpre-tado como um ato terrorista organizado pela Al Qaeda de Osama Bin Laden,ex-colaborador da CIA contra a URSS no Afeganistão, durante a Guerra Fria.

World Trade Center.D

ave

Mye

rs.

A União Europeia vem se fortalecendo, e sua grande conquista foi a implantação do Euro como moeda corrente nos países membros, estando o euro, atualmente mais valorizado do que o dólar.Vale lembrar que esse bloco apresentou indícios de crise econômica no ano de 2001.

Um caso real, que chamou a atenção dos órgãos internacionais, foi a eleição de Haider na Áustria, político de orientação neo nazista.Outro caso foi a subida, na Itália, de Silvio Berlusconi, líder da coali-zão de ultra-direita daquele país.

A Alemanha, após a sua unificação, apresentou desequilíbrio econômico decorrente da introdução de mão-de-obra do lado oriental. Vale ressaltar também que muitas fábricas do lado oriental, acabaram fe-chando as suas portas, pois não possuíam condições de competirem com a economia capitalista do lado

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ocidental. Mesmo com os seus problemas, a Alema-nha continua sendo o centro da União Europeia e o país mais rico deste continente.

Século XXIMuitos são os acontecimentos que estão ao

nosso redor, se tivéssemos que abordar todos, não teríamos como expressar em tão poucas páginas. Por isso, enfocamos alguns tópicos relevantes nos últimos anos, como por exemplo o governo de Bush, que foi eleito para um novo mandato a partir de janeiro de 2005; relatar uma China que cresce sem parar. Vale lembrar que a China, especificamente, é o assunto melhor abordado dentro do bloco socialista, e outros acontecimentos afora. Façamos uma reflexão nos acontecimentos atuais relatados aqui.

“ O capitalismo tem como base a idolatria do bezerro de ouro, de Mamon, pois vive do culto da avareza, que é a raiz de todos os males.”

(Luiz Francisco de Souza, Procurador do Ministério Público Fede-

ral em seu livro Utopia Cristã. Retirado: Revista Veja,

15 out. de 2003.)

Os EUA em uma nova guerra

Os EUA derrubaram Saddam Hussein em ape-nas três semanas, tendo um mínimo de baixas em combate. Porém, esta vitória só foi obtida mediante de alto preço, que foi o isolamento internacional sem precedentes. A ONU recusou-se a legitimar a ação dos EUA, este alegando que o Iraque possuía em seu poder armas de destruição em massa.

Os EUA conseguiram provocar a divisão entre os países ocidentais, onde França e a Alemanha se opuseram ao conflito, enquanto a Inglaterra dava to-tal apoio à intervenção militar dos norte-americanos. Rússia e China que colaboravam com as ações contra o terrorismo, também se recusaram a apoiar a inter-venção militar dos EUA no Iraque. A Espanha, outro país europeu, ficou a favor da intervenção. Enquanto isso, a população mundial indignada convocava ma-nifestações contra a possível guerra iminente.

Após uma série de bombardeios, direcionados a alvos militares, que acabaram vitimando civis, a queda de Saddam Hussein e o vazio de poder provo-caram o caos, gerando saques em várias instituições. Os EUA prometeram manter uma ocupação naquele território, o tempo que fosse preciso para impor o

regime democrático, segundo os seus interesses políticos e econômicos.

Vale relembrar que após a guerra do Golfo, realizada pelo George Bush (pai), o Iraque sofreu um terrível bloqueio comercial sob o aval da ONU. Esse bloqueio proibia o país de exportar petróleo e de importar os bens de que necessitava (o bloqueio já dura 12 anos). Devido ao aumento da mortalidade infantil, a ONU, a partir do ano de 1996, afrouxou o embargo econômico, dando direito ao Iraque de exportar uma pequena quantidade de petróleo para adquirir remédios e alimentos.

O governo do Iraque durante e depois do governo de Saddam Hussein

O país no tempo de Saddam

O país que o novo governo vai receber

Presidente Saddam Hussein, ditador vitalício

Xeique Ghazi Ajil al-Yawar, nomeado pela ONU

Autoridade do governo O poder era ilimitado Não tem controle so-bre as ações militares estrangeiras em territó-rio iraquiano

Eleições De cartas marcadas e candidatos oficiais

Diretas previstas só para 2005

Parlamento Controlado pelo regime

Será escolhido em Julho

Partidos políticos Partido único (Baath) Doze

Liberdade religiosa Proibidos certos rituais xiitas

Total

Jornais Cinco, todos oficiais 150 independentes

Grupos étnicos Maioria xiita e uma minoria curda que sofria perseguições

O poder foi dividido entre as etnias

Situação das mulheres Podiam andar sem véu, eram estimuladas a estudar e ocupavam 20% do Parlamento

Iguais perante a lei, mas sob pressão dos extremistas islâmicos para usar véu

PIB 26 bilhões de dólares (2002)

33 bilhões (2004, estimativa

Desemprego 70% 33%

Produção de petróleo 2,1 milhões debarris/dia 1,8 milhão de barris/dia

Escolas 13 000 15 000

População atendida por rede de água

85% 90%

Fornecimento de energia elétrica

24 horas/dia (Bagdá) 10 horas/dia (Bagdá)

Celulares Nenhum 447 000

Forças armadas 424 000 soldados 6 700 soldados

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Tropas estrangeiras Nenhuma 150 000 soldados de 34 países

Milícias privadas 1(fedain, do filho de Saddam)

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Atentados a bomba Nenhum Média de 25 por dia

(Veja - Junho de 2004.)

Cronograma político depois da devolução do poder aos iraquianos:

30 de junho = EUA entregam o poder ao go- •verno interino, nomeado pela ONU;

julho= representantes dos grupos étnicos •escolhem o parlamento provisório;

31 de janeiro de 2005= eleição da Assembleia •Constituinte;

fevereiro= Assembleia Constituinte escolhe •o novo governo;

15 de outubro = plebiscito sobre a nova •constituição;

15 de dezembro= se a constituição for apro- •vada, haverá eleições diretas para o novo governo; caso a constituição seja rejeitada, haverá nova eleição para a Assembleia Constituinte;

31 de dezembro= governo eleito toma posse. •

Além de xiitas, sunitas e curdos, o país é um verdadeiro quebra cabeça de mais de 100 tribos, 25 confederações tribais e centenas de clãs. Estima-se que 40% da população considere mais importante a identidade tribal que a cidadania iraquiana.

Tropas americanas no Iraque: 135 000 soldados aproximadamente, com data prevista de retirada em dezembro de 2005. Estima-se que mais de 900 americanos já morreram no Iraque.

Os “neoconservadores”Este grupo sempre defendeu uma ação militar

que encerrasse de uma vez por todas o desafio re-presentado por Saddam. Esse mesmo grupo é mais propício a iniciativas bélicas.

“ Quem não está conosco está contra nós.”

Os neoconservadores são liderados pelo próprio presidente George Bush, que em Janeiro de 2002 nomeou alguns países de “o eixo do mal”, entre eles estão o Iraque, o Irã, a Síria e a Coreia do Norte.

Sabemos que quase todas as explicações sobre a guerra, excluindo o discurso oficial americano e dos países que apoiaram a guerra, se fundamentam na questão do petróleo, e logicamente o domínio político do Oriente Médio e a afirmação da hegemonia global dos EUA (o mundo unimultipolar).

Havia três motivos para os EUA invadirem o Iraque:

1. as armas de destruição em massa;

2. envolvimento do regime iraquiano com o terrorismo islâmico;

3. implantar uma democracia no Iraque, ou seja, primeiro passo da abertura política e da mo-dernização cultural do Oriente Médio.

As dificuldades da guerra vieram nas resistên-cias armadas no porto de Qasr e em outras cidades; os comboios de comida água e munição sofreram emboscadas de tropas regulares e de milícias. Vale ressaltar que era esperado uma forte resistência da guarda republicana de Saddam, porém esse fato não aconteceu.

Após a invasão de Bagdá, com exceção do ministério do petróleo, protegido pelas tropas de ocupação, todos os prédios do governo foram incen-diados. Os EUA e os seus aliados ingleses liquidaram as tropas de Saddam em apenas três semanas, com um número pequeno de baixas (em torno de 150), e a maioria atingida, vale relembrar, foi devido ao famoso “fogo amigo”.

Em compensação, norte-americanos e ingleses se veem diante do espinhoso desafio de recriarem instituições políticas e administrarem um país, di-lacerado por divisões étnicas, religiosas e políticas (sunitas, xiitas e curdos, são os principais) e sem nenhuma liderança capaz de obter o respeito da população.

A doutrina BushA política externa norte-americana está muito

mais radical do que no auge da Guerra Fria. O grupo, os neoconservadores, propõe, a ampliação do aparato militar e a recuperação da guerra como instrumen-to de política externa, isto é, a famosa “polícia do mundo”.

Logo de início, Bush se recusou a ratificar o protocolo de Kyoto, lembremos , que os EUA são os responsáveis por mais de 35% da emissão de gases poluentes na atmosfera terrestre.

A doutrina Bush tem como objetivo reordenar o mundo para torná-lo mais seguro – do ponto de vista dele. Essa doutrina foi anunciada em Setembro de

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2002, afirmando para o mundo o início de uma nova era, cujo fator determinante é a esmagadora supre-macia militar norte-americana. Vale lembrar que o governo americano se arroga o direito de usá-lo em qualquer conflito, mesmo contra nações proibidas de possuir esse tipo de arma, por força do Tratado da não-proliferação nuclear.

Conflitos no mundo

Palestina e Israel: a difícil pazO acordo provisório assinado no dia 4 de junho

de 2003 entre Ariel Sharon e Abu Mazen (Mahmoud Abbas), sob olhar dos EUA, visava a criação de um estado Palestino e a garantia da segurança de Israel. A nova iniciativa de paz, conhecida como “mapa de estrada”, conta com o apoio dos EUA, da União Eu-ropeia, a da Federação Russa e da ONU. Os EUA que obrigaram os palestinos a modificarem o seu líder, ou seja, retirada de Yasser Arafat e subida ao poder de Abu Mazen, que também era uma exigência israe-lense. Não é de hoje que o governo norte-americano tenta resolver o problema entre palestinos e israe-lenses. Lembremos da última tentativa entre Yasser Arafat e Itzhak Rabin mediada pelo presidente Bill Clinton. Nesse acordo foi firmado a criação da auto-ridade Palestina (acordos de Oslo), após a morte de Rabin, assassinado por radical israelense. Somente no ano de 2000 foi tentado um novo acordo de paz. Neste acordo, o primeiro ministro de Israel Ehud Ba-rak propôs aos palestinos o controle integral da Faixa de Gaza e de 90% da Cisjordânia, mas recusou-se a entregar Jerusalém Oriental, que os palestinos rei-vindicavam como capital, o que criou um impasse. A partir do ano de 2001, com a posse de Ariel Sharon, foi idealizado a construção de um muro protetor. Desde então, as incursões de Israel nos territórios palestinos continuaram, ainda que com menor intensidade, e os palestinos vivem sob o toque de recolher.

Com a morte de Yasser Arafat no final do ano de 2004, a luta pela questão da Palestina perdeu o seu grande líder. Eleições foram convocadas e em janei-ro de 2005 foi eleito para o lugar de Arafat a figura carismática e preferida do governo norte-americano Mahmoud Abbas, que prometeu tentar manter rela-ções pacíficas com Israel, na busca pela construção do estado da Palestina independente.

O dia 8 de fevereiro de 2005 vai entrar para a história. Nessa data foi assinado um acordo de paz, após 4 anos de luta – desde o inicio da última intifa-da - entre Abu Mazen, líder palestino e Ariel Sharon, premier de Israel.

Ira e Eta, a violência políticaEsses dois grupos terroristas são, na verdade,

movimentos separatistas tentando alcançar os seus objetivos. Na Espanha, o Pátria Basca e Liberdade (ETA – Euskadi Ta Azkatasuna), luta pela indepen-dência dos bascos em relação ao governo do país. Na Irlanda do Norte, o IRA (Exército Republicano Irlandês), quer o fim do domínio do Reino Unido sobre a região e sua posterior anexação à República da Irlanda.

Ambos os movimentos têm suas origens remo-tas na virada do século XIX para o XX, e passaram pelo período de maior atividade entre as décadas de 1960 e 1980, entrando no século XXI em meio a difíceis negociações de paz. O socialismo é o objetivo político, paralelamente à independência das regiões que pretendem representar.

No caso do IRA, demonstra-se também a riva-lidade existente entre católicos e protestantes. A maioria protestante da Irlanda do Norte aprova a união com a Inglaterra, enquanto a minoria católica defende a integração à vizinha República da Irlanda (EIRE), que é independente do Reino Unido desde o ano de 1922. Os separatistas são denominados de republicanos, enquanto os protestantes são os unionistas.

Em reação aos atos terroristas, a Inglaterra interveio na província em 1972, retirando a sua au-tonomia e fechando o parlamento.

O IRA assinou em abril de 1998, com líderes protestantes norte-irlandeses e autoridades britâ-nicas, o acordo da Sexta-feira Santa, que garantiu a formação de um parlamento e de um governo com representação proporcional a católicos e protestantes na Irlanda do Norte.

Já no caso do ETA, a região basca, localizada no Norte da Espanha e Sudoeste da França, é uma região rica e industrializada, possuindo um língua própria.

No ano de 1998, o ETA declarou um cessar- -fogo que durou até novembro de 1999. No ano de 2000, mais de 1 milhão de pessoas saíram às ruas de Barcelona para protestar contra os assassinatos promovidos pela organização.

Vale lembrar que o grupo terrorista ETA não teve nada a ver com o atentado de 11 de Março de 2004 em Madri, que matou mais de 100 pessoas. Os reais culpados foram membros de um grupo terrorista ligado à Al Qaeda, de Osama Bin Laden.

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ChinaA China não é mais a mesma. Desde as reformas

capitalistas empreendidas no fim dos anos de 1970, uma nova potência econômica emerge no mundo. No mês de março de 2003, com a posse de Hu Jintao na presidência, com o objetivo de manter as diretrizes estabelecidas de Mao e Deng Xiaoping e expandir as reformas econômicas. A ideia é competir de forma vigorosa no mercado internacional. A partir deste ponto, a China conseguiu o ingresso na OMC em dezembro de 2001. Vale lembrar que a abertura não se estende para a área política, mantendo ainda o regime unipartidário.

Hoje na China, cerca de 20% das exportações são de produtos de alta tecnologia. Entre os anos de 1994 e 1998 a China foi o segundo país no mundo que recebeu investimentos externos. A mão-de-obra é bastante barata e possui um imenso mercado consu-midor. A China, segundo pesquisas recentes (Veja, 22 de outubro de 2003), tem a sua economia crescendo em torno de 10% ao ano, e com isso tornar- se até o ano de 2040 a maior potência econômica do mundo, ultrapassando os EUA.

Coreia do NorteEste país está no alto da lista dos maiores ini-

migos dos EUA. Em fins do ano de 2002, ao mesmo tempo que a Casa Branca começava a pôr em marcha a guerra contra Saddam Hussein, o regime norte-coreano passou a desafiar abertamente os EUA. Os líderes de Pyongyang admitiram a existência de um programa atômico secreto e expulsaram a equipe de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e ameaçaram iniciar a produção de armas nucleares.

O estopim da crise começou quando os EUA, no fim de 2002 suspendeu o fornecimento de to-neladas de petróleo, onde desde 1994 trocava óleo pelo compromisso norte-coreano de suspender seus programas de produção de armas atômicas. A Coreia do Norte manteve o discurso agressivo a partir das tentativas repressoras dos EUA.

A situação norte-coreana não é muito boa, economicamente falando, desde a queda da URSS e consequentemente do bloco socialista. Com a si-tuação de miséria do país e a necessidade de atrair recursos, os EUA viram a oportunidade de, por meio de sanções econômicas, forçar o regime a se abrir e implementar reformas liberalizantes.

O ditador Kim II Sung morreu em 1994 e foi su-cedido pelo filho, Kim Jong II, que manteve a política

linha dura e o culto à própria personalidade. Porém, externamente este ditador soube firmar acordos de desarmamento com os EUA e se reaproximou da Coreia do Sul, abrindo a perspectiva de reunificação da península.

Tecnicamente, a Coreia do Sul e a do Norte ainda estão em guerra. Os dois países nunca assinaram um tratado dando um fim ao conflito iniciado em 1950. A fronteira informal entre os dois países é uma das mais fortificadas do mundo. Os contatos entre os dirigentes coreanos se intensificaram depois da chegada ao poder do presidente Sul-coreano Kim Dae-Jung, em 1998.

Em 2000, Kim Dae-Jung foi recebido por Kim Jong II em Pyong-yang, e os dois líderes iniciaram ne-gociações para a reunificação. Nos jogos de Sydney, na Austrália, no mesmo ano, as delegações das duas Coreias desfilaram juntas na cerimônia de abertura. Ainda em 2000, Kim Dae-Jung recebeu o Nobel da Paz pela iniciativa de aproximação.

A Nova RússiaApós o final da URSS, a Federação Russa procura

redefinir seu papel no cenário mundial. Ao mesmo tempo, tenta solucionar os problemas internos de-correntes do fim do regime comunista. A transição para o sistema livre-mercado levou sua economia ao caos. A situação agravou-se em 1998, quando o país se tornou o centro de uma crise financeira mundial, o aumento do crime organizado e de movimentos na-cionalistas na Chechênia e no Daguestão, ameaçam a unidade do país.

Após a queda da URSS, foi formulada a Co-munidade dos Estados Independentes(CEI), bloco econômico que reúne 12 das 15 repúblicas que se formaram. Esse acordo de integração monetária e econômica entre eles prevê a adoção do Rublo (mo-eda russa) por todos; as negociações estão paradas. A CEI funcionou mais na fase de transição dos países capitalistas. Os Estados bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia – manifestaram o desejo de independência e decidiram não fazer parte da organização. Ucrânia, Armênia, Geórgia e Moldávia, haviam sido as primei-ras repúblicas a iniciar o processo de independência da União Soviética.

Em 25 de dezembro Mikhail Gorbatchov renun-ciou ao cargo de presidente da URSS. O primeiro presidente da Federação Russa foi Boris Ieltsin, que no ano de 1992 deu início às privatizações e à aber-tura de mercado.

Ieltsin foi reeleito em julho de 1996. A crise político-econômica se agravou e, na tentativa de

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resolvê-la e de fortalecer seu poder, Ieltsin realizou sucessivas trocas de primeiros-ministros. A Rússia foi o centro da crise financeira mundial em agosto de 1998. O governo de Ieltsin decretou moratória da dívida externa (suspensão temporária de pagamen-to). A moeda russa, o Rublo, desvalorizou-se 75% e as bolsas de valores do mundo todo despencaram. O Fundo Monetário Internacional e outras instituições aprovaram um pacote de ajuda de 22 bilhões de dó-lares ao país. Tal crescimento, aliado aos altos preços alcançados no mercado internacional pelo petróleo, principal produto de exportação russo, e pelo gás, conseguiu deter a derrocada econômica do país, que voltou a crescer 3,2% em 1999. Em maio desse ano, Boris Ieltsin, acusado de corrupção, livrou-se de uma tentativa de impeachment. Em agosto, nomeou Vladimir Putin como primeiro-ministro. Ele ganhou prestígio por comandar com firmeza uma interven-ção do exército russo na Chechênia, em setembro de 1999, e tornou-se o mais forte candidato à sucessão de Ieltsin, que renunciou em 31 de dezembro. O gesto foi interpretado como uma estratégia para assegu-rar a permanência do aliado Putin no poder e evitar ser julgado por corrupção. Putin venceu as eleições presidenciais de março de 2000. O novo chefe do Executivo renovou seu compromisso com as reformas liberalizantes desenvolvidas durante o governo Ielt-sin. Nesse ano, o crescimento econômico atingiu 8%. Em 2001, Putin deu seu apoio à coalizão internacional contra o terrorismo, liderada pelos Estados Unidos (EUA),que invadiu o Afeganistão depois do ataque de 11 de setembro de 2001. O desmantelamento das instituições estatais, aumentou a corrupção em todo o país e abriu espaço para contrabando de armas, vendas irregulares e roubos. As privatizações das grandes empresas estatais foram feitas de forma caótica, sob fortes suspeitas de favorecimentos e desvios de fundos.

Um grupo privilegiado, os “novos-russos”, fize-ram fortuna comprando as empresas em leilões sob acusação de manipulação. Gerentes e banqueiros compraram empresas estatais com empréstimos governamentais de difícil cobrança. O fato mais grave é que o Ministério do Interior russo calculou que gangues de criminosos controlavam, em 1997, milhares de empresas e até mesmo bancos.

Esses grupos são os maiores responsáveis pela miséria de um terço dos habitantes e, pelo alto índice de desemprego, são a desorganização e a desigual-dade na distribuição da renda, que saiu do estado para concentrar-se nas mãos de poucos.

A Iugoslávia trocou de nome

Em 4 de fevereiro de 2003 o país chamado Iugos-lávia passou a existir apenas nos livros de história: o Parlamento aprovou a própria dissolução, último passo para a criação do estado da Sérvia e Monte-negro. O nome já revela: trata-se da união de duas repúblicas semi-independentes.

A mudança incentivada pela União Europeia (EU), teve como objetivo fazer Montenegro arquivar seus planos separatistas, e assim, diminuir as pos-sibilidades de um novo conflito nos Bálcãs. Formada por mais quatro repúblicas, além de Sérvia e Mon-tenegro – Bósnia-Herzegóvina, Croácia, Eslovênia e Macedônia – e duas regiões autônomas, Kosovo e Voivodina.

De acordo com a Carta Constitucional, aprovada em dezembro de 2002, Sérvia e Montenegro possuem um presidente e um parlamento comuns, com pode-res limitados.Todos os outros assuntos, inclusive o da economia interna eram administrados pelos governos de cada república.

Outra razão de ceticismo é que o “novo país” já nasce com conflitos mal resolvidos. É o caso do status político da província de Kosovo, que oficialmente faz parte da Sérvia, mas na prática é governada por uma coalizão internacional desde 1999, quando a OTAN acabou com o conflito entre sérvios e separatistas albaneses étnicos.

No ano de 1990, foram realizadas eleições pluripartidárias no país. Na Eslovênia, Croácia e Macedônia, os partidos vencedores preconizaram a independência. O exército, controlado pelos sérvios, confrontou-se com os separatistas na Eslovênia e na Croácia, mas não impediu que as duas repúblicas se separassem. No caso da Macedônia, esta deixou a federação sem resistência, ao contrário da Bósnia-Hezergovina, que mergulhou numa profunda guerra civil (1992-1995).

Uma visão do Brasil: O governo Lula

O primeiro operário a se tornar presidente no Brasil e o PT o primeiro partido de esquerda à subir ao poder. Para vencer, Lula e o PT tiveram que mudar (News PT), então, o partido adotou um discurso mais

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conciliador e comprometeu–se a aceitar as regras do sistema econômico internacional. A campanha elei-toral foi cercada de medo e tensões. Esta última fez o dólar disparar e a inflação subir. Porém, esta certa instabilidade não evitou a subida de Lula ao poder no dia 1/1/2003, dando início a um projeto voltado para erradicar a fome no país (fome zero), manteve um superávit fiscal anteriormente combinado com o FMI, e manteve a inflação sob controle.

A partir de maio, deu início ao processo de re-formas da previdência e reformas tributárias, quando o funcionalismo público se revoltou, pois os mesmos perdiam certos privilégios. No plano econômico, os ajustes contiveram a inflação e o risco do Brasil, assim como o dólar, caiu. Em abril o BC mudou a política de troca de títulos públicos para evitar que o Real se valorizasse muito,pois isso traria prejuízos às exportações. Lula também endureceu as negociações contra a Alca, aproximando-se da União Europeia

Porém, um problema continua bastante grave no Brasil, que é a exclusão social. Segundo dados fornecidos pelo governo, os 10% mais ricos detêm quase 50% da renda nacional, enquanto os mais pobres ficam apenas com 14% da renda do país. O Brasil possui uma das maiores concentrações de renda do mundo. Relembro que a distribuição de renda é definida como a partilha do dinheiro e dos demais rendimentos obtidos na produção de bens e serviços pelos vários segmentos da sociedade de um determinado país.

A industrialização do sudeste nas décadas de 1940 e 1950, gerou por um lado, intenso fluxo migra-tório de outras regiões menos desenvolvidas e, por outro, a fixação do preço da mão-de-obra urbana, com a criação da legislação trabalhista e o salário mínimo. Já nos anos de 1980 e 1990, ocorreram grandes crises econômicas, devido a aplicação de políticas liberais e abertura do mercado aos produtos importados. O aumento da concorrência externa levou as empresas instaladas no Brasil a buscar a redução de custos. Como conseqüência, houve crescimento do desem-prego e manutenção da desigualdade social.

Para fechar: é Carnaval“Antes, o exército espionava o MST e via guer-

rilheiros onde havia sem-terras, se é que ainda não continua vendo...

Hoje, porém, exército e MST fazem parceria para construir salas para o Fórum Social de Porto Alegre. Aliás, reduto de adversário dos militares.

Antes, Aeronáutica e estudantes da UNE só se cruzavam em relatórios sobre “subversivos”, quando não era em calabouços.

Hoje, Aeronáutica e UNE têm parceria para reativar o projeto Rondon. Aliás, velha iniciativa do regime militar reativada pelo governo do PT.

Antes, os órgãos de segurança e os comunistas eram inimigos mortais, literalmente, mesmo antes de 1964.

Hoje, a filha do principal líder comunista da his-tória brasileira, Luiz Carlos Prestes, presta concurso para trabalhar na Abin (sucessora do SNI e dos seus filhotes). Aliás, para trabalhar como tradutora justa-mente de russo, língua que aprendeu no exílio.

Antes, a maioria dos professores universitários e os delegados de policia eram como azeite e água, nunca se misturavam. Hoje, é possível distinguir com-penetrados delegados da Polícia Civil de São Paulo em palestras no Núcleo de Violência da USP. Aliás, sólido reduto da esquerda acadêmica.

Antes, era impensável jornalistas trocarem a fan-tasia para virar militares ou policiais, e vice-versa.

Hoje, quem procura assessorias de imprensa se depara com tenentes e peritos da PF que eram repór-teres. Pode até ser pela simples e boa estabilidade de um concurso público, mas não é só isso.

Antes, o PT e o mercado tinham ojeriza mútua. Hoje, o mercado manda no Banco Central do PT.

Rompem-se barreiras, preconceitos e sobretudo fronteiras ideológicas que marcaram tão profunda-mente o Brasil e o próprio mundo.

Evidentemente, isso tudo é muito bom. Mas fica uma pulga atrás da orelha. E a importância do contra-ditório, de uma certa tensão, do conflito, de assumir um lado? E a dialética?

Hoje, é Carnaval. Mas o Brasil, com suas absur-das desigualdades, está longe de ser uma festa. Há muito por que lutar.”

(Eliane Cantanhêde, Folha de S. Paulo, 6 fev. 2005.)

(UERJ) Após a Segunda Guerra Mundial, a reconstrução 1. européia se deu em bases bem particulares.

Para evitar que os trabalhadores fossem seduzidos pela proposta comunista, foram concedidos a eles vários benefícios, instaurando-se um tipo de “capitalismo humano” conhecido como “Estado do Bem-Estar Social”. (...) A mobilidade do capital – principal característica da globalização atual – está desmanchando uma arquitetura que demorou décadas a ser construída (...). Milhares de empresas transnacionais chantageiam seus países de origem,ameaçando se mudar.

(CARVALHO, Bernardo de A. A Globalização em Xeque: incertezas

para o século XXI. São Paulo. Atual, 2000.)Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A,

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As empresas chantageiam seus países de origem ameaçando se mudar para outros onde haja certas vantagens comparativas que permitam maior lucratividade.

Apresente duas dessas vantagens.

Solução: `

Duas dentre as vantagens:

níveis salariais mais baixos;•

menor cobrança de impostos;•

renúncia de tributos durante anos;•

incentivos fiscais a investimentos produtivos.•

(UFCE) A OMC é constituída por um grupo de países 2. que atualmente delibera sobre parâmetros da política de desenvolvimento econômico em escala mundial. Cite o significado da sigla OMC e liste cinco dos principais países desenvolvidos que fazem parte desse grupo.

Solução: `

A sigla OMC significa Organização Mundial do Comércio e é composta por um conjunto representativo de países em via de desenvolvimento e de países desenvolvidos. Dentre os países que ocupam o segundo grupo podemos destacar: Estados Unidos, Alemanha, França, Inglaterra e Japão.

(UFF) “Um disco arranhado berra o hino nacional no-3. rueguês por um alto-falante da Casa do Marinheiro, no penhasco acima do canal. O navio-container, ao ser saudado, desfralda uma bandeira de conveniên-cia das Bahamas. Ele foi construído por coreanos que trabalham longas horas nos estaleiros gigantes de Ulsan. A tripulação mal paga e insuficiente poderia ser salvadorenha ou filipina. Apenas o capitão ouve uma música familiar.”

(Sekula, Alan. História de Peixes.)

“Olá América

esta é a voz de Gran Vato Charollero

transmitindo dos desertos escaldantes

de Nogales, Arizona

Zona de libre cogércio

2 000 megaherz em todas as

direcciones

vocês estão comemorando o

dia do trabalho em Seatlle

enquanto a Ku Klux Klan

faz uma manifestação

contra os mexicanos na Geórgia

ironia,100% ironia.”

(Gomez-Peña, Guilhermo. Olá América.)

Os textos acima ilustram uma nova realidade que se configura em sociedades contemporâneas,determinada pelo processo de globalização.

Considerando esse processo,destaque e comente uma consequência sociocultural do crescente fluxo transnacional de populações que se observa, atualmente, em países capitalistas centrais.

Solução: `

A intensificação das migrações transnacionais da atua-lidade, sobretudo, de populações de países periféricos na direção dos Estados Unidos e da Europa Ocidental, alimenta contatos interculturais nem sempre marcados pelo respeito às diferenças étnicas, religiosas e de valores de sociabilidade. Assim, o desenraizamento cultural e territorial de indivíduos e/ou grupos sociais, que chegam legalmente (ou clandestinamente) aos países mais ricos, se agrava com a intolerância e a segregação social dos nacionais diante daqueles con-siderados como estrangeiros.

FILME: A Fraude.

Direção de James Dearden, Inglaterra, 1998.

(UFV) Leia atentamente o texto abaixo:4.

“As partes estão de acordo em que um ataque armado contra uma ou mais delas na Europa ou na América no Norte deve ser considerado uma agressão contra todas; e, consequentemente, concordam que, se tal agressão ocorra, cada uma delas (...) auxiliará a parte ou as partes agredidas (...)”.

Esse texto faz parte do artigo 5.o do Estatuto da Otan, organização criada em 1949, com objetivo de proteger militarmente as potências ocidentais da ameaça soviética. No entanto, com fim da URSS e da Guerra Fria, a partir de 1989, a Otan, além de não ter sido desativada, teve seus poderes ampliados. Explique por quê.

Solução: `

Coincidindo com os 50 anos da existência, a Otan que parecia caminhar para a desintegração após a crise do Leste europeu, no início da década de 90, fortaleceu-se em 1999 com a intervenção na Guerra do Kosovo por pressão dos Estados Unidos, em decorrência das atroci-dades cometidas pelos sérvios contra os Kosovares em

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nome da “limpeza étnica” na região. Argumenta-se que a pressão norte-americana foi motivada para reafirmar sua condição de maior potência mundial e desviar as atenções dos escândalos que envolviam o presidente Bill Clinton.

(UFV) Nos últimos anos a mídia em geral e diversos par-5. tidos políticos têm denunciado o chamado “neoliberalis-mo” como um sistema econômico que necessariamente amplia as desigualdades sociais e penaliza o trabalho em sua relação com o capital. Na verdade esse “neo-liberalismo” se refere a um retomada dos pressupostos liberais defendidos no século XVIII tendo em Adam Smith e David Ricardo os seus principais teóricos. Quais são as principais linhas do liberalismo que,ainda hoje, estão na raiz do “neoliberalismo”?

Solução: `

A defesa do não-intervencionismo do estado na economia e da livre iniciativa consagrando a livre concorrência. No entanto, no estágio atual do capitalismo, a livre concorrência tende a desaparecer diante da monopolização do capital.

(UFRJ) A União Europeia possui diversos progra-6. mas que objetivam garantir um desenvolvimento equilibrado do território. O mapa destaca regiões que foram escolhidas, por motivos diferentes, para receber ajuda do Fundo Europeu para o Desenvol-vimento Regional.

Apresente esses motivos para cada tipo de região.

Solução: `

A região A inclui países e regiões considerados menos desenvolvidos da União Europeia. O objetivo da ajuda é acelerar o processo de desenvolvimento econômico dessas áreas, para que possam atingir o nível das demais num futuro próximo. É o caso da maior parte

da Península Ibérica, da Irlanda, da Grécia, da região sul da Itália e da antiga Alemanha Oriental.

A região B, por sua vez, corresponde às áreas que passaram por um processo de obsolescência da estrutura produtiva e necessitam de ajuda para sua reestruturação econômica, por exemplo, o Vale do Ruhr, o sul do País de Gales e zonas industriais do norte e nordeste da França.

(UFG) Eric Hobsbawm,em seu livro “A era dos 7. extremos”,1995 afirma: “Os últimos anos da URSS foram uma catástrofe em câmara lenta” que, ao nosso ver, parece não ter chegado ao fim.

No final desta década de 90, a ex-potência socialista não encontrou “um lugar ao sol” no mundo capitalista; seus problemas atuais são também oriundos dessa opção de inserção numa economia globalizada. Cite e explique dois problemas enfrentados pela ex-URSS, ao adotar princípios econômicos e políticos do sistema capitalista.

Solução: `

O atraso tecnológico imposto pela revolução tecno-cien-tífica a partir dos anos 80 que passou a exigir volumosas somas de capital para investimentos e a incapacidade da economia planificada de se adaptar às exigências de referida revolução.

(Cesgranrio) 8.

Texto I

No embalo da queda do Muro de Berlim e da desmoralização dos regimes comunistas da União Soviética e do Leste Europeu, em 1989, (Francis) Fukuyama comemorava a suposta vitória final da ordem liberal do Ocidente e o conseqüente encerramento do conflito ideológico que, desde a Revolução Russa de 1917, parecia condicionar a hostilidade entre as potências.

(MAGNOLI, Demetrio. Globalização: estado nacional e espaço mundial.

São Paulo: Moderna, 1997.)

Texto II

Em “O Choque das Civilizações”, publicado em meados dos anos 90, (Samuel) Huntington previa que os conflitos globais do século XXI não mais seriam motivados por desavenças entre países, mas entre civilizações, caracterizadas estas por valores, instituições e, sobretudo, religiões. O choque mais iminente, escreveu, era aquele que contraporia o Ocidente ao mundo muçulmano.

(VEJA - 14 nov. 2001, p. 56.)

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Comparando os textos I e II, nos quais são emitidas opiniões acerca da geopolítica mundial pós-Guerra Fria, pode-se concluir que o(s):

pós-Guerra Fria, segundo Fukuyama, estaria isento a) de disputas geopolíticas, enquanto para Huntington o fim da Guerra Fria agravaria os conflitos norte-sul.

papel do Estado Nacional, para Huntington, su-b) peraria as questões étnico-religiosas, enquanto Fukuyama acreditava que o liberalismo vitorioso após a queda do Muro de Berlim, deixaria o Estado Nacional fragilizado.

mundo pós-Guerra Fria, para os dois autores, prio-c) riza o interesse nacional, em detrimento de rivalida-des étnicas ou religiosas.

separatismos nacionalistas que marcam o mundo d) contemporâneo vêm demonstrar a fraqueza da tese de ambos os autores, já que permanecem, nestes casos, as questões ideológicas.

dois autores privilegiam as questões de política e) internacional e não consideram relevantes os inte-resses nacionais no mundo do século XXI.

Solução: ` E

(Unicamp) Para enfrentar o chamado “protecionismo 9. internacional”, o governo brasileiro vem defendendo a ideia de uma maior aproximação entre os países do Mercosul e os do Pacto Andino.

Como se pode entender que, num mundo dito a) globalizado, esse “protecionismo” permane-ça?

Quais são os principais produtos de exportação b) brasileiros afetados por esse “protecionismo”?

Quais os motivos para a restrição à entrada des-c) ses produtos no mercado exterior?

Solução: `

O processo conhecido como “globalização” a) se organizou a partir dos interesses políticos e econômicos das grandes potências, que procuraram impor ao resto do mundo deter-minadas condições de comércio. Dentre elas, destaca-se a política de abertura das frontei-ras econômicas dos países subdesenvolvidos, implantando-se a livre importação e homoge-neizando-se o mercado. Esse processo visa a facilitar a distribuição e o consumo dos produ-

tos fabricados pelas empresas transnacionais (instaladas em diferentes pontos da Terra, mas sediadas nos países ricos), que enxergam o mundo como seu mercado potencial. A glo-balização, no entanto, não apresenta “mão- -dupla”, ou seja, as nações desenvolvidas não adotam as políticas de livre importação que propõem para as nações subdesenvolvidas. Ao contrário, impõem uma série de restrições a fim de evitar que entrem em seus territórios produtos originários dos países pobres, prati-cando a política do “protecionismo”.

O Brasil é um dos países mais prejudicados pelas b) políticas protecionistas adotadas pelas grandes po-tências, pois nossa pauta de exportações está reple-ta de itens que concorrem em qualidade e preço - com similares produzidos nos países desenvolvidos.

Entre os produtos mais prejudicados estão c) os agropecuários,como soja, suco de laranja e carne bovina,e os industriais,como os side-rúrgicos e os calçados.

São vários os argumentos que os países de-d) senvolvidos utilizam para justificar a restrição imposta aos produtos brasileiros. Entre eles se destacam: a necessidade de preservar os postos de trabalho no interior dos seus terri-tórios, a compensação pelo uso do ‘dumping’ pelo Brasil (acusam-nos de exportar produtos a preços inferiores a seu real custo de produ-ção), a ausência de um eficiente controle na qualidade dos produtos (alimentos) e o uso de mão-de-obra infantil (calçados).

(UFF) “Um disco arranhado berra o hino nacional 1. norueguês por um alto-falante da Casa do Marinheiro, no penhasco acima do canal. O navio-container, ao ser saudado, desfralda uma bandeira de conveniência das Bahamas. Ele foi construído por coreanos que trabalham longas horas nos estaleiros gigantes de Ulsan. A tripula-ção mal paga e insuficiente poderia ser salvadorenha ou filipina. Apenas o capitão ouve uma música familiar.”

(Alan Sekula, História de Peixes.)

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de Nogales, Arizona

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2000 megaherz em todas as

direcciones

vocês estão comemorando o

dia do trabalho em Seatlle

enquanto a Ku Klux Klan

faz uma manifestação

contra os mexicanos na Geórgia

ironia, 100% ironia”

(Gomez-Peña Guilhermo, Olá América.)

Os textos acima ilustram uma nova realidade que se configura em sociedades contemporâneas, determinada pelo processo de globalização.

Considerando esse processo, destaque e comente uma conseqüência sociocultural do crescente fluxo transnacional de populações que se observa, atualmente, em países capitalistas centrais.

(UERJ) Após a Segunda Guerra Mundial, a reconstrução 2. européia se deu em bases bem particulares.

Para evitar que os trabalhadores fossem seduzidos pela proposta comunista, foram concedidos a eles vários benefícios, instaurando-se um tipo de “capitalismo humano” conhecido como “Estado do Bem-Estar Social”. (...) A mobilidade do capital – principal característica da globalização atual – está desmanchando uma arquitetura que demorou décadas a ser construída (...). Milhares de empresas transnacionais chantageiam seus países de origem, ameaçando se mudar.

(CARVALHO, Bernardo de A. A Globalização em Xeque: incertezas

para o século XXI. São Paulo: Atual, 2000.)

As empresas chantageiam seus países de origem ameaçando se mudar para outros onde haja certas vantagens comparativas que permitam maior lucratividade.

Apresente duas dessas vantagens.

(UERJ) No processo atual da dinâmica econômica, 3. concomitantemente globalizador e fragmentador, há uma multiplicidade de redes geográficas legais e ilegais que atuam nas escalas global, regional e nacional. As redes ilegais proliferam, dentre outros motivos, à medida que aumenta a exclusão social.

Identifique e caracterize uma dessas redes ilegais.

(UFRJ) “Pelo temor de que o Presidente do Banco 4. Central Americano, Alan Greenspan, aumente os juros nos Estados Unidos, a bolsa americana caiu 1,6 % na se-gunda-feira da semana passada. Arrastou outras bolsas ao seu redor, do México ao Chile, atingindo também a de São Paulo, que caiu mais de 4% na segunda-feira.”

(Veja, 2 jun. 1999.)

A melhor definição do fenômeno descrito acima é:

neoliberalismo.a)

globalização.b)

cartel.c)

protecionismo.d)

monopólio.e)

(PUC-Rio)5.

O desenho representa a imagem do globo “encolhendo”.

Analise duas consequências, para a organização do espaço mundial, das inovações tecnológicas surgidas com a 3.ª Revolução Industrial.

(Unitau) A globalização da economia e da sociedade, 6. baseada na expansão sem precedentes do capitalismo e comandada pelo crescente domínio das corporações transnacionais, está levando ao desenvolvimento de uma nova ordem mundial. Essa nova ordem tem como carac-terísticas principais o fim da Guerra Fria, o incremento da guerra comercial entre empresas e países e a formação de grandes blocos econômicos regionais.

Baseado no mapa a seguir, identifique alguns desses blocos econômicos, relacionando-os na seqüência e assinalando a alternativa correta.

Nafta, Mercosul, União Europeia, Bloco Asiático.a)

União Europeia, Bloco Asiático, Nafta, Mercosul.b)

União Europeia, Nafta, Mercosul, Bloco Asiático.c)

Nafta, Bloco Asiático, União Europeia, Mercosul.d)

Nafta, Mercosul, Bloco Asiático, União Europeia.e)

(Fatec) Relacione os chamados “Tigres Asiáticos” com 7. os itens a seguir:

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1. Indonésia, Índia, Laos e China.

2. Área de influência dos capitais japoneses.

3. Subdesenvolvimento com base industrial.

4. Área de influência dos capitais norte-americanos.

5. Taiwan, Coreia do Sul, Cingapura e Hong-Kong.

6. Subdesenvolvimento com base agrária.

7. Área de influência dos capitais ingleses.

8. Desenvolvimento auto-centrado.

9. Vietnã, Irã, Afeganistão e Paquistão.

Na caracterização dos chamados “Tigres Asiáticos” os itens pertinentes são:

1, 6 e 7a)

5, 6 e 7b)

4, 8 e 9c)

2, 3 e 9d)

2, 3 e 5e)

(UEL) Nos países do Terceiro Mundo, a maior parte 8. da população economicamente ativa encontra-se no setor primário.

A afirmação é:

verdadeira, pois o papel econômico fundamental a) dos países subdesenvolvidos é fornecer alimentos e matérias-primas vegetais aos países ricos.

verdadeira, pois uma das principais características b) dos países subdesenvolvidos é a ausência do setor industrial.

parcialmente verdadeira, pois nos países subde-c) senvolvidos industrializados o setor econômico predominante é o de serviços que é criado para dar suporte à indústria local.

parcialmente verdadeira, pois nos países subdesen-d) volvidos industrializados a instalação de parques in-dustriais absorve a maior parte da população ativa.

falsa, pois na atualidade a modernização decorren-e) te do processo de globalização gerou, nos países subdesenvolvidos, inúmeros setores econômicos mais fortes que a agricultura.

(FGV-SP) Na atual estrutura econômica mundial pode-se 9. corretamente afirmar que:

o Chile pode estar incluído nas Zonas Industriais da a) América Latina porque não pertence ao Mercosul.

o Kuwait pode ser incluído na Zona Petrolífera do b) Oriente Médio porque suas reservas de petróleo são suficientes para o consumo interno e para sig-nificativa exportação.

o Vietnã do Norte pode ser incluído na Nova Zona c) Industrial da Ásia porque é um dos Tigres Asiáticos.

o Egito pode ser incluído no Oriente Médio porque d) possui petróleo suficiente para exportar.

a Estônia, Letônia e Lituânia podem ser incluídas na e) Zona de Industrialização Antiga porque produzem ali-mentos industrializados derivados do leite e da carne.

(FGV-SP) Em 1991, um tratado foi assinado na cidade 10. holandesa de Maastricht, cujo texto apresenta significati-va revisão do Tratado de Roma de 1957. Esse novo Trata-do redefine os objetivos e diretrizes político-econômicas de uma comunidade de países, agora em um mundo não mais polarizado por duas grandes potências.

O texto refere-se ao Tratado assinado pelos:

sete países de maior importância no mundo capita-a) lista na busca da adoção de uma política de salva- -guardas de seus interesses comuns.

Estados Unidos, Alemanha, França, Japão e Cana-b) dá que redefinem estratégias econômicas globais para o planeta e formas de incorporação política da Europa Oriental.

países ligados a Otan que determinam ações ime-c) diatas a serem implementadas contra todos os paí-ses que, como o Iraque e a Líbia, continuam produ-zindo armamentos pesados.

países do Mercado Comum Europeu e pelo Japão d) que reforçam as suas relações político-econômicas voltadas ao fortalecimento de seus programas de ajuda mútua.

países da Comunidade Europeia, definindo uma e) etapa superior de unificação econômica e política, inclusive com futura adoção de uma moeda única.

(Unirio) Sergio Cofferati, líder da Confederazione Gene-11. rali Italiana, a maior confederação sindical da Itália, fez, em recente entrevista à revista “Carta Capital”, as seguin-tes declarações sobre o processo de globalização:

“Quando não acompanhada por regras claras, a [globalização] produz desequilíbrios e inquietude. Os jovens é que percebem os riscos. Desequilíbrio porque as condições de competição entre países pobres e ricos jamais serão alteradas. É provável que as diferenças se acentuem porque os países ricos descarregam sobre os mais pobres suas próprias contradições. (...) Para que se tenha mercado global é necessária a existência de órgãos supranacionais dotados de capacidade de ação. Para criá-los é preciso ceder cotas de soberania dos Estados. Desse modo, se faz necessário repensar os modelos de democracia.

É um processo complexo em que os Estados devem deixar claro onde querem chegar. Caso contrário, prevalecem as preocupações.”

(Carta Capital, 2002.)Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A,

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De acordo com o texto, pode-se afirmar que, para Cofferati, a globalização é um fenômeno que deve ser visto com cautela, já que provoca a:

inevitável diminuição das desigualdades entre os a) países ricos e pobres.

necessidade de elaboração de regras claras e de b) questionamento dos modelos de democracia atual-mente adotados pelos Estados nacionais.

substituição de governos nacionais por uma admi-c) nistração supranacional.

maior intervenção dos Estados Nacionais sobre d) seus mercados.

impossibilidade de ação regulatória de órgãos e) supranacionais sobre os mercados globais.

(Cesgranrio) 12.

Texto I

No embalo da queda do Muro de Berlim e da desmoralização dos regimes comunistas da União Soviética e do Leste Europeu, em 1989, (Francis ) Fukuyama comemorava a suposta vitória final da ordem liberal do Ocidente e o conseqüente encerramento do conflito ideológico que, desde a Revolução Russa de 1917, parecia condicionar a hostilidade entre as potências.

(MAGNOLI, Demetrio. Globalização: estado nacional e espaço mundial.

São Paulo: Moderna, 1997.)

Texto II

Em “O Choque das Civilizações”, publicado em meados dos anos 90, (Samuel) Huntington previa que os conflitos globais do século XXI não mais seriam motivados por desavenças entre países, mas entre civilizações, caracterizadas estas por valores, instituições e, sobretudo, religiões. O choque mais iminente, escreveu, era aquele que contraporia o Ocidente ao mundo muçulmano.

(VEJA - 14 nov. 2001, p. 56.)

Comparando os textos I e II, nos quais são emitidas opiniões acerca da geopolítica mundial pós-Guerra Fria, pode-se concluir que o(s):

pós-Guerra Fria, segundo Fukuyama, estaria isen-a) to de disputas geopolíticas, enquanto para Hun-tington o fim da Guerra Fria agravaria os conflitos Norte-Sul.

papel do Estado Nacional, para Huntington, su-b) peraria as questões étnico-religiosas, enquanto Fukuyama acreditava que o liberalismo vitorioso após a queda do Muro de Berlim deixaria o Estado Nacional fragilizado.

mundo pós-Guerra Fria, para os dois autores, prio-c) riza o interesse nacional, em detrimento de rivalida-des étnicas ou religiosas.

separatismos nacionalistas que marcam o mundo d) contemporâneo vêm demonstrar a fraqueza da tese de ambos os autores, já que permanecem, nestes casos, as questões ideológicas.

dois autores privilegiam as questões de política in-e) ternacional e não consideram relevantes os interes-ses nacionais no mundo do século XXI.

Textos para as questões 13 e 14.(Unirio) “[...] o ideal da globalização é a inclusão total de todas as classes, a transformação de todos os habitantes do planeta em consumidores, e o próprio planeta numa espécie de ‘shopping center’ mundial, aberto 24 horas por dia. É transformar a vida num espetáculo do qual ninguém mais pode se dar ao luxo de ser apenas espectador”.

(Luciano Trigo. Uma morte inútil, O Globo, 2001.)

“Hoje, quando a opinião pública mundial situa o poder de decisão em uns poucos países e em instituições financeiras que lhes parecem submissas, onde e como se dará a interlocução? Em que espaço institucional poderá se exprimir a sociedade civil, que se vem organizando há mais de trinta anos, essa que hoje, assim como os capitais, é bem servida pela comunicação instantânea?”

(Oliveira, Rosiska Darcy de, Mal-estar generalizado, O Globo, 2001.)

Explique uma influência sociocultural gerada pela glo-13. balização na sociedade brasileira.

Caracterize a importância do I Fórum Social Mundial 14. (Porto Alegre-2001) frente ao processo de globaliza-ção.

(Unirio) “De acordo com o UNAIDS, 25,3 milhões de 15. pessoas têm o vírus da Aids na África subsaariana, o epicentro da epidemia global que atinge 36 milhões de pessoas.”

(AFRICANOS não sabem que têm o HIV. O Globo, 2001.)

O trecho de notícia acima apresenta uma situação de catástrofe sanitária à qual se somam a fome e outras doenças que assolam a África subsaariana, a uma grave ameaça à população africana. A situação atual do continente africano se relaciona com:

a saída dos países da África subsaariana dos orga-a) nismos de representação política internacional, tais como a ONU.

a exclusão econômica da África no contexto de ex-b) pansão e interesses do capitalismo transnacional.

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a industrialização dos países do continente africano c) sem os necessários investimentos em saúde pública.

o isolamento religioso da África subsaariana provo-d) cado pelo fundamentalismo islâmico nessa região.

o afastamento do continente africano do processo e) de globalização decorrente da supremacia comu-nista no continente.

(Fatec) Da forma como foi previsto no Tratado de As-16. sunção, assinado em 1991 e confirmado posteriormente, o Mercosul chegou ao estágio definitivo, marcado para se iniciar em 1 de janeiro de 1995. Sobre o Mercosul pode-se afirmar que:

este passa a contar com uma estrutura administrativa a) própria, um governo com poderes acima dos países.

as empresas do bloco poderão associar-se para troca b) de conhecimentos sobre a tecnologia de produção mais avançada, em busca de maior produtividade, melhor qualidade e menor preço; mas não poderão voltar a concorrer no mercado internacional.

apesar de um maior fluxo comercial entre os países c) do Bloco, as pessoas não poderão deslocar-se de um país a outro para trabalhar pois, de outro modo, os trabalhadores de um país sofreriam a concorrên-cia dos desempregados dos outros países.

as empresas terão a possibilidade de atender a um d) mercado consumidor muito maior. Afinal, quatro paí-ses diversificarão sua economia, o que permitirá que os produtos cheguem aos consumidores sem o pa-gamento de tarifas de importação e sem burocracia.

os países que fazem parte do Mercosul não são de-e) senvolvidos economicamente como o Canadá, os Estados Unidos, a Alemanha ou o Japão, que são países do chamado Primeiro Mundo; por isso mes-mo, a quantidade de recursos econômicos existen-tes na região pode ser desprezada.

(Mackenzie) 17.

O modelo econômico neoliberal adotado pelos I. países latino-americanos durante a década de 90 sofreu um sério revés perante a opinião pública mundial, com o levante do Exército Zapatista e com a crise do México.

Em 1990, o líder iraquiano Saddam Hussein, bus-II. cando projetar-se como líder das nações árabes, invadiu o Kuwait sob o pretexto de que era uma província do Iraque e um Estado fundado pela In-glaterra, um protetorado das potências capitalistas.

No Peru, o Sendero Luminoso, agrupamento político III. de inspiração maoísta, realizou inúmeros atentados terroristas e uma guerra de guerrilhas, visando à cria-ção de um Estado Indígena Soberano, sendo desarti-culado pelo Governo do Presidente Alberto Fujimori.

Na Argélia, em 1991, a eleição da Frente Islâmica IV. de Salvação, composta por radicais muçulmanos, desencadeou um golpe militar, gerando um clima de guerra Civil entre os fundamentalistas islâmicos e o governo militar.

Dentre as afirmações acima, o número de corretas é:

zeroa)

1b)

2c)

3d)

4e)

(UFRN) Segundo Cláudio Vicentino, a globalização esti-18. mulou a formação de blocos econômicos regionais, com a diminuição ou eliminação dos protecionismos e atração de investimentos internacionais. A isso, somou-se a preocupação com o limite dos gastos governamentais, a prevalência da economia de mercado e a busca de um “Estado-mínimo”. A crescente força privada e a crise do Estado intervencionista deram impulso, por sua vez, às pregações neoliberais.

No Brasil, essa situação se manifesta concretamente por meio do(a):

Programa Nacional de Reforma Agrária, com o qual a) o governo pretende assentar famílias de Sem-Terra em áreas consideradas improdutivas.

processo de reformulação constitucional que modi-b) fica a organização político-partidária, privilegiando os pequenos partidos.

privatização de empresas estatais, provocando a re-c) dução da influência e da ingerência do Estado, prin-cipalmente nos setores produtivos da economia.

elevação da taxa de emprego, ocasionada pelo d) aumento da atividade econômica do setor privado, especialmente na área industrial.

(PUC-Minas) Um estudo da Unicef de 1992 aborda en-19. faticamente um ponto: “nos anos oitenta, os programas de ajuste da economia implementados em vários países e a recessão prolongada que se seguiu fizeram um grande dano ao bem-estar das crianças, levando a uma aguda reversão do progresso na mortalidade infantil, nutrição, educação e outros índices de qualidade de vida.”

Essa relação pode ser confirmada, exceto por meio:

do aumento dos índices de trabalho e prostituição a) infantil atualmente verificados.

da adoção de práticas neoliberais, garantindo in-b) vestimentos maciços na área social.

da redução da renda familiar, levando parcelas c) crescentes da população à miséria.

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da expansão da chamada economia informal como d) única saída para muitos indivíduos.

do crescimento do número de menores carentes, e) vagando pelas ruas das cidades.

(PUC-Minas) As constantes quedas observadas nas 20. Bolsas de Valores a partir de meados de 1997 atestam, exceto:

o declínio sensível dos investimentos produtivos e a) dos ganhos reais.

a fragilidade patente do sistema financeiro interna-b) cional.

o caráter especulativo de grande parte das transa-c) ções externas.

o alto grau de intervenção reguladora do Estado d) sobre a economia.

a instabilidade fruto de um capital cada vez mais e) internacionalizado.

(Cesgranrio) “A rigor, a história do capitalismo pode ser 21. vista como a história da mundialização, da globalização do mundo. Um processo histórico de larga duração, com ciclos de expansão e retração, ruptura e reorientação. Al-guns dos seus centros históricos e geográficos assinalam épocas importantes: Veneza, Amsterdã, Madri, Lisboa, Londres, Paris, Berlim, Nova Iorque, Tóquio e outros. Assim se caminha do século XVI ao XX, passando pelo mercantilismo, a acumulação originária, o despotismo esclarecido, as revoluções burguesas, os imperialismos, as revoluções de independência, as revoluções socia-listas, o terceiromundismo e a globalização em marcha nessa altura da história”.

(Ianni, O. 1992 - A Sociedade Global.

Rio de Janeiro. Civilização, p. 55-56.)

No mundo globalizado em que vivemos, Estados Unidos, Japão e Alemanha representam os mais importantes centros geográficos. Entretanto, também a China se vem destacando no cenário mundial, recentemente, em virtude de sua:

importância cultural.a)

extensão territorial.b)

atuação diplomática.c)

massa de população.d)

capacidade de exportação.e)

(Cesgranrio) Como podemos observar, a mídia freqüen-22. temente faz referência ao tema GLOBALIZAÇÃO. Como mostra o texto, trata-se de um novo momento do CA-PITALISMO. Este processo de surgimento e expansão das grandes empresas favoreceu a(o):

distribuição igualitária de renda.a)

limitação da intermediação do Estado.b)

diminuição da exclusão social.c)

fim das soberanias nacionais.d)

fortalecimento das economias periféricas.e)

(UFRRJ) Num momento passado, quando a questão 23. ideológica era predominante, era comum classificar os países no lado leste ou no lado oeste do mundo, muito embora essa classificação fosse desmentida pela loca-lização geográfica de alguns.

Atualmente, sob uma nova ordem mundial, é mais comum a classificação que separa os países em norte e sul.

Explique as razões ideológicas da classificação leste-oeste, esclarecendo ainda a lógica da nova ordem.

(UFRRJ) “Há poucos anos, uma nova expressão surgiu 24. no firmamento com um brilho tão intenso que ofuscou tudo o que existe ao redor. Quase que por encanto, transformou-se numa explicação mágica para todos os fenômenos econômicos e políticos desse século ...

É indispensável colocar um pouco de ordem na discussão. Sob o novo rótulo, encontra-se um processo muito antigo, que continua a se expandir. Não tem quatro ou cinco anos, mas quatrocentos ou quinhentos. A geografia política na qual vivemos é fruto desse processo.”

(MAGNOLI, Demétrio. Estado Nacional e Espaço Mundial. São

Paulo: Moderna, 1997. p.7.)

A “nova expressão”, referida no texto acima, é;

liberalismo.a)

comunismo.b)

regionalização.c)

globalização.d)

socialismo.e)

(PUC-Rio) A generalização do consumo de massa é 25. uma das marcas do mundo contemporâneo. Segun-do o pensamento neoliberal, o mercado é o principal organizador das atividades econômicas, e o consumo é a busca da satisfação das necessidades pessoais e subjetivas. Neste raciocínio, as empresas se desdobram para atender aos desejos livremente formulados pelo consumidor individual.

A partir do texto:

apresente dois aspectos positivos da economia de a) mercado;

segundo uma posição ambientalista, apresente b) duas críticas à sociedade de consumo.

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(UFMG) As religiões carecem de análises e conheci-26. mentos mais precisos no que se refere à sua distribuição no espaço geográfico vale dizer, uma Geografia das Religiões.

A respeito da distribuição geográfica das grandes religiões, é incorreto afirmar que:

as regiões asiáticas de predominância hinduísta, a) confucionista e, mesmo, muçulmana assistem, nos tempos atuais, ao avanço do budismo, tradicional religião originária do Tibet.

a Europa do Sudeste – a Europa balcânica – é, pre-b) dominantemente, cristã ortodoxa, um ramo multis-secular do Cristianismo, que se estende, também, pela Rússia Europeia e Asiática.

o Oriente Médio, que viu o nascimento do Judaísmo c) e do Cristianismo, bem como o início da expansão deste último, se tornou majoritariamente muçulma-no e cada vez menos cristão.

o mundo ocidental, pode-se dizer, é cristão – ca-d) tólico e protestante –, mas qualquer tentativa de generalização é inadequada para o mundo oriental, principalmente o Extremo Oriente.

(UFMG) Considerando-se a globalização, fase atual da 27. expansão capitalista, é incorreto afirmar que ela:

promove a crescente vulnerabilidade das econo-a) mias de muitos países, à medida que sua credibi-lidade, frente aos investimentos externos, é afetada por relatórios e opiniões de agentes do poder polí-tico e econômico internacionais.

amplia a capacidade das nações de realizar inves-b) timentos públicos em áreas prioritárias – como na educação, saúde e saneamento básico –, à propor-ção que cresce o controle do Estado sobre o fluxo de capitais oriundos de taxações e impostos.

retrata a interdependência crescente entre regiões c) e lugares que, apesar de geograficamente separa-dos por grandes distâncias, podem ser influencia-dos por eventos ocorridos em qualquer parte do Planeta.

propõe uma ruptura com o princípio, até há pou-d) co vigente, de sociedades nacionais a pretexto da necessidade de se considerar a realidade de uma sociedade global, em que são intensas as relações socioeconômicas em escala mundial.

(UFCE) Sobre as empresas multinacionais e sua atua-28. ção em escala mundial, na atualidade, é correto afirmar que:

vem acontecendo uma ampla distribuição geográfi-a) ca dos investimentos e a mundialização das aplica-ções financeiras.

todos os lucros dessas empresas voltam para se-b) rem reinvestidos nos seus países de origem.

a estrutura de produção tem pouca relação com o c) desenvolvimento científico, tecnológico e informacio-nal.

a aliança entre as empresas tem dificultado a am-d) pliação e a garantia de novos mercados.

com a associação de muitas empresas, foi possível e) eliminar, na sua totalidade, a existência de holdings e cartéis.

(UFC) A OMC é constituída por um grupo de países 29. que atualmente delibera sobre parâmetros da política de desenvolvimento econômico em escala mundial. Cite o significado da sigla OMC e liste cinco dos principais países desenvolvidos que fazem parte desse grupo.

(UFES) “As cenas de violência registradas em Gênova, 30. Itália, durante uma manifestação contra a globalização, assustaram o mundo [...]. Na cidade estava acontecendo a reunião de cúpula do G-8 [...].”

(Caderno de Notícias - ADUFES, n. 44, ago. 2001.)

O G-8 foi criado, em 1997, como um desdobramento do G-7, que era uma espécie de “clube” das sete economias mais ricas do mundo desenvolvido.

Indique o país que se uniu ao G-7 para a constitui-a) ção do G-8, e justifique essa união.

Diferencie as duas organizações, considerando as b) funções que cada uma delas desempenha no âm-bito mundial.

(UFMG) As religiões carecem de análises e conheci-1. mentos mais precisos no que se refere à sua distribuição no espaço geográfico – vale dizer, uma Geografia das Religiões.

A respeito da distribuição geográfica das grandes religiões, é incorreto afirmar que:

as regiões asiáticas de predominância hinduísta, a) confucionista e, mesmo, muçulmana assistem, nos tempos atuais, ao avanço do budismo, tradicional religião originária do Tibet.

a Europa do Sudeste – a Europa balcânica – é, pre-b) dominantemente, cristã ortodoxa, um ramo multis-secular do Cristianismo, que se estende, também, pela Rússia Europeia e Asiática.

o Oriente Médio, que viu o nascimento do Judaísmo c) e do Cristianismo, bem como o início da expansão

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deste último, se tornou majoritariamente muçulma-no e cada vez menos cristão.

o mundo ocidental, pode-se dizer, é cristão – ca-d) tólico e protestante –, mas qualquer tentativa de generalização é inadequada para o mundo oriental, principalmente o Extremo Oriente.

(Cesgranrio) 2.

Crescimento do mercado no Cone Sul acirrou competição

George Vidor

A criação da Autolatina ocorreu num período em que a indústria automobilística mundial estava atravessando uma fase de associações múltiplas. As previsões para o mercado do Cone Sul, no entanto, eram pessimistas: acreditava-se que o Brasil produziria um milhão de veículos por ano, enquanto a Argentina ficaria na casa das cem mil unidades.

Hoje, a produção brasileira de veículos deverá ultrapassar a barreira de 1,5 milhão de unidades/ano. Na Argentina são 350 mil carros por ano. O crescimento vertiginoso do mercado no Cone Sul deve ter estimulado a Ford a se retirar da Autolatina para disputar os espaços perdidos para a Fiat e a GM. Ambas estão expandindo as suas fábricas. A Ford precisará de agilidade para correr atrás.

(O Globo, 2 set. 1994.)

A criação da Autolatina ocorreu em 1987 entre a Volkswagem do Brasil e a Ford do Brasil. Embora a dissolução da Autolatina, hoje, já esteja sendo cogitada, conforme foi visto, podemos continuar a usar seu exemplo para ilustrar empresas que administram associações e coligações entre duas ou mais firmas. Essas empresas são conhecidas como:

franchisingsa) .

monopólios.b)

holdingsc) .

guildas.d)

monopsônios.e)

(Cesgranrio) Com o objetivo de retomada de uma posi-3. ção de principal centro econômico mundial, Estados da Europa Ocidental, desde os anos 50, vêm procurando viabilizar o processo de unificação do continente, por meio da Comunidade Econômica Europeia (CEE). São metas da CEE, com exceção de:

permitir o direito de livre-trânsito aos cidadãos dos a) países-membros, no interior da comunidade.

elaborar leis que disciplinem questões e conflitos b) entre os países associados, por meio do Parlamento Europeu.

assegurar a toda empresa de origem européia oci-c) dental a abertura de filiais em qualquer região ou cidade da CEE.

fundar as bases de um Banco Central que gerencie o d) ECU, isto é, a moeda emitida pela Europa Unificada.

absorver grandes contingentes de trabalhadores e e) imigrantes, provenientes do antigo espaço geopo-lítico soviético.

(Cesgranrio) Para que se tenha uma moeda estável, é 4. preciso controlar o orçamento das contas públicas. O curioso é que para 1994, até agosto, só dois países do mundo não haviam sequer votado suas propostas de orçamento para o corrente ano: o Brasil e a Bósnia. Quanto à Bósnia, observa-se que o país se encontra no meio de uma guerra civil, cuja eclosão na ex-Iugoslávia teve como principal causa o (a):

fortalecimento do regime socialista iugoslavo, após a) a morte do Marechal Tito.

mudança da capital da Iugoslávia de Belgrado, na b) Sérvia, para Zagreb, na Croácia.

convivência historicamente difícil entre muçulma-c) nos bósnios, ortodoxos sérvios e católicos croatas e eslovênios.

interferência política da Rússia em favor de seus d) tradicionais aliados croatas e bósnios, prejudicando a Sérvia.

crescimento dos movimentos neonazistas que e) buscam frear a imigração albanesa para a Sérvia e a Bósnia.

(Unirio) A Austrália é o país com maior projeção mun-5. dial em relação aos países que compõem o novíssimo continente (Oceania). É considerada como nação de-senvolvida, e tem uma das rendas per capita das mais elevadas do globo. Sobre os aspectos econômicos desse país, é incorreto afirmar que:

a agropecuária responde por quase metade do va-a) lor das exportações, tendo como principais produ-tos o trigo, a carne e a lã.

a extensa área coberta pela floresta boreal permite b) que o país seja um grande exportador de papel, madeira e celulose.

o interior do país é uma das mais ricas regiões mi-c) nerais do mundo, porém a escassez de mão-de-obra dificulta sua exploração.

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o setor industrial é bastante diversificado e as mo-d) dernas tecnologias proporcionam uma alta produ-tividade.

os ricos depósitos de carvão proporcionam gran-e) des cotas de exportação, além de ser a principal fonte de energia.

(Unirio) Com o fim da Guerra Fria, a divisão do mundo em 6. três grupos de países (Capitalistas Desenvolvidos, Capi-talistas Subdesenvolvidos e Socialistas) teve suas bases enfraquecidas, o que deu origem a uma nova ordem econômica. Podemos relacionar a esta nova realidade todas as opções a seguir, exceto uma. Assinale-a.

Os polos de poder da “Nova Ordem Mundial” apre-a) sentam contornos supranacionais, sendo uma conse-quência da internacionalização dos fluxos de capitais.

Na Europa, a Alemanha unificada funciona como eixo b) de ligação entre o Leste e o Oeste do Continente.

As reformas econômicas chinesas representam uma c) reorganização radical do espaço do Leste asiático.

Os “dragões asiáticos” e os países pobres da Ásia d) Meridional funcionam como áreas de transborda-mento dos capitais japoneses.

A nova ordem criou uma situação de estabilidade e se-e) gurança, o que não existia na ordem da Guerra Fria.

(UFRJ)7.

Extraído de PITTE, jean-Robert. Géographie. França: Éditions Nathan, 1989.

A informação é indissociável da cultura. O desenvolvimento dos meios de comunicação permitiu a expansão de certas formas de cultura por meio do globo sem, contudo, eliminar as particularidades locais.

Nos mapas a seguir aparecem dois países que são grandes produtores e exportadores de programas de televisão e os fluxos das exportações de seus programas em direção aos diversos continentes; a largura das setas indica a porcentagem de produtos exportados para cada região.

Apresente as razões para as diferenças nas intensidades dos fluxos de exportação de programas de TV dos dois países.

(UFRJ)8.

A rede internet simboliza a transformação do mundo em “aldeia global”. Contudo, sua expansão tem sido seletiva: alguns países são excluídos e outros se auto-excluem.

O mapa a seguir apresenta os países que integravam essa rede em janeiro de 1994; os países que não estão representados são aqueles não-conectados à rede.

A partir do mapa:

identifique duas grandes áreas subcontinentais a) não-conectadas à rede.

apresente uma razão para a exclusão de uma das b) áreas que você identificou.

(UFRJ)9.

China - um país, dois sistemas Aproximadamente 20% da população mundial vive na China sob o regime comunista. No entanto, no território do Estado chinês existem regiões e cidades que adotam práticas capitalistas. Em meados de 1997, Hong Kong, um dos maiores centros financeiros mundiais, voltou ao controle do Estado chinês, sem alterar sua condição econômica anterior.

Apresente duas razões para que a China mantenha práticas capitalistas em algumas áreas do seu território.

(UFRJ) A globalização é, muitas vezes, identificada com 10. a multiplicação de redes que atravessam fronteiras e que aparentemente tornam obsoletos os limites internacio-nais entre os países. Entretanto, os territórios nacionais e seus limites são uma realidade e os Estados Nacionais ainda existem como unidades organizadas e de grande importância dentro da ordem política global.

Apresente duas razões que explicam a relevância dos Estados Nacionais na era da globalização.

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A clássica divisão internacional do trabalho pres-11. supõe que uma grande parte das trocas de pro-dutos industrializados ocorra nos países centrais, enquanto os países periféricos teriam um papel de exportadores de matérias-primas e importadores de manufaturados. Nos anos 70, esse modelo já demonstrava sinais de modificação pois, por meio de intensificação da interdependência econômica mundial, já se constatava que inúmeras empresas se transferiam dos países centrais e se instalavam na África, na Ásia e na América Latina, produzindo para a exportação. Quais as razões da instalação de novas empresas produtoras em países africanos, asiáticos e latino-americanos?

Considerando o atual contexto mundial, aponte uma razão econômica para manifestações xenófobas, como a referida na reportagem acima.

(UERJ) Há duas semanas, comentei neste espaço o 15. episódio do submarino russo que ficou preso no fundo do mar. Dizia que o caso parecia uma metáfora de como o país todo, e não apenas um submarino, havia chegado ao fundo do poço. Um colunista de nome como William Pfaff escreve para The International Herald Tribune: O episódio do Kursk vem depois de uma década, a de 80, na qual o próprio Estado soviético naufragou. Segue-se aos anos 90, quando as esperanças populares investidas na democratização e em reformas ocidentalizantes foram traídas pela incompetência, desvio de conduta e corrupção pessoal daqueles que tomaram o controle do país.

(Adaptado de: <www.uol.com.br/folha/pensata/ rossi.htm>

Acesso em: 30 ago. 2000.)

Indique duas medidas tomadas por Gorbatchev na década de 80 que objetivavam mudanças no regime socialista soviético.

(UERJ) “Bósnia-Herzegovina, abril de 1992. Nessa ex-16. república iugoslava, que declarara sua independência em março de 1992, se travou nos três anos seguintes a mais sangrenta das recentes guerras balcânicas. Sérvios (cristãos ortodoxos) e croatas (católicos) lutaram para ampliar seus domínios, em detrimento dos muçulmanos bósnios. Uma das mais cruéis faces dessa guerra foi o implacável cerco sérvio à capital da Bósnia, Sarajevo. Franco-atiradores sérvios, postados nas montanhas em torno da cidade, alvejaram civis indefesos nas ruas.”

(O Globo, 2 abr. 2001.)

O texto ressalta que a disputa nacionalista na ex-república da Iugoslávia apresenta o seguinte traço dominante:

presença da questão religiosa nos conflitos regio-a) nais.

predomínio de milícias no lugar de exércitos regu-b) lares.

infiltração de grupos religiosos estrangeiros nos c) confrontos.

participação da população civil nos enfrentamentos d) armados.

(UERJ) 17.

Modelos produtivos

(da Segunda Revolução Industrial à Revolução Técnico-científica)

Por que é possível afirmar que o Canadá é um país de 12. Primeiro Mundo, porém dependente?

(UFPE) Na segunda metade do século XIX, Karl Marx 13. afirmou que o capitalismo substituiria a auto-suficiência e o isolamento das nações por “uma circulação univer-sal, uma interdependência geral dos países”. A respeito dessa questão, analise as afirmativas abaixo.

A afirmativa de Karl Marx vem sendo confirmada, na )(contemporaneidade, pela tendência hegemônica da economia de mercado.

Russos e norte-americanos disputaram, de forma )(acirrada, o domínio do mundo. O século XX viveu a ascensão e o declínio dessa luta.

A aparente diminuição da distância geográfica entre )(as nações muito se deve à intensificação dos meios de comunicação informatizados.

A Rússia integrou-se ao mercado capitalista, mas a )(China ainda resiste, negando-se a participar do co-mércio global.

O crescente fluxo migratório da Ásia e da África para )(a Europa confirma as análises de Karl Marx, de que o capitalismo produziria: “uma circulação universal e interdependência geral dos países”.

(UERJ) 14. Penas exemplares na Alemanha

A Justiça alemã aplicou penas exemplares a três neonazistas que mataram a pancadas um imigrante moçambicano. O julgamento terminou na quarta-feira. Enrico Hilprecht, de 24 anos, foi condenado à prisão perpétua. Frank Miethbauer e Christian Richter, ambos com 16 anos, a nove anos de cadeia.

(Veja, 6 set. 2000.)

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Taylorismoseparação do trabalho por tarefas e níveis • hierárquicos

racionalização da produção•

controle do tempo•

estabelecimento de níveis mínimos de produtividade•

Fordismoprodução e consumo em massa•

extrema especialização do trabalho•

rígida padronização da produção•

linha de montagem•

Pós-fordismoestratégias de produção e consumo em escala • planetária

valorização da pesquisa científica•

desenvolvimento de novas tecnologias•

flexibilização dos contratos de trabalho•

A posição central ocupada pela técnica é fundamental para explicar a atual fase do capitalismo em que se insere o pós-fordismo.

Esta nova forma de organização da produção promove o seguinte conjunto de consequências:

retração do setor de comércio e prestação de servi-a) ços ampliação de um mercado consumidor seletivo, diversificado e sofisticado.

intensificação das estratégias de produção e con-b) sumo em nível internacional. Redução do fluxo de informação e dos veículos de propaganda.

redução da distância entre os estabelecimentos c) industriais e comerciais. Acelerado ritmo de inova-ções do produto com mercados pouco especiali-zados.

crescente terceirização das atividades de apoio à pro-d) dução e à distribuição. Elevados níveis de concentra-ção de capitais com formação de conglomerados.

(UERJ) 18.

Tropas russas avançam na ChechêniaTropas terrestres da Rússia começaram ontem a avançar sobre a Chechênia e ocuparam cinco pequenas cidades do Norte da república separatista. (...)

Além da ofensiva militar, a Rússia ataca a Chechênia no terreno político. O primeiro ministro russo, Vladimir Putín, anunciou que não reconhecia mais a legitimidade do presidente checheno.

(O Globo, 02 out. 1999)

Os conflitos de caráter nacionalista que hoje se verificam no antiga URSS estão relacionados ao desmantelamento do antigo mundo comunista soviético.

Um dos fatores que contribuiu para acelerar a crise da URSS foi:

falta de apoio do Ocidente às mudanças de Mikhail a) Gorbachev.

implementação do indústria de bens de consumo b) por Boris Yeltsin.

tentativa do golpe militar conservador de 1991 con-c) tra Boris Yeltsin.

o processo de reformas políticas e econômicas de d) Mikhail Gorbachev.

(Unirio) O tema da globalização está na ordem do dia. 19. Ele aparece nos meios de comunicação, faz parte do cotidiano do mais comum dos cidadãos. Parece uma novidade, mas se atentarmos para a História podere-mos perceber que o capitalismo é em si globalizante. O que mundo foi a forma, a intensidade, a qualidade de que se têm revestido esses processos universalizantes. Podemos afirmar corretamente que a Globalização favoreceu a(o):

concentração de empresas multinacionais estabe-a) lecendo mais igualdade entre os países pobres e ricos do mundo contemporâneo.

formação de mega-blocos econômicos polarizando b) o mundo entre socialistas e capitalistas.

chamado Estado de Bem-Estar social para dar c) atendimento às políticas públicas e ao trabalhador urbano desempregado.

surgimento de grandes empresas capazes de se inter-d) relacionar diretamente, limitando-se a intermediação do Estado e gerando desemprego em massa.

aparecimento de formas artesanais domésticas em e) oposição ao trabalho fabril, em virtude de uma nova divisão internacional do trabalho.

(UFRJ) “Hoje, a independência nacional, a formação na-20. cional nas regiões subdesenvolvidas assumem aspectos totalmente novos. Nessas regiões, excetuadas algumas realizações espetaculares, os diversos países apresentam a mesma ausência de infra-estrutura. As massas lutam contra a mesma miséria, debatem-se com os mesmos gestos e desenham com seus estômagos encolhidos o que se pode chamar de geografia da fome”.

(Os Condenados da Terra, Frantz Fanon, 1968, Paz e Terra)

Fanon foi um dos mais importantes intelectuais do movimento pela independência dos povos do chamado “Terceiro Mundo”. Natural da Martinica, foi

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médico psiquiatra do exército francês e escreveu “Os Condenados da Terra” a propósito da guerra da Argélia (1954-1962), um livro de grande impacto na Europa

A descolonização e a consequente emergência do “Terceiro Mundo” foi um dos episódios mais importantes após a Segunda Guerra Mundial. Podem ser citados três processos de descolonização: o pacífico, o violento e o tardio.

Caracterize e exemplifique cada um destes processos.

(UFRRJ) “Devido ao rápido aperfeiçoamento dos 21. instrumentos de produção e ao constante progresso dos meios de comunicação, a burguesia arrasta para a torrente da civilização mesmo as nações mais bárbaras. Os baixos preços de seus produtos são artilharia pe-sada que destrói todas as muralhas da China e obriga a capitularem os bárbaros mais tenazmente hostis aos estrangeiros. Sob pena de morte, ela obriga todas as nações a adotarem o modo burguês de produção, constrange-as a abraçar o que ele chama civilização, isto é, a se tornarem burguesas. Em uma palavra, cria um mundo à sua imagem e semelhança.”

(MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Obras Esco-

lhidas. São Paulo. Alfa-Ômega, 1953. p. 25. v.1.)

O fenômeno da globalização não é tão recente no mundo capitalista, pois como pode-se observar a partir do texto anterior, há 150 anos já fora identificado por meio da análise de Marx e Engels. No que se refere ao debate atual sobre globalização:

comente duas mudanças que estão ocorrendo no a) mundo capitalista atual que nos permitem identifi-car, mais claramente, esse processo (ou o processo de globalização);

cite duas consequências da globalização para a b) sociedade brasileira.

(UFC) Em 1993, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai 22. estruturaram o Mercosul, enquanto Estados Unidos, Canadá e México estabeleciam o Nafta, seguindo a tendência mundial de formação de blocos econômicos. Atualmente está se discutindo a formação da Área de Livre Comércio das Américas. Sobre a proposta dessa criação é correto afirmar que:

é contrária ao neoliberalismo, pois propõe a defesa a) das economias nacionais e a proteção aos peque-nos agricultores.

significa um grande avanço, pois defende um co-b) mércio mais intenso entre os países de todo o con-tinente americano, incluindo Cuba, o que será um fator de ativação para a economia brasileira.

garante o livre trânsito de mercadorias, capitais e c) pessoas em todo o continente.

23.

as cobras

Folh

a d

e Sã

o Pa

ulo

“É evidente que a Rússia se aproxima de seu segundo colapso, desta vez sob os auspícios da economia de mercado. Sob as atuais circunstâncias, a fuga de capital monetário internacional é irreversível. Assim, os “mercados emergentes” se transformam definitivamente em “mercados de emergência”, pois a declaração da insolvência russa se irradia sobre as demais regiões em crise. Agora não se trata mais de casos regionais, porém de um processo de escalada global.”

(Adaptado de KURZ, Robert. Folha de S. Paulo. 6 set. 1998.)

Explique, tendo em vista o processo de globa-a) lização, a razão pela qual uma crise em deter-minado país pode afetar áreas relativamente distantes.

Caracterize dois aspectos da crise russa neste b) momento de transição rumo ao capitalismo.

afeta, além do comércio, o meio ambiente, a edu-d) cação, os direitos trabalhistas, os modelos agrícolas e a tecnologia.

tem sido discutida abertamente desde 1997, e to-e) dos os países, inclusive o Brasil, têm seus negocia-dores que garantem, nas reuniões, o respeito aos interesses e necessidades do país.

Além das atividades citadas no texto, qual foi o outro 24. setor a sociedade que se expandiu e se aprimorou, no século XX e que modificou e intensificou as relações de trocas entre os povos favorecendo a chamada globali-zação? Justifique sua resposta.

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(Unicamp) 25.

Observe atentamente a ilustração apresentada: ela mostra as marcas da sociedade atual em uma “paisagem primitiva”.

A partir das informações apresentadas, explique como e por que, hoje, os espaços geográficos estão “mundializados”.

(Unicamp) A Nike é acusada de vender tênis produzi-26. dos em países asiáticos por mão-de-obra aviltada. Um levantamento feito junto a quatro mil trabalhadores de nove das 25 fábricas que servem à empresa na Indo-nésia revelou que 56% dos trabalhadores queixam-se de insultos verbais, 15,7% das mulheres reclamam de bolinação e 13,7% contam que sofreram coerção física no serviço. Esse estudo foi realizado sob o co-patrocínio da própria Nike. Outro levantamento, feito no Vietnã, mostrou que os trabalhadores ganham US$ 1,60 por dia e teriam que gastar US$ 2,10 para fazer três refeições diárias. Banheiros, só uma vez por dia. Água, duas vezes. O descumprimento das normas de uso do uniforme é punido com corridas compulsórias. Em outros casos, o trabalhador é obrigado a ficar de castigo, ajoelhado. A fábrica da localidade de Sam Yang trabalha 20 horas por dia, tem seis mil empregados, mas o expediente do médico é de apenas duas horas diárias.

(GASPARI, Elio. O Micreiro do MIT Pegou a Nike.

Folha de S. Paulo, 4 mar. 2001.)

A precarização do trabalho, a exclusão social, o ressurgimento do desemprego em escala crescente atingem, em graus variáveis, o conjunto de países ativamente envolvidos no processo de globalização, ou seja, todos os membros da OCDE, mais duas dúzias de países da Ásia e da América Latina.

(SINGER, Paul. Globalização e Desemprego: diagnóstico e alternati-

vas. São Paulo: Contexto, 1999. Adaptado.)

Considerando os textos anteriores, responda:

O que é a OCDE?a)

Além dos Estados Unidos e da União Europeia, vá-b) rios países fazem parte da OCDE, cite três.

Por que muitas empresas com sede em países cen-c) trais do capitalismo localizam suas unidades produ-

toras em países periféricos?

(UFF)27.

EUA

19 420 Investimentos Estrangeiros no Brasil – 1996 –99

Quem mais investe no Brasil (*) Em milhoes US$

11 954

7 4355 988 5 280

1 670 1 308 1 259 1 1241 086

Espa

nha

Hol

anda

Fran

ça

Port

ugal

Rei

no U

nido

Ale

man

ha

Bél

gica

Itália

Japã

o

(*) Total de capital colocado no paísFonte: Sobeet

O gráfico assinala uma onda de investimentos internacionais no Brasil, sobretudo os de origem europeia, até então considerados pouco expressivos no país. Tal destaque pode ser constatado, ao se considerar, no período em questão:

a crise das bolsas asiáticas que obrigou as empre-a) sas européias a reduzirem seus investimentos no Pacífico e elegerem a América Latina como princi-pal foco de transações comerciais e financeiras.

a forte presença de investimentos de origem espa-b) nhola, francesa e portuguesa marcada pela aquisição de empresas estatais de comunicação e eletricidade.

a procura de novos espaços de realização de ativi-c) dades financeiras e comerciais, em função do fra-casso das políticas de integração europeia.

a desvalorização sucessiva do euro no mercado d) internacional o que obrigou empresas europeias a migrarem para países de moeda estável.

a construção de um bloco comercial e financeiro e) supranacional, envolvendo a União Europeia e os países do Mercosul.

(UFF) No mundo contemporâneo, marcado pela glo-28. balização, a expressão “Fábrica Global” busca sintetizar os novos processos de ordenamento do território fabril, cuja característica principal é:

a concentração da produção de bens em grandes a) unidades fabris para administrar melhor as relações de trabalho e integrar todas as tarefas técnico-pro-dutivas.

a segmentação do processo produtivo de bens em b) diferentes lugares, tendo como suporte de realiza-ção as redes técnicas de informação, financiamento e comercialização.

a centralização do processo produtivo em um único c) ponto do território, para evitar a divisão técnica do trabalho e impedir o desperdício de energia.

a integração estratégica de vários ramos e setores d) em uma única região, com o objetivo de monopoli-zar os mercados mundiais de consumo.

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a produção especializada de bens e serviços em e) megaempresas, com o objetivo de fortalecer o do-mínio do mercado interno e a competitividade em seus países de origem.

(UFF) O processo de globalização é determinado, em 29. grande parte, pela formação de oligopólios empresa-riais, também conhecidos como monopólios múltiplos ou coletivos, que dominam a produção e o consumo de mercadorias em escalas geográficas cada vez mais amplas.

A respeito da organização dos oligopólios afirma-se:

Envolvem a fusão de capitais de empresas indus-I. triais e/ou financeiras.

Criam “preços administrativos” a fim de estabelecer II. a concorrência entre produtos e não entre preços.

Firmam acordos de cooperação técnica e fixam III. normas comuns de produção para dominar mer-cados globais.

Com relação a essas afirmativas conclui-se:

apenas a I é correta.a)

apenas a I e a II são corretas.b)

apenas a II é correta.c)

apenas a II e a III são corretas.d)

todas são corretas.e)

(UFF) A noção de espaço periférico do mundo capitalista 30. está sendo colocada em questão e afirma-se:

O capitalismo se expandiu, com gradativa homo-I. geneização dos espaços periféricos, hoje, muito semelhantes aos espaços centrais.

O desaparecimento dos espaços do “socialismo II. real”, a maioria deles, hoje, em crise, levou a um avanço da periferia em direção ao chamado “Se-gundo Mundo”.

O processo de globalização da economia tornou III. mais evidente a idéia de que “a periferia pode estar no centro e o centro pode estar na periferia”.

Com relação a essas afirmativas conclui-se:

apenas a I é correta.a)

apenas a I e a II são corretas.b)

apenas a II e a III são corretas.c)

apenas a III é correta.d)

todas são corretas.e)

(UFF) A geografia do mundo contemporâneo é marca-31. da por uma divisão internacional do trabalho, na qual

se tornou mais difícil definir o papel econômico dos Estados-Nações. Isto ocorre porque:

1. na nova ordem internacional e intensa fragmenta-ção político-cultural impede os processos de in-tegração econômica nas áreas periféricas e semi-periféricas, onde os Estados são frágeis e excluídos da sociedade de consumo capitalista

2. as empresas estão muito mais flexíveis quanto à localização de suas bases produtivas, podendo se estabelecer em várias regiões do mundo, dadas as atuais condições tecnológicas de transporte e de comunicação

3. a divisão tradicional entre países basicamente for-necedores de matérias-primas e países industria-lizados vem cedendo lugar a uma divisão interna-cional do trabalho baseada nos níveis tecnológicos da produção e no nível de qualificação da força de trabalho

Analisando-se estas afirmativas, conclui-se que:

apenas a 3 está correta.a)

apenas a 1 e a 2 estão corretas.b)

apenas a 1 e a 3 estão corretas.c)

apenas a 2 e a 3 estão corretas.d)

todas estão corretas.e)

(UFF) No momento atual, uma das mais famosas 32. marcas de tênis do mundo, que vende alguns de seus disputados modelos por US$140, utiliza empresas de países distantes para fabricar seus produtos. É o caso do Paquistão e da Indonésia. No Paquistão, crianças com 6 anos de idade fabricam bolas de futebol, ganhando US$0,14 por hora. Na Indonésia, mais de um terço dos produtos dessa empresa são fabricados e os trabalha-dores ganham US$2,20 por dia.

Essa imensa rede mundial de produção vinculada ao custo da força de trabalho reflete:

dinâmica neoliberal no chamado Terceiro Mundo, a) que direciona os investimentos para as pequenas e médias empresas visando estimular a competitivi-dade e a redução do subemprego, com a transfor-mação de trabalhadores autônomos em trabalha-dores assalariados, que podem assim, usufruir da legislação trabalhista.

o processo de deslocamento das bases produtivas b) das empresas transnacionais para países periféri-cos, graças às novas tecnologias de transporte e informação, e a tercerização da economia, com a subcontração de empresas menores, o que isenta as grandes corporações de responsabilidades tra-balhistas.

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a facilidade dos transportes no mundo contempo-c) râneo e o barateamento da mão-de-obra, que pode ser paga por hora e com contratos temporários, o que agiliza a rotatividade dos trabalhadores e faz com que as empresas dos países centrais possam modernizar o setor terciário dos países periféricos.

a força das grandes corporações em seus acordos d) com os governos nacionais do “Terceiro Mundo”, onde empresas ilegais podem ser contratadas com a proteção do Estado e a cumplicidade das máfias locais, permitindo, em contrapartida, a “lavagem” do dinheiro “sujo” por meio de agentes financeiros das empresas transnacionais.

a função dos países periféricos como fornecedores e) de mão-de-obra não qualificada e de serviços, num processo conhecido como tercerização da econo-mia, que reforça o setor terciário e submete a maior parte da população do jogo dos interesses do es-tado.

(UFF) Com relação ao fenômeno da globalização, que 33. caracteriza as mudanças em curso na geografia do mundo contemporâneo, é correto afirmar que:

é seletivo, envolvendo diferenciadamente as clas-a) ses e grupos sociais e se dá sobretudo no campo das relações econômicas.

como o nome indica, tem uma dimensão universal, b) vindo desde as origens do capitalismo, atingindo todos os povos do planeta.

é oposto da chamada fragmentação, pois esta en-c) volve o espaço dos excluídos e daqueles que se negam a participar do capitalismo.

é exclusivamente de caráter político-cultural e se d) expandiu com a hegemonia dos Estados Unidos do planeta.

acelera o fortalecimento dos Estados-Nações, bem e) como nos nacionalismos e regionalismos.

“... a Europa inchou de maneira desmedida com ouro e 35. matérias-primas dos países coloniais: América Latina, China e África. De todos esses continentes, partem há séculos os diamantes e o petróleo, a seda e o algodão, as madeiras e os produtos exóticos. A Europa é literalmente a criação do Terceiro Mundo”.

Frantz Fanon

Baseando-se no texto, demonstre como funciona a globalização em termos de produção, comércio e acumulação de riquezas.

Algumas transformações políticas recentes ocorri-34. das na ex-URSS e ex-Tchecoslováquia constituem exemplos de separações entre povos. Essas sepa-rações se concretizaram sem tragédias como as ocorridas na dissolução da ex-Ioguslávia.

Apresente duas razões pelas quais a dissolução da ex-Iugoslávia está se fazendo por meio de conflitos e guerras entre as diferentes repúblicas.

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A intensificação das migrações transnacionais da atua-1. lidade, sobretudo de populações de países periféricos na direção dos Estados Unidos e da Europa Ocidental, alimenta contatos interculturais nem sempre marcados pelo respeito às diferenças étnicas, religiosas e de valo-res de sociabilidade. Assim, o desenraizamento cultural e territorial de indivíduos e/ou grupos sociais, que chegam legalmente (ou clandestinamente) aos países mais ricos, se agrava com a intolerância e a segregação social dos nacionais diante daqueles considerados como estrangeiros.

Duas dentre as vantagens:2.

níveis salariais mais baixos;•

menor cobrança de impostos;•

renúncia de tributos durante anos;•

incentivos fiscais a investimentos produtivos.•

Uma dentre as possibilidades:3.

de tráfico humano: estabelecida por meio do co-• mércio debebês, da prostituição, do tráfico de ór-gãos e da migração clandestina

do narcotráfico: cada vez mais globalizada estabe-• lecendo vinculação com a rede capitalista “oficial”, principalmente nos “paraísos financeiros” e centros bancários off-shore internacionais.

do crime organizado - em franca expansão nos • países de legislação e fiscalização insuficientes, envolvendo contrabando, jogo ilícito, informações secretas, terrorismo, biopirataria, tráfico ilegal de minerais radioativos e de armamentos.

B4.

A terceira Revolução Industrial promoveu, na organi-5. zação do espaço mundial, entre outras, as seguintes mudanças:

transmissão instantânea e simultânea das informa-• ções, o que possibilita uma extraordinária agilidade para os fluxos financeiros;

formação de redes que permitem a integração da • “aldeia global” indiferente à divisão tradicional dos países;

aumento significativo da velocidade e da capacida-• de de deslocamento de cargas e pessoas;

desconcentração industrial devido à presença de • novos fatores locacionais, como a proximidade de

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centros de produção do conhecimento de novas tecnologias (tecno-polos).

C6.

E7.

C8.

B9.

E10.

B11.

E12.

13.

aumento do desemprego;•

ampliação do setor de serviços;•

redução de direitos trabalhistas;•

redução de postos de trabalho;•

proliferação do trabalho informal;•

redução das atribuições do estado de Bem Estar • Social;

acesso as redes de comunicação virtual e compu-• tação;

acesso rápido a bens culturais mundiais.•

Em oposição ao Fórum Econômico Mundial que reuniu 14. as lideranças mundiais do capitalismo, o I Fórum Social Mundial apresentou opções de desenvolvimento “glo-balizado” respeitando a:

preservação da natureza;•

democracia social;•

distribuição equânime da riqueza;•

defesa social do trabalho.•

Por outro lado, acentuou a crítica às proposições de desenvolvimento e globalização fundamentadas, prioritariamente, nos interesses do capital.

B15.

E16.

E17.

C18.

B19.

D20.

E21.

B22.

O mundo era dividido em países capitalistas do lado 23. oeste e socialistas do leste.

A nova lógica é econômica e surgiu em decorrência da reestruturação do mundo socialista.

D24.

25.

O candidato deve citar entre os aspectos positivos a) da economia de mercado:

a economia de mercado estimula o mais eficien-• te;

a livre concorrência estimula o aperfeiçoamento • do processo produtivo;

a economia de mercado mostra grande eficiên-• cia como sistema produtivo.

O candidato pode apresentar como crítica:b)

o uso abusivo dos recursos naturais;•

a adoção de práticas predatórias;•

os recursos naturais passam a ser considerados • como mercadorias e por isso têm um valor a ser realizado no mercado.

A26.

B27.

A28.

A sigla OMC significa Organização Mundial do Comércio 29. e é composta por um conjunto representativo de países em via de desenvolvimento e de países desenvolvidos. Dentre os países que ocupam o segundo grupo po-demos destacar: Estados Unidos, Alemanha, França, Inglaterra e Japão.

30.

Rússia. Um país que fora superpotência socialista a) e tornou-se capitalista, ou seja, passou a ser um aliado político do G-7.

No contexto da Guerra Fria, o G-7 preocupava-se b) em evitar a expansão do socialismo. O G-8 tem a preocupação de promover o funcionamento da economia global.

A1.

C2.

E3.

C4.

B5.

E6.

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A intensidade dos fluxos dos Estados Unidos para 7. todos os continentes reflete sua posição de potência econômica, política e cultural a nível mundial. O fluxo relativamente mais intenso para a América do Sul indica sua condição de área de influência imediata dos Estados Unidos. No caso da França, apesar de a abrangência dos fluxos ser também mundial, há maior intensidade daqueles dirigidos para a África, o que se explica pelo processo histórico de dominação colonial sobre extensas áreas do continente.

8.

Dentre as áreas subcontinentais não-conectadas a) à rede estão a China, praticamente toda a África, grande parte da Ásia e uma boa parte das Améri-cas Andina e Central.

Para o caso da China a razão é de auto-exclusão e b) segue basicamente uma orientação político-ideoló-gica. Nos demais casos uma série de razões podem ser enumeradas tais como: falta de infraestrutura, sobretudo tecnológica, para conectar-se à rede; populações pobres com baixo acesso à tecnologia; resistência ao domínio cultural ocidental; baixa di-fusão da língua inglesa.

Dentre as razões para a adoção de práticas capitalistas 9. em territórios especiais encontramos: atrair capitais; adotar tecnologias avançadas; modernizar a gestão empresarial; qualificar a mão-de-obra.

O Estado-nação mantém sua relevância pois ainda 10. controla: a gestão da moeda; a regulação dos mercados nacionais; a regulação do capital e do trabalho; a orien-tação dos investimentos privados, por meio de estímulos definidos e pela taxação alfandegária; a política tributária; a política imigratória; os acordos internacionais.

Utilização de matéria-prima e mão-de-obra locais 11. abundantes e baratas, visando a redução dos custos de produção.

Possui elevada renda 12. per capita, a população tem acesso à renda, porém depende do capital externo investido na indústria, importa algumas matérias-primas.

V, V, F, V13.

Concorrência entre a mão-de-obra nacional e a mão-14. de-obra imigrante.

Reestruturação do socialismo por meio do desenvolvi-15. mento de uma economia de mercado.

Abertura política, possibilitando a existência de oposição e críticas ao governo.

A16.

D17.

D18.

D19.

Descolonização pacífica: resultado de acordos e de 20. uma negociação entre as colônias e as metrópoles. A independência é concedida pela metrópole em troca da manutenção de vínculos econômicos e/ou políticos que lhe asseguravam uma ascendência sobre a antiga colônia. Isto é: a colônia tornava-se formalmente inde-pendente mas, na prática, a metrópole inaugurava uma nova forma de dominação.

Exemplos: a maior parte das colônias britânicas na Ásia: Índia, Ceilão, Birmânia, Malásia. E também, uma parte da África negra de expressão francesa: Camarões, Togo, Senegal, Mali, Costa do Marfim, Daomé, Alto Volta, Níger, República Central Africana, Congo Brazzaville, Gabão, Chade, Madagascar, Mauritânia. A maior parte destes países teve suas fronteiras definidas artificialmente. E a África Ocidental de expressão inglesa como Gana e Nigéria.

Descolonização pela violência: quando o processo de descolonização foi marcado por guerras de independência ou por guerra civil. Os exemplos mais importantes são: a Indochina (Vietnã) e a Argélia (ambas colônias francesas). E o Congo Belga que enfrentou não apenas uma guerra contra a Bélgica, mas também uma guerra civil com diferentes movimentos separatistas.

Descolonização tardia: a descolonização das antigas colônias portuguesas que se processou já nos anos 70, a maior parte delas marcada por movimentos de orientação marxista: Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde.

21.

Os avanços tecnológicos na área da produção; a a) intensificação do uso da automação, da eletroe-letrônica, da robótica, da informática; o aumento acentuado da concorrência entre as empresas no plano internacional refletem a busca pela produtivi-dade que gera o desemprego e problemas sociais.

O desemprego; o fechamento de pequenas e mé-b) dias indústrias e empresas frente à concorrência de produtos externos; o crescimento do trabalho informal.

D22.

23.

As economias nacionais tornam-se interdependen-a) tes, e as fronteiras são muito menos efetivas porque os fluxos já não são apenas de mercadorias físicas, mas cada vez mais de capitais que se deslocam pelas redes de comunicações. Assim, nenhum país deixa de ser afetado por crises em centros financei-ros de grandes dimensões.

Dois dentre os seguintes aspectos:b)

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a ausência do antigo estado forte e centraliza-• dor, com a sobrevivência de rivalidades entre etnias e nacionalidades da ex-União Soviética, provocando conflitos que agravam os proble-mas sociais;

a instabilidade política que não favorece os in-• vestimentos de capital, atemorizando os inves-tidores estrangeiros e levando à fuga de capi-tais;

o fim das antigas garantias sociais e o cresci-• mento da inflação, levando ao desemprego e ao agravamento da pobreza;

o crescimento da contestação ao regime de • Yeltsin, por parte de organizações de trabalha-dores que reclamam a volta de direitos sociais do período socialista;

a ausência de controle estatal, que leva ao au-• mento da economia informal, a problemas de abastecimento e à proliferação do crime orga-nizado, aumentando a insegurança da popula-ção;

o controle precário do arsenal nuclear, consti-• tuindo uma ameaça geopolítica.

O avanço tecnológico repercutiu na infra-estrutura-24. transportes, comunicações, informática.

Devido à multipolaridade, globalização, expansão de 25. capital transnacional.

26.

OCDE significa Organização para Cooperação e a) Desenvolvimento Econômico. A OCDE é um fórum para discussão da política econômica e social, ela-borando publicações a esse respeito.

Austrália, Canadá, Coréia do Sul, Hungria, Islândia, b) Japão, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, República Tcheca, Suíça e Turquia.

Principalmente para aproveitar-se da mão-de-obra c) barata, além dos baixos custos da matéria-prima e energia e benefícios fiscais e tributários.

B27.

B28.

E29.

C30.

D31.

B32.

A33.

Devido às diferenças étnicas e econômicas. 34.

Países centrais: possuem tecnologia, acumulam riquezas 35. e controlam os sistemas financeiros.

Países periféricos: fornecem matéria-prima, contraem investimentos de capital externo – dependência econômica.

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Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br