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História
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UNIVERSIDADE DE LISBOA
INSTITUTO DE EDUCAO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
RELATRIO DE ESTGIO
AVALIAO DO IMPACTO DOS CAMPEONATOS DAS PROFISSES
NA PERSPECTIVA DOS CONCORRENTES E DOS JURADOS
Isaulina DArajo Rita dos Santos
CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTES AO GRAU DE MESTRE EM
CINCIAS DA EDUCAO
rea de Especializao em Avaliao em Educao
2010
UNIVERSIDADE DE LISBOA
INSTITUTO DE EDUCAO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
RELATRIO DE ESTGIO
AVALIAO DO IMPACTO DOS CAMPEONATOS DAS PROFISSES
NA PERSPECTIVA DOS CONCORRENTES E DOS JURADOS
Isaulina DArajo Rita dos Santos
CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTES AO GRAU DE MESTRE EM
CINCIAS DA EDUCAO
rea de Especializao em Avaliao em Educao
Relatrio de Estgio Orientado por Prof. Dr. Cely Costa Nunes
2010
Relatrio de Estgio no IEFP, IP (Instituto de Emprego e Formao Profissional)
__________________________________________________________________________________
Mestrado em Cincias da Educao, especializao em Avaliao
Instituto de Educao da Universidade de Lisboa I
Agradecimentos
Um agradecimento a todos os que, de diferentes maneiras, contriburam com o seu
carinho e colaborao para que fosse possvel a realizao deste trabalho.
Deus, pela oportunidade e fora que me deu ao longo de todo o percurso, dando-me
condies e discernimento para superar as dificuldades, especialmente nos momentos de
maior deciso;
minha Me e Av, Isabel Rita e Maria Perzina Silvestre, pelo amor eterno, carinho e
apoio que me dedicaram em todos os momentos;
Ao meu companheiro, Humberto Barbosa, pelo incentivo e inspirao durante este
trabalho, pelas reflexes que me auxiliaram na sua construo e pela compreenso e
pacincia nos momentos mais difceis em que no pude estar presente;
minha orientadora, Professora Cely do Socorro Costa Nunes, por todo apoio,
orientao e sugestes dadas na incansvel tentativa de fazer deste trabalho o melhor
possvel;
Ao Prof. Dr. Domingos Fernandes pelo incentivo, orientao e apoio nos momentos
solicitados ao longo da Licenciatura e do Mestrado;
Ao IEFP, pela oportunidade de poder estagiar na instituio e poder desenvolver este
trabalho;
Ao meu orientador de estgio no IEFP, Eng. Carlos Fonseca, e o seu grupo de trabalho
que desde sempre se disponibilizaram em cooperar comigo, a fim de atingir os
objectivos para este trabalho;
Aos meus familiares e amigos que perguntavam constantemente se j tinha acabado
agora posso dizer finalmente sim;
A todos que directa ou indirectamente contriburam para que eu pudesse realizar este
trabalho.
Relatrio de Estgio no IEFP, IP (Instituto de Emprego e Formao Profissional)
__________________________________________________________________________________
Mestrado em Cincias da Educao, especializao em Avaliao
Instituto de Educao da Universidade de Lisboa II
Resumo
O seguinte Relatrio de Estgio relata o percurso e as aprendizagens realizadas
no local do Estgio (Instituto de Emprego e Formao Profissional IEFP) no ano
lectivo 2009/2010 e o estudo levado a cabo junto dos concorrentes e dos jurados dos
Campeonatos das Profisses. Este estudo pretende conhecer, analisar e avaliar o
impacto dos Campeonatos das Profisses na perspectiva destes sujeitos. um estudo
predominantemente descritivo, tendo-se optado por recorrer complementaridade dos
dois tipos de investigao: qualitativo e quantitativo. Os instrumentos utilizados para
recolha de dados foram questionrios, entrevistas semi-estruturadas e anlise
documental. A anlise do corpus das entrevistas e das questes de resposta aberta dos
questionrios foi feita atravs de construes interpretativas, usando como tcnica de
anlise de dados a anlise de contedo temtica por categorias. Os dados quantitativos
tiveram tratamento sob forma de frequncias.
Deste estudo resultam duas evidncias: os Campeonatos das Profisses
apresentam impactos positivos na vida dos concorrentes, quer no mbito pessoal quer ao
mbito profissional e, que a participao nestes Campeonatos apresenta mais vantagens
do que desvantagens para os concorrentes e para os jurados, oferecendo-lhes novas
perspectivas profissionais no futuro.
Quanto aos impactos ao nvel pessoal destacam-se: a realizao e
aprofundamento de diversas aprendizagens e aptides profissionais; a auto-avaliao
das suas prprias competncias e do que so capazes de fazer; o intercmbio social e
cultural; a realizao pessoal; e a continuao dos estudos. No que diz respeito aos
impactos ao nvel profissional evidenciam-se: o enriquecimento do currculo e a
insero no mercado de trabalho; o desenvolvimento de conhecimentos/experincias
profissionais; o desenvolvimento do sentimento de confiana nas suas competncias
profissionais. De entre os inmeros contributos que os Campeonatos das Profisses
proporcionam de salientar, de igual modo, que a maior satisfao dos jurados quanto a
existncia destas competies reside no facto de contriburem para que os concorrentes
tenham a oportunidade de conhecer novas prticas profissionais, alcanarem bons
resultados na realizao das provas; e desenvolverem competncias pessoais como a
auto-estima, a confiana, a responsabilidade e a organizao.
PALAVRAS-CHAVE: Campeonatos das Profisses; Formao Profissional;
Competncias Profissionais; Avaliao.
Relatrio de Estgio no IEFP, IP (Instituto de Emprego e Formao Profissional)
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Mestrado em Cincias da Educao, especializao em Avaliao
Instituto de Educao da Universidade de Lisboa III
Abstract
The following Training Report describes the course and the learning that takes
place at the site of the Stage (Department of Employment and Vocational Training -
IEFP) in the 2009/2010 school year and the study carried out among competitors and
judges of the Championships of the Professions. This study seeks to examine, analyze
and evaluate the impact of the Championships of the Professions in view of these
subjects. It is predominantly a descriptive study, having been chosen to invoke the
complementarity of the two types of research: qualitative and quantitative. The
instruments used for data collection were questionnaires, semi-structured interviews and
documentary analysis. Corpus analysis of interviews and open-response questions from
the questionnaires was done through interpretive constructions, using a technique for
analyzing data, thematic content analysis categories. Quantitative data were treated in
the form of frequencies.
This study results in two facts: the Championships of the Professions have
positive impacts on the lives of competitors, both personally and within the scope of
work and that participation in these Championships has more advantages than
disadvantages for competitors and for the judges, offering them new career prospects in
the future.
Regarding the impacts on the personal level include: the construction and
expansion of different learning and vocational skills, self-evaluating their own skills and
are able to do that, the social and cultural exchange, personal fulfillment and the
continuation of studies. Regarding the impact at the professional level are apparent: the
enrichment of the curriculum and integration into the labor market, the development of
knowledge/work experience, developing a sense of confidence in their skills.
Among the many contributions that provide the Professions Championships is to be
noted, similarly, that the greatest satisfaction of the jury regarding the existence of these
competitions is that they contribute to the competitors have the opportunity to meet new
professional practices to achieve good results in performing the tests, and develop
personal skills such as self-esteem, confidence, responsibility and organization.
.
KEY-WORDS: Championships of the Professions; Vocational Training; Professional
Skills; Evaluation.
Relatrio de Estgio no IEFP, IP (Instituto de Emprego e Formao Profissional)
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Mestrado em Cincias da Educao, especializao em Avaliao
Instituto de Educao da Universidade de Lisboa IV
ndice
Captulo I Introduo...1
1. Introduo. 1
1.1. Gnese do Estgio..1
1.2. Enquadramento Metodolgico ..4
1.2.1. Metodologia4
1.2.2. Questes Orientadoras do Estudo..5
1.2.3. Seleco do Campo de Estudo.6
1.2.4. Instrumento de Recolha de Dados..7
- Questionrios7
- Entrevistas...10
- Anlise Documental11
1.2.5. Tcnica de Anlise de Dados.12
Captulo II Descrio e Caracterizao da Instituio...16
2. Caracterizao da Instituio...16
2.1. Origem e Histria...16
2.2. Misses e Atribuies22
2.3. Recursos Humanos23
2.4. Domnio de Interveno.23
2.5. O Local de Estgio (Departamento de Formao Profissional)24
2.6. A Integrao da Instituio25
Captulo III Actividades Desenvolvidas na Instituio...26
3. Apresentao das Actividades Desenvolvidas no Local de Estgio26
3.1. O Manual de Avaliao26
3.1.1. Caracterizao dos Campeonatos das Profisses..27
3.1.2. Caracterizao dos Concorrentes dos Campeonatos das Profisses.30
- Formaao Profissional em Portugal: conceito e modalidades31
3.1.3. Caracterizao dos Jurados dos Campeonatos das Profisses38
3.1.4. O Processo de Avaliao nos Campeonatos das Profisses..40
- A Triangulao da Avaliao...45
- Avaliao Criterial e Avaliao Normativa.46
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Instituto de Educao da Universidade de Lisboa V
- Avaliao na Formao Profissional48
3.1.5. Avaliao de Competncias Profissionais no SkillsPortugal...51
3.1.6. Os Instrumentos de Avaliao utilizados nos Campeonatos
das Profisses.57
3.2. Artigo Elaborado para a Revista Formar62
Captulo IV Apresentao da anlise e Interpretao dos Dados... 63
4. Apresentao e Anlise dos Dados63
4.1. Anlise dos Questionrios Realizados aos Concorrentes.63
4.2. Anlise dos Questionrios Realizados aos Jurados..71
Concluso...78
Referncias Bibliogrficas.82
ndice de Quadros
Quadro 1: Identificao das diferenas entre educao e formao (Cardim, 1998).35
Quadro 2: Relao entre as diferentes modalidades formativas (Cardim, 1998)...36
Quadro 3: Exemplo de avaliao objectiva nos Campeonatos das Profisses..43
Quadro 4: Exemplo de avaliao subjectiva nos Campeonatos das Profisses.43
Quadro 5: Caractersticas da avaliao normativa e avaliao criterial.48
Quadro 6: Tcnicas de recolha de informao (Lemos, 1992)..58
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Instituto de Educao da Universidade de Lisboa 1
Captulo I Introduo
1.1 Gnese do Estgio
O presente Relatrio de Estgio, de natureza acadmica, foi desenvolvido no
mbito do Ciclo de Estudos conducentes ao grau de Mestre em Cincias da Educao
no Instituto de Educao da Universidade de Lisboa.
A realizao do Estgio Curricular teve lugar num instituto pblico denominado
de Instituto de Emprego e Formao Profissional (IEFP), situado na rea de Lisboa. No
entanto, todo o trabalho desenvolvido no decorrer do Estgio centrou-se essencialmente
no Departamento de Formao Profissional (DFP) do prprio Instituto.
A preferncia por esta Instituio pblica e por este campo de Estgio esteve
intimamente relacionada com a aspirao que sempre demonstrei pela rea da formao
e avaliao das aprendizagens. Esta motivao surgiu atravs da minha experincia
estudantil e do modo como vivenciei e interiorizei esta realidade, as prticas subjectivas
e as normas e valores construdos ao longo do percurso escolar. Pois, julgo que atravs
das experincias pelas quais os formandos passam, que fazem as suas escolhas
formativas, constroem as suas qualificaes escolares e os seus projectos profissionais.
Passo a citar exemplos de trabalhos realizados na Licenciatura em Cincias da
Educao e que me influenciaram na escolha de reas relacionadas com formao e
avaliao das aprendizagens: 1 ano observao e caracterizao de uma situao de
ensino-aprendizagem numa escola bsica de Lisboa (trabalho realizado com crianas de
modo a perceber a influncia do contexto familiar no seu sucesso escolar); 2 ano
estudo das prticas dos profissionais de educao/formao nos seus contextos de
trabalho. Neste caso realizei o trabalho num centro de formao, mais concretamente no
Departamento de Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias do
Centro Naval de Ensino a Distncia (CNED) que uma instituio de formao de
adultos e certificao das competncias por eles adquiridas ao longo do tempo; 3 ano
desenvolvimento de um projecto de interveno num lar de idosos que proporcionou a
estes indivduos, dentre outros aspectos, a aquisio e actualizao de novos
conhecimentos, a melhoria das suas aprendizagens e a troca de saberes entre geraes.
Como tal, todas estas experincias aumentaram a minha capacidade de antecipar
os meus projectos futuros porque o meu envolvimento, no conjunto das aprendizagens
construdas na Universidade de Lisboa, abriu caminho para encontrar a minha vocao e
motivao. Esta motivao foi, certamente, apoiada pelo desenvolvimento da
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capacidade crtica e aquisio de qualificaes escolares, fomentadas pelas tradies e
oportunidades acadmicas e pedaggicas que tive e que me permitiu, neste momento,
delinear todo este trabalho final.
Contudo, este percurso desde a Licenciatura at ao Mestrado, acompanhado de
um conjunto de trabalhos acadmicos e o conhecimento de diferentes contextos
educativos/formativos foi um ofcio/ocupao que teve os seus momentos altos e
baixos. Foi um ofcio, por excelncia, do aprender um saber e um saber-fazer, do
aprender contedos e atitudes, conhecimentos e habilidades, matrias e hbitos de
estudo, mas existindo sempre problemas que tiveram de ser superados. Houve
momentos de interesse e desinteresse, de novidade e rotina, de descoberta e repetio.
No meu percurso acadmico esteve sempre presente esta noo ou seja, tinha
que fazer as minhas prprias opes, embora contando sempre com o apoio e opinio
dos professores e orientadores. E foi deste modo que cheguei at ao Departamento de
Formao Profissional do IEFP. Assim que o professor Domingos Fernandes
(coordenador do Mestrado na rea de Avaliao em Educao) referiu a possibilidade
de indicar quatro estudantes para desenvolver um Estgio Curricular no IEFP,
demonstrei logo o interesse em fazer parte deste grupo, por tudo o que referi
anteriormente. O meu Estgio teve o seu incio no dia 19 de Outubro de 2009 e
terminou no dia 30 de Junho de 2010. Realizou-se em tempo parcial, ou seja, trs dias
por semana das 9h00m s 13h00m.
Neste local de Estgio fiquei integrada num grupo de trabalho que participa no
projecto designado de Campeonatos das Profisses. Estes Campeonatos no so nada
mais do que eventos levados a cabo por diversas organizaes no mbito nacional e
internacional, onde grupos de jovens participam em competies e demonstram perante
o pblico competncias profissionais adquiridas ao longo da formao profissional e
que lhe so exigidas aquando da sua participao nas competies. Pois, elevar os
padres de aprendizagem que so alcanadas atravs da formao profissional a
principal prioridade dos Campeonatos das Profisses.
A promoo, organizao e realizao dos Campeonatos das Profisses da
competncia do IEFP, que, para o efeito, organiza anualmente os Campeonatos
Regionais e Nacionais das Profisses, a partir dos quais so seleccionados os jovens que
representaro Portugal nas competies internacionais. A participao nestes
Campeonatos WorldSKills (mbito mundial); EuroSkills (mbito europeu) e
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SkillsPortugal (mbito nacional) desenvolve nos jovens a capacidade de
demonstrarem o que aprenderam ao longo da formao profissional, inovarem as suas
prticas profissionais e transformarem em jovens mais activos na construo e
desempenho da sua prpria profisso.
Perante a tomada da existncia destes campeonatos profissionais deduzi que
neste campo de estudo poderia ter a possibilidade de aprender mais sobre o processo de
formao e avaliao desta mesma formao, de modo a compreender este vasto mundo
que a formao profissional e as competncias que so exigidas a um profissional de
sucesso, de acordo com a sua profisso. De igual modo, para alm de ser um potencial
local onde poderia desenvolver todas estas aprendizagens, o trabalho a desenvolvido
iria permitir a concluso do Mestrado na minha rea de especializao Avaliao em
Educao.
Entretanto, j na Instituio e aps estar minimamente integrada na dinmica do
trabalho desenvolvido no projecto Campeonatos das Profisses, desenvolvi um conjunto
de actividades diferenciadas, que, para efeitos de descrio neste Relatrio, encontram-
se organizadas em duas grandes reas: as actividades realizadas no dia-a-dia na
Instituio e o estudo de investigao, sob forma de um estudo qualitativo junto dos
intervenientes dos Campeonatos das Profisses (concorrentes e jurados).
No que diz respeito s actividades desenvolvidas no dia-a-dia no Instituto, mais
centradas numa dimenso de informao e de aco, h que salientar que serviram no
apenas como trabalho de apoio para com a Instituio acolhedora, mas tambm como
suporte s minhas aprendizagens. Entre as actividades realizadas, neste Relatrio
destacou-se a elaborao de um Manual de Avaliao (Apndice 2) e a elaborao do
Artigo para a Revista Formar 1 (Apndice 3) que foi solicitado, respectivamente, pelo
meu Orientador de Estgio no IEFP e pelo Director do Departamento de Formao
Profissional.
Em relao ao estudo de investigao, este foi uma ideia da minha autoria que
surgiu a partir do momento em que tomei conhecimento da existncia dos Campeonatos
das Profisses. Foi com base nesse conhecimento que subentendi que este Relatrio de
Estgio deveria ter como tema Avaliao do Impacto dos Campeonatos das Profisses
na Perspectiva dos Concorrentes e como principal objectivo conhecer, analisar e avaliar
1 Revista Formar uma revista com periodicidade trimestral e editada no IEFP desde 1990. A mesma dirigida
particularmente aos formadores e a todos os profissionais directamente ligados s questes da formao profissional.
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o impacto dos Campeonatos das Profisses nestes sujeitos. Ou por outras palavras,
pretendia-se conhecer a opinio destes indivduos face a importncia da existncia
destes Campeonatos e face ao contributo para as suas vidas, tanto ao nvel pessoal como
profissional. No entanto, a medida que realizava o trabalho de investigao junto dos
concorrentes dos Campeonatos das Profisses que propus desenvolver, foram surgindo
algumas questes por parte do meu Orientador de Estgio no IEFP que me solicitou o
alargamento do campo de estudo. Pois, o mesmo considerou que seria pertinente
conhecer tambm a opinio dos jurados dos Campeonatos das Profisses. Assim sendo,
foi-me solicitada esta tarefa, cujo resultado da investigao iria ser material para
integrar no artigo para Revista Formar, referido anteriormente. Assim sendo, procedi a
alterao do tema do Relatrio que passou a ser Avaliao do Impacto dos
Campeonatos das Profisses na Perspectiva dos Concorrentes e dos Jurados, mantendo,
no entanto, os mesmos objectivos descritos anteriormente.
1.2 Enquadramento Metodolgico
1.2.1. Metodologia
Uma investigao no se realiza sem um problema equacionado e sem que esteja
definido um plano que oriente a sua concretizao. Este plano representa a componente
organizativa e o esquema global de orientao de trabalho, indicando um conjunto de
procedimentos e indicaes necessrios, quer observao do fenmeno em estudo,
quer conduo da investigao. Isto implica ponderar sobre as questes orientadoras, a
seleco do campo de estudo, as tcnicas de recolha e anlise dos dados, a apresentao
da anlise e interpretao dos dados, e, por fim, a apresentao dos resultados.
As finalidades e o grau de profundidade do estudo so alguns dos critrios
utilizados para descrever ou elaborar categorias de investigao: investigao bsica, a
investigao aplicada ou prtica e a investigao-aco, em termos de finalidades;
investigaes exploratrias, descritivas, correlacionais ou experimentais, relativamente
profundidade do estudo; e, por fim, investigaes qualitativas ou quantitativas,
laboratoriais ou de campo e, de ndole transversal ou longitudinal, quanto metodologia
utilizada (Almeida & Freire, 2003).
De acordo com este enquadramento, neste estudo optou-se por recorrer
complementaridade de dois tipos de investigao quantitativa e qualitativa. Esta opo
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metodolgica justificou-se pelo facto dos paradigmas, quantitativo e qualitativo,
apresentarem vantagens se complementados um com o outro.
Se por um lado, o paradigma quantitativo favorece a medio e a quantificao
de reaces de um grande nmero de pessoas a determinado conjunto de questes e/ou
situaes, permitindo elaborar comparaes e anlises estatsticas, por outro, o
paradigma qualitativo permite conhecer os sistemas de crenas e de valores, os
sistemas de comunicao e de relao, bem como as suas representaes para os
indivduos ou grupos em causa (Almeida & Freire, 1997) cit. por Incio (2006, p. 130).
Para alm de se tratar de um estudo misto, optou-se por uma investigao de
natureza descritiva, na tentativa de compreender melhor esta realidade descrita do ponto
de vista dos concorrentes e dos jurados. Durante a realizao de uma investigao de
carcter qualitativo, Bogdan & Biklen (1994) consideram que importante recorrer a
diversas tcnicas de recolha de dados de modo a reunir o maior nmero de informaes
possveis a fim de assegurar a validade terica. A variedade de instrumentos de recolha
de dados possibilita combinar pontos fortes e deficincias de cada instrumento. Assim,
possvel fazer a confrontao dos dados obtidos atravs de mtodos de triangulao e
de contrastao subjectiva tendo em vista a consistncia da prpria informao
recolhida e das interpretaes produzidas (Almeida & Freire, 1997) cit. por Incio
(2006, p. 130).
Nesta linha de pensamento, os instrumentos de recolha de dados escolhidos
foram os que normalmente so utilizados em investigaes qualitativas: a entrevista e os
textos escritos pelos sujeitos anlise documental; e em investigaes quantitativas: os
questionrios utilizados na recolha de informao acerca da opinio dos sujeitos da
investigao quanto ao impacto dos Campeonatos das Profisses.
De uma forma geral, no existiu nenhuma pretenso em testar hipteses
preestabelecidas nem generalizar os resultados obtidos, mas antes aprofundar, descrever
e validar para um caso especfico o conhecimento de um processo, inserido num
determinado contexto formativo.
1.2.2. Questes orientadoras do estudo
Como referido anteriormente, elevar os padres de aprendizagem que so
alcanadas atravs da formao profissional a principal prioridade dos Campeonatos
das Profisses. Para o desenvolvimento destas competncias estes jovens contam com o
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apoio e orientao dos tcnicos, formadores e professores que so detentores de um
papel fundamental no percurso da formao, ajudando-os a aprender e a tornarem-se
imediatamente em melhores profissionais no futuro. Espera-se, por isso, que os jovens
concorrentes apliquem tais competncias nas situaes complexas e exigentes da
competio, canalizando o pessoal, emocional, social e presses do momento no
desempenho das provas exigidas.
Posto isso, a realizao deste estudo teve em ateno as seguintes questes
orientadoras que se julgou importante responder.
1 Quais os principais impactos dos Campeonatos das Profisses na perspectiva dos
concorrentes e dos jurados?
2 Quais as principais vantagens e desvantagens decorrentes da participao nestes
Campeonatos?
3 Qual a opinio dos jurados quanto a importncia da existncia dos Campeonatos
das Profisses?
4 Que expectativas os concorrentes e os jurados tm para o futuro aps participao
nestes Campeonatos?
1.2.3. Seleco do campo de estudo
Inicialmente o estudo foi pensado para ser aplicado exclusivamente aos jovens
que j tinham participado em pelo menos um dos Campeonatos das Profisses em anos
anteriores. O que se pretendia era inquirir jovens participantes em edies anteriores dos
Campeonatos e no jovens que ainda no tinham sido concorrentes. No entanto, e como
j referido, o estudo expandiu tambm para os jris destes Campeonatos.
Todavia, para alm dos concorrentes e dos jurados, optou-se, ainda, em recolher
informao junto de mais dois intervenientes dos Campeonatos das Profisses pela
importncia das funes que desempenham nestas competies. Tratou-se de um jri
destes Campeonatos que desempenha actualmente funes no local de Estgio e do meu
Orientador de Estgio no IEFP que exerce s seguintes funes na Instituio: gestor
dos Campeonatos das Profisses e representante de Portugal no Campeonato da Europa
das Profisses European Skills Promotion Organisation e igualmente no
Campeonato do Mundo das Profisses na WorldSkills International, com a funo de
delegado tcnico; e actualmente assume funes de Project manager na organizao do
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Campeonato da Europa das Profisses do EuroSkills 2010 que ir decorrer em Lisboa
em Dezembro de 2010.
1.2.4. Instrumentos de recolha de dados
Para a recolha de dados junto dos concorrentes e dos jurados optou-se pelo uso
de questionrios (Anexo 1 e 2) enviados por e-mail. Considerou-se que esta seria a
forma mais rpida e eficaz de proceder a recolha de informao junto destes sujeitos de
investigao. O facto de ter sido enviado por e-mail foi, precisamente, devido a
impossibilidade de reunir todos estes sujeitos a mesma hora e no mesmo espao tendo
em conta as funes que desempenham e ao local de residncia e de trabalho de cada
um deles. Ou seja, deveu-se ao facto de no ter sido possvel proceder a sua aplicao
de forma presencial.
Para a recolha de dados junto do jri e do Orientador de Estgio no IEFP optou-
se pela realizao de entrevistas semi-directivas (Anexo 3 e 4). A entrevista a estes dois
sujeitos teve como principal propsito contribuir para a caracterizao dos Campeonatos
das Profisses, a caracterizao dos concorrentes e dos jurados, assim como,
compreender de que forma ocorre o processo de avaliao dos concorrentes nestes
Campeonatos. Por ltimo, tambm fez-se uso da anlise documental com base na
documentao existente na prpria instituio e que foi facultada pelos seus
funcionrios ou, por vezes, obtida atravs do prprio site do IEFP 2.
Os Questionrios
Embora nem todos os projectos de pesquisa utilizem o questionrio como
instrumento de recolha e avaliao de dados, este muito importante na pesquisa cientfica,
especialmente nas Cincias Sociais. Construir questionrios no , contudo, uma tarefa
fcil, mas aplicar algum tempo e esforo na sua construo pode ser um factor favorvel no
crescimento de qualquer investigador.
Um questionrio consiste num instrumento de investigao que visa recolher o
maior nmero de informaes, baseando-se, geralmente, na inquirio de um grupo
representativo da populao em estudo. Trata-se, por conseguinte, numa tcnica de
investigao que permite quantificar os resultados obtidos e usar nela tcnicas estatsticas e
2 http://www.iefp.pt
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da apresentar grficos ou tabelas onde estejam representados os resultados, (Hill & Hill,
2005).
No existe um mtodo-padro para se formular um questionrio. No entanto,
existem algumas recomendaes, bem como factores a ter em conta relativamente a essa
importante tarefa num processo de pesquisa.
O investigador tem de ser cauteloso no modo como formula as questes, bem
como na apresentao do questionrio em si. Por conseguinte, na realizao de um
questionrio importante que se tenha, antes de mais, em conta as habilitaes do
pblico-alvo a quem ser destinado. O conjunto de questes dever ser muito bem
organizado, devendo conter uma forma lgica para quem a ele responde, desviando as
questes irrelevantes, intrusivas, insensveis ou demasiado longas (Almeida & Freire,
2007).
Antes de proceder a elaborao do questionrio fiz uma pesquisa documental de
modo a conhecer o conceito e os objectivos dos Campeonatos das Profisses e todos os
pressupostos que esto por detrs deste projecto. Esta pesquisa foi uma forma
gratificante para conseguir elaborar questes que me auxiliassem a alcanar os
objectivos propostos para o estudo em causa.
De igual modo, a aplicao de um questionrio permitiu recolher um conjunto de
conhecimentos, atitudes e valores que estes sujeitos evidenciavam face aos
Campeonatos das Profisses. Neste caso foi importante, antes de comear a elaborar as
questes, ter tido em conta o que se queria conhecer e avaliar, para que se pudesse
alcanar certo rigor na seleco do tipo de questionrio a aplicar e aumentar a
credibilidade do mesmo.
Outro motivo pela qual utilizei o questionrio como tcnica de recolha de dados
foi pelo facto de permitir inquirir um maior nmero de pessoas quase em simultneo,
economizando tempo, garantindo o anonimato dos inquiridos, permitido uma maior
liberdade de resposta e uma maior facilidade de anlise de dados quantitativos.
De acordo com Hill & Hill (2005) existem trs tipos de questionrios:
questionrio aberto, fechado e misto.
O questionrio do tipo aberto aquele que utiliza questes de resposta aberta.
Este tipo de questionrio proporciona respostas de maior profundidade, ou seja d ao
sujeito uma maior liberdade de resposta, podendo esta ser redigida pelo prprio. No
entanto a interpretao e o resumo deste tipo de questionrio mais difcil dado que se
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pode obter um variado tipo de respostas, dependendo da pessoa que responde ao
questionrio.
O questionrio do tipo fechado tem na sua construo questes de resposta
fechada, permitindo obter respostas que possibilitam a comparao com outros
instrumentos de recolha de dados. Este tipo de questionrio facilita o tratamento e
anlise da informao, exigindo menos tempo. Por outro lado a aplicao deste tipo de
questionrios pode no ser vantajoso, pois facilita a resposta para um sujeito que no
saberia ou que poderia ter dificuldade acrescida em responder a uma determinada
questo. Os questionrios fechados so bastante objectivos e requerem um menor
esforo por parte dos sujeitos aos quais aplicado.
O questionrio do tipo misto, tal como o nome indica, so questionrios que
apresentam questes de diferentes tipos: resposta aberta e resposta fechada. Este tipo de
questionrio til quando se pretende obter informao qualitativa para complementar e
contextualizar a informao quantitativa obtida pelas outras variveis.
Para este estudo optou-se pelo uso do questionrio do tipo misto, pelo facto de
no ser possvel entrevistar todos estes sujeitos num curto espao de tempo. Assim, a
construo do questionrio contou com perguntas abertas de modo a dar a oportunidade
do inquirido responder com as suas prprias palavras, dando-lhe a liberdade de
expresso necessria. Com isso seria possvel obter respostas com uma informao mais
variada, rica, detalhada e mais representativa e fiis da opinio do inquirido. O uso
exclusivo de perguntas fechadas certamente que iria facilitar a anlise de dados, mas por
outro lado, poderia conduzir a concluses pouco fiis, muito simples e limitadas.
Antes de proceder ao envio da verso final do questionrio aplicado aos
concorrentes (Anexo 2) procedeu-se a seleco aleatria de quatro concorrentes para a
testagem do questionrio. A realizao do pr-teste do questionrio teve como real
propsito avaliar o desempenho e funcionalidade do questionrio, para se necessrio
reformular; analisar rigorosamente os dados, para detectar erros de lgica e de
raciocnio; verificar a clareza das questes e da prpria estrutura do questionrio;
identificar as principais dificuldades detectadas pelos inquiridos durante o
preenchimento do questionrio e obter uma previso do tempo que o inquirido
demoraria a responder o questionrio. Para reforar este aspecto, foi enviado,
juntamente com o questionrio, algumas questes consideras pertinentes para os
inquiridos responderem: Quanto tempo levou a completar o questionrio? As instrues
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eram claras? Achou alguma questo pouco clara ou ambgua? Se sim, qual (ais) e
porqu? Ops-se a responder a alguma questo? Na sua opinio foi omitido algum
tpico importante? Considerou o formato do questionrio claro e atractivo? Tem algum
comentrio a fazer e/ou alguma sugesto de melhoria?
de realar que nesta fase de pr-teste foram obtidas respostas de trs inquiridos
sendo que apenas um no respondeu, uma vez que como referido anteriormente,
foram enviados quatro questionrios e destes trs apenas um respondeu s questes
adicionais sobre a estrutura e clareza do questionrio. Aps a recepo destes trs
questionrios, e no tendo sentido necessidade de reformular s questes, procedeu-se
automaticamente ao envio do questionrio aos restantes concorrentes (total de 15). Foi
neste contexto que o questionrio foi analisado, tendo sido enviado a 19 concorrentes
dos Campeonatos das Profisses que participaram em edies anteriores. Todavia,
apenas se obteve resposta de 15 questionrios (3 na fase de pr-testagem e 12 na fase
posterior). Portanto, a anlise apresentada, e que consta neste Relatrio de Estgio,
corresponde aos dados retirados de 15 questionrios.
Relativamente aos jurados dos Campeonatos das Profisses, de realar que no
foi feito a pr-testagem do questionrio, tendo sido enviado um total de 30
questionrios, mas apenas foi possvel fazer a anlise de 11. Isto deveu-se a facto de que
at a altura da elaborao deste Relatrio se ter obtido apenas 11 respostas.
As Entrevistas
De acordo com Estrela (1994) a tcnica da entrevista pode ser utilizada em
diversos momentos e pontos distintos do nosso trabalho, tendo por finalidade a recolha
de dados de opinio que permitam fornecer pistas para a caracterizao do processo em
estudo. A entrevista pode ser caracterizada, de uma forma geral, como um processo de
interaco social entre duas ou mais pessoas em que uma delas procura obter
informaes sobre a outra.
Neste estudo procedeu-se a realizao da entrevista semi-directiva, uma vez que
se trata de um mtodo conveniente quando se deseja obter uma determinada quantidade
de informaes acerca de uma pessoa ou de um aspecto importante que est a ser alvo
de estudo. Neste tipo de entrevista o entrevistador expe as perguntas ao entrevistado de
modo a que este possa reflectir sobre elas, durante um determinado perodo de tempo.
Quando o entrevistado responde a determinada questo, o entrevistador explora o
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pensamento do entrevistado sem o deixar sair do tema, no o interrompendo pois
pretende conhecer a pessoa alvo da entrevista.
Para a realizao desta entrevista tornou-se necessrio a preparao de um guio
de entrevista (Anexo 3 e 4) que teve em ateno os seguintes requisitos : formao de
um tema de forma sinttica e explcita; definio de objectivos gerais e definio de
objectivos especficos.
A entrevista foi presencial, tendo-se estabelecido uma conversa amistosa com os
dois sujeitos que estavam a ser entrevistados e obtido directamente a informao
pretendida. Tanto o Orientador de Estagio como o Jri com funes no IEFP
demonstram total interesse e estiveram disponveis para responder ao que lhes foi
questionado. Deste modo, houve certa flexibilidade na obteno das informaes destes
indivduos e permitiu o acesso a uma grande quantidade de informao em curto espao
de tempo. Embora tenha seguido o guio de entrevista, no decorrer da mesma e a
medida que os entrevistados respondiam as diferentes questes, sentiu-se necessidade
de abordar outras questes que no estavam contempladas no guio previamente
construdo. Logo, as questes foram sendo adaptadas medida que se desenrolava a
entrevista e tive a possibilidade de explorar, decidir e buscar as razes de certas
perguntas.
ainda importante frisar que as entrevistas foram realizadas individualmente
cada um dos entrevistados e, embora tivessem sido efectuadas no DFP do IEFP,
ocorreram em alturas diferentes. Primeiramente foi entrevistado o Orientador de Estgio
no IEFP no dia 16 de Junho de 2010 s 11h00 e posteriormente o jurado no dia 24 de
Junho, pelas 10h30.
Anlise Documental
Os documentos que os participantes escrevem, por si s, so, na opinio de
Incio (2006), importantes pelo que tambm podem ser utilizados como dados. Este
autor considera como fazendo parte dos documentos pessoais, os Dirios, os
Portflios, os Curriculum Vitae; mas podero incluir-se tambm () textos solicitados
a determinada populao (Incio, 2006, p. 138).
O estudo dos documentos pessoais tem como objectivo obter provas detalhadas
de como as situaes sociais so vistas pelos seus autores e quais os significados que
vrios factores tm para os participantes (Angell, 1945) cit. por Incio (2006, p. 138).
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Utilizou-se a anlise documental para uma compreenso mais completa e
detalhada das situaes em estudo sobre os Campeonatos das Profisses, em particular,
sobre o funcionamento destes Campeonatos e o funcionamento da prpria Instituio. A
anlise documental tambm foi utilizada como material de apoio para a caracterizao
da instituio, para a elaborao do Manual de Avaliao e o artigo para a Revista
Formar.
1.2.5. Tcnica de anlise de dados
Terminado todo o processo de recolha de dados, o investigador deve proceder ao
seu tratamento. Neste sentido, aps a recolha dos questionrios e das entrevistas,
procedeu-se ao tratamento dos dados recolhidos em forma de anlise descritiva.
Tendo em conta que a quantidade dos concorrentes era de 15 e dos jurados era
de 11, considerou-se que faria todo o sentido que a anlise das questes fechadas fosse
estabelecida segundo as frequncias, de forma conseguir uma maior percepo, em cada
questo colocada, de quantas vezes se repetia a mesma resposta. Ou seja, quantos
inquiridos detinham uma opinio semelhante face a mesma questo e vice-versa.
Os dados das questes fechadas foram apresentadas em forma de quadros
(Anexos 9 e 10). Para as perguntas abertas do questionrio e para as duas entrevistas
realizadas procedeu-se ao tratamento dos dados atravs da anlise de contedo e foram
apresentados em forma de grelha de anlise (Anexos 11 e 12 e Anexos 5 e 6
respectivamente).
A anlise de contedo, alm de consistir numa tcnica de investigao que visa a
descrio objectiva, sistemtica e quantitativa do contedo manifesto da comunicao
(Estrela, 1994) trata-se de um conjunto de tcnicas de anlise das comunicaes que
visa a obteno, por procedimentos sistemticos e objectivos, de descrio do contedo
das mensagens que permitem a inferncia de conhecimentos relativos s condies de
produo e recepo das mensagens (Incio, 2006). Para tal, registou-se os dados da
mensagem obtidos com o auxlio de categorias.
Foram definidas as seguintes categorias para as questes abertas do questionrio
aplicado aos concorrentes (Anexo 10): motivo de inscrio no curso profissional;
influncia dos Campeonatos das Profisses na vida pessoal dos concorrentes; influencia
dos Campeonatos das Profisses na vida profissional dos concorrentes; perspectivas
para o futuro aps a participao nos Campeonatos das Profisses (nvel pessoal e nvel
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profissional); influncia dos Campeonatos das Profisses na situao profissional
actual; grau de satisfao com a participao nos Campeonatos das Profisses; o que
poderia ter corrido melhor; opinio dos concorrentes face s vantagens dos
Campeonatos das Profisses; e opinio dos concorrentes face s desvantagens dos
Campeonatos das Profisses.
Para as questes abertas do questionrio aplicado aos jurados (Anexo 9)
destacam-se as seguintes categorias: motivao para exercer a profisso de jurado;
expectativas antes de comear a participar nos Campeonatos das Profisses;
expectativas para o futuro; influncias do exerccio da funo de jurado na vida pessoal;
avaliao do trabalho feito pelos jurados; importncia da existncia dos Campeonatos
das Profisses; opinio sobre a participao dos jovens nos Campeonatos das
Profisses; vantagens e desvantagens da participao dos jovens nos Campeonatos das
Profisses; justezas das competies; justezas das avaliaes; relao entre os contedos
das provas e a profisso; a funo mais importante dos Campeonatos das Profisses; e o
que deveria melhorar/ ser implementado no futuro destas Competies.
Quanto s entrevistas foram definidas as seguintes categorias:
Entrevista ao jurado (Anexo 5): nmero de anos com a Funo de jri dos
Campeonatos das Profisses; a funo dos jris nestes Campeonatos; O perfil do jri
nestes Campeonatos; a avaliao nos Campeonatos das Profisses; os instrumentos de
avaliao utilizados na avaliao dos concorrentes; limitaes dos instrumentos de
avaliao; conceito de descritivo tcnico e o seu contedo; funo do descritivo tcnico;
responsvel pela elaborao do descritivo tcnico; conceito de provas; responsvel pela
elaborao das provas; contedo das provas; dificuldades na avaliao das competncias
dos concorrentes; estratgias para a resoluo dessas dificuldades; a clareza e justeza da
avaliao; e o que deveria ser melhorado no futuro destas competies.
Entrevista ao Orientador de Estgio (Anexo 6): funo do entrevistado; anos de
experincia de trabalho neste projecto; o conceito dos Campeonatos das Profisses; os
objectivos dos Campeonatos das Profisses; papel do IEFP na promoo e divulgao
dos Campeonatos; recompensa que a instituio oferece aos concorrentes pela sua
participao; caractersticas dos indivduos que podem participar nestas competies;
seleco dos concorrentes; gnero dos concorrentes; nmero de concorrentes que
participaram desde 1950 at a actualidade; nmero de profisses a concurso deste 1950
at a actualidade; divulgao dos Campeonatos das Profisses junto da populao
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portuguesa; resultado obtido pelos jovens portugueses nestes 50 anos de participao; e
o que deveria ser melhorado no futuro destas competies.
Cada categoria foi definida operacionalmente pelos seus indicadores cujo
levantamento foi feito exaustivamente. Pois, semelhana do que acontece em qualquer
processo de categorizao, a determinao as categorias procurou cumprir os critrios
de coerncia, homogeneidade, exclusividade, reciprocidade e exaustividade.
A unidade de registo foi a unidade de significao a codificar e correspondeu ao
segmento do contedo a considerar como unidade de base, visando a categorizao e a
contagem de frequncias (atravs de frequncias das respostas obtidas). As unidades de
registo dos questionrios foram, no entanto, todo o conjunto de respostas facultadas
pelos concorrentes e jurados, que por sua vez, foram identificados, nesta anlise,
mediante uma codificao 3.
As unidades de registo das entrevistas so, no entanto, todo o conjunto de
respostas facultadas pelo Jurado e pelo Orientador de Estgio, que por sua vez, tambm
foram identificados, nesta anlise, mediante uma codificao E1 e E2, respectivamente
Atravs da anlise de contedo foi mais fcil proceder sntese das questes
abertas do questionrio e das entrevistas, atravs da qual se identificou as ideias mais
importantes, relativamente ao tema em estudo. Portanto, para este estudo (conhecer,
analisar e avaliar o impacto dos Campeonatos das Profisses nos concorrentes e nos
jurados) aps a transcrio das respostas abertas do questionrio aplicado aos
concorrentes e aos jurados e das duas entrevistas realizadas formaram-se categorias e
subcategorias, direccionadas para as questes que foram colocadas aos mesmos.
Em modo de resumo, este primeiro captulo, correspondente a parte introdutria,
serviu para se dar a conhecer a gnese do Relatrio e o enquadramento metodolgico
que fundamenta o modo como o estudo de investigao foi desenvolvido.
A partir deste ponto, e no que diz respeito a estrutura, a organizao deste
Relatrio de Estgio foi elaborada de forma a dar a conhecer e a caracterizar: a) a
instituio onde o Estgio foi desenvolvido; b) os Campeonatos das Profisses
(SkillsPortugal, EuroSkills e WorldSkills); e por fim, c) os resultados do estudo
efectuado junto dos concorrentes e dos jurados dos Campeonatos das Profisses, as
3 Os 15 concorrentes inquiridos foram identificados como A1, A2, A3, A4, A5, A6, A7, A8, A9, A10, A11, A12,
A13, A14 e A15. Os 11 jurados foram identificados por B1, B2, B3, B4, B5, B6, B7, B8, B9, B10 e B11.
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concluses obtidas e recomendaes sobre possveis aspectos a melhorar. Estas
informaes foram contempladas nos captulos II, III e IV.
O Captulo II consiste na descrio e caracterizao da Instituio e o modo
como ocorreu a integrao da estagiria neste local de acolhimento.
No Captulo III feita a explicao das actividades desenvolvidas na Instituio
ao longo do perodo de Estgio: descrio do Manual de Avaliao e elaborao do
Artigo para a Revista Formar.
Quanto ao Captulo IV, o mesmo consiste na apresentao dos resultados do
estudo qualitativo realizado junto dos concorrentes e dos jurados dos Campeonatos das
Profisses. Aps este ltimo captulo, so apresentadas as concluses, nas quais, em
forma de balano, mencionado os conhecimentos adquiridos e as aprendizagens
realizadas, bem como os obstculos que foram ultrapassados. Trata-se, sobretudo, de
uma anlise reflectida sobre o trabalho realizado, sobre as experincias adquiridas e
sobre a avaliao de todo o percurso formativo no local Estgio.
Por fim, o Relatrio inclui ainda as referncias bibliogrficas, ou seja, as fontes
pesquisadas para a sua elaborao, de modo a interligar e fundamentar os aspectos
tericos com os prticos, e os anexos e apndices, que incluem todo o material
elaborado e utilizado como suporte. Tanto os anexos como os apndices encontram-se
em formato digital.
tambm importante referir que ao longo do Relatrio foi descrito aquilo que se
considerou necessrio para a justificao terica do trabalho, sendo que o mesmo no
possui um captulo nico e exclusivo para o enquadramento terico. Por outro lado, pelo
facto de se tratar de um Relatrio de Estgio, documento onde se regista uma
diversidade de actividades realizadas num local especfico e num determinado espao
de tempo, considerou-se que seria mais pertinente, medida que se revela o desenrolar
do Estgio, abordarem-se os aspectos tericos que lhes serviram de suporte.
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Captulo II Descrio e Caracterizao da Instituio
2. Caracterizao da Instituio 4
Neste captulo apresentado a caracterizao do IEFP e do DFP. Trata-se da
caracterizao do contexto fsico e social do instituto, atravs de uma descrio sumria
sobre a origem e a histria da instituio; a sua misso, atribuio e domnio de
interveno; os recursos humanos e as atribuies exigidas ao Departamento de
Formao Profissional (local da realizao do Estgio Curricular).
2.1. Origem e Histria
O Instituto de Emprego e Formao Profissional um servio pblico de
emprego nacional dotado de autonomia administrativa e financeira e tutelado pelo
Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social. Este instituto pblico, denominado de
IEFP no ano de 1979, teve uma evoluo histrica que pode ser descrita a partir de 1930
at a actualidade.
Os primeiros antecedentes surgem nos anos 30 para fazer face ao desemprego
proveniente da crise econmica que se registava na altura em Portugal. Em 1931, na
sequncia de todos os problemas econmicos verificados, desenvolve-se um inqurito
para determinar o volume de desempregados existentes no pas, tendo-se verificado
cerca de 41 mil, segundo dados do IEFP. Por este motivo foi criado, em 1932, o
Comissariado e o Fundo de Desemprego sob tutela do Ministrio das Obras Pblicas
com a finalidade de subsidiar os trabalhadores desempregados nesta fase de crise que,
apesar de tudo, era vista como temporria.
Na dcada de 60 a indstria constitui-se como o sector estratgico do
desenvolvimento econmico e social que se preconiza para o pas. Neste perodo
assiste-se ao surgimento de empresas industriais e a modernizao das existentes atravs
de processos de ampliao, reorganizao e introduo de inovaes tecnolgicas, tendo
em vista a aproximao aos nveis de desenvolvimento atingidos pela maior parte dos
pases europeus. No seguimento desta reorganizao industrial registaram-se situaes
4 A caracterizao da instituio apresentada neste Relatrio foi feita atravs de pesquisas em
http://www.iefp.pt/IEFP/Paginas/Home.aspx, no dia 14 de Novembro de 2009 e de documentao
facultada pelo prprio Instituto.
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de desemprego tecnolgico e sentiu-se a necessidade de formar profissionais que
respondessem s exigncias dos novos postos de trabalho.
Num quadro em que a populao activa semi-qualificada ou indiferenciada e
com um baixo nvel de escolaridade tem um peso significativo na estrutura social,
impe-se a redefinio de uma poltica de formao profissional extra-escolar, que
permita a organizao e o desenvolvimento de aces de qualificao e reconverso
profissionais como resposta s necessidades dos adultos atingidos por este processo.
Neste sentido, em 1962, emerge o Fundo de Desenvolvimento da Mo-de-obra
FDMO (Decreto Lei n.44 506, de 10 de Agosto de 1962). O FDMO tinha o objectivo
de criar os meios mais adequados para fazer frente ao desemprego resultante dos
projectos de reorganizao industrial e o quadro de aco para uma maior estruturao
do mercado de emprego. E como tal, tinha por funo atribuir penses de reforma ou
invalidez e subsdios temporrios de desemprego ao pessoal operrio, at serem
admitidos nas empresas reorganizadas ou nas novas indstrias. A administrao deste
fundo era constituda por representantes de cada uma das trs direces gerais do
Ministrio das Corporaes e Previdncia Social e do Comissariado do Desemprego.
No seguimento do FDMO e perante este problema de requalificao dos
trabalhadores face ao mundo do trabalho, passou a ser salutar dotar estes trabalhadores
de uma formao profissional adequada s exigncias da indstria na altura. Por isso,
em Agosto de 1962 surge o Instituto de Formao Profissional Acelerada IFPA
(Decreto Lei n.44 538, de 23 de Agosto de 1962), de modo a proporcionar a rpida
qualificao dos trabalhadores, sem prejuzo do nvel qualitativo exigido e com a devida
considerao pelas condies fisiolgicas e psicotcnicas de cada profisso. Assim, em
1964, entrou em funcionamento o primeiro Centro de Formao Profissional Acelerada,
cujos objectivos vo ao encontro das necessidades de formao profissional. Ou seja, ao
IFPA, que funciona na dependncia da Direco-Geral do Trabalho e Corporaes at
1966, data em que passa a depender do Fundo de Desenvolvimento da Mo-de-Obra,
compete: operar a reconverso profissional dos trabalhadores; promover a qualificao
profissional dos trabalhadores indiferenciados ou pouco qualificados; contribuir para a
recuperao profissional dos trabalhadores parcialmente incapacitados; cooperar com as
empresas na formao dos seus recursos humanos e na preparao dos intervenientes na
formao; e contribuir para a melhoria da adaptao do homem s mutaes
tecnolgicas.
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Em Janeiro de 1965 surge o Centro Nacional de Formao de Monitores, em
dependncia directa da FDMO e em estreita colaborao com o IFPA, essencialmente
destinado preparao de pessoal em servio nos Centros de Formao Profissional e
realizar estudos em reas tcnicas da formao, nomeadamente programas, provas de
avaliao, materiais tcnico pedaggicos, e ainda, no mbito do planeamento dos
espaos e equipamentos.
Nos primeiros Centros de Formao Profissional (o Centro de Formao
Profissional Acelerada n. 1, inicia a sua actividade em 1963 em Xabregas)
implementado o Sistema de Formao Profissional Acelerada ou Formao Profissional
para Adultos, com o objectivo de qualificar trabalhadores, num curto espao de tempo
(4 a 8 meses) em profisses integradas em reas prioritrias como, por exemplo,
construo civil, madeiras, electricidade e metalomecnica. Contudo, as diligncias
levadas a cabo pelo IEPA e pelo FDMO no foram capazes de fazer minimizar a crise
econmica e o movimento emigratrio, tendo sido necessrio a colaborao dos
desempregados na sua prpria recuperao e/ou reconverso profissional. Face a esta
situao, surgiu a necessidade de se criar meios adequados ao encaminhamento destes
trabalhadores para os servios de recuperao ou directamente para os empregos
disponveis noutras empresas.
neste contexto socioeconmico que, em 9 de Dezembro de 1965,
promulgado o Dec. n. 42731 que cria no Ministrio das Corporaes e Previdncia
Social, o Servio Nacional de Emprego (SNE) com a atribuio de estudar e organizar o
funcionamento do mercado de emprego de acordo com as orientaes internacionais da
poca, tendo em vista o enquadramento da poltica emigratria na poltica nacional de
emprego, elaborar o Catlogo Nacional das Profisses (CNP) e organizar os Servios de
Colocao e Orientao Profissional.
Nos primeiros dois anos o SNE criou 18 Centros de Emprego (um por Distrito).
A interveno do SNE evoluiu substancialmente: nos primeiros 10 anos recolhia apenas
as ofertas de emprego disponveis no Pas e no estrangeiro e tentava satisfaz-las com os
trabalhadores inscritos nos seus ficheiros e quando no tinha inscries adequadas,
dinamizava-as quer junto da populao local, quer atravs de outros Centros de
Emprego. Aos trabalhadores (desempregados ou no), inscrevia-os e tentava a sua
colocao nas ofertas de emprego registadas ou promovia a recolha desta junto das
empresas. Dispunha tambm de informao e orientao profissional para os que no
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tivessem uma opinio formada sobre a profisso a escolher e de medicina do trabalho
para avaliar as capacidades fsicas dos candidatos a emprego face carreira profissional
ou colocao em perspectiva.
ainda na dcada de 60 que se do os primeiros passos srios no mbito da
Reabilitao Profissional em Portugal com a promulgao do Dec. 46872, de 15 de
Fevereiro de 1966, que cria o Servio de Reabilitao Profissional. Tratava-se de um
Servio paralelo ao Servio Nacional de Emprego, tendo como finalidade assegurar a
recuperao e readaptao profissional dos trabalhadores que sofressem de diminuio
fsica. neste contexto que nasce o Centro de Trabalho Protegido da Venda Nova e so
lanadas as bases do Centro de Avaliao e Readaptao Profissional de Alcoito. Este
Servio vem a ser extinto em 1969 e as suas competncias distribudas pelo Servio
Nacional de Emprego e Servio de Formao Profissional, originando ento um perodo
de imobilismo, mesmo de retrocesso, s revitalizado com a criao em 1973, da
Comisso Nacional de Reabilitao e, mais tarde, em 1979 com a criao do IEFP.
Nos anos 70, a constatao de que a formao j no responde s necessidades e
expectativas do mercado de emprego e do indivduo, cada vez mais valorizado em
termos pessoais e sociais e s exigncias das sociedades que procuram cada vez mais
competncias no somente tcnicas, como a capacidade de adaptao de compreenso,
de percepo da globalidade, de relacionamento e de comunicao, torna cada vez mais
pertinente uma reflexo estratgica sobre a temtica da formao profissional, na sua
relao com os subsistemas com os quais interage. A situao mantm-se at 1974,
quando se d a Revoluo de 25 de Abril e a consequente mudana de regime poltico.
O Ministrio das Corporaes e Previdncia Social passa a designar-se Ministrio do
Trabalho e dotado de uma nova estrutura (Decretos-Lei n. 759, 760, 761, 762 e 763
de 30 de Dezembro de 1974). O Fundo de Desemprego fica sob tutela do Ministrio do
Trabalho. criado o Gabinete de Gesto do Fundo de Desemprego em substituio do
Comissariado para o Desemprego e mantido o FDMO na dependncia do Ministrio do
Trabalho. No mbito deste Ministrio so ainda criadas as Secretarias de Estado do
Trabalho, do Emprego e da Emigrao. Na estrutura da Secretaria do Estado do
Emprego so criadas duas Direces Gerais: a do Emprego (DGE) e de Promoo de
Emprego (DGPE). primeira sero cometidas as atribuies do SNE que extinto.
Em 1975, Portugal acolhe uma misso da Organizao das Naes Unidas para a
Educao, Cincia e Cultura (UNESCO) que teve importncia determinante no
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surgimento das ideias fora da formao modular. O mdulo enquanto unidade de
aprendizagem autnoma, passvel de ser integrada em diferentes percursos formativos,
que permite a um indivduo ou a um grupo adquirir um conjunto de competncias,
respeitando os ritmos individuais, assume pela primeira vez contornos precisos e
operacionais.
Na evoluo do quadro institucional mencionado criado, em 1979, o Instituto
de Emprego e Formao Profissional IEFP, I.P. atravs do Decreto-Lei n. 519-A2/79
de 29 de Dezembro. O Instituto passa a estar dotado de autonomia administrativa e
financeira, revestindo a forma de servio personalizado do Estado, para o qual so
transferidas as competncias da Direco Geral do Emprego (DGE), da Direco Geral
da Promoo do Emprego (DGPE) e do Fundo de Desenvolvimento da Mo-de-Obra.
O IEFP , portanto, criado com o objectivo de integrar num nico organismo a
execuo das polticas de emprego e formao profissional, de forma a conseguir-se no
s uma maior racionalidade e operacionalidade, mas tambm uma aproximao efectiva
diversidade das regies nacionais.
Em 1982, o Decreto-Lei n 193/82, de 20 de Maio, vem estabelecer a Lei
Orgnica do IEFP, definindo as suas atribuies, bem como as dos respectivos Servios.
No ano de 1985 d-se uma reestruturao profunda com a publicao do seu Estatuto
(Decreto-Lei n 247/85, de 12 de Julho), criando uma estrutura exemplarmente flexvel
e eficaz, o que supe um estatuto de pessoal e uma orgnica incompatveis com a
rigidez tpica da administrao pblica tradicional, e instituindo:
- Uma gesto tripartida, constituda por representantes da Administrao Pblica, das
Confederaes Sindicais e das Confederaes Empresariais, nomeadamente no
Conselho de Administrao, na Comisso de Fiscalizao e nos Conselhos Consultivos;
- Uma estrutura de Servios desconcentrada, de acordo com a diviso do Pas em 5
delegaes regionais: 1) Delegao Regional do Norte; 2) Delegao Regional do
Centro; 3) Delegao Regional de Lisboa e Vale do Tejo; 4) Delegao Regional de
Alentejo; 5) Delegao Regional do Algarve.
Os Servios Centrais do IEFP esto sediados em Lisboa (um dos quais situados
em Xabregas que foi onde estive a estagiar e o outro situado na Av. Jos Malhoa), na
freguesia do Beato com uma populao aproximada de 19 000 habitantes que vive
maioritariamente da indstria, comrcio e servios. A freguesia do Beato constituda
por vrios lugares que vo desde a Alameda do Beato at encosta da Picheleira,
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passando por Xabregas e pelo Vale de Chelas lugares repletos de histria,
principalmente Chelas e Xabregas.
origem de Chelas atribui-se algumas lendas, mas quanto ao verdadeiro
significado da palavra Chelas no h certezas, embora alguns historiadores atribuem-lhe
uma etimologia latina (planella chaela = pequena plancie). Em relao a Xabregas a
toponmia histrica no deu uma explicao segura. Devido sua localizao junto ao
Tejo, h quem relacione o nome com Xavega (do rabe xabaka), rede de arrasto. O
nome Xabregas tambm pode ser associado existncia de uma povoao romana
chamada Axabrica, tendo em conta os vestgios da respectiva povoao encontrados na
zona.
As 5 Delegaes Regionais do IEFP, mencionadas anteriormente, distribudas
pelo Pas, de acordo com as regies estabelecidas para as Comisses de Coordenao
Regional, enquadram:
- 86 Centros de Emprego;
- 31 Centros de Formao Profissional de Gesto Directa;
- 1 Centro de Reabilitao Profissional;
- 7 Centros de Apoio Criao de Empresas.
Em 2007 foi publicado o Decreto-Lei n. 213/2007, de 29 de Maio,
posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n. 157/2009, de 10 de Julho, que, para alm
de definir a misso e atribuies do Instituto, introduziu alteraes significativas na
estrutura e organizao internas, racionalizando o emprego de recursos e garantindo
ganhos de eficincia e eficcia, mantendo, no entanto, a gesto tripartida e a estrutura de
Servios desconcentrada.
Entretanto, as novas polticas governamentais de combate ao baixo grau
habilitacional da populao portuguesa, pretendendo que o nvel secundrio constitua o
patamar mnimo da sua qualificao, conduziram ao lanamento da Iniciativa Novas
Oportunidades (NO). O programa NO visa instituir novas formas de aprendizagem,
qualificao e certificao de adultos. nessa perspectiva que so criados os Centros
Novas Oportunidades, disseminados atravs de uma rede territorial alargada e
institucionalmente diversificada. O IEFP aderiu a esta iniciativa, integrando,
gradualmente, Centros Novas Oportunidades nos seus Centros de Formao
Profissional, conferindo-lhes uma nova dinmica de actuao, de modo a melhorar a
qualificao dos cidados.
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2.2. Misses e Atribuies
Como Instituto pblico, integrado na administrao indirecta do Estado, dotado
de autonomia administrativa, financeira e patrimnio prprio, o IEFP prosseguido de
atribuies do Ministrio do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS), sob
superintendncia e tutela do respectivo Ministro.
Deste modo, pode considerar-se que o Instituto do Emprego e Formao
Profissional (IEFP) tem uma dupla misso:
- Promover a mxima eficincia no funcionamento do mercado de trabalho,
prosseguindo o objectivo do pleno emprego, atravs de uma interveno destinada a
suprimir as falhas de mercado, a melhorar o ajustamento entre oferta e procura de
emprego e a promover oportunidades de criao lquida de empregos, quer por
intermdio do apoio criao do prprio emprego ou de microempresas, quer pelo
recurso a servios de colocao e a apoios contratao de novos trabalhadores;
- Promover a qualificao dos recursos humanos nacionais, respondendo a estratgias de
mdio prazo definidas pela tutela, nomeadamente atravs da proviso de oportunidades
de formao profissional que contribuam para o aumento das competncias de
empregabilidade nos candidatos bem como a promoo da competitividade do sistema
produtivo portugus.
Para cumprimento da sua misso dispe de servios desconcentrados e de uma
estrutura que apoia os seus utentes no territrio nacional. O IEFP rege-se pelo seu
Estatuto, criado e aprovado atravs do Decreto-Lei n. 247/85, de 12 de Julho, do qual
constam, entre outros, a sua constituio orgnica e as suas principais atribuies, que
so as seguintes:
- Promover o conhecimento to amplo quanto possvel e a divulgao dos problemas de
emprego em ordem a contribuir para a definio e adopo de uma poltica global de
emprego que consubstancie um programa nacional de melhoria progressiva da situao
do emprego, atravs de uma utilizao dos recursos produtivos integrada no crescimento
e desenvolvimento socioeconmico;
- Promover a organizao do mercado de emprego como parte essencial dos programas
de actividade, tendo em vista a procura do pleno emprego, livremente escolhido de
acordo com as preferncias e qualificaes, enquanto factor de valorizao cultural e
tcnico-profissional dos recursos humanos do Pas;
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- Promover a informao, orientao de formao e reabilitao profissional e colocao
dos trabalhadores, com especial incidncia nos jovens sados do sistema de ensino e
outros grupos sociais mais desfavorecidos, a anlise de postos de trabalho, bem como a
mobilidade geogrfica e profissional da mo-de-obra;
- Promover a melhoria da produtividade na generalidade das empresas mediante a
realizao, por si ou em colaborao com outras entidades nacionais ou estrangeiras, das
aces de formao profissional, nas suas vrias modalidades, que se revelem em cada
momento as mais adequadas prossecuo daquele objectivo;
- Apoiar iniciativas que conduzam criao de novos postos de trabalho, em unidades
produtivas j existentes ou a criar, bem como sua manuteno, nos domnios tcnicos
e financeiro;
- Participar na coordenao das actividades de cooperao tcnica desenvolvidas com
organizaes nacionais e internacionais e pases estrangeiros nos domnios do emprego,
formao e reabilitao profissionais;
- Em geral, colaborar na concepo, elaborao, definio e avaliao da poltica global
de emprego, de que rgo executor.
Compete ainda ao IEFP a comprovao da formao, experincia ou
qualificao profissionais, bem como, eventualmente, a verificao de outras condies
adequadas para o exerccio de uma actividade profissional. Participa, tambm, em
iniciativas e programas comunitrios no mbito do emprego e da formao profissional.
2.3. Recursos Humanos
O IEFP, I.P. conta nos seus Recursos Humanos com um valor total de pessoal
previsional de 4088. Este valor est distribudo pelos vrios rgos do seguinte modo:
Servios Centrais (538 profissionais), Servios de Coordenao (451), Centros de
Emprego (1782) Centros de Formao (1034) e Centros de Apoio Criao de
Empresas (25 profissionais).
2.4. Domnio de Interveno
O IEFP por estabelecer relaes com os Centros de Emprego, com os Centros de
Reabilitao Profissional, com os Centros de Apoio Criao de Empresas e Centros de
Formao Profissional os seus servios chegam de uma maneira muito positiva
comunidade e esto muito distribudos no pas de modo a ser proveitoso para todos.
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2.5. O local de Estgio (Departamento de Formao Profissional)
Como j foi referido estive inserida no Departamento de Formao Profissional
do IEFP e integrada num projecto especfico denominado de Campeonatos das
Profisses.
No DFP existem trs Direces de Servio Direco de Servio de
Organizao da Formao, Direco de Servio de Coordenao da Oferta Formativa e
Direco de Servio de Qualificao de Formadores (designada por Centro Nacional de
Qualificao de Formadores) e um ncleo de apoio tcnico que transversal s trs
direces de servio referidas anteriormente. precisamente neste ncleo de apoio
tcnico onde desenvolvido o projecto dos campeonatos das profisses em que
participei e onde estive integrada. (Ver o organograma dos Servios Centrais e do
Departamento de Formao Profissional do IEFP no anexo 1)
Ao Departamento de Formao Profissional compete:
a) Difundir e implementar novas formas de organizao da formao profissional;
b) Conceber e desenvolver novos modelos de actuao que valorizem as
qualificaes dos activos, numa ptica de reconhecimento e promoo das
competncias, enquadradas na evoluo do sistema produtivo, das tecnologias e
organizao do trabalho e das necessidades dos activos;
c) Acompanhar e controlar as aces de formao e consultoria para micro e
pequenas e mdias empresas promovidas pelo IEFP, I.P.;
d) Promover a auto-aprendizagem e a iniciativa na procura da auto-formao
designadamente integradas na sociedade da informao;
e) Contribuir para o desenvolvimento de condies propiciadoras e incentivadoras
da certificao de competncias escolares e profissionais, adquiridas por via da
formao ou da experincia;
f) Promover o desenvolvimento coerente e articulado da rede de centros de
formao profissional de gesto directa e de centros de formao profissional de
gesto participada, em suporte s delegaes regionais e aos rgos dirigentes
dos centros de formao profissional de gesto participada;
g) Articular com as estruturas de gesto dos programas ou aces financiadas por
fundos comunitrios com vista a assegurar o refinanciamento da actividade
desenvolvida no mbito desses programas ou aces;
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h) Promover a formao profissional para pblicos mais desfavorecidos, em
particular para pessoas com deficincia.
2.6. A Integrao na Instituio
Como referido anteriormente, assim que soube da possibilidade de quatro
estudantes estagiarem no IEFP decidi fazer logo parte deste grupo pelo facto de sentir
que seria uma oportunidade de adquirir experincia na rea da formao e avaliao das
aprendizagens. No entanto, a integrao na Instituio no foi to fcil como previa.
Inicialmente, pelo facto de no conhecer o projecto Campeonato das Profisses e
o modo de funcionamento daquele grupo de trabalhadores em que me inseri, a minha
integrao foi dificultada. Sendo que este foi o primeiro obstculo que tive que
ultrapassar. Este que foi superado no dia-a-dia atravs de conversas informais com o
meu Orientador de Estgio no IEFP e com os restantes elementos do seu grupo de
trabalho.
Esta foi uma das aprendizagens que realizei na medida em que tive a noo do
quo , por vezes, difcil a integrao de um estagirio num grupo de trabalho j
existente, onde as pessoas j tm bem definido as suas funes dirias. Nas primeiras
semanas foi assim que vi a minha estadia na instituio. Senti-me afastada do grupo de
trabalho, embora me tivessem recebido particularmente bem. Com o passar das semanas
fui sentido cada vez mais prxima deles.
O ponto alto desta integrao foi quando o meu Orientador no IEFP solicitou a
elaborao do manual de avaliao para o SkillsPortugal. Esta foi uma das tarefas que
mais me ocupou ao longo do Estgio e foi sempre intercalada com outras tarefas que
surgiam no dia-a-dia.
de salientar que apesar da integrao no ter acontecido inicialmente, desde o
primeiro contacto com a Instituio, fui muito bem recebida por todos dentro do
Instituto e durante a minha estadia contei com a ajuda de todos que sempre estiveram
disponveis para retirar qualquer dvida acerca do trabalho e do funcionamento do
IEFP.
No captulo seguinte faz-se a descrio de duas das actividades desenvolvidas no
dia-a-dia da instituio e que foram consideras como pertinentes para enquadrar neste
Relatrio de Estgio.
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Captulo III Actividades Desenvolvidas na Instituio
3. Apresentao das Actividades Desenvolvidas no Local de Estgio
Tendo em conta a diversidade de tarefas desenvolvidas ao longo do tempo na
Instituio, neste captulo destacam-se duas: a elaborao do Manual de Avaliao do
SkillsPortugal e a elaborao de um artigo, intitulado de O Impacto dos Campeonatos
das Profisses na Perspectiva dos Concorrentes e dos Jurados, para a Revista Formar.
3.1. O Manual de Avaliao
O principal objectivo da construo deste Manual de Avaliao foi criar um
sistema de avaliao dos concorrentes no mbito do SkillsPortugal. E como tal, o
mesmo contm orientaes sobre o modo como se desenrola o processo de avaliao
das competncias profissionais demonstradas pelos jovens concorrentes e esclarece
aquilo que se julga importante conhecer acerca do Campeonato Nacional das Profisses.
Consiste, portanto, numa descrio e anlise sobre os Campeonatos das Profisses,
sobre o processo de avaliao dos concorrentes nestes Campeonatos e a forma como
entendida a avaliao dos concorrentes durante as competies. Porm, no Manual de
Avaliao desenvolvido apenas se fez referncia as avaliaes desenvolvidas no
Campeonato Nacional das Profisses porque era este o objectivo do prprio Manual. Ou
seja, evidenciar apenas o que acontece no mbito do Campeonato Nacional.
O Manual de Avaliao foi incorporado neste Relatrio com a seguinte
estrutura: 1. caracterizao dos Campeonatos das Profisses dos seus concorrentes;
2. o processo de avaliao dos concorrentes nos Campeonatos das Profisses; e 3.
os instrumentos de avaliao dos concorrentes e suas limitaes.
De modo a fundamentar os contedos presentes nestes trs pontos delineados
fez-se um enquadramento terico com as informaes consideradas prioritrias sobre o
que os autores dizem acerca da formao profissional em Portugal; sobre a avaliao em
contexto de educao/formao; assim como os instrumentos de avaliao utilizados
para avaliar os saberes em contexto educativo/formativo. A teoria foi sempre intercalada
com a tarefa de avaliao que os jurados e formadores fazem nos Campeonatos das
Profisses, tendo-se procurado interligar estes conceitos com a prtica para melhor se
perceber a realidade descrita.
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3.1.1. Caracterizao dos Campeonatos das Profisses
O conceito de Campeonatos das Profisses remonta ao ano de 1950, quando se
disputaram, em Madrid, os primeiros Campeonatos Internacionais das Profisses entre
Portugal e Espanha, no qual participaram 24 concorrentes, 12 de cada pas, distribudos
por 12 profisses. A consolidao desta iniciativa conduziu, ainda na dcada de
cinquenta, criao de uma organizao especfica, actualmente designada por
WorldSkills International (www.worldskills.org).
WorldSkills (Campeonato do Mundo das Profisses)
WorldSkills so competies internacionais que acontecem de dois em dois anos
nos pases escolhidos por sorteio e que contam com a participao de concorrentes
oriundos de pases de todo o mundo. Trata-se de um evento onde os jovens profissionais
competem para demonstrar as suas aptides profissionais. O nmero de pases membros
envolvidos so a volta de 45 e cerca de 1000 concorrentes participam em cada
profisso. A partir de 1967, o nmero de pases em competio comeou a crescer e a
expandir-se pelos restantes continentes, envolvendo actualmente 50 membros.
Esta competio internacional envolve uma vasta gama de pessoas: os experts
(peritos ou jurados) que so treinadores/formadores dos concorrentes, os responsveis
pelo design e organizao de avaliao da competio, os responsveis pela organizao
e estrutur