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À Descoberta de Álvaro Magalhães Atividade para o 1º ciclo História a várias mãos «…Eram tantas as histórias que a flauta tinha para contar que davam para escrever um livro que se podia chamar “As aventuras e desventuras de uma flauta”. Que flauta aquela! Não era tão famosa como a do flautista de Hamelin, nem tão importante como a “flauta mágica” de Mozart, nem tão corajosa como as flautas dos encantadores de serpentes, mas era uma flauta e peras. Até tinha dado a volta ao mundo! E pensar que tinha estado fechada tanto tempo dentro de uma arca!...». Enquanto ela esteve fechada dentro de uma arca, sonhava em ser muito famosa. Quando ela deu a volta ao Mundo, conheceu lugares onde gostaria de vir a atuar, com pessoas muito famosas, como por exemplo o escritor Álvaro Magalhães. (2º ano – Prof. Luís) Numa das viagens, a arca onde a flauta estava caiu, pois a porta do avião abriu-se e a arca deslizou. A flauta caiu perto de uma ilha tropical, no oceano Atlântico. Apareceu uma lula gigante que a salvou e levou-a para uma ilha, onde havia uma gruta assombrada. Lá encontrou um arbusto e foi-se esconder atrás dele. Foi surpreendida com um pelicano que, quando a viu, ficou excitado e levou-a para o seu ninho, situado na gruta. Nessa gruta havia muitos morcegos e a flauta ficou assustada e começou a tocar para encantar os morcegos. (4º ano – Prof Cláudia) Pensava ela que estava a encantar os morcegos, mas enganou-se, pois eles desmaiaram. O pelicano ficou em apuros e começou a emitir sons estranhos e assustadores e pegou na flauta e trincou-a para ver se ela era comestível. A flauta ficou tão amedrontada, com pele de galinha e os dentes a bater, tocou a nota “Si” muito desafinada, em alto volume, que o pelicano fugiu da gruta a sete pés. Foi pedir ajuda a uma tropa de serpentes que vivia num vaso marroquino com mais de mil anos. (4º ano – Profª Amélia) O chefe dessa tropa, a serpente mais feia de todas, consultou as restantes serpentes e decidiram que iriam ajudar o pelicano. Os morcegos, depois de acordarem, certamente se iriam vingar. Era preciso evitar que tal acontecesse. Por isso, combinaram com a flauta que ela, quando se visse em apuros, tocasse a nota “Mi” e, ao ouvir essa nota, as serpentes atacariam.

História a várias mãos

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Trabalho coletivo das crianças do CE

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À Descoberta de Álvaro MagalhãesAtividade para o 1º ciclo

História a várias mãos

«…Eram tantas as histórias que a flauta tinha para contar que davam para escrever um livro que se podia chamar “As aventuras e desventuras de uma flauta”. Que flauta aquela! Não era tão famosa como a do flautista de Hamelin, nem tão importante como a “flauta mágica” de Mozart, nem tão corajosa como as flautas dos encantadores de serpentes, mas era uma flauta e peras. Até tinha dado a volta ao mundo! E pensar que tinha estado fechada tanto tempo dentro de uma arca!...».

Enquanto ela esteve fechada dentro de uma arca, sonhava em ser muito famosa. Quando ela deu a volta ao Mundo, conheceu lugares onde gostaria de vir a atuar, com pessoas muito famosas, como por exemplo o escritor Álvaro Magalhães. (2º ano – Prof. Luís)

Numa das viagens, a arca onde a flauta estava caiu, pois a porta do avião abriu-se e a arca deslizou. A flauta caiu perto de uma ilha tropical, no oceano Atlântico. Apareceu uma lula gigante que a salvou e levou-a para uma ilha, onde havia uma gruta assombrada. Lá encontrou um arbusto e foi-se esconder atrás dele. Foi surpreendida com um pelicano que, quando a viu, ficou excitado e levou-a para o seu ninho, situado na gruta. Nessa gruta havia muitos morcegos e a flauta ficou assustada e começou a tocar para encantar os morcegos. (4º ano – Prof Cláudia)

Pensava ela que estava a encantar os morcegos, mas enganou-se, pois eles desmaiaram. O pelicano ficou em apuros e começou a emitir sons estranhos e assustadores e pegou na flauta e trincou-a para ver se ela era comestível.

A flauta ficou tão amedrontada, com pele de galinha e os dentes a bater, tocou a nota “Si” muito desafinada, em alto volume, que o pelicano fugiu da gruta a sete pés. Foi pedir ajuda a uma tropa de serpentes que vivia num vaso marroquino com mais de mil anos. (4º ano – Profª Amélia)

O chefe dessa tropa, a serpente mais feia de todas, consultou as restantes serpentes e decidiram que iriam ajudar o pelicano. Os morcegos, depois de acordarem, certamente se iriam vingar. Era preciso evitar que tal acontecesse. Por isso, combinaram com a flauta que ela, quando se visse em apuros, tocasse a nota “Mi” e, ao ouvir essa nota, as serpentes atacariam.

O momento chegou. Os morcegos acordaram, a flauta tocou, imediatamente, a nota “Mi”, só que os morcegos gostaram e começaram a dançar. (3º ano, Profª Ana Picado)

Passados quinze minutos, a flauta ficou cansada e caiu no meio do chão. Os morcegos pararam de dançar e quiseram vingar-se. Pegaram nela e levaram-na para a sua tribo que se chama Morcetribo.

Na Morcetribo os morcegos interrogaram:- Continuas a tocar a nota “Mi” ou atiramos-te ao mar!- Continuo a tocar a nota “Mi”, mas só no vosso jacúzi. – respondeu

a flauta.(3º ano, Prof. Maria João)

Os morcegos aceitaram e levaram-na para o jacúzi. Ela começou a tocar a nota “Mi” e as serpentes apareceram de repente. Os morcegos foram apanhados de surpresa e assustados fugiram. A flauta ficou aliviada e pensou que estava livre dos morcegos para sempre.

Ao sair da gruta, a flauta viu que havia um botão vermelho na entrada. Não resistindo, carregou no botão e começaram a cair pedras preciosas e o chão da gruta abriu-se. (4º ano – Cláudia Reigota)

Do chão apareceu uma arca cheia de ouro e pedras preciosas. Lá no meio estava uma outra flauta de ouro. Quando as flautas olharam uma para a outra começaram a conversar:

- Quem és tu? De onde vens? – perguntou a flauta de ouro.- Eu sou uma flauta aventureira, com o sonho de ser famosa! (2º

ano – Prof. Luís)- Aventureira?! Famosa?! Eu cá queria, mas é, não ser famosa!

Toda a gente vem atrás de mim… e não me deixa em paz!- Atrás de ti? Não percebo! Por que é que as pessoas andam atrás

de ti?- Os famosos têm que dar autógrafos e isso é tão chato!...- Eu sonho em ser famosa para poder ter roupa bonita e ser

maquilhada. Os famosos têm muito dinheiro, podem comprar aquilo que quiserem. É tão triste ser pobre, não ter dinheiro.

- Mas dinheiro não é tudo. Eu sou de ouro, tenho algum dinheiro e importo-me mais com a minha saúde e em ter bons amigos. Gosto de ser livre, de não ter ninguém a perseguir-me. (2º ano – Profª Elsa)

De repente, a gruta começou a ruir.Na praia, as pessoas ouviram um grande estrondo e foram ver o

que era. Aquele barulho vinha do centro da ilha e parecia um vulcão a entrar em erupção. Os turistas entraram em pânico e sem saber o que fazer. Entretanto, o barulho parou e foram ver o que se passava. Deslocaram-se até ao lugar de onde vinha o ruído e viram um monte de pedras preciosas e, no meio, duas flautas aterrorizadas a tremer de medo. Um homem retirou o chapéu da cabeça e começou a enche-lo de pedras preciosas. Os outros fizeram o mesmo e saquearam todo o ouro, as pedras preciosas e levaram as duas flautas. Porém, a pessoa que roubou as duas flautas notou que uma era de plástico e, não querendo carregar aquele objeto sem valor, mandou-a pelo ar e esta foi parar ao telhado de uma cabana.

(4º ano – Profª Amélia)

In O circo das palavras voadoras, texto de Álvaro Magalhães; Col. Biblioteca Álvaro Magalhães, nº6