6
 10 REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA  ISSN 1519-5228  Volume 11 - Número 2 - 2º Semestre 2011 Uma síntese sobre aspectos da fotossíntese  Nícolas Fernandes Martins 1  RESUMO Para o equilíbrio da vida uma constante energia é requerida sendo uma diferença fundamental entre  plantas e animais é a forma como é obtido a energia para a manutenção da vida. Os animais adquirem seus alimentos em compostos orgânicos e a energia química através da respiração, ao contrário plantas absorvem energia em forma de luz a partir do sol. Dessa forma a fotossíntese fora uma curiosidade para a humanidade, em conjunto com outros processos fisiológicos, cumprindo um importante papel na cadeia alimentar requerendo diferentes áreas do conhecimento científico. Palavras-chave: fotossíntese, histórico da fotossíntese, fase clara e escuro. A synthesis about photosynthesis aspect ABSTRACT For a constant balance of life energy is required to be a fundamental difference between plants and animals is the way it's got the energy to sustain life. The animals get their food in organic compounds and chemical energy through breathing, unlike plants absorb energy in the form of light from the sun. Thus photosynthesis was a curiosity to humanity, along with other physiological  processes, fulfilling an important role in the food chain requires different areas of scientific knowledge. Keywords: photosynthesis, history of photosynthesis, light phase and dark. 1 INTRODUÇÃO A fotossíntese um breve histórico. A fotossíntese é um importante processo  para manutenção da vida, o que seríamos s em o complexo de reações da fotossíntese. A fotossíntese inicia como entendimento da humanidade com os naturalistas que acreditavam que as plantas extraiam seu alimento do ambiente externo , assim os animais obtêm alimento de matéria orgânica e realizam respiração, uma apreciação grosseira da época se dava a fotossíntese, o precursor do estudo da nutrição vegetal (Almeida, 2005) se dá com o filósofo grego Aristóteles (384 a 322 a.C.) que acreditava que o alimento que era consumido  pelas plantas era obtido diretamente do solo. O Filósofo Aristóteles acreditava que a vida dos animais era dependente dos alimentos que eram consumidos, acreditavam que as  plantas obtinham seu alimento diretamente do solo. O primeiro a relatar de nutrientes no solo  para o crescimento da planta. Devido aos processos históricos (Raven, 2002) a nutrição vegetal passara um bom tempo obscuro, temos poucos dados a respeito da época da idade média, mas renasce a discussão

História Da Fotossíntese Artigo BioTerra V11 N2 2011 02

  • Upload
    leo1221

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

fotossíntese

Citation preview

  • 10

    REVISTA DE BIOLOGIA E CINCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228

    Volume 11 - Nmero 2 - 2 Semestre 2011

    Uma sntese sobre aspectos da fotossntese

    Ncolas Fernandes Martins1

    RESUMO

    Para o equilbrio da vida uma constante energia requerida sendo uma diferena fundamental entre plantas e animais a forma como obtido a energia para a manuteno da vida. Os animais adquirem seus alimentos em compostos orgnicos e a energia qumica atravs da respirao, ao contrrio plantas absorvem energia em forma de luz a partir do sol. Dessa forma a fotossntese fora uma curiosidade para a humanidade, em conjunto com outros processos fisiolgicos, cumprindo um importante papel na cadeia alimentar requerendo diferentes reas do conhecimento cientfico.

    Palavras-chave: fotossntese, histrico da fotossntese, fase clara e escuro.

    A synthesis about photosynthesis aspect ABSTRACT For a constant balance of life energy is required to be a fundamental difference between plants and animals is the way it's got the energy to sustain life. The animals get their food in organic compounds and chemical energy through breathing, unlike plants absorb energy in the form of light from the sun. Thus photosynthesis was a curiosity to humanity, along with other physiological processes, fulfilling an important role in the food chain requires different areas of scientific knowledge. Keywords: photosynthesis, history of photosynthesis, light phase and dark.

    1 INTRODUO

    A fotossntese um breve histrico. A fotossntese um importante processo

    para manuteno da vida, o que seramos sem o complexo de reaes da fotossntese.

    A fotossntese inicia como entendimento da humanidade com os naturalistas que acreditavam que as plantas extraiam seu alimento do ambiente externo , assim os animais obtm alimento de matria orgnica e realizam respirao, uma apreciao grosseira da poca se dava a fotossntese, o precursor do estudo da

    nutrio vegetal (Almeida, 2005) se d com o filsofo grego Aristteles (384 a 322 a.C.) que acreditava que o alimento que era consumido pelas plantas era obtido diretamente do solo.

    O Filsofo Aristteles acreditava que a vida dos animais era dependente dos alimentos que eram consumidos, acreditavam que as plantas obtinham seu alimento diretamente do solo. O primeiro a relatar de nutrientes no solo para o crescimento da planta.

    Devido aos processos histricos (Raven, 2002) a nutrio vegetal passara um bom tempo obscuro, temos poucos dados a respeito da poca da idade mdia, mas renasce a discusso

  • 11

    com Jan Baptista Van Helmont (1577-1644) que cultivara uma pequena rvore em um vaso, onde adicionava apenas gua. Sua concluso era de que toda a substncia da planta era da gua e no do solo. Suas concluses foram precipitadas, mas para a poca fora de grande aceitao.

    Foi o mdico holands Jan Ingenhousz (1730-1799) quem evidenciou, ainda numa base empirista, que o processo de purificao do ar s ocorre luz solar. Concluiu que as plantas, noite ou sombra, contaminam o ambiente que as envolve, exalando ar prejudicial aos animais. Constatou que somente as partes verdes das plantas restauram o ar e que o Sol, por si s, no tem o poder de faz-lo sem a cooperao das plantas. Essa idia de que a fotossntese tem o papel de purificar o ar corresponde a um obstculo representado pelo conhecimento pragmtico, que explica os fenmenos em termos utilitrios, como uma funo designada.

    Outros cientistas posteriores a discusso da nutrio vegetal fora Joseph Priestley (1733-1804), sendo um dos temas que revolucionou a qumica contribuindo com a fisiologia natural, exps um ramo de hortel ao ar que queimara uma vela de cera, decorridos alguns tempos podia ser queimado outra vela. Na poca Priestley acreditara ter descoberto um mtodo de restaurar o ar viciado pela queima das velas. Concluir na poca que a natureza seria um meio de restaurar o ar sujo provocado pela queima das velas. O mdico holands Jan Ingenhousz (1730-1799) quem props a primeira frmula emprica da fotossntese,

    CO2 + H2O + energia ( CH2O)+ O2

    Embora a sua grande contribuio, errou

    em afirmar que a produo de oxignio vinha da molcula de dixido de carbono e no da gua.

    Incio do sculo passado Van Niel (1930-?) o primeiro pesquisador a suspeitar da origem do oxignio. Nas bactrias sulfurosas o dixido de carbono no produzia oxignio. Presenciara que as bactrias sulfurosas produzem carboidratos a partir do dixido de carbono, mas no produzem oxignio e sim glbulos de enxofre.

    CO2 + 2H2S (CH2O) + H2O + 2SLUZ

    Niel extrapolou estes resultados, de

    forma ousada e especulativa, propondo que, nas algas fotossintetizantes e plantas verdes superiores, era a gua a molcula partida e no a de dixido de carbono, ou seja, o oxignio liberado seria proveniente da gua. m 1937 Robin Hill obtm oxignio utilizando cloroplasto na ausncia de gs carbnico. Anos posteriores pesquisadores comprovaram o proposto por Niel. O ano de 1941 considerado uma revoluo para o estudo de fotossntese, pois nesse ano que temos a marcao com elementos radioativos proposta uma equao genrica correta a respeito do tema.

    6CO2 + 12H2O C6H12O6 + 6H2O + 6O2

    A luz na fotossntese De acordo com (Taiz & Zeiger, 2004) a

    energia total do sol que representa os 100% perdida de vrias maneiras, chegando somente 5% para a produo de carboidrato. Dos 100% da energia solar total, 60% so ondas no absorvveis, sendo que 8% perda por reflexo e transmisso, sendo mais 8 % perda de dissipao de calor, no metabolismo da planta gasto 19%, restando somente 5% convertido para o carboidrato.

    A luz tem como principal cientista o Isaac Newton (1642-1727) e James Clerk Maxwell (1831-1879) ambos trabalharam com as propriedades da luz, suas idias para o estudo da fotossntese que Quanto menor o comprimento da onda, maior a sua energia, reciprocamente, quanto maior o comprimento da onda menor sua energia e Demonstrou que a luz uma pequena parte de um vasto espectro contnuo de radiao. O espectro eletromagntico e assim para a fotossntese o comprimento de ondas de 680 a 700 nem feixe excelente para a realizao da fotossntese o espectro eletromagntico.

    A luz na clorofila excita a molcula aceptora de eltrons tendo propriedades redox dos estados bases e excitados da clorofila do centro de reao (Taiz & Zeiger, 2004), ver figura 1.

  • 12

    Clorofila em estado base

    Clorofila em estado excitado

    Luz

    Figura 1 - Representao da clorofila em estado base, onde temos mau agente redutor e oxidante, aps a luz temos bom agente redutor e oxidante.

    Os proplastdeos e a formao do

    cloroplasto O proplastdeos so clulas

    indiferenciadas que de acordo com os estimulos ambientais e com a natureza da planta diferencia para determinado plastdeos. Os plastdeos temos de vrias denominaes j diferenciados, so chamamos: etioplasto, cloroplasto, leucoplasto. Os nomes advm das estruturas dos compostos de armazenamento.

    Os cromoplastos armazenam estruturas pigmentares, j os cloroplastos armazenam clorofilas e leucoplasto armazenam vrios compostos orgnicos, tais como: amido ( amiloplasto), protena (proteinoplasto), lpidios ( eleoplasto) e outros.

    O cromoplasto contm pigmentos, no possuem clorofila e sintetizam e retm pigmento do grupo dos carotenides. Exemplo a cenoura. Os carotenodes e as ficolbilinas tem a funo antioxidante, dessa forma previne danos fotooxidativos as molculas de clorofila, ou seja, sem os carotenides no haveria fotossntese.

    Os cloroplasto uma organela presente nas clulas das plantas e de outros organismos fotossntetizadores, tais como nas algas e alguns protistas. Possui clorofila como seu pigmento. Temos trs tipos de clorofila, sendo a clorofila a ocorre em todos os eucariontes fotossintetizantes e cianobactrias, tendo como funo transformar a energia luminosa em energia qumica. A clorofila b tem um espectro de absoro ligeiramente diferente da clorofila a, possui pigmento acessrio que serve para

    ampliar o feixe de luz. A clorofila c substitui a clorofila b em algumas cituaes em diatomceas.

    O leucoplasto so plastdeos maduros, menos diferenciados que perdem seus pigmentos e no apresentam um sistema de membranas internas elaborada, formando-se assim os leos e protenas. Exemplo a batata.

    Fase Clara e Fase Escura da

    fotossntese Nos escritos de Raven (2002) o mais

    ativo tecido fotossinttico em plantas superiores o mesfilo das folhas. Clulas mesoflicas possuem pigmentos especializados para a captao da luz, as clorofilas. Na fotossntese, a planta usa a energia do sol para oxidar a gua e, assim, produzir oxignio, e para reduzir o CO2, produzindo compostos orgnicos, rincipalmente acares. A srie completa de reaes que culmina na reduo do CO2 inclui as reaes nas tilacides e as reaes de fixao de carbonos. As reaes nas tilacides produzem compostos ricos em energia (ATP e NADPH), os quais so usados para a sntese de acares nas reaes de fixao de carbono. Esses processos de sntese ocorrem no estroma do cloroplasto, a regio aquosa que circunda as tilacides. No cloroplasto, a energia da luz captada por duas diferentes unidades funcionais chamadas fotossistemas. A energia luminosa absorvida usada para fornecer fora transferncia de eltrons ao longo de uma sria de compostos que atuam como doadores e aceptores de eltrons. A maioria dos eltrons reduz NADP+ em NADPH. A energia da luz tambm usada para gerar uma fora motiva de prtons ao longo da membrana tilacides, fora essa usada para a sntese de ATP.

    O Complexo da Antena O complexo da antena um centro de

    reao que consiste em molculas de pigmentos que agregam a energia luminosa para o centro de reao. O centro de reao constitudo de um complexo de protenas e molculas de clorofila que possibilitam a converso de energia luminosa em energia qumica. Nesses fotossistemas capaz de absorver ftons, o importante do complexo que somente

  • 13

    molcula de clorofila a est localizada na parte central do centro de reao do fotossstema. Alm da clorofila a, outros pigmentos fazem parte da rede, tais como clorofila b e c e os carotenides.

    Embora a fotossntese (Delizoicov et. al, 1990) envolva uma srie complexa de reaes qumicas, possvel entend-la de forma bem clara com dois desenhos que foram usadas num curso de formao continuada de formao de professores que foram muito bem sucedidos e utlizados posteriormente nas aulas de fisiologia

    vegetal. A figura 2 representa as reaes que ocorre na menbrena do tilacide, os dois fotossistemas trabalham juntos, o fluxo de eltrons da fosforilao chamado de esquema zigue-zague mostra a via de transferencia do eltron da H2O para o nvel de energia necessria para reduzir NADP+ que ocorre durante fluxo de eltrons acclico, assim como as relaes energticas. Para elevar a energia do eltron da H2O para o nvel de energia para reduzir NADP+ a NADPH, cada eltron precisa ser energizado duas vezes.

    H 3C

    H 3C

    O

    O

    R R

    O -

    H 3C

    H 3C

    R

    O H

    H 3C

    H 3C

    ++

    e-1 e- 2 H -

    O O H-

    Q uinona(Q ) P lastosem iquinona

    (Q -)

    Plasto-hidroquinona(Q H 2)

    P 680PS II

    Q H 2

    H 2O O 2+ H+

    Q

    H + H +H +H +

    H +

    H + H +

    H +H +H +

    2 e-

    N A D Predutase

    Fd

    2e_

    H + N A D P + N A D P

    H + H + H +

    H + H + H +H + H +

    H +

    A D P +P

    A TP

    A

    B C

    D

    2 e- 2 e_

    E

    F

    P 700PS I

    G

    H I

    J

    Figura 2 - Representao esquemtica da Fase Clara, onde temos em A representao do fosfolipdio, temos uma camada dupla de glicolipdios, sendo B as estruturas de membranas chamados de fotossstema II onde ocorre a fotlise da gua. O complexo C o pastoquinona onde ocrre o transporte de letrons representado(quinona- plastosemiquinona e plasto-hidroquinona). O D a cadeia intermediria de transportadores de letrons, E a plastocianina, F o fotossstema I , G a membrana do tilacide, H e I o complexo da antena e o J ATP- sintetase.

    A produo de ATP A fase fotoqumica, fase luminosa ou

    fase clara (Raven, 2002) a primeira fase do processo fotossinttico. A energia luminosa captada por meio de pigmentos fotossintetizantes, capazes de conduzi-la at o centro de reao. Tal centro composto por um complexo de clorofila tambm denominado P700 porque absorve a onda luminosa com 700 nanometros de comprimento. Os eltrons excitados da P700 saem da molcula e so transferidos para uma primeira substncia

    aceptora de eltrons, a ferredoxina. Esta logo os transfere para outra substncia, e assim por diante, formando uma cadeia de transporte de eltrons. Tais substncias aceptoras esto presente na membrana do tilacide. Nessa transferncia entre os aceptores, os eltrons vo liberando energia gradativamente e esta aproveitada para transportar hidrognio inico de fora para dentro do tilacide, reduzindo o pH do interior deste. A reduo do pH ativa o complexo protico ATP sintetase (representado na figura 2 e 3). O fluxo de hidrognios inicos atravs do complexo gira, em seu interior,

  • 14

    promovendo a fosforilao de molculas de adenosina difosfato dando origem adenosina trifosfato (representado na figura 3). Existe uma outra forma de fosforilao, a fotofosforilao acclica onde os eltrons das molculas de clorofila (P700), excitados pela luz, so captados pela ferredoxina, mas ao em vez de passarem pela cadeia transportadora so captados pelo NADP (nicotinamida adenina dinucleotdeo Fosfato) e no retornam para o P700. Este fica temporariamente deficiente de eltrons. Esses eltrons so repostos por outros provinientes de outro fotossistema onde o par de clorofilas 'a', dessa vez P680, excitado pela energia luminosa, libera eltrons que so

    captados por uma primeira substncia aceptora: a plastoquinona. Em seguida passa aos citocromos e plastocianina at serem captados pelo P700, que se recompe. Este processo de transporte tambm promove a sntese do ATP. J o P680 fica deficiente de eltrons. Esses eltrons sero repostos pela fotlise da gua. A quebra da molcula da gua por radiao (fotlise da gua) produz ins de hidrognios.

    A figura 3 mostra a estrutura molecular ATP( Adenosina trifosfato) e a ADP( adenosina difosfato), como a formao de ADP em ATP pela enzima ATP-sintetase, e com agua que temos a formao de ADP tendo a formao de cido fosofrico e ons de hidrognio.

    N

    H C

    C

    N H 2

    C

    C

    N

    N

    C H

    P-O

    O O

    O P

    O

    O C H 2O P

    H

    O HO H

    H

    H H

    HH

    H

    O H O H

    H

    PO O C H 2

    O

    P

    O

    C

    C

    N

    N

    C H

    N

    H C

    C

    N H 2

    A T P

    H 2 O

    + H P O 4 -2 + H +

    A D P

    H + H + H +

    A T P

    A D P +P

    H +

    J

    H + H + H +

    H + H + H +

    -O -O -O

    -O-O

    -O

    Figura 3 - Representao das molculas adenosina trifosfato reagindo com a gua formando a adenosina difosfato e o J representao da protena de membrana a ATP-sintetase. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. Porto Alegre: 3 edio, Artmed, 2004. RAVEN, P.H.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S. Biologia vegetal. Traduo de Jane Elizabeth Kraus. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. ALMEIDA, R, O., Noo De Fotossntese: Obstculos Epistemolgicos Na Construo Do

    Conceito Cientfico Atual E Implicaes Para A Educao Em Cincia. Revista Candomba. 2005. DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J, A., Metodologia de Ensino de Cincias. So Paulo. 2000. _____________________________________ [1] - Ncolas Fernandes Martins Universidade Federal de So Carlos-UFSCAR E-mail: [email protected]