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História da Paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol

História da Paróquia de Quinta do Sol

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História da Paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol-PR, escrito pelo Pe. Luiz Antonio Belini.

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Pe. Luiz Antonio Belini

História da Paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol

2010

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HISTÓRIA DA PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU DE QUINTA DO SOL

Copyright © 2010 by Pe. Luiz Antonio Belini

Revisão ortográfica: Maria Socorro Cordeiro Aldivino

Capa, projeto gráfico e diagramação:André Henrique Santos

Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios eletrônico, mecânico, fotocopiado, gravado ou outro, sem

autorização prévia por escrito do autor.

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

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SUMÁRIO

HISTóRIA dA PARóQuIA São JudAS TAdeude QuINTA do SoL ...................................................... 7

I. Introdução .............................................................. 7II. Contextualização histórico-geográfica ...................... 9III. Quinta do sol antes de ser paróquia. ...................... 14IV. da criação da paróquia até outubro de 1995 ......... 30V. Primeiros contatos com a paróquia ........................ 82VI. de 1995 aos dias de hoje ....................................... 85

CooRdeNAdoReS dAS PASToRAISe MoVIMeNToS ......................................................... 121

CPP dA PARóQuIA de QuINTA do SoL ............. 123

CoNCLuINdo ............................................................ 129

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HISTÓRIA DA PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU DE QUINTA DO SOL

Pe. Luiz Antonio Belini

I.INTRODUÇÃO

Um povo que desconhece sua história é como um homem que perdeu a memória.

Quem desconhece a história, está condenado a repeti-la (Bertold Brecht)

Primeira Capela (antes de 1953)

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Pe. Luiz Antonio Belini8

escrever a História da Paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol, foi uma experiência fascinante, principalmente, quanto aos seus inícios. Mas foi também uma fonte de preocupação. Reconstruir o passado, quando falta documentação ou teste-

munhos não é fácil. Neste sentido, preciso começar já pedindo minhas desculpas pelas imprecisões e pelos esquecimentos. Muitos, certamente, serão os nomes que deveriam constar nesse livro, porque fizeram par-te dessa história. Infelizmente, isso nem sempre é possível. Isto justifica também a anomalia de algum período ter sido descrito com pormenores e outros, muito superficialmente. o fato é que nem todos se preocupa-ram em deixar documentada (através de fotos e escritos, por exemplo) sua trajetória pela paróquia. Singular nesse sentido, foi o padre Henrique estevão que nos deixou em arquivo tudo o que aconteceu durante o tem-po em que aqui esteve. outro exemplo, digno de nota, é o padre Lauro Welter, que ao deixar a paróquia foi o primeiro que buscou reconstruir sua história. outros, deixaram poucas linhas e quase nada arquivado. Mas isso não aconteceu somente com os padres, muitos leigos teriam anota-ções preciosas que ao longo do tempo foram simplesmente queimadas nas limpezas de gavetas. É possível que mesmo no ambiente paroquial tenha se perdido arquivos ao longo do tempo. enfim, são muitas as pos-sibilidades para se dizer que, de determinados períodos e lugares, como as comunidades rurais, pouco temos e a reconstrução ficou impossível.

Ao longo de vários meses, revirei arquivos, livros do tombo, en-trevistei pioneiros e agentes de pastoral, recolhi fotografias, no que fui auxiliado por muitos leigos. esta publicação não visa ser uma história ou cronologia de fatos incontestável, muito pelo contrário. Simplesmente, está aqui o que foi possível. Aproveito também este livro, para comparti-lhar as fotografias e documentos mais significativos que foram objeto de análise. Para muitos, possivelmente, eles serão mais interessantes que a própria narrativa.

Por fim, gostaria com este livro de incentivar outros a escreverem esta história. Seria muito interessante possuir uma história da paróquia, a partir da visão de um leigo. o mesmo posso dizer quanto à história do

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nosso município. A minha motivação veio do desafio, neste jubileu de ouro de nossa diocese, assumido pelo padre Jurandir Coronado Aguilar e uma vasta equipe, de reconstruir sua história, arquivo e museu. Pensei poder dar minha contribuição, reconstruindo ao menos a história de nos-sa paróquia.

Agradeço a todos os que me auxiliaram com a coleta de documen-tos e fotos, e a professora Maria Socorro Cordeiro Aldivino, pela revisão do texto.

dedico a todos aqueles que, embora tenham construído ativamen-te essa história, infelizmente não constam nesse livro.

II. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICO-GEOGRÁFICA

o território da paróquia São Judas Tadeu, em seus inícios, identi-ficou-se com o território municipal1. Sendo assim, o contexto histórico e geográfico do município é útil para compreender sua história.

A cidade de Quinta do Sol foi elevada à categoria de município, desmembrando-se de Fênix, em 29 de novembro de 1963. A instalação do município deu-se no dia 14 de dezembro de 1964, data em que foi empossado o senhor oswaldo Silva como prefeito municipal2. os limites que delineiam seu território de 326,085 km quadrados, são: ao norte

1 Ao longo de sua história teve uma pequena alteração: incorporou o Bairro Três Ven-das e cedeu para Engenheiro Beltrão o assentamento Marajó.

2 MENECHINI, A. A. L.; CORDEIRO, C. R.; VITAL, M. de L., Construção de uma maquete como experiência metodológica alternativa no ensino da geografia do mu-nicípio de Quinta do Sol. Dissertação apresentada ao curso de pós-graduação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul, Jandaia do Sul, 1997, p.4: “Quinta do Sol emancipou-se em 29 de novembro de 1963 de Fênix, que se originou em 25 de julho de 1960 de Campo Mourão, que em 10 de outubro de 1947 desmembrou-se de Pitanga, que em 30 de dezembro de 1943 emancipou-se de Gua-rapuava, originado em 17 de julho de 1852 de Castro, que se desmembrou em 24 de setembro de 1788 de Curitiba, que se emancipou em 29 de março de 1663 de Para-naguá, criado em 29 de julho de 1648 por Carta Régia”. Segundo narram as autoras deste trabalho, o prefeito foi escolhido por eleição direta. Detalhe interessante, já que estamos próximos, no tempo, do “golpe militar”.

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Itambé, ao sul Peabiru, a leste Fênix e a oeste o município de engenheiro Beltrão. Irapuã, um de seus bairros rurais, foi o único a ser elevado a dis-trito, pela Lei nº 5895, de 11 de novembro de 1967.

o clima de Quinta do Sol, que está a 422 metros de altitude “é subtropical úmido, com verões quentes com tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, sem estação seca definida. A média de temperatura dos meses mais quente é superior a 32 graus e dos meses mais frios inferior a 10 graus. A pluviosidade chega a atingir 1300 milí-metros anuais”3.

Suas terras férteis, logo chamaram a atenção dos agricultores. “Por volta de 1949, chegaram à região Pedro Miguel e Pedro dos Santos. estes pioneiros trouxeram suas famílias e dedicaram-se à agricultura, princi-palmente o café. Com a notícia da fertilidade do solo, a abundância de madeira de lei e o início da colonização, foram atraídas ao local dezenas de outras famílias, em sua maioria de origem portuguesa, dentre as quais se destacaram Archimedes Alighiere da Ross, Lucílio Marco Trindade, Antonio Lázaro da Costa, oswaldo Silva, Marcelino Fernandes, Paulo Martins Neto, Nabor Miguel, entre outros”4. desde então, Quinta do Sol não deixou de receber imigrantes, a não ser em meados da década de 70, quando as geadas castigaram as fazendas de café e também declinou o cultivo de algodão.

Sua população se concentrou na zona rural, mais especificamente nas fazendas de café, no cultivo da hortelã e do algodão. As inúmeras escolas rurais são um testemunho desta população. estas escolas serviram de base também para o atendimento religioso. Poucas foram as comuni-dades que construíram capelas. o desenvolvimento de sua população é causa, ainda hoje, de discussão. As pessoas mais antigas costumam dizer que o município chegou a ter 30 ou até, quase 40 mil habitantes. exis-tem trabalhos que incorporaram números discutíveis, que não podemos seguir por sua imprecisão5.

3 Id. p.24. 4 Id. p.3. 5 Id. p.25, afirma, por exemplo: “...antigamente o município contava com 30.000

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em 1960, quando da realização do censo, Quinta do Sol ainda estava ligada a Campo Mourão, que compreendia o que hoje é toda a microrregião 12. Neste ano, mas após o censo, foi desmembrada como parte de Fênix, de forma que sua estatística está incorporada ainda como zona rural de Campo Mourão. os dados disponíveis do IBGe para este ano são, portanto, aproximativos, levando-se em conta seu tamanho ter-ritorial. em 1960, o que depois se configurou como município quin-tassolense, tinha uma população de 12.314 habitantes6. esse número é expressivo, se compararmos à estimativa da população de Fênix para o mesmo ano: 6.766 habitantes. Sempre segundo o IBGe, censo de 1960, citado pelo mesmo estudo, podemos comparar com outros municípios já existentes, embora territorialmente maiores do que são atualmente: en-genheiro Beltrão: 14.177 habitantes, Peabiru 18.977 e Terra Boa 16.902.

habitantes, sendo 2.800 na sede e 27.200 na zona rural. Tínhamos uma densidade demográfica de 91,49 km quadrados área por habitantes e atualmente ficamos com apenas 16,13 km quadrados”. Não especificam quando é este “antigamente” e nem citam fonte. O mesmo problema encontramos no livro de Jamil Elias, Fatos do meu Paraná. Ano 1971, vol.1, p.234: “O município conta com 28 mil habitantes, assim discriminados: seis mil da cidade e 22 mil habitantes na zona rural”. Este autor, Jamil Elias, não cita nenhuma fonte, apresenta números redondos, ainda especifica a divi-são entre zona urbana e rural, não levando minimamente em consideração o senso do IBGE de 1970. Mas o próprio autor em seu texto trai a inexatidão de seus números ao descrever os aspectos urbanos: “Quinta do Sol conta com duas farmácias, um mé-dico, dois dentistas, um escritório de contabilidade com dois contadores; um salão de barbeiro, duas serrarias, uma máquina de arroz, três oficinas mecânicas, um secador de café, trinta bares, vinte carros de praça, duas relojoarias, três açougues, 400 casas residenciais, um cartório civil, uma coletoria estadual, trinta escolas municipais, um grupo escolar na cidade e um ginásio estadual”. Pelos números do autor, se a cidade tem 6 mil habitantes e 400 casas residenciais, significa que moram em cada casa a média de 15 pessoas, o que é claramente um absurdo.

6 Citado por: IPARDES, Comparação entre as áreas municipais do Estado do Paraná – 1960 – 1970. Disponível em: http://www.ipardes.gov.brwebisis.docs.comparacao_areas_municip_05_76.pdf acesso: 20/07/2009. Em 01 de dezembro de 2009, entre-vistei o senhor Adelino Cordeiro, que chegou em Quinta do Sol, vindo do Ceará, em 1958. Com uma memória privilegiada daqueles anos, narrou detalhadamente como encontrou a então vila que seria posteriormente a sede de nosso município, contando ao todo 27 casas de moradia. A população estava concentrada quase totalmente na área rural.

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No censo de 1970, com o município de Quinta do Sol já existente e com o território atual definido, temos uma população de 16.004 habitan-tes. Talvez o fato das pessoas terem a impressão que sua população fosse muito maior esteja ligado ao grande numero de trabalhadores sazonais. Como quer que seja, era uma população rural enorme, distribuída pelas fazendas, se pensarmos nos moldes atuais. o atendimento paroquial e o trabalho de evangelização devem, nesse contexto, transcorrer principal-mente no atendimento às comunidades rurais.

Na década de 70, especificamente em 1975, as geadas castigaram os cafezais e provocaram uma mudança significativa na ocupação da popula-ção, que começou seu movimento inverso, agora de êxodo7. em 1980, o novo censo já constata apenas 7.883 habitantes, ou seja, praticamente a metade da população. em 1991, esta população está ainda mais reduzida: 5.599 habitantes. No censo de 2000 há um pequeno crescimento: 5.759 habitantes. Sabemos que este fato ocorreu pela ocupação de sem-terras, posteriormente assentados nas fazendas Marajó e Roncador. os números atuais, segundo projeção do IBGe (2007), são os seguintes: 5.173 habi-tantes8. Na contagem do censo de 2000, a população (5.759 habitantes) estava assim dividida: urbana - 3.454 habitantes e rural - 2.305 habitantes.

este fato repercutiu profundamente na vida da paróquia. Com o êxodo rural, suas comunidades também foram perdendo a liderança e elas próprias, desaparecendo.

7 Os dados são do artigo: COSTA, F. R. da, Considerações sobre a dinâmica da po-pulação na mesorregião centro ocidental paranaense. Disponível em: http://www.dge.uem.br/semana/eixo3/trabalho_41.pdf acesso: 20/07/09. Embora com uma pe-quena discrepância em seus números, é interessante que o autor conclua seu trabalho justamente utilizando o caso de Quinta do Sol por modelo: “Os dados evidenciam o decréscimo da população na região em estudo, fato corriqueiro nas últimas décadas. Como exemplo pode-se citar o município de Quinta do Sol que em 1970 tinha uma população de 15.891 habitantes, em 1980 passou para 7.883 habitantes, em 1991 reduz para 5.599 habitantes, em 2000 tem um pequeno acréscimo e salta para 5.759 habitantes, porém, no censo de 2007 a população decresce novamente e passa para 5.175 habitantes”.

Os números que este autor cita, são os disponíveis em: http://www.ampr.org.br/ampr/demografia/mu_dem_pop_total.asp?iIdMun=100141295 .

8 http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 acesso: 22/07/09.

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Missa de domingo de Ramos em 1953 - Acervo: Mário Tada

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III. QUINTA DO SOL ANTES DE SER PARÓQUIA9.

9 As informações foram obtidas pelos registros em arquivos, Livro do Tombo da pa-róquia e entrevista aos pioneiros. Quanto ao Livro do Tombo, não se pode confiar inteiramente em seus registros, que, aliás, são poucos para essa época. O motivo é que ele começou a ser escrito pelo padre Lotário Welter (conhecido mais por padre Lauro) em 1980. Embora este padre tenha trabalhado em Quinta do Sol em outros períodos e em paróquias vizinhas, podem-se constatar alguns equívocos em datas e nomes. Em todo caso, é digno de nota o esforço do padre Lauro para reconstruir a história da paróquia. As citações feitas a partir do Livro do Tombo serão indicadas como: LT seguido pelo número da página.

Existe um arquivo bastante rico, deixado por padre Henrique Estevão Groenen, re-ferente ao seu período de trabalho – quase quatro anos. Ele produziu um Livro do Tombo, mas em folhas soltas, ao todo 5. Padre Lauro não levou em consideração essas anotações quando iniciou o Livro do Tombo, ainda atualmente em uso. Será por mim aqui citado como LTheg (Livro do Tombo do padre Henrique Estevão Gro-enen), seguido pela número da folha.

Procissão em 1954

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“Até 1960, Quinta do Sol ficou capela da paróquia de Campo Mourão. Os padres José Assmann e Luis Gump, e mais tarde Henrique Daniels da Congregação do Verbo Divino visitaram mensalmente a capela. Já se celebrava

missa na Santa Cruz (ou Providência?). Em 1961, ficou pertencente à paróquia instalada em

Barbosa Ferraz: os vigários de lá visitavam Quinta do Sol, Providência e Irapuã. Era o padre Bruno e, desde 1962,

padre Basílio Jung” (LTheg.1).

Procissão de Nossa Senhora de Fátima - 1954Acervo: Silvia Bueno Pinto

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Toda esta região pertencia à paróquia de Campo Mourão, sendo criada a paróquia de Peabiru em 23 de fevereiro de 1953, Barbosa Ferraz em 01 de janeiro de 1958 e de engenheiro Beltrão em 08 de setembro de 1962. Com isso, não se tinha bem delineado qual era o território da capela de Quinta do Sol10. os padres de Peabiru também atendiam fazendas que posteriormente pertenceram à paróquia de Quinta do Sol. É o caso da fazenda Jaraguá. Segundo narra a pioneira, senhora Rosalina Henrique, que se mudou com sua família para esta fazenda em 1953, en-tão casada e com duas filhas. ela e seu esposo, Antonio Henrique, vindos de Jaguapitã junto com mais cinco famílias, ajudaram a derrubar o mato e a plantar café. Tanto seu Antonio quanto dona Rosalina, muito ligados

10 Embora Fênix tenha se emancipado politicamente primeiro, sendo Quinta do Sol seu distrito entre 25 de julho de 1960 e 29 de novembro de 1963, a paróquia de Fênix foi criada posteriormente à de Quinta do Sol, em 08 de março de 1970. Embora como capelas, podiam ter padre residente, como foi o caso tanto de Quinta do Sol quanto de Fênix.

Batizado com o Padre Luiz, 1º Padre de Quinta do Sol - 1955Acervo: Silvia Bueno Pinto

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à igreja, logo começaram a catequizar e a conduzir a vida religiosa na fazenda, com rezas de terços e outras devoções. dona Rosalina se recorda que, em 1954, padres de Peabiru vinham celebrar missa e sacramentos na fazenda mensalmente, se hospedando em sua casa. Logo foi construída uma capelinha dedicada a Cosme e damião11.

11 Entrevista concedida por Rosalina Henrique em 22/07/09. Questionada sobre a vila de Quinta do Sol quando chegou aqui, em 1953, Rosalina afirmou lembrar-se de umas quatro casas e o comércio que contava com uma farmácia, uma casa de secos e molhados e um hotel. Rosalina possui fotos desses eventos na fazenda Jaraguá.

1ª Missa na Igreja Fazenda Jaraguá com realização da 1ª Comunhão (Colônia São Pedro) 1954Acervo: Rosalina Henrique

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No inicio dos anos 50 é erguida a primeira capela onde, futura-mente, será a igreja matriz da paróquia12. olhando as fotos desta primeira capela, lembrada como uma construção onde as tábuas foram postas no horizontal e não, como é nosso costume, na vertical, percebe-se ao seu redor a presença de espessa mata. A capela aparece construída em uma clareira. essa capela, nos inícios dos anos 60 passará por uma transfor-mação. Será erguida uma torre, mudando sua fachada, levando o povo a identificá-la como a “segunda” capela de Quinta do Sol13.

12 “Antes de 1953 foi construída a capela, com a ajuda da companhia vendedora das terras da gleba de Quinta do Sol (Sr. José Lupion)” (LTheg.1).

13 Segundo o padre Henrique, esta ampliação foi feita quando Quinta do Sol era atendi-da pelos padres de Barbosa Ferraz e estava sob a presidência do senhor João Antonio Luiz. Segundo o padre Henrique, o espaço interno desta capela, para o povo, era de 8 por 15 metros (LTheg.1). Em uma espécie de prestação de contas, o sr. João Antonio Luiz ao entregar a presidência da capela, em 28 de março de 1965, escreve, em uma folha datilografada, disponível no arquivo paroquial, que recebeu a presidência do senhor Antonio J. Monteiro, mais conhecido por Antonio Carioca, no dia 12 de outu-bro de 1962. Num texto um pouco confuso, é possível ler: “O novo presidente, após

1ª Comunhão realizada na Igreja Fazenda Jaraguá (Colônia São Pedro) 1954Acervo: Rosalina Henrique

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Família do Sr. Abilio Luiz em frente a 2ª Igreja Católica de Quinta do Sol - 1960Acervo: Maria do Carmo M. Luiz

Interior da 2ª Igreja Católica - 1960 - Acervo: Maria do Carmo M. Luiz

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Marcante é também a presença de uma estátua do Cristo Redentor, que será um ponto de referência para Quinta do Sol. Padre Henrique escreveu: “em 1953 foi erguida a imagem de Jesus mestre no terreno destinado para a futura igreja matriz” (LTheg.1)14.

em 1965, padre Antonio Klein, vigário paroquial de Peabiru e engenheiro Beltrão15 mudou-se para Quinta do Sol, morando numa mi-núscula sacristia anexa à capela. Sua missão era preparar a capela para se tornar paróquia. Padre Antonio ajudou a construir um salão paroquial provisório16, onde passava filmes para o povo e com o dinheiro das entra-das começou a construção da casa paroquial.

em um cartaz de propaganda de festa, disponível em nosso arqui-vo, pode-se ler:

“CONVITE AO POVOGRANDIOSA FESTA EM QUINTA DO SOL EM 2-5-65

a sua presidência, começou construindo um aumento na Igreja de quarenta metros quadrados, torre, coro, e o restante do forro que faltava”.

14 Como esta imagem chegou praticamente junta aos pioneiros, ela é recoberta de cer-to mistério. Alguns dados me parecem hoje seguros: ela é uma imagem do Cristo Redentor; idêntica à que está no morro do Cristo em Brejatuba, Guaratuba. Lá, foi inaugurada em 26 de junho de 1953. Feita por João Fedatto e seu filho Iswaldo Fe-datto. Tudo leva a crer que tenham a mesma origem e sejam contemporâneas. Alguns pioneiros lembram que ela chegou a Quinta do Sol em duas viagens de caminhão, em dez partes e que, devido ao seu peso, não foi fácil para montá-la. Em 18/11/09, entrevistei o senhor Raimundo da Silva, mais conhecido como Raimundo Barbeiro, ele se mudou do Ceará para a Fazenda Tiago, chegando aqui em 29/03/1951, então com 19 anos. Segundo suas lembranças, em janeiro de 1952 foi contratado para roçar o local onde seria construída a cidade de Quinta do Sol. Por esta época só exis-tiam algumas fazendas que estavam sendo abertas. Ele foi um dos contratados para “montar” a imagem do Cristo Redentor, atividade que demorou entre 30 e 40 dias. Pode-se imaginar o trabalho, já que não havia guindaste, tendo que levantar as peças na força bruta. Lembra ainda que o pedreiro foi o senhor Argelino, tendo colaborado o motorista, Tota, e mais um senhor que ele não se recorda o nome.

15 A provisão de Vigário Cooperador de Peabiru e Engenheiro Beltrão está nos arqui-vos de Quinta do Sol e é datada de 02/01/1965.

16 “O povo, animado pelo mesmo padre, construiu em pouco tempo o atual ‘pavilhão’, um barracão simples e provisório para as festas. Era feito de tábuas brutas e chão batido, com um palco para apresentações” (LTheg.1).

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O abaixo assinado, Pe. Antonio Klein, tem a satisfação de convidar a população deste Município, bem como o dos vizinhos, para prestigiar com sua presença, o feliz acontecimento da ‘PREPARAÇÃO DA CRIAÇÃO DA PARÓQUIA DE QUINTA DO SOL’, acontecimento este que culminará com uma GRANDIOSA FESTA no dia 2 de maio de 1965, obedecendo o seguinte programa: (...)”. entre os eventos, em primeiro de maio, feriado nacional, churrascada na ponte do Rio da Várzea e bingo. Algumas fotos dão idéia desta ponte e de sua importância para o acesso à Quinta do Sol.

Ponte do Rio da Varzea que liga Quinta do Sol a enge-nheiro Beltrão, 1965

Ponte do Rio Mourão (Rio da

Varzea) em 1964 - Acervo de Manoel

Carvalho Matias

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em outubro, uma nova festa, e em cartaz, também disponível em nossos arquivos, informações relevantes:

“FESTA EM HONRA A SÃO JUDAS TADEU – QUINTA DO SOL – DE 22 A 31 DE OUTUBRO DE 1965.

(...)

CONVITE

Convidamos o povo em geral, especialmente os srs. Fazendeiros de café e gado – Os srs. Sitiantes e Chacareiros a contribuírem com um bom auxílio e também com prendas para o leilão. – O lucro reverterá, inteiramente, para o término da construção da Casa Paroquial de Quinta do Sol.

AMIGOS – Adquiram, antecipadamente, uma ou mais cartelas para o jogo do BINGO. Uma única cartela dará direito a concorrer aos cinco prê-mios mencionados. Habilitem-se”.

os 5 valiosos prêmios são: Televisor, Sanfona Todeschini de 120 baixos, Bicicleta, Rádio Portátil e um terreno em Quinta do Sol17. esta festa deve ter sido a primeira depois da inauguração da energia elétrica, comemorada em 7 de setembro. uma foto desse evento nos dá uma idéia da vila de Quinta do Sol bem como da expressiva população infantil.

o padre Antônio foi transferido, chegando a Quinta do Sol, no mês de fevereiro, o Padre Lauro Welter, ainda como membro da congre-gação do Verbo divino. Assim descreve sua chegada:

“Quando cheguei em Quinta do Sol, em 1966, encontrei uma si-tuação calamitosa: o padre dormia e morava na sacristia, apertadinha, 2 por 3 metros, sem água, apenas com uma bacia para se lavar, sem ba-nheiro, etc. A privada ficava fora, no terreno aberto, usado também pelo povo, sempre suja, com a cobertura estragada, assim que sob chuva para

17 A comissão: presidente – Etelvino Ferreira; vice-presidente – José Maria Matias; 1º secretário – Gentil J. Soares; 2º secretário – Eduino F. da Silva; 1º tesoureiro – Am-brosio Buzzi; 2º tesoureiro – Ivo Bez.

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usá-la, era necessário levar e usar guarda-chuva. A igreja estava para cair e fora escorada por paus de eucalipto. de noite, muitas ve-zes, bêbedos e forasteiros vinham dormir e conversar debaixo da sa-cristia, faziam fogo e colocavam a igreja, de madeira, é claro, com seu habitante solitário, em perigo de incêndio” (LT.2).

Padre Lauro havia traba-lhado sempre em seminário e não tinha experiência de paróquia, o que o levou a escrever que “não agradava ao povo”. Talvez porque se indispôs com algumas pessoas “que queriam mandar no padre”.

Comemoração do dia 7 de setembro de 1965 com a inauguração da energia elétrica(Acervo: Rosalina Henrique)

Padre Lauro

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um fato, no entanto, merece ser lembrado: “as crianças freqüenta-vam os bares até altas horas da noite e muitos deles abrigavam mulheres da zona e outras que faziam ali o seu ‘trotoir’ etc. Achei que essa situação não podia continuar” (LT.2). embora tenha procurado as autoridades competentes, nada mudou. então, após ter se aconselhado com outro pa-dre, fez uma denúncia em segredo na delegacia de Campo Mourão. dois dias depois, as autoridades quintassolenses já sabiam da denúncia. Por ocasião de sua ida a Foz do Iguaçu, para buscar o resto de sua mudança, em um Jipe que havia comprado a prestações, junto com seu sacristão, daniel Pereira, foi perseguido por dois homens em um Volks. o padre Lauro teve convicção que o estavam perseguindo a mandato de autorida-des locais, motivadas por suas denúncias. Padre Lauro lembra que mais tarde um político chamado Bandeira foi assassinado. Neste ano também foi assassinada uma criança em um conflito por questões políticas. Parece que ela foi vítima de uma bala perdida. A fotografia de seu cortejo nos dá uma idéia da comoção popular que causou e nos possibilita uma panorâ-mica da vila a partir do caminho para o cemitério.

Cortejo de uma criança assassinada em conflito político 1966

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Padre Lauro permaneceu em Quinta do Sol até a festa de São Pe-dro, em 29 de junho de 1966. Segundo ele, não saiu tanto por causa dos problemas, “mas, sobretudo, porque a capela ainda não tinha condições para se viver aí” (LT.3). Terminou, no entanto, a construção da casa pa-roquial que havia sido iniciada pelo padre Antonio. embora não tenha chegado a “entrar” nela18.

A capela ficou sendo atendida pelo padre Aloysio Jacobi de enge-nheiro Beltrão, até o fim do ano. Padre Aloysio celebra missa aos domin-gos à noite, organiza uma comissão e saneia as dívidas da paróquia19.

em 13, 14 e 15 de agosto já acontece a primeira festa, no cartaz de propaganda pode se ler:

“O Revmo. Pe. Aloysio Jacobi svd, e a Comissão da Igreja de São Judas Tadeu, convidam o povo do Município de Quinta do Sol e arredores, para os festejos em honra de NOSSA SENHORA DA GLÓRIA: Venha ajude e colabore em mais este empreendimento de catolicidade. Festejemos em espírito de fraternidade e alegria para glória de Deus e dilatação do reino de Cristo em nossas almas”.

18 Entre os “problemas” lembrados pelo padre Lauro deve estar as dívidas. Motivadas sobretudo pela compra do Jeep Willys novo e o término da casa paroquial. “Quando em junho Quinta fica sem padre, a igreja está com mais de 10 milhões de cruzeiros de dívidas”, anotou posteriormente o padre Henrique (LTheg.1).

19 “A nova comissão da igreja, sob a presidência desde o dia 02/10/1966 do Sr. Sebas-tião C. Sobral e composta dos seguintes componentes: Genésio Moya, Luis Furtani, Nivaldo Santos, Manuel de Jesus Moleiro, organiza em agosto e outubro festas que fizeram reduzir as dívidas a NCR$ 5.000.00” (LTheg.1).

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DIOCESE DE CAMPO MOURÃO – ESTADO DO PARANÁDECRETO Nº40

Atentas às faculdades que Nos são outorgadas pelo Código de Direito Canônico – Cânones 1.414, 1.426 e 1.427, e de acordo com as normas tra-çadas pelo Concílio Plenário Brasileiro, - Decretos 85, 86 e seguintes, Have-mos por bem erigir a Paróquia de São Judas Tadeu da Quinta do Sol, como de fato ERIGIMOS pelo presente DECRETO, elevando à categoria de Matriz Paroquial a Igreja local, com todos os direitos e prerrogativas que competem às Igrejas Paroquiais, sendo o território da nova Paróquia o do atual muni-cípio de Quinta do Sol. O Revmo. Pároco fará jus as oblações dos fieis a que se refere o Canon 463, com a obrigação de não denegar o seu ministério aos menos favorecidos pela fortuna. Outrossim, a referida Paróquia fica sujeita ao tributo pro-seminário, de que tratam os cânones 1.355 e 1.356, bem como, está sujeita a mesma ao Catedrático e as outras quotas extra-ordinárias para a Diocese, conforme rezam os cânones 1.504 e 1.505.

Dada e passada nesta cidade Episcopal de Campo Mourão, aos 6 de janeiro de 1967, sob o selo de Nossas Armas.

Dom Eliseu Simões MendesBispo Diocesano

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IV. DA CRIAÇÃO DA PARÓQUIA ATÉ OUTUBRO DE 1995

em 6 de janeiro de 1967, foi criada a paróquia São Judas Tadeu, por dom eliseu Simões Mendes, pelo decreto n.40. o padre Henrique estevão Groenen SdV foi nomeado primeiro vigário da recém criada paróquia de Quinta do Sol20: “No dia 6 de janeiro, com os magos do oriente, cheguei em Quinta do Sol pela parte da tarde para celebrar a mis-sa da festa da epifania. Iniciei assim a minha atividade aqui” (LTheg.2)21, embora só se mude definitivamente após alguns dias, o que justifica da seguinte maneira: “Por ocasião da minha visita protocolar ao Sr. Bispo e a Campo Mourão, Sua excelência me incumbe de primeiramente arranjar a legalização do terreno da igreja. Somente depois será me permitido fixar residência em Quinta do Sol. Até lá devo morar em engenheiro Beltrão” (LTheg.2).

20 “Em novembro padre provincial José Couto Motta svd me entrega a minha nomea-ção para ser vigário desta paróquia. Até então estive em Santo Amaro, como profes-sor na teologia no escolasticado da congregação e no IFT de São Paulo. O meu nome é Henrique Estêvão Groenen” (LTheg.1).

21 A Provisão de posse, como vigário, em nossos arquivos, é de 08 de janeiro de 1967. De junho até dezembro de 1967, padre Henrique atende também a paróquia de Fênix que estava sem vigário. No primeiro domingo de dezembro, padre Lauro Welter assume Fênix e, em troca, na falta de padre em Quinta do Sol, a atenderá.

Padre Henrique estevão Groenen

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Padre Lauro nos apresenta assim o padre Henrique: “Holandês de mentalidade avançada, fez um belo trabalho por

aqui. despertou e formou as primeiras lideranças para dar o culto domi-nical, organizou cursos bíblicos e começou uma verdadeira evangelização. os frutos desse trabalho ainda se fazem sentir em nossos dias” (1980) (LT.3).

em janeiro de 1967 já acontece a primeira festa paroquial e, logo em seguida, padre Henrique muda-se para a casa paroquial, que está “precariamente mobiliada e sem água. Cozinheira é Natalina Pereira” (LTheg.2). durante os meses de fevereiro a abril, visita mais de 500 famí-lias fazendo campanha de hortelã e cereais. em maio termina as visitas, “todos os moradores do patrimônio e arredores são visitadas, em prepara-ção da instalação da paróquia” (LTheg.2)

um fato desagradável aconteceu durante a semana santa, ladrões entraram na casa paroquial e roubaram todos os objetos que tinham al-gum valor22.

22 O Boletim de Ocorrência foi feito na Delegacia de Quinta do Sol em 22 de março de 1967. Entre os objetos roubados estão: uma máquina de escrever (presente de orde-nação, de seus irmãos); um rádio portátil; um gravador e uma máquina de barbear; além de roupas e “um par de sapatos consertados”.

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No dia 25 de maio, padre Ives Pouliquen, coordenador diocesano da pastoral, celebra a missa e nela lê o decreto de criação da paróquia (LTheg.2). entre as anotações acima, do Livro do Tombo e o cartaz de propaganda da festa, existem algumas pequenas diferenças de data.

Transcrevo a seguir o cartaz de propaganda da festa, que contém relevantes informações para nossa reconstrução histórica:

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“DIA 27 E 28 DE MAIO DE 1967FESTA DA INSTALAÇÃO DA PARÓQUIA EM

QUINTA DO SOL

No último domingo do mês de maio, dia 28 às 10.00 horas, durante a celebração da Santa Missa, se realizará por decreto do Sr. Bispo diocesa-no, Dom Eliseu Simões Mendes, a festiva instalação da nova paróquia em Quinta do Sol e a instalação do padre Henrique Estevão Groenen SVD como primeiro vigário desta paróquia.

Por ocasião deste tão feliz acontecimento para todo o município, nós – a comissão encarregada dos festejos – convidamos a TODOS OS PARO-QUIANOS a participar de nossa alegria e de nossa profunda gratidão para com Deus. Convidamos igualmente a TODOS quantos têm relações de ami-zade com o povo de Quinta do Sol:

Que venham participar conosco, que venham prestigiar esta festa com sua presença.

Durante muitos anos foi preparado este feliz acontecimento. Foi em 1952 que se começou abrir a terra que atualmente constitui a próspera cidade e município de Quinta do Sol. Três anos depois os moradores construíram uma linda capela, que aumentada, ainda hoje deve servir como matriz. Ano após ano Quinta do Sol cresceu. Em 1964 tornou-se município. No ano seguinte o padre Antonio Klein fixou-se aí e preparou a criação da paróquia com a construção da casa paroquial. Em 1966 o padre Lauro Welter continuou o trabalho de seu antecessor. Porém, Quinta do Sol não ficou poupada de graves contra-tempos: veio a crise, o desânimo. Foi padre Aloysio Jacobi que guiou Quinta do Sol através desses problemas. E hoje: superadas as dificuldades o religioso povo de Quinta do Sol está alegre, está orgulhoso e animado, unido ao redor do seu novo e jovem vigário.

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PROGRAMA DA FESTA

Dia 1º de maio: desde o início do mês haverá diariamente às 19.30 horas, novena com a procissão para agra-decer a Nossa Senhora.

Dia 25, 26 e 27 de maio: às 19.30 horas tríduo em preparação da festa.

Dia 28 de maio: pelas 16.00 horas início dos festejos externos.Dia 28 de maio: às 7.30 horas primeira santa Missa. às 10.00 horas – Missa Solene em ação de gra-

ças, após a missa e durante o resto do dia haverá quermesse, diversões, serviços de bar-restaurante, churrascos, leilões etc.

às 17.00 horas premiação da vencedora do con-curso ‘BONECA VIVA’.

Dia 31 de maio: às 19.30 horas encerramento da festa religiosa da instalação da paróquia com a novena e a coroação de Nossa Senhora”.23

Tendo sanado as finanças da paróquia, nos meses seguintes “é feito o muro da cerca ao redor da casa paroquial” (LTheg.2). Animados, co-meçaram a pensar na construção de uma nova igreja matriz. No cartaz

23 Interessante notar que no próprio cartaz da festa colocou-se um pequeno histórico da capela e futura paróquia. Podem-se notar aí alguns pequenos equívocos, sempre tomando a presença da imagem do Cristo Redentor como parâmetro: temos fotos da primeira capela anteriormente à chegada da imagem, portanto, ao menos antes de 1952 e não em 1955 como deixa a entender o cartaz; os pioneiros chegaram antes de 1952. Os problemas a que se refere o texto do cartaz são, provavelmente, como explica o padre Henrique no livro do Tombo, dívidas: “No fim de maio são pagas as dívidas” (LTheg.2). Por algum motivo que nos é desconhecido não foi o Bispo diocesano quem celebrou a missa de instalação da paróquia. Dom Eliseu visitou a paróquia em junho, num almoço na casa paroquial em que estiveram presentes os padres das paróquias vizinhas.

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da festa do padroeiro, em 28 e 29 de outubro de 1967, lê-se a seguinte motivação:

“Com muito prazer convidamos todos os paroquianos de Quinta do Sol a participar dos festejos que se realizarão em louvor de São Judas Tadeu no sábado dia 28 e no domingo dia 29 de outubro do corrente ano. A renda da Festa reverter-se-á em beneficio da Paróquia, para preparar a construção da nova Matriz”.

Com o lucro desta festa foram comprados ferro e 100.000 tijolos para a construção da nova igreja.

Padre Henrique intensifica o trabalho pastoral: “enquanto no iní-cio do ano havia apenas como lugares de culto a matriz e a capela de Irapuã e ainda as escolas de São João da Barra e Brandão e apenas inciden-talmente se rezava missa nas capelas de Providência (o padre de Peabiru), Santa eloíza, Ananias e Jaraguá, agora já aumenta o número de lugares visitados, onde há missa cada mês: além dos acima mencionados há Nos-sa Senhora do Ivaí, Leão, Rio da Vargem e São Pedro. desde agosto há em todas estas localidades a celebração do ‘culto dominical’. durante o ano todo está se fazendo o levantamento paroquial. Porém, não chega a ser completado” (LTheg.2).

entre os dias 31 de outubro e 5 de novembro realiza-se uma se-mana bíblica. Quem assessora, são 5 irmãs Paulinas de Maringá, e os padres Aldo de Itambé, Guilherme Warmenhoven de Peabiru e Lauro de Campo Mourão, que são responsáveis por “conferências e pregações”. A partir dessa semana, fica organizado um curso bíblico permanente, toda sexta-feira após a missa vespertina. Temos ainda em nossos arquivos a programação, impressa em gráfica, dessa semana da Bíblia que tem como lema: conhecer – amar – ler a Escritura Sagrada. entre as observações ali presentes está: “as irmãs paulinas, encarregadas da organização da semana bíblica, visitarão todas as famílias para orientá-las e oferecer a bíblia”. No dia 5, às 17 horas, “desfile e cortejo de figuras bíblicas e de representações

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dos livros sagrados”24.

24 No dia 18/11/09, entrevistei o senhor Manuel Carvalho Matias, que chegou em Quin-ta do Sol em janeiro de 1961, com 22 anos, abrindo uma casa de Secos e Molhados

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onde hoje é a Produsol. O senhor Matias morava no Hotel (onde atualmente é a casa do senhor João Florêncio), onde se vestiram e teve início esse desfile. Segundo suas lembranças, cada um representava um livro da Bíblia, que trazia consigo, vestindo uma espécie de bata amarrada na cintura. O senhor Matias representou a 3ª Carta de São João. Vários personagens ainda convivem conosco e participam da vida paro-quial, conforme a lista deixada em arquivo pelo padre Henrique, como a Conceição Matias, que representou Marta e o Florival Peres de Marco que representou São Marcos.

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No fim desse ano, o padre Henrique foi fazer um curso na europa, mas sem se desligar da paróquia. deixa tudo organizado para que a vida paroquial continue normal em sua ausência25. Como informação relevan-te, padre Henrique anota que em 1967 realizaram-se 757 batizados e 76 casamentos26.

Padre Henrique deixa uma carta de orientação para o padre er-nesto, com as informações que ele irá necessitar e que, para nós, é uma rica fonte de informação, datada de 16 de dezembro de 1967. Algumas delas: Horários de missa: “domingo sempre às 9 horas (atrasando sempre uns 15 minutos para ensaio dos cantos). De noite às 19 horas. Sempre quando não há missa, se faz culto dominical (marianos). Durante a semana é a hora comum na matriz, às 20 horas”. os batizados são feitos no sábado “pelas 10 horas” e no domingo depois da missa. Padre Henrique lembra que “sempre tentei explicar o sentido dos ritos”. Casamentos: os processos são feitos nos sábados pela manhã e os casamentos são feitos todos ao mesmo tempo, no sábado às 11 horas.“As comunidades rurais: Irapuã (12 Km) – capela grande, missa uma vez por mês no domingo. Presidente: Pedro Ferreira Pinto.São João da Barra (18 Km) – capela nova. Missa uma vez por mês, aos do-mingos. Presidente: Dercílio Leonardo.Brandão (12 Km) – não tem capela ainda. Foi formada a comissão pró-construção. Já tem planta. Dê uma mãozinha!.Rio da Vargem (7 Km) – não tem capela. Comissão formada. Presidente: Luis Neves. Tudo ainda parado. É para fazer a escritura do terreno já escolhido. Rezar uma vez Missa campal... nunca rezei lá ainda...Providência (18 Km) – capela na fazenda. Quem cuida é Sr. João Burzuk.

25 “Por ocasião da visita de padre Holz, vice-provincial, combinamos a minha viagem a Europa para participar de um curso de reciclagem em Nemi, na Itália. Padre Ernes-to Casiraghi é indicado para substituir-me durante os 8 meses de ausência. Dia 17 de dezembro deixo a paróquia. Os padres de Engenheiro, Peabiru e Fênix atendem Quinta do Sol no dia de natal, ano novo e epifania, até a chegada de padre Ernesto” (LTheg.2).

26 Para uma comparação, no ano de 2007, foram realizados 59 batizados e 13 casamen-tos; no ano de 2008, foram 46 batizados e 14 casamentos.

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Uma vez por mês missa, no terceiro sábado.Nossa Senhora do Ivaí (18Km) – capela da fazenda – rezo sempre na escola. Quem cuida é Sr. Antonio Pavan (administrador). Uma vez por mês missa: última quarta-feira. Combine lá...Além dessas capelas têm ainda muitos lugares onde comecei rezar a missa:Bairro do Ariranha (10 Km) – (casa particular). Chefe de lá é José Alves. Rezei várias vezes lá.São Tiago (8 Km) – capela da fazenda. Chefe é o Sr. Torquato, administra-dor. Rezei 3 vezes missa lá.Ananias (8 Km) – capela pequenina. Rezei 2 vezes missa campal.Jaraguá (8 Km) – capela da fazenda. Movimento fraco. Rezei 2 vezes.São Pedro (12 Km) – fazenda. Rezei missa na casa. Não tem capela.Limoeiro (16 Km) – fazenda. Rezei 2 vezes na escola. Curutuba (5 Km) – fazenda. Rezei 1 vez em casa...Continental (12 Km) – fazenda. Rezei há pouco primeira missa. Boa impres-são. Rezei na escola grande. Lugares onde já quis celebrar missa:Serrinha – escola...Leão (10 Km) - fazenda. Teria missa 8/12. Combinar lá outra missa...Santa Maria (7 Km) – fazenda. Combinar com o Sr. Natalício...

Você pague suas despesas pessoais, etc, com o dinheiro dos batizados..”.27

Junto a essas informações existe arquivado um mapa da paróquia feito à mão, contendo os lugares de celebração. É provável que o padre Henrique o tenha feito para orientar o padre ernesto no atendimento paroquial.

dia 06 de janeiro de 1968 chegou a Quinta do Sol o padre recém ordenado ernesto Casiraghi, que trouxe consigo o seminarista Felisbino Chaves, que faz um estágio para sua ordenação presbiteral e mora na

27 Comissão da matriz: presidente – Sebastião Cândido Sobral (Luis, da Casa Santo Antonio); vice-presidente – José Alves; tesoureiro – Nivaldo Santos; secretário – Genêsio Moya; conselheiros – Manoel Luis; Antonio Silveira; Ivo Bez.

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Mapa da paróquia com destaque para as comunidades rurais

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casa paroquial, ajudando padre ernesto e trabalhando na prefeitura. Pa-dre ernesto fica em Quinta do Sol apenas sexta, sábado e domingo, os outros dias trabalha em Peabiru. Felisbino é ordenado em São Paulo e no domingo seguinte celebra a sua primeira eucaristia aqui.

“depois de alguns desencontros, o nosso provincial transfere padre ernesto, contrariando o desejo do Sr. Bispo. desde 22/3 Quinta do Sol fica, em conseqüência disso, novamente sem padre. Padre Lauro de Fênix é encarregado por dom eliseu a cuidar daqui, até a minha volta da euro-pa que se realiza no dia 7 de setembro” (LTheg.3).

A diocese de Campo Mourão está, neste momento histórico, avan-çando na abertura dada pelo Concílio Vaticano II. Alguns de seus padres, formados em escolas progressistas e pastoralistas, como, por exemplo, o coordenador diocesano da pastoral, padre Ives Pouliquen e o próprio pa-dre Henrique, empenham-se num projeto de evangelização que supere a simples pastoral sacramentalista. Tem início um trabalho junto à ad-ministração do batismo. Padre Henrique anota: “desde o início do ano está em vigor na diocese de Campo Mourão a nova pastoral do batismo: pede-se aos pais que vem pedir o batismo para seus filhos a se inscrever um mês antes para fazer uma espécie de catecumenato durante o qual a família deve dar as provas de uma vivência real da fé cristã e recebe umas instruções rudimentares através de um curso de pelo menos 3 encontros. esta primeira tentativa de mudar a tradicional pastoral de sacramentali-zação para um linha de catequese e prévia evangelização encontra bastan-te dificuldades, principalmente por causa da deslealdade e ganância da parte dos padres do outro lado do Ivaí, na diocese de Maringá: Itambé (num certo domingo em setembro são feitos lá 13 batizados de famílias de Quinta, enquanto na nossa paróquia há apenas 5 batizados!), Floresta, São Pedro do Ivaí e Ivatuba. em conseqüência disso, o número dos bati-zados diminui mais da metade. Porém, o número de casamentos legaliza-dos aumenta” (LTheg.3)28

28 Segundo o padre Henrique, os números de 1968 são: batizados – 316 (registros de

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Padre Henrique chega de seus estudos e imbuído do espírito da recém terminada conferência latino americana de Medellín (que ele faz questão de citar), organiza a paróquia “na base de múltiplas comunidades pequenas”. No final deste ano, existem 20 comunidades com culto domi-nical, círculos bíblicos e a visita do padre uma vez por mês. Ali também é feito a preparação para o batismo. A formação da liderança continua: “lutamos também para aplicar a orientação da diocese quanto à catequese das crianças: desde 67 regularmente catequistas de aqui participam de cursos de formação. Sempre maior responsabilidade pastoral procuramos dar aos dirigentes do culto nas suas comunidades. Por isso, há dias de formação para estes cada 2 meses, na primeira sexta-feira” (LTheg.3)29.

No mês de outubro de 1968 tem eleição para prefeito e vereado-res. o padre Henrique sempre atuante, obedece as orientações diocesanas mas não deixa de dar sua contribuição: “da parte da paróquia, acatamos

nascimento no cartório: 850); número de casamentos – normais 62, de legitimação matrimonial – 40, total: 102. Embora esses números do Livro do Tombo do padre Henrique não estejam de acordo com uma folha publicada pela diocese com os nú-meros de cada paróquia referentes ao ano de 1968, e que está arquivada em nossa paróquia, ali se pode ler: batizados – 256, casamentos – 116. É preciso lembrar também os transtornos internos na vida da paróquia: o padre Henrique esteve fora até setembro, sendo atendida primeiramente pelo padre Ernesto e depois pelo padre Lauro.

29 Padre Lauro anota que esse investimento humano e financeiro em formação de lide-rança chegou a trazer para o padre Henrique, alguns dissabores com seus superiores de congregação: “Esse período se destacou pela evangelização e pelo lançamento das bases para funcionarem as comunidades. Começaram as reuniões dos dirigentes e catequistas que eram verdadeiros dias de formação. A congregação do Verbo Divi-no, porém, não estava satisfeita com o Pe Henrique, porque ele não fazia chegar mui-to dinheiro para o caixa do Provincial e gastava muito na catequese e formação dos líderes. Havia grande entusiasmo entre os dirigentes e espírito de sacrifício, a ponto de alguns deles darem dois a três cultos em comunidades diferentes, num domingo e tendo que andar a pé de uma para a outra, a distância de até 8 (oito) quilômetros. Entre eles se destacaram o Natalício, que morava com a família na casa paroquial (...) e o José Alves (...)” (LT.3). Embora essa seja uma avaliação pessoal do padre Lauro, não deixar de expressar a preocupação e efetiva atuação do padre Henrique na formação.

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rigorosamente a orientação do nosso bispo, de não ‘mexer’ na política. Contudo, para poder conservar uma neutralidade ‘positiva’ (quer dizer, que possa orientar os políticos durante a campanha eleitoral e depois na sua gestão), pedimos que todos os candidatos assinam [assinassem] um programa de alguns pontos básicos. o que é feito. depois das eleições há alguns comentários desgostosos, mas do resto, este episódio na vida da nossa coletividade passa sem grandes transtornos” (LTheg.3).

Transcrevo abaixo este termo de compromisso dos candidatos:

“POLÍTICA

Compromissos aceitos por todos que se Candidatam a um cargo eleitoral no

Município de Quinta do Sol:

1. Não intrometer a Igreja na política partidária, nem a política dentro da Igreja. A Igreja é para todos, independente da convicção política de cada um. Sim, o político católico deixa-se guiar pelos ditames da sua consciência e pela orientação da sua Igreja.

2. A paróquia é uma instituição para o bem comum. Por isso, a autoridade pública tem como obrigação colaborar com as obras da paróquia.

3. O novo prefeito eleito assumirá o seu cargo exclusivamente para se colocar a serviço da coletividade e não a serviço de um partido ou grupo.

4. O novo prefeito eleito procurará em tudo dar continuidade às obras do bem comum, que foram iniciadas na gestão anterior.

5. O novo prefeito eleito aceita como programa prioritário:(a) instalação do serviço sanitário no município: posto de saúde e higiene;

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posto de puericultura; hospital; médico residente aqui.(b) ampliação do ensino e do sistema escolar no município todo: grupo esco-lar; ginásio; escolas isoladas; alfabetização dos adultos.(c) instalação do serviço de assistência profissional ao trabalhador rural.

6. O novo prefeito eleito dará o seu apoio à sindicalização dos trabalhadores rurais no sindicato recém fundado na cidade de Quinta do Sol, porém, sem pressões políticas.

7. Passadas as eleições, todos procurem superar as discórdias e trabalhar uni-dos em prol do progresso do município.

Quinta do Sol,Dia 10 de outubro de 1968”

Seguem as assinaturas. existem três páginas com assinaturas após esse texto. As outras duas são datadas de 24 de outubro de 1968, o que nos faz crer que aconteceram reuniões separadas com os determinados candidatos.

Sempre preocupado com a formação, em fevereiro de 1969 aconte-ce um encontro de formação catequética para os professores do primário. “No grupo escolar da cidade fica desde julho nomeado como catequista, pago pela prefeitura, o Sr. Natalício Agnelo da Silva, que desde o tempo de padre ernesto mora com sua família na casa paroquial” (LTheg.4)30.

Após a páscoa, a capela que servia de igreja matriz, que “já estava prestes a cair e oferecia perigo para o povo” foi demolida (LTheg.4). o pavilhão, após uma pintura e ligeira reforma, serve para todo o movimen-to religioso. “Contrariando a minha antipatia pessoal contra construções,

30 Essa formação ficou a cargo da equipe decanal liderada pelo padre Guilherme War-menhoven e irmã Araceli.

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e apesar de acreditar que o tempo de construir igrejas de pedra, ‘para a maior glória de deus’, também no Brasil já passou, e sem fechar o olhar para ver o estado miserável da moradia de grande parte da população do município, rendo-me – com muitos escrúpulos na consciência – peran-te a necessidade em que se encontra a nossa comunidade paroquial: na reunião de 30 de junho decidimos com a comissão da igreja a iniciar o quanto antes as obras de uma nova matriz. A planta que temos, parece a mais econômica: ela é proveniente da Itália, dos arquitetos do ‘Bauburo’ em Nemi (Roma), liderado por padre Linzenbach SVd. ela mede 500 metros quadrados, oferecendo lugares sentados para mais de 300 pessoas, o dobro da acomodação atual. Apesar de não apresentar uma linha arqui-tetônica impressionante e conquistadora, ela é das mais fáceis a executar” (LTheg.4).

Após reuniões para dar início à construção da nova matriz, o padre Henrique produziu um Boletim Paroquial tendo em vista: apresentar as finanças da matriz (o que faz detalhadamente, expondo a vida financei-ra da paróquia desde 1965); um plano de trabalho (como proposta de construção da matriz com suas etapas); e o financiamento da construção (como conseguir os recursos para a execução do projeto). Transcrevo o cabeçalho desse boletim, presente em nossos arquivos:

“BOLETIM INFORMATIVODA PARÓQUIA “SÃO JUDAS TADEU”

QUINTA DO SOL/PR

A todos os membros Da nossa comunidade católica de Quinta do Sol

Hoje em dia iniciar a construção de uma igreja exige muita coragem. Quanto dinheiro já se gasta para uma construção qualquer! Mas estamos perante uma necessidade: nossa paróquia está se alojando num barracão pro-visório que não oferece condições para abrigar o nosso culto por muito tempo.

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Somos obrigados a construir. A nossa comunidade precisa de um lugar, aonde podemos [possamos] nos reunir ao redor do Cristo salvador.

Por isso, vamos construir. Não o padre, nem a comissão da matriz; mas a própria comunidade vai erguer a sua casa. Sem mais demorar, vamos juntos construir o prédio da nossa comunidade. Tantos quantos fazem questão de pertencer à nossa comunidade católica, convidamos a unir-se conosco neste trabalho tão nobre.

Antes de dar o primeiro passo, gostaríamos que toda a comunidade tomasse conhecimento do estado das finanças da paróquia. É desejável que todos que contribuem, saibam o que é feito com o dinheiro que ofertam. Por isso, oferecemos aqui o levantamento da situação financeira da paróquia dos últimos 3 anos.

Em seguida, apresentamos à comunidade o nosso plano de trabalho, elaborado na última reunião da comissão da igreja (20/6/69).

Finalmente, propomos umas modalidades pelas quais pensamos finan-ciar a construção.

Confiantes na colaboração desinteressada de todos, queremos mais uma vez lhes externar que sentimo-nos honrados pela confiança que a comunidade deposita em nós.

Que este trabalho a empreender, nos una sempre mais entre nós e jun-tos a Cristo, nosso irmão!

Quinta do Sol, dia 1 de julho de 1969”

Assinam: Sebastião C. Sobral (presidente da comissão) e Padre Henrique e. Groenen.

de interesse para nós, na seqüência desse Boletim, está o financia-mento da construção, ou seja, o terceiro item:

“Pensamos em poder financiar a construção principalmente por 3 modalida-des:1. Mensalidades.

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No dia 4 de julho já está iniciada em nossa paróquia a campanha das mensa-lidades, cuja cobrança vai começar no mês de agosto 69. O sistema das men-salidades consiste numa contribuição mensal, que uma família ou uma pessoa se compromete a dar de livre e espontânea vontade à nossa comunidade, por sentir-se responsável por ela. Cada um calcula o valor da sua contribuição na base de 1% (um por cento) a partir das suas entradas mensais. Como contri-buição mínima pensamos colocar o limite de NCr 1,00. Todos os contribuin-tes ou mensalistas terão livre acesso aos sacramentos na nossa comunidade, quer dizer, não se pedirá deles a espórtula de um batizado ou casamento.As famílias e as pessoas que querem aderir a esta campanha das mensalida-des podem inscrever-se no livro das mensalidades da nossa paróquia, aqui na matriz (casa paroquial) ou com o dirigente do culto na sua comunidade aonde mora.2. Campanha do Café.No dia 6 de julho lançamos a Campanha do Café – 1969, em duas frentes: (1º) Para as pessoas que moram em Quinta do Sol:Convidamos as famílias que trabalham com café a dar uma contribuição em café. Quem quiser de bom grado colaborar com esta campanha, pode dar o seu nome ao padre vigário, a um dos membros da comissão da igreja, ou ainda ao chefe da sua comunidade. Os membros da comissão da igreja são: os srs. Sebastião C. Sobral, Manoel Matias, Manoel de Jesus Moleiro, José Alves, Genesio Moya, Antonio Silveira, José Joaquim Matias Fernandes.Na medida do possível, iremos visitar as suas casas e buscar o café.(2º) Para as pessoas que não moram em nosso município:Mandamos uma carta circular a todos os proprietários de fazendas e sítios, localizados em Quinta do Sol; são mais ou menos 60 pessoas.3. Lista do cimento.Logo mais, no início da construção, correrá uma lista aqui no comércio, na qual podem inscrever-se as pessoas que querem doar um ou mais sacos de cimento.

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Que todos ajudem, conforme suas posses...A igreja é sua...

A comunidade toda é responsável pelo bom andamento!”

No dia 11 de agosto a construção se inicia, sendo feitas as escava-ções para os alicerces. esta primeira parte, empreitada para o Sr. Ange-lim Batista, fica pronta em 8 de setembro. Iniciando a segunda parte, o erguimento das paredes, que embora prometida para o natal, não ficou pronta. Para ajudar nos custos da construção, se iniciou um sistema de mensalidades. A campanha do café foi frustrante nesse ano.

Após um curso de três dias, em 8 de dezembro, 4 líderes são ins-tituídos ministros extraordinários da comunhão eucarística, “recebendo das mãos do Sr. Bispo a licença de ministrar a eucaristia em 3 casos: quando durante a missa há grande concurso de pessoas, quando numa comunidade distante reunida em oração há pessoas que desejam comun-gar, e quando há pessoas doentes às quais o padre não pode atender. os 4 eram [foram] anteriormente eleitos pelos próprios dirigentes do culto, e cada um deles fica responsável por um dos 4 setores em que está dividi-da a paróquia. São os senhores José Alves, coordenador responsável pelo setor formado por Ariranha, Limoeiro, São Pedro, Santa Maria, Caetê e Miriam; Anatalício A. da Silva, coordenador do setor de Brandão, Pros-dócimo, Ninho da onça, Ananias, Irapuã e Nossa Senhora do Ivaí; Anto-nio Silveira, coordenador de São João da Barra, Leão, Santa Lúcia, Santa eloíza, Jaraguá; e Rafael Menechini, coordenador de Córrego Cristal, Rio da Vargem, Santa Cruz, Providência, ouro Paulista e Continental” (LTheg.4). o padre Henrique sempre preparou um material para orientar a reflexão nos cultos dominicais das comunidades. de formação avançada e dentro do espírito da Conferência de Medellín, os exemplares que dis-pomos refletem uma consciência e atuação política forte, nos moldes da teologia da libertação nascente na América Latina. Isso é digno de nota, pois estamos nos anos de chumbo da ditadura militar, no pós AI-5 (Ato Institucional 5), que restringiu enormemente as liberdades individuais e

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a atuação de conscientização política. e o padre Henrique era estrangeiro! Por menos, muitos foram expulsos do Brasil.

em 1970 padre Henrique já anota o êxodo rural e como isso vai afetando as comunidades, algumas se extinguindo por completo: “No fim das colheitas de algodão e dos cereais, algumas comunidades se ex-tinguem: Santa Lúcia, onde todas as famílias se mudam para deixar lugar para o gado; ouro Paulista, idem; Nossa Senhora do Ivaí, onde diminui pela metade o número das famílias ali residentes; Santa Maria, onde a fazenda despacha todas as famílias de uma só vez. outras comunidades de culto atravessam graves problemas: Jaraguá acaba de ser fechado por falta de interesse do povo; Ninho da onça luta com a falta de pessoa idônea; Prosdócimo, Brandão, Irapuã, Continental, Santa Cruz e Providência mudam de dirigente” (LTheg.5).

Padre Henrique intensifica os cursos de formação e neste ano a catequese volta-se para o sacramento da crisma. Continua a reclamação da pastoral sacramentalista dos vizinhos, agora com o acréscimo também do substituto de padre Aloysio em engenheiro Beltrão.

Após a visita do provincial, padre Henrique se prepara para mais uma vez ir a europa para cursos. em 17 de agosto entrega a paróquia. Como despedida deixou escrito:

“durante quase 4 anos trabalhei aqui com muito gosto: tenho a confiança que este trabalho vai ter a sua continuação e vai dar os seus frutos no futuro. deixo a paróquia com a sua comunidade em fase de construção e com a matriz a cobrir. estou consciente de muitos dos meus erros e minhas faltas. Por isso é bom que outro padre assuma a paróquia e equilibre as minhas insuficiências, principalmente a de não ter vencido a distância que senti entre a maioria dos paroquianos e a minha pessoa. Vejo, agora, ainda mais do que quando comecei, a paróquia como uma comunidade que deve ser um corpo vivo, onde Jesus continua viven-do transformando o nosso mundo. Jesus mesmo deve ser sempre mais o pastor, o chefe, a cabeça, que orienta. Nesta comunidade, tive eu, o meu lugar como padre ao lado de todos os outros membros meus irmãos (1/8/70)” (LTheg.5).

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em setembro de 1970, chegou o padre Luis Gumpp SVd. Ficou até o fim deste mesmo ano. embora fosse muito popular, “não continuou a alma do anterior” (LT.4).

o padre Cristiano Wiemann SVd sucedeu ao padre Gumpp, fi-cando em Quinta até março de 1972, embora nesse período tenha estado bastante tempo de férias na Alemanha. “Padre Cristiano era organiza-dor. Gostava das coisas bem certas e em ordem. era enérgico e exigente” (LT.4). Natalício e sua família, que moravam na casa paroquial, tiveram de se mudar.

Padre Cristiano foi o último padre do Verbo divino em Quinta do Sol. A justificativa dada, segundo padre Lauro, não era das mais nobres. ele escreveu, não sem certa ironia: “A congregação do Verbo divino sem-pre queria entregar a paróquia para o Bispo. o motivo era que era (sic) uma paróquia difícil, com muitas fazendas e não dava vocações, e pouco dinheiro para os cofres da congregação. e se a congregação não fosse missionária, o que faria? Com a saída do Pe. Cristiano, a paróquia voltou

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para o Bispo e seria atendida daí em diante pelo clero secular” (LT.4).Padre José Kalfhues foi o primeiro padre do clero diocesano a as-

sumir a paróquia. encontrou a igreja construída, mas não acabada. Padre José conseguiu construir o salão paroquial e cercar o terreno da casa pa-roquial. Padre Lauro lembra um acidente sofrido por padre José: “como, no começo, ele não tinha experiência de dirigir jeep no chão molhado, ao atravessar a velha ponte, de madeira, sobre o rio Mourão, que o povo chama de rio da Vargem, o jeep escorregou e caiu no rio com ele dentro. Felizmente nada de grave aconteceu. Apenas padre José passou susto e um certo vexame e perdeu um sapato. e o povo comentava que padre José se batizou no rio, de novo” (LT.5). Resultado: trocou o jeep por um Volks. outra curiosidade anotada pelo padre Lauro sobre o Padre José: “inclinado à caça, padre José sempre levava sua espingarda para as capelas e, no caminho, derrubava alguma pomba que entrava, dia seguinte, no cardápio do almoço. Naquele tempo, nas fazendas de café, havia enxames de pombas e, na boca da noite, era fácil abatê-las, pois pousavam nas pontas dos cafeeiros. era uma compensação para as dificuldades que as comunidades das fazendas ofereciam” (LT.5).

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Padre José permaneceu em Quinta de março de 1972 até setembro de 1975. Nesse período, em suas férias na Alemanha, foi substituído por padre Lauro, então pároco de Fênix. No início de outubro padre José foi transferido para Iretama. Ficando responsável pela paróquia novamente o padre Lauro, que permanecia uma semana em Fênix e outra em Quinta, até fevereiro de 1976.

em fevereiro de 1976 tomou posse o padre Milton Gomes, vin-do da paróquia de Jacutinga, município de Ivaiporã. Padre Milton tinha uma saúde frágil. Causou esta impressão ao padre Lauro: “No dia da sua posse já se percebeu que era um homem doente: não tomou aperitivo

Av. Brasil, atual Av. Centauro - 1974 (Acervo S.T.R.)

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nem cerveja, selecionou a comida e comeu pouco. era pálido e pouco falava” (LT.5). Padre Milton foi nomeado por dom eliseu, responsável diocesano pelas vocações, embora “pouco tenha feito neste setor”.

Não queria atender as fazendas a noite, apenas de dia, por causa de sua saúde frágil. “Foi assim que aquelas comunidades foram se extinguin-do uma a uma. Mas, parece que esse motivo não era tão sério assim, pois ele começou a passar filmes, à noite, em algumas capelas, com entrada paga...” (LT.5). Segundo o padre Lauro, foi o padre Milton quem deu início ao CPP (Conselho Paroquial de Pastoral), mas não temos registros.

Na avaliação de padre Lauro, padre Milton “foi infeliz em não tra-tar a todos os paroquianos de modo igual. Tomou o partido de certo grupo e agrediu violenta e abertamente outro grupo. dividiu o povo, uns a favor dele, sobretudo os mais humildes e os da lavoura, e os outros, sobretudo os mais influentes na cidade, contra ele. e esses grupos se di-gladiavam... criou um certo fanatismo em torno de sua pessoa, bem como um pouco de culto à personalidade” (LT.6). “o que ele, entretanto, tinha de bom, era a liturgia, que era muito elogiada quando cheguei. Todos gostavam muito de sua missa bem explicada, mas que acabou afastando alguns, porque demorava, às vezes, duas horas”(LT.6).

em julho do mesmo ano, seu estado de saúde se agravou, “sobre-tudo sua debilidade mental”, foi internado em um hospital em Londrina. depois de alguns dias, sem alta, deixou o hospital e foi morar com pa-rentes. Faleceu repentinamente, do coração, em 8 de setembro de 1977.

Padre Lauro voltou a atender Quinta do Sol, uma semana sim, outra não, até a quarta-feira de cinzas de 1978. Na quinta-feira seguinte assumiu definitivamente a paróquia de Quinta do Sol, deixando Fênix, embora dom eliseu já o tivesse avisado que ficaria por pouco tempo. Como missão principal, o bispo pediu que pacificasse a paróquia e unisse outra vez o povo. Após reuniões com os grupos e a sua devida pacificação, convocou o CPP, fez uma reformulação e adaptação31.

31 Este CPP ficou assim constituído: presidente: o vigário; vice-coordenador: Eduardo Viana Pereira; secretário: Antonio Carlos Martini; vice-presidente finanças: Florival de Marcos; Coordenadores das pastorais: Saúde – Arlindo Rodrigues; Catequese

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A avaliação que o padre Lauro fez dessas equipes foi a seguinte: “devo dizer que essas equipes trabalharam bem durante esses anos, so-bretudo a das vocações e promoção humana, que se confundia com a da saúde. dificuldades e falhas sempre houveram, mas, de um modo geral, trabalharam bem” (LT.7).

Padre Lauro ainda registra o costume de se fazer duas festas por ano na matriz, uma após a páscoa e outra em outubro, pela época do padroei-ro. desde 1966 não havia crisma na paróquia, o que aconteceu em 1980. Foram 302 crismandos, com idade que ia de 10 a 60 anos.

– Clóvis Maximino; promoção humana – Sebast. Aparecida Knippelberg; Familiar – Antonio Monteiro e Maria Monteiro; Jovens – Alberto; Representante das Comu-nidades – Rafael Menechini; Vocacional – Erenita Rizzo.

Mas já em 1979 houve mudanças: Liturgia – Ana Maria Dariva; Jovens – Nilton Gregório; Mudou também a equipe de finanças, que ficou assim constituída: presi-dente-nato: o padre; vice – Helmut Etgeton; tesoureiro – Antonio Felgueira; secre-tário – João Abel de Freitas Mendonça; conselheiros: Pedro Ananias, Pedro Dias e Florindo Rizzo. (p.6 e 7).

Inauguração do asfalto em 19/08/1978 - Acervo: Prefeitura Municipal de Quinta do Sol

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entre 1978 e 1979, foi colocado piso de cerâmica na igreja e cons-truído o muro de lajotas no terreno da casa paroquial. Também a pastoral foi uma preocupação constante: “logo depois de o povo viver de novo em paz e em união, em 1978, começamos a organizar uma equipe para dar encontros de casais e de jovens, na matriz e no interior da paróquia, com a finalidade de formar os primeiros grupos de reflexão, em vista das futuras comunidades eclesiais de base. Assim, surgiram grupos de reflexão tanto na cidade como nas comunidades rurais. uns estavam funcionando bem e outros mal” (LT.8). Padre Lauro criou um clube de coroinhas que o acompanhava nas capelas. e desse clube surgiram, segundo ele, férteis vocações. em 1978 encaminhou 4 garotos para o seminário.

Quanto às comunidades rurais, padre Lauro fez a seguinte avalia-ção: “o maior problema da paróquia são as comunidades nas fazendas. Além de o povo ser, na sua maioria, analfabeta, é também totalmente de-sinstruidos (sic) na religião. eles querem uma igreja só para batizar seus fi-lhos, casarem alguns deles e para enterrarem seus mortos. Quando muito, ‘assistem’ alguma missa, sobretudo se ela não for na hora das novelas da televisão. Porque em quase todas as 28 fazendas do município já entrou

Padre Lauro com crianças de Primeira Comunhão

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essa ‘deusa moderna’, cujos programas servem de lenitivo e distração, para o povo marginalizado, sofredor, inseguro e sem esperanças das nossas fa-zendas, fazer passar os dias e as horas de sua vida sem rumo e sem sentido.

esse é um dos motivos porque o culto dominical não se firmou em muitas dessas comunidades. outro motivo é a falta de um dirigente capaz, líder e atuante. Quando num ambiente desses se consegue um líder assim, a duras penas, de uma hora para outra ele vai embora, porque o remaneja-mento do pessoal, nas fazendas, é outro empecilho para se conseguir um resultado mais satisfatório. enfim, a quarta causa do fracasso era eu mesmo. Faltou a mim maior aproximação com esse povo e melhor relacionamen-to com eles. Nesse ponto me penitencio e reconheço minha falha” (LT.9).

o que consta no livro tombo da paróquia até esta data são as lem-branças do padre Lauro, que a deixou definitivamente em 25 de fevereiro de 1980, indo para uma experiência missionária de 4 meses em nossa diocese irmã, Barreiras, na Bahia. Como despedida, padre Lauro escre-veu: “Como da primeira vez que saia de Quinta do Sol – 1966 – chovia intensamente. Aquela vez saia aliviado, porém, dessa vez, pesaroso. e pla-giando Gil Vicente, poeta português, autor da Balada da Neve, eu poderia

Igreja Matriz - Acervo: Rubem Lopez

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dizer: ‘Caia chuva na natureza e caia no meu coração’” (LT.8).o padre José Brand chegou à paróquia dia 20 de fevereiro de 1980,

tomando posse no dia 24, um domingo. estavam presentes, além do Bis-po, dom eliseu, o padre Lauro e Alberto, de engenheiro Beltrão. Pa-dre José, que havia deixado a Companhia de Jesus e sua função de reitor do Seminário em ubiratã, descreve assim como encontrou a paróquia: “Cheguei aqui no dia 20 de fevereiro de 1980, quarta-feira de cinzas. en-contrei a casa e os arredores bem abandonados. durante o resto daquela semana fiquei limpando a casa, banheiros, carpindo o quintal, a fim de torná-la habitável. uma recepção promissora. Quase do mesmo jeito fui encontrar a Igreja e a paróquia” (LT.10). Logo no primeiro mês de paró-quia, padre José Brand repetiu a façanha do outro padre José, mas dessa vez em outra ponte: “dia 21 de março, sexta-feira, em plena campanha da soja, ótima ocasião para conhecer a paróquia, talvez por estar apurado e por não conhecer a estrada, capotei o Fiat e caímos debaixo da ponte. estavam comigo três coroinhas e só o ‘Kiko’ levou um corte superficial na cabeça. Valeu o susto! o seguro pagou o carro e compramos outro na semana seguinte” (LT.10).

Com o lucro da primeira festa sob o trabalho do padre Brand, nos dias 19 e 20 de abril, foi iniciado a construção do que ele chamou de “puxado” no salão paroquial, para banheiros, bar e churrascaria (que foi inaugurado em setembro).

No dia 21 de abril, a paróquia festejou em engenheiro Beltrão, com todo o decanato, a festa dos 20 anos de criação da diocese. em 01 de maio, a festa foi em Campo Mourão.

Juntamente com a organização pastoral, foi também acolhida uma nova Comissão de Finanças32, aprovada pelo CPP no início de maio. um dos assuntos desse CPP que chamou a atenção foram os Grupos de Refle-xão: tem pouquíssimos em funcionamento (4 ou 5 grupos). Padre Brand

32 Assim constituída: presidente-nato: o padre; vice-presidente – Manuel Matias; as-sessor do vice-presidente – Joaquim Arruda; Secretário – Helmut Etgeton; tesou-reiro – Ângelo Rodrigues; conselheiros: Vivaldino Lazaretti, Pedro Ananias, Silvio Tonelli. Contador – Alberto Follmann.

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anota ainda que já está começando a melhorar a freqüência do povo às missas, que, segundo ele, aos sábados “quase não comparecia ninguém. Inclusive nos domingos a freqüência não era muito grande” (LT.10).

Padre Brand informa que as capelas rurais estão passando, neste ano, por uma nova configuração: foi fechada a capela do Ariranha, havia pouca gente e preferiram participar da capela das Três Vendas, ainda per-tencente à paróquia de Fênix. Também foi fechada a capela do Brandão, a única em alvenaria da paróquia, havia pouca gente e os mesmos tinham acesso a uma outra capela também33. em 13 de dezembro aconteceu a inauguração da capela São Tiago na fazenda Santa Heloisa, construída pelo administrador, senhor Agnaldo Alves. Na capela São Cristovão, que tem um ministro, foi colocado o Sacrário que era da Matriz, para a qual foi adquirido um novo.

Sobre este primeiro ano de atividades, o padre Brand faz a seguinte avaliação: “este primeiro ano de trabalho foi bom. Houve um crescimen-to geral. As missas da matriz passaram a ter boa freqüência e participação. As comunidades rurais também se firmaram mais. Vários dirigentes fize-ram curso de aprofundamento. Aí, também cresceu a freqüência e partici-pação. Com alguma exceção, todas tiveram uma visita mensal. Consegui também que nas escolas rurais os professores, na sua matéria, passassem a dar aulas de religião também, junto com estudos sociais. Basearam-se no Pequeno Catecismo. os grupos de reflexão também se multiplicaram na matriz e na escola Padre Cícero, que tem no senhor Pedro dias um dirigente muito bom”. entre os problemas, o padre Brand anota que tem pessoas que freqüentam o missionário Miranda Leal e freqüentam a mesa da comunhão. “Já orientei sobre isto, mas não sei se adiantou alguma coisa” (LT.12).

33 O dinheiro que a capela possuía foi depositado numa conta bancária em nome do padre Brand e do senhor Argemiro Malagutti; posteriormente foi integrada ao caixa da matriz. No dia 20 de dezembro de 2009, entrevistei o senhor Argemiro que con-firmou e enriqueceu em detalhes o acima exposto. Quando mudou-se para o bairro Brandão, em 1962, a capela já existia e, segundo suas lembranças, havia sido cons-truída pelo senhor Vicente Peruso.

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durante o mês de janeiro de 1981, após uma campanha, foram adquiridos onze ventiladores para a igreja e quatro para o pavilhão. Nesta ocasião, diz o padre Brand, foi feita a “instalação da luz” (LT.12)34. Tam-bém foi instalada uma nova aparelhagem de som na igreja, inclusive com duas cornetas para o som externo, ficando pronta, juntamente com a pintura interna, no mês de maio. este som externo, por meio de cornetas, será o veículo de comunicação da cidade, para avisos gerais, tais como, achados e perdidos e falecimentos, até que no fim dos anos 90 apareçam os serviços de som em carro. A igreja também está sendo ornamentada com samambaias35.

No dia 10 de junho, esteve em Quinta do Sol o administrador dio-cesano, dom José Maria Maimone, bispo de umuarama. ele presidiu a celebração eucarística e depois fez uma pequena reunião com a liderança.

34 Pelas anotações do padre Brand não fica muito claro, mas concluo que essa “instala-ção da luz” deva ser no Salão Paroquial.

35 Por muito tempo essas samambaias foram cuidadas pela dona Luiza Malagutti e, posteriormente, pela dona Salete Sobral.

Padre José Brand

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Há alguns meses havia sido aceito a renúncia de dom eliseu. A cidade foi dividida em quatro setores, em vista da pastoral e da

liturgia, mas também da limpeza da igreja. o objetivo futuro é que se transformem em quatro CeBs. Foi iniciada uma comunidade na Fazenda Ninho da onça, com catequese e preparação para outros sacramentos. os folhetos utilizados pelas comunidades para o culto semanal estão sen-do preparados pelo pároco. Sobre a caminhada das capelas, nesse ano de 1981, padre Brand lembra de modo muito positivo, principalmente algumas: a capela São Cristóvão, dirigida pelo senhor Rafael Menechini; escola Padre Cícero, dirigida pelo senhor Pedro dias Tunes e no Café Sombrio, dirigida pelo César Ananias.

em 04 de outubro foram investidos Ministros extraordinários da Comunhão eucarística: Guerino Sturion, odete Rodrigues e erenita Ri-zzo. “Promovemos mais algumas melhorias para a igreja: um confessio-nário – salinha do perdão, dois nichos para São Judas e Nossa Senhora Aparecida; dois editais para avisos, quatro banquetas para leitores e co-mentarista, uma mesa para folhetos e ofertas e uma mesa de som” (LT.14).

encerrando o ano de 1981, padre Brand escreve: “Na última reu-nião do CPP fizemos uma avaliação e pequena previsão para o ano de 82. Foi notada a diminuição dos grupos de reflexão na matriz; a ausência de líderes no curso de formação cristã; melhor organização do pavilhão; necessidade de assumirmos as aulas de religião no ginásio, em vista de as irmãs quase não comparecerem. Ficou decidida a implantação do dízimo a partir de janeiro. Contribuição espontânea e mediante um carnê. Ini-cialmente somente na matriz” (LT.14).

“A partir de dezembro de 1982, com a reabertura do Seminário diocesano em Campo Mourão, comecei a passar quatro dias por semana no Seminário, como diretor e administrador: de segunda a quinta. em vista disso, os leigos passaram a assumir maiores encargos na paróquia. eles foram incansáveis na ajuda ao seminário: limpeza, pintura, reforma, mantimentos e facilitando os meus trabalhos. Graças à sua compreen-são e colaboração foi possível levar a bom termo as duas instituições” (LT.14). Também os ministros extraordinários da eucaristia colaboraram,

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assumindo um trabalho junto às comunidades rurais36 e a catequese para a crisma37.

o novo bispo da diocese, dom Virgílio de Pauli, esteve em Quinta do Sol no dia 23 de maio celebrou missa com crisma (81 crismandos) de manhã e à tarde fez uma reunião com os líderes, ministros e CPP. em ju-lho, dom Virgílio retornou a Quinta e desta vez visitou o colégio São Ju-das Tadeu, foi em todas as classes e conversou com a direção e professores.

Neste ano de 1982, foram fechadas as comunidades da fazenda Santa Cruz, Marajó e Ninho da onça. Tomou posse também uma nova

36 Rafael: Capela São Cristóvão, Escola Padre Cícero e Fazenda Jaraguá; Erenita: Ca-pela São Tiago; Arlindo: Fazenda São Paulo e Leão; Cláudio: as aulas no Comércio; Teresinha: Capela São Sebastião; Antonio: Fazenda Limoeiro.

37 A catequese neste ano tem como responsável dona Yolanda. Aconteceu um encontro para preparar o ano, em fevereiro, estando presentes os catequistas: Lúcia Mendon-ça, Lindauro, Cidinha, Neusa Avonai, Yolanda, Ana Maria, Clarice Rosa, Carlinhos, Elza, Luciene Rosa, Cleide, Celso Lourenço, Herminda, Maria Silvia e Fátima Arru-da, conforme o Livro do Tombo, p.15.

Antigo Banco Bamerindus na Av. Centauro, atual Sacanji Móveis - 1982Acervo: C.e. São Judas Tadeu

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equipe administrativa38. Padre Brand movimenta a paróquia em torno das vocações e, por isso, a paróquia começar a ser uma referência para os seminaristas, como Francisco Prim e Neri, que deram um curso de Bíblia em todas as capelas e na matriz, para os jovens.

o ano de 1983, Ano Santo, ficou lembrado por uma caminhada feita pelo povo quintassolense do rio da Várzea até a igreja Nossa Senhora das Graças, em engenheiro Beltrão. Ali participaram da missa e das ora-ções para lucrar as indulgências.

Foi construída uma sala para formação com colaboração espon-tânea. Para esta construção foi aproveitado a capela do Brandão, que já estava fechada há três anos. esta sala ficará conhecida como “sala azul”.

Nesse ano, assumiu a coordenação da catequese Maria Silva, tendo como secretária Fátima Arruda e Regina como tesoureira. A professora

38 Presidente: Ângelo Rodrigues; Vice: Joaquim Arruda; Secretário: José Menechini; Tesoureiro: Antonio de Matos; Contador: Alberto Follmann; Conselheiros: José Lourenço, Pedro Dias, José Abílio, Carlos Martini, Walter Romero.

dom Virgílio de Pauli

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Inês assumiu a orientação pedagógica39. A senhora elza Matias foi esco-lhida para a coordenação pastoral.

em 1984 padre Brand intensifica seu trabalho no seminário em Campo Mourão, “de modo que a permanência na paróquia permaneceu reduzida aos fins de semana” (LT.17)40. Contudo, as reuniões e os cursos de formação aconteceram regularmente. deu-se maior ênfase aos grupos de reflexão.

Na igreja foi trocado o sistema de som, “eternamente com proble-mas”. Foi inaugurado na festa do padroeiro (LT.17). No salão paroquial foi feito um acréscimo em toda a sua extensão, de seis metros. A prefei-tura, chefiada por Solange Marques completou o asfaltamento ao redor do mesmo. A prefeitura liberou também a professora Inês para a coor-denação de ensino religioso no município. A partir do mês de setembro o seminarista Jurandir Coronado Aguilar passou a morar com o padre Brand, auxiliando no trabalho com os grupos de reflexão. No final do ano aconteceu uma série de mudanças41. Por fim, até o próprio padre Brand mudou-se definitivamente para Campo Mourão.

o seminarista Francisco Prim chegou a Quinta do Sol em 19 de fevereiro de 1985, assumindo como administrador paroquial em 14 de abril, sempre sob a orientação e ajuda do padre Brand. Como seminaris-ta, dependia dos padres vizinhos para as celebrações das missas: “A nossa paróquia recebeu muito apoio dos padres: José Brand, que nos assistiu

39 Os demais catequistas lembrados pelo padre Brand: Nilton, Rizamar, Clarice, Juracy, Gilvan, Lúcia, Luciene, Elza, Renilda. Arlindo e Yolanda ficaram com a catequese dos jovens. Dois casais que fizeram curso em Campo Mourão sobre planejamento familiar (método Billings) ficaram responsáveis pelas palestras nessa área: Dario e Inês e José Francisco e Mariza Farinha.

40 Padre Brand ficou 65 dias em curso de atualização em São Leopoldo, a partir do fim de abril. Neste período, foi substituído por padre Ademar Lins, do seminário.

41 Na comissão de finanças, que ficou assim constituída: presidente: Helmut Etgeton; vice: Pedro Dias Tunes; secretário: João Figueiredo; tesoureiro: João Abel; contador: Alberto Follmann; Conselheiros: Valdemar Lourenço. Gezo Arruda, Silvio Tonelli, José Francisco Farinha. No CPP: coordenação pastoral: Erenita Rizzo; Apostolado: Rosa Henrique; Jovens: Clarice Rosa; Cateque-se: Lúcia Mendonça.

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sempre; padre Germano Bozzebon, de engenheiro Beltrão, que muito se esforçou para celebrar missas constantemente aqui e nas capelas maiores; padre Aleixo que não tanto à paróquia, mas a mim pessoalmente tem me dado muito apoio e forças com visitas, telefonemas e ajuda; padre Ademar, reitor do seminário diocesano, que tem sempre nos apoiado nos trabalhos vocacionais e pastorais” (LT.18 e 19).

dom Virgílio esteve na paróquia em agosto para a celebração da crisma e aproveitou para celebrar também nas capelas São Sebastião (Ira-puã), com crisma; São Cristóvão (Bairro dos Neves); e escola Padre Cí-cero (Bairro Pedro dias).

entre as atividades do seminarista Francisco Prim, a revitali-zação das comunidades rurais42 e a juventude estiveram em primeiro

42 Escola Padre Cícero (Pedro Dias); Capela São Cristóvão (Raphael Menechini); Fa-zenda Santa Cruz (Antonio Galhardo); Fazenda Boa Vista (Regina); Fazenda Li-moeiro (Ernesto e Luiz); Fazenda Santa Catarina (José); Comunidade da Serrinha (Iraci); Fazenda São Paulo (Vilma); Comunidade dos Malagutti (Laudelina e Laura Malagutti); Fazenda Santa Heloisa (Célio); Fazenda Leão (José e Dolores); Capela São Sebastião (Teresinha e Ana de Freitas Mendonça).

Francisco Prim - primeiro à direita - com jovens da paróquia

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lugar43. A catequese caminhou na linha da catequese renovada44 e fo-ram investidas novas ministras extraordinárias da eucaristia45. em janeiro de 1986, alguns seminaristas fizeram sua missão de férias na paróquia46. Após este ano de experiência pastoral, o seminarista Francisco Prim dei-xou a paróquia e voltou aos estudos.

Aos 26 de janeiro de 1986, em celebração presidida pelo padre

Brand, o padre Ademar de oliveira Lins assumiu como administrador

43 Este ano, considerado o Ano Internacional da Juventude, “os jovens da paróquia organizaram-se de maneira fabulosa” (LT.19). Coordenadora: Clarice Rosa. “Entre os jovens, os que mais se destacam em todos os níveis pastorais são: Clarice, João Carlos Benatti Mendonça, José Roberto, Regina, Lucimar. Maria José, Cleide, Anto-nio Dutra” (LT.19).

44 Neste ano a paróquia passou por mudanças na coordenação: Lúcia Mendonça deixou a coordenação para a Luciene Rosa Menechini e esta, para o Clóvis Maximino.

45 São elas: Yolanda Rodrigues, Rosalina Henrique e Ana Maria de Freitas Mendonça. 46 Entre eles o atual pároco, então seminarista da Filosofia: Luiz Antonio Belini.

Investidura de MeCe de Rosalina, Ana e Iolanda

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paroquial. Fez algumas reuniões com as lideranças, mas já no mês seguin-te foi transferido.

em 26 de fevereiro, às 20.00 horas, em missa presidida por dom Virgílio de Pauli, tomou posse como pároco, o padre Francisco Javier delvalle Paredes47.

Padre Javier logo passou a fazer reuniões e tomar contato com a liderança: os ministros extraordinários da eucaristia48, pastoral do batis-

47 A partir do mês de dezembro de 1986 morou na casa paroquial, com padre Javier, o jovem José Roberto Rodrigues, que assumiu a secretaria paroquial.

48 Que neste momento são: Elza Matias, Arlindo e Yolanda Rodrigues, Antonio e Ro-salina Henrique, Erenita Rizzo e Clóvis Maximino de Oliveira (estes ministros elen-cados no Livro do Tombo, p.22, são os da matriz).

Padre Javier assistindo o matrimônio de João e Lucimar

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mo49, da família50, da saúde51, das vocações52 e a nova Comissão Financei-ra, pois a que existia entregou após a festa de 5 e 6 de abril53. Comunida-des rurais são 12, mas algumas em situação precária, sem liderança e, até mesmo, sem catequese.

Padre Javier anota, como digno de lembrança, entre os aconteci-mentos do tempo em que esteve à frente da paróquia: em 14 de dezembro de 1986, aconteceu a ordenação diaconal do seminarista Francisco Prim. o bispo ordenante foi dom Pedro urkia. Houve toda uma preparação com intenso trabalho de evangelização e oração, mexendo com a vida da paróquia. em 12 de fevereiro de 1989, foi a ordenação diaconal de Neri de Paula, ordenado por dom Virgílio. No final de 1986, aconteceu um retiro espiritual do CPP, no seminário São José, em Campo Mourão e um passeio do CPP com familiares na Água Quente.

No início de janeiro de 1989, padre Javier foi para São Paulo estu-dar liturgia, tomando posse, em 25 de fevereiro, o padre Alberto Bernare-ggi que, não se adaptando à comunidade, pediu transferência três meses depois.

em 21 de junho de 1989, padre Germano Bozzebon, pároco de engenheiro Beltrão e decano, assumiu como administrador paroquial. Procurou apaziguar a comunidade e dar continuidade ao trabalho. entre

49 Que foi renovada, ficando como responsáveis Lúcia e Bruno Werneck.50 Ângelo e Neusa Rodrigues.51 Maria Felgueira.52 Desde o padre Brand a pastoral vocacional em Quinta é muito atuante, tendo os

dirigentes: José e Maria Menechini e Pedro Dias. A paróquia tem três seminaristas: Sincero, Juarez e Aédio; mas “adotou” também Francisco Prim, Neri e Jurandir.

53 Que ficou assim constituída: presidente: João Domingues de Oliveira; vice: Antonio Sebastião; secretária: Clarice Barga Rosa; tesoureiro: Ângelo Rodrigues; conselhei-ros: Valdemar Florêncio, Antonio Felgueira, Jaime Barelli, Aparecido Terra, Bruno Werneck, Arlindo Rodrigues e Moacir Fumeiro. Esta comissão reformou a casa pa-roquial e adquiriu móveis novos. Entre outras coisas, comprou também 7 lustres para a igreja.

Ainda sob o trabalho do padre Javier, em 1988 tomará posse uma nova comissão: presidente: Valdemar Florêncio; tesoureiro: Ângelo Rodrigues; secretário: José Roberto Rodri-gues; conselheiros: Arlindo Rodrigues, Antonio Felgueira, Narciso Cacilha e outros.

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o que julgou digno anotar no livro tombo paroquial, está a bênção do posto avançado do Banco do Brasil e a participação na Assembléia Cons-tituinte do município, ambos no dia 20 de outubro, e em novembro a posse de novos ministros extraordinários da eucaristia. o padre Germano tinha um modo muito peculiar de ser, o que fez com que tivesse muitos amigos em Quinta do Sol.

em 13 de janeiro de 1990 tomou posse como pároco de Quinta do Sol, o padre Francisco Xavier Lesniowski, em celebração presidida por dom Virgilio de Pauli, com a presença “de reduzido público, devido às chuvas que caíram momentos antes” (LT.27). Padre Francisco fez al-gumas reuniões e deu continuidade aos trabalhos paroquiais. em 30 de junho do mesmo ano deixou a paróquia, transferido para Goioerê.

em 01 de julho de 1990, tomou posse o padre Tadeu Golesk, em celebração presidida por dom Virgílio. descreveu sua primeira impressão assim: “assumindo a paróquia, percebi o afastamento do povo das práticas religiosas, principalmente, havia pouca freqüência na missa dominical. decidi celebrar a santa missa também durante a semana. Visitando as

Padre Germano

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comunidades notei a grande distância que alguns tinham das capelas, portanto, decidi reativar algumas já fechadas. Recomecei a celebração de missa na Serrinha (escola), Pedro dias (escola) e Santa Cruz (escola). Continuando a celebração nas demais: Irapuã, Neves, Jaraguá, Santa He-loisa e Limoeiro” (LT.27).

em julho e agosto padre Tadeu visitou seus pais na Polônia, fican-do a paróquia sendo atendida pelo padre Boguslau Kiezel, então pároco de Fênix.

No dia 05 de setembro tomou posse uma nova comissão adminis-trativa da paróquia54. Neste período também foi implantado o dízimo na igreja matriz. A comissão do dizimo, juntamente com a comissão admi-nistrativa promoveu uma pintura na casa paroquial e conserto do telhado da igreja.

No dia 08 de dezembro de 1991 foi realizado o encontro de casais com a presença de 38 casais. este encontro foi animado e dirigido por uma equipe de Campo Mourão.

Nos dias 4 e 5 de abril de 1992 foi comemorado o jubileu (25 anos) da paróquia. A missa em ação de graças foi presidida por dom Virgílio e concelebrada pelo pároco e pelo padre Germano Bozzebon. À tarde este-ve presente também dom Jaime Luiz Coelho, arcebispo de Maringá. No final de maio foi feita a pintura externa da igreja.

dom Virgílio de Pauli esteve em visita pastoral nos dias 14 e 15 de junho: na matriz celebrou missa com crisma (119 jovens) e fez reunião com as lideranças. Celebrou também em Irapuã (Capela São Sebastião) e nos Neves (Capela São Cristovão). Ali houve um almoço com as famílias da comunidade. Vale a pena transcrever as anotações que dom Virgílio deixou no Livro do Tombo sobre a visita nesta capela: “Às 10.00 horas con-celebramos com padre Tadeu missa na capela dos Neves, sendo padroeiro São Cristovão e presidente o Sr. Rafael. Fomos recebidos com discursos, cânticos e flores. era pela 2ª vez que estávamos visitando aquela capela.

54 Ficando assim constituída: presidente: Antonio Matos Sebastião; secretário: João Carlos Benatti Mendonça; tesoureiro: Antonio Rodrigues Felgueira; conselheiros: Joaquim Arruda, Pedro Dias Tunes e Antonio Roberto de Assis.

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Mas notamos tudo diferente, isto é, em vez da Capela de madeira, ago-ra uma bela capela de material. Surgiu ao lado um belo salão e o posto telefônico. Notamos o que é uma comunidade formada de cerca de 30 famílias, muito bem formadas, quase todos sitiantes e consideramos o modelo de comunidade cristã. Após a missa houve no salão um almoço de confraternização em que tomaram parte todas as famílias presentes. Revivia-se, de certa maneira, o espírito das primeiras comunidades. desse almoço participamos juntamente com o Pe. Tadeu e a comunidade nos ofereceu um belo presente. em seguida rumamos para Campo Mourão” (LT.29).

A comunidade conhecida como bairro Três Vendas, pertencente ao município e paróquia de Fênix, contando inclusive com uma capela dedicada a são José operário, mas com sua vida toda voltada para Quinta

Padre Tadeu com Abílio e Maria. Ao fundo presbitério da Matriz.

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do Sol, após pedido feito ao bispo diocesano por ambos os padres en-volvidos, foi definitivamente transferida para a nossa paróquia. A seguir transcrevo o decreto:

“Pelo presente decreto, havemos por bem anexar a Capela de São José Operário, da Paróquia de Fênix, à Paróquia de São Judas Tadeu, de Quinta do Sol.

Outrossim, todos os fiéis pertencentes à aludida Capela, de hoje em diante, se tornarão paroquianos da Comunidade de Quinta do Sol, sob a responsabilidade do respectivo Pároco.

Dado e passado no Bispado de Campo Mourão, sob o Nosso Sinal e Selo de Nossas Armas, aos 10 de agosto de 1992. E eu, Elisabeth Aparecida Gomes, secretária do Bispado, o subscrevi.

Dom Virgilio de PauliBispo Diocesano”

entre os fatos que haviam marcado a vida dessa comunidade, está uma missão, realizada anos antes, com o erguimento do cruzeiro que ainda hoje se encontra ali.

em 16 de janeiro de 1993, tomou posse o padre Hélio José da Costa, recém ordenado, em celebração presidida pelo bispo diocesano, dom Virgílio. Padre Hélio lembra que foi recebido com entusiasmo e com a igreja repleta de fiéis. embora tenha achado a liderança um pouco “desarrumada” e “os fiéis, em geral, estavam abandonados” (LT.29).

Logo tomou as primeiras providências: “Convoquei uma reunião com o Conselho Paroquial de Pastoral e traçamos algumas propostas de trabalho na comunidade. (...) organizamos melhor o dízimo, formamos uma equipe de liturgia e renovamos os cânticos. daí, então, as missas ficaram melhores participadas, tanto na liturgia, como para os fiéis. A igreja começou a ficar cheia e o clima das celebrações melhorou. (...) To-mei a iniciativa de celebrar missas nos setores da cidade e divulgar melhor

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Missões na Capela São José operário

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a palavra de deus. Como o tempo permitiu, visitei a maioria das casas me aproximando do povo e conhecendo a realidade. Percebi um povo carente da presença do padre, tanto os de classe média como os pobres e favela-dos. Preocupei-me em andar bastante a pé pela cidade e isso facilitou o contato com o povo” (LT.29)55.

em dezembro dom Virgílio esteve conferindo o sacramento da crisma a 121 adolescentes e jovens. outro fato marcante foi o encerra-mento da Semana da Família, com uma missa celebrada no Ginásio de esportes para mais ou menos 2500 pessoas, segundo a avaliação do padre

55 Nestes anos o padre Hélio celebrou mensalmente nas capelas: Irapuã, Três Vendas e Neves. Também em outras comunidades, mas não mensalmente: Fazenda Santa Cruz, Jaraguá e Limoeiro.

Foi também renovada a Comissão Administrativa da Paróquia: presidente: Walter Romero; secretário: João Carlos Benatti Mendonça; tesoureiro: Hélio Aldivino; Conselheiros: Bruno Werneck, Gabriel de Freitas Mendonça, Pedro Elias Menechini e Rafael Menechini Filho.

Padre Hélio

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Hélio (LT.30). em 1994 o padre Hélio incentivou o Cursilho, enviando jovens e

casais. um fato marcante, uma graça de deus para a Igreja e nossa paró-quia, foram os votos perpétuos da Irmã Aparecida Alves da Silva (Irmã Neide), dia 29/01. A missa foi concelebrada pelo padre Hélio e padre Lauro. estiveram presentes irmãs da congregação Irmãs de Santa Catarina de Alexandria, à qual pertence irmã Aparecida56.

Padre Hélio deixou a paróquia em 20 de janeiro de 1995.desde 29 de dezembro de 1994 estava nomeado para atender

Quinta do Sol o padre José Coelho Pereira, então pároco de Fênix, mas iniciando seu trabalho realmente em 07 de fevereiro de 1995. Padre José Coelho celebrava às quartas-feiras e no domingo. o diácono Mercir Ric-ci, de engenheiro Beltrão, celebrava aos sábados. A missa do domingo à noite foi deixada de ser celebrada “por não haver participação” (LT.30). No dia 04 de maio, em uma celebração no Colégio, padre José Coelho se despediu da paróquia e apresentou o padre Antônio.

56 Nossa paróquia deu à Igreja mais duas jovens, que se consagraram à vida religiosa: Maria de Freitas Mendonça (Irmã Maria Terezinha) que fez seus votos no Noviciado das Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria em 1967, deixando em 1980, para cuidar de seus pais. E a Irmã Maria de Lourdes Ferreira, filha do senhor José e de dona Maria Ferreira.

Padre José Coelho

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No dia 06 de maio o padre Antônio Pereira dos Santos celebrou sua primeira missa na paróquia. Não houve uma posse formal. ele escreve justificando: “Quando aqui cheguei, foi uma surpresa para todos, pois não estavam esperando um novo padre. Por estar vivendo dias difíceis, não quis posse” (LT.31). Sua provisão de administrador paroquial era apenas até outubro. Padre Antônio anota ainda que encontrou dificul-dades por parte de algumas lideranças. No dia 29 de setembro de 1995 deixou a paróquia para assumir definitivamente Ivailândia.

V. PRIMEIROS CONTATOS COM A PARÓQUIA

Meu contato com a paróquia de Quinta do Sol começou bem antes de minha posse, em 14 de outubro de 1995. em 1972, ainda criança (9 anos) passei pela primeira vez em Quinta do Sol. de minhas lembranças, restou apenas a recordação da passagem pelo rio da Várzea, em uma ponte estreita e de madeira. Nos anos seguintes vim algumas vezes a Quinta do Sol, acompanhando meu pai em seu trabalho. dessas visitas, lembro-me da imagem do Cristo Redentor, ou, como o povo gosta de chamar, o

Padre Luiz

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“santão”. Para uma criança, era um atrativo vê-lo. em 1978, fiz alguns encontros vocacionais animados pelo padre

José Brand e, em 17 de fevereiro de 1979, entrei para o seminário Santo Inácio em ubiratã, dos jesuítas, onde ele era reitor. Para minha surpresa, ao retornar das férias em 1980, o padre José não era mais nosso reitor. Tendo deixado a Companhia de Jesus, inseriu-se no clero diocesano e assumiu a paróquia de Quinta do Sol, como relatado na primeira parte desta obra. Assim, havia agora, para mim, um amigo em Quinta do Sol. Padre Brand permaneceu sempre ligado a pastoral vocacional e ao semi-nário, agora diocesano, transformando Quinta do Sol em uma referência para nós seminaristas. Como já relatei, neste período a pastoral vocacio-nal da paróquia era muito atuante.

Tendo entrado para o seminário diocesano, cursando filosofia, nas férias de 1985 vim a Quinta do Sol para um período de trabalho pasto-ral, uns 10 dias. o administrador paroquial naquele ano era o também

Igreja Matriz em 1995

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seminarista Francisco Prim. Cheguei no domingo, o Francisco Prim não estava, tinha ido em um encontro em Campo Mourão e só me esperava para a segunda-feira. Por sorte, me deparei com a jovem Clarice Rosa que me acolheu muito bem e arrumou uma chave para que eu ficasse na casa paroquial. entre as atividades pastorais, fui a Irapuã, onde visitei as famí-lias e fiz palestra na capela. Lá me hospedei na casa da família Mendonça, onde atualmente mora o Agostinho Mendonça.

Quando me ordenei, em 07 de janeiro de 1990, fui ser pároco de Mariluz e lecionar no seminário de filosofia em Maringá. No período em que estive à frente da paróquia de Mariluz, o diácono Hélio José da Costa foi ordenado presbítero ali, sua cidade de origem. Como já havia sido no-meado para Quinta do Sol, em sua ordenação compareceu uma caravana de quintassolenses. Neste período, lecionando na filosofia em Maringá, tive como aluno o seminarista Aédio odilon Pego, também de Quinta do Sol e de quem tive o privilégio de, posteriormente, preparar a ordenação presbiteral. Tive laços de amizade também com outros seminaristas cuja

Casa Paroquial com secretaria 1995

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família era de Quinta do Sol. em setembro de 1993 deixei a paróquia de Mariluz para estudar

em Roma. Por ocasião de sua visita ad limina, dom Virgílio se hospedou em nosso colégio. Nestes dias em que esteve em Roma, me propôs esco-lher uma das possíveis paróquias, que assumiria quando voltasse: Ma-riluz, Janiópolis, Boa esperança ou Quinta do Sol. escolhi Quinta do Sol. Por isso, quando o padre Antonio Pereira dos Santos veio a Quinta do Sol, tinha provisão apenas até o mês de outubro, ou seja, quando eu estaria livre para assumir.

Tendo retornado ao Brasil no mês de setembro de 1995, vim com o padre Jurandir visitar a paróquia. Cheguei após o almoço (almoçamos em Barbosa Ferraz com o padre Aleixo) e encontrei na casa paroquial a secretária, elisângela Alves da Silva (Toti) e dona dinazalda Lazaretti, que cozinhava para o padre. Padre Antonio nos recebeu muito bem e deu as primeiras informações sobre o estado da paróquia.

VI. DE 1995 AOS DIAS DE HOJE

em 14 de outubro de 1995, em missa presidida por dom Virgílio e com a presença dos padres Antonio e José Coelho, tomei posse como pároco. Fui muito bem recebido.

Como parece que todos os padres escreveram ao chegar, também eu escrevi em minhas impressões iniciais: “A paróquia estava ‘meio’ aban-donada, muita coisa para organizar, mas as esperanças minhas e do povo são grandes” (LT.32). Logo comecei as reuniões para conhecer a liderança e também planejar o ano de 199657. Redefinimos os setores e retomamos

57 A pastoral está assim organizada: catequese: Carlos Mendonça; PJ: Adilson e Cida; familiar: Agnaldo Alves; vocacional: José Menechini e esposa; apostolado: Tere-za Sturion; dízimo: Bruno Werneck; cursilho: Odair; Criança: Edith Ieger e Mara Romero; liturgia: Edselma, Edith e Yolanda; ministros: Carlos Mendonça; batismo: Aparecido Neves. A comissão administrativa e econômica continua a mesma, sob a presidência do senhor Walter Romero.

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as celebrações eucarísticas58. No dia 01 de novembro fui conhecer e cele-brar no Asilo, tendo anotado naquela época: “causou-me boa impressão. É muito bem cuidado” (LT.32). entre as atividades que valem a pena serem lembradas nesses meses de 1995, estão a preparação e celebração de finados. A missa foi na Igreja Matriz, mas depois nos dirigimos ao ce-mitério municipal e as pessoas puderam fazer uma celebração de benção dos túmulos. Foi uma experiência nova que chamou muita a atenção. No dia 19 de novembro fizemos um encontro para estudar a liturgia da missa parte por parte. Produzimos uma apostila conhecida como Mapa da Missa. Começamos também a elaborar e publicar um jornal paroquial, com notícias, artigos e calendário das atividades59.

A casa paroquial estava em péssimas condições. Tinha muitas go-teiras e o telhado já havia cedido em alguns lugares. ela havia sido feita em várias etapas e por isso tinha muitas “águas” e, portanto, emendas. em novembro, após reunião com a comissão, o presidente Walter Romeiro deu início a uma reforma para deixá-la habitável. Foi trocado o forro. Al-gumas portas e a cozinha foram mudadas de lugar. Também foi pintada.

No ano de 1996, durante o mês de janeiro, o seminarista Aédio odilon Pego fez pastoral em nossa paróquia, sobretudo visitando as fa-mílias. Como uma das metas é a formação dos agentes, o casal drauzio e Toninha Cavalli, de Campo Mourão, começaram em março a assessorar um curso bíblico, com encontros quinzenais. Curso que se estendeu por todo o ano de 1996.

em missa de Ação de Graças, em 17 de fevereiro, houve a troca da comissão administrativa60.

Alguns fatos de nossa pastoral neste ano de 1996: em 31 de março, aconteceu um retiro de jovens da paróquia, na Fazenda Santa Heloísa;

58 Já no dia 26 de outubro celebrei no setor 1, sob responsabilidade do Bruno Werneck. A missa foi na casa do senhor João Ferri.

59 Este jornal paroquial terá uma vida de aproximadamente 2 anos. 60 Comissão assim constituída: presidente – Agnaldo Alves da Silva; secretário: Os-

valdo Marques; tesoureiro: Israel Marcossi Aldivino; conselheiros: João C. Neves, Valdemar Florêncio, Antonio C. Gomes, José C. Vieira, Elísio Farinelli, Sebastião Barbosa, José A. Oliveira, João Palasi, Genaro A. Silva, João Ferri.

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reciclagem para os ministros extraordinários da comunhão eucarística do decanato, em 19 de maio, na Sala Azul; retiro para o Apostolado da oração e Pastoral da Saúde, em 9 de junho, na Capela dos Neves; em 13 de julho, o padre Milton Bossoni, da paróquia de Paiçandu, trabalhou a conscientização para o dízimo e presidiu a eucaristia; no mês de setem-bro, uma série de reuniões de estudo do Projeto de Evangelização, visan-do a preparação das missões populares; em 29 de setembro, assessorados pelo dráuzio e Toninha, aconteceu na Capela dos Neves, um encontro Paroquial de Namorados; em 19 de outubro, celebração eucarística com investidura de dois novos ministros61; enfim, em 30 de novembro, a ce-lebração da eucaristia com o envio dos missionários leigos, conforme o Projeto de Nova Evangelização.

Aconteceram também momentos de confraternização: em 22 de junho, festa junina decanal da catequese; em 10 de agosto um jantar dançante promovido pela pastoral da criança; e por fim, em 15 de outu-

61 São eles: Clóvis Maximino e Edith Ieger.

Curso Bíblico com drauzio e Toninha - 1996

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bro, uma churrascada na Associação da Prefeitura, com toda a liderança. esse jantar marcou meu primeiro ano na paróquia. Foi uma proposta do CPP62 e os custos foram rateados entre os participantes. Para a manuten-ção da paróquia, foram realizadas duas festas: em 13 e 14 de abril e a do padroeiro63.

Neste ano a paróquia recebeu a ajuda da AdVeNIAT, instituição da Igreja Católica da Alemanha, para a troca de carro. Com o valor rece-bido e o carro que a paróquia tinha, foi adquirido um Gol 1.6 MI.

Iniciamos o ano de 1997 no ritmo da Nova Evangelização. em 9 de março, realizamos uma Assembléia Paroquial para avaliação e planeja-mento. Ficou decidida uma pequena reforma na igreja. Será rebaixado e aumentado o presbitério, como piso uma forração verde; será aberta uma porta diretamente da sacristia para o presbitério; o sacrário (que estava onde será construída a porta) será embutido em um pilar revestido em madeira, num lugar do presbitério onde possa ser visto por todos que estiverem na igreja; foi providenciado um telão para o retro-projetor, já que antes se projetava na parede; será feita também uma pintura interna. em reunião do CPP e CAP em 27/8 é prestado contas dessa reforma. entre as atividades que lembramos estão: uma segunda etapa decanal na reciclagem dos ministros extraordinários da comunhão eucarística, em 13 de março; foram instituídos novos, numa celebração em 31 de agosto64; encontro de formação de catequistas. Houve também uma reciclagem dos ministros do decanato em Quinta do Sol. Após a celebração, houve uma confraternização no salão paroquial.

Temos três capelas em atividade: Irapuã, Neves e Três Vendas (esta última estava um pouco desanimada); também procuramos reanimar al-gumas comunidades rurais onde já não se celebrava há algum tempo:

62 Com pouquíssimas exceções, desde minha posse, em outubro de 1995, as reuniões do CPP aconteceram mensalmente na Sala Azul.

63 Como de costume, a paróquia realizou duas festas no ano. Com o tempo, a festa que acontecia pelo dia do padroeiro, porque é também uma época de trabalho mais intenso na agricultura, passou a ser realizada no início do mês de dezembro.

64 São elas: Maria da Conceição Matias e Dinazalda Lazaretti (que assumiu também a coordenação do Apostolado da Oração).

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Fazenda Limoeiro, Brindade e Santa Cruz. São fazendas que ainda tem algumas famílias. estamos também celebrando nos setores da cidade.

Traçamos algumas metas em referência à infra-estrutura paroquial. em 27 de setembro, decidimos reformar a Sala Azul, forno e os banheiros do Salão. Foi construída também uma nova churrasqueira, já que a antiga estava em situação precária e fazia muita fumaça. A nova é redonda e com uma capacidade bem maior. em 28 de outubro, no dia do padroeiro, dom Virgílio esteve presidindo a celebração eucarística com a crisma.

Iniciamos o ano de 1998 muito animados. Já em 8 de janeiro fize-mos uma assembléia paroquial para planejar o ano. entramos em contato com as irmãs Paulinas de Maringá e elas aceitaram fazer um trabalho mis-sionário em nossa paróquia, fundando grupos de leitura orante da bíblia. No dia 7 de fevereiro já acontece a primeira reunião entre as irmãs e a liderança paroquial, aqueles que serão, na organização das irmãs, os “ana-nias”, ou seja, os responsáveis pelos grupos de leitura orante. As missões aconteceram entre 16 e 24 de maio. As irmãs iniciavam as atividades às

Presbitério reformado em 1997

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Churrasqueira, 1997

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5.30 da manhã e acordavam o povo com rojões. Todos os dias tinha cami-nhada penitencial nesse horário. Além das visitas às casas, aconteceu um encontro com jovens e um com casais. Por ocasião da Assembléia Paro-quial, em 23/9, “foi feita uma longa avaliação da caminhada. Constatou-se que, mesmo com toda movimentação das missões pelas irmãs paulinas, o povo anda desanimado. dos grupos de leitura orante da Bíblia, sobra-ram alguns grupos de reflexão” (LT.35).

Vencida a provisão da Comissão Administrativa, no dia 27/7 foi feita uma nova eleição com a reeleição do Sr. Agnaldo, no fim, a comissão teve poucas alterações65. No dia 8 de agosto, durante a missa houve os agradecimentos àqueles que estavam deixando a comissão e acolhida dos novos membros. Após a missa aconteceu um coquetel no salão paroquial.

em 30/08, no ginásio de esportes da Arcam em Campo Mourão, aconteceu a posse de dom Mauro Aparecido dos Santos (ordenado em Jacarezinho em 14 de agosto), primeiro auxiliar e depois sucessor de dom Virgílio. Nossa paróquia se fez presente com 2 ônibus.

Como grande bênção para nossa paróquia e diocese, após uma preparação que envolveu toda a paróquia, coordenada pela pastoral vo-cacional, tendo à frente o senhor José Menechini e esposa, no ginásio de esportes local, em 12/9, às 19.00 horas, o diácono Aédio odilon Pego foi ordenado sacerdote. Após a ordenação aconteceu um coquetel na quadra de esportes do Colégio São Judas Tadeu. No dia 13, domingo, primeira missa do padre Aédio, às 19.30 horas, na igreja matriz.

No dia 25/9, a paróquia promoveu um jantar com bingo, no Clu-be Sol Nascente. Como prêmios: uma motocicleta, TV e bicicleta. Foi um sucesso.

dom Mauro veio pela primeira vez em nossa paróquia em 21/11,

65 Ficando assim constituída: presidente – Agnaldo Alves da Silva; vice-presidente – João Ferri; tesoureiro – Ângelo Rodrigues; secretaria – Ademirço e Cida Terra; salão paroquial – Sérgio e Laudelina Leal; conselheiros: Juvercindo Ferri, Edimar Dias Tunes, Valdemar Florêncio, Jair Ananias, Sebastião Barbosa, Mário Rinque, Elísio Farinelli, Bruno Werneck, Sebastião Neves, Edmilson Vieira, Tel, Osvaldo Korb e esposas (com vencimento em 01/06/2000).

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passeou pela cidade, conheceu a liderança e presidiu a celebração eucarís-tica com a crisma. “o povo ficou muito bem impressionado com o bispo. Muitos foram os comentários” (LT.35).

Neste ano fracassaram novamente as comunidades das fazendas Limoeiro e Brindade. Começamos a celebrar na Vila Rural. Como de costume na matriz, fizemos duas festas no ano.

Com dois anos de circulação, no final deste ano paramos de pro-duzir o Informativo Paroquial. entre as causas: a ampliação da circulação do Servindo, informativo diocesano, que deverá, pelo menos quanto às temáticas, abranger a finalidade do nosso Informativo Paroquial. Também porque, agora com computador e impressora, a paróquia produz facil-mente os relatórios e calendários em quantidade suficiente.

Começamos 1999 com celebrações nas comunidades e com a as-sembléia de planejamento do ano. estamos vivenciando o clima da pro-ximidade do jubileu do ano 2000 e com ele, do projeto de nova evange-lização. Irão marcar a vida da igreja nesse ano as missões populares. Foram

ordenação do Padre Aédio

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realizados 4 encontros de preparação dos missionários. A missa de aber-tura das missões populares foi celebrada em Campo Mourão, no ginásio de esportes Belim Carolo, em 20 de junho, fazendo coincidir com os 40 anos de criação da diocese. Nossa paróquia compareceu com 3 ônibus, além dos carros particulares. em 3 de julho, na igreja matriz, celebramos o envio dos missionários.

em agosto lançamos uma campanha para arrecadar fundos para a reforma dos bancos da igreja. Cada banco custará em torno de 15 reais. os bancos estavam soltando a tinta na roupa das pessoas66. Também rea-lizamos o jantar com bingo, dia 20 de outubro, mas esse ano em parceria com o Clube Sol Nascente. os prêmios foram: motocicleta, TV e máqui-na de lavar.

em 08 de fevereiro faleceu dom Virgílio de Pauli. Seu trabalho frente a diocese foi marcado pela busca de diálogo e compreensão. Após as merecidas homenagens, foi sepultado na Catedral. dom Mauro Apa-recido dos Santos assumiu como bispo titular da diocese.

uma morte que chocou também nossa comunidade, pela bruta-lidade, foi a do Alziro, um rapaz com problemas mentais. Sem família, vivia correndo pelas ruas com um volante de carro nas mãos. Volta e meia entrava na igreja na hora da missa. em 7 de agosto foi encontrado morto próximo ao campo de futebol, com marcas de violência. em 13 de agos-to, foi feito uma passeata pedindo maior policiamento, esclarecimento do crime e paz 67.

Neste ano houve uma campanha nacional pela paz. em 2 de ou-tubro, abrimos esta campanha com uma concentração na praça Gentil José Soares e, em seguida, caminhada até a igreja, sendo encerrada com a missa. o lema: A paz começa em casa. Promovida principalmente pela pastoral da criança.

em 24 de outubro, na fazenda Santa Heloisa, aconteceu um retiro para os missionários (81) assessorado pelo drauzio Cavali e Édia. Foi

66 A campanha consistiu em listas com doações voluntárias; encarregados: Agnaldo, Jair do Banestado, Ângelo, Florival e o padre.

67 O crime nunca foi esclarecido.

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encerrado com missa e confraternização: uma churrascada. Nesta fazenda aconteceu também o retiro dos crismandos (63) em 12 de dezembro, assessorado por edith Ieger e Carlos Mendonça. A crisma aconteceu em 19 de dezembro. Por essa época dona Yolanda Rodrigues começou a or-ganizar em nossa paróquia a devoção à Mãe Peregrina, que com imagens percorre as casas onde se reza o terço.

No final deste ano de 1999, os “sem-terra” ocuparam a fazenda Marajó. eram em torno de 150 famílias acampadas. Procuramos ajudá-los na medida do nosso possível, com apoio material (campanhas de ali-mentos e roupas) e espiritual: em 8 de dezembro celebramos missa no acampamento pela primeira vez. Passamos a celebrar regularmente no acampamento e posteriormente, no assentamento.

o ano 2000 iniciou com a esperança dos festejos em torno dos dois milênios do nascimento de Cristo, após uma longa preparação, baseada no Projeto rumo ao novo milênio. de especial, aconteceu, na capela São Sebastião, em Irapuã, um encontro com todos os missionários leigos de

Crisma em 2000

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nossa comunidade, ao todo, 81 pessoas. o tema foi oração e reavivamen-to das missões populares.

em 7/4, reuniu-se o CAP e o CPP para refletir sobre a pastoral e os encaminhamentos deste ano. Foi decidido também que em nossa festa acontecerá um pequeno bingo após o almoço, para segurar um pouco mais as pessoas (o que se tornará uma tradição desde então).

em 12/05, dom Mauro esteve fazendo visita canônica. Após ve-rificar as documentações e livros de registro, escreveu no livro do tombo: “Aproveito para parabenizar o pároco Pe. Luiz Antonio Belini, CAP e Secre-tárias pela excelente organização administrativa e pelo acolhimento fraterno dado a minha pessoa” (LT. 38).

Todo o CPP esteve presente em Barbosa Ferraz, em 20/05, num encontro sobre o dízimo. encontro sob a responsabilidade da equipe dio-cesana e com a presença de dom Mauro. Já em 2/6, reunimos a liderança da paróquia, no salão paroquial, para estudarmos o dízimo em nossa pa-róquia e aprimorá-lo, à luz da reunião decanal.

Toda a preparação para as missões começa a concretizar-se. em 1/7 tivemos a missa de envio e início das missões. estas visitas foram muito proveitosas. embora os missionários tenham tido certa ansiedade ao iniciá-las, não houve nenhum que relatasse uma experiência desagra-dável, muito pelo contrário, foram bem recebidos e puderam fazer todo o trabalho de evangelização.

uma parte das famílias que havia ocupado a fazenda Marajó aca-bou ocupando também a fazenda Prosdócimo. Como já tinham uma ca-minhada litúrgica, no dia 20/8, às 10.30 horas, celebrei ali a primeira missa. Até a comunidade se estruturar, iremos celebrar embaixo de uma grande árvore, na entrada da fazenda.

Seguindo as orientações da CNBB, preparamos um plebiscito sobre a dívida externa brasileira. A intenção foi levar o povo a refletir sobre essa questão, seu impacto na vida econômica do povo brasileiro. A pergunta se referia ao pagamento ou não da dívida. em 7/9, na Sala Azul, com presença de membros de toda a sociedade quintassolense, mesmo não-católicos, realizou-se o escrutínio, o Não teve uma vitória

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quase unânime68. Trocamos o som da Igreja por um mais potente e moderno em

21/10. o som que tínhamos foi repassado para a capela São Sebastião, Irapuã. o novo som foi inaugurado na festa do padroeiro (28/10). A ce-lebração foi presidida pelo dom Mauro e houve crisma (71 crismandos). Após a celebração,todos foram recepcionados com um jantar no ginásio de esportes. este ano não tivemos festa na comemoração do padroeiro, ela aconteceu no primeiro final de semana de dezembro. Foi uma expe-riência que deu certo. Na comemoração do padroeiro sempre foi difícil, porque é época de muito trabalho na agricultura.

Iniciamos o novo milênio cheios de esperança e trabalho, o ano de 2001 foi de muita organização, paroquial e decanal. Ainda em janeiro começamos a preparar a Campanha da Fraternidade, que terá como tema e lema: Vida sim, droga não! os encarregados de prepará-la foram edith Ieger, Lúcia Mendonça, João Ferri e a pastoral familiar. No dia 25/02, aconteceu um encontro de formação com a liderança, o dia todo, no Co-légio São Judas Tadeu. Foi assessorado pelo dr. Henrique de Apucarana. Abrimos a Campanha da Fraternidade na praça Gentil José Soares com um jogral organizado pela pastoral da juventude seguido de procissão até a igreja matriz. Nessa mesma praça a pastoral da juventude realizou um bingo em 25/03.

Quanto à formação bíblica, o senhor drauzio Cavali assessorou um encontro sobre os Atos dos Apóstolos para a liderança. esse encontro também aconteceu no Colégio São Judas Tadeu. durante esse ano acon-tece em nossa paróquia a escola Paulo Apóstolo da RCC. o responsável é o senhor edimar dias Tunes.

A diocese está fazendo um amplo trabalho de conscientização do dízimo. em 16/06, na paróquia Nossa Senhora das Graças, Barbosa Fer-raz, aconteceu um encontro de formação para a liderança, de nossa paró-quia estiveram presentes 26 agentes de pastoral.

68 Os responsáveis pela organização desse plebiscito foram os senhores João Ferri e Sebastião Neves.

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em reunião do CPP de junho ficou decidida uma reforma na igre-ja. Tiramos a forração do presbitério e colocamos um piso de cerâmica. Também será feita uma pintura geral. Para isso, em 19/08 mudamos os bancos para o salão paroquial. As celebrações serão realizadas ali. Com-pramos junto a uma empresa de Maringá quadros novos de Via-Sacra esculpidos em madeira. Foi feito também em madeira o novo sacrário69. Para a festa do padroeiro São Judas Tadeu foi adquirida uma nova ima-gem70.

As assembléias paroquial (23/09), decanal (13/10)71 e diocesana (17/11)72 contaram com o apoio de toda a liderança.

A pastoral familiar e o Cursilho promoveram um jantar dançante no Clube Sol Nascente dia 27/10. o lucro foi revertido para as despesas da pastoral e do movimento. os responsáveis foram os senhores Sebastião Neves e Agnaldo Alves da Silva.

A pastoral no ano 2002 ficou marcada, além da vida ordinária da paróquia, pela organização da pastoral diocesana em Comissões. Nesse sentido, se fez muitas reuniões e encontros. Lembro dois desses momen-tos: no dia 26/04, em Quinta do Sol, com a irmã elga, coordenadora diocesana e em Terra Boa, mas com a presença de todo o nosso CPP, em 09/06. As comissões já estão montadas em nossa paróquia, sendo seus responsáveis: Arlindo Rodrigues (Anúncio), Carlos Mendonça (diálogo), Sebastião Neves (Ação Social) e Lúcia Mendonça (Animação).

Realizamos assembléias de preparação da pastoral para o ano, na paróquia em 08/02 e no decanato (realizada com todo o CPP em Peabi-rú) em 17/02. No âmbito da formação, vale lembrar: o retiro com Minis-

69 Os quadros antigos da Via-Sacra foram repassados para a Capela São José Operário, Bairro Três Vendas.

70 É a que está atualmente na igreja. Doação do senhor Argemiro Malagutti. 71 A assembléia se realizou em Barbosa Ferraz com a presença de D. Mauro. Estiveram

representando a paróquia: Lúcia Mendonça, Sebastião Neves e esposa, João Ferri, José Teodoro Celestino, Carlos Mendonça, Delza, Helinho, Conceição Matias e Vi-viane Kumaki.

72 Representantes da paróquia: Carlos Mendonça, Lúcia Mendonça e Arlindo Rodri-gues.

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tros, assessorado pela senhora Ilse da paróquia de engenheiro Beltrão, no dia 24/02; no dia 24/03, realizamos um encontro com toda a liderança sobre a liturgia e espiritualidade da missa; comecei também um novo curso de bíblia, para todos os paroquianos, antes da missa do domingo (das 8.15 às 8.50)73.

73 Foi uma experiência interessante. Muitas pessoas que não costumavam vir para as formações começaram a vir mais cedo pra missa e aproveitar as explicações. Essa experiência foi apresentada por mim quando assessorei a assembléia diocesana e deu origem ao que depois ficou conhecido como Escolas da Fé, essas, porém, num molde novo.

Casa Paroquial 2003

Casa Paroquial em construção 2002

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Na reunião do CPP de 07/06, foi apresentada e aprovada a planta da nova casa paroquial74. No dia 28/06, mudei-me para uma casa empres-tada pela CoAMo, em frente o Clube. em 01/07 aconteceu a demolição da casa velha. A secretaria paroquial passou a funcionar na Sala Azul. Fizemos uma campanha de material de construção e, o que foi possível, se fez em regime de mutirão. A paróquia recebeu da AdVeNIAT, em 15/08, uma ajuda para trocar o carro. em 16/09 foi adquirido um Gol 1.0 16v.

Começamos o ano de 2003 com uma reunião ampliada do CPP para fazer o planejamento anual. em 01/03, numa missa presidida por dom Mauro, foram investidos os novos Ministros Extraordinários da Co-munhão Eucarística75. Após a celebração teve um jantar com todos os ministros e suas famílias na Associação dos Funcionários da Prefeitura. o retiro anual dos ministros foi assessorado pelo padre Jurandir Coronado Aguilar, em 07/08, na ARCAM.

Tendo terminado o curso bíblico, iniciei em 09/08, uma instrução sobre a liturgia da missa, mas agora além do domingo, também antes da missa de sábado. Aconteceram nesse ano dois festivais de música sacra, um durante a Semana da Família, em 15/08, sob a responsabilidade da Pastoral Litúrgica (Margarida e Lúcia) e Pastoral Familiar (osvaldo Mano domingues); e um segundo festival, agora de crianças, em 09/11. uma experiência diferente, mas que ficou em nossas lembranças, foi a cele-bração decanal do dia das missões, em engenheiro Beltrão, com o Terço Missionário. Nossa paróquia compareceu em peso, sob responsabilidade do senhor Arlindo Rodrigues e esposa.

em janeiro terminamos o básico da casa paroquial e em 12/2 mu-dei-me para ela. em 16/07, o senhor José Teodoro Celestino encabeçou

74 Esta planta bem como a da secretaria paroquial foi gentilmente cedida pelo enge-nheiro João Carlos Klein.

75 São eles: José Teodoro Celestino, Osvaldo Mano Domingues e Edimar Dias Tunes. Desde o ano 2000 nossa paróquia conta com mais uma ministra, dona Santina Mar-cossi de Souza, que era de Guarulhos e mudou-se para nossa comunidade. Também para o Assentamento Roncador mudou-se um ministro em 2002, o senhor Izaltino Augusto Brustolin, que desde então, atua naquela comunidade.

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Festival de música sacra das famílias 15/08/2003

Festival de música sacra infantil 09/11/2003

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uma campanha para aquisição de grama e a plantou no quintal da casa. em reunião do CPP, dia 01/08, foi analisado e aprovado o projeto de construção da Secretaria Paroquial. Fizemos novamente uma campanha de material e em 16/10, o trator da prefeitura começou a terraplanagem. As festas desse ano foram para essas construções. Na missa de 20/09 hou-ve a troca de comissão administrativa seguida de uma confraternização

Construção da Secretaria Paroquial - 2003

Secretaria Paroquial

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no Salão Paroquial76.o ano de 2004 foi de muitas atividades. Já no início teve algumas

mudanças na coordenação das pastorais e planejamento do novo ano. o cursilho realizou, ao longo do ano, sua escola. em 03/03, estiveram presentes os coordenadores de engenheiro Beltrão e do decanato e, em 22/04, a coordenadora diocesana, dona Anair. A concentração do Apos-tolado da oração, neste ano, foi em Quinta do Sol, dia 14/03, com a presença de muita gente de outras paróquias, sob a responsabilidade da coordenadora, Hilda Vieira. No mesmo mês, dia 20, dom Mauro inves-tiu as novas Ministras extraordinárias da Comunhão eucarística77. Após a celebração, elas foram recepcionadas por todos os ministros e seus fami-liares em uma janta no Clube.

76 Esta comissão ficou assim constituída: presidente: José Teodoro Celestino; vice: João Ferri; tesoureiro: Natalino Ferri; vice: Fábio Tomeix; secretária: Dinazalda Lazaretti; vice: Lúcia Mendonça Werneck. Conselheiros: João Mateus, Valdemar Florêncio, Sérgio Leal, José Malagutti, Agnaldo Alves da Silva, Edmilson Vieira e suas respectivas esposas.

77 Simone Ferri, Izaura Policarpo de Gouveia Celestino, Maria de Lourdes Sanches Alcazar Domingues, Elizabeth Dias Tunes e Edirlene Tunes Teodoro.

Investidura de novas MeCes - 20/03/2004

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Continuando com a formação permanente, realizamos no dia 28/03, na Igreja, um encontro de formação litúrgica – a missa parte por parte, após esse encontro se propôs uma reestruturação da pastoral li-túrgica, principalmente nas equipes responsáveis pela liturgia das missas. outro encontro de formação litúrgica aconteceu em 12/09, assessorado pelo padre Aédio e sua equipe de Mamborê, sobre os salmos. A intenção é formar uma escola de salmistas. Nesse encontro eu apresentei a teolo-gia dos salmos. Respondendo a uma preocupação dos leigos, em 22/05, fizemos uma tarde de formação sobre Imagens, em seus aspectos bíblicos e pastorais.

A pastoral familiar promoveu um encontro de formação sobre o sacramento do matrimônio em seus aspectos teológicos e jurídicos, nos dias 19 e 20/06, para toda a liderança paroquial e algumas pessoas convidadas da comunidade. A nulidade matrimonial foi um dos temas mais deta-lhadamente trabalhado. Foi assessorado pelo monsenhor Antonio Luiz Catelan Ferreira, da diocese de umuarama, e teve como responsáveis o

encontro sobre o sacramento do matrimônio 19 e 20/06/2004

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senhor osvaldo Mano domingues e, e pelas refeições, o senhor Agnaldo Alves. o encontro ocorreu no Colégio São Judas Tadeu e contou com a presença de 53 pessoas.

Para trabalhar o tema bíblico do ano – o profeta Isaias – contamos com a assessoria do Padre Francisco Javier Paredes delvalle, pároco de engenheiro Beltrão, num encontro realizado com a liderança, dia 20/08. o retiro dos Ministros foi realizado no dia 15/10, juntamente com os ministros da paróquia Santa Rita de Cássia, de Barbosa Ferraz, o padre João donizete Pitondo foi o pregador, enfocando a função do ministro e sua espiritualidade.

Respondendo ao convite de nosso bispo diocesano, de multipli-car por dez os nossos grupos de reflexão, realizamos no dia 30/06, uma confraternização entre os participantes dos Grupos de Reflexão, no Salão Paroquial, sob a responsabilidade da coordenadora paroquial, Conceição Matias e no dia 28/07, uma reunião com o assessor dos Grupos de Refle-

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xão, padre Ivo Bossak e a coordenadora, dona Neusa. Foi um encontro muito positivo, embora a participação tenha ficado aquém do esperado.

A pastoral da juventude realizou um encontro nos dias 29 e 30/05, no Colégio São Judas Tadeu e no dia 11/07, uma gincana com os jovens do decanato. A pastoral da criança também realizou um encontro, dia 18/05, no salão paroquial, com a presença da coordenadora diocesana, encerrado com uma grande confraternização. desde este ano a pastoral da criança tem como vice-coordenadora, a Nilce Ferri. Para a coordenação, foi reeleita a dona edith Ieger. São muitas as senhoras que se envolvem nessa pastoral e prestam um grande serviço às nossas crianças. Também a catequese tem realizado seus encontros de formação. Para os crismandos e seus pais e padrinhos, a assessoria foi da Irmã Sônia, de Maringá, sob a responsabilidade da coordenadora paroquial, senhora Laudelina Leal.

Neste ano de 2004, está muito viva em nossa comunidade a Infân-cia Missionária (estiveram envolvidas na coordenação: Viviane Kumaki, Juliana Teodoro Celestino, Jaqueline Vieira e Leila Menechini). Procu-ramos estruturar a pastoral da educação também. Fizemos uma reunião com os professores, no Colégio São Judas Tadeu, no dia 06/04. o respon-sável ficou o professor Francisco de Assis Ferreira.

em 16/04 inauguramos a nova Secretaria Paroquial, ampla e prá-tica para o atendimento. Com isso, liberamos a Sala Azul que começou a ser reformada também. No dia 22/06, foi inaugurada a Sala Azul, com uma reunião com os padres do decanato e de nosso bispo diocesano. Fo-ram adquiridas 30 cadeiras universitárias com banco estofado. A pintura externa da Secretaria Paroquial e da Sala Azul foi concluída definitiva-mente em 19/08. Para o natal desse ano, a igreja recebeu uma pintu-ra externa. Agora tudo é azul. Começamos a reformar também o salão paroquial: o projeto contempla a mudança da cozinha para onde era o palco, este, por sua vez, deixará de existir; os banheiros terão portas para fora do salão; as portas e janelas serão trocadas, será forrado a cozinha e o bar; serão colocados novos ventiladores; será pintado também de azul, e o telhado receberá uma tinta emborrachada para atenuar a temperatura78.

78 O projeto da reforma foi gentilmente cedido pelo arquiteto Solano da Ros.

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em 31 de janeiro de 2005, com o consentimento dos moradores do Bairro dos Neves, foi retirado o salão paroquial da antiga capela, agora desativada, para servir de base para a construção da capela Santo Antonio, no assentamento Roncador. Também a reforma do salão paroquial está a todo vapor. No dia 04/02, um mutirão encabeçado pelo senhor José Teodoro, presidente da comissão, demoliu as paredes internas do salão paroquial. embora ele seja utilizado para a nossa festa de maio, sua inau-guração definitiva acontecerá em 12/10, na confraternização dos 10 anos da Pastoral da Criança em nossa paróquia.

Justamente por estar o salão em reforma, aconteceu no Colégio São Judas Tadeu nossa confraternização das pastorais em 12/02. o ano de 2005 foi o ano das nossas Escolas da Fé dominicais. Aberta a todo o povo, mas principalmente visando a formação das lideranças, refletimos sobre a Revelação de deus através do estudo da Dei Verbum, a liturgia da missa e a Doutrina Social da Igreja. estudamos ainda a Paz e a Solidariedade, que são temas da campanha da fraternidade neste ano.

Igreja com a nova pintura externa 2004

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No dia 04/03, em missa solene, dom Mauro investiu os novos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística79. Após a investidura houve uma pequena recepção na edícula da casa paroquial.

A catequese nesse ano promoveu, entre outras atividades, dois reti-ros com catequizandos e seus familiares: um assessorado pela Irmã Sônia, de Maringá, em 13/04 e um assessorado pelo seminarista Nilson Reis Gonçalves, no dia 14/02. Como parte dos eventos da semana da família, a pastoral promoveu um festival de música sacra na Igreja. Muitas famí-lias estiveram presentes. Continuando a formação litúrgica, Padre Aédio e sua equipe trabalhou, em 29/04, o canto do Hino de Louvor e Aclamação

79 São eles: José Malagutti, Maria Aparecida Zangalli e Lucilene de Lima Zangalli.

Reforma do Salão Paroquial

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ao Evangelho, como já havia feito com os Salmos. este ano nossa paróquia sediou a Assembléia Decanal, foi em 08/10,

com a presença de dom Mauro e Irmã elga. Como sempre, nosso CPP se envolveu na organização para acolher os agentes de fora e terminou com uma confraternização.

em 2005 aconteceu a segunda visita canônica. dom Mauro verifi-cou os livros de registro, documentos e imóveis da paróquia. Aproveitou também para visitar as capelas São Sebastião e São José operário. Ambas foram reformadas e estão belas e aconchegantes. Como resultado de sua visita, anotou no Livro do Tombo, p.46:

“No dia 27 de julho de 2005, realizei a segunda visita canônica e adminis-trativa nesta Paróquia de São Judas Tadeu em Quinta do Sol/PR, sendo que a primeira havia sido realizada no dia 12/05/2000. Verifiquei: 1. Livros de batizados: ok; 2. Livros de crisma: ok; 3. Livros de casamentos: ok; 4. Proces-sos matrimoniais realizados no período de 2000 a 2005: ok. Quero realçar a infra-estrutura oferecida pela paróquia: casa paroquial nova e bem mobilia-da; escritório paroquial com novas instalações e bem equipado; Igreja Matriz bem apresentável; resta-me parabenizar o pároco: Padre Luiz Antonio Belini e os membros do CEP (...). Também não poderia deixar de parabenizar as secretárias paroquiais pelo excelente trabalho desenvolvido à frente da secreta-ria: Viviane Kumaki e Áurea Candido Sobral.

Quinta do Sol, 27 de julho de 2005Dom Mauro Aparecido dos Santos

Bispo Diocesano”

o ano de 2006, obedecendo as orientações das Assembléias, pa-roquial e diocesana, centrou-se nas Escolas da Fé, realizadas mensalmente com um bom número de agentes de pastoral. Isso despertou para outros temas, mais propriamente teológicos e que necessitavam serem trabalhos de forma mais sistemática. Respondendo a este anseio, iniciamos em 14/08, uma Escola Paroquial de Teologia. o objetivo é estudar os tratados

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da Criação, Antropologia, Graça e escatologia. Será uma noite por sema-na, das 19.30 às 22.20 horas.

A comunidade do assentamento Marajó passou a ser atendida pelo padre Ivan Luiz Walter, vigário paroquial de engenheiro Beltrão, com a permissão do pároco de Beltrão e do bispo diocesano. Já a comunidade do assentamento Roncador está começando a construção de sua capela.

Neste ano ganhamos uma tora, árvore que estava a tempos caída (do senhor Arlindo Rodrigues), com a autorização dos órgãos compe-tentes, foi feito para nossa Igreja um novo altar, âmbão para as leituras, estante para o comentarista e apoios para as cestinhas de coleta e para as imagens dos santos. Tudo foi confeccionado em Quinta do Sol mesmo, sendo o senhor José Teodoro o coordenador do trabalho. o altar foi con-sagrado pelo nosso bispo diocesano em 10/06.

um acontecimento que marcou a vida de nossa comunidade foi a crisma celebrada na capela São Sebastião, em Irapuã, ela sempre foi ce-

Novo altar

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lebrada somente na matriz. Ali, dom Mauro crismou 15 catequizandos. Após a missa houve um almoço para toda a comunidade.

embora não tenhamos multiplicado os nossos Grupos de Reflexão por dez, como era o pedido do bispo, os que temos estão animados. No dia 28/06 fizeram uma confraternização junina no Salão Paroquial, sob a responsabilidade da coordenadora, Conceição Matias e do José Teodoro Celestino.

A pastoral da juventude organizou o dia do Amigo para o decana-to. Foi no Clube Sol Nascente e aconteceram atividades de vários tipos: a abertura com a missa, depois palestra e à tarde, atividades recreativas.

Novamente a Assembléia Decanal aconteceu em nossa paróquia, em 14/10, com a presença de dom Mauro e da Irmã elga. Foi um mo-mento de rever a caminhada e planejar o futuro.

Após muitos anos sem o Santíssimo Sacramento, a capela São José operário, do Bairro Três Vendas, agora reformada e com toda a seguran-ça, voltou a tê-lo. o sacrário é o que foi tirado da igreja matriz, tendo

dom Mauro consagrando o altar da Matriz em 06/01/2007

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passado por uma reforma. Também o altar em uso nesta capela é o que estava na matriz.

em 2007 fizemos duas Assembléias Paroquiais: uma de planejamen-to, em 04/02, onde estudamos os estatutos diocesanos, principalmente os relacionados à vida cotidiana da paróquia: batismo, catequese, preparação para o matrimônio. e de avaliação, em 16/09. este ano as Escolas da Fé se concentraram no estudo do Credo. A avaliação foi muito positiva.

Bolo de aniversário da Paróquia

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No dia 06/01, nossa paróquia comemorou seus 40 anos. em missa presidida por dom Mauro e com a presença do padre Pedro Speri, foi feita a sagração do novo altar. Após a celebração houve uma grande con-fraternização no Salão Paroquial, com um bolo de 100 kg. Nesta opor-tunidade começamos a fazer um resgate histórico da paróquia e, entre as atividades, um painel com as fotos mais antigas.

Há algum tempo nós estávamos preparando um encontro matri-monial para nossos casais. ele aconteceu entre 26 e 28/01, na casa de en-contros Rainha da Paz, em Maringá, envolvendo 20 casais e o pároco. Foi nos moldes do movimento Diálogo, que desde então passou a existir em nossa paróquia, sempre com a assessoria dos casais responsáveis de Flores-ta, ficando como coordenadores na paróquia o casal Carlos Alberto Melo e sua esposa Rizélia, assessorados primeiramente pelo casal Maria Socorro e Hélio Aldivino e depois pelo casal Maria Nedina e Natanael Ferri.

Painel com fotos para o Resgate Histórico

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Tendo feito o processo exigido pelo estatuto diocesano dos CePs, foi eleita a nova comissão econômica paroquial, tomando posse em 02/03. o presidente é o senhor Natalino Ferri80.

Na Semana Santa deste ano os jovens prepararam uma belíssima apresentação da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Foi após as funções litúr-gicas da sexta-feira santa, na frente da Igreja. Promoveram também uma maratona bíblica, realizada no Salão Paroquial, em 12/10. No Salão Pa-roquial aconteceu, como nos outros anos, em 21/07, a festa junina, mas

80 O CEP ficou assim constituído: presidente: Natalino Ferri; vice: José Teodoro Ce-lestino; tesoureiro: Fábio Tomeix; vice: João Cláudio Romero; secretária: Lucimara Cacilha Teodoro; vice: Dinazalda Lazaretti; conselheiros: Bruno Paz Werneck, João Carlos Benatti de Freitas Mendonça, Valdemar Florêncio, Hélio Aldivino, Cenildo Florêncio, Celso Malagutti, Antonio Zangalli, João Mateus, Edmilson Vieira dos Santos, Sérgio Leal e suas respectivas esposas.

encenação da Paixão de Cristo 2007

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este ano, não apenas dos grupos de reflexão e sim de todas as pastorais, com quadrilhas e danças.

em 20/08, com uma confraternização, encerramos nossa escola Paroquial de Teologia. Havíamos começado com 35 leigos e terminamos em 9. A avaliação final foi muito boa. em outubro instalamos um data-show na igreja e aposentamos o retro-projetor.

o ano de 2008 foi marcado pelas reformas na igreja matriz. As últimas festas já foram pensando nessas reformas. Também fizemos cam-panhas de cereal e de material de construção. Na reunião do CPP de junho demos os últimos andamentos à reforma81. em 21/06 passamos a celebrar no Salão Paroquial e liberamos a igreja para as reformas. Foi construído uma nova sacristia, banheiro e um almoxarifado; a antiga sacristia tornou-se a Capela do Santíssimo e confessionário; o sacrário, confeccionado por nós, tem dupla face, tanto para a Igreja quanto para a Capela do Santíssimo. Foram trocadas as janelas e as portas, que agora são de vidro. o piso antigo foi trocado por granito, em duas cores: ama-relo no presbitério e ocre no restante da Igreja. o forro foi envernizado. A Igreja foi ornamentada com pinturas que a deixou mais aconchegante. o pintor foi um ex-seminarista: Antonio Batista de Souza Junior. No dia 19/11 instalamos um novo som. o velho, que havia sido instalado no Salão Paroquial para as missas, irá ficar lá. dentro do previsto, no dia 26/11, um mutirão lavou a Igreja e já no dia 29/11 passamos a utilizá-la. A inauguração aconteceu com nossa festa, dias 6 e 7/12. Toda essa refor-ma somente foi possível pelas doações em dinheiro, materiais e trabalho. Tudo o que foi possível, se fez em mutirão e muitos foram os paroquianos que trabalharam voluntariamente. Também pelo esforço incansável do presidente do CeP, Natalino Ferri e de sua equipe. ouso afirmar que não há outra Igreja tão bela em toda nossa região.

A vida pastoral correu normalmente durante o ano, com seus even-tos costumeiros. Quero lembrar, no entanto, alguns momentos significa-

81 O projeto arquitetônico dessa ampliação e reforma foi-nos gentilmente cedido pelo arquiteto Solano da Ros.

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tivos: no dia 13/09, o padre Aédio odilon Pego celebrou os seus 10 anos de sacerdócio com uma missa em Ação de Graças. Também esteve presen-te na celebração o padre Valdecir Liss, de engenheiro Beltrão. em 21/09, o encontro matrimonial Diálogo promoveu um encontro de namorados

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que aconteceu no Colégio Ana Cláudia, contando com a assessoria de José Lopes e Arialda, casal atuante no movimento em Cambé. Foi anun-ciado, em 24/12, nosso novo bispo diocesano: o padre Francisco Javier delvalle Paredes. Para os quintassolenses um motivo a mais de alegria, já que o padre Francisco Javier trabalhou nesta comunidade e, portanto, já é bem conhecido e querido.

o ano de 2009 foi marcado pelo jubileu de ouro de nossa dioce-se. Aconteceram muitas reuniões de planejamento e formação em vista das celebrações do jubileu, em particular, das missões populares. Logo no início do ano ficou constituída uma comissão para organizar as missões em nossa paróquia, assim composta: José Teodoro Celestino, edith Ieger, Lucimara Cacilha Teodoro e Valdir Romero Junior. Administrativamen-te, terminamos os detalhes em torno da reforma da igreja, principalmente os móveis da sacristia. o ano de 2009 será um ano para reequilibrar as finanças paroquiais. Felizmente, logo concluímos o pagamento de todas as reformas da igreja.

em torno da pastoral, quero ressaltar a visita do recém ordenado padre José Carlos Kraus, que passou um final de semana conosco, 21 e 22/02, celebrando e assessorando a preparação da Campanha da Frater-nidade 2009.

No dia 25/02, com um decreto diocesano, a comunidade do As-sentamento Marajó passou definitivamente a fazer parte da paróquia de engenheiro Beltrão, que há algum tempo vinha atendendo com as celebrações eucarísticas. em 27/02, na Catedral São José, aconteceu a sagração episcopal de nosso novo bispo, dom Francisco Javier delvalle Paredes, tinha muitas pessoas de nossa paróquia presentes. Também na Catedral aconteceu, em 22/03, a celebração de abertura do ano jubilar. o senhor Natalino Ferri, presidente do CeP, representou a paróquia. Como parte do ano jubilar, a imagem de São José fez uma peregrinação pelas paróquias, na nossa esteve em 28/04, com uma missa concelebrada pelos padres João donizete Pitondo e José Coelho.

Na reunião do Conselho Paroquial de Pastoral de maio, o Conselho Econômico Paroquial foi reeleito para mais dois anos, com pequenas al-

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terações, continuando sob a presidência do senhor Natalino Ferri82. o seminarista Alfredo Rafael esteve por duas vezes trabalhando em nossa comunidade: pregando retiro para os crismandos, em 02 e 03/05; e pre-gando retiro para os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística em 17/07. Retiro que aconteceu na Capela São José operário. A crisma aconteceu em 17/05 (para 48 jovens). Foi a primeira celebração de dom Francisco Javier em nossa comunidade após sua sagração episcopal.

o Cenáculo de Maria fez também ali, na capela São José operário, uma bela confraternização “junina”, em 18/07. Contou com a participa-ção de muitas pessoas de nossa paróquia e de outras, onde o movimento está presente.

82 O conselho passa a ficar assim constituído: presidente: Natalino Ferri; vice: José Teodoro Celestino; tesoureira: Lucimara Cacilha Teodoro; vice: João Cláudio Ro-mero; secretária: Renata Arruda; vice: Dinazalda Lazaretti; conselheiros: Bruno Paz Werneck, João Carlos de Freitas Mendonça, Valdemar Florêncio, Hélio Aldivino, Cenildo Florêncio, Celso Malagutti, Antonio Zangalli, João Mateus, Edmilson Viei-ra dos Santos, Sérgio Leal e suas respectivas esposas.

Crisma com dom Francisco Javier

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Como parte da formação para os missionários, o padre Roberto Carlos Reis, coordenador diocesano da ação evangelizadora, esteve pre-parando nossos missionários em 14/06. e no dia 21 deste mês, no Semi-nário diocesano São José, houve a missa dos 50 anos da diocese com o envio dos missionários. em nossa paróquia, a celebração eucarística que marcou a abertura das primeiras visitas missionárias foi em 04/07, e o encerramento, com celebração de Ação de Graças, em 11/07. em reunião de avaliação, dia 25/07, pudemos constatar que essas visitas missionárias foram muito além das expectativas, abrangendo quase a totalidade da população católica do município. As experiências relatadas pelos missio-nários foram muito positivas. Reiniciamos a preparação para as segundas visitas missionárias, que aconteceram entre 03 e 10/10, seguindo os mes-mos esquemas. embora já não tenham tido o mesmo vigor das primeiras.

No dia 02/08, a Rota da Fé: Romaria Passando por Lugares Sagrados incluiu nossa Paróquia em seu roteiro. Participaram da missa da manhã e almoçaram no salão paroquial, já que estava chovendo.

Rota da Fé 02/08/2009

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Visando possibilitar uma preparação mais aprofundada de nossos agentes e missionários, retomamos nossa escola Paroquial de Teologia em 21/09, às segundas-feiras, das 20.00 às 22.15 horas, na Sala Azul. o primeiro tema trabalhado: Como nossa Igreja interpreta a Bíblia.

Rota da Fé 02/08/2009

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No início de 2010, nossa paróquia ganhou um vigário paroquial. Trata-se do diácono Roberto César de oliveira. ele residirá em enge-nheiro Beltrão, mas atuará em nossa comunidade, dedicando um dia na semana à visita aos doentes e famílias e celebrará nas comunidades rurais.

Padre Roberto com os MeCes

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COORDENADORES DAS PASTORAIS E MOVIMENTOS

(Apresentados em sua sucessão ao longo dos últimos 14 anos)

APoSToLAdo dA oRAÇão: Tereza Sturion; Rosalina Hen-rique; dinazalda Lazaretti; Hilda Vieira; Rozalina Henrique; dinazalda Lazaretti.

CÂNTICoS: Yolanda Rodrigues; Margarida Vieira; Cristina Guerra; Margarida Vieira.

CATeQueSe: Carlos de Freitas Mendonça; Laudelina Malagutti Leal; eliana Maria de Almeida.

CeNÁCuLo de MARIA: Francisco de Assis Ferreira; Lucimara damaceno Cacilha Teodoro; Francisco de Assis Ferreira; Renata Arruda.

CuRSILHo: odair Bondaruk; Agnaldo Alves da Silva; Gorm eu-gênio Berg Van Linde; Agnaldo Alves da Silva; João Carlos Benatti de Freitas Mendonça.

dÍZIMo: Bruno Werneck; João Ferri; edimar dias Tunes.

GRuPoS de ReFLeXão: Arlindo Rodrigues; Maria da Concei-ção Matias; José Teodoro Celestino.

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INFÂNCIA MISSIoNÁRIA: Viviane Kumaki; Juliana Teodoro; Jaqueline Vieira; Leila Menechini;

LITuRGIA: edselma de deus/ edith Yeger; Lucia Mendonça Werneck.

Mãe RAINHA: Yolanda Rodrigues.

MINISTRoS eXTRAoRdINÁRIoS dA CoMuNHão eu-CARÍSTICA: Carlos de Freitas Mendonça; Arlindo Rodrigues; osvaldo Mano domingues, Arlindo Rodrigues.

MoVIMeNTo de CASAIS dIÁLoGo: Rizélia e Carlos Alber-to de Melo; Maria Socorro e Hélio Aldivino; Rizélia e Carlos Alberto de Melo; Maria Nedina e Natanael Ferri.

PASToRAL dA ACoLHIdA: Maria Simoni Ferri; Celma de Lima Tomeix.

PASToRAL dA CRIANÇA: Sandra Mara Romero, vice: edith Yeger Cangussur; edith Yeger Cangussu, vice: Nilce Ferri.

PASToRAL dA JuVeNTude: Adilson Ferri; Maria Aparecida; Viviane Kumaki (vice: Maria Rodler); César Leal Rinque (vice: Fernando Fonseca de Melo); Fernando Fonseca de Melo (vice: José Antônio); eli-sângela Nakao (vice: Henrique Terra); Luciana Nobre dos Santos (vice: André Luiz da Silva); Jefferson Pereira da Silva (vice: dionanthan Nayte dos Santos).

PASToRAL dA SAÚde: Maria Felgueira; delza Vieira; Lúcia Kumaki; Leonice Batistela Tonelli.

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PASToRAL do BATISMo: Luiz Neves Junior; Carlos de Freitas Mendonça; Pastoral da Família.

PASToRAL FAMILIAR: Pedrina e Agnaldo Alves da Silva; Se-bastião Neves; Lourdes e osvaldo Mano domingues; Celma e Fábio To-meix; Maria Aparecida e Antonio Zangalli.

PASToRAL VoCACIoNAL: José Menechini; José Teodoro Ce-lestino.

ReNoVAÇão CARISMÁTICA CATóLICA: edimar dias Tu-nes; Marli dos Santos Costa; edimar dias Tunes; domitila de Lima; edi-mar dias Tunes.

SeCReTÁRIAS PARoQuIAIS: elisângela Campo Silva e Terezi-nha Mendonça Tunes; titular: Áurea Sobral Florêncio (desde setembro de 1998); auxiliares: Rosilene Moreira Ananias; Viviane Kumaki; damiana Sanches domingues; Pâmela Regina Targino; Andressa dias Tunes; Palo-ma oliveira Anunciato; Pricilla Rosa Mendonça (atual).

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(da direita para a esquerda, a partir da fila de baixo)Alexandra Monte de Oliveira - Coordenadora do Cenáculo de MariaCelma de Lima Tomeix – Pastoral da AcolhidaEliana Maria de Almeida – Coordenadora da CatequeseDinazalda Lazzaretti – Apostolado da oraçãoDilma Sobral Dias – Vila RuralJoão Cezar Dias – Vila RuralJoão Carlos Benatti de Mendonça – Coordenador do CursilhoAparecida Caetano Zangalli – Pastoral FamiliarRizélia Rabelo de Melo – Coordenadora do encontro MatrimonialMaria Lúcia Mendonça Werneck – Coordenadora da LiturgiaJeferson de Oliveira – Coordenador da Pastoral da JuventudeJosé Machado – Presidente da Capela Vila RuralMargarida Vieira Santos – Coordenadora dos CânticosLucimara Damaceno Cacilha Teodoro – Tesoureira

CPP da Paróquia de Quinta do Sol

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Natalino Aparecido Ferri – Presidente Edimar Dias Tunes – Coordenador da Renovação Carismática CatólicaEdith Cangussú Ieger – Pastoral da CriançaLuiz Antonio Belini – PárocoArlindo Rodrigues – Coordenador do M.e.C.eBento Zangalli – Presidente da Capela São José operário - Três VendasAntonio Zangalli – Pastoral FamiliarAtílio - Presidente da Capela Santo Antônio – Assentamento RoncadorRovilso Antonio – Presidente da Capela São Sebastião - IrapuãJosé Teodoro Celestino – Vice- Presidente e Coordenador dos GR (au-sente na foto).

As capelas que compõem atualmente a nossa comunidade paroquial:

Capela Santo Antonio - Assentamento Roncador

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Capela São Sebastião - Bairro Irapuã

Capela São José operário - Bairro Três Vendas

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CONCLUINDO

escrever a história da paróquia foi uma aventura fascinante. Após tantos anos em Quinta do Sol, foi possível descobrir pessoas e fatos até então ignorados, repensar outros já conhecidos, mas agora reinterpretados dentro de seu contexto próprio. Infeliz-

mente, muitas pessoas ou eventos não foram mencionados. e, por outro lado, talvez pessoas e eventos que nele foram relatados, não devessem ter tido o destaque que tiveram. É o ônus que todo historiador deve pagar ao levar a termo seu trabalho.

Louvo a deus por todos que construíram, com suas vidas, essa his-tória maravilhosa, de fé e dedicação ao evangelho de Jesus. ele sim sabe o contributo de cada um e, como promete em seu evangelho, retribuirá amorosamente. desejo que este livro sirva, ainda mais, de motivação para nosso trabalho missionário, nos espelhando em tantos filhos e filhas de deus que vivenciaram essa história.

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