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Linha do tempo: Primeiro Testamento
Jesus
Patriarcas (ABRAÃO /
ISAAC / JACÓ)
1850
1250
Êxodo
1030-931
Reis (SAUL / DAVI / SALOMÃO
Profetas (NATÃ / GAD / AÍAS)
587-538
Exílio da Babilônia (ISAIAS II / EZEQUIEL
AGEU)
333-63
Período Grego
Ptolomeus/Lágidas
(MACABEUS)
63
Período
Romano
538-333
Período Persa (ISAIAS III / NEEMIAS
ESDRAS)
Origem do
Universo:
12 a 20
bilhões de
anos atrás
931-587
Reino de Judá
Babilônia (ISAÍAS I / MIQUÉIAS
JEREMIAS)
Reino de Israel
Assíria (ELIAS / ELISEU
AMÓS / OSÉIAS)
931-722
Juízes
1200-1030
PENTATEUCO – Penta (Cinco) / Teuchos (estojo
de papiro ou pergaminho)
um único livro dividido em cinco partes
Tradução hebraica: “No princípio” / “Nomes”
/ “Chamou” / “No deserto” / “Palavras”
Tradução Grega: Gênesis / Êxodo / Levítico /
Números / Deuteronômio
Moisés como autor
1. Aparece no início do Êxodo e a partir daí é quase a história
de sua vida
2. Êxodo, Levítico e Números – falam dele em terceira pessoa,
como se fosse o ator principal
3. O Deuteronômio apresenta-o como autor, colocando uma
série de discursos em sua boca
4. Depois do Exílio começa-se a mencionar a autoria de Moisés
(Esdras, Neemias, Crônicas)
5. O S.T também atribui a Moisés a autoria (Mt 19, 7ss; Mc
12, 26; Jo 5, 46) 6. Escritos judaicos extra bíblicos (vida de Moisés, de Fílon de Alexandria
45 d. C. / Antiguidades judaicas, de Flavio Josefo 95 d. C
Moisés não é o autor do Pentateuco
1.Exemplos de repetições
• dois relatos da criação (Gn 1, 1-2, 4 a e Gn 2, 4b-25) • Dois raptos de Sara (Gn 12, 10-20 e 20, 1-18) • Duas expulsões de Agar (Gn 16, 4-16 e 21, 9-21) • O Maná e as codornizes (Ex 16, 2-36 e Nm 11, 4-34) • A água que sai da rocha (Ex 17, 1-7 e Nm 20, 1-13
2. Exemplos de Contradição
• em Gn 6, 19 um casal apenas, e em Gn 7, 2 sete casais
3. Exemplo de diversidade de Vocabulário
• Deus é chamado de Elohim e de yahweh • Ex 19, 11.18 fala do Sinai e em Ex 3, 1; 17, 6 do Horeb • O sogro de Moisés se chama Jetro em Ex 3, 1; 4, 18, porém, em Ex 2, 18 e Nm 10, 29 seu nome é Raguel
Também é impossível Moisés escrever sua própria morte (Dt 34)
JAVISTA foi escrito no séc. IX ou X d.C no
Reino de Judá
ELOISTA escrito no séc. VIII a. C. no Reino de
Israel
DEUTERONOMISTA foi composto séc. VII
no Reino de Israel
SACERDOTAL foi composto durante o exílio
séc. VI a.C.
São documentos independentes e não foram
unidos de uma só vez 1. A primeira uniu Javista e Eloísta – no reino de
Judá após a destruição de Israel em 722 a.C 2. A segunda redação aconteceu depois da reforma
de Josias em 622 a.C. que acrescenta o deuteronomista
3. E a terceira durante o exílio (589-539) elaborada pelos sacerdotes - sacerdotal
O Pentateuco não é obra de uma só pessoa, mas de muitas que durante séculos foram escrevendo a
história da Salvação
o JAVISTA
1. Está presente em Gênesis, Êxodo e Números
2. Começa em Gn 2, 4b e se estende até Nm 32
3. Uso do nome JAVÉ
4. Descreve Deus com forma e sentimentos
humanos: Deus anda com Adão, se irrita, se
arrepende...
5. Gosta de Narrar a vida dos patriarcas
(nascimentos, casamentos, costumes)
o ELOÍSTA 1. Se encontra no Livro do Gn, Ex e Números
2. O primeiro texto Eloísta é Gn 15 e o último é a perícope de
Balaão, em Nm 22
3. Deus é chamado Elohim
4. Evita antropomorfismos – Deus se serve de sonhos ou de
mensageiros
5. Interessa-se pelas tribos de Manassés e Efraim
6. Dá grande importância as Leis (Ex 20, 1-7 decálogo e Ex
20, 22-23, 33 código da aliança)
7. Está centrada na aliança de Deus com Abraão (Gn 15) e
com Moisés (Ex 19-24)
8. Maior pecado é a idolatria (aliança)
o DEUTERONOMISTA
1. Presente apenas no deuteronômio
2. Centralização do culto em Jerusalém e combate
aos santuários locais
3. O ponto central da teologia é a eleição divina:
Deus escolheu Israel como seu povo – gesto
gratuito – e Israel deve responder concretamente,
sobretudo na fuga a idolatria
o SACERDOTAL 1. Começa em Gn 1, 1 e se estende até Dt 34 – é quem une os outros
documentos
2. Sua imagem de Deus é bastante transcendente – nada de
sentimentos humanos –
3. Deus nunca entra em contato direto com o homem
4. Mostra sua glória nas teofanias
5. Gosta de listas, genealogias, datas
6. Valoriza o sábado e a circuncisão
7. Descreve os ritos mosaicos da Páscoa, dos sacrifícios
8. Seu ponto central é a aliança do Sinai com todas a leis que faz de
Israel uma comunidade santa
9. Valoriza também, a promessa divina a Abraão da posse da terra
(Gn 1, 1-2, 4a) e (Gn 2, 4b-25)
2. Reflexões de Gênesis 1-11
2.1. Relatos da Criação
A Serpente (1. 4b-5)
A Mulher (2-3.6-7)
O Homem(10.12.20)
Deus (8-9.11.13-19.21-24)
2. Reflexões de Gênesis 1-11 2.3. ...vocês morrerão... (Gn 3)
Conflito entre Sedentários e Nômades (agricultores X pastores)
2. Reflexões de Gênesis 1-11 2.4. Caim X Abel (Gn 4, 1-16)
E Caim gerou (17-18)
Lamec (23-24)
Deus continua na história ... (25-26)
2. Reflexões de Gênesis 1-11 2.5. O Progresso da Violência (Gn 4, 17-26)
De Adão a Noé (5) / idade dos patriarcas
Descendência de Noé – Sem, Cam e Jafé (10)
Descendência de Sem até Abrão (11, 10-32)
2. Reflexões de Gênesis 1-11 2.6. Genealogias (Gn 5. 10. 11, 10-32)
O auge da Corrupção (6, 1-7) Noé: amigo de Deus (6, 8) A arca (6, 9-16) O Dilúvio purifica (6, 17) Os que serão salvos (6, 18-21 –primeira
versão / 7, 1-5 segunda versão Quarenta dias e quarenta noites (7, 12.17;
8, 6) A nova criação / aliança (8-9)
2. Reflexões de Gênesis 1-11 2.7. Relatos do Dilúvio (Gn 6-9)
Uma única língua e a dispersão
Deus desce e o homem quer subir
Babel e Pentecostes
2. Reflexões de Gênesis 1-11 2.8. A Torre de Babel (Gn 11, 1-9)
Saia de sua terra... (Gn 12, 1)
A promessa (Gn 12, 2) De Abrão à Abraão
(17, 4-6) Os filhos de Abraão
(15, 5; 16, 3; 21, 1) A prova de Abraão
(22)
3. Os Patriarcas 3.1. Abraão
Javé mantem sua promessa (Gn 26, 3-6)
O casamento de Isaac (Gn 24)
O Nascimento de Esaú e Jacó / Israel e Edom (25, 19-28)
3. Os Patriarcas 3.2. Isaac
JACÓ
LIA ZELFA BALA RAQUEL
RÚBEM
SIMEÃO
LEVI
JUDÁ
ISSACAR
ZABULON
DINA
DÁ
NEFTALI
GAD
ASER
JOSÉ
BENJAMIM
3. Os Patriarcas 3.3. Jacó ou Israel (Gn 32, 23)
José e seus irmãos
José anda na presença de Deus
Os sonhos de José
Israel vai para o Egito
3. Os Patriarcas 3.4. História de José (Gn 37-50)
Moisés conhece YHWH (Iahweh) Ex 3, 1-6
4. Moisés 4.1. Javé ou Jeová (Ex 3, 14)
Eu vi a miséria do meu povo ... desci para libertá-los (Ex 3, 7-9)
Moisés aceita o chamado de Deus (Ex 3, 10)
Iahweh X Faraó (as pragas)
4. Moisés 4.2. A libertação (Êxodo)
Primeiro ritual / cordeiro (Ex 12, 1-14)
Segundo ritual / pães sem Fermento(Ex 12, 15-20)
4. Moisés 4.3. Páscoa
Sempre a mesma coisa... (Jz 3, 7-11)
5. Juízes 5.2. De Otoniel a Samuel
1. Desobediência 2. Javé fica irado 3. Israel se arrepende 4. Deus suscita um Juiz 5. Juiz Morre 6. Desobediência
6.2. Reino Dividido
6. O Reino unido
Israel (reino do Norte)
Judá (Reino do Sul
Deixa de Existir em 722
Exílio em 586
Muitos Exílios
Muitos Lamentos
Os remanescentes
Dar novas respostas a situação
8. O Exílio da Babilônia
O Edito de Ciro (2 Cr 36; Esd 1)
Esdras (Esd 7, 6) e a reforma religiosa (10, 1-15)
Neemias (Ne.1,1) e a reforma política (Ne 1, 2-4; 3, 14-17)
9. A Volta do Exílio
9.1. Esdras e Neemias
PROFETISMO • Para o Povo da Bíblia existem três tipos
de profetas:
1. Profetas do templo e da
corte (Natã e Gad)
2. profetas críticos - distantes da
corte e do templo (Elias e Eliseu)
3. profetas radicais - que visam ao
fim do rei e do Estado (Amós,
Isaías, Jeremias, etc..)
MENSAGEIRO
DE DEUS
Profeta é o homem
que vê para onde a
história vai.
PROFETISMO • Os Antigos Profetas (não escritores)
Moisés – Mediador da Aliança (Dt 5.23-28; Ex 20.19-21)
Samuel - o segundo maior profeta (At 3.24; Sl 99.6; Jr
15.1)
Elias – problema da Idolatria (Elias pregava que Javé, e
não baal, era o dono da chuva e da fertilidade)
Eliseu - se empenhou a destruir a dinastia omrita e o
culto a Baal
Gad - relaciona-se com o culto ( 2 Sm 24.18); aconselha
o rei ( 1 Sm 22.5) e condena o mesmo (2 Sm 24.11-12).
Natã - Proclama a eternidade do reinado de Davi (2 Sm
7); e condena o pecado do rei ( 2 Sm 12.1-15).
Aías - Seus discursos condenam a realeza salomônica.
(1Rs 11.29-40)
PROFETISMO • Os Profetas Clássicos (Escritores)
1) Os profetas do 8º século (760 . 700 a.C.):
Amós; Oséias; Isaías; Miquéias; Jonas.
2) Os profetas dos 7º e 6º séculos (640 . 587
a.C.): Sofonias; Naum; Jeremias; Habacuc;
Ezequiel.
3) Os profetas do 6º e 5º séculos (539 . 443 a.C.):
Ageu; Zacarias; Abdias; Daniel; Joel; Malaquias.
PROFETISMO • Os Profetas Clássicos (Escritores)
PROFETAS MAIORES
Isaias
Jeremias
Ezequiel
Daniel
PROFETAS MENORES
Amós
Oséias
Miquéias
Abdias
Jonas
Baruc
Lamentações
Malaquias
Joel
Ageu
Zacarias
Naum
Habacuc
Sofonias
A Palavra ganha destaque
A inexistência de Templo no Exílio
A necessidade dos da Diáspora cultuar a Deus
9. A Volta do Exílio
9.3. As Sinagogas
10. Os Macabeus
10.1. Influência Grega
ALEXANDRE O
GRANDE
FILETAIROS ANTIGÔNIDAS PTOLOMEUS
SELEUCIDAS
Israel dominado (1 Mc 1)
A luta armada (1 Mc 2, 27-28)
A aliança com Roma (1 Mc 12, 1-23)
Expansão ao Território vizinho
10. Os Macabeus
10.2. Os Irmãos Macabeus
Saduceus Aristocracia Sacerdotal – ligado ao templo
Opositores dos Fariseus – interpretacao de leis, doutrina
e culto
A Torah ao pe da letra
Sem ressurreicao dos mortos, nem anjos, nem
imortalidade da alma
Arrogantes com as classes populares
Fariseus Lei entregue a Moises no Sinai– profetas – aos escribas
e sabios
Estudo e interpretacao da lei em favor da educacao
religiosa do povo
A Sinagoga e as leis de Moises – principais respons’aveis
acreditam na ressurreicao dos mortos, em anjos, em
imortalidade da alma
Essenios Manuscritos de Qunran em 1947
Flavio Josefo (texto pag. 165)
Surgimento: as perseguicoes na ‘epoca macabaica
moram no deserto – vida rigida de abstinencias –
cumprimentos de regras comunitarias severas – regras de
pureza e muita oracao
preparam para a vinda final do enviado de Deus – Deus
vai separar os Filhos de Deus e os Filhos das trevas
Zelotes ou Sicarios
Judeus que combatiam as forcas da
ocupacao romana na palestina
O Reino de Deus deveria ser provocado
pela luta armada e nao esperado
pacificamente
provinham em sua maioria da Galileia
Morte e Ressurreição
de Jesus
Fatos da vida, feitos e
ditos de Jesus
Narrações das aparições do
ressuscitado e da infância de Jesus
A ordem vivida – Narrada nos Evangelhos
A ordem escrita nos Evangelhos
Narrações da infância
de Jesus
Fatos da vida, feitos e
ditos de Jesus
Narrativas da morte, ressurreição,
aparições e envio do Espírito Santo
4\8-30 d.C
Redação do Evangelhos
70-100
Pregação do Evangelho nas comunidades
30
27 8-4 a.C 0
Nascimento Batismo
51-61 70 80-90 100
Paulo Mc Mt\Lc João
Redação dos Evangelhos
Momento histórico dos Evangelhos
Datas prováveis da redação dos livros do Segundo Testamento
Ano 51 57-58 54-57 Antes de 67
80-90 90-100 95-105
Livros 1Ts
____
52-60
2Ts ?
1Cor
2Cor ?
Ef ?
Fl ?
Cl ?
Rm
Gl
At ?
Fl ?
Fm
Hb
1Pd
------ Mc ?
Depois de 70
At ?
Mt
Lc
Jo
Tg ?
1Pd ?
Ap
1Tm 2Tm Tt
2Pd
1Jo 2Jo 3Jo
Jd
EVANGELHO “EUANGELION”
“eu” = indica algo bom Eucaristia = ação de graças
Eutanásia = boa morte “angelion” = o que é próprio do “ângelos”
(mensageiro) – a noticia. “Euangélion” = Boa noticia
Por isso falamos de:
Evangelho segundo (escrito por) Marcos, Mateus, Lucas, João.
Na liturgia:
“Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo escrito por...”
Ordem canônica: Mt. Mc. Lc. Jo.
Ordem cronológica: Mc. Mt. Lc. Jo.
Mateus ocupou o primeiro lugar por ser mais usado na liturgia e catequese.
Lucas e Atos dos Apóstolos formavam um único livro.
SINÓTICO syn + ótikos
Visão de conjunto
J.J. Griesbach publicou em 1776 a
primeira Sinópse:
Os evangelhos de Mt, Mc, Lc em três
colunas paralelas.
Semelhanças • Marcos – 661 versículos.
61 vv exclusivos
• Mateus – 1068 versículos
238 vv. exclusivos
600 = Marcos
230 = Lucas
• Lucas – 1149 versículos
330 = Marcos
230 = Mateus
589 vv exclusivos
Os Sinóticos mesma ordem de
conteúdo: 4 partes 1. Preparação para o ministério público
Mt 3,1-4,11 Mc 1,1-13 Lc 3,1-4,13
2. Ministério de Jesus na Galiléia.
Mt 4,12-18,35 Mc 1,14-9,50 Lc 4,14-9,50
3. Viagem de Jesus para Jerusalém
Mt 19,1-20,34 Mc 10,1-52 Lc 9,51-18,43
4. Paixão, morte e ressurreição
Mt 21,1-28-20 Mc 11,1-16,20 Lc 19,1-24,54
Diferenças
As maiores são entre Mateus e Lucas.
Por exemplo:
genealogia: Mt 1,1-17; Lc 3,23-38
nascimento: Mt 1-2; Lc 1- 2
tentações: Mt 4,1-11; Lc 4,1-13
bem-aventuranças: Mt 5,1-12; Lc 6,20-23
Entre Marcos e Mateus ou Lucas.
Por exemplo:
Mc e Lc – um possesso em Gerasa:
Mc 5,1-29; Lc 8,26-39
- um cego em Jericó:
Mc 10,46-52; Lc 18,35-43
Mt – dois possessos: 8,28-34
dois cegos: 20,29-34.
Alguns episódios são colocados em
lugares diferentes.
Por exemplo:
a expulsão de Jesus de Nazaré:
Mc e Mt colocam no final do ministério
na Galiléia (Mc 6,1-6; Mt 13,53-58);
Lc coloca no início: (Lc 4,15-30).
Solução
Marcos é o mais antigo.
Mateus e Lucas se serviram de Marcos.
Mateus não conheceu o texto de Lucas,
nem Lucas conheceu o texto de
Mateus.
Além de Mc, Mt e Lc utilizaram outra
fonte escrita chamada
“Fonte QUELLE”
Provavelmente feita de coleções de
ensinamentos de Jesus.
Tiveram ainda suas fontes próprias.
O EVANGELHO DE JOÃO
A ESTRUTURA DO QUARTO EVANGELHO
Prólogo: 1,1-18
Livro dos sinais: 1,19—12,50
Livro da glorificação ou exa1tação: 13,1—20,29
Epílogo (conclusão): 20,30—31
Adições canônicas: Jo 21,1—25 (um apêndice escrito por um
discípulo do autor).
J0 7,53-8,11.
• Autor
Encontramos quatro referências ao Discípulo Amado
no evangelho:
—— na última ceia (Jo 13,23-26);
— ao pé da cruz junto à mãe de Jesus (Jo 19,26-
27);
— no relato da ressurreição, avisado por Maria
Madalena, o Discípulo Amado corre junto com
Pedro ao sepulcro de Jesus: “Viu e creu” (Jo 20,2-
10);
— no mar da Galiléia reconhece o Senhor
Ressuscitado (Jo 21,7.20-24).
O redator menciona ainda duas vezes um discípulo
anônimo (Jo 1,35; 18,15).
O objetivo do evangelho está bem claro na sua primeira conclusão:
“Jesus fez, diante de seus discípulos, muitos outros sinais ainda, que não se acham
escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para crerdes que Jesus é o Cristo, o
Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida eterna em seu nome” (Jo 20,30-31).
O evangelho foi escrito para narrar alguns SINAIS realizados por
Jesus, que se tomaram significativos na história da comunidade, a
fim de levar a própria comunidade e os leitores a crer em Jesus
Cristo e, participar da VIDA em seu nome. Pretende assim a
integração entre FE e VIDA, a partir de SINAIS concretos.
É importante notar ainda que o anúncio da Boa Nova, narrada na
forma de evangelho, nasceu, dentro da comunidade joanina, como
memória de Jesus por obra do Espírito/Paráclito (cf. Jo 14,26). Foi
escrito como uma forma de resistência, sobretudo, em duas
situações decisivas para a vida da comunidade:
POR QUE FOI ESCRITO O
EVANGELHO?
O LIVRO DOS SINAIS
• 1) Bodas de Caná (Jo 2,1-11) = falta de vinho x vinho em
abundância = Nova Aliança
• 2) Cura do filho de um funcionário real (Jo 4,46-54) = doença x
saúde/vida
• 3) Cura de um enfermo na piscina de Betesda (Jo 5,1-18) =
paralisia x liberdade
• 4) Multiplicação dos pães (Jo 6,1-15) = fome x pão em
abundância
• 5) Jesus anda sobre o mar (Jo 6,16-21) = Medo, ausência x
coragem, encontro
• 6) Cura de um cego de nascença (Jo 9,1-41) = cegueira, trevas
x visão, luz
• 7) Ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-44) = morte x vida,
ressurreição
O NOME DE JESUS: EU
SOU Jesus se auto-apresenta, no evangelho de João, com o mesmo
nome de JHWH: “EU SOU” (cf. Ex 3,14). Como Javé, Jesus não
se deixa enquadrar em esquemas, imagens ou nomes fixistas.
Ele é o Deus conosco.
“Eu sou”, na forma absoluta, como em Ex 3,14, aparece em Jo
4,26; 6,20; 8,24.27.57; 13,19; 18,5.6.8”.
O “Eu Sou” com predicativo introduz sete discursos de Jesus:
1. Jo 6,35: “Eu sou o pão da vida” (cf. tb. 6,48.51)
2. Jo 8,12: “Eu sou a luz do mundo” (cf. tb. 9,5)
3. Jo 10,7: “Eu sou a porta das ovelhas” (cf. tb. 10,9)
4. Jo 10,11: “Eu sou o bom pastor” (cf. tb. 10,14)
5. Jo 11,25: “Eu sou a ressurreição e a vida”
6. Jo 14,6: “ Eu sou o Caminho, a verdade e a vida” ( cf. 14,6)
7. Jo 15,1: “Eu sou a videira verdadeira” (cf. tb. 15,15)
Para Nicodemos, Ele diz que é preciso nascer
de novo (3,3- 8). Para o novo germinar, é
preciso que, como o grão de trigo, ele morra
(18,24).
Jesus nos dá um
novo mandamento (13,34). Na cruz, Ele sela uma nova e definitiva Aliança com a humanidade.
A presença das mulheres
também é grande em
João. A Mãe de Jesus, é
quem lhe pede o
primeiro sinal, que vai
suscitar a fé dos
discípulos (2,3-11).
A samaritana é a primeira mulher a quem Jesus dirige a palavra e que Ele transforma em apóstola de seus compatriotas, que levam Jesus para passar dois dias com eles e crêem nele (4,1-42).
Junto à cruz de Jesus estavam Maria, Mãe de
Jesus, sua irmã, Maria de Cléofas, e Maria
Madalena (19,25). Foi à sua Mãe que Ele
entregou o discípulo amado e, nele, toda a
humanidade (19,27).
Maria Madalena foi, após a morte
de Jesus, procurá-lo no túmulo
(20,1), viu-o e dele recebeu a
missão de anunciar aos
discípulos que Ele ressuscitara
(20,11-18).
Quem foi PAULO? • Nasceu em Tarso, na Cílicia --Ásia Menor (At 9,11;
21,39; 22,3). Era filho de judeus, da tribo de Benjamin e como era o costume foi circuncidado ao oitavo dia. São Jerônimo informa que seus pais eram de Giscala, na Galiléia.
• Estudou em Jerusalém, na Judéia - Palestina (At 23,3; 26,4).
• Converteu-se no caminho para Damasco, na Síria (At 9,11-19). )
• Antioquia da Síria foi a comunidade em que estabeleceu sua base para as viagens missionários (At 11,25-26; 13,1-3)
• Em Roma, na Itália, concluiu sua missão e ali foi mártir (At 16,37; 22,25-29; 28,30-31).
• Visitou muitas cidades no trabalho missionário, como Corinto e Éfeso.
AS CARTAS PAULINAS
• As cartas brotam das necessidades das
comunidades. Não são reflexões
teóricas e, sim, conselhos, orientações,
reflexões ligadas à vida da comunidade
a quem a carta está endereçada. Então,
é necessário conhecer as motivações
que levaram Paulo a escrever tais
palavras, para aquela comunidade.
• Quando Paulo escreve, ele não está
sozinho, sentado num escritório
confortável. Está em viagem, talvez
numa hospedaria junto com seus
companheiros e suas companheiras de
equipe. Por isso, seu pensamento,
muitas vezes, é como torrente que
transborda e não um lento e calmo
correr de águas.
• Não escreve a uma pessoa, mas a uma comunidade. Então, devemos prestar atenção às situações que a comunidade vive e que Paulo orienta, à luz da Palavra do Senhor.
• Ele conhece muito bem o Primeiro Testamento, pois formou-se aos pés de Gamaliel, um grande rabino. Então, as cartas estão recheadas desse conhecimento das Escrituras, as quais reinterpreta à luz de Jesus Cristo. Paulo não conheceu Jesus pessoalmente, mas o conheceu numa experiência espiritual muito profunda.
• Fundamentalmente, as cartas são um
convite à abertura ao Espírito,
colocando-se a serviço da comunidade.
Elas exigem uma postura frente à
sociedade, tanto no tempo em que Paulo
escreveu, como nos dias de hoje.
O APOCALIPSE DE SÃO JOÃO
Pode-se dividir o livro em três partes:
1. Preâmbulo e cartas às sete
comunidades (Ap. 1,4-3,22).
2. Primeiro Cenário (Ap. 4,1-11,19).
3. Segundo Cenário (Ap. 12,1-22,5).
A moldura é a apresentação (Ap. 1,1-3)
e a conclusão (Ap. 22,6-21).
• Autor
O autor se apresenta: “Eu, João, vosso irmão e companheiro
na tribulação” (Ap 1.9). Ele não invoca nenhum título: nem
de apóstolo, nem de evangelista, nem de presbítero, nem
de profeta. E apenas “irmão e companheiro na tribulação”.
Sendo ele mesmo um perseguido, conhece o drama dos
companheiros e companheiras e, por isso, tem condições
de animá-los. O nome ‘João’’ aparece quatro vezes: três
vezes na introdução (Ap 1,1.4.9) e uma vez na conclusão
(Ap 22,8).
1. PREAMBULO E CARTAS: 1,4-3,22 1,4-20 Preâmbulo
1,4-8 Saudação às sete comunidades
1,9-20 Visão inaugural de Jesus
2,1-3,22 Cartas às sete comunidades
1. 2,1-7 a Éfeso
2. 2,8-11 a Esmirna
3. 2.12-17 a Pérgamo
4. 2.18-29 a Tiatira
5. 3,1-6 a Sardes
6. 3,7-1 3 a Filadélfia
7. 3.14-22 a Laodicéia
AS CARTAS ÀS SETE IGREJAS O esquema das cartas
1. “Ao anjo ... ” Todas as cartas são dirigidas “ao anjo da comunidade” ( segue o
nome da comunidade), provavelmente, o coordenador ou da coordenadora.
2. “Assim diz...” Todas elas se apresentam como palavra de Jesus: “Assim
diz...” ( segue um título de Jesus) 2, 1.8.12.18; 3,1.7.14).
3. “Conheço...” Em todas as cartas, Jesus começa dizendo: “Conheço...”
4. O positivo Descreve as Qualidades positivas da comunidade. Laodicéia
não tem nada de positivo, não é fria nem quente ( 3,15-1 6).
5. O negativo Descreve as qualidades negativas da comunidade. Esmirna e
Filadélfia não tem nada de negativo. Em Sardes, o negativo vem antes do
positivo ( 3,1).
6. “Quem tem Todas as comunidades têm o mesmo aviso final: “Que tem
ouvidos...” ouvidos ouça o que o Espírito diz às comunidades”.
7. “Ao vencedor” Todas terminam com uma promessa final “ao vencedor” (
2,7.11.17.26; 3,5.12.21)
O esquema das cartas
1. Destinatário.
2. Responsável pela carta.
3. Conhecimento a situação.
4. Aspectos positivos.
5. Aspectos negativos.
6. Alerta.
7. Uma promessa.
Os títulos tirados da visão inaugural
1. Aquele que segura as sete estreias e anda entre os sete
candelabros (Ap 1,13-16).
2. O primeiro e último, aquele que morreu e voltou a viver (Ap
1,17-18).
3. Aquele que tem a espada afiada de dois gumes (Ap 1,16).
4. Aquele que tem olhos de fogo e pés de bronze (Ap 1,14-15).
5. Aquele que tem os sete espíritos e as sete estrelas (Ap 1.16:
5,6).
6. Aquele que tem a chave de Davi para abrir e fechar (Ap 1,18).
7. O amém. A testemunha fiei e verdadeira. O princípio da
criação Ap 1,5).
As promessas
1. Comer da árvore da vida (cf. Ap 22,2-14).
2. A vitória sobre a segunda morte (cf. Ap 20,6; 21,8).
3. Nome novo que ninguém conhece (cf. Ap 19,12).
4. Cetro de ferro e estrela da manhã (cf. Ap 12,5; 22,16).
5. Veste branca e nome no livro da vida (cf. Ap 6.11; 20,15),
6. Ter o nome na Jerusalém celeste (cf. Ap 22,2ss.).
7. Lugar no trono do Pai (cf. Ap 20,4).
AS SETE BEM-AVENTURANÇAS DO APOCALIPSE
1ª - ‘‘Feliz o leitor e os ouvintes das palavras desta profecia se observarem o
que nela está escrito, pois o tempo está próximo!” (Ap. 1,3).
2ª - “Felizes os mortos, os que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o
Espírito, que descansem de suas fadigas, pois suas obras os acompanham’’
(Ap 14,13).
3ª - “Feliz aquele que vigia e conserva as suas vestes para não andar nu e
deixar que vejam a sua vergonha” (Ap. 16,15).
4ª - “Felizes aqueles que foram convidados para o banquete das núpcias do
Cordeiro” (Ap. 19.9).
5ª - “Feliz o santo, aquele que participa da primeira ressurreição’’ (Ap. 20,6).
6ª - “Feliz aquele que observa as palavras da profecia deste livro” (Ap. 22,7).
7ª - ‘‘Felizes os que lavam suas vestes para terem poder sobre a árvore da vida
e para entrarem na cidade pelas portas’’ (Ap. 22,14).