História Do Desenho

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Histria do DesenhoAntes associado a outras formas de criao artstica, como a pintura ou a arquitetura, o desenho ganhou importncia a partir da Renascena e aos poucos passou a ser valorizado como obra de arte autnoma.Desenho a arte de criar formas por meio de linhas ou traos sobre uma superfcie, geralmente papel. Distingue-se da pintura porque nesta se d a aplicao de tinta colorida sobre superfcies de outros tipos, quase sempre mais rgidas. O desenho baseia-se na linha, ou no cruzamento de linhas, para definir perfis, luzes e sombras. Suas tcnicas so diversas; em algumas, trabalha-se com extenses de manchas, mais do que com simples linhas. Em tais casos, porm, o desenho distingue-se da pintura em funo dos materiais empregados. Ao contrrio da gravura e da litografia, o desenho no passa por nenhum processo de reproduo mecnica, sendo apenas fruto da criao direta do artista.Embora a representao de tipo linear j existisse desde o paleoltico, no lcito falar de desenho propriamente dito antes da Idade Mdia e, sobretudo, da Renascena. Os desenhos medievais revelavam uma total subordinao pintura; eram formas convencionais utilizadas pelos pintores como repertrio de imagens, compiladas em livros para facilitar seu uso, como o famoso lbum do francs Villard de Honnecourt, do sculo XIII.Em fins do sculo XIV produziu-se uma mudana que impeliu o desenho observao direta da natureza. O italiano Cennino Cennini, da escola de Giotto, foi um dos primeiros que salientaram a importncia do desenho, no s como instrumento, mas tambm como fundamento e origem das artes. A partir de ento, o desenho foi considerado uma obra de arte e logo converteu-se em objeto de especulao terica para tratadistas como Leone Battista Alberti e Giorgio Vasari, arquitetos italianos.Na opinio desses autores e de seus discpulos, o desenho se entendido como a linha ou o contorno demonstrou ser uma arte nobre, visto que foi alvo de pesquisa em diferentes reas, permitiu o estudo da figura humana e deu origem a um estilo de pintura de grande inspirao, caracterizado pelo ideal classicista das formas. Em oposio a esse estilo romano e florentino, que favorecia a linha e a elaborao de desenhos, os artistas venezianos defenderam uma pintura menos linear e baseada na cor. Por outro lado, ainda que o desenho continuasse a ser empregado sobretudo como o primeiro passo para a pintura, artistas como o alemo Albrecht Drer utilizaram-no j de forma autnoma em alguns retratos.Nos sculos XVII e XVIII, o desenho alcanou absoluta independncia. Rembrandt quase no realizava desenhos preliminares, pois considerava estes um gnero especfico. No terreno prprio da pintura surgiram as polmicas entre desenhistas e coloristas, ou seja, entre os seguidores, por um lado, do francs Poussin e, por outro, do flamengo Rubens. Tal rivalidade tinha a ver com outros conceitos mais amplos, que s vieram a ser definidos no sculo XIX, como o classicismo e o romantismo, at que a arte contempornea rompeu com essas limitaes e levou tanto a pintura como o desenho a uma expresso mxima de liberdade formal e conceitual.Existem diversos graus de elaborao do desenho, que vo desde um leve esboo, realizado com ligeiros toques, que apenas insinuam as formas, at desenhos com grande rigor de detalhes. Alm disso, a diversidade de materiais define a tcnica. Assim, a ponta de metal, o lpis e o bico-de-pena variam em seu traado, que pode ser mais ou menos grosso, fluido ou denso, ao passo que a aguada de tinta e a aquarela produzem manchas lquidas e extensas. Por outro lado, o lpis Cont, o carvo, a sanguina (lpis feito de ocre vermelho) e o pastel do superfcies compactas e quentes, de ricos contrastes luminosos.