22

HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu
Page 2: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

1

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

Idade Antiga: Os mais importantes aspectos da Grécia

antiga: o antropocentrismo, o escravismo e a

democracia. Considerada como a mais expressiva

civilização da antiguidade e fonte da cultura ocidental,

devido ao seu rico legado artístico, sua Filosofia e

Política. As reformas de Clístenes institucionalizaram

a democracia em Atenas, após diferentes formas de

governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo

seu apogeu no governo de Péricles (século V a.C.). A

democracia ateniense era direta, enquanto a atual é

representativa.

Divisão histórica:

a. Período Pré-Homérico – formação e povoamento

b. Período Homérico – sistema gentílico

c. Período Arcaico – cidades-Estado (Atenas e Esparta)

d. Período Clássico – guerras, hegemonias e decadência

• Guerras Médicas ou Grego-Pérsicas

– gregos X persas – ofensiva grega – Liga militar de Delos (liderança

ateniense, com o fim das lutas Atenas transforma a Liga

em instrumento de poder)

• Guerra do Peloponeso

– oposição grega liderada por Esparta à hegemonia

ateniense

– Liga do Peloponeso X Atenas

– vitória de Esparta e início de sua hegemonia

• nova guerra interna, devido à oposição à hegemonia

espartana

– Tebas X Esparta • resultados das guerras internas e externas :

enfraquecimento das cidades-Estado; invasão

macedônica Religião politeísta, antropomórfica;

mitologia; Jogos Olímpicos .

Arte: exaltação do equilíbrio, harmonia e proporção

Teatro

Exercícios de Sala

1. Sobre a religião grega, é correto afirmar que:

1. Baseava-se em dogmas rigorosos e seus fieis

deveriam crer em verdades absolutas.

2. Cada cidade-Estado tinha sua divindade protetora.

04. Heróis como Perseu, Jasão, Édipo e Hércules eram

divinizados.

08. As orações dirigidas aos deuses imploravam

principalmente a salvação da alma dos homens.

16. As aventuras dos deuses e heróis são narradas em um

conjunto de mitos, o qual se denomina "Mitologia

Grega".

2. Sobre a civilização grega, afirma-se:

1. A Grécia se organizava politicamente em cidades-

Estado, sendo as mais influentes Esparta e Atenas.

2. Em 560 a.C., em Atenas, Psístrato tomou o poder

apoiado pelos pequenos proprietários, dando início

ao período das tiranias.

04. Em 509 a.C., em Atenas, Clístenes organizou um

governo baseado nos princípios da igualdade política

dos cidadãos e da participação de todos nas decisões

do governo.

08. Esparta e Atenas entraram em choque, devido às suas

rivalidades políticas, econômicas e sociais, numa

guerra que ficou conhecida como Guerra Médica,

cabendo a vitória a Atenas, que passou a dominar

toda a Grécia.

Exercícios Complementares

3. A navegação e o comércio marítimo foram

desenvolvidos pelos gregos. Dentre os vários fatores que os levaram a isso, podemos citar como causa inicial:

a) a pobreza do solo grego e a necessidade de novas

terras para suprir suas necessidades.

b) o desejo de difundir a cultura grega.

c) o fato de serem constantemente molestados por povos

bárbaros.

d) o seu amplo conhecimento geográfico e marítimo que

despertava em seu povo a busca do desconhecido.

e) o fato de os mercadores gregos precisarem de novos

mercados consumidores.

4. "A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a

palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e,

portanto, comum a todos, mas a palavra humana do

conflito, da discussão, da argumentação. O saber deixa

de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão." (M. Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins)

A partir do texto anterior, é correto afirmar que:

1. o advento da pólis e, portanto, da vida política,

estabelece uma possibilidade de ruptura com o

universo heróico-mítico de explicações das coisas

mundanas;

2. o nascimento da pólis (séc. VIII e VII a.C.) coloca na

ordem do dia as discussões sobre os destinos dos

homens por eles mesmos e não mais por desígnios de

caráter mítico;

04. a experiência política exigiu que as explicações

míticas fossem afastadas e que a causa/razão das

coisas mundanas tivesse preexistência;

08. a experiência política instaura, entre os gregos, o uso

da argumentação/razão como instrumento de solução

de conflitos;

16. o nascimento da pólis possibilita a recuperação do

saber mítico pela argumentação e reinstaura o

sagrado em detrimento da razão.

UNIDADE 1

GRÉCIA

Page 3: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

2

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

5. "Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para

agir que como um motivo de vanglória; entre nós não há

vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer

o possível para evitá-la... olhamos o homem alheio às

atividades públicas não como alguém que cuida apenas

de seus próprios interesses, mas como um inútil...

decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelo

menos nos esforçamos por compreendê-las claramente,

na crença de que não é o debate que é o empecilho à

ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate

antes de chegar a hora da ação".

Esta passagem de um discurso de Péricles, reproduzido

por Tucídides, expressa:

a) os valores ético-políticos que caracterizam a

democracia ateniense no período clássico.

b) os valores ético-militares que caracterizaram a vida

política espartana em toda a sua história.

c) a admiração pela frugalidade e pela pobreza que

caracterizou Atenas durante a fase democrática.

d) o desprezo que a aristocracia espartana devotou ao

luxo e à riqueza ao longo de toda a sua história.

e) os valores ético-políticos de todas as cidades gregas,

independentemente de sua forma de governo.

A FUNDAÇÃO

A versão lendária da fundação de Roma foi-nos legada

por Virgílio, na célebre Eneida. Segundo o autor, Roma

teria sido obra dos irmãos Rômulo e Remo, que a

criaram em 753 a.C. Mas há a versão histórica, segundo

a qual Roma teria sido fundada pelos latinos e sabinos

por volta de 1000 a.C., nas proximidades do rio Tibre.

A MONARQUIA

Seguindo os passos da tradição, Roma teve sete reis:

Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio,

Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo.

Na sociedade, havia uma divisão social composta da

seguinte maneira: Patrícios; Plebeus; Clientes e

Escravos.

Em 509 a.C., uma revolta patrícia, apoiada pelos

plebeus, depôs o rei etrusco de Roma (Tarquínio, o

Soberbo).

PATRÍCIOS X PLEBEUS: A população pobre da

cidade (os plebeus) não possuía quaisquer direitos

políticos, econômicos ou sociais. Durante as guerras de

conquistas, somente os patrícios eram privilegiados.

Os patrícios, interessados em conquistar o Lácio,

precisavam dos plebeus, propondo, assim, a criação de

um pretório que protegesse a plebe: o Tribunato da

Plebe. Lei das Doze Tábuas – em 450 a.C., que

constituiu um dos fundamentos do direito romano.

A REPÚBLICA: O Senado era o órgão com maior

poder, composto por 300 senadores vitalícios

A CRISE DA REPÚBLICA: Foi o período iniciado

com as lutas dos irmãos Graco contra o Estado romano

(Tibério, que propôs uma lei de Reforma Agrária, e

Caio, responsável por criar a lei frumentária, para

vender trigo a preço mais baixo ao povo), estendendo-

se até o conflito entre os cônsules Mário e Sila.

Primeiro Triunvirato – Dividiu o poder político de

Roma entre Pompeu, Crasso e Júlio César. Pompeu

ficou responsável pelos governos de Roma e do

Ocidente; Crasso, pelo Oriente; Júlio César, pelas Gálias.

Assassinato de Júlio César (em 44 a.C.).

Segundo Triunvirato – Foi formado por Otávio,

Marco Antônio e Lépido que, em seguida, dividiram o

mundo romano para melhor governá-lo: Otávio ficou

com Roma e o Ocidente; Marco Antônio recebeu o

Oriente (Egito / Cleópatra); Lépido ficou com a África,

porém foi deposto em 36 a.C.

Otávio assumiu sozinho o poder, tornando-se

senhor absoluto de Roma. Recebeu do Senado vários

títulos, entre eles o de Imperador, o de César

(primeiro general) e o de Augusto (sagrado). Iniciava-

se, assim, o Império Romano.

O IMPÉRIO ROMANO: política do “pão e circo”.

A paz, a prosperidade e as realizações artísticas. O

século I, em que transcorreu seu governo, ficou

conhecido como “a pax romana”. Dinastias:

1. Dinastia Júlio-Claudiana (do ano 14 ao 68).

2. Dinastia dos Flávios (do ano 69 ao 96). 3. Dinastia do Antoninos (do ano 96 so 192).

4. Dinastia dos Severos (do ano 193 ao 235).

CRISE E DECADÊNCIA DO IMPÉRIO

O império Romano, no século III, foi afetado pela

crise geral do escravismo, iniciada nos reinados dos

últimos Antoninos.

Desses fatores, resultou a diminuição da

arrecadação de tributos, levando o Estado a dificuldades

de manter a máquina administrativa, principalmente o

exército, o que culminou com as invasões bárbaras.

Em 313, Constantino assumiu o poder e

restabeleceu a unidade imperial. Estabeleceu, em 330, a

capital do Império Romano na antiga colônia grega de

Bizâncio, rebatizada com o nome de Constantinopla.

Além disso, instituiu o Edito de Milão, no qual

reconheceu a religião cristã, transformando-a na mais

importante de Roma. Ainda no século IV, os bárbaros

iniciaram as invasões em busca de terras férteis.

Teodósio foi o último imperador uno, instituindo o Edito

de Tessalônica, em 330, pelo qual a religião cristã

tornava- se oficial do Império.

Por ocasião da morte de Teodósio (395), o Império foi

divido em Ocidente, governado por Honório, e Oriente,

governado por Arcádio – ambos filhos do Imperador. O

Império Romano decaiu em 476.

UNIDADE 2

ROMA ANTIGA

Page 4: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

3

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

Exercícios de Sala

1. O Império Romano expandiu-se pelo Mar

Mediterrâneo durante o período republicano; isso gerou,

no decorrer do século II d. C., várias repercussões, entre

as quais NÃO podemos destacar.

1. surgimento da classe média de pequenos

proprietários rurais e desaparecimento dos

latifundiários.

2. aumento da população rural na Itália e consequente

declínio da população urbana.

04. crescimento do número de escravos e grande fluxo

de riquezas.

08. criação de grande número de pequenas propriedades

e fortalecimento do sistema assalariado.

16. difusão do Cristianismo e proscrição das

manifestações culturais de outras regiões.

2. A expansão de Roma durante a República, com o

consequente domínio da bacia do Mediterrâneo,

provocou sensíveis transformações sociais e econômicas,

dentre as quais não podemos incluir:

1. marcado processo de industrialização, êxodo urbano,

endividamento do Estado.

2. fortalecimento da classe plebeia, expansão da

pequena propriedade, propagação do cristianismo.

04. crescimento da economia agro-pastoril,

intensificação das exportações, aumento do trabalho

livre.

08. enriquecimento do Estado romano, aparecimento de

uma poderosa classe de comerciantes, aumento do

número de escravos.

16. diminuição da produção nos latifúndios, acentuado

processo inflacionário, escassez de mão-de-obra

escrava.

Exercícios Complementares

3. O Edito de Milão (313), no processo de desenvolvimento histórico de Roma, reveste-se de

grande significado, tendo em vista que:

a) combateu a heresia ariana, acabando com a força

política dos bispados de Alexandria e Antioquia.

b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo

Império Romano, terminando com a concepção de

rei-deus.

c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que então

dominavam a vida religiosa.

d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de

intenso combate à expansão do cristianismo.

e) proclamou a liberdade do culto cristão passando

Constantino a ser o protetor da Igreja.

4. A religião romana era essencialmente politeísta, e o

culto ao imperador era de grande significado pelo fator

da unidade que representava. Durante um período

determinado, teve início o questionamento dessa ideia.

Esse grupo, que não reconhecia a divindade do

Imperador, era de:

a) bárbaros invasores

b) primeiros cristãos

c) bons espíritos familiares

d) escravos e estrangeiros

e) judeus vindos da Palestina

5. Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos

cristãos no Império Romano, entre elas:

a) a oposição à religião do Estado Romano e a negação

da origem divina do Imperador, pelos cristãos.

b) a publicação do Edito de Milão que impediu a

legalização do Cristianismo e alimentou a repressão.

c) a formação de heresias como a do Arianismo, de

autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina

de Cristo.

d) a organização dos Concílios Ecumênicos, que

visavam promover a definição da doutrina cristã.

e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador

Teodósio, que mandou martirizar milhares de

cristãos.

É costume dividir o período medieval em duas grandes

fases: a Alta Idade Média, que se estende do século V

ao século XI e a Baixa Idade Média, do século XII ao

século XV.

A Estrutura Feudal: A história da Idade Média

Ocidental é basicamente a história dos Reinos Bárbaros

que se formaram a partir do século V, com a

desintegração do Império Romano do Ocidente.

ORIGENS DO FEUDALISMO: Podemos afirmar que

o Feudalismo surgiu através de um processo de

integração de uma série de instituições romanas com

uma série de instituições bárbaras germânicas, sendo que

esse processo estrutural foi catalisado pela ação

conjuntural de diversos fatores, tais como o

expansionismo muçulmano pelo Mediterrâneo e as

invasões dos normandos, húngaros e eslavos.

SOCIEDADE FEUDAL: A sociedade feudal deve ser

classificada como sendo uma Sociedade Estamental, ou

seja, uma sociedade na qual os seus membros estão

hierarquizados em função do seu “status” (posição na

sociedade), sendo que o “status” de cada um era fixado

pelo fato de dever ou receber determinadas obrigações.

Uma sociedade estamental tem como uma de suas

características fundamentais a de apresentar reduzidos

veículos de mobilidade social.

A IGREJA NA IDADE MÉDIA

UNIDADE 3

Page 5: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

4

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

MUNDO ÁRABE: UNIFICAÇÃO POLÍTICA

Maomé (570 - 632) nasceu em Meca, membro de uma

família pobre da tribo coraixita, e foi responsável pelo

surgimento de uma nova religião, o islamismo, que

garantiu a unidade política à Arábia.

Sua doutrina condenava o politeísmo idólatra,

fonte de disputas entre os árabes, e defendia o

monoteísmo fundado na submissão a Alá e na leitura

rigorosa do Corão, livro sagrado dos muçulmanos.

Maomé foi perseguido e expulso de Meca em

622 (início do calendário islâmico), dirigindo-se para a

cidade de Yatreb, episódio conhecido como Hégira.

Em pouco tempo, Maomé conquistou uma

legião de adeptos que, em 630, se dirigiu e conquistou

Meca. Em 632, o profeta Maomé morreu e foi sucedido

pelos Califas (seguidores do profeta)..

A Expansão Islâmica: Segundo os preceitos islâmicos,

todo seguidor de Maomé deve ser um soldado

encarregado de levar a fé a todos os “infiéis”(djihad =

Guerra Santa). Tal motivação levou os árabes,

comandados pelos califas, à expansão por vastas áreas

do Mediterrâneo.

Durante quase mil anos, os árabes-muçulmanos

controlaram a navegação e o comércio no Mediterrâneo,

bloqueando o acesso dos europeus ao comércio com o

Oriente.

A Cultura Islâmica: Ciências: campo em que os

muçulmanos mais se desenvolveram; na matemática,

aprimoraram a Álgebra e a Geometria; dedicaram-se

também à Astronomia e à Química (alquimia);

Medicina: grande foi a importância de Avicena

que, entre várias descobertas, diagnosticou a varíola

e o sarampo e descobriu a natureza contagiosa da

tuberculose;

Literatura: contamos com vasta produção, com

destaque para a coletânea As mil e uma noites e o poema

Rubaiyat, de Omar Khayam.

Exercícios de Sala

1. O Feudalismo europeu apresentava características

particulares de acordo com a localidade. Apesar das

diferenças regionais, podemos afirmar que sua origem

está relacionada com:

1. o renascimento das cidades.

2. o ressurgimento do comércio.

04. a ruralização da sociedade.

08. o fortalecimento do poder imperial.

16. a descentralização política.

2. Sobre a forma de pensar e de agir do homem da Europa Ocidental durante o período medieval, é correto

afirmar que:

1. Deus ocupava o centro de todas as coisas,

condicionando pensamento e ação dos homens.

2. A história dos homens consistia numa marcha do

povo de Deus em direção a Ele, cabendo à Igreja o

papel de guia.

04. A relação entre o senhor e seus vassalos era de

dependência pessoal, ou seja, de homem a homem.

08. Nas atividades econômicas, a influência da Igreja

impôs princípios que condenavam a especulação e a

usura, bem como gerou a ideia de justo preço.

16. O dinamismo da economia feudal se fundamentava

na concepção de que o comércio era o único gerador

de riquezas.

Exercícios Complementares

3. São características do período conhecido como Alta

Idade Média Europeia:

1. Surgimento dos Feudos.

2. Centralização política.

04. Início da ocupação da Península Ibérica pelos

muçulmanos.

08. Formação do sistema capitalista.

4. (UFSC) São características do período conhecido

como Alta Idade Média Europeia: 1. Surgimento dos Feudos. 2. Centralização política.

04. Início da ocupação da Península Ibérica pelos

muçulmanos.

08. Formação do sistema capitalista.

5. (UFBA) Em relação à organização social da Idade

Média, pode-se afirmar:

1. A utilização em grande escala da mão-de-obra

escrava, no Império Romano, modificou as condições

de trabalho dos camponeses, motivando a ampliação

das obrigações do Estado, em decorrência do

crescimento demográfico das áreas urbanas.

2. A pregação religiosa de Maomé atraiu

significativamente os árabes pobres, que a utilizaram

como motivação para uma guerra civil contra os

mercadores judeus da Arábia.

04. A estrutura agrícola da sociedade feudal

fundamentou-se na grande concentração de terras e

no trabalho servil.

08. A atividade urbana, na sociedade feudal, resultava da

livre iniciativa dos banqueiros, artesãos e

comerciantes e era regulada por uma rígida divisão

social, nas relações de trabalho, definida pelo Estado.

16. A Igreja, no período medieval, tentou mostrar a

harmonia da sociedade, formulando o princípio das

"três ordens", segundo o qual todos eram iguais,

porque recebiam uma missão de Deus e a cumpriam

de forma fraterna.

Chamamos de Baixa Idade Média o período que se

estende do século XII ao século XV. Durante a Baixa

Idade Média, as formações sociais da Europa Ocidental

e Central conheceram profundas transformações em suas

UNIDADE 4

Page 6: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

5

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

estruturas econômicas e sociais. O sentido básico dessas

transformações foi o da simultaneidade entre

características de crise do Feudalismo e o início do

alinhamento de novas condições econômico-sociais que,

séculos depois, resultaram na caracterização plena do

Modo de Produção Capitalista.

Em suma, num linguajar técnico, o Modo de

Produção Feudal vai perdendo sua dominância nas

formações sociais européias em favor do modo de

produção pré-capitalista.

AS CRUZADAS

O nome de Cruzadas é dado a um conjunto de oito

expedições militares de cristãos do Ocidente que se

dirigiram ao Oriente com o objetivo de libertar o Santo

Sepulcro das mãos dos muçulmanos.

De um modo geral, a expansão europeia

contribuiu para dinamizar as relações comerciais entre o

Oriente e o Ocidente. Após séculos do bloqueio

muçulmano, os cruzados reabriram parcialmente o

Mediterrâneo para o comércio europeu.

É fácil entender que o Renascimento do

Comércio propiciou, simultaneamente, um

Renascimento Urbano, que por sua feita estimulou ainda

mais o desenvolvimento do comércio.

Inicialmente, começamos a verificar a

proliferação dos comerciantes itinerantes que aos poucos

foram se fixando ao redor de um castelo (burgo) ou

palácio episcopal, ou ainda no cruzamento das estradas e

dos rios, dando desta forma origem a núcleos comerciais

que evoluiriam para a condição de cidades.

Os principais aspectos desse processo

transformatório foram: o progressivo enfraquecimento

das relações servis de produção; a crescente utilização de

relações capitalistas de produção; o desenvolvimento das

atividades comerciais e artesanais; o crescimento das

populações urbanas; o aparecimento de uma nova classe

social, a burguesia, que tendia a assumir o papel de

classe economicamente dominante, mas que permanecia

afastada do poder político.

Monarquias Nacionais: elas foram resultantes

da aliança entre o Rei e a Burguesia.

PENÍNSULA IBÉRICA

Foi a partir do reino de Leão que se formou Portugal. Da

unificação daqueles quatro reinos principais é que

nasceria a Espanha. Dois fatos devem ser destacados no

nascimento da Espanha: o casamento, em 1469, de

Fernando, rei de Aragão, com Isabel, irmã do rei de

Leão e Castela; e a expulsão dos mouros de Granada

em 1492.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

O Renascimento exprime, sobretudo, os novos valores e

ideais da burguesia, classe ascendente na transição para

o capitalismo.

Uma das principais características do

Renascimento é o Humanismo, interpretado comumente

como sinônimo de antropocentrismo ou valorização do

ser humano. O verdadeiro sentido do humanismo

renascentista, porém, era o estudo de Humanidades, isto

é, da língua e literatura antigas. Humanistas foram

Erasmo de Rotterdam (“Príncipe dos Humanistas”, autor

do “Elogio da Loucura”), Thomas More (autor de

“Utopia”)

FORAM FATORES DO RENASCIMENTO:

o Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Idade

Média, que alterou os valores da época feudal e

favoreceu um maior intercâmbio intelectual.

o mecenato , isto é, a proteção aos escritores e artistas,

que muito estimulou o movimento renascentista. Os

primeiros mecenas pertenciam à burguesia, mas houve

também papas, reis e príncipes que praticaram o

mecenato. A burguesia fazia-o como forma de

investimento financeiro ou para adquirir status; os

governantes, porém, tornavam-se mecenas com o

objetivo de aumentar seu prestígio e, conseqüentemente,

legitimar o novo poder que estavam implantando: o

absolutismo.

a invenção da imprensa, que permitiu uma

maior divulgação das novas ideias.

PRINCIPAIS RENASCENTISTAS

na Pintura: Leonardo da Vinci, Michelangelo,

Rafael e Ticiano, na Itália; El Greco, na Espanha.

na Escultura: Michelangelo e Donatello, na Itália.

na Literatura: Camões, em Portugal; Cervantes,

na Espanha; Rabelais e Montaigne, na França;

Shakespeare, na Inglaterra.

na Astronomia: Copérnico, na Polônia; Kepler,

na Alemanha; Galileu, na Itália.

Exercícios de Sala

1. (UFSC) Os relatos sobre o período histórico

conhecido como Idade Média revelam a ocorrência de

conflitos bélicos, pestes e fome. Sabe-se, porém, que no

mesmo período houve desenvolvimento econômico e

cultural. Assinale a(s) proposição(ões) correta(s) nas

suas referências à cultura medieval.

1. O caráter religioso predominou nas artes medievais,

pois um dos seus objetivos era a glorificação de

Deus.

RENASCIMENTO ARTÍSTICO

CULTURAL E CIENTÍFICO

Page 7: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

6

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

2. Na literatura, além de Dante Alighieri, destacaram-se

os trovadores, responsáveis pela divulgação da poesia

popular e das canções de gesta.

04. O crescimento urbano e o comércio foram

responsáveis pela decadência intelectual verificada

na Idade Média, por dificultarem a criação de novas

universidades.

08. Entre os pensadores medievais, destacou-se Santo

Tomás de Aquino que, com a "Suma Teológica",

tentou resolver a controvérsia entre fé e razão.

16. Na arquitetura medieval predominaram dois estilos:

o românico e o gótico.

32. Durante a Idade Média, as línguas nacionais foram

denominadas "vulgares". O latim foi a língua falada

pelos eruditos.

2. (UFSC) Numa sexta-feira, 8 de agosto de 1998, dois

atentados aterrorizaram o mundo. Bombas explodiram

nas embaixadas dos Estados Unidos em Nairobi e Dar

es-Salaan, deixando 248 mortos. Os atentados foram

reivindicados pelo grupo "Exército de Libertação dos

Santuários Islâmicos".

Sobre o Islão e os grupos islâmicos fundamentalistas que

aterrorizam o ocidente, assinale a(s) proposição(ões)

verdadeira(s).

1. O Islão surgiu a partir das pregações de Maomé.

2. No "Alcorão", que segundo a tradição foi transmitido

a Maomé, estão as leis e ensinamentos da religião

islâmica.

04. Os fundamentalistas islâmicos pretendem um Estado

dirigido pelas leis do Alcorão.

08. Um número expressivo de fundamentalistas

islâmicos prega a guerra santa contra a sociedade

ocidental, principalmente contra os Estados Unidos.

Exercícios Complementares

a) favoreceram a formação de vários reinos cristãos no

Oriente, o que permitiu maior estabilidade política à

região.

b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação

dos vários reinos em torno de um objetivo comum.

c) facilitaram a superação das rivalidades nacionais

graças à influência que a Igreja então exercia.

d) uniram os esforços do mundo cristão europeu para

eliminar o domínio árabe na Península Ibérica.

e) estimularam as relações comerciais do Oriente com o

Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo a navios

europeus.

5. (UNIOESTE) Com relação ao Período Medieval,

pode-se afirmar que:

1. o começo da Idade Média se caracteriza por uma

rápida urbanização da Europa Ocidental.

2. o romanismo, o germanismo e o cristianismo

contribuíram para a formação da Civilização

Ocidental e da Europa Medieval.

04. o Feudalismo foi um sistema social, político e

econômico voltado para a produção e para o

consumo locais.

08. os servos eram homens livres que vendiam sua força

de trabalho e habitavam, normalmente, os subúrbios

das cidades e os mestres de ofício cultivavam a terra.

16. a cultura do período clássico foi preservada nos

mosteiros medievais, donde emanavam princípios da

mentalidade cristã.

32. as Cruzadas ocorreram no início do Feudalismo e

propiciaram a invasão dos povos bárbaros de terras

dos germanos.

3. (UEPG) Sobre a sociedade feudal, assinale o que for

correto.

FATORES

REFORMA RELIGIOSA

01 Os direitos de suserania e soberania eram igualmente

partilhados por toda a classe senhorial.

02. As monarquias feudais caracterizaram-se pela

ruptura dos laços feudo-vassálicos e a emergência de

um poder pessoal e supremo do soberano.

04. Em algumas regiões da Europa Medieval ocorreu

uma síntese equilibrada e espontânea entre elementos

romanos e germânicos.

08. Foi marcada pela predominância da vida urbana

sobre a rural.

16. Havia uma estreita relação entre laços de

dependência pessoal e uma hierarquia de direitos

sobre a terra.

4. Apesar de não terem alcançado seu objetivo -

reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram

amplas repercussões, porque:

A doutrina da Igreja, através da teoria do preço

justo, da condenação da usura, do menosprezo às

atividades comerciais e manufatureiras, impedia o desenvolvimento do capital.

Havia ainda uma profunda contradição entre as

necessidades econômicas dos diversos grupos sociais e o

fiscalismo, a simonia (venda de cargos eclesiásticos) e a

venda de indulgências (perdão para os pecados), que a

Igreja realizava como um Estado opressor.

REFORMA LUTERANA

Martinho Lutero (1483 - 1546) era monge

agostiniano, professor de Teologia na Universidade de

Wittemberg, quando o Papa Leão X renovou a

indulgência para a obtenção de fundos necessários à

construção da Basílica de São Pedro. O

descontentamento geral com o Papado aumentou na

Alemanha quando o frade Tetzel lá chegou para pregar a

indulgência.

Em 1517, Lutero publicou suas “95 Teses”,

condenando as indulgências, e logo foi amplamente

UNIDADE 5

IDADE MODERNA

Page 8: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

7

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

apoiado, tendo sido Tetzel expulso da cidade de

Wittemberg. Recusando retratar-se, Lutero foi

excomungado pelo Papa e declarado fora da lei por

Carlos V e pelo Édito de Worms, sendo, no entanto

protegido pelo duque Frederico da Saxônia. Em 1522,

retornou a Wittemberg, onde permaneceu até a morte.

REFORMA CALVINISTA

O movimento reformista ocorrido na Suíça, de maior

profundidade e maior influência, foi aquele liderado por

Calvino. João Calvino (1509 - 1564) era francês e fez

estudos humanísticos. Após sua conversão ao

luteranismo, foi obrigado a fugir de seu país para a Suíça

em conseqüência das perseguições religiosas a que foi

submetido.

REFORMA ANGLICANA

A insatisfação com a Igreja era muito grande na

Inglaterra desde o fim do século XIV, quando Wyclif

(tradutor da Bíblia para o Inglês) apresentou uma das

doutrinas precursoras do protestantismo.

O fator que desencadeou a Reforma na Inglaterra foi a

negativa do Papado em atender ao pedido de divórcio do

rei Henrique VIII (1509 - 1547), que era casado com

Catarina de Aragão, tia de Carlos V.

CONTRA-REFORMA CATÓLICA

As reformas protestantes provocaram na Igreja Católica

um movimento de reforma interna que inicialmente

decorreu de iniciativas isoladas como a mudança das

Regras das ordens religiosas, bem como a formação de

novas ordens como a dos Capuchinhos, das Ursulinas,

dos Barnabistas e dos Jesuítas.

Os Jesuítas (a Companhia de Jesus) foram

organizados por Inácio de Loyola, autor de uma obra

intitulada “Exercícios Espirituais”, antigo oficial do

exército espanhol, sendo que sua organização foi

aprovada pela Papa Paulo III em 1540.

A Inquisição, criada no período feudal para o

combate às heresias, foi muito utilizada na Espanha,

desde o século XV, contra os mouriscos e os judeus.

Para o combate aos protestantes, ela foi restabelecida,

em 1542, como órgão oficial da Igreja, dirigida de Roma

pelo Santo Ofício, que era um órgão presidido pelo

Grande Inquisidor.

Em 1543, a Igreja criou outro órgão, a

Congregação do Index, que recebeu a função de

examinar todas as obras que viessem a ser publicadas,

editando uma relação periódica dos livros considerados

perigosos à doutrina e à moral dos fiéis.

O Concílio de Trento (1545 - 1563) foi

convocado pelo Papa Paulo III para garantir a unidade da

fé católica e da Igreja.

Exercícios de Sala

1. Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de

junho de 1494, pode-se afirmar que NÃO objetivava:

1. demarcar os direitos de exploração dos países

ibéricos, tendo como elemento propulsor o

desenvolvimento da expansão comercial marítima.

2. estimular a consolidação do reino português, por

meio da exploração das especiarias africanas e da

formação do exército nacional.

04. impor a reserva de mercado metropolitano, por meio

da criação de um sistema de monopólios que atingia

todas as riquezas coloniais.

08. reconhecer a transferência do eixo do comércio

mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois

das expedições de Vasco da Gama às Índias.

16. reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a

exploração colonial, após a destruição da Invencível

Armada de Felipe II, da Espanha.

2. Assinale as datas corretas e marque a soma no

gabarito:

1. 1212 - Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa

Esperança

2. 1492 - Colombo chegou ao continente americano

04. 1494 - Assinatura do Tratado de Tordesilhas entre

Portugal e Espanha

08. 1500 – Pedro A. Cabral chegou na América

16. 1532 - São Vicente foi fundada por Martin Afonso

de Sousa

Exercícios Complementares

3. A respeito da cultura grega, leia as sínteses filosóficas

abaixo.

I - A ciência, a moral e os credos religiosos eram

criações humanas válidas para determinados grupos

sociais em um determinado período.

II - Sua principal contribuição filosófica foi a Teoria das

Ideias, segundo a qual as ideias são a essência dos

conceitos e das coisas e, portanto, transcendentes ao

homem, que delas tem apenas um pálido reflexo.

III - Defendia a existência de um conhecimento estável e

válido para todos. Sua grande preocupação era o

autoconhecimento que poderia ser obtido através da

ironia e da maiêutica.

As sínteses que você acabou de ler podem ser

associadas, respectivamente, a:

a) Platão, Aristóteles e Sócrates

b) Platão, Sofistas e Aristóteles

c) Sócrates, Sofistas e Platão

d) Sofistas, Platão e Sócrates

e) Platão, Sofistas e Sócrates

Page 9: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

8

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

4. Assinale o que for correto a respeito da mulher na

sociedade democrática ateniense, na Antiguidade.

a) Além de cuidar da administração interna das

residências, cabia à mulher fazer pessoalmente as

compras no mercado.

b) Naquela organização social, a mulher estava excluída

da cidadania que era reservada aos homens.

c) A mulher podia ser repudiada pelo marido desde que

este apresentasse motivo justo e devolvesse o dote ao

pai da esposa.

d) As mulheres passavam boa parte do tempo fora de

casa, nos locais públicos com amigas e mesmo

estabelecendo relações íntimas com outros homens.

e) No espaço do lar a mulher exercia o poder, cabendo a

ela decidir pela rejeição ou não dos filhos recém-

nascidos.

5. A Civilização Grega atingiu extraordinário

desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e a

crença na capacidade criadora do homem têm

permanente significado. Acerca do imenso e

diversificado legado cultural grego, é correto afirmar

que:

a) a importância dos jogos olímpicos limitava-se aos

esportes.

b) a democracia espartana era representativa.

c) a escultura helênica, embora desligada da religião,

valorizava o corpo humano.

d) os atenienses valorizavam o ócio e desprezavam os

negócios.

e) poemas, com narrações sobre aventuras épicas, são

importantes para a compreensão do período homérico.

UNIDADE 6

A necessidade de metais preciosos para a cunhagem de

moedas, indispensáveis ao desenvolvimento comercial,

bem como de novas áreas fornecedoras de mercadorias

que abastecessem o mercado europeu, determinaram a

expansão marítima a partir do século XV.

Sua viabilização foi favorecida por diversos fatores,

entre os quais se destacam: o avanço tecnológico,

responsável pela melhoria das condições de navegação

(elaboração de mapas, aprimoramento de instrumentos

de orientação, construção de embarcações mais rápidas e

seguras).

Nesse processo de expansão, Portugal desempenhou

papel pioneiro por ter, durante a Baixa Idade Média,

criado as condições necessárias à sua efetivação:

privilegiada posição geográfica;

desenvolvimento das técnicas de navegação,

sobretudo após a fundação da Escola de Sagres;

presença de uma burguesia forte e com

disponibilidade de capitais para a empresa marítima;

paz interna e externa;

centralização política em mãos do rei.

A conquista de Ceuta pelos portugueses, em 1415, é

considerada o marco inicial da expansão ultramarina

europeia. O Tratado de Tordesilhas assegurou a

presença portuguesa no recém-descoberto continente

americano.

Com o objetivo de consolidar o domínio

lusitano sobre a rota das especiarias orientais, o rei D.

Manuel organizou uma poderosa esquadra que se dirigiu

às Índias, percorrendo a rota inaugurada por Vasco da

Gama. A esquadra contava com duas caravelas, dez naus

e 1500 homens e era comandada pelo navegador Pedro

Álvares Cabral. A embarcação em que se achava o

comandante, porém, afastou-se da costa africana em

direção a oeste e, a 22 de abril de 1500, avistou terra.

Após rápido desembarque, suficiente para oficializar a

posse sobre o novo território, Cabral seguiu viagem em

direção ao Oriente. Uma nau, no entanto, retornou a

Portugal para dar a notícia da descoberta ao rei.

Os navegadores das outras nações europeias,

que não Portugal e Espanha, tiveram que se contentar em

explorar o Atlântico Norte, sendo responsáveis pela

exploração e ocupação da América do Norte. A pirataria

foi também uma atividade desempenhada pelos ingleses

e franceses.

ABSOLUTISMO

As características do Estado absolutista foram:

a grande centralização representada pelo grande

poder do soberano, que não era controlado por outras

instituições políticas ou por leis limitativas de sua

autoridade.

a política econômica mercantilista, que

intervinha na estrutura econômica sob diversas formas,

ampliou o estabelecimento de relações capitalistas de

produção e foi um dos aspectos da acumulação primitiva

de capital.

Os principais pensadores do poder absoluto foram:

Nicolau Maquiavel (1469-1527) - em suas

obras O Príncipe e Discursos sobre a primeira década de

Tito Lívio, fundamentava a necessidade de um Estado

Nacional forte e independente da Igreja e encarnado na

pessoa do chefe do governo (o “príncipe”) para a

aplicação da razão do Estado, fortalecimento da nação e

o benefício coletivo, considerando válidos todos os

meios utilizados para o alcance desses objetivos.

Jean Bodin (1530-1595) - em Da República,

argumentava que a soberania do Estado personificada no

rei tinha origem divina, não havendo impedimento à

autoridade real.

Bossuet (1627-1704) - Política Tirada da

Sagrada Escritura reforçou a doutrina do direito divino,

que legitima qualquer governo, justo e injusto;

EXPANSÃO MARÍTIMO-COMERCIAL

EUROPÉIA

Page 10: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

9

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

Thomas Hobbes (1588-1679) - no Leviatã

(1651), abandonou a ideologia religiosa para justificar o

absolutismo.

Exercícios de Sala

1. Sobre as características do Absolutismo na Idade

Moderna é correto afirmar:

1. foi um tipo de regime republicano e democrático.

2. procurou legitimar-se no "Direito Divino dos Reis".

04. foi a expressão do poder político descentralizado.

08. implementou o Estado burocrático e nacional.

16. baseou-se no poder autocrático do soberano.

2. Jacques Bossuet utilizou argumentos extraídos da

Bíblia para justificar o poder absoluto e de direito divino

da realeza, com o lema: "Um rei, uma lei, uma fé". São

características do absolutismo na França:

1. A concentração dos mecanismos de governo nas

mãos do rei.

2. A identificação entre Nação e Coroa.

04. A influência do racionalismo iluminista como

justificativa do poder absoluto e do "direito divino".

08. A criação de exército nacional permanente.

16. A ampla liberdade de expressão e de fé.

Exercícios Complementares

3. No conjunto de importantes viagens e expedições

marítimas dos século XVI, as quais chamamos de

"Grandes Navegações", nota-se clara preponderância dos

países Ibéricos. A esse respeito, é correto afirmar:

1. As navegações do período se faziam com recurso

exclusivo à bússola, uma vez que ainda não se havia

iniciado o estudo da navegação astronômica, isto é,

orientada através da observação dos astros.

2. As embarcações adotadas pelos portugueses e

espanhóis - as galeras - eram semelhantes àquelas

utilizadas pelos navegantes genoveses e venezianos.

04. Por sua localização geográfica, Portugal tornava-se

particularmente indicado para promover explorações

marítimas: seu litoral se encontra a meio caminho

entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte, e bastante

próximo da costa africana e das ilhas atlânticas.

08. Tanto Portugal quanto Espanha podiam contar com o

apoio financeiro de vários comerciantes às

expedições, interessados em reatar relações diretas

com o Oriente desde a queda de Constantinopla

(1453).

16. A Espanha entrou com relativo atraso na disputa com

os portugueses pela descoberta de novas terras, em

função de sua luta contra os muçulmanos pela

reconquista de territórios ibéricos.

32. A precoce centralização monárquica, a consolidação

do poder central e a aliança com uma nova classe

mercantil possibilitam a Portugal desde o início do

século XV estimular a expansão comercial e as

expedições marítimas.

4. O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial

da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o

Ocidente:

a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a

hegemonia portuguesa neste Oceano.

b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio

português no Oriente.

c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma

inspiração de Colombo para chegar às Índias.

d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de

Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da

América.

e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas

intempéries que desviaram a esquadra da rota da

Índia.

5. Principalmente a partir do século XVI vários autores

passam a desenvolver teorias, justificando o poder real.

São os legistas que, através de doutrinas leigas ou

religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é

Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do

governante é manter o poder e a segurança do país que

governa. Para isso deve usar de todos os meios

disponíveis pois que "os fins justificam os meios."

Professou suas ideias na famosa obra:

a) "Leviatã"

b) "Do Direito da Paz e da Guerra"

c) "República"

d) "O Príncipe"

e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras"

FATORES

A Revolução Industrial é um processo histórico de

radical transformação econômica e social, através do

qual o modo de produção capitalista assumiu a

dominância de certas formações sociais.

Para o desencadeamento da Revolução Industrial, certas

pré-condições tiveram de ser preenchidas:

a substituição do processo artesanal de

produção pelo processo mecânico exige a realização de

um significativo investimento e uma considerável

imobilização inicial de capital. Logo, é necessária a

preexistência desse capital acumulado.

a Revolução Industrial demanda um crescente

consumo de mão de obra urbana. Neste sentido, a

existência de abundante disponibilidade de mão de obra

é condição fundamental para a ocorrência do próprio

processo.

Uma Balança Comercial altamente favorável e a

abundância dos metais preciosos eram os indícios da

prosperidade. Essa hegemonia marítimo-comercial da

Inglaterra conferia-lhe uma condição singular em termos

UNIDADE 7

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Page 11: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

10

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

de acumulação de capital. Por exemplo, a essa

hegemonia a Inglaterra deve o fato de haver podido

assinar com Portugal, em 1703, o Tratado de Methuen,

em função do qual uma grande parte do ouro explorado

no Brasil, no século XVIII, foi acabar nos cofres

ingleses.

ASPECTOS TECNOLÓGICOS

O aparecimento das máquinas não significa apenas um

progresso técnico, através do qual se verificou um

aumento da produtividade. A introdução das máquinas

na produção industrial significou uma substituição do

tipo de equipamento que era utilizado até então, ou seja,

as ferramentas, e uma liberação da mão de obra.

ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

a Burguesia Capitalista, que é a classe dos

proprietários dos meios de produção.

o Proletariado, que é a classe que reúne os

trabalhadores diretos, cuja única propriedade é a sua

força de trabalho, vendida à Burguesia Capitalista em

troca de um salário.

Exercícios de Sala

1. Entre os efeitos da Revolução Industrial ocorrida em

meados do século XVIII, pode-se incluir:

1. a afirmação do Estado liberal-burguês, triunfante

sobre o Antigo Regime.

2. a divisão técnica do trabalho, permitindo celeridade

no processo produtivo.

04. a configuração da dicotomia básica das sociedades

capitalistas: burguesia e proletariado.

08. o acirramento da luta de classes, com eclosão de

movimentos contestatórios à ordem burguês-

capitalista.

16. a consolidação da concepção metalista, estimulando

a procura e a posse de metais preciosos como fator de

riqueza.

32. o incentivo ao protecionismo estatal, visando a

alcançar um superávit comercial necessário à

proteção da indústria nascente.

64. a acumulação de capitais na esfera da produção de

mercadorias e conseqüente hegemonia política e

social da burguesia.

2. A era da industrialização na Europa foi acompanhada

por transformações no processo de trabalho, entre as quais podemos citar:

1. Passagem do sistema doméstico ao sistema fabril de

produção.

2. Concentração de trabalhadores em unidades fabris,

desenvolvendo a divisão social do trabalho e a

especialização em determinados ramos de produção.

04. Manutenção da estrutura corporativa de trabalho,

organizando os trabalhadores em corporações de

ofícios.

08. Promoção de um novo modelo de trabalho, pronto a

aceitar a disciplina do trabalho fabril e constituindo

mão de obra assalariada.

16. Utilização frequente de mão de obra feminina e

infantil, submetida ao mesmo regime de trabalho,

durante longas jornadas.

Exercícios Complementares

3. Sobre a inovação tecnológica no sistema fabril na

Inglaterra do século XVIII, é correto afirmar que ela

a) foi adotada não somente para promover maior eficácia

da produção, como também para realizar a

dominação capitalista, na medida que as máquinas

submeteram os trabalhadores a formas autoritárias de

disciplina e a uma determinada hierarquia.

b) ocorreu graças ao investimento em pesquisa

tecnológica de ponta, feito pelos industriais que

participaram da Revolução Industrial.

c) nasceu do apoio dado pelo Estado à pesquisa nas

universidades.

d) deu-se dentro das fábricas, cujos proprietários

estimulavam os operários a desenvolver novas

tecnologias.

e) foi única e exclusivamente o produto da genialidade

de algumas gerações de inventores, tendo sido

adotada pelos industriais que estavam interessados

em aumentar a produção e, por conseguinte, os

lucros.

4. A Revolução Industrial Inglesa só foi possível pelo

processo histórico de acumulação primitiva criador tanto

do CAPITAL quanto do TRABALHO. A liberação da

mão de obra e formação do proletariado ocorreu com:

a) os cercamentos dos campos e a expulsão dos

camponeses das terras comuns.

b) o intenso cultivo de algodão nos campos ingleses.

c) o processo de reforma agrária na Inglaterra.

d) o intenso processo de imigração de trabalhadores de

outras nações europeias para as indústrias inglesas.

e) a produção agrícola organizada em técnicas feudais.

5. Dentre as consequências sociais forjadas pela

Revolução Industrial, pode-se mencionar

a) o desenvolvimento de uma camada social de

trabalhadores, que destituídos dos meios de

produção, passaram a sobreviver apenas da venda de

sua força de trabalho.

b) a melhoria das condições de habitação e sobrevivência

para o operariado, proporcionada pelo surto de

desenvolvimento econômico.

c) a ascensão social dos artesãos que reuniram seus

capitais e suas ferramentas em oficinas ou domicílios

rurais dispersos, aumentando os núcleos domésticos

de produção.

d) a criação do Banco da Inglaterra, com o objetivo de

financiar a monarquia e ser também, uma instituição

geradora de empregos.

Page 12: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

11

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

e) o desenvolvimento de indústrias petroquímicas

favorecendo a organização do mercado de trabalho,

de maneira a assegurar emprego a todos os

assalariados.

UNIDADE 8

ETAPAS DA REVOLUÇÃO

A Revolução Francesa transformou a política do mundo

moderno.

ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE

(1789/1791)

Por determinação do Rei, ao longo do processo eleitoral

para os Estados Gerais, foram elaborados os chamados

“Cadernos de Queixas”, nos quais os representantes dos

três estados sociais registravam suas pretensões e

reivindicações.

Diante desses fatos, o Terceiro Estado, sob a liderança

da burguesia, tomou a iniciativa: em 13 de julho foi

organizada uma milícia popular que recebeu o nome de

Guarda Nacional e foi organizado um Comitê

Permanente de direção da insurreição (este comitê daria

origem à Comuna de Paris); em 14 de julho de 1789,

após intensas manifestações de rua com forte apoio

popular, o Terceiro Estado, através de seus deputados e

na liderança de um movimento popular, marchou sobre a

prisão da Bastilha que era um verdadeiro símbolo do

Absolutismo e de suas arbitrariedades, sendo que após

várias horas de sítio, a fortaleza capitulou.

Foi aprovada uma Declaração dos Direitos do Homem e

do Cidadão, que proclamava a liberdade e igualdade de

todos diante da lei.

MONARQUIA CONSTITUCIONAL (1791/1792)

Os Jacobinos, que representavam a esquerda política e

eram partidários de uma democracia burguesa;

Diante dessa estrutura política da Assembleia

Legislativa, o rei Luís XVI apoiava os Jacobinos de

Brissot na esperança de que a política extremista deles

levasse a França à guerra e à catástofre e, com isso,

ficasse viabilizada a contrarrevolução.

Os “sans-culottes”, articulados em torno da Comuna

Insurreicional, pressionaram a Assembleia, que se viu

obrigada a votar a suspensão do Rei e a convocar

eleições, por sufrágio universal, para uma nova

Constituinte, que receberia a designação de Convenção

Nacional. Enquanto a Convenção não foi instalada, o

poder executivo foi exercido por um Conselho Executivo

Provisório, onde se destacou a figura de Danton.

A REPÚBLICA JACOBINA (1792/1795)

O primeiro ato importante da Convenção Nacional foi

tomado em 21 de setembro de 1792: a abolição da

Monarquia.

Os deputados da Convenção agregavam-se nos

seguintes partidos:

- os Girondinos (160 deputados), que eram partidários da

legalidade e da liberdade econômica, pretendiam limitar

a influência do povo de Paris, cuja ação julgavam

excessivamente radical.

- os Montanheses (140 deputados) que se apoiavam,

basicamente, nos “sans-culottes” (a maior parte desses

deputados havia sido eleita pelos votos de Paris),

defendiam uma forte radicalização do processo

revolucionário e seus principais líderes eram Carnot,

Saint-Just, Marat, Danton e Robespierre.

- Centro (também conhecido como Planície ou Pântano e

que agregava o restante dos deputados) inicialmente

apoiava os Girondinos, mas aos poucos, tendeu para os

Montanheses.

Por pressão dos Montanheses, foi desencadeado

um processo contra o Rei que, apesar da oposição dos

Girondinos, acabou por condenar o soberano à morte.

Luís XVI foi executado em 21 de janeiro de 1793.

O ápice das medidas de exceção foi atingido em

junho de 1794 com o chamado Grande Terror. Em

menos de três meses, cerca de duas mil pessoas foram

executadas, dentre elas o poeta André Chenier e o

químico Lavoisier.

Quando, em 8 do Termidor (06 de julho de

1794), Robespierre anunciou que faria uma nova

depuração da Convenção e nos Comitês, Tallien e

Fouché, dois líderes moderados, conseguiram reunir em

torno de si a maioria dos deputados da Planície e, em 9

do Termidor (27 de julho), conseguiram fazer com que a

Convenção aprovasse a prisão de Robespierre, sendo

executado no dia seguinte.

GOVERNO DO DIRETÓRIO (1795/1799)

Napoleão, a frente de trinta e oito mil soldados, seguiu

para o Egito em maio de 1798, tomou Alexandria e o

Cairo, mas, em agosto, o Almirante Nelson, da

Inglaterra, destruiu a frota francesa na Batalha de

Aboukir. Em agosto de 1799, Napoleão deixou o

comando das tropas de ocupação para Kleber e

embarcou secretamente para a França.

Os golpistas precisavam de um militar de

prestígio para que o golpe contasse com o apoio do

exército, encontraram-no na pessoa de Napoleão

Bonaparte.

Em 18 Brumário (09 de novembro de 1799), foi

desfechado o golpe de Estado que é conhecido pelo

nome de Golpe do 18 Brumário: Bonaparte foi nomeado

comandante das tropas de Paris e os três diretores, que se

mantinham fiéis ao regime, neutralizados. No dia

seguinte, a resistência do Conselho dos Quinhentos foi

quebrada graças à ação conjugada de seu presidente

(Luciano Bonaparte, irmão de Napoleão) e das tropas de

Paris.

REVOLUÇÃO FRANCESA – 1789-1799

Page 13: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

12

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

O Diretório foi suprimido e substituído por três

cônsules provisórios: Bonaparte, Sieyés e Roger Ducos.

Exercícios de Sala

1. A Revolução Francesa representou um marco da

história ocidental pelo caráter de ruptura em relação ao

Antigo Regime.

Dentre as características da crise do Antigo Regime, na

França, não podemos incluir:

1. a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado

pela burguesia contra os privilégios do clero e da

nobreza.

2. o desequilíbrio econômico da França, decorrente da

Revolução Industrial.

04. a retomada da expansão comercial francesa, liderada

por Colbert.

08. o apoio da monarquia às sucessivas rebeliões

camponesas contrárias à nobreza.

16. o fortalecimento da monarquia dos Bourbons, após a

participação vitoriosa na guerra de independência dos

E.U.A.

2. A "Declaração dos Direitos do Homem e do

Cidadão", da Revolução Francesa, traz o seguinte

princípio: "Os homens nascem e se conservam livres e

iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter por

fundamento o proveito comum".

Tal princípio NÃO é decorrente:

1. da incorporação das reivindicações da classe média

por maior participação na vida política.

2. do reconhecimento da necessidade de assegurar os

direitos dos vencidos, sem distinção de classes.

04. da incorporação dos camponeses à comunidade dos

cidadãos com direitos sociais e políticos

reconhecidos na lei.

08. da crença popular na perspectiva liberal burguesa de

que a Revolução fora feita por todos e em benefício

de todos.

16. da determinação burguesa de levar avante um

processo revolucionário de distribuição da

propriedade privada.

Exercícios Complementares

3. A Constituição da França de 1791, a partir dos princípios preconizados por Montesquieu, consagrou,

como fundamento do novo regime,

a) a subordinação do Judiciário ao Legislativo, que

passou a exercer um poder fiscalizador sobre os

tribunais.

b) a identificação da figura do monarca, com a do

Estado, que a partir desse momento se tornou

inviolável.

c) a supremacia do Poder Legislativo, deixando de ser o

rei investido de poder moderador.

d) o poder de veto monárquico, que se restringiu a

assuntos fiscais, limitando, assim, a soberania

popular.

e) a separação dos poderes até então concentrados,

teoricamente, na pessoa do soberano.

4. Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a

Revolução Francesa, que

a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e

apropriada por uma só classe social, a burguesia,

única beneficiária da nova ordem.

b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não

conseguiu impedir o retorno das forças sócio-

políticas do Antigo Regime.

c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma

revolução burguesa, uma camponesa e uma popular

urbana, a dos chamados “sans-culottes”.

d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao

garantir as pequenas propriedades aos camponeses,

atrasou, em mais de um século, o progresso

econômico da França.

e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto

do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de

vista político, impediu que a burguesia a concluísse.

5. Na Revolução Francesa, foi uma das principais

reivindicações do Terceiro Estado:

a) a manutenção da divisão da sociedade em classes

rigidamente definidas.

b) a concessão de poderes políticos para a nobreza,

preservando a riqueza dessa classe social.

c) a abolição dos privilégios da nobreza e instauração da

igualdade civil.

d) a união de poderes entre Igreja e Estado, com

fortalecimento do clero.

e) o impedimento do acesso dos burgueses às funções

políticas do Estado.

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Imperialismo: o novo colonialismo (partilha África e

Ásia)

Os motivos do neocolonialismo

Nessa época, vários países europeus passavam pela

Revolução Industrial. Precisavam encontrar fontes de

matéria-prima (carvão, ferro, petróleo) e de produtos

alimentícios que faltavam em suas terras. Também

precisavam de mercados consumidores para seus

excedentes industriais, além de novas regiões para

investir os capitais disponíveis construindo ferrovias ou

explorando minas, por exemplo.

UNIDADE 9

IDADE CONTEMPORÂNEA

Page 14: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

13

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

A Europa ocupa tudo

Em 1914, 60% das terras e 65 % da população do mundo

dependiam da Europa. Suas potências tinham anexado

90% da África, 99% da Oceania e 56% da Ásia.

A Primeira Guerra Mundial foi um conflito militar

(1914-1918), iniciado por um confronto regional entre o

Império Austro-Húngaro e a Sérvia, em 28 de julho de

1914.

A causa imediata do início das hostilidades

entre a Áustria-Hungria e a Sérvia foi o assassinato do

arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo, herdeiro

do trono austro-húngaro, cometido, em Sarajevo no dia

28 de junho de 1914, por um nacionalista sérvio.

Entretanto, os verdadeiros fatores determinantes do

conflito foram: o espírito nacionalista que crescia por

toda a Europa durante o século XIX e princípios do XX

e a rivalidade econômica e política entre as diferentes

nações, o processo de militarização e a corrida

armamentista que caracterizaram a sociedade

internacional dos últimos anos do século XIX, raiz da

criação de dois sistemas de alianças que se diziam

defensivas: a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. A

primeira nasceu do pacto firmado entre a Alemanha,

Áustria-Hungria e Itália contra a ameaça de ataque da

França. A Tríplice Entente era a aliança entre a Grã-

Bretanha, França e Rússia para contrabalançar a Tríplice

Aliança.

1914-1915: A GUERRA DE MOVIMENTO

As operações militares na Europa se desenvolveram em

três frentes: a ocidental ou franco-belga, a oriental ou

russa e a meridional ou sérvia.

1915-1917 – GUERRA DE TRINCHEIRAS

1917: ENTRADA DOS ESTADOS UNIDOS E O

ARMISTÍCIO COM A RÚSSIA

A política de neutralidade americana mudou quando a

Alemanha anunciou, em janeiro de 1917, que a partir de

fevereiro recorreria à guerra submarina.

Várias nações latino-americanas, entre elas o Peru, o

Brasil e a Bolívia apoiariam esta ação. O afundamento

de alguns navios levou o Brasil, em 26 de outubro de

1917, a participar da guerra, enviando uma divisão naval

em apoio aos aliados. Aviadores brasileiros participaram

do patrulhamento do Atlântico, navios do Lóide

Brasileiro transportaram tropas americanas para a

Europa e, para a França, foi enviada uma missão médica.

Representantes da Rússia, Áustria e Alemanha

assinaram o armistício em 15 de dezembro, cessando

assim a luta na frente oriental.

1918: ANO FINAL

República de Weimar, cujo governo enviou uma

comissão para negociar com os aliados. Em 11 de

novembro foi assinado o armistício entre a Alemanha e

os aliados, baseado em condições impostas pelos

vencedores.

O Tratado de Versalhes (1919), que pôs fim à

guerra, estipulava que todos os navios aprisionados

passassem a ser de propriedade dos aliados. Em

represália a tais condições, em 21 de junho de 1919, os

alemães afundaram seus próprios navios em Scapa Flow.

As potências vencedoras permitiram que deixassem de

ser cumpridos certos itens estabelecidos nos tratados de

paz de Versalhes, Saint-Germain-en-Laye, Trianon,

Neuilly-sur-le-Seine e Sèvres, o que provocaria o

ressurgimento do militarismo e de um agressivo

nacionalismo na Alemanha, além de agitações sociais

que se sucederiam em grande parte da Europa.

Exercícios de Sala

1. Tema recorrente da política contemporânea, o

nacionalismo tem-se constituído em foco permanente de conflito. Sobre ele, é correto afirmar que:

1. A Primeira Guerra foi precedida pelo confronto de

diferentes projetos expansionista. É o caso da Rússia,

que pretendia avançar sobre territórios do Império

Austro-Húngaro e do Império Turco, dizendo-se

protetora dos povos eslavos. Ou da Sérvia, que, ao

pretender unificar os eslavos do Sudeste da Europa,

formando a Grande Sérvia, também se chocava com

os interesses desses Impérios.

2. A Segunda Guerra, igualmente, foi precedida de

discursos nacionalistas, embora com novas feições. É

o caso do fascismo italiano, embalado nos sonhos de

reconstrução das glórias do Império Romano, ou do

nazismo alemão, defensor da unificação dos povos

germânicos e da reconstrução do seu Império, então

denominado III Reich.

04. A vitória do nacionalismo indiano (1947) e o

fracasso franco-britânico na guerra contra o Egito

(1956) desencadearam uma onda de nacionalismo

nas antigas colônias européias na África e na Ásia.

Aliando-se a outros países de passado colonial, como

os latino-americanos, formaram uma terceira força

internacional - Terceiro Mundo, situado entre o

Capitalismo e o Socialismo.

08. Nos anos 80-90, novamente os movimentos

nacionalistas abalam a política internacional. O já

frágil "império" soviético vê sua unidade desfazer-se

diante do separatismo das Repúblicas Bálticas -

Letônia, Estônia e Lituânia. A partir de então, outras

repúblicas assumem o mesmo propósito, pondo fim à

URSS. Entre os "eslavos do sul", as disputas de

croatas e sérvios lançam a Iugoslávia numa violenta

guerra civil.

2. O clima de tensão oriundo da expansão imperialista

na Ásia e determinador do 1º Conflito Mundial não pode

ser avaliado pelas:

1. rivalidades entre franceses e ingleses na Indochina,

entre ingleses e russos na Ásia Central e entre russos

e japoneses na Mandchúria e Coreia.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL – 1914-1918

Page 15: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

14

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

2. políticas de alianças entre russos e japoneses para

bloquear as pretensões inglesas e francesas no

sudeste asiático.

04. tensões entre o Império Inglês e o Império Chinês em

torno da Coréia e da Mandchúria com o apoio da

França à Inglaterra.

08. rivalidades entre ingleses e franceses no sudeste

asiático, entre belgas e alemães em Port-Arthur e

entre russos e poloneses na Ásia Europeia.

16. tensões entre o Império Austro-Húngaro e a Grécia

na região do sudeste asiático com o apoio da

Inglaterra aos gregos.

3. Os Estados Unidos emergiram como grande potência

econômica mundial após a Primeira Guerra Mundial

porque:

a) apoiou a Alemanha, com o objetivo de enfraquecer a

Inglaterra.

b) liderou a criação da ONU (Organização das Nações

Unidas).

c) fortaleceu sua economia ao fornecer equipamentos e

suprimentos à Entente, enquanto as potências

europeias tiveram suas economias arrasadas após o

conflito.

d) apresentou as propostas do Tratado de Versalhes, para

enfraquecer a Alemanha, a grande potência industrial

do início do século.

e) se manteve afastado do conflito direto com as

potências europeias, concentrando seus esforços no

desenvolvimento interno.

4. A respeito do envolvimento dos E.U.A. na Primeira

Grande Guerra é incorreto afirmar que:

a) foi influenciado pela intenção germânica de atrair o

México, prometendo-lhe ajuda na reconquista de

territórios perdidos para os E.U.A.

b) os E.U.A. financiaram diretamente a indústria bélica

franco-inglesa e enviaram um grande contingente de

soldados ao fronte.

c) uma possível derrota da França e Inglaterra colocaria

em risco os investimentos norte-americanos na

Europa.

d) contrariando o Congresso, o presidente dos E.U.A.

rompeu a neutralidade, declarando guerra às forças

do Eixo.

e) a adesão dos E.U.A. desequilibrou as forças em luta,

dando um novo alento à Entente.

5. Ao término da Primeira Grande Guerra, as potências

vencedoras responsabilizaram a Alemanha pela guerra e

foi-lhe imposto um tratado punitivo, o Tratado de

Versailles, que teve como consequências:

a) degradação dos ideais liberais e democráticos,

agitações políticas de esquerda - como o movimento

espartaquista, crise econômica e desemprego.

b) enfraquecimento dos sentimentos nacionais,

militarização do Estado Alemão, recuperação

econômica e incorporação de Gdansk.

c) anexação das colônias de Togo e Camarões, a

afirmação dos ideais liberais e democráticos e a

valorização do marco alemão.

d) prosperidade econômica, rearmamento alemão,

desmembramento da Alemanha e fortalecimento dos

partidos liberais.

e) surgimento da República Democrática Alemã e da

República Federal Alemã, fortalecimento do

nazismo, militarismo e diminuição do desemprego.

A industrialização da Rússia ocorreu com atraso de mais

de um século em relação à Inglaterra, mas foi favorecida

pelo fim da servidão, que liberou mão de obra, e pelos

investimentos estrangeiros.

A Primeira Guerra Mundial enfraqueceu ainda

mais o governo Nicolau II. Em dois anos de luta, seu

exército sofreu 7 milhões de baixas, entre mortos, feridos

e desertores. A população civil padeceu com a fome e o

desemprego.

Em fevereiro de 1917, o czar abdicou e foi

instalada uma república liderada por Kerensky. Em

novembro, os bolcheviques comandados por Lênin e

Trotsky tomam o poder. Logo após, assinam a paz com a

Alemanha, efetuam uma radical reforma agrária e

nacionalizam bancos, indústrias e meios de transportes.

Depois de duas guerras, a economia russa

estava arrasada. Para recuperá-la, Lênin adotou a NEP,

afrouxando alguns controles sobre os investimentos

estrangeiros, o excedente agrícola e as pequenas

empresas (menos de vinte funcionários).

Em 1924, Lênin morreu e foi substituído por

Stálin, que passou a perseguir todos os seus adversários

(principalmente os adeptos de Trotsky), condenando

centenas de milhares à morte e milhões ao exílio na

Sibéria. Suprimiu A NEP e adotou os planos

quinquenais. A URSS tornou-se, assim, uma grande

potência.

Entre-Guerras (Totalitarismos de extrema direita)

Crise de 1929

Ao final da Primeira Guerra, a indústria dos EUA era

responsável por quase 50% da produção mundial.

O país criou um novo estilo de vida: o american way of

life. Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande

aumento na aquisição de automóveis, eletrodomésticos e

toda sorte de produtos industrializados.

Entretanto, os EUA sofreram grande abalo em

1929, quando mergulharam numa terrível crise, de

repercussão mundial.

Por sua vez, Inglaterra, França e Alemanha

foram atualizando rapidamente seus métodos industriais.

Isso colaborou para aumentar o desequilíbrio entre o

excesso de mercadorias produzidas e o escasso poder

aquisitivo dos consumidores. Configurava-se assim uma

conjuntura econômica de superprodução capitalista.

UNIDADE 10

REVOLUÇÃO RUSSA

Page 16: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

15

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

O crack da Bolsa de Valores de Nova York

A crise de superprodução teve como um de seus grandes

marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack da

Bolsa de Valores de Nova York, que representava o

grande termômetro econômico do mundo capitalista.

O crack da Bolsa de Valores de Nova York

abalou o mundo inteiro. Os Estados Unidos não podendo

vender também deixaram de comprar e isso afetou

também o Brasil, que dependia das exportações de café

para os Estados Unidos.

New Deal: a reação à crise

Nos primeiros anos do governo do presidente Franklin

Delano Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New

Deal, um conjunto de medidas destinadas à superação da

crise. O New Deal foi inspirado nas idéias do inglês

John Keynes. Dentre as principais medidas adotadas

pela política econômica do New Deal, destacam-se:

Controle governamental dos preços de diversos produtos

industriais e agrícolas. Concessão de empréstimos aos

proprietários agrícolas. Realização de um grande

programa de obras públicas. Criação de um seguro-

desemprego. Recuperação industrial.

Os partidos de orientação marxista, representavam uma

terrível ameaça aos interesses dos grandes banqueiros e

industriais. Para salvar esses interesses, apoiou a

ascensão de regimes totalitários, que prometiam

estabelecer a ordem e a disciplina social. Exemplos

marcantes desse processo foram o desenvolvimento do

fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha.

A crise exigiu respostas econômicas novas e

corajosas, adotadas pelo presidente Franklin Delano

Roosevelt, eleito em 1932, e que geraram o New Deal.

Esse plano teve como base as idéias de John Maynard

Keynes (1884-1946). O Keynesianismo defende um

Estado mais interventor, que deveria evitar os riscos de

superprodução, além de aumentar o poder de consumo,

mas preservando a economia de mercado. O liberalismo

clássico de Adam Smith foi superado pelo

neocapitalismo.

Exercícios de Sala

1. O período de 1919 a 1939, pelos componentes que o

constituíram, marcados por esperanças e frustrações, é

tido como um dos mais críticos da época contemporânea.

Dos esforços para superar a devastação da Primeira

Guerra Mundial, se encaminha para a recuperação e logo

em seguida para o novo conflito mundial.

A respeito desse período é correto afirmar que:

1. A frustração e o inconformismo do alemães,

submetidos às cláusulas do Tratado de Versalhes,

levaram - nos a chamar esse acordo de "Diktat".

2. A Liga das Nações (ou Sociedade das Nações),

criada após a Primeira Guerra Mundial, recebeu

apoio de todas as potências e teve atuação decisiva

para evitar todas as crises internacionais da década de

1930.

04. A URSS participou ativamente da política

internacional européia na década na década de 1920.

08. Nesse período houve a vitória das ditaduras do tipo

nazi - fascista na Itália e na Alemanha, além de

regimes autoritários em diversos países, como

Portugal e Espanha.

16. A crise de 1929 e a grande depressão econômica que

ela gerou, desencadearam também crises políticas,

reacenderam nacionalismos econômicos e políticos,

facilitaram a ascensão de ditaduras e contribuíram

para o advento da Segunda Guerra Mundial.

2. O período de entre guerras (1919-1939) foi

caracterizado pelo aparecimento de regimes autoritários

na Europa. A esse respeito, é correto afirmar que:

1. Esses regimes podem ser entendidos como uma

alternativa tanto à ordem liberal tradicional quanto ao

regime comunista.

2. No período em questão, acentuaram-se as

dificuldades dos regimes democráticos e acentuou-se

o fracionamento político, o que dificultava o

estabelecimento de maiorias parlamentares que

pudessem garantir a continuidade administrativa.

04. A incapacidade dos regimes de democracia liberal de

contornarem a crise econômica dos anos 1920/30,

também contribuiu para abrir espaços para a

expansão dos regimes autoritários.

08. Parte importante no projeto do nazismo de unificação

das vontades coletivas foi a ênfase na liberdade de

expressão e na igualdade entre as raças.

16. A expansão dos regimes autoritários se fez com base

num acentuado internacionalismo e cosmopolitismo,

rejeitando-se qualquer ênfase em temas nacionalistas.

32. A tomada do poder pelos nazistas e fascistas teve

uma significativa participação popular, inclusive com

grandes manifestações de massa.

Exercícios Complementares

3. "... derrota na guerra, deserções, motins militares

contra os superiores, greves nas fábricas, falta de gêneros

alimentícios e combustíveis nas principais cidades,

queda na produção, aviltamento dos salários,

incapacidade governamental e crescente miséria das

massas."

O quadro descrito no texto conduziu à

a) derrota dos franceses no Vietnã em 1954.

b) descolonização Afro-Asiática em 1945.

c) rebelião Boxer na China em 1900.

d) Segunda Guerra Mundial em 1939. e) Revolução Russa em 1917.

4. "A guerra atual é, por parte de ambos os grupos

potências beligerantes, uma guerra (...) conduzida pelos

capitalistas pela partilha das vantagens que provêm

domínio sobre o mundo, pelos mercadores do capital

financeiro (bancário), pela submissão dos povos fracos

etc." ("Resolução sobre a Guerra", publicada no jornal PRAVDA em abril

de 1917.)

O AVANÇO DOS REGIMES TOTALITÁRIOS

Page 17: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

16

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

O texto oferece uma interpretação característica dos

bolcheviques sobre a

a) Guerra Russo-Japonesa.

b) Guerra da Coreia.

c) Guerra da Crimeia.

d) Primeira Guerra Mundial.

e) Primeira Guerra Balcânica.

5. Sobre fatos antecedentes à Segunda Guerra Mundial,

assinale a alternativa incorreta. a) Os E.U.A. cortaram o envio de ferro, aço, petróleo e

borracha e bloquearam capitais japoneses na América

do Norte por causa da invasão da Manchúria pelo

Japão.

b) Passando por cima das disposições dos tratados do

pós-guerra, em 1938, Hitler, com o apoio de fascistas

austríacos, ordenou a ocupação da Áustria.

e) Em 1936, um grupo de generais, chefiados por

Franco, iniciou uma revolta contra o governo de

esquerda, legalmente constituído, na Espanha.

d) A euforia econômica decorrente da valorização da

Bolsa de Nova Iorque em 1929 favoreceu a

recuperação econômica e a consolidação das

democracias na Europa.

e) Em 1939, Stálin conseguiu-se aproximar da Alemanha

através do Pacto Germano-Soviético, negociado por

Ribbentrop e Molotov.

UNIDADE 11

A humilhação sofrida pela Alemanha com o Tratado de Versalhes cria as condições ideais para a germinação do nacional-socialismo - nazismo - alemão e a ascensão de Hitler ao poder, em 1933. O nacional-socialismo toma o poder pela violência, elimina as dissensões internas com métodos violentos e combate a divisão do mundo

produzida pela 1a Guerra.

Reação mundial ao nazismo - As potências ocidentais têm uma posição dúbia em relação ao nazismo. Pressentem o perigo representado por Hitler, mas permitem o crescimento da Alemanha nazista como forma de bloquear a União Soviética. A invasão da

Polônia, em 1o

de setembro de 1939, por tropas e aviões alemães, não surpreende a Europa. Todos estão à espera da guerra.

Origens do Eixo - Itália e Alemanha têm regimes

políticos semelhantes, mas o que mais as aproxima é o

limitado espaço territorial de que dispõem e a acirrada

competição pelos mercados internacionais. Stalin

percebe que as anexações alemãs caminham em direção

à União Soviética e firma com Hitler o Pacto Germano-

Soviético, em 1939, pelo qual anexa a Lituânia, Letônia,

Estônia e parte da Polônia e Finlândia.

COMEÇA A GUERRA NA EUROPA

Em abril de 1939 Hitler exige a anexação de Dantzig, o

"corredor polonês", e a concessão de uma rede rodoviária e ferroviária que cruze a província polonesa

da Pomerânia. A Polônia, sem condições de resistir, é

invadida por tropas nazistas no dia 1o

de setembro. O

Reino Unido, comprometido com a defesa da Polônia em

caso de agressão, declara guerra à Alemanha. Horas

depois, é seguida pela França. Até junho de 1940, quando a Itália declara guerra à França e ao Reino

Unido, o conflito está restrito aos três países. A Alemanha invade e ocupa a Noruega, a Bélgica, a

Holanda e a França.

Domínio alemão - O domínio alemão na Europa fica

patente com a expulsão dos ingleses de Dunquerque e os

armistícios assinados pela França com a Itália e

Alemanha, em junho de 1940, que dividem o território

francês em duas partes.

Na Batalha da Inglaterra, no verão de 1940, a aviação

inglesa, RAF (Royal Air Force), consegue rechaçar os

ataques da Luftwaffe (aviação alemã).

Defesa de Moscou - Em fins de 1941 a defesa de

Moscou marca uma das mais decisivas vitórias aliadas.

Ataque a Pearl Harbor - O ataque japonês à base norte-

americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro

de 1941, leva os Estados Unidos a declararem guerra ao

Eixo e alastra o conflito a quase todo o mundo. As duas

facções beligerantes estão definidas: os países do Pacto

Anticomintern (o Eixo) - Alemanha, Itália e Japão -

contra os Aliados - Inglaterra, Estados Unidos, União

Soviética e China. A China já se encontra em guerra

contra o Japão desde 1931.

Kamikazes - É como são chamados os aviões japoneses

carregados de explosivos e dirigidos por um piloto

suicida que com ele se atira sobre o alvo inimigo.

SEGUNDA FASE DA GUERRA

É quando o conflito se torna uma guerra de desgaste. O

Eixo tenta subjugar a Inglaterra, cortando suas linhas de

abastecimento no Atlântico e no Mediterrâneo.

Contra-ofensiva na África e Itália - Em julho de 1943

os Aliados desembarcam na Sicília e, em setembro,

avançam até Nápoles. Mussolini é destituído em julho e

a Itália muda de lado.

Dia D - Em 6 de junho de 1944, chamado de "Dia D"

pelos Aliados, sob o comando do general Einsenhower, é

feito o ataque estratégico que daria o golpe mortal nas

forças nazistas que ainda resistem na Europa. Cinquenta

e cinco mil soldados norte-americanos, britânicos e

canadenses desembarcam nas praias da Normandia,

noroeste da França, na maior operação aeronaval da

História, envolvendo mais de 5 mil navios e mil aviões.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL – 1939-45

Page 18: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

17

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

Guerra no Pacífico - No Pacífico, a situação também se

inverte com a vitória das tropas norte-americanas na

batalha naval de Midway e em Guadalcanal, em 1942.

Ataque a Hiroshima e Nagasaki - Em 6 de agosto os

Estados Unidos lançam a primeira bomba atômica sobre

Hiroshima, deixando mais de 100 mil mortos e 100 mil

feridos. A partir de 8 de agosto tropas soviéticas

expulsam os japoneses da Mandchúria e da Coréia e

ocupam as ilhas Kurilas e Sakalina. Em 9 de agosto é

lançada a segunda bomba atômica, dessa vez sobre

Nagasaki, com saldo de vítimas semelhante ao de

Hiroshima.

Final da guerra - Hitler suicida-se em 30 de abril, com a chegada das tropas soviéticas a Berlim, e o almirante Doenitz forma novo governo e pede o fim das hostilidades. A capital alemã é ocupada em 2 de maio. A Alemanha se rende incondicionalmente em 7 de maio, em Reims. A capitulação do Japão acontece em 2 de

setembro, em Tóquio. A 2a

Guerra Mundial deixa um

saldo de 50 milhões de mortos e custa cerca de US$ 1,40

trilhão.

JULGAMENTO DE NUREMBERG

Terminado o conflito, os vitoriosos decidem julgar os

líderes nazistas num inédito tribunal internacional de

crimes de guerra. A iniciativa contribui para a descoberta

dos campos de concentração e extermínio. A sede

escolhida é a cidade alemã de Nuremberg, que nos anos

30 havia sido palco dos maiores comícios nazistas.

Exercícios de Sala

1. A Segunda Guerra Mundial alterou a correlação de

forças no mundo. Entre as modificações ocorridas,

destacam-se:

1. O declínio da influência europeia cuja hegemonia já

havia sido comprometida desde a Primeira Guerra

Mundial.

2. A ascensão dos Estados Unidos e da União Soviética,

liderando blocos de interesses divergentes e

originando a chamada "bipolarização" do mundo.

04. Após a Segunda Guerra Mundial e até recentemente,

nenhuma potência europeia ou os Estados Unidos

participaram de qualquer conflito bélico.

08. Após a Guerra - e por causa dela -, houve

intensificação das manifestações anticolonialistas,

acelerando-se o processo de descolonização das

colônias européias na África e na Ásia.

16. O final da Segunda Guerra Mundial decretou o

desaparecimento dos Estados autoritários,

reorganizando-se o mundo em bases inteiramente

democráticas.

32. Como tentativa de resolver os problemas

internacionais, criou-se em 1945 a Organização das

Nações Unidas (ONU).

2. Sobre a História Contemporânea, é correto afirmar

que:

1. a Primeira Guerra Mundial (1914-18) resultou, dentre

outros motivos, da concorrência comercial, da

disputa por colônias e da luta pela hegemonia dos

mares.

2. a grande vencedora da Primeira Guerra Mundial foi a

Alemanha, o que motivou a reação da Itália e do

Japão no final dos anos 30, dando inicio à Segunda

Guerra Mundial.

04. o Tratado de Versalhes foi imposto pela Alemanha

aos países europeus, com o apoio dos Estados

Unidos.

08. a ideologia nazista enaltecia o nacionalismo e o

militarismo, visando conquistar as massas e o

exército, e pregava o anti-comunismo, visando

conquistar a alta burguesia.

16. apesar das guerras do século XX, a Europa manteve

sempre sua hegemonia econômica e política sobre o

mundo.

Exercícios Complementares

3. Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas

Cegas inexatas

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas

Mas oh! não se esqueçam

Da rosa de Hiroshima

A rosa hereditária

A rosa radioativa

Estúpida e inválida

A rosa com cirrose

A anti-rosa atômica

Sem cor, sem perfume

Sem rosa, sem nada

"Rosa de Hiroshima" (Gerson Conrad e Vinícius de Moraes)

Podemos considerar que o texto acima debate:

a) a herança terrível das bombas atômicas atiradas em

Hiroshima e Nagasaky, no final da 2ª Guerra

Mundial, levantando a necessidade de sua lembrança

para defendermos a paz.

b) a poesia não trata dos problemas relativos à bomba

atômica, a guerra e a paz.

c) as armas atômicas nunca seriam usadas como forma

de poder entre as potências mundiais.

d) a paz só será garantida com a utilização de armas

atômicas.

e) as armas atômicas deixaram poucas heranças culturais

e políticas durante o período da Guerra Fria.

Page 19: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

18

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

4. Na II Guerra Mundial, as bombas atômicas de Hiroshima e Nagazaki foram consideradas crimes de guerras, porque:

a) o conflito já tinha terminado em agosto de 1945 e a

resistência japonesa era mínima em Pearl Harbor.

b) as bombas faziam parte de um esquema de testes

militares.

c) os E.U.A. queriam impor o seu domínio à Alemanha.

d) os E.U.A. pretendiam deter o avanço dos soviéticos na

Ásia.

e) as bombas tinham um único alvo: os japoneses no

Pacífico.

5. Foi o encontro do primeiro ministro inglês Winston Churchill e dos presidentes Roosevelt, dos Estados

Unidos e Stálin, da União Soviética onde confirmou-se o

desmembramento da Alemanha e da Coreia:

a) Conferência do Cairo.

b) Conferência de Teerã.

c) Conferência de Ialta.

d) Conferência de Potsdam.

e) Conferência de Bandung.

UNIDADE 12

Bipolarização entre EUA (capitalismo) e URSS

(socialismo), estado de constante hostilidade entre as

duas superpotências e seus aliados e corrida

armamentista e tecnológica, mas sem conflito armado

direto, caracterizaram a Guerra Fria, que vigorou entre o

fim da Segunda Guerra Mundial e a crise do socialismo

real no final dos anos 1980.

Tradicionalmente as fases da Guerra Fria são a

Guerra Fria “Clássica” (1945 – 1953), o período do

Degelo ou da Coexistência Pacífica (1953 – 1968) e a

política da Détente ou da Distensão (1968 – 1989).

Marcos iniciais da Guerra Fria

Bloco Capitalista

Em 1946, Churchill discursa nos EUA e pede para que

estes se tornem os protetores do “mundo livre”, pois a

Grã-Bretanha, não poderia mais manter tal papel.

Doutrina Truman (1947) – o presidente Truman

responde Churchill através de sua Doutrina e pede ao

Congresso Americano ajuda econômica e militar para os

governos europeus. Os EUA passaram a assumir a tarefa

de “protetores” da democracia, reagindo, imediatamente,

ao menor sinal de avanço socialista. A Doutrina Truman

pode ser considerada marco inicial da Guerra Fria.

Plano Marshall (1947) – ajuda econômica para a

Europa e considerado “braço econômico” do Bloco

Capitalista no início da Guerra Fria.

Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN)

1949 – força político-militar com objetivos “defensivos”, inicialmente composta por países da Europa Ocidental,

EUA e Canadá.

Bloco Socialista

Tratado de Assistência Mútua da Europa Oriental

(Pacto de Varsóvia) 1955 – aliança militar do Bloco

Socialista e formada por países da Europa Oriental e a URSS.

Principais acontecimentos

Crise ou Bloqueio de Berlim (1948-49) – com o fim da

Segunda Guerra, o Acordo de Potsdam (1945) dividiu a

derrotada Alemanha nazista e sua capital em quatro

zonas de ocupação entre URSS, EUA, Grã-Bretanha e

França.

República Federal da Alemanha (capital Bonn), sob o

governo capitalista.

República Democrática Alemã, inspirada no modelo

soviético, com capital em Berlim Oriental.

Guerra da Coreia (1950-53) – a derrota japonesa na

Segunda Guerra Mundial (1945) permitiu a libertação da

Coreia pelas tropas aliadas, mas o país foi dividido em

dois setores de ocupação (norte-americano e soviético),

pelo paralelo 38º. A divisão do país, as tensões

relacionadas com a Guerra Fria e a vitória comunista de

Mao Tsé-tung na Revolução Chinesa, em 1949,

desencadearam a Guerra da Coreia, iniciada após a

invasão do sul pelos norte-coreanos, em 1950. A Coréia

do Sul recebeu apoio militar dos Estados Unidos,

enquanto a do Norte da China e da URSS. O conflito

terminou com a assinatura do Armistício de Panmunjom

(1953), que ratificou a divisão da Coréia efetuada

anteriormente.

Guerra do Vietnã (1960-75) – a luta pela

descolonização da Indochina começou no Vietnã e foi

liderada por Ho Chi Minh - Guerra da Indochina (1946-

54). Na Conferência de Genebra (1954), a França

reconheceu a independência do Laos, Camboja e Vietnã

– este dividido em Norte (socialista) e Sul (capitalista).

As eleições que reunificariam o Vietnã em 1956, não

aconteceram, devido ao golpe de Estado de Ngo Dinh

Diem (Sul) que estabeleceu uma ditadura militar em

1955, apoiado pelos Estados Unidos. A resistência ao

governo golpista gerou a formação da Frente de

Libertação Nacional, cujo braço armado eram os

vietcongues, e a Guerra do Vietnã. Nos anos 1960, auge

da Guerra Fria, a guerra no Sudeste asiático ampliou-se

com a intervenção militar norte-americana. A saída dos

Estados Unidos e o avanço das tropas comunistas

levaram à rendição do Sul, em 1975, permitindo a

reunificação do país, em 1976, e o nascimento da

República Socialista do Vietnã.

Muro de Berlim (1961) – o interesse soviético em

bloquear fugas para o lado capitalista de Berlim e

enfraquecer as expectativas reunificadoras, levou a

IDADE CONTEMPORÂNEA: GUERRA

FRIA

Page 20: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

19

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

Alemanha Oriental a erguer o muro em 1961. O “muro

da vergonha” dividiu famílias e ideologias,

transformando-se em um dos principais símbolos da

Guerra Fria.

Crise dos mísseis (1962) – em 1959, Fidel Castro e

alguns companheiros, contando com o apoio camponês,

derrubaram o ditador cubano Fulgêncio Batista. O

governo revolucionário demonstrou, desde o início, uma

grande preocupação com a justiça social. A reação

americana foi imediata, merecendo destaque, o embargo

comercial e a pressão para que Cuba fosse expulsa da

OEA. Isolada política e economicamente, Cuba

aproxima-se da URSS, ampliando o Bloco Socialista.

Mas, o momento de maior tensão aconteceu em 1962,

quando os EUA descobriram que mísseis soviéticos

estavam sendo instalados em Cuba – Crise dos Mísseis.

A conscientização das graves conseqüências de um

confronto armado direto levou os líderes das

superpotências ao entendimento. A URSS concordou em

retirar seus mísseis e os EUA aceitaram a perda do

monopólio político-ideológico no continente.

Primavera de Praga (1968) – as intenções de

modernizar a economia e o Estado, buscando uma via

independente e mais humanizada de socialismo, pelo

presidente, da então Tchecoslováquia, Dubcek, provocou

a imediata reação soviética, que a fim de manter seu

controle sobre a Europa Oriental, enviou tropas do Pacto

de Varsóvia, reprimindo a “Primavera de Praga”.

Maio de 1968 – “é proibido proibir’’ e “paz e amor’’

foram palavras de ordem de uma geração, nascida em

plena Guerra Fria, e que viveu os “anos rebeldes’’ – a

década de 1960. Na França, em 1968, os estudantes

protestaram contra as reformas educacionais, além de

pedirem maior liberdade, criticando abertamente o

conservadorismo.

Corrida espacial – as pesquisas espaciais tiveram

destacado papel na tensão entre Estados Unidos e URSS,

transformando a eficiência tecnológica em uma

importante arma político-ideológica. A corrida espacial

começou em 4 de outubro de 1957, quando foi lançado o

primeiro satélite em órbita da Terra pela União

Soviética, o Sputnik-1. A competição aumentou quando

os soviéticos, um mês depois do Sputnik-1, enviaram o

Sputnik-2. Em 1961 a URSS comemorou o primeiro vôo

tripulado, transformando Iúri Gagárin no primeiro

astronauta da história. Apenas em 20 de julho de 1969,

os norte-americanos conseguiram impor-se, enviando a

Apolo-11, com os primeiros astronautas, à Lua.

Fim da União Soviética

Em 1991, em meio a uma grave crise do que se passou a

chamar “socialismo real”, a União Soviética deixava

oficialmente de existir. Era mais um fato de uma época

de mudanças radicais – queda do Muro de Berlim,

reunificação da Alemanha, queda dos regimes de

esquerda do Leste Europeu etc.

No final dos anos 80, o presidente soviético Mikhail

Gorbachev estava ciente dos problemas que o país

atravessava e decidiu adotar dois conjuntos de reformas.

A Perestroika, ou Reestruturação, visava a mudar as

condições econômicas do Estado – na realidade, permitia

a volta da propriedade privada e do capitalismo. Já a

Glasnost, ou Transparência, tinha como objetivo mudar a

estrutura política e abrir caminho para o surgimento de

mecanismos de expressão democrática. Gorbachev

queria diminuir a burocracia e a corrupção, que eram

alarmantes nos órgãos estatais naquela época.

As guerras do Golfo Pérsico

Guerra Irã-Iraque (1980-88): vitória militar não

conclusiva do Iraque. Amos os países se debilitaram

Guerra do Kuwait (1990-91): o Iraque foi obrigado a

retirar-se do Kuwait pela Operação Tempestade no

Deserto liderada pelos EUA.

Guerra anglo-americana contra o Iraque (2003):

ocupação anglo-americana do Iraque, dissolução do

regime de Saddam Hussein.

Exercícios de Sala

1. Em 6 de junho de 1944, a Europa começou a se

render aos Estados Unidos da América, iniciando o

período da "Pax Americana" (sem os americanos, não

haveria Dia D). Apesar do nome "pax", os últimos 50

anos foram uma época recheada de "pequenas guerras" –

[ ... ] o mesmo havia acontecido com a mais famosa "Pax

Romana". Roma, gestora da chamada Civilização

Ocidental, soube resistir a invasões bárbaras, mantendo

as características básicas da civilização que chegou aos

brasileiros pós-1500. (BONALUME NETO, p. 2)

Indique as proposições que confirmam o conteúdo do

texto anterior:

1. As alianças político-militares representadas pela

OTAN e pelo Pacto de Varsóvia configuraram o

esforço americano no sentido da preservação da paz

mundial.

2. Assim como os romanos, durante a vigência da sua

Pax, tiveram que enfrentar os ataques bárbaros, os

americanos rechaçaram os ataques de Hitler, o

"bárbaro" moderno.

04. Após a Segunda Grande Guerra, ocorreu a

redefinição da ordem mundial, com a hegemonia dos

Estados Unidos no bloco capitalista e o declínio da

influência política, econômica e cultural da Europa.

Page 21: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

20

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia

08. As "pequenas guerras" empreendidas pelos Estados

Unidos, na Coréia, no Vietnã, no Afeganistão e no

Golfo Pérsico, evidenciam o caráter contraditório da

Pax Americana.

16. A Pax Americana dependia da aquiescência da

Alemanha, que passou a reivindicar áreas coloniais e

a contestar a hegemonia internacional anglo-

americana.

32. Os acordos entre Estados Unidos e União Soviética

dão origem à política de Coexistência Pacífica, de

resultados mais aparentes que reais e permanente

competição militar.

2. No período imediatamente após a Segunda Guerra

Mundial (1939-1945), ocorre o(a)

1. estabelecimento da bipolaridade nas relações

internacionais, com os Estados Unidos e a União

Soviética liderando os blocos capitalistas e

socialistas, respectivamente.

2. declínio da Europa como centro do poder mundial, de

que a descolonização afro-asiática foi exemplo

marcante.

04. criação da Organização das Nações Unidas, em cujo

Conselho de Segurança manifesta-se o princípio de

absoluta igualdade entre os Estados participantes.

08. refluxo no processo de expansão socialista, em parte

determinado pelo fracasso militar soviético durante a

guerra.

Exercícios Complementares

3. No início da década de 60, o arsenal nuclear à

disposição das grandes potências era suficiente para

destruir a humanidade, caso fosse utilizado em uma

situação de confronto. Ao assumir o governo, o

Presidente Kennedy (1961-63) defendeu a substituição

da política externa norte-americana de confronto por

uma de entendimento com a URSS, cujo objetivo era o

desarmamento gradual das duas superpotências. Esse

programa do governo Kennedy foi conhecido como:

a) Doutrina Drago.

b) Doutrina Monroe.

c) Corolário Roosevelt d) Nova Fronteira.

e) Política de Boa Vizinhança.

4. Não é característica da Guerra Fria:

a) confronto ideológico que pressupõe equilíbrio nuclear

entre as potências.

b) polarização do mundo em dois blocos político-

militares.

c) distensão política e alinhamento internacional entre

E.U.A. e U.R.S.S.

d) desconfiança entre americanos e soviéticos e disputa

de áreas de influência.

e) criação das alianças militares O.T.A.N. e Pacto de

Varsóvia.

5. As duas Guerras Mundiais, marcadas pelo

expansionismo europeu, deixaram conseqüências

profundas. A implosão do Império Soviético está

contribuindo para frear o perigoso confronto Leste-

Oeste. O cotidiano europeu, no entanto, ainda apresenta

cenas sombrias. A Guerra Civil na ex-Iugoslávia,

entremeada da brutalidade que gera indignação, tem

raízes remotas e profundas porque:

a) expressa ressentimentos étnico-nacionalistas e

diferenças culturais nos Bálcãs.

b) o Pacto Nazista-Soviético colocou os Estados do

Báltico sob domínio russo.

c) o colapso do comunismo abriu caminho para a

transição capitalista bem sucedida.

d) na federação multinacional iugoslava, o comunismo

foi edificado sobre base camponesa, e não operária.

e) o Tratado de Paz, que consagrou o desmembramento

do Império Austro-Húngaro, pôs fim ao velho

antagonismo que dera origem à Primeira Guerra

Mundial.

GABARITO

Unidade 1

3) 05

Unidade 6

3) e

6) d

1) 22 4) 05 1) 26 4) c 2) 07 5) 20 2) 11 5) c Unidade 11:

3) a 3) 62 1) 15

4) 15 Unidade 4 4) a Unidade 9 2) 09

5) a 1) 59 5) d 1) 15 3) a

2) 15 2) 30 4) b

Unidade 2 3) 20 Unidade 7 3) c 5) c

1) 27 4) e 1) 79 4) d 2) 23

3) e 5) 22 2) 27

3) a 5) a Unidade 12:

1) 36

4) b Unidade 5 4) a Unidade 10 2) 03

5) a 1) 30 5) a 1) 25 3) d

2) 30 2) 37 4) c

Unidade 3 3) d Unidade 8 3) e 5) a

1) 20 4) b 1) 30 4) d 2) 15 5) e 2) 23 5) d

Page 22: HISTÓRIA - GERAL · As reformas de Clístenes institucionalizaram a democracia em Atenas, após diferentes formas de governo (monarquia, oligarquia e tirania), atingindo seu apogeu

Professor: Eraldo Rafael

21

HISTÓRIA - GERAL https://www.facebook.com/professorrafaelhistorianaveia