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O EVANGELHO SOCIAL Há uma legítima preocupação de grande número de servos de Deus perante às condições do mundo atual, atacado pela injustiça social, pela dura e impiedosa pobreza, da fome cruel que martiriza, com maior ou menor incidência, dois terços da família humana, há uma preocupação, por ter em mente que o amor não procura os seus interesses e não se alegra com a injustiça. Sendo assim, perante essa preocupação devemos ser de parecer que os cristãos, possuidores do mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, devem criar e manter em sua consciência o elevado padrão de solidariedade humana. Uma vez que a igreja tem pensado tanto em sua responsabilidade social, na pessoa de seus membros, é desafiada e convidada a realizar uma obra social. É um trabalho que nos cabe obedecer ao “Ide” de Jesus, e não temos por onde mudar o sentido da obra social, nos termos da inteligência bíblica, para sobre fundamento exclusivamente sentimentalista construir o que vem se denominando de evangelho social. Esse evangelho que vem tomando corpo entre nós, é uma importação modernista da Europa e da América do Norte, cujo maior exportador é o Conselho Mundial de Igrejas, organização de âmbito internacional que tenta estabelecer no mundo uma nova ordem social, para, pela união de todos os credos religiosos, protestante, católico romano, ortodoxo oriental, bem assim judaico, maometano e budista, se o quiserem, implantar o reino de Deus na terra. Pensa criar condições tais que o homem será de tal forma dirigido pela

História-o Evangelho Social

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O EVANGELHO SOCIAL

Há uma legítima preocupação de grande número de servos de Deus perante às

condições do mundo atual, atacado pela injustiça social, pela dura e impiedosa pobreza, da

fome cruel que martiriza, com maior ou menor incidência, dois terços da família humana,

há uma preocupação, por ter em mente que o amor não procura os seus interesses e não se

alegra com a injustiça. Sendo assim, perante essa preocupação devemos ser de parecer que

os cristãos, possuidores do mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, devem

criar e manter em sua consciência o elevado padrão de solidariedade humana.

Uma vez que a igreja tem pensado tanto em sua responsabilidade social, na pessoa

de seus membros, é desafiada e convidada a realizar uma obra social. É um trabalho que

nos cabe obedecer ao “Ide” de Jesus, e não temos por onde mudar o sentido da obra social,

nos termos da inteligência bíblica, para sobre fundamento exclusivamente sentimentalista

construir o que vem se denominando de evangelho social. Esse evangelho que vem

tomando corpo entre nós, é uma importação modernista da Europa e da América do Norte,

cujo maior exportador é o Conselho Mundial de Igrejas, organização de âmbito

internacional que tenta estabelecer no mundo uma nova ordem social, para, pela união de

todos os credos religiosos, protestante, católico romano, ortodoxo oriental, bem assim

judaico, maometano e budista, se o quiserem, implantar o reino de Deus na terra. Pensa

criar condições tais que o homem será de tal forma dirigido pela sociedade denominada

“Super Igreja”, que não se poderá afastar do destino que lhe for traçado. Alcançado tal

objetivo, a “super-igreja” terá em maior destaque a missão do que a doutrina, e menos a

ortodoxia teológica do que o evangelho social, pois o evangelho social, preencherá

plenamente a missão da igreja no mundo.

Desta forma pode-se definir que esse evangelho social que se tem visto é de

mensagem mais terrena do que eterna. Sua visão é panorâmica e inclui a humanidade toda,

como um todo, como objeto de sua maior preocupação salvacionista. Aconselha ação

definida e resoluta na solução dos problemas políticos, econômicos e sociais, deixando em

plano secundário os interesses espirituais de cada indivíduo como ser isolado da

comunidade. O seu apelo é por um mundo socialmente melhor, e não por um mundo

redimido pelo Sacrifício da Cruz. Subestima o valor da conversão da alma e destaca a

dignidade do bem estar social da vida humana. Procura identificar a Igreja de Deus como o

mundo descrente, fazendo-lhe concessões, a fim de atraí-lo para a órbita do seu

ecumenismo religioso. Ressalta o valor da mensagem e do bem estar social e rebaixa a

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mensagem evangélica . Insinua a irmanação de todos os credos religiosos, cristão, sub-

cristãos e não cristão, pensando com isto mudar as condições sociais do mundo, como o

objetivo utópico de estabelecer o reino de Deus entre os homens.

Pode-se perceber então que o evangelho social, muito embora traga consigo um

louvável sentido de solidariedade humana, desmanda-se na ousadia inglória de tentar

substituir o sublime e eterno Evangelho do Nosso Salvador por uma contrafação de

finalidade temporal.

DISCÍPULOS DO DR. SHAULL

O autor passa a demonstrar aqui os conceitos criados por alguns pastores que

seguiam os mesmos princípios do Dr. Shaull, do evangelho social, e se empenha em refulá-

los, dentre eles:

Rev. Domício Pereira de Matos na revista “Curso Popular” para Escolas

Dominicais, publicada sob os auspícios da Confederação Evangélica do Brasil, lição 10, de

7 de junho de 1964, demonstra seu pessimismo e censura à Igreja porque se atrasou na

solução do problema social, pois só ela poderia resolvê-lo. Uma idéia que repousa com

bases nos conceitos do Dr. Shaull. Isto é, o desafio consiste em que a igreja deve passar à

frente dos que, porventura, tenham saído antes dela com a iniciativa de promover solução

econômica para quantos sofrem o drama do estômago vazio.

Perante o problema da questão social, percebe-se que não há possibilidade da

Igreja de Cristo, em sua parte atuante, que se constituiu de uma notável minoria no meio da

comunidade cristã e de uma minoria ainda menor, no que se diz a população total da

humanidade, dispor de meios e recursos para saciar os que padecem de fome. Porém não

pode deixar de pensar no problema social, discuti-lo, fazer sugestões e cooperar na sua

solução. É claro que resolvê-lo em definitivo, como preconizam os adeptos do “evangelho

social”, é um empreendimento utópico que está muito acima das suas possibilidades.

O Rev. Lemuel C. Nascimento de uma forma mais discreta deixa também

transparecer a sua influência pelo evangelho social, pois declara que somos chamados para

dar testemunho de Jesus Cristo entre os homens e fracassamos não na medida em que

deixamos de desenvolver misticismo ou ortodoxia formalista, mas na medida em que nos

isolamos, indiferentes, das necessidades daqueles a quem Deus quer salvar e beneficiar por

nosso intermédio., desta forma não há participação em Jesus Cristo sem participação na

sua missão no mundo, pois ele mesmo lutou para restabelecer a dignidade do homem para

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que ele tivesse vida humana, realmente humana, nas suas relações com Deus e com o

próximo. Para ele a solução dos problemas humanos deve vir em primeiro lugar, e só

depois a mensagem do Evangelho para a salvação da alma.

É claro que Jesus se empenhou em elevar o homem, do padrão paganizado em que

ele vivia para um padrão de dignidade, porém não se pode esquecer que a preferência de

Deus não é tanto por nossa vida temporal ou humana, e sim, sobretudo, por nossa vida

espiritual. O método de Jesus, não elevava o homem a um padrão de vida exclusivamente

humano, porém o seu método consistia em ativar as forças morais e espirituais da pessoa

humana, para comunicar-lhe um caráter forte e construtivo, como os mesmos sentimentos

que houve nEle também.

É importante ressaltar que Jesus não foi um socialista, cuja vida e meta foi lutar

constantemente contra as injustiças e opressões de seu tempo para que assim elevasse o

aspecto social da vida humana. Porém se olharmos os seus desafios, veremos que ele

apontava para um padrão de vida mais elevado, não apenas terreno mais espiritual, como

vemos no sermão do monte, capítulos 5, 6 e 7 de Mateus.

O Rev. Nilo Gimeno Rédua Junior também demonstra sua preocupação em se

resolver o problema da questão social de maneira definitiva, pois a multidões estão

famintas. Para ele não se pode dar apenas o pão espiritual, não se pode deixar a multidão

partir apenas com o pão espiritual, mas com o pão material também, pois se isto continuar

a acontecer, elas não atenderão à nossa mensagem.

Porém ele esquece que o resolver em definitivo a questão social não está em

alcance da igreja, pois a mesma é limitada financeiramente. Se existir solução definitiva

isso não deveria caber aos Governos, a quem as respectivas nações oferecem o potencial de

recursos, as instituições adequadas e o pessoal tecnicamente qualificado para planificar e

resolver?

Outro fator que não se pode esquecer é que não se pode equiparar o pão espiritual

com o pão material, não há comparação, pois Jesus disse que o reino de Deus e a sua

justiça é muito mais importante, pois as outras coisas serão acrescentadas. Se estivermos

debaixo da poderosa mão de Deus, ele cuida de nós. Desta forma se pretendermos

solucionar os problemas sociais do nosso povo, ou seja, entregar o pão material, para

depois evangelizar, entregando o pão espiritual, nunca evangelizaremos o Brasil.

O Rev. Rubem Alves, segundo o jornal “O Presbiteriano Bíblico” de maio de 1964,

editado em SP, disse a um auditório de estudantes na Universidade de Ohio, U.S.A., que a

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igreja tem fracassado frente ao Comunismo e que a presença incomodante dos marxistas,

avançando no território perdido por ela, a tem incomodado.

Deve-se ressaltar porém, que até aqui o comunismo não apresentou planos de vida

melhores do que os princípios humanos e morais que os Evangelhos nos indicam. O que se

tem verificado lá é a coerção, a violência como lei, a suspeita, o temor e a delação.

Pretender criar uma igualdade econômica no mundo atual é tentar fugir, sem ter por onde,

da dura realidade expressa nas palavras de Cristo: “Os pobres sempre tendes convosco” (Jo

12.8). A desigualdade econômica sempre existiu e sempre existirá, pois decorre de uma

série de fatores que se repetem indefinidamente, sem possibilidade de controle.

Como diz o autor, é inútil pensar os idealistas e difusores do evangelho social, que

tentar corrigir os planos de Deus para implantar um socialismo igualitário no que tange à

distribuição da riqueza, seja possível, pois saibam eles que isso é uma tarefa ousada e

inglória, nas condições do mundo atual, rebelde e impotente.

UMA GRAVE DENÚNCIA

Em abril de 1964, subiu à Comissão Executiva do Supremo Concílio da Igreja

Presbiteriana do Brasil um documento subscrito por considerável número de evangélicos

presbiterianos, através do qual se fazia uma representação contra a infiltração socialista,

com tendência comunista, no seio da Mocidade Evangélica. Esse documento faz

referências da mais grave responsabilidade, pois versa sobre ideologias exóticas para o

nosso cenário evangélico e denuncia pastores, citando nominalmente Richard Shaull,

Rubem Alves, Jovelino ramos, Lemuel Nacimento, Nilo Rédua, Cyro Cormack, João Dias,

Almir dos Santos e Aharon Sapsezian.

Sobre Aharon Sapsezian, o autor comenta que esse ministro evangélico pertence a

um outro ramo denominacional, o que dificulta relatar algo sobre ele e seus conceitos. O

que se sabe porém é que o mesmo, é de pendor socialista que o arrasta a fazer trabalho

organizado de propaganda política entre os moços evangélicos do Brasil, distribuindo

literatura contrária à nossa ortodoxia.

Sabe-se também que o mesmo exalta o pensamento do teólogo alemão Bultmann,

por ele mostrar-se preocupado em promover o encontro do homem moderno –

existencializado – pela vivência do nosso mundo contemporâneo com o Cristo de todos os

tempos, e de restaurar à fé seu conteúdo vivo, operante e decisivo. Porém Aharon, segundo

o autor, parece esquecer que Bultmann duvida da veracidade histórica dos fatos relatados

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no Novo Testamento, pois apresenta uma teologia ficcionista em torno de um Jesus

lendário. Esquecendo então que nem todos estão preparados para ler um livro ou artigos de

um escritor com Bultmann. Não é devido à sua ideologia favorável ao homem, ao seu bem

estar social, que se deve fazer de Bultmann um aliado na missão da igreja. Entretando

deve-se mostrar que o seu pensamento sócio-político e teológico é um distorção das

verdades bíblicas infalíveis.

O autor também menciona o Rev. Cyro Cormack, colega de presbitério, mas que

não pode deixar de ser citado como alguém que apresenta tendências socialistas. O mesmo

diz que “se Cristo voltasse hoje, reformaria muita coisa do Novo Testamento”, isso

demonstra que o mesmo sobre grandes influencias neo-modernistas de Karl Barth, pois

como ele nega que o caráter absoluto da Verdade revelada, quando considera ser lícito a

cada um decidir, para si mesmo, o que na Bíblia é a palavra de Deus e o que não é.

Desta forma o autor destaca o Rev. Cyro entre suas críticas pois a sua declaração

importa em negação à inerrância das Santas Escrituras, o que, segundo ele é uma coisa

muito grave no ministério presbiteriano, e em seus conceitos e princípios percebe-se o seu

favoritismo ao socialismo conforme o autor mostra em síntese:

a) A revolução de 31 de março, segundo Rev. Cyro alterou profundamente a vida

do país e a nação foi radicalizada. Isto é, sofreu uma transformação violenta sem a

necessária preparação para defesa de sua estrutura social e política, pelo que dividiu-se

bastante.

b) Como conseqüência da revolução, diz ele que a IPB também sofreu em suas

finanças, pois segundo consta, findou o ano com um déficit de 10 milhões de cruzeiros.

c) A igreja dividiu-se em dois grupos perfeitamente caracterizados, uma a dizer ao

outro: eu não preciso de ti.

d) O Comunismo é estatizante, autoritário e um tanto escravizador; o Capitalismo é

injusto, explorador e exerce a pior escravidão: a econômica.

e) O cristão encontra no Socialismo a sua alternativa. Mas, em nosso meio

atrasado, socialismo confunde-se com Comunismo.

f) A mensagem evangélica que a Igreja vem pregando é aleatória, totalmente

irrelevante para o presente século, e os homens desta época não a ouvirão.

No tocante à revolução e sua significação para o Brasil, o autor usa as palavras do

professor do Seminário de Campinas Rev. Jorge Goulart, que em editorial da revista

Teológica daquele Seminário, dezembro de 1964, que se pronuncia dizendo o seguinte

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sobre a Revolução Brasileira: Diz ele que o Brasil entre os países latino-americanos é o de

governo mais estável e acomodado, que não reage muito aos problemas que enfrenta.

Entretanto, depois da espetacular renúncia do presidente Jânio Quadros, o país entrou num

regime de agitação permanente, sob o governo do Sr. João Goulart. Primeiro foi uma

experiência malograda do sistema parlamentarista, mal executada pela ação do próprio

presidente que não se conformava com a diminuição dos seus poderes. Com o

presidencialismo restaurado, esperava-se que tudo entrasse em bom caminho, porém com o

passar do tempo era evidente o fortalecimento do partido comunista, que o presidente

parecia prestigiar colocando-o em posições chaves e pactuando com a desordem que se

implantava em todas as esferas da administração, a par de uma desenfreada corrupção nos

negócios públicos.

Foi nestas condições que, para surpresa de todos, ocorreu a revolução, a primeiro

de abril do corrente ano. Quem mais foi surpreendido com essa revolução foi o próprio

governo, cujos famosos dispositivos falharam completamente. Acreditamos que Deus

velou pela nossa pátria. Constituiu-se um governo moderado, sob a presidência de um

homem de largo descortino e de elevado espírito, o marechal Castelo Branco. Eliminou-se

quanto possível, o perigo do domínio comunista, cujas raízes já eram até mais profundas

do que supúnhamos.

O autor mostra com esse relato o porque de não entender as saudades do Rev. Cyro

Cormack pelo regime passado sob o governo de João Goulart, a menos que isso seja

interpretado como um tendência sem disfarce para a esquerda socialista, sobre cujas

pegadas faz caminho o Comunismo.

O autor menciona também não concordar com o fato do Rev. Cyro mencionar que

a revolução abalou terrivelmente a IPB dividindo-a em dois grupos, o que não foi bem

assim, pois em primeiro lugar, o déficit da Igreja foi devido a despesas e fatores naturais da

Igreja, o que foi superado. Em segundo o mencionado a respeito da divisão diz o autor, ser

algo completamente desconhecido por ele. O que é sabido é que alguns líderes

evangélicos, poucos felizmente, de algumas correntes denominacionais, deixaram-se

empolgar por tendências político-sociais que, nestes últimos anos, vinham agitando o país,

e tentaram aproveitar o ensejo para inovar, dando corpo às suas idéias dentro da nossa

organização eclesiástica. Agora estão inquietos porque não encontraram ambiente e nem

condições para modificar a estrutura bíblica da Igreja, para dar orientação diversa à missão

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que o Senhor Jesus Cristo lhe conferiu e para reformar a crença que os nossos pais nos

legaram. Tentaram em vão substituir o Evangelho da redenção pelo “evangelho social”.

Outra questão que merece ser refutada é o fato do Rev. Cyro comparar o

comunismo e capitalismo: sendo que segundo a sua comparação o comunismo é apenas um

tanto escravizador, e o capitalismo, porém, como o que exerce a pior das escravidões.

O que o Rev. Cyro esquece, segundo o autor, é que com base no simples exemplo

entre dois países: Estados unidos (capitalista) e Rússia (comunista) o que se pode perceber

é que para o comunismo, o homem é tão somente um ponto de referência, um dado

estatístico, cuja vida pouco importa face ao interesse do Estado, ou melhor, da cúpula

dirigente. Muito mais do que o capitalismo, o comunismo escraviza o homem porque não

leva em conta a sua dignidade individual como ser humano: escraviza a mente porque não

lhe dá liberdade para pensar, dizer e decidir; e escraviza a alma porque lhe nega o direito

de professar uma religião.

O autor termina o capítulo mencionando o que tem acontecido é que o socialismo

cristão tem crescido com outra roupagem e sob disfarce diferente, a cujos propagandistas

pode-se aplicar, com muita propriedade, a doutrinação de Paulo: Admira-me que estejais

passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho; o

qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbem e querem perverter o evangelho

de Cristo. Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que

vá além do que vos temos pregado, seja anátema. (Gl 1.6-8)