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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB Limitação de turistas NÃO HÁ DUAS SEM TRÊS. SERÁ QUE É DE VEZ? POLÍTICA PÁGINA 6 Idosos Perto da família SOCIEDADE PÁGINA 7 JOGO QUEM TEM MEDO DO LOBBY MAU? POLÍTICA PÁGINA 5 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 QUINTA-FEIRA 5 DE MARÇO DE 2015 ANO XIV Nº 3284 PUB GRANDE PLANO PÁGINA 3 O caso da parede do apartamento que em vez de cimento continha sacos de papel continua por esclarecer. O proprietário do espaço em questão ainda não deu a cara o que deixa o Governo de mãos atadas para dar conta da empreitada. Muitas são as dúvidas numa fracção cheia de incógnitas por resolver. Histórias de papelão SEAC PAI VAN | PROPRIETÁRIO DESAPARECIDO. FRACÇÃO É UM MISTÉRIO hojemacau

Hoje Macau 5 MAR 2015 #3284

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Hoje Macau N.º3284 de 5 de Março de 2015

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O caso da parede do apartamento que em vezde cimento continha sacos de papel continua por

esclarecer. O proprietário do espaço em questão ainda não deu a cara o que deixa o Governo de mãos atadas para dar conta da empreitada. Muitas são as dúvidas

numa fracção cheia de incógnitas por resolver.

Históriasde papelão

seac pai van | proprietário desaparecido. fracção é um mistério

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por Carlos Morais José

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l i g u e - s e • pa r t i l h e • v i c i e - s ePropriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Filipa Araújo; Flora Fong; Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Simões Morais; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas António Conceição Júnior; Arnaldo Gonçalves; David Chan; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Edite Ribeiro(estagiária); Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

diárioDE

boRDo

A CâMARA MunICIPAl de Guimarães está a preparar um plano de acção para acabar com as descargas ilegais no rio Ave, um dos mais poluídos do país, o que pode inviabilizar uma candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia.

Os turistas do nosso contentamento

Macau foi, é e será uma cidade aberta. Faz parte das suas características seculares. Reco-lhe quem precisa, acolhe quem nos visita. Começou por aturar uns barbudos portugueses que, de algum modo, a fizeram existir. E depois foi chegando sempre um e outro mundo. Até que, com o advento da globalização e outros lugares comuns, aqui desembar-cam os turistas.No princípio vinham devagar e mal se faziam notar. Vinham de Hong Kong e vinham para jogar.

Mas, depois do regresso à Mãe Pátria e da abertura económica da China, começaram a chegar os turistas do continente e de tal modo que hoje deles depende, em parte imponente, o crescimento económico (leia-se lucros astro-nómicos do Jogo) e, portanto, a estabilidade da RAEM. Contudo, a realidade impôs-se e o rei dificilmente anda nu, neste território mal preparado para receber as multidões expectáveis. Estamos constantemente à beira de uma tragédia, naturalmente

provocada pelo excesso de pes-soas nos caminhos que lhes são destinados. Mas, pergunta-se, o problema está nos caminhos ou nas pessoas? Sigamos dois indicadores: não existe notícia de que os hotéis de Macau tenham estado de tal modo lotados que não existis-sem quartos para os visitantes; nenhum restaurante se queixou de sobrelotação, nem nenhum turista ficou sem comer. Logo, certas estruturas da cidade estão preparadas para os turistas, entre

as quais os próprios casinos e as receitas públicas, que deles precisam como do arroz para a boca; pelos vistos, os caminhos, as redes de circulação de automó-veis e pessoas, não estão.Falta agora decidir o que fazer: limitar os turistas ou racionalizar os caminhos?A resposta preguiçosa é a mais óbvia. Qual será a que o Gover-no – no seu todo, porque esta questão ultrapassa o âmbito de uma só Secretaria – vai realmente implementar?

“As operadoras [norte-americanas] podem aproveitar a vantagem de ter um grande númerode trabalhadores para influenciar, de forma passiva, a escolha dos membros para a eleição

do Chefe do Executivo. Isto é uma falha da governação de Macau e não está de acordo com a lei”académicos do centro de Estudos ‘um país, dois sistemas’ | P. 5

“Na minha opinião, acho que a solução, de forma muito simplista, poderá passar por uma boa política de habitação (...). O Governo tem que perceber o que as pessoas realmente precisam, no seu mundo real e não num mundode especulação”José salEs MarquEs• Economista, sobre as rendas altas

“No final de Agosto do ano passado, fomos acusados do crime de desobediência devido à manifestação [contra as operadoras de Jogo] organizado por nós. Isso não me afectou apenas a mim, mas a minha família também”cloEE chao• Ex-secretária-geral da Forefrontof The Macau Gaming sobrea saída do grupo

“O Chefe neste momento está mais à vontade para pôr as coisas a andar, porque tem uma equipa que é toda dele. E nos últimos anos herdou uma equipa que não era a dele. Teve alguma dificuldade em gerir a equipa em si. Parece-me que os elementosestão a mostrar quequerem fazer algo”JorgE fão• Antigo deputado e da direcção APOMAC, sobre o que esperarde Chui Sai On nas LAG

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hoje macau quinta-feira 5.3.2015 3grande planoJoana Freitas [email protected]

o Gabinete para o Desen-volvimento de Infra--Estruturas (GDI) e o Instituto de Habitação

(IH) não sabem qual a fracção – ou sequer o prédio – onde está inserida a parede que ao invés de cimento foi preenchida com sacos de papel. A garantia é dada pelo GDI e pelo Gabinete do Secretário para as Obras Públicas e Transportes, que afirmam mesmo ao HM que o proprietário da fracção ainda não fez queixa da situação, nem respondeu ao apelo do IH para que identificasse qual o apartamento com problemas.

Foram os próprios organismos que contactaram o HM, de forma a responder às perguntas colocadas anteriormente pelo nosso jornal e às quais, inicialmente, o GDI se recusou a dar resposta. O caso pare-ce, então, ter contornos diferentes do que os que vieram a público e que não foram esclarecidos pelo Governo no primeiro contacto feito pelo HM.

“Esta obra onde surgiu o pro-blema foi feita em duas empreita-das, que foram entregues a duas empresas diferentes. O problema é que a pessoa que publicou a foto no Facebook ainda não deu a cara e, se não o fizer, não conseguimos saber qual é o apartamento: se é da responsabilidade de um ou de outro empreiteiro”, começa por explicar o Gabinete do Secretário Raimundo do Rosário. “Enquanto a pessoa, ou o dono da fracção, não identificar a torre, não con-seguimos responder quem é o empreiteiro.”

O HM conseguiu, contudo, chegar à fala com quem colocou a foto de uma parede oca a circular nas redes sociais, que nos disse que o prédio em causa é do bloco 5. Tal como o HM tinha avança-do – e como confirmou ontem um porta-voz do GDI – foi, de facto, a Companhia de Fomento Predial Sam Yau a responsável pela cons-trução desta fracção.

O Gabinete do Secretário fez questão de responder ontem a uma das questões colocadas pelo HM: uma das empreiteiras é, então, a Sam Yau, e a outra – responsável pelos blocos 1 a 4 – é um consórcio formado pela Coneer Engenharia e Administra-ção e a Companhia de Construção Urbana J & T, Lda.

Apelo A morAdoresSobre se o Governo tem intenção de testar as outras fracções de habitação pública para perceber se poderá haver mais casos de paredes ocas, outra das questões colocadas pelo HM, o Executivo diz não ser esse o plano, por existirem “milhares de fracções”.

“Ainda estamos à procura do proprietário da fracção, ainda

O caso da parede oca de Seac Pai Van terá mais contornos do que aqueles que vieram até agora a público: o Governo afirma que não sabe qual a fracção onde surgiu o problema, por não conseguir que o dono se faça apresentar, pelo que não consegue resolver a questão. E acrescenta: “não há nada a esconder”

Seac Pai Van Governo desconhece proprietário e fracção com problemas

Se as paredes falassem

“Esta obra onde surgiu o problema foi feita em duas empreitadas,que foram entregues a duas empresas diferentes. O problema é quea pessoa que publicou a foto no Facebook ainda não deu a cara e, senão o fizer, não conseguimos saber qual é o apartamento”Gabinete do Secretário Para aS obraS PúblicaS e tranSPorteS

está em averiguações, e o IH optou por colocar anúncios em todas as fracções para que os proprietários nos informem se existem estas situações ou ou-

tras”, realça o GDI, reiterando a resposta do Gabinete de Rai-mundo do Rosário.

O Executivo voltou ainda atrás sobre as empresas de fiscalização

dos apartamentos e explica ao HM que estas são a FCB, Gabinete de Engenharia Limitada (responsá-vel pelos blocos 5 a 8, onde se insere a fracção onde existe o pro-

blema) e a Pengest Internacional, que teve a seu cargo os restantes edifícios.

O Gabinete do Secretário ad-mite não poder garantir que não possam haver mais problemas semelhantes nas restantes frac-ções, mas, já segundo o GDI, se os houver poderão ser reparados.

“Nas obras públicas, a garantia é de dois anos para garantir [repa-rações] de situações que só podem ser verificadas após uso”, começa por dizer o GDI. Apesar de o prazo destas habitações públicas estar a terminar, o porta-voz assegura que, mesmo que a data passe, se a situação for invulgar – como esta -, o empreiteiro poderá ser obrigado a repará-la. Contudo, alerta o Go-verno, os moradores precisam de apresentar os problemas. “Gosta-ríamos de saber porque é que não falam connosco.”

morAdor desApArecidoTanto o Gabinete do Secretário, como o GDI asseguram que “não há nada a esconder” no caso da parede de oca de Seac Pai Van e que os nomes dos envolvidos não são segredo, salientando que só não são tomadas mais medidas concretas por não se saber qual a fracção em causa.

Ontem, o HM voltou a tentar chegar à fala com o responsável pela publicação da fotografia da parede oca nas redes sociais, mas este mostrou-se incontactável. Já em conversa com o porta-voz dos moradores do Edifício Koi Nga, que entregaram uma carta ao Governo e se queixam de mais problemas nas fracções, foi-nos dito que também “não foi ainda possível encontrar o proprietário a quem aconteceu a situação”.

Cheang reconheceu ainda que a foto tinha sido retirada do Facebook e que, apesar de ter sido garantido que o bloco é o 5, “não se sabe qual a fracção” em causa. Contudo, o porta-voz da Associação de Mútuo Auxílio dos Moradores do edifício defende que “vários moradores já descobriram sacos de papel ou plásticos nas paredes” e que já denunciaram o caso ao IH.

Ontem, o HM contactou ainda a Sam Yau, mas não foi possível falar com qualquer responsável. - *Flora Fong

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4 hoje macau quinta-feira 5.3.2015política

Leonor Sá [email protected]

o s deputados da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Le-

gislativa (AL) concordam de forma unânime com a classi-ficação de actos de violência doméstica como crime pú-blico. A questão agora passa, de acordo com Kwan Tsui Hang, presidente do colectivo, por definir e melhor clarificar aquilo que se considera serem agressões leves e graves.

aLexiS TaM nãonega hipóTeSede reTiradade criMe púbLico Ontem, à saída da reunião com a Comissão da AL, alguns membros das associações mostraram-se receosos de que o Governo volte atrás com a decisão de classificar a violência um crime público. Embora essa fosse uma ideia alegadamente já descartada, Alexis Tam, secretário para os Assuntos sociais e Cultura, não negou essa possibilidade, acabando por não dar uma resposta concreta sobre o assunto, quando questionado pelos jornalistas, ontem à margem de um evento. “Temos um grupo de juristas especialistas e eles estão a trabalhar neste domínio e penso que somos abertos. Os deputados e associações é que poderão abordar estas questões com os nossos juristas (...) agora eles é que vão estudar como é”, começou o dirigente por dizer. Sem negar a possibilidade, justificou que apenas os especialistas têm poder para decidir questões deste calibre.

caSoS verídicoS parTiLhadoSNa reunião de ontem com a 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa, membros de cinco das 13 associações presentes expuseram casos verídicos de violência doméstica. Nenhuma das vítimas foi publicamente referida aos jornalistas, mas Melody Lu, representante da Coligação Anti-Violência Doméstica de Macau, disse que a apresentação dos casos serviu para demonstrar a urgência e necessidade de tornar a violência doméstica num crime público. De acordo com a porta-voz da coligação, a comissão pediu ao Instituto de Acção Social que criasse “uma série de conceitos muito bem definidos” e perguntou às autoridades policiais se estas têm capacidade para lidar com os casos, com base nas directrizes do actual documento legislativo.

aTFpM riTa SanToSpede incLuSãode apoio SociaL A Associação de Trabalhadores de Função Pública de Macau (ATFPM) foi um dos grupos presentes na reunião de ontem da comissão da AL, que discute o diploma de Prevenção e Correcção da Violência Doméstica. Rita Santos falou em nome da Associação e pediu alterações ao documento legislativo relativamente ao apoio social às vítimas. “Falta uma parte que dá apoio ao direito de informação à pessoa lesada, bem como apoio de assistência social e jurídico”, disse. “Em termos de comparação, em países como Portugal, Canadá ou EUA, a violência doméstica é considerada crime público e esperamos que com esta auscultação tão vasta, esperamos que a comissão possa dar um parecer mais honesto e justo”, colmatou a responsável.

“Será que esta vai ser uma má lei? Eu não penso assim”Kwan Tsui Hang Deputada

Todos os deputados da Comissão que discute a proposta de Lei da Violência Doméstica concordam que os actos devem ser considerados crime público

Violência DomésTica DeputaDos a favor De crime público

Resolver para aplicar

Kwan acrescentou ainda que o debate deste diploma na especialidade deverá prolongar-se por tempo indeterminado.

“O percurso provavel-mente é longo”, revelou on-tem a deputada. Isto porque, explicou, está em causa “um novo conceito”. A porta-voz da Comissão referia-se à dis-tinção entre agressões leves e graves.

A mesma opinião é partilhada pelo Ministério Público (MP) e por advoga-dos e juristas que também já

entregaram os seus parece-res à Comissão.

“Nenhuma opinião con-traria a proposta, mas o dilema está na questão das ofensas” leves e pesadas, de acordo com declarações

de Kwan aos jornalistas, depois de uma reunião da Comissão com 13 associa-ções e grupos. De acordo com a presidente, uma das principais preocupações da Coligação Anti-Violência Doméstica de Macau centra--se na necessidade de criação de um mecanismo de apoio aos membros familiares vitimizados.

Protecção que imPortaUma das reivindicações das associações tem que ver com a protecção e ajuda às víti-mas depois dos abusos. “Ex-plicámos [aos grupos] que a proposta de lei já prevê me-didas de protecção”, referiu. Na agenda dos colectivos estiveram a integração de casais do mesmo sexo, bem como de membros exteriores ao agregado familiar, como são empregadas domésticas, tios ou avós.

Até ontem, o MP tinha feito chegar às mãos da Comissão 13 pareces de opinião, tal como a Asso-

ciação de Advogados. Entre as principais preocupações das duas entidades estão questões relacionadas com o Direito Penal, nomeada-mente a forma de execução de lei.

em Prol dacensura PositivaQuestionada pelos jorna-listas sobre se a presente proposta, tal como está, poderia resultar numa má lei por falta de rigor e clari-ficação, Kwan disse apenas considerar este um diploma necessário, sendo por isso preciso discutir e definir todos os parâmetros de acção. A presidente da Co-missão referia-se a questões como as formas e etapas de

apresentação de queixas, posterior investigação po-licial e eventual protecção à vítimas dos abusos. “será que esta vai ser uma má lei? Eu não penso assim”, frisou. A deputada acrescentou ain-da que estes são actos que devem ser “censurados”, devendo para isso existir um quadro legal que dê poder às autoridades para punir os futuros infractores. Resta agora esperar que os deputados analisem todas as opiniões entregues para que seja eventualmente redigida uma versão actualizada do diploma. “Não temos ainda uma nova versão de trabalho, o Governo ainda não nos apresentou”, acres-centou Kwan.

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5 políticahoje macau quinta-feira 5.3.2015

Leonor Sá [email protected]

C hui Sai On disse ontem querer que seja redigi-da uma nova proposta de Reordenamento dos

Bairros Antigos, pois é um assunto que diz ser “muito importante”. As declarações do Chefe do Executivo surgem vários meses depois de um primeiro documento legislativo ter sido retirado pelo Executivo da Assembleia Legislativa (AL). O retrocesso do Executivo foi jus-

FLora Fong [email protected]

U m grupo de académicos do Centro de Estudos “um país, dois sistemas” do

instituto Politécnico de macau (iPm) escreveu um artigo onde defende que o Governo deve criar um mecanismo completo para a supervisão do funciona-mento das operadoras de Jogo estrangeiras em macau depois da transferência de soberania. Os académicos mostram receio face à estabilidade económica, mas também social.

isto porque, relembram, na altura da liberalização do Jogo apenas houve a introdução de empresas estrangeiras, sem uma “consideração profunda” sobre o assunto.

O artigo, publicado no Jor-nal do Cidadão, recorda que o Governo liberalizou as licenças de Jogo por forma a introduzir a competição no mercado. mas as operadoras estrangeiras, prin-cipalmente as norte-americanas, “subiram na indústria do Jogo e passaram a ter o direito de voz

Guilherme Ung Vai Meng no ICpor mais três anosGuilherme Ung Vai Meng vai permanecer na presidência do Instituto Cultural por mais três anos, de acordo com uma renovação da sua comissão de serviço, com efeitos desde o passado dia 1 de Março, que foi ontem publicada em Boletim Oficial. O despacho, do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, justifica a renovação do cargo com a “capacidade de gestão e experiência profissional adequadas para o exercício das suas funções”. Também ontem, Alexis Tam, nomeou Sou Chio Fai para continuar a exercer as funções de coordenador do Gabinete de Apoio ao Ensino Superior por mais dois anos, a partir do próximo dia 9 de Março. Esta renovação é justificada com a “capacidade de gestão e experiência profissional adequadas para o exercício das suas funções”.

Jogo Centro do IPM reCeIa ataque PolítICo

Alarmes a soar

novoS aterroS conSULta púbLica até JUnhoEm resposta ao jornal Ou mun, a Direcção dos Serviços para Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) confirmou que a terceira fase de consulta pública relativa aos cinco novos aterros da RAEm vai ter início até Junho deste ano. De acordo com as previsões originais, esta fase deveria ter começado no final do ano passado, mas foi adiada devido às mudanças na equipa do Executivo.

“Chui Sai On afirmou que já deu instruções (...) para se estudar a introdução da concepção da renovação urbana no reordenamento dos bairros antigose para iniciar a promoção deste projecto”

BaIrros antIgos ChEFE qUEr nOVA prOpOSTA dE rEOrdEnAMEnTO

Para a frente com issoO Chefe do Executivo mostrou ontem vontade de que seja redigida uma nova versãoda proposta de Lei de Reordenamento dos Bairros Antigos para futura discussão na AL por ser um assunto “muito importante”

conSeLho conSULtivo extinto MaS Lei deveSegUir eM Frente

tificado com o lançamento simul-tâneo da Lei de Terras, do regime de Planeamento urbanístico e da legislação que regulamenta a Sal-vaguarda do Património Cultural.

“[Chui Sai On espera que] no futuro, quando se promover o reordenamento dos bairros antigos com o conceito da renovação ur-bana possa ser apresentada nova proposta de lei, para poder ir sendo ajustada com as necessidades que vão surgindo”, lê-se no documento.

Até agora, foram vários os deputados – incluindo Au Kam

San e Kwan Tsui hang – que pe-diram ao Governo que esta fosse rapidamente retomada, mas apenas agora o dirigente vem expressar essa mesma vontade.

Tudo isto teve lugar ontem, antes da partida do dirigente para Pequim, por ocasião da Conferên-cia Consultiva Política do Povo Chinês. Além disso, Chui Sai

confirmou ter pedido a Raimundo do Rosário, Secretário para os Transportes e Obras Públicas, que fossem iniciados os trabalhos rela-tivos à introdução da concepção da renovação urbana da região.

“Chui Sai On afirmou que já deu instruções ao secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo Arrais do Rosário, para estudar a introdução da concepção da renovação urbana no reordena-mento dos bairros antigos e para iniciar a promoção deste projecto”, confirma o mesmo comunicado.

O Conselho Consultivo da Reordenação de Bairros Antigos foi extinto há mais de três meses e o Governo ainda não demonstrou vontade em reactivar o colectivo. Leong heng Kao, um vogal do Conselho, considera que este pode ser extinto automaticamente, mas não concorda que o regime de Reordenamento dos Bairros Antigos seja retirado. O Conselho Consultivo da Reordenação de Bairros Antigos foi criado em 2005 e os mandatos dos seus vogais

expiraram em Novembro do ano passado, não tendo até ao momento sido renovados. Também a lista dos seus constituintes, bem como outras informações respeitantes à constituição do grupo foram eliminadas de páginas oficiais. Em declarações ao Jornal Ou mun, Leong heng Kao referiu que o Governo não avisou nem publicou a renovação de mandatos de vogais de forma oficial. Para o membro, tal significa que o Conselho foi, então, extinto de forma automática.

através dos seus investimentos. Para além de terem benefícios eco-nómicos, procuram ter influência no meio político”, escrevem os académicos, que acreditam que esse factor pode trazer riscos à

prosperidade e estabilidade do território.

InfluêncIas passIvasO grupo considera ainda que o número de funcionários das em-

presas estrangeiras é grande, o que pode trazer mudanças à estrutura da sociedade local.

“As operadoras podem apro-veitar a vantagem de ter um grande número de trabalhadores para influenciar, de forma passiva, a escolha dos membros para a eleição do Chefe do Executivo. isto é uma falha da governação de macau e não está de acordo com a lei. mostra que as operadoras de Jogo estrangeiras influenciam as políticas do sector, o que faz com que o Governo Central seja pas-sivo face ao controlo da indústria do Jogo”, defendem.

Estando o Governo a preparar-se para a revisão das licenças de Jogo, o grupo de académicos do iPm considera que é oportuna a criação de um mecanismo completo para a supervisão destas operadoras, por forma a atingir o objectivo inicial da atribuição das licenças: “o de-senvolvimento do jogo tradicional por operadoras locais”.

Para os investigadores, esse mecanismo pode “evitar um ataque económico e político que pode prejudicar a segurança de macau e do interior da China”.

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6 política hoje macau quinta-feira 5.3.2015

Fil ipa araú[email protected]

N O mês passado, o Secre-tário para os Assuntos Sociais e Cultura, Ale-xis Tam, confirmou que

o Governo iria limitar o número de visitas de turistas no território. Dias depois, o mesmo Secretário substi-tuiu o termo limitar por “optimizar” a política dos vistos individuais. Agora Alexis Tam garante que “ainda não há qualquer decisão”, mas que o Governo de Macau vai rever a política dos vistos indivi-duais e entrar em conversa com o Governo da China.

“Já falei várias vezes que o que é importante para nós [Admi-nistração] é rever esta política de entrada de visitas de turistas com visto individuais, algo que já está a funcionar desde 2003, há mais de dez anos. Portanto é preciso rever esta política, mas também disse que nós [Administração] sabemos que Macau é pequeno e não podemos receber muitos turistas”, explicou o Secretário em declarações à imprensa, à margem da primeira reunião da Comissão para os Assuntos do Cidadão Sé-nior, que o próprio preside.

O excesso de turistas vai trazer, defende o Secretário, grandes pro-blemas à sociedade. “Hoje em dia os cidadãos não estão contentes, porque eles mesmo dizem que a qualidade de vida está a baixar”, argumenta. “Como governante tenho que fazer um equilíbrio, temos que ponderar. Para mim é muito importante a economia, mas também são importantes os cidadãos. Temos que fazer um equilíbrio, temos que ponderar muito bem”, remata.

Conversações em breveAlexis Tam garante ainda que para já “ainda não há qualquer decisão” e que o “Governo ainda não falou com os serviços competentes da China”, mas acredita que os mesmos “percebem a situação de Macau.

“Esta política tem que ser muito bem ponderada”, disse. O Secretário acredita que é possível “convencer o Governo Central” a controlar as visitas por períodos. Ou seja, para Alexis Tam o fluxo

Comité chinês apela a mais educação nacional O membro do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Leong Wa, apresentou na terça-feira uma proposta sugerindo que seja efectuado um estudo sobre a consolidação das disciplinas de educação que actualmente são ensinadas, como a de História e Cultura da China, aos jovens de Hong Kong e Macau. De acordo com o Jornal do Cidadão, Leong Wa apontou que existem jovens de Macau que desconhecem a situação actual da China continental, bem como a ideia de “Um país, dois sistemas”, assegurando ainda que há distância entre o país e as diferentes etnias. Leong propõe que o Departamento Nacional da Educação deve coordenar-se com as autoridades competentes das duas regiões, integrando reformas na educação e “consolidando a aceitação e orgulho dos jovens” em relação ao princípio “Um país, dois sistemas”, bem como, diz, “através de diferentes actividades promover a história e cultura chinesa”.

A deputada Melinda Chan con-corda com a redução das

multas e da pena de prisão em casos de maus tratos cometidos contra animais, algo defendido no seio da 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL). Contudo, segundo o jornal Ou Mun, a Associação de Protecção aos Animais Abandonados de Ma-cau revela “preocupação” caso as reduções sejam aplicadas e pede a manutenção de três anos de prisão para as infracções mais graves.

Melinda Chan, que é secretária da referida Comissão da AL, disse ao Ou Mun que as penas devem ser diferentes. “É preciso equilibrar as multas entre a lei da violência domés-tica, a lei de protecção dos animais e o Código Penal, assegurando a justiça. Os animais precisam de protecção mas os seres humanos precisam de maior protecção, portanto as penas para ambos os casos não devem ser iguais”, defendeu.

Já a Associação, pelo contrário, diz que os animais não devem estar num patamar inferior ao dos huma-nos. “Assim, parece que a lei não existe. Trata-se de um problema de convívio: os seres humanos são ape-nas uma parte dos seres vivos que há no mundo, mas acham sempre que são superiores aos outros. Isso não é verdade. Os animais podem ser mais inteligentes na vida em natureza”, escreveu Yoko Choi, presidente da Associação, no Facebook. A mesma responsável escreveu ainda que vai entregar as opiniões do grupo aos deputados que compõem a comis-são da AL. - F.F.

TurisTas ExECUtivO afiNaL aPrEsENta PrOPOsta aO GOvErNO CENtraL

agora sim, agora nãoMuito se tem falado da possibilidade de se limitar o número de visitas dos turistas no território. Alexis Tam primeiro confirmou, depois substituiu por optimização e agora garante: o Governo vai entrar em conversações com o interior da China. Chui Sai On vai também apresentar um relatório ao Governo Central

“Como governante tenho que fazer um equilíbrio, temos que ponderar. Para mim é muito importantea economia, mas tambémsão importantes os cidadãos”alexis Tam secretário para os assuntos sociais e cultura

Animais Associação “preocupada” com diminuição de multas

de turistas deve ser repartido por doze meses e não apenas atingir número altos nas semanas douradas. “Podemos pensar em deixar entrar os turistas em outras alturas, por exemplo, no Verão, ou durante o resto do ano, não tem que ser só naquelas semanas douradas”, explica, frisando que Macau “não tem condições” para receber um número tão elevado de turistas.

O Secretário garantiu ainda que “antes de Junho” este assunto será discutido com as autoridades chinesas. “Estamos à espera da disponibilidade deles [serviços chineses], se calhar só depois de Abril, mas antes de Maio”, garantiu.

Chui dá luz verdeAntes da sua partida para Pe-quim, Chui Sai On, o Chefe do Executivo, sem esclarecer se a questão será abordada durante a sua visita oficial, clarificou que

já pediu um estudo a Alexis Tam, para apresentar posteriormente ao Governo Central.

“Já enviei o despacho para o secretário Alexis Tam, para, o mais brevemente possível fazer uma análise sobre a capacidade [de recepção de turistas], nomea-

damente nas fronteiras. Eles vão apresentar um relatório, que eu vou entregar ao Governo Central”, adiantou.

Para o líder de Macau, a política de vistos individuais iniciada em 2003, lançada pela China para fortalecer as econo-mias de Hong Kong e Macau afectadas pela crise da pneumo-nia atípica, “ajudou bastante”, mas é preciso ter em conta a capacidade das infra-estruturas do território e o impacto sobre a vida da população.

Apesar da queda das receitas do Jogo, a principal fonte de receita da Administração, ter levado a que as receitas totais da Administração tivessem caído 27,5% para 10.500 milhões de patacas, é facto que no primei-ro mês deste ano o Executivo apenas gastou 2.189,2 milhões de patacas, deixando um ‘saldo positivo’ de 8.311,1 milhões de patacas.

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7sociedadehoje macau quinta-feira 5.3.2015

Fil ipa araú[email protected]

d ECORREU ontem a primeira reunião plená-ria da Comissão para os Assuntos do Cidadão

Sénior, que contou com a presença do Secretário para os Assuntos So-ciais e Cultura, também presidente da Comissão, Alexis Tam. Em cima da mesa esteve a discussão sobre os progressos do Estudo Interdeparta-mental do Mecanismo de Protecção dos Idosos de Macau e a apresen-tação do programa sobre o website para informação sobre idosos.

Choi Sio Un, chefe do Departa-mento de Solidariedade Social do Instituto de Acção Social (IAS), sem avançar grandes detalhes nas mais duas horas de reunião, avan-çou que uma das preocupações do Governo é “promover que os idosos se mantenham em casa, junto das suas famílias”, evitando assim a entrada em lares.

O responsável explicou que a permanência dos idosos junto das suas famílias é a melhor opção para os próprios idosos e também para os mais novos, “que podem aprender com a experiência dos mais velhos”. Choi Sio Un defende que esta opção é algo patente na tradição chinesa.

Para as famílias que não reúnem as condições para acolher os seus idosos, Choi Sio Un explicou que

Deficientes com novos benefícios nos serviços O IAS lança, na sexta-feira, uma nova edição do Plano de Benefícios para os Portadores do Cartão de Registo de Avaliação de Deficiência, que contará com a colaboração de mais de 130 serviços públicos e instituições particulares, e que visa proporcionar aos portadores deste cartão vários serviços prioritários e benefícios. Estes abrangem assistência médica, serviços bancários e hoteleiros, supermercados, serviços de telecomunicações, sectores do vestuário/ calçado e restauração, educação, artigos domésticos, produtos electrónicos digitais e artigos para bebés, entre outros. As entidades que partilham estes serviços estarão assinaladas.

Governo IDOSOS DEvEm EnvElhECER Em CASA

Junto dos nossosO Governo quer apostar na tradição: manter os idosos perto das suas famílias evitando assim as entradas nos lares. Caso a família não tenha capacidade de suporte, outras ajudas poderão ser atribuídas, sendo que a última opção será sempre os centros de acolhimento de idosos

A permanência dos idosos junto das suas famílias é a melhor opção para os próprios idosos e também para os mais novos, “que podem aprender com a experiência dos mais velhos”Choi Sio Un Chefe do Departamento de Solidariedade Social do iAS

análise negativa à lei Sobre a legislação da Lei da Base dos Idosos, o chefe clarificou que o “IAS já recebeu resposta da entidade superior” e por isso existem algumas alterações a nível técnico-jurídico a levar a cabo. “Os nossos juristas agora estão a acompanhar o trabalho nesse sentido”, esclareceu. Recorde-se que tal como o HM avançou, o rascunho da legislação estava concluído e tinha seguido para análise dos juristas, estando por isso pronto para avançar para a Assembleia Legislativa.

Mais vagas eM 2016

O Governo prevê que até ao final do ano de 2016 o número de vagas das creches do território aumente para 10 mil, ocupando assim 50% da população infantil dos 0 aos 3 anos de idade, segundo avançou Choi Sio Un. Actualmente Macau conta com 8300 vagas disponíveis, ou seja, 40% da população infantil desta faixa etária, em que 30% destas vagas funcionam em regime de meio dia. Ainda assim, o território é aquele que, comparado com as regiões vizinhas de Hong Kong e Taiwan, atinge a maior percentagem de cobertura da população infantil, sendo que as regiões apenas registam entre 10 % a 30% de abrangência.

“esta medida está divida em três níveis: primeiro é o papel da famí-lia, portanto é a família que toma conta do idoso”. Neste âmbito, diz o chefe, será possível aqueles que acolhem os seus idosos receberem apoio, como formação ou até servi-ços ao domicílio, com a cooperação com outras instituições sociais.

“O segundo nível, está rela-cionado com o nível comunitário, ou seja, neste nível o Governo prestará serviços no meio comuni-tário”, também com o cooperação entre as instituições privadas de solidariedade social. Este apoio, mencionado pelo IAS, poderá referir-se a um apoio domiciliário, tais como, limpeza de casas, ajudas em compras, acompanhamento aos idosos ou prestação de cuidados de enfermagem.

Como último nível, o IAS apre-senta “o serviço prestado pelos lares de idosos”, isto é, quando os idosos não conseguem ver as suas necessi-dades garantidas nas suas casas, nem

com o auxílio do apoio domiciliário, terão então que recorrer ao lares.

“Para requerer o serviço de lares será necessária uma avaliação pro-fissional para transferir esses idosos para os lares”, clarifica Choi Sio Un.

Falar para prevenirUma das preocupações debatidas durante o encontro foi a questão da demência. Para o grupo de traba-lho é necessária maior divulgação sobre a doença.

“É importante desenvolver acções de sensibilização, isto para prevenir a doença e evitar a procura do tratamento”, explica o chefe.

O Governo quer, portanto, atear o processo de necessidade de pro-cura de tratamento, considerando que quanto mais informadas, mais as pessoas conseguirão prevenir o estado de demência.

“Até 2017 vão ser criados três equipamentos para pessoas com demência”, garantiu o IAS.

Relativamente ao Estudo Inter-

departamental do Mecanismo de Protecção dos Idosos de Macau, Choi Sio Un explica que, deste grupo in-terdepartamental de trabalho, fazem parte 13 serviços públicos e que o IAS desempenha o papel de coordenador na realização deste projecto.

O estudo está assim dividido em vários sectores, sendo eles, “Cuida-dos de Saúde e serviços sociais”, “Direitos e garantias”, “participação social” e “ambiente de vida”.

Será ainda elaborado um “plano decenal de acção para o desenvolvi-mento dos serviço de apoio a idosos”, sendo que o plano abraçará temas como os cuidados de saúde dos mais velhos, sistema de cuidados

permanente a nível comunitário, am-biente sem barreiras, apoio a idosos isolados, serviços de prevenção e tratamento de demência, educação contínua, apoio ao alojamento, equipamentos de apoio para facilitar a deslocação das pessoas, entre ou-tros. O plano dividido por medidas a curto, médio e longo prazo, terá um validade de 2016 a 2025. Estando ainda uma consulta pública prevista para o início do segundo semestre do presente ano.

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8 sociedade hoje macau quinta-feira 5.3.2015

AndreiA SofiA [email protected]

O Dia Internacional da Mulher, que se co-memora no próximo domingo, foi ontem

lembrado na Universidade de Macau (UM) com um debate promovido pelo Programa Académico da União Europeia para Macau. Agnes Lam, docente da UM que realizou um estudo sobre a presença das mulheres nos média locais, apresentou conclusões pouco animadoras: há questões que não são sequer debatidas, como o aborto, continuando a haver uma marginalização na imprensa dos assuntos das mulheres. O mesmo estudo mostra ainda que 97% das

Milhões de pessoas em conferências e exposições A RAEM foi palco, em 2014, de mais de 1050 reuniões, conferências e exposições nas quais participaram 2,6 milhões de pessoas, foi ontem anunciado. De acordo com dados oficiais revelados pelos Serviços de Estatísticas e Censos, no ano passado decorreram na cidade 968 reuniões e conferências e 87 exposições, um número idêntico ao apurado em 2013. Já os participantes nas reuniões, conferências e exposições - 2,6 milhões de pessoas - subiram 28,6% em termos anuais, referem os mesmos dados.

População aumenta em quase 5%

A população de Macau aumen-tou 4,7% em 2014, para um

total de 636.200 pessoas, ou mais 28.700 do que no ano anterior, situação fortemente sustentada na imigração. Dados oficiais ontem divulgados pelos Serviços de Es-tatística e Censos indicam que, no final do ano passado, 50,6% dos residentes eram do sexo masculi-no e que a população com idade igual ou superior a 65 anos tinha um peso de 8,4% na estrutura

dos residentes, tendo aumentado 0,4%. Já a população entre os 0 e os 14 anos representa 11,4% do total, uma ampliação de 0,1%, e entre 15 e os 64 anos cifrava-se nos 80,2%, o que traduzia uma queda de 0,5 pontos no peso da estrutura dos residentes.

Ao longo de 2014, o cres-cimento natural da população local - nascimentos, descontando os óbitos - permitiu à RAEM am-pliar o seu número de habitantes

em 5421, cerca de um quinto do total do aumento. Assim, o cresci-mento da população de Macau foi concretizado através da chegada à cidade de muitos trabalhadores não-residentes.

O ano de 2014 fica também marcado pelo maior número de nascimentos (7360) desde 1989, quando a cidade, então sob administração portuguesa, registou o nascimento de 7568 bebés.

“As mulheres não têm voz, não falam sobre elas próprias”

Mulheres AgnES LAM quERMAiS DEbAtE poLítiCo-SoCiAL

Fala com ela

A docenteda Universidadede Macau estudouo lugar dasmulheres nos média locais e chegou à conclusão que não só é dada pouca atenção aos seus assuntos,como 97% das mulheres não falam sobre as suas preocupações. Agnes Lam pede maior intervenção das associações tradicionaispara que as mulheres façam parte da agenda social e política

mulheres nunca falou sobre os seus problemas.

À margem do evento, Agnes Lam exigiu mudanças para que as questões ligadas ao universo feminino comecem a fazer parte da agenda social e política, para além dos habituais assuntos sobre maternidade, educação e família.

“Há uma série de questões que nunca são mencionadas. Ainda se pensa que uma família e

sociedade harmoniosas são mais importantes do que qualquer outra coisa. É uma questão ideo-lógica. As mulheres não têm voz, não falam sobre elas próprias.”

Agnes Lam acredita que as

associações tradicionais, como a Obra das Mães ou a Associação Geral das Mulheres, poderiam ter um papel mais interventivo.

“Poderiam fazer mais, porque neste momento apenas providen-ciam apoio ao nível da materni-dade, escolas, família e cuidados médicos. Precisam de ser mais interventivas em questões como a Lei Laboral, porque não há a devida protecção às mulheres. Fala-se muito na licença de paternidade, mas a licença de maternidade con-tinua abaixo dos padrões mundiais. Também devem analisar como é que mais mulheres podem ter maior acesso a cargos de gestão”, acrescentou a docente.

Agnes Lam referiu ainda que a voz dada às mulheres também

pode surgir de uma maior parti-cipação em debates. “Podemos fazê-lo através da educação e penso que os média também podem ter um papel importante, chamando mais mulheres para os debates públicos. Na maioria dos debates, sobre habitação ou transportes, os homens estão em maioria, mas as mulheres também podem ter as suas perspectivas sobre esses assuntos e não falar apenas sobre creches ou família”, frisou.

Quando as mulhereseram vítimasAgnes Lam olhou para os traba-lhos publicados em rádio, tele-visão e jornais de língua chinesa desde a década de 50 e chegou à conclusão que houve uma mudan-ça, mas que não é suficiente. Nos anos 50 a mulher era notícia na qualidade de vítima de crimes ou ligada à prostituição, sendo que o discurso passou depois a focar-se no seu papel de mãe e mulher. Só a partir de 2000 as mulheres sur-giram na agenda política, com os primeiros debates sobre violência doméstica.

Com a legislação sobre o as-sunto no hemiciclo, há ainda as-suntos aos quais não se dá atenção. “Temos falta de uma legislação [sobre igualdade do género], mas antes de colocarmos essa questão numa lei, temos de promover uma discussão pública. Parece que a igualdade de género tem sido um dos assuntos mais importantes na agenda política nos últimos meses, mas isso deve-se devido ao processo legislativo sobre a violência doméstica. Não é focado especificamente na igualdade de género. Quando começarmos a debater, as pessoas vão perceber o que é preciso fazer e aí talvez possamos estabelecer algum tipo de entidade ou realizar um estudo mais tarde”, defendeu Agnes Lam.

Frisando que fazem falta mais mulheres na política ou em cargos de gestão, Agnes Lam lembrou, em declarações à Rádio Macau, que não há ainda quem dê voz às diferenças salariais. “Fiz alguns estudos e concluí que as mulhe-res ganham 80% dos salários dos homens na mesma companhia ou instituição”, concluiu.

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9 sociedadehoje macau quinta-feira 5.3.2015

AndreiA SofiA [email protected]

P ortugal não é só co-midas, bebidas e calçado no que às exportações diz respeito e é isso que a

associação Nacional de tecnolo-gia da Informação e Electrónica (aNEtIE) em Portugal pretende mostrar. Desde ontem e até sexta--feira que o “Pavilhão amanhã” estará presente na Praça da ami-zade para mostrar o que de melhor 12 empresas portuguesas têm feito ao nível da tecnologia.

o “Pavilhão amanhã” insere--se na iniciativa “loginPt”, que arrancou há dois anos e que já visitou zonas como a américa la-tina, África e Europa. Em Macau, encerra-se a tournée com um olho no mercado chinês. a iniciativa “loginPt” tem vindo a receber apoios dos consulados por onde tem passado e também da agência para o Comércio e Investimento Externo de Portugal (aICEP).

“Portugal tem uma boa imagem em outras áreas, mas em termos

Jogo Consultora leva a cabo estudo sobre a indústria

o deputado Si Ka lon e um grupo sem fins lucrativos de Macau

intitulado “grupo In” acusam a revista “Eastweek” de difama-ção devido a um artigo publi-cado na passada terça-feira. o artigo aponta críticas aos cursos para adultos promovidos pelo grupo Invision, uma empresa de formação sediada em Hong Kong, Cantão e Pequim, e que o deputado trouxe para a raEM.

a “Eastweek” revela que alunos de cursos como “auto--aperfeiçoamento” e “descobrir 40 experiências” afirmaram que se sentiram “mal” depois de os terem frequentado, e que os mesmos só serviram para lhes extorquir dinheiro. lê-se ainda que “os alunos exigiram o retorno do dinheiro nas redes

Si Ka Lon acuSa reviSta eaStweeK de difamação

as histórias do grupo Invision

“Portugal tem uma boa imagem em outras áreas, mas em termos de tecnologias de informação não tinha uma imagem eé isso que este projecto tentou e tem estadoa conseguir fazer”antónio coStavice-presidente da anetie

Doze empresas portuguesas ligadas à tecnologia estão em Macau para mostrar os seus produtos no “Pavilhão amanhã”, inseridona tournée loginPt, promovida por uma associação portuguesa do sector. António Costa fala dos desafios da entrada na Chinae afirma que Macau vai continuar a receber acções do género

tecnoLogia Portugal com boa imagem

a estratégia anatie

de tecnologias de informação não tinha uma imagem e é isso que este projecto tentou e tem estado a conseguir fazer”, disse ao HM antónio Costa, vice-presidente da aNEtIE.

“Macau tem neste momento condições para as empresas por-tuguesas fazerem esse trampolim

entre o modelo europeu e as necessidades e modelo cultural da China”, acrescentou antónio Costa, que já traça um balanço positivo da presença do pavilhão na raEM.

“o pavilhão é uma mostra de tecnologias que já existem e que foram criadas em Portugal, não só

MaNuEl Joaquim das Neves foi on-

tem autorizado a assinar novo contrato com uma consultora que vai levar a cabo um estudo sobre a indústria do Jogo durante este ano. o director dos Serviços de Inspecção e Coordenação de Jogos (DCIJ) foi nomeado por lionel leong, Secretário para a Economia e Fi-nanças, para representar a raEM no contrato de prestação de serviços de “Consultadoria e Estudo na indústria de jogos do ano 2015”, a ser cele-brado com a Newpage Consultadoria limitada.

De acordo com uma resposta da DCIJ ao HM, o principal motivo da contratação da Newpage

prende-se com a ajuda que a empresa dá ao organismo “ao nível da supervisão e monitoriza-ção do trabalho da DICJ relativamente à indústria do Jogo”, como pode ler-se numa resposta es-crita. também o facto da empresa ser já consultora normal da DCIJ é tido como um dos motivos de contratação.

“David green, que liderava a Newpage Con-sultadoria limitada, tem prestado serviços de con-sultadoria ao governo de Macau desde que a raEM liberalizou a indústria do Jogo. green trabalhou an-teriormente em empresas de renome, como a arthur andersen e a PriceWa-terhouseCoopers.

sociais, acusando o deputado da assembleia legislativa de os ter promovido”.

Quem pede desculpa?Numa carta publicada na pági-na do deputado no Facebook, Si Ka lon diz sentir “pena” sobre o conteúdo noticioso da revista. tanto os membros do grupo In como da “equipa de serviços de Si Ka Lon” afir-

mam que os cursos têm como objectivo “o auto-aperfeiçoa-mento e [promover] o serviço junto da sociedade” e que foi isso que levou o deputado, parceiro de Chan Meng Kam, a trazer os cursos para Macau e a criar o grupo In. os visados pela revista consideram ainda que o artigo “violou seriamente o direito à honra” e exigem um pedido de desculpas da

direcção da “Eastweek”. Caso contrário, ponderam avançar para os tribunais.

É ainda referido que Si Ka Lon é “uma figura pública” que “representa os residentes e as suas opiniões junto do gover-no”, pelo que “é indispensável manter uma boa honra nas redes sociais”. Contudo, consideram que o artigo da “Eastweek” “pode fazer com que os alunos entendam mal o grupo”.

o mesmo documento frisa que o deputado nunca recebeu nenhum benefício económico com os cursos, sendo que apenas os trouxe para Macau “tendo como base o sentido social”, com vista a promover “o conceito da participação dos membros do grupo nos serviços sociais”. - F.F.

por empresas portuguesas mas por empresas europeias que lá estão instaladas”, conta o responsável, que dá exemplos como o sistema via verde, utilizado nas auto--estradas, ou os cartões pré-pagos para telemóvel.

as diFiculdadesantónio Costa garante que o facto da China já ter uma elevada pro-dução de tecnologia não é um dos principais factores que dificulta a vida às empresas portuguesas.

“a tecnologia feita na China já é muito boa, mas uma das maiores dificuldades é sobretudo a diferen-ça da língua e do modelo cultural. a tecnologia, em si, não muda, mas a sua implementação muda e bastante. A segunda dificuldade é criar ligações com empresas e en-tidades chinesas”, apontou ao HM.

“Portugal já tem uma imagem e capacidade de exportação em vários sectores. No caso das tec-nologias, mesmo que os números

sejam mais baixos, o valor para empresas e para o país é muito elevado. Faz todo o sentido fazer essa aposta porque é um dos sec-tores de futuro e onde Portugal já tem um registo significativo. Não é um país que tenha acordado agora para as tecnologias”, acrescentou ainda antónio Costa.

Destacando o sucesso da tour-née “loginPt” no Brasil e um “impacto bastante bom” nos países lusófonos africanos e África do Sul, o vice-presidente da aNEtIE revela que o projecto teve menos sucesso na Europa, não só por falta de competitividade de Portugal mas pelo facto do país não ser visto como tendo produção tecnológica.

apesar do “Pavilhão amanhã” abandonar a raEM já amanhã, Macau deverá constar na agenda da aNEtIE no futuro. “Já está em marcha o próximo projecto para fazer a promoção, está ainda na fase de conceptualização, e Macau será um dos destinos obrigatórios das nossas acções de promoção das tecnologias portuguesas, sem sombra de dúvida”, concluiu.

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10 hoje macau quinta-feira 5.3.2015eventos

Sobre o FaSciSmo, a DitaDura militar e Salazar • Fernando PessoaPela primeira vez são reunidos todos os textos que Fernando Pessoa escreveu sobre fascismo, Ditadura Militar e Salazar. Metade dos textos são inéditosc.José Barreto demonstra que são falsas as teorias de um Pessoa pró-fascista, apresentando dezenas de textos em que o escritor ataca os regimes totalitários e ridiculariza figuras como Salazar, Mussolini ou Lenine. «Seguimos o princípio contrário ao do tio Mussolini e ao do abade Lenine. Desoprimir! Tornar os outros diferentes do que nós queremos! Ensinar cada homem a pensar pela sua cabeça e a existir com a sua existência — só com a sua existência.» Fernando Pessoa, 1925

À venda na Livraria Portuguesa rua de s. domingos 16-18 • teL: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

o CroCodiLo que voa , entrevistas a Luiz PaCheCo• vários autores«Está para sair um livro com entrevistas suas... Esse livro é uma merda! Isso é uma aldrabice. É bom para andar por essas pequenas editoras.» Luiz Pacheco, em entrevista ao semanário Sol, 2008 Grande prosador, Luiz Pacheco foi também um dos melhores conversadores da imprensa. Estas entrevistas, publicadas nos últimos 20 anos em jornais e revistas, apresentam-nos uma das vidas mais agitadas da literatura portuguesa e são bem a expressão de uma inteligência desperta, desafiadora e implacável, batendo forte e feio em algumas personalidades da nossa vida pública.

IEEM promove semináriosobre mercado de ArteO Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM) organiza, entre os dias 16 e 20 deste mês, um seminário sobre o mercado da Arte e leilões, intitulado “O mercado de arte actual: um guia essencial”, que contará com a presença de Robin Reisenfeld, directora do mestrado em Arte Contemporânea Global do programa educacional da Christie’s em Nova Iorque. As aulas decorrem no edifício do Instituto Cultural (IC) na praça do Tap Seac e as inscrições decorrem até ao próximo dia 10. O preço do curso é de 1500 patacas, sendo que os membros da Creative Macau têm direito a 25% de desconto. Para além do IC, também a Fundação Macau apoia esta iniciativa.

MAM Curso de Arte para criançascom vagas até dia 10O Museu de Arte de Macau (MAM) ainda tem vagas abertas para cursos de Arte para crianças dos 5 aos 10 anos. Durante o mês de Março, as crianças poderão frequentar workshops artísticos, sendo que as inscrições da segunda ronda estão abertas até dia 10, terça-feira. Conduzidos em chinês e inglês, aos sábados e domingos, as aulas passam, por exemplo, pelo workshop de “Luz e Sombra”, onde os mais pequenos são ensinados a utilizar a sua criatividade para combinar luz natural com artificial, de forma a criar efeitos visuais e imagens. Desde 1999 que o MAM organiza estes workshops.

Xiaomi lança versão chinesade ‘Go Pro’ a baixo preçoA empresa chinesa Xiaomi está a preparar-se para lançar a Yi Action Camera, uma câmara de vídeo e fotografia semelhante à conhecida ‘Go Pro’, por cerca de 500 patacas e disponível apenas em território chinês. De acordo com notícia publicada no website Tech Crunch, o novo aparelho da terceira maior distribuidora de ‘smartphones’ do mundo pode ir até 40 metros de profundidade debaixo de água, filma a 60 frames por segundo e é composta por mecanismos da Sony. O website compara a câmara norte-americana ‘Go Pro’ com a nova Yi Action e o novo ‘gadjet’ chinês parece ser uma versão melhorada do primeiro. É que de acordo com o Tech Crunch, tem o dobro da memória e é mais leve do que a rival. A Yi Action já pode ser adquirida no website oficial da Xiaomi, que está disponível em língua chinesa e inglesa. O pacote de lançamento inclui um ‘selfie-stick’ – que permite tirar fotografias de frente – e um engenho que adapta a câmara em cima de carros e outros objectos e até mesmo animais.

Ensino Venetian acolhe exposição sobre educação superior

o Hotel Sheraton Macao vai orga-nizar, a partir de dia 4 do próximo

mês e até 28 de Junho, pro-gramas lúdicos para ensinar crianças e cozinhar, gerir e servir num hotel. A ideia do grupo hoteleiro passa por mostrar aos mais novos, de forma divertida, como fun-cionam vários sectores de um estabelecimento daquela envergadura.

Os programas acontecem aos fins-de-semana e estreiam durante os feriados da Pás-coa, sendo criadas equipa

O Venetian vai aco-lher, entre os dias

13 e 15 de Março, a Exposição Internacio-nal de Ensino Superior, organizada pelo próprio grupo e pelo Gabinete de Apoio ao Ensino Supe-rior (GAES). O evento, que não é novo, tem entrada livre e realiza-se no Cotai Expo, com-preendendo mais de sete quilómetros de espaço.

O tema deste ano é “A Exposição In-ternacional de Ensino Superior de Macau é o seu Objectivo para o Sucesso” e é um evento descrito como “a melhor oportunidade e ambiente” para juntar informações vitais para eventuais inscrições em universidades. Presen-

Como ser chefou gerir umhotel é o queo Sheraton quer ensinar aos mais pequenos no próximo mês

ShERATON ENTRETÉM CRIANçAS COM wORkShOPS DE GESTãO E COzINhA

Aprendendo a brincar

de limpeza, cozinha e de atendimento e recepção de clientes. A iniciativa Junior Hotelier destina-se a crianças entre os quatro e os 12 anos de idade e pretende ser mais uma alternativa para entreter

as crianças e atrair turistas que pretendam viajar em família.

másCaras de CheFOutros dos elementos atractivos do programa são os formadores, especialmente escolhidos pela

tes estarão mais de 220 bancas e expositores de instituições locais e es-trangeiras para receber futuros alunos e mostrar aquilo que podem ofe-recer. De acordo com a organização, espera--se que mais de 10 mil pessoas visitem esta feira de educação, para marcarem presença nos vários expositores de escolas universitárias da Nova Zelândia, Rei-no Unido, EUA, entre outros.

Além disso, está ain-da planeada a criação de 50 seminários sobre estudos superiores. A exposição estará aberta ao público das 16 às 19 horas no dia 13 e das 13 às 19 horas nos dias 14 e 15 deste mês.

equipa organizadora. As crian-ças do ‘workshop’ de culinária que desempenham funções na área de decoração de bolos, por exemplo, terão o chef de cozinha Richard Lao como for-mador. As actividades deverão

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11 eventoshoje macau quinta-feira 5.3.2015

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Os fadistas Carminho e Camané actuam esta

quinta-feira, no Kennedy Center, em Washington, com a Orquestra sinfónica Nacio-nal dos Estados Unidos.

“É um concerto de grande prestigio e importância para nós, tanto para mim como para o Camané. É uma honra estar ao lado dele e com a orquestra aqui, no Kennedy Center, um palco tão em-blemático”, disse a fadista à agência Lusa.

Camané e Carminho em concertocom Orquestra sinfónica dos EUA

Sheraton entretém criançaS com workShopS de geStão e cozinha

Aprendendo a brincarO preço das inscrições fixa-se nas 150 patacas para um dos diase 250 para o pacote inteirode fim-de-semana

decorrer aos fins-de- semana, entre as 14h45 e as 16h30, pelo que será atribuída uma função específica a cada criança, po-dendo esta “mascarar-se” como aventais e chapéus de chef de cozinha.

Josef Dolp, director-geral do sheraton, referiu que se trata de uma ideia inovadora

do grupo que ajuda os mais pequenos a perceber aquilo que realmente se passa dentro daquelas quatro paredes.

“Esta é uma rara oportuni-dade para as crianças percebe-rem a alegria com que criamos estadias e experiências gastro-nómicas excepcionais todos os dias para os nossos clientes, servindo também para melhor perceberem o trabalho interno das operações do nosso hotel”, explicou o responsável.

O preço das inscrições fixa--se nas 150 patacas para um dos dias e 250 para o pacote inteiro de fim-de-semana. Os adultos que pretendam partici-par devem pagar 50 patacas por pessoa e o registo pode ser feito todos os sábados e domingos, a partir das 12h00.

O concerto faz parte de “Iberian suite: Arts Remix Across Continents”, uma mostra de divulgação da cul-tura de Portugal e de Espanha, que conta com a participação de artistas da lusofonia e da América Latina, que acontece até 24 de Março.

“É o reunir da expressão artística mais importante de

cada país e [por isso] orgulha--me muito estar aqui e ter sido convidada”, disse Carminho.

Além da orquestra, tanto Carminho como Camané serão acompanhados pelos seus músicos e farão inter-pretações a solo, além dos momentos do concerto em que vão colaborar e actuar em conjunto.

“Tenho a certeza de que vamos fazer um concerto muito bonito, porque so-mos amigos, já partilhamos muita história. Temos mui-to em comum em relação ao fado e isso vai com certeza notar-se em palco”, expli-cou a artista.

A orquestra vai ser di-rigida pelo maestro Jesús López-Cobos, um dos mais célebres maestros espanhóis.

Carminho acredita que “uma orquestra consegue traduzir, de uma maneira clássica, todos os estilos musicais, porque tem mui-tos instrumentos, porque se consegue adaptar a várias sonoridades.”

“É uma forma de ex-pressão elevada”, garante a cantora.

Esta é a primeira viagem profissional de Carminho aos Estados Unidos. Camané, que chega mais tarde à capital federal norte-americana, já actuou antes para o público norte-americano, nomeada-mente em 2011 e em 2014. Desta vez, o fadista inicia em Washington uma digressão pelos Estados Unidos.

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12 publicidade hoje macau quinta-feira 5.3.2015

www. iacm.gov.mo

www. iacm.gov.mo

www. iacm.gov.mo

www. iacm.gov.mo

ANÚNCIOÉpoca Balnear de 2015 – Prestação de Serviços de Gestão, Manutenção,

Limpeza, Vigilância e Segurança da Piscina Dr. Sun Yat Sen

Concurso Público no. 05/SCR/2014

Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 14 de Novembro de 2014, se acha aberto o concurso público para a época balnear de 2015 – Prestação de Serviços de Gestão, Manutenção, Limpeza, Vigilância e Segurança da Piscina Dr. Sun Yat Sen.

O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro no 163, r/c, Macau.

A sessão de esclarecimentos terá lugar no dia 9 de Março de 2015, pelas10:00 horas, no auditório do Centro de Formação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, Nº 762-804, Edificio China Plaza, 6° andar.

O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 18 de Março de 2015. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória no valor de MOP80.000,00 (oitenta mil patacas). A caução provisória pode ser efectuada na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no mesmo edifício no 163, r/c, por depósito em dinheiro, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no auditório do Centro de Formação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, Nº 762-804, Edificio China Plaza, 6° andar, pelas 09:00 horas do dia 19 de Março de 2015.

Macau, aos 26 de Fevereiro de 2015.

O Presidente do Conselho da Administração, SubstºLo Veng Tak

ANÚNCIOÉpoca Balnear de 2015 – Prestação de Serviços de Gestão, Manutenção,

Limpeza, Vigilância e Segurança da Piscina de Hac-Sá

Concurso Público no. 06/SCR/2014

Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 21 de Novembro de 2014, se acha aberto o concurso público para a época balnear de 2015 – Prestação de Serviços de Gestão, Manutenção, Limpeza, Vigilância e Segurança da Piscina de Hac-Sá.

O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro no 163, r/c, Macau.

A sessão de esclarecimentos terá lugar no dia 9 de Março de 2015, pelas10:00 horas, no auditório do Centro de Formação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, Nº 762-804, Edificio China Plaza, 6° andar.

O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 18 de Março de 2015. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória no valor de MOP80.000,00 (oitenta mil patacas). A caução provisória pode ser efectuada na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no mesmo edifício no 163, r/c, por depósito em dinheiro, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no auditório do Centro de Formação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, Nº 762-804, Edificio China Plaza, 6° andar, pelas 11:00 horas do dia 19 de Março de 2015.

Macau, aos 26 de Fevereiro de 2015.

O Presidente do Conselho da Administração, SubstºLo Veng Tak

ANÚNCIOÉpoca Balnear de 2015 – Prestação de Serviços de Gestão, Manutenção,

Limpeza, Vigilância e Segurança da Piscina de Cheoc VanConcurso Público no. 07/SCR/2014

Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 21 de Novembro de 2014, se acha aberto o concurso público para a época balnear de 2015 – Prestação de Serviços de Gestão, Manutenção, Limpeza, Vigilância e Segurança da Piscina de Cheoc Van.

O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro no 163, r/c, Macau.

A sessão de esclarecimentos terá lugar no dia 9 de Março de 2015, pelas10:00 horas, no auditório do Centro de Formação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, Nº 762-804, Edificio China Plaza, 6° andar.

O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 18 de Março de 2015. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória no valor de MOP80.000,00 (oitenta mil patacas). A caução provisória pode ser efectuada na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no mesmo edifício no 163, r/c, por depósito em dinheiro, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no auditório do Centro de Formação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, Nº 762-804, Edificio China Plaza, 6° andar, pelas 14:30 horas do dia 19 de Março de 2015.

Macau, aos 26 de Fevereiro de 2015.

O Presidente do Conselho da Administração, SubstºLo Veng Tak

ANÚNCIOÉpoca Balnear de 2015 – Prestação de Serviços de Gestão, Manutenção, Limpeza, Vigilância e Segurança da Piscina do Parque Central da Taipa

Concurso Público no. 08/SCR/2014

Faz-se público que, por deliberação do Conselho de Administração do IACM, tomada em sessão de 14 de Novembro de 2014, se acha aberto o concurso público para a época balnear de 2015 – Prestação de Serviços de Gestão, Manutenção, Limpeza, Vigilância e Segurança da Piscina do Parque Central da Taipa.

O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser obtidos, todos os dias úteis e dentro do horário normal de expediente, no Núcleo de Expediente e Arquivo do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), sito na Avenida de Almeida Ribeiro no 163, r/c, Macau.

A sessão de esclarecimentos terá lugar no dia 9 de Março de 2015, pelas10:00 horas, no auditório do Centro de Formação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, Nº 762-804, Edificio China Plaza, 6° andar.

O prazo para a entrega das propostas termina às 17:00 horas do dia 18 de Março de 2015. Os concorrentes ou seus representantes devem entregar as propostas e os documentos no Núcleo de Expediente e Arquivo do IACM e prestar uma caução provisória no valor de MOP80.000,00 (oitenta mil patacas). A caução provisória pode ser efectuada na Tesouraria da Divisão de Contabilidade e Assuntos Financeiros do IACM, sita no mesmo edifício no 163, r/c, por depósito em dinheiro, cheque, garantia bancária ou seguro-caução, em nome do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.

O acto público de abertura das propostas realizar-se-á no auditório do Centro de Formação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, sito na Avenida da Praia Grande, Nº 762-804, Edificio China Plaza, 6° andar, pelas 16:00 horas do dia 19 de Março de 2015.

Macau, aos 26 de Fevereiro de 2015.

O Presidente do Conselho da Administração, SubstºLo Veng Tak

Page 13: Hoje Macau 5 MAR 2015 #3284

13cHinahoje macau quinta-feira 5.3.2015

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Anúncio

PROCESSO: Execução Ordinária CV3-13-0045-CEO 3º Juízo Cível

EXEQUENTE: CHEANG SON HEONG, com domicílio em Macau, na Rua do Mercado Iao Hon, nº 88, R/C.--------------------------------------------------------EXECUTADA: LAM CHENG WUN, com domicílio em Macau, na Rua Direita do Hipódromo, nº 77, Edf. Fei Choi Kong Cheong, Bloco 3, 7º andar Q.-------------------

*** FAZ-SE SABER que, nos autos acima indicados, são citados os credores desconhecidos dos executados, acima identificados, para no prazo de QUINZE DIAS, que começa a correr depois de finda a dilação de VINTE DIAS, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamarem o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenham garantia real, e que é o seguinte:------------------------------------------------------

DIREITO PENHORADO Denominação: ½ da fracção autónoma designada por “Q7” do 7º andar “Q”. Situação: Nºs 8 a 42 da Alameda da Tranquilidade, nºs 77 a 115 da Rua Direita do Hipódromo, nºs 303 a 315 da Rua da Tribuna e nºs 332 a 388 da Avenida do Hipódromo, Macau. Fim: Para habitação. Número de matriz: 071903. Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: nº 21902, a fls. 68verso, do livro B106. Número de inscrição da propriedade horizontal: nº 23633 do livro F106M. Número da inscrição em nome da executada: nº 291614G.

Macau, 11 de Fevereiro de 2015

***

HM 2ª VEZ 5-3-15

a China está a inves-tigar um segundo ex-oficial militar de alta patente

por suspeita de corrupção, disseram duas fontes inde-pendentes à Reuters, num momento em que o presidente Xi Jinping amplia a campanha contra o desvio de dinheiros públicos, profundamente enraizado no país.

Guo Boxiong, de 72 anos, foi vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central e deixou o cargo em 2012. Outro ex-vice-presi-dente do órgão, Xu Caihou, foi posto sob investigação no ano passado, sob suspeita de corrupção.

Antes de se retirarem, eram dois dos principais oficiais militares da China e serviram juntos o ante-cessor de Xi, Hu Jintao. Xi Jinping também foi vice--presidente desta comissão, ao lado de Guo e Xu, no período de 2010-2012, antes de se tornar chefe do Partido Comunista e da Comissão Militar.

O governo anunciou na segunda-feira uma in-vestigação sobre o filho de Guo, Guo Zhenggang, um

Mais uM alto oficial Militar investigado por corrupção

Forças armadas debaixo de fogoA campanha anti-corrupção levada a cabo por Xi Jinping aponta agora baterias para o ramo militar. Guo Boxiong, de 72 anos, ex-vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central está sob investigação

Guo ocupou por mais de uma década o alto cargo na Comissão Militar Central, responsável pela maior força armada do mundo, com cerca de 2,3 milhões de pessoas

comissário político militar adjunto na província oriental de Zhejiang que acabara de ser promovido a general, em Janeiro.

“O próprio Guo Boxiong está com problemas e está a ser investigado”, disse à Reuters, sob condição de anonimato, uma fonte com laços com os militares. “O anúncio sobre seu filho era uma mensagem para o pú-blico sobre a investigação do pai”, acrescentou a fonte, sem dar mais detalhes.

Uma segunda fonte com laços com os militares con-firmou que Guo estava a ser investigado, mas não forne-ceu mais informações.

O Ministério da Defesa

da China não respondeu a um pedido de comentário.

Dez anos De chefiaGuo ocupou por mais de uma década o alto cargo na Comissão Militar Central, responsável pela maior força armada do mundo, com cerca de 2,3 milhões de pessoas, tendo subido na hierarquia depois de entrar para o Exér-

cito em 1961, de acordo com sua biografia oficial.

Em 2006, visitou os Estados Unidos e reuniu-se com o então secretário da Defesa, Donald Rumsfeld. O governo chinês alimen-tou as especulações sobre o seu destino com uma nota divulgada na segunda-feira no site do Diário do Povo, órgão do Partido Comunista,

com a manchete: “Sabe que sinal está a ser enviado com a queda de Guo Zhenggang”.

A insinuação foi ampla-mente captada por outros meios de comunicação chi-neses. “Quando se trata de combater a corrupção nas Forças Armadas, a melhor parte do espectáculo ainda está por vir”, dizia um co-mentário, que motivou uma onda de respostas no Weibo –o correspondente chinês ao Twitter– de que o pai era o verdadeiro alvo. O governo chinês costuma plantar indí-cios na imprensa estatal sobre quem está em apuros antes de fazer anúncios formais.

As autoridades anuncia-ram investigações de mais de uma dúzia de altos funcioná-rios militares por acusações de actos graves de corrupção, 14 deles na segunda-feira, in-cluindo o filho de Guo. Muitos dos implicados têm laços com o escândalo envolvendo Xu.

Pequim Delegados à ANP proibidos de usar telemóveis os delegados de pequim ao plenário anual da assembleia popular nacional (anp) - a mais importante reunião política anual do regime chinês - estão este ano proibidos de usar os telemóveis durante os 11 dias de deliberações, informa a imprensa local. a proibição, diz o Beijing times, só se aplica, por agora, aos delegados da capital, uma pequena parte dos cerca 3.000 que assistem ao plenário, e surge um ano depois de os legisladores chineses serem criticados por excesso de utilização dos aparelhos. no plenário de 2014, alguns dos membros da assembleia foram fotografados enquanto jogavam nos seus smartphones, o que motivou o diário do povo, porta-voz no partido comunista, a publicar um duro artigo de opinião em que os acusava de “não cumprirem o seu dever” durante as reuniões.

O orçamento chinês para a Defesa aumentará

cerca de 10% em 2015, menos 2,2 pontos percentuais do que o aumento registado em 2014, anunciou ontem a porta-voz da sessão anual da Assembleia Nacional Popular, Fu Ying.

A exacta dimensão do aumento só será conhecida na quinta-feira, quando for divulgada a proposta de orçamento de estado do governo, mas segundo fon-tes oficiais chinesas, será o mais pequeno do género nos últimos cinco anos.

“Para dizer a verdade, há ainda um fosso entre as Forças Armadas da China e as suas congéneres estran-geiras em termos de equi-pamento militar. Precisamos

ainda de mais tempo”, disse a porta-voz.

“Ficar para trás deixa--nos vulneráveis a ataques. Isso é uma lição que a história nos ensinou”, acrescentou.

A antiga vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Fu Ying reafirmou que a “a política de Defesa da China é, por natureza, defensiva”.

A sessão anual da As-sembleia Nacional Popular, que decorre durante dez dias e meio no Grande Palácio do Povo, em Pequim, começa na quinta-feira de manhã.

Além do orçamento de Estado, os cerca de 3.000 delegados vão aprovar o relatório do governo, apresentado pelo primeiro--ministro, Li Keqiang.

Orçamento para a Defesa aumentará cerca de 10% em 2015

Page 14: Hoje Macau 5 MAR 2015 #3284

14 publicidade hoje macau quinta-feira 5.3.2015

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.º 4/P/15

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Se-cretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 17 de Feve-reiro de 2015, se encontra aberto o Concurso Público para o «Fornecimento de Vacina Contra a Gripe Sazonal aos Servi-ços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 4 de Março, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamen-to e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de 68,00 (sessenta e oito patacas), a título de custo das respec-tivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar

Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termi-na às 17,45 horas do dia 30 de Março de 2015.

O acto público deste concurso terá lugar no dia 31 de Março de 2015, pelas 10,00 horas, na “Sala Multifuncional” do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo dos Serviços de Saúde, sita no r/c, da Estrada de S. Francisco, n.º 5, Macau.

A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP240 000,00 (duzentas e quarenta mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, me-diante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 25 de Fevereiro de 2015

O Director dos Serviços, Substituto

Chan Wai Sin

Page 15: Hoje Macau 5 MAR 2015 #3284

hoje macau quinta-feira 5.3.2015

arte

s, l

etra

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idei

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15

fichas de leitura Manuel afonso Costa

O pano de fundo desta no-vela é constituído pelas cidades de Lisboa e de Macau, antes da mudança

de soberania, no ano de 1999 portanto quando Adriano, a personagem prin-cipal, regressa a Macau. Esse evento é um dos pilares do romance: O tema do reencontro com uma realidade já vivida. A primeira passagem por Macau tinha sido determinada por um objectivo tera-pêutico, para Adriano se curar dos efei-tos do fim de uma relação. Essa primei-ra passagem não podendo ser contada em tempo real é convocada através do recurso a analepses permanentes desen-cadeadas através dos encontros desta segunda passagem. Porém esta segun-da passagem nem sequer é deliberada, mas antes provocada pelo apelo de uma filha, Rita que, ela também, terá parti-do para Macau pelos motivos que leva-ram o pai a Macau muitos anos antes. Adriano já não contaria com esta segun-da Visitação. Escolho o termo Visitação com maiúscula deliberadamente.

Este regresso ao passado aparece as-sim como inevitável e não corresponde a um acto de vontade de revisitar esse passado. É o seu carácter inesperado, inopinado e involuntário que lhe confe-re o carácter de uma Visitação e não de uma visita. Sabe-se como na vida jamais se volta atrás. A vida continuou, porque continua sempre. O carácter vectorial da existência é inelutável. Macau mudou inevitavelmente e tudo o que Adriano possa voltar a encontrar, mesmo velhos amigos, é sob um outro enquadramento que os revive o que só pode provocar um certo sentimento de estranheza. Macau, em particular, mudou demasia-do. Macau é um “dragão de fumo”, uma realidade em constante mutação, e por isso o passado não pode ser revivido. Mas o passado nunca é revivido. O que se vive é sempre novo, embora o novo possa estar contaminado de memórias. Foi Milan Kundera que o disse na sua Teoria do Romance. A vida é o único em que nada se repete e em que não se pode voltar atrás. Compete à arte do roman-ce o ser capaz de abordar esse aspecto da realidade existencial. Mais nenhuma instância o pode fazer, nem as outras artes nem as narrativas das ciências so-ciais. A especificidade do Romance é jus-tamente o vivido, na sua irredutibilida-de, essa trama única, embora compósita e complexa de sentimentos e sensações existenciais que só se vivem uma vez e a qual, volto a repetir, só a arte do roman-ce é capaz de dar conta e devolver.

É dito que Macau mudou, que ela, a cidade, é como uma dragão de fumo. Mas mesmo que não o fosse, mesmo que o terminal de jetfoil ainda fosse

Em Visitação

João Casimiro de aguiar nasceu em Lisboa a 28 de Outubro de 1943, tendo aí falecido no dia 3 de Junho de 2010. Grande parte da sua infância foi passada em Moçambique, na Beira. Formou-se na Bélgica em Jornalismo, tendo trabalhado em Bruxelas e em Amesterdão e regressando a Portugal definitivamente em 1976. Em Portugal trabalhou na RTP, no Diário de Notícias, na Revista Sábado e no Diário Popular entre outros órgãos de comunicação. Para lá deste livro que aqui se analisa, destacaria ainda: O Rio das Pérolas (2000), Uma deusa na bruma (2003), mas sobretudo A Voz dos Deuses (1984), romance baseado na vida de Viriato e com o qual ganhou alguma fama, na época.

aquele antigo com tábuas apodreci-das e ratos passeando por debaixo das frinchas, mesmo que toda a realidade aparente continuasse estática e idêntica a vida nela seria sempre outra. A única entidade que conta é a subjectividade da recepção e nessa, a mudança é a sua marca ontológica diferenciadora. Cada indivíduo, alguém o disse, é sempre o único protagonista da sua vida, todos os demais e tudo o resto são sempre apenas figurantes e de facto nós nunca volta-mos a viver os mesmos acontecimentos, as mesmas emoções, os mesmos projec-tos, os mesmos sonhos, as mesmas con-

vicções e sobretudo do mesmo modo sentindo dentro de nós a mesma alegria ou tristeza , ou entusiasmo, ou paixão, ou esperança, ou desilusão. Tudo mu-dou inelutavelmente, tudo muda de uma forma inexorável e nem sequer de-pende minimamente da nossa vontade ou dos esforços da nossa encenação. É o mínimo que devemos à cultura literá-ria do Barroco, a certeza do sentimento da fugacidade existencial e o seu culto. Adriano regressa a Macau, reencontra por exemplo o Padre Frazão, mas já não se trata do mesmo Padre Frazão, sobre-tudo porque Adriano já não é o mesmo

e por isso o lugar já não é o mesmo lu-gar. É tudo outra coisa, como se fosse outra vida. É como se tivéssemos que ajustar continuamente a nossa alma aos lugares, às pessoas, aos acontecimentos. Viver é proceder a estes reajustamentos permanentes e por vezes imensamente dolorosos.

Portanto quando se diz que “Macau é um pequeno universo difícil de apri-sionar dentro de modelos que não se-jam o seu próprio e que é um dragão, porque a China é terra de dragões e portanto que é feito de fumo porque basta-lhe um momento ou um sopro para que a sua forma se altere e o que ontem foi deixe hoje de ser; se me afi-gura impróprio, pois essa é a natureza de toda a realidade que seja da ordem do vivido e uma cidade mais não é do que a vida de todos os seus habitantes e daí que mude e esteja sempre a mudar. São as pessoas que fazem mudar os lu-gares e não o contrário. Embora os lu-gares possam transportar consigo uma espessura existencial particular. Uma predisposição, digamos assim.

Termino com uma longa citação que explicarei imediatamente:

“A bordo do jetfoil, Adriano res-munga interiormente: lixaram-me o Terminal Marítimo, que era das coi-sas de que eu mais gostava. A memó-ria  da sua primeira chegada a Macau está ligada ao velho terminal, desa-parecido na febre de melhoramentos que assolou o Território nos últimos dez anos. Era um edifício de arquitec-tura colonial decadente. Sem o mais débil valor estético, mas com uma at-mosfera exótica, uma respiração que parecia vir de séculos passados, das velhas histórias de aventureiros a che-gar com os olhos a arder na fome de patacas fáceis. Por todos os lados se encontrava um aviso que deliciava e entretinha Adriano: È proibido cuspir no chão, a sugerir um hábito arreiga-do. E por tudo isto, o antigo Terminal Marítimo de Macau era um alívio para os olhos depois do gigantismo, da frieza, da eficiência de Hong Kong”.

A ideia é sedutora, também eu senti o mesmo na minha chegada a Macau, o contraste entre a eficácia e a escala desumana de Hong Kong e a dimensão mais autêntica, para usar apenas uma pa-lavra, de Macau. Mas o autor teria feito melhor se escolhesse outro exemplo, que não o do velho terminal de jetfoil. Enfim, nem tanto ao mar nem tanto à terra. Se ainda ao menos se vislumbras-se ali uma arquitectura, uma alma, mas não, só coisa atamancada, sem dignida-de que se vislumbrasse.

aguiar, João, 1998, O Dragão de Fumo, Livros do Oriente, Colecção Macau Letras, Macau, 1998.descritores: Macau, Oriente, Passado, Presente, 256 p.:24 cm, ISBN: 972-9418-71-3

Cota: Mc/A229d

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Page 16: Hoje Macau 5 MAR 2015 #3284

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.º 6/P/15

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 17 de Fevereiro de 2015, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento e Instalação de um Sistema de Mamografia Digital aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia 4 de Março de 2015, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP48,00 (quarenta e oito patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

Com vista à efectuação de uma visita aos locais de execução da obra e ao entendimento cabal de todas as condições que possam influir no modo de execução futura dos trabalhos, Os concorrentes deverão comparecer no Departamento de Instalações e Equipamentos do Centro

Hospitalar Conde de São Januário, no dia 6 de Março de 2015, às 15:00 horas.

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às17,45 horas do dia 2 de Abril de 2015.

O acto público deste concurso terá lugar no dia 8 de Abril de 2015, pelas 10,00 horas, na sala do «Auditório» situada no r/c do Edifício da Administração dos Serviços de Saúde junto ao C.H.C.S.J..

A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP170 000,00 (cento e setenta mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 25 de Fevereiro de 2015

O Director dos Serviços, Substituto Chan Wai Sin

16 publicidade hoje macau quinta-feira 5.3.2015

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.º 5/P/15

Faz-se público que, por despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 13 de Fevereiro de 2015, se encontra aberto o Concurso Público para «Fornecimento de Equipamentos Laboratoriais Cedidos Como Contrapartida do Fornecimento de Reagentes ao Serviços de Patologia Clínica e Laboratórios do Novo Serviço de Urgência dos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados desde o dia de 4 de Março, todos os dias úteis, das 9,00 às 13,00 horas e das 14,30 às 17,30 horas, na Divisão de Aprovisionamento e Economato destes Serviços, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício da Administração dos Serviços de Saúde, 1.o andar, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso, estando os interessados sujeitos ao pagamento de MOP40,00 (quarenta patacas), a título de custo das respectivas fotocópias (local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).

As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral

destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17,45 horas do dia 30 de Março de 2015.

O acto público deste concurso terá lugar no dia 31 de Março de 2015, pelas 15,00 horas, na “Sala Multifuncional” do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo dos Serviços de Saúde, sita no r/c, da Estrada de S. Francisco, n.º 5, Macau.

A admissão a concurso depende da prestação de uma caução provisória no valor de MOP180 000,00 (cento e oitenta mil patacas) a favor dos Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque, na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.

Serviços de Saúde, aos 25 de Fevereiro de 2015

O Director dos Serviços, Substituto

Chan Wai Sin

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 147/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor LAM, Yik Lung, portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente de Hong Kong n.° V0706xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 65/DI-AI/2013, levantado pela DST a 20.06.2013, e por despacho da signatária de 25.02.2015, exarado no Relatório n.° 168/DI/2015, de 06.02.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues n.° 426, Edf. Ving Tai, 14.° andar F onde se prestava alojamento ilegal. ----------------------------------------------------------------------------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010.----------------------A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício ----------------------------------------“Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 25 de Fevereiro de 2015.

A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 148/AI/2015-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se o infractor 楊波, portador do Salvo Conduto para Deslocação a Hong Kong e Macau da R.P.C. n.° W40178XXX, que na sequência do Auto de Notícia n.° 96/DI-AI/2013, levantado pela DST a 10.09.2013, e por despacho da signatária de 25.02.2015, exarado no Relatório n.° 170/DI/2015, de 06.02.2015, em conformidade com o disposto no n.° 1 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010, lhe foi desencadeado procedimento sancionatório por suspeita de controlar a fracção autónoma situada na Rua Francisco H. Fernandes n.° 24, Edf. Pak Tak (China Civil Plaza), 7.° andar AA onde se prestava alojamento ilegal. ---------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele auto de notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito não sendo admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo conforme o disposto no n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A matéria constante daquele auto de notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, punível nos termos do n.° 1 do artigo 10.° do mesmo diploma. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 25 de Fevereiro de 2015.

A Directora dos Serviços, Maria Helena de Senna Fernandes

Page 17: Hoje Macau 5 MAR 2015 #3284

17hoje macau quinta-feira 5.3.2015 (F)utilidadestempo períodos de chuva min 16 max 19 hum 85-98% • euro 8.8 baht 0.2 yuan 1.2

João Corvo

Aconteceu Hoje 5 de março

Lá por andares sobre a água não quer dizerque te chames Jesus Cristo.

Dia de recordar Volta,o inventor da pilha eléctrica• A 5 de Março recorda-se Alessandro Volta, físico italiano que inventou a pilha eléctrica. Também neste dia morrem Manuel de Arriaga, primeiro Presidente português, e o poeta Pedro Homem de Mello. No dia 5 de Março de 2013, parte Hugo Chávez, presidente da Venezuela.Apaixonado pela electricidade, Volta desde cedo começou a demonstrar a sua genialidade, apesar de só ter começado a falar aos quatro anos. Foi encaminhado pela família no sentido de seguir a carreira eclesiástica, mas aos 14 anos decidiu estudar Física.Viria a dar aulas na Universidade de Pavia, durante mais de duas décadas, até que recebe um convite do imperador Napoleão Bonaparte, para que fosse até Paris mostrar a sua invenção: a pilha eléctrica.Graças a esta invenção, foi nomeado conde, pelo próprio Napoleão. Morre a 5 de Março de 1827, sendo que o seu corpo está enterrado na cidade de Como, em Itália. A sua pilha eléctrica – o primeiro gerador estático até então – fica na história como uma das mais importantes criações do seu tempo.Também a 5 de Março, em 1770, dá-se o massacre de Boston: cinco norte-americanos são mortos por tropas britânicas, incidente que iria desencadear a Guerra da Independência dos Estados Unidos da América.Em 1836, Samuel Colt produz o primeiro modelo de revólver (de calibre 34), no ano de 1933, enquanto na Alemanha o Partido Nazi vence as eleições com 44 por cento dos votos, Franklin D. Roosevelt declara o “feriado bancário”. O Pre-sidente dos EUA encerra todos os bancos norte-americanos e congela todas as transacções financeiras.Já em 1946, Winston Churchill usa pela primeira vez a expressão “Cortina de Ferro” num dos seus discursos, na Universidade Westminster em Fulton, nos EUA. A 5 de Março de 1970, passa a vigorar o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, ratificado por 43 países.Em Portugal, nasce um jornal de referência: o Público é colocado nas bancas a 5 de Março de 1990, conquistando prestígio na imprensa portuguesa. Neste dia, em 2013, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, perde a batalha contra o cancro. Chávez morre em Caracas, aos 58 anos, deixando o seu país em lágrimas.

fonte da inveja

C i n e m aCineteatro

Sala 1Stand by me doraemon [a](FAlADO EM CANTONêS)Filme de: Takashi Yamazaki, Ryuichi Yagi15.55, 17.50

Stand by me doraemon [3d] [a](FAlADO EM CANTONêS)Filme de: Takashi Yamazaki, Ryuichi Yagi19.45

From vegaS to macau 2 [c](FAlADO EM CANTONêS lEGENDADO EM CHINêS E INGlêS)Filme de: Wong JingCom: Chow Yun-Fat, Nick Cheung, Carina lau14.00, 21.45

Sala 2chappie [c](lEGENDADO EM CHINêS)Filme de: Neill BlomkampCom: Hugh Jackman, Sharlto Copley, Dev Patel14.30, 16.45, 19.15, 21.30

Sala 3lucky Star [b]Filme de: SunnyCom: Eric Tsang, Wong Cho-Iam, Ella Chen14.30, 16.15, 18.00, 21.30

penguinS oF madagaScar [a](FAlADO EM CANTONêS)Filme de: Eric Darnell, Simon J. Smith19.45

“StrAnge DeSire”(BleAcHerS, 2014)

ainda a semana vai a meio, mas boa música é o que não falta. exemplo disso é o primeiro e ainda único disco de estreia dos Bleachers, banda de indie pop norte-americana. Com base em nova iorque, a cidade que nunca dorme, o colectivo foi criado por Jack antonoff, guitarrista da banda Fun. É então com “i wanna get better” que os Bleachers se sagram junto das prateleiras, lançando uma das que considero ser uma das melhores músicas do álbum “Strange Desires”, a “Rollercoaster”. O estilo descontraído dá ares a uma mistura subtil de géneros lançados no mercado por colectivos como Kaiser Chiefs ou The Kooks. Os Bleachers parecem, no fundo, ir beber a um estilo musical britânico muito próprio e que ganha corpo nos videoclips da banda, através de cenários puramente norte-americanos. - leonor Sá Machado

O que fazer esta semana?HojeFESTIVAl WINE AND DINE (ATé 8/03)Venetian Macauentrada livre

ExPOSIçãO “NIHONGA CONTEMPORâNEA”,DE ARlINDA FROTA Fundação Rui Cunha, 19h00entrada livre

AmanhãMUSICAl ‘CATS’ (ATé 15/03)Venetian Macau Bilhetes das 280 patacasàs 680 patacas

SábadoExPOSIçãO “HOMENAGEM A MESTRESqUE NOS INSPIRARAM”, DE ARTISTAS DE MACAU E HK Armazém do Boi, 19h00 (até 10/05)entrada livre

3º ANIVERSáRIO HI TECH TRIBE(MúSICA ElECTRóNICA COM DJ ENUOH DO JAPãO) live Music Association, 22h00150 patacas com uma bebida incluída

Diariamente ExPOSIçãO “VOz NA ESCURIDãO”,DE óSCAR BAlAJADIA/PAPA OSMUBAl(ATé 14/03)Creative Macau entrada livre

ExPOSIçãO DE SâNDAlO VERMElHO (ATé 22/03)Grande Praça, MGMentrada livre

ExPOSIçãO DE DESIGN DE CARTAzES “V•x•xV:”(OBRAS DE 1999, 2004 E 2009) [ATé 15/03]Museu da Transferência da Soberania de Macau,10h00 às 19h00entrada livre

“SElF/UNSElF” – ExPOSIçãO DE TRABAlHOSDE ARTISTAS HOlANDESES (ATé 15 DE MARçO)Centro de Design de Macauentrada livre

IlUSTRAçõES PARA CAlENDáRIO DE GUAN HUINONG(ATé 10/05)Museu de Arte de Macau, das 10h às 19hentrada livre

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18 opinião hoje macau quinta-feira 5.3.2015

N ão se comemoram apenas, por estes anos, os cem anos da I Guerra Mundial, mas também os duzentos da der-rota definitiva de Napoleão, que deu origem à Europa que a I Guerra Mundial viria a destruir.

Há duzentos exacta-mente, Napoleão já tinha

sido deposto uma vez e exilado na ilha de Elba, mas fugira de volta para França disposto a retomar o poder aos Bourbons. A 7 de Março de 1815, o exército francês apanhou-o em Grenoble. “Se me querem matar, aqui me têm, o vosso imperador”, terá dito ele. os soldados mudaram de lado e no dia 21 Napoleão estava de novo em Paris e no trono imperial. Depois disso foram os famosos “Cem Dias”, Waterloo, a derrota final. Napoleão foi mandado para a ilha de Santa Helena e a Europa ficou controlada pelos impérios reunidos no Congresso de Viena.

Essa Europa que nasceu há duzentos anos era imperialmente estável e previsível, mas foi sendo transformada por tendências poderosas: o socialismo e o movimento operário, o nacionalismo, a industrialização. Mesmo assim, o colapso dos impérios na I Guerra Mundial — como o fim da Europa

“Convém manter o ouvido afinado aos ritmos seculares do nosso tempo”

Rui TavaResin Público

o nosso temponapoleónica cem anos antes — foi mais rápido do que esperavam os europeus da época. Daí surgiram democracias frágeis que foram suplantadas pelo fascismo, uma segunda guerra mundial, e um continente dividido em dois.

Vão comemorar-se também este ano os cem anos do naufrágio do Lusitania, que trouxe os EUA para a Grande Guerra na Europa. E, daqui a dois anos, o nascimento da União Soviética. Quando este jornal nasceu, a Europa estava ainda dividida entre esses dois poderes. Tal como a Europa de há duzentos anos, parecia um continente previsível. Tal como a Europa de há cem anos, o seu colapso foi repentino. Mas dis-tintamente dela, esse colapso deu-se quase sem guerra no continente (excepto, em impressionante simetria, aquela que acabou onde tudo começara cem anos antes, nos Balcãs, na Jugoslávia).

A grande questão que agora temos para responder é: que Europa é a nossa? Uma recapitulação da que nasceu há cem anos,

democrática e problemática, instável e inevitável no conflito? Ou qualquer coisa de novo?

ou mais sucintamente: uma Europa do passado ou do futuro? Se formos do passado, não seremos mais do que a Velha Europa, tentando encontrar combinações para gerir demasiados poderes em espaço tão curto. Se formos do futuro, seremos uma Europa do mundo, encontrando soluções democráticas transnacionais para as grandes crises globais, da economia ao ambiente.

Não terá escapado ao leitor atento, contudo, uma terceira hipótese: a de uma Europa burocraticamente imperial, previ-sível e estável, pactuada entre os poderes do momento. Essa é a Europa do presente. Quando, no próximo dia 18, manifestantes se dirigirem a Frankfurt para protestar junto à nova sede do Banco Central Europeu, será contra essa Europa distante e a democrática que protestarão.

Assim, quando se lê no jornal as notícias do dia, convém manter o ouvido afinado aos ritmos seculares do nosso tempo. Se os astrónomos ainda julgam ouvir os restos do Big Bang, não nos é nada difícil reconhecer nas páginas deste jornal a crónica de uma Europa que falhou há duzentos anos, e há cem anos — e que, com a nossa ajuda, pode ser que acerte desta.

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19 opiniãohoje macau quinta-feira 5.3.2015

T ive há dias uma morte na famí-lia, o que é sempre de lamentar, mesmo sendo, helas, uma das coisas mais naturais da vida. Uma banalidade daquelas de ir ao bocejo, se me permitem, de tão comummente banal e banalmente comum que é. Foi na família da minha esposa, para ser mais preciso, portanto

para mim era um parente apenas por afini-dade. Foi aquilo que os chineses chamam uma “morte alegre”, em tradução livre, pois a senhora agora defunta caminhava para o centenário, assistiu à vinda da sua quarta geração, e sobreviveu mesmo a alguns dos seus filhos. Nada mais deprimente, perdoem--me o desabafo. Seja como for, lamenta-se menos assim, quando se morre “de barriga cheia”, depois de já ter visto e revisto tudo, mesmo o que não se queria ver. Se eu che-gar a velho, e quando morrer tiver direito a pedra tumular, quero nela escrito o seguinte epitáfio: “Já vi tudo. Ciao”.

Há velhos que passam a vida a lamentar--se, dizendo que “vão morrer”, e que “de amanhã não passam”, deprimindo familiares à mesa da ceia do Natal, dizendo que “é o último que vão ver”, ou assustando os netos no dia do aniversário deles, prognosticando que “para o ano já não vão à festa” – “Sopra as velas, netinha querida. Deixa o avô olhar para o brilho dos teus olhos uma última vez”. Tétrico. Muitas vezes fazem isto para chamar a atenção e mostrar que ainda estão vivos, e certas situações que são interpretadas por nós como uma manifestação de senilidade são nada mais que uma tentativa de provar que ainda estão lúcidos – só que acabam por exagerar e estragam tudo. Mas como os compreendo, pois tenha a percepção que o valor que damos à nossa vida é proporcional à forma como a aproveitamos, e tentamos tirar dela o maior prazer. Se temos vontade de viver, de nos levantarmos todos os dias da cama e encarar o mundo, é porque ainda vemos tendo capacidade de fazer o que mais gostamos, em suma, enquanto temos aspirações, ambição, metas a alcançar ou planos para concretizar. e o que pensa um velho com mais de 80 anos quando escuta os mais novos falar de planos a longo prazo, do que vão fazer daqui a dois anos, ou cinco, ou dez? Que são uns sacaninhas, isso sim. e depois deseja-lhes “saudinha”, mas não com grande entusiasmo.

Não tememos tanto a morte quanto desconfiamos dela, e tudo porque nada sabemos a seu respeito. ela não nos deixa ir e depois regressar, como fizeram as agências aeroespaciais semi-falidas com os milionários que quiseram ir ao espaço. Mas coisa boa não pode ser, pois se é mesmo verdade que voltamos ao ponto de partida,

A morte dói só um bocadinho (e depois passa)

Nenhum castigo, nem mil autos-de-fé vão aliviar os vivos da dor da partida dos que supostamente não sentem mais dor. Nem mais dor, nem mais nada. E isto é que nos chateia a sério

A morte não é nada. Eu somente passeipara o outro lado do caminho.Santo Agostinho

ou seja, ao que éramos antes de nascer, dá vontade de perguntar do que serviu este intervalo entre os dois pontos: o inato e o “terminato”. A questão do pós-vida vem deixando a humanidade intrigada desde que esta tomou consciência daquilo que ninguém precisa que lhe expliquem: tudo o que vive acaba eventualmente por morrer, passar do tempo, expirar, caducar, chegar ao fim, tal como no fim de cada dia caem as trevas, e tudo se renova – e tudo sem nos dar uma explicação, por mais pífia

ou descabida que seja. encarar a morte requer coragem, e por isso agarramo-nos a eufemismos que não são mais do que mecanismos de defesa: “foi desta para me-lhor”, “repousa eternamente”, ou “foi para o Céu”. Ai foi? Mas esqueceu-se de levar consigo a cápsula, agora cadáver que jaz aqui inerte. Não podia dizer antes qualquer coisa para nos deixar mais descansados? e a religião é só um dos paliativos a que recorremos para fazer com a ideia dos que agora estão “em paz” nos deixem em paz. Há quem opte por bater à “outra porta”: a adivinhação, a cartomância, o espiritismo, e um sem número de outras charlatanismos. A morte é um negócio, também, e que vai para além das agências funerárias.

Morrer ganha contornos de seriedade sérios quando acontece com alguém jo-vem, passando de “uma coisa normal” a “tragédia”, como se a própria condição de ser jovem fosse dirimente da morte. Dei comigo a pensar nos pais daquele bebé de cinco meses que faleceu após ser atendido no hospital na semana passada, que apesar

de toda esta prosa é sempre algo a lamentar. Mais para eles, os que ficam vivos a suportar a dor da perda daquela dádiva de esperança, e quase dava para sentir a angústia na voz do pai, que vimos na televisão a exigir que se apurassem responsabilidades, e que se ficasse saber exactamente a causa da mor-te. No lugar dele faria o mesmo, ou pior; é difícil dizer ou pensar o que quer que seja estando do lado de fora do drama que não desejaríamos ao nosso pior inimigo. Mas depois do que adianta se a culpa não morrer solteira, quando já nada nos pode trazer de volta aquilo que a morte nos le-vou? Se aconteceu por erro humano, claro que queremos que se tomem medidas, nem que seja para que não se volte a repetir, ou se passe a exercer um maior cuidado, pois afinal são vidas que estão ali em jogo. Mas ficar revoltado? Contra a morte? Não vale a pena. Nenhum castigo, nem mil autos-de-fé vão aliviar os vivos da dor da partida dos que supostamente não sentem mais dor. Nem mais dor, nem mais nada. e isto é que nos chateia a sério.

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Page 20: Hoje Macau 5 MAR 2015 #3284

cartoon por Stephffhoje macau quinta-feira 5.3.2015

A Administração de Macau encerrou 2014 com re-ceitas totais de 156.071,4

milhões de patacas, uma subida de 0,4% face ao ano anterior, mas que traduz o menor crescimento apurado desde 2010.

Dados provisórios relativos ao ano passado disponíveis na página electrónica dos Serviços de Finanças referem que as receitas correntes da administração subi-ram 3% para 155.308,7 milhões de patacas e que neste capítulo os impostos directos registaram uma subida de 2,7% para 136.016,7 milhões de patacas.

Japão ponderao envio de tropaspara missões internacionais da UEO Japão está a estudar o envio de tropas para missões internacionais da União Europeia, no âmbito da revisão da sua Constituição pacifista, avançou ontem a imprensa local. Esta medida será discutida na próxima semana, durante um encontro entre altos responsáveis da Defesa e Negócios Estrangeiros do Japão e da União Europeia, segundo explicaram fontes do Governo à agência Kyodo. Esta seria a primeira vez que o Japão destacaria tropas para missões de manutenção de paz e cooperação internacional da União Europeia, algo que o país asiático já fez noutras operações das Nações Unidas. O envio de tropas faz parte da polémica revisão do papel das Forças de Autodefesa do país, que ambiciona ter um papel militar mais activo e ganhar peso estratégico internacional.

Xinjiang Mais de 450 pessoas mortas, a maioria são uigures

MAiS de 450 pessoas foram mortas na região de Xin-

jiang no ano passado, a maioria de etnia uigur, de acordo com uma organização de direitos humanos.

Xinjiang, de maioria muçul-mana, tem assistido a uma onda de violência que as autoridades apelidam de “terrorismo” por parte de “separatistas”.

Apesar de a informação na área ser estritamente controlada pelas autoridades, o Projecto Uigur de Direitos Humanos, sedeado em Washington, usou dados publicados em meios de comunicação chineses e estrangeiros para a sua análise, apresentando sempre margens de erro para os seus números.

A organização afirma que entre 457 e 478 pessoas morre-ram no ano passado, tendo sido identificados 235 a 240 uigures e 80 a 86 han, o maior grupo étnico chinês.

O total representa mais do do-bro do registado em 2013, quando 199 a 237 pessoas morreram, entre estas 116 a 151 uigures.

O aumento evidencia a “força excessiva” empregada pela China e a “deterioração do ambiente de segurança” desde que Xi Jinping se tornou Presidente, há dois anos, diz o relatório da organização.

“Quando estava a ser violada, não devia ter-se defendido. Devia ter-se mantido em silêncio e permitir a violação. Assim, teria sido depois deixada e apenas teriam batido no rapaz” Mukesh singh um dos condenados à morte pela violação da jovem

O documentário da britânica Leslee Udwin sobre a jovem que, em 2012, foi torturada e violada por seis homens num autocarro vindo a morrer dias depois, será transmitidopela BBC,a 8 de Março, noDia internacionalda Mulher

Índia PrOibiDA EmissãO DE DOCUmENtáriO sObrE viOlAçãO

Mentes criminosas

Macau o Menor cresciMento dos últiMos cinco anos

Por este rio abaixo

U M tribunal de Nova Deli proibiu a emissão na Ín-dia de um documentário sobre a violação e morte

de uma jovem em 2012, que inclui uma entrevista em que um dos

condenados culpa a vítima pelo sucedido.

O tribunal afirmou que a repor-tagem “A filha da Índia” contém declarações que causam “dano público, quebram a paz e criam potenciais tensões e problemas na ordem pública”, disse o porta-voz da polícia Rajan Bhagat.

“O documentário não pode ser transmitido na Índia”, afirmou Bhagat.

O Ministério de informação e Transmissões indiano emitiu também uma ordem aos canais de televisão do país para que não passem o filme.

Na noite de 16 de Dezembro de 2012, uma estudante acompa-nhada por um jovem foi violada e torturada por seis homens num autocarro em movimento em Nova

Deli, tendo morrido 13 dias mais tarde num hospital em Singapura.

“A filha da Índia”, realizado pela britânica Leslee Udwin, será emitido a 08 de Março, Dia inter-nacional da Mulher, pela BBC e estava agendado para ser trans-mitido na Índia pelo canal NDTV.

Ainda assim, o conteúdo da entrevista com um dos condena-dos à morte pelo caso foi tornado público antes da emissão do do-cumentário.

“Quando estava a ser violada, não devia ter-se defendido. De-via ter-se mantido em silêncio e permitir a violação. Assim, teria sido depois deixada e apenas te-riam batido no rapaz”, declarou Mukesh Singh.

Nesta entrevista, o condena-do comentou que uma mulher “decente” não anda na rua “às 9 da noite” e que uma rapariga “é muito mais responsável” por uma violação que um homem.

No que toca aos impostos directos e à receita global da admi-nistração de Macau, os impostos sobre as receitas do Jogo, no valor de 35%, continuam a ser a princi-pal fonte da receita, subiram 1,7% e totalizaram 128.868,8 milhões de patacas.

As taxas sobre o sector do jogo não reflectem a queda de 2,6% da receita bruta apurada em 2014 porque são pagas no mês seguinte ao mês de referência e em termos orçamentais contabilizadas de De-zembro de um ano até Novembro do ano seguinte.

No entanto, esta rubrica or-

çamental continua a ser da maior importância para a administração de Macau e em 2014 o dinheiro arrecadado correspondia a 82,57% da receita total, a 82,97% da receita corrente e a 94,7% dos impostos directos.

Já no campo da despesa, Ma-cau gastou mais 11,1% em termos globais, ou 65.775 milhões de patacas, com a despesa corrente a subir 12,5% para 57.666,2 milhões de patacas.

Apesar de avultados investi-mentos em curso, como o metro ligeiro e o novo terminal marítimo da Taipa, os investimentos do Pla-no (PiDDA) continuam a registar uma execução muito aquém do planeado e em 2014 foram gastos 7.255,4 milhões de patacas, cerca de metade do valor orçamentado e apenas 3,2% mais do que em 2013.

Entre receitas e despesas, o saldo orçamental positivo foi de 90.296,4 milhões de patacas, um valor mais que suficiente para “repetir” a despesa do ano e ain-da sobrar algum dinheiro, o que acontece desde 2010. - LUSA

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