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Homenagem a - culturaviva.gov.brculturaviva.gov.br/wp-content/uploads/2018/05/culturas-populares... · Homenagem a Selma do Coco 2018 Ministério da Cultura. Edital Culturas Populares

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Homenagem a

Selma do Coco

2018

Ministério da Cultura

Edital Culturas Populares 2018Edição Selma do Coco

Presidente da RepúblicaMichel Temer

Ministro da CulturaSérgio Henrique Sá Leitão Filho

Secretária da Cidadania e da Diversidade CulturalDébora Fernanda Pinto Albuquerque

Diretora da Cidadania e da Diversidade CulturalRenata de Carvalho Ferreira Machado

Coordenador-Geral de MobilizaçãoJorge Adolfo Freire e Silva

Coordenador de Editais e SeleçãoGildo Joaquim Alves de Aguiar Rêgo

Contribuições:Karina Paim Teodoro de SouzaMarina Leite da SilveiraTatiane Lima Souto

Foto da Capa:Priscilla Buhr

Apresentação 7

Selma do Coco, nossa homenageada 8

Homenageados nas edições anteriores 9

Informações sobre o edital 10

Informações sobre a documentação 12

Informações sobre a inscrição, prazos e envio 14

Esclarecimentos sobre as fichas de inscrição 15

Edital 17

Formulários de inscrição e anexos 33

índice

– Premio Culturas Populares – 7

apresentação

A cultura popular no Brasil representa a identidade, a tradição, a ancestralidade e a história do nosso povo. Se apresenta como um processo ativo e constante de transformação, retradução, reapropriação e preservação de suas manifestações, promovendo o diálogo e a convivência entre o tradicional e o moderno. É cultura que nasce de uma comunidade e a significa, e torna-se sua expressão. É diversi-dade e respeito a valores sociais; é cor, humor, ludicidade, eufemismo, brilho, som, erudição, conhecimento!

O Ministério da Cultura através da Se-cretaria da Cidadania e da Diversidade Cul-tural - SCDC, compreende a importância de reconhecer o significado dessas expressões, festejos e manifestações do povo brasileiro, voltando olhares para políticas públicas de promoção e proteção da diversidade cultural, em especial para as culturas populares.

Todo esse trabalho insere-se nas ações identificadas na “Carta das Culturas Popula-res”, construída a mil mãos no Seminário Na-cional de Políticas Públicas para as Culturas Populares, realizado em 2005, em Brasília, no II Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares, no I Encontro Sul-Americano das Culturas Populares, ambos também realizados em Brasília, em 2006, e no II Encontro Sul-Americano das Culturas Popu-lares realizado em Caracas, em 2008.

Nessa perspectiva, em 2017, a SCDC lan-çou a 5ª edição do Edital de Premiação de Cul-turas Populares homenageando o cordelista Leandro Gomes de Barros. O Edital bateu to-dos os recordes da história da Secretaria, tanto em números de inscrições (2.862) quanto em volume de recursos destinados ao prêmio dos fazedores de cultura popular (R$ 6.800.000,00). O resultado foi um verdadeiro SUCESSO!

No entanto, defendemos que essa polí-tica deve estar inserida em um processo con-tínuo, de maneira a abarcar esse universo de

pessoas, instituições e grupos que vivem e res-piram do fazer cultura neste país.

Partindo dessa convicção e do respeito e reverência a todas as expressões da cultu-ra popular brasileira, anunciamos com muita alegria a 6ª edição do Edital de premiação de Culturas Populares, que em 2018 homenageará a mulher, a cantora e compositora, a coquista, Selma Ferreira da Silva, conhecida como “Sel-ma do Coco”.

Nessa Edição, o Ministério da Cultura por meio da SCDC destinará R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) em recursos que con-templarão 500 (quinhentas) iniciativas da cultura popular e esperamos alcançar maior número de inscrições no intuito de ampliar o alcance da política de reconhecimento da di-versidade cultural em todas as regiões do Bra-sil. O valor do prêmio, que era de R$ 10.000,00 (dez mil reais) desde 2007, foi atualizado para R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Para facilitar sua inscrição, este manual contém orientações gerais, instruções de pre-enchimento dos formulários de inscrição, mo-delos de documentos e prazos para que você possa inscrever a sua iniciativa cultural no Edital de Culturas Populares 2018 - Selma do Coco com êxito.

O manual foi elaborado com carinho para ajudar e incentivar os mestres e mestras das culturas populares, os grupos sem consti-tuição jurídica e as instituições privadas sem fins lucrativos de natureza ou finalidade cultu-ral a participarem do Edital.

Ao inscrever-se no Edital você estará di-vulgando o que realizou e, especialmente no caso de ser premiado, estará potencializando e ampliando o reconhecimento público do valor artístico e cultural do seu trabalho.

Destacamos que, nas cinco edições ante-riores, obtivemos aproximadamente 9.000 ins-crições, dos quais 1.545 iniciativas foram pre-miadas, todas vinculadas às culturas populares,

– Premio Culturas Populares –8

com recursos que totalizaram R$ 18.750.000,00 (dezoito milhões, setecentos e cinquenta mil reais) distribuídos pelas cinco regiões do país. E você também pode ser um premiado!

Junte-se a nós nessa celebração da cultu-ra popular! Participe!

Débora Fernanda Pinto AlbuquerqueSecretária da Cidadania e da Diversidade

Cultural

NOSSA HOMENAGEADA: SELMA DO COCO

Ela foi Selma Ferreira da Silva, popular-mente conhecida como “Selma do Coco”, nas-cida em 10 de dezembro de 1929, no município de Vitória de Santo Antão, Estado de Pernam-buco: uma “coquista”, cantora e compositora.

Viveu no interior de Pernambuco até os dez anos de idade. Mudou-se com a família para o Recife, onde casou e teve 14 filhos. Aos 30 anos ficou viúva e, após a morte do marido, passou a residir em Olinda, trabalhando como tapioqueira no Alto da Sé. Lá, encantava os turistas com o charme e feitiço da sua voz, de temperamento e ritmo envolventes. Cantava coco na Sé, no Car-mo e na frente da própria casa, onde aos domin-gos, organizava rodas de coco.

Nos anos 90, integrantes da geração “manguebeat” se encantaram com a “coquis-ta”, o que certamente contribuiu para a conso-lidação da carreira de Selma. Passou a se apre-sentar em festas populares, nas quais vendia fitas cassete de suas músicas, gravadas artesa-nalmente. Ficou conhecida a partir do sucesso das rodas de coco que organizou nos fundos do seu quintal, passando a ser convidada para se apresentar em diversos shows.

Em 1996, apresentou-se pela primeira vez para um grande público em Recife, no festival

Abril Pro Rock. No ano seguinte, seu coco “A Ro-linha” fez grande sucesso no carnaval de Recife e Olinda, sendo uma das músicas mais executa-das à época. Gravou seu primeiro CD em 1995 sob o título “Coco de Roda, o elogio da festa”. O segundo CD, “Cultura Viva”, foi gravado em Berlim em 1997 e relançado no Brasil em 1998 sob outro título, “Minha História”, com músicas compostas em parceria com seu filho Zezinho. Nesse CD estão presentes diversas composições de sua autoria como as músicas “Santo Antônio”, “Dá-lhe Manoel” e “A Rolinha”. A gravação lhe valeu no ano seguinte o Prêmio Sharp.

Essas apresentações provocaram uma reviravolta em sua carreira artística que alcan-çou projeção internacional. Nos anos seguintes, apresentou-se no Festival Lincoln Center, em Nova York, e no Festival de Jazz de Nova Orle-ans, além de fazer shows na Alemanha, França, Bélgica, Espanha, Suíça e Portugal. Durante a excursão pela Europa, atendendo a um convite do Instituto Cultural de Berlim, gravou o disco “Heróis da Noite”, ao lado de cantores africanos.

Em 2001 foi a principal atração brasileira no 32º New Orleans Jazz & Heritage Festival, nos EUA. Em 2002 apresentou-se no Rio de Janeiro no Centro Cultural Ariano Suassuna. Seu tercei-ro disco, “Jangadeiro”, foi lançado em 2004.

Ao longo da vida recebeu vários títulos e prêmios, entre eles: Cidadã Olindense, concedido pela Câmara de Vereadores de Olinda e a Comenda 2007 “Ordem do Mérito Cultural”, tornando-se Pa-trimônio Vivo da Cultura Pernambucana.

Durante sua trajetória de vida, além do ma-rido, Selma do Coco enterrou todos os 14 filhos. Atualmente as netas da “coquista”, Yorrana da Sil-va Ferreira, Gabriela Vitória Pena Ferreira, Raquel Marta da Conceição e Adriana de Andrade Ferreira, promovem a continuidade da herança cultural dei-xada por sua avó através do Centro Cultural Selma do Coco fundado e administrado por elas.

Selma do Coco faleceu em nove de maio de 2015, deixando como principal legado, a sua contribuição para a consolidação do coco como referência da nossa identidade e um marco para a Cultura Popular.

– Premio Culturas Populares – 9

Há trinta anos passadosMorava em Mustardinha

No meio de tanta genteNão conheceram Selminha

Hoje eu moro em OlindaO povo me adotou

Me chamam rainha do cocoO povo é meu amor

A-há êeeeeee

HOMENAGEADOS NAS EDIÇÕES ANTERIORES

2007 – Mestre DudaNo ano em que se comemorou os cem

anos do frevo, o Prêmio Culturas Populares ho-menageou o pernambucano Mestre Duda, por seu papel de destaque na construção da história do mais legítimo ritmo binário brasileiro, inicial-mente chamado “marcha nortista” ou “marcha pernambucana”. O Maestro José Ursicino da Sil-va, mais conhecido como Mestre Duda, nasceu em Goiana, interior de Pernambuco, em 23 de dezembro de 1935. Tendo começado o estudo da música aos 8 anos, tornou-se um dos maiores re-gentes, compositores, arranjadores e instrumen-tistas de todos os tempos.

2008 – Mestre Humberto de MaracanãA edição 2008 do Prêmio Culturas Popula-

res homenageou o Mestre maranhense Humber-to Barbosa Mendes, mais conhecido como Hum-berto de Maracanã, por sua contribuição para a promoção de expressões culturais típicas de sua região, como o Bumba-meu-boi. Nascido em 2 de novembro de 1939, em São Luís, comandou por quatro décadas o Boi de Maracanã, como amo,

cantor e compositor de toadas ricas em poesia que falam das belezas naturais da região, da força dos seus antepassados africanos e indígenas e do compromisso com divindades e santos como São João Batista. Mestre Humberto tem vários discos lançados, além de toadas gravadas por outros cantores. Faleceu em 19 de janeiro de 2015.

2009 – Homenagem a Mestra Dona IzabelA edição 2009 do Prêmio Culturas Populares

homenageou a Mestra Izabel Mendes da Cunha, ar-tesã, ceramista e bonequeira do Vale do Jequitinho-nha, considerada uma das mais importantes artistas populares do ofício com barro, especialmente a ce-râmica. Nasceu em 2 de agosto de 1924, em Córrego Novo, próximo à Itinga, no vale do Jequitinhonha. O desejo pela arte de fazer bonecas começou ainda criança, aos sete anos de idade, em continuidade ao ofício do barro da avó e da mãe que eram louceiras. Depois, com o reconhecimento, Dona Izabel, que, na condição de Mestra, é dona de uma generosida-de infinita, passou a ensinar sua arte para seus fi-lhos e para uma legião de seguidores, os quais hoje produzem peças que caracterizam a arte popular e o artesanato da região, tornando famosas em todo o país as bonecas do Vale do Jequitinhonha. Mestra Dona Izabel faleceu em 30 de dezembro de 2014.

2012 – Amácio MazzaropiA edição 2012 homenageou Amácio

Mazzaropi, ano que culminou com o cente-nário de seu nascimento. Mazzaropi nasceu em 9 de abril de 1912, numa pequena casa do Bairro de Santa Cecília, em São Paulo. Des-pertou seu interesse pelo teatro desde pe-queno. Em 1919, com sete anos, ao ingressar na primeira escola, o Grupo Escolar do Largo de São José do Belém, torna-se o declamador titular das festas escolares pela facilidade que tinha em decorar poesias. Protagonizou 32 filmes que perpassam pelo imaginário da cultura popular brasileira. Faleceu em 13 de junho de 1981, em São Paulo. Em 1995, foi fundado o Museu Mazzaropi, em Taubaté, que retrata toda a história do artista.2017 – Leandro Gomes de Barros

– Premio Culturas Populares –10

A edição 2017 do Prêmio Culturas Popu-lares homenageou Leandro Gomes de Barros, no ano que culminou com 152º centenário de seu nascimento. Gomes de Barros, paraibano nascido em 19 de novembro de 1865, na Fa-zenda da Melancia, no Município de Pombal, é considerado o rei dos poetas populares do seu tempo. Foi educado pela família do Padre Vi-cente Xavier de Farias (1823-1907), proprietá-rios da fazenda e do qual era sobrinho por par-te de mãe. Em companhia da família “adotiva”, mudou-se para a Vila do Teixeira, que se tor-naria o berço da Literatura Popular nordestina, onde permaneceu até os 15 anos de idade tendo conhecido vários cantadores e poetas ilustres, mas é em Pernambuco que passa a imprimir a maior parte de sua obra poética. Sua atividade poética o obriga a viajar bastante por aqueles sertões para divulgar e vender seus poemas e tal fato é comentado por seus contemporâneos João Martins de Ataíde e Francisco das Chagas Baptista. Foi um dos poucos poetas populares a viver unicamente de suas histórias rimadas, que foram centenas. Leandro versejou sobre todos os temas, sempre com muito senso de humor. Começou a escrever seus folhetos em 1889. Na crônica intitulada Leandro, O Poeta, publicada no Jornal do Brasil em 9 de setembro de 1976, Carlos Drummond de Andrade o cha-mou de “Príncipe dos Poetas”. Gomes de Bar-ros faleceu em 4 de março de 1918, no Recife.

informações sobre o edital

1. O que é o Edital de Culturas Populares 2018 – Edição Selma do Coco?

É um concurso promovido pela Secreta-ria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura que premiará 500 (qui-

nhentas) inscrições de Mestres, Grupos sem constituição jurídica e Instituições Privadas, com o objetivo de reconhecer a atuação e a contribuição do trabalho dos praticantes das Culturas Populares.

2. Qual é o valor do prêmio?Cada um dos candidatos selecionados

receberá um prêmio de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) bruto (haverá desconto de impostos). Os prêmios serão divididos da seguinte forma:

a. 200 (duzentos) prêmios para iniciativas de Mestres e Mestras (pessoa física);

b. 180 (cento e oitenta) prêmios para inicia-tivas de Grupos sem constituição jurídica – CNPJ;

c. 70 (setenta) prêmios para pessoas jurídi-cas sem fins lucrativos;

d. 30 (trinta) prêmios, sendo 15 (quinze) destinados a grupos e 15 (quinze) desti-nados a pessoas jurídicas que compro-vem ações em acessibilidade cultural; e

e. 20 (vinte) prêmios para herdeiros de mes-tres e mestras In Memoriam.

3. O que é cultura popular?A cultura popular e tradicional é o con-

junto de criações que emanam de uma co-munidade, expressas por grupos que reco-nhecidamente respondem às expectativas da comunidade enquanto expressão de sua iden-tidade cultural e social. Considerando a plura-lidade de comportamentos e práticas sociais, os diferentes modos de se organizar e de vi-ver a vida social e a diversidade de culturas existentes no Brasil, essa edição vislumbra a possibilidade de se pensar a cultura popular na perspectiva da circularidade cultural, propon-do um diálogo entre a erudição e o popular e entre o tradicional e o moderno nas manifes-tações culturais da sociedade, partindo-se do ponto de vista das interferências mútuas entre essas vertentes.

A partir desta perspectiva, amplia-se o conceito de cultura popular, considerando

– Premio Culturas Populares – 11

seus processos de inserção nas transformações sociais, mantendo o espaço tanto para a per-manência de sua “pureza” quanto para sua ree-laboração pelos próprios criadores, permitindo certas rupturas e incorporações de novos ele-mentos da sociedade em que elas se realizam. Essa nova visão tem o intuito de possibilitar a construção e afirmação de novas identidades que evidenciam o novo lugar social que esses criadores buscam afirmar frente à sociedade, ao mesmo tempo em que preservam seu lega-do cultural. Assim, a Cultura Popular perma-nece tendo como traço central o tradicional e uma busca pela sua preservação, mas abre-se uma nova perspectiva, permitindo que se pos-sam acompanhar os percursos da sociedade que hoje se traduz de diferentes formas, seja por meio da língua, da literatura, da música, da dança, dos jogos, da mitologia, da religio-sidade, dos rituais, das festas, dos festejos, dos costumes, do artesanato, da arquitetura, da medicina popular, da culinária, dos novos rit-mos, das formas de expressão plástica dentre outras, desde que emanadas da coletividade.

Assim, o Ministério da Cultura abre es-paço também para a visibilidade das versões que fogem a um conceito de tradicional sobre o que vem a compor esse conjunto de manifes-tações culturais que convencionamos chamar por “Culturas Populares”, mas que preservam condições suficientes e são consideradas como autênticas e legítimas das representações co-letivas populares, contribuindo para sua con-tinuidade e para a manutenção dinâmica das diferentes identidades culturais; atividades de retomada de práticas populares em processo de esquecimento e difusão das expressões po-pulares para além dos limites de suas comu-nidades de origem, além da visibilidade e va-lorização das culturas populares tradicionais, essa edição se abre às manifestações dos novos arranjos que se veem da cultura popular.

4. Quem pode concorrer no Edital?Para o prêmio, os candidatos são separa-

dos em quatro categorias:

a. Mestres e Mestras – (pessoas físicas);b. Grupos (sem constituição jurídica –

CNPJ), tendo por indicação um represen-tante;

c. Instituições privadas sem fins lucrativos de finalidade ou natureza cultural;

d. Mestres In Memoriam – Herdeiros de mes-tres ou mestras já falecidos – (pessoa física).

5. Quem é Mestre(a) das Culturas Populares? Consideramos aqui que Mestre(a) é uma

pessoa que tem grande experiência e conheci-mento dos saberes e fazeres populares, é dedi-cado(a) às expressões culturais populares, tem capacidade de transmitir seus conhecimentos artísticos e culturais, e seu trabalho é reconhe-cido pela comunidade onde vive, como tam-bém por outros setores culturais.

6. Quem são os grupos sem constituição jurídica das culturas populares?

São aqueles grupos formados esponta-neamente pelos membros da própria comu-nidade. Envolvem-se diretamente com as ma-nifestações e expressões artísticas típicas das Culturas Populares, mas não possuem registro oficial no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídi-ca - CNPJ. Nesse caso, o prêmio será entregue a uma liderança do grupo, desde que haja au-torização expressa de seus integrantes em uma carta modelo fornecida pelo MinC. Importan-te: No ato da inscrição é necessário enviar có-pia do documento de identificação e do CPF de todos os membros que assinarem a carta indi-cando o representante.

7. Quem são as instituições privadas sem fins lucrativos?

É um conjunto de pessoas que resolve-ram formalizar o seu grupo fazendo um regis-tro oficial, e providenciando os documentos necessários para esse registro. Esses Grupos, chamados de Pessoas Jurídicas de Direito Pri-vado, não têm fins lucrativos, têm natureza ou finalidade cultural, e devem atuar na área das culturas populares.

– Premio Culturas Populares –12

15. Como sei qual é a documentação da minha categoria?

É importante lembrar que cada tipo de candidato/categoria exige o envio de uma do-cumentação específica e o preenchimento de uma ficha de inscrição diferente. Assim, se você decidir se candidatar como um “Mestre”, você tem que responder apenas a ficha de ins-crição para “Mestres” e enviar os documentos obrigatórios para “Mestre”. E da mesma forma com as outras categorias.16. Qual é a documentação exigida para mestre?

a. formulário de inscrição (Anexo 1) respon-dido de forma escrita (à mão ou impressa) e devidamente assinado pelo(a) Mestre(a), ou oral (CD, DVD ou Pendrive);

b. cópia do documento de identificação e do CPF;

c. um documento (Anexo 5) que autoriza o Ministério da Cultura a divulgar as ima-

8. Por que reconhecer herdeiros de Mestres in memoriam?

Consideramos importante valorizar e preservar a memória de mestres e mestras já falecidos. A homenagem é uma forma de reco-nhecimento do trabalho desenvolvido e a sua contribuição para o universo das culturas popu-lares. Nessa categoria serão oferecidos 20 prê-mios aos herdeiros de mestres e mestras faleci-dos que comprovem a continuidade das ações.

9. Cota para iniciativas acessíveis, quem pode se inscrever?

Serão destinados 30 prêmios, sendo 15 (quinze) destinados a grupos e 15 (quinze) des-tinados a pessoas jurídicas cujas ações e ati-vidades tenham sido direcionadas às pessoas com deficiência. Os candidatos que optarem em concorrer nesta cota deverão obrigatoria-mente preencher o Anexo 8 do Edital. Atenção: Além do Anexo 8 o candidato também deverá preencher o Anexo referente a sua categoria, Grupo ou Pessoa Jurídica.

10. Posso me candidatar em mais de uma categoria?

Não. Cada candidato pode concorrer em apenas uma das cinco categorias. Caso você se candidate em mais de uma categoria, todas as suas inscrições serão eliminadas e o candidato será impedido de concorrer ao prêmio.11. O meu grupo pode concorrer com mais de uma iniciativa?

Não. Cada grupo pode apresentar so-mente uma iniciativa, ou seja, não é permitida a inscrição de atividades separadas. No caso de grupos que desenvolvem várias atividades, de-verá ser apresentado o conjunto das atividades já realizadas.

12. Sou mestre de mais de uma expressão da cultura popular, posso fazer mais de uma inscrição?

Não. O prêmio é para Mestre da Cultura Popular e nesse caso só é permitida uma ins-crição por candidato.

13. Fui premiado na edição anterior do prêmio, edição leandro gomes de barros (2017). Posso participar deste concurso?

Não. Todos os candidatos premiados na Edição 2017 – Leandro Gomes de Barros não poderão concorrer nessa Edição. Caso seja detectada a inscrição de algum candidato pre-miado em qualquer categoria, a inscrição será eliminada em qualquer fase do Edital.

14. Quem vai escolher os premiados?Uma Comissão criada especificamente

para esse Edital, composta por profissionais de reconhecida atuação e conhecimento na área das culturas populares, técnicos e/ou dirigentes do Ministério da Cultura e de ins-tituições parceiras.

informações sobre a documentação

– Premio Culturas Populares – 13

gens e informações contidas na inscrição e que responsabiliza o candidato pelos documentos e materiais apresentados; e

d. cópias de materiais que permitam aos avaliadores conhecer a atuação do(a) Mes-tre(a), tais como: cartazes, folders, fotogra-fias ou material audiovisual (DVDs, CDs, fotografias, folhetos, matérias de jornal, páginas da internet, outros materiais).

17. Qual é a documentação exigida para grupos sem cnpj?

a. formulário de inscrição (Anexo 2) res-pondido de forma escrita (à mão ou impressa) e devidamente assinado pelo(a) representante indicado(a) pelo Grupo para recebimento do prêmio, ou oral (CD, DVD ou Pendrive);

b. uma Carta de Apoio do Grupo (Anexo 6), comprovando o conhecimento coletivo da inscrição, constando a indicação do(a) representante responsável pelo formulá-rio de inscrição, bem como para receber a premiação em nome do coletivo;

c. cópia do documento de identificação e do CPF do(a) representante indicado(a), bem como cópia do documento de identifica-ção e do CPF de todos os membros que assinaram o Anexo 6;

d. um documento (Anexo 5) que autoriza o Ministério da Cultura a divulgar as ima-gens e informações contidas na inscrição e que responsabiliza o candidato pelos documentos e materiais apresentados;

e. cópias de materiais que permitam aos ava-liadores conhecerem a atuação do Grupo, tais como: cartazes, folders, fotografias ou material audiovisual (DVDs, CDs, fotogra-fias, folhetos, matérias de jornal, páginas da internet, outros materiais); e

f. Anexo 8, apenas para os candidatos que optem por concorrer na categoria acessi-bilidade cultural.

18. Qual é a documentação exigida para instituições privadas sem fins lucrativos?

a. cópia simples do estatuto da instituição e respectivas atualizações, se for o caso;

b. cópia simples da ata de eleição ou do termo de posse do(a) dirigente em exercício den-tro da validade (não serão aceitas cópias cuja data da posse esteja expirada);

c. cópia do documento de identificação e do CPF do(a) dirigente da instituição;

d. formulário de inscrição (Anexo 3) res-pondido de forma escrita (à mão ou impressa) e devidamente assinado pelo(a) dirigente da Instituição, ou oral (CD, DVD ou Pendrive);

e. comprovante de inscrição e situação cadastral no CNPJ;

f. um documento (Anexo 5) que autoriza o Ministério da Cultura a divulgar as ima-gens e informações contidas na inscrição e que responsabiliza o candidato pelos documentos e materiais apresentados;

g. cópias de materiais que permitam aos avaliadores conhecer a atuação da Insti-tuição, tais como: cartazes, folders, foto-grafias ou material audiovisual (DVDs, CDs, folhetos, matérias de jornal, páginas da internet, outros materiais); e

h.Anexo 8, apenas para os candidatos que optem por concorrer na categoria acessi-bilidade cultural.

19. Qual a documentação exigida para concorrer como mestres in memoriam?

a. formulário de inscrição (Anexo 4) res-pondido de forma escrita (à mão ou impressa) e devidamente assinado pelo(a) representante indicado(a) pelos herdeiros do Mestre ou Mestra In Memoriam, ou oral (CD, DVD ou Pendrive);

b. cópia do documento de identificação e do CPF do(a) herdeiro(a) indicado(a) no (Anexo 7), bem como cópia do documen-to de identificação e do CPF de todos os membros que assinaram o Anexo 7;

c. uma Carta de autorização dos herdei-ros do Mestre ou Mestra In Memoriam (Anexo 7), comprovando o conhecimento

– Premio Culturas Populares –14

da inscrição, constando a indicação do(a) responsável para receber a premiação;

d. cópia simples da certidão de óbito ou documentos equivalentes do Mestre ou Mestra In Memoriam;

e. um documento (Anexo 5) que autoriza o Ministério da Cultura a divulgar as ima-gens e informações contidas na inscrição e que responsabiliza o candidato pelos documentos e materiais apresentados; e

f. cópias de materiais que permitam aos avaliadores conhecer a continuidade e atuação do trabalho do(a) herdeiro(a) indicado(a) no (Anexo 7), tais como: cartazes, folders, fotografias ou material audiovisual (DVDs, CDs, fotografias, folhetos, matérias de jornal, páginas da internet, outros materiais).

Obs. 1. IMPORTANTE: Ao indicar o representante do grupo, alertamos que esta será a pessoa de contato entre o Ministério da Cultura, que ela receberá o Prêmio em nome do Grupo, e que será necessário o envio da có-pia do documento de identificação e do CPF de todos os membros que assinarem a carta de indicação do(a) representante NO ATO DA INSCRIÇÃO. Confira a documentação antes de enviar, se todas a inscrição contém todas as cópias e se as mesmas estão legíveis, a falta de algum documento inabilitará a inscrição e o candidato perderá o direito a concorrer.

20. O material enviado será devolvido?O material enviado não será devolvido,

mesmo que você ou o seu grupo não sejam pre-miados. Esse material passará a fazer parte do acervo do Ministério da Cultura para fins de pes-quisa, documentação e mapeamento das mani-festações das culturas populares, e poderá servir para enriquecer eventuais publicações como pá-ginas na Internet, um Catálogo sobre as Culturas Populares e outras publicações para valorizar e difundir as manifestações das Culturas Popula-res brasileiras, seus Mestres e Grupos. Por isso, todas as categorias deverão preencher o anexo

de autorização de uso de imagem.

21. Como fico sabendo que a documenta-ção que enviei foi recebida e que está tudo bem com ela?

O Ministério da Cultura tem um prazo para organizar a documentação recebida, ca-dastrar sua inscrição e publicar uma lista con-firmando a inscrição. Essa publicação divulga-rá todos os inscritos que cumpriram todas as exigências e estão corretas, no site do Ministé-rio da Cultura: www.cultura.gov.br e no Diário Oficial da União.

informações sobre a inscrição, prazos e envio

22. Onde posso encontrar o edital, as fi-chas de inscrição e a cartilha (manual de orientações)?

O Edital, as Fichas de Inscrição e este Manual de Orientações estão disponíveis no endereço eletrônico www.cultura.gov.br.

23. De que forma posso me inscrever?As inscrições serão efetuadas em um pe-

ríodo de 45 (quarenta e cinco) dias, compreen-dido entre os dias 30 de abril e 13 de junho de 2018, pela internet ou por via postal, à escolha do candidato, conforme se segue:

PELA INTERNET:Em caso de inscrição pela Internet, a do-

cumentação obrigatória prevista no presente regulamento deverá ser preenchida, assinada e anexada ao Sistema de Acompanhamento às Leis de Incentivo à Cultura – SalicWeb, disponível na página eletrônica http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb, no período de 30 de abril até às 17h00 do dia 13 de junho de 2018 de acordo com as especificidades de cada categoria.

Para se inscrever, o candidato deverá se

– Premio Culturas Populares – 15

esclarecimentos sobre as fichas de inscrição

cadastrar como usuário do sistema SalicWeb, clicando em “Não sou cadastrado”. Caso já possua cadastro no SalicWeb, deve fazer seu login normalmente e selecionar o Edital Cul-turas Populares – Edição Selma do Coco.

Os candidatos que optem por realizar sua inscrição pela internet e queiram enviar em meio físico material que não possa ser in-serido no SalicWeb, deverão obrigatoriamente optar pela inscrição postal. Não serão aceitas inscrições enviadas parte pelo sistema e parte por via postal.

POR VIA POSTAL:Caso o candidato prefira realizar a inscri-

ção por via postal, a mesma deverá ser envia-da com aviso de recebimento obrigatório (AR) simples ou entrega rápida, para o endereço:

Edital de Seleção Pública n.º 01, de 26/04/2018Culturas Populares – Edição Selma do CocoSetor Hoteleiro Sul - Quadra 02, Bloco “B”, Ed. TELEX – TérreoCaixa Postal: 8591Brasília/DF - CEP 70.312-970

Os candidatos poderão optar pelo envio da inscrição oral, gravada em áudio ou vídeo, devendo responder o Formulário de Inscrição de acordo com a categoria escolhida em sua totali-dade, respeitando-se a sequência de perguntas.

As inscrições orais poderão ser enviadas em CD, DVD, Pendrive ou similar e apenas o Formulário de Inscrição poderá ser enviado em formato oral. É necessário que para as ins-crições orais, o candidato envie o cabeçalho com os dados básicos do candidato.

24. Qual é o prazo final para a inscrição?O prazo final para a inscrição no Edital

Culturas Populares - Edição Selma do Coco é 13 de junho de 2018. Caso esse prazo seja prorrogado, o Ministério da Cultura publicará a prorrogação no Diário Oficial da União e na página www.cultura.gov.br.

Lembramos que o envio dos demais do-cumentos obrigatórios deve ser feito nesse mesmo dia. Não serão aceitas inscrições feitas fora do prazo. Por isso, não deixe para o último momento, inscreva-se o quanto antes.

Sabemos que a riqueza maior do conhe-cimento dos Mestres e Mestras das culturas populares, bem como de seus herdeiros, está em seu saber e fazer, e não nos textos escritos sobre essas tradições, apesar da grande impor-tância que esses textos possam ter. No entanto, para concorrer no edital, é necessário o esfor-ço de colocar em palavras escritas a história de vida e um pouco do conhecimento desses cultores e Mestres.

Sendo assim, caso você e as pessoas do seu grupo não tenham muita facilidade com essa forma de textos escritos, pode ser interes-sante buscar o apoio de pessoas de sua con-fiança para essa tarefa.

O Formulário de Inscrição é um instru-mento que diferencia um candidato do outro e deve ser respondido de forma clara e legível, para que a candidatura esteja em condições de concorrer ao Edital Culturas Populares 2018 – Edição Selma do Coco.

Lembre-se que quanto mais informa-ções forem dadas sobre o seu trabalho ou iniciativa, mostrando como ela foi desenvol-vida, porque ela foi realizada e os resultados que ela trouxe para a comunidade, anexando fotos, cds, folhetos, matérias de jornais, etc, mais chance você terá de ser compreendido pela Comissão de Seleção.

Caso você tenha alguma dúvida, procure sua resposta nesse Manual e, caso ela persista, estaremos à sua disposição pelo e-mail [email protected].

– Premio Culturas Populares –16

25. No formulário de inscrição, vocês falam sobre os benefícios ou produtos que o tra-balho dos mestres ou a iniciativa do grupo geram na comunidade. O que isso significa?

Nós relacionamos alguns exemplos de benefícios, que podem ser:

1)Benefícios materiais, palpáveis, tais como: alimentos, medicamentos, arte-sanato, instrumentos, publicações, cds/dvds, feiras, santuários, etc;

2)Benefícios imateriais, que não são toca-dos pelas mãos, mas modificam direta-mente as comunidades porque contri-buem, educam, fortalecem, valorizam, ou seja, melhoram alguma situação ou condição, tais como: ensino de artes e ofícios, revitalização de conhecimentos e modos de fazer; fortalecimento de rituais e festas, etc.Esses exemplos são para auxiliá-los na

resposta, mas para nós é mais importante que você responda com suas próprias palavras.

26. Como faço para ser rerconhecido pelo MinC como Ponto de Cultura?

As instituições privadas sem fins lucrati-vos e os grupos, denominados coletivos cultu-rais, que tiverem suas iniciativas classificadas na Homologação do Resultado Final, PODE-RÃO SER CERTIFICADOS COMO PONTO DE CULTURA PELO CADASTRO NACIONAL DE PONTOS E PONTÕES DE CULTURA,

caso manifestem interesse no Formulário de Inscrição do Edital. Para tanto, deverão acessar a Plataforma Cultura Viva http://culturaviva.gov.br e efetuar o cadastro com as informações obrigatórias, nos termos da Lei nº 13.018, de 22 de julho de 2014 e da Instrução Normativa MinC nº 08, de 11 de maio de 2016.

Passo-a-passo: 1. Para se tornar um Pon-to de Cultura reconhecido pelo MinC, aces-se a página culturaviva.gov.br e preencha os formulários de cadastro com as informações sobre a sua entidade ou coletivo cultural, sua localização e o histórico de atuação no campo da cultura. 2. Inclua dados que demonstrem alinhamento à definição de Ponto de Cultu-ra, assim como também portfólio sobre as atividades culturais realizadas e duas cartas de recomendação. 3. Coletivos Culturais sem Constituição jurídica devem apresentar carta de autorização do grupo de pessoas que com-põem o coletivo. 4. Assine os Termos de Uso e Privacidade e Adesão à Política Nacional de Cultura Viva. 5. Declare verdadeiras as infor-mações prestadas; 6. Aperte o botão “ENVIAR” para que seu cadastro seja recebido na base de dados da Plataforma Rede Cultura Viva. Seu cadastro será avaliado e, se deferido, a entida-de ou coletivo cultural receberá um certificado digital do Ministério da Cultura atestando sua condição de Ponto de Cultura.

Dúvidas: Acesse o site indicado para mais orientações e modelos de documentação.