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Horta Biológica Normas EB1 Bairro de São Miguel

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NORMAS DE UTILIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E ORIENTAÇÕES

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1. DEFINIÇÃO

1. A horta biológica está situada em espaço escolar, num terreno com uma área aproximada de 500 metros quadrados, constituída por 16 parcelas, uma para cada turma da escola, e pelos seguintes espaços comuns: uma zona destinada a um pequeno bosque/pomar, uma zona de compostagem, um cantinho para ervas aromáticas e zonas de circulação.

2. OBJETIVOS

1. A horta biológica é um recurso pedagógico multidisciplinar onde os alunos podem cultivar frutos e legumes ao longo do ano escolar, permitindo-lhes desta forma relacionar matérias lecionadas na sala de aula e estreitar a sua relação com o meio-ambiente através de atividades que permitam a angariação de conhecimentos práticos presentes nos programas curriculares.

2. A horta destina-se a toda a comunidade escolar e pode ser usada de acordo com as seguintes orientações:

a) Os alunos serão os atores principais, aqueles a quem a horta se destina, participando em todas

as dimensões do projeto; b) Os professores titulares poderão integrar os programas curriculares e o projeto educativo do

agrupamento, nomeadamente na área do estudo meio, educação ambiental, alimentação saudável, agricultura biológica, sustentabilidade e recursos naturais;

c) Os professores de atividades lúdico-expressivas (ALE) poderão desenvolver atividades e projetos da educação artística destinados à horta (por exemplo criando placas de identificação para as espécies cultivadas, concebendo maquetes da horta);

d) A componente de apoio à família (CAF) poderá desenvolver projetos lúdicos e pedagógicos na horta (por exemplo construindo espantalhos) nas interrupções letivas;

e) A horta pode ainda ser vivida como um espaço para a celebração de dias dedicados à natureza, como os dias da árvore, do fascínio das plantas, da água, do ambiente, da conservação da natureza, o começo das estações do ano, etc.;

f) Os pais e encarregados de educação poderão igualmente participar ativamente, articulando a sua colaboração com os professores e serão os responsáveis pela manutenção da horta;

g) O professor bibliotecário poderá criar uma estante dedicada à horta, ajudando a pesquisar e a sistematizar recursos e informação útil para o cultivo da horta;

h) A Associação de Pais e Encarregados de Educação poderá promover oficinas e workshops de educação ambiental, agricultura biológica, permacultura, compostagem, controlo de pragas e de infestantes, destinadas a alunos, a professores e a pais e encarregados de educação.

3. Os pais e encarregados de educação poderão formar um conselho consultivo entre aqueles que

tenham formação académica ou experiência profissional que produzirá orientações para o cultivo e manutenção da horta de acordo com o calendário constante no anexo 2.

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3. DISTRIBUIÇÃO DAS PARCELAS

1. As parcelas atribuídas às turmas são as assinaladas na planta no anexo 1. Todos os anos letivos as turmas passam a utilizar uma nova parcela na horta, garantindo assim a rotatividade do uso de terreno.

2. Os professores titulares das turmas deverão decidir no início de cada ano letivo se pretendem fazer

uso da parcela que lhe está atribuída e informar a coordenação da escola e os pais e encarregados de educação da sua turma.

3. Os pais e encarregados de educação das turmas cujo professor titular, eventualmente, não pretenda

utilizar a horta, poderão mesmo assim cultivá-la. Caso não o pretendam fazer, deverão informar a coordenação da escola até ao dia 15 de outubro de cada ano letivo.

4. As parcelas que não venham a ser cultivadas poderão, após a data referida no ponto anterior, ser

cultivadas por qualquer turma que o deseje, devendo o representante dos pais e encarregados de educação dessa turma solicitar autorização à coordenação da escola para esse efeito. Nos casos em que tal se verifique, deverá a coordenação da escola dar conhecimento desse facto aos representantes dos pais e encarregados das turmas da escola e todos em conjunto decidirão o uso a dar a essa parcela nesse ano letivo.

4. PAPEL DA ESCOLA

1. A escola é a promotora da horta e regulamenta o seu uso. 2. A escola fornecerá as ferramentas agrícolas constantes do anexo 3. 3. No início de cada ano letivo a escola informará os pais e encarregados de educação dos novos

alunos, bem como os novos professores, da horta e das respetivas normas e linhas orientadoras.

5. PAPEL DOS PROFESSORES TITULARES

1. Os professores e os seus alunos que aceitem cultivar a sua parcela, em articulação com os pais e encarregados de educação deverão selecionar as culturas, efetuar a sementeira, a plantação e a colheita e fazer o acompanhamento do desenvolvimento das espécies.

6. PAPEL DOS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

1. Os pais e encarregados de educação de cada turma deverão dinamizar a sua parcela, preparar o terreno para as sementeiras e/ou plantio nas datas indicadas pelos professores ou em articulação com estes e fazer a manutenção e rega necessárias.

2. Os pais e encarregados de educação serão também os responsáveis pela manutenção dos espaços

comuns da horta referidas no ponto 1.1., nomeadamente mantendo o espaço limpo, sem ervas daninhas, devendo, caso seja necessário, organizarem-se da forma que entenderem mais adequada para procederem à limpeza do terreno.

3. A aquisição de sementes e plantas para cultivo da horta serão efetuadas pelos pais e encarregados

de educação.

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7. PAPEL DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

1. A Associação de Pais e Encarregados de Educação poderá organizar com meios próprios workshops no espaço escolar orientados para a utilização da horta.

8. MODO DE CULTURA

1. A horta será utilizada em modo de cultura biológica, não podendo ser utilizados fertilizantes químicos, pesticidas, herbicidas ou quaisquer outros produtos destinados à agricultura que não sejam orgânicos.

9. ÁRVORES

1. As árvores que se situam na horta não poderão ser abatidas, salvo se forem irrecuperáveis e será sempre por indicação de profissionais habilitados para tal ou pelos serviços competentes da CML.

2. As árvores que forem plantadas deverão ser escolhidas segundo pareceres de profissionais

habilitados que devem ter em conta os seguintes aspetos:

a) A sua utilização em espaço escolar; b) As árvores que já existem; c) Devem ser preferencialmente de espécies autóctones; d) Garantir que o enraizamento seja em profundidade e não à superfície; e) Devem preferencialmente ser espécies de fácil controlo fitossanitário.

3. A plantação será preferencialmente feita pelos alunos em caldeiras previamente efetuadas pelos

pais e encarregados de educação.

10. COMPOSTAGEM

1. A horta está equipada com um compostor para a produção de fertilizante orgânico. 2. A compostagem deverá ser feita pelos pais em articulação com o refeitório da escola e poderá ser

acompanhada pelos professores e alunos.

11. SEMENTEIRAS

1. As sementeiras e plantios deverão ser preferencialmente selecionadas e efetuadas pelos professores

e alunos em canteiros previamente preparados pelos pais.

2. Nos casos das turmas cujos professores não aceitaram cultivar a sua parcela, deverão os pais articular-se entre si e, envolvendo os alunos, efetuar as sementeiras e plantios.

3. As sementeiras deverão ainda promover um intercâmbio entre as turmas da escola: uma turma que

semeia, por exemplo, alfaces, distribui por outras turmas os pés de alface para plantar. Em troca recebe dessas turmas outras espécies.

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12. COLHEITAS

1. As colheitas devem prever três situações:

a) Promoção de hábitos de alimentação saudáveis: as primeiras das várias culturas devem ser

colhidas pelos próprios alunos e professores e preparadas em articulação com o refeitório da escola;

b) Sustentabilidade financeira: no final do ano letivo, após a realização de testes e exames, os pais e encarregados de educação poderão organizar um mercado biológico à porta da escola onde os alunos terão a oportunidade de vender a sua produção e com a receita obtida garantir verbas para a aquisição de sementes e plantas no ano seguinte. As turmas do 4º ano decidem o que fazem ao dinheiro: podem ficar com ele para a viagem de finalistas, para doar às turmas do 1º ano do ano seguinte ou para outro fim que venham a decidir.

c) Sustentabilidade familiar: as colheitas posteriores deverão ser repartidas entre os alunos da turma e professores.

13. ACESSO À HORTA

1. Os pais e encarregados de educação podem aceder à horta da sua turma para efetuar a preparação do terreno, manutenção e rega dentro do horário da escola, de segunda a sexta-feira das 08h00 às 19h00, de setembro a julho.

2. No acesso e na manutenção da horta os pais e encarregados de educação não poderão interromper as atividades letivas, produzir ruído que perturbe as aulas ou interagir com os seus educandos, salvo nas situações previamente combinadas com os professores titulares.

3. Em situações esporádicas, a escola poderá facultar o acesso às hortas aos sábados, devendo para o efeito, os pais e encarregados de educação que o pretendam, requerer à coordenação da escola o respectivo acesso com pelo menos 72 horas de antecedência, justificando o pedido.

4. O horário de acesso à horta no mês de agosto será definido todos os anos pela coordenação da

escola no mês anterior.

14. ALFAIAS AGRÍCOLAS E ESPAÇOS COMUNS

1. Os utilizadores da horta deverão manter limpos, todos os espaços comuns da horta, devendo caso se justifique, organizar operações de limpeza realizadas em comum para garantir um bom estado de limpeza do terreno e dos acessos.

2. Todas as alfaias agrícolas deverão ser lavadas e arrumadas no local de armazenamento definido pela escola após a sua utilização.

3. O ponto de água na horta destina-se à rega das árvores e das culturas. A limpeza de alfaias e calçado

deve ser feito no local designado por «lava-pés», no exterior da horta. As mangueiras que forem utilizadas devem ser sempre enroladas no local próprio.

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15. DECORAÇÃO DAS PARCELAS

1. Cada turma poderá decorar a sua parcela com flores, bordaduras, corda ou objetos, tendo em conta que não poderá ocupar nem fazer sombra às parcelas vizinhas.

2. Não poderão ser construídas decorações ou estruturas definitivas salvo se autorizado pela coordenação do agrupamento. As decorações deverão ser removidas no final do ano letivo ou no início do ano letivo seguinte.

3. Não é permitido introduzir materiais poluentes ou tóxicos.

4. Não é permitido fazer uso da parcela para a construção de jardins.

Lisboa, 17 de janeiro de 2013

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Anexo 1

PLANTA DA HORTA

LOCALIZAÇÃO DAS PARCELAS DE TURMA

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Anexo 2

CALENDÁRIO DE UTILIZAÇÃO DA HORTA

LINHAS ORIENTADORAS

SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO

CONTACTO COM A HORTA

ALUNOS PROFS PAIS / EE

LIMPEZA DO TERRENO

PAIS / EE PAIS / EE

COMPOSTAGEM ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

PREPARAÇÃO DO TERRENO

PAIS / EE PAIS / EE PAIS / EE PAIS / EE PAIS / EE PAIS / EE PAIS / EE PAIS / EE

SEMENTEIRAS DE INVERNO

ALUNOS PROFS PAIS / EE

SEMENTEIRAS E PLANTIOS DE PRIMAVERA

ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

SEMENTEIRAS E PLANTIO DE VERÃO

ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

COLHEITAS ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

ALUNOS PROFS PAIS / EE

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Anexo 3

ALFAIAS E ACESSÓRIOS DA ESCOLA PARA UTILIZAÇÃO NA HORTA

INVENTÁRIO

1. Duas enxadas de cabo comprido;

2. Dois ancinhos de cabo comprido;

3. Um sacho de cabo comprido com uma lâmina e um bico;

4. Uma pá de carpinteiro;

5. Um sacho de 3 dentes de cabo curto;

6. Um sacho de 1 lâmina de cabo curto;

7. Uma pá de jardinagem;

8. Sete sachos de jardinagem de cabo curto;

9. Uma tesoura de podar;

10. Um balde preto;

11. Duas mangueias de 20 metros aproximadamente.