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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Ano 1 - nº 10 Horto Florestal LESTE Um projeto social incentivando nossas crianças e jovens na preser- vação ambiental e ,colaborando com a produção de mudas de arvores nativas e frutíferas para replantio. Um projeto social com a finalidade de preservação da mata siliar existente no Bairro Pousada do Vale, na Zona Leste de São José dos Campos www.plantabrasil.brazi.us ACORDO ORTOGRÁFICO Este foi um trabalho desenvolvido entre todos os países onde a língua Portuguesa é falada e escrita, afim de faci- litar e de homogeneizar a escrita. Isto é importante para a efetivação de tratados, contratos e relações internacio- nais. O Brasil foi um dos países que mais lutou por este acordo. Ve- ja mais sobre este assunto na página 5. Nosso Projetos: www.gazetavaleparaibana.com www.redevalecomunicacoes.com www.redefonetelemensagens.com www.conelestepaulista.brazi.us www.melhoridade.brazi.us www.vidanova.com.br www.plantabrasil.brazi.us Projetos amigos: www.abrigojoaopauloii.org.br www.clubeca.org.br Gasto do Congresso Nacional é de R$.: 11.505,04 por minuto Winston Churchill adotou o sobrenome de Charles Mo- rin, em suas atividades como pintor de quadros. Mais, Churchill ladrilhou sua própria casa. Saiba mais... PÁGINA 3 Terapia dos Cristais. Página 4 Empatia e Doação Página 5 Morre “Tibiriçá” a confissão Página 6 O fim das Reduções Página 7 Minhas lembraças “crônicas de Lisboa” Página 8 AQUECIMENTO GLOBAL Previsões e Soluções

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Ano 1 - nº 10

Horto Florestal LESTE

Um projeto social incentivando

nossas crianças e jovens na preser-vação ambiental e ,colaborando com a produção de mudas de arvores nativas

e frutíferas para replantio. Um projeto social com a finalidade de preservação da mata siliar existente no Bairro Pousada do Vale, na Zona

Leste de São José dos Campos

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ACORDO ORTOGRÁFICO Este foi um trabalho desenvolvido entre todos os países onde a língua Portuguesa é falada e escrita, afim de faci-litar e de homogeneizar a escrita. Isto é importante para a efetivação de tratados, contratos e relações internacio-nais. O Brasil foi um dos países que mais lutou por este acordo. Ve-ja mais sobre este assunto na página 5.

Nosso Projetos: www.gazetavaleparaibana.com www.redevalecomunicacoes.com www.redefonetelemensagens.com www.conelestepaulista.brazi.us www.melhoridade.brazi.us www.vidanova.com.br www.plantabrasil.brazi.us

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Gasto do Congresso Nacional é de

R$.: 11.505,04 por minuto

Winston Churchill adotou o sobrenome de Charles Mo-rin, em suas atividades como pintor de quadros. Mais, Churchill ladrilhou sua própria casa. Saiba mais...

PÁGINA 3

Terapia dos Cristais. Página 4

Empatia e Doação Página 5

Morre “Tibiriçá” a confissão Página 6

O fim das Reduções Página 7

Minhas lembraças “crônicas de Lisboa”

Página 8

AQUECIMENTO GLOBAL

Previsões e Soluções

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Brasil! - Como vamos e para onde vamos.

OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 2

BRINCANDO DE MÉDICO, hoje em dia... - Onde tu estavas? - Pergunta a mãe à menininha. - No quarto, brincando de médico com o Joãozinho. Ele era o médico e eu a paciente. A Mãe aflita, dá um grito e um salto da cadeira. - Brincando de médico???? - Médico da Prefeitura, mãe... ele nem me atendeu....

Filipe de Sousa

Coronelismo O surgimento do Coronelismo remonta aos tempos da colonização do territó-rio brasileiro. Com a segmentação do Brasil em Capitanias Hereditárias e o surgimento do Donatário, a Coroa Portuguesa punha em voga as bases do coronelismo, inconscientemente. O donatário e logo após os donos das Sesma-rias - possuidores de grandes fazendas agrárias ou não - passaram a exercer poder absoluto sobre os seus bens, transformando-os em propriedades agro- econômicas inabaláveis. Analisando-se a situação perceber-se-á que a Inde-pendência do Brasil em nada alterou a condição destes coronéis, que se senti-am donos de fato destas grandes glebas de terra. O titulo de Coronel sancionava definitivamente o poder dos Oligarcas - eles deixavam de ser apenas uma autoridade de fato para serem, também, de di-reito, com aprovação total do Governo central. Com tanto poder nas mãos os Oligarcas resolveram financiar as campanhas políticas de seus afilhados, conquistando a faculdade de acaudilhar a Guarda Nacional e obtendo autori-dade para obrigar o povo e os escravos a manter a ordem e a obediência - Com o advento da República, a Guarda Nacional é extinta, contudo os Coro-néis sustentam o domínio e o poder sobre suas terras e os limites de sua influ-ência. O regime representativo é implantado e o direito ao voto ampliado, os partidos políticos e as eleições se fortalecem. O domínio dos Coronéis, consistia em controlar os seus eleitores, todos eles tinham o seu “CURRAL” eleitoral, ou seja, os eleitores eram obrigados a votar sempre nos candidatos impostos por eles, os Coronéis. Este voto ficou conhecido como “Voto de Cabresto”. Cabia a seus jagunços (Cabos Eleito-rais) controlarem os votos, através da coação física, caso os eleitores fossem contra as aspirações dos Coronéis. Eram inclusive punidos. O prestigio de um Coronel era proporcional ao número de votos que ele conseguia arrebanhar junto aos seus; esta era a única maneira de alcançar o que ele desejava junto aos governantes Estaduais, Federais e de resgatar seus domínios. O Coronelismo foi substituído nos dias de hoje pelo poder econômico. Só mu-dou o nome mas na realidade, a forma, continua a mesma. Quem tem maior poder econômico de barganha e de compra, ganha a eleição. A história evoluiu ganhando cara nova, a troca de favores só muda seu jeito de ser, ou seja, a vaga na escola passa a ser conseguida por intermédio de algum vereador conhecido, a rede de água e esgoto ou a instalação de energia elétrica, agora alçada do Governo Federal, poderá ser facilitada através de algum deputado federal. As privatizações destacam-se no novo cenário político , os parlamentares con-tratam cabos eleitorais para ocuparem cargos importantes e não tão impor-tantes em organismo públicos e com a finalidade de atuarem nas comunida-des rurais - os “currais comunitários”, cultivados pelos “coronéis modernos”, que se escondem atrás de novas funções - de vereadores, prefeitos, deputados e senadores. No nordeste, o coronelismo ainda com referências histórias i-guais aos tempos do Brasil Colônia, ainda impera, a troca de favores predo-mina e a distribuição de cargos aos protegidos é uma constante, sem falar nas fraudes freqüentes, nas quais os mortos votam, assinaturas são falsificadas, entre outras falcatruas. Fonte: Miriam Ilza Santana /www.infoescola.com/história/coronelismo

Filipe de Sousa

Me restou pouco espaço, mas o espaço que me restou é seguramente suficiente para afirmar: “Sem Educação não existe democracia, igualdade, justiça social e muito menos, progresso político, social e econômico em nenhuma nação”. Mas, também me lembro de uma outra afirmativa “Cada Povo tem o governo que merece...”. Reclamar depois, não adianta. Afinal, você teve toda a liberdade para votar e, a escolha foi sua. Por isso, faça uso de seu voto e de sua inteligência. Não se deixe manipular. Seu voto é muito importante e, você, deve cuidar dele com o mesmo cuidado e zelo, quanto cuida de seu filho e, com a mesma preocupação de acerto, como decide sobre o futuro de sua família. Vereador, político, que lhe apresentar pujança econômi-ca, com muitas bandeiras, muitos carros, muita fartura, de certo, não está nem ai para o social, afinal de contas, o que ele fez, além de ga-nhar muito dinheiro? Quantas vezes visitou seu bairro e o que fez por ele? Você o conhece? O que ele já fez pelo social? - Pense nisso.

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SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Polícia Militar 190 Polícia Federal (12) 3931.0999 Disk-Denúncia 181 Direitos Humanos 100 Corpo de Bombeiros 193 Sabesp 195 Procon 151 Bandeirantes Energia 0800 55 08 00 Poupa Tempo SJC 080077 23633 IPEM 0800 13 05 22 SOS Samaritanos 080077 00641 Contur s.j.c (Turismo) (12) 3921-7543 Prefeitura S.J.C. (12) 3947.8000 Fundação Cultural s.j.c (12) 3924.7300 Hospital Municipal (12) 3901.3400 CTA (12) 3947.5700 IMPE (12) 3945.6034 Conselho tutelar (12) 3921.8705 Delegacia da Inf. e Juv. (12) 3921.2693 Vigilância Sanitária (12) 3913.4898 Delegacia da Mulher (12) 3921.2372 Câmara Municipal (12) 3625.6566 CVV (Centro Valoriz.Vida) (12) 3921.4111 AA (Alcoólicos Anônimos) (12) 3921.3611 NA (Narcóticos Anônimos) (12) 9775.6779 POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL São José dos Campos (12) 3931-7088 Cachoeira Paulista (12) 3101.1966 Roseira (12) 3646.1200 Taubaté (12) 3921.5011 POLICIA RODOVIÁRIA ESTADUAL São José dos Campos (12) 3944.4442 Taubaté (12) 3633.3888 Caraguatatuba (12) 3883.1044 POLICIA CIVIL (Plantões) São José dos Campos (12) 3921.2693 Jacareí (12) 3953.2277 Taubaté (12) 3633.4544 Guaratinguetá (12) 3132.6247 Caraguatatuba (12) 3883-5277 DEFESA CIVIL São José dos Campos (12) 3945.9600 Jacareí (12) 3953.3871 Taubaté (12) 3625.5000 Guaratinguetá (12) 3122.2728 Caraguatatuba (12) 3882-6841 AEROPORTOS São José dos Campos (12) 3946.3000 Taubaté (12) 3621.2277 Guaratinguetá (12) 3122.2500 Guarulhos (11) 5095.9195 Vira Copos (Campinas) (19) 3725.5000 RODOVIÁRIAS São José dos Campos (12) 3921.9122 Jacareí (12) 3961.6640 Taubaté (12) 3655.2818 Guaratinguetá (12) 3132.1380 Caraguatatuba (12) 3882.1669 Tietê (São Paulo) (11) 3135.0322 PRONTO-SOCORRO São José dos Campos (12) 3901.3400 Jacareí (12) 3953.2322 Taubaté (12) 3921.6036 Guaratinguetá (12) 3125.3131 Caraguatatuba (12) 3882.1362 DIVERSOS Balsa (São.Sebastião) 0800 704 55 10 DPDC (61) 3429.3636 IDEC (12) 3874.2150 PROTESTE (12) 3906.3800 SITES DE CONSULTA E ACESSO Procon www.procon.gov.br Ministério da Justiça www.mj.gov.br/dpde Tribunal Justiça www.tj.sp.gov.br Justiça Federal www.trf3.gov.br Minist. da Fazenda www.fazenda.gov.br Previd. Social www.previdencia.gov.br Narcóticos Anônimos www.na.org.br MASTERCARD (CEF) 0800 78 44 38 CREDICARD 0800 78 44 11 DINER’S 0800 78 44 44 UNIBANCO (Visa) 0800 11 84 22 BRADESCO (Visa) 0800 56 65 66 OUROCARD 0800 16 11 11 CREDIREAL 0800 12 21 20 AMERICAN EXPRESS 0800 78 50 75 B.F.R.B. (Pers) 0800 11 80 40 FININVEST 0800727

Houveram épocas em que ser culto, mestre ou mesmo nobre, não era, na verdade objetivos com os quais os homens de negócios se relacionavam ou mantinham afinidades. Hoje, por interesse ou necessidade de atender aos clamores da sociedade para o assunto, sociedade essa que são seus clientes, cada vez um maior numero de Empresários está associando à sua marca ou ao seu negócio, slogans dirigidos aos temas mais divulgados pela mídia escrita e falada. Assim, associando a sua marca a Educação, Ecologia, Cidadania e ás Artes, o consumidor, lhes traz a resposta imediata ás suas neces-sidades mercadológicas. Regionalmente é positivo e comprovado o efeito positivo da divulgação de atos e eventos, do patrocínio de ações culturais, conquistando com isso a simpatia e a admiração de seus clientes. Não estamos mais no século XIX ou mesmo no século XX. Estamos numa época em que a necessidade de preservar o meio ambiente e as tradições são um clamor da sociedade mundial ao qual a brasileira não é exceção. Por isso adicione cultura, educação e meio ambiente á sua marca patrocine e incentive estas iniciativas.

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 3

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Grandes Nomes - Grandes Obras

SIR.WINSTON CHURCHILL Continuação

Em princípios de 1917, uma comissão de inquérito sobre o desastre dos “Dornadelos” chegou à conclusão de que o plano fundamental de Churchill não fora mal concebido e isso valeu-lhe ser, novamente, chamado ao Governo. Pela pessoa do General Pershing foi condecorado com a meda-lha de Serviços Distintos dos Estados Unidos, devi-do á sua quota-parte na tarefa de equipar as forças norte-americanas. Finda a guerra, coube-lhe encar-regar-se de duas pastas ministeriais, a da Guerra e a do Ar. E, todavia, pouco depois, no período de reação ao conflito, não só foi demitido de ambos os cargos, como se viu derrotado - pela primeira vez desde 1900 - nas eleições de deputados. Mesmo os mais fanáticos partidários de Churchill não se afoitaram a defender a sua ação como minis-tro da Fazenda, cargo que veio a assumir no ano de 1925, por nomeação do Governo Conservador de Stanley Baldwin. De fato, Churchill, que rompera com os liberais e voltara ao Parlamento como cons-titucionalista (novo partido que contava com um único membro), enfrentou uma crise econômica grave. Perante a inquietação e o descontentamento, das classes trabalhadoras, que declararam numero-sas greves, optou por uma atuação direitista que nem os mais conservadores teriam coragem de imi-tar. E voltou a provocar protestos. Até os conservadores duvidavam dele, atribuindo-lhe as ações a impulsos de momento. Numa pala-vra: toda a gente se mostrava insatisfeita com Winston Churchill. Desde a sua saída da Academia Militar, participara em cinco guerras, incumbira-se de nove cargos ministeriais (recorde, na Inglater-ra), pronunciara oito mil discursos e fora em rápi-da sucessão, o homem mais popular e mais impo-pular da Inglaterra. Durante este período, entre 1929 e 1939, Churchill dedicou-se, sobretudo, a escrever. Já havia publica-

do uma obra “A Crise Mundial”, em quatro gros-sos volumes, que lhe valera bastante dinheiro e, decidiu entregar-se a um trabalho ainda mais im-portante: a redação do monumental “Malborough, sua vida e seu tempo”. Recebia, por artigos para revistas, importâncias mais elevadas do que qualquer outro escritor do seu tempo - e a sua produção era imensa. Estes proventos, aliados à herança de cento e cinqüenta mil dólares que lhe coubera pela morte da mãe, em 1921, permitiam-lhe e à sua mulher viver suntuosa-

mente. Com parte dos ganhos de escri-tor, adquiriu em 1924, a famosa propriedade de Cartwell, em cuja restauração tomou parte, ladrilhando-a, juntamente com

os operários, depois de, com eles, ter aprendido a fazê-lo. E foi logo a seguir que, durante uma pausa na sua carreira, começou a dedicar-se à pintura. Muito á sua maneira, adquiriu todos os utensílios necessá-rios e, ainda, acessórios como um blusão azul-claro e uma boina. Depois, põs-se a pintar, diligentemente, e Paris (França) pode visitar e conhecer a obra de um pin-tor desconhecido, Charles Morin (pseudônimo de artista que Churchill escolhera). Ao ver os quadros, consta que Picasso teria dito: “Se este homem fosse pintor de oficio, podia ganhar muito bem a vida.”. Politicamente, Churchill achou-se, durante esses anos, numa situação anômala. Continuava a per-tencer ao Parlamento mas não exercia nele qual-quer influência. Tanto a Itália como a Alemanha estavam a tratar do rearmamento e, Churchill, face à crescente ameaça que Hitler representava, sentia a necessidade de que a Inglaterra se preparasse para mais uma Guerra, cansando-se a proclamá-lo perante uma nação cega e surda. Era um homem só, contra o fascismo. Foi a fase mais heróica da vida de Churchill, que nunca desistiu de abrir os olhos, teimosamente cerrados, dos seus compatrio-tas, para os horrores que o nazismo pronunciava. Demasiado tarde descobriu a Inglaterra a verdade que encerravam os sermões do já veterano político.

Segundo vieram a admitir, posteriormente, os en-tendidos, houve uma boa centena de ocasiões em que se poderia ter detido Hitler, sem o menor der-rame de sangue. Churchill, em todas elas, preconi-zava a ação: não lhe deram ouvidos. A sorte foi lançada e o carro do sanguinário ídolo pôs-se em marcha. No primeiro dia de Setembro de 1939. ei-lo que invade a Polônia. A 3 de Setembro, a França e a Grã-Bretanha declararam-lhe guerra. Na mesma noite, Churchill é chamado para reocupar o cargo que, com tanta proficiência, desempenhara no Al-mirantado e todas as unidades da frota receberam, pela rádio ou através de sinais luminosos ou de bandeiras, esta mensagem: “Winston is back” (Winston voltou). Também o povo acolheu a notícia da nomeação com calorosas manifestações de assentimento. E, quando Churchill entrou no Parlamento, os depu-tados, que ainda uma semana antes o tinham ataca-do com sanha, aclamaram-no de pé. Decorrida, porém, uma das horas mais amargas da história da Inglaterra. A nação estava mal prepara-da para a guerra. Os nove primeiros meses em que Churchill dirigiu o Almirantado caracterizaram-se pela escassez de notícias alentadoras e os freqüentes afundamentos, por parte dos submarinos alemães, puseram duramente à prova o moral britânico. Anos antes, num de seus períodos de desgraça, Churchill confiara a um amigo: “Abandonaria já a política se não existisse a probabilidade de, mais cedo ou mais tarde, chegar a primeiro-ministro”. Ora, a 10 de Maio de 1940, quando a Inglaterra atravessava um dos seus mais dolorosos períodos da era moderna, a perseverança de Churchill foi recompensada. A Noruega sucumbira. Em conse-qüência disso, Chamberlain pedira, finalmente, a demissão e o Rei Jorge chamou Churchill. Poucos dias depois, o novo primeiro-ministro pro-nunciava o seu célebre e comovedor apelo a “sangue, suor e lágrimas”, o qual se tornaria, du-rante os cinco seguintes anos, a divisa da democra-cia. Todos quantos estiveram junto de Churchill, no decorrer da guerra, sentiram a forte e enigmática incitação à coragem que emanava da sua presença. O efeito era quase hipnótico. Nos dias de Dunquer-que, não muito depois de ter assumido o cargo de primeiro-ministro, foram os seus esforços que sal-varam o Exército expedicionário. CONTINUA

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 4

O Livro das Pedras “Mitologia - Lendas - Metais e Pedras Preciosas”

Continuação Entretanto, blocos e peças de cristais brutos esparsos pela casa possuem grande utilidade para higienização esotérica, quando são lavados em água corrente pelo menos uma vez por se-mana. Mas, é entre as gemas, nas suas variedades e cores, que existem as múltiplas ações de prote-ção esotérica e terapêutica para as muitas mo-léstias, e apesar de serem definidas como precio-sas ou semipreciosas, as gemas de maior poder terapêutico são muito baratas e a sua energia é inesgotável. O que encarece uma gema é a montagem, o me-tal usado e a “grife”; a gema para ser terapêuti-ca não pode ser montada, porque o metal inter-fere com o magnetismo, alterado-lhe o rendi-mento, e é por isso que, geralmente, a gema usada para fins terapêuticos é portada dentro de um saquinho. Mas, cabe aqui fazer algumas observações: é hábito bastante difundido consi-derar a gema como uma jóia de efeito decorati-vo, mas, é bastante oportuno evidenciar que estes pequenos pedaços de planeta se carregam das influências negativas das pessoas, e preci-sam ser lavados toda a vez que são usados, em água corrente. E uma outra razão para portá-los em saquinhos é porque desta forma ninguém poderá focalizá-las ou tocá-las, além do porta-dor. As gemas de maior valor, tipo diamantes, rubis, esmeraldas do tipo cristal puro, tipo Columbia, não têm qualidades terapêuticas acentuadas; o diamante, por exemplo, é absolutamente o con-trário. Mas, o que “salva” as pessoas que usam estes elementos esotéricos, portando-os por sim-ples decoração, é o fato que as gemas, já quando são cortadas, lapidadas e polidas, sofrem a in-fluência do entalhador (lapidador) que as perso-naliza, perdendo assim todo e qualquer poder terapêutico, pelo menos até este ser reativado. Quando a gema é trabalhada, ao mesmo tempo que adquire o polimento, aumenta a sua capaci-dade de captação e sensibilidade, ao ponto que, a uma distância de 10 centímetros da ponta dos dedos da pessoa que a trabalha, já se sintoniza a sua freqüência, e se não for trabalhada para cancelar esta sintonização, esta somente será acionável por esta pessoa que a trabalhou. Isto se refere especialmente às energias benéfi-cas e terapêuticas das gemas, pois as maléficas fazem parte dos outros contextos, e são conside-radas maléficas somente porque são perniciosas,

mas na realidade têm outras fontes e se classifi-cam em outros contextos; mas, quando a gema ainda não tiver sido testemunha de fortes sensa-ções emotivas, pode ser considerada nova e re-cuperável. Entretanto, a famosa gema do avô, terapeuticamente falando, é melhor que seja deixada de lado, pois estas jóias normalmente são um meio para realizar perigosas ligações. Mas, continuando com as gemas, quando se tem certeza que uma gema ainda não presenciou fortes emoções, deve ser desmontada, caso esteja montada, e, usando luvas de plástico, dever-se-á lavá-la muito bem, em água corrente, para de-pois deixá-la mergulhada em um copo de água, levemente salgada e corrente, pelo menos por 48 horas. Depois desse tempo se apanha com um talher, segurando este sempre com a mão enlu-vada; a gema deverá ser colocada sob um pano limpo e alvo, para receber o sereno de uma noite e pelo menos duas horas do primeiro sol da ma-drugada. A este ponto, deverá ser colocada num saquinho de plástico previamente aprontado, no meio de dois cartões do tipo saquinho de crachá, e sem-pre com o cuidado de não tocá-la com as mãos livres, colocá-la no bolso, na carteira ou na bol-sa, por uns dias. Já no primeiro momento em que a gema estiver no campo etérico da pessoa, nada impede que já possa ser solicitada, pois é a partir daí que começará esta relação que irá além da vida material. Para quem quiser começar a experimentar a mágica das pedras, pode ser interessante um simples teste: escolha uma gema nova, na base da preferência do momento, descarregue-a da personalização do lapidador, comece a portá-la e deixe passar umas duas semanas. No decorrer desse período peça mentalmente as proteções usuais ao céu e se mantenha disponível para as eventuais inspirações, sugestões ou ensinamen-tos, que possam surgir em sua mente. É ver para crer. Se desta gema se pretende ajuda para saúde, é exatamente a mesma coisa, e não se pense que seu poder de atuação seja pequeno, pois o resultado é proporcional à intensidade da demanda, e não é milagre, não. Se fosse enume-rando aquilo que já se viu como resultado da terapia da gema, deveriam ser classificados muitos casos nas categorias dos milagres, e pelo condicionamento supersticioso que existe, se for considerada na relação gema-terapia-doença, é ponderante a relação espiritual, onde se justifica este contexto de avaliação. Este se liga à Provi-dência Universal dos instintos, pois nesta pode-mos ver que os animais também são guiados pela solução dos seus problemas de saúde e so-brevivência, onde vemos que “estes”, às vezes, os direcionam a alimentar-se de determinadas ervas que, para eles e naquele momento, têm poderes terapêuticos. Dizem que estes instintos e

determinadas premonições que os animais sen-tem também estavam presentes no homem, que perdeu a sua sensibilidade junto com a animali-dade, mas, não é verdade, pois, simplesmente, é a raça animal que se evolui no homem; evoluem também os contextos energéticos de uma forma ascendente que vai da terra, que gerou o ho-mem, até o céu, como meta final. Este contexto da Providência, no homem, se quantifica como fé; é o que muitos não sentem ainda porque ainda não evoluíram o bastante, mas, toda a humanidade faz parte de um con-texto orgânico que se insere na natureza do pla-neta e do universo, onde se sabe que há tudo o que lhe serve, e esta totalidade é o TODO de Deus, e quando com este sentimento no coração uma pessoa procura uma gema para a sua cura ou proteção, uma destas lhe parecerá mais boni-ta que as outras, pela cor, talho, brilho, etc... Esta é a gema certa. Onde o problema teve inicio, e como este pode ser curado, não importa; o que importa é que esta é a gema e, inclusive, nestes contextos, que-rendo ajudar uma pessoa que necessite, os con-ceitos de escolha desta ajuda serão perfeitamen-te iguais para esta pessoa, e quando os seus sen-timentos forem exclusivamente humanitários, será dirigida na escolha pelas necessidades da outra pessoa. A gema terapêutica não serve apenas para solu-cionar problemas de moléstias, mas serve tam-bém como proteção, bem mais ampla, pois, tec-nicamente, quando é manuseada, estabelece-se uma ponte energética entre a Natureza e os Me-ridianos que partem das pontas de cada dedo e de cada palma da mão, onde também o cristal bruto funciona da mesma forma, pois os Meridi-anos seguem daí para todos os pontos visuais do corpo astral e, através do sistema áurico - etéri-co, atingem todos os pontos do organismo hu-mano. Quando são assim energizados, os Meridianos purificam o corpo e o astral e provocam um verdadeiro choque em qualquer Entidade Espi-ritual que esteja ali encostada, limpando inclusi-ve a superfície do etérico das negatividades e-ventualmente recolhidas no decorrer do dia. Esta higienização espiritual é extremamente salutar, pois daí se harmonizam os “chacras”e,

por conse-qüência, os relacionamen-tos humanos, e se evitam as formas de má disposição, as antipatias e aversões das pessoas com quem se con-vive e se tra-balha.

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Vitalidade, eloqüência, coragem. Esta gema está ligada a terra; ajuda no equilíbrio físico e mental, melhorando a autoconfiança. Aperfeiçoa o ego e auto-estima, fortalece o cora-ção, ilumina a mente, atrai heranças. Protege contra roubos, afasta tempestades e ajuda nos partos. Encontrada em várias cores, têm grande poder de cura, trabalha com os chacras e age confor-me a cor. Em crianças é usada como proteção. Tonifica e revigora o corpo. Ajuda a despertar e a abrir o seu interior. É usada para obtenção de vigor físico, coragem, longevidade, amor , cura e proteção.

Esta gema também pertence ao gru-po do BERILO. A energia áurica desta pedra traz ao usuário a força dos vencedores, aqueles que querem ser os primeiros, desbravadores de novos caminhos. É usada no Chacra Laríngeo, estimulando a voz, a comunicação e facilitando o alcance de altas oitavas. Aumenta o poder psíquico, suaviza e acalma os problemas emocionais, traz alegria e felicidade essencialmente nos relacionamentos. Reduz os temores. Alivia a pressão. Estimula o sistema imunológi-co e respiratório. Diminui estados de estresse mental, fortalece o baço e o timo.

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AS PEDRAS - SUAS PECULARIEDADES

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 5

Comportamento

“Ser feliz, num padrão de felicida-de, em que para ser completa, sem-pre nos falta alguma coisa para complementar e satisfazer nossa febre consumista, é algo muito difí-cil de alcançar” Para sermos verdadeiramente feli-zes teremos que aprender a amar o que temos e a cobiçar o que nos for possível e dessa forma convivermos harmoniosamente, sempre valori-zando o “ser”, ao “ter”. Filipe de Sousa

SUPERAÇÃO Certa vez ouvi uma frase que me deu muito o que pensar. A frase é “O que não tem solução, solucionado está”. à primeira vista pode parecer que essas palavras encerram uma mensagem pessimista e de acomodação. Então não devemos lutar sempre ? Não devemos nos esforçar ao máximo para superar limites e obstáculos ? Sim, devemos. Mas também precisamos ter sabedoria suficiente para entendermos que al-gumas coisas são inevitáveis. E, nesses casos, a superação não consiste na obsessão de mudar o que não pode ser mudado., mas na coragem de compreender isso e buscar novos caminhos. Exemplo dessa atitude é um amigo meu. Pianis-ta de renome internacional, ele teve que enfren-tar diversos problemas com as mãos, que o im-pediam de tocar. Vários desses problemas ele superou graças a uma fantástica determinação. A certa altura, porém, ele teve de se submeter a uma cirurgia que iria seccionar os nervos de sua mão. E isso era definitivo. Mas esse herói, mais uma vez superou os obstáculos que lhe eram impostos. Como ? Ele não recuperou os nervos seccionados, porque isso seria impossível. Em vez disso, passou a estudar regência, fundou duas orquestras e deu inicio a uma brilhante carreira de maestro. Há uma célebre prece na qual pedimos “serenidade para aceitar as coisas que não po-demos modificar, coragem para modificar aque-las que podemos e sabedoria para reconhecer a diferença entre umas e outras”. Eis aí a essência da superação. Admitir que algumas coisas são inevitáveis e que isso não é derrotismo. É o primeiro passo para passarmos da obsessão estéril à determina-ção construtiva. Em vez de bater de cabeça contra um muro sólido, è melhor tratar de encontrar uma porta. Ás vezes a porta está oculta, às vezes emperrada e, ás vezes está bem na nossa frente. Mas, acre-dite: Sempre há uma porta.

O primeiro passo para confiar em si mesmo é descobrir suas habilidades. O segundo é sentir-se à vontade com elas. Pontos fracos todo o ser humano tem. O impor-tante é conhecê-los e admiti-los, mas, sem exage-ros. Aceitar que eles são parte de nós é necessá-rio mas, eles não são o que nos define. Distorções e exageros, só servem para minar a nossa autoconfiança. O que nos define é o que podemos fazer e não, o que não podemos fazer. As fraquezas são parte do ser humano, de qual-quer ser humano. Todos temos fraquezas. Não existe quem as não tenha. Mas, isso não quer dizer que essas fraquezas somos nós mesmos. Nunca use suas fraquezas como pretexto para massacrar e desperdiçar o seu verdadeiro po-tencial. Ás vezes, o medo de fazer sucesso e de lidar com as responsabilidades daí advindas é maior que o medo de fracassar. Como disse Nelson Mandela em seu brilhante discurso de posse, “nosso medo mais profundo é que sejamos excessivamente poderosos. É nossa luz, e não nossa sombra, que nos amedronta”.

EMPATIA E DOAÇÃO Lee Yacocca, um dos mais célebres executivos do século XX, já dizia: “negócios nada mais são do que uma porção de relacionamentos huma-nos”. Não é, pois, sem razão, que as habilidades sociais são tão valorizadas hoje em dia. Existem inúmeras técnicas que podem tornar sua comu-nicação mais eficaz. No entanto, há algo muito mais profundo que vem antes das técnicas, e que deve ser trabalhado para que elas possam surtir algum efeito. Estou me referindo à capacidade de doação. Para criar empatia com alguém, você precisa não apenas de ouvir, mas também se abrir. A-brir-se significa conseguir deixar de lado por alguns momentos as suas preocupações, as suas opiniões, as suas idéias pré-concebidas e criar um espaço no qual a pessoa com a qual você está falando possa se expressar. E isso requer doação. Você está doando o seu tempo e a sua atenção. Está abrindo mão de suas urgências, tensões e intenções para poder acolher o outro e conhecê-lo., não só como empregado, sócio ou investidor, mas como ser humano. E é apenas quando existe essa acolhida que a empatia real-mente se estabelece.

O Brasil assinou em 29/09/2008 o acordo ortográfico que tem como finalidade uni-formalizar a escrita do português nos oito Países onde ela é oficialmente escrita e falada. No entanto, ele só será implantado no Brasil a partir de Janeiro de 2009. Também, os alunos não precisam ficar assustados com provas e vestibulares pois ela só se tornará vigente e obrigatória a partir do ano de 2012. No entanto, a Gazeta Valeparaibana, a-través de seu site, na página do “Projeto Educar” disponibiliza para download em PDF todo o acordo, nos mínimos detalhes.

UMA PALAVRA , MIL E UM SIGNIFICADOS

Chapa, em Moçambique, significa lotação e em Portugal apelido e sobrenome. As interfe-rências de línguas nativas dos países e a época em que foram colonizados fizeram a mesma língua (no caso, a portuguesa) ganhar aspectos diferentes. Atualmente nos países Africanos, além do por-tuguês, é comum a população se expressar em dialetos ou ainda misturar ambos. Mesmo em Angola, país cuja pronúncia se assemelha ao Brasil, a maioria dos cidadãos passaram a falar o português a partir de meados do século XX. Na Ásia, o site do governo do Timor Les-te, possui versões em Inglês, Português e Té-tum (língua nativa do Timor Leste). Para entender a mesma língua As palavras diferentes, provenientes de um outro país, não causam muita dificuldade. A conversa torna-se confusa quando os estran-geiros de língua portuguesa usam palavras iguais que possuem sentido diferente no país de origem deles. Só para exemplificar, o nosso café-com-leite, isso mesmo o nosso cafezinho com leite, lá em Moçambique se pede como “Banheira” e por ai em diante... Divirta-se. Outro exemplo: Aqui no Brasil, nós pedimos ao atendente um “Suco” de frutas. Em Moçambique o pessoal fala assim:“Estou a pedir um refresco...”. Ou seja o presente é feito no infinitivo. O uso das palavras estrangeiras é outro deta-lhe que gera confusão entre os povos que fa-lam a mesma língua portuguesa. O brasil é influenciado pela cultura norte-americana, Moçambique já adota palavras de influência Inglesa, provenientes da influência que sofre da África do Sul. Para se ver como é a criativi-dade de cada povo, os Moçambicanos até cria-ram um verbo para “trabalhar”, é o “jobbar”. A população portuguesa possui uma relação cultural com o francês da mesma forma como nós no Brasil temos com os Estados Unidos da América do Norte. Por exemplo: no lugar de “Café da Manhã” os portugueses falam “Pequeno Almoço”, proveniente da expressão francesa “Petit dèjeuner”; “Porão” é “rés do chão”, do francês “rés de chaussée”. Os carros por exemplo, lá em Portugal são conduzidos por “condutor”, não motorista. Cuidado somente com as expressões, em Mo-çambique, por exemplo, quem falar um pala-

vrão para alguém, pode inclusive ser preso. Sabe o que significa mata-bicho em Moçambi-que? - Comer algo, café da manhã. Sabe qual o nome dado ao celular pelos portu-gueses? - Tele móvel. Diferente não é?

AS MUDANÇAS MAIS IMPORTANTES

“O acordo levou vários anos para ser aprova-do pelos países da comunidade de língua por-tuguesa e o Brasil foi o que mais batalhou pela sua implantação. Antecipar essa medida ér acompanhar o desejo de especialistas, e atestar que a reforma será capaz de promover a ex-pansão internacional de nossa língua”. Os brasileiros abolirão definitivamente o tre-ma, receberão de volta as letras K, W e Y ao alfabeto; os acentos agudos de palavras paro-xítonas cujas silabas técnicas sejam éi ou oi (como jibóia, Coréia, Jóia, que viram jiboia, Coreia e joia), serão retirados. O acento diferencial de palavras como pêlo e pára (que viram pelo e para) e as regras de hifenização (anti-semita vira antissemita) mu-dam - mas, como toda a regra ortográfica, sempre acompanhada de exceções. No texto oficial do acordo, as mudanças não ficam muito destacadas - seria necessário co-nhecer todas as regras anteriores para saber o que muda. Por isso, colocamos à disposição do leitor um infográfico ilustrativo e um guia explicativo elaborado pela equipe do “Dicionário Michaelle” com todas as altera-ções detalhadas. Este material está à disposição dos Leitores da “Gazeta Valeparaibana”, para download na página do Projeto Educar do site:

www.gazetavaleparaibana.com

O Xampu do Manuel

Manuel está tomando banho e gripara para a Maria: - Ô Maria, me traz um xampu ! E Maria lhe entrega o xampu. Logo em seguida, ele grita. - Ô Maria, me traz outro xampu. - Mas eu já te dei um agorinha mes-mo, homem! - Eu sei ! É que aqui está dizendo que é para cabelos secos e eu já molhei os meus.

Acordo ortográfico

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 6

O Berço de Nossa História, está aqui.

MORRE Martim Afonso TIBIRIÇÁ

O “Cacique”

Naquele dia 25 de dezembro de 1562, sofreram os índios um rude golpe. A notícia espalhara-se rapidamente. O CACIQUE TIBIRIÇÁ estava passando muito mal. O Padre Anchieta, ao seu lado, empenhava-se em suavizar os últimos mo-mentos. Havia muito, vinha ele sofrendo as câ-maras de sangue. E com a avançada idade que atravessava, aquela moléstia mais que lhe tortu-rava os derradeiros estertores... A indiada, do lado de fora, não se conformava e chorava. Chorava aos fritos angustiados. E pela aldeia rolava aquele lamento surdo e inquietante. Os tambores, lá longe, ecoavam. Logo mais, a nova melancólica caiu que nem um raio. Tibiriçá morrera ! O Martin Afonso (nome cristão que ele adotara) deixara de existir. Piratininga intei-ra vibrou. Os índios e os padres. Desaparecia um dos seus melhores amigos. à tardinha, realizou-se o sepultamento. Um sepultamento com toda a pompa. Compareceu todo o mundo. João Ramalho e sua mulher Bar-tira, batizada com o nome de Isabel, seus nume-rosos filhos, seus netos, os seus descendentes, os Jesuítas, os indígenas, chorando... Seu corpo foi levado para o Colégio São Paulo e ali sepultado.

Era uma deferência das maiores. O Padre José de Anchieta em um de seus escritos, no dia 16 de abril de 1563, contava, então, o que acontece-ra: “Foi enterrado na nossa igreja, com muita hon-ra, acompanhando-o todos os cristãos portugue-ses com a cera de sua confraria. Ficou toda a Capitania com grande sentimento de sua morte pela falta que sentem, porque este era o que sustentava todos os outros, conhecendo-se-lhes muitos obrigados pelo trabalho que tomou em defender a Terra, mais que todos, acho que nos devemos nós os da Companhia e por isso deter-minou dar-lhe em conta não só de benfeitor, mas ainda de fundador e Conservador da Casa de Piratininga e de nossas vidas. Fez testamento e faleceu com grandes sinais de piedade e fé, recomendando à sua mulher e filhos que não deixassem de honrar sempre a verdadeira reli-gião que abraçaram.” Quem mais sentira a morte de TIBIRIÇÁ fora seu genro, aquele barbaçudo e intrépido João Ramalho. Regressara, depois do enterro, ao seu retiro às margens rumorejantes do Rio Paraíba. Parecia que a vida perdera para ele a razão de ser, seu encanto maior. Talvez a idade avança-da, talvez os dissabores enormes... E meditou muito longamente sobre a morte. O VALE DA SOMBRA DA MORTE

O velho João Ramalho tratou de preparar-se para enfrentar o momento final que haveria de vir, mais dias, menos dias. Mandou chamar à sua presença o tabelião Lourenço Vaz, naquele dia 3 de maio de 1580. Conversaram os dois longamente. Dessa conversa, soube-se apenas que, no mesmo dia, o funcionário regressava à casa do ex-rei do planalto, armado de enorme livro e com a sua pena de pato. Acompanhava-o o juiz ordinário Pedro Dias e quatro testemunhas. Vinham solenes e carran-cudos. E João Ramalho ditou seu testamento.

ASSINATURAS DE JOÃO RAMALHO

O documento famoso ficou transcrito nas notas do tabelião da Vila de São Paulo. Narrava toda a sua vida, uma vida novelesca e cheia de altos e baixos. Frei Gaspar da Madre de Deus, revelou mais tarde que possuía uma cópia do documen-to original, mas o certo é que pouquíssimas pes-soas manusearam o testamento tão discutido. Capistrano de Abreu (historiador, contemporâ-neo de Rocha Pombo), escrevendo a respeito, deu sua valiosa opinião: “fora de dúvida está que João Ramalho foi um dos colonos mais anti-gos; preferiu o planalto à beira-mar, fez-se res-peitado pelos indígenas, entre os quais granjeou numerosa prole. Os hábitos, adquiridos em decênios de vida solta, incompatibilizaram-no com os jesuítas, de cujas crônicas saiu mal nota-do. Muito deu que falar o seu testamento, do qual sonsamente deduziu frei Gaspar da Madre de Deus que fora ele o verdadeiro descobridor da América; o documento não foi visto só por frei Gaspar, mas até agora não reapareceu.” João Ramalho morreu tempos depois. Deixou uma descendência colossal, gerando os primei-ros paulistas: 1 - Beatriz Dias, que foi casada com Lopo Dias, natural de Portugal; 2 - Francisco Ramalho Tamarutaca, que foi casado três vezes, sendo a primeira e terceira com Francisca e Justina, índias; 3 - António de Macedo, casado; 4 - Vitorio ramalho, casado, que foi assassinado pelos índios Tupiniquins, nas imediações da Vila de São Paulo; 5 - Joana Ramalho, casada com Jorge Ferreira, que foi, em 1556, locotenente do donatário da Capitania de Santo Amaro, pertencente a Mar-tim Afonso, filho de Pedro Lopes de Sousa. E outros mais... Santo André - já asseverou Teodoro Sampaio (historiador, contemporâneo de Rocha Pombo) -como um ninho de escravismo e toca de turbu-lência, desapareceu sem deixar vestígios, como se, de vez, a arrasara um braço exterminador. Nas margens do Guapituba, que flui para Pira-tininga, cerca de uma légua na atual Vila de São Bernardo, o viajante debalde procura um tre-cho de velho muro, que lhe recorde este baluar-te do alcaide-mor da Borda do Campo. Como se fora edificada na areia movediça, onde um so-pro de desolação tudo subvertera e apagara, nem mesmo a tradição mameluca se salvou na memória de raros habitadores destas paragens. É que as cidades também se apagam na vida, como se apagam na iniqüidade dos homens.

Confissão Vossa Reverendíssima insiste ouvir-me em con-fissão? Compreendo e agradeço o cuidado. Já fiz 87 anos, amanhã vou apagar-me e queres que eu vá sem mácula à presença do Criador. Porém, nesta passagem, mais temo por vós do que por mim. Explico-me e perdoai-me o does-to; sois muito verde, noviço recém chegado. Sem prévia vivência das Terras do Brasil, não conse-guireis entender os volteios da minha vida. Ireis ficar escandalizado como escandalizado ficou em tempos, o Padre Manuel da Nóbrega, o fun-dador desta Vila de São Paulo. Chegou mesmo a pregar que “petra scandali” era toda a minha vida. Mas tarde, corrigiu a opinião, mas que o

disse, lá isso disse, e quase me excomungou. Não, Padre, Ramalho é a minha alcunha por causa da minha barba que foi sempre ramalhu-da. Maldonado é que [e o apelido do meu pai. Nome de Cristão Novo, achais que sim? Antes de vós, já outros disseram o mesmo e até disse-ram que a rubrica ou gatafunho com que assino os documentos é um “Kaf”, letra hebraica. Portanto, para eles, marrano fugido ou degre-dado para o Brasil serei eu. Outros opinam que eu sou apenas um náufrago que deu à costa. Nada disso eu desminto ou confirmo. Padre; mais vale cair no mar fundo do que rolar nas bocas do mundo... Contra correntes adversas, não vale a pena resistir-lhes. Não se perca o fôlego, é deixar que nos arrastem. Só quando começam a enlanguescer é que, num repelão, delas podemos nos safar. E eu safei-me, como estais vendo, pois venho aqui a morrer de velho. Padre, foi por entre duas águas que atravessei a vida.

A Ilha do Paraíso

Em Vouzela (Portugal), onde nasci, despeço-me de Catarina, a minha esposa, e parto para Lis-boa. O motivo? Padre; essa é matéria que não vem ao caso. Pecados, se os cometi, foi aqui e não em Portugal, e pecados é o que eu devo confessar. Abalo de Vouzela, coração apertadi-nho... Suponho, e bem, que nunca mais tornarei a ver a Catarina, pois o meu destino é o Brasil tão distante. Mas, ao chegar a Lisboa, logo me animo. Não só por causa da nova expedição de Fernando de Noronha que, esse sim ! veramen-te Cristão Novo e mercador, o que não obstou que El-Rei D. Manuel, o Venturoso, lhe tivesse arrendado as Terras de Vera Cruz desde 1502 a 1505 para o abate e recolha de pau-brasil, então muito procurado para a tingidura de panos. E foram 20 mil quintas que renderam 5 por 1. Pensei que o nome de pau-brasil lhe viesse da cor de brasa, mas um marinheiro bretão, com quem fiz amizade, conta-me que na sua terra, e na sua língua, corre a antiga lenda que o “Brazil” é o nome verdadeiro da “Ilha do Paraí-so”, e que tinha sido um dos afortunados portu-gueses a descobri-la, e por isso está ele em Lis-boa na esperança de poder ser engajado numa viagem ao Paraíso. Arribo a esta costa do Brasil em 1511, talvez em 12 ou 13, não sei ao certo, com tantos anos em cima do lombo a memória já me vai falhando. Bem acolhido sou por António Rodrigues, o degradado português a quem todos chamam ou chamavam, o “bacharel de Cananéia”, e que há muito tempo vive entre os índios, tupiniquins da beira da praia. Apadrinha-me e logo me parece que demandei veramente o Paraíso pois, ao acolherem-me, os índios começam por me dar mulher nova, escorreita e muito limpa, e eu estou na casa dos vinte anos, deslumbramento...

Nudez e Malícia

É o que eu temia: Vossa Reverendíssima já co-meça a benzer-me e a apostrofar-me por ter caído em um pecado mortal, que é o da fornica-ção e luxúria. Segui o ditado em Roma sê roma-no e confesso que, entre os índios, índio fui. CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 7

O Berço de nossa história, está aqui. “Os Jesuítas na formação e na cultura social”

A expulsão dos jesuítas e o fim

das Reduções.

Estavam os Sete Povos quase inteiramente devastados quando, em 1761, Portugal e Espa-nha anularam o Tratado de Madri. Índios e jesuítas voltaram a cruzar o Rio Uruguai, retor-nando aos Sete Povos e reconstruindo-os nos mesmos lugares onde antes os haviam assenta-do, mas este último ciclo teria vida curta. Sofrendo intensa campanha difamatória na Europa e mesmo nas Américas, a Ordem Jesuí-tica foi responsabilizada por todos os males da região e por tentativas de criar um estado autô-nomo à revelia da Coroa. Já haviam sido, no ano de 1759, expulsos de Portugal, e, em 1767 a Espanha fez o mesmo, o que colocou um ponto final na empresa missionária, selado definitiva-mente com a supressão da Ordem no ano de 1773. Os Índios remanescentes tiveram destino ingló-rio. Suas terras foram ocupadas, perderam os seus bens, sofreram abusos de toda a espécie por parte dos europeus, corromperam-se na bebida e no roubo para sobreviver ou morreram à mín-gua em grande número, e por fim os que ainda viviam foram incorporados às forças armadas portuguesas e espanholas, sendo envolvidos como massa de manobra em todos os conflitos regionais subseqüentes.

O legado das Missões

Como evento isolado as Missões Jesuíticas são um dos fenômenos culturais mais interes-santes e peculiares da história das Américas. O florescimento social que representaram as relí-quias arquitetônicas e artísticas que deixaram e o modelo de vida que buscaram instaurar têm valor perene por si mesmos, e parte desse legado hoje é Patrimônio da Humanidade. Porém, muito se tem discutido sobre o verdadei-ro papel e caráter dos Jesuítas e dos Índios neste grande ciclo sócio-cultural.

Diversos autores consideram os padres como simples senhores de escravos travestidos de an-jos evangelizadores, instrumentos das potências européias num impulso imperialista. É criticada a quase completa supressão da cul-tura indígena original na organização vital dos aldeamentos e a imposição de uma civilização alienígena sem considerações a respeito das peculiaridades da sensibilidade e cultura autóc-tones, e também a falha fundamental na didáti-ca jesuíta, provada pela dissolução imediata de todas as aquisições culturais e espirituais quan-do o índio foi privado da orientação dos religio-sos, não havendo traços detectáveis da formação de uma cultura ou sequer de uma escola artísti-ca, mesmo híbrida, que tenha subsistido de for-ma independente e viva após a derrocada da Ordem e suas Reduções. A favor dos Jesuítas se encontram os argumen-tos dos bons tratos que usualmente eram dis-pensados aos reduzidos, da moderação dos hábi-tos muitas vezes brutais dos silvícolas em dire-ção a um principio de ordem e civilidade, da harmonia do convívio social experimentada nas Reduções e testemunhada por várias fontes que de uma forma ou outra resultou de todo o pro-cesso. Do lado dos índios o balanço final talvez seja de difícil avaliação, uma vez que a cultura predo-minante tende a analisar as coisas sob sua ótica particular. Com certeza foi uma experiência impactante para os povos antes selvagens, mas, no contato com o branco a anulação de sua ín-dole vital, de sua visão de mundo e de sua cultu-ra - cujos elementos, quando preservados, eram adaptados e trazidos sempre para servir ao pro-pósito colonizador - talvez tenha sido uma perda mais importante que os supostos benefícios rece-bidos. Muito se tem aplaudido as igrejas, a esta-tuária, a música e as outras artes de que foram autores e co-autores, das quais muitas só sobre-vivem através de relatos, mas uma vez que ne-nhuma tradição se arraigou entre eles que pu-desse evoluir independentemente, talvez seja procedente o argumento de que o indígena, com exceções notadas, não passou de uma tábua rasa nas mãos dos religiosos. Em termos políticos e demográficos as Missões exerceram um impacto fundamental na defini-ção de fronteiras e na criação de povoamentos que deram origem a prósperas cidades, contri-buindo inegavelmente para a ocupação e organi-zação de um vasto território em várias nações sul-americanas, e na orientação da evolução social em direção ao modelo que hoje prevalece.

As Missões na Cultura

Na cultura, tanto erudita como popular, as Mis-sões ainda são um tema fértil e sei caráter - real ou suposto - de utopia já deu margem ao surgi-mento de várias obras literárias, documentários, exposições de arte e filmes, bem como à forma-ção de um folclore próprio, com variadas abor-dagens e conclusões. Já no século XVIII O Uraguai de Basílio da Gama, ele mesmo um ex-jesuíta, apareceu com uma nota discordante da opinião generalizada da época que tendia a ver os jesuítas como pro-

tetores do povo indígena, considerando que seus vícios foram a causa de sua própria queda. Sua revalorização cultural tomou impulso a partir de meados do século XX, quando arquitetos estrangeiros passaram a dedicar sua atenção ao modelo urbano das Reduções, e os órgãos do Patrimônio Histórico também se voltaram para elas na preservação de suas relíquias, de certa forma trazendo-as novamente à evidência.

FOTO: Igreja jesuíta em Salvador-BA Em anos recentes a produção cinematográfica norte-americana “A MISSÃO”, estrelada pelo conhecido ator Robert De Niro, recebeu larga divulgação e diversos prêmios internacionais. As missões são apresentadas hoje em dia pelo poder público brasileiro como um momento glorioso na história do sul do Brasil, e seus ín-dios massacrados na “Guerra Guaranítica” são retratados como heróis, embora esta postura tenda a ocultar ou dissimular os graves proble-mas enfrentados por todas as comunidades indí-genas que sobrevivem, em grande parte num estado de miséria e relativo abandono, numa espécie de “cultos ao esquecimento, liturgias que desarmam os guerreiros homenageados e se apropriam de sua causa”, segundo pala-vras de Paulo Suess. Não obstante a ten-dência a uma glorificação acrílica foi assu-mida em boa medida pela cultura popular, mesmo aquela não derivada de uma matriz não-indígena, e especialmente em torno da figura “Sepé Tiaraju” se formou um consi-

derável folclore que o elevou à categoria de santo popular, sendo nome de uma estrada e de uma cidade no Rio Grande do Sul—BR, e recebendo o titulo de herói estadual.

Atuação no Brasil Tendo o padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, solicitado mais reforços

para a atividade de Evangelização do Brasil, chegando ao ponto de solicitar “mesmo os fra-cos de engenho e os doentes do corpo), o Provin-cial da Ordem, Simão Rodrigues, indicou, entre outros, José de Anchieta. Anchieta, que padecia de “espinhela caída”, chegou ao Brasil, em 13 de Junho de 1553, com menos de vinte anos de idade, junto com outros padres como o basco João de Azpilcueta Navar-ro. No seguimento de sua ação missionária, par-ticipou da fundação, no planalto de Piratininga, do Colégio São Paulo, do qual foi regente, em-brião da Cidade de São Paulo, junto com outros padres da Companhia, em 25 de Janeiro de 1554. Esta povoação contava, no primeiro ano

de sua existência com 130 Pessoas, sendo

que 36 delas haviam recebido o batismo. Cuidava não só de Educar e Catequizar os abo-rígenes como também de defendê-los dos abusos dos colonizadores portugueses que os queriam não raro como escravos, tomando-lhes mulheres e filhos. Anchieta esteve em Itanhaém e Peruíbe (Litoral Sul do Estado de São Paulo-BR) na quaresma que antecedeu a sua ida à aldeia de Iperoig, juntamente com o padre Manuel da Nóbrega, em missão de preparo para o Armistício com os Tupinambás de Ubatuba (Armistício de Ipe-roig). Nesse período, intermediou as negociações entre os portugueses e os indígenas reunidos na Con-federação dos Tamoios, oferecendo-se Anchieta como refém dos tamoios em Iperoig, enquanto o padre Manuel da Nóbrega retornou a São Vi-cente juntamente com Cunhambebe (filho) para ultimar as negociações de paz entre os indígenas e os portugueses. Durante esse tempo em que passou “prisioneiro” entre os índios compôs o “Poema à Virgem”, segundo uma tradição teria escrito nas areias da praia e memorizado o poema, que mais tarde, em São Vicente, teria trasladado para o papel. Segundo a mesma tradição, foi também durante o cativeiro que Anchieta teria em tese “levitado” entre os índios, os quais, im-buídos de grande pavor, pensaram tratar-se de um feiticeiro. Anchieta lutou também contra os franceses esta-belecidos na “França Antártica” ma baía da Guanabara, foi companheiro de Estácio de Sá, a quem assistiu em seus últimos momentos de vida, no ano de 1567.

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 8

Envelhecer, recordar e viajar... é preciso. “Recordações da minha terra”

Continuando minha crônica sobre minhas re-cordações e sobre minhas raízes, não posso dei-xar de lembrar os cacilheiros, que quantos dias aguardei, debaixo de chuva e de resquícios de água que o vento ao bater sobre as ondas borri-fava sobre nós, com a finalidade de atravessar o Tejo para me dirigir ao meu primeiro emprego. O meu primeiro emprego, no qual minha obri-gação era escrever. Repórter investigativo da agência Norte Americana “ Dun & Bradstreet “. Gostava de ler. Aliás a leitura era a minha única companheira nesta viagem de travessia do Tejo.

Recordando... Durante o inverno os braços do rio, proporcionando bons abrigos naturais, são procurados para abrigo das naus. Não admira por isso que, no inicio do século XVII, frei Agostinho de Santa Maria se refira ao Seixal (Portugal) como terra onde “quase todos aqueles moradores são marítimos (marinheiros) e pescadores”. Um enxame de barcos de transporte, de pesca e dos moinhos povoava o rio. O esforço de pesca seria nessa altura tão eleva-do que um alvará régio de 1615 proibiu, por um período de oito anos, a utilização de uma das mais antigas artes do Rio Tejo, a tartaranha. Vale a pena transcrever uma passagem desse documento: “Eu El-Rei faço saber aos que este meu alvará virem que, sendo eu informado do grande dano que causam as redes, chamadas tartaranhas, na criação do pescado, de que mandei tirar informações; e vendo a sentença que se tem dado em favor dos pescadores do alto, contra os que pescam com ditas redes, e o muito que importa ao bem público de todo este reino remediar-se, a falta de pescado que nele há, a qual se entende que procede da pescaria com as ditas redes.”. Não são pois contemporâneos os protestos con-tra a utilização das redes de arrasto, como as referidas tartaranhas. Nem é recente a sua proi-bição definitiva; o arrastão que sucede às tarta-ranhas e que já era rebocado por barcos a va-por, foi proibido em Portugal em Julho de 1891. Infelizmente, porém, ainda são numerosos os pescadores menos escrupulosos que, entre Lis-boa e Vila Franca de Xira, utilizam redes proi-bidas de arrasto e de malha muito fina. Matam-se indiscriminadamente milhares de peixes mi-núsculos que vieram até ao estuário para se

desenvolverem mas, que assim, não poderão ser aproveitados por ninguém. Linguados, barbos e robalos ficam presos nas redes antes de atingi-rem o tamanho mínimo para serem consumidos. A mortalidade deixa os próprios pescadores sem fontes de rendimento porque as espécies não chegam a atingir a idade de reprodução. Com isso, os pescadores cada vez se encontram em menor número. No Barreiro e no Seixal, nas antigas Vilas piscatórias e marítimas, a industri-a absorveu toda a mão de obra disponível. Na atividade piscatória, restam apenas alguns ama-dores de fim de semana. E, em Lisboa, não se contam senão meia dúzia de embarcações tradi-cionais na doca de Alcântara. Todos os dias podemos vê-los arrastando entre Lisboa e Al-mada, suas redes, tentando ganhar o mínimo, que pelo menos pague o combustível do barco. Quando içam as redes, trabalho árduo e manu-al , raramente encontram muito mais que al-guns camarões brancos, sendo mais abundantes os pretos, e raros são os linguados e as solhas. Ainda na minha época, a chegada destas embar-cações, animava as rampas de acesso do pesca-do, do Mercado da Ribeira, junto ao Cais do Sodré. Acorriam peixeiras (nome comum dado a quem vende peixe) e garotos, fervilhava a vi-da. Podia recordar-se a mais característica das figuras que a pesca talhou no corpo popular da cidade: a “varina” (vendedora ambulante de peixe).

Antes da sua chegada, vindas de Ovar, de Ilha-vo e da Murtosa, o mister da peixeira era de-sempenhado por mulheres dos bairros piscató-rios, como Alfama e Alcântara, ou de Frielas. Depois, em poucos anos, este tipo de mulher enérgica dominou o mercado de peixe na capi-tal. Dizia um repórter do principio de século XX, citado por António Barreto e Filomena Mônica; “que o casamento, para elas, não era a exploração das fêmeas, mas sim uma associa-ção”. “Enquanto o marido trabalhava nas fra-gatas (barcos de pesca) ou vendia jornais, ela governava a sua vida”. Com efeito o nome que ficou para a história foi o da “VARINA” (derivado de ovarina, natural de Ovar - cidade Portuguesa) e não o de seu marido, o “VARINO”, de cujo o termo ninguém recorda. Estas Varinas, de manhã, iam ao Mercado da Ribeira arrematar o peixe e, depois percorriam a cidade de Lisboa, descalças ou com tamancas, gritando os seus pregões: “Pescado do alto ! Salpicadinha da Costa ! Olha o rico safio gordo !”. Fialho de Almeida fixaria a imagem destas mu-

lheres com cariátides “num monumento elevado à memória de Lisboa”. “Fina e ligeira, com a saia de sirguilha muito curta, com pregas finas, amarrada por debaixo dos quadris - os tornozelos destros, a mão car-nuda e esfuziada nos dedos - loira ou morena, mas quase sempre de olhos claros, nariz correto, cinta ondulosa e cabelos em desalinho, constitui um dos mais elegantes tipos de mulheres do povo que há na Europa...; e pela gentileza ar-quitetural da sua figura, reata e continua a cor-rente de formosura antiga, dessa mulheres de praxíteles com pés chatos, cabecinha pequena, seios turgentes e atitudes clássicas, todas vibran-tes ainda das reminiscências do Egipto e da Grécia artística, tanto ela já fica distante, no ritmo das formas e na impecável modelação da anatomia, da nossa fêmea civilizada das cida-des...”. Nos dias de hoje já não se encontram mais Vari-nas nem se escutam seus pregões pelas vielas e ruas de Lisboa. “Olhai senhores, esta Lisboa de outras eras...” E também não existem mais Varinos a traba-lhar nas fragatas e faluas porque esses tipos de embarcação, tradicionais, há muito desaparece-ram da paisagem do Rio Tejo.

maré vazou e descobriu o lodo e as

areias negras da praia do Rosário, não longe da Moita. O nevoeiro afaga o Rio e envolve as car-caças dos velhos barcos. Estão ali, abandonados, apodrecendo. São fragatas, já foram rainhas do Tejo, hoje apenas alimentam a saudade dos fragateiros que, há menos de cinqüenta anos, ainda desfral-davam as suas velas e as carregavam de sal, de carvão, de cortiça, de vinho, de tudo o que fosse necessário. “Aos poucos, com o decorrer dos anos, as nossa embarcações típicas do Rio Tejo, foram-se per-dendo; umas morreram nas praias do Rio, junto de antigos estaleiros artesanais; outras foram para o estrangeiro. As fragatas e os Varinos, que foram uns dos últimos barcos típicos a desa-parecer das águas do Rio Tejo, ainda se vêem a apodrecer nas margens da Outra Banda”.

Estas palavras são de António Nabais e nos con-

vidam a um passeio por estas margens lodosas e tristes, ainda mais triste por causado nevoeiro que dissolve os contornos das carcaças enegreci-das. Infelizmente, no entanto, nem mesmo nes-tes cemitérios de passado, poderemos encontrar muitos dos barcos típicos do Rio Tejo. Em poucas regiões de Portugal, pescadores e marítimos criaram e desenvolveram uma tão grande variedade de barcos e a poucos locais se poderá aplicar, com tanta justeza, o reparo de Ramalho Ortigão: “ A variedade de formas das nossa embarcações de pesca é fenomenal, e nela se reflete a alma profundamente marítima do nosso povo, poden-do-se afirmar que de dez em dez léguas de costa o barco muda de feição segundo o sentimento estético de cada lugar, assim como, por terra dentro, se modifica de grupo em grupo, com estratificações hereditárias do sentimento étni-co, a configuração da silha, do púcaro, do cesto e do lar.”. No Tejo, graças à fecundidade do estuário e à excelência do ambiente, assim como à proximi-dade de um grande centro consumidor e de múltiplos pólos industriais, esta variedade ultra-passou mesmo o seu limite das “dez em dez lé-guas”. Só barcos de pesca eram seis tipos: a muleta, a enviada, o bote de tartaranha, o bu-que, a meia-lua da Costa da Caparica e a canoa tapa-esteiros. No transporte marítimo empregavam-se igual-mente seis tipos diferentes de embarcações: as fragatas, os varinos, as faluas, os barcos de moi-nhos e dos moios, os botes catraios, os botes de pinho e os batéis. De todos estes barcos e embarcações, o mais notável e original era, porventura, a muleta. Ela “foi a grande obra de arte dos carpinteiros de machado e calafates do Seixal e o barco típico dos pescadores do Seixal e do Barreiro”. (António Nabais). Este tipo de embarcação à muito desapareceu, apenas se conservando meia dúzia de miniaturas guardadas no museu do “Núcleo Naval Histórico e Ecomuseu Municipal do Seixal”. Trata-se de um barco imponente que Baldaque da Silva, assim descreveu: “ A muleta tem fundo largo e chato; a proa ex-cessivamente baleada, remata em arrufado ba-que; a popa, muito inclinada, recua em cima; característicos estes que, juntos ao grande amassamento dos flancos, dão ao casco um as-peto de uma tosca naveta normanda do século XIII.”. Hoje não resta uma dessas embarcações, nave-gando ou transportando cargas de um lado para o outro do estuário. Felizmente alguns ainda, tiveram a consciência de reformar uma delas, que nos dias de hoje, leva crianças ao longo do Rio e do Estuário em visitas de estudo e servindo como resgate de memória e da tradição. É uma “falua”, que pertence à Câmara Munici-pal do Seixal e foi batizada de “Gaivota”.

Filipe de Sousa

Saudade...

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 9

Vida... “Charles Chaplin”

Já perdoei erros quase imperdoáveis, “Já tentei substituir pessoas insubstituí-veis e Esquecer pessoas inesquecíveis”. Já fiz coisas por impulso. Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar. Mas também decepcionei alguém. Já abracei para proteger. Já dei risada quando não podia. Já fiz amigos eternos. Já amei e fui amado, mas também fui rejeitado. Já fui amado e não soube amar. Já gritei e pulei de tanta felicidade. Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas “quebrei a cara” muitas vezes! Já chorei ouvindo musica e vendo fotos. Já liguei só para escutar uma voz. Já me apaixonei por um sorriso. Já pensei que fosse morrer de tanta sau-dade e... tive medo de perder alguém es-pecial (e acabei perdendo) mas sobrevivi ! E ainda vivo ! Não passo pela vida... E você também não deveria passar. Viva !!! Bom mesmo é ir à luta com determinação, Abraçar a vida e viver com paixão, Perder com classe e vencer com ousadia, Porque o mundo pertence a quem se atreve e, A VIDA É MUITO Para ser insignificante.

Três mulheres no Norte da Flórida (EUA) mor-reram em vários hospitais em um período de cinco dias , todas com os mesmos sintomas; febre, calafrios e vômitos, seguido pelo colapso muscular paralisia e, finalmente, a morte. Não houve nenhum sinal de trauma. Segundo essa mesma fonte, as autópsias mos-traram resultados de toxidade no sangue e uma pequena fístula causada por picada de inseto na região das nádegas ou parte posterior da coxa. Essas mulheres não se conheciam umas às outras e nada aparentavam em comum. Foi descoberta, no entanto, que elas haviam visitado o mesmo restaurante (Olive Garden). O Departamento de Saúde foi ao restaurante, para desativá-lo e investigá-lo. Os Alimentos, a água, ar condicionado e tudo o mais foram inspecionados e testados, em vão. A grande surpresa veio quando uma garçonete do restaurante foi levada às pressa para o hos-pital com sintomas semelhantes. Ela disse que havia trabalhado nas férias, que haviam se encerrado no dia anterior àquela noite, e tinha ido ao restaurante naquele dia para pegar seu cheque do pagamento... Ela não comeu nem bebeu nada, enquanto fi-cou esperando, mas, havia utilizado o banheiro. Com essa informação um toxicólogo do Depar-tamento de Saúde, lembrando de um artigo que tinha lido, dirigiu-se para os banheiros do res-taurante e levantou o assento do vaso; sob o tampo o que viram era fora do normal, eram numas pequenas aranhas.

Elas foram capturadas e levadas para o labora-tório, onde ficou determinado serem: Dois Stri-ped Telamonia (Telamonia Dimidiata), assim chamada por sua cor rosada salmom averme-lhada. DO VENENO... A picada é indolor, o veneno desta aranha é extremamente tóxico, podendo fazer efeito de imediato mas, também demorar de 1 a dois dias para aparecerem os sintomas. Elas vivem em lugares frios e escuros, em climas e ambien-tes úmidos, como dentro de vasos sanitários que lhes fornecem o ambiente propício. Alguns dias mais tarde, um advogado de Jack-sonville deu entrada em uma sala de emergên-cia hospitalar. Antes de sua morte, disse ao médico quer havia saído em viagem de negócios e que tinha tomado um vôo da Indonésia, mu-dando de avião em Singapura, antes de voltar para casa. Ele não visitou o Olive Garden. Em sua autópsia encontraram ferimentos por picada de inseto no órgão genital (assim como todas as outras vítimas). Os investigadores descobriram que ele estava no vôo que tinha se originado na Índia. A Aeronáutica Civil Board (CAB) ordenou uma inspeção imediata aos banheiros de todos os aviões procedentes da Índia e dai a descober-ta das aranhas; haviam ninhos em 4 diferentes planos do avião ! Está sendo cogitado que estas aranhas estejam em todos os países do mundo, trazidas nos vôos internacionais, dado que elas são originárias da Índia. Portanto, ao viajar, antes de usar um toalete público., mesmo em bares e restaurantes, lojas, em qualquer lugar e até mesmo na sua casa, caso tenha feito viagem de avião recentemente, levante o assento do vaso para verificar se não há aranhas... Estas aranhas podem vir em bagagens sem serem detectadas.

Cuidados !!!! - Não custa avisar...

ISTO É UMA VERGONHA

Em um País em que falta de tudo e em todos os setores. Saúde, Educação, Segurança, Compe-tência na administração e execução dos serviços da coisa pública. Em que a criança, o velho e o povão são tratados com desprezo e somente servem como fachada para dar legitimidade a eleições, que irão eleger e reeleger sempre os mesmos ou apadrinhados. Parodiando Boris Casoy: Isto é uma vergonha. Levantamento efetuado pela ONG “Transparência Brasil” mostra que o Brasil possui o Congresso Nacional (Câmara e Sena-do) que mais pesa no bolso da população com-parativamente a parlamentares de outros onze países. E sabem por quê? Pelo simples fato de que os “representantes

do povo” gastam a bagatela de R$.: 11.545,04 (onze mil, quinhentos e qua-renta e cinco reais e quatro centavos)POR MINUTO. A comparação foi realizada entre os seguintes países: Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, México e Portugal. Fiquem sabendo que o orçamento do Congresso nacional para o corrente ano é de “apenas” 6 (SEIS) BILHÔES DE REAIS. O custo médio de cada parlamentar brasileiro é o dobro do México, cerca de 37 vezes superior ao da Espanha e 34 vezes maior que o dos par-lamentares do REINO UNIDO. Outra comparação: enquanto na Câmara do Comuns Britânica cada deputado gasta entre salários, auxílios diversos e verbas indenizató-rias R$.: 50.000,00/mês, no Brasil, cada deputa-do gasta 101.000,00.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Diz o relatório que as Câmaras Legislativas Brasileiras perderam a noção de proporção entre o que fazem e o país em que vivem. Nota da Redação: Nós assinamos em baixo. E completamos: o aposentado que recebe um salário mínimo, leva 30 meses para ganhar o que o Congresso Nacional gasta em UM MINU-TO. A média mensal paga aos aposentados é de pou-co mais de R$.: 510,00; isto quer dizer que o aposentado levará 23 meses para ganhar o que o Congresso nacional gasta POR MINUTO. É por todas essas mazelas que vêem ocorrendo em nosso país mais: mensalão, máfia dos bingos, das empreiteiras, das ambulâncias, etc... é que o governo alega não ter dinheiro para repor as defasagens dos aposentados, com salários acima de um salário mínimo. Isso é justiça social ? A democracia se realiza mediante a participa-ção permanente da sociedade.

O § único do art. 1º. da Constituição Federal, vigente assim se expressa: “Todo o poder emana do POVO, que o exerce por meio de represen-tantes eleitos ou DIRETAMENTE, NOS TER-MOS DESTA CONSTITUIÇÃO. Assim como a sociedade brasileira se levantou recentemente, diante da iminência do Congres-so Nacional reajustar seus salários em mais 90% (NOVENTA), deveria fazer o mesmo dian-te desta aberração. Se levarmos em consideração quer cargo eletivo não é sinônimo de emprego, a sociedade deveria definir a remuneração dos “representantes do povo”, com regras justas e imutáveis. Matéria veiculada no site “Ultimo Segundo” do IG. Filipe de Sousa

Terceira idade, melhor idade... só se for para “Eles”(no Brasil não.)

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SÃO FRANCISCO XAVIER Cristo transmitiu aos apóstolos. << ide e pregai; curai os doen-tes; limpai os leprosos; dai com acréscimo o que com acréscimo recebestes; não leveis ouro nem prata, nem cobre no vosso cinto; nem alforje para o cami-nho; nem duas túnicas; nem sandálias, nem bastão... >> Quando Francisco Pregava não o fazia em suntuoso púlpito, nem com alardes. Fazia entre os seus companheiros, entre os mais pobres, humildemente, descalço e com palavras que todos entendiam...

DICA Antes de fritar a banana, passe-a na farinha de trigo. Assim, ela não ficará encharcada na gordura.

Curiosidades

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Dia Internacional da Terceira Idade

01 Outubro

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 10

Datas Importantes

01 Dia Mundial da Música Dia Internacional da 3ª. Idade

03 Fundação da PETROBRÁS/ 1953 Dia das Abelhas Nascimento de Allan Kardec em Lion/França, no ano de 1804.

04 Dia Mundial dos Animais e Dia do Cão.

05 Dia das Aves Fim da Guerra dos Canudos, na Bahia, no ano de 1897 Dia do Professor

06 Nascimento de Ulisses Guimarães em Rio Claro - SP, no ano de 1916 Morte de Adolfo Lutz, grande cien-tista Brasileiro, no ano de1940

07 Dia Nacional do Compositor, para-béns ao meu amigo Paulinho do Clu-beca

08 Dia do Nordestino

09 Nascimento de John Lennon/1940

11 Dia do Deficiente Físico, hoje já assim não referenciado. Dia do Porta-dor de Necessidades Especiais 12 Dia Nossa Senhora Aparecida Dia do Mar Inicio da Semana da Asa Nascimento de D. Pedro I/1798/Lisboa-Portugal

16 Dia Mundial da Alimentação. Que a fome seja erradicada de nosso país.

18 Nascimento do Padre Manuel da Nóbrega/Sanfins - Portugal em 1517

19 Nascimento de Bento Gonçalves, Triunfo - RS, no ano de 1780

23 Dia da Aviação e do Aviador

24 Dia das Nações Unidas (ONU)

25 Dia da Democracia. Que a verda-deira democracia alcance o nosso Brasil. A esperança está na Educação.

28 Aniversário de UBATUBA

29 Dia do Livro

Neste dia 12 de Outubro se comemora mais um dia de devoção e dedicado à Padroeira do Brasil

“Nossa Senhora da Conceição Aparecida”. Consagração a Nossa Senhora Aparecida

O Maria Santíssima, que em vossa querida imagem de Aparecida, espalhais inú-meros benefícios sobre todo o Brasil, eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos, mas cheio de desejo de participar dos benefícios de vossa miseri-córdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sem-pre pense no amor que mereceis; consagro-vos a minha língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, de-pois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso numero de vossos filhos; acolhei-me debaixo de vossa proteção; socorrei-me em todas as minhas necessidades espi-rituais e temporais e sobretudo na hora da minha morte. Abençoai-me ò Mãe celestial, e com vossa poderosa intercessão, favorecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos e dar-vos graças ao céu, por toda a eternidade. Assim seja!

Nossa Senhora da Conceição Aparecida “Padroeira do Brasil”

ANIVERSÁRIO DE UBATUBA “A Capital do Surf”

UBATUBA - No mês de aniversário da cidade, a programa-ção da FUNDART oferece bons presentes para quem gosta de arte e cultura. Além das diversas apresentações musicais, neste mês a-contece mais uma edição da grande festa de cultura popu-lar, chamada de “Caiçarada”. O evento acontecerá na Avenida Iperoig, de 11 a 13 de Ou-tubro. A festa deste ano será uma grande homenagem ao saudoso Ney Martins, que foi um dos idealizadores deste e de diversos outros projetos de cultura popular do municí-pio. Comandado pelos artistas Fernando Moreno e Marilena Ca-bral, o Teatro de Bolso de Ubatuba, da Cia. de Teatro “Abençoados por Cunhambebe” está obtendo sucesso em suas apresentações, que acontecem sempre às quartas-feiras no Auditório FUNDART, com a comédia Ensaio Geral, sempre a partir das 20,30 horas. O ingresso poderá ser tro-cado por 1 kg. de alimento não perecível que será doado à Santa Casa de Ubatuba. De 11 a 13 de Outubro, acontece também o 1º Salão de Fo-tografia de Ubatuba, na sede administrativa da Fundart, de 2ª a 6ª Feira, das 8 as 12 horas e das 14 às 18 horas. Em fe-riados e finais de semana o horário é das 18 às 22 horas. De 27 de Outubro a 18 de Novembro acontece o já consa-grado Salão Nacional de Belas Artes de Ubatuba. A exposi-ção acontecerá no Sobradão do Porto, reunindo obras de artistas de todo o Estado de São Paulo. Fontes: Assessoria de Comunicação PMU

01 de OUTUBRO

Neste dia se comemora o “Dia Internacional da Terceira Ida-de”. Esperamos que nossas au-toridades e nossa sociedade reflitam sobre as necessidades e as prioridades que são devi-das a todos os cidadão que construíram esta nação, que de-

senvolveram a tecnologia que hoje serve a toda a sociedade e, pelo que, por isso, merecem não só respeito mas sobretudo reverência. Para conhecer mais sobre seus direitos e matérias de interesse deste segmento de população que, com a Graça de Deus, e a proteção de Nossa Se-nhora da Conceição Aparecida, é uma das parce-las mais significativas em termos econômicos e responsabilidade social, de nossa sociedade. Acesse: www.melhoridade.brazi.us

Aniversário de nascimento de

ALLAN KARDEC

“Aquele que, por tanto tempo, figurou no mundo científico e religioso sob o pseudônimo de Allan Kardec, chamava-se Ri-vail e morreu aos 65 anos. Esta morte, que o vulgo deixará passar indiferente, é um gran-de fato na história da Humanidade. Este não é apenas o sepul-cro de um homem; é a pedra tumular enchendo o vazio imenso que o Materialismo havia cavado sob os nossos pés, e sobre o qual o Espiritismo espalha as flores da esperança.” Pagès de Noyez Le Journal Paris (3 de abril de 1869)

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 11

Ecossistemas “O Cerrado no Brasil” Cerrado Brasileiro

Continuação Antes de dar continuidade á matéria é bom fazermos alguns entendimentos sobre “Bioma” e “Domínio”. O Bioma do Cerrado é terrestre. As-sim, podemos falar em peixes do Domí-nio do Cerrado, mas não peixes do Bio-ma do Cerrado. A ambigüidade no uso destes dois conceitos - Domínio e Bio-ma - deve sempre ser evitada. Por essa razão, usaremos Domínio do Cerrado quando for o caso, e Bioma do Cerrado ou simplesmente Cerrado quando qui-sermos nos referir especificamente a este tipo de ecossistema terrestre, de grande dimensão, com características ecológicas bem mais uniformes e mar-cantes.

No Domínio do Cerrado predomina o Bioma do Cerrado.

Todavia, outros tipos de Biomas tam-bém estão ali representados, seja co-mo “dominados” ou “não predominan-tes” (caso das Matas Mesófilas de In-terflúvio), seja como encraves (Ilhas ou manchas de caatinga, por exemplo) ou penetrações de florestas de galeria, de tipo amazônico ou atlântico ao longo dos vales úmidos dos rios. Para dirimir dúvidas, sempre é bom deixar claro se estamos nos referindo a Domínio do Cerrado, ou mais especifi-camente, ao Bioma do Cerrado. O Do-mínio é extremamente abrangente, en-globando ecossistemas os mais varia-dos, sejam eles terrestres, paludosos, lacustres, fluviais, de pequenas ou de grandes altitudes, etc... Estima-se que a área “core” ou nuclear do Domínio do Cerrado tenha aproxi-madamente 1,5 milhão de km2. Se adi-cionarmos as áreas periféricas, que se acham encravadas em outros domínios vizinhos e nas faixas de transição, a-quele valor poderá chegar a 1,8 ou 2,0 milhões de km2. Com uma dimensão tão grande como esta, não é de admirar que aquele domínio esteja representa-

do em grande parte dos Estados do pa-ís, concentrando-se naqueles da região do Planalto central, sua área nuclear. Dentro deste espaço caberiam Alema-nha Ocidental, Alemanha Oriental, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Portugal, França, Grã-Bretanha, Ho-landa e Suíça, cujas áreas somadas perfariam 1.970.939 km2. Haveria ain-da uma pequena sobra de espaço, para adicionarmos a cada um desses países uma bonita e espaçosa praça ecológica. Isto nos dá bem uma idéia da grandio-sidade deste Domínio, tipicamente bra-sileiro. Ele ocorre desde o Amapá e Roraima, em latitudes ao norte do E-quador, até o Paraná, já abaixo do tró-pico do Capricórnio. No sentido das longitudes, ele aparece desde Pernam-buco, Alagoas, Sergipe, até o Pará e o Amazonas, aqui com encraves dentro da Floresta Amazônica. A vegetação do Bioma do Cerrado, considerado aqui em seu “sensu lato”, não possui uma fisionomia única em toda a sua extensão. Muito ao contrá-rio, ela é bastante diversificada, apre-sentando desde formas campestres bem abertas, como os campos limpos de cer-rado, até formas relativamente densas, florestais, como os cerradões. Entre estes dois extremos fisionômicos, va-mos encontrar toda uma gama de for-mas intermediárias, com fisionomia de savana, às vezes de carrasco, como os campos sujos, os campos cerrados,, os cerrados “sensu stricto” (s.s.). Assim, na natureza o Bioma do Cerrado apre-senta-se como um mosaico de formas fisionômicas, ora manifestando-se co-mo campo sujo, ora como cerradão, ora como campo cerrado, ora como cerrado s. s. ou campo limpo. Quando percorremos áreas de cerrado, em pou-cos quilômetros podemos encontrar todas estas diferentes fisionomias. Este mosaico é determinado pelo mosaico de manchas de solo pouco mais nobres ou

pouco menos nobres, pela irregularida-de dos regimes e características das queimadas de cada local (freqüência, época, intensidade) e pela ação huma-na. Assim, embora o Bioma do Cerra-do distribua-se predominantemente em áreas de clima tropical sazonal, os fato-res que ai limitam a vegetação são ou-tros: a fertilidade do solo e o fogo. O clímax climático do Domínio do Cerra-do não é o Cerrado, por estranho que possa parecer, mas sim a Mata Mesófi-la de Interflúvio, sempre verde, que hoje só existe em pequenos relictos, sob solos férteis tipo terra roxa legítima. As diferentes formas de Cerrado são, por-tanto, pedoclímaces ou piroclímaces, dependendo de ser o solo ou o fogo o seu limitante. Claro que certas formas abertas de Cerrado devem esta sua fisi-onomia às derrubadas feitas pelo ho-mem para a obtenção de lenha ou car-vão.

De um modo geral, podemos distinguir dos estratos na vegetação do Cerrado: o estrato lenhoso, constituído por árvo-res e arbustos, e o estrato herbáceo, formado por ervas e subarbustos. Am-bos são curiosamente heliófilos. Ao contrário do caso de uma floresta, o estrato herbáceo aqui não é formado por espécies de sombra, umbrófilas, dependentes do estrato lenhoso. O som-breamento lhe faz mal, prejudica seu crescimento e desenvolvimento. O a-densamento da vegetação lenhosa aca-ba por eliminar em grande parte o es-trato herbáceo. Por assim dizer, estes dois estratos se antagonizam. Por esta razão entendemos que as formas inter-mediárias de Cerrado - campo sujo, campo cerrado e cerrado s. s. - repre-sentem verdadeiros ecótonos, onde a vegetação herbácea/substantiva e a ve-getação arbórea/arbustiva estão em intensa competição, procurando, cada qual, ocupar aquele espaço de forma independente, individual. Aqueles dois estratos não comportam comunidades harmoniosas e integradas, como nas

florestas, mas representariam duas co-munidades antagônicas concorrentes. Tudo aquilo que beneficiar a uma de-las, prejudicará, indiretamente, á outra e vice-versa. Elas diferem entre si não só pelo seu espectro biológico, mas também pelas suas floras, pela profun-didade de suas raízes e forma de explo-ração do solo, pelo seu comportamento em relação à seca, ao fogo, etc., enfim, por toda a sua ecologia. Toda a gama de formas fisionômicas intermediárias parece-nos expressar exatamente o ba-lanço atual da concorrência entre a-queles dois estratos. Troncos e ramos tortuosos, súber es-pesso, macrofilia e esclerofilia são ca-racterísticas da vegetação arbórea e arbustiva, que de pronto impressionam o observador. O sistema subterrâneo, dotado de longas raízes pivotantes, per-mite a estas plantas atingir 10, 15 ou mais metros de profundidade, abaste-cendo-se de água em camadas perma-nentemente úmidas do solo, até mesmo na época da seca. Já a vegetação herbácea e subarbusti-va, formada também por espécies pre-dominantemente perenes, possui ór-gãos subterrâneos de resistência, como bulbos, xilopódios, sóboles, etc., que lhes garantem sobreviver à seca e ao fogo. Suas raízes são geralmente super-ficiais, indo até pouco mais de 30 cms. Os ramos aéreos são anuais, secando e morrendo durante a estação seca. For-mam-se, então, 4, 5, 6 ou mais tonela-das de palha por ha/ano, um combustí-vel que fácil mente se inflama, favore-cendo assim a ocorrência e a propaga-ção das queimadas no Cerrado. Neste estrato as folhas são geralmente micró-filas e seu escleromorfismo é menos acentuado.

Na próxima Edição - A importância da conservação do Cerrado. - Você sabe o que é um “Parque Na-cional”?

PLANTA BRASIL Planta Brasil é um projeto que estamos implan-tando que tem por finalidade a educação ambi-ental em nossas crianças e jovens e a preserva-ção de um mata remanescente no Bairro Cháca-ras Pousada do Vale, na cidade de São José dos Campos - SP. Trata-se de uma intenção antiga, ora posta em estudo. Conheça mais:

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A Escola a Família e a Sociedade

a e i o u Alfabetização

Por: Liz Rubio A alfabetização é abrangente como aprendizado do alfabeto, é definida por um processo em que o indivíduo constrói a gramática em seus diferen-tes aspectos. Não se resume em ha-bilidades mecânicas do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir o conhecimento. A alfabetização também envolve no-vas formas de entendimento e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização de um indivíduo gera a sua socialização, cria novos tipos de trocas simbólicas com outros indi-víduos, produz o acesso a bens cultu-rais e facilidades oferecidas pelas ins-tituições. A alfabetização leva ao exercício consciente da cidadania como um todo, pois favorece o acesso á infor-mação e à pesquisa. Durante a alfabetização foi entendida como mera sistematização do B+A=BA, marcadas por reduzida prá-

tica de leitura e escrita; isto foi como um código fundado na relação entre fonemas e grafemas, a simples cons-ciência fonológica que permite aos sujeitos associar sons e letras para diferenciar o alfabetizado do analfabe-to. Temos uma sociedade constituída em grande parte por analfabetos, incapa-zes de compreender, avaliar, um texto ou até mesmo formatar uma simples carta. A superação em massa e a crescente complexidade de nossa sociedade fazem aparecer variadas práticas de uso da língua escrita. É forte os ape-los que o mundo exerce sobre as pes-soas que já não lhes basta a capaci-dade de desenhar letras e decifrar có-digos de leitura, como conquista da cidadania. “No contexto das grandes transforma-ções culturais, sociais, políticas, eco-nômicas e tecnológicas que o termo “letramento” surgiu ampliando o sen-tido do tradicional que se entendia por alfabetização.” (SOARES, 2003) “A alfabetização se ocupa da compre-ensão da escrita para o individuo, ou grupo de indivíduos, o letramento fo-caliza os aspectos sócio-históricos da aqu i s i ç ão d e u m a so c i ed a-de.“ (Tfouri,1995) ALFABETIZAÇÃO: É o domínio de um código de habilidades de utilizá-la pa-ra ler e escrever, ou seja: domínio da tecnologia do conjunto de técnicas para exercer a arte e ciência da escri-ta. LETRAMENTO: É o exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita. Implica em várias habilidades: capaci-dade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos. (in Ribeiro, 2003, p91)

A escrita é a representação gráfica de palavras e pensamentos. Os sumérios inventaram uma forma de escrita por volta de 3.500 anos a.C, na Mesopotâ-mia (Ásia), desenhando pictogramas em tábuas de argila, a escrita cunei-forme. Paralelamente, os Chineses e os Egíp-cios criaram outros sistemas de escri-ta. Ao redor de 1.000 anos a.C, os Fe-nícios inventaram o alfabeto. Há três tipos de registro que repre-

sentam três etapas: 1 - Os pictogramas, primeira forma de escrita, representavam o significado das palavras ( e não as palavras ) por meio de desenhos de aves, peixes, mãos, cabeças. Pictogramas são sig-nos-objetos. 2 - Os ideogramas, que eram signos que representavam idéias e não obje-tos ou sons. Um olho, além de repre-sentar parte do rosto, podia indicar a

idéia de ver. Ideogramas são signos-palavras. 3 - Os fonogramas, representam, por meio de signos abstratos, os sons que constituem as palavras. Não têm muita relação com o significado da palavra: Exemplo: l-u-a representa a idéia de lua. Fonograma são signos-sons. criado por: Katharina

A escrita

Segundo, Silos, 2001, a cada dia que pas-sa o homem se afasta mais da natureza, praticando ações que provocam sérios desequilíbrios ambientais, ocasionando perdas irreparáveis à qualidade de vida da humanidade; em ultima estância, pondo em risco a sua própria existência. Essa postura vem sido transmitida de ge-ração em geração. É possível perceber a falta de consciência no trato com a nature-za, desde a destruição causada por des-matamentos, cada a dia mais intensos, queimadas, poluição, etc., até na visão de um garoto com uma fieira de passarinhos mortos na mão. No mundo encontramos exemplos, á os que fazem tapetes de pele de animais e os que abatem animais sil-vestres e ainda posam para fotografias. Essa triste realidade da falta de respeito pela natureza, ao nosso próprio habitat, leva-nos a um esforço pela conscientiza-ção do homem para que ele possa viver em equilíbrio e harmonia com o seu meio ambiente. A grande maioria dos pais não está habi-tuada a orientar seus filhos sobre os cui-dados que devem ter com o meio ambien-te e, a sua responsabilidade na preserva-ção ambiental. Nas escolas, só recentemente, as preocu-pações com os problemas ecológicos, estão ganhando as salas de aula, na forma de uma Educação Ambiental teórica. Educar a criança para conviver e preservar a natureza torna-se fundamental, e a me-lhor forma de se conseguir este intuito é com a Educação Ambiental, de uma forma mais natural, juntando a teoria à pratica. A criança dia-após-dia tem vindo a ser um elo teórico na família e na sociedade e, graças à sua criatividade e à graça de Deus, tem vindo a desempenhar muito bem o seu papel de defensora de seu meio ambiente, influenciando jovens e adultos, especialmente no seu reduto familiar. A interação entre Escola, Projetos Sociais e a família, é importante na medida em que os pais também devem conscientizar-se a respeito dos males e interferências negati-vas no meio ambiente, que eles mesmos, muitas vezes, praticam em suas proprieda-des ou em seus locais de trabalho. Existem várias correntes de Educação Ambiental, mas de um modo geral pode-mos colocá-las em quatro grandes catego-rias, levando-se em conta a teoria e a prá-

tica: · Conservacionismo, · Educação ao ar livre, · Gestão Ambiental · Economia Ecológica A primeira, o Conservacionismo, encontra-se presente nas sociedades avançadas e até mesmo no Brasil, através da atuação de diversos projetos sociais e ONGs ue defendem a preservação animal, as matas, enfim a natureza biofísica; A segunda, a Educação ao ar livre, está presente no trabalho de naturalistas, esco-teiros, espeleólogos, adeptos do monta-nhismo e educadores, através de caminha-das ecológicas, trilhas, ecoturismo, além daqueles que buscam o autoconhecimen-to através do contato direto com a nature-za; A terceira, Gestão Ambiental, possui forte conotação política e está presente nas lutas dos movimentos sociais pela despo-luição das águas e do ar, pela crítica ao modelo econômico e social vigente, etc.. A Quarta, a Economia Ecológica, inspira-se no conceito do eco-desenvolvimento, formatado pelo ecologista polonês Ignacy Sachs. Nela se incluem várias organiza-ções não-governamentais, projetos soci-ais, associações ambientalistas que defen-dem tecnologias alternativas no trato da terra, na geração de energia, no tratamen-to de resíduos, na emissão de gases polu-entes, etc. Existem quatro grandes conjuntos de te-mas ou objetivos na Educação Ambiental, são eles: Biológicos, Espirituais/Culturais, Políticos e Econômicos. - Biológicos, referem-se à proteção, con-servação e preservação das espécies, dos ecossistemas e do planeta como um todo; - Espirituais/Culturais, dizem respeito à busca do autoconhecimento e do entendi-mento do universo, segundo uma nova ética; - Políticos, procuram o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da demo-cracia, da cidadania, da participação popu-lar, do diálogo e da autogestão; - Econômicos, defendem a geração de renda e de empregos em atividades ambi-entais não-alienantes e não-exploradoras; aliadas à participação de grupos de pesso-as nas decisões politico-ambientais.

Educação ambiental

O que é CONE LESTE PAULISTA ? Quais as regiões que engloba? Porque CONE LESTE PAULISTA? O que são Circuitos Turísticos? Quer conhecer cidade por cidade? Praias, Montanhas, Trilhas, Águas Minerais, Rios, Cachoeiras ? Acesse:

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Educar para quê? Voltando ao FÓRUM, depois de u-mas férias de 30 dias, porque nin-guém é de ferro, iremos dar continu-idade, expondo o debate, sobre a Es-cola “Ideal e Igual” para todos, com iguais condições de acesso e quali-dade, e a única finalidade, de prepa-rar o cidadão para um mundo com-petitivo e altamente qualificado.

Segunda Parte do Debate Uma escola que construa as ferramentas para se interpretar o Mundo. A ferramenta da linguagem. Somente quem consegue ler, escrever e articular a fala consegue compreender as entrelinhas das relações humanas. As caixinhas de perguntas deixadas pelos participantes deste Fórum, no encontro anterior, começam a ser abertas: “Sabemos criticar a Escola por não des-pertar o espírito crítico em seus alunos.”.; Mas como ela pode fazer isso? A metodologia pedagógica é citada por Márcia como elemento essencial para de-senvolver esta ferramenta. Associar a pa-lavra lida (significante) à imagem de seu significado é o primeiro desafio. “Em rela-ção ao Português, a questão do verbo é ainda mais complicada. Temos que enten-der o dicionário, que é diferente para o surdo, para a cultura dele. Ou seja, o sur-do, precisa da imagem para associar à idéia, ao desenho juntamente, com a pala-vra. Só assim ele vai compreender. Só ver a palavra é difícil.”. Fernando Almeida diz entender as dificul-dades relacionadas às limitações do defi-ciente físico. Em seguida, o fluminense Fabiano Pinto Correia, de 21 anos, tam-bém deficiente auditivo, pede para não se usar termos com a limitação ao deficiente físico. “Todos têm as suas limitações. Não deve-mos usar esse termo porque todos têm as suas limitações até mesmo em seus traba-lhos”, argumenta. O mediador responde que, realmente, a noção de limitação vale para todos nós. “Se não tivesse minhas limitações e limi-tações dentro da sociedade, não estaría-mos aqui uma hora dessas no sábado à tarde. Não há nenhum olhar pejorativo na palavra limitação, pois é algo próprio do ser humano. Mas reconhecer que eu tenho limitações não é fraqueza, mas minha pri-meira aula para superá-las”. Em seguida, Tânia toma a palavra. Diz ter pensado para chegar à conclusão sobre a Escola Ideal, que teria a ver com o desen-volvimento de uma visão crítica do aluno. “ A Escola deve fazer isso e preparar o jovem para o senso crítico. Mas tem que

dar um gancho a ele, algo que está se per-dendo”. Primeiro, a escola precisaria dizer porque ele está ali e para que serve aquilo que ele está aprendendo, em qual momen-to do futuro poderá usar aquele conheci-mento. “Equação de segundo grau serve para quê?”, ela se pergunta. E comple-menta: “Não pode ter aula pela aula, mas ao explicar ao aluno, a utilidade dos con-ceitos, desenvolvendo o senso crítico dele e aguçando-o. Por exemplo: para que ser-ve a aula de matemática? Ora, tudo é ma-temática ! Peso, altura, supermercado, alimentação. É uma série de coisas que se faz com a matemática. De forma simples, a escola prepara o aluno para ter idéias e solucionar os problemas do mundo. Isso desde a pré-escola. Ele tem que ter condi-ções de saber o porquê das coisas. Enten-der os discursos. Hoje, muitos intelectuais dizem que nem todos precisam de facul-dade. Mas as pessoas que precisam de faculdade devem ter condições e locais sérios para estudar. Os cursos técnicos devem ser opções para quem não quer chegar ou não tem condições de chegar a uma faculdade. Eles devem ser novamente valorizados, como já foram. As FATECS, as Escolas Federais, foram extremamente valorizadas numa época e hoje são rene-gadas, mesmo com toda a apologia feita em cima da utilidade e da necessidade delas”. Quem também afirma ter trazido uma cha-ve para abrir uma das caixas deixadas no dia anterior foi Maria Madalena. “Quero pegar a fala da Tânia e dizer que a Escola não tem conseguido formar tanto porque tem sido muito parcial”. Conta um fato que a deixou irritada, quando Marta Su-plicy foi prefeita de São Paulo, entre 2000 e 2004 e, separou-se do marido, Eduardo Suplicy. “Marta foi citada como contra-exemplo no Nordeste, na Bahia, onde mo-ro. Um professor tentou denegrir a ima-gem dela na escola onde minha filha estu-dava. Pegaram um detalhe da vida pessoal de Marta Suplicy, para fazer propaganda contra o PT. Devemos formar a escola para a vida, mas ela é parcial e responde a interesses de quem está na Direção. Se conseguir fazer da pessoa o sujeito da história, ela vai cumprir o seu papel social. É triste quando vemos que uma pessoa de 60 anos não consegue ler e nem escrever seu nome. Se não conseguem, não conse-guem nada, fica sempre no final das filas, envergonhada. A escola tem a função de ensinar e fazer com que o cidadão não se sinta envergonhado dele mesmo. Fazer com que se sinta incluído na sociedade. Há assuntos em que não conseguimos entrar na conversa, quando a roda é for-mada por pessoas que estudaram na fa-culdade. Nos sentimos excluídos nesse momento. Num meio em que todos têm ensino superior, nos sentimos excluídos”. A inclusão na vida social, por meio do entendimento, também é citada por Antó-nio Luzia. Mas, para ele, o despertar da consciência ocorre não só pela leitura formal, mas pela compreensão das entreli-

nhas presentes nas relações humanas. Surge então, um novo item em meio ao debate: a exposição ao aluno dos meios de comunicação: “A questão da visão crí-tica que a escola deve cumprir o papel com a criança e o adolescente é funda-mental. Vê-se que, hoje em dia, a televisão tem influência grande na formação de nos-sos jovens. Ela transmite exatamente o que ela quer, da forma como quer, e a so-ciedade acaba absorvendo isso sem for-mação crítica. A televisão manifesta de forma brutal o pensamento das crianças e adolescentes que reproduzem valores introduzidos na sociedade pela mídia. É só ver o que programas como o ex-programa do ratinho (SBT) fazia até há pouco tempo atrás e o programa mais re-cente do “Datena” na Bandeirantes, faz com a massificação das notícias. No caso do Ratinho, veja-se como desvalorizava o nordestino, ridicularizava o pobre, o ne-gro. Mesmo assim, era comum nas esco-las as crianças reproduzirem as falas e concepções que viam no programa. Isso é uma coisa que, se a escola tivesse preo-cupada com uma visão política, estaria dentro da escola. Para discutir, debater no espaço escolar esse e outros tipos de pro-gramas, desenvolvendo em nossa crian-ças e adolescentes o sentido da análise e da crítica, ao que se lhes está querendo empurrar pela garganta abaixo. Eles, nos-sas crianças e adolescentes, precisam entender quais os interesses existentes na produção cultural e não simplesmente absorver os conteúdos passivamente ou até mesmo aceitar modismos.”, segundo Filipe de Sousa. O mediador ressalta que António Luiza e Filipe de Sousa, trazem uma nova visão do que é senso crítico. “Eles estão nos querendo mostrar que senso crítico é mostrar para que serve aquilo, qual o sentido das coisas. Aguçar este senso crítico que nasce desde a cri-ança pequena é função também da escola. A análise crítica dos meios de comunica-ção de massa é uma forma de transformar as crianças em cidadãos, até para decidi-rem se querem ou não mudar de canal, ao invés de ser um telespectador passivo”. Nova integrante do grupo de discussão, a agricultora baiana Zenira Ferreira da Silva, 45 anos, inicia sua participação no debate sobre a “Escola Ideal” declamando sua paixão pela educação. Mesmo sem ter tido a oportunidade de estudar. Ela avalia que a inclusão social - e até mesmo o senso crítico - se dá pela própria compreensão da cultura e da geografia. “Sou apaixona-da pela educação. O engraçado é que nós costumamos nos apaixonar somente quando conhecemos algo. Mas eu não tive acesso á Escola. Apesar disso, sou apai-xonada por ela. É através da escola que o país pode mudar, entrar no caminho corre-to, contar com uma educação de qualida-de cultural. Esta escola deve ser voltada para questões específicas de cada região. A diferença das escolas, dos estudantes deve ser respeitada; é a questão da cultu-ra. As vezes tem alguém no nordeste que

não entende nada sobre o Nordeste; na escola não ensinam o que é a região dele. A questão mesmo na Bahia, temos e vive-mos no semi-árido. Lá trabalham na cultu-ra do sisal (planta originária do México da qual se obtém fibras têxteis), mas temos alunos e professores que não conhecem os processos da cultura da região. CAIXAS ABERTAS Preparar o cidadão para enfrentar a sua realidade, saber se defender, reivindicar soluções para os problemas humanos. O educacional, segundo Marizete, só será cumprido quando a escola der condições do aluno desempenhar tal papel na socie-dade. “A escola deve estar voltada à reali-dade e fazer com que o cidadão enfrente-a e saiba se defender, reivindicar. Eu luto por uma escola de boa qualidade. Tem muita escola por ai, mas a alfabetização nem sempre é respeitada. No meu centro social tem três salas lotadas. Mas não tem boa administração. Não há capacitação de professoras, que as torne mais humanas. O Professor-Candidato precisa de ser alfa-betizado. A professora tem que ser huma-na e carinhosa. Devemos lutar, também, por uma escola e faculdade para todos”. Fernando aproveita a deixa de Marizete: “O ensino universitário também deve ser para todos. Mas devemos levar em conta que não é a universidade que cria o posto de trabalho, mas sim a economia. Disso depende também o salário. Sou a favor da universalização e não da obrigatoriedade da faculdade. O certo seria toda a cidade tivesse ao menos uma Universidade, de acesso a todos. Só assim poderei lutar pela qualidade. Qualidade para poucos é privilégio; para todos é democracia”. Zenira diz concordar com o educador e lembra que, de acordo com a Constituição Federal, o Estado deveria garantir escola para todos. Mas não é assim que funcio-na”. Bem, por hoje vamos ficando por aqui, na próxima edição iremos debater a Constitu-ição Federal, no que tange ao capítulo Educação para todos. Na sala da aula de português, a professora pergunta para o Pau-linho: - Se eu digo “fui bonita” é passa-do. Se digo “sou bonita” o que é Paulinho? E o menino rapidamente responde. - É mentira...

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Mundo Aquático Exploradores australianos desco-briram centenas de novas espé-cies marinhas na costa noroeste da Austrália - um local bem co-

nhecido dos mergulhadores.

As expedições foram conduzidas por es-pecialistas do Museum of Tropical Que-ensland. Eles divulgaram os resultados iniciais de suas descobertas, assim como as imagens inéditas da vida marinha aus-traliana. As pesquisas foram patrocinadas pelo Censo Global da Vida Marinha - um projeto de 10 anos que visa fazer um levantamen-to da vida marinha em oceanos de todo o mundo e reúne pesquisadores de mais de 80 países. A equipe de especialistas australianos identificou cerca de 300 corais moles. Das espécies encontradas, 130 eram completa-mente desconhecidas. Entre as possíveis novas espécies encon-tradas pelos exploradores está a alga ma-rinha de cor verde, descoberta na região de Heron Island (foto acima). Segundo os especialistas, os corais são ameaçados por uma série de fatores, co-mo acidez dos oceanos, poluição, aqueci-mento, pesca e o efeito predatório de al-

guns tipos de peixe. Os cientistas austra l ianos encontraram ainda dezenas de pequenas espécies de c r u s t á c e o s . um deles é o c a r a n g u e j o branco, que habita as á-guas de Heron Island. BBC Brasil

Protetor solar causa infecções em corais, diz estudo

Resíduos de protetor solar que ficam na água do mar são extre-mamente danosos aos corais, se-gundo um estudo publicado no Environmental Health Perspecti-ves. Segundo a pesquisa, os compo-nentes químicos das loções quer bloqueiam os raios ultravioletas solares provocam uma infecção viral que causa o branqueamento dos corais, uma condição que leva à morte do organismo.

Nós comparamos diferentes marcas, fato-res de proteção e níveis de concentração e todos os produtos causaram o branquea-mento dos corais duros*, escreveu Rober-to Danovaro, da Universidade Politécnica de marche, em Ancona, na Itália, que lide-rou o estudo. O estudo - realizado no México, Indonésia, Tailândia e Egipto - mostrou que o dano pode ser causado mesmo por pequenas quantidades do produto. Segundo a equipe, 78 milhões de turistas visitam anualmente regiões onde há reser-vas de corais. Grande parte dos turistas - 90% - se concentra em 10% das áreas de corais. Um mergulho de 20 minutos já é suficiente para deixar na água 25% dos componentes químicos dos protetores solares. “De acordo com essas estimativas, nós acreditamos que até 10% das reservas de corais do mundo estão ameaçadas pelo branqueamento causado pelos protetores solares”, diz o estudo. Os pesquisadores fizeram um apelo para que leis ambientais limitem o contato hu-mano com corais, em áreas onde outras ameaças ambientais, como uma crescente

temperatura do mar, estejam presentes. “Nossos resultados oferecem provas for-tes sobre o potencial impacto desses pro-dutos em habitats tropicais e representam um dado que deve ser levado em conta ao se estabelecer medidas de proteção aos corais”, diz o estudo. BBC Brasil

Nesta edição vamos falar sobre um peixe ornamental específico, o ACARÁ. O termo Acará-Disco é a designação co-mum aos peixes teleósteos pisciformes da família dos ciclideos do gênero Symphy-sodon. De distribuição amazônica, corpo discoidal geralmente com faixas escuras verticais; são peixes ornamentais. São pacíficos, onívoros e gostam de águas com pH ácidos.

Espécies 1 - conhecidos como acará-disco-castanho e acará-disco-marrom, mede cerca de 12 cms de comprimento, cor-po marrom-avermelhado e cabeça com estrias azuladas.

Zonas de origem: Rios Tocantins, Parurú, Amazonas, Tapa-jós, Santarém, Uatumá, Branco, Cometá, Marajó, Alenquer, etc.

2 - Araá-disco-verde, com fortes estrias azuladas pelo corpo.

3 - Aracá-disco-azul, mede cerca de 20 cms de comprimento e tem um corpo azul-esverdeado, com estrias azuis marcantes, na cabeça, no dorso e nadadeiras.

Locais de origem: Rio Purus, Lago Anamá, Rio Solimões, Tapauá, Manacapuru, Lago Grande de Manacapuru, Urubu, Trompe-tas, Uru Ari, Mamiá e Lago Mamiá. O exemplar abaixo é o “Symphysodon Discus Heckel”

A variedade de peixes ornamentais é gran-de. Existe um site especializado que é um verdadeiro atlas. Conheça.

http://atlas.drpez.org

Peixes Ornamentais

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Civilizações “Império Inca” A CONQUISTA ESPANHOLA

Conceito Inca na época da conquista. Quando HUAYNA CAPAC se tornou o Imperador INCA, houve uma guerra de sucessão que, segundo algumas fon-tes, durou cerca de 12 anos. A causa alegada para este conflito fora a forma cruel e sanguinária com que HAYNA, tratava o povo. Rumores se espalham pelo Império Inca como “fogo sobre estanho”: “Homem barbado” ‘que vivia numa casa no mar’ e tinha ‘raios e trovões em suas mãos’. Segundo os rumores, este homem es-tranho seria o responsável pela morte de muitos soldados, com as doenças que trouxera. Quando HAYANA CAPAC morreu, o Império estava desgastado e ocorreu uma disputa entre seus dois filhos.

CUZCO, que era a capital, havia sido dada para o suposto no-vo Imperador H U A S C A R , que foi con-siderado co-mo pessoa horrível, vio-lento, quase louco, atribu-

indo-se a ele o assassinato da própria mãe, e da sua irmã que forçara a des-posá-lo. ATAHUALPA reivindicava ser o filho favorito de Huayna Capac, posto que a ele fora dado o território ao norte de Quito (cidade moderna do Equador) razão porque HUASCAR teria ficado muito bravo. A guerra civil da sucessão se travou entre os dois irmãos e ganhou o nome para a história de “A Guerra dos Dois Irmãos”, em cujo conflito pereceram cerca de cem mil pessoas. Depois de muita luta, Atahualpa derro-tou Huascar e então, reza a história, era Atahualpa que se tornou enlouque-cido e violento, tratando os perdedo-res de forma desumana. Muitos foram apedrejados pelas costas de forma a os deixar incapacitados; nascituros eram arrancados dos ventres de suas mães; aproximadamente 1.500 mem-bros da família real, incluíndo os filhos de Huascar foram decapitados e tive-ram seus corpos pendurados em esta-cas para exibição. Os Plebeus foram torturados. Atahualpa pagou um terrível preço pa-ra tornar-se Imperador. Seu Império estava agora abalado e debilitado. Foi neste momento crítico que o “Homem Barbado” e seus estranhos chegaram. Cena Final do Império Inca. Este estranho homem barbudo veio a ser FRANCISCO PIZARRO e seus es-panhóis da “Castilla de Oro” que cap-turaram Atahualpa e seus nobres em 16 de novembro, do ano de 1532.

A VERDADEIRA CONQUISTA Atahualpa estava em viagem quando Francisco Pizarro Gonzalez e seus ho-mens encontraram o seu acampamen-to. Pizarro enviou um mensageiro a Atahualpa perguntando se podiam se reunir. Atahualpa concordou e se dirigiu ao local onde supostamente iriam conver-sar e, quando lá chegou, o local se lhe apresentava deserto. Um homem de Pizarro, Vicente Valver-de interpelou Atahualpa para que ele e

todos os Incas se convertessem ao cristianismo, com a ameaça de que em caso de recusa, seria considerado um inimigo da Igreja e da Espanha. Como já era esperado, Atahualpa dis-cordou, o que foi considerado razão suficiente para que Francisco Pizarro levasse a efeito o ataque final aos In-cas. O exército espanhol, que se encontra-va entrincheirado abriu fogo e matou os soldados da comitiva que acompa-nhava Atahualpa e, muito embora fos-se sua intenção matar Atahualpa, re-solveu no momento aprisioná-lo. Ou-tros planos reservou para ele. Uma vez feito prisioneiro, Atahualpa não foi maltratado pelos espanhóis, que inclusive permitiram que se manti-vesse em contato com seu séquito. O Imperador Inca, que queria libertar-se, fez um acordo com Pizarro. Con-cordou em encher um quarto com pe-ças de ouro e outro com peças de pra-ta, em troca da sua liberdade. Pizarro não pretendia libertar Atahual-pa, mesmo depois de pago o resgate, porque necessitava de sua influência naquele momento, para manter a or-dem e não provocar uma reação maior dos Incas, que tinham acabado de to-mar conhecimento da invasão espa-nhola. Além do mais, Huáscar ainda estava vivo e Atahualpa, percebendo que ele poderia representar um Gover-no fantoche mais conveniente para a dominação de Pizarro, ordenou a exe-cução de Huascar. Com isto, Pizarro sentiu a frustração de seus planos e acusou Atahualpa de doze crimes, sendo os principais: o assassínio de Huáscar, prática de idolatria e conspi-ração contra o Reino da Espanha. Atahualpa foi julgado, condenado por todos os crimes que lhe haviam sido atribuídos e cuja pena seria sua morte. Já era noite alta, quando Francisco Pizarro Gonzalez decidiu executar Ata-hualpa. Depois de ser conduzido ao lugar da execução, Atahualpa implorou pela sua vida. Valverde, o padre que havia presidido o Processo propôs que, se Atahualpa se convertesse ao cristianismo, reduziria a sentença con-denatória. Atahualpa concordou em ser batizado e, em vez de ser queima-do na fogueira, foi morto por estrangu-lamento no dia 29 de agosto de 1533. Com a sua morte acabou o Império Inca e a existência independente de uma raça nobre e de uma cultura im-portante, cujos maiores valores se per-deram. morte de Atahualpa foi o verdadeiro começo do fim do Império Inca. A instabilidade ocorreu rapidamente. Francisco Pizarro Gonzalez, nomeou

“TOPARCA”, um irmão de Atahualpa, como regente fantoche até à sua ines-perada morte. A organização INCA en-tão esfacelou. Remotas regiões do Im-pério Inca se rebelaram e em alguns casos formaram alianças com os espa-nhóis para combater os Incas resisten-tes. As terras e culturas foram negli-genciadas e os Incas experimentaram

uma escassez de alimentos que jamais tinham conhecido. Experimentaram a fome e a miséria total. Agora os incas, que já haviam aprendido com os espa-nhóis o valor do ouro e da prata e sua utilidade, passaram a pilhar, saquear e ocultar tais símbolos de riqueza e de poder. A proliferação de doenças comuns na Europa, para as quais os Incas não tinham defesa, disseminaram e fizeram o seu papel no morticínio de centenas de milhares de pessoas. O ouro e a prata tão ambicionados por Pizarro e os seus homens estava em todo o lugar e nas mãos de muitas pessoas, subvertendo a economia com a enorme inflação. Um bom cavalo passou a custar $7.000 até que, por fim, os grãos e gêneros alimentícios acabaram mais valiosos que o vil me-tal dos espanhóis. A Grande civiliza-ção Inca, tal como era conhecida, já não existia.

Na próxima edição iremos rever o tris-te final desta civilização e sua influên-cia no desenho da América Latina.

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OUTUBRO 2008 Gazeta Valeparaibana Página 16

MEIO AMBIENTE - Previsões e Soluções Segundo alguns cientistas, em

matéria publicada pela Unipress Internacional, o aquecimento global

está destruindo o planeta.

A TEORIA do “Fim do Mundo” expressada na Bíblia, no Livro de Lucas - “haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e tam-bém grandes sinais do céu” (Lucas 21.11); “Haverá sinais no sol, na lua e nas estre-las; sobre a terra, angustia entre as na-ções em perplexidade por causa do brami-do do mar e das ondas” (Lucas, 21.25) - , está sendo também considerada pelos cientistas devido às catástrofes naturais,

causadas pelo aquecimento global. No último século, a temperatura média do planeta subiu 0,7° centígrados. Com isso, nos últimos anos, geleiras colossais co-meçaram a derreter, enchentes, secas e sunamis passaram a ser freqüentes. On-das de calor mataram milhares de pesso-as. Outro forte indício de destruição do Planeta é que a temperatura na Terra au-mentará entre 1,4°C e 5,8°C. Os cientistas

explicam que com o aumento da tempera-tura ambiente, com o aquecimento da at-mosfera, a energia e a rotina climática tra-balham mais rapidamente. Por causa disso é normal haver muita chuva em um deter-minado momento e muita evaporação em outro, o que é bastante prejudicial. O Brasil, sempre ausente das estatísticas de grandes desastres ambientais, foi sur-preendido em 2004, quando o furacão Ca-tarina, atingiu a Região Sul, com ventos de até 150km/hora. Este foi mais um exemplo do que o efeito estufa pode causar. Esse fenômeno nada mais é do que a energia solar chegando à Terra na forma de Luz visível que atravessa a atmosfera. Ao ser atingido, o solo esquenta e devolve o calor

na forma de radiação ultravioleta. Outra previsão alarmante dos cientistas é de que os oceanos vão subir seus níveis, entre nove e 88 centímetros, o que será suficiente para que os povos que habitam em pequenos arquipélagos, como Tuvalu e as Ilhas Marshall, tenham que migrar para outros lugares. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), os prejuízos com desas-tres ambientais, ao redor do mundo, foram de US$ 55 bilhões em 2002; US$ 60 bilhões em 2003 e de lá para cá só vêm com ten-dência de aumento. Um relatório elabora-do no ano de 2002, por 295 Bancos e Com-panhia de Seguros, concluiu que as per-das chegarão a cerca de 150 Bilhões de Dólares na próxima década. Uma segura-dora britânica avaliou que as perdas em 2065 serão maiores do que valor de toda a produção Mundial.

Não se trata de alarmismos, mas sim de expor dados reais e estudados sobre a evolução destruidora da ação humana so-bre o planeta. Fora todos esses agentes internos, um componente externo pode vir a decretar a destruição da vida no Planeta Terra, no ano de 2014. Segundo a BBC, o Centro de Monitoramento da Objetos Próximos à Terra (Lixo Atômico), revelou que astrôno-mos Americanos, descobriram um grande asteróide que estaria se aproximando rapi-damente do planeta. Segundo a mesma fonte eles já calcularam até a data do pos-sível impacto: 21 de março de 2014.

Califórnia (EUA) muda Lei para proteger o

meio ambiente.

O governador da Califórnia (EUA), o repu-blicano Arnold Schwarzenegger, uniu-se aos políticos democratas do seu Estado para aprovação de uma medida inédita nos Estados Unidos da América do Norte, que limita as emissões de dióxido de carbono e de outros gases que contribuem para o efeito estufa. O acordo exigirá que as prin-cipais indústrias do Estado reduzam suas emissões dos gases diretamente vincula-dos ao aquecimento global e que produ-zem o efeito estufa.

O que é o Efeito Estufa ? A poluição dos últimos duzentos anos tornou mais espessa a camada de gases existentes na atmosfera (emissão descon-trolada de dióxido de carbono). Essa ca-mada impede a dispersão da energia lumi-nosa proveniente do sol, que aquece, ilu-

mina e dá vida na Terra e, também retém a radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície do planeta. O resultado é seme-lhante ao de uma estufa de vidro para plantas (aquecimento), o que originou seu nome. Muitos desses gases são produzidos natu-ralmente, como o resultado de erupções vulcânicas, da decomposição da matéria orgânica e da fumaça provocada por gran-des incêndios. No entanto, grande parte do aumento dessa camada gasosa é pro-vocada pela forma indevida como o ho-mem tem determinado a sua forma de vida na Terra. Por isso, todos os alertas devem de ser considerados e o ser humano tem e deve reconsiderar suas formas de lidar com o seu habitat e rever seus hábitos mais ele-mentares.

O que você pode fazer? Economize energia. Troque lâmpadas in-candescente por fluorescentes, apague luzes desnecessárias, desligue aparelhos domésticos quando não estiverem em uso e compre eletrodomésticos classificados como nível “A” em eficiência energética. Deixe o carro na garagem e utilize o trans-porte coletivo e a bicicleta, quando possí-vel. Dê preferência a combustíveis como o álcool e o biodiesel. Faça revisões periódi-cas no seu veículo para que assim possa reduzir as emissões de gases poluentes. Evite o desperdício de água. Feche sempre a torneira quando não estiver em uso. Em áreas sujeitas a secas prolongadas, arma-zene água e, caso seja possível capte a água das chuvas para limpeza, regas ou lavagem de carros ou até mesmo utensí-lios domésticos. Informe-se sobre as habitações ambiental-mente corretas, que usam energia solar ou a eólica para iluminação e consumo da residência. Ajude a recuperar o verde de sua cidade. Plante árvores no seu quintal, na sua pro-priedade rural e, use de sua influência pa-ra levar autoridades a plantá-las em áreas públicas. Colabore por projetos sociais de cunho ambiental. Informe-sae e procure entender as causas das mudanças climáticas e suas conse-qüências. Divulgue na sua comunidade, na sua escola, na sua família. Conheça, visite e seja um voluntário.

Um sítio na preservação ambiental www.plantabrasil.brazi.us