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Hospital GARCIA DE ORTA, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 2004

Hospital GARCIA DE ORTA, S.A. - hgo.pt · Houve uma grande preocupação em que as decisões fossem cada vez mais participadas, ... O Hospital Garcia de Orta aderiu, em 27 de Março

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HHoossppiittaall GGAARRCCIIAA DDEE OORRTTAA,, SS..AA..

RREELLAATTÓÓRRIIOO EE CCOONNTTAASS 22000044

__________________________________________________________ Relatório de Contas 2004 1

Índice

1. Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

2. Órgãos Sociais

3. Processo de Acreditação do HGO

4. Principais Indicadores e Análise da Performance

5. Produção

6. Actividade desenvolvida 2004

6.1 - Área de Prestação de Cuidados

6.2 - Área de Suporte à Prestação de Cuidados

6.3 - Área de Gestão e Logística

7. Proposta de Aplicação de Resultados

8. Demonstrações Financeiras

9. Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

10. Certificação Legal das Contas

11. Relatório e Parecer do Fiscal Único

12. Órgãos de Direcção

13. Glossário

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 2

1 – Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

O ano de 2004 foi o ano da consolidação e aprofundamento organizativo do Hospital, que forainiciado após a transformação do seu estatuto jurídico.

O investimento feito na informatização, numa perspectiva de gestão global, contribuiu para a melhoria progressiva do registo e codificação dos actos clínicos.

A produtividade global do Hospital aumentou em todas as vertentes: Consultas Externas, sobretudo das primeiras o que é um dos factores decisivos para diminuir as listas de espera, Cirurgias Programadas, Cirurgias de Ambulatório e sessões de Hospital de Dia. Damos um realce particular ao número de transplantes efectuados (22), ultrapassando-se largamente a meta estabelecida.

Houve uma grande preocupação em que as decisões fossem cada vez mais participadas, tendo sido feito um esforço para que os Planos de Acção dos Serviços fossem elaborados e discutidos com o Conselho de Administração.

O Serviço de Saúde Ocupacional passou a funcionar em pleno e durante o ano fez um levantamento meticuloso da actividade dos Serviços, estabelecendo os riscos associados ao seu funcionamento.

Também o Serviço de Psiquiatria, após as grandes dificuldades porque passou resultantes da saída de todos os médicos, foi reestruturado e está hoje dotado de uma equipa competente e dinâmica que fez o arranque das consultas externas e da área de dia no Centro de Saúde da Amora, extensão da Cruz de Pau, retomou a Psiquiatria de Ligação no Hospital e está preparada para ter doentes internados, ultrapassado que foi o impasse na construção do edifício.

Mas 2004 é sobretudo o ano da “qualidade”. O esforço que todos os profissionais fizeram, devidamente enquadrados pelo coeso e trabalhador grupo coordenador, permitiu criar as bases para uma melhoria qualitativa sustentada e para o cumprimento das normas exigidas pelo King’s Fund. Já no decorrer do mês de Fevereiro de 2005 o HQS (Health Quality Service), atribuiu a Acreditação Provisória ao Hospital Garcia de Orta, S.A.

Todos os Serviços continuaram muito empenhados nas acções formativas. Para além da formação de algumas dezenas de internos dos internatos geral e complementar, muito outro ensino de pós-graduação foi efectuado pelos nossos profissionais, promovendo ou participando em diversas reuniões médicas, muitas delas com colaboração dos Centros de Saúde e profissionais da medicina geral e familiar da nossa área de referência.

No ensino pré-graduado, manteve-se o apoio à Faculdade de Medicina de Lisboa na cadeira de Introdução à Clínica e no 6º. ano profissionalizante. Por outro lado, reforçou-se o nosso contributo formativo a várias entidades com diversos cursos técnicos de saúde, facultando-se todos os estágios pedidos. O nosso Departamento de Formação manteve o seu dinamismo habitual.

Para além da interligação diária com os Centros de Saúde continuaram as reuniões de trabalho periódicas com os cuidados primários para discutir e resolver problemas conjuntos.

Os progressos atrás referidos na organização do Hospital não teriam sido possíveis sem que os Serviços de apoio à actividade clínica não dessem uma resposta adequada. Foi o que aconteceu com o Serviço de Recursos Humanos, o Arquivo Clínico, os Serviços Farmacêuticos, o Serviço de Instalações e Equipamentos, o Serviço de Estatística, os Serviços Financeiros, o Serviço de Aprovisionamento, os Serviços Informáticos e o Serviço Social.

Recordam-se algumas obras efectuadas: pintura da fachada principal do edifício, obras de beneficiação e expansão da UCI e Urgência Geral, melhoria dos Hospital de Dia da Hemato-Oncologia e Reumatologia, beneficiação do Serviço de Neurocirurgia, nova sala de formação, climatização de algumas unidades, obras para protecção de zonas verdes e acessos do Hospital, obra na central de esterilização e captação de água para rega através dum furo artesiano.

Iniciou-se a construção do Centro de Desenvolvimento da Criança e do Serviço de Internamento de Psiquiatria.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 3

1 – Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

Mas também foi tempo em que se planearam e lançaram as bases para várias obras com início previsto, ou para serem concretizadas, em 2005: aumento da área física do Serviço de Urgência, novas instalações para a Cozinha, Refeitório, Bar, Farmácia, Arquivo, Serviço de Imunohemoterapia, Auditório e Cirurgia do Ambulatório. Foram, igualmente, lançados projectos para melhorias nos Serviços de Anatomia Patológica, Medicina Nuclear, Patologia Clínica, Bloco Operatório, Ortopedia, Oncologia, Cuidados Continuados e Nefrologia.

A climatização total do Hospital está estudada e será uma realidade em 2005.

Estão em execução projectos para novos parques de estacionamento.

O Serviço de Aprovisionamento foi dotado de apoio jurídico para fazer os concursos públicos, as consultas ao mercado e os variados contratos.

O armazém foi finalmente estruturado e isto, a par da informatização, foi importante para estabilizar a gestão de stocks.

A centralização das compras foi outro passo organizativo importante porque além de criar rigor administrativo, permitiu negociações sistemáticas com os fornecedores, com o objectivo de conseguir os melhores preços.

Neste aspecto, há que realçar a grande competência e o grande empenhamento dos Serviços Farmacêuticos e Serviço de Instalações e Equipamentos, que fomentaram e acompanharam processos negociais relativos a compras de medicamentos, contratos de manutenção e obras que permitiram obter reduções de custos e contrapartidas significativas para a Instituição.

O Serviço de Recursos Humanos e Serviço Jurídico e Contencioso também se reorganizaram e puseram em marcha os processos formais necessários à progressão nas carreiras de profissionais dos vários sectores, satisfazendo o seu natural anseio à promoção.

Os Serviços Financeiros têm hoje uma organização sólida, que lhes permite dar resposta de imediato a qualquer solicitação. Em 2004, a partir do 2º semestre, realce para a implementação de um plano de regularização de dívidas a fornecedores que teve como objectivos, a redução significativa do prazo dessas dívidas e a obtenção de importantes benefícios para o Hospital, através da renegociação das mesmas.

Ao Serviço de Estatística foram dadas condições logísticas e humanas para poder desempenhar o seu importante papel na estrutura organizativa do Hospital.

Queremos realçar o facto de que o Hospital Garcia de Orta, durante o ano de 2004 e Janeiro de 2005, resolveu o problema do pagamento das horas extraordinárias aos médicos, de acordo com o Decreto-Lei nº. 92/2001. Isto representou um esforço financeiro considerável.

O Hospital continuou a apostar na consolidação e expansão de áreas de excelência, como testemunha a prevista instalação do equipamento neurocirúrgico gamaknife. Este equipamento vai ser o primeiro instalado no País.

Foram dados passos significativos no processo de digitalização da imagem radiológica e adquiriu-se tecnologia para fazer ecografia tridimensional.

Continuou a apostar-se no mecenato como complemento ao financiamento de alguns projectos e à resolução de certos problemas do Hospital, sobretudo na sua humanização.

Se bem que muitas entidades tivessem contribuído, não posso deixar de destacar a oferta de 250.000 € feita pela Fundação Calouste Gulbenkian, para co-financiar a obra do Centro de Desenvolvimento da Criança, até porque esta Instituição já tem comprometido o apoio, em 2005, relativo à instalação, no Serviço de Gastrenterologia, de um ecoendoscópio cujo valor ronda os 225.000 €.

Finalmente, no ano de 2004 também se definiu a estratégia de comunicação interna e externa, a qual vai ser implementada em 2005.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 4

2 – Órgãos Sociais

Assembleia Geral

Presidente

Secretária

Dr. Rogério Pereira Rodrigues Dra. Luísa Maria Rosário Roque

Conselho de Administração

Presidente

Vogal Executivo

Vogal Executivo

Directora Clínica

Enfermeira Directora

Dr. Álvaro Eiras Carvalho Dr. Luís Manuel Abrantes Marques Dr. Paulo Jorge Pereira Martins Dra. Maria Manuela Martins Capitão-Mor Costa e Silva Enf.ª Odília Maria Taleigo Neves

Fiscal Único

Efectivo

Suplente

Dr. Vitor de Almeida & Associados S.R.O.C. Lda representada por Dr. Vitor Manuel Batista de Almeida Dra. Maria Ema Assunção Palma

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 5

3 – Processo de Acreditação do HGO

O Hospital Garcia de Orta aderiu, em 27 de Março de 2000, ao Programa Nacional de Acreditação Integrado, mediante contrato assinado com o HQS (King’s Fund), passando assim a fazer parte do primeiro grupo de instituições aderentes a este projecto. Várias contingências comprometeram o processo de Acreditação no Hospital, determinando atraso no desenvolvimento da sua implementação na Instituição. Nesse sentido, as sucessivas mudanças do Conselho de Administração foram sentidas como barreiras no decurso de um processo que é exigente ao nível do envolvimento efectivo de todos os profissionais, carecendo por isso de um modelo igualmente coeso, efectivo e empenhado ao nível da Gestão de topo, capaz de induzir e de acompanhar as necessárias mudanças estruturais. Passado um ano da primeira Auditoria e com um maior envolvimento do Conselho de Administração, são notórias as melhorias conseguidas e descritas no relatório da Auditoria focalizada, como se pode ver nos gráficos abaixo apresentados.

Gestão Institucional - Norma 1 à 10

5

1

1

12

45

6

10

6

6

6

10

1

8

2

2

2

2

1

3

5

4

109

66

11

5

1

1

42

37

11

3

5

5

5

5

28

25

10

10

5

5

122

122

17

17

7

7

48

48

12

12

7

7

7

7

29

29

10

10

2

11

1

2ªAud- Melhoria da Qualidade

1ªAud- Melhoria da Qualidade

2ªAud- Gestão de Risco

1ªAud- Gestão de Risco

2ªAud- Gestão Patrimonial

1ªAud- Gestão Patrimonial

2ªAud- Comunicação

1ªAud- Comunicação

2ªAud- Recursos Humanos

1ªAud- Recursos Humanos

2ªAud- Recursos Financeiros

1ªAud- Recursos Financeiros

2ªAud- Tecnologia e Gestão de Informação

1ªAud- Tecnologia e Gestão de Informação

2ªAud- Contração de Serviços

1ªAud- Contração de Serviços

2ªAud- Estrutura de Gestão e Administração

1ªAud- Estrutura de Gestão e Administração

2ªAud- Missão e Objectivos

1ªAud- Missão e Objectivos

Não Cumprido Parcial Cumprido Total

Gestão Institucional Norma 1 à 10

Critério Não Cump. Parcial Cump. Total

Norma 1 0 0 10 10

Norma 2 1 3 25 29

Norma 3 0 2 5 7

Norma 4 0 2 5 7

Norma 5 1 8 3 12

Norma 6 1 10 37 48

Norma 7 0 6 1 7

Norma 8 2 10 5 17

Norma 9 11 45 66 122

2003

Norma 10 0 1 4 5

Norma 1 0 0 10 10

Norma 2 0 1 28 29

Norma 3 0 2 5 7

Norma 4 0 2 5 7

Norma 5 0 1 11 12

Norma 6 0 6 42 48

Norma 7 0 6 1 7

Norma 8 0 6 11 17

Norma 9 1 12 109 122

2004

Norma 10 0 0 5 5

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 6

3 – Processo de Acreditação do HGO

Gestão dos Recursos - Norma 11 à 16

4

110

2

24

103

203

2

68

20

152

22

265

28

103

59

829

632

258

190

760

594

1382

983

52

24

104

104

936

936

260

260

780

780

1404

1404

52

52

0

34

21

156

12ªAud- Melhoria da Qualidade

1ªAud- Melhoria da Qualidade

2ªAud- Instalações e Equipamentos

1ªAud- Instalações e Equipamentos

2ªAud- Planos de Acção e Contratação de Serviços

1ªAud- Planos de Acção e Contratação de Serviços

2ªAud- Desenvolvimento e Formação do Pessoal

1ªAud- Desenvolvimento e Formação do Pessoal

2ªAud- Gestão e Pessoal

1ªAud- Gestão e Pessoal

2ªAud- Filosofia e Objectivos do Serviço

1ªAud- Filosofia e Objectivos do Serviço

Não Cumprido Parcial Cumprido Total

Os Direitos e Necessidades do Doente - Normas 17 e 18

4

1

19

15

23

22

19

19

23

23

2ªAud- NecessidadesIndividuais do Doente

1ªAud- NecessidadesIndividuais do Doente

2ªAud- Direitos dos Doentes

1ªAud- Direitos dos Doentes

Não Cumprido Parcial Cumprido Total

O Percurso do Doente - Normas 20 à 23

14

1

1

4

5

7

22

18

11

11

29

26

14

12

38

38

12

12

30

30

19

19

2

6

1

142ªAud- Conteúdo do Processo Clínico

1ªAud- Conteúdo do Processo Clínico

2ªAud- Saída/Alta de um Serviço

1ªAud- Saída/Alta de um Serviço

2ªAud- Avali.Plan.Implem.e Revi.do Trat.e Cuidados

1ªAud- Avali.Plan,Implem.e Revi.do Trat.e Cuidados

2ªAud- Referência, Acesso e Admissão

1ªAud- Referência, Acesso e Admissão

Não Cumprido Parcial Cumprido Total

Gestão dos Recursos Norma 11 à 16

Critério Não

Cump. Parcial Cump. Total

Norma 11 0 28 24 52

Norma 12 156 265 983 1404

Norma 13 34 152 594 780

Norma 14 2 68 190 260

Norma 15 110 203 623 936

2003

Norma 16 21 24 59 104

Norma 11 0 0 52 52

Norma 12 0 22 1382 1404

Norma 13 0 20 760 780

Norma 14 0 2 258 260

Norma 15 4 103 829 936

2004

Norma 16 0 1 103 104

Os Direitos e Necessidades do Doente Norma 17 à 18

Critério Não

Cump. Parcial Cump. Total

Norma 17 0 1 22 23

2003

Norma 18 0 4 15 19

Norma 17 0 0 23 23

2004

Norma 18 0 0 19 19

O Percurso do Doente Norma 20 à 23

Critério Não Cump. Parcial Cump. Total

Norma 20 0 7 12 19

Norma 21 0 4 26 30

Norma 22 0 1 11 12 2003

Norma 23 6 14 18 38

Norma 20 0 5 14 19

Norma 21 0 1 29 30

Norma 22 0 1 11 12 2004

Norma 23 2 14 22 38

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 7

3 – Processo de Acreditação do HGO

Recursos Humanos - Norma 6

3

7

24

20

18

17

24

24

24

24

1

6

2ªAud.- Recursos Humanos -Saúde Ocupacional

1ªAud.- Recursos Humanos -Saúde Ocupacional

2ªAud.- Recursos Humanos

1ªAud.- Recursos Humanos

Não Cumprido Parcial Cumprido Total

Gestão de Risco - Norma 9

3

9

9

1

4

5

10

2

11

12

4

12

6

16

10

19

9

15

13

25

14

15

15

15

15

17

17

24

24

16

16

25

25

1

5

2

1

3

32ªAud- GR - Segurança

1ªAud- GR - Segurança

2ªAud- GR - Gestão de Resíduos

1ªAud- GR - Gestão de Resíduos

2ªAud- GR- Controlo de Infecção

1ªAud- GR- Controlo de Infecção

2ªAud- GR - Segurança Contra Incêndios

1ªAud- GR - Segurança Contra Incêndios

2ªAud- GR- Saúde e Segurança

1ªAud- GR- Saúde e Segurança

2ªAud- Gestão de Risco - Geral

1ªAud- Gestão de Risco - Geral

Não Cumprido Parcial Cumprido Total Entre as melhorias obtidas merecem destaque a criação do Serviço de Saúde Ocupacional; a implementação de um quadro normativo adequado a consequente prática ao nível da Gestão de Risco e a Formação em Incêndios. É importante referir que todas estas alterações se reflectiram ainda e mais se reflectirão no futuro, de uma forma positiva, nas práticas diárias desenvolvidas pelos profissionais e nos cuidados de saúde prestados aos utentes. É ainda nossa convicção que todo o trabalho desenvolvido pelos profissionais do Hospital Garcia de Orta, no âmbito do processo de Acreditação, reforçou o trabalho de equipa e o espírito de grupo. De facto, apesar de todas as dificuldades de um processo deste tipo, a coesão e desempenho demonstrado tornaram possível a obtenção de um resultado extremamente positivo e que se traduziu no principio de Fevereiro, na Acreditação Provisória. Este facto deve constituir motivo de orgulho de todos os profissionais e reflecte a qualidade de trabalho desenvolvido, no que deve constituir uma característica de cultura do Hospital Garcia de Orta.

Recursos Humanos Norma 6

Critério Não

Cump. Parcial Cump. Total

RH 0 7 17 24

2003

S.Ocup. 1 3 20 24

RH 0 6 18 24

2004

S.Ocup. 0 0 24 24

Gestão de Risco Norma 9

Critério Não

Cump. Parcial Cump. Total

Geral 0 11 14 25

Saúde e Seg. 1 2 13 16

S.C.Incêndios 5 10 9 24

C. Infecção 3 4 10 17

G. Resíduos 0 9 6 15 20

03

Segurança 2 9 4 15

Geral 0 0 25 25

Saúde e Seg. 1 0 15 16

S.C.Incêndios 0 5 19 24

C. Infecção 0 1 16 17

G. Resíduos 0 3 12 15

2004

Segurança 0 3 12 15

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 8

4 – Principais Indicadores e Análise da Performance

Análise financeira Além da análise ao Balanço e à Demonstração de Resultados que faz parte integrante deste Relatório, é importante salientar alguns aspectos fundamentais relativos ao exercício de 2004, que registou um resultado líquido positivo de 2.336 mil euros. Proveitos No que se refere aos proveitos, é de referir o esforço efectuado no sentido de evitar a perda de receitas, registando-se o máximo de informação disponível e diminuir o espaço temporal entre a assistência e a emissão da facturação. Em termos globais, no ano de 2004, os proveitos totalizaram 127.681 milhares de euros, correspondendo a uma variação positiva de 13,04 % em relação a 2003. A estrutura de proveitos e a sua comparação com o período homólogo é a seguinte: Comparação de Proveitos – 2003/2004

0

21.000

42.000

63.000

84.000

105.000

126.000

2003 107.965 679 4.312

2004 118.326 2.122 7.233

Operacionais Financeiros Extraordinários

Os proveitos operacionais do Hospital totalizaram 118 milhões de euros. As rubricas mais significativas estão espelhadas no gráfico seguinte: Proveitos Operacionais - 2004

0

15.000

30.000

45.000

60.000

2004 55.604 11.995 19.485 4.123 4.129 762 4.344

Internam. Consulta Urgência Hosp. Dia MCDT Taxas Medicam.

Ao comparar a evolução, em termos percentuais, entre os proveitos operacionais de 2003 e de 2004, há a assinalar aumentos muito significativos das taxas moderadoras (32,8%) e dos MCDT (22%), decorrentes directamente do empenho, já assinalado, no registo de todos actos efectuados e no aumento da produção.

Resultado líquido de 2.336 mil euros. Proveitos no montante de 127.681 milhares de euros. Crescimento de 13,04% dos proveitos totais em relação a 2003.

milhares de euros

milhares de euros

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 9

4 – Principais Indicadores e Análise da Performance

Variação dos Proveitos Operacionais

-3,00%

2,00%

7,00%

12,00%

17,00%

22,00%

27,00%

32,00%

2004 -0,08% 4,02% 5,66% 19,15% 21,98% 32,75% -0,62%

Internament. Consultas Urgências Hosp.Dia MCDT Taxas Medicament.

Os proveitos do internamento registaram uma quebra de 0,1 %, decréscimo contudo inferior ao dos doentes saídos 2,96 %. Quanto à facturação de medicamentos, foi efectuada recuperação de facturação atrasada. No entanto, essa recuperação não se traduziu num aumento dos proveitos, uma vez que alguns medicamentos deixaram de poder ser facturados às ARS, a partir de Julho. Relativamente aos proveitos financeiros, o aumento decorre, naturalmente, dos juros recebidos pela aplicação financeira do montante correspondente ao capital social. Quanto aos proveitos extraordinários, no montante global de 7.233 milhões de euros, resultam de:

- Anulação de facturas de anos anteriores, de medicamentos enviados pelas Administrações Regionais de Saúde, no montante de cerca de 3 milhões de euros;

- Redução do valor de provisões para cobranças duvidosas em cerca de 2,5 milhões de euros, por se ter entendido que o valor apresentado em 2003 estaria sobreavaliado ao incluir um volume excessivo de dívidas quer do Ministério da Saúde quer de outros organismos do Estado.

Custos Em 2004, os custos totais do Hospital totalizaram 125 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 4,46% em relação a 2003. A sua composição é a que consta do quadro seguinte: Custos

Variação 2003 2004

Montante % Operacionais 118.837 123.946 5.109 4,30 Financeiros 2 22 20 - Extraordinários 1.152 1.375 223 19,36

Total 119.991 125.343 5.352 4,46 milhares de euros

Analisando agora os custos operacionais do exercício de 2004, no total de 124 mil milhões de euros, verifica-se que o maior aumento se refere aos produtos farmacêuticos em cerca de 16,9%. Isto deve-se ao aumento do número de doentes com terapêutica cedida em ambulatório, nomeadamente, de infecciologia (+ 23%) e do foro oncológico (+ 28%). As despesas com pessoal registaram um acréscimo de 4%.

Custos totais no montante de 125 milhões de euros. Crescimento de 4,46% dos custos totais em relação a 2003. O consumo de produtos farmacêuticos aumentou 16,9% em relação ao ano anterior.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 10

4 – Principais Indicadores e Análise da Performance

O decréscimo significativo, observado na rubrica de subcontratos, que inclui os Meios Complementares de Diagnostico e Terapêutica pedidos ao exterior e os medicamentos prescritos aos utentes do SNS, resulta em parte da anulação da facturação relativa aos medicamentos prescritos em 2004 (Despacho do Ministério da Saúde). Evolução dos Custos Operacionais - 2003/2004

0

16.000

32.000

48.000

64.000

2003 24.859 10.499 6.699 10.503 59.382 5.661 1.234

2004 29.071 9.899 4.156 10.811 61.877 4.885 3.249

Produtos Farmaceutic.

Material Consumo

ClínicoSubcont.

Fornecimen. e Serviços Pessoal Amortização

Outros Custos

milhares de euros

A rubrica de material de consumo clínico registou um decréscimo de 5,7%, resultante das medidas introduzidas no controle dos consumos. Um aspecto importante a assinalar é a diminuição do montante das amortizações em 13,7%. Esta diminuição teve a ver com o facto do critério utilizado para a reavaliação do património feita em 2003, ter implicado que uma parte significativa dos bens tenha ficado totalmente amortizada nesse exercício. Ainda em relação à rubrica de Provisões, foi constituída uma provisão no montante de 1 820 mil euros para cobrir o valor potencial de produção não facturada, prevista no Contrato Programa de 2004. A justificação para a constituição desta provisão tem a ver com o facto de, já em 2003, ter havido produção não facturada (devido a doentes mal identificados) e que representou cerca de 2,35% do total da produção. Na altura, esta perda potencial não foi provisionada. Assim, por uma questão prudencial, entendeu o Conselho de Administração, em relação ao exercício de 2004, proceder à constituição da provisão atrás mencionada, valor esse que está incluído no gráfico anterior em “Outros Custos”. Recebimentos/Pagamentos Apesar do esforço na recolha e no registo informático de toda a assistência prestada, não houve um aumento da receita cobrada, excepto das taxas moderadoras. Antes pelo contrário, assistiu-se a uma paragem (desde finais de 2003) nos pagamentos por parte de algumas entidades, nomeadamente a ADSE, dado existirem dúvidas quanto à classificação do Hospital como Central, situação que só ficou completamente resolvida com o Despacho do Ministro da Saúde, de 30 de Dezembro. Acresce ainda que, só no último dia do ano, foi efectuado o pagamento final referente ao Contrato Programa de 2003, estabelecido com o Ministério da Saúde, no valor aproximado de 19 milhões de euros. O gráfico que se apresenta compara as taxas de cobrança de 2003 e 2004, no que se refere aos clientes mais significativos, excluindo o SNS e outras instituições do Ministério da Saúde.

Custos operacionais cresceram 4,3% em relação a 2003. O Material de Consumo Clínico teve um decréscimo de 5,7%.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 11

4 – Principais Indicadores e Análise da Performance

Comparação da Percentagem de Cobrança

0

10

20

30

40

50

60

2003 56,17 13,67 24,12 44,28

2004 6,83 13,39 10,83 19

ADSE Forças Armadas Forças Militarizadas SAMS

A redução mais significativa corresponde à da ADSE, principal cliente do Hospital, cuja dívida total no final do ano ascendia a 14 milhões de euros. A quebra verificada nos recebimentos, ao longo do exercício, teve um impacto directo quer na dilatação do prazo de pagamento aos fornecedores quer no total da própria dívida. No entanto, foi decidido recorrer a parte da verba correspondente ao capital social para minorar este problema, que já se arrastava desde 2003. Conforme se pode observar no quadro seguinte, a dívida a fornecedores, excepto entidades do Ministério da Saúde, sofreu um aumento sem significado, cerca de 0,6% e as dívidas a mais de 360 dias reduziram-se em 31,6%. Dividas a Fornecedores

Variação 2003 2004

N.º % Até 30 dias 5.740 6.238 498 8,68 Até 45 dias 2.528 3.309 781 30,89 Até 60 dias 1.726 2.259 533 30,88 Até 90 dias 4.888 3.806 - 1.082 - 22,14 Até 120 dias 3.900 4.434 534 13,69 Até 180 dias 7.358 7.255 - 103 - 1,40 Até 360 dias 14.389 16.588 2.199 15,28 + 360 dias 3.464 2.368 - 1.096 - 31,64

Total 45.996 46.257 261 0,57 milhares de euros

As dívidas até 90 dias registam um decréscimo considerável. Neste grupo encontram-se quer pequenos fornecedores quer fornecedores com os quais foram estabelecidos acordos de regularização de dívida com contrapartidas financeiras significativas para o Hospital Garcia de Orta.

Redução dos Proveitos pagos ao Hospital. Redução significativa da maturidade das dívidas a Fornecedores.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 12

5 – Produção

Internamento

Variação 2003 2004

Nº %

Lotação do Hospital – média 514 519 5 1,05

Doentes saídos 25.356 24.462 - 894 - 3,53

Dias internamento 155.960 158.892 2.932 1,88

Capacidade de Internamento 187.778 189.834 2.056 1,10

Taxa de Ocupação 83,06 83,71 - 0,01

Demora média 6,15 6,50 0,34 5,60

Doente tratado por cama 49,33 47,13 - 2,20 - 4,46

Taxa de Mortalidade 5,32 5,61 - 5,42

A lotação média do Hospital aumentou 1,05%. Apesar deste facto, o número de doentes saídos diminuiu 3,53% devido à demora média ter aumentado para 6,5 dias.

Consultas Externas Número de Consultas Externas

Variação 2003 2004

Nº %

Primeiras Consultas 51.425 55.182 3.757 7,31

Segundas Consultas 132.827 143.530 10.703 8,06

Total Geral 184.252 198.712 14.460 7,85

Frequência Média Diária Total (Dias Úteis) 740 792 52 7,02

A frequência média diária teve um acréscimo de 7,02% devido à reorganização das Consultas Externas, ao alargamento dos períodos horários e ao registo adequado da produção. Bloco Operatório Número de Intervenções Cirúrgicas

Variação 2003 2004

N.º %

Cirurgia Convencional 5.374 5.617 243 4,50

Cirurgia do Ambulatório 2.242 2.765 523 23,32

PECLEC 1.089 1.350 261 23,96

Cirurgia de Urgência 2.848 2.820 - 28 - 0,98

Total 11.553 12.552 999 8,64 O aumento total do número de intervenções sem actividade acrescida, no ano de 2004, foi de 7,1%. O aumento da Cirurgia Convencional em 4,50%, deve-se ao facto das intervenções da Traumatologia, que até à data eram consideradas como urgentes, por utilizarem recursos afectos à Urgência, passarem a ter um prolongamento para Urgências diferidas. O aumento da Cirurgia do Ambulatório em 23,32 %, deve-se ao registo adequado, evitando internamentos inapropriados.

Número de Doentes Saídos

20.000

21.000

22.000

23.000

24.000

25.000

26.000

2003 2004

Número de Consultas

45000

65000

85000

105000

125000

145000

Primeiras Segundas

2003 2004

Número de Intervenções

0

1500

3000

4500

6000

Convencional Ambulatório PECLEC Urgência

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 13

5 – Produção

Urgência Número de Urgência

Variação 2003 2004

N.º %

Urgência Geral 100.584 99.768 - 816 - 0,81

Urgência Pediátrica 35.320 34.555 - 765 - 2,17

Urgência Obstétrica 15.924 16.030 106 0,67

Urgência Ginecológica 3.360 4.285 925 27,53

Total 155.188 154.638 - 550 - 0,36 No ano de 2004, o total de Urgências teve um decréscimo de 0,36%, devido, fundamentalmente, à Urgência Pediátrica e Urgência Geral. Hospital de Dia Número de Sessões

Variação

2003 2004 N.º %

Total 27.152 29.417 2265 8,4 O aumento de 8,4% deve-se essencialmente ao registo informático da actividade de Hospital de Dia da Unidade da Dor.

Número de Urgências

0

40.000

80.000

120.000

Geral Pediátrica Obstétrica Ginecológ.

2003 2004

Número de Sessões

26000

27000

28000

29000

30000

2003 20042003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 14

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

GINECOLOGIA Durante o ano de 2004 realizaram-se obras na Enfermaria do Serviço e que resultaram na existência de uma sala de recobro pós-operatório para quatro camas. A lotação do Serviço passou de 22 para 20 camas. A taxa de ocupação aumentou ligeiramente, assim como a demora média, motivada pela Unidade de Oncologia Ginecológica com internamentos de longa duração, a maioria das vezes por causa social. Mesmo assim, este último indicador está abaixo dos 4 dias. Em termos de recursos humanos, saíram duas médicas do Serviço e uma manteve situação de ausência de longa duração por doença. Internamento

Variação

2003 2004 N.º %

Lotação Serviço 22 20 - 2 - 9,09 Doentes entrados 1.473 1.230 - 243 - 16,50 Doentes saídos 1.473 1.235 - 238 - 16,16 Dias internamento 5.461 4.930 - 531 - 9,72 Capacidade de Internamento 8.188 7.320 - 868 - 10,60 Taxa de Ocupação 66,70 67,35 - 0,98 Demora média 3,71 3,99 0,28 7,67 Doente tratado p/cama 65,66 65,66 - -

Consultas A percentagem das primeiras consultas em 2004 registou um aumento de 18,28% em relação às segundas consultas de 2003. As Consultas Externas sofreram uma redução de 8,73%, fundamentalmente, devido à cessação das consultas efectuadas no Centro de Saúde de Almada. No entanto, mesmo com esta restrição, foram realizadas 11.377 consultas. Por outro lado, houve um aumento significativo das primeiras consultas e uma diminuição das segundas, como o desejado. Número de Consultas

Variação

2003 2004 N.º %

Primeiras 2.766 2.986 220 7,95 Segundas 9.699 8.391 - 1.308 - 13,49

Total 12.465 11.377 - 1.088 - 8,73 Bloco Operatório O número de intervenções cirúrgicas manteve-se estável, excepto o das cirurgias programadas que registou um aumento de 4%. Número de Cirurgias

Variação

2003 2004 N.º %

Convencional 667 693 26 3,90 Peclec 160 133 - 27 - 16,88 Peclec ambulatório 12 6 - 6 - 50,00 Urgentes 42 53 11 26,19

Total 881 885 4 0,45

Centro de Referencia Nacional e Internacional de Cirurgia Vaginal e Pélvica Reconstrutiva.

Número de Doentes Saídos

800

1.000

1.200

1.400

1.600

2003 2004

Número de Consultas

0

2000

4000

6000

8000

10000

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Intervenções

0

200

400

600

800

Convencional Peclec Urgentes

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 15

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

GINECOLOGIA (CONTINUAÇÃO) Meios Complementares de Diagnóstico Os diversos Meios Complementares de Diagnóstico e Tratamento efectuados pelo Serviço sofreram uma redução de 15%, devido à saída de profissionais que trabalhavam, prioritariamente, neste sector.

Número de Exames

Variação

2003 2004

N.º % Ecografias ginecológicas 1.891 1.566 - 325 - 17,19 Histeroscopias 865 786 - 79 - 9,13 Histerossalpingografia 48 20 - 28 - 58,33 Histerosonografia 2 12 10 500,00 Sonohisterossalpingografia 4 14 10 250,00 Colposcopias 1.188 901 - 287 - 24,16 Colposcopias c/biopsia 227 166 - 61 - 26,87 Vulvoscopia 369 259 - 110 - 29,81 Biópsias 209 338 129 61,72

Total 4.803 4.062 - 741 - 15,43

No ano de transição do Hospital para o regime jurídico de S.A. e devido ao facto do Serviço ter uma urgência comum com o Serviço de Obstetrícia, foi necessário reformular o funcionamento das equipas de urgência (saída de muitos elementos do Serviço de Obstetrícia) com grandes inconvenientes para a organização interna da Ginecologia. O aumento significativo das admissões pela urgência (variação de 27,53% face a 2003), reflecte também a grande carência de assistência fora do Hospital. Urgências Número de Urgências

Variação

2003 2004 N.º %

Numero de Admissões 3.360 4.285 925 27,53

É de salientar o grande esforço de todos os elementos do Serviço para manter os elevados níveis de qualidade verificados ao longo de 2004.

Programa de Cooperação com o Governo de Moçambique para a Formação de Especialista em Ginecologia.

Meios Complementares

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

2003 2004

Realização de Curso a nível Nacional de Formação dirigidas as especialistas em Cirurgia Vaginal e Pélvica Reconstrutiva.

Número de Urgências

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 16

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

PEDIATRIA

O Serviço de Pediatria está organizado em diversos sectores; Enfermaria de Pediatria Médica e Hospital de Dia, Consulta Externa de Pediatria Geral e diversas especialidades pediátricas, Urgência Pediátrica Polivalente, Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, “Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado”, Unidade de Neuropediatria e Desenvolvimento.

A interligação com os cuidados de saúde primários, mantendo em actividade regular a Unidade Coordenadora e Funcional da Materno-Infantil como integradora de todos os cuidados à criança; neste âmbito colabora ainda, na Unidade Móvel de apoio à saúde Materno-Infantil cediada no Concelho do Seixal, que iniciou actividade em Setembro passado.

A Urgência Pediátrica mantém-se como urgência referenciada (desde a reestruturação das Urgências Pediátricas em 2000), em que são admitidas crianças que verificam com critérios clínicos de emergência médica ou enviadas de outras estruturas da saúde; é uma urgência polivalente e de referência para o neurotrauma do distrito de Setúbal e atende toda a patologia médica, cirúrgica e traumatológica até aos 15 anos de idade.

A Enfermaria de Pediatria Médica interna principalmente crianças com patologia crónica em fase de agudização ou com intercorrências ou ainda patologias com necessidade de internamento prolongado. Também recebe todas as crianças com patologia neurocirúrgica, sendo o HGO referência para a neurocirurgia pediátrica.

O apoio ao recém-nascido (RN) sem necessidade de cuidados intensivos é feito no Serviço de Obstetrícia, em que se privilegia a sua permanência junto da mãe. As patologias “minors” são tratadas nesta enfermaria.

O Serviço de Pediatria procura ainda criar um ambiente adequado às necessidades físicas, afectivas e educativas da criança para que esta possa continuar o seu processo de desenvolvimento e crescimento, quer nos aspectos físicos do espaço quer funcionais, desenvolvendo diversos projectos com esse objectivo. Aspectos de Melhoria / Mudança: Consulta de Pediatria

Foi implementado o agendamento electrónico individual em todas as consultas; refira-se que são 20 especialidades e com um movimento diário de 80 a 100 crianças; Deu-se Início ao processo único médico e enfermeiro. Procedeu-se à reorganização dos espaços/salas de consulta por especialidades. Houve um aumento da relação primeiras/segundas consultas em cerca de 6.9%, como se pode ver na tabela abaixo: Número de consultas

Variação Consultas 2003 2004

N.º %

Primeiras 2.467 2.681 214 8,67

Segundas 9.777 9.766 - 11 - 0,11

Total 12.244 12.447 203 1,66

% Primeiras consultas 20,15% 21,54% - 6,90

% Consultas subsequentes 79,85% 78,46% - - 1,74

Inicio da actividade da Unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência. Participação nos projectos Operação Nariz Vermelho e a Música em Ambiente Hospitalar. Início da construção do edifício Centro de Desenvolvimento da Criança. Implementação do sistema de segurança de crianças com pulseiras electrónicas. Início da actividade do Voluntariado com o apoio da Liga de Amigos do Hospital Garcia de Orta, S.A. Reorganização dos Stocks de material de consumo clínico.

Número de Consultas

0

3000

6000

9000

12000

Primeiras Segundas

2003 2004

Curso para internos: “Introdução à Metodologia de Investigação”, “Neuropediatria e Desenvolvimento”.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 17

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

PEDIATRIA (CONTINUAÇÃO) Investimentos

Procedeu-se à substituição de 1 incubadora e 6 pulso-oxímetros. Para dar resposta aos requisitos impostos pelo processo de Acreditação do King’s Fund foram efectuados pequenos arranjos no Serviço, tais como na sala de pais, sala de pessoal da UCINP e colocação de trincos de segurança em portas no internamento de pediatria médica e outros para reforçar a humanização como a redecoração do Serviço, que tem como mascote a “Baleia” Ondinhas.

Formação O Serviço acolhe internos de Pediatria Médica e assegura estágio para internos de Medicina Geral e Familiar, médicos do Internato Geral e alunos do 6ª ano da Faculdade de Medicina de Lisboa, estágio de Neuropediatria e desenvolvimento para internos de outros Hospitais e para médicos do Ciclo de Estudos Especiais de Neuropediatria. Os profissionais do Serviço participaram em diversos congressos e reuniões de interesse científico. Mecenato Recurso ao Mecenato como participação da Sociedade Civil e ligação à comunidade, traduzido na Campanha de Natal do Almada Fórum a favor do Centro de Desenvolvimento da Criança. Apoio do Rotary Club de Almada no reequipamento da sala de brincar e o apoio financeiro ao seu funcionamento. Apoio da GSK à redecoração do Serviço e à organização, no dia 1 de Abril, do lançamento da mascote Ondinhas. Através do apoio da “Missão Sorriso” (Campanha Natal - Sonae/Continente), foi oferecido um Ventilador Sensormedics, bilirrubinómetro e uma máquina fotográfica com impressora para fotos RN e com resolução para fotografia técnica.

Lançamento da Mascote – Ondinhas – no dia 1 de Abril com nomeação de Embaixadores da Pediatria. Celebração do Dia Mundial da Criança com exposição no Hall do Hospital. Festa de Natal das crianças do Serviço de Pediatria.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 18

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

CIRURGIA PEDIATRICA

No Serviço de Cirurgia Pediátrica desempenham funções três médicos especialistas (1 Chefe de Serviço, 1 Assistente Hospitalar Graduado, 1 Assistente Hospitalar). Dos três médicos dois estão em dedicação exclusiva repartindo a sua actividade pelas Consultas Externas, Bloco Operatório, Internamento e Urgência em regime de presença física até às 22h, chamada das 22h às 8h e prevenção aos fins-de-semana e feriados. Complementarmente, o Serviço dá apoio à Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e Pediátricos, Internamento de Pediatria e Puerpério. Consultas Externas Efectuadas em dois tempos semanais: 4ª Feira – segundas vezes e pós-operatório, 5ª Feira – primeiras vezes. Número de Consultas Externas

Primeiras Segundas e Pós-operatórios Total

671 781 1.452

Do total de consultas realizadas pelo Serviço, 46,2% são primeiras consultas, existindo uma taxa de 12% de consultas marcadas que não são realizadas por falta de comparência dos utentes. Bloco Operatório Número de Cirurgias

Convencionais Ambulatórias Urgências

95 373 99

O Serviço tem dois tempos atribuídos ao Bloco Operatório, correspondendo a 12h30 por semana, distribuídos: 2ª Feira das 8h30 – 15h30, 6ª Feira das 10h – 15h30. O número de sala do Bloco Operatório foi, ao longo de 2004, sujeito a várias condicionantes que reduziram o número de tempos de Bloco Operatório. Esta situação levou à redução de +/- 10% do número de salas, sem no entanto alterar o número de cirurgias do plano anual. A rentabilidade sem ser prejudicada poderia ser melhorada em mais cerca de 100 cirurgias anuais, caso fosse possível reduzir a percentagem negativa dos tempos do Bloco Operatório. Internamento O Serviço de Cirurgia Pediátrica tem uma lotação de doze camas, seis camas para Cirurgia do Ambulatório e seis camas para Cirurgia de Internamento. Quando necessário o Serviço dá também apoio ao Serviço de Pediatria para Internamento. Número de Internamentos

Variação

2003 2004 N.º %

Lotação Serviço 6 6 - - Doentes entrados 227 218 - 9 - 3,96 Doentes saídos 225 220 - 5 - 2,22 Dias internamento 1045 1234 189 18,09 Capacidade de Internamento 2190 2196 6 0,27 Taxa de Ocupação 47,72 56,19 - 17,76 Demora média 4,64 5,61 0,96 20,77 Doente tratado p/cama 37,50 36,67 - 0,83 - 2,22

Número de Consultas Externas

0

400

800

1200

1600

2000

Total de ConsultasMarcadas

Consultas Desmarcadas

Número de Cirurgias

0

100

200

300

400

Convencionais Ambulatórias Urgências

Número de Doentes Saídos

0

50

100

150

200

250

300

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 19

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

OBSTETRÍCIA Ao realizar o balanço do que foi a actividade do Serviço de Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, durante o ano de 2004, não se pode deixar de sublinhar a existência de diversas vicissitudes, endógenas e exógenas, que condicionaram a prossecução de alguns dos objectivos delineados inicialmente. Com efeito, a saída de alguns profissionais e a própria conjuntura hospitalar, no que concerne à sua dinâmica organizacional na vertente da gestão de recursos humanos, aparecem como factores determinantes na dificuldade em atingir alguns dos objectivos propostos. O planeamento da produção e das políticas de gestão de recursos humanos a adoptar no Serviço, foi dificultado pelo facto de não ser fácil a contratação de médicos e enfermeiros desta especialidade, tendo esta situação influenciado negativamente toda a vertente organizacional do Serviço, aos vários níveis. Não obstante estes condicionalismos, o Serviço de Obstetrícia conseguiu melhorar alguns dos seus indicadores assistenciais, designadamente, aumentar as Consultas Externas em 6,73%, cabendo às primeiras consultas um aumento de 9,38%. Consultas

Variação

2003 2004

N.º %

Primeiras 2.568 2.809 241 9,38

Segundas 4.830 5.087 257 5,32

Total 7.398 7.896 498 6,73

Igualmente, no Internamento, verificou-se um acréscimo significativo no número de doentes tratados/cama, em cerca de 23,91%, com um decréscimo da demora média em cerca de 0,92%, o que consideramos bastante positivo.

2004

Obstetrícia Grávidas Obstetrícia Puerperas

Lotação Serviço 17 40

Doentes entrados 1.902 3.966

Doentes saídos 1.899 3.966

Dias de internamento 3.283 10.134

Capacidade de Internamento 3.607 14.640

Taxa de Ocupação 91,02 69,22

Demora média 1,73 2,56

Doente tratado p/cama 112 99

Ao nível dos meios complementares, verificou-se um decréscimo global da produção de cerca de 3,16%, acompanhado por uma diminuição no número de partos de cerca de 1,42%, correspondendo a menos 56 partos do que em 2003 (o que podemos considerar um número irrelevante, num universo de 3.898 partos realizados em 2004).

Número de Consultas

2000

2750

3500

4250

5000

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Doentes Saídos

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Grávidas Puerperas

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 20

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

OBSTETRÍCIA (CONTINUAÇÃO) Meios complementares Número de Exames

Variação

2003 2004

N.º %

Ecografia Obstétrica 9.466 8.358 - 1.108 - 11,71 CTG 8.749 9.403 654 7,48 Ecocardiograma Fetal 177 50 - 127 - 71,75

Total 18.392 17.811 - 581 - 3,16 Bloco de Partos Número de Partos

Variação

2003 2004

N.º % Partos 3.954 3.898 - 56 - 1,42

Podemos, pois, considerar que apesar de alguns dos objectivos não terem sido plenamente atingidos, devido a condicionantes eminentemente exógenas, foi possível atingir um conjunto significativo de objectivos que revelam a dedicação e o esforço de todas e todos as/os que contribuíram para a prossecução dos mesmos, em cada grupo profissional e em cada nível de intervenção. Os profissionais do Serviço de Obstetrícia têm pautado a sua conduta de intervenção sempre orientada para indicadores de qualidade, quer na vertente assistencial, quer na vertente do ensino e aprendizagem contínua. Não obstante as diversas contrariedades, chegamos ao final de 2004 com um resultado que podemos considerar positivo. Esperamos que o ano 2005 nos possa trazer a possibilidade de ultrapassar algumas destas dificuldades e, também, a prossecução mais positiva dos objectivos definidos. Acreditamos que a criação efectiva do Departamento da Mulher e da Criança, adiada há 14 anos, nos traga uma maior autonomia e uma crescente responsabilização ao nível da gestão do mesmo. Entendo que o binómio autonomia/responsabilização só nos poderá trazer, maioritariamente, mais-valias que nos irão permitir uma gestão mais próxima das necessidades dos Serviços que integram o Departamento e, consequentemente, promover uma melhor prestação de cuidados à população que servimos, não esquecendo também os incentivos aos profissionais que deles fazem parte e que são fundamentais para que todo o processo avance. Por último, uma palavra para sublinhar a relevância do trabalho realizado por neonatologistas e anestesiologistas. Sem o seu contributo e a sua plena integração nas equipas, não teria sido possível atingir o patamar de qualidade conseguido.

Número de Intervenções

0

2000

4000

6000

8000

10000

Eco.Obstétrica CTG Eco.Fetal2003 2004

Número de Partos

0

1000

2000

3000

4000

5000

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 21

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

OBSTETRÍCIA (CONTINUAÇÃO)

SO OBSTETRICIA

Variação

2003 2004

N.º %

Lotação Serviço 2 2 - -

Doentes entrados 1.247 1.130 - 117 - 9,38

Doentes saídos 1.247 1.129 - 118 - 9,46

Dias de internamento 1.447 1.503 56 3,87

Capacidade de Internamento 730 732 2 0,27

Taxa de Ocupação 198,22 205,33 - 3,59

Demora média 1,16 1,33 0,17 14,66

Doente tratado p/cama 624 565 - 59 - 9,46

Urgência

Variação

2003 2004

N.º % Número de admissões 15.924 16.030 106 0,67

RECÉM NASCIDOS

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 42 40 - 2 - 4,76 Doentes entrados 3.866 3.818 - 48 - 1,24 Doentes saídos 3.867 3.820 - 47 - 1,22 Dias de internamento 10.161 10.202 41 0,40 Capacidade de Internamento 15.330 14.640 - 690 - 4,50 Taxa de Ocupação 66,28 69,69 - 5,14 Demora média 2,63 2,67 0,04 1,52 Doente tratado p/cama 92 96 4 4,35

Número de Doentes Saídos

400

600

800

1000

1200

1400

2003 2004

Número de Urgências

15000

15300

15600

15900

16200

2003 2004

Número de Doentes Saídos

3.000

3.200

3.400

3.600

3.800

4.000

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 22

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

CARDIOLOGIA O Serviço de Cardiologia está organizado em diversos sectores: Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios, Enfermaria, Consulta Externa de Cardiologia e de sub-especialidades, Laboratório de Electrocardiografia, Unidades de Ecocardiografia, Provas de Esforço, Monitorização Ambulatória, de Pacing e Electrofisiologia, Hemodinamica e Intervenção. O Serviço assegura a presença de dois médicos no Hospital, 24 sobre 24 horas, um dos quais na Unidade de Cuidados Intensivos e outro na Urgência Geral. Dispõe ainda de cardiologista de intervenção em regime de prevenção. Para além da sua actividade normal, o Serviço de Cardiologia colabora no ensino da Faculdade de Medicina de Lisboa, com a cadeira de “Introdução à Clínica” e recebe finalistas estagiários da mesma Faculdade. Internamento de Unidade de Cuidados Intensivos

Variação 2003 2004

N.º % Lotação Serviço 6 6 - - Doentes entrados 596 583 - 13 - 2,18 Doentes saídos 595 583 - 12 - 2,02 Dias internamento 1.652 2.148 496 30,02 Capacidade de Internamento 2.190 2.196 6 0,27 Taxa de Ocupação 75,43 97,81 - 29,17 Demora média 2,78 3,68 0,9 32,37 Doente tratado p/cama 99 97 - 2 - 2,02

Ao nível do Internamento da Unidade de Cuidados Intensivos, merecem destaque os aumentos da taxa de ocupação em cerca de 30% e da demora média, em 32%. Consultas Externas

Variação 2003 2004

N.º % Primeiras 1.925 1.956 31 1,61 Segundas 7.176 8.618 1.442 20,09

Total 9.101 10.574 1.473 16,19

O total de Consultas Externas aumentou 16% para o qual contribuiu, decisivamente, o acréscimo das Segundas Consultas. Técnicas de Cardiologia

Variação 2003 2004

N.º %

Electrocardiogramas 12.571 14.455 1.884 14,99

Ecocardiogramas 2.566 3.301 735 28,64

Hemodinamica 2.553 2.966 413 16,18

Pacemakers 118 146 28 23,73

Est. Electrofisiologicos 94 99 5 5,32

Curso Anual de Ecocardiografia Jornadas Anuais da Unidade Local de Saúde Número Doentes Saídos-U. Cuidados Intensivos

0

100

200

300

400

500

600

700

2003 2004

Simpósio Internacional de Cardiologia Inicio da Ecocardiografia Tridimensional

Número Consultas

1.5003.0004.5006.0007.5009.000

Primeiras Segundas2003 2004

Inicio da Ecocardiografia Tecidular Número de Exames

0

5000

10000

15000

Electrof.Pacemak. Hemod. Ecocard. Electroc. Consult.2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 23

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

DERMATOLOGIA Consultas As consultas externas do Serviço de Dermato-Venereologia sofreram um forte incremento durante o ano de 2004, cerca de 18%. Este facto deveu-se à entrada de nova médica dermatologista, bem como ao início de consultas acompanhadas, feitas pelo interno do 4º ano da especialidade.

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 4.877 5.447 570 11,69 Segundas 5.884 7.329 1.445 24,56

Total 10.761 12.776 2.015 18,73 Internamento Houve um pequeno acréscimo de doentes internados durante este ano. Uma parte destes doentes, contudo, foi internada fora do serviço físico de Dermatologia (Medicina II), por impossibilidade de obtenção de vaga. Daqui resulta incómodo, menor rentabilidade e, possivelmente, aumento do tempo de internamento dos doentes que estão fora do serviço – SO (piso 3), ORL, Medicina I, etc.

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 6 6 - - Doentes entrados 182 183 1 0,55 Doentes saídos 181 183 2 1,10 Dias internamento 2,07 2,13 0,06 2,90 Capacidade de Internamento 2,90 2,96 0,06 2,07 Taxa de Ocupação 96,21 96,22 - - Demora média 11,64 11,55 - 0,09 - 0,77 Doente tratado p/cama 30 31 1 3,33

Cirurgia do ambulatório De igual modo, houve um substancial acréscimo das intervenções em cirurgia do ambulatório, cerca de 30%. Número de Cirurgias

Variação

2003 2004 N.º %

Ambulatório 830 1.078 248 29,88 Outras actividades Em praticamente todas as valências e secções especializadas se observou incremento dos doentes tratados e observados – fotodermatologia, alergologia e contacto, dermatopatologia e dermatoscopia digital. Pessoal A estabilidade no quadro de pessoal médico, de enfermagem e secretária administrativa tem-se revelado fundamental na dinâmica do Serviço e respectiva produtividade, bem como na normalidade de todos os registos de produção.

Número de Consultas

0

2000

4000

6000

8000

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Doentes Saídos

0

50

100

150

200

2003 2004

Cirurgia do Ambulatório

0

300

600

900

1200

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 24

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

ENDOCRINOLOGIA O Serviço de Endocrinologia e Diabetes enquadra-se, fundamentalmente, na área de Medicina de Ambulatório dadas as características das patologias abrangidas mais frequentes (Diabetes, Obesidade e Patologia Tiroideia). No que respeita ao Internamento, no ano de 2004, tiveram alta do Serviço 128 doentes, menos 6,57% do que no ano anterior, com uma demora média de 8,05 dias (mais 0,53 dias). A taxa de ocupação do Serviço diminuiu para 93,90% (menos 0,18% do que em 2003). Internamento

Variação

2003 2004

N.º %

Lotação Serviço 3 3 - -

Doentes entrados 138 128 - 10 - 7,25

Doentes saídos 137 128 - 9 - 6,57

Dias internamento 1.030 1.031 1 0,10

Capacidade de Internamento 1.095 1.098 3 0,27

Taxa de Ocupação 94,06 93,90 - - 0,18

Demora média 7,52 8,05 0,53 7,05

Doente tratado p/cama 45,67 42,67 - 3,00 - 6,57 Em relação a 2003 registou-se um aumento das Consultas Externas de 7,43% (mais 34,90% de primeiras e mais 3,61% de segundas consultas), atingindo um total de 8.463 consultas. Consultas

Variação

2003 2004

N.º %

Primeiras 960 1.295 335 34,90

Segundas 6.918 7.168 250 3,61

Total 7.878 8.463 585 7,43

É de destacar o cumprimento de um dos objectivos do Serviço para o ano de 2004: dar resposta em 50% aos pedidos de Consulta Externa não urgentes enviados pelos Centros de Saúde da área do Hospital, referentes ao ano de 2003. Foi realizado o 5º Campo de Férias para Adolescentes Diabéticos, actividade muito importante no âmbito da Educação Terapêutica de Grupo nesta doença crónica.

Número de Doentes Saídos

0

50

100

150

2003 2004

Número de Consultas

0

2000

4000

6000

8000

Primeiras Segundas2003 2004

Foi realizado o 5º Campo de Férias para Adolescentes Diabéticos

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 25

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

GASTRENTEROLOGIA As Consultas Externas do Serviço de Gastrenterologia sofreram um aumento significativo especialmente as primeiras consultas com redução pouco importante nas segundas consultas. Esta evolução deve-se ao facto de passarem a ser contabilizadas todas as consultas inerentes a exames endoscópicos (Proctologia, endoscopia alta e baixa), fora do espaço da Consulta Externa Geral.

Variação

2003 2004

N.º %

Primeiras 1.839 2.240 401 21,81

Segundas 2.502 2.491 - 11 - 0,44

Total 4.341 4.731 390 8,98 Internamento Constata-se uma diminuição de doentes internados durante o ano de 2004. Alguns doentes foram internados fora do serviço físico de Gastro por impossibilidade de vaga (ORL, Oftalmologia, Traumatologia, Ginecologia e S.O. (piso 3)) com a consequente não afectação e aumento de tempo de internamento. Chama-se a atenção para o Internamento, através do Serviço de Urgência, de doente com grupo etário e com patologia multiorgão que se reflecte na demora média.

Variação

2003 2004

N.º %

Lotação Serviço 12 12 - -

Doentes entrados 460 420 - 40 - 8,70

Doentes saídos 461 420 - 41 - 8,89

Dias internamento 3.998 4.098 100 2,50

Capacidade de Internamento 4.380 4.392 12 0,27

Taxa de Ocupação 91,28 93,31 - 2,22

Demora média 8,67 9,76 1,08 12,51

Doente tratado p/cama 38,42 35,00 - 3,42 - 8,89

Técnicas Em todas as técnicas houve aumento no número de exames endoscópicos com um substancial acréscimo na CPRE e uma diminuição significativa nas provas funcionais por avaria de equipamento, até à referente data, não substituído. Chama-se a atenção para novas valências de técnicas endoscópicas instaladas e em pleno funcionamento desde meados 2003 e que de futuro deverão ser descriminadas (Gastrostomia Percutânea Endoscópica – PEG, dilatações com colocação de próteses do esófago, estômago e cólon), biopsia hepática percutânea.

Variação

2003 2004

N.º % Endoscopia Alta 3.356 3.459 103 3,07 Endoscopia Baixa 2.487 2.717 230 9,25 CPRE 142 207 65 45,77 Provas Funcionais 85 52 - 33 - 38,82 Proctologia 728 763 35 4,81

Número de Consultas

0

750

1500

2250

3000

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Doentes Saídos

0

100

200

300

400

500

2003 2004

Exames Endoscópicos

0

700

1.400

2.100

2.800

3.500

Endosc.Alta

Endosc.Baixa

CPRE ProvasFuncionais

Proctologia

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 26

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

GASTRENTEROLOGIA (CONTINUAÇÃO) Pessoal Há instabilidade organizativa no quadro do pessoal de enfermagem, no Bloco das Técnicas, já que têm de apoiar mais duas especialidades (Urologia e Pneumologia). Quanto ao pessoal médico, detecta-se diminuição do número de trabalho (dois elementos estão com horário de 28 horas/semanais e um elemento com contrato de 20 horas/semanais). De igual modo, deverá ser ponderada e reavaliada a aquisição e manutenção de equipamento endoscópico de modo a não ser prejudicada a dinâmica e produtividade do Serviço.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 27

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

HEMATONCOLOGIA

O Serviço de Oncologia Médica partilha com o Serviço de Hematologia 13 camas de Internamento na Enfermaria do Piso 8, bem como as instalações e recursos do Hospital de Dia Oncológico. O numero de doentes internados (conjunto de Oncologia + Hematologia), em 2004, diminuiu cerca de 7% em relação ao ano anterior, o que poderá ser explicado por um aumento do número de doentes com necessidade de terapêuticas prolongadas em internamento e por um maior número de doentes a necessitar de cuidados paliativos e/ou com problemas sociais graves, que impedem altas mais precoces. O número de sessões de quimioterapia no Hospital de Dia (prescritas pelos serviços de Oncologia, Hematologia e Pneumologia) aumentou cerca de 7,5 % em relação ao ano anterior, devido ao sacrifício e brio profissional dos enfermeiros que nele trabalham (em média 2/dia). Se o número de enfermeiros não for aumentado, não será possível manter estes números e preservar o nível de qualidade que o King’s Fund impõe. Internamento

Variação

2003 2004 N.º %

Lotação Serviço 13 13 - - Doentes entrados 518 482 - 36 - 6,95 Doentes saídos 516 488 - 28 - 5,43 Dias internamento 4.376 4.500 124 2,83 Capacidade de Internamento 4.745 4.758 13 0,27 Taxa de Ocupação 92,22 94,58 - 2,56 Demora média 8,48 9,22 0,74 8,73 Doente tratado p/cama 39,69 37,54 - 2,15 - 5,42

Hospital de Dia Compreende uma sala de tratamentos com 8 cadeirões e um quarto com 2 camas e quatro gabinetes de consulta, um deles, destinado igualmente à execução de várias técnicas.

Variação 2003 2004

N.º % Número de sessões 6.625 7.120 495 7,47

As sessões de Hospital de Dia aumentaram cerca de 7,5% em relação ao ano anterior. HEMATOLOGIA

O Serviço de Hematologia reparte sua actividade assistencial pela Consulta Externa, o Internamento e o Hospital de Dia. No Serviço trabalham 4 médicas: 1 Chefe de Serviço, que tem a função de Directora de Serviço, 2 assistentes hospitalares e uma interna da Especialidade. A equipa de enfermagem é constituída pela Enfermeira Chefe e 16 elementos, que apoiam os três Serviços (Hematologia, Oncologia e Endocrinologia).

Número de Doentes Saídos

0

150

300

450

600

2003 2004

Número de Sessões

6000

6500

7000

7500

2003 2004

Único serviço desta especialidade existente na zona Sul do País.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 28

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

HEMATOLOGIA (CONTINUAÇÃO)

Consulta Externa Número de Consultas

Variação 2003 2004

N.º %

Primeiras-Hematologia 205 251 46 22,44

Primeiras-Hematologia 8ºPiso 108 129 21 19,44

Sub-total 313 380 67 21,41

Segundas-Hematologia 845 1.021 176 20,83

Segundas-Hematologia 8ºPiso 2.907 3.344 437 15,03

Sub-total 3.752 4.365 613 16,34

Total 4.065 4.745 680 16,73

As primeiras consultas tiveram um aumento de 21,41 % e as segundas de 16,34%, no que constitui uma evolução muito significativa em relação ao ano anterior.

ONCOLOGIA O Serviço de Oncologia registou um aumento de primeiras consultas de 21% e de consultas subsequentes de cerca de 13 % (num total de 5.775 consultas). Estes números dificilmente poderão ser mantidos em 2005, já que uma das médicas do Serviço foi colocada noutro Hospital, não tendo sido substituída. Nesse sentido é indispensável a contratação de outro médico para o Serviço. Consulta Externa Número de Consultas

Variação 2003 2004

N.º %

Primeiras – Oncologia 190 155 - 35 - 18,42

Primeiras – Oncologia 8º Piso 169 281 112 66,27

Sub-total 359 436 77 21,45

Segundas - Oncologia 925 1.008 83 8,97

Segundas - Oncologia 8º Piso 3.810 4.331 521 13,67

Sub-total 4.735 5.339 604 12,76

Total 5.094 5.775 681 13,37

Número de Consultas

0

1500

3000

4500

Primeiras Segundas2003 2004

Único serviço desta especialidade existente na zona Sul do País.

Número de Consultas

0

1500

3000

4500

Primeiras Segundas2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 29

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

INFECCIOLOGIA

O Serviço de Infecciologia tem como missão prestar cuidados de saúde diferenciados na área das doenças infecciosas às populações dos Concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra. Entre as várias actividades desenvolvidas pelo Serviço, durante o ano de 2004, merecem destaque:

- Implementação de reuniões mensais entre o Director de Serviço e o Enfermeiro Chefe, a partir de Janeiro, para avaliação da qualidade dos cuidados prestados, das condições de trabalho e da adequação do uso de material;

- Implementação, com sucesso, em Maio, de políticas de utilização de sacos para resíduos e de utilização de máscaras;

- Execução de normas para os quartos de isolamento e para a sala de Pentamidina, em Julho;

Internamento

Durante o ano de 2004, foram admitidos e saíram do Serviço 235 doentes, mais 14,08 % que no ano transacto. A demora média diminuiu 17,07 % relativamente ao ano anterior, com uma redução de 5,39 % dos dias de internamento e um aumento de 14,08% de doentes tratados por cama.

Variação

2003 2004 Nº %

Lotação do Serviço 10 10 - -

Doentes entrados 206 235 29 14,08

Doentes saídos 206 235 29 14,08

Dias de internamento 3.542 3.351 - 191 - 5,39

Capacidade de internamento 3.650 3.660 10 0,27

Taxa de ocupação 97,04 91,56 - - 5,65

Demora média 17,19 14,26 - 2,93 - 17,07

Doente tratado por cama 21 24 3 14,29 Hospital de Dia

O número de sessões do Hospital de Dia de Infecciologia aumentou 2,74%.

Variação

2003 2004 Nº %

Número de sessões 4.019 4.129 110 2,74

Consultas Externas Registou-se um acréscimo de Consultas Externas de 7,33%, com um aumento de 21,05% de primeiras consultas e de 6,43% de segundas consultas. Número de Consultas

Variação

2003 2004 Nº %

Primeiras 380 460 80 21,05

Segundas 5.783 6.155 372 6,43

Total 6.163 6.615 452 7,33

Formação de um Programa de Promoção da Adesão (PAM) multidisciplinar e implementação da Consulta de Adesão aos Antirretrovirais (CAA) iniciada em Março Redução dos custos em cerca de 1/3 por doente em meios de BACTEC TB, a partir de Maio

Número de Doentes Saídos

0

50

100

150

200

250

2003 2004

Realizada formação interna a Enfermeiros e Médicos sobre Suporte Básico de Vida, entre Outubro a Dezembro

Número de Sessões

3500

3750

4000

4250

2003 2004

Número de Consultas

0

2000

4000

6000

8000

Primeiras Segundas2003 2004

Aumento de 21% nas Primeiras Consultas.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 30

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

MEDICINA O Serviço de Medicina do Hospital Garcia de Orta tem uma lotação de 50 camas destinadas a

Internamento, representando a componente assistencial a actividade electiva do Serviço. O seu

staff está igualmente envolvido noutras actividades, nomeadamente, Urgência Geral, Consulta

Externa, Urgência Interna, Assistência a doentes de outras especialidades do Hospital e

Assistência a doentes de Medicina Interna internados noutros serviços do Hospital, por deficit

de lotação do Serviço de Medicina. São ainda desenvolvidas outras actividades de âmbito não

assistencial, designadamente, formação pré e pós-graduada.

A actividade assistencial desenvolvida durante ano transacto traduziu-se num total de 1.767

doentes internados no Serviço de Medicina, com uma demora média de 10,07 dias, acrescida

de 180 doentes internados noutros serviços.

Internamento

Variação 2003 2004

N.º % Lotação Serviço 50 50 - - Doentes entrados 1.747 1.767 20 1,14 Doentes saídos 1.744 1.768 24 1,38 Dias internamento 17.623 17.802 179 1,02 Capacidade de Internamento 18.250 18.300 50 0,27 Taxa de Ocupação 96,56 97,28 - 0,75 Demora média 10,10 10,07 - 0,03 - 0,30 Doente tratado p/cama 35 35 - -

Consultas Número de Consultas

Variação 2003 2004

N.º % Primeiras 956 1.216 260 27,20 Segundas 3.013 4.004 991 32,89

Total 3.969 5.220 1.251 31,52 Foram ainda realizadas 5.220 consultas de Medicina Interna distribuídas pelos grupos Medicina

Interna, Hipertensão Arterial, Anticoagulação, Dislipidémias e Geriatria, correspondendo a um

acréscimo de 31,5% em relação ao ano de 2003.

Para esta evolução significativa, contribuíram os aumentos das primeiras e das segundas

consultas de, respectivamente, 27,2% e 32,9%.

Número de Doentes Saídos

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

2003 2004

Número de Consultas

0

1500

3000

4500

Primeiras Segundas2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 31

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

NEFROLOGIA

A missão do Serviço de Nefrologia é fornecer assistência nefrologica integral em todas as suas

vertentes e, segundo o estado da arte, a toda a comunidade servida pelo Hospital, bem como a

doentes referidos por outras Instituições que nos procurem para usufruírem de tecnologias não

disponíveis na sua região.

Hemodiálise A unidade dispõe de um programa de doentes crónicos ambulatórios de cerca de 56 doentes. Tratamentos Dialíticos

Variação 2003 2004

N.º %

Hemodiálise 9.875 9.515 - 360 - 3,65

Outros Serviços 1.371 1.357 - 14 - 1,02

Unidade Cuidados Especiais 248 262 14 5,65

Em Hospital de Dia realizaram-se 10.216 actos de assistência, dos quais 361 foram cateteres

centrais como acesso vascular para hemodiálise.

Diálise Peritoneal Foram tratados 25 doentes ao longo do ano, correspondendo a 7.211 diárias de tratamento.

Efectuaram-se 365 consultas de Diálise Peritoneal e implantaram-se 10 cateteres de Diálise

Peritoneal Transplantação Renal

Variação 2003 2004

N.º % Transplante Renal 18 23 5 27,77 Colheitas Multiorgãos 18 23 5 27,77

Número de Consultas de Transplante

Variação 2003 2004

N.º % Consultas Pré-transplantação 168 193 25 14,88 Consultas Pós-transplantação 418 832 414 99,04

Consultas Externas Do total de 2.587 Consultas Externas de nefrologia clínica, 351 foram primeiras consultas o que

representa cerca de 13,5%.

Angiografias de Intervenção em Acessos Vasculares Foram realizados 237 procedimentos com intervenção terapêutica. Outras Técnicas Efectuaram-se 38 biopsias renais em “rim nativo” das quais 19 em rim transplantado.

O maior programa nacional em Hospitais da rede pública. Tratamentos Dialíticos

0

2.500

5.000

7.500

10.000

Hemodiálise Outros Serviços U.C.Especiais2003 2004

Transplante Renal

0

10

20

30

Transplantes Renais Colheitas Multiorgãos2003 2004

Número de Consultas

0

250

500

750

1000

Pré-transplantação Pós-transplantação2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 32

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

NEUROLOGIA Linhas programáticas:

1. Auto-suficiência em meios complementares de diagnóstico neurológico 2. Equilíbrio entre a procura e a disponibilização de cuidados diferenciados na especialidade 3.Privilégio ao apoio neurológico no ambulatório 4.Formação continuada, actualização técnica e intervenção humanizada

Sectores de actividade: A. Internamento B. Ambulatório C. Meios Complementares de Diagnóstico Neurológico D. Hospital de Dia Neurológico E. Apoio neurológico ao Serviço de Urgência e outros Serviços

Recursos humanos: 9 Médicos Especialistas (1 Chefe de Serviço, 6 Assistentes Graduados, 2 Assistentes), 5 Médicos Internos do Complementar; 1 Técnica Superior/Psicóloga; 19 Enfermeiros, 2 Técnicas de Neurofisiologia; 2 Secretárias; 2 Técnico-Profissionais; 7 Auxiliares.

Internamento

Variação 2003 2004

Nº % Lotação do Serviço 20 20 - - Doentes entrados 521 592 71 13,63 Doentes saídos 520 590 70 13,46 Dias de internamento 6.374 6.618 244 3,83 Capacidade de internamento 7.300 7.320 20 0,27 Taxa de ocupação 87,32 90,41 - 3,54 Demora média 12,26 11,22 - 1,04 - 8,49 Doentes tratados por cama 26 30 4 15,38

Ambulatório Consultas de:

- Neurologia Geral - Subespecialidades Neurológicas:

• Epilepsia • Doenças do Movimento • Doenças Vasculares Cerebrais

- Apoio Neuropsicológico ao Doente Neurológico Crónico - Neurologia de Urgência (iniciada há uns meses).

Nos dias úteis, das 8.30 às 17,30h; três períodos de duas horas e meia cada, por semana e por médico. Número de Consultas

Variação 2003 2004

Nº % Primeiras 2.067 2.497 430 20,80 Segundas 4.352 5.191 839 19,28 Total 6.419 7.688 1.269 19,77

Número de Doentes Saídos

0

200

400

600

2003 2004

Número de Consultas

0

1250

2500

3750

5000

6250

Primeiras Segundas2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 33

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

NEUROLOGIA (CONTINUAÇÃO)

Número de consultas por sub-especialidades Neurológicas

Variação 2003 2004

Nº % Neurologia Geral 5.337 6.536 1.199 22,47 Epilepsia 539 587 48 8,91 D. do movimento 204 241 37 18,14 D. Vasc. Cerebrais 339 324 - 15 - 4,42 Apoio Neuropsicol. - 73 73 100

Meios Complementares de Diagnóstico Neurológico Neurofisiologia - Número de exames

Variação 2003 2004

Nº % Electroencefalografia Total 985 1.101 116 11,78 De rotina 454 493 39 8,59 Com sono 501 564 63 12,57 Fora do Serviço 30 44 14 46,67 Electromiografia 678 727 49 7,2 Potenciais Evocados Total 366 506 140 38,2 Somato-Sensitivos 149 226 77 152,95

Visuais 111 165 54 48,65 Auditivos 106 115 9 8,90

Neurologia do Comportamento - Número de testes

Variação 2003 2004

Nº % Testes Neuropsicológicos 309 367 58 18,77

Neuropatologia - Número de exames

Variação 2003 2004

Nº % Total 221 116* - 105* - 47*

* Em 2004 foi interrompido o diagnóstico de biopsias operatórias tumorais neurocirúrgicas. Neurosonologia - Número de exames

Variação 2003 2004

Nº % Ecodoppler Carotídeo 71 241 170 239,44 Doppler Transcraniano 195 327 132 67,69

Hospital de Dia Neurológico Número de Sessões

Variação 2003 2004

Nº % Número de Sessões 1.326 1.787 461 34,77

Número de Consultas por Sub-especialidade

0

1.500

3.000

4.500

6.000

NeurologiaGeral

Epilepsia D.Movimento

D. Vasc.Cerebrais

ApoioNeuropsic.

2003 2004

Número de Exames Neurofisiologicos

0

200

400

600

800

1000

1200

Electroencefalografia Electromiografia2003 2004

Número de Testes Neuropsicológicos

0100200300400

2003 2004

Número de Exames Neuropatologicos

0

100

200

300

2003 2004

Número de Exames Neurosonologicos

0

100

200

300

400

Ecodoppler Doppler2003 2004

Número de Sessões

0

500

1000

1500

2000

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 34

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

PNEUMOLOGIA No ano de 2004 tiveram alta do Internamento do Serviço, 604 doentes, menos 7,8% do que no ano transacto, com uma demora média de 10,45 dias (+ 9.5%), fazendo com que a taxa de ocupação atingisse os 95,77 % (+ 0.7% do que em 2003). Internamento

Variação 2003 2004

N.º % Lotação Serviço 18 18 - - Doentes entrados 656 603 - 53 - 8,08 Doentes saídos 655 604 - 51 - 7,79 Dias internamento 6.248 6.309 61 0,98 Capacidade de Internamento 6.570 6.588 18 0,27 Taxa de Ocupação 95,10 95,77 - 0,70 Demora média 9,54 10,45 0,91 9,54 Doente tratado p/cama 36 34 - 2,00 - 5,56

Ainda em relação a 2003, registou-se um aumento das Consultas Externas de 9,74% (devido a uma variação positiva de primeiras e segundas consultas de, respectivamente, 40.28% e 2,74%), correspondendo a um total de 6.752 consultas. Foi dado início à Consulta de Oxigenoterapia de Longa Duração e de Ventilação Não-Invasiva bem como à Consulta de Desabituação Tabágica. Consultas Número de Consultas

Variação 2003 2004

N.º % Primeiras 1.147 1.609 462 40,28 Segundas 5.006 5.143 137 2,74

Total 6.153 6.752 599 9,74

Em relação às Técnicas Pneumológicas verificou-se, em relação a 2003, um crescimento de 16,33% com 7.998 exames realizados, destacando-se um aumento de 20,19% nas Provas de Função Respiratória , passando de 4.939 para 5.936. Outro aspecto a realçar é a execução, durante o ano de 2004, de 259 estudos poligráficos do sono para estudo da Síndrome da Apneia do Sono, realizados no sector de Internamento do Serviço. Esta técnica implementada e desenvolvida recentemente pretende responder à crescente procura nesta área e pensamos poder desenvolvê-la através de estudos a efectuar em Ambulatório durante o ano de 2005.

Número de Doentes Saídos

0

175

350

525

700

2003 2004

Número de Consultas

0

2000

4000

6000

Primeiras Segundas2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 35

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

REUMATOLOGIA O Serviço de Reumatologia do Hospital Garcia de Orta é (ainda) o único a Sul do Tejo, sendo assim um valiosíssimo referencial numa área médica em profundo desenvolvimento. O Serviço de Reumatologia é integrado por uma Unidade de Internamento com 6 camas, um Hospital de Dia com 4 posições de tratamento e uma Unidade de Técnicas sendo igualmente responsável por uma Consulta Externa com significado quer a nível Hospitalar quer a nível do grande ambulatório (Centro de Saúde de Almada).

Número de internamentos

Variação 2003 2004

N.º % Internamento 174 190 16 9,20

Número de sessões

Variação 2003 2004

N.º % Número sessões 1.033 1.135 102 9,87

Dados do Serviço de Estatística do HGO Número total de consultas

Variação 2003 2004

N.º % Número total de consultas 5.062 6.153 1.091 21,55

Em 2004 o Serviço teve menos 1 médico. No entanto, o total de Consultas Externas teve um aumento significativo, cerca de 21,5%. A esta actividade correspondem quatro Reumatologistas Seniors (em média) (um Chefe de Serviço, dois Assistentes Graduados, e um Assistente Hospitalar) e três Internos em Formação. Graças às duas últimas Direcções Hospitalares o Serviço teve uma considerável melhoria nos seus Equipamentos Básicos (Hospital Dia, Sala de Técnicas, Ecografia do Aparelho Locomotor) que importa salientar. Para o futuro falta: a) Recentrar os Reumatologistas no seu Serviço pondo-os exclusivamente a desempenhar

as funções para que foram formados e retirando-os do Serviço de Urgência a exemplo do que já sucedeu com as outras áreas médicas no Hospital Garcia de Orta.

b) Manter o reapetrechamento em termos humanos e materiais (compra de um Arthroscan,

nova modalidade técnica de diagnóstico) e também arquitectonica (implementação da área da cirurgia e das técnicas invasivas do ambulatório) um projecto comum aos Serviços de Ortopedia e Cirurgia Plástica.

c) Delimitação de uma área de Secretariado próprio no Piso 6, com 3m2.

Por último deve destacar-se que o Serviço de Reumatologia ambiciona ser uma área de excelência na Investigação Clínica e Epidemiológica, visando integrar nessa área uma Especialista do Serviço e, em interligação com outros Serviços do HGO, dar corpo a uma Unidade na Investigação Clínica.

Número de Internamentos

050

100150200

2003 2004

Número de Sessões

0

500

1.000

1.500

2003 2004

Número de Doentes Saídos

0

1.500

3.000

4.500

6.000

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 36

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

CIRURGIA GERAL

O Serviço tem como missão o diagnóstico e o tratamento das doenças do foro da Cirurgia Geral da área de influência do Hospital Garcia de Orta. Simultaneamente, colabora no Ensino Médico pré-graduado com a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. O Serviço de Cirurgia Geral encontra-se organizado em 2 módulos de internamento de 27 camas cada, Cirurgia I e Cirurgia II.

Internamento

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 54 54 - - Doentes entrados 3.002 3.008 6 0,20 Doentes saídos 3.006 3.003 - 3 - 0,10 Dias internamento 15.152 15.753 601 3,97 Capacidade de Internamento 19.710 19.764 54 0,27 Taxa de Ocupação 76,87 79,71 - 3,69 Demora média 5,04 5,25 0,21 4,07 Doente tratado p/cama 55,67 55,61 - 0,06 - 0,11

Em termos de Internamento merece destaque o aumento da Taxa de Ocupação que registou um acréscimo de 3.7% bem como o aumento da demora média que passou de 5,04 para 5,25 dias. Consultas Externas Número de Consultas

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 3.757 3.622 - 135 - 3,59 Segundas 6.340 8.017 1.677 26,45

Total 10.097 11.639 1.542 15,27 O total de Consultas Externas aumentou cerca de 15% devido, essencialmente, ao crescimento das segundas consultas que tiveram um acréscimo de 26,4% em relação ao ano anterior. Bloco Operatório Número de Intervenções

Variação

2003 2004

N.º % Convencional 982 999 17 1,73 Ambulatório 115 156 41 35,65 Peclec 207 311 104 50,24 Peclec Ambulatório 121 115 - 6 - 4,96 Urgentes 1.337 1.598 261 19,52

Total 2.762 3.179 417 15,10 Durante o ano de 2004, o número total de Intervenções Cirúrgicas aumentou em 417, correspondendo a um aumento de 15%. Os valores do índice de “Case Mix” evoluíram de 1,2877 para 1,4033, no Serviço de Cirurgia I e de 1,2747 para 1,2940, no Serviço de Cirurgia II.

Número de Doentes Saídos

2.000

2.300

2.600

2.900

3.200

2003 2004

Número de Consultas

3000

4500

6000

7500

9000

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Intervenções

0200400600800

10001200140016001800

Convenc. Ambul. Peclec Urgentes

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 37

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados CIRURGIA PLÁSTICA

O Serviço de Cirurgia Plástica reparte a sua actividade pelo Internamento, observação e cuidados a doentes internados noutros serviços, Consulta, Bloco de Cirurgia de Ambulatório no Centro de Saúde de Almada três vezes por semana, Bloco Operatório central e apoio e follow-up de doentes com patologia de urgência operados no Hospital de Sta. Maria (de acordo com protocolo existente). Para dar resposta a toda esta actividade o Serviço dispõe apenas de dois elementos, com horário de 35 horas, sem dedicação exclusiva. Em 2004, os indicadores de produção foram os seguintes:

Internamento

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 3 3 - - Doentes entrados 108 113 5 4,63 Doentes saídos 107 112 5 4,67 Dias internamento 800 778 - 22 - 2,75 Capacidade de Internamento 1.095 1.098 3 0,27 Taxa de Ocupação 73,06 70,86 - - 3,01 Demora média 7,48 6,95 - 0,53 - 7,09 Doente tratado p/cama 35,67 37,33 1,66 4,65

Consultas Externas Número de Consultas

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 619 587 - 32 - 5,17 Segundas 1.564 2.037 473 30,24

Total 2.183 2.624 441 20,20 O número total de Consultas Externas registou um aumento de 20,2% em relação a 2003. Para este aumento contribuiu o aumento das segundas consultas em cerca de 30,2%. Bloco Operatório Número de Intervenções

Variação

2003 2004

N.º % Convencional 131 127 - 4 - 3,05 Ambulatório 397 423 26 6,55 Peclec 9 145 136 - Urgentes 5 9 4 80,00

Total 542 704 162 29,89 Considerando os recursos existentes, a actividade de Cirurgia teve um incremento significativo, cerca de 30%. Os valores do índice de “Case Mix” evoluíram de 1,7135 em 2003 para 2,0340 em 2004, o que corresponde a um acréscimo de 19%.

Introdução de 2 Técnicas de tratamento de doentes inovadoras e inexistentes em Portugal até a data Uso de aparelho de pressão negativa para tratamento de úlceras e áreas cruentas

Número de Doentes Saídos

0

30

60

90

120

2003 2004

Número de Consultas

0500

1000150020002500

Primeiras Segundas2003 2004

Uso em cirurgia reconstrutiva de Derme de cadáver liofilisada

Número de Intervenções

0

150

300

450

Convenc. Ambul. Peclec Urgentes

2003 2004

Realização de técnicas micro-cirurgicas - actividades especializadas não efectuadas em todos os Hospitais

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 38

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

CIRURGIA VASCULAR

O Serviço tem como missão diagnosticar, tratar e cuidar os doentes com patologia Vascular da área de influência do Hospital. Simultaneamente colabora com outros Hospitais, especialmente, do Sul do País. O Serviço presta ainda apoio na formação pós graduada Médica e de Enfermagem a nível interno e externo. Consultas Externas

Variação Consultas 2003 2004

N.º %

Primeiras 1.216 1.350 134 11,02

Segundas 2.224 2.737 513 23,07

Total 3.440 4.087 647 18,81 O total de Consultas teve um aumento significativo, cerca de 19%, devido a aumentos das primeiras e das segundas consultas. Meios Complementares Diagnóstico

Variação Exames 2003 2004

N.º %

Eco-Dopller 846 869 23 2,72 Bloco Operatório

Variação Intervenções 2003 2004

N.º %

Convencional 311 304 - 7 - 2,25

Ambulatório 112 183 71 63,39

Peclec 125 105 - 20 - 16,00

Urgentes 151 184 33 21,85

Total 699 776 77 11,02 A demora média do Serviço aumentou ligeiramente de 4,71 para 5,25 dias, mantendo-se, no entanto, abaixo da média nacional que é de 7,25 dias, de acordo com os valores publicados pelo IGIF referentes, no entanto, ao ano de 2002. Apesar de se ter estabelecido como objectivo diminuir a Taxa de Reinternamento para valores menores ou iguais a 10% (taxa efectiva de 10,3%), tal não foi possível de ser atingido. É importante referir que a taxa de reinternamento é influenciada, em mais de 50% dos casos, por factos alheios à qualidade do acto médico, tais como:

a) Não realização (desmarcação) de exames complementares (especialmente angiografias).

b) Intervenções cirúrgicas não efectuadas, por ausência de tempos no Bloco Operatório

ou pela inexistência de avaliações clínicas de outras especialidades em tempo útil. O índice de “Case -Mix” do Serviço é 1,89, valor superior ao de outros Hospitais, cujos serviços de Cirurgia Vascular têm capacidade instalada superior à do HGO.

Programa de endopróteses aórticas, com demonstração ao vivo pela 1ª vez no nosso País do tratamento da dissecção aórtica tipo B. Número de Consultas

500

1000

1500

2000

2500

3000

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Eco-Dopller

0

250

500

750

1000

2003 2004

Inicio do programa de Stent carotídeo com abordagem multidisciplinar.

Número de Intervenções

0

80

160

240

320

Convenc. Ambul. Peclec Urgentes

2003 2004

Protocolo com o Hospital do Montijo na criação da Unidade de Tratamento do Pé Diabético.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 39

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

NEUROCIRURGIA O Serviço de Neurocirurgia serve a população da área de referência do Hospital Garcia de Orta a que acresce a dos restantes Hospitais da Península de Setúbal, conforme acordo estabelecido entre a ARS e estas Unidades Hospitalares. No ano de 2004, os indicadores de produção foram os seguintes:

Internamento

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 15 15 - - Doentes entrados 868 794 - 74 - 8,53 Doentes saídos 862 792 - 70 - 8,12 Dias internamento 5.030 5.025 - 5 - 0,10 Capacidade de Internamento 5.475 5.490 15 0,27 Taxa de Ocupação 91,87 91,53 - - 0,37 Demora média 5,84 6,34 0,50 8,56 Doente tratado p/cama 57 53 - 4,00 - 7,02

Consultas Externas

Número de Consultas Neurocirurgia

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 3.114 3.325 211 6,78 Segundas 5.415 7.288 1.873 34,59

Total 8.529 10.613 2.084 24,43

O número de Consultas de Neurocirurgia teve um acréscimo de 2.084 consultas, correspondendo a um aumento de 24,4%. Para este aumento contribuiu, nomeadamente, o aumento das segundas em cerca de 34,6%. Número de Consultas Neuroncologia

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 1.568 1.664 96 6,12 Segundas 2.907 3.849 942 32,40

Total 4.475 5.513 1.038 23,20

O total de Consultas de Neuroncologia aumentou 23% devido ao crescimento das segundas em 32,4%.

Referência para a Península de Setúbal.

Número de Doentes Saídos

0

150

300

450

600

750

900

2004 2003

Número de Consultas Neurocirurgia

2500

4500

6500

8500

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Consultas Neuroncologia

0

1000

2000

3000

4000

Primeiras Segundas

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 40

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

NEUROCIRURGIA (CONTINUAÇÃO)

Bloco Operatório Número de Intervenções

Variação

2003 2004

N.º % Convencional 368 369 1 0,27 Ambulatório 29 33 4 13,79 Peclec 30 25 - 5 -16,67 Urgentes 270 253 - 17 - 6,30

Total 724 680 - 44 - 6,08

O valor do índice de “Case Mix” passou de 2,9569 em 2003 para 3,420 em 2004, existindo uma variação positiva de 16%.

Número de Intervenções

0

100

200

300

400

Convenc. Ambul. Peclec Urgentes

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 41

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

OFTALMOLOGIA Durante o ano de 2004 mantiveram-se as tendências já existentes em 2003, nomeadamente, diminuição do número de médicos oftalmologistas (2 elementos providos num outro hospital, 1 aposentado, 1 redução de horário e um elemento com trabalho reduzido), permanecendo no Serviço, neste momento, 6 médicos a tempo inteiro e um avençado para a execução da cirurgia vítreo-retiniana.

Apesar de um aumento de produção individual e de um grande esforço de coordenação e aproveitamento dos meios existentes verificou-se uma diminuição da produção em termos absolutos. A conjunção destes factores levou a um aumento do número de pedidos em lista de espera para consulta de Oftalmologia. Consulta Actualmente estão em funcionamento as consultas de Oftalmologia Geral, Diabetes Ocular, Retina Médica, Retina Cirúrgica, Glaucoma, Implanto-refractiva, Córnea e Contactologia e Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo. Em 2004 efectuou-se um total de 8.068 consultas. Número de Consultas

Variação

2003 2004

N.º %

Primeiras 2.057 2.143 86 4,18

Segundas 8.205 5.925 - 2.280 - 27,79

Total 10.262 8.068 - 2.194 - 21,38 Apesar da diminuição do número de Consultas foi notória a evolução no sentido da melhoria de qualidade verificada nos vários aspectos do serviço prestado, nomeadamente, atendimento no secretariado, diversidade dos serviços, evolução técnico-científica, início da renovação e modernização da aparelhagem existente, etc. Bloco Operatório Os oftalmologistas do Serviço prosseguiram os seus esforços no sentido do aperfeiçoamento cirúrgico. No total foram executadas 914 cirurgias, na grande maioria em regime de Internamento. Número de Cirurgias

Variação

2003 2004

N.º %

Programadas 820 891 45 5,49

Programada Ambulatório - 13 13 -

Urgentes 11 10 - 1 - 9,09

Total 831 914 83 9,98

Número de Oftalmologistas

0

5

10

15

QuadroAprovado

2002 2003(2ºSemestre)

2004(2ºSemestre)

Número de Consultas

0

1.500

3.000

4.500

6.000

7.500

9.000

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Cirurgias

0

250

500

750

1.000

2002 2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 42

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

OFTALMOLOGIA (CONTINUAÇÃO) Urgência A urgência de Oftalmologia mantém-se a funcionar de 2ª a 6ª feira somente com 4 oftalmologistas, tendo nela sido realizadas 4.702 observações. Número de Consultas de Urgência

Variação

2003 2004

N.º %

Consultas de Urgência 5.983 4.702 - 1.281 - 21,41

Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica No Gabinete de Laserterapia foram realizadas 648 sessões terapêuticas. No Gabinete de Imagiologia realizaram-se 268 Angiografias Fluoresceínicas, 232 Biometrias e 120 Ecografias. Número de Exames e Tratamentos de 2004

Sessões de Laserterapia 648

Angiografias 268

Biometrias 232

Ecografias 120 No Gabinete de Ortóptica trabalham 2 técnicos que realizaram 4.326 Rastreios, 521 Avaliações de Campos Visuais, 39 Avaliações da Visão Cromática, 401 Estudos da Motilidade Ocular e 215 Tratamentos de Ortóptica. Número de Avaliações de 2004

Rastreios 4.326

Avaliações de Campos Visuais 521

Avaliações da Visão Cromática 39

Estudos da Motilidade Ocular 401

Tratamentos de Ortóptica 215 O valor do índice de “Case Mix” passou de 0,8691 em 2003 para 0,8714 em 2004, existindo um acréscimo de 0,26%.

Número de Consultas de Urgência

0

2.100

4.200

6.300

2002 2003 2004

Número de Exames e Tratamentos

0

175

350

525

700

Sessões deLaserterapia

Angiografias Biometrias Ecografias

Número de Avaliações

0

175

350

525

700

Rastreios Aval.CamposVisuais

Aval.Visão

Cromática

Est.Motilid.Ocular

Tratament.Ortóptica

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 43

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

OTORRINO/ MAXILO-FACIAL

O Serviço tem como missão prestar um nível de excelência de cuidados e serviços a todos os utentes que a ele recorrem, na área de Otorrinolaringologia e Cirurgia Maxilo Facial. A actividade desenvolvida baseia-se numa filosofia de trabalho em equipa, com ênfase na Formação e Investigação, privilegiando a satisfação das necessidades dos utentes e a satisfação dos profissionais. A sua actividade assistencial é repartida pelo Internamento, Consulta Externa, Bloco Operatório, Exames Complementares de Diagnostico e Urgência. No ano de 2004, os indicadores de produção foram os seguintes:

Consultas Externas Número de Consultas ORL

Variação

2003 2004

N.º %

Primeiras 4.746 3.965 - 781 - 16,46

Segundas 4.100 5.710 1.610 39,27

Total 8.846 9.675 829 9,37

Número de Consultas Maxilo-Facial

Variação

2003 2004

N.º %

Primeiras 434 272 - 162 - 37,33

Segundas 432 372 - 60 - 13,89

Total 866 644 - 222 - 25,64 O total de Consultas de ORL aumentou em cerca de 9,4%, relativamente a 2003. No mesmo período, o total de Consultas de Maxilo-Facial diminuiu 26%. No entanto, considerando os dois tipos de consultas, houve um acréscimo de 607, que corresponde a um aumento de 6,25%. Bloco Operatório Número de Intervenções

Variação

2003 2004

N.º %

Convencional 804 634 - 170 - 21,14

Ambulatório 10 164 154 -

Peclec 156 194 38 24,36

Urgentes 108 129 21 19,44

Total 1.078 1.121 43 3,99

Apesar do Serviço ter aumentado as cirurgias em 4%, é de realçar a evolução ao nível da Cirurgia do Ambulatório que passou de 10 para 164 actos.

Número de Consultas

0

2000

4000

6000

8000

10000

ORL M axilo facial2003 2004

Número de Intervenções

0

200

400

600

800

1000

Convenc. Ambul. Peclec Urgentes

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 44

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

OTORRINO/ MAXILO-FACIAL (CONTINUAÇÃO)

Meios Complementares

Variação 2003 2004

N.º %

Audiogramas 1.560 1.967 407 26,09

Timpanogramas 1.722 1.854 132 7,67

ERA 155 198 43 27,74

Endoscopia vads 445 776 331 74,38

Otoemissões 159 103 - 56 - 35,22

Pesquisa decay 181 105 - 76 - 41,99

Pesq ref acust contral/Ipsilat. 1.651 1.480 - 171 - 10,36

Posturografias 49 115 66 134,69

VNG 145 152 7 4,83

Total 6.067 6.750 683 11,26

Terapia da fala 10.438 12.504 2.066 19,79

O valor do índice de “Case Mix” registou uma evolução de 1,1210 em 2003 para 1,1445 em 2004, que corresponde a uma variação de cerca de 2,1%.

Número de Exames

0

500

1000

1500

2000

VNG Post.PRAC/IP.Dec.Otoe.Endos. ERA Timp. Audio.

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 45

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

ORTOTRAUMATOLOGIA

Durante o ano de 2004, apesar da redução do número de colaboradores do Serviço, foi possível aumentar a produção ao nível das Consultas Externas em 13,5% e da actividade operatória em cerca de 9%. Para este desempenho contribuiu a reorganização das equipas com os internos mais graduados e a consolidação de outras actividades importantes para o Serviço como o Programa Acesso e a Cirurgia de Ambulatório.

Para dar resposta à lista de espera de cirurgia da mão e pé, o Serviço apresentou um projecto de Cirurgia de Ambulatório que foi aceite e se encontra em fase de adaptação das estruturas físicas e aquisição de equipamentos. Esta estrutura vai permitir a execussão de pequenas cirurgias com anestesia local e loco-regional em ritmo diário, tanto em rotina como em cirurgia adicional, contando com isso aumentar em 1/3 a produção cirúrgica do Serviço.

O Serviço tem apostado cada vez mais na implementação de técnicas mini-invasivas que permitam não só menores tempos cirúrgicos e tempos de internamento mais curtos, mas também menor agressão para o doente, com menor taxa de complicações e retorno mais rápido à sua actividade normal. É exemplo a cirurgia percutânea do pé, da qual o Serviço é referência nacional, já em curso no bloco central e que vai ser implementada agora em ambulatório, as técnicas de reconstrução e alongamento de membros pelo método de Ilizarov do qual o Serviço também é referência nacional e outras como a artroscopia cirúrgica e a cirurgia de substituição articular com navegação computorizada. Internamento Ortopedia

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 17 17 - - Doentes entrados 940 952 12 1,28 Doentes saídos 938 950 12 1,28 Dias internamento 3.495 3.800 305 8,73 Capacidade de Internamento 6.205 6.222 17 0,27 Taxa de Ocupação 56,33 61,07 - 8,41 Demora média 3,73 4,00 0,27 7,24 Doente tratado p/cama 55 56 1,00 1,82

Traumatologia

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 24 24 - - Doentes entrados 993 969 - 24 - 2,42 Doentes saídos 984 974 - 10 - 1,02 Dias internamento 5.600 6.097 497 8,88 Capacidade de Internamento 8.760 8.784 24 0,27 Taxa de Ocupação 63,93 69,41 - 8,57 Demora média 5,69 6,26 0,57 10,02 Doente tratado p/cama 41 41 - -

Na área de Internamento, apesar do internamento de doentes de outros Serviços e da dificuldade de acesso ao bloco operatório dos doentes traumatizados, conseguiu-se manter indicadores favoráveis, nomeadamente, uma demora média de internamento de 4 dias na Ortopedia e 6 dias na Traumatologia.

O Serviço é referência nacional em Cirurgia Percutânea do Pé e em Técnicas de Reconstrução e Alongamento de Membros pelo método de Ilizarov.

Número de Doentes Saídos Ortopedia

0

200

400

600

800

1000

2003 2004

Número de Doentes Saídos Traumatologia

400

600

800

1000

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 46

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

ORTOTRAUMATOLOGIA (CONTINUAÇÃO)

Consultas Externas Número de Consultas Ortopedia

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 3.158 3.250 92 2,91 Segundas 3.015 3.700 685 22,72

Total 6.173 6.950 777 12,59

Número de Consultas Traumatologia

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 1.641 1.780 139 8,47 Segundas 5.948 6.880 932 15,67

Total 7.589 8.660 1.071 14,11 O total de Consultas Externas da Ortopedia e da Traumatologia aumentou como consequência do incremento na actividade das primeiras e das segundas consultas. Bloco Operatório Numero de Intervenções Ortotraumatologia

Variação

2003 2004

N.º % Convencional 663 1.007 344 51,89 Ambulatório 93 140 47 50,54 Peclec 135 210 75 55,56 Urgentes 768 446 - 322 - 41,93

Total 1.659 1.803 144 8,68

Sob o ponto de vista científico o Serviço consolidou o seu prestígio tanto a nível nacional como internacional:

- Esteve representado em cerca de 10 Congressos Nacionais e Internacionais onde apresentou um total de 30 trabalhos científicos.

- Efectuou 2 Sessões de Vídeo-Cirurgia. - Recebeu 12 estagiários estrangeiros, ao abrigo do Programa de Estágios do ICOE

(International Center for Orthopedic Education). - Um dos elementos encontra-se a finalizar um mestrado.

O valor do índice de “Case-Mix” do Serviço aumentou entre 2003 e 2004, como se pode ver no quadro seguinte:

Variação do Índice de “Case-Mix”

Variação

2003 2004

N.º % Ortopedia 1,7868 1,9708 - 10,30 Traumatologia 1,9059 1,9878 - 4,30

Número de Consultas Ortotraumatologia

4500

6500

8500

10500

Primeiras Segundas

2003 2004

Número de Intervenções

0

200

400

600

800

1000

1200

Convenc. Ambul. Peclec Urgentes

2003 2004

Case-Mix

1,6

1,7

1,8

1,9

2

Ortopedia Traumatologia2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 47

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

UROLOGIA

O Serviço de Urologia foi instalado em Março de 1993, tendo como missão prestar cuidados urológicos aos doentes da área de intervenção do Hospital. Os recursos humanos do Serviço são compostos por 8 Médicos, 14 Enfermeiros, 10 Auxiliares e 2 Secretárias de Unidade. Em 2004, os indicadores de actividade do Serviço foram os seguintes: Internamento

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 24 24 - - Doentes entrados 825 921 96 11,64 Doentes saídos 830 910 80 9,64 Dias internamento 6.796 7.120 324 4,77 Capacidade de Internamento 8.760 8.784 24 0,27 Taxa de Ocupação 77,58 81,06 - 4,49 Demora média 8,19 7,82 - 0,37 - 4,52 Doente tratado p/cama 35 38 3,00 8,57

Consultas Externas Número Consultas

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 1.414 1.593 179 12,66 Segundas 4.570 4.764 194 4,25

Total 5.984 6.357 373 6,23 No período em análise as primeiras consultas tiveram um aumento mais significativo do que as segundas. Bloco Operatório Número de Intervenções

Variação

2003 2004

N.º % Programada 431 469 38 8,81 Peclec 84 87 3 3,57 Urgentes 50 26 - 24 - 48

Total 565 582 55 5,09

No total, o número de intervenções cirúrgicas registou um aumento de 5% devido ao crescimento da cirurgia convencional e da cirurgia de ambulatório.

Número de Doentes Saídos

400

600

800

1000

2003 2004

Número de Consultas

1000

2000

3000

4000

5000

Primeiras Segundas2003 2004

Número de Intervenções

0

150

300

450

600

Progranada Peclec Urgentes

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 48

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

UROLOGIA (CONTINUAÇÃO) Meios complementares

Números de Exames

Variação 2003 2004

N.º % Estudos Urodinâmicos 109 41 - 68 - 62,39 Fluxometria 700 693 - 7 - 1,00 Ecografias 0 309 309 - Urectrocistografias 602 623 21 3,49 Instilação - Quimioterapia 574 427 - 147 - 25,61

Total 1.985 2.093 108 5,44

A Unidade de Transplante Renal instalada no Serviço de Urologia assistiu 23 doentes transplantados e suas complicações. Tem como patologia relevante a Oncologia Urológica do Rim, Bexiga e Próstata. A produção do Serviço tem vindo a aumentar de forma sistemática tendo, no entanto, atingido o seu limite para a capacidade instalada. O valor do índice de “Case-Mix” do Serviço, em 2003, foi de 1,5351 e em 2004 de 1,5728, existindo uma variação positiva de 2,46%. Para além da sua actividade normal o Serviço de Urologia prestou apoio na formação de internos e e os seus profissionais participaram em reuniões nacionais e internacionais de Urologia.

Números de Exames

0

200

400

600

800

Est.Urodin. Fluxom. Ecografias Urectro. Quimio.

2003 2004 Participação e coordenação na elaboração de um livro sobre Recomendações Terapêuticas de Oncologia Urológica.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 49

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

PSIQUIATRIA A actual Directora do Serviço de Psiquiatria do Hospital Garcia Orta iniciou funções no dia 1 de Outubro de 2004. Dada a escassez de Recursos Humanos existentes, a primeira acção desencadeada passou pela formação da equipa e a constituição, de forma progressiva, do Serviço de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta, o que ocorreu ao longo do último trimestre de 2004. No final do ano a equipa era constituída por dois grupos de técnicos. O primeiro, a Psiquiatria de Ligação, é formado por uma psiquiatra e por dois psicólogos. Este grupo de técnicos responde a pedidos de observação provenientes dos diferentes Serviços do HGO (Serviço de Urgência, Consulta Externa e Internamento - das várias especialidades) e desenvolve um trabalho de intervenção na crise e/ou de acompanhamento de doentes que recebem cuidados de outras especialidades. O segundo grupo constitui a Equipa de Intervenção Comunitária do Seixal, formada por três psiquiatras, quatro psicólogas, dois enfermeiros a tempo parcial, uma terapeuta ocupacional em horário reduzido, uma administrativa e uma auxiliar de acção médica. O exercício de funções desta equipa é desenvolvido nas instalações da Cruz de Pau. As actividades dos grupos atrás referidos repartiram-se da seguinte forma:

• Atendimento em consulta externa de Psiquiatria (primeiras consultas e acompanhamentos). Todos os pedidos de marcação de consultas estão já agendados, com um tempo de espera que ronda, no máximo, os trinta dias.

• Avaliações psicológicas e acompanhamentos psicoterapêuticos, levados a cabo pelas psicólogas da equipa e que abrangem intervenções de dois tipos de orientação académica: psicodinâmica e cognitivo-comportarnental.

• Um dos psiquiatras, em conjunto com uma das psicólogas, tem levado a cabo o atendimento aos doentes idosos da área de referência do Serviço, efectuando para tal as consultas de utentes do Centro Saúde da Amora e Corroios, na Cruz de Pau e de utentes do Centro Saúde do Seixal, no próprio Centro Saúde, integrando e dando continuidade a um projecto já existente no referido centro. No âmbito deste projecto, foram realizadas visitas domiciliarias a idosos, por equipa incluindo psiquiatra e enfermeira do Centro de Saúde do Seixal.

• Administração de injectáveis pelos enfermeiros do Serviço, que implicam o estabelecer de uma relação com o tipo particular de doentes que exige este tipo de medicação (doentes psicóticos). Intervenção de enfermagem numa ou outra situação de urgência com utentes no próprio local do Serviço.

• Articulação em actividades de formação e consultoria a Clínicos Gerais, até agora só iniciada no Centro Saúde da Amora, com periodicidade que foi inicialmente semanal.

• Articulação com a Pedopsiquiatria, sempre que necessária. • Grupos psicoeducacionais com doentes psicóticos e seus familiares e grupo com utentes

mulheres em situação de doença arrastada (em geral depressivo-ansiosa) consequente a situações sócio-familiares sentidas por si próprias corno ‘irresolúveis”.

• Levantamento, por parte de urna das psicólogas da equipa, dos doentes psicóticos da nossa área assistencial, com o objectivo de preparar o início das actividades de reabilitação. Esta mesma psicóloga, que fez formação em Avaliação da Função Cognitiva do doente psicótico, no Hospital Conde Ferreira (Porto), prepara-se para continuar a referida formação, agora em termos de reabilitação cognitiva do mesmo.

Por tudo o que atrás foi dito, foram cumpridos os objectivos estabelecidos pelo Serviço, de acordo com o proposto pelo Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta; “Responder, de forma pronta e eficaz, em termos de Saúde Mental e Psiquiatria, às necessidades dos residentes no Concelho do Seixal e dos doentes do HGO acompanhados por outras especialidades”.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 50

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

CONSULTA EXTERNA GERAL Produção

Durante o ano de 2004 foram realizadas, na área das Consultas Externas do Piso 1, 144.265 Consultas, o que corresponde a um incremento de 12,9% relativamente ao ano transacto. Serviço de Voluntariado

No último trimestre de 2004 estabeleceu-se um protocolo de colaboração com o Serviço de Voluntariado da Liga de Amigos do Hospital Garcia de Orta para apoio aos utentes da Consulta Externa. Deste modo, o Serviço passou a contar, diariamente, com dois voluntários no período da manhã e outros dois no período da tarde. Enfermeira Chefe

No final do ano, por passagem à reforma da Enfermeira Chefe Lucinda Fernandes, esta foi substituída pela Enfermeira Chefe Herculana Carvalho. Plano de Obras

No quarto trimestre de 2004 foi discutido e apreciado com o Director do Serviço de Instalações e Equipamento, o plano de obras previsto para o Serviço de Consultas Externas, a iniciar durante o corrente ano. As obras visam essencialmente:

• Aumentar o número de gabinetes; • Melhorar a privacidade dos utentes; • Aumentar o número de salas de espera; • Dotar a área de melhores condições ambientais, nomeadamente o ar condicionado.

Informatização

Apesar de previsto, o Serviço de Consultas Externas ainda não tem os gabinetes informatizados e, em especial, não tem instalado o programa SAM.

Implementação do voluntariado para apoio aos utentes da Consulta Externa.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 51

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

UNIDADE FUNCIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS

Durante o ano de 2004, o Hospital Garcia de Orta empenhou-se fortemente nos Cuidados Continuados. A partir de Outubro de 2004, a Unidade Funcional de Cuidados Continuados (UFCC) passou a ter um staff permanente de 3 enfermeiros e 1 administrativo, tendo sido iniciado o processo para a aquisição de uma viatura específica para este tipo de Serviço. Durante o ano de 2004, os enfermeiros da UFCC deram apoio a 127 doentes que saíram do Hospital, em 2.702 visitas domiciliárias. Foram percorridos 36.567 km, ao longo dos concelhos da área de influência do HGO, Almada, Seixal e Sesimbra, correspondendo a uma média de 99 km por dia e a cerca de 13,4 km por visita realizada. Em cada dia, os enfermeiros realizaram uma média de 7,4 visitas, tendo cada doente acompanhado a oportunidade de ser visitado uma média de 23,1 vezes, totalizando deste modo um total de 2.930 dias de cuidados. A demora média dos doentes no serviço foi de 21,3 dias. Quanto às deslocações, foram realizadas 3.597, com um tempo médio de 14,8 minutos cada. O tempo médio de visita domiciliária foi de 40,64 minutos. Foram realizadas 15.537 Intervenções de Enfermagem a uma média de 120,92 intervenções por doente. Os Cuidados Continuados receberam, em 2004, doentes de praticamente todos os Serviços do Hospital, com especial relevo para a Cirurgia I (18), Neurocirurgia (16) e Medicina II (12), correspondendo estes 3 serviços a 36,22% de todos os doentes admitidos na Unidade (quadro 1).

Distribuição dos doentes admitidos em Cuidados Continuados pelos Serviços do Hospital

Serviços Nº Doentes % Ginecologia 4 3,15 Cardiologia 4 3,15 Especialidades Médicas B

Gastrenterologia 3 2,36 Infecciologia 1 0,79 Nefrologia 1 0,79

Hemato-Oncologia 8 6,30 Medicina

Medicina I 9 7,09 Medicina II 12 9,45

Neurologia 3 2,36 Pneumologia 1 0,79 Reumatologia 1 0,79 Cirurgia Geral

Cirurgia I 18 14,17 Cirurgia II 5 3,94

Cirurgia Plástica 7 5,51 Cirurgia Vascular 8 6,30 Neurocirurgia 16 12,60 ORL 5 3,94 Ortopedia 1 0,79 Traumatologia 3 2,36 Urologia 3 2,36 SO (Piso3) 2 1,57 Unidade da Dor 1 0,79 Urgência Geral 9 7,09

Total 127 100,00

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 52

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados UNIDADE FUNCIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS (CONTINUAÇÃO)

Quanto aos doentes admitidos em Cuidados Continuados, a maior parte, cerca de 62,2%, são passados para a responsabilidade das equipas de cuidados continuados dos Centros de Saúde da sua área de residência (quadro 2). De salientar a necessidade de reinternamento de 27 doentes por agravamento do seu estado e o falecimento no domicílio de 13 doentes (10,24%), correspondentes a situações de fim de vida. Destino dos doentes admitidos em Cuidados Continuados

Destino do Doente Nº de Doentes %

Centro de Saúde 79 62,20

Reinternamento no HGO, SA 27 21,26

Falecimento 13 10,24

Lar 1 0,79

Outro 1 0,79

Doentes que transitaram para 2005 6 4,72

Total 127 100,00

Distribuição dos doentes por Subsistemas de Saúde

Subsistemas Nº de Doentes Importância para a UFCC em %

ADMA 1 0,79 ADSE 15 11,81 C. Seg. Fidelidade 1 0,79 Desconhecido 1 0,79 S.S. CGD 1 0,79

SNS 108 85,04

Total 127 100,00 Do total de doentes atendidos pelos Cuidados Continuados, 85% dos doentes são do Sistema Nacional de Saúde. O Serviço presta, predominantemente, cuidados de enfermagem no domicílio. Este acto não está previsto no Contrato Programa, logo, não sujeito a pagamento, pois só pode ser facturado se a visita domiciliaria for efectuada por um médico, com registo clínico e administrativo.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 53

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

ANATOMIA PATOLOGICA

O Serviço de Anatomia Patológica manteve no ano de 2004 uma elevada produção e produtividade (ver quadros abaixo), notando-se aumentos significativos nos sectores da citologia aspirativa, biopsias histológicas e técnicas complementares (imunohistoquimica). Número de Exames Histológicos

Variação Histologia 2003 2004

N.º % Exames Extemporâneos 152 144 - 8 - 5,30 Biopsias 6.034 6.591 557 9,20 Peças Cirúrgicas 4.147 4.060 - 87 - 2,10

Número de Autópsias

Variação

2003 2004 N.º % Autópsias

212 203 - 9 4,25

Número de Exames de Imunohistoquimica

Variação 2003 2004

N.º % Imunohistoquimica

6.227 7.695 1.468 23,57

Número de Exames Citológicos

Variação Citologia 2003 2004

N.º % Citologia Esfoliativa 3.284 3.259 - 25 0,76 Citologia Aspirativa 723 799 76 10,51

Em termos de actividade, foi mantida a participação no protocolo do "gânglio sentinela" da mama e melanoma. No mesmo período foi introduzido uma nova técnica (captura hibrida) que permite a tipificação do vírus do papiloma humano (HPV), tendo sido efectuados 250 exames.

Também durante 2004 o Serviço passou a efectuar exames de neuropatologia. Continua a ser preocupante o número de análises efectuadas por cada médico que é cerca do dobro do aconselhado pelo Colégio da Especialidade de Anatomia Patológica da Ordem dos Médicos. Para além da actividade assistencial o Serviço suporta uma grande vertente de ensino pré graduado, médico e de técnicos de diagnóstico e terapêutica e pós graduado com 3 internos de Anatomia Patológica do hospital e proporciona estágios a internos de Anatomia Patológica de outras especialidades deste e doutros Hospitais. Os elementos do Serviço têm participado em diversas acções de formação com apresentação de trabalhos científicos.

Exames Histológicos

0

2000

4000

6000

8000

Ex. Extemp. Biopsias P.Cirúrgicas2003 2004

Autópsias

0

75

150

225

2003 2004

Actividade Diagnostica

02.0004.0006.0008.000

2003 2004

Número de Exames Citológicos

0

1000

2000

3000

4000

Citologia Esfoliativa Citologia Aspirativa2003 2004

Nova técnica: tipificação de HPV por captura híbrida.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 54

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

ANATOMIA PATOLOGICA (CONTINUAÇÃO) Para além da actividade normal, houve uma participação activa no esquema de acreditação do King’s Fund e no esquema de controlo de qualidade de imunohistoquimica UKNEQAS, do Reino Unido, tendo obtido média anual, em 2004, de 15.7/20 – "imunohistoquimica geralmente de nível elevado para os antigénios em questão". O Serviço organizou um Simposium sobre Carcinoma colo-rectal: estadiamento e controlo de qualidade e Demonstração de EGFR em neoplasias, com a presença do Prof. Van Krieken da Universidade de Nijmegen, Holanda (26 Novembro 2004). De notar as enormes dificuldades de espaço e falta de condições de higiene e segurança no trabalho que foram objecto de um relatório da Inspecção Geral do Trabalho e cuja a resolução se aguarda em 2005.

IMUNO-HEMOTERAPIA O Serviço de Imuno-Hemoterapia tem por missão a promoção da dádiva de sangue, a colheita, o estudo, processamento, conservação, administração do sangue e componentes, bem como tratar as situações de doença para as quais esteja indicada a utilização terapêutica de produtos sanguíneos, em condições de máxima segurança para doentes e dadores. O Serviço, em cumprimento da sua missão em 2004, realizou as seguintes actividades:

Variação Actividades 2003 2004

N.º %

Consulta de Triagem de Dadores 6.908 7.823 915 13,25

Colheitas de Sangue Total 4.937 5.408 471 9,54

Consulta de Transfusão Autóloga 197 324 127 64,46

Colheitas para Transfusão Autóloga 60 107 47 78,33

Análises efectuadas a Dadores 98.597 133.016 34.419 34,91

Análises efectuadas a Doentes 34.930 36.401 1.471 4,21

Transfusões 13.498 14.167 669 4,96

Controlo de Qualidade UKNEQAS (Reino Unido) Simposium cancro colo-rectal: Estadiamento e EGFR.

Colheitas

0

1500

3000

4500

6000

Sangue Total Transfusão Autóloga2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 55

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

MEDICINA FÍSICA E DE REABILITAÇÃO

No decurso do ano de 2004, prosseguiu-se a actividade desenvolvida em anos anteriores por forma a cumprir o objectivo do Serviço - “Tratamento atempado dos doentes na fase aguda e sub-aguda, principalmente as situações clínicas mais delicadas que necessitam de cuidados diferenciados, isto é, hospitalares”. No entanto, há doentes crónicos que por se tratarem de situações mais complicadas, necessitam de tratamentos e/ou orientação de cuidados de reabilitação em meio hospitalar. A maioria destes doentes pertence à idade pediátrica, com patologia predominantemente neurológica, necessitando de cuidados específicos, aplicados por técnicos com especialização adequada. Actividades desenvolvidas Actividades assistenciais A actividade desenvolvida centra-se na observação e tratamento de doentes nos vários Serviços de Internamento, dando particular atenção aos Cuidados Intensivos, com o objectivo de contribuir para a descida da demora média de Internamento. É, igualmente, prestado apoio ao Hospital de Dia de Pediatria, essencialmente, na área de cinesioterapia respiratória. O Serviço assegura tratamentos em ambulatório no qual a maioria dos doentes são os que tiveram alta do Internamento e têm potencial de reabilitação. Alguns são enviados para os Cuidados Primários e/ou outros hospitais, com cama de Reabilitação. No que diz respeito à Unidade de Reabilitação Pediátrica, as crianças são enviadas pelo Serviço de Pediatria e/ou algumas Escolas com as quais existe articulação. Esta Unidade não só presta cuidados aos doentes internados, mas tem um largo sector de tratamentos em neurodesenvolvimento. O Serviço de Medicina Física e de Reabilitação presta consultas específicas de: - Acidentes Vasculares Cerebrais; - Incontinência Urinária, em parceria com o Serviço de Ginecologia; - Mesoterapia; - Consulta do Pé. Esta consulta tem duas fases; na primeira fase, é feito uma consulta

multidisciplinar com a presença de uma Endocrinologista e uma Enfermeira, triando doentes com patologia do pé diabético. Os doentes com pé em risco, são enviados para o Serviço de Medicina Física e de Reabilitação. Numa segunda fase e em alguns casos, são prescritas as palmilhas ou o calçado apropriado. Na maioria das vezes, esta prevenção evita a amputação do membro inferior;

- Avaliação e Treino Isocinético; - Reabilitação Pediátrica, Orto-Traumatologia, Amputados e L.V.M. (Lesões Vertebro

Medulares). Formação e outras Actividades O Serviço tem 4 Internos de Especialidade, em diferentes anos de formação. Para além da sua actividade normal, o Serviço colabora com várias Escolas na formação de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica nas áreas de Fisioterapia, Terapia de Fala e Terapia Ocupacional. Os profissionais têm organizado cursos na área de Reabilitação Pediátrica e Confecção de Ortóteses e têm igualmente participado no Grupo Concelhio para a Deficiência promovido pela Câmara Municipal de Almada, que tem como objectivos melhorar as condições de inserção das pessoas com deficiência. Em termos científicos, os profissionais deste Serviço têm apresentado trabalhos e posters em vários congressos e jornadas científicas.

- Mesoterapia; - Aplicação de Toxina Botulínica na

espasticidade; - Articulação com os Cuidados

Primários e outras estruturas sócias.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 56

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

MEDICINA NUCLEAR Durante o ano de 2004, registou-se uma perda de 23,5 dias úteis decorrentes das avarias registadas na câmara gama, representando mais 262% do que o registado em 2003, que foi de 6,5 dias úteis. Comparativamente ao ano de 2003, verificou-se a seguinte variação na actividade clínica do Serviço:

Variação Actividade Diagnostica 2003 2004

N.º %

Exames Realizados (Códigos Primários) 2.548 2.629 81 3,18

Imagens suplementares (Códigos Secundários) 1.325 1.036 - 289 - 21,81

Cirurgias Radioguiadas 31 31 0 0,00

Actividade Terapêutica

Terapêuticas administradas 48 46 - 2 - 4,17

Códigos Totais (SONHO – IGIF) 3.952 3.742 -210 - 5,31

Verificou-se um ligeiro acréscimo de exames realizados em regime de internamento, representando, em 2003 e 2004, respectivamente, 14,8 e 16,6% da actividade clínica. Relativamente aos objectivos a que o Serviço se tinha proposto para 2004, todos foram atingidos:

Objectivos Proposta Execução

Protocolo Cintimamografia

1º Exame até 31 Dez 2004

1º Exame em 16 Dez 2004

Protocolo DATScan

Elaboração até 31 Dez 2004

Elaboração em 17 Nov 2004

Número Registos no SONHO 3.505 3.742

Demora média de relatórios 7 Dias 6,9 Dias

No âmbito do Programa de Acreditação do Hospital, na Auditoria efectuada em Novembro de 2004, o Serviço só apresentou 3 critérios parcialmente cumpridos, cumprindo todos os restantes solicitados. Esta situação traduziu uma melhoria significativa relativamente ao que se registou na Auditoria prévia, em Novembro de 2003, com 24 critérios parcialmente cumpridos e 22 não cumpridos.

Actividade Diagnostica

0

750

1.500

2.250

3.000

E.Realiz. Imag.supl. Cir.Radiog. Ter.Admin.

2003 2004

Implementação de 2 protocolos clínicos na área de diagnostico.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 57

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

NEURORRADIOLOGIA Durante o ano de 2004 houve um aumento significativo do número de actos diagnósticos e terapêuticos bem como do número de consultas efectuadas. A relativa estabilidade do número de angiografias diagnosticas deve-se à progressiva substituição deste método por outros menos invasivos (Angio-TC e Angio-RM), salientando-se, igualmente, um aumento no número de angiografias terapêuticas. No exercício em análise, o Serviço de Neurorradiologia manteve o seu papel de referência nacional no âmbito da terapêutica endovascular. Como técnica nova desenvolvida durante o ano de 2004, refere-se a introdução de stents intracranianos, a execução de vertebroplastia e a colocação conjunta com os Serviços de Cardiologia e de Cirurgia Vascular de stents carotídeos.

Variação 2003 2004

N.º %

TAC 5.651 8.150 2.499 44,22

Ressonância Magnética 1.657 5.380 3.723 224,68

Angiografias Diagnosticas 423 495 72 17,02

Terapêutica

Embolizações 66 70 4 6,06 Consultas Externas

Variação 2003 2004

N.º %

Primeiras 55 82 27 49,09

Segundas 27 56 29 107,41

Total 82 138 56 68,29 Em 2004 houve um aumento muito significativo das Consultas Externas devido ao crescimento das primeiras e das segundas, de, respectivamente, 49,09% e 107,4%. Formação O Serviço de Neurorradiologia continuou a receber internos de diferentes especialidades, não só da área geográfica de influência do HGO como de outras regiões, designadamente, dos Hospitais Centrais e Universitários de Lisboa e de Coimbra e dos Hospitais Distritais do Sul do país.

Referência a nível Nacional no âmbito da terapêutica endovascular.

0

3.000

6.000

9.000

TAC R.Mag. A.Diag. Emboliz.2003 2004

Número de Consultas

0

20

40

60

80

100

Primeiras Segundas2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 58

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

PATOLOGIA CLÍNICA

No ano de 2004, o Serviço de Patologia Clínica (SPC) realizou cerca de 1.800.000 análises que correspondem a cerca de 182.500 requisições nas áreas de Bioquímica Clínica, Hematologia, Imunologia e Bacteriologia. Verifica-se que as análises executadas em urgência representam 54% (978.632) do total efectuado, correspondendo a cerca de 59% (108.803) dos pedidos solicitados. É urgente corrigir esta tendência, pelo que estamos a desenvolver esforços no sentido de serem tomadas as medidas correctivas que consideramos necessárias e que não dependem somente do SPC. Número de Análises

Variação Actividades 2003 2004

Nº %

Rotina 766.539 827.258 60.719 7,92

Urgência 830.418 978.632 148.214 17,85

Total 1.596.957 1.805.890 208.933 13,08

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezRotina Urgência

Em conjunto com a vertente assistencial é preocupação constante dos profissionais do Serviço de Patologia Clínica a valorização profissional e a colaboração em outras actividades que não somente assistenciais. Nesse sentido, além da frequência de cursos promovidos pelo Departamento de Formação Permanente do Hospital Garcia de Orta, há elementos do Serviço de Patologia Clínica que estão em algumas comissões internas como a Comissão de Controlo e Infecção, Comissão de Gestão do Risco e Grupo Coordenador para a Acreditação do Hospital Garcia de Orta do King’s Fund. Para além disso, participam em comissões externas como a Equipa coadjuvante da ARSLVT para a sub-região de Setúbal no âmbito do licenciamento dos Laboratórios Clínicos Privados e são peritos junto do IGIF, nas áreas de Hematologia Geral e Hemostase. Os profissionais do Serviço de Patologia Clínica prestam ainda colaboração permanente em ensaios clínicos laboratoriais devidamente autorizados pela Comissão de Ética.

.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 59

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

RADIOLOGIA

A prática clínica do Serviço de Radiologia do Hospital Garcia de Orta está organizada por

um conjunto de médicos, técnicos e enfermeiros, especialistas nos diferentes campos da

radiologia torácica, músculo-esquelética, gastrointestinal, ginecológica, urinária e mamária,

englobando técnicas de intervenção e emergência radiológica.

O Serviço de Radiologia está dividido em duas áreas funcionais, a Urgência e o Central.

O Serviço Central da Radiologia desenvolve a sua actividade nas variadíssimas áreas de

intervenção e diagnóstico radiológicas, características destas tipologias de Serviços. Esta

área funcional tem sob sua responsabilidade a cobertura dos exames da Radiologia Digital,

da Mamografia, da Ecografia, da Tomografia Computorizada, da Angiografia e da

Ressonância noutros Serviços, tais como, exames de Radiologia Convencional e de

Ecografia a doentes intransportáveis e exames de Apoio Radiológico nas diferentes salas do

Bloco Operatório, assegurando as necessidades das diferentes especialidades solicitadoras.

Variação 2003 2004

N.º %

RX Convencional 116.735 113.233 - 3.502 - 3,00

Angiografia 588 536 - 52 - 8,84

Tomografia Computorizada 6.436 7.725 1.289 20,03

Ressonância Magnética 731 1.100 369 50,48

Ecografia 13.794 11.552 - 2.242 - 16,25

Eco - Doppler 404 403 - 1 - 0,25

Mamografias 2.142 3.034 892 41,64

Actividade Diagnostica

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

RX C. Angio. Tomo. R.Mag. Ecog. E.Dop. Mamo.2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 60

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados ANESTESIA

O Serviço de Anestesia, durante o ano 2004, debateu-se com dificuldades de Recursos Humanos. A sua actividade reparte-se pelo Bloco Operatório, Consulta Externa, Urgência Geral e Obstétrica, Unidade da Dor, Unidade de Neurocirurgia e Meios Complementares de Diagnóstico (Imagiologia e Neurorradiologia). Existem 23 médicos anestesistas entre chefes de serviço e assistentes; três estão em horário de 35 horas e os restantes em 42 horas. Destes, dois não realizam a sua actividade no Bloco Operatório por razões clínicas, um dá apoio à Unidade da Dor, um é Director do Bloco Operatório, outro é Director do Serviço de Anestesia, uma da anestesistas é responsável pelo Bloco de Partos e outra desenvolve a sua actividade na Unidade de neurocirurgia. Os restantes 16 médicos asseguram toda a actividade anestésica, o que torna difícil dar continuidade a alguma actividade que deveria de ser assegurada pelo Serviço de Anestesia, tal como os pós operatórios, meios auxiliares de diagnóstico com cobertura parcial e outras actividades complementares. Consultas Externas

Variação 2003 2004

N.º % Primeiras 1.716 4.044 2.328 135,66 Segundas 549 6 - 543 - 98,91

Total 2.265 4.050 1.785 78,81

Número de Consultas

0

1.100

2.200

3.300

4.400

Primeiras Segundas2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 61

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

BLOCO OPERATÓRIO O Bloco Operatório possui sete salas de Cirurgia Programada e uma de Cirurgia Urgente e uma Unidade de Cuidados Pós-anestesicos com um total de nove camas. Funciona com um horário de 2 Salas – 8h/20h, 5 Salas – 8h/16h e 1 Sala – 24h/24h. Distribuição de Tempo Operatório Semanal

Serviços Tempo útil Sessões Operatórias

Cirurgia Geral (Semana A) 60 horas 7 Cirurgia Geral (Semana B) 56 horas 7 Ortopedia 38 horas 5 Neurocirurgia 36 horas 3 Otorrino /Maxilo-Facial (Semana A) 30 horas 4 Otorrino /Maxilo-Facial (Semana B) 34 horas 4 Oftalmologia 30 horas 4 Ginecologia 28 horas 4 Urologia 24 horas 3 Cirurgia Vascular (Semana A) 20 horas 2 Cirurgia Vascular (Semana B) 16 horas 2 Traumatologia 15 horas 3 Cirurgia Pediátrica 14 horas 2 Cirurgia Plástica 5 horas 1 Pneumologia 6 horas 1 semanal 3xmês

Outras Actividades assistenciais A actividade do PECLEC é realizada fora da actividade normal de trabalho, sendo-lhe atribuída três sessões ao sábado e duas sessões nas tardes de quarta-feira e sexta-feira. As especialidades aderentes a esta actividade são a Cirurgia Geral, Ortopedia, Cirurgia Vascular, Ginecologia, Urologia e a Otorrinolaringologia. Programa Colheita e Transplante de Órgãos. Actividade do Bloco Operatório

Variação 2003/2004 Intervenções Doentes

Intervenções Doentes

2003 2004 2003 2004 N.º % N.º % Programadas 5.702 6.151 4.617 4.673 449 7,87 56 1,21 Urgentes 2.848 2.820 2.709 2.449 - 28 - 0,98 - 260 -9,60 PECLEC 898 1.084 781 882 186 20,71 101 12,93 Transplantes 18 24 18 24 6 33,33 6 33,33 Colheitas 15 18 15 18 3 20,0 3 20,00 Total 9.481 10.097 8.140 8.046 616 6,50 -94 -1,15

Unidade de Cuidados Pós-anestésicos

Variação 2003/2004 Total de Doentes Doentes Ventilados

Doentes Doentes Ventilados 2003 2004 2003 2004 N.º % N.º %

7.543 7.798 68 41 255 3,38 - 27 - 39,71

Apoio a sessões cirúrgicas especiais com colaboração de cirurgiões estrangeiros.

Taxa de utilização do Bloco Operatório para a Cirurgia Programada de 82% Taxa de Utilização do Bloco Operatório para a Cirurgia Urgente de 48%

Actividade do Bloco Operatório

7500

8250

9000

9750

10500

Intervenções Doentes

2003 2004

Unidade de Cuidados Pós-anestésicos

0

2000

4000

6000

8000

Total Doentes Doentes Ventilados2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 62

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS

Em 2004 estiveram internados na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), 182 doentes, 8 vindos do ano anterior e 174 internados durante o ano. Transitaram para o ano de 2005, 8 doentes. A UCI esteve em obras entre 1 de Setembro e 4 de Outubro pelo que a capacidade de internamento foi mais reduzida (2.810 dias em vez de 2.928 dias). Grupos Nosológicos dos Doentes

N.º % Total Médicos 119 65,38 Total Cirúrgicos 63 34,62 Cirúrgicos de Urgência 24 13,19 Cirúrgicos Programados 23 12,64 Politraumatizados 16 8,79

A média de idades dos doentes foi de 59,68 anos (máxima - 92 anos, mínima - 19 anos), os quais 106 eram do sexo masculino (58%) e 76 do sexo feminino (42%). Dos 182 doentes internados, 4 (2,20%) tiveram alta para o domicílio, 109 (59,89%) foram transferidos, 61 (33,52%) faleceram na UCI e 8 (4,40%) transitaram para o ano de 2005. Destino dos Doentes

N.º %

Mantiveram-se na Unidade 8 4,40 Alta 4 2,20 Falecidos 61 33,52 Transferidos 109 59,89

Em 182 doentes, 73 tiveram alta da enfermaria para casa (4 tinham tido alta da UCI para casa), 86 faleceram (61 na UCI e 25 na enfermaria) e 11 foram transferidos para outros Hospitais. A demora média de internamento foi de 14,69 dias (máxima - 91,2 dias; mínima - 0,1 dias). A taxa de ocupação foi de 95,12% (2.673 dias de internamento para uma capacidade de internamento de 2.810 dias).

Variação

2003 2004

N.º % Lotação Serviço 8 8 - - Doentes entrados 173 175 2 1,16 Doentes saídos 173 175 2 1,16 Dias internamento 2.857 2.720 - 137 - 4,80 Capacidade de Internamento 2.920 2.808 - 112 - 3,84 Taxa de Ocupação 97,84 96,87 - - 0,99 Demora média 16,51 15,54 - 0,97 - 5,88 Doente tratado p/cama 22 22 - -

Grupos Nosológicos dos Doentes

0

30

60

90

120

150

Total Médicos Total Cirúrgicos

Número de Doentes Saídos

100

120

140

160

180

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 63

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS (CONTINUAÇÃO)

A mortalidade global na UCI foi de 33,52%. A mortalidade hospitalar foi de 47,25%. A probabilidade de mortalidade era de 50,28%. Analisando a mortalidade, verifica-se que dos 61 doentes falecidos, 12 (19,67%) faleceram até às 24 horas de internamento e 20 (32,79%) até às 48 horas. Se excluirmos esses 12 doentes, a mortalidade baixa para 28,82% e se excluirmos os falecidos até às 48 horas, a mortalidade baixa para 25,31%. Os índices de gravidade dos doentes foram: APACHE II – 25,98 (máximo - 60; mínimo - 3); SAPS – 16,36 (máximo - 50; mínimo - 3). Os índices de intervenção de enfermagem foram: TISS 28 – 40,7 (máximo - 61; mínimo - 12).

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 64

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

UNIDADE DE DOR Unidade Dor Crónica – A actividade da unidade distribui-se por 3 áreas essenciais: Assistencial, Formativa e Organizativa.

Assistencial Trata doentes de todos os grupos etários referenciados à Unidade, portadores de dor oncológica e não oncológica, quer em regime de internamento ou em ambulatório que inclui Consulta Externa, Consulta Multidisciplinar, Hospital de Dia, Urgência de Adultos e Urgência Pediátrica. Realizam-se técnicas invasivas quer no Hospital de Dia da Unidade de Dor quer nas Unidades de Internamento, na Imagiologia e no Serviço de Urgência. Actividade assistencial no período compreendido entre Maio e Dezembro de 2004:

Sessões Hospital Dia 2.607 Consultas de Internamento 2.254 Consultas de Enfermagem 2.434 Colheitas de Sangue 32

Formativa Compreende estágios de pós-graduação em Dor Crónica de internos da Especialidade de Anestesia provenientes dos Hospitais Egas Moniz, Santa Maria, Santarém e Garcia de Orta; Estágios a médicos de diferentes Especialidades do Curso de Pós-Graduação da Medicina da Dor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, provenientes do Hospital de Santa Cruz, Hospital da Guarda, Hospital de Leiria, Hospital de Ponta Delgada, Hospital de Santo António do Porto e Centro Hospitalar de Coimbra. Estágios de Estudantes de Enfermagem quer do Curso de Licenciatura quer Curso Pós-Graduação em Enfermagem e Enfermeiros de outras Instituições (Hospitalares e Centros de Saúde): Curso Licenciatura em Enfermagem das Escolas Superiores de Enfermagem S. Vicente de Paulo, Santarém, S. Francisco da Misericórdia, Évora; Do Curso Pós-Graduação em Enfermagem Oncológica, E. S. Enf. Bissaya Barreto – Coimbra; Enfermeiros do Exercício com o objectivo de melhorar continuidade de cuidados de enfermagem aos doentes das s Centro de Saúde de Sesimbra, Hospital Santa Maria, Hospital Egas Moniz. Visitas de Estudo - Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa e Instituto uas unidades. Politécnico de Setúbal. Formação teórica em Escolas Superiores de Enfermagem e Departamentos de Formação de outros Hospitais.

Médicos Internos da Especialidade 8 Especialistas 6 Enfermeiros Licenciatura 5 Pós-Graduação 2 Estágios de Estudantes 4

Organizativa A Unidade de Dor promove a realização anual das Jornadas da Unidade de Dor na última 6.ª Feira do mês de Janeiro com 500 delegados; 1 médico da Unidade de Dor pertence à Comissão de Acompanhamento do Plano Nacional da Luta contra a Dor da região de Lisboa e Vale do Tejo, 1 médico pertence ao corpo de docentes do curso de Medicina Dentária do Instituto Egas Moniz do Sul e do curso de Medicina da Dor da Universidade do Porto, e do Mestrado de Anestesia e Dor da Universidade de Coimbra.

Unidade de Cuidados Pós-anestésicos

0

750

1500

2250

3000

C.Sangue C.Enfer. C.Inter. Hosp.Dia

Realização anual das Jornadas da Unidade de Dor na última 6.ª Feira do mês de Janeiro.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 65

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

UNIDADE DE DOR (CONTINUAÇÃO) Consultas Externas Número de Consultas

Variação

2003 2004

N.º % Primeiras 346 412 66 19,08 Segundas 1.505 2.082 577 38,34

Total 1.851 2.494 643 34,74 O total de Consultas da Unidade da Dor aumentou em cerca de 34,74%, relativamente a 2003. No mesmo período, o aumento das Primeiras Consultas foi de 19,08%.

Número de Consultas

200

600

1000

1400

1800

2200

Primeiras Segundas2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 66

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

URGÊNCIA GERAL

O Serviço de Urgência Geral apresentou, no ano de 2004, um ligeiro decréscimo de admissões que se traduziu numa taxa de internamentos de 46,45 % em relação ao número total de internamentos hospitalares. Valerá a pena salientar a formalização e caracterização de ÁREAS FUNCIONAIS a discriminar: Emergência Pré-Hospitalar Equipa VMER

- Acréscimo de intervenções; - Menor índice de inoperacionalidade, tanto relativamente ao ano anterior como em relação a equipas similares na área de Lisboa.

Urgência – Ambulatório

Variação Urgência Geral 2003 2004

N.º %

Número de Admissões 100.584 99.768 - 816 - 0,81

- Estratificação da Triagem – opção de mudança a objectivar em 2005, mediante uma grande diversidade de patologias e gravidade;

- O número de doentes internados no Serviço de Urgência Geral, em termos de serviço de Internamento que abrange a Unidade de Emergência com 3 camas de Cuidados Intensivos, 6 de unidade intermediária, o Internamento de curta duração com 16 camas e ainda um número significativo de macas (doentes internados a aguardar vaga nos Serviços Hospitalares, predominantemente de Medicina), conferiu ao Serviço de Urgência uma taxa de ocupação de 176%.

Variação

2003 2004 N.º %

Lotação Serviço 24 24 - -

Doentes entrados 7.901 7.735 - 166 - 2,10

Doentes saídos 7.900 7.734 - 166 - 2,10

Dias internamento 15.635 16.047 412 2,64

Capacidade de Internamento 8.760 9.125 365 4,17

Taxa de Ocupação 178,48 175,86 - - 1,47

Demora média 1,98 2,07 0,09 4,55

Doente tratado p/cama 329 322 - 7 - 2,13 Unidade de Emergência – 9 camas A unidade de emergência é uma área que privilegia a abordagem diagnostica e terapêutica dos doentes críticos, logo a partir da admissão. Pretende-se com esta estratégia minimizar a gravidade da situação clínica do doente, estabilizá-lo rapidamente, diminuir a morbilidade e finalmente servir como unidade de “pivot” para todas as Unidades Hospitalares. Actividades de relevo: - Participação no Programa de Detecção de Dadores de Órgãos e tecidos – 9 dadores multiorgânicos dos 18 em todo o Hospital

- Ventilação não invasiva – melhoria de estabilidade para o doente, minimização de procedimentos invasivos, de comorbilidades e de custos.

Criação e definição de áreas funcionais

Número de Admissões

90000

93500

97000

100500

2003 2004

Doentes Saídos

0

3000

6000

9000

2003 2004

Doentes em maca a aguardar vaga nos Serviços – média diária 18,24 50% das Colheitas de Órgãos e Tecidos são oriundos da UCDI

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 67

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.1- Área de Prestação de Cuidados

URGÊNCIA GERAL (CONTINUAÇÃO) UCDI Internamento

Variação 2003 2004

N.º % Lotação Serviço 3 3 - - Doentes entrados 587 515 -72 - 12,27 Doentes saídos 587 515 -72 - 12,27 Dias internamento 1.084 1.060 -24 - 2,21 Capacidade de Internamento 1.095 1.098 3 0,27 Taxa de Ocupação 99,00 96,54 - - 2,48 Demora média 1,85 2,06 0,21 11,35 Doente tratado p/cama 196 172 - 24 - 12,24

- Alta rotatividade. Taxa de ocupação excessivamente elevada para a necessidade constante de camas com disponibilidade de ventilação artificial. Recurso inadequado a ventilação artificial invasiva na unidade intermediária. - Do total de doentes entrados, 515, cerca de 16% (81) tem proveniência de dentro da Instituição por necessitarem de cuidados diferenciados (ventilação).

Unidade de Emergência – SO – Internamento

Variação 2003 2004

N.º % Lotação Serviço 6 6 - - Doentes entrados 7.717 7.432* - 285 - 3,69 Doentes saídos 7.717 7.432 - 285 - 3,69 Dias internamento 9.381 9.554 173 1,84 Capacidade de Internamento 2.190 2.190 - - Taxa de Ocupação 428,36 436,26* - 1,84 Demora média 1,22 1,29 0,07 5,74 Doente tratado p/cama 1.286 1.239 -47 -3,65

* Total de doentes englobados nas 6 camas + macas.

Internamento de Curta Duração

Variação 2003 2004

N.º % Lotação Serviço 15 16 1 6,67 Doentes entrados 1.318 1.180 - 138 - 10,47 Doentes saídos 1.317 1.180 - 137 - 10,40 Dias internamento 5.170 5.658 488 9,44 Capacidade de Internamento 5.475 5.840 365 6,67 Taxa de Ocupação 94,43 96,88 - 2,59 Demora média 3,93 4,79 0,86 21,88 Doente tratado p/cama 88 74 - 14 - 15,91

- Objectivo dinâmico de estabilização do doente cujo internamento se prevê não prolongado; - 100% de altas semanais. Taxa de reinternamento 5% e a taxa de reinternamento <30 dias 2% Globalmente poderemos dizer em relação ao Serviço de Urgência que, no ano de 2004, apresentou um movimento de doentes e complexidade de patologias características de um Hospital Central, cuja dimensão física e a dotação de profissionais ( equipa física) se encontram dentro do processo de modernização e em fase de implementação durante o ano 2005.

Doentes Saídos

0

175

350

525

700

2003 2004

Doentes Saídos

0

2000

4000

6000

8000

2003 2004

Elevada rotatividade, com “upgrade” de cuidados e monitorização; Permuta com doentes mais estabilizados;

Doentes Saídos

0

250

500

750

1000

1250

1500

2003 2004

Demora média efectiva – menos de metade da do GDH correspondente.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 68

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA Os objectivos propostos pelo Serviço de Alimentação e Dietética para o ano de 2004, como indicadores de produção e eficiência operacional, foram, em relação ao ano anterior, aumentar o número total de consultas de nutrição e dietética em 10% e aumentar o número de ensinos a doentes e/ou familiares, aquando da alta hospitalar, igualmente em 10%. Como índices de produção e eficiência operacional os resultados atingidos pelo Serviço de Alimentação e Dietética, com o mesmo número de elementos do ano transacto, corresponde a um aumento de 48,8% de consultas e ensinos a doentes e/ou familiares, correspondendo a um aumento de 26,5%.

Variação 2003 2004

N.º % Consultas 1.603 2.385 782 48,78 Ensinos 234 296 62 26,50

A alimentação é fornecida em sistema de outsourcing e a sua preparação é feita nas instalações do Hospital. O total de encargos em 2004 com a empresa de alimentação foi de 1.109.963,20 euros. O quadro abaixo mostra o número de refeições distribuídas aos doentes Internados, por tipo de refeição, o que representa um encargo de 891.213,47 euros correspondendo a 82,92% dos encargos totais. Número de Refeições

Número de Refeições Preço Unitário Encargo Total

2003 2004 2003 2004 2003 2004 Pequeno-Almoço 127.530 128.641 0,32 0,33 40.809,60 42.451,53Meio da Manhã 36.075 37.716 0,46 0,47 16.594,50 17.726,52Almoço 131.118 166.357 4,65 4,79 609.698,50 796.850,03Lanche 132.114 133.905 0,27 0,28 35.670,78 37.493,40Jantar 131.038 132.963 4,65 4,79 609.326,70 636.892,80Ceia 131.699 133.506 0,36 0,37 47.411,64 49.397,22Ceia de Pessoal 64.935 66.189 1,47 1,50 95.454,45 99.283,50

O restante valor de 218.749,81 corresponde a alimentação fornecidas aos pais das crianças internadas, ao Serviço de Sangue e a Reforços.

Encargo Anual

Acompanhantes da Pediatria 24.886,58

Serviço de Sangue 13.008,41

Reforços 180.854,82

.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

Consultas Ensinos2003 2004

Número de Encargos Totais

0

150.000

300.000

450.000

600.000

750.000

900.000

Peq-Alm.

MeioManhã

Alm. Lanche Jantar Ceia CeiaPessoal2003 2004

0,00

40.000,00

80.000,00

120.000,00

160.000,00

200.000,00

Acompanhantesda Pediatria

Serviço deSangue

Reforços

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 69

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

ARQUIVO CLÍNICO O Serviço é composto por 3 áreas funcionais:

Consultas Externas / Internamentos Urgência Geral, Obstétrica e Pediátrica Meios Complementares Diagnostico e Terapêutica

Quando foi assumida a responsabilidade deste sector, no final de 2003, foi estabelecido como objectivo a sua reorganização, tentando tanto quanto possível evitar a saída de processos do Arquivo Clínico, de uma forma desorganizada e sem controlo o que por vezes leva a não disponibilização do processo atempadamente. Em 2004 foram implementadas medidas correctivas de forma a controlar sistematicamente o trajecto dos processos clínicos, nomeadamente:

- Pedidos de todos os Processos Clínicos pelo Sistema Informático; - Registo no Sistema Informático das entradas de todos os Processos Clínicos;

Para permitir uma melhor resposta por parte do Arquivo Clínico aos serviços utilizadores, foi alterado o horário, passando a funcionar das 08h00 às 20h00 de segunda a sexta-feira e sábados das 08h00 às 13h00.

Através de listagens programadas são retirados diariamente os seguintes Processos Clínicos:

Movimento de Processos Clínicos Média Diária

Consultas Externas 800

Consultas não Programadas com menos de 12h e 24h (adicionais)

40 a 50

Pedidos urgentes de Processos Clínicos (Próprio dia) 30 a 40

Pedidos urgentes de Processos Clínicos para Consulta Externa, Internamentos e Hospital de Dia

30 a 40

Processos para Estudo e Codificação dos G.D.H. 80

Total 1.000

*São consultados pelos médicos no próprio Arquivo Clínico O movimento diário de saídas do Arquivo Clínico de Processos Clínicos é de cerca de 1.000.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 70

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

FARMÁCIA

Os Serviços Farmacêuticos do Hospital Garcia de Orta garantiram cuidados farmacêuticos, quer aos doentes internados, cerca de 24.600 quer aos doentes de ambulatório (3.764) que, no decorrer do ano de 2004, recorreram ao Hospital. Relativamente ao ano anterior foi cedida terapêutica a mais 651 doentes (aumento de cerca de 20%). Aquisições Processamento de 3.000 pedidos de compra (medicamentos registados e sujeitos a AUE). O envolvimento nas negociações com laboratórios fornecedores ajudou à obtenção de benefícios significativos que se traduziram na redução de preços unitários em diversos produtos farmacêuticos. Ambulatório Cedência de terapêutica personalizada a cerca de 100 doentes/dia, com informação ao doente. O crescimento contínuo de doentes em regime de ambulatório: VIH (> 12%), Oncológicos (>25%), Hepatite C (>35%), Insuficientes Renais Crónicos (> 25%), Esclerose Múltipla (>20%), e Artrite Reumatóide (>15%), é responsável pelo aumento global de cerca de 17% no consumo de medicamentos. Número de doentes por Patologia

Variação 2003 2004

N.º % Neoplasias 1.373 1.722 349 25,42 H.I.V. 951 1.064 113 11,88 Hepatite C 61 82 21 34,43 IRC/Transplantados 485 611 126 25,98 Esclerose Múltipla 138 166 28 20,29 Ela 19 23 4 21,05 Epilepsia 8 11 3 37,50 Drepenocitose - - - - Hemofilia 2 1 - 1 - 50,00 Hormona De Crescimento 20 17 - 3 - 15,00 Acromegália 7 13 6 85,71 Doença Granulomatosa Grave - - - - Artrite Reumatóide 86* 104* 18 20,93

Total 3.113 3.764 651 20,91 * Inclui doentes de infliximab em hospital de dia de reumatologia

Número de Doentes do Hospital de Dia

Variação 2003 2004

N.º % Infecciologia 951 1.064 113 11,88 Oncologia 1.373 1.722 349 25,42 Neurologia 138 168 30 21,74 Reumatologia 86 104 18 20,93

Total 2.548 3.058 510 20,02

Apresentação de dois trabalhos, sob a forma de poster” “Utilização de Carbapenemos no HGO” e “Hipertensão Pulmonar, avaliação da terapêutica combinada, a propósito de um caso clínico” no Congresso Europeu de Farmácia Clínica, realizado em Praga e no V Congresso da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares Participação no artigo “Terapêutica Antimicrobiana no HGO – alterar para melhorar. Experiência de 6 meses da Comissão de Antibióticos, Março a Agosto de 2004”. Publicado na Revista Colóquios do HGO.

Número de Doentes do Hospital de Dia

0

300

600

900

1200

1500

1800

Infecciologia Oncologia Neurologia Reumatologia2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 71

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

FARMÁCIA (CONTINUAÇÃO)

Farmacotecnia Preparação centralizada de todos os citotóxicos (mais 389 novos doentes em 2004); mais de 2.000 preparações de manipulados. Criação e desenvolvimento de uma aplicação informática para prescrição/preparação/administração de quimioterapia. Distribuição Interpretação e validação de mais de 800.000 prescrições terapêuticas; envio de 1500 informações escritas aos diversos serviços; controlo do circuito de psicotrópicos e estupefacientes; rastreabilidade de 1984 administrações de hemoderivados; preparação e entrega de toda a medicação. Farmacocinética Monitorização terapêutica de 86 doentes no ano de 2004. Reembalagem Preparação para a dose unitária de todos os medicamentos não conforme. Recolha e validação de amostras e devoluções dos doentes. Radiofarmácia Apoio ao Serviço de Medicina Nuclear por uma farmacêutica especialista nesta área. Informação/ensaios clínicos Apoio ao nível da informação terapêutica a todos os profissionais de saúde do HGO. Participação em vários ensaios clínicos. Comissões hospitalares Integração dos farmacêuticos nas várias comissões hospitalares. Componente Científica/Formação Acompanhamento dos estágios de pré-licenciatura de farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa e do Instituto Superior de Ciências da Saúde-Sul. Participação na 1ª e 2ª edição da Sessão de Formação sobre “Prevenção e Tratamento de Úlceras de Pressão”, realizada pelo Serviço de Cuidados Intensivos do HGO em Junho e Outubro, respectivamente, e apresentada no Departamento de Formação para os profissionais do HGO e Centros de Saúde da sua área de influência. Acompanhamento dos estágios intercalares dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica.

Apresentação de um trabalho sob a forma de poster no V Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), realizado no Centro de Congressos de Lisboa em Novembro de 2004, com o titulo “ Novos doentes em terapêutica antiretroviral, infectados pelo VIH”. Prémio para o melhor poster apresentado no V Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), realizado no Centro de Congressos de Lisboa em Novembro de 2004, com o titulo “ LBG-Sorbitol como contraste oral em Ressonância Magnética Nuclear Prémio para a melhor comunicação livre, apresentada no V Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH), realizado no Centro de Congressos de Lisboa em Novembro de 2004, com o título “ Farmacêutico Hospitalar – Garante de Qualidade na Prescrição, Transcrição e Administração de Citotóxicos – Sistema Arex”. Apresentação de uma comunicação oral no ISCS-Sul, Março de 2004 – “Ambulatório Hospitalar”.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 72

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

GABINETE DO UTENTE O Gabinete do Utente é um espaço privilegiado de auscultação das necessidades e sentires dos cidadãos, utentes de saúde. É um Serviço destinado a receber exposições dos utentes dos Serviços de Saúde funcionando, simultaneamente, como meio de defesa dos utentes e instrumento de gestão dos Serviços. As atribuições do Gabinete do Utente são as seguintes:

- Informar os utentes dos seus direitos e deveres em relação aos Serviços de Saúde; - Receber as reclamações sobre o funcionamento dos Serviços ou comportamentos dos

funcionários; - Reduzir a escrito as reclamações orais feitas nos termos da alínea anterior, quando os

reclamantes não possam fazê-lo; - Receber as sugestões formuladas pelos utentes no que se refere à organização e

funcionamento dos Serviços; - Promover junto das populações da respectiva área a divulgação da existência do próprio

Gabinete.

O quadro seguinte mostra a actividade desenvolvida pelo Gabinete do Utente, no ano 2004, não só no que se refere ao número de reclamações apresentadas bem como os outros procedimentos desencadeados por este Gabinete.

Gabinete de Utente 2004

Reclamações Entradas 777

Reclamações Resolvidas 604

Reclamações Pendentes 173

Formas de Entrada das Reclamações 2004

Reclamações em Livro Amarelo 643

Reclamações em Gabinete de Utente 52

Elogios 25

Outras Formas de Entrada 82

Comparativamente ao ano 2003, houve um acréscimo de 189 reclamações. No entanto, foi possível diminuir significativamente o número de reclamações a aguardar resposta; entre 2003 e 2004, estas passaram de 374 para 173

Reclamações

0

200

400

600

800

Pendentes Resolvidas Entradas

Formas de Entrega

0

200

400

600

800

OutrasFormas

Elogios GabineteUtente

LivroAmarelo

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 73

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

GABINETE DO UTENTE (CONTINUAÇÃO) Relativamente ao total das reclamações, em 2004, os assuntos predominantes foram: Tipo de Reclamações

2004

Assistência médica 232

Comunicação/informação com os profissionais de saúde e/ou a organização 102

Acessibilidade 53

Aspecto físico do acolhimento 44

Outros assuntos diversos 346

De forma a tornar o mais transparente possível todo o processo, o Gabinete do Utente tem insistido na prática de, trimestralmente, dar a conhecer à Inspecção-geral de Saúde o teor das queixas apresentadas bem como o respectivo desenvolvimento. Outras áreas em que o Gabinete de Utente teve intervenção em 2004:

Outros Procedimentos

Informações 609

Encaminhamentos 387

Apoio Psicossocial 72

Reclamações

0

200

400

600

800

Pendentes Resolvidas Entradas

Outros Procedimentos

0

150

300

450

600

750

Informações Encaminhamentos ApoioPsicossocial

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 74

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

SERVIÇO CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO Em relação a 2003, o Serviço Central de Esterilização teve uma produção inferior em “reprocessamento de dispositivos médicos" (-5,3%) e na produtividade têxtil (-39,7%). Na esterilização a vapor, a média Ciclos/Dia decresceu cerca de 2,6%, passando de 23,3 para 22,7. Na esterilização a Baixa Temperatura/Plasma, a média Ciclos/Dia também decresceu, de 5 para 4,8, correspondendo a uma variação de - 4%. Ciclos de Esterilização Alta Temperatura / Vapor

Variação 2003 2004

N.º % Esterilizadores AJC 6.604 6.918 314 4,75 Esterilizadores Matachana 1.907 1.367 - 540 - 28,32 Total/ Ciclos 8.511 8.285 - 226 - 2,66 Média Ciclos/ Dia 23,3 22,7 - 0,6 - 2,58 Unidades Esterilizadas 62.508 57.912 - 4.596 - 7,35

Baixa Temperatura /Plasma

Variação 2003 2004

N.º % Total ciclos 1.683 1.750 67 3,98 Média /ciclos realizados 5 4,8 - 0,2 - 4,00 Cancelamentos 53 58 5 9,43 Média/ciclos Cancelados 3,1 3,3 0,2 6,45

O Serviço tem capacidade disponível em equipamentos de esterilização, o mesmo não acontecendo em equipamentos de lavagem, cuja taxa de utilização foi de 74,4 % nas 24h de funcionamento e de 100% nos turnos da manhã e da tarde. Em termos de manutenção preventiva, o calendário de manutenções estabelecido foi cumprido e este facto contribuiu para que os esterilizadores a vapor tivessem uma paragem de 17 dias, (- 12 dias de que em 2003) e os equipamentos de lavagem, 15 dias (+ 4 dias do que em 2003). O envelhecimento do equipamento associado à sua utilização permanente e os elevados custos de reparação constituem uma preocupação para o Serviço. Neste sentido, deve ser equacionada a aquisição de novos equipamentos. O principal cliente continua a ser o Departamento da Dor e Emergência logo seguido do Departamento Médico da Mulher e Criança. Recursos Humanos No início do ano, o Serviço contava com duas enfermeiras, 1 administrativa e um staff de 29 Auxiliares de Acção Médica, sendo um deles, extra numerário. A 31 de Dezembro o staff manteve-se nos 29 elementos. O absentismo no Serviço Central de Esterilização foi de 2,27%.

Participação activa no desenvolvimento das actividades exigidas pelo Projecto King´s Fund, como membro efectivo da equipa coordenadora.

Colaboração em formação interna e externa sobre esterilização. Ciclos de Esterilização Vapor

0

13000

26000

39000

52000

65000

NºUnidades Total Matachana AJC2003 2004

Ciclos de Esterilização Gás Plasma

0

500

1000

1500

2000

Realizados Cancelados2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 75

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

SERVIÇO SOCIAL O Serviço Social Hospitalar tem como área de intervenção, na abordagem do doente, a

dimensão psicossocial. Esta dimensão não tem conteúdo de “psico-social stritus sensus”, de

apoio à pessoa individualizada, mas engloba o sentido do conceito de uma abordagem global

que tem em conta a pluridimensionalidade do ser humano.

Assim, no ano de 2004, a intervenção do Serviço Social, tendo por base indicadores de

produtividade previamente definidos, ao nível do internamento, urgência, ambulatório e

Gabinete do Utente, traduziu-se nos seguintes resultados:

Serviço Social Internamento Ano 2004

Indicadores de Produtividade Adultos Pediatria ObstetríciaTotal

Atendimentos 4.924 271 343 5.538

Situações Problemáticas 1.393 222 341 1.956

Procedimentos 12.489 1.342 3.599 17.430

Encaminhamentos 3.358 762 890 5.010

Protelamentos de Alta 48 9 5 62

Dias Protelamento de Alta 325 187 21 533

Serviço Social Urgência Ano 2004

Indicadores de Produtividade Adultos Pediatria Total

Atendimentos 1.229 74 1.303

Situações Problemáticas 349 74 423

Procedimentos 1.491 623 2.114

Encaminhamentos 801 345 1.146

Protelamentos de Alta 44 0 44 Dias de Protelamento de Alta 121 0 121

Serviço Social Consultas Externas Ano 2004

Indicadores de Produtividade Adultos Pediatria ObstetríciaTotal

Atendimentos 230 78 55 363

Situações Problemáticas 197 78 55 330

Procedimentos 1.281 475 520 2.276

Encaminhamentos 680 117 119 916

.

Total de Internamentos

0

3000

6000

9000

12000

15000

18000

D.P.Alta P.Alta Encam. Proced. S.Probl. Atendim.

Total de Urgências

0

500

1000

1500

2000

2500

D.P.Alta P.Alta Encam. Proced. S.Probl. Atendim.

Total de Consultas Externas

0

500

1000

1500

2000

2500

Encaminh. Procedim. S.Problem. Atendim.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 76

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.2- Área de Suporte à Prestação de Cuidados

SERVIÇO SOCIAL (CONTINUAÇÃO)

Serviço Social Hospital de Dia Ano 2004

Indicadores de Produtividade Adultos

Atendimentos 60

Situações Problemáticas 32

Procedimentos 151

Encaminhamentos 58

Serviço Social Hemodiálise Ano 2004

Indicadores de Produtividade Adultos

Atendimentos 63

Situações Problemáticas 63

Procedimentos 273

Encaminhamentos 66

O Serviço Social, no que se refere aos objectivos de Produção e Eficiência Operacional que foram delineados para o ano 2004, atingiu os níveis de produtividade pretendida:

Dos 24.601 utentes entrados nos diversos Serviços de Internamento, 5.538 foram acolhidos, acompanhados e apoiados psicossocialmente (23%), concretizando 92% do objectivo proposto; Ao nível do Serviço de Urgência Geral, houve a necessidade de internamento nos serviços, por razões sociais, de apenas 6 doentes, concretizando o objectivo proposto em 100% (menos de 10 situações/ano). Relativamente ao objectivo de Qualidade e Serviço proposto, foram garantidos o acompanhamento e apoio psicossocial a todas as grávidas adolescentes entradas no Serviço de Obstetrícia, concretizando o objectivo proposto em 100%.

Total de Hospital de Dia

0

40

80

120

160

Encaminh. Procedim. S.Problem. Atendim.

Total de Hemodiálise

0

100

200

300

Encaminh. Procedim. S.Problem. Atendim.

.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 77

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

ASSESSORIA JURÍDICA E CONTENCIOSO Contencioso Financeiro – Cobrança De Dividas Hospitalares A actividade do contencioso financeira é expressa sinteticamente através do seguinte quadro:

Cobrança Judicial Cobrança Extrajudicial

Processos remetidos 95

Processos constituídos 1.493

O total de montante cobrado foi de 460 764,37 € Assessoria Jurídica A actividade de assessoria jurídica é expressa sinteticamente através do seguinte quadro:

Número Processos Entrados

Número Processos Concluídos

Número Processos Pendentes

270 241 29

Outras Actividades O Serviço de Assessoria Jurídica e Contencioso desenvolveu ainda as seguintes actividades:

- Elaboração de Circulares Normativas e Informativas, protocolos e contratos; - Participação dos juristas, na qualidade de monitores em cursos ou sessões promovidos

pelo Serviço de Formação do Hospital Garcia de Orta (HGO);

- Promoção da prática de actos relativos ao Hospital Garcia de Orta junto dos Registos Comercial e Predial;

- Apoio jurídico directo ao Conselho de Administração e a todos os outros serviços do Hospital

Garcia de Orta, com particular relevância para o Serviço de Aprovisionamento, Gabinete de Apoio à Gestão, Serviço de Pessoal, Serviço de Vencimentos, Gabinete do Utilizador, Gabinete do Utente;

- Instrução de Processos de Averiguações, Inquérito e Disciplinares;

- Participação em júris de concursos de pessoal e aprovisionamento;

- Representação legal do HGO em processos judiciais, nomeadamente, através da

constituição de mandatário judicial, quando tal se revela necessário.

Número deProcessos

0

400

800

1200

1600

Processos remet idos Processos const ituídos

Número de Processos

0

100

200

300

ProcessosEntrados

ProcessosConcluídos

ProcessosPendentes

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 78

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO

O Serviço de Formação realizou no ano de 2004, 191 acções de formação, envolvendo um total de 3671 formandos, 1944 horas de formação, 52 formadores internos e 13 formadores externos. Destas 191 acções de formação, 147 são subsidiadas pelo Fundo Social Europeu, as quais correspondem à apresentação de 4 candidaturas, 1 ao Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo e 3 ao Programa Saúde XXI. Realizaram-se ainda 41 acções de formação não subsidiadas, tendo uma das acções sido suportada através do pagamento de taxa de inscrição pelos formandos, e 3 acções de carácter lúdico-pedagógico, também financiadas pelos formandos e através de patrocinadores vários. A formação realizada abrangeu as seguintes áreas de formação:

Área de Formação Nº Acções

Relações Interpessoais 12

Qualidade e Práticas de Trabalho 3

Gestão e Competências de Supervisão 1

Saúde Ocupacional 130

Comunicação Interpessoal 1

Tecnologia de Informação e Comunicação 15

Formação Inicial 11

Competências Profissionais 15

Devido, entre outros, ao processo de acreditação pelo Health Quality Service, a área de formação de maior investimento foi a da Saúde Ocupacional, com 130 cursos onde destacamos 82 acções de segurança Contra Incêndios e 22 acções de Mecânica Corporal e Prevenção de Lesões Músculo-esqueléticas.

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____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 79

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística ESTATISTICA

O Serviço é composto por 6 elementos, 5 administrativas e 1 Auxiliar de Apoio e Vigilância e tem 2 vertentes:

• Estatística, • GDH’s- Grupo de Diagnósticos Homogéneos.

A cada área estão afectas 3 funcionárias. Administrativa – Estatística A estatística tem por função, a recolha, o tratamento e a apresentação dos dados da produção do Hospital e fazê-la chegar, em tempo útil, aos responsáveis dos Serviços. Nos últimos anos tem havido uma melhoria sistemática na introdução dos dados da actividade do Hospital, em tempo útil, no sistema aplicacional SONHO. No entanto, como ainda persistem algumas lacunas, o Serviço de Estatística tem colaborado com os secretariados no sentido de prestar informação sobre os dados da produção em falta por forma a serem efectivados. Dentro das funções afectas a esta área, o Serviço faz a ligação com os Serviços Clínicos, Informática e Contabilidade em relação ao levantamento das actividades e codificação das mesmas, sempre que existe publicação de Portarias, para posterior registo no Sonho e consequente facturação. Clínica – GDH’s A codificação clínica, (internamento e cirurgia de ambulatório) traduz-se, grosso modo, no apuramento da produção, por patologia, para posterior facturação. O Hospital Garcia de Orta tem 18 médicos codificadores, dos quais 2 são externos. A Auditoria Clínica é feita por 3 médicos, que também codificam, com a seguinte distribuição:

- Área Médica, - Área Cirúrgica, - Peclec/Sigic, Cirurgia de Ambulatório e Serviço de Observação (Urgência Geral).

As folhas de admissão e alta chegam ao Serviço codificadas, neste caso são introduzidas directamente e por codificar, sendo distribuídas pelos médicos codificadores e depois introduzidas. Posteriormente é feita a auditoria clínica interna, com apoio de um programa informático (o Auditor), pelos médicos auditores. Após as correcções procede-se ao envio para facturação. Este envio tem sido feito com algum atraso devido ao envio tardio das folhas de admissão e alta, por alguns Serviços. Para reduzir este atraso é necessária uma maior colaboração dos mesmos, não retendo os processos e não atrasando a codificação. Em 2004 foi possível, apesar de tudo, uma melhoria deste tempo, devido ao trabalho das funcionárias administrativas e ao grande empenho dos auditores clínicos. Em 2004 foram introduzidos, 36.604 folhas de admissão e alta. Índice de Case – Mix (ICM) Apesar da melhoria da codificação e da Auditoria, o ICM do Hospital Garcia de Orta, continuará a ser influenciado pelas características de determinados Serviços, que têm o respectivo ICM muito baixo, como é o caso da Obstetricia e Pediatria, entre outros. O Índice de Case-Mix do Hospital, em 2004, foi de 1.0825.

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____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 80

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

EXPEDIENTE E COMUNICAÇÕES

O Serviço é composto pelas áreas funcionais de Expediente propriamente dito, Reprografia, Motoristas, Central Telefónica, Espólios de Valores dos doentes internados. Serviço de Expediente Quando assumimos a responsabilidade deste sector no final de 2003 estabelecemos como objectivo a sua reorganização, tentando tanto quanto possível evitar o atraso da entrega da correspondência. Foram distribuídas tarefas e responsabilidades pelos funcionários com o intuito de colmatar as ineficiências detectadas. Foi adquirido equipamento de envelopagem, diminuindo a intervenção manual dos funcionários, libertando-os para outras tarefas.

Documentos

Variação Entrados Saídos

Entrados Saídos

2003 2004 2003 2004 N.º % N.º %

41.079 45.801 13.762 15.419 4.722 11,49 1.657 12,04

Serviço de Reprografia O Serviço é composto por duas áreas funcionais, Artes Gráficas e Reprodução. Na primeira área efectua-se a concepção e elaboração dos modelos para posterior aprovação. A segunda fase destina-se à reprodução de impressos modelo, manuais, livros, documentos e a acabamentos (dobragens, picotagem, encadernação, corte de impressos e manuais). Um dos principais problemas é o espaço físico diminuto, com más condições de iluminação e ventilação, postos de trabalho pouco ergonómicos e com demasiados equipamentos para a área disponível, o que pode levar a graves problemas de saúde devido às substâncias tóxicas libertadas pelos equipamentos. Número de Cópias

Variação Equipamento 2003 2004

N.º %

Xerox 5665 (a) 161.552 98.791 - 62.761 - 38,85

Duplicador 3500 1.580.326 1.843.003 262.677 16,62

Duplicador 3910 1.754.413 1.671.357 - 83.056 - 4,73

Total 3.496.291 3.613.151 116.860 3,34 (a) Em 2004 encontrou-se avariada durante o 1º trimestre.

Serviço de Motoristas As funções dos motoristas estão organizadas de forma rotineira, no sentido de dar resposta às solicitações dos vários Serviços. Actualmente dois motoristas fazem a área de Almada e Zona Sul, outro a área de Lisboa.

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Documentos

0

10000

20000

30000

40000

50000

Entrados Saídos2003 2004

Número de Cópias

2.000.000

3.000.000

4.000.000

2003 20042003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 81

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

EXPEDIENTE E COMUNICAÇÕES (CONTINUAÇÃO)

Serviço de Central Telefónica Em 2004 foram implementadas algumas medidas reorganizativas no sentido de aumentar a eficiência do desempenho desta função. Nesse sentido, foi nomeada a funcionária mais antiga para coordenar esta actividade, devido a ter o perfil mais adequado para o desempenho da função. No período em análise, os Serviços associados à Central Telefónica passaram a funcionar 24horas, em regime de turnos. Serviço de Espólios de Valores É o Serviço no qual são guardados os espólios de valores dos utentes. Actualmente o Serviço de Espólios funciona num espaço contíguo ao Serviço do Expediente com condições físicas permanentes, existindo risco permanente de assalto. Espólios de Valores

Variação 2003 2004

N.º %

Número de utentes espoliados 1.537 1.575 38 2,47

.

Número de Utentes Espoliados

0

400

800

1.200

1.600

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 82

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística SERVIÇOS FINANCEIROS

Compete aos Serviços Financeiros gerir eficientemente o orçamento do Hospital, efectuar uma atempada cobrança da facturação aos subsistemas e a outras entidades, efectuar os pagamentos aos fornecedores, apresentar aos órgãos de tutela os diferentes mapas e indicadores de gestão e manter um sistema de contabilidade de acordo com o POCMS. Compete também aos Serviços Financeiros a elaboração da contabilidade analítica do Hospital. Para a prossecução de tais objectivos o Serviço dispõe actualmente de 13 funcionários, repartidos pelas secções da Despesa, Receita e Tesouraria, com um custo anual de 276 mil euros. Refira-se que em 2004 saíram dois funcionários não tendo sido substituídos. Seguidamente apresentam-se os aspectos mais significativos do exercício de 2004, em cada uma das secções. A nível da Despesa, foi finalmente possível corrigir, em colaboração com o Serviço de Aprovisionamento, a questão do lançamento das facturas apenas após a sua conferência, situação considerada indesejável pois dilatava no tempo o reconhecimento do custo, não permitindo uma informação de gestão em tempo real. Quanto à Receita, foram introduzidas algumas alterações significativas. A primeira prende-se com a obrigatoriedade de emissão mensal de facturação, a segunda com a redução do prazo entre a data do acto e a data da factura, de 3 meses para 1 mês. (excepto internamento, que implica codificação clínica). Finalmente, no que se refere à Tesouraria, deve salientar-se que foi completado o processo de informatização, foi reduzido (para o tempo mínimo indispensável) o momento entre a entrada do dinheiro e sua contabilização. Foram ainda elaboradas folhas de cálculo para um controlo mais fácil da entrada de valores nos diversos secretariados, bem como dos valores de IRS relativos aos recibos verdes.

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____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 83

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

Efectivo Total

O efectivo é representado por todos os trabalhadores que se encontram afectos ao Serviço de Gestão de Recursos Humanos em 31 de Dezembro do ano a que respeita este relatório. O quadro seguinte refere o efectivo total, a sua distribuição por categorias profissionais.

Grupo Profissional 2003 2004

Pessoal Dirigente 1 1

Pessoal Técnico Superior 3 4

Pessoal Administrativo

Chefe de Secção 1 1

Assistentes Administrativos 21 18

Pessoal Auxiliar 1 2

Total 27 26 Absentismo

Absentismo Dias

Ausencias por doença ou similar 359

Assistência a Família 60

Maternidade 81

Férias e outros 54

Total 554

1. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS As actividades desenvolvidas pelo SGRH repartem-se por três grandes áreas, Serviço de Pessoal, Serviço de Vencimentos e Grupo de Apoio à Gestão de Recursos Humanos, as quais, receberam, analisaram e encaminharam, em média, 16.000 documentos registados na instituição (estimativa anual, feita,tendo por base o mês de Dezembro/04). Para além das actividades de rotina e atendimento ao público foram desenvolvidas outras com carácter mais excepcional sendo de referir a avaliação e cálculo de diferenças de horas extras ao pessoal da carreira médica, por aplicação do Decreto-Lei n.º 92/2001, o tratamento e preparação dos documentos da ADSE para pagamento de comparticipações de 2003 e 2004, início da organização dos processos individuais, elaboração de normas de procedimento relativas aos Recursos Humanos do King’sFund, regularização de situações contratuais, elaboração de contratos de avença e aquisições de serviço, introdução de novas metodologias no processo de recrutamento e selecção de pessoal e ainda o desenvolvimento dos procedimentos inerentes à atribuição dos incentivos de produção.

2. FORMAÇÃO PROFISSIONAL Na sequência do ano anterior os colaboradores do serviço frequentaram acções de formação profissional (06), tendo como objectivo a consolidação e aperfeiçoamento de conhecimentos, de modo a melhorar o desempenho das suas funções.

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____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 84

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO O Serviço de Gestão de Sistemas de informação tem como missão garantir a operacionalidade dos sistemas informáticos instalados no Hospital Garcia de Orta, promover a melhor utilização desses sistemas, assim como planear e acompanhar a implementação de novos sistemas informáticos que tornem mais eficientes os processos de trabalho desenvolvidos nos vários Serviços. Durante o ano de 2004, para além de apoio aos utilizadores e manutenção dos diferentes sistemas informáticos, destaca-se o desenvolvimento das seguintes actividades e projectos:

- Implementação do sistema de apoio ao tratamento de análises no Laboratório de Patologia Clínica – sistema Ómega. Projecto concluído;

- Implementação do sistema de arquivo de imagem médica (PACS) e de apoio ao fluxo de trabalho dos serviços de Radiologia e Neurorradiologia. Projecto a concluir em Abril de 2005;

- Implementação do sistema de informação para gestão do Serviço de Saúde Ocupacional. Projecto a concluir em Fevereiro de 2005;

- Substituição dos servidores que suportam a aplicação SONHO, os quais introduziram uma maior rapidez de acesso ao sistema e consequente redução do tempo de espera no atendimento administrativo dos doentes;

- Renovação da sala de servidores, cujas obras estarão concluídas até ao final do 1º trimestre de 2005.

É de referir que o Hospital Garcia de Orta tem tido um crescimento do número de funcionários nos últimos anos e que esse crescimento tem uma relação directa com a utilização dos sistemas informáticos. Por outro lado, verifica-se uma cada vez maior utilização dos sistemas de informação para apoio à actividade clínica e administrativa. Estes dois factores implicaram um reforço das estruturas de suporte e recursos humanos, durante o ano de 2004. Para 2005, na sequência da estratégia definida em 2004, tendo por objectivo assegurar uma maior eficiência da actividade desenvolvida pelo Hospital Garcia de Orta serão iniciados os seguintes projectos:

- Implementação do Portal – Intranet, com componente de apoio à gestão, projecto a iniciar em Fevereiro de 2005;

- Instalação de um sistema de gestão documental para apoio às áreas da Qualidade, Gabinete do Utente e Expediente Geral;

- “Upgrade” do sistema informático do serviço de Anatomia Patológica; - Renovação tecnológica de servidores e de alguns sistemas de suporte interno, tais como

o mail e gestor de domínio; - Renovação e ampliação do parque de computadores e impressoras; - Renovação da infra-estrutura de rede, de acordo com a evolução prevista de utilização

dos sistemas de informação; - Instalação dos Sistema SAM e SAPE, para apoio à actividade médica e de enfermagem; - Implementação de novos sistemas informáticos de gestão da actividade de Farmácia,

Logística e Património;

Renovação e ampliação do parque informático, compreendendo a instalação de cerca de 300 novos computadores (instalação iniciada em Setembro de 2003).

Substituição dos servidores que suportam a aplicação SONHO, com a instalação de uma arquitectura HP SAN (Novembro de 2004).

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 85

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

PATRIMONIO E APROVISIONAMENTO

A missão do SSeerrvviiççoo ddee PPaattrriimmóónniioo ee AApprroovviissiioonnaammeennttoo é a de assegurar a aquisição de todos os bens e serviços necessários ao bom funcionamento do Hospital Garcia de Orta. Em termos orgânicos, o Serviço subdivide-se nas Secções de Compras, Armazém e Conferência de Facturas. A Secção de Compras está organizada nos seguintes sectores:

• Clínico, • Laboratório. • Farmácia. • Economato e Hoteleiro. • Terceiros e Frota Automóvel. • Património.

A Secção de Armazém está organizada nos seguintes sectores:

• Gestão de Materiais, • Recepção de Materiais, • Recepção de Requisições e atendimento interno, • Reposição por níveis, fornecimentos de requisições próprias dos serviços,

distribuição dos restantes artigos excluídos nestes sistemas, arrumação e conferência de existências de produtos em cada armazém.

O Serviço tem restrições com o espaço de armazenagem (425m2), que sendo muito pequeno para o número de artigos com ponto de encomenda, i.e. com existência obrigatória em armazém (1362), obriga a que a gestão de stocks seja efectuada com tolerância muito apertada. Actividade O ano de 2004 caracterizou-se por elevada mobilidade do Pessoal, provocando alguns problemas de funcionamento, entretanto, ultrapassados. A ocorrência de alguns acontecimentos desportivos (Euro 2004) e lúdicos (Rock in Rio), em Portugal, foi objecto de análise e de cuidados especiais de prevenção, que redundaram num aumento significativo de aquisições durante cerca de dois meses. No entanto, apesar do carácter excepcional destas aquisições, o volume total de compras, em montante, registou um decréscimo de cerca de 6%. Esta evolução reflecte o esforço do Serviço de Aprovisionamento que, face às necessidades de todos os Serviços do HGO, procurou responder com maior eficiência à satisfação dos mesmos. A actividade do Serviço pode ainda ser medida pelo número de processos que foram tratados durante o ano de 2004 relativamente a 2003, como se observa no quadro seguinte:

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____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 86

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

PATRIMONIO E APROVISIONAMENTO(CONTINUAÇÃO)

Número de Processos Tratados

Variação 2003 2004

N.º %

Clínico 2.675 3.319 644 24,1

Farmácia/Laboratório 2.137 3.513 1.376 64,4

Hoteleiro/Economato 928 1.247 319 34,4

Terceiros 843 1.042 199 23,6

Património 370 514 144 38,9

TOTAL 6.953 9.635 2.682 38,6

O acréscimo de cerca de 39% do número de processos tratados reflecte um aumento de produção e, consequentemente de produtividade, dado não ter existido aumento de efectivos no Serviço e o número de horas extraordinárias ter registado um incremento sem significado.

Número de Utentes Espoliados

0

2500

5000

7500

10000

Clínico Farmác.Laborat.

Hotelei.Econom.

Tercei. Patrim. Total

2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 87

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

SEGURANÇA, HIGIENE E SAUDE NO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL

O Serviço de Saúde Ocupacional, durante o ano de 2004, desenvolveu a sua actividade sobre os seguintes programas: 1- Vigilância de Saúde (exames de Admissão e Iniciais) que incluem exames complementares

de diagnóstico, observação de enfermagem, rastreio de visão e/ou audição e consulta médica. O objectivo é verificar a Aptidão para o trabalho.

2- Acidentes de Serviço 3- Vigilância de Riscos para a Saúde. Elaboração de Mapa de Riscos. Inclui visitas ao local de

trabalho (Serviços). Gestão de Risco. 4- Imunização (hepatite B e tétano) 5- Formação na área da Segurança Higiene e Saúde (Prevenção de Riscos Profissionais,

Curso de Auxiliares de Acção Médica.

Vacinas anti Hepatite B

Número de Inoculações Número de Trabalhadores

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

61 241 302 37 142 179 Vacinação contra o Tétano

Número de Inoculações Número de Trabalhadores

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

56 203 259 52 191 243

Acções de Formação

Número de Participantes Número de Acções

Realizadas

Duração de Cada Acção Homens Mulheres

8 1h30 13 38 Atendimento de Enfermagem

Vacinação 1.522

Vigilância de Acidentes 262

Exames de Saúde 446

Vigilância da Tuberculose 14

Outras 353

Avaliação de Riscos/Serviços 35

Reuniões/ Elaboração de Relatórios 40

Vacinas Anti Hepatite B

0

80

160

240

320

Homens Mulheres TotalNúmero de Trabalhadores Número de Inoculações

Vacinação contra o Tétano

0

100

200

300

Homens Mulheres TotalNúmero de Trabalhadores Número de Inoculações

Acções de Formação

0

20

40

60

Homens MulheresNúmero de Participantes

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 88

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

SEGURANÇA, HIGIENE E SAUDE NO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL (CONTINUAÇÃO)

ACTIVIDADES MÉDICAS

Exames Totais Observações

Admissão 288

Inicial 151

Ocasionais

A Pedido Trabalhador 89

Regresso ao Trabalho 71

Iniciativa Médica 121

Iniciativa da Chefia 6

Acidentes

Acidente c/exposição a sangue 30

Acidente Comum 29

Doença Súbita 16

Rastreio de Escabiose 3

Rastreio de TP 13

Total 817

Relatório / Parecer 4 Relativo a situações de funcionários

Acções de Formação 11 - Programa de Integração ao HGO - Curso de Auxiliares de Acção Médica - Prevenção de Riscos Profissionais

Doença Profissional 4 Notificadas mas ainda não confirmadas

Visita Local Trabalho 18 Serviços

Reunião Saúde Ocupacional 26 Do Serviço e com outros Serviços

Reunião Gestão De Risco 30 Com elementos dinamizadores

Inspecções 2 Inspecção-geral do Trabalho Inspecção da Autoridade de Saúde Pública

Recursos Humanos

O Staff do Serviço é composto por um médico de Médico de Medicina do Trabalho a 35 H, um Enfermeiro Especialista de Saúde Publica a 42 H, um Ergonomista a 8 H, um Técnico Superior de Higiene e Segurança/Engenharia do Ambiente 17,5 H e um Administrativo 40H.

Considerando a actividade desenvolvida pelo Serviço e face ao número total de colaboradores do Hospital Garcia de Orta, a estrutura de Recursos Humanos é insuficiente.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 89

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

SERVIÇO DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS No ano de 2004, foram feitos 20.760 pedidos de obra ao Serviço de Instalações e Equipamentos dos quais 95% foram concluídos.

Pedidos Executados Taxa de Execução

Trabalhos de electromedicina 3.486 3.364 96,50

Trabalhos de canalização 2.156 2.055 95,3

Trabalhos de serralharia 2.126 1.979 93,1

Trabalhos de electricidade ao turno 2.631 2.489 94,6

Trabalhos de carpintaria/edifício 2.118 2.040 96,3

Trabalhos de gases medicinais 1.184 1.162 98,1

Trabalhos de electricidade ao edifício 839 756 90,1

Trabalhos de carpintaria/mobiliário 772 733 95

Trabalhos de anestesia e ventilação 589 562 95,4

Manutenções programadas em 1ª linha 600 582 97

Trabalhos de pintura 325 259 79,7

Trabalhos de esterilização 278 270 97,1

Trabalhos de avac 182 156 85,7

Trabalhos nas linhas de vapor 39 37 94,9

Trabalhos de construção civil 29 28 96,6

Trabalhos de canalização 2.156 2.055 95,3

Outros trabalhos não classificados/área 1.250 1.024 81,9

Total 20.760 19.551 94,2

Número de P edido s e Execuçõ es

0 600 1200 1800 2400 3000 3600

Trabalhos de const rução civil

Trabalhos nas linhas de vapor

Trabalhos de avac

Trabalhos de esterilização

Trabalhos de p intura

Trabalhos de anestesia e vent ilação

M anutenções programadas em 1ª linha

Trabalhos de carp intaria/mobiliário

Trabalhos de elect ricidade ao ed if í cio

Trabalhos de gases medicinais

Out ros t rabalhos não classif icados/área

Trabalhos de carp intaria/ed if í cio

Trabalhos de serralharia

Trabalhos de canalização

Trabalhos de canalização

Trabalhos de elect ricidade ao turno

Trabalhos de elect romedicina

Executados Pedidos

.

Pedidos de Obras feitos ao SIE em 2004

0

7500

15000

22500

Pedidos Executados

Média diária de 49 folhas de obra pedidas 365 Dias/Ano Média diária de 47 folhas de obra resolvidas 365 Dias /Ano

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 90

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

SERVIÇO DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS (CONTINUAÇÃO) Obras lançadas durante 2004:

Remodelação da UCI Tratamento e pintura da fachada principal do HGO Impermeabilização da cobertura do “comboio” Remodelação da sala dos servidores da informática Reparação, tratamento e impermeabilização dos reservatórios de água potável do hospital Cirurgia do ambulatório Ortopedia /Traumatologia Remodelação das instalações sanitárias do Serviço de Instalações e Equipamentos Remodelação do Serviço de Esterilização para montagem de mais uma máquina de lavar ferros cirúrgicos Montagem de pilaretes nos arruamentos Remodelação da ventilação do Serviço de Esterilização

Obras já executadas:

Remodelação da UCI Tratamento e pintura da fachada principal do HGO Impermeabilização da cobertura do “comboio” Remodelação da sala dos servidores da informática Remodelação das instalações sanitárias do Serviço de Instalações e Equipamentos

Projectos executados: Em 2004 foram executados projectos relativos ao novo refeitório, Via de acesso ao heliporto, Recuperação da urgência, Sinalética do hospital, Zonas verdes, Edifício da criança, AVAC/Climatização, Alteração para Urgência, Levantamento topográfico e Plantas de gestão de emergência. Outras Actividades: Para além das actividades atrás mencionadas, o Serviço de Instalações e Equipamentos:

Renegociou contratos de manutenção de equipamentos electromedicinais. Elaborou Cadernos de Encargos para concursos internacionais nas seguintes áreas:

Manutenção Equipamento Geral, Manutenção Equipamento Electromedicinais, Serviço de Vigilância e Televigilância, Serviço de Limpeza e Tratamento de Resíduos.

.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 91

6 – Actividade Desenvolvida em 2004

6.3- Área de Gestão e Logística

TRATAMENTO DE ROUPA O Serviço de Tratamento de Roupa no Hospital Garcia de Orta engloba, actualmente, os sectores de “Recolha de Roupa Suja”, “Recepção e Armazenamento de Roupa Limpa”, “Reposição de Roupa Limpa” e “Costura”. Em 2004 o Tratamento de Roupa da Instituição foi atribuído a duas lavandarias, ao Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) e Belas Sul, Serviço de Lavandaria S.A. A actividade do Serviço desenvolve-se nos seguintes sectores:

- Recolha e envio para as lavandarias externas de roupa suja; - Recepção, armazenamento; - Reposição de roupa limpa nos Serviços; - Serviço de Costura.

O custo total com o tratamento de roupa, em 2004, foi de 522.027,08€.

2003 2004

Kilos Encargos Kilos Encargos

Belas 78.334 47.000,40 459.787 275.872,20

SUCH 830.054 514.633,48 397.024 246.154,88

Total 908.388 561.633,88 856.811 522.027,08

Nota: Os encargos com o Tratamento de roupa são calculados a partir de roupa limpa (lavandaria Belas) e a partir da roupa suja (S.U.C.H.).

Entre 2003 e 2004 o custo total com o tratamento de roupa diminuiu cerca de 7 %, devido, fundamentalmente, ao decréscimo do número de quilos tratados. É de referir o aumento de eficiência no período em análise traduzido no facto do custo unitário do quilo de roupa tratada ter diminuído de 0,6183 € para 0,6093 €, correspondendo a uma variação de 1,46 %.

Número de Kilos de Roupa Tratada

0

300000

600000

900000

Belas SUCH2003 2004

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 92

7 – Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração propõe que o lucro apurado no exercício de 2004, no montante de 2.335.939,72 € (dois milhões, trezentos e trinta e cinco mil, novecentos e trinta e nove euros e setenta e dois cêntimos), seja transferido para a conta de Resultados Transitados, de acordo com as disposições legais e estatutárias aplicáveis.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 93

8 – Demonstrações Financeiras

Balanço em 31 de Dezembro de 2004 - Activo (Euros) 2004 2003

ACTIVO BRUTO AMORTIZ.PROV. ACTIVO LÍQUIDO ACTIVO LÍQUIDO ACTIVO IMOBILIZADO: Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Propriedade industrial e outros direitos Trespasses Outras imobilizações incorpóreas Imobilizado em curso Adiantamentos por conta imobilizações incorpóreas

0,00 0,00 0,00 0,00 Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 700.370,61 700.370,61 700.370,61 Edifícios e outras construções 27.419.866,44 12.363.574,95 15.056.291,49 16.424.166,99 Equipamento básico 37.637.551,20 32.079.224,18 5.558.327,02 6.850.179,37 Equipamento de transporte 452.303,45 437.562,17 14.741,28 14.393,11 Ferramentas e utensílios 157.523,59 152.846,02 4.677,57 9.149,33 Equipamento administrativo 6.556.243,08 5.442.684,30 1.113.558,78 755.910,52 Taras e vasilhame 459.060,26 Equipamento e software informática Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso 1.765.059,84 1.765.059,84 976.273,72 Adiantamentos por conta imobilizações corpóreas 0,00

74.688.918,21 50.475.891,62 24.213.026,59 26.189.503,91 Investimentos financeiros: Títulos e outras aplicações financeiras Imobilizações em curso

0,00 0,00 0,00 0,00 CIRCULANTE: Existências: Matérias primas, subsidiárias e de consumo Mercadorias 5.806.149,14 5.806.149,14 4.690.775,55

5.806.149,14 0,00 5.806.149,14 4.690.775,55 Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo Clientes conta corrente Clientes de cobrança duvidosa 9.292.523,00 9.292.523,00 0,00 0,00

9.292.523,00 9.292.523,00 0,00 0,00 Dívidas de terceiros - Curto prazo Clientes conta corrente 21.880.825,74 21.880.825,74 5.146.116,39 Clientes letras receber Clientes de cobrança duvidosa Adiantamentos a fornecedores Adiantamentos a fornecedores de imobilizado Estado e outros entes públicos 457.876,86 457.876,86 91.365,19 Outros devedores 10.281.536,46 10.281.536,46 6.392.037,07 Subscritores de capital 32.620.239,06 0,00 32.620.239,06 11.629.518,65Títulos negociáveis: Outros títulos negociáveis Outras aplicações de tesouraria 0,00 0,00 0,00 0,00Depósitos bancários e caixa: Depósitos bancários 28.683.432,39 28.683.432,39 48.627.170,47 Caixa 1.060,84 1.060,84 1.095,90 28.684.493,23 28.684.493,23 48.628.266,37Acréscimos e diferimentos: Acréscimos de proveitos 30.715.600,40 30.715.600,40 31.547.495,30 Custos diferidos 12.276,28 12.276,28 12.136,25 30.727.876,68 30.727.876,68 31.559.631,55

Total de amortizações 50.475.891,62 Total de provisões 9.292.523,00 Total do Activo 181.820.199,32 59.768.414,62 122.051.784,70 122.697.696,03

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 94

8 – Demonstrações Financeiras

Balanço em 31 de Dezembro de 2004 – Capital Próprio e Passivo

(Euros)

2004 2003

CAPITAL PRÓPRIO Capital 49.880.000,00 49.880.000,00 Reservas de reavaliação 6.426.275,56 6.426.275,56 Reservas: Reservas legais Reservas estatutárias 3.371.614,68 3.510.413,50 Reservas contratuais Reservas livres Outras reservas 371.115,74 156.828,86 Resultados transitados -11.008.615,25 -1.697.339,14

Sub-total 49.040.390,73 58.276.178,78 Resultado líquido do exercício 2.335.939,72 -7.037.961,08

Total do Capital Próprio 51.376.330,45 51.238.217,70PASSIVO: Provisões para riscos e encargos: Provisões para pensões Provisões para impostos Outras provisões para riscos e encargos 2.310.991,55 336.714,13 2.310.991,55 336.714,13Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo: Fornecedores de Imobilizado

Dívidas a terceiros - Curto prazo: Dívidas a instituições de crédito 2.500.000,00 Adiantamentos por conta de vendas Fornecedores c/c 45.380.732,24 42.147.448,23Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 170.538,69 52.526,98Fornecedores - Títulos a pagar Fornecedores de imobilizado - Títulos a pagar Empresas do grupo Empresas participadas e participantes Outros accionistas (sócios) Adiantamentos de clientes 25.590,41 3.970.941,93Outros empréstimos obtidos Fornecedores de imobilizado c/c 1.760.091,16 2.192.680,08Estado e outros entes públicos 2.907,43 1.562.614,07Outros credores 7.691.705,91 8.516.687,94 57.531.565,84 58.442.899,23Acréscimos e diferimentos Acréscimo de custos 9.628.281,97 10.643.920,25 Proveitos diferidos 1.204.614,89 2.035.944,72 10.832.896,86 12.679.864,97

Total do Passivo 70.675.454,25 71.459.478,33Total do Capital Próprio e do Passivo 122.051.784,70 122.697.696,03

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 95

8 – Demonstrações Financeiras

Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2004 (Euros)

2004 2003

CUSTOS E PERDAS Custo merc.vendidas e das matérias consumidas:

Mercadorias 40.095.107,80 40.095.107,80 36.550.584,70 36.550.584,70 Matérias Fornecimentos e serviços externos 14.964.154,56 14.964.154,56 17.202.438,98 17.202.438,98

Custos com o pessoal: Remunerações 55.996.199,32 53.342.834,78 Pensões 430.974,78 Encargos sociais 5.410.387,46 5.614.831,50 Encargos c/ pensões Outros encargos 39.843,35 61.877.404,91 424.246,56 59.381.912,84

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 4.884.856,94 5.661.305,47 Provisões 1.974.277,42 6.859.134,36 5.661.305,47 Impostos 0,00 0,00 Outros custos operacionais 151.472,10 151.472,10 40.888,75 40.888,75

123.947.273,73 118.837.130,74 (A) Amortizações e provisões de aplicações e invest.financ. Juros e custos similares Relativos a empresas interligadas Outros 21.823,06 21.823,06 2.205,36 2.205,36

123.969.096,79 118.839.336,10 (C) Custos e perdas extraordinárias 1.374.564,48 1.374.564,48 1.152.283,60 1.152.283,60

125.343.661,27 119.991.619,70 (E) Imposto sobre o rendimento do exercício 1.561,91 1.561,91 2.259,89 2.259,89

125.345.223,18 119.993.879,59 (G) Resultado líquido do exercício 2.335.939,72 2.335.939,72 - 7.037.961,08 - 7.037.961,08

127.681.162,90 112.955.918,51 PROVEITOS E GANHOS Vendas:

Mercadorias 30,64 451,93 Produtos Prestações de serviços 99.869.602,33 99.869.632,97 93.330.487,84 93.330.939,77

Variação da produção Trabalho para a própria empresa Proveitos suplementares 185.474,84 215.941,32 Subsídios à exploração 13.198.064,31 9.673.544,09 Outros proveitos operacionais 5.073.262,23 18.456.801,38 4.744.183,91 14.633.669,32

118.326.434,35 107.964.609,09(B) Rendimentos de participações de capital:

Relativos a empresas interligadas Relativos a outras empresas Rendimentos de títulos negociáveis e de outras

Aplicações financeiras: Relativos a empresas interligadas Outros Outros juros e proveitos similares Relativos a empresas interligadas Outros 2.121.729,77 2.121.729,77 679.210,03 679.210,03

(D) 120.448.164,12 108.643.819,12Proveitos e ganhos extraordinários 7.232.998,78 7.232.998,78 4.312.099,39 4.312.099,39

(F) 127.681.162,90 112.955.918,51Resumo:

Resultados operacionais: (B) – (A) = -5.620.839,38 -10.872.521,65Resultados financeiros: (D-B) – (C-A) = 2.099.906,71 677.004,67 Resultados correntes: (D) – (C) = -3.520.932,67 -10.195.516,98Resultados antes de impostos: (F) – (G) = 2.337.501,63 -7.035.701,19Resultado líquido do exercício: (F) – (G) = 2.335.939,72 -7.037.961,08

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 96

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

1. Introdução

a) Natureza Jurídica

O Hospital Garcia de Orta, S.A. é uma sociedade anónima detida a 100% pelo Estado, constituída de acordo com o Decreto-Lei n.º. 298/2002, de 11 de Dezembro, por sucessão de todos os bens, direitos e obrigações de que era titular o Hospital Garcia de Orta. De acordo com o consagrado no artigo 4º daquele diploma a sociedade rege-se pelo seu diploma de constituição, pelo regime jurídico do sector empresarial do Estado (Decreto-Lei n.º. 558/99 de 17 de Dezembro) e pela lei reguladora das sociedades comerciais, isto é, pelo Código das Sociedades Comerciais.

b) Base de preparação das contas

As notas a seguir indicadas estão de acordo com a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC) e aquelas cuja numeração não consta deste anexo não são aplicáveis à Sociedade ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das Demonstrações Financeiras em apreciação.

c) Actividade

O Hospital Garcia de Orta, SA está integrado no Serviço Nacional de Saúde e tem por objecto a prestação de serviços de saúde, podendo acessoriamente explorar os serviços e efectuar as operações civis e comerciais relacionadas, directa ou indirectamente, no todo ou em parte, com o seu objecto ou que sejam susceptíveis de facilitar ou favorecer a sua realização, bem como participar em Agrupamentos Complementares de Empresas e outras formas de associação. A actividade do Hospital é exercida em submissão às obrigações inerentes ao serviço público que presta, incluindo a sujeição a orientações das autoridades nacionais de saúde relativas à execução da política nacional de saúde. Assim, a grande maioria dos preços praticados pelo Hospital são aprovados oficialmente, sendo o volume de produção, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, contractualizado anualmente com o Ministério da Saúde, através do Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde. Por razões de política nacional de saúde, alguns dos preços ou tarifas praticadas revelam-se inferiores aos necessários para assegurar proveitos que permitam a cobertura dos custos totais de exploração e níveis adequados de remuneração do capital investido e de autofinanciamento, sendo atribuído ao Hospital, a título de subsídio, um factor de convergência que visa minimizar este efeito. As características da actividade desenvolvida, com a inevitabilidade de prestar os serviços solicitados pelos utentes, traduz-se, por vezes, na prestação de serviços sem estar previamente assegurada a cobrança da respectiva contraprestação, o que conduz à formação de créditos de cobrança duvidosa de volume significativo, gerando a necessidade de constituição de provisões elevadas, que afectam a própria rentabilidade e o nível de resultados apresentado pelo Hospital.

2. Comparabilidade dos Exercícios

No exercício de 2004 foram alterados os critérios de avaliação dos riscos de crédito e de determinação do volume de produção efectuada e ainda não facturada, o que justifica parte das variações ocorridas ao nível das Provisões para Cobranças Duvidosas e para Outros Riscos e Encargos.

3. Critérios Valorimétricos e Métodos de Cálculo

As Demonstrações Financeiras foram preparadas a partir dos livros e registos da Instituição, segundo a convenção dos custos históricos e na base da continuidade das operações do Hospital, em conformidade com os princípios contabilísticos fundamentais da prudência, substância sobre a forma, materialidade e especialização dos exercícios.

3.1. Critérios valorimétricos utilizados

Os principais critérios valorimétricos foram os seguintes: a) Imobilizações

Imobilizações corpóreas Estão registadas pelos valores de aquisição, ajustadas do aumento/diminuição resultante das reavaliações efectuadas indicadas na Nota número 12, líquido de amortizações acumuladas.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 97

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

b) Existências

As existências dão entrada pelo custo de aquisição. Como método de custeio das saídas é utilizado o custo médio ponderado. Os saldos finais de balanço são ainda ajustados na sequência das contagens físicas efectuadas com referência ao final do exercício. Não existiu alteração de critério em relação ao exercício anterior.

c) Dívidas de Terceiros

Clientes As dívidas a receber de clientes (públicos e privados) estão registadas pelo valor da transacção real.

d) Acréscimos e diferimentos

A Instituição regista nesta rubrica do Activo e do Passivo, os custos e proveitos em conformidade com o princípio da especialização dos exercícios, compreendendo designadamente:

• Reconhecimento dos proveitos imputáveis ao período e ainda não facturados, relativos a internamentos e actos médicos, deduzidos dos adiantamentos recebidos no decorrer do exercício;

• As remunerações e respectivos encargos relativos a horas extraordinárias, férias e subsídio de férias, vencidos e não pagas no final de cada exercício;

• Juros a receber provenientes de aplicações financeiras em depósitos a prazo; • Os prémios de seguro, repartidos pelos exercícios, de acordo com o respectivo período de vigência; • Reconhecimento de custos incorridos e ainda não facturados à data de encerramento das contas, provenientes de serviços

prestados por terceiros ainda no exercício em análise, • Subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizações, reconhecidos na Demonstração dos Resultados

proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas.

e) Imposto sobre o rendimento (IRC)

A estimativa do imposto sobre o rendimento é contabilizada no ano a que respeita, sempre que exista matéria colectável, incluindo as situações sujeitas a tributação autónoma.

3.2 Métodos de cálculo utilizados a) Amortizações

Os bens do activo imobilizado corpóreo estão a ser amortizados de acordo com as taxas do Decreto Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro e de acordo com a Portaria 671/2000, de 17 de Abril, utilizando-se o método das quotas constantes a partir do dia da entrada dos bens em funcionamento, sendo calculadas numa base diária, de tal modo que os bens fiquem amortizados durante o seu período vida útil estimada.

As principais taxas de amortização utilizadas são as seguintes:

% Anual Edifícios e outras construções 2% a 10% Equipamento básico 12,5% a 33,33% Equipamento transporte 14,28% a 25% Ferramentas e utensílios 14,28% a 25% Equipamento administrativo 10% a 33,33% Outras imobilizações corpóreas 12,5% a 25%

Os bens com valor unitário inferior a 249,40 euros são amortizados integralmente no decurso no primeiro ano após a aquisição.

b) Provisões

Foram constituídas a seguintes provisões: • Provisão para clientes de cobrança duvidosa

Foi constituída a provisão para clientes de cobrança duvidosa, de acordo com o seguinte critério:

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 98

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados - Saldos em contencioso, provisionados a 100%; - Dívidas de entidades privadas, cujos saldos estejam em mora há mais de seis meses provisionados a 100%; - Dívidas de entidades públicas, cujos saldos estejam em mora há mais de 24 meses, provisionados a 50%.

O Conselho de Administração entende que o nível de provisões que resulta da aplicação do critério acima referido acautela, com total segurança, os riscos de crédito associados.

• Provisão para riscos e encargos

Foi constituída uma provisão para processos judiciais em curso, de acordo com os encargos que a empresa poderá vir a suportar com os 9 processos pendentes em Tribunal, à data de 31 de Dezembro de 2004. Na opinião do Conselho de Administração, o valor provisionado corresponde ao valor previsível global dos encargos que o Hospital poderá vir a assumir com o desenrolar daqueles processos. Dado que ainda não está apurado o valor global da produção efectuada no âmbito do contrato programa celebrado com o IGIF, relativo ao exercício de 2004, bem como da correspondente facturação, e de forma a acautelar a eventualidade da facturação efectiva ficar abaixo do valor contractualizado, foi constituída uma provisão, no montante de 1.820.203 euros, para fazer face a este risco.

• Provisão para pensões de reforma

A Instituição tem responsabilidade de pagamento de complementos de aposentações e de pensões de sobrevivência a um universo de 87 pessoas. Contudo, dado que não se dispõe de um estudo actuarial susceptível de quantificar as responsabilidades por serviços passados, não foi constituída qualquer provisão para fazer face a esta situação, reconhecendo-se os custos associados à medida em que ocorrem os respectivos pagamentos.

6. Impostos

O Hospital está sujeito a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) à taxa de 25% e correspondente derrama (10% do imposto), do que resulta uma taxa de imposto agregada de 27,5%. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham existido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da instituição referentes ao exercício de 2004 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, embora o Hospital considere que eventuais correcções resultantes de revisões fiscais àquelas declarações de impostos, não poderão ter um efeito significativo nas Demonstrações Financeiras de 31 de Dezembro de 2004.

7. Pessoal ao Serviço do Hospital

Durante o exercício de 2004, o Hospital manteve ao seu serviço, uma média de 2.319 empregados, distribuídos de acordo com o quadro seguinte: Pessoal ao serviço do HGO em 31 de Dezembro de 2004

Quadro Contrato Total

Conselho de Administração 5

Directores de Serviço 39

Outro Pessoal 1.639

563 2.202

Total 2.246

O total de pessoal acima referido inclui 563 trabalhadores sob regime de contrato individual de trabalho. Prestam ainda serviço no Hospital mais 73 colaboradores em regime de prestação de serviços. No exercício de 2003 estavam ao serviço do Hospital, 2254 colaboradores.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 99

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

10. Movimento do Activo imobilizado

Durante o exercício o movimento, ocorrido com a rubrica imobilizações e respectivas amortizações foi o seguinte:

Movimentos do Imobilizado (Valores Brutos) (Euros)

Rubricas Saldo Inicial Reavaliação Aumentos Alienações Tranf/ Abates Saldo Final

Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação Despesas investigação e desenvolvimento Despesas de instalação Adiantamentos p/conta imobil. Incorpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 700.370,61 0,00 0,00 700.370,61 Edifícios e outras construções 27.416.653,44 3.213,00 0,00 27.419.866,44 Equipamento básico 36.240.173,57 1.652.144,96 254.767,33 37.637.551,20 Equipamento de transporte 438.320,95 13.982,50 0,00 452.303,45 Ferramentas e utensílios 157.130,89 392,70 0,00 157.523,59 Equipamento administrativo 6.118.482,74 463.483,90 25.723,56 6.556.243,08 Taras e vasilhame Outras imobilizações corpóreas Imobilizações em curso 976.273,72 788.786,12 1.765.059,84 Adiantamentos p/conta de imobil.corpóreas 72.047.405,92 0,00 2.922.003,18 0,00 280.490,89 74.688.918,21 Investimentos financeiros: Partes de capital em empresas do grupo Empréstimos a empresas do grupo Partes de capital em empresas associadas Títulos e outras aplicações financeiras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Amortizações e Provisões (Euros)

Saldo inicial Reforço Regularizações Saldo final Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação 0,00 0,00 0,00 0,00 Despesas de investigação desenvolvimento 0,00 0,00 0,00 0,00 Propriedade industrial e outros direitos 0,00 0,00 0,00 0,00 Outras 0,00 0,00 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 0,00 Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00 Edifícios e outras construções 10.992.486,45 1.371.088,50 0,00 12.363.574,95 Equipamento básico 29.389.994,20 2.938.255,16 -249.025,18 32.079.224,18 Equipamento de transporte 423.927,84 13.634,33 0,00 437.562,17 Ferramentas e utensílios 147.981,56 4.864,46 0,00 152.846,02 Equipamento administrativo 4.903.511,96 557.014,49 -17.842,15 5.442.684,30 Equipamento e sistemas informáticos 0,00 0,00 0,00 Outras imobilizações corpóreas 0,00 0,00 0,00 0,00

45.857.902,01 4.884.856,94 -266.867,33 50.475.891,62 Investimentos Financeiros: Títulos e outras aplicações financeiras 0,00 0,00 0,00 Outros empréstimos concedidos 0,00 0,00

0,00 0,00 0,00 0,00 12. Diplomas Legais utilizados na avaliação das imobilizações corpóreas

De acordo com o estipulado no n.º. 3 do Artigo 7º. do decreto-lei 298/2002 de 11 de Dezembro, o Hospital, no decorrer do exercício de 2003, procedeu à avaliação do seu activo imobilizado corpóreo, com excepção dos bens imóveis.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 100

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

13. Quadro Discriminativo das Avaliações

(Euros)

Rubricas Custos históricos (a) Avaliação (a) Valores contabilísticos

Reavaliados (a) Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 700.370,61 700.370,61 Edifícios e outras construções 17.791.006,86 8.479,49 17.799.486,35 Equipamento básico 743.902,73 5.384.340,24 6.128.242,97 Equipamento de transporte 31.893,66 -8.323,44 23.570,22 Ferramentas e utensílios 45.012,46 -28.890,26 16.122,20 Equipamento administrativo 112.706,81 790.753,29 903.460,10 Taras e vasilhame 287.850,98 279.916,24 567.767,22 Outras Imobilizações corpóreas

Total 19.712.744,11 6.426.275,56 26.139.019,67 a) Líquidos de amortizações.

23. Dívidas de Cobrança Duvidosa

Em 31 de Dezembro de 2004 existem dívidas de cobrança duvidosa de acordo com o quadro seguinte: (Euros)

Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Dividas de Clientes de cobranças duvidosas 11.810.688,40 2.518.165,40 9.292.523,00

25. Dívidas Activas e Passivas com o Pessoal

Em 31 de Dezembro existem dívidas activas e passivas de acordo com o quadro seguinte:

Dívidas com o Pessoal (Euros) Dívidas activas 47.802,17 Adiantamentos ao pessoal -2.050,00 Outras Operações com o pessoal 49.852,17 Dívidas passivas 8.825.945,10 Encargos com férias e subsídio de férias 7.006.490,42 Horas extraordinárias e outros abonos 1.819.454,68

34. Movimento Ocorrido com Provisões

Durante o exercício de 2004, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões: (Euros)

Saldo inicial Aumento Redução Saldo final 28 - Provisões p/ cobranças duvidosas 11.810.688,40 2.518.165,40 9.292.523,00 29 - Provisões para riscos e encargos 291 - Processos Judiciais em curso 336.714,13 154.074,42 490.788,55 2929 - Outros riscos e encargos 1.820.203,00 1.820.203,00 39 - Provisões p/ dep. de existências

35. Realização do Capital Social

O capital social encontra-se totalmente subscrito e realizado. 36. Número de Acções e seu Valor Nominal

O capital social está representado por 4.988 acções ordinárias, com o valor nominal de 10.000 euros cada uma. As acções são nominativas e revestem a forma escritural.

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 101

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

37. Detentores do Capital

O capital social da empresa é detido pelas entidades que constam do quadro seguinte:

Número Valor (euros) %

Estado/Direcção Geral do Tesouro 4.998 49.880.000,00 100

40. Variação das Contas de Capital Próprio

O movimento ocorrido nas contas de capital próprio, durante o exercício de 2004, foi o seguinte: (Euros)

Saldo inicial Aumento Redução Saldo final 51 - Capital 49.880.000,00 49.880.000,00 57 - Reservas Reservas de avaliação 6.426.275,56 6.426.275,56 Reserva inicial 3.510.413,50 138.798,82 3.371.614,68 Doações 156.828,86 214.286,88 371.115,74 59 - Resultados transitados -1.697.339,14 -9.311.276,11 -11.008.615,25 88 - Resultado líquido do exercício -7.037.961,08 9.373.900,80 2.335.939,72

51.238.217,70 276.911,57 138.798,82 51.376.330,45 Total O saldo das contas de Reserva Inicial corresponde ao património líquido apurado em 12 de Dezembro de 2002, entre o Activo e o Passivo das contas de Gerência apresentadas pelo Hospital Garcia de Orta. Este saldo foi depois objecto de diversos ajustamentos, decorrentes da necessidade de criar provisões e efectuar outras correcções aos saldos iniciais, decorrentes de situações que tiveram a sua origem ainda no âmbito da existência do Hospital enquanto entidade integrante do Sector Público Administrativo. O saldo da conta de Reservas – Doações corresponde ao valor dos bens doados ao Hospital por particulares ou outras entidades. O saldo da conta de Reserva de Avaliação corresponde ao acréscimo líquido do imobilizado corpóreo, decorrente da avaliação efectuada em 2003, conforme descrito nas notas 12 e 13. Estas reservas não estão disponíveis para distribuição.

41. Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas

(Euros)

Movimentos Mercadorias Matérias-primas, Subsidiarias e de Consumo

Existências iniciais 4.690.775,55

Compras 41.112.512,36

Regularização de existências 97.969,03

Existências Finais 5.806.149,14

Custo mercadoria vendida 40.095.107,80

Os consumos do período representam a totalidade das saídas dos armazéns para os serviços requisitantes, independentemente do seu consumo efectivo na data da requisição.

43. Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais, foram as que constam no quadro seguinte:

Montante (Euros)

Conselho de Administração 324.527,67

Fiscal Único 30.000,00

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 102

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 44. Vendas e Prestações de Serviços por Actividade e por Mercados Geográficos

(Euros) Vendas 30,64

Produtos 30,64

Prestação de serviços 99.869.602,33

Internamento 55.603.926,07

Consultas 11.995.140,03

Urgência/SAP 19.484.691,46

Hospital dia 4.123.146,45

Meios complementares de diagnóstico 2.316.097,47

Meios complementares de terapêutica 1.813.217,87

Taxas moderadoras 761.813,43

Outras Prestações de serviços 3.771.569,55

99.869.632,97 Total das vendas e prestação de serviços

No exercício o Hospital prestou serviços exclusivamente em Portugal.

45. Demonstração dos Resultados Financeiros

(Euros) Exercícios Exercícios

Custos e perdas 2004 2003

Proveitos e ganhos 2004 2003

681-Juros suportados 250,07 781-Juros obtidos 1.871.718,07 459.861,70 682-Perdas empresas grupo e associadas 782-Ganhos empresas grupo associadas 683-Amortizaç. investimentos imóveis 783-Rendimentos de imóveis 684-Provisões aplicações financeiras 784-Rendimentos participações capital 685-Diferenças câmbio desfavoráveis 785-Diferenças câmbio favoráveis 856,50 686-Descontos p.p. Concedidos 786-Descontos p.p obtidos 248.830,44 168.490,69 687-Perdas alienação aplic.tesouraria 787-Ganhos alienação aplic.tesouraria 688-Outros custos perdas financeiros 21.823,06 1.955,29 788-Outros proveitos ganhos financeiros 324,76 50.857,64 Resultados financeiros 2.099.906,71 677.004,67 2.121.729,77 679.210,03 2.121.729,77 679.210,03

46. Demonstração dos Resultados Extraordinários

(Euros) Exercícios Exercícios

Custos e perdas 2004 2003

Proveitos e ganhos 2004 2003

691-Donativos 791 - Restituição de impostos 692-Dívidas incobráveis 58.941,53 214.085,71 792 - Recuperação de dívidas 693-Perdas em existências 388.326,23 370.239,21 793 - Ganhos em existências 486.295,26 449.415,05 694-Perdas em imobilizações 13.623,56 794 - Ganhos em imobilizações 32.973,00 695-Multas e penalidades 789,37 1.487,94 795 - Benefícios penalidades contratuais 696-Aumento amortizações provisões 796 - Reduções amortizações e provisões 2.518.165,40 195.617,30 697-Correcções relativas exerc. anteriores 669.948,74 437.401,83 797 - Correcções relativas exer.anteriores 139.623,88 47.889,53 698-Outros custos perdas extraordinários 242.935,05 129.068,91 798 - Outros proveitos ganhos extraord. 4.088.914,24 3.586.204,51 Resultados extraordinários 5.858.434,30 3.159.815,79

7.232.998,78 4.312.099,39 7.232.998,78 4.312.099,39

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 103

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

48. Outras Informações Relevantes

a) Dívidas de terceiros

Em 31 de Dezembro de 2004, esta rubrica apresentava a seguinte composição:

(Euros) Clientes conta corrente 21.880.825,74 2111 - Subsistemas 8.563.827,31 2113 - Companhias de Seguros 1.710.035,46 2119 - Outros clientes 3.470.905,77 215 - Instituições do Estado 8.136.057,20 Clientes cobrança duvidosa 9.292.523,00 21811 - Subsistemas 7.861.018,01 21813 - Companhias de Seguros 1.285.153,41 21819 - Outros clientes 146.351,58 Outros devedores 10.739.413,32 229 - Adiantamento a fornecedores 24 - Estado e outros entes públicos 457.876,86 262 - Pessoal 2.050,00 268 - Outros Devedores Diversos 10.279.486,46

Total 41.912.762,06 b) Estado e Outros Entes Públicos

(Euros) Activo IRC - Retenção na fonte 406.882,16 IRS - Trabalho dependente 50.994,70

457.876,86 Total Passivo

IVA - Apuramento 2.907,43 Total 2.907,43

c) Dívidas a terceiros

Em 31 de Dezembro de 2004, as dívidas a terceiros tinham a seguinte composição:

(Euros) Fornecedores 48.051.270,93

221 - Fornecedores conta corrente 45.380.732,24

228 - Fornecedores facturas em recepção e conferência 170.538,69

231 - Dividas a instituições de crédito 2.500.000,00

Outros credores 9.480.294,91

219 - Adiantamentos de clientes 25.590,41

2611 - Fornecedores de imobilizado 1.760.091,16

24 - Estado e outros entes públicos 2.907,43

268 - Outros credores 7.691.705,91

57.531.565,84 Total

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 104

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados d) Acréscimos e diferimentos

Esta rubrica tem o desenvolvimento que se apresenta no quadro seguinte:

(Euros) Activo Acréscimo de Proveitos 30.715.600,40

Facturação - IGIF 25.605.160,00 Facturação - Outras entidades 5.110.440,40

Custos Diferidos 12.276,28 Outros custos diferidos 12.276,28

Passivo Acréscimos de Custos 9.628.281,97

Outros acréscimos de custo 802.336,87 Outras remunerações 1.819.454,68 Férias e Subsídios de Férias 7.006.490,42

Proveitos Diferidos 1.204.614,89 Piddac 373.285,07 UE - Fundos comunitários 831.329,82

e) Fornecimentos e Serviços Externos

O saldo desta conta é composto essencialmente por:

(Euros)

Subcontratos 4.155.660,30 Electricidade 315.003,48 Combustíveis 720.079,02 Água 330.248,04 Comunicação 343.138,68 Honorários 1.012.491,76 Conservação e reparação 2.547.645,85 Limpeza, higiene e conforto 1.301.420,87 Vigilância e segurança 488.728,38 Trabalhos especializados 3.311.664,48 Outros 438.073,70

Total 14.964.154,56 f) Custos com Pessoal

O saldo desta conta é composto por:

(Euros) Conselho de Administração Remunerações 324.527,67 Restante Pessoal Remunerações 55.671.671,65 Pensões 430.974,78 Encargos sobre remunerações 5.410.387,46 Outros custos com o pessoal 39.843,35

61.877.404,91 Total

g) Desde 31 de Dezembro até à presente data não ocorreu nenhum facto relevante que pudesse alterar significativamente as

Demonstrações Financeiras do Hospital.

h) Não existe qualquer dívida em mora à Segurança Social e às Autoridades Fiscais.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 105

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Demonstração de Resultados por Funções em 31 de Dezembro de 2004

(Euros)

2004 2003

Vendas e prestação de serviços 99.869.632,97 93.330.939,77

Custo das vendas e das prestações de serviços 116.174.009,39 43.249.757,24

Resultados brutos -16.304.376,42 50.081.182,53

Outros proveitos e ganhos operacionais 18.456.801,38 14.633.669,32

Custos de distribuição

Custos administrativos 7.621.792,24 7.372.858,03

Outros custos e perdas operacionais 151.472,10 68.214.515,47

Resultados operacionais -5.620.839,38 -10.872.521,65

Custo liquido de financiamento 2.099.906,71 677.004,67

Ganhos (perdas) em filiais e associados

Ganhos (perdas) em outros investimentos

Resultados correntes -3.520.932,67 -10.195.516,98

Impostos sobre os resultados correntes 1.561,91 2.259,89

Resultados correntes após impostos -3.522.494,58 -10.197.776,87

Resultados extraordinários 5.858.434,30 3.159.815,79

Impostos sobre os resultados extraordinários

Resultados líquidos 2.335.939,72 -7.037.961,08

Resultados por acção 780,47 -1.408,16

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 106

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício de 2004 Método Directo (Euros)

31.Dez.2004 31.Dez.2003 ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de Clientes 89.344.361,95 107.026.061,70 Pagamentos a fornecedores -29.307.508,15 -16.950.560,94 Pagamentos ao pessoal -61.877.404,91 -59.381.912,84

Fluxo gerado pelas operações - 1.840.551,11 30.693.587,92

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento - 1.561,91 - 2.259,89 Outros pagamentos/recebimentos relativos à actividade operacional - 25.651.621,51 21.856.258,97

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias - 25.653.183,42 21.853.999,08 Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 7.232.998,78 4.312.099,39 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -1.374.564,48 -1.152.283,60

Fluxos das actividades operacionais [1] - 21.635.300,23 55.707.402,79 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de: 13.623,56 2.184.789,13 Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas 13.623,56 2.184.789,13 Imobilizações incorpóreas Subsídios de investimento Juros e proveitos similares Dividendos

Pagamentos respeitantes a: - 2.922.003,18 - 11.161.791,55 Investimentos financeiros Imobilizações corpóreas - 2.922.003,18 - 11.161.791,55 Imobilizações incorpóreas

Fluxos das actividades de investimento [2] - 2.908.379,62 - 8.977.002,42

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 107

9 – Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício de 2004 Método Directo

(Euros) 31.Dez.2004 31.Dez.2003 ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de: 4.621.729,77 Empréstimos obtidos 2.500.000,00 Juros e proveitos similares 2.121.729,77 Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão Subsídios e doações Venda de acções (quotas) próprias Cobertura de prejuízos

Pagamentos respeitantes a: - 21.823,06 Empréstimos obtidos Amortização de contractos de locação financeira Juros e custos similares - 21.823,06 Dividendos Redução de capital e prestações suplementares Aquisição de acções (quotas) próprias

Fluxos das actividades de financiamento [3] 4.599.906,71

Variação de caixa e seus equivalentes [4] = [1] + [2] + [3] - 19.943.773,14 46.730.400,37

Caixa e seus equivalentes no inicio do período 48.628.266,37 1.897.866,00

Caixa e seus equivalentes no fim do período 28.684.493,23 48.628.266,37 O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 108

10 – Certificação Legal das Contas

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 109

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 110

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 111

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 112

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 113

11 – Relatório e Parecer do Fiscal Único

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 114

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 115

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 116

12 – Órgãos de Direcção

Directores/ Responsáveis de Serviço Administradores Hospitalares Luis Amaro Ana França Urgência Geral Margarida Rato Ana Isabel Santos Medicina Nuclear Maria Luísa Fernandes Ana Jorge Pediatria Médica Sara Valente Ana Marques Pereira Hematologia Armando Alcobia Farmácia Enfermeiras Supervisoras Artur Gomes Oliveira Urologia Angelina Francisco Augusto Goulão Neurorradiologia Isabel Truninger Benedita Nunes Serviço Social Lúbelia Melo Carlos Cyrne Radiologia

Carlos Falcão Imunohemoterapia Nazira Bano José Manuel Fernandes Serviço Instalações e Equipamentos Eduardo Almeida Unidade Cuidados Intensivos Enfermeiros Chefes/Responsáveis Elisabete Fradique Psiquiatria Adelaide Maria Martins Especialidades Médicas B Francisco Meneses Brandão Dermatologia e Consulta Externa Geral Ana Maria Silva Cirurgia II Hélio Retto Ginecologia António Rocha Departamento de Formação Humberto Ventura Patologia Clinica Carlos Francisco Cirurgia I Índia Remédios Medicina Física/Reabilitação Catarina Almeida Comissão de Controlo de Infecção João Gíria Cirurgia Geral Celeste Teixeira Mendes Cardiologia João Marta Pimentel Otorrinolaringologia Colaça Duarte Medicina Nuclear João Moreira Anestesiologia Elisabete Monforte Unidade da Dor Jorge Lopes Gomes Aprovisionamentos Elsi do Carmo Ramos Pediatria Cirúrgica e Médica Jorge Portugal Endocrinologia Emília Pinheiro Ortopedia/Cirurgia Plástica/ReumatologiaJorge Roldão Vieira Pneumologia Fernanda Carvalho Hemato-Oncologia e Endocrinologia José Barata Medicina Interna Fernanda Miguens Oftalmologia José Canas da Silva Reumatologia Fernanda Santos Urologia José Carlos Parreira Cirurgia Plástica Flora Carvalho Esterilização José Daniel Menezes Cirurgia Vascular Ganda Cêncio Obstetrícia José Reis Duarte Gastrenterologia Herculana Carvalho Consulta Externa/Hemodiálise José Marques Ferreira Oncologia Médica Jaquelina Barros Cirurgia Vascular/Neurologia Lídia Correia Segurança, Higiene e Saúde Trabalho José Serra Medicina II Luís Bigotte Almeida Neurologia José Saraiva Otorrinolaringologia Manuel Carrageta Cardiologia Maria Graça Oliveira Unidade Cuidados Intensivos Manuel Cunha e Sá Neurocirurgia Maria José Araújo U.C.I. Pediátrica Manuel Hermida Obstetrícia Maria Leonor Monteiro Neurocirurgia Manuela Cidade Oftalmologia Maria Matos Gonçalves Ginecologia Maria do Carmo Carvalho Serviços Financeiros Maria Teresa Chambel Bloco Operatório Maria João Águas Infecciologia Mário João Cavaleiro Medicina I Maria José Brito Anatomia Patológica Nelson Moreira Correia Urgência Geral Nuno Craveiro Lopes Ortopedia/Traumatologia Paula Gil Urgência Pediátrica Orlando Cordeiro Pediatria Cirúrgica Paula Ribeiro Exames Especiais Paula Calazans Bloco Operatório Rosália Marques Urgência Obstétrica Paulo Anastácio Recursos Humanos/Serviços Jurídicos Rui Emanuel Ferreira Traumatologia Pedro Ponce Nefrologia Rui Miguel Rosado Pneumologia Rosa Monteiro Planeamento e Estatística Teresa Chambell Bloco Operatório Rui Leão Informática Tecnicos Coordenadores Gestora Aldora Quintal Terapia da Fala Alexandra Ramos Ana Paula Martins Terapia Ocupacional Anabela Braga Dietética Comunicação Ana Terezinha Radiologia Ivone Ferreira João Carrapiço Radiologia-Urgência José Eduardo Ressurreição Fisioterapia José Manuel Baptista Anatomia Patologica Manuela Cristina Filipe Medicina Nuclear Margarida Vinhas Patologia Clínica/Imunohemoterapia Maria Clara Galvão Farmácia Maria Cristina Menezes Neurorradiologia

Mário Carvalho Cardiopneumologia

____________________________________________________ Relatório de Contas 2004 117

13 – Glossário

Ambulatório – Conjunto de serviços que prestam cuidados de saúde a indivíduos não internados. Berçário – Unidade orgânica de um Hospital, equipada com um conjunto de berços, para a permanência dos recém-nascidos sem patologia. Nota: Estes berços não são incluídos na lotação do estabelecimento. No entanto, e uma vez que são importantes para efeitos de gestão, o seu número deve ser conhecido. Bloco Operatório – Unidade orgânico-funcional constituída por um conjunto integrado de meios humanos, físicos e técnicos destinada à prestação de tratamento cirúrgico ou realização de exames que requeiram elevado nível de assepsia e em geral anestesia. Capacidade de Internamento (CI) – É o número máximo de dias de Internamento que as camas poderão facultar num determinado período. CI = Lotação x Nº de dias do período considerado

Cirurgia do Ambulatório – Intervenção cirúrgica programada, realizada sob anestesia geral, loco-regional ou local que, embora habitualmente efectuada em regime de internamento, pode ser realizada em instalações próprias, com segurança e de acordo com as actuais leges artis, em regime de admissão e alta no mesmo dia. Cirurgia Programada ou Electiva – Cirurgia efectuada com data de realização previamente marcada. Cirurgia Urgente – Cirurgia efectuada, sem data de realização previamente marcada, por imperativo da situação clínica. Consulta Externa – Unidade orgânico-funcional de um Hospital onde os doentes, com prévia marcação, são atendidos para observação, diagnóstico, terapêutica e acompanhamento, assim como para pequenos tratamentos. Demora Média (DM) – Média do número de dias utilizados por todos os doentes saídos num determinado período.

DM = Dias de Internamento Doentes Saídos

Dias de Internamento/Tempo de Internamento num Período – Total de dias utilizados por todos os doentes internados, nos diversos serviços de um estabelecimento de saúde com Internamento, num determinado período, exceptuando-se os dias em que ocorreram as altas desse estabelecimento de saúde. Nota 1: Não são incluídos os dias de estada em berçário ou em serviço de observação de serviço de urgência. Nota 2: este conceito é também aplicável a um só Serviço de Internamento. Doentes Entrados num Estabelecimento de Saúde num Período – Doentes admitidos em Internamento, durante um período, num estabelecimento de saúde. Nota: Consideram-se as seguintes proveniências: ambulatório (consulta externa, serviço de urgência ou outro) ou transferência de outro estabelecimento de saúde. Doentes Saídos – Doentes que deixaram de permanecer internados num serviço de um estabelecimento de saúde, nesse período. Doentes Tratados por Cama (DT/C) – Número médio de doentes saídos num determinado período, por cama.

DT/C = Doentes Saídos Lotação Efectiva

Hospital – Estabelecimento de saúde dotado de Internamento, Ambulatório e Meios de Diagnóstico e Terapêutica, com o objectivo de prestar à população assistência médica curativa e de reabilitação, competindo-lhe também colaborar na prevenção da doença, no ensino e na investigação científica. Nota: Os critérios para a classificação dos Hospitais enquadram-se em abordagens diversas, designadamente:

Área de Influência/Diferenciação Técnica, Hierarquização de Valências, Número de Especialidades/Valências, Regime de Propriedade, Ensino Universitário, Situação na Doença e Ligação entre Hospitais.

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13 – Glossário

Hospital Central – Hospital caracterizado por dispor de meios humanos e técnicos altamente diferenciados, com responsabilidades de âmbito nacional ou inter-regional. Hospital de Dia – Serviço de um estabelecimento de saúde onde os doentes recebem, de forma programada, cuidados de saúde, permanecendo durante o dia sob vigilância, não requerendo estadia durante a noite. Índice de Case – Mix (ICM) – É um coeficiente global de ponderação da produção que reflecte a relatividade de um Hospital face aos outros, em termos da complexidade da sua casuística. O ICM define-se como o rácio entre o número de doentes equivalentes de cada GDH ponderados pelos respectivos pesos relativos e o número total de doentes equivalentes do Hospital. Internamento – Conjunto de serviços que prestam cuidados de saúde a indivíduos que, após serem admitidos, ocupam cama (ou berço de neonatologia ou pediatria), para diagnóstico, tratamento ou cuidados paliativos, com permanência de, pelo menos, uma noite. Intervenção Cirúrgica – Um ou mais actos operatórios com o mesmo objectivo terapêutico e/ou diagnóstico, realizado(s) por cirurgião(ões) em sala operatória, na mesma sessão, sob anestesia geral, locorregional ou local, com ou sem presença de anestesista. Lista de Espera – Número de doentes do sistema de saúde, geralmente em Hospitais, que aguardam a realização, não urgente, de consulta, exame, tratamento, operação ou procedimento especial.

Lotação Oficial – Número de camas (incluindo berços de neonatologia e pediatria) oficialmente definido, para um serviço de saúde com Internamento. Lotação Praticada – Número de camas (incluindo berços de Neonatologia e de pediatria) disponíveis e apetrechadas para Internamento imediato de doentes, contadas num serviço de saúde. Nota 1: Excluem-se as camas do berçário, do serviço de observação, do SAP, do recobro e dos hospitais de dia, nomeadamente, da hemodiálise. Nota 2: Este valor resulta da média aritmética do número de camas contadas no último dia de cada trimestre do ano. Parto – Completa expulsão ou extracção, do corpo materno, de um ou mais fetos, de 22 ou mais semanas de gestação, ou com 500 ou mais gramas de peso, independentemente da existência ou não de vida e de ser espontâneo ou induzido.

Primeira Consulta – Consulta médica, em Hospitais, em que o utente é examinado pela primeira vez numa especialidade e referente a um episódio de doença. Nota: Considera-se que o episódio de doença termina no momento da alta da especialidade. Sala de Partos – Sala equipada para a realização do período expulsivo do parto. Sala de Recobro – Sala onde os doentes intervencionados (cirurgia ou outro procedimento) permanecem durante algum tempo sob vigilância sistemática e organizada, podendo estar monitorizados. Sala Operatória – Sala equipada, integrada em bloco operatório, que permite a execução de intervenções cirúrgicas e de exames que requeiram anestesia geral ou locorregional e elevado nível de assepsia. Nota: Não devem ser consideradas as salas vocacionadas para pequenas cirurgias, colocação de gessos, pensos e actividades semelhantes. Segunda Consulta – Consulta médica, que deriva da primeira para verificação da evolução do estado de saúde do doente. Serviço – Célula básica da organização dos estabelecimentos de saúde. Serviço Complementar de Diagnóstico – Unidade orgânico-funcional dotada de recursos especializados, onde se realizam exames e testes diversos, cujos resultados são necessários à efectivação de diagnóstico clínico. Nota: Este serviço pode ser simultaneamente de diagnóstico e terapêutica

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13 – Glossário

Serviço de Observação – Unidade integrada no Serviço de Urgência hospitalar, onde os doentes permanecem para observação até evidência conclusiva do diagnóstico. Serviço de Urgência – Unidade orgânica de um Hospital para tratamento de situações de emergência médica, cirúrgica, pediátrica ou obstétrica, a doentes vindos do exterior, a qualquer hora do dia ou da noite. Serviço Domiciliário – Conjunto de recursos destinados a prestar cuidados de saúde, a pessoas doentes ou inválidas, no seu domicílio, em lares ou instituições afins. Tempo de Espera – Número de dias (incluindo sábados, domingos e feriados) compreendido entre a data da inscrição para consulta, cirurgia, exame ou tratamento e a data prevista para realização dos mesmos. Taxa de Ocupação (TO) – Relação entre o número de dias de internamento e a capacidade de internamento.

TO = Dias de Internamento Lotação Efectiva X 100

Taxa de Reinternamento (TR) – Número de doentes que foram internados pela mesma causa num período de 72h a contar da alta.

TR = N.º Doentes Reinternados pela mesma causa N.º Total de Doentes Internados

Unidade de Cuidados Intensivos – Conjunto integrado de meios humanos, físicos e técnicos especializados, onde os doentes em estado crítico, com falência de funções orgânicas vitais, são assistidos por meio de suporte avançado de vida, durante 24 horas por dia.

Fonte: Glossário de Conceitos de Estatística em Saúde – 1ª Fase, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa, 2001 Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico – OCDE Instituto Nacional de Estatística – INE