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Hospital Garcia de Orta, E.P.E. 1 RELATÓRIO & CONTAS DE 2015 HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E.

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RELATÓRIO & CONTAS DE 2015

HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E.

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Índice

1. MENSAGEM DO PRESIDENTE ......................................................................................... 4

2. ENQUADRAMENTO DO HOSPITAL ................................................................................ 6

2.1. CARACTERIZAÇÃO DO HOSPITAL ..................................................................................................... 7

2.2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ................................................................................... 8

2.3. ARTICULAÇÃO COM AS UNIDADES DE SAÚDE ............................................................................... 10

2.3.1. Cuidados de Saúde Primários ....................................................................................................... 10

2.3.2. Cuidados Hospitalares .................................................................................................................. 10

2.3.3. Cuidados Continuados ................................................................................................................. 10

3. MODELO ORGANIZATIVO, ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E

IDENTIFICAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS ........................................................................ 11

3.1. Modelo Organizativo .................................................................................................................... 11

3.2. Estrutura organizacional ............................................................................................................... 11

3.2. Modelo organizacional – organograma ......................................................................................... 13

3.3. Enumeração e natureza dos Órgãos Sociais................................................................................... 14

4. ATIVIDADE GLOBAL EM 2015 ..................................................................................... 17

4.1. Atividade assistencial .................................................................................................................... 17

4.1.1. Internamento ............................................................................................................................... 17

4.1.2. Bloco Operatório .......................................................................................................................... 21

4.1.3. Consultas Externas ....................................................................................................................... 22

4.1.4. Urgência ....................................................................................................................................... 23

4.1.5. Hospital de Dia ............................................................................................................................. 25

4.1.6. Atividade de Bloco de Partos ....................................................................................................... 25

4.1.7. Indicadores de desempenho específicos associados a financiamento ........................................ 26

4.1.8. Outros projetos/atividades de melhoria relevantes .................................................................... 29

4.2. Execução orçamental e análise económico-financeira ..................................................... 44

4.2.1. Análise do Desempenho Económico .................................................................................... 45

4.2.1.1. Custos ..................................................................................................................................... 47

4.2.1.2. Proveitos ................................................................................................................................ 54

4.2.2. Execução do Orçamento Financeiro ............................................................................ 58

4.2.3. Compras ................................................................................................................................ 61

4.2.4. Investimentos ...................................................................................................................... 62

4.2.5. Análise do Desempenho Financeiro ............................................................................ 64

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4.3. INDICADORES DE RECURSOS HUMANOS ............................................................. 68

5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................ 74

6. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO ............................................................ 75

ANEXO I – CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS ............. 113

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1. MENSAGEM DO PRESIDENTE

Durante o Programa de Assistência Financeira, o Serviço Nacional de Saúde e os

hospitais passaram por grandes dificuldades.

A forte redução das remunerações (a Saúde foi o sector mais atingido) levou

muitos profissionais a procurarem melhores oportunidades no estrangeiro, no setor

privado ou a reduzirem horários (frequentemente em alternativa à cessação de

funções).

A desmotivação reduziu o empenho e a participação, lutando-se atualmente pela

recuperação dos vínculos psicológicos.

A pressão sobre as despesas correntes motivou cortes nas despesas de

investimento, agravando o estado de conservação das infraestruturas.

As despesas com assistência técnica e paragens por assistência curativa

agravaram-se ou multiplicaram-se, por falta de renovação do parque de

equipamentos, retardando o progresso técnico e tecnológico associado.

Encurtaram-se estruturas assistenciais (v.g. internamento), comprometendo a

resposta a necessidades crescentes e atuais.

As medidas de desenvolvimento dos cuidados primários e continuados foram

insuficientes.

A perda de profissionais para o setor privado multiplicou o recurso a soluções de

outsourcing, com fraca relação custo/qualidade, criando dependências ou roturas

que o mercado nem sempre resolve.

O HGO não foi exceção, tendo vivido de forma mais ou menos intensa este

fenómeno, apesar dos resultados não evidenciarem quebras ou roturas,

apresentando mesmo algumas áreas progressos relevantes, pese embora as

grandes carências estruturais e escassez quase generalizada de recursos, devido ao

espírito de colaboração e forte resiliência dos profissionais.

A generalizada expectativa de recuperação e reversão desta situação nos próximos

anos, por parte de profissionais e gestores, é muito forte. Efetivamente a

recuperação a curto prazo dos rendimentos perdidos, promovida pelo atual governo

num setor de capital humano altamente especializado, poderá inverter a tendência

de perda e desvinculação de colaboradores de elevado potencial e contribuir para

aumentar a retenção e desenvolvimento.

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A aposta do atual governo, na manutenção e recuperação do Serviço Nacional de

Saúde, designadamente em áreas que perderam capacidade de resposta

diferenciada (v.g. urgência), que geraram dependências do mercado, de duvidosa

relação preço/qualidade (m.c.d.t.´s), que passaram a transferir para o setor

privado uma parte significativa da respetiva missão (cirurgias), é condição para a

manutenção da qualidade da prestação e para a sustentabilidade do sistema de

saúde.

A introdução da liberdade de escolha pelos utentes das instituições prestadores e a

política de transparência relativamente ao acesso aos cuidados de saúde, colocam

desafios difíceis mas estimulantes às instituições e aos profissionais, numa

perspectiva de competição pela melhoria da qualidade e do acesso aos cuidados de

saúde. Os avanços recentes ao nível dos sistemas de informação, de que a

Plataforma de Dados da Saúde é um excelente exemplo, e a criação de Centros de

Referência, considerando que assentam em critérios de qualidade e igualdade de

oportunidades, comprovam a capacidade de desenvolvimento e maturidade do

setor da saúde e das suas instituições na sociedade portuguesa.

As necessidades em saúde aumentaram nos últimos anos devido ao

envelhecimento mas igualmente à degradação acentuada do estado de saúde das

populações, por razões sociais e económicas. Esta evolução está evidenciada no

aumento significativo das taxas de internamento hospitalar, exigindo o reforço da

capacidade de internamento de agudos e o reforço da rede de cuidados continuados

de média e longa duração e de cuidados paliativos. Neste sentido, a maior aposta

na Gestão Integrada da Doença Crónica, a aposta nos cuidados primários de saúde,

se efectiva, e o anunciado reforço da rede de cuidados continuados e paliativos,

constituem medidas governativas de grande importância no atual contexto. A

experiência de hospitalização domiciliária do HGO, cujo balanço está sendo feito,

poderá evidenciar mais uma opção a considerar.

Da atual política governativa emanam ainda algumas linhas força da maior

importância para o funcionamento do setor hospitalar, como sejam, a necessidade

de modernização do sistema (SIMPLEX da Saúde), o aperfeiçoamento da

organização interna e o modelo de gestão, aumentando a autonomia e a

responsabilização, com aplicação de incentivos ligados ao desempenho (criação de

centros de responsabilidade). Finalmente o apoio à investigação clínica, com

mecanismos específicos de financiamento.

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O nosso agradecimento a todas as chefias e profissionais do HGO pelos excelentes

resultados obtidos e manifestamos o nosso compromisso com a resolução ou

minimização de algumas dificuldades surgidas.

2. ENQUADRAMENTO DO HOSPITAL

O Hospital Garcia de Orta classifica-se como hospital central que presta

cuidados de saúde diferenciados à população dos concelhos de Almada e

Seixal, desenvolvendo ainda atividades de investigação e formação, pré e

pós graduada de profissionais de saúde.

O HGO dispõe de uma vasta gama de especialidades médicas organizadas

em serviços e unidades funcionais, que utilizam a infraestrutura disponível,

conforme anexo a).

TOTAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA 332.299

MOVIMENTO ASSISTENCIAL Nº

Lotação Sem Berçário 544

Número de Berços 32

Doentes Saídos Sem Berçário 21.343

Movimento do Berçário 2.397

Total de Consultas Médicas 281.543

Intervenções cirúrgicas 14.626

Taxa de Ambulatorização 63%

Número de Admissões à Urgência 149.736

Sessões de Hospital de Dia 11.583

Número de partos 2.507

RECURSOS HUMANOS – Número de profissionais Nº

Contrato por Tempo indeterminado em F.P. 1024

Contrato individual de trabalho 1263

Outras Situações 211

INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA €

Capital Social 132.819.535.00

Investimentos 32.601.995,31

Resultado Líquido - 2.692.978,08

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2.1. CARACTERIZAÇÃO DO HOSPITAL

O HGO dispõe de uma vasta gama de especialidades médicas organizadas

em serviços e unidades funcionais, conforme quadro seguinte

Serviços e unidades funcionais existentes no HGO

Especialidade / Serviço Especialidade / Serviço

Internamento: Ambulatório

Angiologia e Cirurgia Vascular Consulta Externa

Cardiologia Cirurgia de Ambulatório

Cirurgia Geral Hospital de Dia

Cirurgia Pediátrica Hematologia

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Estética Neurologia

Dermato-Venereologia Oncologia

Doenças Infecciosas (Infecciologia) Pediatria

Endocrinologia e Nutrição Pneumologia

Gastroenterologia Psiquiatria

Ginecologia Reumatologia

Hematologia Clínica Imunohemoterapia

Medicina Interna Medicina Física e Reabilitação

Nefrologia Centro de Infertilidade (CIRMA)

Neonatologia Meios Complementares Diagnóstico

Neurocirurgia Imagiologia

Neurologia Neurorradiologia

Obstetrícia Medicina Nuclear

Oftalmologia Técnicas Especiais

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2.2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

A população diretamente servida pelo HGO em 2015, totaliza 332.299 habitantes

(INE, 2011), assim distribuídos:

Fonte: INE censos 201

O HGO inicia a sua atividade em 1991 e tinha como área de influência os concelhos

de Almada, Seixal e Sesimbra, correspondendo a 295.941 habitantes. Entre o ano

de 1991 e o ano 2011 verificou-se um acréscimo considerável de população. O

concelho de Almada registou um crescimento de 14.66% correspondente a um

aumento de população de 22.247 pessoas. O concelho do Seixal registou um

crescimento de 35.37% correspondente a 41.357 pessoas e o concelho de

Sesimbra registou um crescimento de 81.68% correspondente a um aumento

populacional de 22.254 pessoas. Com vista a redimensionar de forma mais

equitativa a população pelas estruturas hospitalares, em 2013 o Hospital viu ser

redefinida a sua área de influência direta, passando esta a ser constituída pelo

concelho de Almada e do Seixal. O concelho de Sesimbra passou para a área de

influência do Centro hospitalar de Setúbal. Desta forma o Hospital passou a servir

diretamente 332.299 habitantes.

A área de influência do HGO, por incluir zonas balneares de grande extensão, sofre

um aumento significativo de população, com maior incidência nos meses de Julho e

Agosto e que se reflete, inevitavelmente, no movimento assistencial do hospital,

nomeadamente, no Serviço de Urgência.

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Em consonância, tem-se observado um crescimento da admissão de doentes com

idades avançadas no Serviço de Urgência, assim como em outros serviços do

Hospital. O elevado número de lares da área de influência do Hospital é

seguramente um fator que tem contribuído para este crescimento.

Assiste-se a uma imigração social, que manifesta a tendência de os residentes na

região trazerem para junto de si os familiares idosos e consequentemente estes

idosos serem novos utentes e consumidores de recursos no HGO.

A estrutura etária na área de influência do Hospital distribui-se da seguinte forma,

conforme se pode verificar no quadro e gráfico abaixo: 15.5% tem entre 0 e 14

anos, 10.5% tem entre 15 e 24 anos, 55.8% tem entre 25 e 64 anos e 18.2% com

mais de 65 anos (dados dos censos 2011). Com esta distribuição da estrutura

etária da população da área de influência do Hospital é de prever uma procura

progressivamente crescente devido ao envelhecimento da população

Tabela 1 - Distribuição da população por grupo etário, sexo e concelho

Fonte: INE censos 2011

Almada174.030 82.542 91.488 25.593 13.143 12.450 17.646 9.000 8.646 94.792 45.092 49.700 35.999 15.307 20.692

Seixal158.269 75.944 82.325 25.752 13.120 12.632 17.207 8.716 8.491 90.669 42.923 47.746 24.641 11.185 13.456

M

Local de

residência (à data

dos Censos 2011)

População residente (N.º) por Local de residência (à data dos Censos 2011), Sexo e Grupo etário; Decenal (1)

2011

Grupo etário

Total 0 - 14 anos 15 - 24 anos 25 - 64 anos 65 e mais anos

Sexo

HM H M HM H HM H MHM H M HM H M

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Font : INE censos 2011

2.3. ARTICULAÇÃO COM AS UNIDADES DE SAÚDE

2.3.1. Cuidados de Saúde Primários

A Área de Influência do HGO possui uma extensa rede de Centros de Saúde e

extensões como se pode verificar no anexo b).

Algumas especialidades do HGO mantêm uma articulação de consultadoria com

deslocação periódica de médicos aos Centros de Saúde. Apesar da taxa de

utilização da urgência geral na área do HGO ser inferior ao padrão nacional,

presumindo-se que devido ao bom funcionamento de uma parte dos Centros de

Saúde da área de influência, a % de doentes com cor verde e azul do Sistema de

Triagem de Manchester é ainda bastante elevada (40.5%).

2.3.2. Cuidados Hospitalares

No que se refere a cuidados hospitalares a área de influência do HGO e área

limítrofe possui diversas unidades públicas e privadas, como se pode verificar no

anexo c).

2.3.3. Cuidados Continuados

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Um dos objetivos da criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

(RNCCI) foi a de proporcionar aos doentes uma continuidade de tratamento, logo

após a alta hospitalar. Pressupõe-se assim a existência de unidades que permitam

descongestionar o acesso ao internamento nos hospitais de agudos.

Apesar da melhoria verificada em 2012 e 2013 no que respeita á resposta da

RNCCI, como veremos, em 2015 foi ainda é muito insuficiente, motivando o

protelamento de internamentos em relação a um considerável número de doentes,

traduzido num significativo número de dias de internamento inadequado.

3. MODELO ORGANIZATIVO, ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E IDENTIFICAÇÃO DOS

ORGÃOS SOCIAIS

3.1. Modelo Organizativo

O modelo organizativo que suporta a estrutura de funcionamento do HGO tem por

base a responsabilidade na gestão e a qualidade e eficiência na prestação de

cuidados de saúde.

O HGO adopta um modelo de gestão participada que compreende os níveis de

gestão estratégica, intermédia e operacional e que assenta na contratualização

interna de objetivos, meios para os alcançar e respetivas metas.

Ao CA, ao nível estratégico, compete estabelecer os objectivos do HGO, assegurar e

controlar a sua execução e definir as estratégias e políticas de gestão internas.

Aos níveis intermédios de gestão, designadamente, aos centros de

responsabilidade, incumbe a coordenação e articulação das atividades e recursos

dos serviços e unidades funcionais que integram.

Aos serviços e unidades funcionais, ao nível da gestão operacional, incumbe a

prestação direta de cuidados e as atividades de suporte necessárias àquela, de

acordo com objectivos e metas integrados em planos de atividade aprovados pelo

CA.

3.2. Estrutura organizacional

O HGO organiza-se em três áreas de atividade:

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a) A área clínica;

b) A área da formação, ensino e investigação;

c) A área de administração e de apoio logístico.

A área clínica organiza-se de acordo com uma estrutura matricial, assente em

processos de gestão por valências/patologias.

A área da formação, ensino e investigação constitui-se numa estrutura operacional

e diferenciada, denominada Centro de Investigação Garcia de Orta (CIGO)

organizado por atividades e por programas específicos, com atribuições definidas

em regulamento próprio.

A área de administração e de apoio logístico estrutura-se verticalmente, mas

adoptando sempre que possível formas de organização em torno de processos de

trabalho.

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3.2. Modelo organizacional – organograma

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3.3. Enumeração e natureza dos Órgãos Sociais São órgãos do HGO:

a) O conselho de administração (CA);

b) O fiscal único;

c) O conselho consultivo

O Conselho de Administração tem a composição definida nos Estatutos

Nos termos do n.º 1, do art.º 6º dos estatutos constantes do anexo II do Dec. Lei

nº 233/2005 de 29 de dezembro, alterado pelo Dec. Lei 244/2012 de 9 de

novembro e republicados no anexo III ao Decreto-Lei n.º 12/2015, de 26 de

Janeiro, e simultaneamente alterado pelo do Decreto-Lei n.º 183/2015, de 31 de

agosto o Conselho de Administração é composto pelo Presidente e um máximo de

quatro Vogais, que exercem funções executivas, incluindo até dois diretores clínicos

e um enfermeiro diretor.

Conselho de Administração nomeado para o triénio 2013-2015, conforme resolução nº 3/2013

publicada no Diário da República- 2ª Série, Nº 15, de 22.01.2013:

CARGO NOME

Presidente Joaquim Daniel Lopes Ferro

Vogal (1) José António Completo Ferrão

Vogal (2) Maria de Lourdes Caixaria Bastos

Diretor Clinico Vogal (4) Ana Paula Breia dos Santos Neves

Enfermeiro Diretor Vogal (3)

Odília Maria Taleigo das Neves

Conselho de Administração nomeado para o triénio 2016-2018, conforme resolução

nº 6-A/2016 publicada no Diário da República- 2ª Série, Nº 49, de 10-03-2016

CARGO NOME

Presidente Joaquim Daniel Lopes Ferro

Vogal (1) Pedro de Andrade Pais Pinto dos Reis

Vogal (2) Maria de Lourdes Caixaria Bastos

Diretor Clinico Vogal (4) Ana Paula Breia dos Santos Neves

Enfermeiro Diretor Vogal (3)

Odília Maria Taleigo das Neves

Conselho de Administração

Competências próprias – são as previstas no Artigo 7º dos Estatutos que

fazem parte do Anexo II do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de

Dezembro, alterado pelo Dec. Lei 244/2012 de 9 de novembro e

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republicados no anexo III ao Decreto-Lei n.º 12/2015, de 26 de Janeiro,

e simultaneamente alterado pelo do Decreto-Lei n.º 183/2015, de 31 de

agosto.

Competências delegadas – são as delegadas pelo Senhor Ministro da Saúde e pelo

Senhor Secretário de Estado da Saúde.

Presidente – Joaquim Daniel Lopes Ferro

Funções e responsabilidades – Presidente do Conselho de Administração. responsável

pelo Centro Garcia de Orta, Serviço de Assessoria Jurídica e Contencioso e Auditoria

Interna

Vogal Executivo – Maria de Lourdes Caixaria Bastos

Funções e responsabilidades – Responsável pela Gestão Financeira e Património,

Auditoria Interna, Planeamento e Controlo de Gestão e Serviço de

Informática/Tecnologias de Informação, Serviço de Apoio Geral e a Doentes e Arquivo

Clínico.

Vogal Executivo – Pedro de Andrade Pais Pinto dos Reis

Funções e responsabilidades – Responsável pelo Serviço de Gestão Logística, ao

Serviço de Gestão de Recursos Humanos, ao Serviço Farmacêutico, ao Serviço de

Gestão Hoteleira, ao Serviço de Instalações e Equipamentos.

Diretora Clínica – Ana Paula Breia dos Santos Neves

As competências constam do Artigo 9º dos Estatutos que fazem parte do Anexo

II do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. Adicionalmente, é

responsável pela área da Governação Clinica, Serviço de Saúde e Medicina

Ocupacional e a Direção do Internato Médico.

.

Enfermeira Diretora – Odilia Maria Taleigo das Neves

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As competências constam do Artigo 10º dos Estatutos que fazem parte do Anexo II do

Decreto – Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. Adicionalmente, é responsável pela

Gestão do projeto de Melhoria da Qualidade e Acreditação – CHKS, pela área da

Formação e ainda, pela Gestão global dos Assistentes Operacionais e Serviço Social.

Comissões Especializadas que integram membros do Conselho de

Administração

o Diretora Clínica:

Comissão Médica

Comissão de Farmácia e Terapêutica

Comissão Oncológica

o Enfermeiro Diretor:

Comissão de Enfermagem

Fiscal Único

Efetivo: Rosa Lopes, Gonçalves Mendes & Associados SROC nº 116,

Representada pelo Dr. José de Jesus Gonçalves Mendes, ROC nº 833

Fiscal Único Suplente: Dr. João Manuel Rosa Lopes ROC nº 1029

Conselho consultivo

Presidente: Professor Doutor Fernando José Pires Santana

Representante da Camara Municipal de Almada: Maria do Carmo Borges

Representante da ARSLVT: Dr. Luis Amaro

Representante dos trabalhadores do HGO: Dr. Humberto Ventura

Representante dos prestadores de trabalho voluntário: Dr. Fernando Eduardo

de Oliveira Neves

Designados pelo Conselho de Administração: Sra. Enfermeira Isabel Truninger

Albuquerque Medeiros Sousa e Dr. Rui Jorge Teixeira Freitas

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Representante dos utentes: a designar

4. ATIVIDADE GLOBAL EM 2015

4.1. Atividade assistencial

4.1.1. Internamento

Contrariando as previsões da atividade assistencial incluídas no Plano de Atividades

de 2015, referentes ao internamento, o número de doentes saídos aumentou 1.336

doentes (6%), conforme de pode verificar no quadro seguinte, confirmando que o

aumento ocorrido nos primeiros meses do ano, não foi pontual. Este aumento

correspondeu ao internamento de mais 110 doentes/mês.

A maior parte tratou-se de doentes do foro da Medicina Interna (659 doentes),

tipicamente com patologias múltiplas, podendo estar associado à degradação do

estado de saúde da população, eventualmente motivada por fatores de ordem

social e económica.

A outra parte do aumento (606 doentes) deveu-se à reconstituição da equipa de

Ginecologia e Obstetrícia, que durante vários anos lutou com falta de recursos

qualificados.

Finalmente há a assinalar o significativo aumento dos doentes saídos do Serviço de

Neurocirurgia (178 doentes), em resultado do aumento da referenciação para o

HGO da Península de Setúbal e da Região do Alentejo.

Em termos de ganho de eficiência há que registar o decréscimo da demora média

de internamento de 8,3 dias para 8,0 dias o que representou uma poupança de

6.403 dias de internamento.

Quanto ao nível de severidade dos doentes, o volume de doentes de maior

severidade (níveis 3 e 4), aumentou de 13% para 18%.

A ocupação média do internamento rondou os 93%, ou seja, acima do

recomendado como nível de segurança dos hospitais (85%). No entanto, se

analisarmos a ocupação sazonal, excluindo a área de Pediatria e Obstetrícia, onde

se internam apenas doentes destas especialidades por razões compreensíveis,

verificamos que as taxas de ocupação atingiram valores de 100% ou aproximados

nos primeiros meses deste ano e nos últimos meses. Todavia, a taxa de ocupação

média foi muito elevada ao longo de todo o ano.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

18

A elevada taxa de ocupação registada no inverno de 2014 bloqueou a

atividade da Urgência Geral, por falta de espaço (a sobrelotação da UIMC

atingiu mais de 60 doentes por falta de vagas no internamento) e recursos

humanos (algumas equipas só com 3 especialistas). No inverno de 2015 a

situação foi controlada devido a vários fatores:

Realizado Previsto Realizado

DEZEMBRO

Nº % Nº %

Total geral sem berçario 20.071 20.069 21.343 1.257 6,3% 1.274 6,3%

Berçário 2.335 2.335 2.397 62 2,7% 62 2,7%

Sub-total UCI 1.783 1.783 1.851 68 3,8% 68 3,8%

Sub-Total Especialidades Médicas 7.934 7.934 8.399 450 5,9% 465 5,9%

Sub-Total Especialidades Cirúrgicas 10.354 10.352 11.093 739 7,1% 741 7,2%

Total Geral com Berçario incluido 22.406 22.404 23.740 1.319 6,0% 1.336 6,0%

Demora média sem berçario 8,3 8,2 8,0 -0,3 -0,2

Internamento

Doentes saídos

Variação

2014 2015 2015Período Realizado/Previsto

0

4.000

8.000

12.000

16.000

20.000

24.000

2014 2015

Realizado Realizado

2.335 2.397 1.783 1.851

7.934 8.399

10.354 11.093

Internamento 2015 - Nº doentes saídos

Sub-Total EspecialidadesCirúrgicas

Sub-Total EspecialidadesMédicas

Sub-total UCI

Berçário

2015 Dias internamento lotação praticada taxa de ocupação

Sub-Total UCI 22.079 57 106,1%

Sub-Total Especialidades Médicas 84.875 253 91,9%

Sub-Total Especialidades Cirúrgicas 64.425 234 75,4%

TOTAL (s/ Berçário, Quartos Particulares, Lar de

Doentes e Cuidados Paliativos) 171.379 544 86,3%

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

19

Terem sido contratadas 17 camas de cuidados continuados de modo a que

os doentes com alta clínica, não permanecessem internados no HGO em

camas vocacionadas para doentes agudos;

Ter sido criada uma Unidade de Hospitalização Domiciliária com capacidade

para internamento de 20 doentes;

Terem sido transferidos para os Centros Hospitalares Lisboa Norte e Lisboa

Central 15 doentes;

Ter sido suspensa a atividade cirúrgica não urgente/prioritária de modo a

libertar camas cirúrgicas para doentes médicos e cirúrgicos urgentes

(equivalente a 20 camas);

Apesar de neste inverno, não terem sido noticiados, nem fenómenos de longos

tempos de espera, nem situações de sobrelotação ou supostos acidentes por falta

de segurança na prestação de cuidados urgentes, não se pode inferir que a situação

ficou normalizada. Efetivamente, as taxas de ocupação excessivamente elevadas

confirmam a situação de sobrelotação. A capacidade de transferência de doentes

para o internamento (da qual depende a funcionalidade da Urgência Geral) esteve

em grande número de dias, dependente das altas do próprio dia. Num ou outro dia,

para evitar macas no internamento e manter a funcionalidade da Urgência Geral,

teve que recorrer-se à transferência de alguns doentes para os Centros

Hospitalares de Lisboa.

Espera-se que esta tendência de acréscimo das necessidades de internamento,

nomeadamente de doentes do foro médico se mantenha, devido ao envelhecimento

da população e à provável degradação do estado de saúde por motivos sociais e

económicos.

Deste modo, é urgente a ampliação do HGO no que respeita ao aumento da

capacidade de internamento em pelo menos 100 camas, das 115 camas não

ativadas por força de reconversão em espaços de ambulatório, nomeadamente:

O Serviço de Medicina tem permanentemente cerca de 20 a 30 doentes

internados noutros serviços e a tendência nos próximos anos é para um

crescimento das necessidades da ordem dos 5% a 10%/ano, pelo que este

serviço necessitará no mínimo de mais 50 a 60 camas;

O Serviço de Neurocirurgia tem apenas 15 camas de internamento, tendo

tido em 2015 em média cerca de 40 doentes internados, igualmente com

uma tendência de crescimento da ordem dos 5% a 10%, pelo que este

serviço necessitará de mais 30 camas;

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

20

O aumento das necessidades em cuidados intensivos e intermédios,

associado à evolução do perfil atual e futuro do HGO, agora agravado pelo

facto do HGO ser um dos hospitais de referência que asseguram a urgência

metropolitana de Lisboa para a patologia neurovascular do sul do país, em

escala rotativa com os centros hospitalares de lisboa vai exigir um aumento

de pelo menos 8/10 camas de cuidados intensivos/intermédios. De acordo

com a reestruturação preconizada pela ARSLVT da rede de cuidados

hospitalares na Península de Setúbal, deveria o HGO criar um Serviço de

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, bem como, centralizar o internamento em

algumas patologias como a Urologia, a Oftalmologia ou a Dermatologia,

sendo que, para este conjunto de especialidades irão ser necessárias pelo

menos mais 15 camas de cuidados intensivos e intermédios.

A estrutura de internamento, onde foram instalados múltiplos espaços de

ambulatório (40 gabinetes de consulta, 25 gabinetes de técnicas, 6 hospitais de dia

e 4 salas de cirurgia do ambulatório), comportava inicialmente mais 115 camas,

podendo estas no limite serem recuperadas, desde que esses espaços de

ambulatório sejam, uma parte instalada no futuro Hospital do Seixal e outra, no

futuro edifício do ambulatório a construir em espaço contíguo ao edifício principal.

Projeto de Melhoria da Gestão do Internamento

No sentido de aproximar a demora média do HGO à demora média padrão

(Benchmarking Clínico IASIST) e melhorar a eficiência, diminuindo os dias de

internamento inapropriados em 50% desde a última auditoria (PRU), com

implementação em todos os serviços da metodologia de planeamento de altas e a

aplicação SOGA. No âmbito deste projeto serão ainda revistos os critérios de

internamento de modo a diminuir a percentagem de admissões inapropriadas, com

maior envolvimento e articulação com as equipas dos cuidados de saúde primários

e continuados. Este projeto, necessitará de um maior envolvimento das direções de

serviço e das equipas, bem como, das equipas facilitadoras (EAGI e EGA).

Unidade de Hospitalização Domiciliária

Iniciou o seu funcionamento no mês de Novembro, com uma capacidade inicial de

tratamento no domicílio de 20 doentes. Considerando que não se conseguiu a

articulação com os Cuidados de Saúde Primários ao nível dos cuidados continuados

ao fim de semana, só ainda se conseguiram ativar 10 camas e a equipa teve que

ser reforçada recentemente de forma a dar melhor resposta.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

21

De registar que a capacidade inicial de Hospitalização (20 camas) poderá ser

alcançada se for possível garantir a continuidade de cuidados pelas equipas do

ACES de Almada, com uma maior cobertura diária e incluir a prestação de cuidados

ao fim de semana, a todos os doentes com alta hospitalar.

Dos doentes tratados até ao final de março, o balanço é muito positivo, no que

respeita à satisfação dos doentes e perceção das equipas. Este projeto, apesar das

limitações referidas, foi decisivo no aumento da capacidade de internamento

durante o presente inverno e, a par de outras medidas, permitiu atenuar a grande

pressão sobre o internamento do Hospital.

4.1.2. Bloco Operatório

A atividade cirúrgica programada apesar do decréscimo significativo de anestesistas

(12 médicos do quadro permanente para 8) pelo 3º ano consecutivo (em 2013

eram 24 anestesistas) aumentou em 779 cirurgias (7%), conforme se pode

verificar no Quadro abaixo. O crescimento da cirurgia convencional foi de 5,5% e o

da cirurgia do ambulatório foi de 7,4%. De registar o decréscimo da atividade

cirúrgica urgente (-96 intervenções). Já foi referido o extraordinário esforço do

grupo de anestesistas permanentes e a ameaça de rotura eminente das escalas de

urgência. Para evitar o encerramento da algumas valências (Urgência Obstétrica e

Trauma) este grupo assegurou nos períodos do verão 7 a 8 bancos por mês.

Espera-se que a retoma da formação de especialistas em 2016 (em 2015 não se

formaram novos especialistas, devido ao prolongamento do internato em mais 1

ano) e a continuidade do apoio do Ministério da Saúde ao HGO, permitam melhorar

esta situação.

2015

2014

Realizado

2015

Realizado

2015

Previsto

Δ % face

homologo

Δ % face

contratualizado

Cirurgia Convencional 4.344 4.582 4.552 5,5% 0,7%

Cirurgia Ambulatorio 7.302 7.843 7.465 7,4% 5,1%

Cirurgia Programada 11.646 12.425 12.017 6,7% 3,4%

Cirurgia Urgente 2.297 2.201 2.440 -4,2% -9,8%

Total Cirurgias 13.943 14.626 14.457 4,9% 1,2%

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

22

Projeto de melhoria da Atividade Cirúrgica – medidas gestionárias

aplicadas

O ano de 2015 foi crítico devido à falta de anestesistas, para garantir a

atividade cirúrgica programada, o HGO desenvolveu um programa de

cirurgia adicional nas especialidades com maior números de doentes em

Lista de inscritos para cirurgia (LIC) e/ou com maior Tempo Médio de

Espera (TME), com o objetivo de diminuir os tempos médios de espera.

Na especialidade de cirurgia geral foi estabelecido um protocolo com o

Centro Hospitalar Lisboa Norte para realização de cirurgias nas patologias

com maior número de doentes inscritos, com o objetivo de reduzir o TME.

Foram efetuados expurgos da LIC e enviadas mensalmente listas nominais

para os Serviços com os doentes mais antigos e neoplasias malignas

4.1.3. Consultas Externas

A atividade da consulta externa, apesar das grandes limitações de espaço físico

(60% são realizadas nos pisos de internamento), apresenta um crescimento de

11.176 consultas (4%).

Para além do crescimento global verificamos uma melhoria relativamente à

acessibilidade, representada por um acréscimo de 2.44% de primeiras consultas,

mais 1.948 consultas que no ano anterior, de várias especialidades. Apesar da

meta de 30,6% de 1ªs consultas não ter sido alcançada, a acessibilidade às

consultas melhorou em várias especialidades. O volume de consultas

disponibilidade pelo sistema da Consulta a Tempo e Horas, aumentou de 26.964

consultas em 2014 para 30.216 consultas em 2015, correspondendo a um aumento

de 12%.

Consulta Externa

1as total 1as total 1as total 1as total 1as total

Total Consultas Medicas 78.323 271.640 80.031 281.543 84.116 274.802 2,2% 3,6% -4,9% 2,5%

Total Consultas Não Médicas 1.676 14.574 1.916 15.847 1.688 14.646 14,3% 8,7% 13,5% 8,2%

Total Geral 79999 286214 81947 297390 85804 289448 2,4% 3,9% -4,5% 2,7%

% 1as Consultas médicas /total consultas médicas 0,0% 28,8% 0,0% 28,4% 0,0% 30,6% -0,4% -2,2%

ContratualizadoRealizadoRealizado

2015 20152014 Δ % face homologo

Δ % face

contratualizado

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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De qualquer modo a taxa de acessibilidade expressa no % de consultas efetuadas

no tempo clinicamente adequado, alcançou níveis muito elevados (86,5%)

Projeto de melhoria da atividade de consulta- medidas gestionárias

aplicadas à Consulta Externa

Aumentar o acesso às primeiras consultas, para fazer face à Lista de Espera

de Consultas, adequando as agendas médicas de 1ºas consultas à procura

(Consulta a tempo e horas e Consultas Internas).

Limitar o número de consultas subsequentes

Diminuir o número de consultas subsequentes de «hipocoagulação», está a

decorrer o processo em articulação com o ACES Almada-Seixal.

Desenvolvimento da consulta de telemedicina (Telerastreio) para

Dermatologia.

Sensibilização dos Diretores de Serviço para darem «altas da consulta» aos

utentes que já não necessitam de continuar em vigilância hospitalar.

Informar mensalmente, com antecedência, os Diretores de Serviços, do

número de consultas que não conseguem dar resposta em tempo adequado,

por forma a assegurarem vagas extras para consulta a esses utentes.

4.1.4. Urgência

A atividade global da Urgência manteve os níveis anteriores. Na Urgência Geral

verificou-se um ligeiro decréscimo (1.7%), enquanto na Urgência Obstétrica e na

Urgência Pediátrica se verificou um ligeiro acréscimo de atendimentos

aproximadamente (4%), conforme se pode constatar.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Apesar das medidas já referidas e da melhoria registada no presente inverno, a

Urgência Geral continua a registar um défice preocupante de especialistas de Medicina

Interna. Das 13 vagas colocadas a concurso, só foram preenchidas 2 e ambos os

candidatos cessaram funções. O 3º irá tomar posse em breve. Os restantes avisos de

recrutamento não lograram candidatos e o mercado de prestadores de serviço não

tem médicos qualificados.

Pese embora as dificuldades referidas e através de um grande esforço organizacional e

das lideranças (Direção da Urgência e Chefias de Equipa), tem sido possível melhorar

os tempos de espera na Urgência Geral, como se pode verificar:

2015 Urgência Atendimentos Totais

2014

Realizado

2015

Realizado

2015

Previsto

Δ % face

homologo

Δ % face

contratualizado

Geral 88.984 87.452 86.202 -1,7% 1,5%

Obstetrícia 15.771 16.359 15.388 3,7% 6,3%

Pediatria 44.109 45.925 44.536 4,1% 3,1%

TOTAL 148.864 149.736 146.126 0,6% 2,5%

2015 Urgência Atendimentos sem internamento

2014

Realizado

2015

Realizado

2015

Previsto

Δ % face

homologo

Δ % face

contratualizado

Geral 78.731 76.404 75.928 -3,0% 0,6%

Obstetrícia 12.966 13.455 12.545 3,8% 7,3%

Pediatria 43.402 45.274 43.577 4,3% 3,9%

TOTAL 135.099 135.133 132.050 0,0% 2,3%

00:43:12

00:57:36

01:12:00

01:26:24

01:40:48

01:55:12

02:09:36

02:24:00

02:38:24

02:52:48

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Tempo primeira triagem - primeira observação médica

Tempo primeira triagem - primeira observação médica

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

25

O tempo de espera até à primeira observação médica foi reduzido de cerca de 2h30m

para aproximadamente 1h, estando este indicador em linha com o preconizado pela

Triagem de Manchester.

Como se pode verificar no gráfico seguinte, o tempo global do episódio, foi igualmente

reduzido de forma muito significativa. Em média os doentes esperam menos cerca de

3h38m em cada episódio de urgência

4.1.5. Hospital de Dia

A atividade assistencial dos hospitais de dia, aumentou 1.6%, correspondendo o

acréscimo a 180 sessões. Há a registar um acréscimo de 142 sessões na área da

Hemato-Oncologia, e de 721 sessões na área da psiquiatria.

4.1.6. Atividade de Bloco de Partos

04:48:00

06:00:00

07:12:00

08:24:00

09:36:00

10:48:00

12:00:00

13:12:00

14:24:00

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Tempo médio do episódio anual

Tempo médio do episódio anual

Realizado Previsto Realizado Nº % Nº %

Hematologia 1.303 1.528 1.320 17 1,3% -208 -13,6%

Psiquiatria 2.779 3.038 3.500 721 25,9% 462 15,2%

Imunohemoterapia 720 769 743 23 3,2% -26 -3,4%

Pediatria 421 500 410 -11 -2,6% -90 -18,0%

Pneumologia 244 200 135 -109 -44,7% -65 -32,5%

Oncologia 2.746 3.150 2.888 142 5,2% -262 -8,3%

Outros 3.290 3.623 2.687 -603 -18,3% -936 -25,8%

TOTAL 11.503 12.808 11.683 180 1,6% -1.125 -8,8%

2014

Variação

Realizado/PrevistoPeríodo Homólogo

2015

HOSPITAL DE DIA

DEZEMBRO

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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A atividade assistencial ao nível do Bloco de Partos, como se pode verificar

decresceu muito nos últimos 6 a 8 anos. Porém em 2015, graças à reconstituição

das equipas foi possível recuperar o prestígio deste serviço e melhorar a confiança

no HGO. O nº de partos foi superior em 91 comparativamente com o período

homólogo. A taxa de cesarianas (25,4%), apesar de ter aumentado, ainda se situa-

se entre as melhores do país.

4.1.7. Indicadores de desempenho específicos associados a financiamento

O Contrato-Programa define as orientações e objetivos de gestão no âmbito da

prestação de serviços e cuidados de saúde, em termos de produção contratada,

bem como a respetiva remuneração, os custos e incentivos institucionais atribuídos

em função do cumprimento de objetivos de qualidade e eficiência.

Em 2015, o HGO cumpriu, na generalidade, os objetivos da atividade produtiva,

tendo mesmo ultrapassado os 100% em algumas áreas, conforme se pode verificar

na tabela seguinte Produção total e Produção SNS realizada.

DEZEMBRO Realizado Previsto Realizado Nº % Nº %

Eutocico 1.504 1.472 1.560 56 3,7% 88 6,0%

Distocico 912 886 947 35 3,8% 61 6,9%

Cesariana 568 556 637 69 12,1% 81 14,6%

Outros 344 330 310 -34 -9,9% -20 -6,1%

Total 2.416 2.358 2.507 91 3,77% 149 6,32%

%cesarianas 23,5% 23,6% 25,4%

Período Homólogo Previsto

Variação

2014 2015Bloco de Partos

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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OBJETIVOS DE GESTÃO QUANTIFICAÇÃO (%)

S N

OBJETIVOS DE PRODUÇÃO

Nº Total Consultas Médicas X 100,07%

Primeiras Consultas total X 100,21%

Primeiras Consultas CTH X 100,00%

Primeiras Consultas comunidade saude mental X 101,60%

Primeiras Consultas sem majoração X 100,33%

Consultas Subsequentes total X 100,02%

Consultas Subsequentes comunidade saude mental X 100,24%

Consultas Subsequentes sem majoração X 100,01%

Internamento X 100,00%

GDH Médicos X 99,78%

GDH Cirúrgicos X 100,65%

GDH Cirúrgicos Programados X 101,53%

GDH Cirúrgicos - Urgentes X 99,61%

Urgência - Total de Atendimentos X 100,00%

Urgência - Atend. SU Polivalente sem internamento X 100,00%

Hospital de Dia

Hematologia X 97,92%

Imuno-hemoterapia X 100,00%

Psiquiatria (Adultos e Infância e Adolescência) X 100,11%

Base total X 81,72%

Serviços domiciliarios - Total de Visitas X 102,52%

GDH Ambulatório Médico X 115,23%

GDH Ambulatório Cirurgico X 79,14%

Doentes em Tratamento de Diálise Peritoneal X 85,00%

IVG medicamentosa X 108,79%

IVG cirurgica X 105,26%

VIH/Sida - Total de Doentes X 106,54%

Esclerose Múltipla - Total de Doentes X 100,00%

Hipertensão Pulmonar - Total de Doentes/ano X 100,00%

Doença de Gaucher - N.º Doentes em Tratamento X 100,00%

Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade

Estudo inicial - consultas apoio fertilidade X 100,00%

Total ciclos FIV X 100,00%

Total ciclos ICSI X 102,17%

Total ciclos IO X 100,00%

Total ciclos IIU X 100,00%

Total ciclos ICSI cirurgicosX

100,00%

CUMPRIMENTO

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4.1.8. Outros projetos/atividades de melhoria relevantes

Melhoria da qualidade dos cuidados prestados

Ações e projetos concretizados em 2015 no âmbito da Qualidade:

O HGO é um Hospital Acreditado Internacionalmente, desde Janeiro de 2011, pelo

Caspe Healthcare Knowledge System (CHKS), organismo reconhecido pelo ISQuA, e

cujo Serviço de Acreditação em Saúde líder no Reino Unido.

Durante o ano de 2015 o HGO desenvolveu os mecanismos e as ferramentas

necessárias para promover o seu processo de autoavaliação internamente e assim

OBJETIVOS DE GESTÃO QUANTIFICAÇÃO (%)

S N

INCENTIVOS INSTITUCIONAIS

OBJECTIVOS NACIONAIS

Acesso

A1 -% de primeiras consultas no total de consultas médicas X 28,40%

A2 -% de utentes referenciados para consulta externa

atendidos em tempo adequadoX

85,90%

A3 -Peso das consultas externas com registo de alta no total

de consultas externasX

11,20%

A4 -% de utentes inscritos em LIC (neoplasias malignas)com

tempo de espera <=TMRGX

80,30%

A5 -‰ de doentes sinalizados para a RNCCI, em tempo

adequado, no total de doentes saídos (esp. Seleccionadas)X

318,57%

Desempenho assitencial

B1 -Demora média X 8,03

B2 -% de reinternamentos em 30 dias X 4,10%

B3 -% doentes saidos com duração de internamento acima

do limiar maximoX

1,72%

B4 -% de cirurgia da anca efetuada nas 1ºs 48 horas X 12,97%

B5 -% de cirurgias realizadas em ambulatório no total de

cirurgias programadas (GDH) - para procedimentos

ambulatorizaveis

X

85,22%

B6 -% de consumo de embalagens medicamentos genéricos,

no total de embalagens de medicamentosX

40,09%

B7 -taxa de registo de utilização da "lista de verificação de

actividade cirurgica" - indicador referente à cirurgia seguraX

82,68%

Desempenho economico-financeiro

C1 -% dos gastos com horas extraordinarias, suplementos e

fornecimentos e serviços externos III(seleccionados) no total

de custos com pessoal

X

15,60%

C2 -EBITDA X 837.100,47

C3 -Acréscimo de divida vencida X 0

C4 -% de proveitos operacionais extra contrato programa no

total de proveitos operacionaisX

10,70%

OBJECTIVOS REGIONAIS

D1 -Tempo Médio de espera em LIC X 185,9

D2 -% utentes em espera para cirurgia com tempo superior a

12 mesesX

11,68%

D3 -Nº de consultas externas por médico ETC/ano.

Neurocirurgia X

1138

D3 -Nº de consultas externas por médico ETC/ano

oftalmologiaX

2011

CUMPRIMENTO

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

30

preparar-se para a avaliação externa por pares pelo CHKS, prevista para o 1º

semestre de 2016.

No âmbito da Certificação, o HGO tem um conjunto de Serviços certificados pelas

ISO 9001 e 13485, por várias entidades, APCER, SGS e CHKS. Em 2015 foram

renovadas/mantidas as certificações, nomeadamente no Serviço de Medicina

Transfusional, Serviço de Esterilização Centralizada, Serviço de Gestão Logística,

Serviço de Bloco Operatório Centralizado, Serviço de Patologia Clinica, Serviço de

Anatomia Patológica e o Centro de Infertilidade Reprodução Medicamente Assistida,

do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia.

Para a obtenção das marcas de Acreditação/certificação contribuíram de forma

inequívoca com intenso trabalho desenvolvido as Direções, Chefias e interlocutores,

dos respetivos Serviços Clínicos e não Clínicos.

Auditorias da Qualidade e Segurança do Doente e Auditorias Clinicas em 2015

Em 2013 o HGO apostou de forma estratégica e significativa no desenvolvimento do

conceito de auditoria interna. Para isso desenvolveram-se duas Politicas, uma sobre

Auditoria em sentido mais lato mas ao mesmo tempo estruturante e outra mais

dirigida, sobre Auditoria Clinica. Desde essa data que tem sido promovida formação

neste contexto a grupos dirigidos e também aberta a toda a organização, de forma

a fomentar uma maior adesão pelos profissionais a estas práticas de melhoria

continua.

Foi desenvolvida uma plataforma MONITORAUDIT de modo a recolher toda a

informação relativa a auditorias em ambiente interno e externo. Neste sentido no

ano de 2015 foram realizadas 160 auditorias abrangendo as áreas da qualidade e

segurança do doente e áreas clinicas. Realçamos que muitas destas auditorias

tiveram como repercussões mudanças e alterações da estrutura da organização,

em circuitos organizacionais e em práticas clinicas, no sentido de promover praticas

clinicas em segurança de forma continuada.

O Hospital Garcia de Orta, EPE está determinado em providenciar ao doente, o mais

seguro atendimento com a elevada qualidade que lhe é possível, em ambiente de

internamento e ambulatório. Para nos orientar no âmbito desses esforços e

podermos servir a população da área de intervenção de Almada-Seixal, foi

desenvolvido e implementado o Plano de Ação da Qualidade e Segurança do Doente

2015, tendo por base as orientações estratégicas do Conselho de Administração e

da Direção Geral da Saúde. O Plano detalha a qualidade e segurança das

estratégias chave que foram desenvolvidas durante o ano de 2015,

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

31

nomeadamente na concretização dos objetivos para promover a Governação

Clinica, prevenir e controlar as infecções e resistência aos antimicrobianos,

implementar práticas seguras em todos os procedimentos cirúrgicos, implementar

práticas seguras na utilização de medicação, implementar práticas seguras na

identificação inequívoca do doente, prevenir a ocorrência de úlceras de pressão,

prevenir a ocorrência de quedas, alargar e manter uma cultura de segurança,

promover o programa de acreditação e certificação de Serviços.

Participação no Sistema Nacional de Avaliação em Saúde - SINAS

No âmbito do projeto de reconhecimento Sistema de Avaliação da Qualidade Global

dos Estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde desenvolvido pela Entidade

Reguladora da Saúde (ERS) e no módulo do SINAS@Hospitais foram avaliadas as

dimensões: Excelência Clínica, Segurança do Doente, Adequação e Conforto

das Instalações e Focalização no Utente. Nesta avaliação o HGO obteve

excelência clínica em 12 das 4 áreas em avaliação, nove com nível de qualidade II

(classificação intermédia) e duas com nível qualidade III (classificação superior).

Nas áreas da Segurança do Doente, Adequação e Conforto das Instalações e

Focalização no Utente obteve avaliação com nível qualidade III (classificação

superior).

Projetos desenvolvidos Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de

Infeção e Resistência aos Antimicrobianos (GCL PPCIRA)

O GCL-PPCIRA tem como objetivo prevenir, detestar e controlar as infeções

associadas aos cuidados de saúde, promovendo ações neste âmbito,

nomeadamente as que se descrevem de forma sucinta:

Implementação da Campanha das Precauções Básicas de Controlo de Infeção

(PBCI), cujo objetivo geral é a Redução da Taxa de Infeção associada aos cuidados

de saúde.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

32

Implementação do Programa de Apoio à Prescrição dos Antimicrobianos,

nomeadamente Carbapenemes e Quinolonas – Promovendo desta forma o uso

correto de antimicrobianos no HGO

Acções Resultados Ano 2015

Manter a adesão de todos os Serviços à

Campanha de Higiene das Mãos (HM).

Promover Formações em HM

Realizar Auditoria Externa e Internas aos

Serviços no âmbito da Adesão HM (Nova

Metodologia)

Realizar comemoração do “Dia Mundial da

Higiene das Mãos”

Taxa de Serviços aderentes em 2015 = 84%

Taxa global de formação em 2015 = 58,79%

Taxa de adesão global dos Profissionais dos

Serviços em 2015 = 76,11%

Var. % 15/14 Consumo de SABA = 7,3 %

(corresponde a mais 659,8 litros face 2014)

Em 2015, realizadas2743 obs.; 100% de

serviços auditados

Manter a auditoria interna ao cumprimento

das PBCI nos 4 serviços piloto (NC e UCI NC,

Med I e UCI).

Alargar a mais 4 serviços: Med II, Cir I e II,

Hematoncologia e Med III/Infecto

Realizadas auditorias a 10 serviços; resultados

de Med I e II em conjunto; Cirg I e II em

conjunto, superando o objectivo inicial

Índice de qualidade do Processo 2015 = 93%

Índice de qualidade do Processo Estruturas

2015 = 88,2%

Acções Resultados Ano 2015

Avaliação Junho a Dezembro

Implementar monitorização da

prescrição dos antimicrobianos,

nomeadamente Carbapenemes e

Quinolonas

Taxa de conformidade na prescrição = 63%

(período de análise Jun a Dez 2015)

Var. 15/14 do consumo de carbapenemes = -

20,4%

Var. 15/14 do consumo de quinolonas IV=-

12,9%

Var. 15/14 do consumo de quinolonas oral =-

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

33

Vigilância Epidemiológica (VE), Implementação de programas de VE de acordo com

as orientações da DGS de modo a obter taxas de infeção orientadoras da melhoria

dos cuidados de saúde.

19,7%

Implementação de base de dados de

monitorização dos DDD de

Carbapenemes e Quinolonas

Foi elaborada a BD e inciciou-se o carregamento

de dados a partir de 1 Junho 2015.

Definição da baseline para 2016/2017 após um

ano de monitorização

Foi apresentado trabalho a 18/11/2015 no VIII

Congresso Nacional da APFH

Atribuição de Prémio de Investigação Garcia de

Orta, em 16/12/2016

Acções Resultados Ano 2015

Vigilância epidemiológica de “Agentes

Problema” nosocomiais: MRSA, Bacilos Gram

negativos, Enterococcus Resistentes à

Vancomicina (VRE) e Clostridum difficile

Incidência de Infecção Hospitalar da corrente sanguínea por

1000 dias de internamento

Valor 2015 = 2,17 por 1000 DI

Taxa de MRSA no HGO: Número de bacteriemias adquiridas no

hospital por MRSA por 1000 dias de internamento - Valor em

2015 = 0,254 por 1000 DI

Taxa de MRSA no HGO: Proporção de bacteriemia adquiridas no

hospital por MRSA - Valor em 2015 = 34,1%:

Vigilância epidemiológica das Infecções

Nosocomiais da Corrente Sanguínea (INCS);

Proporção de INCS expressa por 1000 doentes admitidos (DA)-

Valor em 2015 = 18,08 por 1000 DA

Densidade de incidência de INCS expressa por 1000 dias de

internamento (DI) – Valor em 2015 2,17 por 1000 DI

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

34

Comissão de Gestão de Risco Clínico

A Comissão de Gestão de Risco Clínico (CGRC) tem como objetivo geral apoiar e

promover a missão, visão e valores do Hospital na prestação de cuidados de saúde

com qualidade.

A atividade da CGRC desenvolve-se na dimensão “segurança do doente” em todo o

processo assistencial. Os objetivos operacionais definidos no plano de ação para o

ano de 2015 são os seguintes:

A identificação e a avaliação proactiva dos riscos clínicos foram realizadas

tendo por base a metodologia definida na Política Gestão do Risco – 0114 do

Hospital. A Comissão reuniu com cada Serviço para análise dos perigos

identificados, aferição do nível de risco e identificação de novos perigos. Os

Serviços identificaram no total 232 riscos clínicos.

O sistema de notificação de incidentes é um dos componentes da cultura de

segurança. Esta ferramenta está disponível para todos os profissionais e contribui

para a gestão da segurança do doente, num processo de melhoria contínua através

de uma abordagem reativa/retrospetiva dos incidentes e erros notificados.

Desde 19 de Novembro de 2015 que o Hospital dispõe de uma aplicação eletrónica

para a notificação de incidentes. De acordo com a informação agregada nas bases

de dados, de 2008 a 2015, foram notificados 3181 incidentes.

No sentido de caracterizar os incidentes relatados, descrevem-se seguidamente as

quatro tipologias com maior número de notificações em 2015.

Gestão do Percurso do Doente

Os incidentes desta tipologia estão relacionados com o consentimento informado,

identificação do doente, admissão, transferência, alta, resposta à emergência e

outras etapas do processo da prestação integrada dos cuidados de saúde.

De 2008 a 2015 foram notificados 502 incidentes.

Processo/Procedimento Clínico

Os incidentes do tipo “Processo/Procedimento Clínico” estão relacionados com os

atos técnicos do cuidado e incluem os procedimentos realizados nas etapas de

rastreio, diagnóstico, tratamento, prevenção, gestão do caso em concreto, incluindo

também a contenção física/confinamento.

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35

No que refere a esta tipologia foram notificados 929 incidentes de 2008 a 2015.

Quedas de Doentes

No que refere a esta tipologia foram notificados 1090 incidentes de 2008 a 2015

Medicação

Os incidentes desta tipologia englobam os processos de seleção, aquisição,

prescrição, administração, registo e monitorização. No que refere ao Medicamento

foram notificados 213 incidentes de 2008 a 2015.

Auditorias

Em 2015 realizou-se auditoria da identificação do doente com pulseira. Em

simultâneo auditou-se o grau de conformidade da sinalização do doente com alergia

ao medicamento e dos registos clínicos em “Alergias e Avaliação Inicial”.

Foram auditados 14 Serviços clínicos aleatoriamente.

Formação

A formação dos profissionais representa um dos recursos privilegiados de gestão e

está integrada na estratégia global da organização.

No sentido de dar resposta às necessidades formativas identificadas, promoveu-se

a realização de momentos formativos dirigidos aos profissionais.

Outras atividades realizadas

Integração no grupo de trabalho para a elaboração do Plano de Contingência do

HGO:

• Temperaturas Extremas – Módulo Calor e Módulo Frio.

• Gripe.

Parametrização da Aplicação informática HER+ para notificação de incidentes, sua

implementação e formação aos profissionais.

Projetos e Atividades do Gabinete de Cidadão

O Gabinete do Cidadão é um espaço privilegiado de auscultação das necessidades e

sentires dos cidadãos, utentes de saúde.

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É um Serviço destinado a receber exposições dos utentes dos Serviços de Saúde

funcionando, simultaneamente, como meio de defesa dos utentes e instrumento de

gestão dos serviços.

Tipologia de exposições

Verificou-se um aumento do número de exposições (2.4%), tendo o número de

reclamações e sugestões nelas contido diminuído (-5.4%; -47.8 respetivamente)

face ao comparativo com o período homólogo. Houve um aumento significativo do

número de Elogios (158,8 %).

Os 5 Serviços com maior incidência no número de Reclamações foram: Serviço de

Urgência Geral com 421, seguido do Serviço de Radiologia com 162, Oftalmologia

com 143, Admissão de Doentes com 121 e Urgência Pediátrica com 91

reclamações.

Reclamações por Serviços de Urgência/ Peso no Total das Reclamações

Importa salientar a diminuição do peso do número de reclamações nos Serviços de

Urgência, com excepção da Urgência Pediátrica, face ao período homólogo.

As tipologias das Causas com maior incidência de reclamações foi “Acessos aos

Cuidados de Saúde”, concretamente em termos de ausência de resposta em tempo

TIPOLOGIA DE EXPOSIÇÕES 2015 2014 Var.2015/2014 Var. %

Elogio/Louvor 264 102 162 158.8

Reclamação/Queixa 1807 1910 -103 -5.4

Sugestão 12 23 -11 -47.8

TOTAL 2083 2035 48 2.4

SERVIÇO 2015 PESO 2014 PESO

Urgência geral 421 23.3% 613 32.1%

Urgência Ginecológica/Obstétrica 36 2.0% 41 2.1%

Urgência pediátrica 91 5.0% 80 4.2%

TOTAL 548 30.3% 734 38.4%

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útil/razoável (Cirurgias/ Consultas/MCDT) e “Tempo” - Tempo de espera para

atendimento clínico não programado (superior a uma hora)

O grupo profissional que mais se evidencia pelo maior número de reclamações é o

médico. Contudo, é também o grupo profissional mais visado no que diz respeito

aos elogios.

Projeto Acessibilidade – Articulação entre cuidados farmacêuticos

As alterações decorrentes da situação económica do país forçaram muitas famílias

para patamares que impedem a manutenção de condições sociais básicas, como

seja a capacidade de deslocação.

A terapêutica de cedência exclusiva em ambiente de ambulatório hospitalar carece

de deslocações com frequência mínima mensal com encargos que, nas situações de

carência económica, comprometem a adesão aos tratamentos que, na sua maioria,

são prolongados.

O Hospital Garcia de Orta (HGO), através dos seus Serviços Farmacêuticos

(SFHGO), propõem-se iniciar um projeto de cariz social que possibilite a adesão à

terapêutica a todos os doentes que, por razões económicas, veem comprometido o

seu tratamento.

Em articulação com as farmácias comunitárias das zonas de Almada, Sesimbra e

Seixal, propõem-se fazer chegar, a estas, a medicação dos doentes que por razões

económicas, não conseguem aceder aos SFHGO, mas que facilmente se possam

deslocar à sua farmácia de bairro.

Depois de confirmadas as situações de carência, pelo Serviço Social do HGO, será

preparada a medicação a ceder (períodos de 1 mês), perfeitamente identificada e

acompanhada do termo de receção que será assinado pelo doente na farmácia

comunitária e recolhido posteriormente. A monitorização da temperatura do veículo

de transporte será efetuada através de um sistema “TimestripPLUS®” , apesar das

curtas distâncias a percorrer.

Melhorar a organização e o modelo de gestão

Projeto de melhoria do sistema de informação de gestão (BSC)

Este projeto conheceu em 2013 melhorias decisivas no que respeita à sua

operacionalização em 2014 e 2015, uma expansão significativa relativamente à sua

exploração. Para além da desagregação dos projetos estratégicos em subprojectos

com indicadores específicos mas encadeados e coerentes, o sistema de informação

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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de gestão seguindo uma metodologia BSC foi desenhado e concebido

informaticamente para alimentação automática nas diferentes aplicações

informáticas do HGO, designadamente de produção e recursos e consequente

disponibilização aos níveis estratégicos, intermédios e operacionais para efeitos de

acompanhamento da execução do Contrato-Programa do HGO e da prossecução da

estratégia definida na organização.

Projeto de melhoria do Sistema de Contratualização Interna

Na sequência da experimentação em sede de contratualização interna de uma

matriz com indicadores dos projetos estruturais e estratégicos do HGO, a

contratualização interna do HGO foi aperfeiçoada e expandida a mais serviços

clínicos, incorporando ao longo do ano as melhorias identificadas com a

metodologia BSC. Este sistema, em coerência como o sistema de avaliação do

desempenho do HGO, passou a integrar também uma grelha de avaliação de

desempenho dos serviços, que futuramente integrará também o desempenho do

grupo médico e de outros grupos profissionais, sempre que possível.

Projeto de melhoria da gestão na codificação clinica

Este projeto iniciou-se em Outubro de 2014, após tomarmos conhecimento da

implementação anunciada para 2015 do novo agrupador de GDH APR30. A partir da

informação que nos foi disponibilizada pela ACSS, onde estava expresso o impacto

a nível institucional no ICM e, indiretamente, no financiamento dos doentes, bem

como dos procedimentos que deixariam de gerar GDH, foram desenvolvidas ações

de formação em serviço para os clínicos do hospital, explicitando a metodologia

deste novo agrupador e o seu impacto ao nível do ICM de cada serviço face ao

agrupador anterior. Apostou-se ainda na sensibilização dos médicos para a

necessidade do registo correto e completo dos procedimentos e diagnósticos, para

que o resultado da codificação espelhe efetivamente a realidade dos doentes que

são tratados no hospital.

Este projeto continuará a desenvolver-se em 2016, através da análise dos registos

clínicos, da codificação e das respetivas auditorias.

Projeto de Melhoria da Gestão do Internamento

Projeto de Melhoria da Gestão do Internamento no sentido de aproximar a demora média do

HGO à demora média padrão (Benchmarking Clínico IASIST) e melhorar a eficiência,

diminuindo os dias de internamento inapropriados em 50% desde a última auditoria (PRU),

com implementação em todos os serviços da metodologia de planeamento de altas e a

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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aplicação informática SOGA (planeamento de altas). No âmbito deste projeto têm sido

revistos os critérios de internamento de modo a diminuir a % de admissões inapropriadas, com

maior envolvimento e articulação com as equipas dos cuidados de saúde primários e

continuados. Este projeto, teve em 2015 progressivo envolvimento das direções de serviço,

chefias de enfermagem e restantes membros das equipas, bem como, das equipas

facilitadoras (Equipa de Apoio à gestão do Internamento- EAGI e Equipa de Gestão de Altas).

Com o apoio da EAGI foi possível em 2015 adequar melhor o tempo de espera para vagas de

internamento a partir do Serviço de Urgência, aumentar a eficiência da gestão das admissões

programadas/eletivas nos Serviços, responder de forma mais eficaz aos picos de procura

emergentes e gerir a atividade programada em função do nível de contingência do Hospital. A

comunicação proactiva diária, particularmente com chefias de Serviço e responsáveis de

internamento e também através de reuniões periódicas com os Serviços permitiu melhor

monitorização da duração do internamento, apoio na gestão das altas, com reflexos na

melhoria global da demora média.

Ainda a colaboração com o GCL-,PPCIRA na identificação de doentes com necessidades de

isolamento enquadrou-se nas medidas de combate à infeção hospitalar.

Unidade de Hospitalização Domiciliária

A Unidade de Hospitalização Domiciliária, criada em Novembro de 2015 é um projecto

inovador, centrado no doente e nas famílias/cuidadores, Trata-se de um modelo de assistência

hospitalar que se carateriza pela prestação de cuidados no domicílio a doentes agudos, cujas

condições biológicas, psicológicas e sociais o permitam. Assenta em 5 princípios fundamentais:

voluntariedade na aceitação do modelo, igualdade de direitos e deveres do doente,

equivalência de qualidade na prestação dos cuidados, rigor na admissão de doentes e no seu

seguimento clínico, humanização de serviços e valorização do papel da família.

Com uma capacidade inicial de tratamento no domicílio de 20 doentes. só ainda se

conseguiram ativar até 12 camas ,considerando que não foi possível até à atualidade a

articulação com os Cuidados de Saúde Primários ao nível dos cuidados continuados ao fim de

semana.

A UHD do HGO conta já cerca de 105 doentes admitidos (Abril 2016), com uma duração média

da estadia em UHD de 8,7 dias de internamento, e tem por missão contribuir para o melhor

nível possível de saúde e bem-estar dos indivíduos da área de abrangência do HGO, que

necessitem transitoriamente (ou seja, durante fase aguda ou agudizada da doença) de

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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cuidados de nível hospitalar, oferecendo-lhes um serviço de qualidade com o rigor clinico e a

visão holística e humanizada da Medicina Interna, sempre que a permanência no hospital seja

prescindível.

Assim, procura contribuir para um hospital sem muros, garantir mais e melhores acessos aos

cuidados de saúde, reduzir as complicações inerentes ao internamento convencional (como as

quedas ou infeções), criar um entorno psicológico mais favorável ao doente durante o período

de tratamento, e valorizar o papel da família/cuidador, prevenindo a rejeição, o abandono e a

institucionalização.

Desde o início da UHD, os diagnósticos principais não diferem daqueles que encontramos nas

enfermarias de Medicina Interna, contudo, assiste-se já a uma reduzida taxa de complicações

relacionadas com a nosocomialidade, nomeadamente infeções.

A satisfação dos doentes e famílias é elevada. Na avaliação subsequente realizada em consulta

externa, a grande maioria apresenta-se estável sem necessidade de reinternamento

hospitalar.

Este projeto, apesar das limitações referidas, foi decisivo no aumento da capacidade de

internamento durante o presente inverno e, a par de outras medidas, permitiu atenuar a

grande pressão sobre o internamento do Hospital.

O projeto SUVA- Serviço Urgência Verdes e Azuis

O projeto SUVA prosseguiu em 2015. Mantendo um espaço próprio e uma equipa

dedicada, atendeu 10 177 doentes e referenciou para os Cuidados de Saúde

Primários 3 300 doentes que tiveram consulta com o seu médico de família ainda

no próprio dia ou até 48h depois.

O grau de satisfação dos doentes é elevado, procurando-se que a medida tenha um

efeito pedagógico, devendo o doente com patologias de baixa prioridade recorrer

aos cuidados de saúde primários. Em todo o caso, a referenciação é limitada às

USF`s e o nº de doentes que recorre ao Serviço de Urgência é ainda excessivo,

sendo o tipo de patologias maioritariamente do âmbito da Clinica Geral. As acções

formativas e pedagógicas junto da população e maior acessibilidade aos CSP

continuam a ser prementes, libertando a urgência hospitalar para o que é

verdadeiramente a sua missão.

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Equipa Intrahospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos

A Equipa IntraHospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) do Hospital

Garcia de Orta, EPE, prosseguiu em 2015 os seus principais objectivos de

aconselhamento e apoio diferenciado em cuidados paliativos especializados a outros

profissionais e aos Serviços do Hospital, assim como aos doentes e suas famílias;

delineou o plano individual de cuidados aos doentes internados em situação de

sofrimento decorrente de doença grave ou incurável, em fase avançada e

progressiva ou com diagnóstico de vida limitado; assegurou a continuidade de

cuidados ao doente através do aperfeiçoamento dos processos de referenciação à

RNCCI e programas integradores dos cuidados necessários no local necessário, para

assegurar a máxima autonomia do utente; contribuiu para reduzir a duração do

internamento através da estruturação do plano de cuidados do doente.

Projeto Acessibilidade – Articulação entre cuidados farmacêuticos

As alterações decorrentes da situação económica do país forçaram muitas famílias

para patamares que impedem a manutenção de condições sociais básicas, como

seja a capacidade de deslocação.

A terapêutica de cedência exclusiva em ambiente de ambulatório hospitalar carece

de deslocações com frequência mínima mensal com encargos que, nas situações de

carência económica, comprometem a adesão aos tratamentos que, na sua maioria,

são prolongados.

O Hospital Garcia de Orta (HGO), através dos seus Serviços Farmacêuticos

(SFHGO), propõem-se iniciar um projeto de cariz social que possibilite a adesão à

terapêutica a todos os doentes que, por razões económicas, veem comprometido o

seu tratamento.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Em articulação com as farmácias comunitárias das zonas de Almada, Sesimbra e

Seixal, propõem-se fazer chegar, a estas, a medicação dos doentes que por razões

económicas, não conseguem aceder aos SFHGO, mas que facilmente se possam

deslocar à sua farmácia de bairro.

Depois de confirmadas as situações de carência, pelo Serviço Social do HGO, será

preparada a medicação a ceder (períodos de 1 mês), perfeitamente identificada e

acompanhada do termo de receção que será assinado pelo doente na farmácia

comunitária e recolhido posteriormente. A monitorização da temperatura do veículo

de transporte será efetuada através de um sistema “TimestripPLUS®” , apesar das

curtas distâncias a percorrer.

Está assegurado o renting de uma viatura que, para além da entrega de medicação

dos doentes carenciados, permitirá a melhoria no acesso a consultas e meios

complementares de diagnóstico e terapêutica.

Será formalizado e integrado no Manual de Qualidade dos Serviços Farmacêuticos

do HGO e farmácias comunitárias aderentes um protocolo que permita a validação,

monitorização e rastreabilidade de cada processo, de forma a garantir critérios de

qualidade conducentes ao sucesso deste projeto.

Promoção e desenvolvimento da formação, ensino e investigação clínica

O Centro Garcia de Orta (CGO), criado em Janeiro de 2012, tem por missão

valorizar a capacidade de produção de conhecimento científico do hospital, pela

promoção sistemática e coordenação das atividades de Formação, Ensino e

Investigação.

No cumprimento da sua missão tem desenvolvido ações:

Formação

Dando continuidade ao trabalho desenvolvido ao longo dos anos de existência do

hospital, com reforço resultante da integração e complementaridade com as outras

áreas, neste ano foram realizadas um total de 220 ações formativas em que

estiveram envolvidos 3420 formandos, com um volume total de 1694,5 horas

(inclui os cursos de verão).

Dando prioridade á formação mandatória, neste ano houve necessidade de reforçar

a formação mandatória relacionada com a reacreditação do CHKS). Algumas das

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

43

formações consideradas mandatórias contaram também com a participação de

Formandos Externos, com pagamento de inscrição.

Além destas formações, realizaram-se os cursos de verão, destinados a filhos de

funcionários e abertos à comunidade escolar, num total de 09 ações que

abrangeram 128 jovens, com uma carga horária de 270 horas

Ensino

O hospital tem protocolos de parceria com diversas instituições de ensino superior e

politécnico.

Recebeu neste ano de 2015, cerca de 689 pedidos de estágios curriculares de

enfermagem, terapeutas, psicólogos, técnicos de diagnóstico, e teve capacidade

para receber 463 estagiários, provenientes de 28 escolas diferentes.

Recebeu pedidos de alunos em programa de ERAMUS para enfermagem, técnicos e

de medicina nos meses de verão, no total de 15.

No que respeita à Universidade do Algarve, o Hospital recebeu Alunos de Medicina

referente ao ano letivo de 2014/2015/2016, distribuídos pelos serviços de Otorrino;

Oftalmologia; Psiquiatria; Ortopedia, Nefrologia; Neurologia e Ginecologia/

Obstetricia, num total de 52 Alunos por Ano Civil.

Investigação

O CGO coordena a área de investigação realizada no hospital da iniciativa dos

profissionais internos e externos e dos ensaios clínicos.

De uma forma congregada, neste ano estão em curso 337 ensaios clínicos e ou

estudos observacionais patrocinados pela indústria farmacêutica, dos quais 29

foram iniciados em 2015.

O valor financeiro total destes 29 ensaios/estudos iniciados em 2015, perfaz um

total de 905.421,06 euros, contabilizando exclusivamente o contemplado nos

acordos financeiros entre o hospital e as empresas.

Trabalhos de investigação da iniciativa dos investigadores estão em curso 330, dos

quais 18 iniciados neste ano.

Resumo dos Projetos de Investigação – 2015:

-Ensaios Clínicos: 23

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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-Estudos Observacionais: 28

-Trabalhos de Investigação da Iniciativa do Investigador do HGO: 18

-Trabalhos de Investigação da Iniciativa de Investigadores Externos: 10

-Trabalhos Académicos: 23

Outras Ações (Organização / Colaboração)

Ao Serviço é solicitado o apoio logístico (disponibilidade e apoio em sala), conceção

de cartazes, divulgação, controlo de inscrições, certificados, organização de coffee

break’s e outras refeições, receção dos participantes, meios audiovisuais com

gravação em algumas ações.

4.2. Execução orçamental e análise económico-financeira

Em 2015, o Hospital Garcia de Orta deu continuidade à estratégia, definida desde

2010, de melhoria da sustentabilidade, traduzida num conjunto de medidas visando

reduzir gradualmente a despesa de exploração e otimização da atividade

assistencial.

As despesas de investimento em 2015 centraram-se nas rubricas em que foram

denotadas maiores necessidades de intervenção.

No ano em análise, verificou-se a conclusão de algumas obras em curso, como foi o

caso da remodelação do serviço de medicina nuclear e da cardiologia.

Tendo como principal objetivo o cumprimento da Missão do hospital de prestação

de cuidados de saúde diferenciados a todos os cidadãos, foi dada prioridade à

melhoria da capacidade de oferta assistencial diferenciada, através de investimento

em algumas infraestruturas há muito planeadas, bem como à renovação e

atualização de equipamentos médicos.

Cumprindo a Visão da instituição, manteve-se a preocupação de remodelação do

parque tecnológico, em particular na área das tecnologias de informação e

comunicação, de forma a aumentar a eficiência dos processos, através do

desenvolvimento de soluções de virtualização e de desmaterialização.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

45

Em 2015, foi dada continuidade à política de contenção de custos, através de

medidas de gestão, obtendo o HGO o melhor desempenho do triénio 2013-2015.

4.2.1. Análise do Desempenho Económico

Procede-se, seguidamente, à análise dos principais indicadores que espelham a

rendibilidade e o crescimento, bem como à análise de medidas de eficiência de

gestão que nos permitem avaliar o desempenho económico do hospital.

O EBITDA –Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization – do

exercício económico de 2015, face ao ano anterior, registou uma trajetória ainda

mais positiva, atingindo o valor de 837 mil €, o que traduz a capacidade do hospital

gerar recursos através da sua atividade operacional, excluindo desta análise os

impostos e os efeitos financeiros. Não obstante, o Resultado Operacional é negativo

em 3,2 M€.

Síntese de Indicadores de custos, proveitos e resultados

Em termos gráficos:

15/14 15/13

Custos Totais 145.772.146 138.589.167 141.697.543 5,18% 2,88%

Proveitos Totais 143.123.290 135.803.726 138.056.240 5,39% 3,67%

Custos Operacionais 143.387.832 135.181.707 137.007.201 6,07% 4,66%

Proveitos Operacionais 140.167.606 132.132.340 134.845.564 6,08% 3,95%

Resultados Operacionais -3.220.226 -3.049.367 -2.161.637 5,60% 48,97%

Resultado Líquido Exercício -2.692.978 -2.830.476 -3.685.037 -4,86% -26,92%

EBITDA 837.100 763.002 2.265.220 9,71% -63,05%

Descrição 2015 2014 2013Variação %

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Da análise ao gráfico anterior, verifica-se que Proveitos Totais cresceram

relativamente a 2014, situando-se nos 143 M€, enquanto os Custos Totais atingem

145,8M€, acompanhando o crescimento percentual dos Proveitos Totais em 5%.

O Resultado Líquido do exercício regista uma evolução positiva, alcançando no final

de 2015 um resultado que, embora sendo negativo, baixou para os 2,69 milhões de

euros. Comparativamente ao ano de 2013, o HGO obteve uma melhoria de 27% no

resultado líquido do exercício.

Síntese de Indicadores Económicos Agregados

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Observa-se uma melhoria no indicador de proveitos extra Contrato Programa em

10.1%, aumentando os proveitos extra contrato programa, face ao ano anterior,

16.8%. O indicador dos custos com pessoal ajustados aumentou 0.5%, em

contraponto com a redução das horas extraordinárias em 8.1%.

4.2.1.1. Custos

O hospital prosseguiu com a estratégia iniciada em anos anteriores de forte

controlo de custos.

INDICADORES AGREGADOS Realizado 2014 Realizado 2015 Δ % Hom.

RESULTADOS

Resultado operacional -3.049.367 -3.220.226 -5,6%

EBITDA 763.002 837.100 9,7%

Resultado Líquido do Ex ercício -2.830.476 -2.692.978 4,9%

INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL

Total de Proveitos 135.803.726 143.123.290 5,4%

Prov eitos Operacionais 132.132.340 140.167.606 6,1%

Prov eitos Contrato programa 120.505.845 126.593.341 5,1%

Prov eitos ex tra Contrato Programa 11.626.495 13.574.265 16,8%

% Prov eitos ex tra ContratoPrograma/Total Prov eitos Operac. 8,80% 9,68% 10,1%

Tax as Moderadoras 2.615.169 2.686.324 2,7%

Total de Custos 138.589.167 145.772.146 5,2%

Custos Operacionais para EBITDA 131.369.338 139.330.505 6,1%

Custos com o Pessoal 66.710.296 70.199.047 5,2%

FSE 20.573.825 20.806.909 1,1%

Custos c/ Pessoal ajustados (Hon+STRH) 69.609.518 73.429.656 5,5%

Custos com Horas Ex traordinárias 3.766.121 3.461.691 -8,1%

% Custos HE+Suplem+Honor+STRH/TT Custos c/ pessoal 18,2% 18,7% 0,5%

Amortizações do Ex ercício 3.199.316 2.693.413 -15,8%

Número médio de trabalhadores 2.405 2.481 3,2%

Custos com Pessoal / Nº médio trabalhadores 27.738 28.295 2,0%

EBITDA / Nº médio de trabalhadores 317 337 6,4%

EBITDA / Prov eitos de ex ploração 0,01 0,01 3,4%

Custos com Pessoal / EBITDA 87,4 83,9 -4,1%

FSE / EBITDA 27,0 24,9 -7,8%

Custos Operacionais / Prov eitos de ex ploração 0,994 0,994 0,0%

EBITDA / Capital Inv estido 0,007 0,006 -13,8%

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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O quadro anterior apresenta a evolução dos custos em 2015, face ao ano transato,

apresentando um acréscimo de 5.2%. Face ao orçamentado verifica-se um desvio

negativo de 2.5%.

2014 2015

Realizado Realizado 15/14 Orçam

Consumos

Produtos Farmacêuticos 31.080.694 34.317.376 33.920.119 9,14% 98,84%

Medicamentos 27.139.708 30.450.601 29.843.391 9,96% 98,01%

Reagentes 3.331.727 3.302.560 3.500.011 5,05% 105,98%

Outros Produtos Farmacêuticos 609.260 564.214 576.717 -5,34% 102,22%

Material Consumo Clínico 11.893.808 11.746.475 12.983.090 9,16% 110,53%

Produtos Alimentares 1.465 1.336 3.953 169,80% 295,96%

Material Consumo Hoteleiro 452.170 437.626 659.574 45,87% 150,72%

Material Consumo Administrativo 218.752 239.705 240.623 10,00% 100,38%

Material Manutenção e Conservação 391.644 410.164 427.690 9,20% 104,27%

Total 61 44.038.534 47.152.682 48.235.050 9,53% 102,30%

Subcontratos

Ministério da Saúde 1.176.493 995.000 994.724 -15,45% 99,97%

Meios Complementares Diagnóstico 399.336 270.000 298.364 -25,29% 110,51%

Meios Complementares Terapêutica 776.968 725.000 690.309 -11,15% 95,22%

Produtos Vendidos p/ Farmácias 6.051

Internamento e Transporte de doentes

Especialização Min. Saúde 189 -100,00%

Outras Entidades 1.524.853 1.427.000 1.811.465 18,80% 126,94%

Assistência ambulatória 21.550 7.200

Meios Complementares Diagnóstico 679.814 550.000 741.236 9,04% 134,77%

Meios Complementares Terapêutica 74.057 75.000 56.840 -23,25% 75,79%

Internamento e Transporte de doentes 530.823 685.000 511.482 -3,64% 74,67%

Aparelho Complementares Terapeutica 215.887

Assistência no estrangeiro 140.646 70.000 194.998 38,65% 278,57%

Outros trabalhos executados exterior 77.963 47.000 83.822 7,51% 178,34%

Especialização Outras Entidades

Sub-total 6218 2.701.346 2.422.000 2.806.189 3,88% 115,86%

Outros Subcontratos 2.616.307 2.625.000 1.963.786 -24,94% 74,81%

Sub-total 621 5.317.653 5.047.000 4.769.975 -10,30% 94,51%

Fornecimentos e Serviços

Serviços I 2.809.593 3.085.555 2.945.423 4,83% 95,46%

Eletricidade 1.253.916 1.230.000 1.245.703 -0,65% 101,28%

Combustíveis 482.847 570.000 44.111 -90,86% 7,74%

Água 491.081 393.600 425.111 -13,43% 108,01%

Serviços II 901.421 978.878 880.616 -2,31% 89,96%

Comunicação 106.962 244.975 222.538 108,05% 90,84%

Honorários 675.087 723.653 638.098 -5,48% 88,18%

Serviços III 11.529.904 11.301.304 12.200.756 5,82% 107,96%

Conservação e Reparação 3.089.030 2.763.266 3.231.712 4,62% 116,95%

Limpeza, Higiene e conforto 2.174.619 2.230.452 2.114.608 -2,76% 94,81%

Vigilância e Segurança 656.570 658.050 669.438 1,96% 101,73%

Trabalhos Especializados 4.634.976 4.492.677 6.174.127 33,21% 137,43%

Alimentação 1.771.548 1.728.705 1.855.079 4,72% 107,31%

Lavandaria 434.553 440.612 407.110 -6,32%

Serviços Técnicos de RH 2.224.135 2.323.361 2.592.510 16,56% 111,58%

Outros FSE s 15.255 12.316 10.139 -33,54% 82,33%

Sub-total 622 15.256.172 15.378.052 16.036.934 5,12% 104,28%

Total 62 20.573.825 20.425.052 20.806.909 1,13% 101,87%

Despesas com Pessoal

Remuner. dos Orgãos Directivos 334.877 337.526 342.248 2,20% 101,40%

Remunerações Base do Pessoal 36.888.677 37.149.788 39.029.955 5,80% 105,06%

Suplemento de Remunerações 9.273.555 9.894.979 9.927.578 7,05% 100,33%

Prestações Sociais Directas 94.770 86.072 99.247 4,72% 115,31%

Subsídio de Férias e de Natal 6.650.534 6.296.857 7.075.046 6,38% 112,36%

Pensões 312.167 39.830 -87,24%

Encargos sobre Remunerações 12.364.624 12.153.212 12.776.751 3,33% 105,13%

Seguros Acidentes Trab/Prof. 138.795 89.260 282.877 103,81% 316,91%

Encargos Sociais Voluntários 132.465 127.233 85.050 -35,79% 66,85%

Outros Custos com Pessoal 365.143 662.658 306.915 -15,95% 46,32%

Estagios Profissionais 154.691 233.550 50,98%

Total 64 66.710.296 66.797.584 70.199.047 5,23% 105,09%

Outros Custos Operacionais 46.683 50.000 89.500 91,72% 179,00%

Amortizações do Exercício 3.199.316 4.000.000 2.693.413 -15,81% 67,34%

Provisões do Exercício 613.052 500.000 1.363.913 122,48% 272,78%

Custos e Perdas Financeiros 33.219 35.172 35.219 6,02% 100,13%

Custos e Perdas Extraordinários 3.374.241 3.250.000 2.349.095 -30,38% 72,28%

TOTAL CUSTOS 138.589.167 142.210.490 145.772.146 5,18% 102,50%

CUSTOS CP 2015Desvio %

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Consumos

A conta de consumos ascende a 48,2M€, representando 33% dos custos totais.

Este crescimento, apenas em parte consegue ser controlado, visto que sendo o

HGO um hospital de referência para a urgência e, em algumas especialidades, para

toda a zona sul do país, prosseguindo uma política de porta aberta, aliada ao

envelhecimento da população, suporta um aumento dos consumos.

Relativamente aos medicamentos ressalva-se o montante de créditos abatidos no

valor de 4 milhões de euros, ao abrigo do acordo com a APIFARMA e de Protocolos

comerciais negociados com companhias farmacêuticas (15%).

Em 2015 foi celebrado um contrato entre o Ministério da Saúde e a empresa Gilead

Sciences relativo à comparticipação dos medicamentos SOVALDI (sofosbuvir) e

HARVONI (ledipasvir) prescritos a doentes com infeção pelo vírus Hepatite C

crónica. Desde Março de 2015 que o hospital efetuou aquisições para os doentes

em tratamento, cujo financiamento foi efetuado pela ACSS – Administração Central

do Sistema de Saúde, cujo impacto líquido de faturas e notas de crédito em

consumos foi de 2 milhões de euros.

Fornecimentos e Serviços Externos

Representando cerca de 14% dos custos totais, os FSE, correspondentes à

designada produção adquirida ao exterior, apresenta um acréscimo face ao período

Designação % Execução

Consumos 102,3%

FSE 101,9%

Custos com pessoal 105,1%

Outros custos operacionais 179,0%

Amortizações 67,3%

prov isões 272,8%

Custos financeiros 100,1%

Custos ex traordinários 72,3%

Custos totais 102,5%

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

50

homólogo de 1%. A execução face ao orçamentado apresenta um desvio negativo

de 1.9%.

o Subcontratos

Nos Subcontratos face ao período homólogo, verifica-se um acréscimo de 10.3% e

um desvio negativo de 5% face ao orçamentado.

Nos subcontratos realizados com entidades do Ministério da Saúde, assistiu-se a

um crescimento de 15% e nos subcontratos com outras entidades verificou-se um

aumento de 19%, face ao ano anterior.

Este acréscimo deve-se sobretudo a maior eficiência das operações de controlo no

registo das faturas. Relativamente aos custos dos doentes operados no exterior

cuja responsabilidade financeira cabe ao hospital de origem, registou-se uma

redução de 25%.

o Fornecimentos e Serviços

Os Fornecimentos e Serviços cresceram 5 %, cerca de 781 mil euros.

Análise aos FSE I:

Nos Fornecimentos e Serviços Externos I, verifica-se um aumento de 4.8%.

Particularmente na rubrica dos outros fluídos o aumento foi significativo, em cerca

de 444 mil euros, correspondendo a uma variação percentual superior a 100%.

Ano 2015 Ano 2014 Var. % Var. Valor

6221   FORNECIMENTOS E SERVICOS I   2.945.422,91 2.809.592,84 4,8% 135.830,07

62211   Electricidade   1.245.703,22 1.253.916,32 -0,7% 8.213,10 -

62212   Combustiveis   44.110,76 482.846,84 -90,9% 438.736,08 -

62213   Agua   425.111,16 491.080,52 -13,4% 65.969,36 -

62214   Outros fluidos   826.501,27 382.130,80 116,3% 444.370,47

62215   Ferramentas utens.desgas.rapid   5.540,81 3.720,24 48,9% 1.820,57

62216   Livros e documentacao tecnica   13.746,12 15.658,72 -12,2% 1.912,60 -

62217   Material de escritorio   50,53 399,74 -87,4% 349,21 -

62218   Artigos para oferta   1.126,56 9.750,07 -88,4% 8.623,51 -

62219   RENDAS, ALUGUERES E LOC MAT INFORMATICO   383.532,48 170.089,59 125,5% 213.442,89

622191   Rendas e Alugueres   383.532,48 170.089,59 125,5% 213.442,89

6221911   Rendas e alugueres - Edificios   - - 0,0% -

62219111   do estado   - - 0,0% -

62219112  Outros   - - 0,0% -

6221912   Rendas e Alugueres - Viaturas   4.936,14 6.898,50 -28,4% 1.962,36 -

6221913   Rendas e Alugueres - Outros   378.596,34 163.191,09 132,0% 215.405,25

622192   Locacao Material Informatica   - - 0,0% -

6221921   Hardware Informatico   - - 0,0% -

6221922   Software Informatico   - - 0,0% -

6221923   Outros   - - 0,0% -

conta

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

51

Nesta conta são registados os custos com o gás, debitados ao SUCH Veolia no

âmbito de protocolo da cogeração. A redução da rubrica de combustíveis deve-se à

reclassificação desta rubrica para os outros fluídos, também relacionado com o

protocolo atrás referido. As rendas e alugueres relativos a contratos de

equipamentos registam um acréscimo de 215 mil euros, devido ao aumento de

recurso aos rentings de equipamentos em vez da sua aquisição, por se verificar

maior vantagem para a instituição. Nos alugueres de equipamentos também se

verifica um aumento, que se deve, nomeadamente, ao aluguer de espaço para o

serviço de medicina nuclear que esteve em processo de remodelação durante o ano

de 2015. Salienta-se, ainda, a redução do consumo de água em 13%.

Análise aos FSE II:

Nos Fornecimentos e Serviços Externos II, verifica-se um decréscimo de 2,3% face

ao período homólogo.

O decréscimo verificado deve-se sobretudo devido à redução do recurso a

prestadores de serviços registados em honorários, cuja variação foi de -5,5%. Por

outro lado, é de registar o aumento das comunicações fixas de dados em 39,6 mil

euros, e das comunicações móveis em 16,1 mil euros, registe-se ainda a redução

das comunicações fixas de voz em 37,8 mil euros. O impacto das restantes rubricas

tem pouca expressão em termos de valor.

Ano 2015 Ano 2014 Var. % Var. Valor

6222   FORNECIMENTOS E SERVICOS II   880.615,54 901.421,10 -2,3% 20.805,56 -

62221   Despesas de representacao   - 288,60 -100,0% 288,60 -

62222   COMUNICACAO   222.537,79 201.607,76 10,4% 20.930,03

622221  SERVICOS TELECOMUNICACOES   122.632,93 106.961,77 14,7% 15.671,16

6222211  Acessos à Internet   87,67 2.312,37 -96,2% 2.224,70 -

6222212  Comunicacões fixas de dados   64.408,69 24.773,14 160,0% 39.635,55

6222213  Comunicacões fixas de voz   - 37.848,27 -100,0% 37.848,27 -

6222214  Comunicacões móveis   58.136,57 42.027,99 38,3% 16.108,58

6222219  Outros Servicos conexos de comunicacoes   - - 0,0% -

622229  Outros Serviços Comunicações - Correios   99.904,86 94.645,99 5,6% 5.258,87

62223   Seguros   4.861,30 420,51 1056,0% 4.440,79

62224   Royalties   - - 0,0% -

62225   Transporte de mercadorias   212,77 1.674,05 -87,3% 1.461,28 -

62226   Transporte de pessoal   481,60 55,30 770,9% 426,30

62227   DESLOCACOES E ESTADAS   14.423,72 22.287,57 -35,3% 7.863,85 -

62228   Comissões   - 0,0% -

62229   HONORARIOS   638.098,36 675.087,31 -5,5% 36.988,95 -

622291   Tarefas ou Avenças (DL 41/84)   521.345,29 575.531,70 -9,4% 54.186,41 -

622292   CONTRATACAO SERV MEDICOS   - - 0,0% -

6222921  Seviços Médicos (Despacho 26533/08)   - - 0,0% -

6222922  Outros serviços médicos   - - 0,0% -

622299   PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS   116.753,07 99.555,61 17,3% 17.197,46

conta

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Análise aos FSE III:

Nos Fornecimentos e Serviços Externos III, verifica-se um incremento de 5,8% face

ao período homólogo.

O Incremento que se verifica deve-se, essencialmente, devido ao crescimento das

conservações e reparações em 4,6%, cerca de 142,7 mil euros e dos trabalhos

especializados em 10,3% que corresponde a mais 576 mil euros que no período

análogo. No que diz respeito às conservações por contratos verifica-se um aumento

de 105 mil euros, mais 3,9% que em 2014, já nos trabalhos especializados

destaca-se o recurso a prestadores de serviços registados em Serviços técnicos de

Recursos Humanos, face às dificuldades de contratação amplamente conhecidas

nas instituições de saúde, correspondendo a um aumento de 368,4 mil euros, mais

16,6%. Importa ainda salientar o aumento das rubricas de vigilância e segurança

(+2%), da alimentação (+4,7%) e dos outros trabalhos especializados (+41,5%).

Registe-se, ainda, a redução obtida no contrato da Limpeza (-2,8%), cerca de 60

mil euros a menos que no ano anterior.

Finalmente a rubrica Outros FSE reduziram 34%, com pouca expressão em termos

absolutos, tratando-se de reembolsos efetuados a doentes inseridos em programas

de ensaios clínicos, que são objeto de refaturação aos laboratórios que financiam os

referidos ensaios.

ano 2015 Ano 2014 Var. % Var. Valor

6223   FORNECIMENTOS E SERVICOS II I   12.200.756,45 11.529.903,68 5,8% 670.852,77

62231   Contencioso e notariado   1.265,00 310,40 307,5% 954,60

62232   CONSERVACAO E REPARACAO   3.231.712,26 3.089.030,33 4,6% 142.681,93

622321   Assistencias Tecnicas   441.523,05 403.422,52 9,4% 38.100,53

622329   Outras Conservações e Reparações (inclui cons. contratos)  2.790.189,21 2.685.607,81 3,9% 104.581,40

62233   Publicidade e propaganda   9.605,36 11.288,75 -14,9% 1.683,39 -

62234   Limpeza, higiene e conforto   2.114.608,20 2.174.619,38 -2,8% 60.011,18 -

62235   Vigilancia e seguranca   669.438,29 656.569,99 2,0% 12.868,30

62236   TRABALHOS ESPECIALIZADOS   6.174.127,34 5.598.084,83 10,3% 576.042,51

622361   Servicos de informatica   84.565,18 77.986,59 8,4% 6.578,59

622362   Alimentacao   1.855.078,79 1.771.547,81 4,7% 83.530,98

622363   Lavandaria   407.110,43 434.553,13 -6,3% 27.442,70 -

622364   Serv tec recursos humanos   2.592.510,30 2.224.134,62 16,6% 368.375,68

6223641   Serv Tecnicos RH - Prestados por inst MS   42.267,16 - 0,0% 42.267,16

6223642   Serv Tecnicos RH - PRESTADOS POR EMPRESAS   2.549.953,49 2.224.134,62 14,6% 325.818,87

622365   Outros trabalhos especializados pagamento a ESPAP   - 0,0% -

622369   OUTROS TRABAL.ESPECIALIZADOS   1.234.862,64 1.089.862,68 13,3% 144.999,96

6223691   Estudos, Pareceres, Proj e Consultoria   705.743,93 715.959,19 -1,4% 10.215,26 -

62236911   Servicos de Natureza Informatica (consultoria,etc)  649.599,50 642.114,34 1,2% 7.485,16

62236912   Estudos/Pareceres/Proj/Consult - Outras Naturezas   56.144,43 73.844,85 -24,0% 17.700,42 -

6223699   OUTROS TRABALHOS ESPECIALIZADOS   529.118,71 373.903,49 41,5% 155.215,22

conta

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Custos com Pessoal

Os custos com Pessoal ascendem a 70.2 milhões de euros, crescendo 5.2% em

relação ao período homólogo, como reflexo da aplicação da LOE 2014 que

contemplou uma redução de vencimento entre janeiro e maio de 2014 (entre 2,5%

e os 12%) superior à prevista na LOE 2015 (entre 3,5% e os 10%, com devolução

de 20%), concorrendo ainda para o crescimento da despesa com pessoal aumento

do número de efetivos e, por outro lado, mais internos.

Salienta-se que o peso dos Custos com Pessoal representa 41.8% dos Custos

Totais.

Amortizações do Exercício

As Amortizações registaram um valor de 2.7 milhões de euros, representando um

decréscimo de 15.8% face ao período homólogo. A redução que se observa espelha

desinvestimento em equipamentos e obras de estrutura, face aos constrangimentos

associados à situação económica do país.

Provisões do Exercício

As provisões registadas sofreram um acréscimo relativamente ao ano anterior, já

que as provisões para processos judiciais foram reforçadas, face ao risco

percecionado relativamente aos processos em curso movidos por terceiros.

Esta rubrica regista ainda as provisões relativas a dívidas de clientes e outros

devedores a partir dos 6 meses, verificando-se um aumento de 19%.

Os custos extraordinários registam maioritariamente as situações advindas de anos

anteriores que não estavam contabilizadas nem estimadas, registando um

decréscimo de 30%. Regista, ainda, a correção de faturação de devedores.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

54

4.2.1.2. Proveitos

Prestação de Serviços

2014 2015

Realizado Realizado 15/14 Orçam

Vendas

Prestação de Serviços

Internamento 59.405.161 52.167.127 52.058.609 -12,37% 99,79%

SNS 58.858.156 51.769.263 51.520.124 -12,47% 99,52%

Outras EFR 547.005 397.864 538.486 -1,56% 135,34%

Consulta 19.118.919 19.264.267 19.255.143 0,71% 99,95%

SNS 19.096.264 19.214.267 19.223.476 0,67% 100,05%

Outras EFR 22.655 50.000 31.667 39,78% 63,33%

Urgência 14.105.027 14.552.790 14.514.495 2,90% 99,74%

SNS 13.781.096 14.102.790 14.102.790 2,33% 100,00%

Outras EFR 323.932 450.000 411.706 27,10% 91,49%

Hospital de Dia 937.444 847.064 835.400 -10,89% 98,62%

SNS 937.444 847.064 835.400 -10,89% 98,62%

Outras EFR

Meios Compl. Diagn. Terapêutica 5.280.345 5.580.000 5.191.118 -1,69% 93,03%

SNS

Outras EFR 5.280.345 5.580.000 5.063.110 -4,11% 90,74%

Taxas moderadoras 2.615.169 2.300.000 2.686.324 2,72% 116,80%

Serviço Domiciliário 120.054 102.544 102.931 -14,26% 100,38%

SNS 120.054 102.544 102.931 -14,26% 100,38%

Outras EFR

GDH Ambulatório cirurgico 6.197.842 11.255.855 10.191.176 64,43% 90,54%

SNS 6.197.842 11.255.855 9.471.775 52,82% 84,15%

Outras EFR 2.101 0 -100,00%

GDH Ambulatório médico 3.712.064 4.856.571 4.911.214 32,30% 101,13%

SNS 3.677.157 4.856.571 4.929.396 34,05% 101,50%

Outras EFR 34.907 9.155 -73,77%

Programas Verticais 9.691.908 16.614.134 16.594.171 71,22% 99,88%

Plano de Convergência 7.491.314

Outras Prestações de Serviços de Saude 654.612 2.212.026 2.933.896 348,19% 132,63%

SNS 654.612 2.152.026 2.933.896 348,19% 136,33%

Outras EFR 60.000

Outras Prestações de Serviços 40.389 6.336.381 6.936.703 17074,62% 109,47%

SNS 6.336.381 6.879.383 108,57%

Outras EFR 40.389 57.320 41,92% #DIV/0!

Total CP 120.505.845 127.250.895 126.593.341 5,05% 99,48%

Total EFR 8.866.504 8.837.864 8.925.776 0,67% 100,99%

Total 712 129.372.348 136.088.759 135.519.117 4,75% 99,58%

Proveitos Suplementares 973.697 750.000 855.009 -12,19% 114,00%

Subsídios à Exploração

Trabalhos p/ Propria Instituição

Outros Proveitos Operacionais 1.786.295 1.500.000 3.793.479 112,37% 252,90%

Proveitos e Ganhos Financeiros 143.547 250.000 271.045 88,82% 108,42%

Proveitos e Ganhos Extraordinários 3.527.839 2.000.000 2.684.639 -23,90% 134,23%

TOTAL PROVEITOS 135.803.726 140.588.759 143.123.290 5,39% 101,80%

PROVEITOS CP 2015Desvio %

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

55

A rubrica das Prestações de Serviços apresenta um valor de 135,5 milhões de

euros, que representa um incremento de 4.8%, verificando-se a execução do

previsto em orçamento.

o Prestação de Serviços SNS

A especialização dos proveitos relativos aos serviços prestados ao SNS é efetuada

com base nos preços que estão definidos no Contrato Programa para 2015 e na

produção assistencial realizada.

As prestações de serviços não são comparáveis com o ano anterior, na rubrica de

Incentivos institucionais, já que no ano de 2014 inclui 2.7 milhões de euros de

verba de convergência por via da compensação de custos com pessoal, decorrentes

do impacto das medidas impostas pelo Tribunal Constitucional, conforme referido

no capítulo dos custos.

Conforme se detalha no quadro seguinte, os Serviços prestados ao SNS

apresentam um acréscimo de 5% face ao ano anterior.

Quadro de Proveitos SNS

Em termos Gráficos:

CP2015 CP2014 Var. % 15/14

Internamento 51.520.124 58.858.156 -12,47%

Consulta 19.223.476 19.096.264 0,67%

Urgência Polivalente 14.102.790 13.781.096 2,33%

Hospital de Dia 835.400 937.444 -10,89%

Serviço Domiciliário 102.931 120.054 -14,26%

GDH Ambulatório Cirúrgico 9.471.775 6.197.842 52,82%

GDH Ambulatório Médicos 4.929.396 3.677.157 34,05%

IVG´s Medicamentosa 173.257 178.070 -2,70%

IVG´s Cirúrgica 7.059 20.274 -65,18%

Medicamentos Ced. Amb. 1.667.051 1.496.461 11,40%

Internato Médico 1.266.845 654.612 93,53%

VIH/SIDA 10.939.602 2.658.007 311,57%

HAP - Hipertensão Arterial Pulmonar 2.081.143 1.892.415 9,97%

Esclerose Múltipla 2.624.518 2.513.110 4,43%

PMA - Procriacao Med Assistida 758.292 742.961 2,06%

Doenças Lisossomais Sobrecarga 190.617 388.954 -50,99%

Refaturação doentes Operados Exterior 1.167.354 0 #DIV/0!

Incentivos Institucionais CN19/2014 5.712.028 4.729.725 20,77%

Verba de Convergência 0 2.761.589 -100,00%

126.593.341 120.505.845 5,05%

Produção Realizada

Total Contrato Programa

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

56

Relativamente ao Quadro de proveitos SNS, verifica-se que, face ao contratualizado

com o SNS e Subsistemas Públicos para o ano de 2015, obteve-se uma taxa de

realização positiva nas linhas de atividade Consulta (+0.67%), Serviços de

Urgência (+2.33%), GDH de Ambulatório Cirúrgico (+52.82%), GDH Médico de

Ambulatório (+34.05%), Medicamentos de Dispensa em ambulatório (+11.40%),

Internato Médico (+93.53%), VIH/SIDA (>100%), HAP (+9.97%), Esclerose

Múltipla (+4.43%), PMA (+2.06%), Incentivos institucionais (+20.77%); e,

negativa nas linhas de atividade de Internamento (-12.47%), Hospital de Dia (-

10.89%), Serviço domiciliário (-14.26%), IVG Medicamentosa (-2.70%), IVG

Cirúrgica (-65.18%), e doenças lisossomais de sobrecarga (-50.99%).

o Prestação de Serviços Extra CP

Conforme se detalha no quadro seguinte, a rubrica de Prestação de Serviços extra

contrato programa apresenta um ligeiro acréscimo, inferior a 1%, face ao ano

anterior e um desvio positivo face ao previsto em orçamento na mesma proporção.

Destaca-se o aumento dos Meios Complementares de Diagnóstico e a urgência. As

taxas moderadoras face ao ano transacto registam um acréscimo de 2.7%.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

57

Quadro de Prestação de Serviços - Extra CP

Proveitos Suplementares

A rubrica dos proveitos suplementares reduziu 12% face ao período homólogo, no

entanto regista uma execução orçamental positiva de 14%. Esta rubrica regista os

proveitos assinalados no gráfico seguinte.

2015 2014 Desvio % Desvio €

Realizado Realizado 15/14 15/14

Outras Entidades Responsáveis: -

Internamento 538.485,55 547.005,05 -1,6% 8.519,50 -

Consulta 31.666,94 22.655,00 39,8% 9.011,94

Urgência 411.705,78 323.931,79 27,1% 87.773,99

Meios complem.s diagnóst e terapeut. 5.191.118,04 5.280.344,89 -1,7% 89.226,85 -

MCDT - De diganóstico 268.197,48 211.315,64 26,9% 56.881,84

Patologia clínica 26.211,64 30.484,57 -14,0% 4.272,93 -

Anatomia patológica 22.563,51 26.345,00 -14,4% 3.781,49 -

Imagiologia 71.712,94 56.001,34 28,1% 15.711,60

Cardiologia 2.513,40 6.005,10 3.491,70 -

Medicina nuclear 68.122,19 31.729,70 114,7% 36.392,49

Gastrenterologia 47.425,50 35.019,00 35,4% 12.406,50

Outros 29.648,30 25.730,93 15,2% 3.917,37

MCDT - De terapeutica 4.922.920,56 5.069.029,25 -2,9% 146.108,69 -

Hemodiálise (inclui Hemodialise ARSLVT) 4.046.322,07 4.217.756,38 171.434,31 -

Medicina física e de reabilitação 5.005,50 5.748,10 -12,9% 742,60 -

Quimioterapia - - -

Outros (inclui Dialise Peritoneal ARSLVT) 871.592,99 845.524,77 3,1% 26.068,22

Taxas moderadoras 2.686.324,45 2.615.168,93 2,7% 71.155,52

Consultas 677.441,85 625.822,80 8,2% 51.619,05

Urgência/SAP 615.256,55 617.563,20 -0,4% 2.306,65 -

Internamento - - -

MCDT´s 689.795,40 636.761,90 8,3% 53.033,50

Outros 703.830,65 735.021,03 -4,2% 31.190,38 -

Outras Prestações de Serviços de Saúde 9.154,82 37.008,64 -75,3% 27.853,82 -

Serviço Domiciliário - - -

GDH AMBULATÓRIO 9.154,82 37.008,64 -75,3% 27.853,82 -

GDH Cirurgicos - 2.101,41 2.101,41 -

GDH Médicos 9.154,82 34.907,23 -73,8% 25.752,41 -

Outras Prestações de Serviços 57.320,29 40.389,26 41,9% 16.931,03

Unidades terapêuticas de Sangue 2.784,00 13.430,00 -79,3% 10.646,00 -

Outras Prestações de Serviços (ex: tribunais e ANSR) 54.536,29 26.959,26 102,3% 27.577,03

TOTAL 8.925.775,87 8.866.503,56 0,67% 59.272,31

Prestação de Serviços - extra CP

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

58

Outros Proveitos Operacionais

Estes proveitos são compostos por proveitos relativos a programas específicos

faturados à ACSS, de acordo com o gráfico seguinte, e ainda os medicamentos

biológicos faturados à ARSLVT, no âmbito do Despacho nº18419/2010 de 2 de

Dezembro referente à dispensa de medicamentos prescritos a doentes no âmbito

de legislação específica, sendo os restantes proveitos de valor residual.

4.2.2. Execução do Orçamento Financeiro

A execução do orçamento financeiro apresenta um desvio positivo de 0.3% na

Receita e de 3% na Despesa, sendo o saldo orçamental positivo em 5 milhões de

euros.

Os valores do Orçamento Financeiro, inicialmente aprovado e após as alterações

orçamentais do ano, resumem-se nos quadros seguintes.

Apresentam-se os valores repartidos por Orçamento de Funcionamento e de

Investimento.

Quadro Resumo da Execução da Receita e da Despesa:

Designação 2015 2014Var. %

15/14

Medicamentos Biológicos e Riluzol - ARSLVT 684.751,23 639.326,72 7%

Orçamento Financeiro Dotação Orçamental Execução Var. % Var. Valor

Orçamento de Funcionamento 140.388.303,63 139.971.698,71 100% 416.604,92 -

Orçamento de Investimento 3.633.953,00 2.275.845,15 63% 1.358.107,85 -

Total 144.022.256,63 142.247.543,86 99% 1.774.712,77 -

Orçamento de Funcionamento e de Investimento para 2015

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

59

O orçamento da despesa foi realizado em 96.7%, ficando por executar 5.45 milhões

de euros.

O orçamento da Receita foi realizado em 99.7%, ficando por executar 0.43 milhões

de euros.

Relativamente ao Orçamento de Investimento:

Relativamente aos investimentos, observa-se uma execução de 62.6%, valor

inferior ao orçamentado em 1.4 milhões de euros.

Da análise ao orçamento da despesa, que se apresenta de seguida, importa

salientar o seguinte:

Orçamento Financeiro Despesa Dotação Orçamental Execução Var. % Var. Valor

Despesa com Pessoal 70.863.479,00 70.300.256,24 99,2% 563.222,76 -

Aquisições de Bens e Serviços 88.324.639,63 84.802.644,14 96,0% 3.521.995,49 -

Juros e Outros Encargos 16.596,00 15.714,98 94,7% 881,02 -

Transferências Correntes 235.932,00 234.086,53 99,2% 1.845,47 -

Outras Despesas Correntes 183.755,00 182.741,48 99,4% 1.013,52 -

Total das Despesas Correntes 159.624.401,63 155.535.443,37 97,4% 4.088.958,26 -

Aquisição Bens de Capital 3.633.953,00 2.275.845,15 62,6% 1.358.107,85 -

Transferências de Capital - - 0,0% -

Outras Despesas de Capital - - 0,0% -

Total de Despesas de Capital 3.633.953,00 2.275.845,15 62,6% 1.358.107,85 -

Total 163.258.354,63 157.811.288,52 96,7% 5.447.066,11 -

Orçamento Financeiro para 2015 - Despesa e Receita

Orçamento Financeiro Receita Dotação Orçamental Execução Var. % Var. Valor

Impostos Indiretos - - 0,0% -

Taxas Multas e Outras 2.228.814,00 2.228.810,75 100,0% 3,25 -

Transferências Correntes 357.593,63 270.792,74 75,7% 86.800,89 -

Vendas de Bens e Serviços 135.399.772,00 135.069.976,31 99,8% 329.795,69 -

Outras Receitas Correntes 2.402.124,00 2.402.118,91 100,0% 5,09 -

Total das Receitas Correntes 140.388.303,63 139.971.698,71 99,7% 416.604,92 -

Venda de bens de Investimento - - 0,0% -

Transferências de Capital 124.047,00 113.500,00 91,5% 10.547,00 -

Outras Receitas de Capital 22.746.004,00 22.746.004,00 100,0% -

Total de Receitas de Capital 22.870.051,00 22.859.504,00 100,0% 10.547,00 -

Total 163.258.354,63 162.831.202,71 99,7% 427.151,92 -

Saldo Orçamental 5.019.914,19

Orçamento de Investimento Despesa Dotação Orçamental Execução Var. % Var. Valor

Investimentos/Edifícios/Construção 3.633.953,00 2.275.845,15 62,6% 1.358.107,85 -

Administração Central - - 0,0% -

Total 3.633.953,00 2.275.845,15 62,6% 1.358.107,85 -

Orçamento de Investimento Receita Dotação Orçamental Execução Var. % Var. Valor

Estado - Participação portuguesa em projetos

cofinanciados - - 0,0% -

União Europeia - Instituições (FEDER) - - 0,0% -

Total - - 0,0% -

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

60

O orçamento inicial aprovado foi de 131.242.450,00€, no entanto, no decorrer do

ano foi registado um reforço de capital estatutário no valor de 22.746.004,00€,

através do despacho n.º 15476-B/2014.

Os custos com o pessoal sofreram um desvio positivo inferior a 1%, já que o

orçamento inicial foi elaborado de acordo com as regras definidas pela DGO

veiculadas através da Circular nº 1376/2014 de 18 de julho, ou seja, o cálculo foi

efetuado tendo por base os valores de maio/2014 e considerando as reduções

remuneratórias previstas na LOE 2015, que abrangiam todos os colaboradores com

salários acima dos 675€, e que variavam entre os 2,5% e os 12%. Com a

publicação em Diário da República da Lei n.º 75/2014 de 12 de setembro, são

retomados os cortes salariais que ocorreram entre 2011 e 2013. Assim, com a

aplicação das referidas reduções salariais os funcionários públicos sofrem uma

redução remuneratória variável, em função do rendimento mensal ilíquido, que

afeta os rendimentos mensais superiores a € 1.500, com taxas que começam em

3,5% e progridem até 10%, para valores superiores a € 4.165.

Na rubrica de aquisição de bens foi registado um crédito especial de 1.6 milhões de

euros relativos à aquisição de medicamentos de hepatite C, financiados pela ACSS.

Da análise ao orçamento da receita, que se apresenta de seguida com maior

detalhe, importa salientar o seguinte:

Rubricas Dotação inicial Dotação corrigida Compromissos PagamentosVariação

%Variação Valor

01.Custos com Pessoal 67.185.295,00 70.863.479,00 70.947.263,80 70.300.256,24 99,2% 563.222,76 -

02. Aquisição de bens e serviços 61.281.748,00 88.324.639,63 90.526.744,22 84.802.644,14 96,0% 3.521.995,49 -

02.01 Aquisição de bens 46.747.548,00 67.968.044,63 67.954.942,41 67.193.744,39 98,9% 774.300,24 -

02.02 Aquisição de serviços 14.534.200,00 20.356.595,00 22.571.801,81 17.608.899,75 86,5% 2.747.695,25 -

03. Juros e outros encargos 12.249,00 16.596,00 16.080,91 15.714,98 94,7% 881,02 -

04. Transferências correntes - 235.932,00 235.931,56 234.086,53 99,2% 1.845,47 -

05. Subsídios - - - - 0,0% -

06. Outras despesas correntes 202.670,00 183.755,00 182.866,58 182.741,48 99,4% 1.013,52 -

07. Aquisição de bens de capital 2.545.488,00 3.633.953,00 3.633.218,27 2.275.845,15 62,6% 1.358.107,85 -

08. Transferências de capital - - - - 0,0% -

09. Activos financeiros 15.000,00 - - - 0,0% -

10. Passivos financeiros - - - - 0,0% -

11. Outras despesas de capital - - - - 0,0% -

Total da Despesa 131.242.450,00 163.258.354,63 165.542.105,34 157.811.288,52 96,7% 5.447.066,11 -

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

61

O orçamento inicial aprovado foi de 131.242.450,00€, no entanto, no decorrer do

ano registamos um reforço de capital estatutário no valor de 22.746.004,00€,

através do despacho n.º 15476-B/2014.

Na rubrica das atividades em saúde foi registado um crédito especial de 1.6 milhões

de euros relativos à aquisição de medicamentos de hepatite C, financiados pela

ACSS e registado o recebimento de 231.132,15€ por via da execução do

Memorando de Entendimento entre a Região Autónoma da Madeira, o Ministério da

Saúde e a ADSE, relativo ao pagamento da dívida da Região Autónoma da Madeira

(RAM) existente à data de 31 de agosto de 2015.

Ainda nas atividades em saúde refira-se o acréscimo de 7.4% relativo aos valores

acordados para o contrato programa de 2015, no valor de 8.6 milhões de euros.

4.2.3. Compras

Numa análise global, a execução do orçamento de compras reflete as compras

líquidas de descontos comerciais e abatimentos, verificando-se um aumento acima

do contratualizado em 46% e um aumento de 9% face ao homólogo. Relativamente

às compras importa salientar o acréscimo nas aquisições nos medicamentos de

hepatite C, decorrentes do programa nacional da hepatite C. As restantes rubricas

registam um aumento que se relaciona com o aumento de produção.

Rubricas Previsão inicial Previsão

corrigida

Receita por

cobrar no inicio

do ano

Cobrada totalVariação

%Variação Valor

01. Impostos directos - - - - 0,0% -

02. Impostos indirectos - - - 0,0% -

04. Taxas, multas e outras penalidade - 2.228.814,00 - 2.228.810,75 100,0% 3,25 -

05. Rendimentos da propriedade 10.000,00 10.000,00 - - 0,0% 10.000,00 -

06. Transferencias correntes - 347.593,63 262.992,94 270.792,74 77,9% 76.800,89 -

07. Venda de bens e serviços correntes 130.794.820,00 135.399.772,00 15.721.734,31 135.069.976,31 99,8% 329.795,69 -

07.02.01. Aluguer espaços e equipamentos 175.000,00 578.516,00 - 248.725,00 43,0% 329.791,00 -

07.02.02 Estudos, pareceres, proj. consultad. 255.000,00 369.907,00 - 369.906,20 100,0% 0,80 -

07.02.05 Actividades de Saude 130.094.820,00 133.581.755,00 13.489.337,55 133.581.754,39 100,0% 0,61 -

Valores acordados no Contrato Programa 2015 116.232.360,00 116.232.360,00 - 124.824.061,38 107,4% 8.591.701,38

07.02.99. Outros 270.000,00 869.594,00 2.232.396,76 869.590,72 100,0% 3,28 -

08. Outras receitas correntes 437.630,00 2.402.124,00 1.141.204,72 2.402.118,91 100,0% 5,09 -

09. Venda de bens de investimento - - - - 0,0% -

10. Transferencia de Capital - 124.047,00 - 113.500,00 91,5% 10.547,00 -

11. Activos Financeiros - - - - 0,0% -

12. Passivos Financeiros - - - - 0,0% -

13. Outras receitas de capital - - - - 0,0% -

15. Reposições não abatidades nos pagamentos - - - - 0,0% -

16. Saldo de gerencia anterior - 22.746.004,00 22.746.004,00 100,0% -

Total da Receita 131.242.450,00 163.258.354,63 17.125.931,97 162.831.202,71 99,7% 427.151,92 -

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

62

Em termos gráficos:

4.2.4. Investimentos

Em termos de investimentos, verifica-se um aumento em aquisições de 100% face

ao período análogo, originado pela necessidade inadiável de se dar início à

concretização das intervenções estruturais, há muito previstas, tais como a

remodelação do serviço de medicina nuclear, segurança elétrica do edifício e

instalação da sala de hemodinâmica da cardiologia.

2014 2015

Realizado Realizado 15/14 Orçam

Produtos Farmacêuticos 32.883.680 24.447.082 49.642.863 50,97% 203,06%

Medicamentos (Compras Líquidas) 28.911.415 21.684.969 31.084.796 7,52% 143,35%

Outros Produtos Farmacêuticos 3.972.265 2.762.112 4.195.684 5,62% 151,90%

Material de Consumo Clínico 11.554.065 8.807.198 13.053.833 12,98% 148,22%

Produtos Alimentares 1.465 1.191 3.439 134,76% 288,77%

Material de Consumo Hoteleiro 458.668 391.245 666.602 45,33% 170,38%

Material de Consumo Administrativ o 216.780 155.800 208.950 -3,61% 134,11%

Material de Manutenção e Conserv ação 392.241 248.095 429.558 9,51% 173,14%

Outro Material de Consumo

TOTAL 45.506.899 34.050.612 49.642.863 9,09% 145,79%

Descrição CP 2015Desvio

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

63

Em termos gráficos:

2014 2015

Realizado Realizado 15/14 Orçam

41-Investimentos Financeiros

42-Imobilizações corpóreas

421 - Terrenos e Recursos Naturais

422 - Edifícios e Out. Construções 21.731 1.522.138 471.650 2070% 31%

423 - Equipamento Básico 360.119 437.538 849.272 136% 194%

4231-Médico-cirúrgico 265.016 123.250 523.368 97% 425%

4232-De imagiologia 17.071 61.625 127.804 649% 207%

4233-De laboratório 6.097 61.625 12.989 113% 21%

4234-Mobiliário hospitalar 28.704 123.250 84.446 194% 69%

4235-De desinfecção e esterilização 14.745 67.788 72.570 392% 107%

4236-De hotelaria 21.481 28.095 31%

4239-Outros 7.004 -100%

424 - Equipamento de Transporte 47.393 708 -99%

425 - Ferramentas e Utensílios

426 - Equip. administ. e Informático 310.840 535.000 543.701 75% 102%

4261-Equipamento administrativ o 32.249 65.000 59.414 84% 91%

4262-Equipamento informático 278.591 470.000 575.120 106% 122%

42621-Hardw are 236.181 150.000 460.763 95% 307%

42622-Softw are 42.410 320.000 114.356 170% 36%

427 - Taras e Vasilhame

429 - Outras Imob. Corpóreas 20.000

42-Imobilizações corpóreas 740.083 2.514.675 1.865.332 152% 74%

431 - Despesas de Instalação

432 - Despesas de I&D

43-Imobilizações incorpóreas

44-Imobilizações em Curso 498.707 630.561 26%

44-Imobilizações em Curso 498.707 630.561 26%

45-Bens de domínio público

45-Bens de domínio público

TOTAL 1.238.789 2.514.675 2.495.893 101% 99%

Descrição CP 2015Desvio

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

64

4.2.5. Análise do Desempenho Financeiro

Síntese de Indicadores Financeiros Agregados

À data de 31 de dezembro de 2015, os Ativos do HGO atingem os 67,3 M€ e os

capitais próprios, sendo negativos, ascendem a 0.8 M€, sendo o passivo exigível de

68M€.

A diminuição do Ativo Líquido tem como contrapartida a diminuição do Passivo,

através do menor volume de dívidas a fornecedores externos, verificando-se uma

redução do prazo médio de pagamentos de 243 dias, em 2014, para 179 dias, em

2015, devido à utilização do aumento de capital, e dos Fundos Próprios, que estão

influenciados pelo resultado líquido, o que significa que os proveitos não são

suficientes para suportar os custos, sendo os resultados gerados pela atividade

continuadamente negativos, não obstante as melhorias verificadas ano após ano.

INDICADORES AGREGADOS Realizado 2014 Realizado 2015 Δ % Hom.

BALANÇO

Activ o 83.649.854 67.296.220 -19,6%

Passiv o 81.884.237 68.061.148 -16,9%

Capital Próprio 1.765.617 -764.928 -143,3%

INDICADORES ESTRUTURAIS

Autonomia Financeira (Capital Próprio/Ativ o) 2,11% -1,14% -153,9%

Solv abilidade (Capital Próprio/Passiv o) 2,16% -1,12% -152,1%

Grau de endiv idamento (Passiv o total / Activ o total) 97,89% 101,14% 3,3%

Liquidez Imediata (Disponibilidades/Passiv o) 38,89% 70,68% 81,7%

INVESTIMENTOS E ENDIVIDAMENTO

Inv estimentos em activ os fix os 1.249.637 2.495.893 99,7%

Desinv estimentos 765.782 434.327 -43,3%

Operações de leasing 17.325 10.667 -38,4%

Outros créditos

OUTROS INDICADORES

Compras 45.506.899 49.642.863 9,1%

RELAÇÕES FINANCEIRAS COM O ESTADO

Capital do Acionista 104.319.535 132.819.535 27,3%

Empréstimos do Estado - - -

EVOLUÇÃO DE DÍVIDAS DE/A TERCEIROS

Prazo médio de pagamento a fornecedores (trimestral) 246 179 -27,2%

Dív idas de Terceiros (Clientes/SNS/Estado) 16.257.895 16.891.748 3,9%

Div ídas de Clientes SNS 3.274.625 4.081.815 24,6%

Dív idas a Terceiros (Forn Ex t/SNS/Estado) 59.524.665 46.412.575 -22,0%

Dív ida a Fornecedores Ex ternos 35.571.625 21.232.562 -40,3%

Dív ida Vencida a Fornecedores Ex ternos 20.761.643 5.462.533 -73,7%

Arrears 10.605.108 393.337 -96,3%

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

65

O rácio de autonomia financeira traduz a capacidade de dependência de capitais

alheios, em detrimento dos capitais próprios, relacionando a sua proporção com o

ativo, tendo este indicador reduzido face a 2014.

O Rácio de Solvabilidade mede a proporção entre capitais próprios e alheios e

quanto maior o indicador maior a capacidade do hospital solver os seus passivos,

tendo este indicador reduzido face ao período homólogo.

O grau de endividamento aumentou 3.3%, evidenciando a percentagem do Passivo

sobre o Ativo, quanto maior o resultado maior o grau de endividamento.

O indicador de liquidez aumentou, o que significa que o HGO aumentou a sua

capacidade de cumprimento dos compromissos assumidos.

Indicador do Prazo Médio de Pagamentos

4 T 2015 4T 2014

PMP Ponderado (Trimestral) 179 246

DF= Dívidas a Fornecedores

Saldos das contas:

22- Fornecedores 22.157.928,33 40.134.281,91

261 - Fornecedores de Imobilizado 893.385,40 195.084,57

267 - Consultores, Assessores e Intermediários 0,00 260.336,50

2685 - Credores por Reembolsos a Utentes 195,10

2686 - Credores p/ acordos com convencionados 344.157,20 950.303,19

2687 - Credores por Honorários Clínicos 34.626,58 39.393,82

2688 - Outros Credores Diversos 23.016.448,67 16.821.638,18

2689 - Outros Devedores e Credores Diversos -125.188,17 21.804,15

252 - Credores por execução do Orçamento 0,00

Total 1 46.321.553,11 58.422.842,32

26881 - Instituições do Estado 23.008.149,12 16.783.904,39

Total 2 (DF= Dívidas a Fornecedores) 23.313.403,99 41.638.937,93

A= Aquisições

Valores Acumulados:

31 - Compras (deduzidas das devoluções, descontos e abatimentos) 49.642.863,00 45.506.899,37

62 - Fornecimentos e Serviços Externos 19.840.377,15 20.573.825,03

Valores Acumulados para o ano (aquisições do próprio ano):

42 - Imobilizações Corpóreas 1.865.331,94 740.082,52

442 - Imobilizações em Curso de Imob. Corpóreas 630.560,87 498.706,77

445 - Imobilizações em Curso de Bens de Domínio Público

45 - Bens de Domínio Público 0,00 0,00

Total 3 71.979.132,96 67.319.513,69

62181 Saldo da conta Trabalhos Exec. No Exterior em Ent. MS 504.336,68 1.176.493,42

Total 4 (A= Aquisições) 71.474.796,28 66.143.020,27

Δ Dias Δ % Δ Dias Δ %

179 246 -67 -27% 179 235 249 243 -56 -24%

trimestre anterior

PMP Ponderado em DiasPMP Ponderado em Dias

4T2015 4T2014Homólogo

4T2015 2T2015 1T20153T2015

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

66

Da análise dos quadros anteriores, verifica-se uma redução do prazo médio de

pagamentos em 67 dias face ao período homólogo. Face ao trimestre 3º trimestre

verifica-se uma redução de 24%, menos 56 dias. Esta redução foi conseguida

através de uma melhor gestão da dívida vencida.

Dívidas de Terceiros (Clientes e Outros Devedores)

A dívida dos Clientes é de 16.9 milhões de euros, sendo o total das dívidas de

clientes do SNS de 4 milhões de euros. No quadro abaixo discriminam-se os

clientes externos mais significativos, que representam cerca de 22% da dívida

externa.

O quadro seguinte apresenta-se a Dívida de Clientes com detalhe por tipo de

Cliente, cujo valor aumentou cerca de 3 % face ao ano anterior.

>30 d Vencidas % <30 d Não venc %

AXA PORTUGAL  215.176,38 1,7% 1.100,65 0,0% 216.277,03

COMP SEG ACOREANA, SA  200.492,22 1,6% 3.597,63 0,0% 204.089,85

COMP SEG LIBERTY SA  74.958,67 0,6% 136.412,25 1,1% 211.370,92

COMP SEG LUSITANIA, SA  75.934,18 0,6% 1.093,74 0,0% 77.027,92

COMP SEG MAPFRE SEGUROS GERAIS, SA  106.441,62 0,8% 1.777,03 0,0% 108.218,65

COMP SEG MEDIS  53.037,95 0,4% - 0,0% 53.037,95

COMP SEG REAL SEG BPN VIDA, SA  95.457,79 0,7% - 0,0% 95.457,79

COMP SEG TRANQUILIDADE, SA  203.472,51 1,6% 2.693,64 0,0% 206.166,15

COMPANHIA DE SEGUROS ALLIANZ PORTUGAL SA  227.322,22 1,8% 4.000,29 0,0% 231.322,51

ENTIDADES NAO CODIFICADAS  206.890,78 1,6% 13.388,38 0,1% 220.279,16

FIDELIDADE - COMP SEG SA  714.109,34 5,6% 67.339,43 0,5% 781.448,77

GENERALI - COMPANHIA DE SEGUROS S.A.  49.361,43 0,4% 873,86 0,0% 50.235,29

INST SEGUROS PORTUGAL  51.602,75 0,4% - 0,0% 51.602,75

PRATO DOURADO-ACTIVIDADES HOTELEIRAS, LDA.  49.200,00 0,4% 12.300,00 0,1% 61.500,00

ZURICH INSURANCE PLC - SUCURSAL EM PORTUGAL  214.692,32 1,7% 2.689,09 0,0% 217.381,41

TOTAL 2.538.150,16 0,20 247.265,99 0,02 2.785.416,15

Crédito Total NOME CLIENTECréditos Vencidos Créditos Não Vencidos

Saldo Inicial

(Crédito) Próprio Ano Anos Anteriores

Companhias de Seguros 2.986.800,00 674.029,36 351.605,17 259.567,07

Utentes C/C (Taxas Moderadoras) 7.190.112,45 2.990.328,73 2.002.060,38 284.108,03

Outros Clientes 1.839.823,52 2.957.906,02 2.399.386,21 1.448.705,58

ACSS 329.445,18 133.078.670,55 132.640.088,73 278.049,05

Instituições do Ministério da Saúde 3.274.625,02 953.459,97 271.574,59 173.572,94

Regiões Autónomas 940.752,49 111.540,15 17.400,59 264.051,43

Outras Instituições do Estado 817.186,61 230.305,76 225.814,13 2.789,68

Total 17.378.745,27 140.996.240,54 137.907.929,80 2.710.843,78

Incobráveis Saldo Final Variação Variação

Corr/Anulações (Crédito) (Valor) (%)

Companhias de Seguros 162.275,88 2.887.381,24 99.418,76 - -3%

Utentes C/C (Taxas Moderadoras) 245.831,40 7.648.441,37 458.328,92 6%

Outros Clientes 266.945,46 682.692,29 1.157.131,23 - -63%

ACSS 226.617,83 263.360,12 66.085,06 - -20%

Instituições do Ministério da Saúde - 3.818.455,30 543.830,28 17%

Regiões Autónomas - 772.518,82 168.233,67 - -18%

Outras Instituições do Estado - 818.898,56 1.711,95 0%

Total 901.670,57 16.891.747,70 486.997,57 - -3%

ClientesFacturas/N.Déb

emitidas (Mês)

Recebimentos

Clientes

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67

Dividas a Terceiros (Fornecedores e Outros Credores)

Em termos de volume financeiro, relativamente à dívida do HGO, o total da dívida a

fornecedores é de 46.4 milhões de euros, dos quais 21.2 milhões de euros a

Fornecedores Externos e 24.5 milhões de euros de Fornecedores SNS. No quadro

seguinte, apresenta-se a Dívida Vencida e Vincenda, com detalhe de Fornecedores

Externos, Fornecedores do SNS e outros Fornecedores do Estado.

Quadro da dívida a fornecedores por tipologia e prazos de vencimento:

No quadro abaixo discriminam-se os fornecedores externos mais significativos, que

representam cerca de 38% da dívida externa.

Divida Vincenda 0 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 240 dias 241 a 360 dias 361 a 540 dias 541 a 720 dias 721 dias ou mais Total Vencido

01 Despesas com Pessoal 146,33 600.892,20 600.892,20

02 Aquisições de bens e Serviços 14.374.254,13 4.439.719,20 39.649,91 251.587,54 11.975,15 10.667,07 13.538,71 5.588,75 4.772.726,33

03 Juros e Outros Encargos 364,36 364,36

04 Despesas de capital 1.805,26 - -

06 - Outras Despesas Correntes - -

07 Aquisições de bens de Capital 1.393.823,94 28.219,50 7.466,47 4.317,30 - - - 48.546,56 88.549,83

Total 15.770.029,66 5.069.195,26 47.116,38 255.904,84 11.975,15 10.667,07 13.538,71 54.135,31 5.462.532,72

Divida Vincenda 0 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 240 dias 241 a 360 dias 361 a 540 dias 541 a 720 dias 721 dias ou mais Total Vencido

01 Despesas com Pessoal -

02 Aquisições de bens e Serviços 349.560,26 573.510,89 609.195,26 731.502,57 767.316,66 1.151.096,71 1.742.502,53 18.587.231,00 24.162.355,62

07 Aquisições de bens de Capital

Total 349.560,26 573.510,89 609.195,26 731.502,57 767.316,66 1.151.096,71 1.742.502,53 18.587.231,00 24.162.355,62

Divida Vincenda 0 a 90 dias 91 a 180 dias 181 a 240 dias 241 a 360 dias 361 a 540 dias 541 a 720 dias 721 dias ou mais Total Vencido

01 Despesas com Pessoal 266.989,25 266.989,25

02 Aquisições de bens e Serviços 154.110,28 34.058,27 11.236,60 13.840,22 9.934,20 28.034,80 31.155,32 118.737,99 246.997,40

03 Juros e Outros Encargos - -

06 Out. Desp. Correntes -

07 Aquisições de bens de Capital -

Total 154.110,28 34.058,27 11.236,60 13.840,22 9.934,20 28.034,80 31.155,32 385.727,24 513.986,65

16.273.700,20 5.676.764,42 667.548,24 1.001.247,63 789.226,01 1.189.798,58 1.787.196,56 19.027.093,55 30.138.874,99

Fornecedores Externos

Fornecedores SNS

Fornecedores Estado

Dívida Total46.412.575,19 €

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

68

4.3. Indicadores de recursos humanos

A estratégia prosseguida em 2015 incidiu particularmente no reforço do pessoal da

área da saúde, entretanto muito reduzidos por força da ausência de admissões

desde 2011, de forma a garantir as dotações de pessoal seguras e evitar riscos nos

níveis de cuidados, quer ao nível da qualidade, quer ao nível da segurança dos

utentes.

O reforço dos efetivos registou-se com especial impacto no pessoal de enfermagem

e dos assistentes operacionais, procurando-se também repor alguns dos médicos

que, entretanto, cessaram funções. De registar o aumento muito significativo e não

previsto do número de internos (71) que iniciaram a sua formação no HGO.

A despesa registou um crescimento de 3,5%, no entanto apenas 1% resultou de

medidas estratégicas da administração do HGO, sendo a demais em resultado de

orientações governativas.

>90 d Venc. % <90 d Ñ Venc %

ABBVIE, LDA.  - 415.635,13 1,9% 415.635,13

B.BRAUN MEDICAL LDA  4.739,00 0,0% 308.427,82 1,4% 313.166,82

BAXTER MEDICO-FARMACEUTICA,LDA (GAMBRO AB) 11.182,92 0,1% 284.688,01 1,3% 295.870,93

GILEAD SCIENCES,LDA  300.499,22 1,4% 824.869,19 3,8% 1.125.368,41

IBERLIM  - 371.221,85 1,7% 371.221,85

JANSSEN-CILAG FARMACEUTICA,LDA  448.255,59 2,0% 609.428,38 2,8% 1.057.683,97

JOHNSON & JOHNSON MEDICAL  321.522,69 1,5% 361.599,44 1,7% 683.122,13

MEDTRONIC PORTUGAL ,LDA  48.941,40 0,2% 312.644,55 1,4% 361.585,95

MERCK SHARP & DOHME, LDA  101.994,42 0,5% 253.610,44 1,2% 355.604,86

NOVARTIS FARMA PROD FARMACEUTICOS SA  - 505.929,33 2,3% 505.929,33

PFIZER BIOFARMACÊUTICA, SOC. UNIP., LDA.  127.580,11 0,6% 372.689,69 1,7% 500.269,80

ROCHE DIAGNOSTICO  - 555.298,02 2,5% 555.298,02

ROCHE FARMACEUTICA QUIMICA LDA  230.127,01 1,1% 526.400,43 2,4% 756.527,44

SIEMENS S.A.-PORTUGAL  - 460.919,25 2,1% 460.919,25

VIIVHIV HEALTHCARE UNIPESSOAL LDA  160.707,83 0,7% 480.709,60 2,2% 641.417,43

TOTAL 1.755.550,19 8,0% 6.644.071,13 30,3% 8.399.621,32

NOME FORNECEDORDívida Vencida Dívida Não Vencida

Dívida Total

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

69

1 - Evolução dos efetivos /ETC´s

Constata-se que

entre 2013 e 2015

se registou um

aumento de l96

trabalhadores,

equivalentes a 97

ETC`s e entre 2014

e 2015 foram, os

quais correspondem

a 132 ETC`s.

De referir que no ano de 2013 a carga horária do pessoal com vínculo público (com

exceção do pessoal médico) passou para 40 horas, logo o número de ETC´s

registou um significativo aumento.

2 – Admissões/Cessações

Constata-se que o número de

admissões ocorreu principalmente

com o pessoal de enfermagem (84),

ficando o número de efetivos

próximo de 2013, no pessoal médico

em formação pré carreira (71) fruto

da aposta contínua no reforço do

quadro médico do SNS, assistentes

operacionais (57), bem como no reforço de 19 médicos, para colmatar as 23

cessações verificadas.

Em 2015 cessaram funções 35 enfermeiros e 16 assistentes operacionais, cujos

principais motivos estão associados às aposentações e rescisões voluntárias.

3 – Caracterização dos Grupos Profissionais

2013 2014 2015

2403

2366

2499

2295

2260

2392

Nº TRAB

ETC's

+5,6%

+5,9%

0

0

19

71

84

57

8

3

0

0

2

0

0

0

0

23

28

35

16

6

0

0

0

3

0

0

Conselhos de Administração

Pessoal Dirigente

Médico

Pessoal em formação pré carreira

Enfermeiro

Assistente operacional

Téc. Diagnóstico e Terapêutica

Técnico Superior

Técnico Superior de Saúde

Informático

Assistente técnico

Pessoal Docente

Outro Pessoal

Admissões Cessações

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

70

O maior grupo profissionais continua a ser o do pessoal de enfermagem (878),

seguido dos assistentes operacionais (566), com menos 27 colaboradores do que os

registados em 2013.

Nº TRABALHADORES 2013 2014 2015

Conselhos de Administração 5 5 5

Pessoal Dirigente 17 17 20

Médico 320 331 333

Pessoal em formação pré carreira 172 170 206

Enfermeiro 870 826 878

Assistente operacional 593 532 566

Téc. Diagnóstico e Terapêutica 181 177 179

Técnico Superior 59 59 65

Técnico Superior de Saúde 13 12 11

Informático 9 8 10

Assistente técnico 240 227 224

Pessoal Docente 1 1 1

Outro Pessoal 1 1 1

TOTAL 2481 2366 2499

O pessoal médico regista um aumento de 13 efetivos e os técnicos superiores

registam um aumento de 6 efetivos, os assistentes técnicos são menos 16 e os

TDT`s menos 2, face a 2013.

4 - Distribuição da carga horária

Uma vez que a predominância do regime das 35 horas semanais, aplicável ao

pessoal com contrato em funções públicas cessou em 2013 à generalidade destes

trabalhadores (exceção ao pessoal médico), o regime de 40 horas semanais é

aplicado à maioria dos colaboradores, num total de 1685 profissionais.

2013 2014 2015

715 667 637

1508 1525 1685

87 78 71

93 96 106

35 40 42 Outros

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71

Nota-se, ainda, a cessação de 16 profissionais com o regime de 42 horas,

maioritariamente médicos com dedicação exclusiva e enfermeiros chefes com

horários acrescidos.

5 - Taxa de rotação e absentismo

A Taxa de Absentismo, nos períodos em análise aumentou de 7% para 8,7%, fruto

de uma maior ausência, nomeadamente por parentalidade (+5.949 dias), Acidentes

de Trabalho (+1.458 dias) e Doença (+6.724 dias).

O aumento da taxa de absentismo por doença no HGO reside maioritariamente nos

maiores grupos profissionais – enfermagem e assistentes operacionais – e

entendemos que poderá estar associado a causas sociais e desmotivação

decorrente da redução de salários, de entre outros motivos específicos e

situacionais.

O aumento dos acidentes de trabalho pode ser consequência do acréscimo do

número de horas de trabalho nestes grupos, uma vez que para colmatar as

ausência dos profissionais com absentismo o recurso a horas extras é superior o

que pode provocar uma menor residência física e diminuição da concentração.

Note-se que o preço da hora extra diminuiu por força da passagem para as 40

horas, pelo que o número de horas a realizar para atingir o mesmo valor é superior.

A Taxa de Rotação evoluiu de

7,7% para 14,2%,

principalmente fruto do

aumento do número de

entradas em saídas do pessoal

em formação pré carreira, em

cada ano e do aumento do

número de admissões

também noutros grupos

profissionais, tais como pessoal de enfermagem e assistentes operacionais, bem

como do número de cessações.

2013 2014 2015

7,0%

8,5% 8,7%

7,7% 9,4%

14,2% Taxa Absentismo

Taxa Rotação

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

72

6 - Despesa de pessoal

Constata-se um acréscimo de despesa de 3,5% entre 2014 e 2015, em resultado

da implementação de medidas exógenas à decisão da administração do HGO e fruto

do aumento do número de efectivos, cujo detalhe se identifica:

Admissão de internos (Ano Comum: estimados 10/recebidos 48;

Especialidade: estimados 23/recebidos 30) – despesa não prevista

€1.300.000,00;

Aumento da remuneração base dos enfermeiros com contrato individual de

trabalho a 35H/semana por orientação da tutela – Despesa não prevista

€200.000,00

Devolução de 20% da redução salarial aplicada aos trabalhadores -

€500.000,00

Apenas 1% resultou de medidas estratégicas da administração do HGO,

nomeadamente pelo reforço de efetivos, entretanto muito reduzidos por força da

ausência de admissões desde 2011.

2013 2014 2015

68.156.663,14 €

67.379.715,79 €

69.754.174,56 €

-1,1% +3,5%

+2,3%

2013 2014 2015

198.969

188.506

175.075

-5,3% -7,1%

-12,0 %

2013 2014 2015

4.049.740 €

3.760.781 €

3.478.030 €

-7,1% -7,5%

-14,1%

Encargos globais com pessoal

Horas extras - Valor Horas extras - Quantidade

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

73

A quantidade de horas extras diminuiu 12% entre 2013 e 2015 e a despesa

registou uma redução de 14,1%.

O custo da hora extra tem vindo a diminuir fruto quer da revisão da tabela de

cálculo das mesmas, bem como do aumento da carga horária de 35 para 40 horas,

com a implícita diminuição do valor hora.

Prestadores de Serviços

Regista-se um decréscimo no

número de horas em prestação de

serviços e, consequentemente, no

custo, justificado principalmente

pelo facto de se ter obtido

autorização por parte da tutela para

a contratação do pessoal de enfermagem que se encontrava em prestação de

serviço ao longo de 2014.

Note-se, que fruto da redução do valor da hora extra bem como das medidas

internas de contenção de despesa, a disponibilidade para a realização de horas

extras, nomeadamente pelo pessoal médico diminuiu cerca de 6%, promovendo-se

um recurso maior dos prestadores de serviços médicos, cuja despesa aumentou

4,8% e o respetivo número de horas cresceu 2,7%.

Peso das horas extras nos salários

As horas extras no pessoal das profissões da área da saúde tinham peso

significativo, quer no volume de horas, comparado com a carga horária normal,

2014 2015 %

N.º

horas 134.580 118.073 -12,3%

Valor 2.958.338 €

2.916.459

€ -1,4%

2013 2014 2015

4,2% 4,1% 3,6%

10,1% 9,4%

8,2%

Peso H. Extras / H.Normais

Peso Custo H.Extras / Rem. Base

-6,9%

-18,8%

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

74

quer no seu valor, face à remuneração base. Resulta da grelha que desde 2013 a

tendência é descrente, verificando-se que o custo da hora diminuiu bastante face

ao número de horas realizadas.

Pessoal ao serviço do Hospital – por tipo de vínculo

Em 31 de Dezembro de 2015 o número de trabalhadores encontra-se distribuído

conforme quadro infra.

5. Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração propõe que o prejuízo apurado no exercício de 2015,

no montante de 2.692.978,08€ (Dois milhões, seiscentos e noventa e dois mil,

novecentos e setenta e oito euros e oito cêntimos), seja transferido para a conta de

Resultados Transitados, de acordo com as disposições legais e estatutárias

aplicáveis.

Grupo Profissional

Contrato

Individual

Trabalho

Lei

7/2009,

C/Termo

Cedência

de

Interesse

Público

Contrato

por

Tempo

Indetermi

nado

Contrato

Trabalho

a Termo

Resolutivo

Lei

59/2008

Contrato

Individual

Trabalho

Lei

7/2009,

S/Termo

Comissão

de

Serviço

Privada

Comissão

de

Serviço

Pública

TOTAL

Assistente Operacional 59 0 254 0 252 0 0 565

Assistente Técnico 0 2 88 0 134 0 0 224

Conselhos de Administração 0 0 1 0 0 0 4 5

Outro Pessoal 0 0 1 0 0 0 0 1

Pessoal Auxiliar 0 0 0 0 1 0 0 1

Pessoal de Enfermagem 102 1 384 0 391 0 0 878

Pessoal de Informática 1 0 3 0 6 0 0 10

Pessoal Dirigente 1 4 4 0 6 2 3 20

Pessoal Docente 0 0 0 0 1 0 0 1

Pessoal em formação pré carreira 0 0 0 206 0 0 0 206

Pessoal Médico 1 2 153 5 168 3 1 333

Pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 5 1 102 0 71 0 0 179

Pessoal Técnico Superior de Saúde 0 0 6 0 5 0 0 11

Técnico Superior 4 0 11 0 49 1 0 65

TOTAL 173 10 1007 211 1084 6 8 2499

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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6. Demonstrações Financeiras e anexo

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

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Hospital Garcia de Orta, EPE _____________________________________________________________________________

Relatório e Contas de 2015

Anexo às Demonstrações Financeiras do Exercício de 2015

1. Caracterização da Entidade

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. foi transformado Entidade Pública Empresarial,

através do Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. Por força do referido

Decreto-Lei, esta nova unidade de saúde sucede à anterior com a mesma

denominação, constituída com a natureza de sociedade anónima através do nº3 do

art.º 7º do Decreto-Lei n.º 298/2002, de 11 de Dezembro, legando-lhe todos os

bens, direitos e obrigações de que era titular. O seu capital estatutário é detido pelo

Estado, tornando-se pessoa colectiva de direito público de natureza empresarial,

dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, nos termos do

Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto e do artigo 18º do anexo da Lei nº

27/2002, de 8 de Novembro, com o número de pessoa colectiva 506361470,

sedeada na Av. Torrado da Silva, 2801-951 Almada. Ao Hospital Garcia de Orta,

E.P.E. é aplicável o regime jurídico do Sector Empresarial do Estado e,

supletivamente, o Código das Sociedades Comerciais.

o Descrição Sumária das Atividades

O Hospital Garcia de Orta, E.P.E. está integrado no Serviço Nacional de Saúde

(SNS), tendo como finalidade principal a prestação de cuidados de saúde à

população da sua zona de influência, nomeadamente aos beneficiários do SNS, dos

subsistemas de saúde ou de entidades externas, que com ele contratualizem a

prestação de serviços e ainda no contexto nacional e dos países de expressão

portuguesa.

O Hospital tem ainda como objectivo secundário desenvolver atividades de

investigação, formação e ensino, sendo a sua participação na formação de

profissionais de saúde correlativo da respectiva capacidade formativa.

Os hospitais E. P. E. são financiados nos termos da base XIII da Lei de Bases da

Saúde, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 27/2002, de 8 de Novembro. A

actividade do Hospital é praticada em obediência às imposições inerentes ao

Serviço Público que presta, tendo em conta a subordinação a regras das

Autoridades Nacionais de Saúde contingentes ao cumprimento da política nacional

de saúde. O financiamento do SNS, é efectuado através do pagamento dos actos e

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 89

actividades efectivamente realizados segundo uma tabela de preços que consagra

uma classificação dos mesmos actos, técnicas e serviços de saúde, aprovada

oficialmente. Sendo o volume de produção contratualizado anualmente com o

Ministério da Saúde e transversalmente com a Administração Regional de Saúde de

Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e da Administração Central do Sistema de Saúde

(ACSS).

Para os subsistemas de saúde e entidades públicas ou privadas o preço a cobrar

pelos cuidados prestados no quadro do SNS são estabelecidos pela portaria do

Ministro da Saúde, tendo em conta os custos reais e o necessário equilíbrio de

exploração, conforme indica o artigo 25º do Estatuto do Serviço Nacional Saúde

aprovado pelo Decreto-Lei nº 11/93 de 15 de Janeiro. Para o ano de 2015 foram

aplicados os preços fixados na Portaria nº132/2009 de 30 de Janeiro.

o Recursos Humanos

Os Órgãos Sociais do Hospital são constituídos pelos seguintes elementos:

Conselho de Administração:

Cargo Mandato em 01/01/2013 a

31/12/2015

Presidente Dr. Joaquim Daniel Ferro

Diretora Clínica Dra. Paula Breia

Enfermeira Diretora Enfermeira Odília Neves

Vogal Executivo Dr. José António Completo Ferrão

Vogal Executivo Dra. Maria de Lourdes Caixaria Bastos

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 90

Fiscal Único:

ROSA LOPES, GONÇALVES MENDES & ASSOCIADOS, SROC, LDA. Dr. José Mendes.

Pessoal ao serviço do Hospital:

A 31 de Dezembro de 2015, o número de trabalhadores encontra-se distribuído

conforme quadro infra, incluindo os membros do Conselho de Administração.

A média de trabalhadores ao serviço do Hospital no exercício de 2015 ascendeu a

2410 e o número médio de efetivos é de 2049.

O número de membros do Conselho de Administração são 5 e o número de

dirigentes 20.

Grupo Profissional

Contrato

Individual

Trabalho Lei

7/2009, C/Termo

Cedência

de

Interesse

Público

Contrato

por Tempo

Indetermin

ado

Contrato Trabalho

a Termo

Resolutivo Lei

59/2008

Contrato

Individual

Trabalho Lei

7/2009, S/Termo

Comissão de

Serviço

Privada

Comissão de

Serviço PúblicaTOTAL

Assistente Operacional 59 0 254 0 252 0 0 565

Assistente Técnico 0 2 88 0 134 0 0 224

Conselhos de Administração 0 0 1 0 0 0 4 5

Outro Pessoal 0 0 1 0 0 0 0 1

Pessoal Auxiliar 0 0 0 0 1 0 0 1

Pessoal de Enfermagem 102 1 384 0 391 0 0 878

Pessoal de Informática 1 0 3 0 6 0 0 10

Pessoal Dirigente 1 4 4 0 6 2 3 20

Pessoal Docente 0 0 0 0 1 0 0 1

Pessoal em formação pré carreira 0 0 0 206 0 0 0 206

Pessoal Médico 1 2 153 5 168 3 1 333

Pessoal Técnico de Diagnóstico e Terapêutica 5 1 102 0 71 0 0 179

Pessoal Técnico Superior de Saúde 0 0 6 0 5 0 0 11

Técnico Superior 4 0 11 0 49 1 0 65

TOTAL 173 10 1007 211 1084 6 8 2499

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 91

o Organização Contabilística

o Manual de Procedimentos

Embora ainda não exista aprovado um Manual de Procedimentos Contabilísticos, o

Hospital respeita o Plano Oficial de Contabilidade do Ministério da Saúde (POCMS),

que se encontra desenvolvido, por forma a satisfazer a informação económica e

financeira exigida pela tutela e cuja aplicação é efectuada pelas orientações

contabilísticas emanadas pela ACSS, através de notas técnicas ou por circulares

normativas.

o Livros de Registo

Os movimentos contabilísticos são registados nos Diários de Movimentos e no

Razão, sendo os mesmos inseridos nas diversas aplicações informáticas em

utilização no Hospital.

o Organização do Arquivo dos Documentos de Suporte

Os documentos de suporte ao registo das operações contabilísticas de Despesa e

Receita estão catalogados por “pagos” e “cobrados”, arquivados por rubrica

financeira e respectivos números de caixa, existindo ainda um arquivo de Facturas

em Aberto por Cliente, por Utente particular ou independente organizado por

número de factura e Facturas em Aberto por Fornecedor. A aplicação informática

gera, para cada movimento contabilístico, um número de documento interno, com

numeração sequencial de base anual.

o Demonstrações Financeiras Intercalares

O Hospital elabora mensalmente um Relatório Analítico de Desempenho Económico-

Financeiro submetendo-o até ao dia 10 do mês seguinte à ACSS e à ARSLVT. É

enviado, via electrónica na plataforma SIRIEF, um Relatório Trimestral de Execução

Orçamental à Inspecção Geral de Finanças e à Direção Geral do Tesouro e Finanças.

o Descentralização Contabilística

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 92

Não existe descentralização contabilística. As aplicações do sistema de informação

utilizado criam rotinas que são descentralizadas, cuja integração é assegurada

ciclicamente.

o Sistemas Informáticos Utilizados

Solução aplicacional - Objetivo funcional

ALERT EDIS - SI de gestão administrativa e clínica dos Serviços de Urgência

ASIS - SI de gestão da área de Imunohemoterapia

ASTRAIA – SI de gestão da vertente de técnicas da área de Obstetrícia

BABYMATCH - SI de gestão (geolocalizada) de recém-nascidos

CARDIOBASE / CARDIOREPORT – SI de gestão da área de Cardiologia

CENTRICITY30 - Visualizador de Imagens Radiológicas

CIT – SI de gestão de certif icados de incapacidade temporária para o trabalho

DOCBASE - SI de gestão da área de Gastrenterologia

Gestão Documental - SI de gestão documental (Expediente)

GHAF – SI de gestão da área de Alimentação e Dietética

HS-GISS – SI de gestão da área de Apoio Social

HS-SGICM – SI de gestão do circuito do medicamento / gestão logística

INFOREAM - SI de gestão da área de Instalações e Equipamentos

OMEGA / PSM – SI de gestão da área de Patologia Clínica

PACS – Plataforma de arquivo e distribuição de imagens radiológicas

PEM – Prescrição Eletrónica Médica (receituário para exterior)

Portal Intranet / Internet do HGO (Plataformas cooperativas internas e Site Institucional)

RHV - SI de gestão da área de RH e Vencimentos

RIS - SI de gestão da área de Imagiologia

RNU - Plataforma de Registo Nacional de Utentes

SAM – Sistema de Apoio ao Médico

SAM / PCE - Processo Clínico Eletrónico

SAPE – Sistema de Apoio à prática de enfermagem

SGFE – SI de gestão de f ilas de espera e atendimento de utentes

SGTD (ARSLVT) - SI de gestão da área de Transporte de Doentes

SICA (ARSLVT) - SI para a Contratualização e acompanhamento do Contrato-Programa

SICO – SI de gestão de certif icados de óbito

SICTH – SI da Consulta a Tempo e Horas (“Alert P1”)

SIES - SI para a gestão de Equipamentos de Saúde

SIGIC – SI de gestão de Inscritos para Cirurgia

SiiMA HDI - Plataforma de Interoperabilidade (transversal a todos os SI)

SIIMA-ePM  - SI de gestão de pedidos de MCDT

Sinai BI - Plataforma de Business Inteligence

Sinai FT - Plataforma de acompanhamento e monitorização de contratos, de âmbito Interno

Sinai NT - SI de registo de notif icações e eventos (Gestão do risco clínico e não clínico)

SISCONT - SI de gestão f inanceira e contabilística

SISPAT - SI de gestão da área de Anatomia Patológica

SISPATWEB - Visualizador de resultados de Anatomia Patológica

SISQUAL - SI de gestão de assiduidade

SONHO V2 – SI de Gestão Hospitalar (HIS-Healthcare Information System)

TAONET – SI de gestão da area de anti-coagulação

Vortal Health - Plataforma pública de processos de aquisição

WEBGDH – SI para agrupamento de utentes em GDH

WEBLAB – Visualizador de resultados laboratoriais)

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 93

2. Notas ao Balanço e à Demonstração de Resultados

2.1. Notas Gerais

As Demonstrações Financeiras foram preparadas em harmonia com os princípios

contabilísticos previstos no POCMS, com o objectivo de obter uma imagem

verdadeira e apropriada da situação económico – financeira da instituição,

conforme estabelecido no artigo 24º dos Estatutos publicados em anexo ao

Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro. Tendo em conta a especificidade do

Hospital enquanto Entidade Pública Empresarial foram efectuadas as adaptações

decorrentes do Despacho Conjunto do Ministro de Estado e das Finanças e do

Ministro da Saúde n.º 17164/2006.

Os proveitos e os custos são reconhecidos à medida que são gerados,

independentemente do momento em que são recebidos ou pagos, de acordo com o

princípio contabilístico da especialização dos exercícios.

Naturalmente, as notas a seguir indicadas estão de acordo com a numeração

sequencial definida no POCMS. As notas cuja numeração não consta deste anexo,

não são aplicáveis ao Hospital ou a sua apresentação não é relevante para a leitura

das Demonstrações Financeiras em apreciação. Todos os valores estão expressos

em euros (€).

2.2. Comparabilidade dos Exercícios

Os conteúdos das contas do Balanço e da Demonstração de Resultados de 2015 são

comparáveis com os do exercício anterior.

2.3. Bases de Apresentação, políticas contabilísticas e critérios

valorimétricos

As demonstrações financeiras apresentadas têm como suporte os registos

contabilísticos e respetiva documentação, tendo-se seguido na sua preparação os

princípios contabilísticos geralmente aceites.

Os critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

foram os seguintes:

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 94

o Imobilizações

As Imobilizações Corpóreas estão registadas ao custo de aquisição e são

amortizadas de acordo com as taxas previstas no CIBE – Cadastro do Inventário

dos Bens do Estado (Portaria nº 671/2000, de 17 de Abril), tendo sido ajustadas no

caso dos bens móveis, em função da avaliação realizada em observância do

disposto no nº 3 do artigo 7º do Decreto-Lei nº 298/2002, de 11 de Dezembro.

As Imobilizações comparticipadas por subsídios comunitários são amortizadas na

mesma base e às mesmas taxas dos restantes bens, sendo o respectivo custo

compensado em proveitos e ganhos extraordinários, através da amortização das

comparticipações registadas na rubrica de Acréscimos e Diferimentos.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem

como as correspondentes responsabilidades, são contabilizadas pelo método

financeiro estabelecido no POCMS.

De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo

e a correspondente responsabilidade é registada no passivo. Os juros incluídos no

valor das rendas e a amortização do activo são registados como custo na

Demonstração dos Resultados (DR) do exercício a que respeitam.

o Existências

As Existências são valorizadas ao custo de aquisição, acrescidas de todas as

despesas até à entrada em armazém, com IVA incluído. O método de custeio das

saídas e consumos utilizado é o custo médio ponderado.

O saldo que figura no Balanço foi ajustado na sequência das contagens físicas

efetuadas reportadas ao final do exercício.

o Investimentos Financeiros

Os investimentos financeiros registados, referem-se ao Fundo de Compensação de

trabalho e encontram-se valorizados ao valor registado no site da entidade gestora

do fundo, à data de 31 de Dezembro de 2015.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 95

o Dívidas de Terceiros

As dívidas a receber de Clientes e de Outros Devedores estão registadas de acordo

com o definido na Portaria nº132/2009, de 30 de Janeiro e segundo os critérios

definidos no Contrato Programa celebrado com a ARSLVT e ACSS para 2015.

o Especialização dos Exercícios

O Hospital aplica o princípio da especialização dos exercícios de forma a imputar a

cada exercício os custos e os proveitos efetivamente ocorridos, independentemente

do momento em que são pagos ou recebidos.

A rubrica de Acréscimos de Proveitos agrega os seguintes movimentos:

Os Proveitos do exercício ainda não foram faturados são reconhecidos no

período em que ocorrem, nomeadamente os referentes a atos médicos. Os

proveitos relacionados a execução do Contrato-Programa celebrado com a

ARSLVT e a ACSS, são reconhecidos na conta de Clientes -Instituições do

estado, deduzidos dos adiantamentos recebidos da ACSS durante o

exercício. Foram também especializados os proveitos referentes a outras

entidades.

Os Proveitos do exercício referentes aos medicamentos biológicos cedidos e

ainda não faturados, assim como a receita própria de atos prestados no ano

e faturados no ano seguinte por ainda não estarem codificados.

As taxas moderadoras não cobradas aos utentes.

Os proveitos do exercício referentes a Ajudas técnicas que ainda não foram

faturados.

Os Proveitos do exercício referentes ao Programa de Financiamento

Centralizado para a Hepatite C Crónica, que à data ainda não foram

faturados.

Os proveitos do exercício referentes a transplantes e colheitas prestados no

ano que ainda não foram faturados.

Os proveitos do exercício referentes a assistência médica no estrangeiro que

ainda não foram faturados.

As demonstrações financeiras do Hospital reflectem, na conta de acréscimos e

diferimentos – acréscimos de custos, os seguintes movimentos:

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 96

Os custos com o subsídio de férias, a pagar em 2016, conforme Circular

Normativa da ACSS nº 4/2016 de 10 de Fevereiro.

Estão ainda reconhecidos os custos incorridos no exercício e ainda não

registados à data de encerramento das contas, decorrentes de serviços prestados

por terceiros e demais ocorrências.

A rubrica de Proveitos diferidos movimenta o montante de subsídios recebidos, no

âmbito de projetos de investimentos a fundo perdido, para financiamento de

imobilizações, os quais foram reconhecidos na DR na proporção das amortizações

das imobilizações subsidiadas, iniciadas no momento em que as mesmas entraram

em exploração.

o Provisões

As provisões para Cobranças Duvidosas foram constituídas, visando prevenir, com

razoável segurança, os riscos de crédito associados. As dívidas em contencioso

foram provisionadas a 100%, as dívidas de Utentes e Outros Clientes foram

provisionadas em 50% entre 12 e 24 meses e 100% para mais de 24 meses.

As provisões para existências não sofreram ajustamento, baseando esta decisão na

informação prestada pelo armazém, já que o valor das existências é análogo ao

valor de mercado.

Com base em parecer jurídico foi efetuada a provisão para riscos e encargos

referentes a processos judiciais em curso, movidos por terceiros contra o Hospital.

o Responsabilidades com Complementos de Pensões de Reforma e

Sobrevivência

De acordo com o estabelecido no art.º 159 da Lei nº55-A/2010, de 31 de Dezembro

(OE 2011) as responsabilidades de pensões relativas aos aposentados serão

suportadas pelas verbas da alienação dos imóveis afetos ao Ministério da Saúde das

entidades integradas no SNS, pelo que a partir de 1 de Janeiro de 2011 o HGO

deixou de ter responsabilidade pelo pagamento de pensões aos aposentados que

tenham passado a subscritores nos termos do Decreto-Lei nº301/79 de 18 de

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 97

Agosto. A 31 de Dezembro de 2015 não existem provisões constituídas para este

efeito.

o Imposto Sobre o Rendimento (IRC)

O Imposto sobre o Rendimento é calculado com base no resultado tributável de

cada exercício, tendo em conta o método do imposto a pagar. Este método é

aplicado, tendo por base a estimativa do imposto sobre o rendimento a pagar no

exercício de referência. O Hospital está sujeito ao Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Coletivas (IRC) à taxa normal de 17%, para os primeiros 15.000€ de

matéria coletável e 21% para a matéria calcetável acima de 15.000€, acrescido de

Derrama de 1,5%.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão

e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos

(cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenham havido prejuízos

fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções,

reclamações ou impugnações, casos em que, dependendo das circunstâncias, os

prazos são prolongados ou suspensos.

Consequentemente, as Declarações Fiscais do Hospital, dos exercícios de 2012 a

2015, poderão ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende

que, eventuais correções provenientes de revisões/inspeções por parte da

Administração fiscal àquelas Declarações de Impostos, não terão um efeito

significativo nas Demonstrações Financeiras, a 31 de Dezembro.

No exercício de 2015 devido à existência de prejuízos fiscais, o imposto apurado

considera somente as situações sujeitas a tributação autónoma, conforme art.º 88

do Código do Imposto sobre as Pessoas Coletivas. Todavia, embora existam

pagamentos especiais por conta e retenções na fonte efetuadas por terceiros, o

Hospital tem a pagar de IRC ao Estado o montante de 44.122,18 euros.

De acordo com a legislação fiscal em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis

durante um período de seis anos após a sua ocorrência até ao exercício de 2009,

passíveis de dedução a lucros fiscais ocorridos no exercício de 2015. Em 2014, os

prejuízos fiscais dedutíveis ascendem a 74.952.792,47 euros, conforme quadro

seguinte. Por uma questão de prudência a instituição não reconhece

contabilisticamente os impostos diferidos ativos.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 98

2.4. Movimentos do ativo imobilizado

O movimento ocorrido nas rubricas de Imobilizações Corpóreas e Amortizações

apresenta o seguinte registo:

o Imobilizações

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial AquisiçõesRegularizaçõe

s /AumentosAlienações

Transferências

/Regularizações Abates

Saldo Final

(Activo Bruto)

Terrenos e recursos

naturais 700.370,61 - - - - - 700.370,61

Edifícios e outras

construções 36.944.557,01 449.159,30 - - - 15.817,35 37.409.533,66

Equipamento básico 34.599.953,13 1.477.633,00 - - - 118.861,70 36.196.447,83

Equipamento de

transporte 262.494,29 7.208,48 - - - - 269.702,77

Ferramentas e utensílios 177.954,61 - - - - - 177.954,61

Equipamento

administrativo 9.299.429,48 38.894,07 - - - 299.647,85 9.637.971,40

Outras imobilizações

corpóreas 55.297,67 2.851,40 - - - - 58.149,07

Imobilizações em curso

de imobilizações 674.818,83 630.560,87 - - - - 1.305.379,70

TOTAL 82.714.875,63 2.606.307,12 - - - 434.326,90 85.755.509,65

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 99

Amortizações

2.5. Dívidas de Cobrança Duvidosa

O movimento ocorrido ao nível dos saldos considerados de cobrança duvidosa

consta do quadro seguinte:

2.6. Dívidas Ativas e Passivas com o Pessoal

As dívidas ativas e passivas, referentes ao pessoal, eram à data de 31 de

Dezembro as seguintes:

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial Reforço AlienaçõesRegularizações

e AbatesSaldo Final

Terrenos e Recursos Naturais - - - - -

Edifícios e Outras Construções 11.067.993,25 517.356,55 - 1.835,61 11.583.514,19

Equipamento Básico 30.951.873,11 1.621.799,80 - 115.736,61 32.457.936,30

Equipamento de transporte 198.220,30 26.076,82 - - 224.297,12

Ferramentas e Outros Utensilios 105.475,04 21.068,83 - - 126.543,87

Equipamento administrativo e Infor. 8.508.171,91 508.373,47 - 300.305,26 8.716.240,12

Outras Imobilizações Corporeas 39.744,63 5.237,80 - - 44.982,43

TOTAL 50.871.478,24 2.699.913,27 0,00 417.877,48 53.153.514,03

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial Constituição/Reforço Utilização/Redução Saldo Final

Provisões para cobranças duvidosas 9.063.349,61 589.000,31 351.195,14 9.301.154,78

Provisões para riscos e encargos 906.080,47 712.401,23 248.294,00 1.370.187,70

TOTAL 9.969.430,08 1.301.401,54 599.489,14 10.671.342,47

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 100

Estão registados 8.510.473,80€, referentes à estimativa de férias e subsídio de

férias de 2015, que só será pago em 2016, tal como previsto na lei. De referir, que

não existem montantes registados, com atraso de pagamento.

2.7. Movimento Ocorrido com Provisões

No exercício de 2015, efetuaram-se os seguintes movimentos nas contas de

provisões:

(expresso em euros)

Dívidas com o Pessoal 2015 2014 2013

Dívidas Activas 1.100,00 27.140,81 41.056,61

Adiantamentos ao Pessoal 1.100,00 27.140,81 41.056,61

Outras Operações com o Pessoal - - -

Dívidas Passivas 10.028.446,79 9.559.435,44 9.182.617,37

Adiantamentos ao Pessoal 268.943,24 306.539,93 273.614,69

Remunerações 3.880.483,38 3.623.196,57 7.616.911,61

Horas Extraordinárias 318.664,19 357.873,41 1.292.091,07

Noites Suplementos 153.602,03 138.998,73 -

Sub. Férias 3.520.799,57 3.375.718,41 -

Encargos 1.885.954,38 1.757.108,39 -

(expresso em euros)

Rubricas Saldo Inicial Constituição/Reforço Utilização/Redução Saldo Final

Provisões para Aplicações de Tesouraria - - - -

Provisões para Cobrança Duvidosa 9.063.349,61 589.000,31 351.195,14 9.063.349,61

Provisões para Processos Judiciais 906.080,47 712.401,23 248.294,00 1.370.187,70

Provisões para execução de Contrato Programa - - - -

Provisões para Depreciação de Existências - - - -

Provisões para Investimentos Financeiros - - - -

TOTAL 9.969.430,08 1.301.401,54 599.489,14 10.671.342,47

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 101

2.8. Variação das Contas de Fundos Próprios

O quando seguinte, apresenta o movimento ocorrido nas contas de fundos próprios,

durante o exercício de 2015:

O saldo das reservas Iniciais foi apurado com base no património líquido existente a

12 de Dezembro de 2002, proveniente da diferença entre o Ativo e o Passivo das

contas de Gerência apresentadas pelo Hospital Garcia de Orta, com referência

aquela data. O saldo posteriormente objeto de diferentes ajustamentos, face à

necessidade de correção dos saldos iniciais, decorrentes de conjunturas oriundas da

existência do Hospital enquanto entidade integrante do Sector Público

Administrativo. Por uma questão de coerência, sempre que existe necessidade de

efetuar ajustamentos contabilísticos respeitantes a situações reportadas a

momentos anteriores a 12 de Dezembro de 2002, será utilizada a conta de Reserva

Inicial como contrapartida dos movimentos a efetuar, independentemente da sua

natureza ser ganho ou perda. Em 2015 não ocorreu qualquer ajustamento desta

natureza.

O saldo da conta de Reservas – Doações corresponde ao valor dos bens doados ao

Hospital por particulares e outras entidades, tendo sido utilizada a parte

correspondente às amortizações desses mesmos bens.

Os aumentos ocorridos nas doações, referem-se aos bens doados ao HGO no ano

de 2016, sendo as diminuições provenientes da utilização das reservas de doação

em contrapartida de resultados transitados.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 102

O aumento ocorrido na conta de resultados líquidos é relativo ao resultado apurado

no ano de 2015, sendo que a diminuição ocorrida na mesma rubrica se refere à

transferência do resultado de 2014 para resultados transitados.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 103

2.9. Demonstração do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias

Consumidas

O custo das matérias consumidas durante o exercício foi o seguinte:

O impacto da Hepatite nos consumos, está refletido nas compras líquidas, através

do registo das notas de crédito. No entanto, é feita a correção em consumos das

notas de crédito referentes aos medicamentos da HEPC ainda não consumidos, uma

vez que todas as notas de crédito da HEPC são levadas a consumos.

2.10. Vendas e Prestações de Serviços por Atividade e por Mercados

Geográficos

As atividades do Hospital desenvolveram-se exclusivamente em Portugal,

apresentando os seguintes valores:

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 104

(expresso em euros)

Rubricas 2015 2014 2013

Vendas e Prestações de Serviços 135.519.117,21 129.372.348,25 130.552.015,87

Vendas

Prestações de Serviços 135.519.117,21 129.372.348,25 130.552.015,87

Internamento 52.058.609,23 59.405.161,20 58.632.092,26

Consultas 19.255.143,20 19.118.918,95 19.865.096,66

Urgência/SAP 14.514.495,39 14.105.027,30 14.431.151,28

Hospital Dia 835.399,89 937.443,61 925.556,14

Meios Complem.de Diagnóstico e Terapêutica 5.191.118,04 5.280.344,89 5.229.440,33

Taxas Moderadoras 2.686.324,45 2.615.168,93 2.405.455,14

Outras Prestações de Serviços de Saúde: 36.819.456,60 27.215.281,99 28.508.497,06

Serviço Domiciliário 102.931,07 120.053,70 121.128,24

GDH Ambulatório Cirúrgico 9.471.774,92 6.199.943,21 6.440.976,04

GDH Ambulatório Médico 4.938.550,99 3.712.063,87 3.061.899,36

Programas Verticais 16.594.171,32 9.691.907,64 4.762.482,48

Incentivos Institucionais 5.712.028,30 7.491.313,57 14.122.010,94

Outras Prest. Serv. de Saúde - SIGIC - - -

Outras Prestações de Serviços 4.158.570,41 695.001,38 554.727,00

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 105

2.11. Demonstração dos Resultados Financeiros

2.12. Demonstração dos Resultados Extraordinários

2015 2014 2015 2014

681-Juros suportados 8.410,89 15.404,10 781-Juros obtidos - -

683-Amortizações de investimentos em

imóveis - - 783-Rendimentos de imóveis - -

684-Provisões para aplicações financeiras - - 784-Rendimentos de participações de

capital - -

685-Diferenças de câmbio desfavoráveis 4.338,83 7.745,83 785-Diferenças de câmbio favoráveis 4.243,03 -

686-Descontos de pronto pagamento

concedidos - -

786-Descontos de pronto pagamento

obtidos 266.794,19 140.482,07

687-Perdas na alienação de aplicações de

tesouraria - -

787-Ganhos na alienação de

aplicações de tesouraria - -

688-Outros custos e perdas f inanceiros 22.468,95 10.068,88 788-Outros proveitos e ganhos

financeiros 7,35 3.065,04

SubTotal 35.218,67 33.218,81 SubTotal 271.044,57 143.547,11

Resultados Financeiros 235.825,90 110.328,30 Resultados Financeiros

Total 271.044,57 143.547,11 Total 271.044,57 143.547,11

Custos e Perdas Exercícios

Proveitos e GanhosExercícios

(expresso em euros)

2015 2014 2015 2014

691 - Donativos 791 - Restituição de Impostos

692 - Dívidas Incobráveis 410.655,31 300.645,18 792 - Recuperação de Dívidas

693 - Perdas em Existências 793 - Ganhos em Existências

694 - Perdas em imobilizações 18.811,77 6.637,44 794 - Ganhos em Imobilizações

695 - Multas e penalidades 228,50 651,25 795 - Benefícios de Penalidades 3.184,28 2.374,74

696 - Aumentos de Amortizações e Provisões 796 - Reduções de amortizações e provisões 624.290,80 846.671,08

697 - Correcções relativas a exerc. anteriores 1.864.429,41 3.021.808,15 797 - Correcções relativas a exerc. anteriores 1.914.936,14 2.564.435,06

698 - Outros custos extraordinários 54.970,18 44.499,26 798 - Out.s proveitos e ganhos extraordinários 142.228,12 114.358,33

Subtotal 2.349.095,17 3.374.241,28 Subtotal 2.684.639,34 3.527.839,21

Resultados Extraordinários 335.544,17 153.597,93 Resultados Extraordinários

Total 2.684.639,34 3.527.839,21 Total 2.684.639,34 3.527.839,21

Custos e PerdasExercícios

Proveitos e GanhosExercícios

(expresso em euros)

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 106

2.13. Outras Informações Relevantes

o Dívidas de Terceiros

A rubrica 215 – Instituições do Estado inclui a posição financeira com a ACSS,

relativa ao Contrato Programa no âmbito do SNS, que em 31 de Dezembro de 2015

se apresenta da seguinte forma:

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 107

o Dívidas a Terceiros

Em 31 de Dezembro, esta rubrica tinha a seguinte desagregação:

o Dividas a terceiros com mais de 5 anos

Em 31 de Dezembro, as dividas a terceiros com mais de 5 anos, apresentam a

seguinte desagregação:

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 108

o Dividas a terceiros Cobertas por Garantia real

A garantia real para cobertura de dividas existentes são os leasings referidos no

ponto “Locação financeira”, em que as próprias viaturas, servem de garantia real ao

cumprimentos dos contratos de locação financeira.

o Estado e Outros Entes Públicos

Em 31 de Dezembro a conta do EOEP, apresentava a seguinte composição:

o Outras aplicações financeiras

Os investimentos financeiros registados, referem-se ao pagamento do fundo de

compensação de trabalho.

o Acréscimos e Diferimentos

Esta rubrica representa a evolução que se apresenta no quadro seguinte:

(expresso em euros)

Rubricas 2015 2014

Activo 285.449,40 420.000,00

IRC - Pagamento Especial Por Conta 280.000,00 420.000,00

IRC - Retenção na Fonte 0,00 0,00

ADSE - Entidade Patronal 0,00 0,00

Caixa Geral de Aposentações 0,00 0,00

Outras Contribuições 0,00 0,00

IVA - A recuperar 5.449,40 0,00

Passivo 1.955.560,80 2.432.979,38

IRC - Imposto a Pagar 31.122,18 45.035,12

IRS - Trabalho Dependente 1.008.019,00 913.154,00

IRS - Trabalho Independente 16.550,44 19.784,09

IVA - A pagar 20.803,30 38.971,93

Restantes Impostos 0,00 0,00

ADSE 0,00 0,00

Caixa Geral de Aposentações 879.065,88 691.901,03

Contribuições para a Segurança Social 0,00 722.808,97

Outras Contribuições 0,00 1.324,24

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Relatório e Contas de 2015 Página 109

A rubrica de Subsídios ao Investimento é composta pelos seguintes projetos:

o Locação Financeira

(expresso em euros)

Rubricas 2015 2014

Activo 20.650.437,40 14.744.282,82

Acréscimos de Proveitos 20.617.291,20 14.738.741,95

Juros a Receber 0,00 0,00

Outros Acréscimos de Proveitos 20.617.291,20 14.738.741,95

Custos Diferidos 33.146,20 5.540,87

Outros Custos Diferidos 33.146,20 5.540,87

Passivo 17.577.495,40 15.503.138,27

Acréscimos de Custos 15.078.880,80 12.863.004,50

Encargos c/ Férias e Subsídios de Férias 9.022.096,01

Outras Remunerações 9.759.503,60 230.799,50

Outros Acréscimos de Custos 5.319.377,20 3.610.108,99

Proveitos Diferidos 2.498.614,60 2.640.133,77

Subsídios Investimento 2.498.614,60 2.640.133,77

Outros 0,00 0,00

Tipo Locação Descrição do Bem Locadora ContratoInício do

ContratoDuração PVP

Rendas

Pagas no

Ano

Rendas

Vincendas

Rendas anos

anteriores

LeasingLigeiro de

Passageiros 24-HS-66Millenium BCP 400105782 jun/14 36 9.517,00 3.111,79 4.697,22 1.707,99

LeasingLigeiro de

Passageiros 24-HS-67Millenium BCP 400105781 jun/14 36 11.597,01 3.546,56 5.969,75 2.080,70

Total 21.114,01 6.658,35 10.666,97 3.788,68

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 110

Fornecimentos e Serviços Externos

No quadro abaixo é apresentada a composição das contas agregadoras,

apresentando também as principais subcontas, nas rubricas de Fornecimentos e

Serviços:

o Custos com Pessoal

O saldo desta conta é composto por:

(expresso em euros)

Rubricas 2015 2014

Subcontratos 4.769.974,86 5.317.652,76

Fornec. e Serviços Externos 16.036.933,82 15.256.172,27

FSE - I 2.945.422,91 2.809.592,84

Electricidade 1.245.703,22 1.253.916,32

Combustíveis 44.110,76 482.846,84

Água 425.111,16 491.080,52

FSE - II 880.615,54 901.421,10

Comunicação 222.537,79 201.607,76

Honorários 638.098,36 675.087,31

FSE - III 12.200.756,45 11.529.903,68

Conservação e Reparação 3.231.712,26 3.089.030,33

Limpeza, Higiene e Conforto 2.114.608,20 2.174.619,38

Vigilância e Segurança 669.438,29 656.569,99

Trabalhos Especializados 6.174.127,34 5.598.084,83

Outros FSE 10.138,92 15.254,65

(expresso em euros)

Rubricas 2015 2014

Custos com o Pessoal 70.199.047,37 66.710.296,31

Conselho de Administração 342.248,05 334.876,85

Remunerações 342.248,05 334.876,85

Outro Pessoal 69.856.799,32 66.375.419,46

Remunerações 56.131.825,89 52.907.535,00

Pensões 39.830,16 312.167,11

Encargos sobre Remunerações 12.776.750,71 12.364.623,56

Outros custos com o Pessoal 908.392,56 791.093,79

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 111

o Acontecimentos Subsequentes à Data de Balanço

Foi recebido o ofício nº 49/2016, referente ao acerto de contas do contrato

programa de 2011. Não tendo sido possível apurar as diferenças entre o HGO e a

ACSS, à data de fecho de contas, HGO irá proceder à reconciliação durante o ano

de 2016, registando nas contas de 2016, o impacto decorrente do acerto ao

Contrato Programa de 2011.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 112

A Diretora Financeira, O Conselho de Administração,

__________________________

Mónica Cristina

O Contabilista Certificado,

________________________________

Gonçalo Raimundo

____________________________

Presidente, Daniel Ferro

____________________________

Vogal, Lourdes Bastos

____________________________

Vogal, Pedro Reis

____________________________

Enfermeira Diretora, Odília Neves

____________________________

Diretora Clínica, Paula Breia

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 113

Anexo I – Cumprimento das Orientações Legais

1. Objetivos de gestão, previstos no artigo 38º do DL n.º 133/2013, de 3 de

outubro, de forma quantificada, e metas a atingir em conformidade com o

plano de atividades e orçamento aprovado;

OBJETIVOS DE GESTÃO QUANTIFICAÇÃO (%)

S N

OBJETIVOS DE PRODUÇÃO

Nº Total Consultas Médicas X 100,07%

Primeiras Consultas total X 100,21%

Primeiras Consultas CTH X 100,00%

Primeiras Consultas comunidade saude mental X 101,60%

Primeiras Consultas sem majoração X 100,33%

Consultas Subsequentes total X 100,02%

Consultas Subsequentes comunidade saude mental X 100,24%

Consultas Subsequentes sem majoração X 100,01%

Internamento X 100,00%

GDH Médicos X 99,78%

GDH Cirúrgicos X 100,65%

GDH Cirúrgicos Programados X 101,53%

GDH Cirúrgicos - Urgentes X 99,61%

Urgência - Total de Atendimentos X 100,00%

Urgência - Atend. SU Polivalente sem internamento X 100,00%

Hospital de Dia

Hematologia X 97,92%

Imuno-hemoterapia X 100,00%

Psiquiatria (Adultos e Infância e Adolescência) X 100,11%

Base total X 81,72%

Serviços domiciliarios - Total de Visitas X 102,52%

GDH Ambulatório Médico X 115,23%

GDH Ambulatório Cirurgico X 79,14%

Doentes em Tratamento de Diálise Peritoneal X 85,00%

IVG medicamentosa X 108,79%

IVG cirurgica X 105,26%

VIH/Sida - Total de Doentes X 106,54%

Esclerose Múltipla - Total de Doentes X 100,00%

Hipertensão Pulmonar - Total de Doentes/ano X 100,00%

Doença de Gaucher - N.º Doentes em Tratamento X 100,00%

Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade

Estudo inicial - consultas apoio fertilidade X 100,00%

Total ciclos FIV X 100,00%

Total ciclos ICSI X 102,17%

Total ciclos IO X 100,00%

Total ciclos IIU X 100,00%

Total ciclos ICSI cirurgicosX

100,00%

CUMPRIMENTO

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 114

2. Da gestão do risco financeiro, e do cumprimento dos limites máximos de

endividamento.

A atividade desenvolvida pelo HGO, à semelhança do que sucede com as restantes

entidades hospitalares públicas inseridas no âmbito dos designados Hospitais

E.P.E., encontra-se bastante condicionada, em termos das fontes de financiamento

a que pode recorrer para o financiamento da sua atividade e, consequentemente,

na própria capacidade de gestão dos riscos financeiros.

A atividade do HGO tem sido financiada através dos proveitos provenientes da sua

atividade, essencialmente sustentada com os Contratos-programa celebrados com

a ACSS e a ARSLVT, tendo os défices gerados sido financiados através das dotações

de capital estatutário e do crédito de fornecedores. Em 2014, foi efetuada uma

OBJETIVOS DE GESTÃO QUANTIFICAÇÃO (%)

S N

INCENTIVOS INSTITUCIONAIS

OBJECTIVOS NACIONAIS

Acesso

A1 -% de primeiras consultas no total de consultas médicas X 28,40%

A2 -% de utentes referenciados para consulta externa

atendidos em tempo adequadoX

85,90%

A3 -Peso das consultas externas com registo de alta no total

de consultas externasX

11,20%

A4 -% de utentes inscritos em LIC (neoplasias malignas)com

tempo de espera <=TMRGX

80,30%

A5 -‰ de doentes sinalizados para a RNCCI, em tempo

adequado, no total de doentes saídos (esp. Seleccionadas)X

318,57%

Desempenho assitencial

B1 -Demora média X 8,03

B2 -% de reinternamentos em 30 dias X 4,10%

B3 -% doentes saidos com duração de internamento acima

do limiar maximoX

1,72%

B4 -% de cirurgia da anca efetuada nas 1ºs 48 horas X 12,97%

B5 -% de cirurgias realizadas em ambulatório no total de

cirurgias programadas (GDH) - para procedimentos

ambulatorizaveis

X

85,22%

B6 -% de consumo de embalagens medicamentos genéricos,

no total de embalagens de medicamentosX

40,09%

B7 -taxa de registo de utilização da "lista de verificação de

actividade cirurgica" - indicador referente à cirurgia seguraX

82,68%

Desempenho economico-financeiro

C1 -% dos gastos com horas extraordinarias, suplementos e

fornecimentos e serviços externos III(seleccionados) no total

de custos com pessoal

X

15,60%

C2 -EBITDA X 837.100,47

C3 -Acréscimo de divida vencida X 0

C4 -% de proveitos operacionais extra contrato programa no

total de proveitos operacionaisX

10,70%

OBJECTIVOS REGIONAIS

D1 -Tempo Médio de espera em LIC X 185,9

D2 -% utentes em espera para cirurgia com tempo superior a

12 mesesX

11,68%

D3 -Nº de consultas externas por médico ETC/ano.

Neurocirurgia X

1138

D3 -Nº de consultas externas por médico ETC/ano

oftalmologiaX

2011

CUMPRIMENTO

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 115

injeção de capital efetuada ao abrigo do Despacho n.º 15476-B/2014, que visou a

regularização de dívidas em atraso, corrigindo deste modo a situação de

desequilíbrio que conduziu à acumulação de fundos próprios negativos, voltando

em 2015 à falência técnica em que se encontrava desde há largos anos, até 2013.

Dado que estas fontes de financiamento, revelando-se as possíveis no contexto do

desenvolvimento da atividade do HGO, se revelam igualmente como as menos

penalizadoras, em termos do respetivo impacte sobre os resultados financeiros do

HGO, não tem sido entendido como necessário, ou sequer possível, por parte do

Conselho de Administração, desenvolver quaisquer outros procedimentos adicionais

de avaliação de risco financeiro e, consequentemente, de identificação de medidas

visando a respetiva cobertura.

No que se refere às políticas de reforço dos capitais permanentes do HGO, as

condições atuais de exploração, condicionadas pela natureza dos Contratos-

Programa que sustentam a atividade desenvolvida, não permitem assegurar o

respetivo reforço sustentado, revelando-se necessário um esforço adicional por

parte do Estado, ao nível do reforço dos seus capitais estatutários.

Com efeito, qualquer outra medida de reforço dos capitais permanentes que vise o

recurso aos mercados financeiros e a obtenção de dívida onerosa iria

necessariamente implicar o agravamento da estrutura de custos do HGO, com o

consequente impacte negativo sobre o resultado líquido.

Assim sendo, e apesar das condicionantes existentes, entende-se que a otimização

da estrutura financeira, pelo menos a curto prazo, terá de continuar a passar por

um esforço de manutenção da atividade sem recurso a fontes onerosas de capitais,

dada a incapacidade da atividade gerar recursos para fazer face ao agravamento de

custos que daí resultaria.

Em sintonia com esta atuação, o HGO não possui contratos de swap em carteira e

não contratou, nem contrata, qualquer tipo de instrumento de gestão de risco

financeiro.

No que se refere à evolução da taxa média anual de financiamento, incluindo juros

efetivamente suportados anualmente com o passivo remunerado e outros encargos

associados. Não se aplica.

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 116

Conforme se pode verificar, em matéria de risco financeiro, nas atuais condições, o

peso do custo dos capitais alheios não é particularmente penalizador ao nível do

resultado financeiro.

3. Da evolução do Prazo Médio de Pagamento a fornecedores, em

conformidade com a RCM n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, com a alteração

introduzida pelo Despacho n.º 9870/2009, de 13 de abril, e divulgação dos

atrasos nos pagamentos (“arrears”), conforme definidos no Decreto-Lei n.º

65-A/2011, de 17 de maio, bem como a estratégia adotada para a sua

diminuição;

Os prazos médios de pagamento (PMP) do hospital espelham a dificuldade para

pagamento de dívidas em prazos aceitáveis, agravado com sucessivos orçamentos

deficitários e ainda com a perda de receita que resultou da integração da ADSE e

outros Subsistemas no SNS, acrescida a contínua redução de financiamento. Esta

redução obtida justifica-se pela aplicação em dívidas vencidas do aumento de

capital obtido em 2014.

O Hospital está dependente de verbas que se encontram por receber de terceiros,

nomeadamente de Instituições do SNS no montante de 4 milhões de euros.

Com o objetivo de reduzir significativamente os PMP a Fornecedores de bens e

serviços praticados pelas entidades públicas foi criado o Programa “Pagar a tempo e

horas”, nos termos da RCM nº34/2008, de 22 de Fevereiro, com a alteração

produzida pelo Despacho nº9870/2009, de 13 de Abril, ao nível do indicador do

PMP a fornecedores).

Nos termos do Decreto-lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, considera-se atraso

no pagamento (arrears) ao não pagamento de fatura correspondente ao

fornecimento de bens e serviços, após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data

Δ Dias Δ %

179 246 -67 -27%

PMP Ponderado em Dias

4T2015 4T2014Homólogo

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 117

convencionada para o pagamento da fatura ou na sua ausência, sobre a data

constante da mesma.

A 31/12/2015 o total da dívida, desagregada por períodos temporais é a seguinte:

4. As diligências tomadas e os resultados obtidos no âmbito do cumprimento

das recomendações do acionista, emitidas aquando da aprovação das

contas de 2014;

As contas ainda não foram aprovadas pela tutela.

5. Das remunerações, designadamente (Apêndice 1):

Conselho de Administração

Mandato

Cargo Nome

Designação Remuneração

(Início-

Fim) Forma

(1) Data Entidade Pagadora

(O/D)(2)

2013-

2015 Presidente

Joaquim Daniel

Lopes Ferro R 3/2013 3

2013-

2015

Vogal

Executivo

José António

Completo Ferrão R 3/2013 3

2013-

2015

Vogal

Executivo

Maria de Lourdes

Caixaria Bastos R 3/2013 3

2013-

2015

Diretor

Clinico

Ana Paula Breia

dos Santos

Neves R 3/2013 2

2013-

2015

Enfermeiro

Diretor

Odilia Maria

Talego Neves R 3/2013 3

90-120 Dias 120-240 Dias 240-360 Dias >360 Dias

14.878.071,00 5.648.544,92 476.967,43 1.180.044,67 789.226,01 21.955.542,13

1.395.629,20 28.219,50 8.140,81 3.642,96 - 48.546,56

16.273.700,20 5.676.764,42 485.108,24 1.183.687,63 789.226,01 22.004.088,69

Dividas Vnecidas de acordo com o Artº 1º DL-65-A/2011Dividas Vencidas

Aquisições de bens de capital

Total

Aquisição de Bens e serviços

DIV_VINC 0-90-Dias

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 118

Membro do Órgão de Administração

Estatuto do Gestor Público

Fixado Classificação

Remuneração mensal bruta (€)

Vencimento Despesas de

representação

Joaquim Daniel Lopes Ferro [S] [B] 4.752,55 € 1.663,39 €

José António Completo Ferrão [S] [B] 3.891,47 € 1.556,59 €

Maria de Lourdes Caixaria Bastos

[S] [B] 3.891,47 € 1.556,59 €

Ana Paula Breia dos Santos Neves

[S] [B] 4.856,76 € 1.556,59 €

Odília Maria Taleigo Neves [S] [B] 3.891,47 € 1.556,59 €

Membro do Órgão de Administração

Remuneração Anual 2015 (€)

Fixa (*) Variável

Bruta (1)

Redução Remuneratória

(2)

Reversão Remuneratória

(3)

Valor Final (4) = (1)-(2)+(3)

Joaquim Daniel Lopes Ferro 6.415,94 €

86.496,38 € 12.542,05 € 1.643,44 € 75.597,77 €

José António Completo Ferrão 5.448,06 €

73.159,66 € 10.552,07 € 1.378,83 € 63.986,42 €

Maria de Lourdes Caixaria Bastos 5.448,06 €

73.159,66 € 10.551,37 € 1.378,69 € 63.986,98 €

Ana Paula Breia dos Santos Neves 6.413,35 €

86.590,46 € 12.559,57 € 1.645,18 € 75.676,07 €

Odília Maria Taleigo Neves 5.448,06 €

73.159,66 € 10.551,91 € 1.378,79 € 63.986,54 € 392.565,82 € 56.756,95 € 7.424,91 € 343.233,78 €

Membro do Órgão de Administração

Benefícios Sociais (€)

Valor do Subsídio de Refeição

Regime de Proteção Social

Seguro de Vida

Seguro de Saúde

Outros

(Nome)

Diário

Encargo anual da entidade

[identificar]

Encargo anual da entidade

Encargo anual da entidade

Encargo anual da entidade

[identificar]

Encargo anual da entidade

Joaquim Daniel Lopes Ferro

4,27€ 1.071,77 € CGA 8.315,83 €

n.a. n.a. ADSE 2.035,26 €

José António Completo Ferrão

4,27€ 986,37 € CGA 7.038,52 €

n.a. n.a. ADSE 1.677,67 €

Maria de Lourdes Caixaria Bastos

4,27€ 909,51 € CGA 6.973,44 €

n.a. n.a. ADSE 1.677,67 €

Ana Paula Breia dos Santos Neves

4,27€ 935,13 € CGA 8.316,65 €

n.a. n.a. ADSE 2.062,13 €

Odília Maria Taleigo Neves

4,27€ 811,30 € CGA 7.038,52 €

n.a. n.a. ADSE 1.677,67 €

4.714,08 € 37.682,96 €

9.130,40 €

Plafond

Mensal

Definido

Valor Anual Observações

Dr. Daniel Ferro N/D 591,73 0

Dra. Lourdes Bastos N/D 987,60 0

Dr. José Ferrão N/D 400,63 0

Dra. Paula Breia N/D - 0

Enf. Odilia Neves N/D 265,84 0

Nome

Gastos com Comunicações Móveis (€)

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 119

Não foram realizados gastos com deslocações em serviço.

Foram aplicadas as orientações relativas às remunerações vigentes

em 2015

Não foram atribuídos prémios de gestão, nos termos do art.º 41 da Lei

82-B/2014 de 31 de Dezembro;

Não existe componente variável da renumeração.

Não existem diferimentos de pagamentos da componente variável

Não existem regimes complementares de pensões ou de reforma

antecipada para os administradores.

Não existem montantes pagos por outras sociedades em relação de

domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeita a um domínio

comum

Não existe Remuneração paga sob a forma de participação nos

lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais

prémios e/ou participação nos lucros foram concedidos.

Não existem Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores

executivos relativamente à cessação das suas funções durante o

exercício.

Fiscalização

Não aplicável

Conselho Fiscal

Não aplicável

Combustível Portagens Outras

Reparações Seguro

Dr. Daniel Ferro N/D 1.163,24 448,75 461,42 555,36

Dra. Lourdes Bastos N/D 2.633,16 792,50 738,18 523,16

Dr. José Ferrão N/D 1.214,25 324,80 442,77 234,60

Dra. Paula Breia N/D 802,03 168,50 - -

Enf. Odilia Neves N/D 1.112,61 105,35 774,30 234,60

ObservaçõesNome

Plafond

Mensal

definido para

Gastos anuais associados a Viaturas (€)

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 120

ROC/FU

Auditor externo

Não aplicável

8. Medidas tomadas no âmbito da frota automóvel

O hospital em 2015 tinha uma frota automóvel de 8 viaturas (inclui uma

ambulância). Os custos de viaturas afetas ao conselho de administração

encontram-se no ponto anterior deste relatório.

9. Do cumprimento das medidas de redução de gastos operacionais

conforme ofício-circular, relativo às instruções sobre a elaboração dos

Instrumentos Previsionais de Gestão (IPG) para 2015 (justificar o

eventual não cumprimento):

O Plano de Redução de Custos:

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 121

Justificações pelo não cumprimento:

No CMVMC um aumento de 10%, devido ao aumento do consumo de

medicamentos de hepatite C, com financiamento centralizado pela ACSS.

Nos FSE – Fornecimentos e Serviços observa-se um aumento nos de 1.1% (+

233m€) no período 2015-2014, devido essencialmente ao incremento dos Serviços

I, rendas e alugueres e outros fluídos, nos serviços II o aumento das comunicações

e nos serviços III o aumento do recurso a serviços técnicos de Recursos Humanos

(+16.6%), face às dificuldades de contratação amplamente conhecidas, aumento

da conservação e reparação (+4.62%), da vigilância e segurança (+1.96%) e da

alimentação (4.72%).

Nos gastos com pessoal foi dado cumprimento ao disposto na LOE de 2015,

relativamente à reposição parcial do corte de vencimentos na AP.

10. Do Princípio da Unidade de Tesouraria do Estado, conforme previsto

no artigo 28º do Decreto-Lei nº133/2013, de 3 de Outubro, e no artigo

125º da Lei nº 82-B/2014, de 31 de Dezembro em caso de ter sido

autorizada a exceção, deverá indicar o Despacho autorizador, assim

como data da entrega em receita do Estado do montante de juros

auferidos em incumprimento da UTE.

O hospital está excecionado do cumprimento do Principio da Unidade de

Tesouraria do Estado pelo Despacho autorizador nº1728/15-SET de 02 de

outubro de 2015.

É de referir que o HGO efetua os pagamentos e recebimentos através do

IGCP, utilizando residualmente os serviços bancários de duas instituições

bancárias, designadamente o Millennium BCP e o Santander Totta, para

efetuar pagamentos sobre o estrangeiro e os depósitos de dinheiro e

Absoluta % Absoluta %

(1) CMVMC (m€) 47.134 48.235 44.039 45.901 46.377 53.946 55.682 4.196 9,5% - 7.447 -13,4%

(2) FSE (m€) 18.182 20.807 20.574 19.225 18.522 18.885 19.426 233 1% 1.381 7%

(3)Gastos com o pessoal (m€) 64.410 70.199 66.710 67.377 67.455 69.241 77.174 3.489 5% - 6.975 -9%

(4) Total dos Gastos = (1)+(2)+(3)-(3.1.) 129.726 139.241 131.323 132.503 132.354 142.072 152.282 7.918 -1% - 13.041 -9%

(5) Volume de Negócios (m€) 123.223 135.519 129.372 130.552 126.477 130.541 133.155 6.147 5% 2.364 2%

(6) Peso dos Gastos/VN (%) 105% 103% 102% 101% 105% 109% 114% 1,2% -11,6% -10,2%

Lei OE 2015 - Artº 61 nº3 0,0%

Deslocações/Estadas - 14 22 21 7 9 1 - 8 -36% 13 1300%

Ajudas de custo - - 6 - 6 -100% -

Comunicações - 223 202 253 207 308 223 21 10% - 0%

Número de trabalhadores - 2499 2366 2423 2501 2560 2641 133 6% n.a. n.a.

Nº Efetivos - 2.049 2366 2423 2501 2560 2641 - 317 -13% n.a. n.a.

Nº Cargos de Direção - 20 17 18 17 15 17 3 18% n.a. n.a.

Nº de Efetivos / Cargos Direção - 1,0% 0,7% 0,7% 0,7% 0,6% 0,6% 0 0 0 1

Viaturas -

Nº de Viaturas - 8 11 8 n.a. n.a. n.a. - 3 -27% n.a. n.a.

Gastos com Viaturas - 7 41 34 n.a. n.a. n.a. - 34 -83% n.a. n.a.

2011 2010Variação 2015/2014 Variação 2015/2010

2012PRC Meta 2015 2014 2013

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 122

cheques na tesouraria do HGO através de uma solução de Home Deposit do

Santander Totta.

11. Adicionalmente, deverão ser divulgadas as recomendações dirigidas à

empresa resultantes de auditorias conduzidas pelo tribunal de contas,

bem como as medidas tomadas para a sua adoção e o respetivo

Não aplicável

12. Quadro de cumprimento das orientações legais

Informação a constar no site do SEE Divulgação Comentários

S N NA Data Atualização

Estatutos X 2015

Caracterização da empresa X 2015

Função de tutela e acionista X 2015

Modelo de governo/ Membros dos Órgãos Sociais X 2015

Identificação dos Órgãos Sociais X 2015

Estatuto Remuneratório Fixado X 2015

Divulgação das remunerações auferidas pelos Órgãos Sociais

X 2015

Identificação das funções e responsabilidades dos membros do Conselho de Administração

X 2015

Apresentação das sínteses curriculares dos membros dos Órgãos Sociais

X 2015

Esforço financeiro público X 2015

Ficha síntese X 2015

Informação financeira histórica e atual X 2015

Princípios de bom governo X 2015

Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita

X 2015

Transações relevantes com entidades relacionadas

X 2015

Outras transações X 2015

Análise da sustentabilidade da empresa nos domínios:

X 2015

o Economico X 2015

o Social X 2015

Descritivo 31-12-2015 % Disponibilidades

Disponibilidades 32,30

Millenium BCP 31,20 96,59%

Santander Totta 0,48 1,49%

IGCP - Instituto de Gestão e do Crédito Público 0,62 1,92%

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 123

o Ambiental X 2015

Avaliação do cumprimento dos princípios de bom governo

X 2015

Código de ética X 2015

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 124

S N N.A.

Objectivos de Gestão:

Aumentar a acessibilidade x

Melhorar o desempenho assistencial x

Melhorar o desempenho economico-financeiro x

Cumprimento dos objectivos regionais definidos pela ARS x

Gestão do Risco Financeiro x

Limites de Crescimento do Endividamento x

Evolução do PMP a fornecedores x -27%

Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") x 10.605.108,00

Recomendações do Acionista no Despacho de

Aprovação de contas de 2014x

Contas de 2014 ainda não estão

aprovadas

Recomendações do Acionista no Despacho de

Aprovação de contas de 2013 - última aprovação de

contas

x parcialmente

(i) Proceder à regularização do registo dos imóveis em

que o HGO desenvolver as suas atividadesx

(ii) Proceder a divulgação da informação relativa á

politica de aprovisionamento de bens e serviços e ao

parque automóvel do Estado

x

(iii) Dar cumprimento ao disposto no nº3 do artigo 61º da

Lei nº83-C/2013, de 31 Dezembro, relativo aos gastos

com comunicações, despesas com deslocações ajudas de

custos e alojamento

x

Remunerações:

Não atribuição de prémios de gestão, nos termos art.º

41.º da Lei 82-B/2014x

Órgãos sociais - reduções e reversões remuneratórias

vigentes em 2015x

Auditor Externo - redução e reversões remuneratórias nos

termos do artº 75º da Lei 82-B/2014x

Restantes trabalhadores - reduções e reversões

remuneratórias vigentes em 2015x

Restantes trabalhadores - proibição de valorizações

remuneratórias, nos termos do art.º 38º da Lei 82-B/2014x

Complementos de reforma

Suspensão do pagamento de complemento de reforma,

nos casos em que as empresas apresentem resultados

líquidos negativos nos últimos três exercícios (2014, 2013

e 2012).

x

EGP - artigo 32º

Não utilização de cartões de crédito x

Reembolso de despesas de representação pessoal x

Despesas Não documentadas - nº2 do artigo 16º do

DL nº133/2013

Proibição de realização de despesas não documentadas x

Promoção e igualdade salarial entre mulheres e

homens - nº2 da RCM nº18/2014

Elaboração e divulgação do relatório sobre as

remunerações pagas a mulheres e homensx

Contratação Pública

Aplicação das normas de contratação pública pela

empresax

Aplicação das normas de contratação pública pelas

participadasx

Contratos submetidos a visto prévio do TC x

Prevenção da Corrupção - nº1 do artigo 46º do DL

nº133/2013

Elaboração e divulgação do relatório anual x

Auditorias do Tribunal de Contas x não existiram auditorias em 2015

Parque Automóvel 0

Nº de viaturas x 8

Gastos com viaturas x 16.965,96

Gastos Operacionais das Empresas Públicas (artigo

61º da Lei nº82B/2014)x

Redução de trabalhadores (artigo 60º da lei nº82-

B/2014)

Nº de trabalhadores x criação de novos serviços 133 2499

Volume de negócios/Nº trabalhadores 5422934% 135.519.117,00

Nº de cargos dirigentes criação de novos serviços 3 20

Princípio da Unidade de Tesouraria (artº 125º da Lei

nº 82-B/2014/Artº28º do DL 133/2013

Disponibilidades centralizadas no IGCP x excecionado

Despacho

autorizador

nº1728/15-SET

Juros auferidos em incumprimento da UTE e

entregues em Receita do Estadox

Cumprimento das Orientações legaisCUMPRIDO

Comentários Quantificação Justificação

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 125

ANEXOS

Anexo a) - Serviços e unidades funcionais disponíveis

Especialidade / Serviço Especialidade / Serviço

Internamento: Ambulatório

Angiologia e Cirurgia Vascular Consulta Externa

Cardiologia Cirurgia de Ambulatório

Cirurgia Geral Hospital de Dia

Cirurgia Pediátrica Hematologia

Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e

Estética Neurologia

Dermato-Venereologia Oncologia

Doenças Infecciosas (Infecciologia) Pediatria

Endocrinologia e Nutrição Pneumologia

Gastroenterologia Psiquiatria

Ginecologia Reumatologia

Hematologia Clínica Imunohemoterapia

Medicina Interna Medicina Física e Reabilitação

Nefrologia Centro de Infertilidade (CIRMA)

Neonatologia Meios Complementares Diagnóstico

Neurocirurgia Imagiologia

Neurologia Neurorradiologia

Obstetrícia Medicina Nuclear

Oftalmologia Técnicas Especiais

Oncologia Médica Cardiologia

Ortopedia Cirurgia Vascular

Otorrinolaringologia Gastrenterologia

Pediatria Neurologia

Pneumologia Oftalmologia

Psiquiatria (Agudos) Otorrino

Reumatologia Pneumologia

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 126

Urologia Urologia

Ginecologia

U. Cuidados Intermédios Cardiologia Intervenção

U.C.I. Cirurgia Laboratórios

U.C.I. Coronários Anatomia Patológica

U.C.I. Pediatria Imunohemoterapia

U.C.I. Polivalente Patologia Clínica

Bloco Operatório Urgências

Bloco Operatório Geral

Bloco Partos Obstétrica/ Ginecológica

Bloco Cirurgia Ambulatório Pediátrica

Anexo b) - Capacidade do hospital em termos de infra-estruturas

Salas, Camas e Gabinetes Capacidade

Instalada

Capacidade

Utilizada

Gabinetes de Consulta Externa 40 71

Salas de Pequena Cirurgia da C. Externa 2 2

Salas Bloco Operatório - Cirurgia Urgente 1 1

Salas Bloco Operatório - Cirurgia Convencional 7 7

Salas Bloco Operatório - Cirurgia Ambulatório 4 4

Salas no Bloco de Partos 5 5

Salas de Pequena Cirurgia da Urgência 1 1

Camas de Hospital de Dia

Cadeirões de Hospital de Dia 45 45

Camas de Unidade de Recobro 18 18

Camas * 542 542

*Excluindo Berçário e SO

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 127

Anexo c) - Unidades locais de saúde de cuidados primário, da área de influência do hospital

ACES Instituição Tipo Local Local

ALMADA

CS Almada

Unidade de Saúde Familiar USF São João do Pragal

Extensão Ext Francisco Xavier Noronha

Ext Rainha D. Leonor

CS Costa da

Caparica

Unidade de Saúde Familiar USF Sobreda

USF Monte da Caparica

Extensão

Ext Costa da Caparica1

Ext Charneca da Caparica

Ext Monte da Caparica

Ext Trafaria

CS Cova da

Piedade

Unidade de Saúde Familiar USF Cova da Piedade

USF Feijó

Extensão

Ext Cova da Piedade1

Ext Feijó

Ext Laranjeiro

SEIXAL

CS Seixal Unidade de Saúde Familiar

USF FFMais

USF Cuidar Saude

USF CSI-Seixal

USF Torre Da Marinha

USF Pinhal De Frades

CS Corroios Unidade de Saúde Familiar USF Servir Saúde

CS Seixal Extensão Ext Seixal1

Ext Torre Marinha

CS Amora Extensão Ext Cruz de Pau

Ext Amora1

CS Corroios Extensão Ext Corroios1

CS Amora Unidade de Saúde Familiar USF Rosinha

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Hospital Garcia de Orta,E.P.E.

Relatório e Contas de 2015 Página 128

USF Amora Saudável

Anexo d) - Unidades locais de saúde de cuidados hospitalares, da área de influência do hospital

Centros hospitalares E.P.E.

Particulares

Centro Hospitalar Barreiro, EPE Hospital Particular de Almada

Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. NMC – Centro Médico Nacional Lda

Almada

NMC – Centro Médico Nacional Lda

Seixal

Hospital Santiago – Setúbal

Clinica dos Lusíadas - Almada