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HTAU I – A Cidade e o Urbanismo Fundação Armando Álvares Penteado – Curso de Arquitetura Fundação Armando Álvares Penteado – Curso de Arquitetura História e Teoria da Arquitetura e do Urbanismo I História e Teoria da Arquitetura e do Urbanismo I Prof. Marcos de Oliveira Costa Prof. Marcos de Oliveira Costa BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ARGAN, Giulio Carlo. “Arte Moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos”. Tradução de Denise Bottmann e Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. BENEVOLO, Leonardo. “His tória da C idade”. Tradução Sílvia Mazza. São Paulo: Editora Perspectiva, 1983. p. 401-424. COLDSTREAM, Nicola. Medieval Architecture. Oxford: Oxford University Press, 2002 FRAMPTON, Kenneth. “História Crítica da Arquitetura Moderna”. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2000. GIEDION, Sigfried. “El Presente Eterno: Los comienzos de la arquitectura.” Tradução JOaquín Fernández Bernaldo de Quirós. Madrid: Alianza Editorial, 1981. LAWRENCE, A. W. “Arquitetura Grega”. Tradução Maria Luiza Moreira de Alba. São Paulo:Cosac & Naify, 1998. MACAULAY, David. “Construção de uma Cidade Romana”. Tradução Cirene de Castro. São Paulo: Martins Fontes, 1989. MUMFORD, Lewis. A Cidade na História. Belo Horizonte: Itatiaia, 1965.

HTAU I – A Cidade e o Urbanismo · PDF file · 2010-12-18HTAU I – A Cidade e o Urbanismo Fundação Armando Álvares Penteado – Curso de Arquitetura História e Teoria da Arquitetura

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B IB LIOG R AFIA B ÁS IC A :

ARGAN, Giulio Carlo. “Arte Moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos”. Tradução de Denise Bottmann e Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

BENEVOLO, Leonardo. “História da C idade”. Tradução Sílvia Mazza. São Paulo: Editora Perspectiva, 1983. p. 401-424.

COLDSTREAM, Nicola. Medieval Architecture. Oxford: Oxford University Press, 2002

FRAMPTON, Kenneth. “História Crítica da Arquitetura Moderna”. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

GIEDION, Sigfried. “El Presente Eterno: Los comienzos de la arquitectura.” Tradução JOaquín Fernández Bernaldo de Quirós. Madrid: Alianza Editorial, 1981.

LAWRENCE, A. W. “Arquitetura Grega”. Tradução Maria Luiza Moreira de Alba. São Paulo:Cosac & Naify, 1998.

MACAULAY, David. “Construção de uma Cidade Romana”. Tradução Cirene de Castro. São Paulo: Martins Fontes, 1989.MUMFORD, Lewis. A Cidade na História. Belo Horizonte: Itatiaia, 1965.

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.1750- Hamurabi funda o Império Babilônico..1567- Kamose e Amosis II expul- sam os invasores e inauguram o novo Império Egípcio (até 1090).1166- Morte de Ramsés III o úl- timo grande Faraó do Egito..1100- Fenícios desenvolvem a escrita alfabética

.2400- Declínio do poder dos reis egípcios. Gover- nadores tratam suas províncias como reinos..2334- Sargão I de Acad funda o primeiro Impé-rio, unificando as Cidades-Estado da Mesopotâmia..2150- Um período de fracas inundações pro- duz 50 anos de fome e desfaz o Reinado Antigo..2060- Mentuhotep II restaura o gover- no central do E- gito: Reino Médio (até 1785)

.3000- Desen-volvimento de cidades impor- tantes na Suméria..2685- Início do Antigo Império do Egito (até 2180).2667/2648-Pirâmide do Rei Zoser, em Saqqara, a primeira cons- trução inteira- mente em pe- dra. Imhotep, o arquiteto do mo numento, foi venerado como deus..2613- As pirâ- mides escalona- das são substi-tuídas pelas de face lisa.2590- Queóps constrói a gran- de Pirâmide em Gizé.

.4000- Início da fundição de bron-ze no Oriente Mé- dio..3500- Invenção da Roda,do Arado(Mesopotâmia) e da Vela (Egito).3100- Escrita Pic- tográfica é inven-tada na Suméria..3100-O Rei Menés unifica o Egito

.7000– Primeiros experimentos com cobre na Anatólia(Turquia).6000- Primeiros objetos cerâmi-cos e tecidos de lã conhecidos (Anatólia).5000 –Coloniza-ção da planície aluvial da Mesopotâmia.5000 –Coloniza-ção da planície aluvial do Egito

.110.000 AC- Fósseis mais antigos já encontrados do homem moderno.9000 – Criação de animais domésticos e cul- tivo de cereais: Revolução Neolí- tica no Oriente Médio.

5000 AC9000 AC 3000 AC 2000 AC 1000AC2500 AC

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A Cidade-Estado:

Durante o período neolítico, o excedente de alimentos só ocorria em alguns locais. Isto levava às populações a buscar as terras onde este excedente ocorria, ou seja, eram nômades. Com o surgimento de utensílios metálicos, devido à descoberta da fundição do cobre, as técnicas agrícolas tornam-se mais eficazes produzindo mais excedentes de alimentos.

Este cenário propicia uma maior fixação populacional e o surgimento das primeiras aldeias. As maiores aldeias deram origem às Cidades-Estado. Surge, com elas, o conceito de Comunidade baseado, segundo Max Weber, nos laços de sangue. Estas se configuravam espacialmente através do Muro/Fortaleza, do Templo e do Silo, aonde eram estocados os excedentes. Para construir estas obras eram necessários Artesãos capazes de executá-las. A Cidade-Estado propicia e sustenta o artesão especialista. A divisão do trabalho exige duas coisas:

1. Elaboração do Projeto Coletivo, alcançado através do diálogo, onde os conselhos de anciões tinham o papel de abrigar estes debates.

2. Avanço intelectual sistemático, capaz de organizar todo este esforço. Surgem a Geometria e a Escrita.

As Cidades-Estado não possuíam organização jurídica.

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Evolução Urbana no Mundo – 3500 AC a 1500 AC

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Planta da Cidade de Ur – Cerca de 3000 AC

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Ur – Zigurat 1

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UR – Quarteirão 2 e Mausoléu Real 3

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UR – Quarteirão 4 e Detalhe da Casa

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Atenas no Final do Século V AC

Grécia:

Na Grécia a cidadania era definida pelo rural e pelo

urbano. A propriedade era definida pela cidadania. Todo morador tinha direito a uma

parcela do território da cidade. O conhecimento sistematizado

não mais está no templo. Ocorre uma formalização

pública do conhecimento. O fundamento do projeto, do

conceito de vir a ser elaborado por Aristóteles, é o diálogo

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Ágora Helenística

Stoa de Átalo Reconstrução

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Os Impérios Antigos:

Com o império se perde o conceito de comunidade, da santificação da propriedade comum. O poder militar não mais é feita pelos nativos da cidade. A relação sagrada entre o homem e a terra é substituída por uma relação abstrata: o império. Foi necessário um esforço de Universalização, unificando as medidas, a língua e a administração. A concentração dos excedentes em uma única cidade (capital imperial), permite uma maior especialização na produção do trabalho, o que produz avanços tecnológicos que ampliam os excedentes. Este grande aumento da produção de alimentos propicia a produção de produtos supérfluos. Este é um fator que favoreceu a produção do conhecimento. Na cidade capital surge o Urbanismo do poder, que busca enaltecer as virtudes e as glórias do império. Na Babilônia, aparece o projeto urbano de grande porte e o desenvolvimento da dimensão simbólica do Urbanismo.

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Egito - Pirâmides de Gizé

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Roma:

Em Roma, a República é uma Federação de Cidades. Roma estende a cidadania romana aos patriciados de outras cidades. Até o fim do império as ações de Roma são definidas pelo Senado Romano. O Latim é a língua utilizada em todo o império. A cidade romana era constituída por dois eixos que facilitavam a circulação e o acesso às portas da cidade. Outro elemento importante das cidades romanas era o abastecimento de água, problema para o qual os romanos desenvolveram soluções técnicas como os aquedutos. A localização das cidades deveria considerar a presença de água potável. Também se preocupavam com a drenagem e o esgoto. Havia uma valorização da obra pública, o circo, o banho abrigavam serviços sem os quais o padrão de vida romana não existiria. O aumento do investimento no avanço tecnológico do conforto das classes dominantes gera um aumento da população, que é levada a morar em habitações coletivas.

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Modelo de planta de cidade romana

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As calçadas ficavam quarenta e cinco centímetros acima do leito

da rua. Havia sistema de esgoto e coleta de águas pluviais.

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Aqueduto de Segóvia – Início da Era Cristã

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A Cidade Medieval:

Na Idade Média o conhecimento passa a ser dominado pela Igreja, que consegue manter algumas estruturas institucionais do Império Romano.Com o desenvolvimento do sistema de rotação de terras ocorre um aumento da produção de alimentos, o que acarreta um gradual aumento da população. Aumento este que não é acompanhado de uma expansão econômica compatível, e o número de desempregados aumenta. Isto leva a Europa a expandir seus territórios através de um processo que se inicia com as Cruzadas. Cidades-estado medievais surgem como ponto de apoio do comércio (piratas). Dentro da ordem feudal vigente durante este período, ou se é senhor ou se é servo. O vilão (morador da vila= o sem nobreza), possui um vínculo com a terra. A Revolução Burguesa expulsa a aristocracia das cidades. Os burgueses pediam uma carta ao Monarca, onde os comerciantes garantem pagar os impostos sobre o comércio da cidade. Era a chamada Carta Constitucional, que definia como a cidade se constituía fisicamente, belicamente, comercialmente, etc... A cidade possuía seu território separado dos feudos, regido por leis próprias. Quem trabalhava por um ano e um dia em uma cidade, passava a ser cidadão, e entrava numa outra ordem jurídica. A referência passa a ser geográfica. Com isto se destroem as referências culturais que vinham desde a Grécia antiga.

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Siena – Planta Geral e Praça do Campo - Itália

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Siena – Praça do Campo - Itália

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Siena – Praça do Campo - Itália

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Siena Praça do Campo Palácio Público 1297/98Itália

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A Cidade no Século XIX:

No final do século XIX se instalam nas cidades européias o sistema de esgotos, coleta de lixo e latrinas nas casas. As cidades cresceram e passaram a ter massas que podiam prejudicar a saúde da elite. Apenas uma parte da classe média faz parte desta nova cidade. Um novo cenário urbano é criado, para uma nova cidade que incorpora a classe média como consumidora (a costureira, a caixeira, etc...). Haussman em Paris, é um exemplo. Esse cenário era a afirmação política de uma classe.

No momento em que surge a produção em série, é preciso criar mecanismos que permitam a venda contínua destes bens. Em 1860, surge o design para reorganizar o processo produtivo industrial. Em 1900 a Art Nouveau estabelece uma nova linguagem para as classes emergentes, em contraposição às classes dominantes ligadas ao clássico. Surge um padrão de consumo de produtos similares: no lugar do cristal o vidro, no da prata o prateado, etc... Surgem as lojas de departamentos.

A massa trabalhadora já era grande o suficiente para se organizar. Há uma consolidação dos partidos de esquerda (de massa). Estes defendiam 8 horas de trabalho por dia, ao contrário das dezesseis horas anteriores. Isto foi alcançado graças a um acordo internacional. A mudança do modo de vida resulta de uma conjunção de todas as classes sociais. No momento em que se reduz a jornada de trabalho, criam-se dois turnos de consumidores.

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George Eugène Haussmann – Plano de Paris - 1859

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Via aberta em Paris pelo Plano Haussmann tendo ao fundo aÓpera de Paris 1862/1874, de Charles Garnier

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Via aberta em Paris pelo Plano Haussmann tendo ao fundo aÓpera de Paris 1862/1874, de Charles Garnier

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Ildefons Cerdà – Eixample de Barcelona - 1855 - 1863

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Ildefons Cerdà – Eixample de Barcelona - 1855 - 1863

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B. Parker / R. Unwin – Cidade de Letchworth - 1902

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urbanismo. s.m. O estudo sistematizado e interdisciplinar da cidade e da questão urbana, e que inclui o conjunto de medidas técnicas, administrativas, econômicas e sociais necessárias ao desenvolvimento racional e humano delas.

Fonte: Novo Dicionário Aurélio.

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U R B AN IS M O - O conceito de urbanismo, originariamente, se refere à arte e à técnica do arranjo das cidades. A própria palavra urbanismo, por sua etimologia, o indica. Origina-se do vocábulo latino" urbs", que significa cidade. Urbanismo é, nesta ordem de idéias, o ramo dos conhecimentos voltados para os problemas, os princípios e a teoria necessária à elaboração dos projetos para a construção ou a reorganização de cidades. Os conhecimentos urbanísticos se impuseram, realmente, como uma necessidade da sociedade contemporânea, em que, não obstante o progresso tecnológico, o ambiente urbano, nos termos em que está proposto, é cada vez mais inadequado à vida humana e os seus problemas de mais difícil solução. É sabido, entretanto, que o problema urbano não pode ser considerado estritamente no seu próprio âmbito, mas no problema da região, o que, de certo modo, vem obrigando a uma ampliação elo propósito da disciplina. Modernamente, o conceito de urbanismo evoluiu para o de planejamento territorial, na sua acepção mais geral, objetivando não mais simplesmente o planejamento urbanístico, mas principalmente, o de territórios. Neste sentido, embora inadequadamente, vem sendo aceito em nosso país o termo urbanismo, em virtude de se tratar de expressão que o uso vai consagrando. De qualquer modo que se o considere, com o sentido de organização elo espaço urbano, ou ele organização territorial ele modo geral, as propostas finais contidas nos planos e a sua aplicabilidade, exigem a consideração de toda uma série de conheci mentos altamente especializa dos de diversas áreas do conhecimento humano envolvidos no problema, tais como: geografia, economia, sociologia, engenharia (serviços públicos, agronomia, hidráulica, etc.), administração e finanças, legislação, e outros, capazes de interpretar a totalidade dos problemas da cidade ou da região.

CORONA, Eduardo e LEMOS, Carlos A. C. Dicionário da Arquitetura Brasileira. São Paulo: EDART, 1972. 452 pg.

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Urbanização Concentrada/ Industrialização Concentrada:

A organização das empresas vai conformar metrópoles através da formação de pólos empresariais.Na segunda Guerra Mundial os EUA e a Inglaterra assinam o Tratado do Atlântico, no qual a segunda reconhece a autonomia das colônias. Com isto os EUA ganham novos mercados e a Europa teve que readaptar a sua produção industrial. Após a I Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes estabelece garantias contra a Alemanha. A social democracia alemã estabelece a república de Weimar. Contudo este foi um período de inflação desvairada e grande agitação social. A grande força proletária era a Alemanha. Diante do “perigo vermelho” os EUA começam, a partir de 1924, a investir maciçamente na Alemanha. O governo Alemão começa a investir na Construção Habitacional. A arquitetura moderna é elaborada. A construção em altura libera o solo e rompe com a idéia da rua-corredor. Busca-se a simplificação construtiva, a industrialização, de modo a baratear a produção habitacional para poder oferecer a solução para todas as pessoas. Uma nova identidade arquitetônica é construída. Era preciso coletivizar para atender a todos. Assim o prédio habitacional, tratado como um volume isolado no espaço, passa a ser um dos principais elementos da nova arquitetura. Isto provoca a dissolução do tecido urbano tradicional.

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Ernst May e C. H. Rudolf Bairro de Bruchfeldstrasse em Frankfurt

- 1925

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Le CorbusierVile Radieuse1935

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