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Rua José Alexandre Buaiz, 160, conj. 309/311, Vitória/ES – Tel/Fax +55 27 3314.3888 / 3314.3681 Boletim produzido pelo Escritório Oliveira Cardoso, Carvalho de Brito, Viana Nassar, Dalmaso Silva e Advogados Associados. Direitos Autorais reservados ©. Ajude-nos a preservar o meio ambiente. Evite imprimir desnecessariamente este Informativo. O primeiro escritório de Advocacia do Espírito Santo a compensar suas emissões de carbono mediante o plantio de árvores. Tributário – Prazo prescricional para questionamento sobre PIS e COFINS-importação Nova Ministra pode trazer novidades no julgamento sobre isenção da COFINS – Relator propõe novo “REFIS” Previdenciário Medida Provisória que altera multas previdenciárias pode ser aplicada a casos em discussão STJ afirma que contribuição não deve incidir sobre os 15 dias iniciais do auxílio-doença Legal Letter Fevereiro/2009 Roma - Itália Destaques Informe Jurídico - www.oliveiracardoso.com.br

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Rua José Alexandre Buaiz, 160, conj. 309/311, Vi tória/ES – Tel/Fax + 55 27 3314.3888 / 3314.3681

Boletim produzido pelo Escritório Oliveira Cardoso, Carvalho de Brito, Viana Nassar, Dalmaso Silva e Advogados Associados. Direitos Autorais reservados ©. Ajude-nos a preservar o meio ambiente. Evite imprimir desnecessariamente este Informativo. O primeiro escritório de Advocacia do Espírito Santo a compensar suas emissões de carbono mediante o plantio de árvores.

Tributário

– Prazo prescricional para questionamento sobre PIS e COFINS-importação – Nova Ministra pode trazer novidades no julgamento sobre isenção da COFINS – Relator propõe novo “REFIS”

Previdenciário – Medida Provisória que altera multas previdenciárias pode ser aplicada a casos em discussão – STJ afirma que contribuição não deve incidir sobre os 15 dias iniciais do auxílio-doença

Legal Letter Fevereiro/2009

Roma - Itália

Destaques

Informe Jur ídico - www.oliveiracardoso.com.br

MEDIDA PROVISÓRIA ALTERA MULTAS PREVIDENCIÁRIAS

A Medida Provisória n.º 449/08 (publicada em 04/12/2008), conferiu nova redação aos artigos 32 e 35 da Lei n.º 8.212 de 1991, que trata da previdência social, inclusive, de multas incidentes pelo descumprimento de normas desta matéria. Com a alteração, a maneira de se calcular as multas previdenciárias denominadas punitivas e de mora, incluindo as sanções pelo descumprimento de entrega ou incorreções da GFIP. A alteração é relevante, haja vista que pode determinar a redução de sanções já aplicadas aos contribuintes anteriormente. Com efeito, os contribuintes que estão discutindo eventuais penalidades impostas pela fiscalização previdenciária poderão suscitar a redução das penalidades.

Ainda em relação ao Direito Previdenciário, firmou-se o entendimento de que a verba paga pela empresa aos funcionários durante os 15 primeiros dias de afastamento do trabalho por motivo de doença não tem natureza salarial. Por isso não incide sobre ela a contribuição à Previdência Social. A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou esse entendimento ao julgar recurso de uma empresa do Paraná que contestava a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que lhe havia sido desfavorável. Apesar de pouco provável, a questão pode ser alterada pelo STF, se houver recurso.

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Paraty – Rio de Janeiro

NOVA RELATORA NO STF PODE TRAZER NOVIDADES NO JULGAMENTO SOBRE ISENÇÃO DA COFINS A questão da incidência ou não da Cofins sobre as receitas das sociedades de profissionais liberais recebeu uma novo relatora no STF. Apesar de o STF já ter decido pela constitucionalidade da cobrança, a ação ainda está pendente de vários recursos que pedem a reversão do resultado, até agora favorável ao fisco. Neste sentido, há um importante recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Apesar de ter votado contra os advogados, a questão submetida à discussão refere-se à aplicação ou não do novo entendimento aos casos submetidos ao Judiciário, quando o posicionamento dos Tribunais, inclusive do STF, era favorável à tese.

Ou seja, a possibilidade de "modulação" da decisão, pela qual seria possível a incidência do tributo apenas após a decisão do Supremo, deve despertar a atenção de todo País. A OAB pretende exatamente a reforma da decisão acerca do indeferimento da modulação. O questionamento gira em torno do placar: na ocasião o posicionamento dos ministros restou empatado em cinco votos a cinco, o que foi interpretado pela corte como vitória do fisco. Esta é a questão controvertida que será julgada nos próximos dias, apesar de o julgamento ainda não ter data designada. O Escritório estará atento à conclusão deste julgamento, para posterior comunicado.

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Entenda o caso: O Superior Tribunal de Justiça editou o enunciado da súmula 276, que conferiu isenção da Cofins a sociedades civis, constituídas por profissionais liberais. Por este motivo, vários profissionais e entidades de classe (como a OAB, Conselhos de Medicina, etc.) realizaram a propositura de ações judiciais obtendo decisões favoráveis, inclusive, em razão de decisões do próprio STF, que afirmou ser o STJ competente para julgar a questão. Posteriormente, o STF surpreendeu o País, ao decidir que era competente para apreciar a questão, e ainda, julgando como a cobrança como constitucional.

CONSELHO DE CONTRIBUINTES ENTENDE QUE NÃO INCIDE IMPOSTO SOBRE DEMISSÃO INCENTIVADA

O recebimento de valores pagos a título de gratificação em virtude de programas de incentivo à adesão de demissões incentivadas, recebeu interpretação do Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda. A decisão assevera que os valores relacionados à adesão de planos de demissão incentivada informal, pagos por pessoa jurídica a seus empregados, não deve ser tributado pelo imposto de renda na fonte. Estes incentivos à adesão dos denominados Programas de Desligamento Voluntário ou Incentivado – PDV/PDI, devem, segundo o Conselho de Contribuintes, ser tratados como verbas rescisórias especiais de caráter indenizatório, e por isso não devem ser submetidos à incidência do Imposto de renda na fonte. Da mesma forma, tais quantias não devem ser previstas na Declaração de Ajuste Anual. Ainda segundo a decisão, este entendimento não é aplicável às hipóteses de valores recebidos a título de gratificações como mera liberalidade da pessoa jurídica. O acórdão é o de nº. 10422490/2009.

Supremo Tribunal Federal Gentilmente cedida pelo STF Fotografia de U.Dettmar

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O Supremo Tribunal Federal examinará a constitucionalidade da Lei n° 10.865/04, pela qual foi criada a tributação por meio do PIS-IMPORTAÇÃO e da COFINS-IMPORTAÇÃO sobre o valor aduaneiro. Após a vigência da Lei, milhares de empresas importadoras buscaram o Poder Judiciário, visando obter a declaração de inconstitucionalidade da base de cálculo das então novas contribuições. A controvérsia gira em torno da inclusão, na base de cálculo das referidas contribuições, do valor das próprias exações (PIS-IMPORTAÇÃO e da COFINS-IMPORTAÇÃO) na base para o cálculo, além do imposto de importação e do ICMS quando da importação. O STF entendeu que a questão possui repercussão geral, requisito essencial para que o assunto seja julgado pela Corte. Os contribuintes interessados em questionar a cobrança devem ficar atentos ao prazo prescricional, que determina o questionamento judicial no prazo de cinco anos, sob pena de perder o direito.

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PIS-IMPORTAÇÃO E COFINS-IMPORTAÇÃO: EMPRESAS DEVEM FICAR ATENTAS AO PRAZO PRECRICIONAL

Vila Velha – ES

TRF DA 2ª. REGIÃO ENTENDE COMO INCONSTITUCIONAL A INCIDÊNCIA DA COFINS E DO PIS SOBRE A RECEITA DE VARIAÇÃO CAMBIAL DECORRENTE DE EXPORTAÇÃO O art. 9º da Lei n° 9.718/98 previu a incidência de COFINS e PIS sobre a receita contabilizada como variação cambial decorrente de exportação. Logo depois, a Constituição da República foi alterada pela EC n° 33/2001, que estabeleceu a não incidência de contribuições “sobre as receitas decorrentes de exportação” (art. 149, I e § 2º). A isenção do PIS e da COFINS relativamente às receitas decorrentes de exportações previstas no art. 14 da MP nº 1.858-6/1999 (atual MP nº 2.158- 35/2001), foi alçada à imunidade constitucional pelo art. 149, § 2º, I e ratificada pelas Leis nº 10.637/2002 e 10.833/2002 (arts. 5º, I e 6º, I, respectivamente). Não havendo na Constituição ou em quaisquer outros dispositivos infraconstitucionais definição de quais receitas decorrentes da exportação não são abarcadas pela imunidade definida no art. 149, § 2º, I, mesmo as receitas financeiras provenientes de variação cambial verificada no curso da exportação não podem sofrer incidência de contribuições sociais (art. 9º, Lei nº 9.718/98).

Regra geral, a tributação é feita com base no regime de competência, em que se registra o fato no momento em que jurídica e economicamente a receita integrou o patrimônio social. Exceção à regra, é a tributação das operações atreladas à moeda estrangeira, quando as variações cambiais somente são tributadas quando forem liquidadas, ou seja, conforme o regime de caixa. Forte no art. 30, §1º, da MP 2.258-35/01, aplica-se o regime de caixa às operações sujeitas à variação cambial, sendo facultado ao sujeito passivo optar pelo regime de competência, se lhe parecer mais favorável. Tal regime, porém, deve ser aplicado a todos os tributos (PIS/COFINS/IRPJ/CSSL), não cabendo adotar o regime de caixa para o recolhimento do PIS/COFINS e o regime de competência para o recolhimento do IRPJ/CSSL. Independentemente do critério contábil, a imunidade sobre a atividade exportadora deve prevalecer, segundo a orientação do TRF.

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RELATOR DE MEDIDA PROVISÓRIA PROPÕE CRIAR UM NOVO “REFIS” Medida Provisória nº 449, que trata de questões tributárias, recebeu uma emenda polêmica: trata-se de um novo “REFIS”. A proposta é do relator da matéria, deputado Tadeu Filippelli (PMDB-DF). De acordo com o relatório, poderão ser parceladas de 30 a 240 meses as dívidas tributárias de empresas e de pessoas físicas vencidas até 30 de novembro de 2008. "É o mesmo prazo dado recentemente pelo governo para as prefeituras", disse ele, ao jornal DCI. Segundo alguns órgãos de imprensa, o secretário da Receita Federal, Nelson Machado, ficou preocupado com a possibilidade.

A possibilidade de rolagem das dívidas das empresas com a União, num novo Programa de Recuperação Fiscal (como o Refis e o PAES), tem como fundamento uma ajuda para auxiliar pequenas e médias empresas a enfrentar a crise economia global. Ainda segundo o Relator, o impacto da crise financeira internacional recomenda a ampliação da medida provisória. Para ele, o novo Refis não vai desestimular o bom pagador, mas garantir saúde financeira às empresas. A notícia foi recebida com ceticismo pelas bancas de advocacia do País, que apenas aguardam atentamente o andamento da proposta, que deverá ser apreciada em poucos dias.

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Rio de Janeiro - RJ

IMPOSTO DE RENDA NÃO INCIDE SOBRE RECEBIMENTO DE JUROS MORATÓRIOS Os valores recebidos pelo contribuinte a título de juros de mora, na vigência do Código Civil de 2002, têm natureza jurídica indenizatória. Nessa condição, portanto, sobre eles não incide imposto de renda. Este foi o posicionamento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça. Neste sentido, os contribuintes que tenham recebido valores a título de juros moratórios podem questionar a exigência feita pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Boletim produzido por Oliveira Cardoso, Carvalho de Brito, Viana Nassar, Dalmaso Silva Advogados Assoc iados com base em informações relevantes do mês anterior. Direitos Au torais reservados © Fotografias: Fabiano Carvalho d e Brito. Visite nosso site: www.oliveiracardoso.com.br. Fotografia(s) da(s) pág ina(s) 04 gentilmente cedida(s) pelo STF - Supremo Tribunal Federal, sendo a autoria de U. Dettmar. As opiniões emitidas neste I nformativo revelam apenas o ponto de vista dos auto res, que não assumem qualquer tipo de responsabilidade pela utilização de suas co nclusões, redigido meramente para fins de informaçã o e debate, não devendo ser considerado uma opinião legal para qualquer operaçã o ou negócio específico.

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Vitória – Espírito Santo