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Humanos - Urantia-GAIA · 2018-04-23 · Sum ario 1 V alor es unem os p ovos 2 Judeus, Palestinos e os valor es humanos 3 2.1 Y ussuf e a esp er an ca de uni~ ao. 3 2.2 Y oshua, Natanael,

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Valores Humanos e a Uni~ao dos Povos

A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol

Carlos Leite da Silva

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Sum�ario1 Valores unem os povos 12 Judeus, Palestinos e os valores humanos 32.1 Yussuf e a esperan� a de uni~ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32.2 Yoshua, Natanael, edu a� ~ao e esporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52.3 Projeto esperan� a de paz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.4 Cultivando valores nas rian� as . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.5 Futebol motivando l�agrimas de esperan� a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol 123.1 Introdu� ~ao e Agrade imento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123.2 Fundamenta� ~ao e raz~oes para o projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123.3 O Fenomeno Futebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153.4 A Alma do Futebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163.5 Estandartes dos Atributos da Alma do Futebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183.6 Alguns exemplos de omo os atributos da Alma Humana se adequam aos da Alma doFutebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.6.1 Irmandade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.6.2 For� a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.6.3 Liberdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.6.4 Paz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.6.5 O Futebol tem Alma e a Alma riou o Futebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203.6.6 Vis~ao de um pormenor do Campeonato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203.7 Um jogo para a obten� ~ao dos re ursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223.8 Como se distribuiriam os re ursos? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223.8.1 Projetos de ambito humanit�ario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 Valores unem os povosLISTA DE EXEMPLOSDEATRIBUTOS DA ALMA1

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1 Verdade 2 Salva� ~ao 3 Auto ontrolo4 Cumprimento 5 Vit�oria 6 Coordena� ~ao7 Confortamento 8 Equidade 9 Assump� ~ao10 As ens~ao 11 Logro 12 Temperan� a13 Tranquilidade 14 Obedien ia 15 Justi� a16 Dis ernimento 17 Unidade 18 Impessoalidade19 Altru��smo 20 Perfei� ~ao 21 For� a22 Retid~ao 23 Intui� ~ao 24 Vontade25 A�rma� ~ao 26 Amizade 27 Aspira� ~ao28 Vitalidade 29 Paz 30 A� ~ao31 Raz~ao 32 Transmuta� ~ao 33 Pa ien ia34 Re on ilia� ~ao 35 Compreens~ao 36 Uni~ao37 Gl�oria 38 Comuni a� ~ao 39 Sabedoria40 Subministro 41 Transforma� ~ao 42 Alegria43 Consagra� ~ao44 A eita� ~ao 45 Comunh~ao 46 Harmonia47 Complementa� ~ao 48 Criatividade 49 Liberta� ~ao50 Contentamento 51 Vibra� ~ao 52 Entrega53 Adora� ~ao 54 Pureza 55 Outorgamento56 Constan ia 57 Presen� a 58 Feli ita� ~ao59 Inspira� ~ao 60 Perseveran� a 61 Fortaleza62 Considera� ~ao 63 Consuma� ~ao 64 Con entra� ~ao65 Bus a 66 Vis~ao 67 Determina� ~ao68 Valor 69 F�e 70 Toleran ia71 Hospitalidade 72 Inteligen ia 73 Expans~ao74 Bondade 75 Inten� ~ao 76 Conselho77 Clareza 78 Compaix~ao 79 Assisten ia80 Entendimento 81 Piedade 82 Miseri �ordia83 Conhe imento 84 Atrevimento 85 Realiza� ~ao86 Perd~ao87 Trans enden ia 88 Servi� o 89 Reden� ~ao90 Eleva� ~ao 91 Ultima� ~ao 92 Agrade imento93 Persuas~ao 94 Existen ia 95 Caridade96 Sustenta� ~ao 97 Lealdade 98 Liberdade99 Balan� o 100 Fidelidade 101 De is~ao102 Revela� ~ao 103 Aten� ~ao 104 Ordem105 Justi� a 106 Ilumina� ~ao 107 Inter ambio108 Extase 109 Igualdade 110 Cons ien ia111 Re ep� ~ao 112 Irmandade 113 Vera idade114 Ben� ~ao 115 Sana� ~ao 116 Compensa� ~ao117 Reverbera� ~ao 118 Beleza 119 Compartilhar120 Responsabilidade 121 Esperan� a 122 Dire� ~ao123 Media� ~ao 124 Trabalho 125 Versatilidade126 Coragem 127 Progresso 128 Gra� a129 Oportunidade 2

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130 Congruen ia 131 Poder 132 En ontro133 Fus~ao 134 Confraternidade 135 Mestria136 Tena idade 137 Conse u� ~ao 138 Prosperidade139 Produtividade 140 Equil��brio 141 Presen� a142 Prote� ~ao 143 Equanimidade 144 Luz145 Abundan ia 146 Feli idade 147 Hospitalidade148 Gozo 149 Prioridade 150 Bem-Estar151 Esfor� o 152 Rendimento 153 Amor154 Submiss~ao 155 Humildade 156 Propriedade157 A�nidade 158 Firmeza 159 Loqua idade160 Habilidade 161 Destreza 162 Con�abilidade163 Verbo 164 Aud�a ia 165 Sublima� ~ao166 Arte 167 Cien ia 168 Honestidade169 Honra 170 Ini ia� ~ao 171 Sanidade172 Resolu� ~ao2 Judeus, Palestinos e os valores humanos2.1 Yussuf e a esperan� a de uni~aoYussuf estava radiante. Ainda nem h�a quinze dias havia a��do numa tristeza t~ao profunda que lhepare ia que os treze anos lhe tinham apagado n~ao s�o a infan ia omo a luz de viver. Ansiava serj�a um homem, e do alto dos seus longos 13 anos j�a se a hava um homem. Era agora a brin adeirapreferida dele: ser homem. Por isso at�e se revoltava um pou o ontra si pr�oprio ao per eber quesua tristeza tinha ome� ado pre isamente no seu anivers�ario. A m~ae tinha-o abra� ado om um olhar heio de amor e pena, enquanto o pai, abisbaixo, quase n~ao podendo olh�a-lo nos olhos, lhe dizia:\Filho, vo e sabe que perdi o emprego, sabe que n~ao me autorizam a ir ao outro lado . . . os temposest~ao dif�� eis . . . n~ao podemos lhe dar um presente. Melhores tempos vir~ao. Deus �e grande". Reparouque o olhar do pai brilhou, molhado, enquanto virava a ara para se es onder. Sentiu pena do pai erepetiu: \Deus �e grande", apete endo-lhe abra� �a-lo om o amor que lhe tinha, mas j�a era um homeme, portanto, onteve-se, enquanto repetia em sua mente \Deus �e grande!"Durante aqueles quinze dias vinha dizendo para si pr�oprio que j�a era respons�avel e adulto, queera uma rian i e, que s�o um bebe mimado �e que poderia � ar triste por n~ao ter um presentinho noseu anivers�ario. Mas, ao longo desse tempo, ome� ou a per eber que n~ao era essa verdadeiramente asua tristeza. Sua pena, sua tristeza, que �as vezes era raiva e dor, revolta e zanga, era ver o on ito,a guerra e o medo impregnando as ruas de sua idade, pairando sobre a sua na� ~ao, penetrandoas paredes fr�ageis de sua asa, amea� ando permanentemente quem ele amava. N~ao havia d�uvida:Yussuf estava se tornando adulto.Hoje, por�em, Yussuf estava radiante.Entrou de rompante em asa, hamando \Pai! Pai!". Em dois passos irrompeu na modesta sala,que era usada para as refei� ~oes no h~ao, vendo o pai in linado sobre o pequeno r�adio, onde absorviaas not�� ias.- Diga, Yussuf - respondeu o pai, sa udido do seu torpor. - Ent~ao n~ao se tiram os hinelos? -repreendeu, mas num tom divertido porque naquele momento, de t~ao empolgado que vinha, o �lhoera omo um pequeno sol que lhe entrava pelo asebre de pou as e diminutas janelas.3

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- Ou� a, papai! Antes de mais quero dizer que vo e j�a me tinha ofere ido o presente de anivers�arioh�a seis meses.- Ah �e?! Como assim?!- Quando vo e me levou nas f�erias �a asa do tio. Primeiro, adorei a viagem, depois foi muito bomvoltar a ver meus primos e, ainda por ima, o meu tio Ibrahim ter televis~ao a abo, n~ao h�a palavras:pudemos ver a opa do mundo de futebol! N~ao onsigo pensar em melhor presente!Hassan sorriu, om a dor e preo upa� ~ao aliviadas pela alegria do �lho. \Deus �e miseri ordioso!",pensou.- E ent~ao? O que deixou vo e agora t~ao alegre?- �E que na es ola o professor nos falou de uma atividade espeta ular, um projeto que vai serfeito agora em todas as es olas . . . e ele disse que vai ser feito nas es olas daqui e nas do outro ladotamb�em!Hassan perdeu o sorriso, uma leve sombra o upou-lhe os olhos.- Explique l�a isso, meu �lho . . .- Vo e se lembra da opa do mundo de futebol? Se lembra de que ada equipe, ada pa��s, defendiaum . . . omo �e que eles diziam? . . . atributo . . . �e isso . . . um atributo da alma do futebol, que era umatributo da alma dos homens?- Sim, Yussuf . . . - disse o pai, om algum desalento, onde se es ondiam opini~oes ontradit�orias, t~aode�nidas omo onfusas, sobre o que ele tinha visto dessa hist�oria dos atributos da alma na �ultima opa mundial.- Pois �e, papai, as es olas v~ao fazer uma oisa pare ida ou igual, tanto as nossas omo as de l�a,do outro lado . . .- Hm . . .- . . . e depois os ven edores das nossas es olas v~ao jogar om os ven edores deles! . . .A�� a sombra nos olhos de Hassan arregou-se ainda mais, enquanto baixava o olhar ao peso deapreens~oes om que n~ao queria atalhar o entusiasmo do seu �lho.- Tretas! - soltou Ahmed, irm~ao de Yussuf, om a irreveren ia dos seus 15 anos militantes, saindodo seu quarto, de onde es utara a onversa.- Ah �e?! Ent~ao veja isto . . .Yussuf puxou da sa ola remendada pelo esmero da sua m~ae e retirou um pano uidadosamentedobrado. Abriu-o sa udindo-o. Era uma t-shirt verde om letras de um bran o reluzente na semi-obs uridade da sala. As letras diziam:\UMA S�O NAC� ~AO: A TERRAUMA S�O RAC�A: A HUMANIDADEUMA S�O L�INGUA: O AMORUMA S�O MOEDA: O SERVIC�O"- A es ola deu-me esta t-shirt e o professor disse que elas, om estas palavras, est~ao sendo feitas eentregues em es olas de todo o mundo para os alunos fazerem seus pr�oprios ampeonatos de futebol. . .Virou a t-shirt. 4

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- Temos aqui este espa� o para es revermos o atributo que vai ser sorteado �a minha turma. Osn�umeros tamb�em somos n�os que pomos, a ima desta frase.E apontou onde dizia\O MUNDO ENTREGA A ESPERANC�A DA UNI~AO DE TODOS �A PALESTINA"Ahmed, o irm~ao, interpelou-o brus amente:- Espera l�a! . . . as amisolas em todo o mundo dizem isto!? . . . isto da Palestina!? . . .Yussuf riu.- N~ao! O professor expli ou que para quem vive na Fran� a apare e Fran� a em vez de Palestina, eo mesmo a onte e em todos os outros pa��ses . . . ada um em sua pr�opria l��ngua.- Ent~ao vo e quer dizer que em Israel apare e \O Mundo entrega a Esperan� a da Uni~ao de Todosa Israel"? - soltou Ahmed om uma gargalhada for� ada. - Oh oh, estamos bem tramados se o mundodepende de Israel . . . l�a se vai a Esperan� a . . .Yussuf n~ao esmore eu.- O professor tamb�em expli ou por que foi es olhida esta frase. Lembram-se do que dizia aqueleestandarte no in�� io de todos os jogos da opa mundial?- \A Uni~ao de Todos �e a Alma do Futebol". - disse Hassan, pausadamente, dando uma entoa� ~aoalgo solene, enquanto Ahmed pare ia mais a autelado nas suas rea� ~oes, ao sentir a aten� ~ao res entee interessada do pai.- E lembram-se de qual era o estandarte do pa��s que ven eu a opa, o atributo que ele representava?- Esperan� a . . . - desta vez foi Ahmed quem falou, a meia-voz.- Pois �e por isso que a t-shirt fala da \Esperan� a da Uni~ao de Todos". A equipe ven edora da Ta� ada Uni~ao representava a Esperan� a. Por isso at�e a pr�oxima opa estes ser~ao quatro anos dedi ados�a Esperan� a da Uni~ao dos Povos. �E bonito, n~ao �e?!Hassan e Ahmed s�o onseguiram assentir om leves gestos a�rmativos de abe� a, � ando emude- idos num omplexo de sentimentos.- Pai, o professor tamb�em disse que todos os familiares dos alunos que quisessem estavam onvida-dos a irem assistir a uma reuni~ao onde expli am o projeto, amanh~a �as nove horas da manh~a . . . vo equer ir?- Vou tentar, Yussuf . . . vou tentar - Hassan estava tendo um ligeiro vislumbre do al an e de tudoaquilo. Perguntou-se se seria somente o alegre envolvimento de Yussuf ou se deveria dar ouvidosao que talvez fosse uma vozinha long��nqua da pr�opria esperan� a da sua alma que quereria vibrar arebate daquela \Esperan� a da Uni~ao de Todos".2.2 Yoshua, Natanael, edu a� ~ao e esporteYoshua sentia-se ansioso, meio alheado da grande onfus~ao sonora dos alunos irrequietos que seapinhavam no sal~ao prin ipal multiusos da es ola de seu �lho Natanael. Relembrou, om uma pontadade ang�ustia, omo Miriam, sua �lha mais velha, tinha rebentado em l�agrimas quando Natanael, nanoite anterior, dissera que os ven edores interes olas iriam jogar om os ven edores do \outro lado"e que ele iria fazer o m�aximo para ter essa oportunidade. Sentiu o ora� ~ao oprimido ao lembrar-se dogrito in ontido da dor de Miriam: \Vo e vai estar om esses bandidos, esses monstros sem ora� ~ao?",e fugiu da sala num horo onvulsivo, om a m~ae orrendo atr�as dela.5

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H�a dois anos, o namorado de Miriam tinha morrido num ataque sui ida terrorista. Era j�a omoum �lho para eles, a dor ontinuava muito viva. Humede eram-se-lhe os olhos enquanto pensava:\Mas tamb�em �e a dor que me traz aqui . . . ou talvez que j�a hega de tanto doer . . . ome� ar�a aquiuma nova oportunidade?"Natanael entregava-lhe essa esperan� a. Sorriu para o �lho enquanto pensava omo era estranhoque Natanael n~ao pare ia envolvido nessa adeia de �odios sem remiss~ao. Pare ia passar ao lado, n~aoda dor, porque v�arias vezes o tinha visto horar pelos a onte imentos que os atingiram diretamentee pelos que ontinuavam a a igi-los nesse dia-a-dia t~ao arregado de perspe tivas de medo e morte.Seria talvez o resultado de Yoshua sempre ter lidado pro�ssional e pessoalmente om palestinos esempre ter in entivado seu �lho a brin ar om as rian� as palestinas. De erto que isso tinha levadoNatanael a sentir-se rian� a no meio de rian� as, pessoa no meio de pessoas, e n~ao um superior ouum inferior que tinha que lutar ontra o seu oponente por raz~oes que n~ao eram naturais, raz~oes dasquais se tinha perdido verdadeiramente o �o �a meada: a uns interessava pensar que a oisa tinha ome� ado no ovo sendo eles a galinha, e aos outros vi e-versa. \Mas que interessa isso", pensavaYoshua, \se estes pequenos homens que ome� am agora a vida nada tem a ver om isso? �E umaguerra t~ao antiga e est�upida que s�o espero que estas rian� as nos redimam e nos urem".Vinha �a reuni~ao om muita expe tativa. O que Natanael lhe havia transmitido tinha-o entusi-asmado. O projeto da FIFA j�a lhe tinha pare ido inestim�avel, h�a uns meses atr�as, quando viu a opa mundial de futebol. \N~ao h�a d�uvida: o mundo est�a doente e �e ne ess�aria e urgente qualquerperspe tiva de ura . . . " E o que se passava desde h�a tanto tempo nas pr�oprias ruas e idades deIsrael e da Palestina eram feridas expostas, sangrando sem parar, aparentemente sem solu� ~ao �a vista.Por isso ele tinha vibrado t~ao intensamente om as mensagens da opa mundial e tinha oradopara que essas mensagens viessem a desen adear altera� ~oes na humanidade . . . E, subitamente, surgiaagora esta hist�oria das es olas. Yoshua estava suspenso na expe tativa e maravilhado om a vis~aodemonstrada pela FIFA, porque na realidade tudo ome� a na edu a� ~ao.Surgiu meia d�uzia de professores que se sentaram atr�as da mesa olo ada no estrado, no n��velsuperior da enorme sala. Um deles avan� ou para frente da mesa, mais perto do p�ubli o, enquanto ovozerio se ia a almando at�e hegar a um silen io atento.- Senhoras, senhores, alunas, alunos . . . omo muitos saber~ao, o que v~ao ouvir agora nesta sala,nesta es ola, est�a sendo dito ao longo destes pr�oximos dias em todas as es olas de Israel. Mas o quemuitos n~ao saber~ao �e que, tamb�em ao longo destes pr�oximos dias, isto estar�a sendo transmitido porprofessores e agentes edu ativos em es olas de todo o mundo.- O projeto que vamos des rever �e promovido globalmente pela FIFA, em onjunto om as maisdiversas institui� ~oes estatais e privadas dentro de ada na� ~ao do planeta.- O projeto hama-se \A UNI~AO DE TODOS PELA ALMA DO FUTEBOL". De erto notar~aoa similitude om o que presen i�amos na �ultima opa mundial de futebol, a qual de orreu sob a �egide\A UNI~AO DOS POVOS �E A ALMA DO FUTEBOL".- Este projeto de orre em duas vertentes b�asi as: por um lado �e um projeto edu ativo; por outrolado �e um promotor de a� ~oes humanit�arias. Es olho ome� ar pela exposi� ~ao da segunda vertente:as a� ~oes humanit�arias. Para n~ao ser demasiado exaustivo e t�e ni o, desde j�a informo que temosboletins informativos �a disposi� ~ao daqueles que queiram saber omo ser~ao entralizadas, geridas edistribu��das todas as re eitas geradas pelo projeto. Para j�a e aqui s�o digo que as re eitas ser~ao geradaspor jogos de apostas, �a semelhan� a do que a onte eu durante a opa mundial, e tamb�em pela vendade quaisquer artigos que os alunos queiram riar �a volta destes on eitos. Uma per entagem dasre eitas ser�a entregue ao or� amento de ada es ola relativa �a qual foram feitas as apostas; outraparte ser�a distribu��da pelos ven edores das apostas e o valor restante ser�a enviado para a gest~ao entral, onde, a partir da��, ser�a analizado para os pontos do planeta mais arentes de re ursos, naforma de medi amentos, alimenta� ~ao e materiais edu ativos.6

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- Toda a omunidade est�a onvidada a parti ipar neste jogo de apostas. V~ao ver que, al�em depoderem preen her os boletins de apostas na pr�opria es ola, tamb�em poder~ao fazer isso em qualquerinstitui� ~ao ban �aria, onde os pagamentos das apostas s~ao imediatamente revertidos para uma ontaaberta para o efeito. Isto �e poss��vel gra� as a um onvenio estipulado entre a FIFA e esses ban os.- Agora vamos l�a ver omo �e este jogo. Sr. Ezra, por favor, pode ligar o retroprojetor? Esperoque esteja vis��vel para todos.- Penso que muitos se lembrar~ao do jogo de apostas que foi emitido em todo o mundo previamente�a realiza� ~ao da fase �nal da �ultima opa mundial de futebol. Como sabem, foram geradas re eitassimplesmente astronomi as, que est~ao atualmente sendo usadas em interven� ~oes humanit�arias emregi~oes ne essitadas. E, meus amigos, saibam desde j�a que este projeto que agora expli o �e devidosubstan ialmente a essas re eitas. Os equipamentos de futebol que os seus �lhos lhes mostraramem asa s~ao resultado direto de todo este movimento. Nos asos em que os agregados familiares sedefrontam om n��tidas di� uldades �nan eiras foi determinado tamb�em ofere er tenis e huteiras,al�em das t-shirts e al� ~oes que foram entregues a todos. De a ordo om a dimens~ao de ada es ola,tamb�em est~ao sendo ofere idas aos estabele imentos de ensino as bolas da FIFA, omo esta que tenhoaqui.O sr. Ezra fez apare er o primeiro diapositivo na parede do fundo, que fun ionava omo tela,enquanto o orador se dirigia �a mesa onde outro professor lhe entregou uma bola.- Como podem ver, �e exatamente igual �a bola usada na opa mundial, in lusive tem aqui asins ri� ~oes que vimos nessa altura.Na tela, a imagem ampliada da bola mostrava a todo o audit�orio a j�a famosa ins ri� ~ao:\UMA S�O NAC� ~AO: A TERRAUMA S�O RAC�A: A HUMANIDADEUMA S�O L�INGUA: O AMORUMA S�O MOEDA: O SERVIC�O"- Sr. Ezra, por favor, passe para o segundo diapositivo. Na outra fa e da bola vemos outrains ri� ~ao: \A UNI~AO DE TODOS �E A ALMA DO FUTEBOL"\O MUNDO ENTREGA A ESPERANC�A DA UNI~AO DE TODOS A ISRAEL"- Lembram-se que no ampeonato mundial, nesta fa e da bola, s�o estava a primeira frase, \A Uni~aode Todos �e a Alma do Futebol", mas, no que respeita a esta nova bola distribu��da para este projeto,foi inserida a segunda frase. Talvez alguns dos seus �lhos j�a lhes tenham expli ado omo surgiuesta segunda frase: a equipa ven edora da opa era portadora do estandarte que tinha o atributo daEsperan� a, e omo o ampeonato �e inspirado e dedi ado �a Uni~ao de Todos, todas as na� ~oes, todosos homens, surge esta Esperan� a da Uni~ao de Todos. Ou seja, durante estes quatro anos �e este oideal que sustenta e dirige todos os projetos humanit�arios da FIFA. A ins ri� ~ao tamb�em nos diz queo mundo nos entrega a n�os, Israel, esta Esperan� a da Uni~ao de Todos os Povos. Isto �e o mesmo quedizer que entrega a ada um dos israelenses a Esperan� a da Uni~ao de todos os homens, israelensese n~ao israelenses. O que s~ao as na� ~oes sen~ao os homens que as onstituem? Se n~ao houvesse umisraelense n~ao haveria Israel, s~ao as nossas almas que omp~oem a alma de Israel. Agora, esta entregada Esperan� a da Uni~ao que o mundo faz a Israel est�a sendo feita pelo mundo a ada uma das na� ~oesdo planeta, ou seja, a ada um dos homens dessas na� ~oes. Ent~ao, se mesmo que n~ao seja poss��vela algu�em gastar dinheiro nas apostas, de erto lhe ser�a poss��vel, se assim o de idir, ter presente em7

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seu pensamento, nas suas emo� ~oes e suas a� ~oes tentar viver o dia-a-dia no esp��rito da Esperan� a daUni~ao de todos. Esta seria a sua mais valiosa d�adiva ao mundo, mais que o dinheiro que possa doarno jogo de apostas ou de qualquer outra forma.- Talvez se re ordem de alguns dos outros atributos da alma que foram manifestados na opa domundo: por exemplo, a Harmonia, a Paz, a Irmandade, a Amizade, a Sabedoria. Ou seja, se n~aotivesse sido o ven edor a Esperan� a, provavelmente estar��amos agora vendo a Paz da Uni~ao de todos,ou a Sabedoria da Uni~ao de todos, n~ao �e? Uma oisa �e erta: que �e a Esperan� a da Uni~ao sen~ao aSabedoria da Uni~ao ou a Irmandade da Uni~ao? Sem a Amizade, sem a Harmonia, sem a Sabedoria,n~ao h�a Esperan� a. �E maravilhoso e m�agi o, vemos que todos os atributos existem ontidos em adaum deles. Mas ada um deles tem um sabor e uma or diferentes e �e nesta Esperan� a da Uni~ao detodos que somos agora onvidados a on entrar-nos. O mundo est�a nos olhando, omo n�os estaremosolhando ada um dos que omp~oem o mundo, tentando per eber, ompreender e aprender om adaum dos outros omo se onsegue viver verdadeiramente este esp��rito da Esperan� a da Uni~ao de todos.2.3 Projeto esperan� a de pazHassan tinha deixado de sofrer om o alor e o sufo o da pequena multid~ao que se apinhava no sal~aoprin ipal da es ola de Yussuf, tal era a sua aten� ~ao �as palavras do professor Mohamed. H�a uns bonsminutos que Mohamed estava des revendo os aspe tos do projeto \A Uni~ao de Todos pela Almado Futebol" e Hassan ia vivendo emo� ~oes ontradit�orias pelo que estava ouvindo. Compreendiae ansiava por este esp��rito da Esperan� a da Uni~ao de todos. Vivia onstantemente isso om osvizinhos, ou melhor, quase onstantemente. Quase todos se propor ionavam sustenta� ~ao entre si,talvez por estarem irmanados na pobreza, nas di� uldades materiais e emo ionais omuns, talvezpor esse sentido de uni~ao que liga os que se sentem oprimidos por um invasor. Mas, pre isamentepor isto, era-lhe dolorosamente dif�� il fazer a transposi� ~ao desse esp��rito da Esperan� a da Uni~ao detodos para o Esp��rito da Esperan� a da Uni~ao entre todos os povos. Havia demasiada dor e revoltapara om alguns \todos" que n~ao faziam parte da irmandade, para om aqueles que tantas vezes lhepare iam querer ombater o Isl~a. Mas em outros momentos os seus pre on eitos atenuavam-se aore ordar tantos dos seus ontatos e viven ias om muitos israelenses om os quais se sentia a olhido ea eito em suas diferen� as ulturais, religiosas e de ra� a. Ele estava su� ientemente sensibilizado paravez ou outra lhe o orrer que se tivesse nas ido israelense estaria do outro lado da barreira, sentindotamb�em a revolta, o medo e a dor de ver os seus amea� ados e violentados pelas bombas sui idas.Mas demasiadas vezes o dia-a-dia lhe apagava esse dis ernimento e voltava a ser s�o um palestinoesmagado pela revolta de ser oprimido, inferiorizado, invadido pelo usurpador. \N~ao h�a um �m paraisto?", perguntava-se, \Ser�a para sempre olho por olho, dente por dente, vida por vida? N~ao ser�as�o a morte o resultado desta equa� ~ao?" Estava ansado e sofria mais que tudo pelos �lhos quandoimaginava que nada mais haveria para eles sen~ao o que desde sempre lhes tinha sido garantido: dor,medo, violen ia, opress~ao, morte. Ah, sim, omo aquela Esperan� a lhe fazia sentido!E o professor Mohamed ontinuava a sua disserta� ~ao, om toda a sala suspensa nas suas palavras:- Meus irm~aos, eu sei que pou os entre n�os ter~ao possibilidade de pagar para jogar este jogo deapostas, mas, j�a lhes disse, o mais importante �e jogarmos todos os dias o jogo da vida om estaEsperan� a no ora� ~ao porque queremos que os nossos �lhos venham a onstruir outra realidade, umarealidade de vida e n~ao de sangue e morte. Ent~ao que lhes entreguemos esta Esperan� a da Uni~ao,tal omo o mundo a entrega �a Palestina, entreguemo-la aos nossos �lhos e netos, porque eles s~ao aPalestina de amanh~a. Que heran� a queremos deixar a eles, depois de partirmos?\Como, infelizmente, os nossos meios s~ao es assos, seremos daqueles que mais bene� iar~ao dosre ursos re olhidos pelo projeto da FIFA. �As nossas rian� as ser~ao ofere idos tenis e huteiras, al�emdas t-shirts e al� ~oes, oisa que muito mais raramente a onte er�a em regi~oes omo a Europa Centrale O idental. Re eberemos medi amentos e alimentos, re eberemos livros, adernos, esferogr�a� as, e8

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espero que muito mais de tudo o que possam imaginar para a edu a� ~ao das nossas rian� as . . . e tudoisso fruto dos jogos de apostas feitos em es olas por todo o mundo.\Olhem agora para este quadro. Estes foram os atributos da alma dos homens que foram repre-sentados pelos dezesseis pa��ses que parti iparam na fase �nal da �ultima opa do mundo de futebol:ESPERANC�AVIS~AOIRMANDADECURAFORC�AAMIZADELIBERDADEORDEMBELEZAINSPIRAC� ~AOIGUALDADEVERDADEPAZCARIDADESABEDORIAHARMONIA\Pois bem, al�em destes dezesseis atributos, h�a entenas mais, e ser~ao os alunos que de idir~aoem onselho de turmas quais eles querer~ao representar nos seus pr�oprios ampeonatos de futebol.Tamb�em foi a ordado pelos minist�erios da edu a� ~ao da Palestina e de Israel que, pelo fato de sermosna� ~oes pequenas, om popula� ~oes reduzidas que partilham territ�orio omum, haver�a uma grande �nalentre os ven edores palestinos e os israelenses, omo sinal da Esperan� a dos dois para o bem-estardas gera� ~oes presentes e vindouras.\O que foi proposto pela FIFA, se ada es ola o quiser e omo entender fazer, foi que o assunto doprojeto fosse interdis iplinar, isto �e, aproveitar-se esses on eitos dos atributos da alma em todas asdis iplinas que �zesse sentido os alunos aprofundarem o assunto, fosse em �loso�a, fosse no estudodas l��nguas, da religi~ao, nas dis iplinas ligadas �a arte e trabalhos o� inais, en�m, onde quer que osalunos pudessem explorar os seus mais profundos desejos e anseios de vida e ser. Por outro lado,h�a tudo o que diz respeito diretamente ao pr�oprio ampeonato interturmas e interes olas, omo, porexemplo, a ria� ~ao e onstru� ~ao dos estandartes e logotipos, os quais seriam da responsabilidade riativa dos alunos.\Depois de os alunos de idirem os atributos a representar, a es ola j�a estar�a em ondi� ~oes deemitir os seus boletins do jogo de apostas porque, omo podem ver, j�a faz parte do jogo apostar aqual das turmas vai orresponder ada um dos atributos. Ali�as, alguns provavelmente se lembramque tamb�em foi este o pro esso usado pela FIFA na opa do mundo, quando, na erim�onia do sorteioda distribui� ~ao das dezesseis equipes pelos quatro grupos, tamb�em se sortearam os atributos que ada uma representaria no ampeonato.\Obviamente, esta es ola j�a de idiu que avan� a om este projeto e estamos felizes por ver oentusiasmo om que as nossas rian� as reagiram a isto. A mensagem est�a passada. Que tanto os9

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alunos omo os pais se divirtam om tudo isto, om este grande jogo que ser�a planet�ario, e �quemdesde j�a ontando que todos os anos teremos esta oportunidade, se Deus assim o quiser e se os homensassim de idirem es olher."2.4 Cultivando valores nas rian� asAquele foi um ano diferente para quase todos, pelo menos para os alunos, professores e pais de alunos.Todo um on erto de novas emo� ~oes se veio imis uir em suas viven ias di�arias. Mesmo os ilandoentre emo� ~oes ontradit�orias, pare ia que de uma forma generalizada quase todas as pessoas se iam onfrontando om novas e diferentes possibilidades, outras vis~oes se lari� avam deixando um travode promessas luminosas nas mentes e no ar. Pare ia que o en adeamento dos fatos estranhamenten~ao era j�a t~ao determin�avel. Mas haveria alguma oisa on reta, alguma verdadeira altera� ~ao nesseen adeamento de fatos? Aparentemente n~ao. Os bombistas sui idas ontinuaram querendo atalharo seu aminho para o para��so, n~ao querendo per eber que estavam simplesmente a matar; o governoe ex�er ito israelense ontinuaram a destruir asas e eliminar v��rus terroristas, em uma pro�laxiadefensiva, n~ao querendo per eber que estavam simplesmente a matar. Os primeiros faziam-no pelodireito �a liberdade (entre outras oisas) e os segundos faziam-no pelo direito �a vida (entre outras oisas). Entretanto, uns e outros, l�a iam seguindo sua senda de prenderem a vida, matarem aliberdade, prenderem a liberdade, matarem a vida . . . Pare ia estar omo sempre, a rotina n~ao queriadesistir de se alimentar do terror.�E, por fora pare ia que tudo estava na mesma. Mas era estranho. Havia um novo sabor nas oisas, uma expe tativa inde�n��vel que estava res endo . . . res endo para onde? . . . vinda do que?. . . Alguns j�a se perguntavam se seria o fato de os seus garotos virem da es ola om aqueles trabalhos,aquelas omposi� ~oes sobre os ideais, os tais atributos da alma que estavam explorando. Seria dosjogos de futebol onde os pais os viam a jogar, levando nas suas amisetas e nas suas inten� ~oes aquelas oisas t~ao belas, mas t~ao ut�opi as, omo a Amizade, a Beleza, a Inspira� ~ao, o Servi� o, a Sabedoria,a Pureza, o Conforto, a Miseri �ordia, o Amor, a Consagra� ~ao, a Verdade, e tantas outras que osseus pr�oprios �lhos tinham es olhido defender? Bem, mal n~ao lhes fazia, pensavam muitos pais . . . etamb�em muitos outros pensavam: \ser�a que ser~ao os nossos �lhos a mudarem este estado de oisas?". . . e havia ainda alguns, muito pou os, que queriam pensar: \ser�a que as oisas j�a est~ao mudando?. . . ser�a esta estranha e nova sensa� ~ao o pren�un io da mudan� a?" Bem, pelo menos pare ia que aEsperan� a da Uni~ao estava ada vez mais a esa para muitos, mesmo que n~ao o per ebessem. Masos mais idealistas, os mais sonhadores, se sentiam aproximando do ume dessa Esperan� a da Uni~aode Todos porque estavam na v�espera do en ontro �nal entre as suas rian� as israelenses e palestinasno gramado de futebol. Seriam as rian� as a entregarem-lhes uma nova dire� ~ao? Seria amanh~a�nalmente um novo dia?2.5 Futebol motivando l�agrimas de esperan� aA bola rolou r�apida ao longo da linha lateral, avan� ando para o extremo, pare endo que se poderiaperder na linha de fundo. Mas Yussuf aper ebeu-se do lateral direito israelense lan� ado em uma orrida desenfreada. Pare eu a Yussuf que era bem prov�avel que o israelense hegasse a tempo e osseus ompanheiros ainda estavam afastados da defesa, tentando a ompanhar a r�apida deslo a� ~ao demais dois israelenses a aminho da grande-�area.N~ao havia que hesitar, o israelense ia hegar �a bola. De t~ao on entrado, n~ao ouvia a multid~ao, ujo rumor res ia om a iminen ia da jogada perigosa. Yussuf lan� ou-se deslizando pelo h~ao, omtodo o ��mpeto.Natanael viu o zagueiro palestino se projetando em dire� ~ao �a bola. Tinha que tentar, era poss��vel,estava mais perto que o zagueiro, s�o um pequeno desvio e podia assistir os dois olegas que vinham10

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mais r�apido que os jogadores palestinos, apanhados de surpresa pelo ontra-ataque inesperado.Natanael onseguiu dar um pequeno desvio �a bola, mas j�a n~ao passou. Yussuf, ao deslizar, sem apa idade de reagir pela rapidez dos movimentos, viu os seus p�es se erguerem at�e meio metro depoisde terem trope� ado em uma parte irregular do gramado. Natanael sentiu um baque violento jogandosua perna esquerda ontra a direita e perdeu-se em um torvelinho de rebol~oes in ontrol�aveis. Oest�adio explodiu.No meio da a ofonia ensurde edora desta aram-se insultos raivosos. Hassan � ou olado aoassento, l��vido. Notou que o israelense sentado ao seu lado deu duas fortes palmadas nas pernase gritou \Natan!!! Filho! . . .mas que �e isto?!", enquanto se levantava omo uma mola e sa udiaos bra� os om os punhos fe hados. Mas Hassan j�a nem queria saber disso nem dos insultos que semultipli avam no ar, � ando om os olhos presos em Yussuf que estava om uma atitude onsternada.Ele sabia que o seu �lho n~ao era um �ngido.Yussuf � ou tres segundos sentado, levando as m~aos �a abe� a: tinha sido sem querer. Natanaeltinha rebolado uns bons in o metros e a pr�opria velo idade voltou a po-lo de p�e, notando que n~ao setinha ma hu ado. Com a irrita� ~ao disparando-lhe no peito, mal se aper ebeu das tonturas. Avan� ou �elere para Yussuf om as m~aos e dentes rispados.- Ent~ao, ara?!! - gritou Natanael, embatendo as m~aos ontra o peito de Yussuf e empurrando-o.- Filho!!! - gritou preo upado Hassan - Tenha alma!! - e olhou de relan e para Yoshua, ao seulado, que tamb�em o mirou, surpreendido.\Essa n~ao, s~ao os nossos �lhos . . . estou ao lado do pai do outro", pensou Yoshua, onfundido pela oin iden ia, voltando a olhar para o ampo om um ar zangado.- Des ulpa, foi sem querer!! Foi sem querer!! - ia dizendo Yussuf para Natanael, sem tirar as m~aosda abe� a e n~ao fazendo o m��nimo gesto de defesa.- E vo e n~ao me viu hegando primeiro �a bola? - rugiu Natanael, vermelho de raiva.- Os meus p�es bateram num bura o no gramado . . .me des ulpa! - disse Yussuf, om um gestoapaziguador.Alguns objetos lan� ados do p�ubli o ome� aram a air �a volta deles. Natanael esfregou a abe� a omas m~aos, olhando para o h~ao, omo que tentando dispersar a irrita� ~ao. Respirou fundo, om as m~aosnas an as, e olhou nos olhos de Yussuf sentindo sua honestidade. Em simultaneo ome� aram a olharpara as ban adas em redor, despertando para a tempestade que atravessava o p�ubli o, ome� ando aper eber os insultos que hoviam e notando que estes j�a n~ao visavam Yussuf mas sim a Palestina eIsrael.Ent~ao, en araram-se de novo, olhos nos olhos, e a surpresa om que se espelharam um no outrodizia um mundo de oisas, era in r��vel omo tantas oisas abiam em tres segundos. De repente � out~ao laro, para um e para o outro, que eles n~ao queriam fazer parte daquela hist�oria de �odio. A�nalo que era aquele jogo?E enquanto as l��nguas amaldi� oavam e as frustra� ~oes e a raiva eram lan� adas em todas as dire� ~oesdaquela massa abandonada �a rea� ~ao emo ional, Yussuf, lentamente, esti ou a sua amiseta omambas as m~aos, frente a Natanael, para que � asse bem lara e leg��vel a palavra que a�� estava es rita:\IRMANDADE"Natanael reproduziu o mesmo gesto lento e apontou para a sua amiseta, enquanto olhava Yussuf.Na sua lia-se: \PAZ"11

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Completamente em sintonia, viraram-se ambos para o p�ubli o, apontando as palavras das ami-setas, os seus estandartes, os atributos que tinham vindo sentidamente defender.Ouviu-se o ru��do esvaziando. Come� ou a estabele er-se um silen io estranho, onde um ou outroinsulto se intimidaram, esmore idos.Silen io total.Algu�em ome� ou a bater palmas, pausadas, ritmadas.Outros se ome� aram a juntar, sempre ritmadamente, mar adamente.Em dez segundos o est�adio inteiro fazia parte desse on erto uni� ado. Pare ia que os ora� ~oesde todos pulsavam junto om o bater ordenado das m~aos. Yoshua e Hassan olharam-se, sorrirame estenderam as m~aos, que apertaram omovidos, enquanto viam os �lhos rindo e a quem se iamjuntando todos os outros jogadores num abra� o.Pare ia que os homens queriam \A IRMANDADE DA PAZ". Ou ser�a que era \A PAZ DAIRMANDADE"? Bem . . . n~ao �e a mesma oisa?� FIM �3 A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol3.1 Introdu� ~ao e Agrade imentoAs p�aginas que se seguem visam apresentar o projetoA Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol.Este projeto foi on ebido tendo omo pal o de a� ~ao a fase �nal de todos os ampeonatos de futebol(e outros desportos), mundiais ou ontinentais, bem omo os subsequentes ampeonatos organizadospela UEFA, FIFA e outras onfedera� ~oes.Ele pode e deve ser usado nas es olas de qualquer ponto do planeta, j�a que pretende ser uma fer-ramenta edu adora das gera� ~oes, um passo a mais na extensa e vasta aminhada para se materializaro reino do C�eu na Terra.Desejando que este seja um ampeonato que marque o in�� io de uma nova era para o Futebol e,prin ipalmente, para a Humanidade, agrade emos aos elementos de outras na� ~oes e outros ontinentesas suas ontribui� ~oes para o desenvolvimento desta ideia onforme se ia orpori� ando e res endoem energia e vitalidade. Sem esses elementos, representando as suas na� ~oes, este projeto n~ao teriasido riado nem formulado. Eis a Uni~ao, eis a Alma omum.3.2 Fundamenta� ~ao e raz~oes para o projetoO destino da humanidade tem sido onstru��do por todas as gera� ~oes que nos ante ederam e, noentendimento de alguns, essa onstru� ~ao ont��nua aponta em uma determinada dire� ~ao subliminar,assente em arqu�etipos do supra ons iente oletivo. Entendem que, num s�o aparente paradoxo, essedestino e essa dire� ~ao s~ao onstru��dos e de ididos em livre arb��trio, gera� ~ao ap�os gera� ~ao, indiv��duoa indiv��duo, dia ap�os dia, momento ap�os momento.Todas as gera� ~oes s~ao orol�ario da Hist�oria e todas dizem: \A Hist�oria trouxe tudo at�e aqui,resultou nisto, aqui e agora". Mas, al�em dessa perspe tiva� ~ao e autoan�alise das gera� ~oes quanto aosfundamentos e pro essos que riaram o presente da sua existen ia, tamb�em elas devem entregar-sea um labor vision�ario de produzir no presente e para o futuro ada vez maior Bem, ada vez maisBeleza, maior Harmonia. 12

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Todo este pro esso de gesta� ~ao ont��nua tem impli ado onstantes \dores de parto" pela perse-gui� ~ao de um \estado de gra� a" que ont�em os mais variados atributos. A de�ni� ~ao desse \estadode gra� a" tem tantas on�gura� ~oes omo a quantidade de indiv��duos que existem �a fa e do pla-neta, porque - embora num primeiro plano esteja diretamente rela ionada om as ara ter��sti asdos ontextos ultural, so ial, e onomi o, ideol�ogi o e de ren� as religiosas dos grupos onde adaser humano est�a inserido -, em �ultima instan ia, reside individualizada no mais ��ntimo de ada um, om uma olora� ~ao e vibra� ~ao de espe i� idade �uni a, porque, tal omo as impress~oes digitais s~aodiferentes embora estejam presentes em todos, tamb�em sentimos as mesmas oisas em graus, formase per ep� ~oes diferentes uns dos outros: \Todos diferentes, todos iguais".Assim, essa grande vis~ao de um labor para a unidade, paz ou perfei� ~ao humanas, pode ser hamadapor uns omo \solidariedade so ial", por outros omo \humanismo", ou, por outros ainda, omo\manifesta� ~ao da essen ia divina".Portanto, n~ao �e t~ao importante a forma omo ada indiv��duo ou grupo humano on ebe estelabor ou este \estado de gra� a", mas, sim, veri� ar que essa ambi� ~ao est�a indelevelmente ins ritana intimidade de todos, ada qual a vivendo om maior ou menor intensidade, om maior ou menoresperan� a, sob as mais diversas formas de ren� a. �E laro omo isto �e vis eral para o ser humano,sendo mesmo uma quest~ao de sobreviven ia.Ent~ao, no horizonte da realidade humana, surgem valores de tal universalidade que pare emsobrepor-se a qualquer espe i� idade ou subjetividade. S~ao valores que deveriam abra� ar o planetapor inteiro e onde aparentemente on uem as mais fortes ne essidades dos seres humanos e nosquais ganha onsisten ia a ideia de que na verdade todos somos um s�o. Neles todas as ra� as s~aouma �uni a ra� a, as ideologias s~ao uma s�o ideologia, os seres humanos podem rever-se em qualqueroutro ser humano. Alguns, autenti os pilares do nosso supra ons iente oletivo, s~ao, por exemplo,os seguintes:Irmandade: o ser humano, para sentir-se vivo e nutrido, ne essita irmanar-se.For� a: o ser humano, para sentir-se vivo e nutrido, ne essita dar for� a e ser fortale ido.Liberdade: o ser humano, para sentir-se vivo e nutrido, ne essita ser livre e entregar liberdade.Paz: o ser humano, para sentir-se vivo e nutrido, ne essita ser pa ��� o e riar a paz.Estes prin ��pios, se aparentam ser em es ala mi ro �osmi a ful rais para os indiv��duos, valemma ro osmi amente para as na� ~oes e para o Planeta num todo.A Humanidade hegou a uma en ruzilhada no seu destino.O advento da \aldeia global" planet�aria, om os fenomenos de massas sendo ada vez mais poten- iados pelas novas te nologias da informa� ~ao, traduz-se num a �umulo de for� as que, om o subja entelivre arb��trio de que o ser humano usufrui, tanto podem ser dire ionadas num sentido autoaniquilador omo num sentido autolibertador.Es usado ser�a aprofundar aqui os exemplos agrantes e di�arios dos dois sentidos em que essepoten ial �e utilizado e que embebem todas as vertentes, n��veis e aspe tos da nossa viven ia di�ariae rotineira. Tamb�em nos pare e es usado falar das propor� ~oes graves a que o uso de determinadaste nologias (n~ao s�o as da informa� ~ao, mas tamb�em as assumidamente destrutivas, riadas original-mente para as a� ~oes de guerra) nos podem levar, levando-nos a onsiderar a infeliz possibilidadede se ultrapassar um determinado limite que se poderia traduzir no �m ingl�orio desta \experien iahumana".Ent~ao, se esse poten ial �e laramente pass��vel de ser a ionado em qualquer um desses sentidos (ouo ben�e� o ou o prejudi ial), n�os es olhemos tentar agir om inteligen ia onstrutiva e olo ar a nossa riatividade ao servi� o do maior bem poss��vel, para o maior n�umero de pessoas poss��vel, pelo maiorespa� o de tempo poss��vel. 13

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A humanidade ome� a a onseguir al� ar-se da infan ia da ons ien ia e pare e ome� ar a per eberque est�a em suas m~aos alterar este estado de oisas. S~ao muitas as for� as ben�e� as que ada vezmais se estabele em, erguem e a�rmam, sensibilizando a opini~ao p�ubli a, in utindo-nos um sentidoe ol�ogi o, determinando em res ente aperfei� oamento a nossa es ala de valores, direitos e responsa-bilidades, que nos pare e importante dar-lhes in entivos para que vigorem ainda mais omo for� asatuantes.Nesta hora grave e que pare e t~ao de isiva, todos os esfor� os que possam ser en etados a favorda paz e uni� a� ~ao globais poder~ao ser um apoio para auxiliar a humanidade a en aminhar-se paraa realiza� ~ao do destino da sua mais bela esperan� a: o estabele imento de uma nova era de paz ede liberta� ~ao de um passado de enormes injusti� as que teimamos em fazer persistir pelo presente eamea� am permane er para o futuro.Talvez fosse ne ess�ario ompreendermos que as a� ~oes que possamos realizar para ontribuir para aevolu� ~ao da humanidade estejam propor ionalmente ligadas, em ordem res ente e direta, �a evolu� ~aoque onsigamos imprimir na nossa interioridade. Esse pode ser o ampo primordial de a� ~ao. Setentarmos realizar a evolu� ~ao em n�os, ent~ao a nossa proje� ~ao para uma a� ~ao externa poder�a reverberare ter resultados dur�aveis ou signi� ativos.Al�em disso, n~ao �e poss��vel que qualquer um de n�os, por muito ons iente que seja, onsiga mudaros outros de forma a mudar o mundo. A �uni a pessoa que onseguimos mudar somos n�os pr�oprios e,sendo assim, esse pode ser o nosso verdadeiro ampo de trabalho para a transforma� ~ao. Se formos bemsu edidos nessa autotransforma� ~ao, a�� sim, talvez possamos onseguir de alguma forma ontribuirpara mudar o mundo. Entretanto, para tentar essa transforma� ~ao interna, devemos valer-nos dosreferen iais deixados e entregues por aqueles que sentimos, ou pressentimos, que a al an� aram ouque, pelo menos, possu��am uma vis~ao do aminho a per orrer para essa meta maravilhosa. �E ent~aoessa a pretens~ao deste projeto: sugerir referen iais e a energia sublime desses mesmos referen iais, omo sustenta� ~ao e pista para a tentativa da sensibiliza� ~ao, do despertar e da evolu� ~ao do maiorn�umero de pessoas poss��vel.Assim, pode ser que uma solu� ~ao, uma have pre iosa para que a uni~ao global a onte� a, seja que ada indiv��duo en ontre, a�rme e manifeste os valores humanos que s~ao omuns ao anseio de todae qualquer alma �a fa e do planeta, os valores que possam assegurar a ponte de uni~ao entre todospor serem valores omuns a qualquer indiv��duo de qualquer religi~ao, de qualquer ren� a, de qualquer ultura, de qualquer estatuto so ial. Estes valores s~ao muitos, mas omo exemplo ontemplamosaqui dezesseis que orresponderiam �as dezesseis equipas parti ipantes na fase �nal do Campeonatoda Europa. Os valores es olhidos a t��tulo de exemplo s~ao os seguintes: Irmandade, Justi� a, For� a,Amizade, Realiza� ~ao, Liberdade, Ordem, Inspira� ~ao, Vontade, Igualdade, Verdade, Paz, Sabedo-ria, Harmonia, Vibra� ~ao e Vis~ao (no Anexo 3 entregamos uma lista de mais de em atributos quepoderiam ser avaliados para o mesmo prop�osito).Esta ideia surge omo mais um refor� o e ponte para a uni� a� ~ao dos Povos e Na� ~oes para aefetiva� ~ao da globaliza� ~ao planet�aria, no que este on eito ont�em de mais puro e ben�e� o para aHumanidade.Pretende-se olo ar esta ideia a um n��vel pr�ati o, dentro do ontexto da mais justa equanimidadeque se desejaria no movimento de aparente irreversibilidade da globaliza� ~ao. Este �e um projetoque prop~oe entregar a� ~oes pr�ati as para o que poder��amos designar omo uma edu a� ~ao global,podendo portanto assumir dimens~oes planet�arias, sendo-lhe subja ente um absoluto respeito pelasespe i� idades ulturais de ada etnia ou povo. Aqui sugerimos uma a� ~ao que refor e a integra� ~aodos povos na per ep� ~ao de que, na realidade, somos um �uni o Povo, uma �uni a Na� ~ao, uma �uni aHumanidade, um �uni o Planeta.14

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3.3 O Fenomeno FutebolO fenomeno do futebol, o desporto-rei, tem aminhado desde h�a alguns anos sob a �egide do on eitodo fair-play, um nobre on eito, mas tudo pare e indi ar que a fa e positiva deste desporto tem umpoten ial muito mais amplo e elevado do que aquele onde se tem entrado as aten� ~oes.A divers~ao, para o ser humano, reveste-se de uma aura impres ind��vel para a garantia da sa�udef��si a, mental e ps��qui a. �E nossa onvi � ~ao que a divers~ao nos �e t~ao absolutamente ne ess�ariaquanto a sa�ude e a edu a� ~ao. Ali�as, nesta trilogia, esses ampos de manifesta� ~ao humana est~aoindissoluvelmente ligados, j�a que nenhum deles �e uma experien ia ompleta de vida sem os outros.Entretanto, dentro desse vasto ambito da divers~ao, e mais espe i� amente no que respeita aodesporto, o futebol �e o fenomeno que sus ita maior prazer e despertar de emo� ~oes no seio de toda ahumanidade.Centenas de milh~oes de pessoas est~ao suspensas nos milhares de jogos que todas as semanasa onte em mundo afora. Que poten ial �e este? Que papel abe ao futebol assumir om tantaemo ionalidade, tanta expe tativa e in lusive tanta feli idade que se desprende desse fenomeno?Perante as eviden ias deste fato surpreendente, abe insistir na pergunta: que papel aber�a aofutebol assumir?Uma oisa pare e lara: o futebol, por interm�edio das suas asso ia� ~oes, re�une em seu amploabra� o mais na� ~oes do que qualquer organismo pol��ti o. �E uma ponte que enla� a os povos; �e, porex elen ia, um dos pretextos om o maior poten ial pa ��� o para o en ontro entre os povos, para oseu onhe imento e re onhe imento m�utuos.O futebol �e um embaixador dos mais s�abios. Pela sua natureza neutra, a eita todos em seu seio.Pela sua natureza de divers~ao, desperta as mais apaixonadas emo� ~oes. N~ao se imp~oe omo modaou opini~ao, re ebe todos nas suas diferen� as e igualdades porque a todos deixa livres para a energiada riatividade, abra� ando em si todos os estilos, t�ati as e t�e ni as que existem e existir~ao, todasdo ilmente submetidas a uma ordem omum.Porque assim pare e ser, insistimos em perguntar mais uma vez: que papel poderia o futebolassumir? Se o futebol �e um embaixador, n~ao lhe poderia aber assumir mais de�nidamente essafun� ~ao?�E esta a nossa proposta na explana� ~ao deste projeto para a UEFA e a FIFA: imaginar que ofenomeno futebol se possa entronizar omo um dos mais e� azes meios para ontribuir para a uni-� a� ~ao dos povos, om mais enfase e a utilan ia do que as que j�a lhe abem por ineren ia.A nossa proposta passa pela atribui� ~ao, a ada equipa parti ipante na fase �nal deste ampeonato,de um determinado atributo e anseio elevado da alma humana. Para isto seriam usados os valoresque s~ao ponte de uni~ao entre dois homens e entre dois povos, valores que independem das vis~oes, ren� as e opini~oes parti ulares porque s~ao valores onde todos se en ontram e irmanam, porque s~aovalores da alma - e a alma n~ao tem ra� a, redo ou or.Como n~ao podia deixar de ser, estes atributos tamb�em s~ao ara ter��sti os do futebol no seu estadomais puro, ou, pelo menos, s~ao dos maiores anseios da pr�opria alma do futebol.Os valores propostos a t��tulo de exemplo s~ao os seguintes:IrmandadeJusti� aFor� aAmizadeRealiza� ~ao15

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LiberdadeOrdemInspira� ~aoVontadeIgualdadeVerdadePazSabedoriaHarmoniaVis~aoVibra� ~aoComprovado que o Futebol �e, prati amente em todo o Planeta, o desporto-rei, entendemos que po-deria aber �a UEFA, �a FIFA e �as outras Confedera� ~oes assumirem-se ada vez mais omo uma for� adiplom�ati a global planet�aria, que poderia in uen iar os povos no sentido da aproxima� ~ao m�utua,por serem for� as diplom�ati as que usufruem de uma onota� ~ao e natureza n~ao pol��ti as. Compro-vando este poten ial do Futebol, gostar��amos de deixar aqui o registro urioso e signi� ativo de umaa�rma� ~ao de uma diplomata portuguesa, Ana Gomes, ex-embaixadora de Portugal na Indon�esia. Oseguinte tre ho �e retirado da revista Vis~ao (Portugal), de 18 de Outubro de 2001:Sobre as rela� ~oes luso-indon�esias, (Ana Gomes) aponta o onta to entre os desportistas, emespe ial o futebol, omo uma das �areas a explorar. \A s�erio", diz, \o futebol tem aqui umpoten ial promo ional e ultural de primeiro plano: os indon�esios s~ao lou os por futebol. Lu��sFigo para eles �e um her�oi. Obrigam-me a saber das traje t�orias de Rui Costa, V��tor Ba��a, AbelXavier . . . ".Esta de lara� ~ao �e tanto mais sintom�ati a e surpreendente quando os portugueses, obviamente, s~aodiretamente onotados om a de lara� ~ao de independen ia de Timor-Leste.Imaginemos ent~ao que a UEFA e a FIFA de retassem que o Campeonato Europeu de Futebol de2016, uja fase �nal de orre na Fran� a, fosse realizado sob a �egide do seguinte estandarte:\A UNI~AO DOS POVOS �E A ALMA DO FUTEBOL"3.4 A Alma do FutebolDevido �a estrutura psi ol�ogi a do ser humano, um dos ampos de atividade onde este mais se entra�e o da divers~ao. Aqui, em poten ial, o homem retempera-se, renova as suas energias e animo,transformando de alguma forma, e at�e erto ponto, os dramas pessoais e oletivos. Esse �e o poder dadivers~ao, a qual, quando n~ao toma os ontornos de aliena� ~ao, lhe traz regenera� ~ao, sa�ude e equil��brioa todos os n��veis: uma das re eitas simples para este ser omplexo.Dentro da vasta abrangen ia da divers~ao, en ontramos o desporto omo das manifesta� ~oes maissaud�aveis e naturais, das que melhor umprem o des��gnio de riar harmonia: \mente s~a em orpos~ao".Finalmente, dentro do desporto, deparamo-nos om aquele que foi globalmente eleito, om natu-ralidade, omo o \desporto-rei": o Futebol. 16

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Este fenomeno, que �e o fato de o Futebol representar um aglutinador de indiv��duos e na� ~oes,pare e ser um poten ial maravilhoso para ser utilizado na ria� ~ao de uma nova ordem global. �E umfenomeno de tal ordem que, mesmo tendo raiz ompetitiva, �e um pa i� ador em poten ial. Emborase en ontre nele uma na� ~ao ompetindo om outra, ada uma almejando de alguma forma sobrepor-se �a outra, \ onquistando-a" e \ven endo-a", a verdade �e que de alguma forma se d�a um en ontroe um abra� o entre elas, independentemente do resultado do jogo. Para l�a da rivalidade e do jogopsi ol�ogi o \superior/inferior", respira-se um mist�erio subjetivo de igualdade, por haver um en ontrono mesmo terreno e om as mesmas \armas". Efetivamente, s~ao duas na� ~oes que nessa hora se to am,se interpenetram, sem os poten iais desfe hos violentos derivados de diferen� as ulturais e pol��ti as,talvez porque as regras do jogo imp~oem determinados limites onde se sabe que tudo se resume a uma\luta" de diferen� as pa ��� as, diferen� as essas que poder~ao ser anuladas ou invertidas num pr�oximoen ontro. Pare e haver sempre a esperan� a de realiza� ~ao subja ente, uma a eita� ~ao pa ��� a dosresultados, que poder~ao sempre ser alterados no futuro.Entretanto, para l�a das mossas nos orgulhos na ionalistas, n~ao houve sangue, n~ao houve fome, n~aohouve usurpa� ~oes territoriais, n~ao houve mis�erias que exterminaram vidas e violaram almas. Sente-seque, para l�a de quaisquer \hooliganismos", a paz prevale e superior a todas essas \guerras" e queh�a omo que um es oamento de energias de diferen ia� ~ao que se a ionaram e manifestaram, mastamb�em, em simultaneo, omo que um sutil abra� o que prevale e superior a todas essas diferen� as.Poder-se-ia dizer que aqui (na manifesta� ~ao do Futebol) tamb�em se aminha sobre uma lamina dedois gumes, porque, para todos os efeitos, n~ao deixamos de ver nele os na ionalismos em onfronto.A hamos que o Futebol tamb�em orre, embora ino entemente, o ris o de servir de poten iador dasdiferen� as, dos separatismos e das desigualdades. Mas essa �e mais uma das raz~oes que justi� amplenamente a proposta que se apresenta, aqui e agora, �a UEFA e �a FIFA. A nossa proposta de fazerum Campeonato Europeu de Futebol de 2016 sob a �egide do estandarte \A UNI~AO DOS POVOS�E A ALMA DO FUTEBOL" �e de, deliberadamente, levar o Futebol a a�rmar-se omo entidadede natureza pa i� adora e uni� adora num ambito global planet�ario. Pode ser um passo que torne aa� ~ao deste desporto omo assumidamente interventivo no desenvolvimento e defesa dos valores maiselevados da Humanidade. Por isso, pare e fazer todo o sentido re onhe er que os prin ��pios universaisassentes na estrutura das almas dos indiv��duos e das na� ~oes sejam a pr�opria alma do Futebol. Da��dizermos que a alma do Futebol �e omposta, entre muitos outros, dos seguintes atributos:A Alma do Futebol �e IrmandadeA Alma do Futebol �e For� aA Alma do Futebol �e LiberdadeA Alma do Futebol �e PazAproximamo-nos, assim, da ideia subja ente a este projeto.Expusemos at�e agora os pressupostos, as raz~oes e justi� a� ~oes que alimentaram o delineamentodeste projeto, para que se torne minimamente ompreens��vel o poten ial desta ideia, passando agoraa des rever a opera ionalidade, a forma om a qual esta ideia poder�a ser revestida para se orpori� ara desej�avel ades~ao da UEFA e da FIFA, assumindo-se omo intervenientes diretos na onstru� ~ao deuma globaliza� ~ao que se pretende ada vez mais nivelada e equalit�aria.Sugerimos que essa seja uma das fun� ~oes desses organismos, porque n~ao os vemos omo meros�arbitros de uma qualquer onven� ~ao desportiva, mas sim omo onsistentes e v�alidos agentes so iaisimpres ind��veis nesta globaliza� ~ao. O Futebol inspira e respira uma ideia, e essa �e a ideia da uni~aodos Povos. Essa pode ser laramente uma fun� ~ao dos organismos UEFA e FIFA e, obviamente, dasoutras Confedera� ~oes asso iadas.17

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3.5 Estandartes dos Atributos da Alma do FutebolAssim, imaginemos que a fase �nal do Campeonato Europeu de Futebol 2016, a ser realizada naFran� a, seguiria o seguinte esquema:Por sorteio, a ada uma das na� ~oes presente nessa fase �nal �e entregue o estandarte de um dos 16atributos espe i� ados no ap��tulo anterior (para outras possibilidades ver o Anexo 3). Esse sorteiopoderia o orrer em simultaneo om o sorteio de de�ni� ~ao das equipas de ada grupo. A ideia �e que ada equipa tenha ins rito na sua amiseta o atributo (valor) que lhe foi assignado por sorteio pr�evio,fun ionando nos seus jogos omo paladino desse atributo da alma, desse anseio para todo o homem,toda a alma, toda a na� ~ao, todo o planeta. Em ada jogo, as duas equipes, om os seus estandartes,jogariam por um motivo da alma, ontido no anexo e tamb�em sorteado.Por exemplo, a Portugal poderia ter sido sorteado o estandarte da Inspira� ~ao e �a Fran� a poderiater sido atribu��do o estandarte da Esperan� a. Entretanto, teria � ado deliberado que Portugaljogaria om a Fran� a. Assim, esse jogo seria designado da seguinte forma:Jogo Estandartes em Jogo (em En ontro)Portugal x Fran� a Inspira� ~ao na Esperan� a naEsperan� a Inspira� ~aoDerivado de Na� ~ao EstandartePortugal Inspira� ~aoeNa� ~ao EstandarteFran� a Esperan� aO sorteio tamb�em teria ditado que o motivo do en ontro seria a Verdade, ou seja, al�em de tersido atribu��do um Estandarte a ada na� ~ao, daria passo �a ria� ~ao de um Estandarte para o pr�opriojogo, onferindo um valor mar adamente simb�oli o ao en ontro dessas duas na� ~oes.Pare e-nos extremamente importante que seja passado o sentido do en ontro e n~ao do onfronto,ou seja, n~ao dir��amos que Portugal joga ontra a Fran� a, mas sim que Portugal se en ontra oma Fran� a, e vi e-versa. Da�� n~ao podermos dizer que �e um jogo em que a Inspira� ~ao vai ompetir om a Esperan� a, mas um jogo om um atributo muito espe ��� o (Inspira� ~ao na Esperan� aou Esperan� a na Inspira� ~ao) que nas e da on uen ia do atributo Inspira� ~ao om o atributoEsperan� a, do en ontro dos dois atributos.Entretanto, o jogo entre estas duas na� ~oes e a jun� ~ao dos seus respe tivos atributos produziria olema do en ontro, o qual, no exemplo, �e onstru��do om o atributo da Verdade. Ter��amos ent~ao:O en ontro da Inspira� ~ao om a Esperan� a para o en ontrar da Verdade.Neste aso, o lema ins rito no estandarte do jogo em quest~ao poderia ser o seguinte:\A VERDADE DA ESPERANC�A E DA INSPIRAC� ~AO NA UNI~AO DOS POVOS"18

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3.6 Alguns exemplos de omo os atributos da Alma Humana se adequam aos daAlma do Futebol3.6.1 IrmandadeTodos somos �lhos da mesma Vida que nos riou, portanto, todos somos irm~aos.A Alma de ada um e da humanidade �e Irmandade.O Futebol �e IrmandadeA alma do Futebol �e feita de fraternidade, onde primeiro se irmanam os elementos que omp~oema pr�opria equipa e, aos pou os, v~ao extravasando esse sentido para os elementos das outras equipas.3.6.2 For� aA for� a �e a fonte da energia vital. Sem ela nada seria feito. Al�em de ser a fonte dessa energia devida �e tamb�em a onstante sustenta� ~ao dessa vida.A Alma de ada um e da humanidade �e For� a.O Futebol �e For� aA alma do Futebol �e feita de for� a. Tanto ada jogador omo ada equipa ne essitam de for� apara a tentativa de realiza� ~ao do seu anseio, sendo essa for� a tanto f��si a omo psi ol�ogi a.3.6.3 LiberdadeNo que diz respeito a este glorioso atributo, a liberdade, o registro do movimento hist�ori o fala por si.Multid~oes e gera� ~oes tem-se entregado para a onse u� ~ao deste valor inestim�avel. Ainda est�a quasetudo por fazer porque, embora os homens tenham vindo a onseguir novas onquistas nesta senda, osegos, nos seus automatismos, v~ao en ontrando e refazendo, em renovados ontextos e manifesta� ~oes,outras pris~oes. Mas nesse en ar eramento as almas v~ao lamando pela sua liberta� ~ao. Nenhuma riatura �e feliz se n~ao tiver liberdade.A Alma de ada um e da humanidade �e Liberdade.O Futebol �e LiberdadeA alma do Futebol �e feita de liberdade. Isto quase que pare e surgir em oposi� ~ao �a ordem, masn~ao �e assim porque, para al�em da obedien ia �as diretrizes pr�e-estabele idas, h�a o g�enio individualque se quer livre para que se possa manifestar e, omo bem sabemos, tantas vezes fazer a diferen� adevido a esse movimento em liberdade.3.6.4 PazSem estabele er a paz, a humanidade n~ao se realizar�a. Eis um dos grandes anseios da alma, umdos maiores anseios de ada homem, mulher, rian� a. Enquanto estivermos dispostos a levantararmas ontra aqueles que n~ao partilham das nossas vis~oes, opini~oes, ren� as, estamos impedindo apossibilidade de uni� a� ~ao das inevit�aveis diferen� as e obstruindo a paz que tanto ne essitamos paratodos os ampos da nossa vida.A Alma de ada um e da humanidade �e Paz.O Futebol �e PazA alma do Futebol �e feita de paz. �E sempre uma sensa� ~ao de plenitude que � a de um jogo que19

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foi bem disputado, sem asos violentos, em que se viu os jogadores o upados em jogar e desenvolveras suas t�e ni as individuais e de equipe e n~ao em impedir agressivamente os advers�arios de fazeremo mesmo, olo ando-lhes em ris o a integridade f��si a e at�e toda uma arreira aso a onte� a umamaior infeli idade. O tempo �util de jogo �e logo bem mais ampliado do que num jogo onde essa pazn~ao se fez sentir, e, quase de erteza (ou omo maior probabilidade), o jogo dever�a ter sido muitomais belo e inspirado do que qualquer um onde tenha a onte ido uma \guerra tribal".3.6.5 O Futebol tem Alma e a Alma riou o FutebolNesta disserta� ~ao quisemos demonstrar a ponte e analogia entre a alma humana e a alma do futebol.Quisemos mostrar omo uma mergulha na outra, omo uma se vale da outra, omo tem anseiose naturezas omuns. �E interessante ver que ada um dos atributos da alma que foram es olhidos ont�em todos os outros. Ou seja, por exemplo, n~ao �e dif�� il per eber que a Harmonia ont�em e �efeita de Vibra� ~ao, For� a, Inspira� ~ao, Justi� a, Paz, et . N~ao �e dif�� il per eber que a Irmandade ont�em e �e feita de Esperan� a, Amizade, Sabedoria, ou outros, e que sempre assim se veri� a om todo e qualquer atributo.Todos os outros atributos que n~ao s~ao aqui men ionados (ver outras possibilidades no Anexo 3)poderiam ter sido exempli� ados e tamb�em neles se veri� aria que todos os outros est~ao ontidos.Este fenomeno vem refor� ar o sentido de unidade e uni~ao almejado pela alma de ada ser para om as outras almas, pela alma de ada na� ~ao para om as outras na� ~oes, por todo o planeta, portoda a humanidade. E o futebol pode ser um belo e e� az meio a servi� o deste glorioso prop�osito deuni� a� ~ao.3.6.6 Vis~ao de um pormenor do CampeonatoPara tornar as oisas mais intelig��veis e de alguma forma imaginar at�e onde se pode levar o on eitoaqui explanado, vamos fazer uma proje� ~ao, uma des ri� ~ao de omo, na nossa vis~ao, tudo se poderiapro essar.Assim nos en ontramos, ent~ao, no in�� io de mais um jogo. Vamos olhar e ver o que est�a a a onte er.\A multid~ao est�a ao rubro. As laques v~ao antando e expressando a sua alegre expe tativa. Avibra� ~ao tudo preen he, a todos ontagia. Est�a em perspe tiva um dos jogos da primeira fase, umjogo de um dos quatro grupos das primeiras eliminat�orias. Todas as possibilidades ainda est~ao emaberto e, dentro em pou o, algumas se de�nir~ao no retangulo verde que, para j�a, permane e l�a embaixo vazio de jogadores. Vazio de jogadores, mas heio do som das emo� ~oes que nele se vertem,bem omo das oreogra�as e m�usi a que se ouve.No quadro eletroni o pode ler-se:(Na� ~ao X) Liberdade x Paz (Na� ~ao Z)O en ontro da Liberdade om a Paz para o en ontrar da Harmonia\A Harmonia da Liberdade e da Paz na Uni~ao dos Povos"Os paladinos da Liberdade (a Na� ~ao X) v~ao en ontrar-se om os portadores do estandarte daPaz (a Na� ~ao Z). H�a um grande prop�osito neste jogo, neste en ontro: o jogo est�a dedi ado �aHarmonia. Este jogo �e o en ontro da Liberdade om a Paz para o en ontrar da Harmonia, etem omo a� ~ao on reta riar meios e energia a todos os n��veis para entregar a pr�opria Harmoniado Alimento, da Sa�ude e da Edu a� ~ao ao Mundo. O mesmo se ir�a passar om todos os outros jogosdeste ampeonato, om os seus respe tivos s��mbolos.20

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Entretanto, tamb�em esta mensagem est�a expressa em artazes imaginativos no relvado e nas oreogra�as que a�� se desenvolvem.Grande parte do p�ubli o adquiriu amisetas onde, al�em da bandeira da sua na� ~ao, est�a ins ritaa mesma mensagem que se le no grande painel eletroni o. Com a oordena� ~ao da UEFA/FIFA, h�aalguns elementos da organiza� ~ao dos jogos que, posi ionados no n��vel das adeiras mais baixas dop�ubli o, ome� am a desdobrar imensos artazes (onde se le a mesma mensagem) que obrem entenasde pessoas em simultaneo, passando-os aos espe tadores mais pr�oximos, os quais os v~ao passandosempre para os espe tadores mais a ima, at�e atingirem o topo das ban adas. Ainda �e dado umefeito mais belo pelo fato de estes artazes n~ao estarem sendo transportados ao mesmo tempo, s�o se ome� ando a desdobrar o pr�oximo quando o anterior hega a um ter� o do seu per urso as endente,o que faz om que todo o p�ubli o onsiga apre iar o espet�a ulo inusitado.Enquanto isto o orre, nas diversas televis~oes de todo o mundo, os lo utores e omentaristas, al�emdos pormenores desportivos, v~ao dis orrendo sobre todo este novo on eito implementado pela UEFAe FIFA: as pontes entre as almas do futebol, das pessoas e do mundo. Debru� am-se tamb�em sobreos planos e projetos de todo este movimento se materializar em a� ~oes on retas na tentativade minorar a fome e a doen� a mundiais, bem omo providen iar meios para apoiar aedu a� ~ao mundial.�A mesma hora, nas programa� ~oes de outros anais de outros pa��ses, outros jogos est~ao sendo vistos(aqui ve-se o en ontro da Inspira� ~ao x Sabedoria, ali ve-se o en ontro da Justi� a x Igualdade)mas em todos os en ontros se projeta a ideia entral: os estandartes de ada equipa que se en ontrampara dedi ar o momento �a manifesta� ~ao de um ter eiro atributo, o qual de�ne o prop�osito do jogo eque ser�a in orporado, na sua espe i� idade pr�opria, �a\A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol"A festa, a expe tativa, a emo� ~ao avan� am para um l��max. Pressente-se a qualquer momento aentrada t~ao ardentemente esperada dos jogadores no gramado.E n~ao se espera mais: eles ome� am a surgir do t�unel de a esso dos balne�arios. A multid~ao explodeem uma s�o a lama� ~ao.Como desde h�a uns anos, a partir de uma bela e inspirada ideia, ada jogador traz uma rian� apela m~ao (uma das imagens que vale por mil palavras). Mas desta vez h�a uma novidade. Conforme osjogadores saem do a esso estreito, as duas �las, ada uma orrespondendo a ada equipe, afastam-see os jogadores deixam o p�ubli o per eber que entre as duas �las eles seguram os seus estandartes.Uma das m~aos estendida �a rian� a e a outra segurando o estandarte. Cada estandarte tem a bandeirada na� ~ao e o atributo que ela vem entregar. Mas mais belo �e ver que as duas equipas seguram emsimultaneo os dois estandartes, as duas bandeiras, os dois atributos da alma, Liberdade e Paz, omo se as duas fossem uma s�o, enquanto a equipe de arbitragem arrega o ter eiro estandarte, ofruto deste en ontro, a Harmonia.Desportivamente, uma das Na� ~oes ser�a a ven edora, mas seja ela qual for, o on eito e o en ontroj�a ven eram inevitavelmente.O ter eiro estandarte, aquele que simboliza o en ontro, �e transportado pela equipe de arbitragem,o ponto neutro que permite a manifesta� ~ao do atributo em gesta� ~ao, apli ando as regras do jogo que,ao serem umpridas, revelam o pr�oprio estandarte de ada equipa.Neste aso, estamos assistindo ao en ontro da Liberdade om a Paz e os �arbitros trouxeram oestandarte da Harmonia. A Harmonia do jogo ser�a uma resultante imediata dos atributos Paz eLiberdade das duas equipas, ao n~ao infringirem as suas leis e a arbitragem delas de orrente.Est�a dado o primeiro passo para que a uni� a� ~ao ganhe onsisten ia e se venha a realizar em a� ~oes on retas. 21

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Pensamos que nesta breve dramatiza� ~ao se onsegue ter um leve pren�un io das propor� ~oes queeste on eito poder�a sus itar. Seriam imagens que valeriam por milhares de palavras.3.7 Um jogo para a obten� ~ao dos re ursosTendo em vista que este projeto tem omo prop�osito a abertura a uma nova ons ien ia do papeldo futebol para a Uni~ao dos Povos e a exe u� ~ao de programas de apoio, a n��vel mundial, para aevolu� ~ao do homem em �areas aren iadas, e que tal se dar�a pela a� ~ao do projeto a ima explanado,propomos que, para a obten� ~ao dos re ursos ne ess�arios �a sua implementa� ~ao e para que outrasre eitas sejam apuradas e geradas para a� ~oes on retas ao n��vel da edu a� ~ao, da sa�ude e daalimenta� ~ao, pelas vias que adiante sugeriremos, se desenvolva um jogo, parte do grande entreteni-mento que �e o ampeonato de futebol, no qual parti ipariam todos os adeptos e que faria reverberartodo este novo movimento para uma nova ons ien ia.Pare e-nos que �e uma f�ormula que se pode traduzir em re eitas volumosas para apli a� ~ao emprogramas nas �areas anteriormente de�nidas.A ideia �e a da ria� ~ao de um jogo de apostas (no Anexo 4 �e entregue um poss��vel esquema dessejogo), o qual poderia ustar in o euros. Este baixo usto �e pensado de forma a garantir a ades~aoma i� a das popula� ~oes, j�a que os formul�arios deste jogo seriam distribu��dos em todo o mundo, tendoas pessoas onhe imento laro e objetivo de que as re eitas do jogo seriam empregues em a� ~oes deassisten ia so ial.Como se pode veri� ar, �e um jogo de somas de par elas onde seriam premiados os apostadoresque atingissem as pontua� ~oes mais elevadas. Deveria haver um premio �xo per entual em rela� ~ao �asre eitas, o qual seria dividido pelos apostadores que viriam a obter as tais pontua� ~oes mais elevadas,ou algum outro sistema de premios j�a experimentado.Uma sugest~ao interessante para a distribui� ~ao dos formul�arios seria faze-la por interm�edio dam��dia, em jornais e revistas, ou por meio dos agentes de apostas e loterias espalhados pelo mundo,ou outros meios de distribui� ~ao aos quais se poderiam asso iar agentes de diversos tipos que quisessem ontribuir para esta a� ~ao de unho so ial.A partir da apli a� ~ao de todo este on eito aqui apresentado poderiam ser riados todos os produ-tos a omer ializar antes, durante e ap�os a realiza� ~ao da fase �nal deste Euro 2016 e dos posteriores ampeonatos.3.8 Como se distribuiriam os re ursos?3.8.1 Projetos de ambito humanit�arioFinalmente, ap�os esta abordagem a um projeto que pode ter ontornos, desdobramentos e impli a� ~oesenormes, hegamos ao momento da exempli� a� ~ao da apli abilidade dos re ursos obtidos om estaa� ~ao.Uma possibilidade �e a distribui� ~ao destes re ursos poder ser feita posteriormente mediante on- urso p�ubli o, por meio do qual se proporiam as Organiza� ~oes N~ao Governamentais (ONG) para ousufruto e apli a� ~ao desses dinheiros. A ondi� ~ao b�asi a poderia ser que essas ONG's operassem nosambitos fo ados no projeto: nutri� ~ao, sa�ude, edu a� ~ao (por exemplo: Legi~ao da Boa Vontade,UNESCO, Cruz Vermelha, M�edi os Sem Fronteiras, et ., et ., et .).Pare e-nos importante a possibilidade da ria� ~ao de uma omiss~ao que faria a gest~ao e �s a-liza� ~ao de todo este pro esso. Esta omiss~ao poderia ser onstitu��da, por exemplo, por elementos daUEFA/FIFA, da So iedade Civil, do Gabinete da Presiden ia da Rep�ubli a, e outros.22

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Dois exemplos de poss��veis projetos:COMBATE �A FOME:A t��tulo de exemplo, na �area de ombate �a fome, alguns re ursos poderiam ser utilizados parase riarem meios de re olha, transporte e distribui� ~ao, em pa��ses mais aren iados, dos ex edentesagr�� olas mundiais, em uma tentativa de se a abar ou minimizar o fato de toneladas e toneladas debens alimentares serem despejados nas lixeiras ou destru��dos.EDUCAC� ~AO:Queremos deixar um s�o exemplo de omo este on eito dos atributos da alma poderia ter onti-nuidade mesmo no tempo que medeia entre ada ampeonato:Todos os anos, na maioria dos estabele imentos de ensino, s~ao feitos ampeonatos de futebolinterturmas, e em alguns asos mesmo interes olas. Seria altamente ben�e� o e edu ativo se este on eito tamb�em a�� fosse apli ado (a pequena hist�oria � ionada presente no in�� io do texto dopresente projeto d�a algumas indi a� ~oes e pistas do poss��vel fun ionamento desses ampeonatos).O prin ��pio \A Uni~ao dos Povos pela Alma do Futebol" deveria permear a distribui� ~ao detodos os re ursos que adviessem da exe u� ~ao deste projeto e que deveriam ser dis utidos em momentooportuno, aso haja uma ades~ao dos respons�aveis da UEFA e da FIFA, de uja on ordan ia dependeobviamente o desenvolvimento de toda esta proposta.O esp��rito do projeto �e altru��sta, ut�opi o e de unho evolu ion�ario e �e om esse esp��rito que gostariaque a sua insigne Organiza� ~ao fa� a parte deste projeto.

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