IACD Congresso Alentejo 1985 - ANEXO - DÉCIMAS de Manuel Vieira e Maria do Rosário 1840

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    DCIMASde Manuel Vieira

    e Ana Vargas (a entrevada) CUBA 1840?

    (Anexo da Comunicao apresentada In CONGRESSO SOBRE O ALENTEJO ACTAS - III VOLUMESEMEANDO NOVOS RUMOS - VORA / OUTUBRO 1985

    A LINGUSTICA E A ANLISE LITERRIA COMO CONTRIBUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALENTEJOSendo sugerida a criao de um novo rgo cultural, um Instituto Alentejano da Cultura voltado para o desenvolvimento cultural

    da regio e a pesquisa da identidade do seu povo

    Temas principais

    O Macho, o Dono e o Ferrador...

    AA Sobreira e a Oliveira

    Pessoa que trouxe os manuscritos, em 1981, Bernardina Costa Chaveiro,(16 anos, aluna do 11 Ano em 1981, na Escola Secundria N 1, Beja, - Antigo Liceu de Beja e depois Escola Secundria Diogo de

    Gouveia) Rua Formosa, 132 Cuba Alentejo)

    (Organizao e Montagemwww.joraga.net)CORROIOS- 2012

    http://www.joraga.net/http://www.joraga.net/http://www.joraga.net/http://www.joraga.net/
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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    DCIMAS_Manuel Vieira e Maria do Rosario 1840? Manuscritos: (ver nas pginas pares)

    Primeira srie: O macho, o dono e o ferrador de 1 a 6E 3 misturadas com duas incompletas: 2, 3 e 4

    1 Adeus donno do corao... Fala dum macho moribundo para o seu dono...2 - Adeus meu triste maschino... -O dono despede-se e fica dezalvurido3 adeius... donnu... e mestre Juze ferrador... - O macho despede-se e acusa o ferrador da capao...4 maxho estas a falar... - O ferrador desculpa-se ... U trabalho ficou bem feito...5 mestre Juze (Jos) Ferrador... - U maxho afinal queixhandoe do Ferrador pur guiza da qapao...

    6 - Mas oulha a minha madrinha... - ... a pensar... solido... (incompleto)7 - Omen e es confeado... ... para que me ests a mirar...8 - Adeus minha mi to Cerida... - ... depois de 5 anos londe... em frica?

    2 srie dssimas de um ASSASSINO 10 e 11

    9 O infeliz caminhou - Dessimas dum a sasin... dssima mote mais 4 dssimas10 No h quem tenha paixo... - Mai uma dessima dum assassino... mote e dssimas at 8

    3 srie dssimas de um PEREGRINO e um ABASTADO e um pobre trabalhador 12, 13, 14 e 1511 Homem rico e abastado... - Fala dum peregrino para o abastado12 Para que vens mendigo errante Resposta do abastado que recusa abrigo (incompleta)13 (Homem) Assim pobre e desvalido... Rejeitado pelo abastado, apelo do desvalido a um igaul...14 Esperai querido irmo... Este decide partilhar a casa...

    4 srie dssimas de dilogo entre a ubreira e a Oliveira(Ver e comparar com as que vm em spCPBA, de MJDelgado, pp. 136 138, de Jos Joaquim Pereira,das Neves, Bejaver ANEXO)

    15 Eu sou a nobre ubrera... - Dilogo da Sobreira e da Oliveira desafio...16 Cese teu valor ubreira... A oliveira argumenta...17 Aqui a tempo passado... - A ubreira conta a evoluo do seu valor...18 Oh alta e nobre ubreira... - Oliveira contraataca a Sobreira incompleta

    5 srie dssimas lamentaes de um vivo...19 A catroze de Sitembro... - Lamentaes de um vivo - desenvolve at 8 dcimas20 Minha mulher me faltou...21 Foui Deus que nus ajuntou... - O vivo conforma-se com a vontade de Deus...

    ANEXO:

    spCPBA, de MJDelgado, pp. 136 138, de Jos Joaquim Pereira, das Neves, Beja

    DISPUTA ENTRE A SOBREIR.A E A OLIVEIRA - QUAL A DE MAIOR VALIA?(Ver a 4 srie: a Sobreira e a Oliveira e comparar com as que vm em spCBA,in: Subsdio para o Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo, de Manuel Joaquim Delgado,pp. 136 a 138, em 4 DCIMAS X 40 = 16 dcimas, de Jos Joaquim Pereira, das Neves, Beja)(Data de referncia 1 edio desta obra em 1955)

    1 Mote - Eu sou a nobre sobreira,2 Mote - No digas, nobre sobreira,3 Mote - Tu no digas, oliveira,4 Mote - No podes ser superior

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    DCIMAS de Manuel Vieira e Maria do Rosrio 1840?Manuscritos: (a ver...)

    Conjuntos de Dcimas:

    1 - Uma srie tem como personagem central um macho.O dono dirige-se ao seu machinho e depois ao longo detrs sries de dcimas o macho dirige-se em respostaao dono, a seguir ao ferrador e finalmente ao dono e aoferrador...... misturadas com mais trs: madrinha, (incompleta),Ome se es confeado... Me querida......

    2 - Outra srie so "Dcimas dum assassino", as lamentaesdum preso que se debate preso ao seu despero

    3 - Noutra srie o peregrino que se dirige ao abastado que lheresponde despedindo-o e que se dirige ao pobre que

    lhe d guarida e cada personagem desenvolve umadcima com o seu mote.

    4 - outra srie de dcimas que nos apresenta um despiqueentre a Sobreira e a Oliveira. (Ver para comparar com asrecolhidas em spCPBA, II vol. de MJDelgado, pp. 136138, de Jos Joaquim Pereira, das Neves, Beja)

    5 - Mais uma srie de lamentaes dum velho vivo que chorainconsolvel a morte da mulher.

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    AS DCIMAS

    Primeira srie: O macho, o dono e o ferrador de 1 a 5E 3 misturadas com duas incompletas: (2, 3 e 4 nas fotocpias guardadas) que passam para 6, 7, 8)

    1 Adeus donno do corao... Fala dum macho moribundo para o seu dono...2 - Adeus meu triste maschino... -O dono despede-se e fica dezalvurido3 adeius... donnu... e mestre Juze ferrador... - O macho despede-se e acusa o ferrador da capao...4 maxho estas a falar... - O ferrador desculpa-se ... U trabalho ficou bem feito...5 mestre Juze (Jos) Ferrador... - U maxho afinal queixhandoe do Ferrador pur guiza da qapao...

    6 - Mas oulha a minha madrinha... - ... a pensar... solido... (incompleto)

    7 - Omen e es confeado... ... para que me ests a mirar...8 - Adeus minha mi to Cerida... - ... depois de 5 anos londe... em frica?

    2 srie dssimas de um ASSASSINO 10 e 119 O infeliz caminhou - Dessimas dum a sasin... dssima mote mais 4 dssimas10 No h quem tenha paixo... - Mai uma dessima dum assassino... mote e dssimas da 5 8

    3 srie dssimas de um PEREGRINO e um ABASTADO e um pobre trabalhador 11, 12, 13 e 14

    11 Homem rico e abastado... - Fala dum peregrino para o abastado12 Para que vens mendigo errante Resposta do abastado que recusa abrigo (incompleta)13 (Homem) Assim pobre e desvalido... Rejeitado pelo abastado, apelo do desvalido a um igual...14 Esperai querido irmo... Este decide partilhar a casa... (incompleta)

    4 srie dssimas de dilogo entre a ubreira e a Oliveira(Ver e comparar com as que vm em spCBA, de MJDelgado, pp. 136 138, de Jos Joaquim Pereira, dasNeves, Beja)

    15 Eu sou a nobre ubrera... - Dilogo da Sobreira e da Oliveira desafio...16 Cese teu valor ubreira... A oliveira argumenta...17 Aqui a tempo passado... - A ubreira conta a evoluo do seu valor... (incompleta)18 Oh alta e nobre ubreira... - Oliveira contraataca a Sobreira (incompleta)

    5 srie dssimas lamentaes de um vivo...19 A catroze de Sitembro... - Lamentaes de um vivo - desenvolve at 8 dcimas20 Minha mulher me faltou...

    21 Foui Deus que nus ajuntou... - O viuvo conforma-se com a vontade de Deus...

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    APRESENTAO

    DCIMAS de Manuel do Rosrio Jacinto Vieira e Ana Vargas (a entrevada) CUBA 1840?

    (Ele, PASTOR, j era pai da Av de Bernardina e Ana Vargas, j era tia da av)

    (Data de nacimento: prxima de 1820? poemas meados do sc XIX)Pessoa que trouxe os manuscritos, em 1981, Bernardina Costa Chaveiro,

    (16 anos, aluna do 11 Ano em 1981, Rua Formosa, 132 Cuba Alentejo)Pessoa que guarda(va) os documentos em 1981:

    Antnio do Rosrio Chaveiro, 84 anos (1981)- CUBA

    Breve introduo in CONGRESSO SOBRE O ALENTEJO, vora, 1985, III Vol. pp. 1127 - 1131Quando cheguei ao Alentejo em 1980 como professor de Portugus, depois de quase um ano inteiro detrabalho com os alunos, creio que s nessa altura, comecei a tomar conscincia que o Alentejo era umlivro algo misterioso que levaria anos e anos a decifrar.

    Alguns alunos dos ltimos anos do secundrio iam-me fazendo chegar alguns ecos dos seus valores

    culturais j quase envergonhadamente apagados, mas a par do estudo da literatura erudita, ainda meconseguiram transmitir algo da sua musical oralidade que, parece-me, no assumiam conscientemente.Mesmo assim, no final do ano fizeram-me chegar s mos uns manuscritos que tentei decifrar e depoisde pacientemente os tentar grafar, pedi licena para os fotocopiar e devolvi-os. Foi por assim dizer, aprimeira e nica tentativa de investigar por conta prpria, o imenso tesouro que me pareceu ser aCultura popular do Alentejo.

    O desinteresse que notei minha volta, pois o que era preciso era dar os programas, e o trabalhoabsorvente e exaustivo de um professor de eterno horrio completo, levaram-me a esquec-los nofundo do arquivo.

    As pistas que se abriam medida que ia tentando decifrar e grafar pareciam promissoras, mas logo

    deparei com problemas de fontica, de ortografia que seria preciso desvendar se era a prpria do inciodo sculo ou era adulterao do poeta que provavelmente seria semi-analfabetoseria preciso maistempo, mais investigao, mais contactos com as pessoas que guardavam religiosamente osmanuscritos e alm do mais, faltavam-me dados, talvez histricos, achegas das cincias sociais econclu que o trabalho individual era impossvel e desencorajante. E para que serviria todo este trabalhoafinal? Para descobrir algum poeta desconhecido?

    So uma srie de duas dezenas de manuscritos que junto em anexo a este trabalho com as tentativas dedecifrao que guardo como uma espcie de pentptico, de cinco sries, um polptico em forma deestrela que pode ser um certo retrato do Alentejo.

    In CONGRESSO SOBRE O ALENTEJO - III VOLUME - SEMEANDO NOVOS RUMOS VORA / OUTUBRO 1985- p. 1127

    No propriamente a anlise destes textos que o tema desta comunicao, mas vale a pena pelomenos descrev-los em resumo.

    So uma srie de dcimas, algumas infelizmente incompletas, que desenvolvem cinco temas diferentes,numa espcie de tentativa de gnero literrio global a conseguir a mistura do potico-narrativo-dramtico, como subver- so ingnua das regras da literatura erudita.

    1 - Uma srie tem como personagem central um macho.O dono dirige-se ao seu machinho e depois ao longo de trs sries de dcimas omacho dirige-se em resposta ao dono, a seguir ao ferrador e finalmente ao donoe ao ferrador... misturadas com mais trs... 2 incompletas... da madrinha, homenesconfiado e adeus mai cerida...

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    2 - Outra srie sao "Dcimas dum assassino", as lamentaoes dum preso que sedebate preso ao seu despero

    3 - Noutra srie o peregrino que se dirige ao abastado que lhe respondedespedindo-o e que se dirige depois a um trabalhador pobre que lhe d guarida e cadapersonagem desenvolve uma dcima com o seu mote.

    4 - outra srie de dcimas que nos apresenta um despique entre a Sobreira e aOliveira.

    5 - Mais uma srie de lamentaes dum velho vivo que chora inconsolvel a morteda mulher.

    Os homens, os animais; o crime, a dor e a solido; o peregrino, o abastado e o pobre, o trptico dumasociedale rural; as rvores, a natureza numa prosopopeia que carrega toda a competio das classessociais em confronto; e finalmente o retrato da dor humana na solido do velho abandonado

    Isto fica como exemplo de um trabalho inacabado. (Fim de citao...)

    APRESENTAO da recolha em 1981Escreve Bernardina:

    Quem escreveu as dcimas foi Manuel Vieira e Maria do Rosrio.Manuel Vieira era pastor.Quando lhe morreu a mulher, uma das suas filhas, a Gertrudes, foi viver como uma tia.Ele tornou a casar.Maria do Rosrio, em nova, era como uma menina perdida.Cantava muito bem e foi Padeirinha (Vernica, na procisso do Senhor dos Passos -nota jrg)Ddepois de alguns anos de casada ficou entrevada.Acerca da outra, Ana Vargas, c em casa no se sabe nada dela.

    Talvez a outra mulher do pastor, talvez uma vizinha, ningum sabe.Era pai da minha av.Ela morreu e era a nica que nos podia esclarecer.

    Por exemplo, nas dcimas da Oliveira e da Sobreira, sabe-se (ou conta-se), que o pastor vinha docampo com umas quadras e a entrevada dizia-lhe outras a responder, segundo o que contava a minhaav...

    Poeta Popular MANUEL DE CASTRO CUBA do Alentejo

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    PLANO A DESENVOLVER

    Primeira srie: O macho, o dono e o ferrador de 1 a 5E 3 misturadas nos manuscritos com duas incompletas: (2, 3 e 4) que passam para 6, 7, 8)

    1 Adeus donno do corao... Fala dum macho moribundo para o seu dono...2 - Adeus meu triste maschino... -O dono despede-se e fica dezalvurido3 adeius... donnu... e mestre Juze ferrador... - O macho despede-se e acusa o ferrador da capao...4 maxho estas a falar... - O ferrador desculpa-se ... U trabalho ficou bem feito...5 mestre Juze (Jos) Ferrador... - U maxho afinal queixhandoe do Ferrador pur guiza da qapao...

    6 - Mas oulha a minha madrinha... - ... a pensar... solido... (incompleto)7 - Omen e es confeado... ... para que me ests a mirar...8 - Adeus minha mi to Cerida... - ... depois de 5 anos londe... em frica?

    2 srie dssimas de um ASSASSINO 10 e 119 O infeliz caminhou - Dessimas dum a sasin... dssima mote mais 4 dssimas

    10 No h quem tenha paixo... - Mai uma dessima dum assassino... mote e dssimas da 5 8

    3 srie dssimas de um PEREGRINO e um ABASTADO e um pobre trabalhador 11, 12, 13 e 1411 Homem rico e abastado... - Fala dum peregrino para o abastado12 Para que vens mendigo errante Resposta do abastado que recusa abrigo (incompleta)13 (Homem) Assim pobre e desvalido... Rejeitado pelo abastado, apelo do desvalido a um igual...14 Esperai querido irmo... Este decide partilhar a casa... (incompleta)

    4 srie dssimas de dilogo entre a ubreira e a Oliveira(Ver e comparar com as que vm em spCPBA, de MJDelgado, pp. 136 138, de Jos Joaquim Pereira,das Neves, Beja)

    15 Eu sou a nobre ubrera... - Dilogo da Sobreira e da Oliveira desafio...16 Cese teu valor ubreira... A oliveira argumenta...17 Aqui a tempo passado... - A ubreira conta a evoluo do seu valor... (incompleta)18 Oh alta e nobre ubreira... - Oliveira contraataca a Sobreira 8incompleta)

    5 srie dssimas lamentaes de um vivo...19 A catroze de Sitembro... - Lamentaes de um vivo - desenvolve at 8 dcimas20 Minha mulher me faltou...21 Foui Deus que nus ajuntou... - O viuvo conforma-se com a vontade de Deus...

    ANEXO:

    spCPBA, de MJDelgado, pp. 136 138, de Jos Joaquim Pereira, das Neves, Beja

    DISPUTA ENTRE A SOBREIR.A E A OLIVEIRA - QUAL A DE MAIOR VALIA?(Ver a 4 srie: a Sobreira e a Oliveira e comparar com as que vm em spCBA,in: Subsdio para o Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo, de Manuel Joaquim Delgado,pp. 136 a 138, em 4 DCIMAS X 40 = 16 dcimas, de Jos Joaquim Pereira, das Neves, Beja)(Data de referncia 1 edio desta obra em 1955)

    1 Mote - Eu sou a nobre sobreira,2 Mote - No digas, nobre sobreira,3 Mote - Tu no digas, oliveira,4 Mote - No podes ser superior

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    1 X Adeus donno do corao...

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    DCIMASPrimeira srie: O macho, o dono e o ferrador de 1, 2 , 3, 4, 5, e 6Misturadas com duas incompletas: 7, 8 e 91 Adeus donno do corao... - Fala dum macho moribundo para o seu dono...MOTE

    Adeus donno do coraoDe ti me vou despedirEsto meus dias a findarJ no posu rezestir

    Sempre gustei de trabalharNonca perezei er mandadoNo gustava de deischarU meu donnu emvergunhadoPurisu era bem tratadoAt ma d istu paxhoJ no tenho pullmo

    Cue j me deixho cairDe ti me vou despedirAdeus donno do orao

    U meu donnu no me qer deixharEu cunheu nel tristezaPara por outru em meu lugarJ tem de fazer despezaEu digulhe com erteizaQue a minha falta ade entirCuando alguma vez quizer irPara qualqer parte trabalhar

    Eu agora istou cabarDe ti me vou despedir

    Tinha amizade au meu patroPor muito bem que me tratavaXhegavame a dar o groJuntamente com avdaPara ver e eu engurdavaEstavame empre apaparNo me poude melhor tratarNem mesmu pudia erAgora istou a murrer

    Esto meus dias a findar(Epurisu estas a dizer Das olha / mjnna,madrinha )

    Adeius casas e quintalAdeus meu bom palheiroAdeus meu companheiroFicas tu no meu lugarDemim tu teades lembrarCuando escutas para me ouvirMas tu a inda podes egirEa mim no me qerres valerEagora estou a murrerJ no posu rezistir

    MOTE

    Adeus dono do coraoDe ti me vou despedirEsto meus dias a findarJ no posso resistir

    Sempre gostei de trabalharNunca percisei ser mandadoNo gostava de deixarO meu dono envergonhadoPor isso era bem tratadoAt me d isto paixoJ no tenho pulmo

    Que j me deixo cairDe ti me vou despedirAdeus dono do orao

    O meu dono no me quer deixarEu conheo nele tristezaPara pr outro em meu lugarJ tem de fazer despezaEu digo-lhe com certezaQue a minha falta h-de sentirQuando alguma vez quiser irPara qualquer parte trabalhar

    Eu agora estou a acabarDe ti me vou despedir

    Tinha amizade ao meu patroPor muito bem que me tratavaChegava-me a dar o groJuntamente com cevadaPara ver se eu engordavaEstava-me sempre a apaparNo me poude melhor tratarNem mesmo podia serAgora estou a morrer

    Esto meus dias a findar(Epurisu estas a dizer Das olha / mjnna,madrinha )

    Adeus casas e quintalAdeus meu bom palheiroAdeus meu companheiroFicas tu no meu lugarDe mim tu te hades lembrarCuando escutas para me ouvirMas tu ainda podes seguirEa mim no me queres valerE agora estou a morrerJ no posso resistir

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    2 X - Adeus meu triste maschino...

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    11

    2 - Adeus meu triste maschino...O dono despede-se e fica dezalvurido

    MOTEAdeus meu triste maxhinho

    Muto bem me tens ervidoAcabastes com a vidaEu ficu dezalvurido

    Ai ficu a gora Com este teu companheiroEu c no tenho dinheiroSe algum de mim no tem dTu valias ouru em pA tua parte ozinhoNu a rado e nu crinhoFizestes u teu dever

    Agora verme a murrerAdeus meu triste maxhinho

    Eu empre bem te trateiPur que tu a im meriasTivestes a muitus diasNo cumerres u que teu dEu empre pronto te a xhPra donde ia derecdoNunca te a xhei a burecidoTrabalhando a boa menteEu comtigo estava contente

    Muinto bem me tens ervido

    Eu te descandalezeAli nus ultimus diasTu andar j no pudiasEu a paeenea perdiDuas pancadas te dCom a cabea perdidaA jorna era compridaE us mais cria acompanharJ no pudias arldarAcabastes com a vida

    Tive penna e paxhoDepois de te ter batidoEu ficu a rependidoCunheendote rezoEu em ternpo fis brazoOu p de qualqer endevidoEm ertos trabalhos metidoE nunca ficarmos a trasE a pouca orte me fasEu ficu dezalvorido

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    3 X adeius meu querido donnu... e mestre ferrador (Ver mote a meio da fotocpia)

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    4 X maxho estas a falar... (Mote no final do manuscrito)

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    4 maxho estas a falar...O ferrador desculpa-se... afinal U trabalho ficou bem feito!...

    Mote

    maxho estas a falarTo aspru para commiguSabas que eu no fui culpadoDe teres ese purjuizu

    Quando eu te fis a ouparaoU trabalho ficou bem feitoA cura ficou nu jeitoEu istava com atenoCeixhate do teu patroCue dele te podes queixharPose nas pernas andar

    A ir ver a raparigaElle no qer que eu iso diga maxbu ests a falar

    Umeu oufiu no da gostoQue me fas perder a paeniaEu constolhe com a deligeniaEm imma er descompostoEu touda a noite ali postoDe onnu istava perdidoEstava j dezalvoridoE a gora me ists a descandalizar

    Pois no deves a im fallarTo aspru para commigo

    Cuando eu a li te deixhDevia aver qem reparae(?)Ainda im vasei (?) no e deitaeEu descanado feqiEu u teu donnu aveziPara com igo ter cuidadoNo cria istar em eradoA caza davalhe onnuAnto qesxhes do eu donnu

    Saba queu no ou culpado

    Us caldus quem te ia darTu deziasestruimA galinha era para mimPara e no esperdiarNo era pur me lembrarNem me vem au meu entidoAs galinhas que tenho cumidoEncxhia um acu a bocadoSabas que no ou culpadoDe terres ese purjuizu

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    4 X maxho estas a falar... (Continuao com as 3 Xs finais Omeu oufiu no d gosto... at- Deterres ee purjuizu )

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    4 maxho estas a falar... (REPETE a DCIMA para se poder comparar com o manuscrito, a partir das 2dcima) - Umeu oufiu no da gosto...Mote

    maxho estas a falar

    To aspru para commiguSabas que eu no fui culpadoDe teres ese purjuizu

    Quando eu te fis a ouparaoU trabalho ficou bem feitoA cura ficou nu jeitoEu istava com atenoCeixhate do teu patroCue dele te podes queixharPose nas pernas andarA ir ver a rapariga

    Elle no qer que eu iso diga maxbu ests a falar

    Umeu oufiu no da gostoQue me fas perder a paeniaEu constolhe com a deligeniaEm imma er descompostoEu touda a noite ali postoDe onnu istava perdidoEstava j dezalvoridoE a gora me ists a descandalizarPois no deves a im fallar

    To aspru para commigo

    Cuando eu a li te deixhDevia aver qem reparae(?)Ainda im vasei (?) no e deitaeEu descanado feqiEu u teu donnu aveziPara com igo ter cuidadoNo cria istar em eradoA caza davalhe onnuAnto qesxhes do eu donnuSaba queu no ou culpado

    Us caldus quem te ia darTu deziasestruimA galinha era para mimPara e no esperdiarNo era pur me lembrarNem me vem au meu entidoAs galinhas que tenho cumidoEncxhia um acu a bocadoSabas que no ou culpadoDe terres ese purjuizu

  • 8/2/2019 IACD Congresso Alentejo 1985 - ANEXO - DCIMAS de Manuel Vieira e Maria do Rosrio 1840

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    5 X mestre Juze (Jos) Ferrador...Umaxho qeixae do Ferrador pur qauza da qapao

  • 8/2/2019 IACD Congresso Alentejo 1985 - ANEXO - DCIMAS de Manuel Vieira e Maria do Rosrio 1840

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    5 mestre Juze (Jos) Ferrador...Umaxho qeixae do Ferrador pur qauza da qapao

    Mote mestre Juze Ferador

    Tenho lhe agradecerPur cuaza da capaoE u que me fas murer

    Capasteme com u briu que tinhasMas no me deixhastes bem apertadoTu pur cauza das galinhasAndas empre alvuriadoDeixasteme neste istadoNo me tratastes cam amorNo me davas u valorQue eu tinha para trabalhar

    Commu te posu gabar mestre Juz Ferador

    Quando tu me desgraastesFiqei em ange nu corpoEu estava commu mortoCom uma manta me tapastesUs caldinnos que me aranjastesEstava a panela a furverE a galinhata a cuzerEra isu que tu qeriasCom esa paiho murias

    Tenho te agradecer

    Com isto da capaoEu fiqei muito ofendidoDigame e eu tenno razoDe falar aim com tigoEu vim dezaperebidoSem fora nu pullumoSem nalpite nu coraaoAlii e que era jazerPurisu istou a morrerE devido a capao

    Oulha l mestre JuzA outra vez tenha cuidadoSe capar mais algum maxhoVeija commu u deixha apertadoNo u deixhe mal arranjadoPara u animal no desmurerE para ningem ter que dezerU animal nao edeixhaE contra e tudo e qeixha u que me fas murrer

  • 8/2/2019 IACD Congresso Alentejo 1985 - ANEXO - DCIMAS de Manuel Vieira e Maria do Rosrio 1840

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    5 mestre Juze (Jos) Ferrador...Umaxho qeixae do Ferrador pur qauza da qapao (continuao duas ltimas Xs)

    Com isto da qapaco... Eu fiqei muito ofendido... final: u que me fas murrer

  • 8/2/2019 IACD Congresso Alentejo 1985 - ANEXO - DCIMAS de Manuel Vieira e Maria do Rosrio 1840

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    5 mestre Juze (Jos) Ferrador... (REPETIO do DCIMA para acompanhar o manuscrito na 3 e 4 Com isto da qapao...

    Mote mestre Juze Ferador

    Tenho lhe agradecerPur cuaza da capaoE u que me fas murer

    Capasteme com u briu que tinhasMas no me deixhastes bem apertadoTu pur cauza das galinhasAndas empre alvuriadoDeixasteme neste istadoNo me tratastes cam amorNo me davas u valorQue eu tinha para trabalhar

    Commu te posu gabar mestre Juz Ferador

    Quando tu me desgraastesFiqei em ange nu corpoEu estava commu mortoCom uma manta me tapastesUs caldinnos que me aranjastesEstava a panela a furverE a galinhata a cuzerEra isu que tu qeriasCom esa paiho murias

    Tenho te agradecer

    Com isto da qapaoEu fiqei muito ofendidoDigame e eu tenno razoDe falar aim com tigoEu vim dezaperebidoSem fora nu pullumoSem nalpite nu coraaoAlii e que era jazerPurisu istou a morrerE devido a capao

    Oulha l mestre JuzA outra vez tenha cuidadoSe capar mais algum maxhoVeija commu u deixha apertadoNo u deixhe mal arranjadoPara u animal no desmurerE para ningem ter que dezerU animal nao edeixhaE contra e tudo e qeixha u que me fas murrer

  • 8/2/2019 IACD Congresso Alentejo 1985 - ANEXO - DCIMAS de Manuel Vieira e Maria do Rosrio 1840

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    (3 Dcimas diversas misturadas com as do MACHO...)6 X - Mas oulha a minha madrinha... - ... a pensar... solido... (incompleto)

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    6 X - Mas oulha a minha madrinha... - ... a pensar... solido... (incompleta)

    6 - Mas oulha a minha madrinha...... a pensar... solido... (incompleto)

    MOTE

    Mas oulha a minna madrinhaU que via estar a penarElla pase a fazer istoPurque tem muito vagar

    Aminha Gertrudes por mangaoDe eu isto ma por a fazerMas isto para ma enterterE para desfarar uma paixho

    Eu vivo em grande ulidaoS e ma veem a qui verSe me ponho a escreverEstuo a im desfaradinhaEparesu estar a dizerMas olha aminha madrinha

    ...

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    7 X - Omen e es confeado... (incompleta)

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    7 - Omen e es confeado...... para que me ests a mirar...

    MOTE

    Omen e es confeadoEm para mim repararEu no pertendo de tiPara que me ests a mirar

    Uzu lenu de caixheneTambem uzu u meu curdaoUzu manga de canhoUzubota justa au pEu uzu a qel que Eu uzu uque me esta dadoUzu cabellu riado

    Eu uzu uque qerru uzarEtu te estas a enpurtarOmen e es confiado

    Uzu a minha graveiadeEu uzu aqil que qerruEu fallar de ti no esperuEu ando a minha vontadeEu istou na minha muedadeDu meu luxho qerru guzarTu te estas a emvegarPur er j omen velheu

    Em contrateme nu caminhoEstas para mim a reparar

    ...

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    8 X - Adeus minha mi to Cerida...

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    8 - Adeus minha mi to Cerida... - ... depois de 5 anos londe... em frica?

    MOTEAdeus minha mi to CeridaAdeus meus Ceridos mannus

    Adeus tius primus e primasCue us no via a 5 annus

    1Vou a braar Com oudadeMinha mi Cue me CriouTanto Cue por mim pasouEu pagolhe em falidadeOuge estou em libardadeJuru e basta Cue lhe digaA fiana pella minha vida -De nunCa mais l voltar

    J Cue pasei tanto malAdeus minha mi to Cerida

    2Adeus mannus do CuraoJ aCabei a entenaSe eu lhe fiz alguma oufenaA toudus pesu perdoEu ouge tennho u gallardoQue me paresem engannusJ deixhi us afriCannusCue pur l tanto ufri

    Veiju a minha gente a par de mimAdeus meus Ceridus mannus

    3Mai nao me Ceira desprezarCerrulhe beijar u rostoDeus me Cis fazer u gostoDus turnar vistarMi no me Ceira deixharCue j Curri estas innasHa um Deus tudo dominaAcabeime a triste Srte

    Para nao er triste a te a morteAdeus tius primus e primas

    4Eu fui us pretos venerDeitava au longe u CoraoTantus dias em ver poNem agua para buberEsu e Cue me fez tremerCeixhome de alguns tirannusMas eu a tudorezestiFelismente Cue j viCem no via a 5 annus

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    9 X O infeliz caminhou... (Mote e Dssimas 1 e 2 da 1 4 e segue a 5 8)

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    2 srie dssimas de um ASSASSINO 9 e 109 O infeliz caminhou - Dessimas dum a sasin... mote mais 4 dssimas seguem depois at 8MteO infeliz caminhouA procunta da desgraa

    Porella tudo cauzouTantos martrios que passa

    1O cruel nao conciderastesO ce te aconteeiaTeu delito praticastesMesmo nopino do diaVives nessa enxoviaNessa medonha prisaoEscoreeue o teu coraoCue o teu bom tempo acabou

    Condenado pela ocasio (ilegvel. pela dobra)O infelis caminhou

    2Onde tinhas o penarCuando o caminho tomasteVei o que fostes causarNestes trabalhos ficastesPorestes golpes paastesE neles estas a padeerTu tens muJ. to que soferE eu nao seio que te faa

    Mas como fostes a correrA procura da desgraa3Tua alma est to repezaDeviveres na escurjdoQuem que ade ser defezaDa tua ingratidoE a tua jmagjnaoDonde tinras o sentidoE teu corao atrevidoE logo repezo ficouChorando de arrependido

    Porella tudo cauzou4O infeliz se despedeQue o seu bom ternpo deixouNa medonha priso veveE o gosto se lhe acabouE a triste da me ficouFazendo alimentaoPara o mundo perder a graaVeesem consolaoTantos martrios que passa

    (Dessimas dum a sasin )

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    9 X O infeliz caminhou... (continuao com as duas ltimas dcimas a 3 e 4... vai at 8)Tua alma esta to repreza...

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    9 O infeliz caminhou - Dessimas dum a sasin... REPETIO do TEXTO para acompanhar o manuscritona 3 e 4 dcimas...MteO infeliz caminhouA procunta da desgraa

    Porella tudo cauzouTantos martrios que passa

    1O cruel nao conc jderastesO ce te aconteeiaTeu delito praticastesMesmo nopino do diaVives nessa enxoviaNessa medonha prisaoEscoreeue o teu coraoCue o teu bom tempo acabou

    Condenado pela ocasio (ilegvel. pela dobra)O infelis caminhou

    2Onde tinhas o penarCuando o caminho tomasteVei o que fostes causarNestes trabalhos ficastesPorestes golpes paastesE neles estas a padeerTu tens muJ. to que soferE eu nao seio que te faa

    Mas como fostes a correrA procura da desgraa3Tua alma est to repezaDeviveres na escurjdoQuem que ade ser defezaDa tua ingratidoE a tua jmagjnaoDonde tinras o sentidoE teu corao atrevidoE logo repezo ficouChorando de arrependido

    Porella tudo cauzou4O infeliz se despedeQue o seu bom ternpo deixouNa medonha priso veveE o gosto se lhe acabouE a triste da me ficouFazendo alimentaoPara o mundo perder a graaVeesem consolaoTantos martrios que passa

    (Dessimas dum a sasin )

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    10 X No h quem tenha paixo...Mais uma dessima dum assassino ou continuao da anterior... mote e e 5 e 6 dssima at 8

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    10 No h quem tenha paixo...Mais uma dessima dum assassino ou continuao: mote e dssimas 5 8MteNo h quem tenha paixoNinguem hove estes meus ais

    Padece meu coraoMartrio cada vez mais5Aqui es pereo e aqui morroAqui se acaba a minha vidaPedindo secorroMinha alma enternec idaEu fao a minna despedidaEpranto de a lementaaoEu tenho concideraoPara o que fis conhecerE a qui me deixo esperecer

    No quem tenha paixo6Muito o meu castigoGrande o meu padecerEu hoje a tudo me obrlgoE a qui estou cuaze a morrerS deus me pode valerQue muito lhe tenho pedidoQue seja meu compadecidoPara o que de mim detinaesSendo tao enternecidoNingum hove estes meus aies

    (dssimas dum assasnio)7Vejo no estado em que estouOlhem para esta misriaQue isto huma coza seriaQue a desgraa me cauzouEla sempre me acompanhouSempre andou atras de mimA t chegar a este fimAquella triste ocasioTudo me cauzou a sim

    Padece meu corao8J no n quem tenho doDeste meu triste viverNesta enxovia s

    Aqui estou a padecerJi que o meu gosto acabouPara eu viver como eutouNestes pecados mortaisTudo a desgraa me cauzouMartirios cada vez mais

    Manul du rusario Vieira/ Anna Vargas/dessimas dum assasino

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    10 X No h quem tenha paixo...Mai uma dessima dum assassino... (continua com a7e 8 dssima...

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    10 No h quem tenha paixo... (repete a DCIMA para acompanhar o manuscrito na pgina anterior)Mais uma dessima dum assassino ou continuao: mote e dssimas 5 8MteNo h quem tenha paixoNinguem hove estes meus ais

    Padece meu coraoMartrio cada vez mais5Aqui es pereo e aqui morroAqui se acaba a minha vidaPedindo secorroMinha alma enternec idaEu fao a minna despedidaEpranto de a lementaaoEu tenho concideraoPara o que fis conhecerE a qui me deixo esperecer

    No quem tenha paixo6Muito o meu castigoGrande o meu padecerEu hoje a tudo me obrlgoE a qui estou cuaze a morrerS deus me pode valerQue muito lhe tenho pedidoQue seja meu compadecidoPara o que de mim detinaesSendo tao enternecidoNingum hove estes meus aies

    (dssimas dum assasnio)7Vejo no estado em que estouOlhem para esta misriaQue isto huma coza seriaQue a desgraa me cauzouEla sempre me acompanhouSempre andou atras de mimA t chegar a este fimAquella triste ocasioTudo me cauzou a sim

    Padece meu corao8J no n quem tenho doDeste meu triste viverNesta enxovia s

    Aqui estou a padecerJi que o meu gosto acabouPara eu viver como eutouNestes pecados mortaisTudo a desgraa me cauzouMartirios cada vez maisManul du rusario Vieira/ Anna Vargas/dessimas dum assasino

  • 8/2/2019 IACD Congresso Alentejo 1985 - ANEXO - DCIMAS de Manuel Vieira e Maria do Rosrio 1840

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    3 srie dssimas de um PEREGRINO e um ABASTADO (Xs - 11, 12, 13 e 14)11 Homem rico e abastado... (ver img X 16) 2 mote para que vens mendigo errante...

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    3 srie dssimas de um PEREGRINO e um ABASTADO (Xs - 11, 12 e 13)

    11 Homem rico e abastado... (Fala dum peregrino para o abastado)

    o peregrino para o abastado

    Homem rico e abastadoTenhas de mim compaixoDme esta noute hospedagemEm ima do duro chao.

    Aqui tens um peregrinoTriste pobre mendecanteQue anda pedindo irranteO po do amor devino fatal o meu destinoPois me vejo desgraadoFui da patria desterradoPor um enfeliz susssoAtendei o que te peo

    Homem rico e abastado

    Eu tive na muidadeO trabalho por abrigoAgora sou um mendigoQue vivo da mendeidadeSe no fr a caridadeMorrerei sem porteoAo rigor da istaaoMorro se na rua ficoE tu homem que s to ricoTenhas de mim compaixo

    No te peo u teu dinheiroNem te peo a tua comidaQue eu para alimentar a vidaTrago po dum forasteiroSou nesta terra estrangeiroVenho de longa viagemPousado na istalagemNingum me quer dr degraaTem d da minha desgraaDame esta noute hospedage

    No te peo cama ricaDonde tu estejas deitadoQue este meu corpo canado

    Nada estranha onde ficaJ nada me morteficaNem nada conolaaoSou um pobri encio IQue te venho importonarDeixame ao menos ficarEm ima do duro cho

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    (Repete o manuscrito para acompanhar o 2 MOTE11 Homem rico e abastado... 2 mote para que vens mendigo errante...

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    12 Para que vens mendigo errante... - Resposta do abastado

    Para que vens mendigo errante minha porta baterNo posso saber quem sejas

    No te quero recolher

    Quem te deu uatrevimentoA esta hora to mrtaDe bateres a esta portaSem o meu conetimentoNeste meu nobre aposentoNo entra ninhum tratanteTu s um engnuranteNo sabes quem aqui moraImportonarme a tal horaPara que vens mendigo errante

    As lamrias no me eludemDe homem dessa qualidadeAqui no h caridadeNao cunheo essa virtude (fora da cpia)

    (Deve haver uma folha que falta???)

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    13 X Assim pobre e desvalido... (Mote reconstrudo a partir do final das dcimas a 1 s com 3versos... Deve ter havido confuso nas fotocpias. Foram feitas frente e costas em 1981!!!)

    (PARA LER A COLUNA DA ESQUERDA)

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    13 Assim pobre e desvalido... (Mote reconstrudo a partir do final das dcimas a 1 s com 3(Pelo desenvolvimento, parece que o mendigo vai bater porta de um trabalhador, uma vez que o rico e

    abstado no o ter recebido... ma ficou a resposta incompleta... Esta vai seguir... 2Esperai queridoirmo...

    PARA LER A COLUNA DA ESQUERDA

    Assim pobre e desvaIidoPrestame o teu valimentoDame esta noute agasalhoPara no Morrer ao relento

    1?2?3?4?5?6?Se fico na rua morro

    S me resta o teu socorroAssim pobre e desvalido

    Estou votado ao abandonoOutro remdio no tenhoTem paienia se eu venhoImportonar o teu sonnoSou um animal em donnoSem casa e sem alimentoDa porta dum avarentoA vareza me empurrouE tu s pobre como eu ou

    Presta-me o teu vaIimento

    No te pesso que iar (?)Que nao tens oubrigaaoNesta casa a pouco paoE tu no u podes darS te pesso para me abrigarDe tanto frio e orvalhoTu s homem de trabalhoSabes quanto isto custosoTem d d ste desditosoDame esta noute agasalho

    No te peo para er deitadoEm cima dalgum colchoQue o corpo dum anioA todo est custumadoSeija em cno ou em sobradoEu com tudo me contentoDas tuas portas para dentroEm touda parte abrigoTem d dum triste mandigoPara no morrer au relento

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    14 X Esperai querido irmo...PARA ACOMPANHAR NA COLUNA DA DIREITA

    PARA ACOMPANHAR NA COLUNA DA DIREITA

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    14 Esperai querido irmo... ...(s com 3 DCIMAS!)...PARA ACOMPANHAR NA COLUNA DA DIREITA NA CPIA DO MANUSCRITO atrs...

    MOTTEEsperai querido irmo

    J te vou a porta abrirSempre hade haver caridadeEm quanto o mundo exestir

    No vs de gente ricaEsta que eu tenho iscutado a voz dum desgraadoQue socorro me supelicaPobri na rua no ficaAu rigor da istaoNesta pobre habitaoAchar o que pretende

    Em quanto a luz se assendeEsperai querido irmo

    Sou cristo sempre guardeiO que meu pai me eninouSe u rico te despresouEu no te abandonareiPor ser pobre tambem seiMuito que custa o pedirSe no tens onde dormirNo hades ficar na ruaEsta casa minha e tua

    J te vou a porta abrir

    Nesta casa h pouco poH s o que Deus me emprestaDe tudo quanto me restaTambem tu ters quinhoNo hades ficar no choAo rigor da frialdadeQue leis da humanidadeEnsinamme a fazer bemPara um pobri que nada temSempore hade haver caridade

    123456789Em quanto o mundo exestir

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    4 srie dssimas de dilogo entre a ubreira e a Oliveira15 Eu sou a nobre ubrera... - Digo da Sobreira e da Oliveira

    COLUNA ESQUERDA

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    4 srie dssimas de dilogo entre a ubreira e a Oliveira15 Eu sou a nobre ubrera... - Digo da Sobreira e da OliveiraMOTTEEu sou a nobre ubreraSou das arves prencipais

    Dezeijo aber ouliveiraCoal de ns valer mais

    1Eu sou na erra criadaComo tu s igualmenteDou a mento a miuta genteI tu uouco l'he ds nadaA muita gente lev adaQue por mim arvra bandeiraA touda a nao enteiraEu rendo muitos(milhes) milhois

    Tenho fama nas mais naoisEu ou a nobre obreira

    1 (que 2)Para mim fabricas e tem feitoEm villas aldeias e idadesDou para comprarem purpriadadesEu fasso torto o direitoA peoas de respeitoCue por mim conto cabedaisDou ustento au animaisCom o meu fruto de valor

    Dou receiza au lavradorSou das arves prenepais

    2 (que 3)Dou curtia de valiaDa minha casca e fas tintaSou a arve mais distintaCue e encontra ouge em diaPara milhor galantariaA muita gente estrageiraQue fazem da minha madeiraMoverns para preoas de bens

    Tu cual o valor que tensDezeijo aber ou lveira

    4

    Coal de ns valer mais

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

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    16 Cese teu valor ubreira... - A oliveira argumenta mais...Repete o mesmo manuscrito para acompanha a COLUNA ESQUERDA

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    16 Cese teu valor ubreira... - A oliveira argumenta mais...

    MOTTEEsse teu valor ubreiraAinda pode acabar

    Sem ti toudos passam bemSem mim no podem paar

    Tu que dezeijas aberDu valor que rne avigoraEscutame um pouco a goraQue em breve te fasso vir (ver)Purem doute a cunheerQue ou a arve verdadeiraO meu nome oliveiraSustento e dou lus au murtalAu p de mi nada vaI

    Esse teu valor ubreira

    Em touda a parte e descobreO meu saburouzo frutoCue a at erve de condutoNas casas de gente pobreTambem mesa do nobreMeu fruto serve de manjarTu no s para te compararEm nada au p de minO valor que e enerra em tiAinda pode acabar

    Se tens valor elevadoPois responde s phrazes minhasCual era u valor que tinhasAqui a tempo passadoEm borra tu tennas dado (Embora tu tenhas dado)Au lavrador algum vintemDeves cunnecer tembemCue em ti no eguranaAonde a guerra ou vinganaSem ti toudos passam bem

    J em mim no pode erPerder u valor que tenhoPur que toudos fazem empenhoDeste meu fruto cumerTambem vou a espremerA fabrica a allagarPara depois umo deitarFazendo a zeite puroPorisso te digo e juroSem mim no podem paar

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    17 Aqui a tempo passado... - A ubreira conta a evoluo do seu valor...(Na coluna esquerda o final da anterior a nica completa e no final dessa soluna o mote e na coluna

    direita, a resposta incompleta...)

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    17 Aqui a tempo passado... - A ubreira conta a evoluo do seu valor...MOTTE

    Aqui a tempo passadoTinha pouco merimento

    Ainda no estava descubertoO meu valor oupelento

    Mas eu tinha antigamenteO valor que j te digoSaibas que ervi de a brigoOnde a bitava alguma genteAt que chegou o prezenteDe ser bem declaradoO meu purdoto a bastadoQue aprova as uiadadesDava quatro novidades

    Aci a tempo atrazado

    Dava casca e dava frutoDava lhenha e carvoE nesse tempo curtia noTinha valor abaulutoEstava muito deminutoO meu thezouro de contentoPorque dava pouco aumentoAus donnos que possoiE nesse tempo au p te tiTinha pouco meremento

    Mas desse u tempo em paarDei em render prata e ouroCue j ouge u meu tezouroD at para te qomparar56789Ainda no estava descuberto

    O meu valor oupelento

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    18 X Oh alta e nobre ubreira...????? - Dilogo da Oliveira eSobreira incompleta

    FALTA O MANUSCRITO desta DCIMA INCOMPLETA

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    18 Oh alta e nobre ubreira... ????? - Dilogo da Oliveira eSobreira incompleta

    MOTTEOh alta e nobre ubreiraPorem a aber te dou

    Se muita valia tensEu mais valeroza ou

    Se noutro tempo tu davasNo anno quatro nuvidadesCom essas toudas verdadesO valor no me teravasA t a ci no escutavasO?menos valor de a ouliveiraMas a valia verdaddeiraDesde j doute a aberEscuta o que te vou dezer

    Oh alta nobre ubreira

    Pello deluvio universalCuando o castigo foui mandadoVesse o meu ramo sagrado456789Porem a aber te dou

    Se muita valia tens

    Eu mais valeroza ou

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    5 srie dssimas lamentaes de um vivo...19 X A catroze de Sitembro... - desenvolve at 12 dcima - Lamentaes de um vivo

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    5 srie dssimas lamentaes de um vivo...

    19 A catroze de Sitembro... desenvolve at 12 dcima (3 DCIMAS) Lamentaes de um vivoMOTTEA catorze de Sitembro

    Minna mulher FalleeuDa mai nerderam u mimuQuatro filhos que Deus me deu1Ainds a xairam u carinhoDesta a vu e uas tiasEu xouru todos us diasPor tornar au mesmu ninhoAi que triste pedainnoTo custoso de engulirDeitome no possu durmirEm penar tudo malembra

    U que eu a via entirA catorze de etembro2Eu perdi todo ou morMinha mulher que deus temEsta tristi currael drNo a dezeiju a nigemConiderem todos bemCommo eu puderei andarLevo us dias a xurarU gosto em mim e perdeuJ no u posso alcanar

    Minha muler falleeu3Sorte to desgraadinhaEu perder u que perdiDou Grassas a Deus que ainda a xiApareceu em gente minhaApezar que j nao tinhaPara mim ou brigaoAinda que eu ande pello xoDeroujo em ter a rimmuA toudos devo atenoDamai perderam u mimu

    4O minha mal a duradaCriou filhos cria netusTambem us tras cumpeletusCommo a mai endo oubrigadaMinha mai minha istimadaCommo a a cem della nasseuJ que a minha mulher murreuEu vos pesso com piedadeQue me trate com caridadeCuatro filhus que deus me deu

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    19 Final de A catroze de Sitembro... desenvolve at 12 dcima - Lamentaes de um vivo20 Minha mulher me faltou... MOTE e 5 dcimadesenvolve at 16 dcima

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    20 Minha mulher me faltou... desenvolve at 12 dcima (3 Dcimas)- Lamentaes de um vivoMOTTEMinba mulher me faltouEu digu e tornu a dizerCom quatro eitas (?) de roda

    Ai Jazus quede eu fazer5Ai dus tristes ennuentesSe nao fosse este a careiuNumundo eram padeentesOus empurois do a lheiuEsta a vou vus a cariouEu purmi vivendo istouEndlsgosto a gravadoVivo muito (ra) maguado (ou amargurado?)Minha mulher me faltou6

    Eu perdi u merimentoEm tempo tanto que tinhaEu perdi u meu governuTristei erte foui a minhaEu ou commo a andorinhaCuando o ninho cer fazerNao a deixam enterterA donde cer Que ista pousadaMinha orte desgraadaEu digu i tornu a dizer7Eu nenu na minha Vida

    Eu a ella no ei u que fassaTrago a minha alma ecombidaPara agem perdi a graaE paxo que me no passaJ no deixo a triste nodaPara ,mim e a cabou a modaEu o me ando a pocentarXhoru terno u xhorarCom quatro eitas de roda8J perderam u carinhoCue a outra a V lhe mustrou

    J murreu u paarinhoAs pennas a ci deixouEu purem a Viver istouNeste mundo em prazerCem bem ouber comperenderVeija u que esta falla disMinra orte em felizAi Jazus que ende eu fazer

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    20 REPETE: - Minha mulher me faltou... (manuscrito a partir da 6 dcima... ver o manuscrito...)

    MOTTEMinba mulher me faltouEu digu e tornu a dizer

    Com quatro eitas (?) de rodaAi Jazus quede eu fazer5Ai dus tristes ennuentesSe nao fosse este a careiuNumundo eram padeentesOus empurois do a lheiuEsta a vou vus a cariouEu purmi vivendo istouEndlsgosto a gravadoVivo muito (ra) maguado (ou amargurado?)Minha mulher me faltou

    6Eu perdi u merimentoEm tempo tanto que tinhaEu perdi u meu governuTristei erte foui a minhaEu ou commo a andorinhaCuando o ninho cer fazerNao a deixam enterterA donde cer Que ista pousadaMinha orte desgraadaEu digu i tornu a dizer7

    Eu nenu na minha VidaEu a ella no ei u que fassaTrago a minha alma ecombidaPara agem perdi a graaE paxo que me no passaJ no deixo a triste nodaPara ,mim e a cabou a modaEu o me ando a pocentarXhoru terno u xhorarCom quatro eitas de roda8J perderam u carinho

    Cue a outra a V lhe mustrouJ murreu u paarinhoAs pennas a ci deixouEu purem a Viver istouNeste mundo em prazerCem bem ouber comperenderVeija u que esta falla disMinra orte em felizAi Jazus que ende eu fazer

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    21 X Foui Deus que nus ajuntou... - O vivo conforma-se com a vontade de Deus...

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    21 Foui Deus que nus ajuntou... - O vivo conforma-se com a vontade de Deus...

    MotteFoui Deus que nus a juntouDeus nus veiu a uparar

    J que Deus tudo duminaNingem ce pode qeixar8J e qebrou u meu laoA donde muitos vao cairNs no podemos fogirAufri u triste pauFicou u nou to devaoCue a Gora e dezatouPara empre e e disligouEsta nossa ligaduraSupara a maor Ventura

    Foui Deus que nus a jontou9Damrte a uparaaoCusta muito a ufrer custza de escesserNo a vendo ingratidoXhoru a minna paxoTenno muito que xorarCem ade u tempo paarSem novas cartas reeberPara u mundo dar a verDeus nus veu a uparar

    10Ai que auzenia to custozaAi que triste apartamentoCaem as folnas a rozaSeca u p au mesmu tempoPesso a Deus que me dei talentoCue esta paxam me assainaNo reno da Geloria de VinaDeus te tenha O minha amadaA tua alma descanadaJ que Deus tudo dumina11

    O negro golpe tiranuCue ma fazes tanto ufereriU mundo u VaI dengannuEm que istamos a ViverNs todos devemos cererNu milhor do nosso istarA morte vem em repararPur minha pas ieaou (?)Leva de caza u VarauMas ningem e pode qeixar

    Fim

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    DISPUTA ENTRE A SOBREIR.A E A OLIVEIRA - QUAL A DE MAIOR VALIA?

    (Ver a 4 srie: a Sobreira e a Oliveira e comparar com as que vm em spCBA,Subsdio para o Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo

    de Manuel Joaquim Delgado,

    pp. 136 a 138, em 4 DCIMAS X 40 = 160 dcimas, de Jos Joaquim Pereira, das Neves, Beja)(Data de referncia 1 edio desta obra em 1955)

    Mote

    Eu sou a nobre sobreira,rvore de muito valor,Diz-me l tu, oliveira,Qual de ns superior?IEu sou das rvores mais finasQue em todo a mundo apar'ceu,Nao h outra como eu

    Entre serras e campinas.Eu tenho umasvitaminasQue tu no tens, companheira,E tenho alm da madeira,Basto, bolota e cortia,A todos mete cobia,Eu sou a nobre sobreira.IISou das rvores principaisQue a natureza formouQue nenhuma me igualouEntre tantos vegetais.Tenho rendimentos tais,Que todos me tm amor,

    Dou bom lucro ao lavrador,Que em ti nao se constouE por isso que eu sourvore de muito valor.IIISempre a mesma produoEu vos dou todos os anos,Nunca trato com enganosA nossa populao.Vai-se aver tuj noTrabalhas dessa maneira,Em tudo sou a primeiraPela minha qualidade,

    Se isto

    ou no verdade,Diz-me l tu, oliveira?IV

    Todo oano dou que fazerA milhares de empregadosQue ganham uns ordenadosDo melhor que pode ser.Tu no o podes fazerPelas ordens do Autor,Diz-me la, fazes favor,Aver se nos entendemosSobre os produtos que temosQual de ns superior'!

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    MoteNo digas, nobre sobreira,Que sdas rvores principais,Eu que estou registadaNo melhor dos vegetais.

    ITu tens que te convencerDe que eu sou rnais importanle,Sou a rvore mais brilhanteQue no campo pode haver.Eu tambm dou que fazerUma lemporada inteira,Dou fruto e til madeiraNos meus anos de limpeza,Que tu possuis mais nobreza,No digas, nobre sobreira.II

    Tenho mais estimao,Sou rvore de mais simpatia,Tu no tens essa quantiaQue contas na impresso.Tenho no lnverno e no VeroTratamentos especiais,Andam homens e animaisTratando-me com merecimento,Tu dizes-me, sem tratamenlo,Que sdas rvores principais.III

    Repara nesta esquadria

    Que os homens me tn feito,E em ti no h preceito,Crias-te reveria.Por isso vsa quantia,Que sou mais valorizadaNa forma por que sou tratada,Nunca te vsem igual,Em nobreza principalEu que estou registada.IVCercam-me de gaiolas prs gadosNo darem cabo de mim,Tu nunca sers assimMetida nesses cuidados...L no meio desses montadosNo recebes coisas taisNem os prprios maioraisContigo se acautelaram,Por isso me registaramNo melhor dos vegetais.

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    Mote

    Tu no digas, oliveira,Que me queres igualar,No mundo no h ningumQue te possa acreditar.IV que as minhas condiesSo superiores s tuas,Nem s numa parte nem em duas,Em muitas operaes.Eu dou a todas as naesMuitas obras de primeira,Eu dou na fbrica rolheiraQue fazer a muita gente,Que de mim ests frente,Tu no digas oliveira.

    IIEu engordo muitos gadosDe todas as qualidades,Dou para comprar herdades,Montes. prdios e condados.Eu voua todos os lados,Sem mim no podem passar,Onde eu tenho que chegar...Anda, vai reparandoPara no estares pensandoQue me qucres igualar.III

    Pois, eu vou s mesas ricasDesses mais nobres sales,Vou a bautizos* e funes*,A hospitais e boticas;V ento sej ficasCompreendendo-me bem,Inda te mostro, porm,Obras em todos os pases,Quem acredite o que dizes,No mundo no h ningum.IVSabes que me tem feitoDe fbricas muilos milhares,Muito mais que os lagaresQue a ti dizem respeito.Meu produto e to perfeitoQue h obras em terra e mar,Se o meu produto se acabar,Pra muito movimento,Por isso no h parlamentoQue te possa acreditar.

    Notas:*Bautizos, substantivo verbal do verbo bautizar (forma arcaica do Verbo baptizar) - baptizos.Houve regresso porque o u em bautizo, bautizar vocalizao dop.*Funes - bodas. casamentos. etc.

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    Mote

    No podes ser superior minha nobre sobreira,Tem sempre maiorvalor

    O produto da oliveira.IPor todo omundo inteiroO meu produto tambm estNeste Pas por c,E em todo o estrangeiro.o meu produto o primeiroQue recolhe o lavrador,Atc o pe no motorPara ele trabalhar,Tens nisto que te conformar,No podes ser superior.

    IITenho fbriicas de conserva,Do que as tuas no so menos,Por isse no so mais pequenosMeus produtos, ebservaPara mercado e feira,E a sociedade inteiraNo pode passar sem mim,Tens que te conformar assim,At me pem de reserva minha nobre sobreira.III

    Dou a todos muitas fortunasDo que em mim se produz,At muitas vezes dou luzA milhares de criaturas.Pra no estarem s escuras.E conhecerem a sua cor.Meu produto fundadorAt para a claridade,Por isso a minha qualidadeTem sempre maior valor.IV

    Dou temperos para jantares,Para 'almoos e ceias,E dou luz para as candeias.Para muitos familiares. preciso concordaresCom a minha sementeira,Nao h ningum que no queiraDos sentidos resolutosQue sempre o rei dos produtosOproduto da oliveira.

    (Dcimas compostas por Jos Joaquim Pereira, natural da freguesia das Neves, Beja)

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    DCIMAS - Manuel Vieira e Maria do Rosrio - CUBA 1840? (1981 -2012)

    DCIMAS_Manuel Vieira e Maria do Rosario CUBA - 1840? (1981)Manuscritos: (a ver pginas pares)

    Primeira srie: O macho, o dono e o ferrador de 1 a 6

    E 3 misturadas com duas incompletas: 2, 3 e 4

    1 Adeus donno do corao... Fala dum macho moribundo para o seu dono...2 - Adeus meu triste maschino... -O dono despede-se e fica dezalvurido3 adeius... donnu... e mestre Juze ferrador... - O macho despede-se e acusa o ferrador da capao...4 maxho estas a falar... - O ferrador desculpa-se ... U trabalho ficou bem feito...5 mestre Juze (Jos) Ferrador... - U maxho afinal queixhandoe do Ferrador pur guiza da qapao...

    6 - Mas oulha a minha madrinha... - ... a pensar... solido... (incompleto)7 - Omen e es confeado... ... para que me ests a mirar...8 - Adeus minha mi to Cerida... - ... depois de 5 anos londe... em frica?

    2 srie

    dssimas de um ASSASSINO

    10 e 119 O infeliz caminhou - Dessimas dum a sasin... dssima mote mais 4 dssimas10 No h quem tenha paixo... - Mai uma dessima dum assassino... mote e dssimas at 8

    3 srie dssimas de um PEREGRINO e um ABASTADO e um pobre trabalhador 12, 13, 14 e 1511 Homem rico e abastado... - Fala dum peregrino para o abastado12 Para que vens mendigo errante Resposta do abastado que recusa abrigo (incompleta)13 (Homem) Assim pobre e desvalido... Rejeitado pelo abastado, apelo do desvalido a um igaul...14 Esperai querido irmo... Este decide partilhar a casa...

    4 srie dssimas de dilogo entre a ubreira e a Oliveira(Ver e comparar com as que vm em spCPBA, de MJDelgado, pp. 136 138, de Jos Joaquim Pereira,

    das Neves, Bejaver ANEXO)

    15 Eu sou a nobre ubrera... - Dilogo da Sobreira e da Oliveira desafio...16 Cese teu valor ubreira... A oliveira argumenta...17 Aqui a tempo passado... - A ubreira conta a evoluo do seu valor...18 Oh alta e nobre ubreira... - Oliveira contraataca a Sobreira incompleta

    5 srie dssimas lamentaes de um vivo...19 A catroze de Sitembro... - Lamentaes de um vivo - desenvolve at 8 dcimas20 Minha mulher me faltou...21 Foui Deus que nus ajuntou... - O vivo conforma-se com a vontade de Deus...

    ANEXO:

    spCPBA, de MJDelgado, pp. 136 138, de Jos Joaquim Pereira, das Neves, Beja

    DISPUTA ENTRE A SOBREIR.A E A OLIVEIRA - QUAL A DE MAIOR VALIA?(Ver a 4 srie: a Sobreira e a Oliveira e comparar com as que vm em spCBA,in: Subsdio para o Cancioneiro Popular do Baixo Alentejo, de Manuel Joaquim Delgado,pp. 136 a 138, em 4 DCIMAS X 40 = 16 dcimas, de Jos Joaquim Pereira, das Neves, Beja)(Data de referncia 1 edio desta obra em 1955)