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    APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos Pblicos

    Geografia A Opo Certa Para a Sua Realizao1

    GEOGRAFIA:Noes bsicas de cartografia: Orientao: pontos cardeais; Locali-zao: coordenadas geogrficas (latitude e longitude); Representa-o: leitura, escala, legenda e convenes.Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domnios climticos;Ecossistemas.As atividades econmicas e a organizao do espao: Espaoagrrio: modernizao e conflitos; Espao urbano: atividades eco-nmicas, emprego e pobreza;A rede urbana e as Regies Metropolitanas.Formao Territorial e Diviso Poltico-Administrativa: Diviso Polti-co-Administrativa; Organizao federativa.

    Noes bsicas de cartografia: Orientao: pontos cardeais;Localizao: coordenadas geogrficas (latitude e longitude);Representao: leitura, escala, legenda e convenes.

    MEIO DE ORIENTAO E COORDENADAS GEOGRFICAS

    OS PONTOS DE ORIENTAO

    O homem, para facilitar o seu deslocamento sobre a superfcie terres-tre, tomando por base o nascer e o pr do Sol, criou alguns pontos deorientao.

    Devido marcante influncia que o Sol exerce sobre a Terra, o ho-mem, observando sua aparente marcha pelo espao, fixou a direo emque ele surge no horizonte.

    O ponto em que o Sol aparece diariamente no horizonte, o nascente, conhecido tambm por leste ou oriente, e o local onde ele se pe, opoente, corresponde ao oeste ou ocidente.

    Estendendo a mo direita para leste e a esquerda para oeste, encon-tramos mais dois pontos de orientao o norte, nossa frente, e o sul,s nossas costas.

    Esses quatro principais pontos de orientao: norte, sul, leste e oeste,constituem os pontos cardeais.

    Entre os pontos cardeais, foram criados mais quatro pontos de orien-tao, os colaterais, que so: nordeste, sudeste, noroeste e sudoeste.

    Para tornar mais segura a orientao sobre a superfcie terrestre, en-tre um ponto cardeal e um colateral foi criado o subcolateral.

    Os pontos subcolaterais so em nmero de oito:

    NNE nor-nordeste;

    ENE es-nordeste;ESE es-sudeste;SSE su-sudeste;SSO su-sudoeste;OSO os-sudoeste;ONO os-noroeste;NNO nor-noroeste.

    Juntando-se os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais notamosque eles formam uma figura conhecida pelo nome de rosa-dos-ventos.

    O MAGNETISMO TERRESTRE

    A Terra pode ser perfeitamente comparada a um gigantesco im,

    possuindo dois plos magnticos que se situam prximo aos plosgeogrficos, mas que no coincidem com estes.

    O magnetismo terrestre tem sua provvel origem na eletricidade emi-tida pela massa lquida, proveniente da juno dos oceanos nas extremida-des do globo terrestre.

    Descoberta a atrao magntica que os extremos da Terra exercemsobre as demais partes do globo, inventou-se a bssola, aparelho que umseguro meio de orientao.

    A bssola constituda por uma agulha magntica convenientemente

    colocada sobre uma haste no centro de uma caixa cil ndrica.

    A agulha est ligada a um crculo graduado e dividido como a rosa-dos-ventos. Este crculo geralmente constitudo de talco ou mica.

    Como essa agulha tem a propriedade de apontar sempre o norte, paranos orientarmos pela bssola basta colocarmos o norte do mostrador nadireo indicada pela agulha, o que de imediato nos proporcionar a posi-o dos demais pontos.

    A agulha imantada da bssola no aponta o norte geogrfico, mas simo norte magntico. A direo da agulha e o norte geogrfico formam quasesempre um ngulo, varivel de lugar para lugar e de poca para poca, aoqual se do nome de declinao magntica.

    ORIENTAO PELO CRUZEIRO DO SUL

    Alm dos meios de orientao j conhecidos, noite possvel nosorientarmos por meio das estrelas.

    Um importante elemento de orientao em nosso hemisfrio o Cru-zeiro do Sul, para ns bastante visvel.

    A forma de nos orientarmos por ele consiste em prolongarmos quatrovezes o brao maior da cruz e, desse ponto imaginrio, baixarmos umaperpendicular linha do horizonte.

    Assim teremos o sul. Se nos colocarmos de costas para a constelaoteremos frente o norte, direita o leste e esquerda o oeste.

    No hemisfrio norte usa-se a estrela Polar como meio de orientao.Ela aponta sempre a direo norte.

    AS LINHAS E CRCULOS DA TERRA

    Devido grande extenso do nosso planeta, para facilitar a localiza-o de qualquer ponto da sua superfcie foram imaginadas algumas linhasou crculos.

    Para se traar essas linhas foi necessrio representar-se graficamentea Terra por meio de uma figura semelhante sua forma a esfera.

    Nos extremos da esfera terrestre esto situados os plos norte e sul.A igual distncia dos plos, foi traado no centro da esfera terrestre umcrculo mximo o Equador.

    O Equador divide a Terra horizontalmente em duas partes iguais oshemisfrios norte ou boreal e sul ou austral.

    PARALELOS

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    Paralelamente ao Equador, em ambos os hemisfrios, foram traadasoutras linhas ou crculos os paralelos (90 no hemisfrio norte e 90 nohemisfrio sul).

    Portanto, paralelos so crculos imaginrios que atravessam a Terraparalelamente ao Equador.

    Destas linhas duas so mais importantes em cada um dos hemisfrios os Trpicos de Cncer e de Capricrnio, distantes do Equador a aproxi-

    madamente 2327', e os crculos polares rtico e Antrtico, que se distanci-am do seu plo correspondente a aproximadamente 2327'.

    AS ZONAS CLIMTICAS DA TERRA

    Os trpicos e os crculos polares dividem a superfcie terrestre emcinco grandes zonas climticas, assim chamadas porque nos indicamaproximadamente o clima de cada uma dessas regies:

    Zona trrida: que se localiza entre os dois trpicos e atravessada aocentro pelo Equador. Constitui a zona mais quente do globo.

    Zonas temperadas: a do Norte e a do Sul, situando-se respectivamen-te entre os trpicos e os crculos polares, onde as temperaturas so bem

    mais amenas do que na zona trrida, e as estaes do ano se apresentambem mais perceptveis.

    Zonas frias ou glaciais: situam-se no interior dos crculos polares rti-co e Antrtico e constituem as regies mais frias do globo, quase quepermanentemente cobertas de gelo.

    MERIDIANOS

    Atravessando perpendicularmente o Equador, temos tambm linhasou crculos que vo de um plo a outro os meridianos.

    Assim como o Equador o paralelo inicial ou de 00, os gegrafosconvencionaram adotar um meridiano inicial. Este meridiano conhecidotambm pelo nome de Meridiano de Greenwich, pelo fato de passar prxi-

    mo de um observatrio astronmico situado na cidade do mesmo nome,nas proximidades de Londres, Inglaterra. Esse meridiano divide a Terraverticalmente em dois hemisfrios o oriental e o ocidental.

    Embora se possam traar tantos meridianos quantos se queira, so u-tilizados somente 360 deles. Tomando-se por base o Meridiano Inicial oude Greenwich, temos 180 meridianos no hemisfrio oriental e 180 no oci-dental.

    AS COORDENADAS GEOGRFICAS

    Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitudee da longitude, determinar a posio exata de um ponto qualquer da super-fcie terrestre. A latitude e a longitude constituem as coordenadas geogrfi-

    cas.

    LATITUDE

    A latitude a distncia em graus de qualquer ponto da superfcie ter-restre em relao ao Equador.

    Ela pode ser definida como o ngulo que a vertical desse lugar formacom o plano do Equador.

    A Latitude pode ser norte ou sul e variar de 00 a 900. Cada grau divi-de-se em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos.

    Todos os pontos da superfcie terrestre que tm a mesma latitude en-contram-se evidentemente sobre o mesmo paralelo.

    LONGITUDECorresponde distncia em graus que existe entre um ponto da su-

    perfcie terrestre e o Meridiano Inicial ou de Greenwich.

    Ela pode ser oriental ou ocidental, contada em cada um destes hemis-frios de 0 a 180.

    Se quisermos saber qual a posio geogrfica da cidade onde mora-mos, basta procurar no mapa o paralelo e o meridiano que passam por elaou prximo a ela.

    Observe o exemplo abaixo e ponha em prtica o que acabamos deaprender.

    FUSOS HORRIOS

    De acordo com o que observamos, a Terra realiza o movimento de ro-tao de oeste para leste.

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    Para dar uma volta completa sobre si, diante do Sol, a Terra leva 24horas, o que corresponde a um dia (um dia e uma noite).

    Sabendo-se que a esfera terrestre se divide em 3600 e que o Sol leva24 horas para ilumin-la, conclui-se que, a cada hora, so iluminadosdiretamente pelo astro-rei 15 meridianos (360 : 24 = 15).

    O espao da superfcie terrestre compreendido entre 15 meridianosou 150 recebe o nome de fuso horrio. A Terra possui, portanto, 24 fusos

    horrios, que representam as 24 horas do dia.

    Para calcular a hora, convencionou-se que o fuso horrio inicial, isto, o fuso a partir do qual a hora comearia a ser contada, seria o fuso quepassa por Greenwich.

    A hora determinada por este fuso horrio recebe o nome de horaGMT.

    Partindo-se da hora GMT, quando na regio que corresponde ao me-ridiano inicial for meio-dia, nas regies compreendidas em cada um dosfusos a leste desse meridiano teremos uma hora a mais, e a oeste, umahora a menos, isto porque, conforme vimos, a Terra gira de oeste paraleste.

    Consideradas as ilhas ocenicas, o Brasil possui 4 fusos horrios.Observamos pelo mapa que h um limite prtico e um terico dos fu-

    sos horrios.

    O meridiano que divide o 1 fuso do 2 passa pelos Estados do Nor-deste. Se esse limite terico prevalecesse, esses Estados teriam horasdiferentes. Como a diferena no muito grande, criou-se um limite prtico,atravs do desvio do meridiano que divide o 1 do 2 fuso horrio. Assim,todo o territrio nordestino permanece no 2 fuso horrio brasileiro.

    Notamos tambm que do 2 para o 3 fuso houve um desvio para co-incidir com os limites polticos dos Estados, exceo feita ao Par, cujoterritrio se encontra no 2 e 3 fusos.

    O 1 fuso horrio brasileiro est atrasado duas horas em relao aGreenwich.

    O 2 fuso horrio, atrasado trs horas em relao a Greenwich, consti-tui a hora legal do nosso pas (hora de Braslia). Nele encontra-se a maioriados Estados brasileiros.

    O 3 fuso horrio est atrasado quatro horas em relao a Londres euma hora em relao a Braslia..

    O 4 fuso horrio, com cinco horas de atraso em relao a Greenwich,est atrasado tambm duas horas em relao a Braslia. Nele esto inseri-dos apenas o Acre e o extremo-oeste do Estado do Amazonas.

    LINHA INTERNACIONAL DE MUDANA DA DATA

    Estabelecido o sistema de fusos horrios, tornava-se necessrio de-terminar o meridiano a partir do qual deveramos comear a contagem deum novo dia. Escolheu-se para tal fim o meridiano de 1800 ou linha interna-cional da data, onde ocorre a mudana de datas. Cruzando-se esta linha nosentido oeste-leste, deve-se subtrair um dia (24 horas) e, cruzando-a nosentido leste-oeste, deve-se acrescentar um dia.

    A REPRESENTAO DA TERRA

    A representao grfica da Terra uma tarefa que cabe a um impor-tante ramo da cincia geogrfica a Cartografia.

    A Cartografia tem por objetivo estudar os mtodos cientficos maisadequados para uma melhor e mais segura representao da Terra, ocu-pando-se, portanto, da confeco e anlise dos mapas ou cartas geogrfi-cas.

    Existem duas formas por meio das quais representamos graficamenteo nosso planeta: os globos e os mapas.

    O globo terrestre a melhor forma de se representar a Terra, pois nodistorce a rea e a forma dos oceanos e continentes. Porm, os mapas,alm de oferecerem maior comodidade no seu manuseio e transporte, somenos custosos e permitem, tambm, que as indicaes neles contidassejam mais completas e minuciosas do que nos globos.

    ESCALAS

    Para reproduzirmos a Terra ou parte dela em um mapa, precisamosdiminuir o tamanho da rea a ser representada.

    Para este fim que dispomos das escalas. Chamamos escala rela-o de reduo que existe entre as dimenses reais do terreno e as que eleapresenta no mapa. As escalas podem ser de duas espcies:

    Numrica ou aritmtica: representada por uma frao ordinria ou sob

    000500

    1a forma de uma razo 1:500 000.

    Isto significa que o objeto da representao foi reduzido em quinhen-

    tas mil vezes para ser transportado com detalhes para o mapa.

    Assim, para se saber o valor real de cada centmetro basta fazer aseguinte operao:

    Escala 1: 500 000

    1 cm = 5 000 metros ou 5 km

    Conhecendo o valor real de cada centmetro, com o auxlio de umargua, poderemos calcular a distncia em linha reta entre dois ou maispontos do mapa.

    Basta, por exemplo, medir os centmetros que separam duas cidades

    e multiplic-los pelo valor equivalente a 1 cm, j encontrado pela operaoacima exemplificada.

    Grfica: representada por uma linha reta dividida empartes, na qual encontramos diretamente os valores.

    Um mapa feito em grande escala quando a reduo ou o denomina-dor da frao pequeno (1:80000; 1:50000). Um mapa elaborado empequena escala quando a reduo ou o denominador da frao grande(1:500 000; 1:10 000 000).

    PROJEES CARTOGRFICAS

    Como a representao da Terra ou de parte dela em um mapa nopode ser feita com exatido matemtica, posto que a esfera um corpogeomtrico de certa incompatibilidade com as figuras planas, precisodeform-la um pouco.

    Essas deformaes sero tanto maiores quanto menor for a superfcierepresentada.

    As deformaes que a Terra ou parte dela sofre ao ser representadaem figuras planas os mapas ocorrem devido s projees cartogrfi-cas.

    Diversos tipos de projees permitem-nos passar para um plano, como mnimo possvel de deformaes, as figuras construdas sobre umaesfera.

    Em todos os tipos de projees, primeiro transportada, da esfera pa-

    ra a superfcie, a rede de paralelos e meridianos, depois, ponto por ponto,as figuras ou formas que se deseja representar.

    TIPOS DE PROJEES CARTOGRFICAS

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    Todas as projees cartogrficas tm vantagens e inconvenientes.Por exemplo, as eqiangulares, para dar traado exato dos continentes,respeitam os ngulos, porm exageram as propores; as equivalentesmantm as superfcies e as propores, deformando com isto o traado doscontinentes; as eqidistantes procuram respeitar a proporo entre asdistncias; e as ortomrficas conservam as formas.

    Uma vez que nenhuma projeo rene os requisitos de conservaodo ngulo, da rea, da distncia e da forma, o cartgrafo deve us-las de

    acordo com a superfcie que deseja representar e a finalidade a que omapa se destina.

    As projees costumam ser reunidas em trs tipos bsicos: cilndri-cas, cnicas, e azimutais.

    PROJEO CILNDRICA

    Esta projeo, idealizada pelo cartgrafo Mercator, consiste em proje-tar a superfcie terrestre e os paralelos e meridianos sobre um cilindro.

    Neste tipo de projeo, muito utilizada na confeco dos planisfrios,os paralelos e meridianos so representados por linhas retas que se cortamem ngulos retos. Os paralelos aparecem tanto mais separados medida

    que se aproximam dos plos, acarretando grandes distores nas altaslatitudes.

    Dessa forma, a Groenlndia, por exemplo, que bem menor que aAmrica do Sul, no planisfrio aparece quase do mesmo tamanho que essaparte do continente americano.

    PROJEO CNICA

    Neste tipo de projeo, a superfcie da Terra representada sobre umcone imaginrio, que est em contato com a esfera em determinado parale-lo.

    Por essa projeo, obtemos mapas ou cartas com meridianos for-mando uma rede de linhas retas, que convergem para os plos, e paralelos

    constituindo crculos concntricos que tm o plo como centro.

    Na projeo cnica, as deformaes so pequenas prximo ao para-lelo de contato, mas tendem a aumentar medida que as zonas represen-tadas esto mais distantes.

    Devemos recorrer a este tipo de projeo para representarmos mapasregionais, onde so apresentadas apenas pequenas partes da superfcieterrestre.

    PROJEO AZIMUTAL

    Esse tipo de projeo se obtm sobre um plano tangente a um pontoqualquer da superfcie terrestre. Este ponto de tangncia ocupa sempre o

    centro da projeo.

    No caso do plano ser tangente ao plo, os paralelos aparecem repre-sentados por crculos concntricos, que tm como centro o plo e os meri-dianos corno raios, convergindo todos para o ponto de contato.

    Neste tipo de projeo, as deformaes so pequenas nas proximida-des do plo (ou ponto de tangncia), mas aumentam medida que nosdistanciamos dele.

    A projeo azimutal destina-se especialmente a representar as regi-es polares e suas proximidades.

    Alm destes trs tipos de projees, podemos destacar tambm:

    a de Mollweide: no utiliza nenhuma superfcie de contato. Ela se des-tina representao global da Terra, respeitando os aspectos da superf-cie, porm, os meridianos se transformam em elipses, e o valor dos ngulosno respeitado. Nesta projeo, os paralelos so linhas retas e os meridi-anos, linhas curvas;

    a estereogrfica: utilizada para os mapas-mndi, em que a Terra apa-rece representada por dois hemisfrios o oriental e o ocidental. Nela, osparalelos e meridianos, com exceo do Equador e do Meridiano Inicial,so curvos, sendo que a curvatura dos paralelos aumenta gradativamente, medida que se aproximam dos plos.

    CONVENES CARTOGRFICAS

    Vrias tcnicas so empregadas pelos cartgrafos para se represen-tar, em um mapa, os aspectos fsicos, humanos e econmicos de umcontinente, pas ou regio.

    SMBOLOS

    Tendo em vista simplificar o uso de smbolos para se expressar os e-lementos geogrficos em um mapa, foi padronizada uma simbologia inter-nacional, que permite a leitura e a interpretao de um mapa em qualquerparte do globo.

    A REPRESENTAO DO RELEVO TERRESTRE

    A representao do relevo terrestre pode ser feita por meio de vrios

    processos: graduao de cores, curvas de nvel, hachuras e mapas som-breados.

    MAPAS COM GRADUAO DE CORES

    Como exemplo de mapas com graduao de cores, temos:

    mapas de relevo ou hipsomtricos: em que as diferen-as de altitude so sempre expressas: pelo verde, para re-presentar as baixas altitudes; pelo amarelo e alaranjado, paraas mdias altitudes; e pelo marrom e avermelhado, para asmaiores altitudes;

    mapas ocenicos ou batimtricos: onde observamos asdiferentes profundidades ocenicas, peas tonalidades do a-

    zul: azul claro, para representar as pequenas profundidades,e vrios tons de azul, at o mais escuro, para as maiores pro-fundidades.

    CURVAS DE NVEL

    As curvas de nvel so linhas empregadas para unir os pontos da su-perfcie terrestre de igual altitude sobre o nvel do mar.

    Elas so indicadas no mapa por algarismos aos quais se d o nomede cotas de altitude.

    O processo de representar o relevo por curvas de nvel consiste em

    se imaginar o terreno cortado por uma srie de planos horizontais guardan-do entre si uma distncia vertical.

    A diferena de nvel entre duas curvas quase sempre a mesma, po-rm, se duas curvas se aproximam, porque o declive (inclinao) maior,

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    e se, pelo contrrio, se afastam, o declive, ou seja, o relevo, mais suave emenos abrupto.

    HACHURAS

    As hachuras so pequenos traos, de grossura e afastamento vari-vel, desenhados para exprimir maior inclinao do terreno.

    Elas so desenhadas entre as curvas de nvel e perpendicularmente a

    elas.

    Assim sendo, os mapas que representam relevos de maior declivida-de ou inclinao so bastante escurecidos, enquanto aqueles que repre-sentam menores inclinaes do terreno se apresentam mais claros. Osterrenos planos e os situados ao nvel do mar so deixados em branco.

    Este mtodo no tem sido muito utilizado ultimamente, sendo substitu-do pelo das curvas de nvel ou pelo da graduao de cores.

    FOTOGRAFIAS AREAS OU AEROFOTOGRAMETRIA

    Atualmente vem ganhando destaque o processo de reconhecimentodo terreno pelas fotografias areas. Este processo, denominado aerofoto-

    grametria, desenvolvido da seguinte maneira:Um avio, devidamente equipado, fotografa uma certa rea, de talmodo que o eixo focal seja perpendicular superfcie. A primeira e a se-gunda fotos devem corresponder cobertura de uma rea comum deaproximadamente 600/o (figura A).

    As fotos obtidas so colocadas uma ao lado da outra, obedecendo amesma orientao, de tal forma que ambas apresentem igual posio.

    Com o auxlio de um estereoscopio podemos observar a rea (A) emimagem tridimensional.

    Utilizando-se vrios instrumentos, podem ser traadas as curvas denvel e interpretados os diversos aspectos fsicos que a rea focalizadaapresenta.

    Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domnios climti-

    cos; Ecossistemas.Domnios Morfloclimticos Brasileiros, Os (segundo Aziz Ab'Saber)

    sobreGeografia porDenis Richter

    [email protected]

    Dentre os diversos tipos de clima e relevo existente no Brasil, obser-vamos que os mesmos mantm grandes relaes, sejam elas de espao,de vegetao, de solo entre outros. Caracterizando vrios ambientes alongo de todo territrio nacional. Para entende-los, necessrio distinguirum dos outros. Pois a sua compreenso deve ser feita isoladamente.Nesse sentido, o gegrafo brasileiro Aziz AbSaber, faz uma classificaodesses ambientes chamados de Domnios Morfoclimticos. Este nome,morfoclimtico, devido s caractersticas morfolgicas e climticas encon-

    tradas nos diferentes domnios, que so 6 (seis) ao todo e mais as faixasde transio. Em cada um desses sistemas, so encontrados aspectos,histrias, culturas e economias divergentes, desenvolvendo singularescondies, como de conservao do ambiente natural e processos erosivosprovocados pela ao antrpica. Nesse sentido, este texto vem explicar eexemplificar cada domnio morfoclimtico, demonstrando sua localizao,rea, povoamento, condies bio-hidro-climticas, preservao ambiental eeconomia local.

    Os Domnios Morfoclimticos

    Os domnios morfoclimticos brasileiros so definidos a partir das ca-ractersticas climticas, botnicas, pedolgicas, hidrolgicas e fitogeogrfi-cas; com esses aspectos possvel delimitar seis regies de domniomorfoclimtico. Devido extenso territorial do Brasil ser muito grande,

    vamos nos defrontar com domnios muito diferenciados uns dos outros.Esta classificao feita, segundo o gegrafo Aziz AbSber (1970), dividiu oBrasil em seis domnios:

    I Domnio Amaznico regio norte do Brasil, com terras baixas egrande processo de sedimentao; clima e floresta equatorial;

    II Domnio dos Cerrados regio central do Brasil, como diz o nome,vegetao tipo cerrado e inmeros chapades;III Domnio dos Mares de Morros regio leste (litoral brasi leiro), onde seencontra a floresta Atlntica que possui clima diversificado;IV Domnio das Caatingas regio nordestina do Brasil (polgono dassecas), de formaes cristalinas, rea depressiva intermontanhas e de climasemi-rido;V Domnio das Araucrias regio sul brasileira, rea do habitat do pinhei-ro brasileiro (araucria), regio de planalto e de clima subtropical;

    VI Domnio das Pradarias regio do sudeste gacho, local de coxilhassubtropicais.

    I Domnio Morfoclimtico Amaznico

    Situao Geogrfica

    Situado ao norte brasileiro, o domnio Amaznico a maior regio mor-foclimtica do Brasil, com uma rea de aproximadamente 5 milhes km equivalente a 60% do territrio nacional abrangendo os Estados: Amazo-nas, Amap, Acre, Par, Maranho, Rondnia, Roraima, Tocantins e MatoGrosso. Encontram-se como principais cidades desta regio: Manaus,Belm, Rio Branco, Macap e Santarm.

    Caractersticas do Povoamento

    A regio pouco povoada, sua densidade demogrfica de aproxima-damente 2,88 hab./km. Isto se deve ao fato da grande extenso territorial edos difceis acessos ao interior dessa rea. Nesse sentido, o governo em1970, fez o programa de ocupao populacional na regio amaznica, commigraes oriundas do nordeste. A extrao da borracha permitiu desen-volver esta rea, antes inspita economicamente, numa regio de altaprodutividade, seja ela econmica, cultural ou social. Nessa poca, muitascidades foram afetadas com o crescimento gerado pelo capital. O governocontinuou auxiliando e orientando o desenvolvimento da regio e incorporaem Manaus a Suframa (Superintendncia da Zona Franca de Manaus), quetrouxe para a capital amazonense muitas indstrias transnacionais. Tantofoi a resposta desta zona livre, que antes da Zona Franca de Manaus, amesma cidade detinha uma populao de 300 mil/hab e com a instalaodesta rea, passou para 800 mil/hab. Outros projetos so instalados pelogoverno federal na regio amaznica, como: o Projeto Jari, o Programa

    Calha Norte, o PoloNoroeste e o Projeto Grande Carajs. Com isso, inicia-se a explorao mineral e vegetal da Amaznia. Mas os resultados dessesprojetos foram pobres em sua maioria, pois com a retirada da vegetaonatural o solo tornava-se inadequado ao cultivo da agricultura.

    Caractersticas Bio-Hidro-Climticas e Fisiogrficas

    Este domnio sofre grande influncia fluvial, j que a se encontra amaior bacia hidrogrfica do mundo a bacia amaznica. A regio passapor dois tipos de estaes flvio-climticas, a estao das cheias dos rios ea estao da seca, porm esta ltima estao no interrompe o processopluviomtrico dirio, s que em ndices diferentes. O transporte existentetambm influenciado pela enorme rede hidrogrfica, enquanto que orodovirio quase inexistente. Assim, o transporte fluvial e o areo somuito utilizados devido s facilidades encontradas neste domnio. Como se

    trata de uma floresta equatorial considerada um bioma riqussimo, defundamental importncia entend-la para no desestruturar seu frgilequilbrio. Devido existncia de inmeros rios, a regio sofre muita sedi-mentao por parte fluvial, j que a precipitao abundante (2.500mm/ano), transformando a regio numa grande esponja que detm altastaxas de umidade no solo. Este mesmo solo formado basicamente porlatossolos, podzlicos e plintossolos, mas o mesmo no detm caractersti-cas de ser rico vegetao existente, na verdade, o processo de precipita-o o que torna este domnio morfoclimtico riqussimo em floresta hidr-fita e no o solo, como muitas pessoas pensam que o responsvel portudo isto. Valendo destacar os tipos de matas encontradas na Amaznia,como: de iaip de regies inundadas; de vrzea de regies inundadasciclicamente e de terras altas que dificilmente so inundadas. As espciesde rvores encontradas nesta regio so: castanaha-do-par, seringueira,carnaba, mogno, etc. (essas duas ltimas em extino); os animais: peixe-boi, boto-cor-de-rosa, ona-pintada; e a flora com a vitria rgia e as diver-sas orqudeas.

    Com um grande processo de lixiviao encontrado na Amaznia, essaao torna o solo pobre levando todos os seus nutrientes pela fora da

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    capacidade do rio (correnteza). Mas esta riqueza diversa no deve serconfundida como grande potencialidade agrcola, pois com a retirada davegetao nativa, transforma o solo num grande alvo da eroso, devido asfortes chuvas ocorridas na regio. A rede hidrogrfica outra fonte depotencialidade econmica da Amaznia, pois seus leitos fluviais so degrande piscosidade, o que torna a rea num importante atrativo naturalpara o turismo, s indstrias pesqueiras e a populao ribeirinha. Com umclima equatorial, sem muitas mudanas de temperatura ao longo do ano, aregio amaznica diferencia-se apenas nas pocas das chuvas (ou cheias

    dos rios) e das secas. Assim esta primeira poca faz com que os riostransbordem e nutram as reas de terras marginais ao leito dos mesmos.Com um solo essencialmente argiloso e a forte influncia do escoamentofluvial, faz com que a Amaznia torna-se uma rea de terras baixas, decapi-tando as formaes existentes no seu substrato rochosos.

    Condies Ambientais e Economicamente Sustentveis

    Nos dias atuais grande a devastao ambiental na Amaznia quei-madas, desmatamentos, extino de espcies, etc. fazem com que aregio e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maiorreserva florestal do globo. Ecologicamente a Amaznia est correndo muitoperigo, devido ao grande atrativo econmico natural que encontradonesta regio, o equilbrio colocado muitas vezes em risco. A exploraodescontrolada faz com que as ideologias conservacionistas sejam deixadas

    de lado. As indstrias mineradoras geram consequncias incalculveis aoambiente e nos rios so despejados muitos produtos qumicos para estaexplorao. A agricultura torna reas de vegetao em solos de fcil erosi-vidade e em resposta a tudo isso, gera-se um efeito domin no meioambiente, onde um responsvel e necessrio para o outro. So poucasas atividades econmicas que no agridem a natureza. A extrao daborracha, por exemplo, era uma economia vivel ecologicamente, poisnecessitava da floresta para o crescimento das seringueiras. Mas atualmen-te, esta explorao quase rara, devido falta de indstrias consumidoras.Nesse sentido, devero ser tomadas medidas de aprimoramento nas explo-raes existentes nesta regio, para que deixem de causar imensas seque-las ao ambiente natural.

    II Domnio Morfoclimtico dos Cerrados

    Situao Geogrfica

    Formado pela prpria vegetao de cerrado, nesta rea encontram-seas formaes de chapadas ou chapades como a Chapada dos Guimarese dos Veadeiros, a fauna e flora ali situada, so de grande exuberncia,tanto para pontos tursticos, como cientficos. Vale destacar que da regiodo cerrado que esto trs nascentes das principais bacias hidrogrficasbrasileiras: a Amaznica, a So-Franciscana e a Paranica.

    Localizado na regio central do Brasil, o Domnio Morfoclimtico doCerrado detm uma rea de 45 milhes de hectares, sendo o segundomaior domnio por extenso territorial. Incluindo neste espao os Estados:do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goi-s, da Bahia (parte oeste), do Maranho (parte sudoeste) e de MinasGerais (parte noroeste). Encontrado ao longo de sua rea cidades impor-tantes como: Braslia, Cuiab, Campo Grande, Goinia, Palmas e Montes

    Claros.

    Caractersticas do Povoamento

    Devido a sua localizao geogrfica ser no interior brasileiro, o povoa-mento e a ocupao territorial nesta regio era fraca, mas o governo federalvem a intervir com os programas de polticas de interiorizao do desenvol-vimento nos anos 40 e 50, e da poltica de integrao nacional dos anos 70.A primeira baseada, principalmente, na construo de Braslia e a segun-da, nos incentivos aos grandes projetos agropecurios e extrativistas, almde investimentos de infra-estrutura, estradas e hidroeltricas. Com estesrecursos, a regio vem a atrair investidores e mo-de-obra, e consequen-temente ocorre um salto no crescimento populacional de cada Estado,como no Mato Grosso que em 1940 sua populao era de 430 mil/hab. eem 1970 vai para 1,6 milhes/hab. Tal foi resposta destes programas,

    que nos dias de hoje o setor agrcola do cerrado ocupa uma tima coloca-o em produo, em virtude de migraes do sul do Brasil.

    Caractersticas Bio-Hidro-Climticas e Fisiogrficas

    Centrada no planalto brasileiro, o domnio do cerrado dividido pelasformaes de chapadas que existem ao longo de sua extenso territorial,estas que so gigantescos degraus com mais de 500 metros de altura,formadas na era geolgica Pr-Cambriana, limitam o planalto central e asplancies como a Pantaneira. Com sua flora nica, constituda por rvoresherbceas tortuosas e de aspecto seco, devido composio do solo,deficiente em nutrientes e com altas concentraes de alumnio, a regiopassa por dois perodos sazonais de precipitao, os secos e os chuvosos.Com sua vegetao rasteira e de campos limpos, o clima tropical existente

    nesta rea, condiz a uma boa formao e um timo crescimento das plan-tas. Tambm auxiliado pela importante rede hidrogrfica da regio, de ondeso oriundas nascentes das trs maiores bacias hidrogrficas do Brasilcomo foi destacado no incio. Isto lhe d uma imensa responsabilidadeambiental, pois denota a sua significativa conservao natural. Com umsolo formado principalmente por latossolos, areais quartzosas e podzlicos;constituem assim um solo carente em nutrientes fertilizantes, necessitandode correo para compor uma terra vivel agricultura. Observa-se tam-bm, que este mesmo solo apresenta caractersticas fcil erosividadedevido s estaes chuvosas que ali ocorrem e principalmente a degrada-o ambiental descontrolada, estes processos fazem a remoo da vegeta-o nativa que tornam frgeis os horizontes A frente aos problemasambientais existentes, como a vooroca.

    Condies Ambientais e Ecologicamente Sustentveis

    Em vista desses aspectos fisiogrficos, o cerrado atraiu muita atenopara a agricultura, o que lhe tornou uma regio de grande produo degros como a soja e agropastoril, com a tima adaptao dos gados zebu,nelore e ibag. Em virtude disso, o solo nativo foi retirado e alterado poroutra vegetao, condizendo a uma maior facilidade aos processos erosi-vos, devido falta de cobertura vegetal, seja ela gramnea ou herbcea.Nesse sentido, faz-se muito pouco pela preservao e conservao dasmatas nativas a no ser nas reas demarcadas como reservas bio-ecolgicas. Outra explorao ativa a mineral, como o ouro e o diamante,donde decorre uma grande devastao natureza. Dessa forma, os gover-nos, tanto federal, estadual ou municipal, devero tomar decises imediatasquanto proteo do meio natural, pois deve ocorrer, sim, a exploraopastoril, agrcola e mineral dessa regio, porm no se deve esquecer quepara a efetiva existncia dessas economias o ambiente dever ser pruden-temente conservado.

    III Domnio Morfoclimtico de Mares de Morros

    Situao Geogrfica

    Este domnio estende-se do sul do Brasil at o Estado da Paraba (nonordeste), obtendo uma rea total de aproximadamente 1.000.000 km.Situado mais exatamente no litoral dos Estados do: Rio Grande do Sul,Santa Catarina, Paran, de So Paulo, Rio de Janeiro, Esprito Santo, daBahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraba; e no interior dosEstados, como: So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Esprito Santo.Incluindo em sua extenso territorial cidades importantes, como: So Paulo,Rio de Janeiro, Vitria, Salvador, Recife, Porto Alegre e Florianpolis.

    Caractersticas de Povoamento

    Como encontra-se na regio litornea leste do Brasil, foi o primeiro lu-gar a ser descoberto e colonizado pelos portugueses tanto que emPorto Seguro, Bahia, que atracou o navegante Pedro lvares Cabral,descobrindo o Brasil. Com isso, a primeira capital da colnia portuguesa naAmrica foi Salvador, onde iniciaram-se os processos de colonizao epovoamento, respectivamente. neste domnio que esto as duas maiorescidades brasileiras So Paulo e Rio de Janeiro. Isto se deve a antigaconstituio das duas cidades como centros econmicos, integradores,culturais e polticos. Foram muitos os resultados desse povoamento, comopor exemplo, a maior concentrao populacional do Brasil e a de melhorbase econmica.

    Caractersticas Bio-Hidro-Climticas e Fisiogrficas

    Como o prprio nome j diz, uma regio de muitos morros de formasresiduais e curtos em sua convexidade, com muitos movimentos de massageneralizados. Os processos de intemperismo, como o qumico, so fre-quentes, motivo pelo qual as rochas da regio encontram-se geralmenteem decomposio. Tem uma significativa gama de redes de drenagens,somados boa precipitao existente (1.100 a 1.800 mm a/a e 5.000 mm

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    a/a nas regies serranas), que devido massa de ar tropical atlntica(MATA) e aos ventos alsios de sudeste, que ocasionam as chuvas derelevo nestas reas de morros. Assim, os efeitos de sedimentao emfundos de vale e de colvios nas reas altas so muito intensos. A vegeta-o natural da mata chamada Atlntica, com poucas reas nativas desuma importncia aos ecossistemas ali existentes. Sua flora e fauna so degrande respaldo ambiental e o solo composto em sua maioria por latosso-los e podzlicos, sendo muito varivel. A textura se contradiz de regiopara regio, pois encontrado tanto um solo arenoso como argiloso. Como

    a sua extenso territorial alarga-se entre Norte Sul, seu clima dependerda sua situao geogrfica, diferenciando-se em: tropical, tropical de altitu-de e subtropical.

    Condies Ambientais e Economicamente Sustentveis

    Lembrando que foi colocado anteriormente em relao ao povoamento,essas terras j esto sendo utilizadas economicamente h muitos anos.Decorrente disso, observa-se uma considervel desgastao do solo queelucida uma atual preservao das matas restantes. Esta regio j sofreumuita devastao do homem e da sociedade e devem ser tomadas atitudesurgentes para sua conservao. Existem muitos programas, tanto do go-verno como privados, para a proteo da mata atlntica. Destaca-se porexemplo, a Fundao O Boticrio (privado), que detm reas de preserva-o ao ambiente natural e o SOS Mata Atlntica (governamental e privado).

    Neste sentido, a soluo mais adequada para este domnio, seria a estag-nao de muitos processos agrcolas ao longo de sua rea, pois o soloencontra-se desgastado e com problemas erosivos muito acentuados.Deixando assim, a terra descansar e iniciar um projeto de reconstituio vegetao nativa.

    IV Domnio Morfoclimtico das Caatingas

    Situao Geogrfica

    Situado no nordeste brasileiro, o domnio morfoclimtico das caatingasabrange em seu territrio a regio dos polgonos das secas. Com umaextenso de aproximadamente 850.000 km, este domnio inclui o Estadodo Cear e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Per-nambuco, da Paraba, do Rio Grande do Norte e do Piau. Tendo comoprincipais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte.

    Caractersticas do Povoamento

    Sendo uma das reas junto ao domnio morfoclimtico dos mares demorros, de colonizao pelos europeus (portugueses e holandeses), suahistria de povoamento j bastante antiga. A caatinga foi sempre umpalco de lutas de independncia, seja ela escravista ou nacionalista. Aregio tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrrios ao Reinado Portu-gus e posteriormente ao Imprio Brasileiro. Como o domnio das caatingaslocaliza-se numa rea de clima seco, logo chamou a ateno dos mesmospara refugiarem-se e construrem suas fortalezas, chamados de cangacei-ros. Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50,centrou-se mais em reas prximas ao litoral, mas o governo federal inves-tiu em infra-estrutura na construo de barragens, audes e canais fluviais,surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas

    (DNOCS). Entretanto, o clima desrtico da caatinga, prejudicou muito aocupao populacional nesta regio, sendo que a caatinga continua sendouma rea preocupante no territrio brasileiro em vista do seus problemassociais, que so imensos. Valendo destacar que com todos esses obstcu-los sociais e naturais da caatinga, seus habitantes partem para migraoem regies como a Amaznia e o sudeste brasileiro, chamada de migra-es de transumncia (sada na seca e volta na chuva).

    Caractersticas Bio-Hidro-Climticas e Fisiogrficas

    Com o seu clima semi-rido, o solo s poderia ter caractersticas seme-lhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intempe-rismo fsico nos latossolos e pouca eroso nos litlicos e h influncia desais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, soldicos e soon-chacks. Segundo AbSaber, a textura dos solos da caatinga passa de

    argilosa para textura mdia, outra caracterstica a diversidade de solos eambientes, como o serto e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solopobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigao paraflorescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drena-gem, os mnimos rios existentes so em sua maioria sazonais ao perododas chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porm existe

    um osis no serto nordestino, o Rio So Francisco, vindo da regiocentral do Brasil, irriga grandes reas da caatinga, transformando suasmargens num solo muito frtil semelhante o que ocorre com as reasmarginais ao Rio Nilo, no Egito. Neste sentido, comprova-se que a irrigaona caatinga pode e deve ser feita com garantia de bons resultados. Outrofato que chama a ateno, a vegetao sertaneja, pois ela sobrevive empocas de extrema estiagem e em razo disso sua casca dura e seca,conservando a umidade em seu interior. Assim, a regio caracterizadapor uma vegetao herbcea tortuosa, tendo como espcies: as cactceas,

    o madacaru, o xique-xique, etc.Condies Ambientais e Economicamente Sustentveis

    Devido o homem no intervir de significativa maneira em seu habitat, oambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua regiopoderia ser ocupada mais a nvel agrcola, em virtude do seu solo possuirboas condies de manejo, s necessitando de irrigao artificial. Assim,considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condies de desen-volver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importn-cia para acabar com a misria existente. Mas sem esquecer de utilizar osrecursos naturais com equilbrio, sendo feito de modo organizado e pr-estabelecido no causar desastres e consequncias ambientais futuros.

    V Domnio Morfoclimtico das Araucrias

    Situao GeogrficaEncontrado desde o sul paulista at o norte gacho, o domnio das a-

    raucrias ocupa uma rea de 400.000 km, abrangendo em seu territriocidades importantes, como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul,Passo Fundo, Chapec e Cascavel.

    Caractersticas do Povoamento

    A regio das araucrias foi povoada no final do sculo XIX, principal-mente por imigrantes italianos, alemes, poloneses, ucranianos etc. Comisto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essaregio uma das mais prsperas economicamente. Caracterizado por col-nias de imigrao estabelecidas pela descendncia estrangeira, podemosdestacar como principais pontos, as cidades de: Blumenau SC , colniaalem; Londrina PR, colnia japonesa; Caxias do Sul RS, colnia

    italiana. Mas a vinda desses imigrantes no foi s boa vontade do governodaquela poca. O Brasil tinha acabado de terminar a sua guerra com Para-guai, que deixou muitas perdas em sua populao, em virtude disso asoluo foi atrair imigrantes europeus e asiticos.

    Caractersticas Bio-Hidro-Climticas e Fisiogrficas

    Atualmente, a vegetao de araucria chamada de pinheiro-do-Paran, ou pinheiro-braseleiro pouco resta, as indstrias de celulose emadeireiras da regio, fizeram um extrativismo descontrolado que resultouno desaparecimento total em algumas reas. Sua condio de arbrea,geralmente com mais de 30 m de altura, condiz a um solo profundo, emvirtude de suas razes estabelecerem a sustentao da prpria rvore. Aregio das araucrias encontra-se no planalto meridional onde a altitudepode variar de 500 metros at cerca de 1.200 m. Isso evidencia um clima

    subtropical em toda sua extenso que mantm uma boa relao com aprecipitao existente nesse domnio, variando de 1.200 a 1.800 mm.Nesse sentido, a regio identifica-se com uma grande rede de drenagemem toda a sua extenso territorial. O solo formado principalmente porlatossolos brunos e tambm encontrado latossolos roxos, cambissolos,terras brunas e solos litlicos. Com estas caractersticas, o solo detm umaalta potencialidade agrcola, como: milho, feijo, batata, etc. As morfologiasdo relevo se destacam por uma forte ondulao at um montanhoso, o queo representa num solo de fcil adeso a processos erosivos, iniciados peladegradao humana e social.

    Condies Ambientais e Economicamente Sustentveis

    Percebe-se atualmente que esta arbrea quase desapareceu dessaregio, devido descontrolada explorao da araucria para produo de

    celulose. Felizmente, medidas foram tomadas e hoje a araucria protegi-da por lei estadual no Paran. Mas os questionamentos ambientais noesto somente na vegetao. Devido este solo ser utilizado h anos vema ocorrer uma erosividade considerada. Em virtude do mesmo, surge atcnica de manejo agrcola chamada plantio direto, que evidencia umaproteo ao solo nu em pocas de ps-safra. Nesse sentido, o domnio

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    morfoclimtico das araucrias, que compreende uma importante rea no sulbrasileiro, detm um nvel de conservao e reestruturao vegetal consi-dervel. Mas no se deve estagnar esse processo positivo, pois necessita-mos muito dessas terras frteis que mantm as economias locais.

    VI Domnio Morfoclimtico das Pradarias

    Situao Geogrfica

    Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gacho,

    o domnio morfoclimtico das pradarias compreende uma extenso, segun-do AbSaber, de 80.000 km e de 45.000 km de acordo com Fontes & Ker UFV. Tendo como c idades importantes em sua abrangncia: Uruguaiana,Bag, Alegrete, Itaqui e Rosrio do Sul.

    Caractersticas do Povoamento

    Territrio me da cultura gauchesca, suas tradies ultrapassam gera-es, demonstrando a fora da mesma. Caracterizado por um baixo povo-amento, a regio destaca-se grandes pelos latifndios agropastoris, queso at hoje marcas conhecidas dos pampas gachos. Os jesutas inicia-ram o povoamento com a catequizao dos ndios e posteriormente surgemas povoaes de charqueadas. Passando por bandeirantes e tropeiros, aspradarias estagnam esse processo (ciclo do charque) com a venda de lotesde terras para militares, pelo governo federal. Devido proximidade geo-grfica com a diviso fronteiria de dois pases (Argentina e Uruguai),ocorreram vrias tentativas de anexao dos pampas a uma destas naes

    devido aos tratados de Madrid e de Tordesilhas. Mas as tentativas foraminvlidas, hoje os pampas continuam sendo parte do territrio brasileiro.

    Caractersticas Bio-Hidro-Climticas e Fisiogrficas

    Como uma rea tambm chamada de pradarias mistas, o solo condizao mesmo. Segundo AbSaber, que o caracteriza como diferente de todosos outros domnios morfoclimticos, existindo o paleossolo vermelho e opaleossolo claro, sendo de clima quente e frio. Denominado um solo jovem,devido guardar materiais ferrosos e primrios, sua colorao vem a serescura. Estabelecido por um clima subtropical com zonas temperadasmidas e sub-midas, a regio sujeita a sofrer alguma estiagem durante oano. Sua amplitude trmica alcana ndices elevados, como em Uruguaia-na, considera a mais alta do Brasil, com 7 a/a. Isto evidencia suas limita-

    es agrcolas, pois o solo pouco espesso e tm indcios de pedrugosi-dade. Assim, caracteriza-o a uma atividade pastoril de bovinos e ovinos.Com a utilizao do solo sem controle, denota-se um srio problema erosi-vo que origina as ravinas e posteriormente as voorocas. Esse processoamplia-se rapidamente e origina o chamado deserto dos pampas. A drena-gem existente perene com rios de grande vazo, como: Rio Uruguai, RioIbicu e o Rio Santa Maria.

    Condies Ambientais e Economicamente Sustentveis

    O domnio morfoclimtico das Pradarias detm importantes reservasbiolgicas, como a do Parque Estadual do Espinilho (Uruguaiana e Barrado Quarai) e a Reserva Biolgica de Donato (So Borja). As condiesambientais atuais fora desses parques, so muito preocupantes. Com oincio da formao de um deserto que tende a crescer anualmente, essa

    regio est sendo foco de muitos estudos e projetos para estagnar esseprocesso. Devido ao mau uso da terra pelo homem, como a monocultura eas queimadas, essas daro origem as ravinas, que por sua vez faro surgirs voorocas. Como o solo muito arenoso e a morfologia do relevo levemente ondulado, rapidamente os montantes de areia espalham-se naregio ocasionados pela ao elica. Em virtude a tudo isso, poucas medi-das esto sendo tomadas, exceto os estudos feitos. Assim, as autoridadeslocais devero estar alerta, para que esse processo erosivo tenha um fimantes que torne toda as pradarias num imenso deserto.

    Faixas de Transies

    Encontrados entre os vrios domnios morfoclimticos brasileiros, asfaixas de transies so: as Zonas dos Cocais, a Zona Costeira, o Agreste,o Meio-Norte, as Pradarias, o Pantanal e as Dunas. Espalhadas por todo o

    territrio nacional, constituem importantes reas ambientais e econmicas.Faixas de Transio Nordestinas

    A zona dos cocais, representa uma importante fonte de renda popu-lao nordestina, pois nessa rea principalmente, que se faz extraodos cocos. A zona costeira detm outra caracterstica, uma importante

    regio ambiental, onde se encontra a vegetao de mangue, que constituium bioma riqussimo em decomposio de matria. Outra faixa de transio o agreste, que responsvel pela produo de alimentos para o nordes-te, como: leite, aves, sisal, entre outras matrias primas para indstrias. Nolitoral cearense, encontra-se as dunas, que uma regio de montantes deareias depositados pela ao dos ventos e de constante remodelao.

    O meio-norte se estabelece entre a caatinga do serto e a Amaznia(Maranho e Piau). Com uma diversidade de vegetao como cerrado ematas de cocais, o meio-norte detm sua economia na pecuria bovina,chamada de p-duro e na criao do jegue. A carnaba e o leo de babaso outras fontes de extrativismo. Sem esquecer que todas estas zonasdemonstradas situam-se na regio nordestina brasileira.

    Faixa de Transio da Regio Sul Brasileira

    Na regio sul, encontra-se a zona de transio das Pradarias, que sesitua entre os domnios morfoclimticos da Araucria e das Pradarias. Sogeralmente campos acima de serras e so encontradas vegetaes do tipoaraucrias, de campo, floresta e cerrado. Assim, os sistemas naturaissituados nessa regio, so de fundamental importncia para o meio naturalenvolvente a ela.

    Faixa de Transio Pantanal

    O pantanal uma das principais zonas de transio encontrada noBrasil. Ele um complexo ambiental de suma importncia, pois compreen-de uma grande diversidade de fauna e flora. Situado em regies serranas eem terras altas, o pantanal considerado um grande reservatrio de gua,devido encontrar-se numa depresso entre vrias montanhas. Sua redefluvial composta por rios, como: Cuiab, Taquari, Paraguai etc, sendoconsiderados rios perenes.

    Como o pantanal passa por duas estaes climticas durante o ano, aseca e as cheias dos rios, essa regio detm caractersticas e denomina-es nicas, como: cordilheira que significa reas mais altas, onde nosofrem alagamentos (pequenas elevaes); salinas regies deprimidasque se tornam lagoas rasas e salgadas com as cheias dos rios; barreiros so os depsitos de sal aps a seca das salinas; caixas canais que ligamlagoas, existindo somente durante as inundaes; e vazante cursos

    daguas existente durante as pocas das chuvas. Com tudo, o pantanalsofre consequncias ambientais como a explorao mineral, que poluemintensamente os rios considerados como os responsveis pela existnciada biodiversidade da regio. A pecuria e a utilizao de enormes monocul-turas, fazem o despejo de uma grande quantidade de agrotxicos aos rios.

    Nesse sentido, a preservao dessas zonas de transio so conside-radas de suma importncia para a existncia dos domnios morfoclimticosbrasileiros. Pois eles estabelecem uma relao direta com a fauna, flora,hidrografia, clima e morfologia, conservando o equilbrio dos frgeis siste-mas ecolgicos.

    Principais Regies Fitogeogrficas do Brasil

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    A Amaznia

    A Floresta Amaznica ocupa a Regio Norte do Brasil, abrangendocerca de 47% do territrio nacional. a maior formao florestal do planeta,condicionada pelo clima equatorial mido. Esta possui uma grande varie-dade de fisionomias vegetais, desde as florestas densas at os campos.Florestas densas so representadas pelas florestas de terra firme, asflorestas de vrzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igap,permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazniacentral. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremosetentrional da bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-sesobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao longo da bacia doRio Negro. Ocorrem ainda reas de cerrado isoladas do ecossistema doCerrado do planalto central brasileiro.

    O Semi-rido (Caatinga)

    A rea nuclear do Semi-rido compreende todos os estados do Nor-deste brasileiro, alm do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% doterritrio nacional. Seu interior, o Serto nordestino, caracterizado pelaocorrncia da vegetao mais rala do Semi-rido, a Caatinga. As reasmais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais prximasdo litoral, so chamadas de Agreste. A rea de transio entre a Caatinga ea Amaznia conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grandeparte do Serto nordestino sofre alto risco de desertificao devido de-gradao da cobertura vegetal e do solo.

    O Cerrado

    O Cerrado ocupa a regio do Planalto Central brasileiro. A rea nuclearcontnua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do territrio nacional,sendo que h grandes manchas desta fisionomia na Amaznia e algumas

    menores na Caatinga e na Mata Atlntica. Seu clima particularmentemarcante, apresentando duas estaes bem definidas. O Cerrado apresen-ta fisionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegeta-o lenhosa a cerrado, uma formao arbrea densa. Esta regio per-meada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d'gua.

    A Mata Atlntica

    A Mata Atlntica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, ori-ginalmente foi a floresta com a maior extenso latitudinal do planeta, indode cerca de 6 a 32oS. Esta j cobriu cerca de 11% do territrio nacional.Hoje, porm a Mata Atlntica possui apenas 4% da cobertura original. Avariabilidade climtica ao longo de sua distribuio grande, indo desdeclimas temperados supermidos no extremo sul a tropical mido e semi-rido no nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona aindamais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as rvores sedesenvolvem muito, formando uma floresta densa. Nas enconstas estafloresta menos densa, devido freqente queda de rvores. Nos toposdos morros geralmente aparecem reas de campos rupestres. No extremosul a Mata Atlntica gradualmente se mescla com a floresta de Araucrias.

    O Pantanal Mato-Grossense

    O Pantanal mato-grossense a maior plancie de inundao contnuado planeta, coberta por vegetao predominantemente aberta e que ocupa1,8% do territrio nacional. Este ecossistema formado por terrenos emgrande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a varie-dade de microrelevos e regimes de inundao. Como rea transicionalentre Cerrado e Amaznia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossiste-mas terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado.

    Outras Formaes

    Os Campos do Sul (Pampas)No clima temperado do extremo sul do pas desenvolvem-se os cam-

    pos do sul ou pampas, que j representaram 2,4% da cobertura vegetal dopas. Os terrenos planos das plancies e planaltos gachos e as coxilhas,de relevo suave-ondulado, so colonizados por espcies pioneiras campes-tres que formam uma vegetao tipo savana aberta. H ainda reas deflorestas estacionais e de campos de cobertura gramneo-lenhosa.

    A Mata de Araucrias (Regio dos Pinheirais)

    No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m,destaca-se a rea de disperso do pinheiro-do-paran,Araucria angustifo-lia, que j ocupou cerca de 2,6% do territrio nacional. Nestas florestascoexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendodominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paran. As florestas variam emdensidade arbrea e altura da vegetao e podem ser classificadas deacordo com aspectos de solo, como aluviais, ao longo dos rios, submonta-nas, que j inexistem, e montanas, que dominavam a paisagem. A vegeta-o aberta dos campos gramneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos.Devido ao seu alto valor econmico a Mata de Araucria vm sofrendo fortepresso de desmatamento.

    Ecossistemas costeiros e insulares

    Os ecossistemas costeiros geralmente esto associados Mata Atln-tica devido a sua proximidade. Nos solos arenosos dos cordes litorneos edunas, desenvolvem-se as restingas, que pode ocorrer desde a formarastejante at a forma arbrea. Os manguesais e os campos salinos deorigem fluvio-marinha desenvolvem-se sobre solos salinos. No terrenoplano arenoso ou lamacento da Plataforma Continental desenvolvem-se os

    ecossistemas bnticos. Na zona das mars destacam-se as praias e osrochedos, estes colonizados por algas. As ilhas e os recifes constituem-seacidentes geogrficos marcantes da paisagem superficial.http://www.brcactaceae.org/ecossistemas.html

    As atividades econmicas e a organizao do espao: Espaoagrrio: modernizao e conflitos; Espao urbano: atividadeseconmicas, emprego e pobreza;

    A agricultura brasileira se iniciou na regio nordeste do Brasil, no s-culo XVI, com a criao das chamadas Capitanias Hereditrias e o inciodo cultivo da cana.

    Baseada na monocultura, na mo de obra escrava e em gran-des latifndios, a agricultura permaneceria basicamente restrita cana com

    alguns cultivos diferentes para subsistncia da populao da regio, pormde pouca expressividade.

    S a partir do sculo XVIII com a minerao e o incio das plantaesde caf, que a partir do sculo XIX seriam o principal produto brasileiro, que o cultivo de outros vegetais comea a ganhar mais expressividade.Muitos engenhos so abandonados e a atividade canavieira se estagnadevido transferncia da mo-de-obra para a minerao e o cultivo docaf.

    Tal como ocorrera com o perodo de grande produo da cana-de-acar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma nova fase eco-nmica. Por isso, podemos dizer que a histria da agricultura no Brasil estintimamente associada com a histria do desenvolvimento do prprio pas.Ainda mais, quando se considera o perodo a partir do sculo XIX quando o

    caf se tornou o principal artigo de exportao brasileiro, logo aps o decl-nio da minerao.

    Mas o cultivo do caf, que durante todo o sculo XIX faria fortunas e in-fluenciaria fortemente a poltica do pas, comea a declinar por volta de1902 quando a crise atinge seu ponto culminante, o Brasil produzira mais

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    de 16 milhes de sacas de caf enquanto que o consumo mundial poucoultrapassava os 15 milhes fazendo com que o preo do caf, que j estavaem queda, chegasse a 33 francos (bem menos que os 102 francos de1885).

    Desta forma, houve uma necessidade de diversificao da economiaque, entre outras atividades alm das estreantes indstrias, comeava avalorizar outros tipos de culturas. Alm do que, o aumentoda urbanizao do pas exigia tambm, o aumento do cultivo de matrias-primas. Mas, esta mudana tomaria forma mesmo, s a partir da dcada de1940.

    Atualmente, segundo dados do ltimo levantamento realizado pelo IB-GE em novembro de 2007, no Brasil so cultivados 58.033,075 ha de terra.Sendo que a cana-de-acar ainda predomina: so produzidos514.079,729t contra 58.197,297t da soja em gro. Quanto ao caf em gro,este responde por cerca de 2.178,246t. Caroline Faria

    Agricultura moderna

    Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

    Laranjal em AvarA agricultura modernasurgiu aps a primeira fase da Revoluo

    Industrial, situada entre o final do sculo XVIII e o inicio do sculo XIX, combase na utilizao da energia a vapor e tambm da eletricidade. Logo, ela aquela caracterizada pela maior regularizao das safras e o aumento daproduo agrcola devido utilizaode tratores, colheitadeiras, semeadeiras e alguns novos implementosagrcolas.

    A inveno da mquina de separar o caroo da fibra do algodo, porexemplo, possibilitou o fornecimento abundante dessa importante matriaprima por um baixo preo. O Cotton Gin, o descaroador de algodo, foiinventado em 1793 por Eli Whitney, um mestre-escola da Nova Inglaterra.Do ponto de vista de diversos historiadores, essa inveno contribuiu maispara a extino da escravatura na Amrica do Norte, que todas as teoriasque pudessem incentiv-lo na poca.

    Colheitadeira em um campo de cultivo de cerais

    Nesse perodo houve tambm um grande desenvolvimento doconhecimento cientfico e a criao de novos tratos culturais, que foramintroduzidos nas lavouras. Contudo, o principal fator de estmulo aodesenvolvimento e a modernizao da agricultura foi a acumulao de bensde capital, que proporcionaram um aumento da capacidade de financiarmquinas modernas e, assim, a produtividade agrcola aumentou. Issoporque a Revoluo Industrial provocou uma grande acumulaode capital.

    Como a produtividade agrcola aumentou rapidamente, e como ademanda por produtos agrcolas no aumentou, j que a quantidade dealimentos que uma pessoa pode consumir limitada em funo dacapacidade do seu estmago, a porcentagem da populao que trabalhavana agricultura se reduziu drsticamente e foram buscar empregos nascidades, gerando um grande processo de urbanizao.

    Ocorreu ainda nessa a etapa da evoluo agrcola o desenvolvimentoda pecuria leiteira na Europa Ocidental(Frana, Dinamarca etc.),nos EUA e, mais tarde, na ex-URSS, da floricultura nos Pases Baixos ede olivais nas pennsulas Ibrica e Balcnica. Atualmente a maioria dospases subdesenvolvidos encontra se com a agricultura nesse estgio.

    Os conflitos pela terra no Brasil

    Maria Teresa Manfredo

    O tema da diviso da terra evoca uma questo recorrente no Brasil: osconflitos fundirios que, no decorrer da histria do pas, adquiriram diferen-tes contornos. De acordo com a doutora em histria pela UniversidadeFederal Fluminense (UFF), Marina Machado, muitas vezes esses conflitosaconteceram por envolverem divises territoriais administrativas, constru-o de limites e de fronteiras. Para ela, fundamental, tambm, considerarque tal discusso atravessada pela questo das disputas entre terraslatifundirias. A expanso - ou no - de uma fronteira explora diferentesaspectos e interesses, de diferentes grupos envolvidos em um mesmoprocesso (fazendeiros, moradores, grupos indgenas, agentes do governo,representantes da igreja etc.), lembra a historiadora.

    Num perodo mais recente, a partir da segunda metade da dcada de1990, aps a fase de reestruturao e modernizao da produo agrcola,

    as questes econmicas relacionadas a esses conflitos ganharam maiorgrau de complexidade. De acordo com a economista Viviam Souza Nasci-mento, que desenvolveu pesquisa sobre o tema junto Universidade deSo Paulo (USP), nos ltimos anos a complexificao dessas disputas sedeu em funo "do aumento das demandas sociais criadas com a criseeconmica da dcada de 1980, da modernizao do setor agrcola e dassignificativas mudanas institucionais que alteraram o ambiente de neg-cios brasileiro".

    Por outro lado, Nascimento relembra o percurso histrico dessa ques-to, sinalizando que convencionalmente atribui-se a raiz desses conflitos noBrasil ao problema da concentrao de terras, que teria suas origens nomodelo de ocupao territorial adotado no sculo XVI pela Coroa Portu-guesa, durante o perodo da colonizao. Contudo, para ela "a falta deregulamentao e fiscalizao na distribuio de terras no pas que efeti-

    vamente contribuiu para a concentrao fundiria".Carlos Alberto Feliciano, gegrafo da Universidade Estadual Paulista

    (Unesp, campus de Presidente Prudente), refora que entre as principaiscausas dos conflitos fundirios no Brasil est a concentrao de terras.Esses conflitos so bastante antigos no Brasil, com maior evidncia a partirdo sculo XIX, tendo se agravado ainda mais no sculo XX.

    Entre os principais conflitos no incio do sculo XX esto Canudos eContestado, que "embora muitas vezes sejam lembrados como episdiosque envolveram questes religiosas, esto diretamente voltados para umaquesto de luta pela terra", afirma a historiadora Marina Machado. Nessesentido, Feliciano ressalta que o assunto em nosso pas ultrapassa a ques-to das fronteiras legais das unidades federativas, mas ao mesmo tempo movido pelas relaes sociais de poder e disputa que nelas so materiali-

    zadas.Em comparao aos sculos anteriores, possvel afirmar que no s-

    culo XX houve, ao mesmo tempo, uma reduo na concentrao fundiria euma valorizao da terra no pas. Isso se deu, por um lado, devido ao fatode os agricultores brasileiros passarem a investir em atividades urbano-

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    industriais - em decorrncia, sobretudo, da desvalorizao mundial do cafdurante a Primeira Guerra Mundial e a crise econmica de 1929. Por outrolado, houve um aumento do valor de uso da terra, gerando maior produtivi-dade em propriedades de pequeno e mdio porte em algumas regies dopas - como o caso da regio Sul.

    Para o gegrafo da Unesp, alm da concentrao de terra, a constru-o da propriedade privada no Brasil trouxe consigo o significado de terracomo reserva de valor, "onde boa parte dos ditos 'proprietrios' vivem darenda que ela pode lhes auferir, mesmo sendo improdutiva."

    Foi na dcada de 1960, que surgiu com maior intensidade a discussosobre a necessidade de reforma agrria no Brasil, principalmente nasregies Norte e Nordeste que sofriam mais com a concentrao fundiria.No mesmo perodo, seguiu-se a criao da organizao das Ligas Campo-nesas e muitos outros conflitos, como o episdio de Trombas e Formoso,em Gois (das dcadas de 1950 e 1960). Ocorreu tambm nessa poca adiscusso sobre terras devolutas - "um tipo de terra pblica que deveriaestar sob o domnio do Estado, mas que est na esfera privada, seja ligadaa proprietrios, ou ento, a grandes empreendimentos, como bancos ouindstrias", explica Feliciano.

    Em meio a esse contexto, em maro de 1963, foi aprovado o Estatutodo Trabalhador Rural, regulando as relaes de trabalho no campo, que atento estavam margem da legislao trabalhista. Contudo, com o golpemilitar de 1964, as ideias foram revistas e a reforma agrria realizada nesseperodo foi concentrada na fronteira agrcola do Centro-Oeste, visandosobretudo a ocupao do territrio.

    Entre 1980 e 1990, surgiram vrias organizaes em defesa da refor-ma agrria como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, Ligas Cam-ponesas e a Pastoral da Terra.

    Em 1993, o Congresso Nacional estabeleceu que a improdutividadedas terras caracterizava o no cumprimento do caso previsto pela Constitu-io de 1988 de funo social da propriedade; ficou estabelecido por Leique a improdutividade procederia desapropriao. Atualmente, por partedos movimentos, as ocupaes de terra tornaram-se o principal mecanismode presso sobre o Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria(Incra), para a execuo dos processos de desapropriao e assentamen-

    tos.Para Viviam Nascimento, um caminho para minimizar o conflito neste

    sentido fortalecer as polticas de controle e fiscalizao da propriedadeagrcola, "organizando a titulao, acompanhando o mercado de terras(incluindo a compra por parte dos estrangeiros), alm de fiscalizar e agircom rapidez nas resolues de conflitos".

    Segundo Carlos Feliciano, "a soluo para esse impasse a realizaode uma reforma agrria ampla, baseada em critrios legais melhor defini-dos", de acordo com o pesquisador, s assim o Estado cumpriria o que aConstituio Federal estabelece como funo social da propriedade: serprodutiva, respeitar as leis trabalhistas, ambientais, gerando desenvolvi-mento para a regio a que pertence.

    Mapeamento dos conflitos

    Em abril deste ano, a Comisso Pastoral da Terra lanou um relatriosobre conflitos no campo a partir de dados coletados em 2010. Dos 638conflitos neste ltimo ano, mais da metade refere-se a posseiros (antigosdonos de pequenas reas sem ttulos da propriedade) e a povos e comuni-dades tradicionais (indgenas, quilombolas, extrativistas etc.) - totalizando57% das violncias ligadas terra, no ano. A maioria tem sua causa ligadaa grandes projetos, como barragens, ferrovias, rodovias, parques elicos, eminerao.

    Mas o que mais marca o ano de 2010 nesse quesito o crescimentodo nmero de assassinatos em conflitos no campo: 34 assassinatos, umnmero 30% maior que em 2009, quando foram registrados 26. O estadodo Par mantm a liderana quanto ao nmero dos assassinatos, 18,nmero 100% maior que em 2009, quando foram registrados 9 mortes.

    Alm dos assassinatos, em 2010 foram registradas 55 tentativas de assas-sinato, 125 pessoas receberam ameaas de morte, 4 foram torturadas, 88presas e 90 agredidas.

    Com relao aos conflitos de terra propriamente ditos, o total permane-ceu muito prximo ao de 2009, passando de 854 para 853, em 2010. Os

    embates protagonizados pelos movimentos sociais do campo caram 38%;por outro lado, os conflitos gerados por expulses, pistolagem, despejos eameaas cresceram 21% - passando de 528, em 2009, para 638, em 2010.A regio Nordeste teve o maior nmero de conflitos, com 43,7% (279),seguido da regio Norte com 36,7% (234). As demais regies concentraram9,6% (61) no Sudeste, 5,8% (37) no Centro-Oeste e 4,2% (27) no Sul.

    A chamada Amaznia Legal concentra 65% dos conflitos de terra, sen-do que Maranho, Par e Tocantins concentram 46,2% desse total.

    Ao analisar as categorias sociais que foram vtimas das 604 ocorrn-cias de aes violentas em conflitos no campo, 57% envolveram popula-es tradicionais, como comunidades indgenas ou ribeirinhas. Outros 43%atingiram setores que eram considerados protagonistas da luta pela refor-ma agrria, como os sem-terra (182 conflitos), os assentados (61), peque-nos proprietrios (9) e outros.

    Para a Pastoral da Terra, esses dados "deixam evidente que no porcausa da ao dos sem-terra que a violncia no campo persiste, mas simdevido violncia sobre a qual se alicerou todo o processo de ocupaoterritorial brasileiro desde o tempo da Colnia at os dias de hoje."

    O espao urbano no BrasilCrescimento urbano crescimento da populao que vive nas cida-

    des.

    Urbanizao corresponde a transferncia de populaes originriasdas zonas rurais em direo s cidades.

    O processo de urbanizao brasileira comeou a partir de 1940, comoresultado da modernizao econmica e do grande desenvolvimento indus-trial graas a entradas de capital estrangeiro no pas.

    As empresas transnacionais preferiram se instalar nas cidades em quea concentrao populacional fosse maior e de melhor infra-estrutura, dandoorigem s grandes metrpoles.

    A industrializao gerou empregos para os profissionais qualificados,expandiu a classe mdia e o nvel de consumo urbano. A cidade transfor-mou-se num padro de modernidade, gerando xodo rural.

    A tecnologia e o nvel de modernizao econmica no estavam adap-tados realidade brasileira.

    A migrao campo-cidade gerou desemprego e aumento das ativida-des do setor tercirio informal.

    O modelo de desenvolvimento econmico e social adotado no Brasil apartir dos anos 50 levou a um processo de metropolizao.

    Ocorrncia do fenmeno da conurbao, que constituem as regiesmetropolitanas (criadas em 1974 e 1975).

    A partir da dcada de 80 houve o que se chama de desmetropolizao,com os ndices de crescimento econmico maiores nas cidades mdias,havendo assim um processo de desconcentrao econmica.

    Outras regies passaram a atrair mais que as regies metropolitanas,havendo tambm desconcentrao populacional.

    Est ocorrendo um declnio da importncia das metrpoles na dinmicasocial e econmica do pas.

    Um nmero crescente de cidades passou a pertencer ao conjunto dascidades mdias e grandes.

    Podemos dizer que o Brasil se modernizou e que a grande maioria dapopulao brasileira, j est de alguma forma integrada aos sistemas deconsumo, produo e informao.

    Existe hoje uma integrao entre o Brasil urbano e o agrrio, um absol-vendo aspectos do outro. A produo rural incorporou inovaes tecnolgi-cas produzidas nas cidades. O Brasil rural tradicional est desaparecendo esobrevive apenas nas regies mais pobres.

    A produo comercial est cada vez mais voltada para a cidade.A produtividade aumentou e o meio rural integrou-se aos principais

    mercados nacionais e internacionais.A implantao de modernos sistemas de transportes e de comunica-

    es reduziu as distncias e possibilitou a desconcentrao das atividadeseconmicas, que se difundiram por todo o pas e hoje so coordenadas apartir de diretrizes produzidas nos grandes centros nacionais e internacio-nais.

    Segundo o modelo informacional, So Paulo a metrpole mundialbrasileira que exerce controle sobre os principais sistemas de comunicao

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    que difundem as inovaes por todo o pas, atravs dos meios de comuni-cao.

    Observa-se uma ruptura com a hierarquia urbana tradicional e a formu-lao de um novo modelo de relaes, muito mais complexo e adequadoao quadro social e econmico do Brasil contemporneo. Autoria: EltonSantiago

    -o0o-

    O processo de urbanizao do Brasil, fruto de uma industrializao tar-

    dia, realizada num pas subdesenvolvido, trouxe uma srie de problemas.Esses problemas urbanos normalmente esto relacionados com o tipo dedesenvolvimento que vem ocorrendo no pas por vrias dcadas, do qual,por um lado, aumenta a riqueza de uma minoria e, por outro, agrava-se oproblema da maioria dos habitantes.

    Um desses problemas a moradia. Enquanto em algumas reas dasgrandes cidades brasileiras surgem ou crescem novos bairros ricos com,com residncias modernssimas, em outras, ou as vezes, at nas vizinhan-as, multiplicam-se as favelas, cortios e demais habitaes precrias.

    Mas o tipo de habitao popular que vem crescendo nos ltimos anos,nos grandes centros urbanos do pas, a casa prpria da periferia. Trata-se de uma casinha que o trabalhador constri, ele mesmo, com a ajuda defamiliares e amigos, sob a forma de mutiro, geralmente nos fins de sema-

    na e feriados, num lote de terra que adquire na periferia da cidade. A cons-truo leva vrios anos e o material vai sendo adquirido aos poucos.

    Ocorre, porm, que, ao residir na periferia da grande cidade, o traba-lhador e sua famlia tero de gastar mais em transporte para o servio,alm de perder vrias horas por dia dentro de nibus ou trens. E o transpor-te coletivo (nibus, trens, metrs) um dos grandes problemas das metr-poles brasileiras, com carncia e precariedade das linhas de nibus e trens,com atraso na expanso das linhas de metrs nas cidades onde essetransporte existe, sem contar o acdio sexual e roubos que ocorrem nosvages ou nos nibus lotados, nos quais vo pessoas penduradas nasportas, janelas ou at mesmo em cima dos mesmos, representando umgrande perigo de acidentes.

    Outro problema importante nas grandes cidades brasileiras a infra-estrutura urbana: gua encanada, pavimentao de ruas, iluminao eeletricidade, transportes, rede de esgotos etc. Apesar de a cada ano au-mentar a rea abrangida por esses servios, o rpido crescimento dascidades torna-os sempre insuficientes. E a ampliao dessa infra-estruturano tem conseguido acompanhar o ritmo de crescimento das reas urba-nas dessas metrpoles. Assim, na Grande So Paulo, por exemplo, apenas50 % dos domiclios so servidos por rede de esgotos e 65 % pela de guaencanada.

    Essa insuficincia dos recursos aplicados na expanso da infra-estrutura urbana decorre no apenas da rpida expanso das cidadescomo tambm da existncia de terrenos baldios ou espaos ociosos emseu interior. comum empresas imobilirias, ao realizarem um loteamentona periferia, onde ainda no existem servios de infra-estrutura, deixarem,entre as reas que esto vendendo e o bairro mais prximo, um espao de

    terras sem lotear. Com o crescimento da rea loteada, ocorrero reivindica-es para que o local provido de infra-estrutura. E, quando isso ocorrer, taisservios tero que passar pelo espao ocioso. A que esse espao pode-r ser vendido ou loteado, mas agora por um preo bastante superior.

    Esse procedimento acaba prejudicando a maioria da populao, poisleva a populao trabalhadora da periferia para locais cada vez mais dis-tantes do centro da cidade. Esses espaos vazios ou ociosos abrangematualmente cerca de 40 % da rea urbana da cidade de So Paulo.

    Outro problema comum nas grandes cidades a violncia urbana. Osacidentes de transito, com milhares de feridos e mortos a cada ano. Oabuso do motorista e o desrespeito ao pedestre so de fato algo comum. Aviolncia policial, especialmente sobre a populao mais pobre, tambmmuito frequente. E o nmero de assaltos, estupros e assassinatos crescecada vez mais. Surgiu nos ltimos anos, nas grandes metrpoles at umafigura nova de assaltante: o trombadinha, delinquente juvenil, fruto docrescimento do desemprego e do declnio dos salrios reais, isto , dainflao sempre superior aos aumentos salariais; como decorrncia dessesfatos, agravados ainda pela falta de assistncia social s famlias pobres,s mes solteiras, s vitimas de estupro ou da violncia do marido, do pai,

    etc., multiplicam-se pelas ruas os menores abandonados, a partir dos quaissurgiro os trombadinhas ou delinqentes juvenis. Prof. Miguel JeronymoFilho

    Atividades Econmicas do Brasil

    Nona maior economia do planeta, segundo classificao do BancoMundial, o Brasil desenvolve em seu territrio atividades dos setoresprimrio, secundrio e tercirio. Esse ltimo o destaque do pas, res-ponsvel por mais da metade do seu Produto Interno Bruto (PIB) e pelagerao de 75% de seus empregos.

    Um dos propulsores do desenvolvimento econmico brasileiro dosltimos anos, o setor tercirio, que corresponde venda de produtos eaos servios comerciais oferecidos populao, ainda uma das razesdo aumento da competitividade interna e externa do Brasil, acelerando oseu progresso tecnolgico. Segundo a Central Brasileira do Setor deServios (CEBRASSE), das 500 maiores empresas no Brasil, 124 atuamnesse setor. Nessas empresas destacam-se, sucessivamente, as ativi-dades de telecomunicaes, servios pblicos, tecnologia e computao,alm das comunicaes. Para o investidor estrangeiro so vrias asopes de negcio no pas, como o comrcio de veculos, objetos pesso-ais e domsticos, combustveis, alimentos, alm das atividades imobili-rias, aluguis e servios prestados s empresas.

    A indstria, parte do setor secundrio, tambm um setor de grandeimportncia na formao da riqueza nacional. Com destaque na produ-o de bens de capital, ela tem na regio Sudeste, em especial a RegioMetropolitana de So Paulo, a maior concentrao do pas. Por categoriade uso, essa atividade divide-se em indstrias de bens de capital, bensintermedirios, bens de consumo durveis, semidurveis e no durveis.A indstria de capital (produtora de bens que sero utilizados no proces-so produtivo, como mquinas e equipamentos) um dos destaques entreas categorias no Brasil, tanto em termos de produo fsica, quanto emtermos de faturamento. Os produtos mais vendidos da indstria brasileiraso o leo diesel, minrio de ferro beneficiado, automveis com cilindra-das, gasolina automotiva (exceto para aviao), leos brutos de petrleo,lcool combustvel, telefones celulares, acar cristal e cervejas ouchope.

    J o setor primrio no Brasil, dividido em atividades de agricultura,pecuria, extrativismo vegetal, caa, pesca e minerao, tem comodestaque a agropecuria. Essa atividade, que faz uso do solo para ocultivo de plantas e a criao de animais, responsvel por cerca de27% do PIB do Brasil, aproximadamente 42% de suas exportaes totaisem 2009 e mais de 17 milhes de empregos. Alm disso, o Brasil oresponsvel pelo fornecimento de 25% do mercado mundial de alimen-tos. Lder mundial em vrios setores, o pas tem no caf, acar, lcool(a partir da cana-de-acar) e suco de laranja algumas de suas principaisprodues e exportaes. Tambm importante, em primeiro lugar nasvendas externas, so o complexo de soja(farelo, leo e gro), a carnebovina e a carne de frango. Portal online do IBGE

    Economia

    A economia do Brasiltem um mercado livre e exportador. Comum PIB nominal de 2,48 trilhes de dlares (4,14 trilhes de reais), foiclassificada como a sexta maior economia do mundo em 2011, segundoo FMI (considerando o PIB de 2,09 trilhes de dlares, para 2010) , ou astima, de acordo com o Banco Mundial (tambm considerando um PIB de2.09 trilhes de dlares em 2010) e o World Factbookda CIA (estimando oPIB de 2011 em 2,28 trilhes de dlares). a segunda maior do continenteamericano, atrs apenas dos Estados Unidos.

    A economia brasileira tem apresentado um crescimento consistente e,segundo o banco de investimento Goldman Sachs, deve tornar-se a quartamaior do mundo por volta de 2050.

    O Brasil uma das chamadas potncias emergentes: o "B" dogrupo BRICS. membro de diversas organizaes econmicas, comoo Mercosul, a UNASUL, o G8+5, o G20 e o Grupo de Cairns. Tem centenasde parceiros comerciais, e cerca de 60% das exportaes do pas referem-se a produtos manufaturados e semimanufaturados. Os principais parceiroscomerciais do Brasil em 2008 foram:Mercosul e Amrica Latina (25,9% do

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    comrcio), Unio Europeia (23,4%), sia (18,9%), Estados Unidos (14,0%)e outros (17,8%).

    Segundo o Frum Econmico Mundial, o Brasil foi o pas que maisaumentou sua competitividade em 2009, ganhando oi to posies entreoutros pases, superando a Rssia pela primeira vez e fechandoparcialmente a diferena de competitividade com a ndia ea China, economias BRIC . Importantes passos dados desde a dcada de1990 para a sustentabilidade fiscal, bem como as medidas tomadas paraliberalizar e abrir a economia, impulsionaram significativamente osfundamentos do pas em matria de competitividade, proporcionando ummelhor ambiente para o desenvolvimento do setor privado.

    O pas dispe de setor tecnolgico sofisticado e desenvolve projetosque vo desde submarinos a aeronaves (a Embraer a terceira maiorempresa fabricante de avies no mundo). O Brasil tambm est envolvidona pesquisa espacial. Possui um centro de lanamento de satlites e foi onico pas do Hemisfrio Sul a integrar a equipe responsvel pelaconstruo do Estao Espacial Internacional (EEI).[25] tambm opioneiro na introduo, em sua matriz energtica, de um biocombustvel oetanol produzido a partir da cana-de-acar.Em 2008, a Petrobrs criou asubsidiria, a Petrobrs Biocombustvel, que tem como objetivo principal aproduo de biodiesel e etanol, a partir de fontes renovveis,como biomassa e produtos agrcolas.

    Histria

    Quando os exploradores portugueses chegaram no sculo XV,as tribos indgenas do Brasil totalizavam cerca de 2,5 milhes de pessoas,que praticamente viviam de maneira inalterada desde a Idade da Pedra. Dacolonizao portuguesa do Brasil (1500-1822) at o final dos anos 1930, oselementos de mercado da economia brasileira basearam-se na produode produtos primrios para exportao. Dentro do Imprio Portugus, oBrasil era uma colnia submetida a uma poltica imperial mercantil, quetinha trs principais grandes ciclos de produo econmica - o acar,o ouro e, a partir do incio do sculo XIX, o caf. A economia do Brasil foifortemente dependente do trabalho escravizado Africano at o final dosculo XIX (cerca de 3 milhes de escravos africanos importados no total).Desde ento, o Brasil viveu um perodo de crescimento econmico edemogrfico forte, acompanhado de imigrao em massa daEuropa (principalmente Portugal, Itlia, Espanha e Alemanha) at os anos1930. Na Amrica, os Estados Unidos, o Brasil, o Canad ea Argentina (em ordem decrescente) foram os pases que receberam amaioria dos imigrantes. No caso do Brasil, as estatsticas mostram que 4,5milhes de pessoas emigraram para o pas entre 1882 e 1934.

    Atualmente, com uma populao de 190 milhes e recursosnaturais abundantes, o Brasil um dos dez maiores mercados do mundo,produzindo 35 milhes de toneladas de ao, 26 milhes de toneladas decimento, 3,5 milhes de aparelhos de televiso e 5 milhes de geladeiras.Alm disso, cerca de 70 milhes de metros cbicos de petrleo estosendo processados anualmente em combustveis, lubrificantes,gs propano e uma ampla gama de mais de cem produtos petroqumicos.Alm disso, o Brasil tem pelo menos 161.500 quilmetros de estradas

    pavimentadas e mais de 108.000 megawatts de capacidade instaladade energia eltrica.

    Seu PIB realper capitaultrapassou US$ 8.000 em 2008, devido fortee continuada valorizao do real, pela primeira vez nesta dcada. Suascontas do setor industrial respondem por trs quintos da produo industrialda economia latino-americana. O desenvolvimento cientfico etecnolgico do pas um atrativo para o investimento direto estrangeiro,que teve uma mdia de US$ 30 bilhes por ano nos ltimos anos, emcomparao com apenas US$ 2 bilhes/ano na dcadapassada,evidenciando um crescimento notvel. O setor agrcola, tambmtem sido notavelmente dinmico: h duas dcadas esse setor tem mantidoBrasil entre os pases com maior produtividade em reas relacionadas aosetor rural. O setor agrcola e o setor de minerao tambmapoiaram supervits comerciais que permitiram ganhos cambiais macios e

    pagamentos da dvida externa.Com um grau de desigualdade ainda grande, a economia brasileira

    tornou-se uma das maiores do mundo. De acordo com a lista de bilionriosda revista Forbes de 2011, o Brasil o oitavo pas do mundo em nmero de

    bilionrios, frente inclusive do Japo, com um nmero bastante superioraos dos demais pases latino americanos.

    Componentes da economia

    O setor de servios responde pela maior parte do PIB, com 66,8%,seguido pelo setor industrial, com 29,7% (estimativa para 2007), enquantoa agricultura representa 3,5% (2008 est). A fora de trabalho brasileira estimada em 100,77 milhes, dos quais 10% so ocupados na agricultura,19% no setor da indstria e 71% no setor de servios.

    Agricultura e produo de alimentos

    O desempenho da agricultura brasileira pe o agronegcio em umaposio de destaque em termos de saldo comercial do Brasil, apesar dasbarreiras alfandegrias e das polticas de subsdios adotadas poralguns pases desenvolvidos. Em 2010, segundo a OMC o pas foi oterceiro maior exportador agrcola do mundo, atrs apenas de EstadosUnidos e da Unio Europeia.

    No espao de cinquenta e cinco anos (de 1950 a 2005), a populaobrasileira passou de aproximadamente 52 milhes para cerca de 185milhes de indivduos, ou seja, um crescimento demogrfico mdio de 2%ao ano. A fim de atender a essa demanda, uma autntica revoluoverde teve lugar, permitindo que o pas criasse e expandisse seu complexosetor de agronegcio. No entanto, a expanso da fronteira agrcola se deu custa de grandes danos ao meio ambiente, destacando-seo desmatamento de grandes reas da Amaznia, sobretudo nas ltimasquatro dcadas.

    A importncia dada ao produtor rural tem lugar na forma do Plano daAgricultura e Pecuria e atravs de outro programa especial voltado paraa agricultura familiar (Pronaf), que garantem o financiamento deequipamentos e da cultura, incentivando o uso de novas tecnologias e pelozoneamento agrcola. Com relao agricultura familiar, mais de 800 milhabitantes das zonas rurais so auxiliados pelo crdito e por programas depesquisa e extenso rural, notadamente atravs da Embrapa. A linhaespecial de crdito para mulheres e jovens agricultores visa estimular oesprito empreendedor e a inovao.

    Com o Programa de Reforma Agrria, por outro lado, o objetivo do pas

    dar vida e condies adequadas de trabalho para mais de um milho defamlias que vivem em reas distribudas pelo governo federal, umainiciativa capaz de gerar dois milhes de empregos. Atravs de parcerias,polticas pblicas e parcerias internacionais, o governo est trabalhandopara garantir infra-estrutura para os assentamentos, a exemplo de escolase estabelecimentos de sade. A idia que o acesso terra representeapenas o primeiro passo para a implementao de um programa dereforma da qualidade da terra.

    Mais de 600 000 km de terras so divididas em cerca de cinco mildomnios da propriedade rural, uma rea agrcola atualmente com trsfronteiras: a regio Centro-Oeste (cerrado), a regio Norte (rea detransio) e de partes da regio Nordeste (semirido). Na vanguarda dasculturas de gros, que produzem mais de 110 milhes de toneladas/ano, a de soja, produzindo 50 milhes de toneladas.

    Na pecuria bovina de sensibilizao do setor, o "boi verde", que criado em pastagens, em uma dieta de feno e sais minerais, conquistoumercados na sia, Europa e nas Amricas, particularmente depois doperodo de susto causado pela "doena da vaca louca". O Brasil possui omaior rebanho bovino do mundo, com 198 milhes de cabeas,responsvel pelas exportaes superando a marca de US$ 1 bilho/ano.

    Pioneiro e lder na fabricao de celulose de madeira de fibra-curta, oBrasil