19
Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI – Embalagem de apresentação e de transporte a ICMS - CT-e e Dacte ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 19/2014 Mato Grosso do Sul / a Federal IPI Consignação industrial 01 / a Estadual ICMS NF-e e Danfe 09 / a IOB Setorial Federal Automotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provi- sória nº 638/2014 14 / a IOB Comenta Estadual Dispensa da cobrança do imposto no âmbito do MS-Empreendedor em hipóteses de importação e aquisição interestadual destinada ao ativo fixo 15 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Alíquota - Aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal 16 Importação por conta e ordem - Procedimento 16 IOF Operações de crédito - Prazo indeterminado - Alíquota 17 ICMS/MS Base de cálculo - Valores integrantes 17 Base de cálculo do imposto - Valor da operação 17

ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

  • Upload
    buikhue

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

Boletimj

Manual de Procedimentos

abicalct_03526_14.ind 1 8/4/2014 09:33:16

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI – Embalagem de apresentação e de transporte

a ICMS - CT-e e Dacte

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 19/2014

Mato Grosso do Sul

/a FederalIPIConsignação industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSNF-e e Danfe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09

/a IOB SetorialFederalAutomotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provi-sória nº 638/2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

/a IOB ComentaEstadualDispensa da cobrança do imposto no âmbito do MS-Empreendedor em hipóteses de importação e aquisição interestadual destinada ao ativo fixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

/a IOB Perguntas e RespostasIPIAlíquota - Aplicação do princípio da anterioridade nonagesimal . . . . 16Importação por conta e ordem - Procedimento . . . . . . . . . . . . . . . . 16

IOFOperações de crédito - Prazo indeterminado - Alíquota . . . . . . . . . . 17

ICMS/MSBase de cálculo - Valores integrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Base de cálculo do imposto - Valor da operação . . . . . . . . . . . . . . . 17

Page 2: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : consignação industrial.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2147-0

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-03569 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Page 3: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

19-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

IPI

Consignação industrial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Consignação industrial 3. Venda do produto 4. Devolução 5. Exemplos 6. Consideração quanto ao ICMS

1. IntrOduçãO

A operação de consignação industrial é caracte-rizada pela remessa de produtos com a finalidade de integração ou consumo em processo indus-trial, cujo faturamento é processado por ocasião da utilização desses produ-tos pelo estabelecimento industrial destinatário.

A legislação do IPI não prevê de forma expressa os procedimen-tos a serem adotados nas opera-ções de consignação industrial nem concede nenhum tratamento fiscal diferenciado para essas operações.

Com base nas regras comuns previstas no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, e por analogia às disposições das ope-rações de consignação mercantil, previstas nos arts. 501 a 504, do referido Regulamento, examinaremos, neste texto, o tratamento fiscal aplicável às operações de consignação industrial.

(RIPI/2010, arts. 501 a 504)

2. COnSIgnaçãO InduStrIal

2.1 remetente

Na saída de produtos de estabelecimento indus-trial, ou a ele equiparado, a título de consignação

industrial, o consignante deverá emitir nota fiscal com destaque do IPI, se devido, indicando como natureza da operação “Remessa em consignação” e Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) 5.917 ou 6.917 (ver exemplo no subitem 5.1).

(RIPI/2010, arts. 35, II, e 501, I)

2.2 destinatário

O estabelecimento consignatário deverá regis- trar a nota fiscal emitida pelo fornecedor no livro

Registro de Entradas com utilização do CFOP 1.917 ou 2.917.

A escrituração será feita com direito ao crédito do IPI des-tacado no documento fiscal, caso a mercadoria recebida em consignação industrial seja insumo (matéria-prima, produto

intermediário ou material de embalagem) a ser utilizado na

industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo

imposto ou ainda beneficiado com isenção, tributado à alíquota de 0% ou amparado por imuni-dade (exportação).

(RIPI/2010, arts. 456 e 501, II; Lei nº 9.779/1999, art. 11; Instrução Normativa SRF nº 33/1999; Ato Declaratório Interpre-tativo SRF nº 5/2006)

2.3 reajuste de preço

Na hipótese de reajuste do preço contratado por ocasião da saída da mercadoria a título de consigna-ção industrial, deverão ser adotados os procedimen-tos descritos nos subitens seguintes.

a Federal

A operação de consignação industrial

é caracterizada pela remessa de produtos com a finalidade de integração ou consumo em

processo industrial, cujo faturamento é processado por ocasião da

utilização desses produtos pelo estabelecimento industrial

destinatário

Page 4: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-02 MS Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.3.1 remetente

O estabelecimento consignante emitirá nota fiscal complementar, com destaque do IPI, se devido, com utilização do CFOP 5.917 ou 6.917 e com as seguintes indicações (ver exemplo no subitem 5.2):

a) a natureza da operação: “Reajuste de pre-ço de produto em consignação - Nota Fiscal nº_______, de____/____/_____”; e

b) o valor do reajuste.

(RIPI/2010, arts. 407, XIII, e 502, I)

2.3.2 destinatário

O estabelecimento consignatário deverá regis-trar a nota fiscal complementar no livro Registro de Entradas, observando o disposto no subitem 2.2.

(RIPI/2010, arts. 456 e 502, II)

3. VEnda dO PrOdutO

Por ocasião da venda (faturamento) do produto remetido em consignação industrial (no período con-tratado pelos estabelecimentos consignante e consig-natário), o consignante deverá emitir nota fiscal sem o destaque do IPI (uma vez que esse já foi destacado na nota fiscal de remessa - conforme visto no subitem 2.1), com as seguintes indicações (veja exemplo no subitem 5.3):

a) a natureza da operação: “Venda”;

b) o valor da operação, que será aquele corres-pondente ao preço do produto efetivamente vendido, incluído o valor do reajuste de preço (subitem 2.3.1), se houver; e

c) a expressão “Simples faturamento de mer-cadoria em consignação - Nota fiscal nº __________, de ___.___/____ e (se for o caso) Reajuste de preço - Nota fiscal nº ________, de ___/___/______”.

Essa nota fiscal será escriturada no livro Registro de Saídas do emitente com utilização apenas das colunas “Documento Fiscal” e “Observações”, indi-cando nessa a expressão “Venda em consignação - Nota fiscal nº _______, de ___/___/_____”.

(RIPI/2010, arts. 459 e 503, I, parágrafo único)

4. dEVOluçãO

Na devolução do produto recebido a título de consignação industrial e não utilizado no referido pro-cesso pelo consignatário (estabelecimento industrial), deverão ser adotados os procedimentos descritos nos subitens seguintes.

4.1 remetente

O estabelecimento industrial (consignatário) emi-tirá nota fiscal com utilização do CFOP 5.918 ou 6.918, indicando (ver exemplo no subitem 5.4):

a) a natureza da operação: “Devolução de pro-duto recebido em consignação”;

b) o valor do produto efetivamente devolvido, so-bre o qual foi pago o IPI;

c) o valor do imposto, destacado na nota fiscal por ocasião da remessa em consignação; e

d) a expressão “Devolução (parcial ou total, con-forme o caso) de produto recebido em consig-nação - Nota fiscal nº ______, de ___/___/_____”.

Notas

(1) O valor do IPI será apenas indicado no campo “Informações Com-plementares” do quadro “Dados Adicionais” da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, e não destacado no campo próprio do documento.

(2) Na hipótese de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), como o sistema não permite a inclusão do valor do IPI, no campo próprio, e até que seja disponibilizada a versão 3.10 do leiaute desse documento fiscal, o re-curso a ser utilizado é, a nosso ver, a indicação do respectivo valor no campo “Outras Despesas Acessórias”, para que os valores das parcelas correspon-dam ao total do documento fiscal.

(RIPI/2010, arts. 231, caput, I, 416, XIV e 504, caput, I; Ma-nual de Orientação do Contribuinte - NF-e, versão 5.0, Anexo I, item 246; Nota Técnica 2013/005, versão 1.03, itens 3.5 e 3.16, “B”)

4.1.1 Solução de Consulta - receita Federal

A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio da Solução de Consulta, a seguir transcrita, entende que a operação de devolução acobertada por NF-e deva ser emitida em conformidade com os arts. 231, I, e 416, XIV do RIPI/2010, ou seja, com indicação do valor do IPI no campo “Informações Complementares” do documento fiscal:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 5 de 21 de Janeiro de 2011

------------------------------------------------------------------------------

Page 5: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: DEVOLUÇÃO DE PRODUTOS. EMISSÃO DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA. A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento de existência apenas digital e que contém os mesmos dados da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, emitida em papel e a qual substitui. Assim sendo, na operação de devolução de produtos que for acobertada por NF-e e seu documento auxiliar DANFE -o qual acompanha os produtos devolvidos -, o estabelecimento que fizer a devolução deverá emitir tais documentos em conformidade com o disposto no art. 231, inciso I, c/c art. 416, inciso XIV, do Ripi/2010.

Embora a Receita Federal tenha se pronunciado na forma ora descrita, em face da validação de regras de negócios da NF-e, constante do item 4.1.9.4 do Manual de Orientação do Contribuinte, versão 5.0, se o total do documento apresentar valor diverso da soma dos valores que o compõe, o sistema informa o status de rejeição por meio da mensagem 610, conforme segue:

# Campo Regra de Validação Aplic. Msg. Efeito Descrição Erro

GW16 Se NF-e de Saída (tpNF=1): -Total do vNF (id:W16) difere do somatório de: (+) vProd (id:W07) (-) vDesc (id:W10) (+) vST (id:W06) (+) vFrete (id:W08) (+) vSeg (id:W09) (+) vOutro (id:W15) (+) vII (id:W11) (+) vIPI (id:W12) (+) vServ (id:W18) (*3)

Facult. 610 Rej. Rejeição: Total da NF difere do somatório dos va-lores compõe o valor Total da NF (NT 2011/005)

Desse modo, para evitar o impasse existente entre as disposições do RIPI/2010 e as do Manual de Orientação da NF-e, versão 5.0, entendemos que o valor do IPI nas operações de devolução poderá ser lançado no campo “Outras Despesas Acessórias” desse documento fiscal, conforme mencionado na nota 2, do subitem 4.1.

(RIPI/2010, arts. 231, I, e 416, XIV; Solução de Consulta RFB nº 5/2011)

4.1.2 devolução simbólica

O consignatário deverá emitir nota fiscal indi-cando, além dos demais requisitos, como natureza da operação, a expressão “Devolução simbólica de mer-cadoria recebida em consignação” - CFOP 5.919 ou 6.919 - e no campo “Informações Complementares”, a expressão “Nota fiscal emitida em função de venda de mercadoria recebida em consignação industrial, pela nota fiscal nº_______, de___/___/____”.

No que se refere à emissão de NF-e, convém examinar os subitens 4.1 e 4.1.1 anteriores.

(RIPI/2010, art. 503, II, “b”)

4.2 destinatário

O estabelecimento destinatário da devolução (consignante) deverá escriturar a nota fiscal de devo-lução no livro Registro de Entradas, utilizando o CFOP 1.918 ou 2.918, creditando-se do valor do IPI indicado na nota fiscal emitida pelo consignatário.

(RIPI/2010, arts. 229, 231, caput, II, 456 e 504, caput, II)

4.2.1 devolução simbólica

O estabelecimento destinatário da devolução (con-signante) deverá escriturar a nota fiscal de devolução simbólica, no livro Registro de Entradas, utilizando o CFOP 1.919 ou 2.919, e creditando-se do valor do IPI indicado na nota fiscal emitida pelo consignatário.

(RIPI/2010, arts. 229, 231, caput, II, 456 e 504, caput, II)

Page 6: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-04 MS Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5. ExEMPlOS

5.1 remessa em consignação industrial

Page 7: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.2 reajuste de preço

Page 8: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-06 MS Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5.3 Venda

Page 9: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

5.4 devolução

Page 10: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-08 MS Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

5.5 devolução simbólica

Page 11: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

6. COnSIdEraçõES quantO aO ICMS

Os contribuintes deverão observar a legislação do ICMS vigente no Estado onde se realizar a ope-ração, em especial quanto à emissão de nota fiscal de devolução simbólica, no último dia de cada mês, das mercadorias efetivamente utilizadas ou consumi-

das no processo industrial, além da possibilidade de aplicação dos procedimentos previstos no Protocolo ICMS nº 52/2000 nas operações interestaduais, pelas Unidades da Federação signatárias.

(Protocolo ICMS nº 52/2000)

N

a Estadual

ICMS

NF-e e Danfe SUMÁRIO 1. Introdução 2. Utilização da NF-e 3. Credenciamento prévio obrigatório 4. Disponibilização do credenciamento 5. Características da NF-e 6. Transmissão do arquivo 7. Autorização de uso 8. Danfe 9. Danfe impresso em contingência 10. Obrigatoriedade de emissão de NF-e 11. Suspensão ou interrupção da utilização do serviço do

Sefaz Virtual 12. Penalidades

1. IntrOduçãO

O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) foi instituído pelo Decreto federal nº 6.022/2007 e teve seu início com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado pelo Governo federal na

gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Sped é um instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscaI dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, e é composto por:

a) Nota FiscaI Eletrônica (NF-e), modelo 55;b) Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e);c) Escrituração Fiscal Digital (EFD).

Dessa forma, com o objetivo de implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico que substitua a sistemática atual de emissão de documento fiscal em papel, foi instituída a NF-e, por meio do Ajuste Sinief nº 7/2005, com validade jurí-dica garantida pela assinatura digital do remetente, simplificando as obrigações acessórias dos contri-buintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompa-nhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco.

Page 12: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-10 MS Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

A Resolução SAT nº 2.117/2008 dispõe sobre a emissão da NF-e e do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe) e, ainda, sobre o credencia-mento de contribuintes, o que apresentaremos nos tópicos seguintes.

Ressalta-se, ainda, que a expressão “Manual de Integração - Contribuinte” foi substituída pela expres-são “Manual de Orientação do Contribuinte”.

2. utIlIzaçãO da nF-E

Considera-se NF-e o documento emitido e arma-zenado eletronicamente, de existência apenas digital, com o intuito de documentar operações e prestações, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digi-tal do emitente e pela autorização de uso concedida pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), antes da ocorrência do fato gerador.

A NF-e pode ser utilizada pelos contribuintes do ICMS em substituição:

a) à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A;

b) à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, excetua-das as operações de saída de gado bovino ou bubalino.

A NF-e pode ser utilizada em substituição à Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, com a exceção mencio-nada na letra “b” anterior, somente pelos contribuintes que:

a) possuam inscrição no Cadastro de Contribuin-tes do Estado (CCE) e estejam inscritos no Ca-dastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);

b) que realizem a escrituração fiscal bem como a entrega da Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA) ou de outro documento que a substitua.

(RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XII, art. 2º)

3. CrEdEnCIaMEntO PréVIO OBrIgatórIO

Para a emissão da NF-e, os contribuintes, inscri-tos no Cadastro de Contribuintes de ICMS do Estado do Mato Grosso do Sul, deverão estar credenciados previamente na Sefaz/MS, o que poderá ser feito de ofício ou a pedido do contribuinte.

É importante notar que são aplicadas ao contri-buinte voluntário as mesmas disposições aplicadas ao contribuinte obrigado à emissão de NF-e.

Nota

Considera-se voluntário o contribuinte que, embora não esteja obriga-do à emissão de NF-e, solicitar, voluntariamente, o seu credenciamento.

Ressalta-se que o contribuinte credenciado para emissão de NF-e deve observar, no que couber, as disposições relativas à emissão de documentos fiscais por sistema eletrônico de processamento de dados.

(RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XII, art. 3º, caput e § 1º; Resolução/SAT nº 2.117/2008, art. 3º, § 1º)

4. dISPOnIBIlIzaçãO dO CrEdEnCIaMEntO

O credenciamento que será disponibilizado pelo site da NF-e da Sefaz, www.nfe.ms.gov.br, poderá ser alterado, suspenso, cassado ou revogado, a qualquer tempo, no interesse deste órgão.

(Resolução SAT nº 2.117/2008, art. 4º)

5. CaraCtEríStICaS da nF-E

A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte, por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela Sefaz, observa-das as seguintes formalidades:

a) o arquivo digital da NF-e deve ser elaborado no padrão Extended Markup Language (XML);

b) a numeração da NF-e deve ser sequencial de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por série, devendo ser reiniciada quando atingido esse limite;

c) a NF-e deve conter um código numérico, ge-rado pelo emitente, que deve compor a chave de acesso de identificação da NF-e, juntamen-te com o CNPJ do emitente, o número e a série da NF-e;

d) a NF-e deve ser assinada pelo emitente, com assinatura digital, certificada por entidade cre-denciada pela Infraestrutura de Chaves Públi-cas Brasileira (ICP-Brasil), contendo o número do CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir a autoria do documento digital;

e) a identificação das mercadorias comercializa-das com a utilização da NF-e deverá conter, também, o seu correspondente capítulo do código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM):

e.1) nas operações:

Page 13: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

e.1.1) realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação federal;

e.1.2) de comércio exterior;

e.2) nos demais casos, a partir de 1º.07.2014.

Notas

(1) O Protocolo ICMS nº 42/2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização da NF-e em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, pelo critério de Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) e operações com os destinatários que especifica, teve sua vigência adiada pelo Protocolo ICMS nº 173/2012, com efeitos desde 1º.01.2014.

(2) O disposto no referido Protocolo (Protocolo ICMS nº 42/2009, cláu-sula quarta) não se aplica:

a) ao microempreendedor individual (MEI) de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006;

b) às operações realizadas por produtor rural não inscrito no CNPJ.

As séries serão designadas por algarismos ará-bicos, em ordem crescente, vedada a utilização do algarismo zero e de subsérie. O Fisco ainda poderá restringir a quantidade de séries.

Para efeitos da geração do código numérico, na hipótese de a NF-e não possuir série, o campo corres-pondente deverá ser preenchido com zeros.

Desde 1º.10.2010, são indicados na NF-e o Código de Regime Tributário (CRT) e, quando for o caso, o Código de Situação da Operação no Simples Nacional (CSOSN).

Nos casos previstos na letra “e.2” anterior, até o prazo nela estabelecido, será obrigatória somente a indicação do correspondente capítulo da NCM.

Fica definido em 10 dias o limite de que trata a regra GB09.1 do Manual de Orientação do Contribuinte previsto na cláusula segunda-A do Ajuste Sinief nº 7/2005. Esse limite somente pode ser utilizado nas hipóteses que não impliquem a inobservância das demais normas relativas à emissão de notas fiscais, previstas na legislação tributária estadual.

Nos casos em que o local de retirada e o local de entrega forem distintos dos endereços do remetente e do destinatário, as informações preenchidas no Grupo de Identificação do Local de Retirada ou no Grupo de Identificação do Local de Entrega, conforme previsto no Manual de Orientação do Contribuinte, devem ser repetidas no campo “Informações Complementares” da NF-e.

Caso as informações relativas à data e à hora de saída não constem do arquivo XML da NF-e, será

considerada a data de emissão da NF-e como a de saída.

Os valores referentes aos tributos incidentes sobre cada item de mercadoria ou de serviço e o valor total dos tributos devem ser informados em campo próprio, conforme especificado no Manual de Orientação do Contribuinte, nota técnica ou ato Cotepe.

(RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XII, art. 4º)

6. tranSMISSãO dO arquIVO

O arquivo digital da NF-e somente pode ser utili-zado como documento fiscal, após:

a) ser transmitido eletronicamente à administra-ção tributária;

b) ter seu uso autorizado por meio de Autoriza-ção de Uso da NF-e.

Ainda que formalmente regular, não se considera documento fiscal idôneo a NF-e que tiver sido emitida ou utilizada com dolo, fraude, simulação ou erro que possibilite, mesmo que a terceiro, o não pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida. Dessa forma, esses vícios atingem também o respec-tivo Danfe, que, nessa hipótese, passa também a ser considerado documento fiscal inidôneo.

A concessão da autorização de uso:

a) é resultado da aplicação de regras formais es-pecificadas no Manual de Orientação do Con-tribuinte e não implica a convalidação das in-formações tributárias contidas na NF-e;

b) identifica de forma única, pelo prazo deca-dencial estabelecido pela legislação tributária, uma NF-e através do conjunto de informações formado por CNPJ do emitente, número, série e ambiente de autorização.

A transmissão do arquivo digital da NF-e deve ser efetuada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou dispo-nibilizado pela Sefaz. Assim, a transmissão referida implica solicitação de concessão de Autorização de Uso da NF-e.

(RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XII, arts. 5º e 6º)

7. autOrIzaçãO dE uSO

Compete à Sefaz a concessão da Autorização de Uso da NF-e. Para que haja a concessão da

Page 14: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-12 MS Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Autorização de Uso da NF-e, devem ser analisados, no mínimo, os seguintes elementos:

a) a regularidade fiscal do emitente;b) o credenciamento do emitente, para emissão

de NF-e;c) a autoria da assinatura do arquivo digital da

NF-e;d) a integridade do arquivo digital da NF-e;e) a observância ao leiaute do arquivo estabele-

cido no Manual de Orientação do Contribuinte;f) a numeração do documento.

A autorização de uso pode ser concedida pela Sefaz mediante a utilização da infraestrutura tecnoló-gica da Receita Federal do Brasil ou de outra Unidade da Federação, na condição de contingência.

Havendo protocolo, a Sefaz pode conceder a autorização de uso mediante a utilização de ambiente de autorização disponibilizado por meio de infraestru-tura tecnológica da Receita Federal do Brasil ou de outra Unidade da Federação.

No caso de concessão por contingência e por conta da existência de protocolo, devem ser obser-vadas as disposições constantes no Ajuste Sinief nº 7/2005, estabelecidas para a administração tributária da Unidade da Federação do contribuinte emitente.

(RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XII, art. 7º)

8. danFE

O Danfe, a ser emitido em conformidade com o leiaute estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte, deve ser utilizado no trânsito das mercadorias ou para facilitar a consulta da NF-e e obedecerá às seguintes características:

a) somente pode ser utilizado para transitar com as mercadorias após a concessão da Autori-zação de Uso da NF-e. Assim, a concessão será formalizada por meio do fornecimento do correspondente número de protocolo, o qual deverá ser impresso no Danfe, conforme defi-nido no Manual de Orientação do Contribuinte;

b) no caso de destinatário não credenciado para emitir NF-e, a escrituração da NF-e pode ser efetuada com base nas informações contidas no Danfe;

c) será utilizado para acompanhar o trânsito de mercadorias acobertado por NF-e e será im-presso em uma única via;

d) será impresso em papel, exceto papel jornal, no tamanho mínimo A4 (210 x 297 mm) e má-ximo ofício 2 (230 x 330 mm), podendo ser uti-lizados folhas soltas, formulário de segurança, Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Ele-trônico (FS-DA), formulário contínuo ou formu-lário pré-impresso;

e) deverá conter código de barras, conforme pa-drão estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte;

f) na hipótese de venda ocorrida fora do estabe-lecimento, poderá ser impresso em qualquer tipo de papel, exceto papel jornal, em tama-nho inferior ao A4 (210 x 297 mm), caso em que será denominado “Danfe Simplificado”, devendo ser observadas as definições cons-tantes do Manual de Orientação do Contri-buinte;

g) poderá conter outros elementos gráficos, des-de que não prejudiquem a leitura do seu con-teúdo ou do código de barras por leitor óptico;

h) os títulos e as informações dos campos cons-tantes no Danfe devem ser grafados de modo que seus dizeres e suas indicações estejam bem legíveis.

Os contribuintes, mediante autorização de cada Unidade da Federação, poderão solicitar alteração do leiaute do Danfe, previsto no Manual de Orientação do Contribuinte, para adequá-lo às suas operações, desde que mantidos os campos obrigatórios da NF-e constantes do Danfe.

A aposição de carimbos no Danfe, quando do trânsito da mercadoria, deve ser feita em seu verso.

É permitida a indicação de informações com-plementares de interesse do emitente, impressas no verso do Danfe, hipótese em que sempre deve ser reservado espaço, com a dimensão mínima de 10x15 cm, em qualquer sentido, para colocação de carim-bos no Danfe.

No caso de operações ou prestações destinadas a órgãos ou entidades integrantes da administração pública deste Estado, os contribuintes devem indicar, no campo “Informações Complementares” do Danfe, os seguintes dados, que os referidos órgãos ou enti-dades estão obrigados a informar:

a) o número da nota de empenho corresponden-te, nos casos em que seja obrigatória a sua emissão;

Page 15: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

b) o número do convênio ou do termo similar a que se refere o Decreto nº 11.261/2003, nos casos em que o fornecimento de materiais ou a prestação dos serviços decorram de sua execução.

Essa indicação deve ser feita também nos casos de operações ou prestações destinadas a municípios deste Estado ou a entidades não integrantes da administração pública estadual, nos casos em que o fornecimento de materiais e as prestações de serviços a eles destinados estejam vinculados à execução de convênio ou termo similar, celebrado com o Estado.

Por fim, é importante ressaltar que o Danfe não pode conter informações que não existam no arquivo XML da NF-e, com exceção das hipóteses previstas no Manual de Orientação do Contribuinte.

(RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XII, art. 10)

9. danFE IMPrESSO EM COntIngênCIa

Quando o Danfe, tratando-se de operação interes-tadual, for impresso em contingência, em formulário de segurança, o contribuinte deverá imprimir uma via adicional para acompanhar as mercadorias, a ser retida pelo último posto fiscal no itinerário pelo qual ocorrer a saída do território do Estado ou por unidade de apoio à fiscalização no trânsito de mercadorias, se por esta for interceptado.

Além disso, deve constar, no corpo do Danfe, a expressão “Danfe em contingência. Impresso em decorrência de problemas técnicos”, sendo que a via adicional não necessita estar impressa em formulário de segurança e, opcionalmente à impressão, esta via adicional pode ser obtida a partir de cópia reprográ-fica do Danfe.

(Resolução/SAT nº 2.117/2008, art. 5º)

10. OBrIgatOrIEdadE dE EMISSãO dE nF-E

A partir da data de início da obrigatoriedade de emissão de NF-e, deverão ser observadas as seguin-tes disposições:

a) os contribuintes obrigados terão de entregar ao Fisco os talonários de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, não utilizados;

b) a liberação de Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF) é vedada para contribuinte obrigado à emissão de NF-e.

Nota-se que as disposições das letras “a” e “b” anteriores não se aplicam aos contribuintes a que a legislação permita o uso de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, em casos excepcionais.

Os contribuintes que, na data de obrigatoriedade de uso de NF-e, possuírem impressos de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, com campos destinados à indica-ção de dados relativos ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), de competência munici-pal, poderão utilizá-los até o final do estoque, exclu-sivamente nas prestações dos referidos serviços, vedada a sua utilização nas operações e prestações cujo imposto seja de competência do Estado.

(Resolução SAT nº 2.117/2008, art. 6º)

11. SuSPEnSãO Ou IntErruPçãO da utIlIzaçãO dO SErVIçO dO SEFaz VIrtual

No caso de suspensão ou de interrupção da utilização do Sefaz Virtual do Serviço Federal de Processamento de Dados ou da Sefaz do Rio Grande do Sul, a equipe responsável pela NF-e da Sefaz deverá cientificar as empresas credenciadas, com antecedência mínima de 90 dias, por meio do correio eletrônico constante no cadastro de contribuintes do Estado ou no formulário de credenciamento da NF-e.

(Resolução SAT nº 2.117/2008, art. 7º)

12. PEnalIdadES

O descumprimento da legislação tributária acar-retará em sanções aos contribuintes, que serão autu-ados, se for o caso, mediante regular procedimento fiscalizatório. Dessa forma, uma das penalidades apli-cáveis é a multa pecuniária e, a título exemplificativo, apresenta-se a multa de 10% do valor da prestação ou da operação nos seguintes casos:

a) falta de emissão de documento fiscal;b) emissão de documento fiscal que consigne

declaração falsa quanto ao estabelecimento de origem ou de destino da mercadoria, do bem ou do serviço, emissão de documento fiscal que não corresponda a uma saída de mercadoria ou bem, a uma transmissão de propriedade de mercadoria ou bem, a uma entrada de mercadoria ou bem no estabele-cimento ou, ainda, a uma prestação ou a um recebimento de serviço.

(Lei nº 1.810/1997, art. 117, IV, “a” e “b”)

N

Page 16: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-14 MS Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

FEdERal

Automotivo - IPI - Incentivos fiscais - Inovar-Auto - Medida Provisória nº 638/2014

A Medida Provisória nº 638/2014 alterou diversos dispositivos da Lei nº 12.715/2012, a qual instituiu o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto), relativamente a habilitação ao regime, multa sobre o descumprimento de obriga-ções acessórias e consumo energético e informações, pelos fornecedores, dos valores e demais característi-cas dos produtos fornecidos aos adquirentes.

O Inovar-Auto será aplicado até 31.12.2017, data em que todas as habilitações vigentes serão consideradas canceladas e cessarão seus efeitos, exceto quanto ao cumprimento dos compromissos assumidos.

Poderão habilitar-se ao Inovar-Auto:

a) as empresas que produzam, no País, os pro-dutos classificados nas posições 87.01 a 87.06 da Tabela de Incidência do Imposto so-bre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011;

b) as empresas que comercializem, no País, os produtos referidos na letra “a” anterior; ou

c) as empresas que tenham projeto aprovado para instalação, no País, de fábrica ou, no caso das empresas já instaladas, de novas plantas ou projetos industriais para produção de novos modelos desses produtos.

Somente poderá habilitar-se ao regime a empresa que:

a) estiver regular em relação aos tributos fede-rais; e

b) assumir o compromisso de atingir níveis míni-mos de eficiência energética, conforme regu-lamento.

Para a realização das atividades de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, direta-mente ou por terceiros, e de dispêndio em engenha-ria, tecnologia industrial básica e de capacitação de fornecedores, diretamente ou por terceiros, serão

considerados realizados no País os dispêndios com a importação, para utilização em laboratórios, de:

a) softwares sem similares nacionais; eb) equipamentos e suas peças de reposição,

sem similares nacionais.

As peças de reposição são as adquiridas junta-mente com o equipamento, cujo valor seja igual ou inferior a 10% do valor do equipamento.

A verificação da similaridade será realizada nos termos estabelecidos em ato do Poder Executivo.

Com vistas à promoção do desenvolvimento sustentável da indústria, os fornecedores de insumos estratégicos e de ferramentaria para as empresas habilitadas ao Inovar-Auto e seus fornecedores dire-tos ficam obrigados a informar aos adquirentes, nas operações de venda, os valores e as demais carac-terísticas dos produtos fornecidos, nos termos, limites e condições definidos pelo Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior.

O desenvolvimento sustentável da indústria refere-se ao aumento do padrão tecnológico dos veículos, especialmente, quanto à segurança veicular e a emissões veiculares.

A omissão na prestação das informações solici-tadas ensejará a aplicação de multa no valor de 2% sobre o valor das operações de vendas.

A prestação de informações incorretas no cumpri-mento da obrigação ensejará a aplicação de multa 1% sobre a diferença entre o valor informado e o valor devido.

A aplicação das multas, ora referidas, abrangerá as operações de venda realizadas a partir do 7º mês subsequente à definição dos termos, limites e condi-ções definidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Vale observar, ainda, que os valores das multas relacionadas ao consumo energético de que tratam os incisos II a V do caput do art. 43 da Lei nº 12.715/2012 deverão ser depositados no Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), em conta específica.

(Lei nº 12.715/2012, arts. 40, §§ 1º, 2º, 4º e 5º-A a 5º-C, 41-A, e 43, caput, II a V; Medida Provisória nº 638/2014; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

N

a IOB Setorial

Page 17: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

EStadual

Dispensa da cobrança do imposto no âmbito do MS-Empreendedor em hipóteses de importação e aquisição interestadual destinada ao ativo fixo

No final do ano de 2011, entrou em vigor o Programa Estadual de Fomento à Industrialização, ao Trabalho, ao Emprego e à Renda, ou simplesmente denominado “MS-Empreendedor”. Ao programa são cabíveis os benefícios ou incentivos, fiscais, finan-ceiro-fiscais ou extrafiscais que possam ser utilizados como instrumentos de política fiscal ou de fomento à industrialização do Estado e à circulação de bens econômicos em seu território, visando ao atingimento dos seguintes objetivos governamentais:

a) a instalação de novas empresas e a amplia-ção, modernização, reativação ou relocação das existentes, especialmente no sentido da interiorização dos empreendimentos econômi-cos produtivos e do aproveitamento das po-tencialidades econômicas regionais, obedeci-dos os interesses prioritários e adicionais en-tão estabelecidos;

b) a transformação de produtos primários em produtos industrializados, favorecendo a inte-gração e verticalização das cadeias produti-vas e agregando valores a esses bens, obser-vado o disposto na letra anterior;

c) a diversificação das bases produtiva e cir-culatória de bens e serviços, dinamizando a economia e propiciando a geração de novos empregos estáveis, o aumento da renda per capita dos membros da comunidade sul-mato--grossense e a melhor distribuição dos bens econômicos, com o consequente aumento ge-neralizado da arrecadação de tributos;

d) a melhoria aferível das condições de trabalho dos operários, inclusive a implantação de cur-sos profissionalizantes pelas empresas ou em parceria com estas;

e) a ampliação ou, no mínimo, a manutenção dos postos de trabalho;

f) o estímulo à parceria ou à troca de informa-ções entre empresas e universidades, com ou sem a participação direta de órgãos go-vernamentais nos projetos e atividades, nas áreas de pesquisa, desenvolvimento e difusão de novas tecnologias, concretamente aplicá-veis aos empreendimentos locais, melhoran-do a produção e a circulação de bens e ser- viços;

g) o fornecimento dos meios ao seu alcance para que as empresas locais possam tornar--se competitivas no mercado, tendo em vista, dentre outras causas, os benefícios ou incen-tivos, fiscais ou financeiro-fiscais, inclusive as reduções indiretas da carga tributária, atribu-ídos por outras Unidades da Federação às suas empresas ou pela União nas hipóteses a que se refere a Constituição Federal/1988, art. 151, I;

h) estímulo e fomento a instalação e desenvolvi-mento das micro e pequenas empresas insta-ladas no Estado, por meio da concessão de financiamentos de projetos e de benefícios ou incentivos fiscais, inclusive redução indireta de carga tributária.

Algumas regras do MS-Empreendedor foram alteradas recentemente. Com as alterações, aos empreendimentos produtivos de relevantes interesses econômico, social ou fiscal do Estado pode ser dis-pensada a cobrança do ICMS incidente sobre:

a) a importação, do exterior do País, de bens destinados ao ativo fixo do importador, des-de que destinados exclusivamente a uso em processo produtivo industrial ou agropecuário ou à modernização ou à agilização da gestão organizacional dos negócios da empresa, in-clusive de transporte, com reflexos qualitativos ou quantitativos na produção ou no ganho de competitividade;

b) as aquisições, em outras Unidades da Federa-ção, de bens do ativo fixo com a destinação e

a IOB Comenta

Page 18: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-16 MS Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

o uso referidos na linha “a”, na modalidade de diferencial de alíquotas.

Por fim, as dispensas da cobrança previstas:

a) podem ser concedidas somente por iniciativa da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), ainda que estudos, projetos, propostas ou pe-didos tenham origem em outro órgão governa-mental;

b) dependem de o empreendedor informar, em relação aos bens, inclusive de transporte, do

ativo fixo que forem destinados à moderniza-ção ou à agilização da gestão e à organização dos seus negócios industriais ou agropecuá-rios, os reflexos qualitativos ou quantitativos no respectivo processo de produção ou de ganho de competitividade, para a apreciação da Se-faz, levando em conta os aspectos socioeco-nômicos do empreendimento.

(Lei Complementar nº 93/2001, arts. 1º, 2º e art. 14, I e parágrafo único; Lei Complementar nº 191/2014)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPIAlíquota - Aplicação do princípio da anterioridade

nonagesimal

1) A lei que institui ou majora alíquotas do IPI pode ser aplicada no mesmo exercício de sua publicação?

A legislação que institui ou majora o IPI pode ser aplicada no mesmo exercício de sua publicação no Diário Oficial da União, não se aplicando o princípio da anterioridade (anual).

Contudo, deverá ser observada a aplicação da anterioridade nonagesimal (noventena), onde a legis-lação somente produzirá efeitos após o prazo de 90 dias da data de sua publicação.

(Constituição Federal/1988, arts. 150, III, “b” e “c”, § 1º, e 153, IV)

Importação por conta e ordem - Procedimento

2) Qual é o procedimento a ser adotado por em-presa que contratar pessoa jurídica para realizar im-portação por sua conta e ordem, perante a Receita Federal?

A pessoa jurídica que contratar empresa impor-tadora para operar por sua conta e ordem deverá apresentar cópia do contrato firmado entre as partes para a prestação dos serviços, caracterizando a natu-reza de sua vinculação, à unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de fiscalização adua-neira com jurisdição sobre o seu estabelecimento matriz.

(Instrução Normativa SRF nº 225/2002, art. 2º)

Page 19: ICMS - IPI e Outros Mato Grosso do Sul a Veja nos Próximos · industrialização de produto que sairá do estabelecimento tributado pelo imposto ou ainda beneficiado com isenção,

19-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 19 MS

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IOF

Operações de crédito - Prazo indeterminado - Alíquota

3) Nas operações de crédito sem data de venci-mento certa ou fixa, qual é alíquota do IOF que deverá ser considerada?

As operações sem data de vencimento certa ou fixa, ou seja, com prazo indeterminado, serão consideradas como de prazo até 365 dias.

(Decreto nº 6.306/2007, art. 7º, § 1º)

ICMS/MS

Base de cálculo - Valores integrantes

4) Quais valores não integram a base de cálculo do ICMS em Mato Grosso do Sul?

Não integram a base de cálculo do ICMS:

a) o montante do Imposto sobre Produtos Indus-trializados (IPI), quando a operação configure

fato gerador de ambos os impostos e é reali-zada entre contribuintes com produto destina-do a industrialização ou comercialização;

b) o valor correspondente a juro, multa e atualiza-ção monetária, recebido pelo contribuinte, a tí-tulo de mora, por inadimplência do seu cliente.

(RICMS-MS/1998, art. 16)

Base de cálculo do imposto - Valor da operação

5) Quando o valor da operação for superior ao dos preços mínimos pesquisados, qual será o valor a ser utilizado como base de cálculo?

Nessa hipótese, será utilizado o valor da ope-ração para efeito da base de cálculo do ICMS a ser recolhido na operação.

(RICMS-MS/1998, art. 18, parágrafo único, II)