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8/8/2019 ICPC 07
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ICPC_07
AudPub_34/2009
COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS
INTERPRETAO TCNICA ICPC 07
Distribuio de LucrosIn Natura
Correlao s Normas Internacionais de Contabilidade IFRIC 17
ndice Item
REFERNCIAS
ANTECEDENTES 12ALCANCE 38
QUESTES 9
CONSENSO 10 - 17
Quando reconhecer o dividendo a ser pago 10
Mensurao do dividendo a ser pago 1113
Contabilizao da diferena entre o valor contbil dos ativos distribudos eo valor do dividendo a ser pago quando a entidade liquida a referida
obrigao
14
Apresentao e evidenciao 1517
DATA EFETIVA 18
EXEMPLOS ILUSTRATIVOS
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Referncias
Pronunciamento Tcnico CPC 15Combinao de NegciosPronunciamento Tcnico CPC 31 Ativo No Circulante Mantido para Venda eOperao Descontinuada
Pronunciamento Tcnico CPC 40Instrumentos Financeiros: Evidenciao
Pronunciamento Tcnico CPC 26Apresentao das Demonstraes Contbeis
Pronunciamento Tcnico CPC 24Evento Subsequente
Pronunciamento Tcnico CPC 35Demonstraes Separadas
Pronunciamento Tcnico CPC 36Demonstraes Consolidadas
Antecedentes1. Por vezes uma entidade distribui aos seus proprietrios, ou a detentores de ttulos
especificados como patrimoniais (aes, cotas, etc.), lucros na forma de ativos queno so o prprio caixa, genericamente qualificados como dividendos in natura.Nessas situaes, a entidade pode conferir tambm queles que fazem jus aos seus
dividendos ou outras formas de distribuio de lucros a faculdade de optarem entre
receber o pagamento por meio desses ativos ou alternativamente em dinheiro.Eventuais demandas por orientao do CPC acerca de como a entidade deve
contabilizar ditas distribuies podem ser aqui supridas.
2. O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) no oferece orientao acerca decomo a entidade deve mensurar distribuies de seus lucros queles que faam jus
a elas (comumente, e aqui, denominados dividendos). O Pronunciamento TcnicoCPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis requer que a entidade
apresente os detalhes dos dividendos reconhecidos como distribuies para seus
acionistas e demais beneficiados na demonstrao das mutaes do patrimnio
lquido ou nas notas explicativas que acompanham as demonstraes contbeis.
Alcance
3. Esta Interpretao contempla os seguintes tipos de distribuio no recproca de
ativos por a entidade aos seus acionistas e demais beneficiados, agindo nosinteresses destes:
(a)distribuio de ativos no caixa (ex: itens do imobilizado, negcios comoassim definidos no Pronunciamento Tcnico CPC 15 Combinao de
Negcios, participao em outra entidade ou em ativos em descontinuidade,
assim definidos no Pronunciamento Tcnico CPC 31 Ativo No Circulante
Mantido para Venda e Operao Descontinuada); e
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(b)distribuio que confere aos scios da entidade e demais beneficiados a opo
de terem-na liquidada em ativos no caixa ou alternativamente em dinheiro.
4. Esta Interpretao aplicada to-somente s distribuies por meio das quais so
beneficiados os titulares da mesma classe de instrumentos patrimoniais e cujotratamento seja equitativo.
5. Esta Interpretao no se aplica distribuio de ativo no caixa que
atualmente controlado pela mesma entidade ou entidades envolvidas antes e aps adistribuio. Essa excluso aplicvel s demonstraes separadas, individuais e
consolidadas da entidade que procede distribuio.
6. De acordo com o item 5, esta Interpretao no se aplica quando um ativo no
caixa atualmente controlado pelas mesmas entidades envolvidas antes e aps a
distribuio. O item B2 do Pronunciamento Tcnico CPC 15 estabelece que um
grupo de indivduos deve ser considerado como controlador de uma entidadequando, pelo resultado de acordo contratual, coletivamente tm o poder paragovernar suas polticas financeiras e operacionais de forma a obter os benefcios de
suas atividades. Portanto, para a distribuio ficar fora do alcance desta
Interpretao no sentido que ambas as partes controlam o ativo tanto antes quantodepois da distribuio, um grupo de acionistas individuais beneficiados com a
distribuio precisa ter, como resultado de arranjos contratuais, referido poder
coletivo atual sobre a entidade que procede distribuio.
7. De acordo com o item 5, esta Interpretao no se aplica quando a entidade
distribui parte de sua participao sobre uma controlada, mas retm o controlesobre a mesma. A entidade que procede distribuio que resulta no
reconhecimento de participao de no controladores na sua controlada
contabilizada conforme previsto nos Pronunciamentos Tcnicos CPC 35 e 36.
8. Esta Interpretao orienta to-somente o tratamento contbil a ser dispensado por
entidade que procede distribuio de ativos no caixa. Ela no contempla otratamento contbil a ser observado pelos beneficiados com essa distribuio.
Questes9. Quando a entidade declara a distribuio de dividendos e tem a obrigao de
distribuir ativos para os beneficiados com tal ato, ela precisa reconhecer umpassivo para fazer face ao dividendo declarado. Consequentemente, esta
Interpretao trata das seguintes questes:
(a)quando a entidade deve reconhecer o dividendo a ser pago?
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(b)como a entidade deve mensurar o dividendo a ser pago?
(c)quando a entidade liquida o dividendo a ser pago, como ela deve contabilizareventual diferena entre o valor contbil dos ativos distribudos e o valor do
dividendo a pagar?
Consenso
Quando reconhecer o dividendo a ser pago
10. O passivo advindo do dividendo a ser pago deve ser reconhecido quando odividendo for adequadamente autorizado e estiver no limite da discricionariedade
da entidade, que vem a ser a data:
(a)em que o dividendo proposto, por exemplo, pelo Conselho de Administrao
ou pela Diretoria, aprovado pela autoridade relevante, no caso os acionistas,
se essa for a condio legalmente imposta para sua validade; ou
(b)em que o dividendo declarado, por exemplo, pelo Conselho de
Administrao ou pela Diretoria, se no houver imposio legal para sua
aprovao por outros rgos da companhia.
Mensurao do dividendo a ser pago
11. A entidade deve mensurar um passivo relacionado obrigao de distribuir ativos
no caixa como dividendo aos seus beneficirios pelo valor justo dos ativos aserem distribudos.
12. Se a entidade conceder aos beneficirios de seus dividendos o direito de escolher
entre receber um ativo no caixa ou uma alternativa em caixa, a entidade deveestimar o dividendo a ser pago com base no valor justo de cada alternativa e as
probabilidades associadas seleo de cada alternativa pelos beneficirios.
13. Ao final de cada perodo de reporte e na data da liquidao, a entidade deve revisare ajustar o valor do dividendo provisionado, reconhecendo qualquer mudana no
dividendo provisionado no patrimnio lquido como ajuste no montante dadistribuio declarada.
Contabilizao da diferena entre o valor contbil dos ativosdistribudos e o valor do dividendo a ser pago quando a entidadeliquida a referida obrigao
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14. Quando a entidade liquidar a obrigao com o dividendo a ser pago, ela deve
reconhecer a eventual diferena entre o valor contbil dos ativos distribudos e o
valor reconhecido do dividendo a ser pago na demonstrao do resultado do
exerccio.
Apresentao e evidenciao
15. A entidade deve apresentar as diferenas descritas no item 14 em uma linhaseparada na demonstrao do resultado do exerccio.
16. A entidade deve evidenciar as seguintes informaes, se aplicveis:
(a) o valor reconhecido do dividendo a pagar no incio e no final do perodo; e
(b)o aumento ou a diminuio no valor reconhecido no perodo na forma do item13, como resultado da mudana no valor justo dos ativos a serem distribudos.
17. Se, aps o trmino do perodo de reporte, porm antes de as demonstraes
contbeis terem sido aprovadas para divulgao, a entidade declarar dividendo a
ser distribudo por meio de ativos no caixa, ela deve divulgar:
(a)a natureza dos ativos a serem distribudos;
(b)o valor contbil do ativo a ser distribudo ao trmino do perodo de reporte; e
(c)o valor justo estimado do ativo a ser distribudo ao trmino do perodo dereporte, se for diferente do seu valor contbil, e a informao acerca domtodo utilizado para determinar o valor justo requerido pelo
Pronunciamento Tcnico CPC 40, item 27(a) e (b).
Data efetiva
18. A entidade deve aplicar esta Interpretao de forma prospectiva conforme
determinado pelos rgos reguladores. A aplicao retrospectiva no permitida.
Deve ser divulgada a data a partir da qual esta Interpretao passa a ser aplicada.
Exemplos ilustrativos
Estes Exemplos acompanham, mas no so parte integrante desta Interpretao.
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Alcance da Interpretao (itens 3 a 8)
EI1. Admita que a Companhia A seja aberta. O seu controle negociado no mercado,no havendo um acionista que a controle individualmente, tampouco grupo de
acionista que exera tal poder mediante acordo nesse sentido. A Companhia Adistribui certos ativos (por exemplo: valores mobilirios disponveis para venda) de
modo rateado entre seus acionistas. Essa transao enquadra-se no alcance destaInterpretao.
EI2. Entretanto, se um de seus acionistas (ou grupo de acionistas agindo em conjunto
conforme relao contratual firmada nesse sentido) controla a Companhia A
antes e aps a transao, a transao como um todo (incluindo a distribuio paraacionistas no controladores) no se enquadra no alcance desta Interpretao. Isso
porque na distribuio pro rata para todos os acionistas da mesma classe deinstrumentos patrimoniais, o acionista controlador (ou grupo de acionistascontroladores) continuar a controlar os ativos no caixa aps a distribuio.
EI3. Admita que a Companhia A seja aberta. O seu controle negociado no mercado,no havendo um acionista que a controle individualmente tampouco um grupo de
acionistas que exera tal poder mediante acordo nesse sentido. A Companhia A possui sozinha todas as aes da sua controlada B (subsidiria integral). A
Companhia A distribui todas as aes de sua controlada B na base pro rata aosseus acionistas, tendo por implicao a perda do controle de B. Esta transaoest dentro do alcance desta Interpretao.
EI4. Entretanto, se a Companhia A distribui aos seus acionistas to-s aes da sua
controlada B que se qualifiquem como participao de no controladores,retendo por conseqncia o controle de B, essa transao est fora do alcance
desta Interpretao. A Companhia A contabiliza a distribuio de acordo com osPronunciamentos Tcnicos CPC 35 - Demonstraes Separadas e CPC 36 -
Demonstraes Consolidadas. A Companhia A controla a Companhia B tanto
antes quanto depois da transao.