ICPC 07

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    COMIT DE PRONUNCIAMENTOS CONTBEIS

    INTERPRETAO TCNICA ICPC 07

    Distribuio de LucrosIn Natura

    Correlao s Normas Internacionais de Contabilidade IFRIC 17

    ndice Item

    REFERNCIAS

    ANTECEDENTES 12ALCANCE 38

    QUESTES 9

    CONSENSO 10 - 17

    Quando reconhecer o dividendo a ser pago 10

    Mensurao do dividendo a ser pago 1113

    Contabilizao da diferena entre o valor contbil dos ativos distribudos eo valor do dividendo a ser pago quando a entidade liquida a referida

    obrigao

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    Apresentao e evidenciao 1517

    DATA EFETIVA 18

    EXEMPLOS ILUSTRATIVOS

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    Referncias

    Pronunciamento Tcnico CPC 15Combinao de NegciosPronunciamento Tcnico CPC 31 Ativo No Circulante Mantido para Venda eOperao Descontinuada

    Pronunciamento Tcnico CPC 40Instrumentos Financeiros: Evidenciao

    Pronunciamento Tcnico CPC 26Apresentao das Demonstraes Contbeis

    Pronunciamento Tcnico CPC 24Evento Subsequente

    Pronunciamento Tcnico CPC 35Demonstraes Separadas

    Pronunciamento Tcnico CPC 36Demonstraes Consolidadas

    Antecedentes1. Por vezes uma entidade distribui aos seus proprietrios, ou a detentores de ttulos

    especificados como patrimoniais (aes, cotas, etc.), lucros na forma de ativos queno so o prprio caixa, genericamente qualificados como dividendos in natura.Nessas situaes, a entidade pode conferir tambm queles que fazem jus aos seus

    dividendos ou outras formas de distribuio de lucros a faculdade de optarem entre

    receber o pagamento por meio desses ativos ou alternativamente em dinheiro.Eventuais demandas por orientao do CPC acerca de como a entidade deve

    contabilizar ditas distribuies podem ser aqui supridas.

    2. O Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC) no oferece orientao acerca decomo a entidade deve mensurar distribuies de seus lucros queles que faam jus

    a elas (comumente, e aqui, denominados dividendos). O Pronunciamento TcnicoCPC 26 Apresentao das Demonstraes Contbeis requer que a entidade

    apresente os detalhes dos dividendos reconhecidos como distribuies para seus

    acionistas e demais beneficiados na demonstrao das mutaes do patrimnio

    lquido ou nas notas explicativas que acompanham as demonstraes contbeis.

    Alcance

    3. Esta Interpretao contempla os seguintes tipos de distribuio no recproca de

    ativos por a entidade aos seus acionistas e demais beneficiados, agindo nosinteresses destes:

    (a)distribuio de ativos no caixa (ex: itens do imobilizado, negcios comoassim definidos no Pronunciamento Tcnico CPC 15 Combinao de

    Negcios, participao em outra entidade ou em ativos em descontinuidade,

    assim definidos no Pronunciamento Tcnico CPC 31 Ativo No Circulante

    Mantido para Venda e Operao Descontinuada); e

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    (b)distribuio que confere aos scios da entidade e demais beneficiados a opo

    de terem-na liquidada em ativos no caixa ou alternativamente em dinheiro.

    4. Esta Interpretao aplicada to-somente s distribuies por meio das quais so

    beneficiados os titulares da mesma classe de instrumentos patrimoniais e cujotratamento seja equitativo.

    5. Esta Interpretao no se aplica distribuio de ativo no caixa que

    atualmente controlado pela mesma entidade ou entidades envolvidas antes e aps adistribuio. Essa excluso aplicvel s demonstraes separadas, individuais e

    consolidadas da entidade que procede distribuio.

    6. De acordo com o item 5, esta Interpretao no se aplica quando um ativo no

    caixa atualmente controlado pelas mesmas entidades envolvidas antes e aps a

    distribuio. O item B2 do Pronunciamento Tcnico CPC 15 estabelece que um

    grupo de indivduos deve ser considerado como controlador de uma entidadequando, pelo resultado de acordo contratual, coletivamente tm o poder paragovernar suas polticas financeiras e operacionais de forma a obter os benefcios de

    suas atividades. Portanto, para a distribuio ficar fora do alcance desta

    Interpretao no sentido que ambas as partes controlam o ativo tanto antes quantodepois da distribuio, um grupo de acionistas individuais beneficiados com a

    distribuio precisa ter, como resultado de arranjos contratuais, referido poder

    coletivo atual sobre a entidade que procede distribuio.

    7. De acordo com o item 5, esta Interpretao no se aplica quando a entidade

    distribui parte de sua participao sobre uma controlada, mas retm o controlesobre a mesma. A entidade que procede distribuio que resulta no

    reconhecimento de participao de no controladores na sua controlada

    contabilizada conforme previsto nos Pronunciamentos Tcnicos CPC 35 e 36.

    8. Esta Interpretao orienta to-somente o tratamento contbil a ser dispensado por

    entidade que procede distribuio de ativos no caixa. Ela no contempla otratamento contbil a ser observado pelos beneficiados com essa distribuio.

    Questes9. Quando a entidade declara a distribuio de dividendos e tem a obrigao de

    distribuir ativos para os beneficiados com tal ato, ela precisa reconhecer umpassivo para fazer face ao dividendo declarado. Consequentemente, esta

    Interpretao trata das seguintes questes:

    (a)quando a entidade deve reconhecer o dividendo a ser pago?

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    (b)como a entidade deve mensurar o dividendo a ser pago?

    (c)quando a entidade liquida o dividendo a ser pago, como ela deve contabilizareventual diferena entre o valor contbil dos ativos distribudos e o valor do

    dividendo a pagar?

    Consenso

    Quando reconhecer o dividendo a ser pago

    10. O passivo advindo do dividendo a ser pago deve ser reconhecido quando odividendo for adequadamente autorizado e estiver no limite da discricionariedade

    da entidade, que vem a ser a data:

    (a)em que o dividendo proposto, por exemplo, pelo Conselho de Administrao

    ou pela Diretoria, aprovado pela autoridade relevante, no caso os acionistas,

    se essa for a condio legalmente imposta para sua validade; ou

    (b)em que o dividendo declarado, por exemplo, pelo Conselho de

    Administrao ou pela Diretoria, se no houver imposio legal para sua

    aprovao por outros rgos da companhia.

    Mensurao do dividendo a ser pago

    11. A entidade deve mensurar um passivo relacionado obrigao de distribuir ativos

    no caixa como dividendo aos seus beneficirios pelo valor justo dos ativos aserem distribudos.

    12. Se a entidade conceder aos beneficirios de seus dividendos o direito de escolher

    entre receber um ativo no caixa ou uma alternativa em caixa, a entidade deveestimar o dividendo a ser pago com base no valor justo de cada alternativa e as

    probabilidades associadas seleo de cada alternativa pelos beneficirios.

    13. Ao final de cada perodo de reporte e na data da liquidao, a entidade deve revisare ajustar o valor do dividendo provisionado, reconhecendo qualquer mudana no

    dividendo provisionado no patrimnio lquido como ajuste no montante dadistribuio declarada.

    Contabilizao da diferena entre o valor contbil dos ativosdistribudos e o valor do dividendo a ser pago quando a entidadeliquida a referida obrigao

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    14. Quando a entidade liquidar a obrigao com o dividendo a ser pago, ela deve

    reconhecer a eventual diferena entre o valor contbil dos ativos distribudos e o

    valor reconhecido do dividendo a ser pago na demonstrao do resultado do

    exerccio.

    Apresentao e evidenciao

    15. A entidade deve apresentar as diferenas descritas no item 14 em uma linhaseparada na demonstrao do resultado do exerccio.

    16. A entidade deve evidenciar as seguintes informaes, se aplicveis:

    (a) o valor reconhecido do dividendo a pagar no incio e no final do perodo; e

    (b)o aumento ou a diminuio no valor reconhecido no perodo na forma do item13, como resultado da mudana no valor justo dos ativos a serem distribudos.

    17. Se, aps o trmino do perodo de reporte, porm antes de as demonstraes

    contbeis terem sido aprovadas para divulgao, a entidade declarar dividendo a

    ser distribudo por meio de ativos no caixa, ela deve divulgar:

    (a)a natureza dos ativos a serem distribudos;

    (b)o valor contbil do ativo a ser distribudo ao trmino do perodo de reporte; e

    (c)o valor justo estimado do ativo a ser distribudo ao trmino do perodo dereporte, se for diferente do seu valor contbil, e a informao acerca domtodo utilizado para determinar o valor justo requerido pelo

    Pronunciamento Tcnico CPC 40, item 27(a) e (b).

    Data efetiva

    18. A entidade deve aplicar esta Interpretao de forma prospectiva conforme

    determinado pelos rgos reguladores. A aplicao retrospectiva no permitida.

    Deve ser divulgada a data a partir da qual esta Interpretao passa a ser aplicada.

    Exemplos ilustrativos

    Estes Exemplos acompanham, mas no so parte integrante desta Interpretao.

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    Alcance da Interpretao (itens 3 a 8)

    EI1. Admita que a Companhia A seja aberta. O seu controle negociado no mercado,no havendo um acionista que a controle individualmente, tampouco grupo de

    acionista que exera tal poder mediante acordo nesse sentido. A Companhia Adistribui certos ativos (por exemplo: valores mobilirios disponveis para venda) de

    modo rateado entre seus acionistas. Essa transao enquadra-se no alcance destaInterpretao.

    EI2. Entretanto, se um de seus acionistas (ou grupo de acionistas agindo em conjunto

    conforme relao contratual firmada nesse sentido) controla a Companhia A

    antes e aps a transao, a transao como um todo (incluindo a distribuio paraacionistas no controladores) no se enquadra no alcance desta Interpretao. Isso

    porque na distribuio pro rata para todos os acionistas da mesma classe deinstrumentos patrimoniais, o acionista controlador (ou grupo de acionistascontroladores) continuar a controlar os ativos no caixa aps a distribuio.

    EI3. Admita que a Companhia A seja aberta. O seu controle negociado no mercado,no havendo um acionista que a controle individualmente tampouco um grupo de

    acionistas que exera tal poder mediante acordo nesse sentido. A Companhia A possui sozinha todas as aes da sua controlada B (subsidiria integral). A

    Companhia A distribui todas as aes de sua controlada B na base pro rata aosseus acionistas, tendo por implicao a perda do controle de B. Esta transaoest dentro do alcance desta Interpretao.

    EI4. Entretanto, se a Companhia A distribui aos seus acionistas to-s aes da sua

    controlada B que se qualifiquem como participao de no controladores,retendo por conseqncia o controle de B, essa transao est fora do alcance

    desta Interpretao. A Companhia A contabiliza a distribuio de acordo com osPronunciamentos Tcnicos CPC 35 - Demonstraes Separadas e CPC 36 -

    Demonstraes Consolidadas. A Companhia A controla a Companhia B tanto

    antes quanto depois da transao.