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IDADE DE SÃO PAULO Instituto de Física ESTUDO DE BANDAS ROTACIONAIS EM 136Pr ATRAVES DO METODO DE ESPECTROSCOPIL t EM LINHA Luiz Guilherme Regis Emediato Dissertação de Mestrãdo apresentada ao Instituto de Física da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre em Ciências Orientador: ProfaPr& Ewa Wanda Cybulska t ) --) SBI-IFUSP I lll|ll lllil lill ]ffil il llil ilril ililil u ilil ]llr ililr ril ill 305M81 0T1 632 sÃo PAULo 1990 l: : i,i:1c DE /, _! l: l.i _ : L li¡...:'i .,.r,. J,0 ,4 Z Ø (. ,:l c ,o o ç L,E ,:i .

IDADE Instituto de - USP€¦ · ao professor Oscar SaIa, pelo apoio na ilisposiçã,o ilo pessoal e oficinas ilo laboratóri,o e pela utilizaçõ'o iJo Acelerad"or Pelletron e equipamentos

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IDADE DE SÃO PAULO

Instituto de Física

ESTUDO DE BANDAS ROTACIONAIS EM 136Pr

ATRAVES DO METODO DE ESPECTROSCOPIL t EM LINHA

Luiz Guilherme Regis Emediato

Dissertação de Mestrãdo apresentada ao

Instituto de Física da Universidade de

São Paulo para obtenção do título de

Mestre em Ciências

Orientador:

ProfaPr& Ewa Wanda Cybulska

t)

--) SBI-IFUSP

I lll|ll lllil lill ]ffil il llil ilril ililil u ilil ]llr ililr ril ill305M81 0T1 632

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1990

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Dncadnao: S)C)iP: I

t

FICHA CATATOGR.Á,FICA

Preparada pelo Serviço de Biblíoteca e Informaçãodo Instituto'de FÍsíca da Universidade de São Paulo

Emediato. Luiz Gui lherme ReoisÈsiuðó dè bañdas io[ãc¡oñais em 136Pr através do

método de espectroscopia y em I inha. São Paulo,1990.

Dissertação (mestrado) - Univers.idade de São Paulolnstituto de Física. Departamento de Física Nuclear.

Area de Concentração. Física Nuclear.0r ientador : Prof € Dr? Ewa l.landa Cybu I ska

Unitermos: l.Estrutura nuclear; 2.r35Pr; 3.Medidade coincidência y- y-t e distribuições angulares;4.Espectroscopia y; 5.Reação de fusão-evaporação r26

(1aN,4n) r36pr e 1"sb(tt0,3n)1'6pr; 6.Núcleo impar-ipar; 7.Função de excitação; S.Modelo de "Cranking".

USP/ I F/SB I 4 0

5

T

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"Nil sapientiae odiosius acurnine nimio"

Lucius Annaeus Seneca

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AGRADECIMENTOS

à, professora Ewo, Cybulslca, pela orientaçã,o, respeito e ileilicaçõ,o d,urante ø reû-

Iizaçã,o ileste trabalho, o meu sincero agrailecimento; pelo enernplo ile perceùerança na

introiluçã,o ile uma linha d,e pesquisa complexo, n"t'as con'¿ muito êrito, o fiLeu profunilo

respeito

aos professores e colegas d,o grupo-1, Wayne Seale, Roberto Ribas, Rao, Meilinø,

Suzøna, Jooé Roberlo e Md,rcia, pela amizaile e colaborøçõ'o, e pelas brilhantes iìIéias e

iliscussões

ao professor Oscar SaIa, pelo apoio na ilisposiçã,o ilo pessoal e oficinas ilo laboratóri,o

e pela utilizaçõ'o iJo Acelerad"or Pelletron e equipamentos

ao professor Celso Lima pelas iliscussões teóricas

aoi professores e colegas ilos oulros grupos d,e pesquiia,'gue sernpre d,emonstrarøm

amizaile e cooperaçã,o

à, professora Ewa, à Marcia, ao José Roberto e ao Renato pela aiuda inilispensó'ael

na eiliçõ,o d,esta tese

øo Carlos e øo Joã'o pela confecçã'o d,os ilesenhos

' à FAPESP e à CAPDS pela apoio f,nanceiro

a toilos os funcionários d,o Laborätório Pelletron que colaboraranz' para o êxito ileste

trabalho

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RESUMO

Utilizando técnicas de espectroscopia-7 em linha e reações do tipo (HI,xnyq)

que populam estados de alto spin, estudou-se a estrutura do núcleo duplamente ímpar

136p, através das reações l23sô(l6o,3n)136Pr e 726Te(t'N,4n)136Pr. Foram reali-

zadas medidas de funções de excitaçã,o em quatro energias, e coincidências i - I - t

e distibuições angulares em 69MeV e 56MeV, respectivamente, utilizando detetores

HPGe de alta resolução (2keV) e alvos de isótopos enriguecido's de r23Sä (99%) e

7267" (94%) com espessuras de aproximadamente gmgf cm2. O esquema de níveis de

energia do 136Pr evidencia duas bandas rotacionais que populam um estado isomérico

com meia-vida de92r¡s. A banda Yrast é caracterizada por um "sta,ggering" em seus

níveis de energia, com transições M1 intensas e E2 fracas, baseada na configuração

r(hn/z)il, ø ,(hnþ)s/2, de acordo com a sistemática da região de massa A : 130,

mostrando um pequeno "energy splitting" de 40keV. Na banda secundária pressupõe-se

a configuragáo r(ds¡ùs¡z Ø v(hn/z)n/2. Os resultados experimentais foram interpre-

tados com base no "Cranked Shell Model" que predizem deformações 7 pequenas e

negativas na região dos .t¿ e Pr.

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ABSTRACT

The structure of the doubly odd nucleur 136pr has been studied using techniques of

on-line 7-spectroscopy with the reactions 123Só(l6O,3n¡1soPr and t26Te(r4 N,4n)t36 Pr

populating high spin states. The excitation functions 'were measured at four energies,

and 7 - 7 - ú coincidences and angular distributions at 69M eV and 56M eV , respectively,

using high resolution HPGe detectors (zkeV) and targets of enriched isotopes of 123,9b

(gg%) alrrd.126Te (94%) with thicknesses of approximately gmgf cm2. The energy level

scheme of 136Pr shows two rotational bands which populate one isomeric state with a

half-life of gZnr. The Yrast band is characterized by the staggering in energy levels with

intense M1 transitions and weak .82 transitions, based on a configura.tion ,r(hn/z)tþØ

u(h,,/z)s/2 in agreemment with the sistematics of the mass region A : 130. There is a

small energy splitting of 40keV. For the secondary band a configuration n(ds/z)t¡z Ø

,(hn/z)n72 is possible. Experimental results were interpreted within the framework of

the Cranked Shell Model which predicts srnall negative 7 deformations in the .t¿ and

Pr region.

lt

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fNorcp

RESUMO

ABSTRACT u

coxrnùno

II. CONSIDERAÇOES TEORICAS 2

II.1. Hamiltoniana de "Cranking"

II.2. Correlações de Emparelhamento .. ..

.2

6

II.3. Transformação dos Dados Experimentais para o Sistema Intrínseco ..... . 10

III. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 13

13

16

20

20

24

27

28

28

29

29

30

35

UI.l. O Acelerador Pelletron

III.2. A Duoplasmatron

III.3. Descrição Experimental

III.3. 1. Considerações Preliminares

_ III.3.2. Eletrônica . .

III.3.3. Sistema de Aquisição de Dados

III.4. Medidas Realizadas

III.4.1. Decaimento do 136Pt

III.4.2. Método das Reações Cruzadas ...

III.4.3. F\rnções de Excitação e Distribuições Angulares ... . .

III.4.4. Coincidên cias 17t

III.4.5. Medida do Decaimento do Estado Isomérico

IV. ANALISE DE DADOS

IV.1. Reduçã.o de Dados

IV.2. O Esquema de Níveis do l36Pr

39

39

48

50IV.3. O Estado Isomerrco

tll

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V. RESULTADOS EXPERIMENTAIS E TEÓRICOS 62

52

Ðl

59

V.1. O Esquema de Níveis do l36Pr

Y.2. Ptazóes de Probabilidades de Tbansições Reduzidas

V.3. Routhianos e Alinhamentos Experimentais e Teóricos . ...

VI. DISCUSSAO 70

70

7l

7T

VI.1. Comparação com outros Trabalhos

VI.2. Sistemática da Região de Massa na Vizinhança do r36Pr ....

VI.3. Compa,raçã,o entre os Resultados Experimentais e Teóricos ..

VII. CONCLUSÃO /Ð

REFEFÉNCIAS 76

tv

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r. TNTRODUçAO

Nos últimos anos surgiu um grande interesse nos núcleos transicionais deficientes

em nêutrons na região de massa A : 130. Tais núcleos são caracterizados pelo próton de

valência situado no início da camada hn/z e o nêutron na parte superior da mesma ca-

mada, exercendo forças polarizadoras de tendências opostas. O nêutron tende a produzir

formas triaxiais enquanto que o próton mostra tendência à axialidade. Este fenômeno

é particularmente interessante nos núcleos ímpar-ímpar onde ocorre competiçã.o entre

essas duas influências polarizadoras. Experimentalmente, pode-se obserr¡ar este efeito

nas bandas rotacionais em forma de um deslocamento energético entre os estados de

spins pares e ímpares [Riz89,Oli89a,b].

Dentro do contexto de um estudo sistemático dos núcleos ímpar-ímpar na região

de A - 130, o presente trabalho tem por objetivo o estudo dos estados de alto spin

em l36Pr usando reações do tipo fusão-evaporaçã,o. Na época em que este projeto foi

iniciado, não havia nenhum trabalho nesta região de massa nos núcleos ímpar-ímpar.

No capítulo II é apresentado um resumo do modelo "Cranking" com ênfase no

"Cranked Shell Model" triaxial [Ben83]. O capítulo III trata dos procedimentos experi-

mentais, descrição do equipamento e medidas efetuadas. A análise de dados é mostrada

no çapítulo IV e a comppração entre os resultados experimentais e teóricos é feita no

capítulo V. No capítulo VI é feita uma discussã,o crítica dos resultados e no capítulo

VII são apresentadas as conclusões

1

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il. coNsrDERAçöps rpónrc¿.s

A argumentação teórica deste trabalho para a interpreta,ção dos resultados expe-

rimentais baseia-se no modelo "Cranked Shell". Este modelo descreve o movimento

de uma partícula-independente num núcleo com campo de deformação estática, com

interação de emparelhamento, em rotação. Neste sistema surgem forças centrífugas e

de Coriolis que afetam diretamente a forma e a correlação de pares, que ocorrem na

periferia no núcleo, próximo ao nível de Fermi.

A aplicabilidade deste modelo baseia-se, portanto, na estabilidade destas cor-

relações em sistemas de rotação rápida, ou seja, nos níveis de energia de spins elevados.

II.1. Hamiltoniana de ttCrankingtt

O CSM é uma combinação de formalismos que deserevem bandas rotacionais e

configurações de partícula-única que são os dois tipos de estrutura mais importantes na

vizinhança da linha de Yrast para spins altos.

Utilizando um sistema de coordenadas fixo no corpo, por simplificação matemática

com simetria axial e orientação fixa em relação ao potencial nuclear deformado, este

rodará com uma freqüência c, em relação a,o sistema de coordenadas fixas no laboratório.

A transformação das coordenadaS de uma partícula, quê gira ao redor de um poten-

cial deformado V(ø, U, z,t), para o seu sistema-íntrínseco, é efetuada de modo que o eixo

x', perpendicular ao eixo de simetria, coincida, com o eixo x do sistema de laboratório.

O vetor rotacional ri torna explícitas as forças centrífuga e de Coriolis, expressas em

coordenadas esféricas. A hamiltoniana resultante é, portantor expressa nas coordenadas

de rotação:

Hr(*';;P';):Ho(x';;P';)-'J', , (II'1)

que é denominada Hamiltoniana de "Cranking", onde ./l representa a projeção do opera-

dor de momento angular no eixo de rotação x, que neste caso é uma rotação perpendicu-

lar ao eixo de simetria. Esta mudança de coordenada elimina, portanto, a dependência

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temporal no potencial médio em ffg, que é a hamiltoniana de partícula-única do sistema

sem rotação. :

A descrição quântica deste modelo parte da equaçã.o de Schrödinger dependente

do tempo, tal que H depende explicitamente do tempo através do potencial deformado

V(r,,0, /,ú), no sistema de laboratório:

,o#-Hú, (rr.2)

onde a função de onda ,þ e a Hamiltoniana H podem ser expressas em termos de coor-

denadas fixas no corpo, ou seja:

tþ: R(ut)tþ' (//.3)

onde .R(c.rf) é o operador de rotação que faz a transformação das coordenadas para o

sistema intrínseco:

R(ut) - ¿-*utJ'" (rr.4)

Assim, a Hamiltoniana de partícula-única sem rotaçáo Hs pode ser transformada para

o sistema em rotação nas coordenadas intrínsecas através da transformação:

H : R(at)HsR(ut)-r (//.5)

o que resulta na Hamiltoniana de "Crankihg"lBen83,Riz89], similar à dedução clássica

(II.1) indicada acima, ou seja:

Hr:Hs-uJ', (/r.6)

considerando uma rotação perpendicular ao eixo de simetria, que é uma descrição bas-

tante boa dos espectros rotacionais, para núcleos que apresentam um grau de coletivi-

dade.

Neste oaso a rotação leva a uma mistura de estados de partícula-única, por que J"

é um operador que não possui um bom número quântico. Assim, as funções de onda de

partícula-única 1þrno sistema de rotação, nã,o são autofunções de,.Ir.

3

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Para solucionar este problema vamos considerar duas simetrias que se conservam,

permitindo dividir os estados de partícul¿-única, em dois grupos de simetria que não

produzem mistura.

A paridade zr é um número quântico que se conserva, podendo-se, portanto, ecrever

a forma do potencial numa expansão de multipolos pares.

A ttsignature" a está relacionada com as propriedades de um estado nucleônico ry'o

que deve ser invariante por uma rotação de 180o em relação ao eixo de rotação, ou seja:

R,(n)rþ" : r1þa

onde r são os autor¡alores de .Rr. Sendo o operador de rotação igual a:

R,(n) : ¿-itJ"

a equaçã.o (II.7) se torna a seguinte equação de autovalores:

Rr(n)rþ,: e-inJ"tþo

cujos autovalores são:

r:e -t1f d

e os possíveis valores que r poderá assumir sã,o:

(r r.7)

(//.11)

(//.8)

(/r.e)

(//.10)

r -i, se a :712i, sea:-ll2

Como a t'signature" pode ter, para um estado de partícula- única, os valores *712,

estes estados serão degenerados somente para u : 0. Quando o sistema passa a ter

uma rotação diferente de zero esta degenerescência é quebrada e os níveis de energia se

separam de acordo com cada valor distinto de a cujo processo é denominado "signature

splitting", e cuja componente de energia mais baixa é denominada "favorecida".

A componentefavorecidada"signature" é dadapela relação j:o *2n onde j éo

momento angular da partícula e n : 0,1,2,.. ..

4

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Pa¡a um sistema nuclear em que há duas partículas desemparelhadas, como é o

caso de núcleos ímpar-ímpar, hrí uma degenerescência de ordem quatro, para prótons e

nêutrons, ou seja:

I +t, se ap - Lll2 e e,n: +712"-to,' ,io'r-J:l'12.o'n:+112, (II'L2)

que será quebrada pela rotação ø. Os valores de a : tl sã,o relativos aos spins ímpares

I : tr3,5,. . .¡ e e: 0 a,os spins pares .[ : 0,2r4r..., pois para uma banda rotacional

com determinada ttsignaturett :

I - amod(2) (//.13)

Voltando ao problema de solucionar a hamiltoniana .E[r, os seus autor¡alores serão:

"',,:1 plV,lp ):( plHolp) -u < p\"1p> (rr.14)

asstm,

%ôr:-<PlJ"lP> , (//.15)

ou seja, a inclinação dos Routhianos de partícula-única é igual ao valor esperado do

ope¡a4or J, com sinal invertido (alinhamento da partícula). Para N núcleons o momento

angular total ao longo do eixo de rotação é dado por:

N¡":D<plJ,lp>, (//.16)

P=l

onde ¡.r percorre todos os níveis ocupados que são os N routhianos mais baixos na

configuração de Yrast. O Routhiano total é dado por:

N N.o,: Ð < plil,lpr:D.,r (rr.r7)

,¡= I P=l

e a energia. total no sistema de laboratório será:

N

E:D <plilolp>-E'+uI,lt:l

Ò

(/r.18)

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II.2. Correlações de Emparelhamento

A interaçã.o de dois corpos, no sistema em rotação, passa a ter influência significa-

tiva, pois verifica-se uma forte modificação no esquema de níveis dos núcleons próximos

a,o nível de Fermi, o gue implica em definir uma nova hamiltoniana expressa em ope-

radores de criação e aniquilação de partícula, acrescida do termo de dois corpos. Tal

acréscimo não destrói, contudo, as simetrias de paridade e "signature".

Assim, reescrevemos o hamiltoniano de "Cranking":

H, -D [. ilíoli > olo¡ - u 1 ilJ,li, "!"¡]rtJ

-DG"!"!"¡a¡, (/I.le);i,

onde o termo de dois corpos é denominado hamiltoniana de emparelhamento com in-

tensidade G, em que duas partículas dos estados j e j sãõ ániquiladas e criadas em i

e i, tal que ã e j repres.ntam estados com conjugaçã,o temporal em relação a i e j,, e

a soma indicada com o índice i¡, percorre metade dos estados com reversão temporal,

energeticamente degenerados; J" é o termo de "Cranking", e Ho é, a hamiltoniana de

partícula-única de Nilsson, sem rotação, definida como:

a

Ho : nrrtf,{-v'z + r'2,) - þrllcosrY2o - fffu; +Y;')l

-x(z(i.Ð+p(r'-<¿'>))) , (II.2o)

onde B é parâmetro de deformação quadrupolar; V'2 é o Laplaciano em coordenadas

esféricas; 7 define o grau de triaxialidade do núcleo; K e p são parâmetros de Nilsson

de intensidade dos acoplamentos spin-órbita e órbita-órbita, e Y;''' são os harmônicos

esféricos de ordem par.

Para simplificar a equação (II.19) podemos utilizar a seguinte notação:

p! Dd>0ti>0

6

"Ir"l(rr.2L)

aiaìP¡

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Assim, redefinimos a hamiltoniana de emparelhamento como:

HemP: -GPt P

e dos seus valores médios I Pl ):( P >:

(rr.22)

Hemp--G<P>(Pt;+P)2

(rr.23)

pois, PtP x< P > (Pt + P)12 e G < P > êdefrnido como o "gap" de emparelhamento

^Substituindo estes resultados na hamiltoniana (19), teremos

¡r : tt( < ilflolr > -)6;r)"!"¡ - u 1 ilJ,U > "!"¡li,j

- \- ^ (olol + o;ot)-lo-7, (11.24)

na qual o termo multiplicador de Lagrange -)ó;j recupera o valor médio de N, pois,

o número de partículas não é conservado; a soma com o índice i¡ indica que serão

somados metade dos estados, com relrrsão temporal e energeticamente degenerados.

: Considerando, também, os estados de buraco (estados com reversão temporal), a

hamiltoniana de partícula-única é esciita na forma matricial:

- _ (<ilHolj>-À6¡¡ -u1ilJ,U> A<ilPt +Plj>6ij \" - \ A <ilPt +Plj>6ij - <ilHoþ > +lónr*c.r( ilJ,lj >) '(rr.25)

que é denominada Hamiltoniana "Cranked" Hartree-Fock-Bogolyubov (CHFB). A

solução desta hamiltoniana é obtida através da diagonalização sobre autovetoret ol,

que são combinações lineares de estados de partícula e de buraco que definem os es-

tados de quasipartículas, conservando também as simetrias de paridade e t'signature",

ol : I uiatu+vla,

expressos na forma:

p

7

(rr.26)

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Portanto, chega-se a seguinte equação de autovalores:

H (Utivt; ) -- +("ä,) (r r.27)

onde, U ¡r; e Vp; descrevem a,s amplitudes de partícula e buraco respectivamente, e o

autovalor e'r é a energia de quasipartícula do estado ¡,r no sistema intrínseco.

Dois níveis de quasipartícula e', de mesma "signature" o, em função da freqüência

angula.r c¿, interagem próximos à superfície de Fermi. No diagrama da figura II.l o vácuo

é dado para e' < 0 (superfície de Fermi) sendo e' a energia de excitação dos estados.

O cruzameiito entre os níveis só é permitido se pelo menos um deles fôr desocupado

(princípio de exclusão), assim um nível ocupado interage com outro nã,o ocupado (ø e

c em ,r) o que caracteriza a mudança de alinhamento i, da partícula, denominando

um t'pseudo-cruzamento". Isto é observado experimentalmente pelo ttbackbending" em

bandas rotacionais. No caso em que estes níveis estão preenchidos, este cruzamento é

bloqueado (-ó " ¿ para rt) " não se observa experimentalmente alteração do alinha-

mento da partícula.

8

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proto n F=.17 A=.16 À=5.58 1=-150

4000

5000I

.I-

2000d

-

II1 000

a

!@J

(D

0 -g

-1000-9-

-2000

-3000Gr,l (¡)z

-4000__1,

0 0.01 0.02 0.0 5

a/uo

0.0 4 0.0 5 0.0 6

frgura' II.7- Níveis de quasipartícula para a camada h11¡2 em função da freqüência

de rotação, a e c + e : -112, b e d + a : *L12.

I

b

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II.3. Tbansformação dos Dados Experimentais para o Sistema Intrínseco

Para a avaliação do modelo descrito acima, é necessá"rio extrair as informações do

esquema de níveis experimental relativas às grandezas definidas no modelo.

A relaçã,o entre as energias de excitação no sistema de laboratôrio E, e intrínseco

Et será,:

E'(r) -- E,(u) - uI, (rr.28)

em que a velocidade de rotação é a variação da energia E' pela variação do momento

angular total:-dEhu:-E , (11.29)

ou seja, para um transição de um estado inicial (i) para um estado final (f), que possuem

um mesmo número quântico c, a relação acima será:

(r^r.30)

Assim, a energia total no sistema intrínseco é dada por:

nrTà-0.õ(E¡+E¡)-u(I*)l,(Ip), (//.31)

onde, f * : (I; + I t) 12 que é o spin médio para{rm estado de energia média entre E;eE ¡ .

A projeção do momento angular total sobre o eixo de rotação, para valores de alto spin,

pode ser aproximada pela relação quadrática:

I,Q): [(/ + tlÐ2 - K2]1/2 (rr.32)

onde K é a projeção do spin total no eixo de simetria, e sua escolha é baseada na regra

de Gallagher-Moszkowski [Gal58] que assume um alinhamento paralelo entre os spins

de próton(p) e nêutron (n), definida como:

ha(I'):ffi

K:{

Op+O" seOn

l0n - O"l se Oo-Ä,i*_^"Tå

o,,,o,,

t*"+l "^p

^p

(rr.33)

10

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onde, Â é a projeção assintótica do momento angular I sobre o eixo z' no modelo

de Nilsson. O routhiano total compõe-se das contribuições das duas partículas para

uma dada configuração, no caso de um núcleo ímpar-ímpar, e do caroço, associada a

banda de Yrast. Assim, para avaliarmos aos routhianos de quasipartícula em função da

freqüência de rotação devemos subtrair a contribuição coletiva EI da energia total no

sistema intrínseco .Ð'.

Como:

IE,o@): - I,,o(w)da (rr.34)

onde:

Ir,o(r)-c.rSo+c.t33r (//.35)

que é uma expansão dos estados em potências de c.r, tal que 3s corresponde ao momento

de inércia para o rotor rígido, e 31 é uma correção de ordem rnais alta devido a rotaçã.o,

denominados parâmetros de Harris [Har65]. No caso, de um núcleo ímpar-ímpar, esses

parâmetros são ajustados baseados nas informações extraídas do esquema de níveis.

Portanto, substituindo (II.35) em (II.34), teremos:

(//.36)

de modo que a constante de integração é dadapela condiçã,o de contorno EI - 0 para

.[ : 0, ou seja, a energia de excitação será zero no estado fundamental. Finalmente,

podemos escrever a energia de excitação de quasipartícula no sistema em rotação por:

e'(u)-E'(r)-n'o@) (rr.37)

e o alinhamento, dados pelas seguintes relações

.Ei@): -Ç*, - f*,. å

tal que f,,c ê definido em (II.35).

i,(r) : I,(u) - I,,o(r) '

i"(r) : I,(u) - (r3o + ø3St ¡

11

(/r.38)

(r/.3e)

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O cálculo do routhiano total .E' é baseado no modelo fenomenológico de Fbauendorf

e May [Fba83]:

ø' -- IVr"cos 87 - Tr's + D "'n

+1d, (rr.4o)

tal que S definido como:

s : (s, * T,'*') å cos2 (7 + 3o') ( II '47)

onde Ss e 31 são os parâmetros de Harris, Vpo é a diferença de energia potencial de

interação prolato-oblato e e', e e', correspondem aos routhianos de quasipartícula para

próton e nêutron, respectivamente.

t2

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III. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Para estudar o núcleo de r36Pr foram utilizadas as reações ¿" tzs561t6O,3n)136P,

e t26Te(t4N,4n)136Pr em que foram medidas as funções de excitação, distribuições

angulares e coincidências ^y -'y - t,

O equipamento experimental utilizado constitui-se essencialmente do acelerador

pelletron 8-UD que incorpora & fonte de íons, câmaras de espalhamento e alvos, dete-

tores para radiaçã,o gama de HPGe (Hiper-Pure Germanium) e NaI, mais o sistema de

aquisição de dados que engloba a eletrônica, tthardïv'are" e "software".

III.1. O Acelerador Pelletron

O acelerador eletrostático Pelletron é constituído por um úa¡rdem 8-UD desen-

volvido para produzit e acelerar feixes de íons leves e pesados de energia da ordem de

até 4MeVlnucleon [Sal7a]. Utiliza os seguintes sitemas externos de fonte de íons: sis-

tema de troca de carga, para produzir feixes negativos de elementos leves como 4He-

e 3He-, e sistema de extração direta para a produção de íons de uma variedade de ele-

mentos através de duas técnicas distintas: a SNICS (Source of Nega.tive lons by Cesium

Sputteúng) usada para a extração de feixes negativos utilizando materiais sólidos ou

gases, através da técnica de "sputtering" de Césio, para produzir íons de C , 8,, CI e Si,

e a Duoplasmatron que opera através de extra.çã,o de íons pela formação de um plasma

por efeito termoiônico produzindo feixes do tipo O-, N-, D-, NH-, HS-, OH-, e

H-.O feixe, ao ser extraído da fonte de íons, sofre uma pré-aceleração de 80/t'eV no

tubo þré-acelerador, sendo defletido na direção vertical por um eletroímã ME-20 de

deflexão 90o, selecionador de massas (figura IILI). A energia de injeção deve ser com-

parável ao ganho de energia nos primeiros eletrodos do tubo-acelerador para optimizar

a transmissão do feixe. O feixe negativo é; assim, injetado no tubo-acelera,dor, no inte-

rior do tandem, em direção a um terminal carregado positivamente com 8MV. A carga

do terminal é produzida por ação indutir¡a sobre uma corrente de cilindros metálicos

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pellets isolados por tarugos de nylon alternadamente. Os pellets sã.o impulsionados por

uma polia através de um motor, e uma fqnte de alta tensão polariza negativamente um

indutor localizado na proximidade da corrente de pellets. Ao passar por ele, o pellet

adquire carga positiva que é depositada sobre uma polia superior que está em contato

elétrico como o terminal. Neste primeiro estágio da máquina, a tensão acumulada está

distribuída uniformemente nas primeiras 8U do tubo acelerador por meio de agulhas de

corona. O feixe é acelerado até o terminal incidindo sobre um trocador de carga ("ttþ-

per) constituído de finas folhas de carbono. Os elétrons do íon sã,o arrancados, portanto,

com uma eficiência que depende da espessura da folha de carbono, e da natureza e da

energia cinética do íon. Após a troca de carga o íon positivo sofre uma nova aceleração

em direção a saída da máquina, devido a repulsão do campo elétrico intenso gerado pela

carga eletrotática distribuda pelas outras 8U, com uma energia que é função do seu

estado de carga.

A transmissã,o de carga se faz através de agulhas meiálícas, presas em discos finos

de titânio soldados com alumínio, em forno à vácuo sob alta pressão, aos cilindros de

alumina que constituem o tubo-acelerador de alto vácuo. A coluna do gerador do tubo-

acelerador é formada pelo empilhamento vertical de postes isolantes construídos pa,ra

sustentar anéis de alumínio que definem as equipotenciais e blindam o tubo-acelerador.

A divisão do potencial é'feita, também, através de agulhas de corona para uniformizar

o campo.

A medida da tensão terminal do acelerador é feita por um voltímetro gerador

através de um arco de tensão entre a carcaça do terminal e uma agulha de corona

projetada no interior do úandem na altura do terminal. A estabilidade energética da

máquina é proporcionada por uma atmosfera de gás SF6, no interior do tanque, ótimo

isolante elétrico e condutor térmico.

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Fonlo de ions

Elelroitnõ dc clc(lcxõo(ME-20)

Trococlor rle cor o

I

I

I

I

I

I

I

I

d:F,-t-'t--t--l-+{-+.J-

{-

Terntinol (+ V)

\a

Ton UC

Elolrolmü selc lor

.t-+-t--t-

{-{-++-t.

' dos conolizo 0'c s

Conoís rl,) ulillzo öo clt dos{--f-

1-.t-

+ {-+ r-+-r-rlr

Elelrolmõ deonóllsc (ME -200)

frgurra;'/J/,l - Desenho esquemático do Acelerador Pelletron ï-UD do Departemento

de Física Nuclear - IFUSP.

15

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O eletroímã analizador ME-200 de 90" seleciona os estados de carga do feixe e

o deflete de acordo com a relação M x ÐlZ2 - 200 muda a trajetória vertical para

horizontal de acordo com os parâmetros ajustados; controla e estabelece a resolução em

energia do feixe que depende da massa do íon analizado, da constante característica k

de geometria do elemento, e da medida do campo magnético H através da medida da

freqüência por um fluxômetro de ressonância nuclear magnética. O feixe é focalizado

nas fendas de entrada do ME-200 (ponto objeto) e o controle de energia é feito por um

sistema de fendas na sua saída (ponto imagem).

A freqüência de ressonância nuclear magnética NMR é medida através de um

"probe" de água leve colocado no entreferro do ímã próximo à trajetória das partículas,

sob a ação do mesmo campo que deflete o feixe, proporcional ao campo magnético H. No

instante da ressonância aparece uma queda na intensidade no sinal de RF, estabelecendo

a medida da freqüência com precisão [Rot75].

O controle da transmissã.o do feixe através do u""l"ru,do, é feiio por lentes eletro-

magnéticas, quadrupolos elétricos e magnéticos, que estabelecem a focalização do feixe.

A deflexão angular e deslocamento do feixe é feita por defletores magnéticos, e um ímã

seletor desvia o feixe analizado para uma das seis canalizações onde se localizam as

câmaras de espalhamento.

O sistema opera em condições de pressã.o de alto-vácuo nas canalizações através

de bombas iônicas de 1.0 x 10-8?orr. As câmaras de espalhamento são acopladas a

bombas mecânicas de pré-vácuo e a equalização das pressões é efetuada através de uma,

bomba turbo de 1.0 x l0-5Torr interconectada entre a canalização e a câmara.

III.2. A Duoplasmatron

Dentre as várias técnicas existeutes para, extração de íons, tais como troca de carga,

t'sputtering" de césio, etc., a duoplasmatron constitui uma técnica eficiente para a ex-

tração de íbns de elementos gasosos do tipo H- , O-, N-, OH- , D- , N H- e H S- .

A duoplasmatron é constituída por um catodo, constituído de um filamento com-

posto por uma liga de Cr e Ni recoberto por uma tinta de Ba bom emissor de elétrons,

16

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que ioniza termoionicamente um gás injetado na regiã.o do eletrodo intermediário (figura

III.2) [Wit63]. A injeção de um contaminante de gás de hidrogênio, a baixa pressão, é

necessária para catalizar a formação de um plasma, seguida pela introdução do gás de

interesse. O catodo aquecido emite elétrons permanecendo a um potencial negativo em

relação a,o anodo, que repele os íons positivos.

Uma nuvem eletrônica interagindo com um gás de hidrogênio produz íorrs do tipo

H- e If+, que através de choques sucessivos ocasionam, também, a formaçã.o de íons

como 2H*,, o que possibilita a formaçã.o de vários tipos de distribuição de íons do

gás. Um ímã externo que envolve a carca{a da fonte duoplasmatron, f.az aumentar o

caminho de vôo do elétron que orbitará em torno do gás injetado na região do filamento.

O elétron é espiralado devido orientação do campo no sentido axial que produz sobre ele

uma força centrífuga, o que proporciona choques contra um gás de H2 dando origem a

um plasma. Pode-se produzir, no entanto, feixes positivos e negativos dependendo das

polaridades de tensão de anodo e extrator utilizadas, e também, outros tipos de íons de

elementos não necessariamente gasosos pela dopagem do filamento.

Um eletrodo intermediário "swichen" serve para uniformizar o campo elétrico den-

tro da câmara. A tensão de anodo positiva em relação ao "swichen" produz um campo

elétrico que orienta os íons negativos que serão extraídos por uma tensão de extrator

mai,or que a do anodo.

Para optimizar o feixe de íons negativos, evitando os elétrons, é feita uma descen-

tragem milimétrica do "swichen" em relação ao anodo, deformando o campo elétrico, o

que permite obter maior intensidade de íons negativos provenientes da região periférica

do plasma, devido a diferente distibuição dos íons no interior do plasma. Assim, a

descentragem entre o eletrodo e o anodo produz uma corrente de elétrons de baixa in-

tensidade, devido a baixa densidade de elétrons nessa região do espaço, optimizando a

corrente de íons. Como na região periférica do plasma o elétron orbital de baixa energia

tem maior probalidade de ser capturado pelo elemento do gás, que também orbita na

periferia devido a sua massa, a distribuição de iutensidade de corrente para o íon pro-

duzido é máxima nesta região, o que induz a descentragem do eletrodo intermediário à

extraçã,o (frgura III.2).

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A presença de contaminantes, produzindo íons como o OH-, devido a oxidaçã,o do

filamento, também pode ocorrer pelo meslno processo, já que o gás deverá ter a mesma

velocidade de um elétron periférico para se ionizar.

Dois parâmetros da fonte duoplasmaúron têm efeito marcante sobre a intensidade

de saída do feixe: o espaçamento do eletrodo intermediário do anodo, e a pressã,o da

fonte relacionada diretamente a.o fluxo de gás injetado. O aumento do rendimento dos

íons de I/- diretamente extraídos é dado pela variaçã,o da geometria da fonte [Moa59].

A separação dos íons do feixe, focalizado por lentes Einzel, é feita pelo ímã analizador

ME-20 na saída do tubo pré-acelerador.

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FONTE OE I,OruS DUOPLASMATRON

A- CORPO DA FONTE

B- FILAMENTO N¡Cr (Bo)(cdtodo)

c- íruÃsD- FLANGE Do ÃNoDO

E- cEnÂurcnF- PLASMA

G- PASTILHA

H- onrricto or sníon Do FEIxE

I - ZWISCHEN

EiXO DE ALINHAMENTO

frgura IIL2 - Desenho esquemático da fonte Duoplasmatron do Acelerador Pelletron

19

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III.3. Descrição Experimental

III.3.1. Considerações Preliminares

No início deste trabalho não havia informações sobre estados de alto spin do núcleo

r36pr. Somente era,m conhecidos os decaimentos pot P+ do 136Pr para o t36Ce, e

do l36Nd para r36Pr que popula somente os estados de baixo spin. O spin do estado

fundamental do r36pr é de 2+. Portanto, para lazer um estudo de altos spins era

necessário boa identificaçã,o dos gamas pertencentes ao t36 pr. Para isso, em primeira

etapa, üsou:s€ reações cruzadas que populam somente um núcleo residual comum às

duas reações, e funções de excitaçã,o que têm comportamentos diferentes para canais

diferentes. Os cálculos teóricos, código PACE [Gav80], indicam quais canais de reação

são os mais prováveis. Fbram feitos, portanto, os cálculos para 1235ä(160,3n)r36Pr

e r26Te(r4N,4n)l36Pr (frgura IILS) A fim de verificar a viabilidade destas reações.

Posteriormente, utilizou-se medidas de coincidências ',1 ---l - f para o estudo de alto

spin.

Foram utilizadas duas câmaras de espalhamento: a câmara T, utilizada para me-

didas de coincidência, é constituída por um tubo de alumínio em formato "T" com

diâmetro de 4cm e espessura de 1.4rnræ, sendo que em uma de suas extremidades é

acoþlàdo, através de urn sistema de "O-ring" dinâmico, o suporte para o alvo que é

utilizado também para a focalização do feixe. O suporte do alvo é composto por um

eixo telescópico que se projeta no interior dJ câmara com vedação à vácuo e isolado

eletricamente, e permite uma variação angular e vertical na posição do alvo, permitindo

também a focalização do feixe através de um colimador de tântalo que é deslocado para

a posição do alvo. A focalização é feita medindo-se a polaridade do sinal de corrente do

feixe, na câmara e no alvo, e este deve ser optimizado para uma máxima, corrente positiva

na câmara (feixe positivo) e negativa no colimador (elétrons secundários) através dos

desviadores magnéticos da canalização. A câmara possui ainda na sua parede interna

uma fina folha de tântalo de 0.05n¿n¿ para evitar a reação com elementos leves, como

160 +,41, que produz espectros muito complexos com energias próximas às energias em

estudo, além de produzir muitos neutrons prejudiciais &os detetores de germânio. As

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pequenas dimensões da câmara permitem dispor os detetores em maior proximidade

do alvo, aumenta¡tdo'o ângulo sólido, po_J exemplo, nas experiências de coincidências

I -.y - ú de baixa taxa de contagens.

A câ,mara "cilíndricatt, usada nas distribuições angulares, é constituída por um

tubo cilíndrico de .41 com dimensões de 70cm de diâmetro e espessura de lmm. O alvo

é disposto num suporte fixo acoplado na tampa da câ,mara e isolado eletricamente da

mesma. A focalização do feixe é feita obserr¡ando-se a intensidade do feixe no alvo.

Os alvos utilizados foram confeccionados com isótopos enriquecidos de

rzs56 (99%) . t267" (94%), em pó metálico prensados sobre finos filmes de chumbo

(**), com espessuras de 70mg f cmz e 60mg I "*' , nas medidas de funções de excitação

para as reações de 1235ô(160,3n¡130 Pr er26Tr(tnN,4n)r36Pr, respectivamente, presos

numa moldura de Ta; e 9.\mgf cmz e g.\mgl"*' para as experiências de coincidência

',1 - ^l - ú, respectivamente, que são processos de baixa estatística e requerem alvos de

espessuras mais finas para evitar alta taxa de contagem prcrveniente do fundo Compton.

Foram utilizados dois detetores de germânio hiperpuro HPGe-GMX e HPGe-GEM,

de eficiências 15% e 22% e resoluções de L.9keV e 2.0keV, respectivamente, utilizados

nas medidas de funções de excitação, distribuições angulares e coincidências .,1 - ^l - t.

Utilizam colimadores de chumbo e absorvedores de cobre de espessura aproximadamente

2rrr(nrpara reduzir a intensidade dos raios-x provenientes do filme de Pó que suporta o

alvo. Nas experiências de função de e>icitações e coincidências j -.y - ú, os detetores são

dispostos em ângulos de 55o em relação ao senlido de incidência do feixe (figura III.4),,

para minirnizar a competição entre as intensidades das transições gamas com multipo-

laridades diferentes. Numa das medidas de meia-vida do estado isomérico, um cintiladqr

de NaI de altä eficiência e baixa resolução foi utilizado em coincidência com o detetor

HPGe-GMX, a fim de melhorar a resolução temporal do sistema de coincidências, pois,

o Naf possui um tempo de subida de pulso menor do que o IlPGe.

2L

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FUN(;Ãrì DE EX0llA(ìÃO - CODILìO PAC|: FuriÇÃo Dt EXCIT/\ÇÃO - CODIGO PACE

103103

102 102

_o

st)

-c)

3b

10 10

1 I56 ó0 64 óB 72 76 80

Eroo(MeV)

50 54 58 62 66 70

E.or(MeV )

(o) (b)

frguri IILS - Curr¿as teóricas das funções de excitação a) 1235ö(16O,3n)t36Pr e b)

126?e(r4N ,4n)t36 pr.

1 mg /cmz

135Pr (4 n)

t"sÌ, * tno

135çg1p3n)

13ópr(3n)

132 Lô (o 3n)

13"Pr(sn)

i::ffix,,xl

lcmzt'uTu *toN

r35pr (sn)

13óPr (4n)

1mg

133L0 ( a3n )

137co lp2nl

a3aLo (o 2n)

135ce (p4 n)

13óce (p3n)132p.13n¡

22

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0

FCIXE

clum DEETh¡LHAIEiIO

^Lt o

rl¡orvEDon oe u¡tlo(t,!nnl ^¡aolvEDil æ oonE

(O,? rrl

DElEIOI

COLilTDORCTælETDR o€

CHUTEO

ou,' ouil

I

o"o:! 50 mfnbr 53 mm

frgura [ll.+ - Esquema experimental para medida de coincidência 7 - 7 - t Pa;ra as

reações t zo ?tt1tr ¡y,, 4n)ts6 P r e r 23 Sö( I 6 O ftn)t36 P r .

GMX

23

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t

As medidas das eficiências dos detetores de HPGe foram realizadas medindo-se os

ga,mas de energias bein conhecidas das folttes radioatir¡as de162Eurtt2Ta e r33Ba com

intensidades de æ L}p,C, colocadas atrá,s do alvo em relação ao detetor, levando em

conta a absorção do substrato de Pb. Quarrto a calibração em energia foram utilizadas

fontes de r52 Eu, r33 3o e 6oCo.

Nas experiências de funções de excitação utilizou-se um detetor Ge(Li) adicional

com resolução de 3.\leeV, fixo em 90o, para a monitorizaçã,o do feixe e dos espectros

em relação à mudança de ganho dos amplificadores e do TAC. A monitonzaçáa de

mudança de ganho nas medidas de coincidênci* 7 - "y - ú e distribuições angulares

foi feita utilizando os próprios detetores de .ÉIPGe através da saída paralela dos LNG

acoplada a um multicanal.

III.3.2. Eletrônrca

Nas medidas de funções de excitação e distribuições angulares, foi utilizada uma

eletrônica convencional para aquisição de espectros simples, composta basicamente de

um amplificador espectroscópico e um multicanal. A transferência e o atma,zeÍtamento

dos,dados é feita por um rnicrocomputador PC. O multicanal possui uma interface ligada

aa PC que transfere e armazena os'dados através de urri "software" PLEX [Rib87]'

possibilitando a exibição e a manipulação dofespectros.

A eletrônica utilizada nas medidas de coincidências j -'y -t compõe-se basicamente

de um circuito rápido que é responsável pela correlação temporal entre os pulsos de

energia referentes aos gamas coincidentes entre uma par de detetores. É necessário

produzir um atraso eletrônico artificial para se estabelecer uma condição de coincidência

que seja tecnicamente mensurável.

A condição de coincidência é feita através de uma janela no pico do espectro de

tempo do TAC (conversor de tempo em amplitude) que evidêencia uma estrutura gaus-

siana com uma resolução em tempo da ordem de 107s, permitindo discriminar os eventos

de coincidência verdadeira dos eventos casuais.

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c

D

I)t)

Os eventos são classificados pelo par de energia dos dois gamas coincidentes e

pela diferença de tempo eles, gerando vetores triparamétricos que serão armazenados e

processados pelo sistema de aquisição de dados SPM para análise em linha através da

interface de comunicação de I/O com o computador VAX.

De acordo com o diagrama de blocos do circuito eletrônico da frgura IfLõ, cada

detetor dá origem a duas ramificações: uma lenta (pulsos de ¡rs) que mede os pulsos

de energia dos gamas, e uma rápida, responsável pela medida da diferença de tempo

entre eles. A parte lenta do circuito é composta por um amplificador linear LA que

envia pulsos de energia pa,ra um ADC (Conversor Analógico Digital). Esses pulsos são

necessariamente modificados por um LGS (Formador Linear de Pulso) na entrada do

ADC que requer pulsos de 0 -r 5.0V de tensão, e 0.5 -r 5¡;s de largura.

A parte "rápida" do circuito é composta por um amplificador rápido Ttr)t que gera

pulsos com tempo de subida da ordem.de ¡.ts. Os pulsos de tempo gerados, são discrimi-

nados por fração constante no CFD (discriminador de fraÇão constante) estabelecendo

uma marca de tempo que determina o instante em que o pulso chega. O pulso 71 (start)

dispara o TAC carregando um capacitor que gera uma rampa de tensão no tempo, até

o instante em que chega um pulso 72 (stop) interrompendo a rampa, estabelecendo a

correlação de tempo entre os dois sinais. O detetor de menor eficiência dá o "start" no

TAC que gera um sinal ânalógico na saída, cuja altura é proporcional à diferença de

tempo entre os dois pulsos lógicos ná entrada. Isso garante uma maior velocidade no

processo porque há maior número de pulsos interrompendo o circuito. Há, evidente-

mente, um atraso eletrônico gerado pelo GDG (gerador de atrasos) no ramo do 72 para

definir o pico do espectro de tempo do ?]4C dentro do alcance de tempo estabelecida na

rampa do TAC. O sinal de saída do TAC é convertido por um ADC, como parâmetro

de tempo do modo evento.

A conversão dos sinais dos ADCs é sincronizada por um "ga,te" Iógico gerado pelo

SPM, configurado via matriz de fiação. Os parâmetros de energia e tempo formam,

portanto, eventos triparamétricos (T,lz,l) que serão processados e armazenados.

25

li)t.lIt¡lJIrt,l ')J}rljcJ)tlJÙ

/Ù¡l

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s

P

M

frgura fll,S - Diagrama de blocos do circuito eletrônico de coincidências 1 -'y - t

ELETRôNlcA Dt colNclDÊNclA 7-1- |

slo

0

D

c

0

0

0

0

0

t:l

0

)0

)

Ð

D

D

I,f

III

II)r I

o,)

IIc,0

oùÐ

o

lt

il

IJ

|l

il

LGSLADETIarr

col

sto rlLGSTACCFDFA

ADC

ADC

ADC

LGSTSCAGDGCFDFA

z

H

A

T

R

LAD ET2

EE¡

GDG

26

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!

Ð

III.3.3. Sistema de Aquisição de Dados

0

0

0

0

0

0

O sistema de aquisição de dados SPM é constituído por um "hardv,¡axe" composto

por uma " memória SPM' (FlFo-128kwords) acoplado ao sistema VAX 11/780 através

de uma interface DRll-W. O SPM utiliza o sistema de aquisição de dados estocástico

SADE, que gerencia o controle de entrada dos dados através de uma matriz lógica, a qual

estabelece a disperssã,o em canais e o tipo de evento modofila ou multicanal. Os pulsos

analógicos convertidos nos ADCs e tratados pela matrizl6gica, são armazenados em dois

"buffers" (bancos de memória) da " memória SPM' e transferidos para análise através

da interface DRll-W que faz a comunicação de entrada e saída com o computador. Esta

" memória SPM' permite fa,zer a aquisição em modofila (modo evento) ou multicanal,

determinando o tamanho em "words" dos "buffers" a serem processados, estabelecendo

o modo multicanal e o número de"parâmetrås do modo evento. O controle global da

aquisiçã,o e o tratamento automático dos dados em linha é feito por um "software" do

SPM. O sistema SPM opera através da configuração de subprocessos em que podem

ser configurados três parâmetros de modo evento e dois multicanais, estabelecidos pelo

programa de configuraçã.o do SPM. ì

Os subprocessos SALVACANA, SALVAFILA, SCAN4 e PLOX15 para o trata-

mento em linha e exibiçåo dos dados, entre outros, são gerenciados por um processo

principal If O, e podem ser configuru,áo, de acordo com a necessidade experimental. O

SALUACANAIaz o salvamento dos dados de multicanal. O SALUAFIL¡I. salva os dados

brutos em modofila. O SCAN4 e PLOX1í são "softwares" que lazem parte do pacote

de programas VAXPAK-ORN¿ [Mil86] sendo, o primeiro, responsável pelo tratamento

dos eventos modofila que serão histogramados em matrizes biparamétricas e, o segundo,

pela exibição desses dados, processados em espectros e matrizes, através de um terminal

gráfico cromático (Tektronix 41054) para análise em linha.

Efetuado o processo de conflguração, em que são estabelecidos os parâmetros, os

programas,'e o tamanho dos dois "buffers" da" memória SPM', é necessário estabelecer

o modo de "sorting" e de histogramação a serem efetuados pelo subprocesso SCAN4,

além da criaçã,o de áreas de armazenamento de dados em disco. O tratamento dos dados

tI0

0oIoD

,loooooooooo 27

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0

o

brutos em matrizes biparamétricas, e/ou espectros de projeção total, é determinado por

um programa editado em linguagem CHIL [Mil86] definindo a ordem dos parâmetros

de modofila, e estabelecendo o modo de sorteio e de histogramação dos dados brutos,

inclusive o tamanho dos "bytes" em disco. Esse programa é compilado gerando um

arquivo DRR de controle da diretoria dos espaços em memória estabelecidos pelo pro-

grama CHL. Os eventos são analizados e histogramados numa área HIS de memória

em disco pré-definida, criada em formato especial SPK pelo código CCF [Mil86] do

VAXPAK-ORN¿.

Durante a aquisição, a atualizagãa dos espectros e a análise de modo evento é

feita automaticamente após o preenchimento de um dos dois "bufferstt da interface, e o

controle da aquisição é feito pelo "software" SPM através de comandos interativos via

terminal.

Nas medidas de coincidênci. ?' '

7 - f efetuou-se uma aquisição triparamétrica em

modofila "

o, d.do. foram histogramados em tempo real em matrizes biparamétricas.

III.4. Medidas Realizadas

III.4.1. Decaimento do 136Pr

A comprovação da formação do r36p" foi feita, prelimiuarmente através da medida

dos espectros de decaimento da reação 123Sb(16 O,3n)r36 Pr em 64M eV. Foram medidos

espectros de decaimento simples em que foram observados os gamas de 539keV ,,552keV

e 7092keV, mais intensos no decaimento por 0+ do 136pr. A confirmação da produção

deste isótopo se deu pela medida de sua meia-vida de l3min do estado fundamental

[Led78]. Os gamas 538keV e296lceV,, também obserr,ados, identificam o decimento do

"t Pr, que é um canal de reação que compete com o canal em estudo, com meia-vida

de 25min [Led78].

Foram. efetuadas, posteriormente, medidas de meia-vida para a reação

t26Te(t4N,4n)t36Pr em 63MeV, as quais também confirmaram a formação do t36p,

com meia-vida de lïmin.

28

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III.4.2. Método das Reações Cruzadas

A idéia fundamental da técnica de reações cruzadas baseia-se no fato de que é

produzido em duas reações diferentes o mesmo núcleo residual enquanto que os outros

canais abertos são diferentes (úabelaIII.I). A superposição dos espectros simples das

duas reações permite selecionar preliminarmente as transiEões pertencentes ao l36Pr.

Reação A canal Reaçã,o B

1267" +14 N --+ Inup +- rzt 96 +16 O

136 prt37 p,r36C e

4n3n

p3n

r35 p,t36 pr735ce

tabela III.I - Reações utilizadas e canais de reação abertos, em ordem decrescente

de intensidades, segundo código PACE.

Através do método das reações cruzadas de 1235ö+16O em 72MeV er26Te+taN em

63M eV , foi selecionada uma lista de gamas dos quais foram eliminados os contaminantes

provenientes das reações de 160 e laN com rzC e 160 e os gamas provenientes do

decaimento, restando aproximadamente 10 gamas intensos, candidatos do núcleo 136Pr.

III.4.3. Funções de Excitação e Distribuições Angulares

As funções de excitação das reções 123Sb(16O,3r2)136Pr e 726Te(tnN,4n)r36Pr

foram medidas nas seguintes energias:

tzr56lto¿, 3n)136Pr -+72,64.1, 60 e 56M eVQrr.t)

rza 7"çrn ¡¡, 4n)136 Pr *63, 60, 57 e 55M eV

) 29

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000

t

Elas ajudam a separar as transições 7 dos canais de reação, além de selecionar a energia

ótima de formação do canal de interesse.= Os limites de energia inferior e superior são

estabelecidos segundo os critérios:

a) O cálculo da barreira coulombiana [Chr76] determina o limite inferior de energia

do feixe no sistema de centro de massa:

(rrr.2)

onde 21e At, 22 e A2 representam o número atômico e o número de massa do projétil e

alvo, respectivamente. No sistema de laboratório os valores resultantes foram de 63MeV

para r23,Sô.r-to O e 64MeV parar267" +14 N.

b)O cálculo da energia máxima de bomba,rdeamento do feixe para uma tensão terminal

máxima do acelerador de ,rY, e estado de c.arga máximo do íon produzido, é expresso

através da relação E¡";r. : e x Vini"c:oo + (Z + I)V"r*;noL [Sal74], implicando nas en-

ergias deT2MeV e 64MeV para os feixes de 160 "

r4N, respectivamente.

As curvas experimentais de excitação, para as transições dos canais r36p" e r37 Pr

da reação 1267" *ra N, normalizadas para E*o, : 63lceV , podem ser vistas na (frgura

IIL6) que mostra a separação dos dois canais mais intensos.

A medida das distribuições angul3,res foi efetuada nos ângulos de 0", 55o e 90o para

a reação de126Te em59MeV, e nos ângulos de 20o a 110" para a reação de r23Sö em

64MeV, em passos de 10'.

III.4.4. Coincidências I- j-t

A medida de coincidência .y - "y - ú, como já foi dito, foi feita estabelecendo-se três

parâmetros de modo evento utilizando um par de detetores de alta resolução. Foram

feitas medidas de coincidência I - j - ú para as reações de 126?e(14N,4n¡t30Pr em

56.3MeV e 1235ô(16O,3n)r36Pr em 69MeV. Os dados de modo-evento foram his-

togramados, em tempo real, em matrizes biparamétricas parciais: (871 x Err)'*'

ñ, L.44Zr 22uvc'tn' 1.oz(Al lt + ,+!rlt) + 2.72

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correspondente à matriz biparamétrica de eventos de coincidência verdadeira mais ca-

suais ("true"*"chance"), jeneladas em tempo (pico do espectro do ?i{Q construída via

código CHIL [Mil86], (84 x Err)c que corresponde à matriz biparamétrica de eventos

casuais em coincidência com uma janela em tempo fora do pico do TAC (frgura IILT),

e (E"r x f ) para verificar a existência de um decaimento isomérico no "range" de 8004s

e medir sua respectiva meia-vida.

As matrizes de eventos de coincidência I - 7 verdadeiros e casuais para a reaçã,o

123 Sb +16 O podem ser vistas nas figuras III.8a e IIL8L,, onde as curvas de nível corres-

pondentes delimitam o número de contagens. A estatística resultante para a reação de

rzt 56 +16 O foi de 35 x 106 eventos, e 9 x 106 eventos para a reação ¿.1267" +14 N.

31

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atçFUNÇÃO DE EXCTTAçÄO

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U)zL!(9

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137Pr

0.1

oz,3óP,

55 57 ó0

MeV63

frgura lll.A - Fbnções de excitação experimentais das úransi ções dos canais t36 p, "

tt'Pr, da reaçãot267" +14 N , normalizadas pela En o, :63keV.

126Pr

426Te(

r36

14N, 4n )

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I

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âREâ(r+C )' 18a3?91S AREÊ(' )' ¿ø?l?2!

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frgura IILT - Espectto de tempo TAC mostrattdo a posição de duas janelas: eventos

reais* casuais e casuais'

33

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I'fIII

III.4.5. Medida do Decaimento do Estado Isomérico

A projeçã,o total das matrizes biparamétricas 7 - 7 de eventos casuais de ambas

as reações ¿" lzr56 e126Te,, evidenciaram duas transições de ISIlceV e 4I7keV muito

intensas, indicando a existência de um estado isomérico de rneia-vida longa da ordem de

centenas de nano-segundos. A evidência do decaimento isomérico tamMm é obserr¡ada

nas janelas dos gamas 137keV e 4I7keV na matriz T +C, onde mostram uma forte

coincidência, por serem t'prompts" entre si, e nã,o com os demais gamas observados,

atrasados em tempo da ordem da meia-vida do decaimento, e r¡a matriz C cujas janelas

não mostram coincidência entre si, mas sim com os gamas acima do estado isomérico

(fr.sura III.9).

A fim de se medir esta meia-vida isomérica efetuou-se a histogramação de (E1z xt)correspondente à matriz biparamétrica de energia do detetor2 em função do tempo, cuja

projeção totlel sobre o eixo de tempo, evidencia o decaimento do estado isomérico de

meia-vida longa (4s).

A matriz 7 -t da reação 123 Sb+16 O é mostrada na frgura IIL10, onde o comporta-

mento do decaimento pode ser observado pela deformação das curvas de nível da matriz

que estabelecem os limites do número de contagens, na, região em torno das energias de

ISIkeV e ITlceV (próximas aos canais 160 e 400, respectivamente).

Os espectros de tempo das transições de interesse, isto é, gamas de ISIkeV e

477lceV, são gerados através de janelas nas ma,trizes 7 - l. No entanto, estes espectros

janelados mostram uma estrutura de natureza eletrônica que prejudica sensivelmente

as medidas de meias-vidas (frgura III.11). Portanto, foi efetuada uma nova aquisição

.y - t, através da reação 1235ó(16 O ftn)r36 Pr em 64MeV, utilizando um cintilador de

Naf em coincidência com um detetor I{PGe-GMX. Os pulsos do cintilador apresentarn

um tempo de subida muito curto o que melhora a resolução de ma,rca de tempo no CFD

de forma a minimizar o efeito de natureza eletrônica nos espectros de tempo, em toda

a extensão de energia, especialmente em energias abaixo de 2001'eV mais afetadas por

esse efeito.

35

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frgura iU.g - Espectros das janelas de 131ke V e 477keV das matrizes d.e a)eventos

reais*casuais, e b) casuais.

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GATE 447 KEVzaa

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ANlIn06,HtS E5:ECÎEO DO lAC r cAT€ HO ¿e9KEU

frguralIl.ll - Janelas em tempo TAC em209keV ("prompt") e lïlkeV ("delayed").

prompt

de lo d + estruturo eletrônico

chonce

TAC spectrum 131 KeV

TAC spectrum 2Og KeV

estruturo eletrônico

38

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IV. ANÁLISE DE DADOS

IV.l. Redução de Dados

Para o cálculo de intensidades relativas utilizou-se espectros simples das funções

de excitação e distribuições angulares. As intensidades foram calculadas através do

ajuste de gaussianas com rabos exponenciais nos picos de interesse (códigos SPASM

[Mil86] e PIAP [Rib87]), e corrigidas pela eficiência relativa do detetor. No caso de

dubletos ou transições fracas, as intensidades foram tiradas das dos gamas dos espectros

de coincidência janelados, e corrigidas pelas eficiências dos detetores e eficiência de

coincidência (frgura IV.1). Esta última foi obtida através da divisão dos espectros de

projeção total da matriz 'y -',1 pelo espectro simples correspondente.

As intensidades dos gamas, nas distribuições angulares e funções de excitação re-

lativas, foram normalizadas pela carga total coletada na câmara de espalhamento. As

distribuições angulares sã,o dadas pelos polinômios de Legendre de ordem par:

w(0): Ao {1 + (A2lAo)Pz(cos 0) + (A4lAo)&(cosd)} (rv.r)

obténdo-se os coeficientes de assimetria A2f As e Aaf As. Na tabela fV.l são apre-

sentados os resultados dos cálculos de intensidades relativas e distribuições angulares.

Contudo, devido a grande complexidade dos espectros "singles" foi muito difícil calcu-

lar as distribuições angulares com um certo grau de confiabilidade. A comparação dos

valores de A2f As extraídos das medidas das duas reações mostram um consenso entre

as suas multipolaridades e seus valores AzlAo. Os valores Aaf As não são confiáveis e

foram desprezados.

39

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ENERGIA (KeV)

EFICIENCIA DE C0lNClDtNClA l2JS8+160

200

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o:<ozluOL

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50

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0 I 00 200 J00 400 500 600

TNERG¡A 7 - kcv

700 800 900

frgura fV: - a) Efrciência do detetor GMX, b) efrciência do detetor GEM e c)

efrciência de coincidência para a reação l235ó(16O,3n)r36Pr.

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D Er(keV) In(%) AzlAo Atribuiçã,o

131

136

209237239241243"246263374317

351

357

360

367406477

438"46Lø

47t494"497"502601669'727

831

902909

132.5 (1.6)44.6 (8.0)117.6 (1.2)2e.3 (1.0)20.2 (1.0)e.1 (2.0)3.3 (0.2)1oo (1.2)8.e (o.e)

31.8 (1.1)8.8 (1.4)e.2 (1.5)4.e (o.e)16.6 (1.0)3e.5 (1.1)6.5 (1.4)

Le2.2 (13.0)1.4 (0.1)3.0 (0.1)5.5 (1.0)1.6 (0.1)3.5 (0.1)6.1 (1.0)17.7 (2.0)2.0 (0.2)18.4 (2.0)5.6 (1.3)

<1<2

-0.16 (1)

-0.2e (2)

-0.47 (1)

-0.53 (3)

-0.07 (5)

-0.37 (6)

-0.31 (1)

-0.43 (le)-0.33 (3)

-0.42 (11)

-0.26 (13)

-0.74 (16)

-0.65 (6)

-0.3e (7)

-0.11(17)-0.65 (6)

-0.57 (14)

-0.82 (14)

M1dipolo

M1dipolodipolo

dipoloM1M1

dipolodipolo

M1M1M1

M1

M1

dipolo

ID

t

(o(o(ofo(o(o

o)Intensidade calculada através do espectro de coincidência.

(O

1O

10(O(a1oto

tabela IV.l - Energias, intensidades relativa.s e valores de Azf A¡ das transições do

r36pr provenientes da rea.ção de 1235å(16O,3n)136Pr. O erro em energia é menor do

que O.\leeV.

As *ättir"r ^t - I de eventos reais das reações 1235ä(160,3n)r36Pr e

t26Te(r4 N ,4n)136 Pr utilizadas na análise dos dados, foram geradas através da subtração

das matrizes casuøit (C) das matrizes de eventos reais * casuais (f +C). Utilizou-se

4l

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0ID

00(lo

dois métodos para gerar espectros janelados. O primeiro método, utiliza a subtração

direta do fundo Compton, isto é, foram criados espectros janelados no pico de inte-

resse e no fundo Compton, e em seguida subtraídos um do outro. No segundo método,

efetua-se a simetrização da matriz, e subtração do fundo contínuo, através das técnicas

numéricas descritas nas seguintes referências [Rib87], [Ken81], [Pal85] e [Riz89]. Neste

processo gera-se uma matriz de fundo Compton a partir de um ajuste de uma função,

baseado em um conjunto de pontos escolhidos no fundo do espectro de projeção total da

malúz simetrizada. Esta matriz do fundo Compton é subtraída da matriz simetrizada

de eventos reais gerando uma matriz "limpa" (Código SIMLII\Q. O espectro de projeção

total da matriz de eventos reais da reação 1235ô(160 ftn)136 Pr, sem subtração de fundo

Compton, é mostrado na fgura IV.2. A projeção total da matriz de eventos reais, com

subtração Compton baseada no código SIMLIM, para a reação tzo7"çta¡¡,4n)r36Pr,

é mostrada na frgura N.3. Nas figuras 1V.4, IV.5 e IV.6 são mostrados os espectros

janelados típicos do l36Pr.

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ID,LC,HC,9Uñ.L9ø, a5âs0 690 3049.916

3c-ø .sø s50 6S0

frgura N.Z - Espectro de projeção tot,al da matriz de coincidência.y - j sobre o

detetor GEM, sem subúra,ção do fundo Compton,

ô 136Pr - GAMAs cANDTDATos (cATEs)

¡ îsPrt< 15fue i decoy

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CE: COULOMB EXCITATION 123Sb

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arOq(o

I

43

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0

0

0

D

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It

I 086¿. .

tø?c¿1.

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I 9S6ê4 .

I e46?.1 .

¡ o36ê ¡l

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I 9l 6e¡l¡10. 140.

¡D,LC,H:,9Un. I21A, 31ø

1ø t9¿3 109968633

.r.10. 540. 6¿r0. ?4.0. 8¿10. 91ø.

TETRULPJ.SP( LI¡PO E SINETRIZADO . PROJ IOTAL GXO

frgura IV.S - Espectro de projeção total da matriz de coincidência I - ''l sobre o

detetor GEM, com subtração do fundo Compton através do código SIMLIM.

Ì h

$.

$ñ)

FJ\,

rfù

s$

È

0rrt(

nttTe + t4N -

156Pr+ 4n

aùL

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\D\r{f+ù ù

\,u

44

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GATE 245 KeV

óN

GATE 2O9 KeV

a-(l

t-rotf)o

<tÞ t4o(D

0ûO

Ð

D

D

ll

o

TRO corN ctA + M136Pr* 3n

9113.?113,6rr3.srr3.a I 1-2.31 13.et r3.t113,et 3¡.zle¡. Ìera¡. Ë5:6a.

=4f.. a3rs¡. -i2',Ê1. =-t:€,1. -;

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l6{.co-¿6.

så¿5..e¿4.30¿6.

?e¿6.te?6.

es8l:

?øø1.

t50{.t00{.90. .

a-

GATE 417 KeV

o'6RS

GATE 131 KeV

II:

o¡ONI

rln

9â 14ø r?a ¿.ù. ¿9e 3,ae 39e 11e .9e s1¿aø

frgura 1V.4 - Espectros de coincidência 7 -1 janelados em 731keV , ITlceV ,209keV

e 245keV.

45

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c0

û

t

1çC ¿<¡ ¿3e

NCt

3.0 396

S r tzs56/6o (G9 MeV)

GATE 23O KeV

GATE 136 KeV

a.¿ ,r90 s4ø

4;.I ¡l-18.

t238.t03€ -8r8.638.138.?28.

¿ø11 t183:.l€3:.t¡3:.r¿::.lø3i.83i.63'..¡3:.?3'-.

31.3e4?.¿sa?.¿ø1?.151?.lø1? '51?.1i.

2S¿7.

?ozi,l5¿7,

tø¿7.ca-

l)t

(Dtr)

sÈ L1e

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-f

1ø.

È-rOtr, F

qFI

ôIooo

,oooo

frgur/¡V.5 - Espectros de coincidência.1-1 janelados e¡n l36keV , 367lceV ,SlLkeV

GATE 314 KeV

ttrOt-I

(\¡Nf!

Ottqroô,¡ ôr

GATE 367 KeV

no(oFE lr)

lq)

e 230keV.

46

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II

bII

{t,0rfft00 r-r

tzs56+160 (G9 MeV)

I 'rlltl?'l¿L1.lø1.. '8r4'6t1.ítí.2t'1 ,

l'l '599.,t99.

399.

o@tI

GATE 24O KeY

e99. -

t-tI

þrOt-I

II

ls9.99.

t71t ,t5?1.1371.tt?i.9?1.1?t.Êtr

3?t.711.-¿2.?9¿ .

' €94.590.19ø.

e3a.19ø .

9ø.- le.

l¡e tsa ¿:0 ¿9e 31e 33e 11e 19e st¿rc s9

frgura IV.6 - Espectros de coincidência 1 -7 janelados em 406keV , 264lceV ,240keV

iOt, GATE 360 KeVF

F1l

GATE 264 KeV@ll)

(oo\ld)o(\¡ (o()

aoIllÉ

r,tr)

I

GATE 406 KeV!r(oN

r)NF

e 360keV

47

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IV.2. O Esquema de Níveis do l36Pr

O esquema de níveis foi construído baseando-se nos seguintes critértos:

1) O balanço de energia, isto é, a energia das transições "crossovers" é a soma das

energias das transições dipolares correspondentes.

2) Os gamas dos escpectros janelados por cima devem ter intensidades iguais, enquanto

que os gamas dos espectros janelados por baixo devem ter intensidades decrescentes,

salvo no caso de um "branching".

3) A soma das intensidades dos gamas que depopulam um nível deve ser sempre maior do

gue a de transições que o populam, salvo no caso de estado isomérico ou fundamental.

4) Dentro de uma banda as transições dipolares são M7 e as quadrupolares sãa E2

puros.

IJsou-se, também, a soma das janelas da banda para evidenciar as transições mais fracas,

como no caso dos ttcrossoverstt muito pouco intensos.

A auto-coincidência em 2ïlleeV foi posicionada no esquema de níveis com base nas

intensidades relativas das janelas dos gamas mais intensos da banda2. Outras transições

como 360leeV r 240keV e 357keV possuem uma dupla colocação no esquema, sem serem

auto-coincidentes.

O esquema de níveis assim construído é mostrado na figura IV.7 em que obserr¡a-se

duas bandas caracterizadas por transições MI fortes e "crossoverc" E2 fracos. Nota-se

também a existência de um "staggeringt' nabanda..l, ou seja, os níveis alternados são

comprimidos para baixo.

IIt,f

IIcoIilI0

Ð

íf

I

)t))

,t0

48

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17t

130I

t

BANDA 1 BANDA 2

TE(hr¿lv"Ø v(h'ø)r¿

l5t (+, -l ¡+,0 )

ig' 2¿rl

2l¡ lã7II Ðõ7

att

It7 to3 iz+

a9?

Gol 11*alr eo2

a06

127 io+ GC Ila7 2Cl

¡ 194e' 2go I 560rt3

o+ qGz231 241246

toD l1¡l

I 92 r¡s

111o

l!.1,l

00II¡

136Pr

frgura'I[.7 - Esquema de níveis de energia dors6Pr; a.s transições são dadas em

leeV.

49

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II0I'f

0IilI0

01f

0

II

IV.6. O Estado Isomérico

O cálculo da meia-vida do estado isomérico do 136Pr foi baseado na técnica da

rnatriz de coincidência 7 - t. As janelas nas energias dos gamas do 136Pr, nas ma-

trizes 7 - t das reações 126?e(l4N,4n)l36Pr e 123,Sô(16O,3n)l36Pr, geram espectros

em tempo, onde o pico observado corresponde aos eventos de coincidência verdadeira

("prompt"), a rampa (eventos atrasados) indica o decaimento do estado isomérico da

ordem de centenas de nanosegundos, e a linha de base, ou fundo, representa os eventos

de coincidência casual ("chance") (frguraIII.11). A calibração em tempo é determinada

pelo "range" da rampa do TAC e medida através da variação do atraso eletrônico entre

dois pulsoe de saída do mesmo CFD.

A meia-vida desse estado isomérico foi extraída através do código TACFIT [Rib87]

fazendo a convoluçã,o entre um espectro de tempo "promptt' e o espectro de tempo de

eventos atrasados. Assim, o valor da vida-média é extraído através da minimização dos

parâmetros na seguinte função convoluída:

r(ú):N0 [ rO-¿t)"-\t'dt' +poP(t-t')*ao, (1v.2)J

onde Ns, À , po e os sã,o ajustados a partir de valores iniciais extraídos da análise dos

espectros:

1) No é a populaçã,o do estado no instante inicial do decaimento.

2) P(t - t') é a função padrão a ser usada na convolução determinada pela forma es-

pectro ttprompt".

3) ì: llr é, o coeficiente de decaimento, e r é valor da vida-média.

4) po é o fator de normalizaçáo da função padrão a ser usada na convolução; é determi-

nado pela área total do espectro t'promptt' normalizada.

5) oo é o fundo casual do espectro 1 - t.

O método foi testado com bastante sucesso para os gamas 583freV do contaminante

12C(r4N,e)22Na,, que apresenta meia-vida de 242r¡s [Sun66], observado na reação de

r26Te(14 Nr4n)t36 Pr, e para o gama 68keV com 64qs de meia-vida do 73s ¡o obsen¡ado

no estudo da reação t22Sn(t0B,4n)r32La efetuado pelo grupo.

50

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No caso do r36Pr, o resultado dos cálculos da meia-vida do estado isomérico (frgura

IV.8) foi de 92(1)as.

N0

0II0oaIo0

0

ID

0

0

0

D

I

aCc)()oC.oO

a)oOl

Z.

0

t(¡s)

frgura' N.8 - Ajuste da meia-vida do estado isonérico do136 Pr, baseado no espectro

de tempo de 4l7keV.

a

o

I

t

123sb(tuor3n)t3óPr

1vz= 92! 1 Is417 K eV

a

o

a

aO

aa

aT TECíRICO

. EXPERIMENTAL+Iea

51

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V. RESULTADOS EXPERIMENTAIS E TEóRICOS

V.1. O Esquema de Níveis do 136Pr

tI,I0

0

0

0

I0

D

ù

ID

ù

ù

D

I

O esquema de níveis de energia do 136 p, evidencia um estado isomérico e duas

bandas rotacionais conforme mostra a frgura IV.7.

A, banda I é uma banda Yrast, caracterizada por um "staggeringt' em seus níveis

de energia a partir da transiçáo l36keV, com transições M1 fortes e E2 fracas (tabela

N.1). É d"popnlada pelas transições 209keV e 245tceV para um estado isomérico com

meia-vida observada de 92qs que decai através do gama 4L7keV. As transiqóes tSIlceV

e 4!7lceV,, que depopulam o estado isomérico, apresentam isotropia devido a ordem de

grandeza do decaimento de meia vida-longa. Foram obeservados, ainda, vários gamas,

dentre os quais as transições 722lceV e 920lceV com intensidades comparáveis aos gamas

da ba.nda 2, nãa sendo possível, porém, o seu enquadramento no esquema de níveis de

uma maneira consistente.

A cornparação com os seus núcleos vizinhos ímpares ern Zr 135p" er37 Pr, que apre-

sentam bandas Yrast com transiçóes E2 "stretched" de configuração n(hn/z), indica que

o próton pode ser desacoplado. Os núcleos ímpares em N, 735Ce e 737 Nd, também pos-

suem bandas Yrast de configuração u(hn/z) com características de nêutron fortemente

acoplado. O nível de Fermi, para esta região de massa e deformaçã^a P: 0.17, situa o

próton em h¡¡2 em em torno da projeção Op : 3f 2 ou 712 (frgura V,1), e nêutron em

htlz com O,, :912 (frgura V.2)'

52

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NILSSON DIAGRAM FOR PROTONS 3t2 f3121?/ 2 f,5051

725f 5/2-

2 tsosl5t2 1,5121

1t2 15"1,2 t51¡l I

6.753t2 l52tl5t2 lszllr/2 t4001r/2 t530¡3t 2 14021î1l2 15051ttz l53?l

17/2-655(9EUJ

h 9/ 2

6.251t2 154119t2 15t1,5t2 1.40?l'Ìt2 1,401)s 1/2-

d 3/2/ 1t2 14111

7t2 fszll3t 2 f 4111

5t2 f413'l5t2 1532)3/2 f54l¡

h 11/

5.75z.dllje 7/2/

I

5.25

g 9/2-

4.75

1/2 fs50¡1t2 l4"ol3t" f42219/ 2 t40414t 2 143't)?t 2 l44ll3t2 14?,21

3/2 [431]|t? t440)

0 0.05 0.1 0.15 o.2 0.25

I0

D

tID

0

0

p

frgura V.l - Diagrama de NiJsson para prótons.

ODD -

N.5 'O. OG. o.65

¡,a_r*=B:Bgu

53

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r{ILSSON DIAGRAM FOR NEUTRONSó.5

ts23lts21 ltsostt5321

tssolt402J

t400t

tsr4 l

t541)r.404)

ts23l1402)

t411 lts32l

14131

1,1111

ts4rI

/2

6.25 2

2

o35(9Í.l-rjZ.lrj

1/2

1/20 6 2

d 3/2 7/2h11

0

D

Ð

0

t

s 1/21/2

5.75 /2g 7/2 2

d5/2- 1/21,55c.1

5.5D

ItIù

III

0 0.05 0.1 0.15 o.2 0.25p

frgura V.2 - Diagrama de NiJsson para nêutrons

OOO. NEUTRON A! t36

Nr4-1. o.o7u' O. 39

N.5--- --ì:3:?3.

\ \ \

/oôì\()z I\7¿¿-

r

¿

9/2

)<-

h9/2

Í120)3/2 1422)

54

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0

a

0

0

0

0

ta

I0

D

0

IIII¡I

A sistemática desta região d,e A:130, em particular os seus isótopos ímpar-ímpar

130,r32,r34pr [Ma88,Shi88,Bea87], e isótorro 73a La [Oli8gb], mostram uma banda Yrast

com pequeno "staggeringtt muito semelhante ao encontrado no 136Pr.

Baseado, portanto, nestas considerações, foi atribuída à banda I a configuração

n(hrt/ùØv(h,^þ). O spin de cabeça de banda, portanto, pode ser determinado através

de um acoplamento perpendicular decorrente do forte a,coplamento do nêutron e do

desacoplamento do próton, dado Por:

(IE.n. + 712) x (jp + 112)' + (j" + rl2)2 - 8+ + L12 (v.1)

Os spins d,a bandal foram atribuídos, a partir de sua cabeça de banda 8+, de acordo com

as distribuições angulares das transições dipolares, Af : 1, e quadrupolares LI :2.

Analisando o comportamento da curva experiment aI E, x I (frgura V.3), podemos

distinguir também entre as duas "signaturestt, a favorecida e a não favorecida energeti-

camente. Nota-se que a seqüência de spins ímpares pertence a t'signaturett favorecida

atribuída segundo as equações (II.12) e (II.13):

banda f auorecida + (T,a) : (+, -1)(v.2)

banda desf auorecida + (t, o) - (+,0)

A determinaçã,o da configuração da segunda banda (banda 2) é mais complexa por não

existir uma sistemática para esta banda na região de massa,4 - 130. Segundo o modelo

de Nilsson, para esta região o próton pode estar em (htr/r), (dtp) ou (h þ), e o nêutron

(drp) ou (å1172). No entanto' a configuraçáo (ds¡2) para nêutron implicaria numa

banda duplamente desacoplada com transições -Ð2 "stretched" fortes não observadas

experimentalmente. Assim, a configuração do nêutron deve ser '(hn/z)' No caso do

próton, (g, p) tamtÉm é eliminada porque resultaria num "band head" rn : 8- de

energia mais baixa do que o estado .[' : 8* da banda Yrast. Com estas considerações

e mais a regra de Gallagher-Moskowski, pode-se propor a configuraçã'o t(d5/z)slz Ø

,(h'.þ)nì¡ para a segunda banda. Neste caso o spin do "band head" seria -Io - 7-

segundo a regra de acoplamento forte.

55

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800

ó00

à-:< 400LJJ

2000

0

0

a

IID

ù

I¡ItII

07 9 11 13 15

r (ñ)

frgura'V.s - Atribuição de "signature" favorecida e desîavorescida para a banda

CABEçA DE BANDA g+

DESFAVORECIDA

FAVORECIDA171

43ô3

3ó0

6

tT h¡rz O vht,

Yrast

56

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V.2. Razões de Probabilidades de Tlansições Reduzidas

O cálculo da razãa das probabilidades de transiçã^a B(MI)lB(82) permite con-

firmar a escolha da configuração e o valor de -I(. A relação é deduzida a partir dos

momentos elétricos e magnéticos em [Mor76], resultando em:

O resultado acima é comparado com a relação teórica baseada na

B(M7;I-+I-7)- L2 (., .Ilt'\'@: s83"*r1t*t, \'- ø*1y7

r {{ø, - IR)IU'- < K >'); - il - (g, - gn)¿r\

l*l , (vs)

referência [Don82]:

n</1 >'I2

(v.4)

0

0

0

I

onde 91 é o fator giromagnético empírico que corresponde à projeção de momento an-

gular de alto Q, e gz é o fator g empírico para baixo f), cujos valores utilizados:

nêutron gt: -0.24(v.5)

Próton 9z : t'26 ,

foram estimados em [F]a811; go = ZIA é uma aproximação de primeira ordem do

fator giromagnético coletivo. Os alinhamentos i¿ são definidos analogamente aos g;

mencionados acima. Assim para a configuraçáo r (h11¡r) ø , (hrrp), com projeção

Q : 712 para próton e O : 912 para nêutron, utilizou-se os seguintes valores:

nêutron it: -2.821t(v.6)

Próton iz: -5.24h' ,

que foram calculados pelo código CSM, que determina o valor do alinhamento para cada

valor do routhiano em 7 : 0o e cd : 0.03ø¡. No entanto, i¡ mantém-se constante na

região de freqüências utilizadas. O resultado de B(MI)IB(82) experimental mostrado

na frgura V.4, em comparação com os valores teóricos, confirmam o valor de K : 5,

para a "orrdgrrruçáo

n(h¡¡2)r¡z Ø v(hilùs/2.

Nào foi possível efetuar estes cálculos para a banda 2 devido a fraca intensidade

das transiçíes 82.

Ðl

IID

IIIIt¡I

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Rozdes de Probobilidodes de Tronsigõ'o t"Pr

10

doq'

c\¡TJ

CD

=m

T

K=5 L-

I

ItL!!

l-

ì-tI

I

!I

I

IrI

i

K=4

- Y = O"

Bondo I

r(h,,zr),2, Ø v (h r¡n)¡tt

K=5 l'=E'Y = -15"

0

9 10 11 12 13 14

I (ñ)

frguraV. - Curva das razões de proba.bílidades de transição reduzidas, expeúmental

e teórica, mostrando um favorecimento para Ii :5.

I58

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V.2. Routhianos e Alinhamentos Experimentais e Teóricos

O routhiano experimenl,al e'"rn para a banda r(hn/ùtlz Ø v(htr¡z)n¡2, cálculado

pela relação (II.37), com valor de I( : 5, é mostrado na frgura V.5 onde obserr¡a-se

as curvas para as ttsignaturestt o : -1 e a : 0. O ttenergy splitting" na freqüência

u : 0.045¿.rs corresponde à Ae' : }lceVr. A frgura V.6 mostra o alinhamento i"

experimental em função da freqüência de rotação, indicando um valor constante de

i, = th. Os parâmetros de Ha¡ris So e $r, utilizados nos cálculos, foram obtidos

através do ajuste dos valores experimentais ñc.r x I, (fórmula IL40) resultando em:

$o : -2.580

$r :62.910ln2 uev-tl

lnn u "v

-'l (v.7)

,.

0

ù

59

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'signoture Splittingr 13ep, - Routhiono

- 1.0

- 1.5

ã

=c)

-2.O

- 2.5

-3.0

-3.50

0

Ð- 4.O

o.20 0.25 0.30 0.35 0.40 0.45 0.50

IID

Ð

0

0

ttù

0

hcrr (MeV)

frgun V.4 - Routhiano experimental da banda Yrast do 136 Pr

QP

f(=

<-Àe'= 40KeV

0.045 ltc^-to

A.

BANDA

n (h'y.)

=1/2 + Qn=9/25 IE= 8*(+, o) desfovocido( +, -) f ovorecido

IO v(ht7r)

60

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ALINHAMENTO _,t3ó

Pr

9.5

9

ç.j

8.5

I

7. 5o.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0. 45 0. 5

hc¡ (MeV)

frgura V.5 - Alinhamento da banda Yra.st do 136 Pr

I

BANDA 1

n(hry")r,"@ v(hn"\","

K= 5 l*= 8*

A (+,0)

E (+,- )

61

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Para calcular os routhianos teóricos precisa-se determinar os parâmetros de de-

forma4ão þ, os parâmetros de Nilsson K e p e o nível de Fermi À correspondente a,o

r36pr.

O nível de Fermi À foi calculado através do ajuste do número médio de partículas

< N >, isto é, 59 prótons e 77 nêutrons, obtendo-se:

)P : 5'58høo(v.8)

À'" : 6'073ñ'øo '

onde ñc.rs - lxA-l(MeV) quecorresponde a7.97MeV parao 136pr. Foramutilizados

os valores de rc e p)pa;taos níveis N :4 e N:5, baseados em [Ben85]:

N:5{or-0'060 eþp:o'65[ rcr, : 0.062 e þn:0.43 ,

(Y'9)

N :4[ *n: 0'065 e ¡to -- o'57

|. rcr, :0.070 e P,, : o'39 (Y'10)

O parâmefto B de deformação quadrupolar (e2), para o núcleo ímpar-ímpar r36Pr, é

estimado a partir do primeiro estado excitado 2+ dos núcleos pares vizinhos 134Ce e

tea¡¡¿ [Led78], calculado a partir da probabilidade de transição reduzida para transição

do tipo E2 do estado 2* + 0*. Assim, considerando as equações de B(82) em função

defeT,temos:

B(ii2;2t -- 0+;0,ù:#å (t -3-2xsen237

I"'b') (v.11)- 8 x sen237

tc0

D

o

baseado em [Mey75]. Para 'Y : 0, a relação acima resulta:

8(82;2* -- O\: #-16zr

(v.r2)

onde Q¡ é dado por:

Ð

000o

eo: I -*toru l"b) (v.13)

e o raio nuclear .R¡ é aproximado por:

fto : 1.16.4113 If*)

62

(v.14)

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A partir do resultado empírico demonstrado na referência [Gro62]

E(2+ )B (Eiz) æ (2.5 + 1 )10-3Z2

lMeV e2b2l (v.15)A

podemos chagar ao valor de p pela forma [Gro62,Hoj88]:

^-(="'1,^\' (v.16)'- \E;--m)Este cálculo vale para núcleos que possuem transições 2t + 0+ bem estabelecidas, ou

seja para núcleos par-par vizinhos. Para avaliarmos a deforma,çãa B do núcleo ímpar-

ímpar definimos E{ como a energia média das transições 2+ -- 0* dersaCe e r38Nd,

ou seJa:

IO

II0

nA-2 , nA*2E2* : "-+ lMevl , (v.17)

obtendo-se o valor resultante para a deformação þ :0.77.

O potencial de empa¡elhamento A representa o grau de interação entre um par de

quasipartículas, e muitas vezes é definido por A x: I35lA(MeV) [], cujo valor fica em

torno de TMeV para esta região de massa. Para o ttuPr, no entanto, foram utilizados

"g.pr" de emparelhamento baseados em Semkow [Sem86], eue utiliza os valores Ap e

4,, para próton e nêutron, respectivamente:

IID

¡N

rf

Ap:0.16ñ,oo -r.28MeV(v.18)

Ar, : 0.74hø.s : LlïMeV ,

Os resultados ef : f (u) c €'n - /(ø) são mostrados na fguras V.7 e V.8. Nota-se que o

cruzamento em ú, = 0.04c.rs é bloqueado para a configuração zr(å11lz). Na frgura.V.9 sáo

plotados os routhianos e! e e'r, em função da deformaqão 7, para t.l - 0.045c¿0, e figura

mostra que o próton tende a polarizar o núcleo para forrnas prolatas 7 > 0, enquanto

que a força de polarização do nêutron tende para deformações oblatas em 7 : -60.Pode-se verificar, também, que como a "signature splitting" do próton está em torno de

500keV , a banda ,r(hn/ùt/z Ø v(hn/ùs¡z é determinada pelo acoplamento do próton

favorecido com nêutron de ambas as t'signatures". A banda, do próton não favorecido0

0

0 63

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oaôoooooo,

não foi obserrrada experimentalmente, por situar-se ntuna energia demasiadamente ele-

vada. Segue também que o nêutron é responsável pelo "energy splitting" experimental

(L"'"rr: +}keV) que corresponde a uma deformação jerp: -15o.

ri

l,i

o

O

0

0

O

I0

Ð

¡0

IID

a

II¡¡trL

'le

tt

t

64

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PROTON P=.17 A=.1ó \=5.58 y=0"3000

2000

; ()

5c)

{tnnr.)rr.1000

{( h.,.,r. ).r.

c

II0

0

- 10000 0.01 o.o2 0.03 o.o4

tII¡Irf

ItI

ha / hro

frgura ï.f - Niîejs de quasipa.rtícula pan. próton em função da freqüência de

rotaçã,o,4:736eN:5.

lh.n,zlctz-

6t 112

3t2

lhrrr"lnr"

19tr"l 6t2

65

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NEUTRON 9=.17 L= .14 X= ó. 073 y=0"2000

1500

;c)

5c)

1000

500

00 0.01 o.o2 0.03 o.o4

hu / h,¡o

frgura V.8 - ¡Vi*ir de quasip anícula para nêutron em função da freqüência de

9u"lvz

lhntzluz

(h,¡ra) ¡rra

dstzluz

dEtzl vz

h¡7zlrlz

rotação,A-736eN-5.

66

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ROUTHIANO DE QUASI-PAnf iCUt- A g=.17 o=0.045 coo

0.1

0.05

o3s

-a)

0

- 0.05

- 0.1-120" -100" -BO" -ó0" -40" -20" o" 20" 40" ó0"

Y"

frgura V.g - Níve¡s de guasip artícula para próton nêutron em îunção da deformação

l, A:136 e /V : 5.

PRóTON

NEUTRON

67

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O cáJculo do rcuthiano total Et é efetuado a paúir das consíderações de fuauendorf

e May þTa83l:

(y.le)

onde:

s : (s, * f,,'*') å co,2 (7 + Bo") ( v.2o)

Os parâmetros de Hanis $e e $1 , sã,o ajustados experimentalmente pela relação (1I.39);

o parâ.metroVpo é o potencial de interação prolato-oblato igual a -0.4MeV, atribuído a

partir da sistemática para esta região de massa [Che83], e não influi signifrcativa.mente no

cáJculo do routhiano total pam 1 em torno de 0o; e', e e'n corespondem, respectivantente,

aos routhianos de quasípartícula para próton e nêutron.

O resultado de Et x 7, mostrado na frgura V.70 , indica um mínimo êrn J1¿or N 0o

com um "energy splitting" LÐ|"or:\lceV.

Os alinhamentos teóricos cáJculados paraumafreqüência ø : 0.03øo e l: 0o

são in : -2.82f¿ e in : -5.24h, cuja soma concorda bem com o valor experimental

i, :8.02fi'.

n' - Tv*cos 37 - år'* + et, + etn

68

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ROUTHIANO TOTAL F= . 17 Vpo= . 4 M eV

I

0.9

0.8

o.7

c)

=[J-0.3

\\

\-o.4

-0.5\ c¡= . 045 c^¡ 0

-0. ó-20" - 10" 0" 10" 20"

Yo

frgura V.10 - Routhiano total em funçã.o da. deforntação 1, A : 136 e N : 5.

trl= 0.03 coo

69

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VI. DISCUSSÃO

VI.l. Comparação com outros tabalhos

As medidas ¡ealizadas neste trabalho mostram uma boa concordância com [Drá87]

no que se refere às transições que depopulam o estado isomérico, a medida de sua res-

pectiva vida-média e as transições M\ na banda 2. Neste trabalho foi possível extender

a banda 2 por mais dois níveis, através das transiçóes 357leeV e 243lceV, como tamhÉm,

foram observados os "crossovers" de 462keV,670lceV,494keV e g\2keV.

No caso da banda l, há um consenso com [Drá87] até o nível depopulado pela

transição 360keV, i.e., a colocação dos gamas mais intensos está de acordo nos dois

trabalhos. No entanto nós discordamos do posicionamento dos gamas 240keV r 427leeV,

\lIkeV e 60IkeV pelas seguintes razões:

a) A transição 601keV, segundo as nossas medidas, está em coincidênia com os

gamas 240keV , e portanto o gama 60IkeV não pode ser posicionado como "crossover"

de240keV e360keV.

b) Não foi observada a transiçã.o 427keV mostrada em [Drá87].

c) Foram observadas as transições 438keV e 471keV e os "crossovers" 909keV r8ïIleeV,

727keV e 502lceV, não vistos em [Drá87], extendendo assim esta banda por mais dois

nlvers

70

d) A colocação do í7IkeV no esquema de níveis na referência [DráS7] é um tanto

polêmica, pois muitas vezes o gama ïI7keV é observado nas janelas abaixo de 500keV,

indicando um vazamento de pico de aniquilação, muito intenso, devido à má subtração

do fundo Compton. No nosso caso, isto foi testado usando dois métodos distintos

de subtração Compton (capítulo IV.) que descartou a possibilidade de colocação da

transição íl7keV na banda 7.

Na referência [Drá87] não foi feita nenhuma análise teórica. Os autores somente sugerem

as configurações ¡r(hn/z) Øv(htt¡r¡ e r(ds¡2) Ø uçhrr,r) para os Pr ímpar-ímpar desta

região. O critério para a atribuiçã.o dos spins, também, não é mencionado.

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Iy'I.z. Comparação entre Resultados Experirnentais e Teóricos

Dos resultados obserr¡ados do capítulo V.3 pode-se observar que há, como já foi men-

cionado no capítulo V.3, uma discrepância entre os valores de deformaçáo 7 e "energy

splitting" experimentais e teóricos, i.e., L€lrp: 40keV r lexp : -15o e LEj"o, - ÙleeV,

^f teor : 5o. Esta discrepância também foi vista em outros núcleos ímpar-ímpar conforme

discutido na referência [Oli89b].

A não reprodutibilidade teórica destes valores experimentais pode ter várias causas.

Uma delas é que a correspondência entre triaxialidade e "signature splitting" é mais

complexa, ou seja, a "signature splitting" pode ter uma outra origem física ainda não

conhecida. Por outro lado, sabe-se que, segundo Frauendorf e May [Fra83], a forma

do routhiano total é uma interpretação baseada em Bengtsson e Flauendorf [Ben79] e

sugere um modelo fenomenológico em que a banda-g corresponde à rotação puramente

coletiva. O routhiano total é escolhido para ter uma dependência muito simples em

7 no termo de potencial prolato-oblato, baseado no modelo hidrodinânico, somado ao

termo de energia rotacional coletiva no sistema de rotação. O potencial Vpo é um termo

empírico escolhido de maneira bastante arbitrária, mas o seu valor absoluto não influi

nos resultados quando o mínimo está em ? : 0o. Talvez esta forma não é suficiente

para explicar esta discrepância, o que torna interessante introduzir o termo da interação

residual próton-neutron no cálculo do routhiano total que pode influir no valor do "sig-

nature splitting", mesmo com a deformação de equilíbrio igual a zero o que implicaria

na maior complexidade da natureza de Ae'.

VI.3. Sistemática da Região de Massa na Vizinhança de 136Pr

Analisando a sistemática dos núcleos ímpar-ímpar na vizinhança do 136p"

ressaltam-se os seguintes aspéctos:

7t

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a) Os isótopos t3o,t32,t34Pr ímpar-ímpar apresentam banda Yrast caracterizada

por pequeno "staggering", transições M1 fortes e E2 fracas. A configuração atribuída

a essas bandas é r(h¡¡)Øv(htrlz) [Mu,gA,Shi88]. Estas bandas sã.o muito semelhantes

à encontrada no 136pr como mostra a frgura VI.7.

b) As bandas Yrast dos isótonos são quase idênticas, por exemplo r32 La,,t34 Pr "136

p*

[Oli89a,b] el3oLa e732Pr [Riz89]. No caso do 136Pr, o seu isótono 7347o também

apresenta esta semelhança característica da região .4 : 130 mostrada na frgura V.2.

Os aspéctos mencionados indicam que o próton por ser desacoplado, tem o papel de

um espectador não influindo muito na estrutura da banda, enquanto que o neutron

fortemente acoplado deve ser responsável pelo aumento no distanciamento entre os

níveis vistos nos isótopos de "uPr,, no sentido de que para N crescente B diminui.

Como o nível de Fermi para o neutron está na parte superior da camada (h11¡2) a

força de polarização do quasineutron tenderá para 7: -60o (frgura 8 ra). Da mesma

forma, estando o nível de Fermi de próton na parte mais baixa da camada (h11¡2)

os quasiprótons exercerão uma força de polarização para 7 > 0. Assim, baseado na

deformação de equilíbrio obtida para o routhiano total em torno d" 7 - 0o segue que o

quasipróton exerce um força de polarização predominante.

72

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I

srsrEMÁrlcn Dos lsóropos DE *.prII

I

2.9

2.4

2.O16-t /

¿-

(l)

=UJ

1.6 a-'

16

-/-/

/¿¿

---¿--¿a-¿

1.2 11--/

1g

-/

0.9 ¿"---t"-

a-¿'12-.

o.4a

11-/1O--'

0o-

E+130

Pr 132Pr 134 156Pr Pr

frguraVl:l - Sistemá,tica dabandan(h11¡2)r¡zØu(hn/ùs/z dos isótopos de r36pt.

73

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N= 77

(+,-1 ) (+,0)

(14+'l

(+,- 1) (+. O )(rg*)

438

(12+')

(t+)

(ro +)

(9 *)(8+) 145

134Lq

136Pr

frguraVL2 - Bandan(hn/z)tlzØu(h¡¡/r),¡z not isóúonos dersaLa 136Pr.

115

131

t

436

338

I

171

3ó0

I

367

13ó,

74

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VII. CONCLUSAO

Neste trabalho foram medidos os estados de alto spin no núcleo ímpar-ímpar l36Pr.

Foram observadas duas bandas rotacionais que decaem para um estado isomérico, cuja

meia-vida foi determinada em 927s. A banda Yrast caracterizada por um "staggering"

e L.et.,o - 4|lceV , foi identificada pela primeira vez neste núcleo. Foi atribuída a ela a

configuraçã.o r(h11¡2)t¡zØu(h¡/z)s¡z de acordo com a sistemática de região A : 130. A

configuração mais provável para a segunda banda seria de r(d5 ¡2)Øu(hrt /r). Esta banda

não apresenta ttstaggering" mas mostrou um "backbend" em freqüência u : 0.04u0,

correspondente ao primeiro cruzamento de níveis do próton.

Os resultados foram interpretados segundo o "Cranked Shell Model" que confirmou

com bastante sucesso a configuração atribuída às duas bandas. Este modelo apresenta,

contudo, uma inconsistência na determinação do grau de triaxialidade 7 devido à dis-

crepância entre os valores do 7 experimental e 7 teórico.

Não foi possível estabelecer os spins para todos os níveis pela falta de informações

devido às limitações experimentais. Seria interessante, portanto, efetuar outras ex-

periências, tais como medida do fator-g utilizando as técnicas de campos hiperfinos e

"isomer tag" a fim de determinar a configuração do estado isomérico. Medidas adicionais

de correlações angulares permitiria estabelecer os spins mais seguramente. Finalmente,

as medidas de vidas-médias dos estados excitados, que determinam as probabilidades

reduzidas de transiçáo B(82) e B(MI), trariam informações importantes sobre as de-

formações nucleares. No entanto, estas medidas são muito complicadas devido à com-

plexidade dos espectros nos núcleos ímpar-ímpar.

I

iI

I

I

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fI

And76 -

Bea87 -

Bea88 -

Ben79a-

Ben79b-

Ben83 -

Ben85 -

Bro75 -

Che83 -

Che79 -

Cwi87 -

Dan58 -

Dav86 -

Deh74 -

Dön82 -

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I

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Drá,87 -

Eme87 -

Fae82 -

Fla76 -

tr\a81 -

tr\a83 -

GaJ58 -

Gav80 -

Giz74 -

Grc62 -

Han54 -

Har65 -

Hoj88 -

Hus76 -

Ken87 -

Ker56 -

Ket71 -

KIe75 -

Lab87 -

Law65 -

Led78 -

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Ma88-

Mey75 -

MiJ86 -

Moaõ9 -

Mor76 -

Mü184 -

Nes82 -

No187 -

Oli89a -

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Pau87-

Pac76 -

PaJ85 -

Qua84 -

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78

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79

Rin80 -

Riz89 -

Rös78 -

Rot75 -

Sal74 -

San88 -

Sea76 -

Sem86 -

Sie65 -

Sim80 -

Sun66 -

Swi76 -

Swi77a-

Swi77b-

Tem58 -

Tod84 -

Tok79 -

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Wis75 -

wit63 -

Zhe68 -

Zie80 -

80

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ERRATA

Nos Agradecirnentos, oncle se lê: à FAPESP...pcla..., leia-se: à FAPESP...pclo...

na página iii, onde se 1ê: CONTEÙDO, leia-se: ÍNOlCp.

na página 4, onde se lê: ecrever, leia-se: escrcver.

na página 7, onde se lê: (19), leia-se: (Ii.19).,.t

na página 10, onde se lê: ...que é o spin méclio para um estado'de energia média...,

leia-se: ...é o spin médio para um estado de energia média...

na página 11, onde se lê: Assim, para avaliarmos aos routhianos..., leia-se: Assim,

para avaliarmos os routhianos...

na página 14, onde se lê: eletrotática, leia-se: eletrostática.

na página 21, onde se lê: ângulo sólido, leia-se: número de contagens.

na página 21, onde se lê: filmes de chumbo (rnm), leia-se: filmes de chumbo (**).na página 24, onde se lô: evidêencia, lci¿r-se: cvidencia.

naa páginae 30 e 36, onde se lê: 03/úeV, leia-se: 63MeV.

na página 52, onde se lê: em em tor¡o, leia-sc: em torno.

na página 57, onde se lê: Nào, leia-se: Não.

na página 57, na fórmula V.4, onde se lê: (.I + 112)2, leia-se: (I - 112)2.

na página 59, no resultado V.7, pode-se suprimir os parênteses: 0.

na página 63, onde se lê: A æ: l35lA(MeV) [], leia-se: L' x 1351A(MeV).

na página 63, onde se lê: 7 ) 0, leia-se: 7 ) Qo.

na página 63, onde se 1ê: 7 - -60, leia-se: 7 : -60o.

nas páginas 65 e 66, figuras V.7 e V.8, onde selê: lr,ufhøs, leia-se: hwflt'us.

na página 67, onde se lê: próton nêutron, lcia,-se: próton e nêutron.

na página 71, onde se lê: Dos resultaclos observados do capítulo V.3 pode-se obser-

var que há, como já foi mencionado no capítulo V.3, uma discrepância..., leia-se: Dos

resultados do capítulo V.3, pode-se obserr'¿r qrre há uma discrepância...t

na página ?1, onde se lê: LE'r.o. : \keV e lteor = 5o, leia-se: LE'r"o, : SlceV e

lteor : 0o '

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na página 72, pode-se suprimir: (figura A tlS)'

na página 72, onde se lê: 7 I 0, leia-se: 7 ) Qo'

nas páginas 73 e ?4, onde se lê: n(lt'11¡r)r¡, Ø v(hrr¡r¡o7z , leia-se: n(h¡¡2) Ø

v(h,¡¡2).

na pógina 76, falta a referênci a chr76 - Phys.Lett. 65C(1976)19.

))