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IDE E FAZEI DISCÍPULOS CURSO DE FUNDAMENTOS ESCOLA MINISTERIAL PAZ  EMP

Ide e Fazei Discc3adpulos Fundamentos 2010 Dois

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  • IDE E FAZEI

    DISCPULOS

    CURSO DE FUNDAMENTOS

    ESCOLA MINISTERIAL PAZ EMP

  • SUMRIO

    INTRODUO 4

    CAPTULO UM O que o discipulado 5

    O que o discipulado 5

    Qualidades imprescindveis do discipulado 5

    Palavras e conceitos importantes do discipulado 8

    CAPTULO DOIS O discpulo cristo 13

    O que um discpulo 13

    O discpulo cristo: aquele que apreende e segue 14

    A importncia de conhecer a Palavra de Deus 15

    A importncia da prtica das Escrituras 17

    A importncia da f nas Escrituras 18

    CAPTULO TRS O que um discpulo 22

    Definies do prprio Jesus 22

    Outras caractersticas de um discpulo 23

    Como o discpulo aprende 25

    Alvos para o discpulo 25

    CAPTULO QUATRO O discipulador cristo 28

    O corao de discipulador e sua natureza espiritual 28

    A mente do discipulador e sua natureza espiritual 29

    A sobrevivncia espiritual do discipulador 31

    CAPTULO CINCO A pessoa e o trabalho do discipulador 34

    Princpios essenciais ao discipulador 34

    Quem ser discipulado 36

    Situaes delicadas no discipulado 38

    Quanto ao material de estudo 39

    Por que fazer discpulos? 40

    A questo da autoridade 40

    Trs nveis de palavra no discipulado 40

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    CAPTULO SEIS O discipulador como modelo de

    relacionamentos saudveis 43

    O motivo do discipulado 44

    O objetivo do discipulado 45

    Como eu me torno um discipulador 48

    CAPTULO SETE O discipulado que transforma 53

    Das massas para os discpulos 54

    O ministrio do mentor ou discipulador 54

    Mudana de valores 55

    O discipulado na prtica 57

    Outras orientaes prticas 59

    CAPTULO OITO Discipulando o cristo 61

    A importncia de definir bem os objetivos com antecipao 61

    A importncia de ter um ritmo bem definido 63

    Mecanismos que permitem o discpulo ensinar o que aprendeu 66

    Mais sobre o mtodo do discipulado 67

    Os encontros de discipulado 67

    Preservando o ministrio de discipulado 69

    CAPTULO NOVE Bases e metas na obra do discipulado 70

    As bases para a edificao de uma vida 70

    Quesitos, metas e idias a serem trabalhados em um ano 72

    reas de superviso 74

    CAPTULO DEZ Para o discpulo que est comeando 77

    Ler a Bblia diariamente 77

    Orar diariamente 78

    Aprender a depender do Esprito Santo 79

    Frequentar a igreja regularmente 79

    Estar a servio dos outros 80

    Aprender a livrar-se das dvidas 82

    Aprendera viver um dia de cada vez 80

    Aprender sobre a bno de enfrentar o sofrimento 80

    Aprender a lidar com a tentao 81

    Falar aos outros de Jesus 82

    CONCLUSO 83

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 84

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    INTRODUO

    Algum que est morrendo ou indo embora de vez, para no ver seus entes queridos e herdeiros por muito tempo, no desperdia a despedida com assuntos triviais. Brincadeiras, assuntos de menor importncia so deixados de lado, e as palavras daquele que se vai expressam o que est mais forte no seu corao, o que tem mais significado, mais importante para ele. Aps a ressurreio, por ocasio da Sua ascenso, Jesus deu para Seus discpulos o mandamento e a comisso mais forte do Novo Testamento, que fazer discpulos de todas as naes. Todo o Seu ministrio terreno, Suas parbolas, ensinos e milagres giram em torno dessa tarefa. Ele veio para ganhar as multides e cuidar bem delas, e isto s pode ser feito com a participao obediente da Sua igreja. Quando iniciamos um ministrio de discipulado na igreja, normalmente quedamos preocupados com classes, formatos, durao e o nmero de lies ideal. Contudo, devemos encarar o discipulado como um processo contnuo de formao, onde o estilo de vida, o crescimento, a imitao de Cristo prevalecem sobre as formalidades. A preocupao principal que devemos ter quanto ao discipulado se estamos sendo bblicos ou no na nossa concepo. Precisamos partir do modelo apresentado por Jesus. Jesus teve um ministrio onde ensinou multides, mas concentrou a Sua mensagem nos Seus discpulos, formando a base para a continuidade do Seu ministrio a partir do discipulado. Esta a principal ordem dada aos discpulos antes da Sua ascenso (Mateus 28.18-20; Marcos 3.14). Discipulado o modelo Bblico onde possvel desenvolver o carter de Cristo na vida de todos os envolvidos. Nele podemos conhecer a Deus por meio de Jesus, e glorific-Lo num relacionamento construtivo como Igreja. Nesse relacionamento construtivo o alvo preparar discpulos para um envolvimento na viso e nos ministrios da igreja, proporcionando um fortalecimento qualitativo, que resultar naturalmente na multiplicao de outros discpulos. Este livro trata, acima de tudo, de preparar a igreja, o corpo de Cristo, os Seus discpulos, para fazerem a obra do ministrio. Trata tambm de redefinir papis, posies, atitudes e viso dentro da igreja, para que possamos ser obedientes em nossa devoo e eficazes em nossa atuao.

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    CAPTULO UM

    O QUE O DISCIPULADO "E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no cu e na terra. Portanto ide, fazei discpulos de todas as naes, batizando-os em

    nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias,

    at a consumao dos sculos" (Mateus 28.18-20)

    Ide e fazei discpulos de todas as naes O mandamento do Senhor para ns ir fazer discpulos. Todos so chamados a participarem dessa tarefa, que no um dom especial, e sim um mandamento. Diante desse mandamento, todos os que crem em Cristo no tem outra opo seno obedecer. O carter do seguidor de Jesus testado pela obedincia aos Seus mandamentos, e o fazer discpulos , sem dvida, a maior implicao da obra de Cristo ps-Calvrio.

    A. O QUE O DISCIPULADO? o relacionamento entre um mestre e um aluno baseado no modelo que Cristo. Por ele o mestre reproduz no aluno a plenitude da vida que h em Cristo, capacitando o aluno a treinar outros para que tambm ensinem novos discpulos Este relacionamento liga a pessoa cadeia de autoridade existente na Igreja. Assim, o discpulo acompanhado em seu processo de crescimento e ajudado a conformar sua vida com o propsito de Deus, como tambm a se encaixar na vida da Igreja.

    Discipular transmitir a vida de Jesus. reproduzir essa vida em outras pessoas, ensinando-as a guardar tudo que Ele ordenou.

    B. QUALIDADES IMPRESCINDVEIS DO VERDADEIRO

    DISCIPULADO

    O Carter Conta Este um dos lemas de um grande colgio de Fortaleza, no Cear: o carter conta. Ele aparece nos uniformes dos alunos, nos materiais impressos da escola, nos

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    websites, nas agendas escolares, nos cartazes espalhados por toda parte. Se na educao secular o carter conta, imagine no treinamento dos discpulos de Jesus! A verdade maior que preciso certo tipo de carter para buscar a Deus fielmente, e nem todos escolhero ter este tipo de conduta. O chamado do evangelho separa aqueles que esto voltados inteiramente para si mesmos daqueles que so mais altrustas, desprendidos, que pensam nos outros. Ser que preenchemos o padro esperado pelo Mestre Jesus para aqueles que andaro com Ele e faro a Sua obra? Estamos querendo ser iguais queles que tm o forte carter interior que o evangelho requer? Buscar a Deus, dentre outras coisas, requer Trs Cs: coragem, compromisso e confisso. Se no quisermos pagar o preo em qualquer destas reas, ento o cristianismo no para ns.

    1. Coragem Coragem fora em face do perigo, e podemos estar certos de que o diabo vai tentar de tudo para atrapalhar o nosso discipulado com Cristo. Ele vai usar pessoas, suscitar fofocas, quebra de confiana, tudo para nos afastar da bno e da proteo que o discipulado. Diante disso, podemos responder com a coragem que vem da f, que vontade de enfrentar riscos reais baseados na nossa confiana de que Deus nos salvar. No mnimo, preciso coragem para seguir o Senhor. Em Apocalipse 21.8, os tmidos ou covardes encabeam a lista daqueles que sero perdidos. Coragem para dizer sim ao Senhor, no ao pecado e no aos nossos desejos e sentimentos egostas.

    A pessoa cujo objetivo principal proteger a si mesma e no se arriscar nunca ser um fiel seguidor do Senhor. Os riscos so reais, as perdas neste mundo podem ser grandes, e so somente as pessoas corajosas de f que lutam com perseverana e prevalecem diante das afrontas e oposies.

    2. Compromisso Se no assumirmos um genuno compromisso com Deus no resistiremos muito tempo em face do que o diabo pode atirar contra ns. A f necessria para nossa salvao em Deus envolve muito mais do que uma exploso emocional ou uma forte deciso passageira. Nem pensamento positivo nem simplesmente fazer uma experincia sero suficientes. Se propusermos seguir a Cristo, teremos que ter o carter que capaz tomar deciso e mant-las, fazendo realmente o que decidimos fazer. Tiago nos urge a purificar nossos coraes contra a indeciso: Chegai-vos a Deus, e ele se chegar a vs outros. Purificai as mos, pecadores; e vs que sois de nimo dobre, limpai o corao (Tiago 4.8). No h maior necessidade em nossos dias para aqueles que professam ser discpulos do Senhor, do que decidir focalizar seus coraes em Deus com um compromisso profundo.

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    Compromisso o que nos coloca acima da mediocridade. o que nos mantm firmes num propsito quando outros so levados pelo vento. O compromisso nos d a convico de quem somos, a quem ns pertencemos e para que existimos.

    3. Confisso Compromissos secretos no se sustentam tanto como os pblicos. Confisso uma declarao testemunhada de que temos, somos ou fazemos algo. Pode dizer respeito a algo que j fizemos ou a algo que nos comprometemos a realizar no futuro. Seja como for, outros recebem a nossa confisso como uma promessa, e isso implica em responsabilidade e compromisso da nossa parte. Paulo apresenta a confisso da f em Cristo como uma das condies para a salvao. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu corao, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, sers salvo (Romanos 10.9). Mais adiante ele exorta Timteo a ter a boa confisso que faz toda diferena na vida de um discpulo-lder bem sucedido:

    Combate o bom combate da f. Toma posse da vida eterna, para a qual tambm foste chamado e de que fizeste a boa confisso perante muitas testemunhas. Exorto-te, perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante Cristo Jesus, que, diante de Pncio Pilatos, fez a boa confisso (I Timteo 6.12,13).

    A maior confisso declarar com a nossa boca e nossas aes que pertencemos a Jesus. Essa confisso tem seu ponto alto no batismo, e renovada constantemente. Uma das maneiras pelas quais mantemos de p a nossa confisso a participao na mesa do Senhor, a Santa Ceia que tomamos regularmente. De acordo com Apocalipse 3.14, Jesus Cristo a testemunha verdadeira e fiel, que nunca deixou de declarar publicamente o que Ele sabia no Seu ntimo. No podemos ter vergonha do Senhor. Para um verdadeiro discpulo de Jesus, prefervel morrer a encobrir ou esconder suas convices e seu compromisso com Cristo. To importante nossa confisso que o escritor de Hebreus fala dela algo que precisa ser conservada firmemente, se quisermos chegar ao cu. Ele escreveu: ...conservemos firme a nossa confisso (Hebreus 4.14) e Guardemos firme a confisso da esperana, sem vacilar, pois quem fez a promessa fiel (Hebreus 10.23). Lembre-se que os Doze do Colgio Apostlico, e mesmo os Trs do crculo mais ntimo, demoraram um tempo para atingir esse nvel de coragem, compromisso e confisso. No final, o carter de Cristo se manifesta com toda a glria de Deus em nossas vidas, assim como o foi com eles. So as nossas escolhas que fazem nosso carter. Assim, podemos escolher mudar

    de um corao para outro. Isto precisamente o que est envolvido na converso a Cristo. Tal converso no opcional. Jesus disse que temos que mudar: Em verdade vos digo que, se no vos converterdes e no vos tornardes como crianas, de modo algum entrareis no reino dos cus (Mateus 18.3).

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    E d para ir mais alm: Ento disse Jesus aos seus discpulos: Se algum quiser vir aps mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me (Mateus 16.24). aqui que comea o processo de crescimento, formao do carter.

    C. PALAVRAS E CONCEITOS IMPORTANTES DO DISCIPULADO:

    TERMINOLOGIA QUE DEVEMOS CONHECER Para uma melhor compreenso do discipulado, bom comear considerando o significado de certas palavras e conceitos que so extremamente importantes. Muitos dos termos que usaremos neste estudo tm significados profundos e interessantes que precisamos conhecer de antemo. Conhecer o significado de certos termos um passo fundamental em qualquer estudo srio das Escrituras. A maioria dos fracassos na vida crist tendem a estar relacionados ao desconhecimento da Bblia. Quando uma pessoa no entende o significado de certas coisas, no pode formar certos conceitos e pensamentos em sua mente. Portanto, essa pessoa no poder cumprir com o que lhe pedido.

    1. Conceitos e palavras relacionadas com o mtodo do discipulado O discipulado consta de vrias partes, mas uma parte fundamental a que est relacionada com o ensino das Escrituras. Estas palavras expressam as diferentes formas ou mtodos de ensino.

    Doutrina: Ensino. Esta palavra se usa com relao ao que se ensina (Mateus

    7.28), assim como com o prprio ato de ensinar (Mateus 7.29). O ensino aponta para marcar positivamente a obedincia Bblia.

    Admoestao: Em contraste com o ensino, a admoestao pe s claras os exemplos negativos, e adverte contra eles, mostrando os resultados nefastos da desobedincia. A admoestao uma instruo de palavra, tanto de alento como de repreenso (Colossenses 1.28; I Corntios 10.11; Tito 3.10).

    Exortao: Estimular algum a que siga certa e determinada conduta. A exortao se d com antecipao, com vista para o futuro (Atos 2.40; 11.19-23).

    Consolao: Em contraste com a exortao (que se d com vistas ao futuro), a consolao tem a ver com provas enfrentadas recentemente (I Tessalonicenses 3.6-7; Lucas 16.24-25; Atos 15.30-33; 16.35-40).

    Dissertao: Esta palavra no se refere a um sermo ou a um discurso, mas a um ensino que se d por meio de conversaes (Atos 20.7-9; 24.24-25).

    Repreenso: A Bblia faz diferena entre uma repreenso til e uma repreenso que injusta, ou intil. A repreenso que aproveita a que feita com provas

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    convincentes, e com base na Palavra (Glatas 2.11-14; Mateus 18.15; Lucas 3.19-20, Joo 3.20-21).

    Instruo: Em geral se usa para referir-se a uma instruo oral (Atos 18.24-25; Glatas 6.6). A palavra catecismo significa "ensinar", "informar".

    Estas palavras fazem referncia edificao que o discpulo recebe.

    Jesus Cristo tinha em mente uma grande tarefa quando disse: "Ide e fazei discpulos".

    2. Conceitos e palavras relacionadas com o entorno do discpulo

    O entorno ou ambiente correto determinante para que um cristo chegue a ser

    um bom discpulo (Atos 4.32-33).

    Igreja: A reunio dos irmos. A igreja um dos fatores mais importantes na formao dos discpulos (Efsios 4.11-16).

    Dons espirituais: Com isto a Bblia se refere capacidade que Deus d a cada um dos irmos para ministrar aos demais. Se cada um utiliza seus dons no mbito da igreja, o crescimento dos discpulos facilitado (I Pedro 4.10-11).

    Ministrios: o trabalho que fazem os irmos segundo seus dons para aperfeioar uns aos outros. O desenvolvimento dos irmos depende da atividade de cada membro (Efsios 4.15-16; I Corntios 12.1-7).

    Mestres: So os que do ensinamento terico e prtico (Atos 13.1; I Corntios 12.27-29).

    Na formao de um s discpulo muitas pessoas tm participao. Por isso, numa igreja ativa, o que discipula nem sempre ser o mesmo, pois as pessoas vo crescendo, novos arranjos ministeriais vo sendo formados, e chamados especficos sendo direcionados (Efsios 4.11-16). Nesses casos, a pessoa vai ser discipulada onde ela est exercendo seus dons e chamado, como o caso quando uma pessoa muda de uma rede ou de um ministrio para outro dentro da prpria igreja.

    A igreja foi desenhada para preparar discpulos completamente desenvolvidos, e por isso que Deus deu diferentes dons ou habilidades aos irmos (Efsios 4.11-16).

    De acordo com seus dons os irmos trabalham em diferentes ministrios, nos quais os discpulos vo desenvolvendo seu chamado e sua vocao (Romanos 12.3-13).

    O plano bblico para o desenvolvimento de um discpulo : aprender a Palavra de Deus, conhecer Seu dom (ou Seus dons) e trabalhar nessa rea do ministrio da igreja.

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    Se estes passos acontecem dentro de uma igreja, o discpulo chegar maturidade. O ambiente da igreja crucial na hora de fazer discpulos (I Tessalonicenses 1.6-8).

    Jesus Cristo tinha em mente um ambiente muito especial para o desenvolvimento de Seus discpulos.

    3. Conceitos e palavras relacionados com o discipulador

    O Mestre, ou discipulador, a ponte pela qual o discpulo chegar maturidade (Atos 20.18-28; Colossenses 1.28-29).

    Discpulo: O termo que se encontra em franco contraste com "Mestre" a palavra "discpulo". Este vocbulo significa basicamente "aprendiz".

    Um aprendiz algum que segue as instrues de um Mestre, por isso o discpulo vem a ser um "seguidor". A Bblia menciona as palavras "discpulo" e "discpula". Os evangelhos e as epstolas so bastante generosos com as mulheres, mais do que a igreja que se seguiu nos sculos posteriores.

    O discipulador nunca deve esquecer-se que ele mesmo continua a ser um discpulo em aperfeioamento. O discipulador que esquece isto se extravia do caminho, e faz com que o discpulo tambm se extravie (Filipenses 3.12-16; II Timteo 2.17-18).

    O discipulador deve entender que seu principal compromisso ensinar fielmente a Palavra de Deus (II Timteo 4.1-5; Atos 20.18-28; Colossenses 1.25).

    O discipulador deve evitar certos erros historicamente frequentes:

    Considerar o discpulo como algum inferior (Lucas 6.40);

    Considerar o discpulo como algo de sua propriedade (I Pedro 5.1-3);

    Descartar o discpulo quando este no corresponde (Atos 15.37-38; II Timteo 4.11; I Pedro 5.13).

    O discipulador no est obrigado biblicamente a produzir quantidade, mas sim

    est obrigado a obter qualidade em seu trabalho. Esta a forma de cumprir com o que o Senhor pediu: "sede, pois, perfeitos, como vosso pai que est nos cus perfeito" (Mateus 5.48). Boa qualidade sempre gera muita quantidade!

    Perfeito: (gr. Teleios) Equivale a ser totalmente desenvolvido moralmente. sinnimo de: Maduro, Desenvolvido, Cabal, Completo, Sem "detalhes de acabamento".

    O discipulado no um trabalho "mecnico, industrial, no qual se produzem "discpulos em srie". O discipulado um trabalho "artesanal" no qual cada discpulo chega a ser nico, legtimo, precioso, e perfeito (Colossenses 1.28-29; Efsios 4.11-16).

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    O Senhor Jesus Cristo tinha em mente nossa maturidade quando ordenou que fizssemos discpulos.

    Resumindo...

    a- Deus nos deu certa quantidade de ensinamentos que so necessrios que os aprendamos, e por sua vez os ensinemos.

    b- O ensinamento bblico pode ser recebido ou dado de diferentes formas, dependendo das circunstncias.

    c- A variedade de dons que Deus deu aos irmos da igreja permite que cada um ensine algo especfico.

    d- Esta variedade tambm significa que cada discpulo necessitar de diferentes mestres para desenvolver-se, apesar de ter aquele discipulador que o acompanha de perto.

    e- O ensino deve ser dado a algum que est interessado como discpulo, ou seja, um "aprendiz" e "seguidor". Ele precisa querer, estar disposto a pagar o preo e acertar o passo com Cristo e com o discipulador.

    f- O discipulador deve estar atento para no cometer certos erros frequentes.

    Aplicao deste captulo...

    Assegure-se de entender bem o plano revelado na Bblia.

    Familiarize-se com os mtodos de ensino.

    Pea uma entrevista com seu pastor de rede, distrito ou regio, para sua orientao sobre seu envolvimento num dos ministrios da igreja.

    Se voc conhece seu dom, envolva-se no ministrio para criar um ambiente ideal na igreja.

    Se voc um lder, evite cometer os erros frequentes de m atitude.

    Faa um trabalho "artesanal" no discipulado.

    Se voc um crente novo (nova), pea para ser discipulado (da).

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    TAREFA (Busque as respostas neste captulo) 1. O que Jesus tinha em mente quando disse: "ide e fazei discpulos"? 2. O que necessrio para ter um ambiente ideal na igreja para formar outros discpulos? 3- Quais so os erros frequentes que os discipuladores cometem? 4- Qual a meta do discipulado?

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    Captulo Dois

    O DISCPULO CRISTO

    Aquele que aprende e segue o ensinamento

    A. O QUE UM DISCPULO?

    aquele que cr em tudo que Cristo disse e faz tudo que Cristo manda.

    quele que creu, arrependeu-se, foi batizado e recebeu o dom do Esprito Santo, a Bblia chama de discpulo. importante entender que no contexto do Novo Testamento no existe uma pessoa que seja convertida e no seja discpulo.

    Salvo, convertido, discpulo, todos so termos que se referem a uma mesma pessoa. Cada um desses termos tem um sentido diferente, mas so aplicados a um mesmo indivduo.

    A palavra convertido aparece 2 vezes no AT;

    A palavra crente aparece 15 vezes no NT;

    A palavra discpulo aparece 3 vezes no AT e 258 vezes no NT;

    Evanglico no aparece em lugar nenhum (esta palavra s vezes mal compreendida, difamada, devido a inmeros escndalos divulgados pela mdia e pela populao).

    Salvo: o que foi liberto do poder e da condenao do pecado.

    Convertido: o que mudou de atitude e mentalidade (transformao de mente).

    Discpulo: o seguidor, praticante dos ensinos do mestre, submisso.

    Crente: aquele que cr em Cristo como preceitua a Palavra de Deus. comum encontrarmos pessoas que se dizem convertidas, crem sinceramente que so salvas, mas se voc perguntar se elas desejam se submeter e obedecer a Cristo em tudo, vo dizer: ainda no...; talvez um dia em me consagre totalmente

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    Isto uma grande contradio, pois como algum pode se considerar salvo ou convertido se ainda no se entregou total e incondicionalmente a Jesus Cristo para viver em total obedincia a Ele, renunciando a tudo quanto tem, e at sua prpria vida? Um convertido mais do que um crente, um discpulo. Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu (Mateus 9.9). Entregou-se completamente, largou tudo que estava fazendo e seguiu a Cristo. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrar no reino dos cus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que est nos cus (Mateus 7.21). necessrio obedecer, fazer a vontade do Pai. Isso no significa que temos que ser perfeitos para seguir a Jesus, mas sim que devemos nos colocar totalmente sob o Seu governo e obedec-Lo. Se algum pretende ser salvo ou convertido sem se tornar um discpulo, no encontrar jamais qualquer respaldo para tal pretenso nas Escrituras. Todo salvo um discpulo; ningum salvo se no for discpulo. Discpulo o termo que Jesus, os apstolos e os primeiros cristos da Igreja Primitiva escolheram. O primeiro nvel de relacionamento com Jesus sempre fazer Dele Senhor e Rei da nossa vida. Em todos os quatro evangelhos, vemos que o primeiro nvel de relacionamento que as pessoas tinham com Jesus no era de amigo, mas de Senhor. O servo nunca diz no; ele obedece a todas as ordens. Ele nunca pode dizer: Agora no; no estou com vontade O servo nunca diz: No, Senhor. Ou Jesus Senhor e a resposta SIM, ou Ele no Senhor e a resposta NO! Joo 15.14-15: Vs sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. J no vos chamo servos, porque o servo no sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer. interessante observar que o relacionamento de amigo consequncia do relacionamento de Senhor e servos. Um no anula o outro. Jesus nosso amigo e ns somos Seus amigos, mas antes Ele nosso Senhor e ns somos seus servos. O Senhorio de Jesus vem sempre antes da Sua amizade.

    B. O DISCPULO CRISTO: AQUELE QUE APRENDE E SEGUE O

    ENSINAMENTO

    Num certo sentido, a Bblia ensina que nenhum cristo estar totalmente aperfeioado at ter chegado presena de Deus. Assim, pois, nesta vida todos os cristos seremos sempre discpulos em relao a Cristo. Somente quando formos glorificados chegaremos perfeio final.

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    Por outro lado, a Bblia nos mostra que nosso objetivo desenvolver o carter de Cristo sem demora, o mais antes possvel. Esta meta ser conseguida, basicamente, pela obedincia Bblia. Um discpulo pode levar extensos perodos de tempo para se desenvolver espiritualmente, abusando da pacincia de Deus (e dos irmos). Mas um discpulo srio (ainda que tenha suas falhas humanas), chegar onde Deus quer, como Deus quer, e no tempo que Deus deseja.

    Nosso objetivo principal nesta vida chegar a ser cristos maduros ou completamente desenvolvidos.

    C. A IMPORTNCIA DE CONHECER A PALAVRA DE DEUS No mundo inteiro, a Bblia o nico elemento fsico que contm a revelao

    Divina sem erros (II Pedro 1.19-21).

    Quando falamos da formao moral do homem, ou da preparao de um discpulo, a Bblia deve ter total preeminncia em relao a qualquer outro escrito (II Timteo 3.16-17).

    O discpulo nunca deveria subestimar a importncia do conhecimento das Escrituras, j que de outro modo nem sequer comearia a carreira que tem diante de si (I Tessalonicenses 5.20; Hebreus 12.25).

    Um cristo pode chegar a fazer coisas teis para Deus (grandes ou pequenas mas de preferncia grandes!), se primeiro compreender as Sagradas Escrituras (Josu 1.8-9).

    Ainda que o contedo da Bblia seja de origem sobrenatural, este livro possui caractersticas fsicas comuns e correntes (peso, medidas, material). Por que a Revelao Divina nos foi dada em forma de livro?

    Algumas razes: Um documento escrito impede mudanas e/ou emendas (Apocalipse 5.1).

    Um documento escrito mais seguro e fcil de preservar (II Crnicas 34.14-

    21).

    Um documento escrito mais fcil de consultar e de ensinar de forma sistemtica ou ordenada (Lucas 4.16-21; II Pedro 3.1-2).

    Um documento escrito se torna mais prtico para copiar, traduzir, e distribuir

    (Colossenses 4.16; II Timteo 4.13). Um documento escrito facilita que cada pessoa possa se transformar em um

    estudante individual da revelao de Deus (Atos 8.26-35; Atos 17.10-12; Deuteronmio 17.14-20).

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    Fazendo um resumo destes cinco pontos vemos que ter a revelao de Deus em um livro :

    Totalmente Seguro.

    Tremendamente Prtico. Isto significa que Deus planejou a Bblia para que a estudemos com confiana e em qualquer lugar ou momento (Atos 8.26-35).

    Em muitos aspectos a Bblia foi nica e insupervel na histria da humanidade.

    No ano de 1456, na Alemanha, John Gutenberg imprimia o primeiro livro: a Bblia. Foi uma tiragem total de 180 cpias, das quais hoje ainda existem 48.

    A Bblia o livro mais impresso do mundo: 24 milhes de Bblias,

    19 milhes de Novos Testamentos, 505 milhes de pores da Bblia so distribudos por ano.

    Ela o livro mais traduzido na histria da humanidade, seja parcial, seja totalmente, e se encontra em 627 lnguas na frica, 552 na sia, 396 na Oceania, 197 na Europa, 73 na Amrica do Norte e Caribe, 384 na Amrica Latina, e em 3 lnguas artificiais. A Bblia j foi traduzida em mais de 2200 idiomas para que todos os cristos possam l-la e estud-la. (Dados estatsticos do Anuario Cristiano 2003. Editorial La Buena Semilla)

    O nvel de conhecimento bblico determinar certas coisas no discpulo:

    Sua capacidade para ensinar e pregar (Atos 14.24-28).

    Sua capacidade para projetar uma viso (Atos 15.12-20).

    Sua capacidade para confiar e transmitir confiana em Deus (Romanos 15.5-6).

    Sua capacidade para ajudar os outros em tempos difceis (Atos 15.32-35;

    19.9-10; 20.1-2; 28.30-31).

    Sua capacidade para ser paciente nas provas (Atos 14.21-22; Tiago 5.11).

    Seja se tratando do discpulo ou do discipulador, deve haver um compromisso srio para com a Bblia, de outro modo a capacidade para ministrar ser muito limitada.

    D. A IMPORTNCIA DA PRTICA DAS ESCRITURAS

    Um ditador popular diz: "A prtica faz o mestre". Isto significa que o mundo que nos rodeia reconhece que a teoria deve ir acompanhada da prtica para chegar a uma meta.

    Salvo muito raras excees, a finalidade de toda teoria sempre levar a uma prtica que resulte benfica para as pessoas.

    J.Gutenberg

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    As cincias elaboram diversas teorias ou hipteses com o alvo de poder aplic-

    las proveitosamente nos diferentes campos do conhecimento humano.

    Sem dvida, nenhuma cincia (ou pseudo cincia) conseguiu elaborar uma teoria que leve o homem a um conhecimento real e prtico do Ser Divino (Daniel 2.1-23).

    Somente a cincia ou Estudo da Bblia, conseguiu levar o homem ao conhecimento prtico de Deus. O ensinamento terico da Bblia conduz a um conhecimento prtico de Deus (Joo 5.39-40).

    A teoria bblica para analisar, estudar, e meditar. (Atos 17.1-3; 19.8-10). Discutiu, Discutindo: Gr. Dialogismos: (dia, "atravs", sugerindo separao; logismos "arrazoamento") Significa: pensamento, arrazoamento, interrogaes internas (W.E.Vine.).

    Este processo de reflexo nos leva a concluses que nos permitiro por em prtica os ensinamentos com certa convico.

    Por isso, a teoria bblica nos dada com a finalidade de que possamos conhecer a Deus de uma forma prtica e pessoal, no para regulamentar religiosamente nossas vidas (Josu 1.8-9).

    Contrariamente posio bblica, as religies humanas espiritualizam e mistificam o que diz respeito a Deus, deixando o homem com as mos vazias (I Corntios 12.2).

    Colocar a Bblia em prtica equivale a andar dentro dos limites morais estabelecidos por Deus. Em outras palavras, equivale a ser "cheios do Esprito Santo", ou ser controlados totalmente pelo Esprito Santo (Efsios 5.18).

    O que que determina que estamos obedecendo a Deus? (Joo 14.15-24).

    A Bblia possui um contedo terico e prtico geralmente simples de entender. Nas epstolas em que predomina o contedo para a formao do carter cristo, existe um equilbrio perfeito quanto teoria e prtica.

    Por exemplo:

    Romanos 10 captulos tericos 5 prticos 01 de saudao I Corntios 08 captulos tericos 7 prticos 01 de eplogo II Corntios 09 captulos tericos 4 prticos Glatas 03 captulos tericos 3 prticos Efsios 03 captulos tericos 3 prticos Filipenses 02 captulos tericos 2 prticos Colossenses 02 captulos tericos 2 prticos I Tessalonicenses 02 captulos tericos 2 prticos 01 de prlogo II Tessalonicenses 02 captulos tericos 1 prtico ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Total 41 captulos tericos 30 prticos

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    Uma mdia de todos estes captulos indica que 57% so tericos e que 43% so prticos. Para ilustr-lo de alguma maneira, digamos que em 60 minutos de aula se estudasse teoria durante 35 minutos, e que se fizesse uma prtica durante 25 minutos. O equilbrio entre teoria e prtica notavelmente prximo e equilibrado.

    Esta abundante proporo prtica demonstra que a Bblia um "livro" feito para aprender a viver (II Timteo 3.16).

    Em vista da prtica, os ensinamentos mais bsicos so aqueles que se repartem desde o princpio, quando o crente se acha na etapa inicial do desenvolvimento (Hebreus 5.13).

    Por outro lado, os ensinamentos mais slidos so para aqueles que j comearam a por em prtica o que foi aprendido (Hebreus 5.14).

    As Escrituras nos mostram que o problema do crescimento do crente se deve em grande parte a uma falta de obedincia ou de sujeio ao ensinamento da Bblia (I Corntios 3.1-6).

    Aprendemos tambm que um crente maduro pode decrescer na f se ele se torna obstinado diante da Palavra de Deus (Hebreus 5.11-12).

    Existe, contudo, certas problemticas que surgem quando tratamos de sinceramente colocar em prtica as Escrituras:

    Nas primeiras provas sofremos certas crises diante das quais nos queixamos

    abertamente por achar difcil a vida crist (xodo 14.10-14; I Tessalonicenses 2.17-3.8).

    As tentativas iniciais de obedecer Bblia parecem ser extremamente difceis (xodo 16.14-30; Salmo 73.1-28).

    Os novos crentes so ingnuos e relativamente fceis de se desviar da Verdade, e s vezes se esforam em coisas inteis (Atos 15.22-33; Efsios 4.11-14).

    Qualquer destas coisas traz consigo outro grande problema que tambm

    devemos aprender a enfrentar: o desnimo. Este um inimigo perigoso para o discpulo (II Corntios 2.5-8; 7.10).

    Estas e outras muitas coisas so as que o crente enfrentar diariamente ao

    tratar de colocar em prtica a Bblia para aperfeioar-se como discpulo (Atos 14.21-22).

    Por fcil ou difcil que parea esta etapa, devemos insistir nela vez aps vez, sabendo de antemo que o Senhor estar conosco fielmente para levar-nos a alcanar a nossa meta. Recordemos a meta (Mateus 28.18-20; Filipenses 3.12-14. Col.1.28).

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    E. A IMPORTNCIA DA F NAS ESCRITURAS

    J foi dito que o discpulo deve conhecer e praticar as Sagradas Escrituras. A f est relacionada diretamente com estas duas coisas.

    Existem muitos conceitos errneos da f, e aqui esto alguns deles:

    Crer que a f um sentimento que nos indica o que devemos fazer. Veremos que a f no um sentimento (Jeremias 17.9).

    Crer que a f um "palpite" que nos indica algo que vai ocorrer. Veremos tambm que a f no um poder intuitivo da mente (Hebreus 11.1).

    Crer que a f equivale ao grau de determinao de nossa vontade. A f no

    se relaciona com a intensidade ou magnitude de nossos desejos nem prognsticos pessoais (Tiago 4.13-16).

    Na Bblia se fala da f em Deus e f em Cristo (Marcos 11.22; Glatas 3.26;

    Colossenses 1.4; 2.5; I Tessalonicenses 1.8; Hebreus 6.1).

    Quando o discpulo l e comea a conhecer as Escrituras, ele se d conta de que Deus deu numerosas e variadas promessas aos Seus filhos (Romanos 8.32-39).

    fundamental que o discpulo aprenda a reconhecer as promessas que correspondem ao tempo em que vivemos (II Timteo 2.15). "Que maneja bem" ou "Que traz bem" significa dizer que utiliza a Bblia corretamente para discernir e separar as coisas umas das outras.

    Logo em seguida, o discpulo poder aferrar-se com plena segurana s promessas que se aplicam a ele (II Pedro 1.3-8).

    O discpulo ver que algumas das promessas so exclusivamente para outras pessoas, situaes ou momentos histricos, e por isso no ter uma f equivocada (Josu 21.43-45).

    Ver com certeza outras promessas que so para nossa realidade presente e nelas poder exercitar sua f em Deus (Mateus 28.18-20). "Fim do mundo" ou "consumao do sculo" significa que o Senhor promete estar conosco todos os dias na luta que chega at o final desta vida terrena, para logo entrarmos no cu com Ele.

    Algumas das promessas so exclusivas para tempos futuros (II Pedro 3.13-14).

    Algumas das promessas que o discpulo encontrar so promessas condicionais. Para alcanar essas promessas o discpulo deve agir de certa maneira (Filipenses 4.6-7, 9).

    Outras promessas so incondicionais, isto , promessas em que Deus se comprometeu a fazer algo sem relao com nada de nossa parte (Por exemplo: Joo 14.1-3; I Tessalonicenses 4.13-18; I Corntios 15.51.57).

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    Quando falamos de ter f em Deus, estamos dizendo que cremos que Deus digno de toda confiana quanto a tudo o que Ele prometeu na Bblia (Nmeros 23.19; Atos 27.21-25).

    O cristo entende que pode e que deve alcanar aquelas maravilhosas promessas de Deus (obviamente as condicionais) e isto o leva a viver de certa e determinada maneira. Sua f se mostra por suas obras (Tiago 2.20-26).

    Ter f algo muito prtico se entendemos que se trata de viver de acordo com certas regras que nos conduziro s fiis promessas de Deus (Hebreus 11.11).

    Viver pela f significa viver de acordo com as regras morais da Bblia, isto nos assegura totalmente as promessas de Deus, as quais contm tudo o que necessitamos (Filipenses 4.10-20).

    Viver pela f no significa viver em circunstncias imprevisveis, pelo contrrio, significa viver sabendo o que certamente ocorrer (Hebreus 11.1).

    Advertncia: quando dizemos que viver pela f ou em obedincia Palavra de Deus, na espera por Suas promessas viver uma vida previsvel, no estamos dizendo que essa vida ser uma vida perfeita e ideal, sem nenhum problema ou dificuldade daqui para frente. O que queremos dizer que vivendo em obedincia a Deus podemos vislumbrar de antemo uma vida cujo caminho est revelado a ns, e que possui um final glorioso (Hebreus 11.13-16). Ao mesmo tempo, temos garantia e certeza de vitria na existncia presente, pois a Palavra garante que em Cristo j somos mais que vencedores (Romanos 8.37).

    Resumo deste captulo...

    a- Nosso objetivo principal nesta vida chegar a ser cristos completamente desenvolvidos.

    b- O conhecimento das Escrituras indispensvel para nosso desenvolvimento moral, pois a prtica das Escrituras o que nos leva a experimentar uma relao real e prtica com Deus.

    c- A f um exerccio no qual aprendemos a viver diariamente de certa forma

    enquanto esperamos o cumprimento de certas promessas de Deus.

    d- H certas promessas que requerem muita ateno de nossa parte.

    e- Deus respalda com Sua Palavra que viver por f viver uma vida previsvel.

    Aplicao Prtica...

    Faa um plano srio para conhecer e estudar a Bblia.

    No leia a Bblia aleatoriamente. Leia sistematicamente (em ordem).

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    Busque os pontos prticos da Bblia.

    Aproveite a maior quantidade dos estudos e mensagens que se do na igreja.

    Esteja afinado com os desejos do Esprito Santo que mora em voc e busque obter as promessas condicionais que Deus nos deu.

    Viva a vida crist fielmente para no ser uma pessoa imprevisvel. As pessoas fogem dos cristos imprevisveis.

    TAREFA (Busque as respostas neste mesmo captulo)

    1. Por que indispensvel o conhecimento da Bblia no desenvolvimento do discpulo? 2. Que obtemos ao trazer a teoria bblica para a prtica? 3. Que dois tipos de promessas h e em que se diferenciam? 4. Que significa ter f? 5. Como se pode viver uma vida previsvel e que significa isto?

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    Captulo Trs

    O QUE UM DISCPULO

    A. DEFINIES DO PRPRIO JESUS Sempre ouvimos dizer que devemos ser discpulos de Jesus. Mas cada pessoa tem a sua prpria definio do que ser realmente um discpulo de Cristo. Mas o que importa, no o EU ou VOC definimos o que ser discpulo, mas o que realmente Jesus define. Vejamos as definies que o prprio Cristo d para discpulo.

    Primeira Definio:

    O Discpulo Faz o Que o Seu Mestre Faz No o discpulo mais do que o seu Mestre, nem o servo maior do que o seu senhor; basta ao discpulo ser como a seu mestre, e o servo ser como a seu senhor (Mateus 10.24,25). O discpulo entra num relacionamento de aprendizado com o seu mestre. O discpulo faz o que o seu mestre faz. Ele v em seu mestre o exemplo a ser vivido. Em seu mestre ele busca respostas e orientaes para todos os momentos de sua vida.

    Segunda Definio:

    O Discpulo Faz o Que o Seu Mestre Manda

    Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: se vs permanecerdes nas minha palavra, verdadeiramente sereis meus discpulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertar (Joo 8.31, 32). O discpulo obedece a palavra do mestre. O discpulo vive os ensinamentos do mestre. Nesse caso, tanto o Mestre por excelncia Jesus como seu discipulador, que o orienta debaixo da Palavra de Deus.

    Terceira Definio:

    O Discpulo Vive para Agradar o Mestre

    Se algum vier a mim, e no aborrecer a seu pai, e me, e mulher, e filhos, e irmos, e irms, e ainda tambm a sua prpria vida, no pode ser meu discpulo. E qualquer que no levar a sua cruz, e no vier aps mim, no pode ser meu discpulo (Lucas 14.26, 27). O Discpulo deixa tudo por amor de seu Mestre. Deixa pai, me, filho, filha, qualquer

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    parente, qualquer pessoa que o possa atrapalhar de seguir a Jesus. O discpulo est disposto a carregar a cruz que precisa carregar para seguir o seu Mestre.

    Quarta Definio:

    O Discpulo Ama Como o Mestre Ama

    Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vs, que tambm, vs uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecero que sois meus discpulos, se vos amardes uns aos outros (Joo 13.34, 35). H trs palavras na lngua grega que pode ser traduzida como amor:

    Filo: Amor Fraternal (ele estabelece condies para amar algum).

    Eros: Amor romntico (entre marido e mulher este amor tambm estabelece condies para amar algum).

    gape: Amor Divino (o amor de Deus para com o ser humano este amor no estabelece condies para amar). Este amor simplesmente ama incondicionalmente algum. E quando Jesus disse que para ser seu discpulo deveria amar (gape) como Ele ama: incondicionalmente.

    Quinta Definio:

    O Discpulo Faz Novos Discpulos

    Nisto glorificado o meu Pai, que deis muito fruto, e assim sereis meus discpulos (Joo 15.8). O fruto de que Jesus est falando aqui so os novos discpulos. No est falando de um fruto espordico, mas de muitos frutos. De fazer muitos novos discpulos.

    B. OUTRAS CARACTERISTICAS DE UM DISCPULO Voc pode ser um grande cientista, um famoso estadista, ou mesmo um grande telogo, e mesmo assim estar longe do plano de Deus para a sua vida. Se voc no compreende e no experimenta as verdades bsicas do discipulado, ensinadas por Jesus e pelo Apstolo Paulo, ento voc no um discpulo de Jesus, e voc no ser capaz de discipular outros. O apstolo Paulo escreveu para seu discpulo Timteo, seu filho espiritual: "Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graa que est em Cristo Jesus. E o que de minha parte ouviste atravs de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiis e tambm idneos para instruir a outros.... Um discpulo algum que ama a Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, de todo os seu corao, alma, e mente, e tenta se tornar mais e mais como Ele por meio da f e da obedincia.

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    Jesus, atravs de Lucas, ilustra muito bem como deve ser a vida e a conduta de um discpulo de Jesus. Esta poro das Escrituras mostra que discipulado, segundo Jesus Cristo, no uma moda nova que apareceu na Palestina do primeiro sculo com a inteno de ganhar espao no mercado eclesistico. Tampouco uma moda nova no sculo XXI. Pelo contrrio, compromisso srio com o projeto de Jesus.

    Se algum vier a mim, e no aborrecer a seu pai, e me, e mulher, e filhos, e irmos, e irms, e ainda tambm a sua prpria vida, no pode ser meu discpulo. E qualquer que no levar a sua cruz, e no vier aps mim, no pode ser meu discpulo (Lucas 14.26,27).

    As caractersticas que se seguem foram escritas por Bill Bright, fundador da Campus Crusade for Christ, aqui conhecida como Cruzada Estudantil e Professional para Cristo.

    1. Um discpulo deve ter a certeza da salvao. Deve saber que um filho de Deus, que Cristo mora dentro dele. Deve ser capaz de explicar isto para outros, sendo capaz de dar seu testemunho com clareza e graa, convencendo os outros de que Cristo Jesus o Senhor e faz toda a diferena na vida do ser humano.

    2. Um discpulo anda na plenitude e poder do Esprito Santo. O Esprito Sagrado responsvel para tudo que acontece na vida de um crente: seu novo nascimento, andar dirio, compreenso das Escrituras e oraes. Ele produz o fruto do Esprito em ns, que nos capacita a ter vidas santas e a testemunhar de Cristo.

    3. Um discpulo demonstra amor a Deus, aos seus lderes, seus vizinhos, seus irmos e seus inimigos. Jesus manda-nos amar a Deus de todo nosso corao, com toda nossa alma, com toda a nossa mente, e Ele tambm nos manda amar nosso prximo como a ns mesmos.

    4. Um discpulo algum que sabe como ler, estudar, memorizar e meditar na Palavra de Deus, esconder suas verdades no seu corao. impossvel andar na plenitude de Esprito Santo de Deus sem um entendimento de Sua Palavra. O contrrio tambm verdadeiro: voc no pode compreender a Palavra de Deus sem o Esprito Santo.

    5. Um verdadeiro discpulo de Jesus um homem ou mulher de orao. O Senhor Jesus Cristo, que gastou 40 dias em orao e jejum no deserto, nosso grande exemplo disto. Para ele, a orao uma disciplina diria, regular, e no um exerccio que ele faz muitos algumas vezes e fica um tempo sem fazer.

    6. O discpulo algum obediente, que estuda a Palavra de Deus e obedece aos Seus mandamentos num estilo de vida que honra o Senhor Jesus Cristo.

    7. Um discpulo algum que confia em Deus e leva uma vida de f. As Escrituras lembram-nos isso: Sem f impossvel agradar a Deus (Hebreus 11.6).

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    8. Um discpulo entende a graa de Deus. Deus ama-nos incondicionalmente, se ns o obedecemos ou no. Isto o contrrio do legalismo, a heresia primria da vida crist, que nos aconselha a tentar obedecer s leis do Deus pela nossa prpria sabedoria, fora, e poder.

    9. Um discpulo algum que testemunha de Cristo como um modo de vida. Como cristos, devemos dar frutos, de acordo com Joo 15.8: Nisto glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discpulos. Isto inclui tanto o fruto de almas levadas ao reino de Cristo como o fruto do Esprito: Mas o fruto do Esprito : amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansido, domnio prprio. Contra estas coisas no h lei (Glatas 5.22,23).

    10. Um verdadeiro discpulo do Senhor Jesus adora a Deus no companheirismo da Sua igreja. envolvido em Sua Igreja atravs do estudo, adorao, orao, testemunho e a mordomia do seu tempo, talento e tesouro (ou seja, ele sabe que o tempo, talento e tesouro pertencem a Deus, pois isso ser mordomo: cuidar daquilo que de Deus, administrar seu tempo, talentos e tesouro para honrar a Deus).

    Joo 15.7, diz: Se permaneceres em mim, e as minhas palavras permanecerem em vs, pedireis o que quiserdes, e vos ser feito.

    Joo 15.14: Vs sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.

    C. COMO O DISCPULO APRENDE Vendo, ouvindo e perguntando. O relacionamento espontneo e constante entre o

    discpulo e o discipulador faz surgir oportunidades de ensino, exortao, consolo e em situaes do dia-a-dia.

    D. ALVOS PARA O DISCPULO

    1. Recm convertido

    Experimentar o batismo no Esprito Santo.

    Aprender a manusear a Bblia, estudando-a sistematicamente.

    Demonstrar sujeio autoridade de Cristo e da Igreja.

    Demonstrar compromisso e envolvimento com os irmos (reunies, contribuies, servio).

    Ter revelao da pessoa e da obra de Jesus.

    Aprender o manual bsico (Acompanhamento Inicial).

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    Vencer os principais problemas do velho homem (vcios, impurezas, rebeldias, mentiras, desonestidade, etc.).

    Fazer o Encontro com Deus na Viso do MDA.

    Congregar fielmente na clula e no culto de celebrao.

    Reunir-se regularmente com o seu discipulador.

    2. Material de trabalho para o recm-convertido

    A Bblia, principalmente o Novo Testamento

    Acompanhamento Inicial (Nveis 1, 2 e 3).

    3. O Discpulo em formao

    Manter e aperfeioar o que foi alcanado.

    Continuar congregando fielmente na clula, no culto de celebrao e no discipulado pessoal um a um.

    Administrar bem a sua vida, sua casa, suas finanas e seu tempo.

    Apresentar evidncias de uma vida transformada que reflete o carter de Cristo

    no seu viver dirio.

    Proclamar e testemunhar de Jesus.

    Manifestar os dons do Esprito Santo.

    Caminhar em companheirismo (orao, ensino e edificao mtua).

    Ter clareza sobre o Evangelho do Reino.

    Ter clareza sobre o Propsito Eterno de Deus.

    Alimentar-se corretamente, todos os dias, da Palavra de Deus, e estud-la organizadamente, juntamente com uma vida intensa de orao.

    4. Material de trabalho para o Discpulo em Formao Apostilas do Curso de Fundamentos, com a respectiva participao nas aulas

    ministradas: Curso de Membresia, Classe da Nova Criatura, Famlia Crist e Ide e Fazei Discpulos (esta que ora voc estuda).

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    5. O Discpulo Pronto para Discipular e Liderar Clulas

    Manter e aperfeioar o que foi alcanado.

    Ter revelao da sua vocao (Romanos 8.29; Mateus 28.18-20).

    Ter uma disciplina de orao e leitura da Palavra.

    Buscar capacidade e graa para transmitir a Palavra.

    Compreender e demonstrar obedincia Grande Comisso de Jesus descrita em Mateus 28.18-20.

    6. Material de Trabalho para o Discpulo Pronto para liderar Apostilas e classes do Curso de Maturidade Crist CMC: Mordomia Crist e Finanas, Vida Devocional, Carter de Cristo, Vida Transformada, Autoridade Espiritual e Relaes Interpessoais. Em seguida vem o Curso de Treinamento de Lderes CTL, assim como os demais cursos que compem a Escola.

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    Captulo Quatro

    O DISCIPULADOR CRISTO

    Aquele que discipula

    Diz um ditado popular: "a corda sempre se rompe do lado mais fraco". Na obra de Deus a parte mais fraca da "corda" o lado dos discipuladores. Em muitas igrejas o grupo de pessoas espirituais que geralmente esto dispostas a fazer outros discpulos reduzido, e a obra de Deus deixa de crescer e de propagar-se (Mateus 9.37-38). Na verdade, quando um cristo j compreendeu e assimilou as lies bsicas da vida crist, ele j pode tambm comear a discipular outros cristos (Atos 9.10-20). O cristo relativamente experimentado no deveria adiar o momento de ensinar a outros aquelas lies que ele mesmo j aprendeu (Para isso ele vai valer-se da ajuda de seu discipulador e dos materiais disponveis, como o Acompanhamento Inicial para o discpulo e o Manual do Discipulador para si mesmo).

    Devemos entender que, no princpio, ningum possui todas as caractersticas ideais para ser um discipulador. Estas coisas se obtm precisamente

    por meio da experincia de ensinar a outros (Ningum nasce sendo pai, me, lder, ou profissional; tudo isto se aprende no decurso da vida).

    A. O CORAO DE DISCIPULADOR E SUA NATUREZA

    ESPIRITUAL

    Levar algum maturidade espiritual requer uma grande disposio do corao (I Corntios 9.19-23; Filipenses 1.3-11; I Tessalonicenses 2.5-8).

    O crente que amadurece sente uma grande carga pelos irmos, e deseja de

    todo corao lev-los maturidade espiritual (II Corntios 3.1-3; Glatas 4.19; Colossenses 1.24-29; I Tessalonicenses 2.19-20).

    Um corao bem disposto no se obtm de um dia para o outro, j que ele

    resultado de passar por um amplo processo de aprendizagem. A durao deste processo vai desde a dureza de nosso corao at a ternura do corao de Cristo (Efsios 4.11-14).

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    As provas e as crises so coisas que Deus utiliza para moldar nosso corao. Devemos aceitar e permitir que estas coisas tenham lugar em ns para gerar um conhecimento prtico de Deus superior ao terico (Glatas 4.19; II Corntios 4.7-15; I Tessalonicenses 3.1-7).

    No devemos ficar desorientados nem nos sentindo condenados, nem perder a

    pacincia, quando precisarmos cuidar de nossas prprias crises, e deixar momentaneamente outros irmos com necessidade de ajuda. Como discipuladores, Deus nos levar a explorar novos terrenos da vida crist para que depois possamos ajudar os outros a entrar e caminhar neles (II Corntios 1.3-6).

    O corao do crente maduro tem certas caractersticas espirituais:

    Est disposto a comear de novo com o mesmo discpulo quantas vezes for necessrio sempre que Deus o permita (Joo 20.24-27).

    persistentemente amoroso, e amorosamente persistente com o discpulo (Joo 21.9-19).

    Est disposto a continuar com a preparao de outros discpulos quando

    um discpulo o abandona (II Timteo 49-11). Mesmo assim, ele nunca desiste daquele que se foi, mas exerce f para ele retorne e seja bno.

    O trabalho de um corao espiritual glorifica a Deus (Comparar I Samuel 13.13-

    14; Atos 13.21-22).

    B. A MENTE DO DISCIPULADOR E SUA NATUREZA ESPIRITUAL

    O discipulador deve entender que seu corao no funciona como sua mente. H diferenas entre "mente" e "corao" e Deus trabalha individualmente com relao a eles (Salmo 7.9; Jeremias 17.10). Vejamos estas comparaes:

    A mente busca entender as razes o corao busca achar repouso (Atos

    17.16-21).

    A mente busca analtica e sistematicamente o corao busca ansioso e desesperadamente.

    A mente busca comparaes tcnicas o corao busca discernir as

    intenes a "fundo" (II Reis 5.24-27). A mente busca os dados o corao s quer a paz (Atos 8.27-37). Na mente ficam as memrias no corao ficam as feridas. A mente pensa o corao sente (Atos 13.44-48).

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    Como se pode notar, existe uma profunda interdependncia entre o corao e a mente. O corao s ter sua poro se primeiro a mente cumprir com sua funo. Em outras palavras, se voc se dedica a esquadrinhar e a estudar a Bblia, seu corao ter bom repouso (Joo 5.39-40).

    Um discipulador com pouco contedo intelectual corre o risco de ser emocional e superficial em seus ensinamentos.

    Um discipulador com pouco corao corre o risco de converter-se em uma mquina de dar informao e princpios, ainda que bons. Pense sobre com que tipo dessas pessoas voc tem tendncia de ser mais parecido.

    Ns crentes devemos procurar um equilbrio entre o trabalho da mente e do corao. Um desequilbrio far que as Escrituras sejam ensinadas com a nfase no lugar errado.

    A diferena entre mente e corao pode ser vista, por exemplo, no primeiro grande mandamento: "Amars o Senhor teu Deus de todo teu corao, e com toda tua alma, e com toda tua mente" (Mateus 22.37). Isto significa que se deve amar a Deus com todas as capacidades, apesar de se diferenciar a mente do corao, j que so capacidades distintas:

    Corao: (Gr. = kardia). Termo que figurativamente alude aos sentimentos.

    Alma: ( = psyqu) Termo que inclui uma variedade de coisas, entre as quais est a vontade.

    Mente: ( = dianoia) Termo que alude capacidade de pensar e refletir.

    Evidentemente uma grande parte do discipulado se faz com o corao, mas

    outra parte requer exclusivamente o trabalho da mente. Cada parte desempenha uma funo distinta e indispensvel.

    O discipulador deve exercitar sua mente por meio do estudo srio da Bblia; s assim poder entender bem com o corao a vontade de Deus e logo poder transmiti-la efetivamente (I Pedro 1.10-13).

    C. A SOBREVIVNCIA ESPIRITUAL DO DISCIPULADOR Aprender a sobreviver espiritualmente algo essencial na vida do discipulador

    (Atos 14.19-22).

    O discipulador uma ameaa para os planos do inimigo na vida das pessoas, sejam elas candidatos converso, sejam os novos convertidos, ou at mesmo outros discpulos mais maduros, em treinamento. Por isso o diabo vai fazer de tudo para neutralizar o discipulador na sua tarefa de cooperar com Cristo.

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    A sobrevivncia do discipulador uma das tarefas mais difceis que este enfrentar na vida (Atos 26.22-23; II Timteo 4.14-17).

    O discipulador tem que compreender que muitas vezes ele ter que sobreviver a circunstncias difceis. De outro modo ficar desqualificado para o servio, ou prejudicar a obra de Deus (I Corntios 4.11-13; 9.11-12; 9.24-27).

    Mesmo Cristo oferecendo vida abundante, o discipulador se ver muitas vezes em uma desesperada luta pela sobrevivncia espiritual. Ele mais atacado porque ele est na linha de frente, fazendo oposio aos planos do diabo na vida dos discpulos e quebrando seus sofismas.

    O fato do discipulador ou qualquer outro cristo sobreviver s crises no deve ser motivo de jactncia, nem de autocompaixo, mas de dar graas a Deus (I Tessalonicenses 2.17-3.13).

    H certas causas de "morte" espiritual, e h certas formas de evit-las: No aprofundar sua prpria vida espiritual levar-lhe- a um naufrgio na f.

    A maneira de evitar isto amadurecer continuamente para que quando a tormenta vier a sua vida espiritual esteja bem firmada (II Timteo 4.9-10).

    Ficar aborrecido e abandonar a carreira em casos de extrema presso.

    A maneira de evitar isto ir um passo frente dos problemas. Como? Buscando a Graa de Deus que sem dvidas ser suficiente (II Corntios 1.12; 12.7-10).

    Desanimar-se e desfalecer pela intensidade da luta.

    No assuma mais responsabilidades do que as que pode realizar. No importa quantas necessidades estejamos conseguindo resolver, sempre haver mais necessidades. No caia nesse engano do diabo; melhor seguir o plano de Deus de rogar por obreiros (Mateus 9.37-38).

    Canalizar as crises por caminhos equivocados. Por exemplo: buscar

    distraes, passatempos, amizades, etc. para escapar das circunstncias. O remdio para superar as crises sem sofrer ainda no foi descoberto, assim voc dever enfrent-las com valor e ousadia, sem desviar-se. Batalhe com honra, esquea-se de suas circunstncias passageiras, e entenda que voc est lutando uma batalha espiritual de propores incalculveis (Efsios 6.10-12).

    As pessoas que voc est levando maturidade devem lhe ver sobreviver uma

    e outra vez para que o ensinamento que voc passa para eles seja realmente completo (II Timteo 3.10-12).

    Resumo deste captulo...

    a- O corao do cristo sofrer conflitos, j que ele necessita ser preparado por Deus para poder fazer discpulos.

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    b- indispensvel ser fiis nos processos de crise j que estes so os que vo amaciando o corao.

    c- No ter corao para fazer a obra de Deus equivale a ser imaturo, ou carnal.

    d- A mente do discipulador deve ser submetida a exerccios frequentes do estudo da Bblia.

    e- A mente deve ser satisfeita com a Palavra para que o corao chegue a estar satisfeito de gozo e paz.

    f- A mente e o corao devem manter-se equilibrados para poder guiar outras pessoas maturidade espiritual.

    g- A sobrevivncia do cristo que faz discpulos pressupe uma luta incessante.

    h- O discipulador deve aprender a sobrepor-se aos ataques inimigos para que seus discpulos tenham um ensino completo.

    Aplicao...

    Aprenda a predispor seu corao de uma forma mais sacrificial.

    Olhe para as provas com bons olhos sabendo que estas lhe ajudam a aperfeioar-se na f.

    Submeta sua mente a estudos da Bblia que sejam consistentes (Como discipulador voc deveria deixar as caixinhas promessa, o Po Dirio e os "devocionais" que vm prontos um pouco de lado, e tratar de ter algo mais slido para alimentar-se. Comece voc mesmo a cavar os tesouros profundos contidos na Palavra).

    Treine sua mente para poder ensinar as verdades da Bblia, lendo bons materiais sobre discipulado.

    Aprenda a dar graas nas provas e a ter uma boa atitude em meio a elas; de outro modo voc no sobreviver espiritualmente no futuro.

    Aprenda a orar, orando a ss. Se voc aprender a orar a srio e mantiver essa prtica diariamente, estar to perto de Deus que no cair facilmente.

    TAREFA (Busque as respostas neste mesmo captulo)

    1. possvel fazer um discpulo somente com a carga do corao Por qu?

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    2. possvel fazer um discpulo somente com a capacidade mental? Por qu? 3. De que maneira se prepara o corao do discipulador? 4. De que maneira se prepara a mente do discipulador? 5. Mencione duas coisas necessrias para a sobrevivncia do discipulador.

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    Captulo Cinco

    A PESSOA E O TRABALHO

    DO DISCIPULADOR

    A. PRINCPIOS ESSENCIAIS AO DISCIPULADOR

    1. O Discipulador deve ser adepto da viso de discipulado Segundo George Barna, viso a fora impulsora por trs da atividade de um lder ou grupo de pessoas motivadas. uma fora interior que guia o indivduo atravs de dificuldades imprevistas ou o estimula a agir quando exausto ou hesitante em dar o prximo passo rumo meta a ser alcanada. necessrio que o discipulador tenha realmente absorvido a viso do discipulado e no simplesmente concordado com sua eficcia. Em outras palavras, necessrio que ele esteja envolvido intelectualmente, emocionalmente e voluntariamente com a viso.

    O pastor titular da igreja quem deve capitanear a viso. O lder da rede quem

    deve capitanear a viso dentro da sua rede. No pode ser apenas um dos ministrios, cuidado por algum que recebeu delegao para isto. Toda a igreja deve respirar discipulado. Todos os ministrios devem estar envolvidos na tarefa de fazer

    discpulos. O discipulado algo essencial vida da Igreja.

    2. O discipulador deve ter determinao e compromisso Aquele que assume o compromisso do discipulado deve estar consciente da grande responsabilidade que est assumindo. Este compromisso pode ser deleitoso, caso assuma totalmente este ministrio, pois um ministrio de formao de vidas, e o discipulador poder ver na prtica o fruto do seu trabalho. Porm, deve ser lembrado que os discpulos sero pessoas que, muitas vezes, vm para a igreja feridas, problemticas, decepcionadas. Muitas vezes seus conceitos e costumes esto errados e devero ser trabalhados atravs de um acompanhamento sincero, onde o discipulador dever identificar-se com tais pessoas e seus problemas, mas no deixar de confrontar o que est errado. Precisa ser equilibrado, para no tomar uma posio legalista (Tito 2.11-15). Isto deve ser feito com amor e zelo.

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    O princpio a ser seguido aqui entre discipulador e discpulo o da identificao. Caso o discipulador no se identifique com o problema do discpulo, este no sentir segurana em ser pastoreado, comprometendo assim o objetivo do discipulado. Muitas vezes o discpulo ser acometido de desnimo, e caso o discipulador no tenha determinao e compromisso, ele mesmo ser absorvido pelo desnimo do seu discpulo. Por isso aconselhamos que voc nunca falte aos compromissos, e s desmarque em casos totalmente incontornveis.

    3. O discipulador deve ter preparo e conhecimento bblico-doutrinrio imprescindvel que o discipulador tenha tal conhecimento, pois o discpulo estar adentrando numa denominao confessional. Caso ensine doutrinas que no se coadunem com todo o corpo doutrinrio da igreja, voc causar confuso na mente do discpulo, tornando-o um crente instvel (Efsios 4.11-16). Caso voc tenha alguma dvida quanto a alguma doutrina, procure o seu pastor e recorra para pesquisa aos materiais de discipulado e ensino que a igreja tem. Leia tambm bons livros que tratem do assunto. No caso da Igreja da Paz, a Classe da Nova Criatura e o Curso de Membresia (livro Aliana de Membresia) trazem as principais doutrinas cridas e praticadas por ela. Tanto o discipulador quanto o discpulo devero estar participando dos cursos oferecidos pela igreja, atravs da Escola Ministerial Paz EMP. Cursos como o Curso de Fundamentos (Nova Criatura + Famlia Crist + Aliana de Membresia + Ide e Fazei Discpulos), Curso de Maturidade Crist CMC, Curso de Treinamento de Lderes CTL, e outros. O projeto inclui um curso completo de graduao teolgica. O TADEL uma grande escola de formao de lideranas, onde os candidatos liderana das clulas so treinados e reciclados continuamente. Como no podemos desvincular as clulas do discipulado, o TADEL desempenha um importante papel na consecuo da viso. Matrias avulsas tambm podem ser oferecidas: Treinamentos de evangelismo, treinamentos do Ministrio Infantil, treinamento para professores da Escola Ministerial Paz EMP, cursos de treinamento para visitao hospitalar, visitao em presdios, cursos de teatro, msica, etc..

    No caso de voc no pertencer a uma igreja da Paz, atente para a estrutura de doutrinas e ensino oferecidos pela sua igreja. Lembrando que a maioria

    dos ensinos e princpios aqui contidos no so inveno da igreja da Paz, mas da Palavra de Deus, e so acatados pela maioria das boa igrejas crists.

    4. O discipulador deve ser emptico O discipulador deve ter facilidade para desenvolver um relacionamento pessoal. Precisa estar disposto a ter uma amizade sincera com o seu discpulo e trabalhar continuamente para esse fim. Deve ter um comportamento pastoral, sendo sensvel

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    aos problemas e necessidades do discpulo, expressando esse sentimento atravs de: aconselhamento, orao e outros tipos de ajuda, se necessrio. Portanto, deve ter um profundo senso de equipe. J vimos que pessoas auto-suficientes no tm caracterstica de ovelha, mas sim de lobo. O discipulador deve entregar o discpulo aos cuidados de todos os recursos da igreja. Se necessrio encaminh-la aos supervisores, aos pastores de rede, ou ao pastor titular da igreja. Ele deve lembrar que proibido proibir. Ningum pode impedir que seu discpulo recorra, quando necessrio, s instncias superiores da liderana da igreja.

    5. O discipulador deve ter um bom testemunho Isto envolve muito mais do que ser simplesmente um crente bonzinho. Deve ser algum que se preocupe em ser fiel quilo que bblico e lute por isso, na sua vida em primeiro lugar. Deve ser algum que tenha sede de Deus, para aprender, orar e envolver-se.

    6. O discipulador deve saber ouvir O discipulador uma pessoa que sabe dar a oportunidade para que outros falem. Que se agrade em ver o desenvolvimento de seus discpulos. Que no venha, pelo seu orgulho, a inibir o crescimento do discpulo. Quem sabe ouvir, saber que deve fazer o discpulo pensar e no dar respostas prontas, como se fosse o dono da verdade. Evite este trs erros:

    No ignore o que est sendo falado.

    No aparente estar ouvindo, mas desligar-se mentalmente da conversa.

    No oua as palavras sem ouvir os sentimentos que esto por trs delas.

    7. Como voc aprende?

    ( ) Eu leio muito. Os livros so importantes para mim quando quero aprender.

    ( ) Raramente leio. No gosto de ler.

    ( ) Eu aprendo ao fazer, olhar e me envolver com coisas prticas.

    ( ) Frequentemente ouo fitas, CD ou vdeos educativos.

    ( ) Gosto de conversar com algum que conhece sobre o assunto que me interessa.

    ( ) Eu no tenho um padro definido de aprendizagem.

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    B. QUEM SER DISCIPULADO?

    1. Os visitantes contnuos podem ser discipulados Devemos aproveitar as oportunidades e oferecer o discipulado um a um queles que esto visitando a nossa igreja com certa freqncia. Provavelmente esta pessoa aceitar ser discipulada, pois as suas repetidas visitas a igreja demonstram certo interesse. Devemos respeitar, contudo, sua vinculao com outra igreja. s vezes algum que tem igreja, mas no est indo l, por isso ela vem regularmente para nossa igreja. Nesses casos, ela deve se entender com a sua igreja de origem, ou ter a bno e permisso para mudar. Ou pode ser algum que j se considera parte na igreja, mas est preferindo ficar quietinha no seu lugar. Como as pessoas citadas acima no foram frente aceitando Jesus, fcil considerar que algum j est cuidando delas, principalmente numa igreja grande. Muitas vezes no est. Por isso preciso garantir que ningum fique descoberto. A evangelizao no algo que deve ser feita somente com aqueles que vm igreja! O mandamento do Senhor Jesus evangelizar indo por todo o mundo (Mateus 28.19-20). Caso voc descubra que algum dos seus parentes, amigos, ou conhecidos tem o interesse de estudar a Bblia, no perca a oportunidade de oferecer o discipulado.

    2. Os novos convertidos devem ser discipulados necessrio discipular os novos convertidos para acelerar o processo de maturidade e firmeza na f. Se esperssemos que este novo convertido aprendesse sobre a vida crist, apenas vindo igreja nos cultos, provavelmente, ele levaria muito tempo. A experincia tem mostrado que alguns levam anos para estarem prontos para a evangelizao sem o discipulado, ou para servir em outros ministrios dentro da igreja. O discipulado tem se mostrado eficaz em integrar e vacinar os novos convertidos contra os famosos pescadores de aqurio. Geralmente os novos convertidos saem para outras denominaes por causa da confuso doutrinria que sofrem, ou por no encontrarem acolhida na comunho na igreja de origem. Estes dois problemas so solucionados atravs de um discipulado srio e focado em Jesus.

    3. Discipulado atravs do Curso de Fundamentos O discipulado encaminha para a maturidade crist e para a liderana na Igreja. No processo de aprendizagem, e ao certificarmos de que o aluno realmente fez seu compromisso de salvao com Cristo, devemos conscientizar o novo convertido de sua necessidade de assumir um compromisso completo. Aquele que tem compromisso com Cristo, tambm o tem com a sua Igreja. O Curso de Fundamentos deve ser visto como um sequncia e um acessrio natural do Discipulado Um a Um, mas no o seu fim. O discpulo precisa aprender que ele comeou a aprender, e que esse aprendizado nunca para.

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    4. Os novos discpulos gerados pelos discpulos Aps o trmino do Curso de Fundamentos o indivduo estar pronto para preparar e discipular outros. Eu aprendi para ensinar. Ovelha gera ovelha! Dessa maneira, ele continuar sendo discipulado, acompanhado fielmente pelo seu discipulador e crescendo na viso. Ele estar envolvido, na escola, nas clulas, mas j poder cuidar de seus prprios filhos. Assim como a maturidade fsica e psicolgica prepara para a paternidade ou maternidade biolgica, assim tambm a maturidade espiritual habilita para a paternidade ou maternidade espiritual.

    C. SITUAES DELICADAS NO DISCIPULADO Algumas perguntas devem ser levantadas por serem circunstncias possveis de acontecer.

    Se o discpulo se mostrar desinteressado? No desista facilmente dele. No permita que o seu desnimo lhe contagie.

    Se quiser estudar tudo de uma vez? O princpio a ser seguido que ele aprenda. Conhea a capacidade de assimilao do seu aprendiz.

    Se algum de sua famlia for contra o discipulado? Tenha em tudo a prtica da pacincia e sabedoria. Converse com ele, e talvez seja melhor esperar um tempo oportuno. Ou, se for desejo sincero do discpulo, ele encontrar meios de conversar e convencer seus parentes a concordar com o discipulado.

    Se o discpulo for analfabeto? Leia para ele a lio e os versculos bblicos. Somente no haver a necessidade de se completar a lio, podendo ser usada apenas a revista do discipulador. Mas incentive o discpulo a estudar, e aprender a ler, para que tenha o privilgio de ler a Palavra de Deus. Voc mesmo pode utilizar os encontros do discipulado para ensin-lo a ler.

    Se os filhos atrapalharem, por serem pequenos? Encontre meios de voc mesmo ir casa da pessoa, ou reunir-se em horrios em que as crianas esto dormindo, ou na escola. Deus dar sabedoria a vocs dois.

    Se ele for adepto de alguma religio, ou de algumas crenas (catlico, esprita, Testemunha de Jeov, Igreja da Vovozinha, etc.)? Primeiro,

    prossiga a lio seqencialmente. Segundo, se o texto bblico fizer meno direta, ou indiretamente a alguma doutrina de sua crena, mostre a incoerncia entre a afirmao bblica e a sua religio. Terceiro, se ele fizer alguma pergunta que voc no saiba responder, no exera a sua achologia; comprometa-se em responder-lhe no prximo estudo! E corra atrs do pastor.

    Desafie o aluno, em toda oportunidade, a fazer um compromisso com o Senhor Jesus. Observe abaixo como simples evitar idias erradas e encaminh-lo a salvao:

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    1. Ele precisa reconhecer 2. Ele precisa fazer a. Sou pecador a. Arrepender dos seus pecados b. Minhas virtudes/boas obras so insuficientes b. Crer e confiar s no perdo de Cristo c. Preciso conhecer mais de Jesus c. Fazer-se membro da igreja

    D. QUANTO AO MATERIAL DE ESTUDO

    Se possvel, ambos devem ter a mesma verso da Bblia para se evitar a confuso de divergncia de tradues. Uma recomendao usar a Nova Verso Internacional NVI. Outros, por uma questo de hbito e popularidade de uso, preferem a Almeida Revista e Atualizada ARA. Recomendamos estas duas.

    Quanto revista ou apostila usada, no se deve passar de uma pergunta para a outra at que se certifique que o discpulo compreendeu bem o assunto e o texto bblico.

    Preferencialmente deve-se limitar a estudar uma lio por vez. Mesmo que o discpulo tenha disponibilidade de tempo, no tenha pressa de terminar.

    O material do discipulado, no caso da Igreja da Paz, aquele que j est aprovado pelo Presbitrio de Governo. Inclui, no nvel um, o Acompanhamento Inicial (Revista do Aluno e Manual do Discipulador). Em seguida vem o

    material do Discipulado Nvel Dois e Nvel Trs, todos acompanhados de manual para o discipulador.

    Alm desses, sugerimos que os discipuladores possuam, como recurso, ou material de apoio, os seguintes materiais:

    Uma Bblia de Estudo (Genebra, Plenitude, Aplicao Pessoal).

    O Fator Barnab (Pastor Abe Huber).

    O Pur de Batatas (Pastor Abe Huber).

    Discipulado Um a Um (Pastor Abe Huber).

    Como estudar a Bblia Sozinho (James Braga).

    E. POR QUE FAZER DISCPULOS? Por que Jesus fez assim e mandou que fizssemos do mesmo jeito. Ele concentrou Seus esforos em doze homens. Ministrou s suas vidas por trs anos e meio, dia e noite, dando-nos o exemplo de como devemos fazer. Esta nica a maneira de trazer todos os homens de volta ao governo (disciplina) de Deus.

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    F. A QUESTO DA AUTORIDADE

    A. Sem submisso no h formao: O discpulo deve ser manso e humilde, estando sujeito aos irmos, aos lderes, sem rebeldia e obstinao.

    B. Sem submisso no h autoridade: O princpio bsico para ter autoridade estar debaixo de autoridade e se sujeitar a ela (Ex: Jesus). Se voc no respeita e no honra aqueles que esto acima de voc, no ter igualmente a honra e o respeito dos seus liderados.

    C. Ningum tem autoridade em si mesmo: Nossa autoridade vem de Jesus.

    D. Autoridade diferente de autoritarismo: O discipulador precisa entender que ele o servo do discpulo e no o dono. Deve ensinar todo o conselho de Deus e no os seus gostos e preferncias pessoais.

    G. TRS NVEIS DE PALAVRA NO DISCIPULADO

    1. A Palavra de Deus A essa o discpulo deve ter uma submisso absoluta. Quando damos a Palavra de Deus a um discpulo e ele no a recebe, est sendo rebelde. Nesse caso devemos seguir as orientaes dadas por Jesus em Mateus 18.15-20, ou seja a pessoa poder at ser disciplinada. Todos no Corpo de Cristo, e no apenas o discipulador, tm autoridade para corrigir e repreender outro irmo dentro do ensino da Palavra (Deve-se observar, antes, o ensino de Glatas 6.1 e Mateus 7.1-5). Nossos Conselhos A submisso aqui relativa. Exemplo: quando dizemos a um discpulo que ele no pode casar com uma moa incrdula, estamos dando a Palavra do Senhor. Isso absoluto. Mas quando falamos que no bom que ele se case com a irm fulana, estamos dando um conselho. Pode ser que o conselho que damos seja baseado no conhecimento que temos da Palavra de Deus, mas, mesmo assim no passa de conselho. relativo. Se o discpulo rejeita um conselho, no necessariamente um rebelde. Entretanto, aquele que nunca aceita conselhos, orgulhoso e auto-suficiente. No pode ser edificado.

    2. Nossas Opinies No necessrio nenhum tipo de submisso s opinies e gostos pessoais do discipulador. H casos em que o discpulo fica parecido com o discipulador, mas isto algo espontneo, fruto da convivncia, do andar junto. No imposio, uma cobrana. Pedro era diferente de Joo, de Tiago e de Andr, mas todas eram discpulos de Jesus.

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    O que acontece com um novo convertido, torcedor do Fortaleza, que vai ser um discipulado por um irmo que torce pelo Cear (Pode So Paulo e Palmeiras, Flamengo e Vasco, Vitria e Bahia, Coritiba e Atltico, Remo e Paysandu, Grmio e Internacional)? Enfim, opinies e gostos diferentes. O discpulo no precisa mudar de time ou comear a gostar de comer o que antes no gostava. Isto no discipulado!

    3. Discpulo formando discpulos O pastor Abe Huber diz que ovelha sadia sempre d cria. Ele diz que ovelha quem gera ovelha. Dessa maneira, correto dizer que pecador gera pecador, mas discpulo gera discpulos. Quantas pessoas foram transformadas por Deus em crentes maduros e multiplicadores, graas ao fato de voc, um dia, ter se apegado s suas vidas, e investido tempo com elas, de modo que Deus usou a sua vida como exemplo? Podemos apenas mencionar os seguintes textos bblicos: Ide, portanto, fazei discpulos de todas as naes, batizando-os... ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado (Mateus 28.19-20, ARA). E todos os dias, no templo e de casa em casa, no cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo (Atos 5.42, ARA). E o que da minha parte ouviste atravs de muitas testemunhas isso mesmo transmite a homens fiis e tambm idneos para instruir a outros (II Timteo 2.2, ARA). Ora, necessrio que o servo do Senhor no viva a contender e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir (II Timteo 2.24, ARA). Tu, porm, fala o que convm s doutrina (Tito 2.1, ARA). O fiel discpulo de Jesus forma outros discpulos. Este princpio acontece em conseqncia da obedincia ao claro ensino da Escritura quanto ao crescimento do Corpo de Cristo. Vejamos alguns exemplos deste princpio bblico:

    Jesus investiu mais tempo no treinamento dos doze O Senhor Jesus constantemente pregou s multides, mas o seu ensino foi direcionado aos seus discpulos. A Escritura relata que Jesus subiu a um monte e chamou a si aqueles que ele quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar (Marcos 3.13-14, NIV).

    Barnab investiu em algum que seria maior do que ele: Saulo Atos 9.26-27; 13.1-3.

    No primeiro texto vemos Barnab tomando Paulo consigo e o apoiando em um momento que enfrentava a oposio dos irmos que no acreditavam em Paulo.

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    Vemos aqui que apesar de todo conhecimento bblico que Paulo possua (Atos 22.3) ele agora precisava de algum que o apoiasse e que o colocasse em condies de servir a igreja. Nesse direcionamento Barnab foi pea fundamental. No captulo 13 vemos Lucas mostrando uma lista de profetas e mestres, onde Barnab est encabeando esta lista e Saulo o ltimo da lista, no sabemos exatamente se h implicaes quanto a esta ordem na lista, mas no versculo 3 vemos ambos sendo separados pelo Esprito Santo e pelos irmos e mandados juntos para sua primeira misso. Vemos aqui, que o perodo de discipulado j dava seus primeiros frutos.

    Barnab acredita naqueles que se afastaram e lhes d uma segunda chance, com vitria garantida: Joo Marcos Atos 13.13; 15.37-39; II Timteo 4.11.

    Aqui vemos num primeiro momento Joo Marcos sendo objeto de contenda entre Paulo e Barnab, em virtude de ter abandonado uma misso recm-iniciada. Depois lemos Barnab tomando Joo Marcos e fazendo o mesmo que fizera anteriormente com Paulo, ou seja, tomando algum nascido de novo em Cristo, mas que necessitava de ajustes em seu carter cristo. Por fim vemos Paulo j no final do seu ministrio recomendando a Timteo que lhe enviasse Joo Marcos, pois lhe seria til para o ministrio do apstolo.

    Paulo aposta e investe nas novas geraes: Timteo Atos 16.1-2; II Timteo 2.2

    Neste texto de Atos verificamos que Paulo tomou esse jovem discpulo e o fez acompanh-lo. Com certeza seguiu-se a partir da um perodo de discipulado intensivo, pois Paulo, j no final do seu ministrio, se dirige a Timteo com essas palavras: e o que de minha parte ouviste, atravs de muitas testemunhas, isso mesmo, transmite a homens fiis e tambm idneos para que instruam a outros. O discipulado deve ser muito mais do que simplesmente transmisso de informao,

    antes formao, pois o que temos visto em muitas igrejas apenas uma transmisso de lies que no chega a ser um verdadeiro discipulado, pois no forma, apenas informa. O discipulado no pode ser apenas uma preparao para o batismo. Cremos que um discpulo de Jesus no pode ser formado em apenas trs ou seis meses. Contudo, no h problema algum que em 6 meses de discipulado o discpulo j tenha crescido, seja batizado e at j seja um auxiliar de clula, em preparao para liderar. Ele j pode ser um membro ativo com muitos frutos. Ele est pronto para continuar a crescer e a frutificar. Contudo, o discipulado nunca para, deve continuar. A experincia tem mostrado que muitos dos que so recebidos como membros de uma igreja local, aps algum curso preparatrio para o batismo, passam a no ter mais a mesma disposio de aprender. Ou seja, de submeterem-se a um discipulado mais maduro. Consequentemente, a formao de um carter cristo, e o seu crescimento espiritual que at ento era notvel, tambm sofre uma desacelerao gradual.

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    Captulo Seis

    O DISCIPULADOR COMO MODELO

    DE RELACIONAMENTOS

    SAUDVEIS O discipulador , em primeiro lugar, um membro do Corpo de Cristo. Como membro da famlia, como um filho crescido, ele requerido ajudar a cuidar dos irmos mais novos, e a que ele assume o papel de discipulador. Nessa posio, ele precisa ter um comportamento aprovado pelo Mestre. Se voc quer ensinar, ento deve ser exemplo. Paulo deu uma ousada palavra de comando para os crentes da igreja de Corinto: sede meus imitadores, como tambm eu sou de Cristo (I Corntios 11.1). Escrevendo aos Filipenses, o apstolo exige que o que tambm aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz ser convosco (Filipenses 4.9). A seguir algumas sugestes que voc, como servo do Senhor, deve viver para influenciar positivamente a vida do novo discpulo:

    Obedea sempre a Palavra de Deus.

    Cuide bem da sua famlia. Quando