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IDEF0 – Como fazer O QUE É IDEF é utilizado para criar uma descrição clara e detalhada de um processo ou um sistema. Nota: IEDF0 é um subconjunto da Técnica de Análise e Projeto estruturados (Structured Analysis and Design Technique - SADT), desenvolvido por Douglas Ross no final dos anos 60 e disponibilizado como de domínio público pela Softech Inc., a pedido do departamento de defesa dos Estados Unidos. IDEF0 é uma ferramenta de modelagem funcional, é a mais comumente utilizada dentre um grande conjunto de especificações de modelagem IDEF, o qual inclui IDEF1X (modelagem de informações) e IDEF2 (modelagem de sistemas dinâmicos). QUANDO UTILIZAR - Utilize quando precisar descrever formalmente um processo, para garantir um resultado detalhado, claro e preciso. - Utilize quando o processo for complexo, e outros métodos fossem resultar em um diagrama mais complexo. - Utilize quando houver tempo hábil para trabalhar em entender e produzir uma descrição completa e correta do processo. COMO ENTENDER Há inúmeros métodos para descrever processos, muitos dos quais são bastante informais, tais como os diagramas de blocos ou fluxogramas. Estes são suficientes em muitas circunstâncias mas são inadequados em outras, especialmente quando o processo é complexo ou uma abordagem mais rigorosa se faz necessária. Um problema que pode surgir quando se é mais rigoroso é que um entendimento geral pode ser perdido nos detalhes. O desafio portanto é encontrar um método que seja ao mesmo tempo preciso e claro em todos os níveis. O elemento básico do diagrama é muito simples, utilizando somente um retângulo para definir cada atividade ou processo, como ilustrado. As quatro setas ao redor do retângulo são: - Entradas, que a matéria-prima que é transformada durante a atividade/processo. - Controles, que influenciam ou direcionam como o processo funciona, tais como regras de segurança. - Mecanismos, o que é necessário para que a atividade ocorra, tais como pessoas, ferramentas ou máquinas e equipamentos. - Saída, que são o resultado da atividade e são transmitidas para outro processo ou utilizadas pelo cliente do processo.

IDEF0 Como Fazer

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  • IDEF0 Como fazer

    O QUE IDEF utilizado para criar uma descrio clara e detalhada de um processo ou um sistema. Nota: IEDF0 um subconjunto da Tcnica de Anlise e Projeto estruturados (Structured Analysis and Design Technique - SADT), desenvolvido por Douglas Ross no final dos anos 60 e disponibilizado como de domnio pblico pela Softech Inc., a pedido do departamento de defesa dos Estados Unidos. IDEF0 uma ferramenta de modelagem funcional, a mais comumente utilizada dentre um grande conjunto de especificaes de modelagem IDEF, o qual inclui IDEF1X (modelagem de informaes) e IDEF2 (modelagem de sistemas dinmicos).

    QUANDO UTILIZAR - Utilize quando precisar descrever formalmente um processo, para garantir um resultado detalhado, claro e preciso. - Utilize quando o processo for complexo, e outros mtodos fossem resultar em um diagrama mais complexo. - Utilize quando houver tempo hbil para trabalhar em entender e produzir uma descrio completa e correta do processo.

    COMO ENTENDER H inmeros mtodos para descrever processos, muitos dos quais so bastante informais, tais como os diagramas de blocos ou fluxogramas. Estes so suficientes em muitas circunstncias mas so inadequados em outras, especialmente quando o processo complexo ou uma abordagem mais rigorosa se faz necessria. Um problema que pode surgir quando se mais rigoroso que um entendimento geral pode ser perdido nos detalhes. O desafio portanto encontrar um mtodo que seja ao mesmo tempo preciso e claro em todos os nveis. O elemento bsico do diagrama muito simples, utilizando somente um retngulo para definir cada atividade ou processo, como ilustrado. As quatro setas ao redor do retngulo so:

    - Entradas, que a matria-prima que transformada durante a atividade/processo. - Controles, que influenciam ou direcionam como o processo funciona, tais como regras de segurana. - Mecanismos, o que necessrio para que a atividade ocorra, tais como pessoas, ferramentas ou mquinas e equipamentos. - Sada, que so o resultado da atividade e so transmitidas para outro processo ou utilizadas pelo cliente do processo.

  • A descrio do processo se inicia com um nico retngulo monstrando os elementos bsicos do processo como um todo. Este diagrama chamado de 'A-0' ('A menos zero'), como ilustrado na figura a seguir.

  • O retngulo no diagrama A-0 ento decomposto (explodido ou dado um zoom) em outro diagrama entre 3 e 6 retngulos. Este chamado 'diagrama A0'. Esta decomposio hierrquica repetida para cada retngulo do diagrama e ento para cada retngulo nos diagramas resultantes, assim por diante, at que o processo esteja totalmente descrito. Em qualquer diagrama, os retngulos so dispostos de cima para baixo e da esquerda para a direita, por ordem de precedncia, onde o retngulo de maior precedncia controla o retngulo de menor precedncia. Os retngulos so numerados em ordem de precedncia, com o nmero sendo usado para referenciar o retngulo em outros diagramas. Portanto o primeiro retngulo no diagrama A0 decomposto no diagrama A1, e o terceiro retngulo naquele diagrama decomposto como A13. Setas carregam mltiplos itens, e so unidas ou divididas para simplificar o diagrama. Nomes prximos s setas deverem descrever o que estas carregam; onde no h nomes, o contedo da seta pode ser deduzido. Setas que no se conectam com um retngulo na sua extremidade final so aquelas que vem ou vo para o retngulo pai, do qual o diagrama atual decomposto. Estas setas so numeradas para indicar qual dos elementos bsicos eles representam. Portanto, C1 representa o controle mais esquerda e I2 a segunda entrada no

  • retngulo pai. Parnteses (um tnel) em uma das extremidades da seta indicam que este seta no aparece no diagrama pai ou no diagrama filho.

    H apenas cinco tipos de conexo que as setas podem fazer entre os retngulos, como indicado na tabela a seguir, a qual mostra como as atividades, alimentam, permitem ou restringem uma outra atividade. A mistura de tipos de conexes em um conjunto de diagramas indicar o tipo de sistema. Por exemplo, um processo com pouco retorno pode indicar falta de controle.

  • Tipo de conexo Tipo Descrio

    Conexo de entrada Sada para entrada de um processo de menor precedncia.

    Conexo de controle Sada de um processo utilizada como controle de um processo de menor precedncia.

    Sada para mecanismo A sada de um processo utilizada como mecanismo do processo de menor precedncia.

    Retorno de controle A sada de um processo utilizada como controlede um processo de maiorprecedncia.

    Retorno de entrada A sada de um processo utilizada como entradade um processo de maiorprecedncia.

    Um dos pontos fortes da tcnica IDEF0 que no somente os diagramas so definidos, mas o processo de como eles so produzidos tambm o . Uma parte chave disto que ele desenhado por um expert em IDEF0 (o 'autor'), usando o ponto de vista de e com total cooperao do indivduo chave dentro do sistema que est sendo diagramado. Isto, juntamente com a autoria formal e ciclos de reviso, ajudam a assegurar consistncia e detalhes corretos nos diagramas finais. O modelo completo inclui texto com descries adicionais de itens nos diagramas para permitir que estes sejam mantidos relativamente simples, enquanto se mantm informaes detalhadas que podem ser usadas quando necessrio.

    COMO FAZER 1. Identifique o sistema ou processo a ser descrito. Utilize um nome que indique claramente o que ele . Adicione descrio (na forma de texto em separado) sobre o que est incluso ou excludo (escopo) do sistema/processo. 2. Identifique o propsito ou objetivo de descrever o processo. Quem vai utilizar, qual seu nvel de conhecimento do assunto que ser representado, etc. 3. Decida sobre qual ponto de vista descrever o processo. Por exemplo, um gerente de vendas pode ter uma viso mais abrangente do que um vendedor.

  • 4. Identifique a estratgia de decomposio a ser utilizada. Este o conjunto de regras a ser utilizado para decidir como decompor as atividades em sub-atividades. As estratgias possveis so:

    -Decomposio funcional - que as atividades de acordo com "o que" feito, ao invs de "como feito". Este a estratgia mais comum. -Decomposio por papis - decompem as atividades de acordo com "quem faz o que". Pode ser uma forma fcil e til de iniciar, mas possvel que impea melhorias no modelo se este estratgia for levada a diante. -Decomposio em sub-sistemas - divide os sistemas primeiro em sub-sistemas. til quando sub-sistemas so relativamente independentes uns dos outros. -Decomposio por ciclo de vida - dividi um sistema primeiramente pelas fases das atividades. Novamente, esta estratgia til quando as fases claramente definidas e relativamente independentes.

    5. Antes de comear a desenhar diagramas, rena informaes sobre o sistema. Isto pode ser iniciado lendo documentos j existentes, ou observando o processo em ao, mas a forma mais eficiente a realizao de entrevistas com pessoas selecionadas. 6. A partir da informao obtida no passo 5, desenhe um conjunto de diagramas. Desenhe o diagrama A0 primeiro, ento resuma-o num diagrama A-0. Esta a nica etapa onde a abordagem feita de baixo para cima, isto , do nvel mais detalhado para um nvel mais resumido.

    Ao desenhar um diagrama utilize a seguinte seqncia de aes: a. Use a estratgia de decomposio do passo 4 para identificar entre trs e seis atividades que sero exibidas no diagrama. Pode ser til tentar decomposies diferentes antes de optar por uma em definitivo. b. Ordene a atividades por ordem de precedncia. Num par de atividades, a precedente aquela que possui maior influncia (controle) sobre a outra. Por exemplo: Produzir plano tem precedncia sobre Construir o produto. c. Distribua os retngulos no diagrama por ordem de precedncia, dispondo-os na diagonal, a partir do canto superior esquerdo para o canto inferior direito do diagrama. Quando posicionar os retngulos, tente prever onde as setas iro. Coloque o nome de cada atividade dentro do retngulo. d. Desenhe as setas para cada item de dados, iniciando pelas entradas e pelas sadas, depois adicione os controle e ento os mecanismos utilizados para a realizao da atividade. e. Adicione, opcionalmente, parnteses ao final de cada linha que no ser mostrada no diagrama para ou filho. f.Identifique cada diagrama com um nome. Tambm pode ser til adicionar outros dados, tais como data de elaborao e status do diagrama (esboo, final). g. Revise o diagrama para verificar se est consistente, completo e claro. Valide-o contra os objetivos (passo 2), ponto de vista (passo 3), estratgia de decomposio (passo 4) e informao disponvel (passo 5). Revise e repita os passos acima conforme o necessrio.

    7. Para cada diagrama til escrever um glossrio, o qual descreve os itens do diagrama. O glossrio pode conter qualquer texto que ajude o entendimento do diagrama ou do sistema como um todo. Ao usar o glossrio deve-se tomar

  • cuidado para mant-lo sem uma sobrecarga de informaes, isto , deve ser sucinto.

    8. Decide se deve ou no rever os diagramas produzidos at aqui. til revisar cedo, quando os diagramas A-0 e A0 (e possivelmente o nvel abaixo) so completados, e depois quando alteraes significativas so feitas. Se voc adiar a reviso para quando todas os diagramas estiverem completos, isto pode resultar num aumento significativo do esforo para ajustar os diagramas. 9. Para cada retngulo que ainda no foi decomposto em um outro diagrama, decida se vale a pela ou no decomp-lo, ou se a quantidade de detalhes j existentes neste nvel j suficiente. Consideraes sobre se deve-se decompor ou no a atividade representada em um retngulo incluem:

    - O conjunto final de diagramas (ou modelo) deve conter detalhes suficientes para satisfazer o objetivo proposto no passo 2. - Um bom ponto para parar quando os retngulos esto dizendo como e no o que feito, ou quando o ponto de vista muda. - Retngulos devem descrever atividades que so monolticas e funes nicas, e no trivialidades ou duplicar outros retngulos j existentes.

    Para retngulos que sero decompostos, o processo acima deve ser repetido conforme necessrio.